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O COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NA APRENDIZAGEM DA TABUADA

Autor: Silvio Tavares1

Orientador: Eduardo Vicentini2

RESUMO

O propósito deste trabalho é abordar o uso do computador como ferramenta na aprendizagem da tabuada. Para isso, foram realizadas pesquisas em softwares, tutoriais, sites, portais e bibliografias, no que se refere o ensino da tabuada usando o computador como ferramenta. Como o computador está cada vez mais adquirindo espaço no cenário educacional, sua utilização como ferramenta na aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de forma muito rápida entre os alunos. Baseando-se nessa pesquisa, verificamos a necessidade de interferência pedagógica que nos permita reduzir ou superar as dificuldades que o aluno tem na aprendizagem da tabuada e também verificamos que para a superação destes problemas é necessário um planejamento que inclua atividades diversificadas e individuais e a planilha eletrônica no computador aparece como um importante recurso. Nesse sentido, definimos o problema da pesquisa: Como utilizar os recursos computacionais existentes na escola para contribuir na superação das dificuldades relacionadas à aprendizagem da tabuada? Para isto, propomos e testamos diferentes atividades de aprendizagem usando o computador e as planilhas eletrônicas como ferramenta pedagógica, visando promover a superação ou minimização dessas dificuldades. Os resultados do trabalho com os alunos no laboratório de informática, verificada em um pós-teste, sugerem que os computadores podem ser encarados como um instrumento para uma aula diferenciada para os estudantes, proporcionando-lhes uma aprendizagem mais autônoma. As aulas no laboratório de informática usando a planilha eletrônica tiveram resultados satisfatórios, proporcionando ao aluno uma aula motivadora e de grande aproveitamento para o aluno.

Palavras-chave: Planilha eletrônica; tabuada e o computador; tabuada e planilha eletrônica; aprendizagem da tabuada.

1 Graduado em Matemática e Pós Graduado em Administração Escolar com atuação no CE Osório Duque Estrada

Ensino Fundamental e Médio de Diamante do Sul Pr. 2 Doutor em Física com atuação na UNICENTRO – Universidade do Centro Oeste – Guarapuava PR.

ABSTRACT

The purpose of this work is to discuss the use of the computer as a tool in learning the multiplication table. For this reason we carried out researches into software, tutorials, sites, portals and bibliographies, regarding teaching multiplication tables using the computer. As the computer is broadening in educational scenery, its use as a learning tool and its action in the social environment have been increasing very quickly among students. Based on this research, we have seen the need for pedagogical interference to reduce or overcome the difficulties that the student has when learning the multiplication table and also we have seen that to overcome these problems it is necessary a planning that includes diverse and individual activities and the computer spreadsheets emerge as important resource. Therefore, we define the research problem: How to use school’s computer resources to help students overcome the difficulties related to learning the multiplication table. Thus, we proposed and tested different learning activities using the computer as pedagogical tool, aiming to overcome or minimize these difficulties. The results of the work with the students in the computer lab, verified in a post-test, suggest that computers can be seen as an instrument for a differentiated class, offering them more autonomous learning. The classes in the lab using computer spreadsheets showed satisfactory results by providing the students with a motivating and profitable class.

Keywords: spreadsheet; multiplication table and the computer; multiplication table and

spreadsheet; learning multiplication table.

1 Introdução

Este artigo pretende identificar o que de diferente oferecem os ambientes

informatizados que se tem a disposição atualmente na Instituição de Ensino e o que

estas diferenças trazem de significativo para o processo de ensino e aprendizagem da

Matemática mais especificamente da tabuada na quinta série/sexto ano e para o

desenvolvimento da aprendizagem.

Acreditamos que para a superação dos problemas de ensino aprendizagem da

tabuada é necessário um planejamento que inclua atividades diversificadas e

individuais, usando a planilha eletrônica como ferramenta. Pois o computador está

cada vez mais adquirindo espaço no cenário educacional, sua utilização como

ferramenta na aprendizagem e sua ação no meio social vem aumentando de forma

muito rápida entre os alunos. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças

frente a essas novas tecnologias. Várias pesquisas estão sendo realizadas para que

haja uma melhor maneira de compreender de como ocorre o processo de

aprendizagem da tabuada com o uso do computador.

Os recursos do computador, se bem utilizados, implicam em uma mudança no

aprendizado. Não é a ideia de acabarmos com o ensino tradicional e sim repensá-lo,

fazê-lo diferente, atraente, envolvente, utilizando o computador como ferramenta na

aprendizagem da tabuada e usando a planilha eletrônica para favorecer o aluno a

encontrar um campo repleto de informações e de novas descobertas.

Tem-se observado que o uso da planilha eletrônica tem sido um grande aliado

no desenvolvimento de exercícios que envolva cálculo como a tabuada. Baseando-se

no trabalho de Morgado (2002) sobre a utilização do computador e a planilha eletrônica

na aprendizagem do aluno, ousa-se afirmar que o uso destes contribui para um vasto

ambiente de aprendizagem propício para o aluno desenvolver hipóteses, análises,

pesquisas e construção do conhecimento. Segundo Morgado (2002): “Nas atividades

de resolução de problemas, a Planilha é muito útil para abordar questões do cotidiano,

quando estão envolvidos assuntos sobre porcentagens, matemática financeira,

estatística, etc.” (MORGADO, 2002, p. 5).

O uso do computador e planilha eletrônica possibilita ao aluno um melhor

entendimento devido sua curiosidade e maior facilidade na aprendizagem. Usando a

planilha eletrônica no computador, o aluno pode interagir com seus colegas e construir

as tabelas com a tabuada, tendo assim o prazer em aprender. De acordo com Valente

(1993), “As tecnologias de informação e comunicação foram inicialmente introduzidas

na educação matemática para dinamizar e assim aumentar o interesse e a busca do

conhecimento por parte dos alunos”. Com o passar do tempo, trabalhando em sala de

aula e principalmente com alunos de quinta série, tenho observado a grande

dificuldade que alguns encontram na aprendizagem da tabuada, havendo a

necessidade de metodologias diferenciadas para que eles tenham maior rendimento e

não sejam excluídos do processo. Alguns alunos apresentam dificuldades na

aprendizagem da tabuada, mas depois que assimilam e compreendem naturalmente,

entendem o desenvolvimento de uma forma mais prazerosa. Nesse contexto,

verificamos a necessidade de uma interferência pedagógica que nos permita reduzir ou

superar as dificuldades que o aluno tem na aprendizagem da tabuada. No entanto, que

carregamos muitas dúvidas sobre o tema. Nesse sentido, definimos o problema da

pesquisa: Como utilizar os recursos computacionais existentes na escola para

contribuir na superação das dificuldades relacionadas à aprendizagem da tabuada?

Para isto, propomos e testamos diferentes atividades de aprendizagem usando

o computador como ferramenta pedagógica, visando promover a superação ou

minimização dessas dificuldades.

Para Valente: "O computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz,

mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo, e, portanto, o aprendizado

ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador."

(VALENTE, 1993:8).

Com o recurso das tecnologias a relação entre professor e aluno torna-se mais

fácil, a partir do momento em que utilizarmos como ferramenta de auxílio no ensino da

matemática. Hoje temos ferramentas que nos dão todo o auxílio necessário para as

nossas aulas, como, editores de texto, planilhas de cálculo, programas gratuitos na

internet, pesquisas via online. Tudo fica mais fácil com essas ferramentas e, se bem

utilizadas e planejadas, a aula fica mais interessante, criativa e motivante.

Temos como objetivos gerais dinamizar o ensino-aprendizagem, buscando

inserir o computador como ferramenta no ensino da tabuada no âmbito escolar,

promovendo o interesse pela matemática, para que os alunos possam assimilar e

relembrar, sempre que necessário, a tabuada, preparando-os para as séries

subsequentes e para os desafios da vida em sociedade, contribuindo para a formação

de indivíduos que exerçam com mais plenitude sua cidadania. E como objetivos

específicos fazer com que o aluno descubra a importância do computador como meio

de aprendizagem da tabuada, promovendo aulas mais criativas, motivadora e

dinâmica, estimulando o aluno a usar o computador como ferramenta na aprendizagem

elaborando e propondo atividades de aprendizagem da tabuada usando o computador.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A presença das tecnologias, principalmente do computador, requer das

instituições de ensino e do professor novas posturas frente ao processo de ensino e de

aprendizagem da matemática. Levy (1995) afirma que a informática é um “campo de

novas tecnologias intelectuais, aberto, conflituoso e parcialmente indeterminado”.

Nesse contexto, a questão do uso desses recursos, particularmente na educação,

ocupa posição central e, por isso, é importante refletir sobre as mudanças educacionais

provocadas por essas tecnologias, propondo novas práticas docentes e buscando

proporcionar experiências de aprendizagem significativas para os alunos.

Segundo Valente (1999), “O uso do computador na educação objetiva a

integração deste no processo de aprendizagem dos conceitos curriculares em todas as

modalidades e níveis de ensino, podendo desempenhar papel de facilitador entre o

aluno e a construção do seu conhecimento.” O autor defende a necessidade de o

professor da disciplina curricular atentar para os potenciais do computador e ser capaz

de alternar adequadamente atividades não informatizadas de ensino-aprendizagem e

outras passíveis de realização via computador. Enfatiza a necessidade de o professor

estar preparado para realizar atividades diferenciadas com o uso do computador, mais

especificamente a planilha eletrônica com seus alunos, tendo em vista a necessidade

de: determinar as estratégias de ensino que serão utilizados, conhecer as restrições

que a planilha eletrônica apresenta, e ter bem claros os objetivos a serem alcançados

com as tarefas a serem executadas.

As Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná (2006,

p.38) indicam o caminho para o ensino da Matemática nesse sentido ressaltando que:

“[...] o trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e

aprender e valoriza o processo de produção de conhecimentos”. Perrenoud (2000)

destaca como uma das dez competências fundamentais do professor a de conhecer as

possibilidades e dominar os recursos computacionais existentes, cabendo ao professor

atualizar-se constantemente, buscando novas práticas educativas e atividades

diferenciadas que possam contribuir para um processo educacional qualificado. Nesse

contexto, o professor torna-se indispensável, tornando-se orientador do processo de

aprendizagem, tornando as aulas motivadoras podendo dispor dos computadores

disponíveis para atender aos alunos de forma diversificada, de acordo com suas

necessidades de aprendizagem.

Apontado no livro de José Manuel Moran e outros (2001), Novas tecnologias e

mediação pedagógica, quanto às propostas metodológicas para o computador e a

Internet, existem inúmeras possibilidades que vão desde seguir algo pronto (tutorial),

até criar algo diferente usando a planilha eletrônica, sozinho ou com outros. São vários

caminhos que o professor pode trilhar, dependerá da situação concreta em que ele se

encontra; número de alunos, computadores disponíveis, duração das aulas, quantidade

total de aulas ministradas por semana e de apoio pedagógico na instituição de ensino.

Ressaltamos que para o aluno ter um aproveitamento de qualidade é necessário que o

professor esteja preparado para o manuseio do computador. Os objetivos devem estar

bem definidos, assim como a aula bem planejada e usar o computador como uma

ferramenta e não como curso de informática para o aluno. Também se percebe,

entretanto, que muitos professores encontram dificuldades em usar o laboratório de

informática, com resistência ao novo e, certamente, o grande desafio é preparar esse

professor para incorporar o computador em suas aulas de matemática usando os

novos recursos tecnológicos na quinta série/sexto ano. Nessa visão, muitas vezes as

aulas não são bem desenvolvidas no laboratório de informática, porque o professor

nem sempre está preparado e isto impede que o aluno construa o seu conhecimento e

percorra os caminhos necessários para alcançar a aprendizagem.

A utilização do computador como ferramenta na aprendizagem na sala de aula,

o destaque está na aprendizagem e não no ensino, onde o aluno deve e pode construir

seu próprio conhecimento. Segundo Valente, o uso do computador na aprendizagem

provocaria o questionamento dos métodos empregados na forma de ensinar nos dias

de hoje, visto que os alunos não mais memorizariam as informações matemáticas, mas

sim, os alunos seriam informados a buscar e fazer uso das informações, adequando-se

ao mundo de hoje onde as mudanças são muito rápidas. Nessa situação, o uso do

computador como ferramenta na aprendizagem da tabuada implica que:

O professor deve deixar de ser o repassador de conhecimentos – o computador pode fazer isto e o faz muito mais eficiente do que o professor – e, passar a ser o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual dos alunos”. (VALENTE, 1993:6).

O Professor facilitador poderá, entre outras atividades: Desenvolver maior

produtividade e interação entre os alunos, encorajar o aluno a buscar outros pontos de

vista e o desejo de aprender e entender e promover a comunicação entre os alunos e

grupos de alunos e o intercâmbio de experiências. Com essas abordagens, porque não

pensar em construir e elaborar novos caminhos simples, mas de grande valia para que

o aluno possa investigar, construir e buscar seu conhecimento pelo seu próprio

interesse, não devemos esquecer que o professor será a peça fundamental como

facilitador.

Para Oliveira (1997): “O potencial do computador pode auxiliar em curto

intervalo de tempo, numa demonstração, o que o professor teria dificuldade em sala de

aula”.

O uso das tecnologias na matemática desperta curiosidade, motivação e

muitas vezes apreensão de experimentar um novo método de ensino e aprendizagem.

Entretanto, o computador como ferramenta na aprendizagem da matemática básica,

representa um desafio para o professor, que precisa ensinar ao aluno, utilizando

atividades diferenciadas através de novas metodologias, assim alcançando seu

objetivo como um bom professor de matemática e formador de cidadãos.

A planilha de cálculo pode promover um rico ambiente para investigações, simulações e atividades de resolução de problemas. É uma ferramenta que o professor pode utilizar para estimular os seus alunos a fazer explorações, confrontar as contradições de suas concepções e discutir para resolver seus conflitos cognitivos. Considera-se essa ferramenta excelente para o desenvolvimento de conteúdos matemáticos, com possibilidade de construção de gráficos de uma maneira simplificada.” (MORGADO, 2001)

.

Sendo assim, o aluno pode adquirir um espirito criativo em relação à tabuada

no seu cotidiano de vida. “Segundo Borba (1999), os ambientes gerados por aplicativos

informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo

pedagógico promovendo o surgimento de novos conceitos e novas teorias

matemáticas”.

O computador pode ser um grande aliado no processo do ensino

aprendizagem e construção do conhecimento pelo aluno permitindo que eles sejam

criativos e construtivos por meio de ações exploratórias.

2.1 PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO

As ações do presente projeto foram direcionadas para alunos da quinta

série/sexto ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Osório Duque Estrada

Ensino Fundamental e Médio da cidade de Diamante do Sul, Município de Diamante do

Sul, Estado do Paraná, com 15 alunos que tiveram maior dificuldade na assimilação e

aprendizagem da tabuada, com aulas de duas horas de duração no laboratório de

informática, usando o computador como ferramenta. Teve por objetivo ajudar a

solucionar problemas junto a esses alunos com dificuldades na aprendizagem,

favorecendo a permanência do aluno na escola, realizando um trabalho com a intensão

de prevenir a reprovação e evasão escolar, sensibilizando os professores para atuarem

na educação integradora numa perspectiva da melhoria da qualidade do ensino da

matemática, proporcionando ao aluno uma escola verdadeiramente cidadã.

O Colégio contava, no momento da implementação, com cinco turmas de

quinta série/sexto ano, com uma média de trinta alunos por turma, de onde foram

selecionados quinze alunos efetuando um pré-teste oral e escrito, tomando a tabuada.

Este trabalho foi realizado em parceria com os professores de matemática das turmas

e com a supervisão escolar da instituição de ensino, pois através dessa ação conjunta

entre esses profissionais é possível proporcionar uma melhor compreensão da

dificuldade dos alunos na aprendizagem, evitando que as crianças sejam aprovadas

para a série subsequente com as referidas distorções. No primeiro encontro com esses

alunos foi apresentado o funcionamento das planilhas eletrônicas e do computador e

em seguida deu-se início às aulas no laboratório de informática para realização das

atividades pré-instaladas. Após as etapas das aulas terem sido concluídas, foi

elaborado um pós-teste de forma escrita e oral com os alunos para perceber o

desenvolvimento da aprendizagem.

Figura 1: Tela introdutória do programa desenvolvido em planilha eletrônica apresentando os créditos.

Figura 2: A tela da figura 2 a o aluno inicia suas atividades clicando em uma das tabuadas orientado

pelo professor.

Figura 3: Tela de apresentação da tabuada do dois.

A tela da Figura 3 o aluno irá começar a minimizar a sua dificuldade na

aprendizagem da tabuada. O aluno tem acesso somente às células com fundo branco

(onde estão os pontos de interrogação). As demais células estão todas bloqueadas. O

professor deve estimular o aluno a praticar a tabuada iniciando pela tabuada do 2, que

é muito fácil, passando pelas tabuadas do 3, do 4, até a do 10, até chegar nas

aleatórias (como mostra a Figura 5). Para seguir na próxima tela (tabuada do 3) é só

clicar na seta a inferior direito e para retornar ao menu das tabuadas é só clicar na seta

inferior à esquerda. Quando o aluno digitar no lugar do ponto de interrogação o

resultado correto, como por exemplo: 2 x 2 = 4, no lugar de “tente novamente” irá

aparecer parabéns como gratificação pelo acerto, como na tela da Figura 4.

Figura 4: Observe que foi digitado 2 x 1 = 2, 2 x 2 = 4, 2 x 3 = 6 e 2 x 5 = 10 apareceu a palavra “Parabéns”. Deverá seguir para próxima tela somente se acertar cem por cento das respostas.

Figura 5: Depois de fazer o aluno passar por todas as telas das tabuadas do 2 ao 10 e chegar até aqui

tabuada “salteada” ou “aleatória” (como queira), o aluno deverá responder no lugar dos pontos de

interrogação com fundo branco as possibilidades da multiplicação até obter o resultado como na tela a

seguir.

Figura 6: Observe que foi preenchido o resultado 72 com a possibilidade de 9 x 8 e no quadro ao lado com a possiblidade 8 x 9 e apareceu “Parabéns”, pois no primeiro quadro se o aluno preencher 8 x 9 irá dar como resultado “Tente Novamente” fazendo com que o aluno compreenda que 8 x 9 é igual à 9 x 8.

Figura 7: Observe que os valores vão cada vez mais ficando complicado (valores altos). Até aqui o aluno terá que dominar completamente a tabuada do 1 ao 9 para que o mesmo possa responder as questões aleatórias, e além dessas o professor pode interagir a aula com perguntas envolvendo outros valores.

Observe também que com essas questões o aluno irá compreender os

divisores de um número.

Vamos pegar o exemplo da figura 7, com o resultado 72. O que deve ser

mostrado pelo professor.

Divisores de 72 = 1, 2, 3, 4, 6, 8, 9, 12, 18, 24, 36, 72 compreendendo que:

Depois de o aluno dominar a tabuada por completo o professor pode propor

aos mesmos essa atividade usando qualquer planilha eletrônica e ao mesmo tempo já

trabalhando às áreas do retângulo e do quadrado e outras atividades da matemática,

pois, com certeza não haverá mais dificuldades de aprendizagem nos conteúdos

básicos da matemática.

2.2 AVALIAÇÃO

Com relação à avaliação dos alunos, buscou-se realizar as atividades no

laboratório de informática da instituição de ensino, no sentido de promover momentos

em que os alunos eram observados quanto ao desempenho e participação. No início

das aulas alguns alunos resistiam à aprendizagem da tabuada usando o computador

como ferramenta por estarem inseguros quanto à utilização sendo que alguns alunos

achando meio complicada as planilhas. Além disso, alguns nunca tinham utilizado o

computador na aprendizagem não só da tabuada, mas sim a matemática como um

todo. Com o decorrer das aulas os alunos foram sentindo-se mais seguros e perderam

o “medo” de trabalhar com as planilhas percebendo-se grande satisfação e

participação. Satisfação essa que pode ser inserida na melhora da motivação e da

autonomia por parte deles quando da realização das atividades no computador.

Observou-se também que os alunos percebiam que poderiam aprender de uma forma

mais dinâmica e divertida. Do ponto de vista da maioria dos alunos, usar o computador

como ferramenta na aprendizagem da tabuada é uma maneira prazerosa e divertida. A

avaliação caracterizou-se como um instrumento de investigação durante as aulas, além

de constituir-se como uma ferramenta para a investigação da prática pedagógica.

Assim, a avaliação da presente proposta, tanto com relação ao processo de

ensino e quanto ao processo de aprendizagem dos alunos, foi realizada continuamente

no decorrer da implementação da unidade didática na escola. No final das aulas foi

elaborado um pós-teste com os alunos sendo que eles tinham que responder os

campos da planilha sem erros e observados pelo professor.

3. DISCUSSÕES NO GRUPO DE TRABALHO (GTR)

O desenvolvimento da implementação foi socializado através do Grupo de

Trabalho em Rede - GTR, num ambiente virtual, através da plataforma moodle. O

objetivo era atingir também, professores da rede pública estadual, que não estavam

participando do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional. Houve quinze

inscritos com apenas duas desistências.

Essa atividade foi importante, pois possibilitou a interação e a troca de

experiências entre professores de todo o Estado do Paraná, com diferentes realidades.

Tal experiência enriquece a prática docente de todos os envolvidos.

No início, os cursistas deram suas contribuições relatando a realidade da

instituição onde atuam os desafios que encontram e a preocupação em encontrar um

caminho para tornar o ensino da matemática mais especificamente e à tabuada mais

atraente e significativa. Pelos relatos, foi possível constatar que, para os professores,

propor atividades diferenciadas, com nível crescente de dificuldades, articulada ao uso

de material concreto como apoio, pode tornar as aulas mais interessantes, motivadoras

e dinâmicas. Segundo os cursistas, as atividades propostas na produção-didático

pedagógica “O uso do computador como ferramenta na aprendizagem da tabuada”,

induzem os alunos a pensar, debater com os colegas, relatar os procedimentos de

respostas e socializar as conclusões. Os professores relataram estar motivados a

aplicar as atividades nas turmas onde atuam em suas instituições de ensino.

Alguns professores chegaram a implementar as planilhas com as atividades da

tabuada em suas instituições de ensino, as quais foram muito produtivas. Os

educadores estão de comum acordo que é fundamental buscar atividades

diferenciadas que despertem a curiosidade dos alunos, proporcione a participação

concreta, fazendo com que o educando aproprie-se de conceitos matemáticos, para

dessa forma contribuir para a apreensão dos conteúdos. Esse momento do curso foi

muito relevante, pois proporcionou aos integrantes, além da troca de experiências, um

aprimoramento da prática pedagógica, evidenciando a preocupação dos docentes em

buscar atividades diferenciadas que aprimorem o ensino aprendizagem.

4. CONCLUSÃO

O artigo serviu de propósito para mostrar como o computador pode auxiliar

alunos e professores a explorar a Matemática mais especificamente a tabuada de uma

forma diferente, mais dinâmica e criativa. A proposta do trabalho consistiu em

investigar e utilizar o computador como ferramenta mediadora na aprendizagem da

tabuada. Para tanto, foi necessário abordar questões que enfocassem a Informática e a

Matemática dentro de um contexto educacional.

Os alunos trabalharam com as planilhas eletrônicas durante as aulas

programadas com duas horas de duração cada aula. A metodologia adotada do

trabalho priorizou a construção do conhecimento por parte do aluno. A concepção

pedagógica utilizada no artigo é uma mescla de várias tendências de ensino-

aprendizagem. Ela destaca a importância de formar um cidadão crítico e criativo.

O trabalho desenvolvido no Colégio Estadual Osório Duque Estrada Ensino

Fundamental e Médio de Diamante do Sul possibilitou relacionar a Matemática com o

computador. Os alunos resolveram as atividades propostas utilizando a planilha

eletrônica. A análise das respostas efetuadas pelos alunos foi feita ao preencherem os

campos em branco nas planilhas e medidos os erros e acertos conforme suas

tentativas. Os resultados foram favoráveis quanto ao uso de computadores na

aprendizagem da matemática. Os alunos tiveram liberdade para resolver as atividades

explorando os recursos computacionais. A aprendizagem foi considerada por eles

como sendo diferente, divertida e apropriada para a minimização de suas dificuldades

na tabuada. Os alunos realizaram todas as atividades com facilidade e competência.

No entanto, três estudantes não gostaram de utilizar as planilhas que, segundo eles, é

“cansativo” e “chato”.

No desenvolvimento das atividades com a Planilha eletrônica, pela nossa

avaliação, ocorreu a aprendizagem.

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