o carÁter humanitÁrio das penas altern .a aplicação das penas alternativas possibilita vantagens
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FESP FACULDADE ENSINO SUPERIOR DA PARABA
SOCIEDADE EDUCACIONAL DA PARABA
PAULO CESAR MARINS NUNES
O CARTER HUMANITRIO
DAS PENAS ALTERNATIVAS
Joo Pessoa
2009
PAULO CESAR MARINS NUNES
O CARTER HUMANITRIO
DAS PENAS ALTERNATIVAS
Monografia Jurdica Apresentada como
requisito de obteno do Ttulo de
Bacharel em Direito pela FESP
FACULDADES.
rea de Concentrao:
Direito Penal e Direitos Humanos
Orientador:
Prof. Antnio C. Iranlei M. Domingues
Joo Pessoa
2009
minha me Georgina,
a meus irmos Henrique e Cludio , e
minha esposa Silvia e minha filha Yasmin,
a minhas afilhadas Mariana e Letcia e aos amigo de f.
PAULO CESAR MARINS NUNES
O CARTER HUMANITRIO
DAS PENAS ALTERNATIVAS
BANCA EXAMINADORA
Orientador
Membro Integrante
Membro Integrante
Joo Pessoa
2009
RESUMO
O propsito da Lei 9.714/98 no absolutamente resolver o problema da
criminalidade, muito menos solucionar o falido e degradante sistema prisional
brasileiro, porm pretende proporcionar a uma parcela da populao um destino
penal distante do regime privado de liberdade. E longe da violenta rotina do
crcere e das condies subumanas da priso, a legislao penal preconiza o
cumprimento de penas dignas, diversa do encarceramento e com relevantes
aspectos humanitrios. Busca efetivamente a construo da cidadania e de
agregar valores ticos e sociais ao individuo em uma poltica de ressocializao
que integre o indivduo delinqente a sociedade.
As penas alternativas evidencia a possibilidade de se praticar poltica de
segurana publica no enfatizando simplesmente o isolamento do indivduo e o
seu empobrecimento social, mais acima de tudo contar com medidas
humanizadoras que possam recuperar e integrar o homem a sociedade. Com
legislaes que tenha um cunho mais humanitrio, e menos segregador para que
possa aliada a polticas publicas inclusivas proporcionar a harmonia para toda a
sociedade.
Palavra chave : Penas Alternativas, Seletividade Penal. Direitos Humanos,
Dignidade da Pessoa Humana. e Sistema Carcerrio
SUMRIO
INTRODUO ................................................................................... 10
CAPTULO I
A histria do direito penal e o convvio da sociedade diante dos delitos...........................................................................................12
1.1 A evoluo da pena .................................................................... 15
1.2 A evoluo das pena diante dos ideais iluministas..................... 16
1.3 Os pensadores com ideais iluministas........................................ 16
1.4 A teoria da pena.......................................................................... 18
1.4.1 Teoria absoluta ou retributiva da pena ....................................... 19
1.4.2 Teoria relativas ou preventivas da pena ..................................... 20
1.4.3 Teoria unitria ou ecltica............................................................22
1.5 A histria do direito penal no Brasil............................................. 23
1.5.1 O perodo colonial....................................................................... 24
1.5.2 O perodo do criminal do Imprio................................................ 24
1.5.3 O Cdigo Republicano................................................................ 25
CAPTULO II
O Conceito de direito penal e de pena e suas aplicabilidades ... 28
2.1 As funes das pena e sua aplicabilidade .................................. 28
2.2 As caractersticas da pena e seus princpios.............................. 30
2.3 A reforma penal de 1984 a nova parte geral do Cdigo Penal 31
2.4 As espcies de penas alternativas.............................................. 32
2.4.1 A prestao pecuniria ............................................................... 32
2.4.2 A perda de bens e valores .......................................................... 33
2.4.3 A prestao de servio comunidade ou a entidades................ 34
2.4.4 A interdio temporria de direitos ............................................. 35
2.4.5 A proibio do exerccio de cargo, funo, ou atividade
pblica, e de mandado eletivo pblicas ..................................... 36
2.4.6 A proibio do exerccio de profisso, atividade ou ofcio que
dependam de habilitao especial, de licena ou autorizao
do poder pblico. ........................................................................ 37
2.4.7 A suspenso da autorizao ou habilitao para dirigir
veculo. ...................................................................................... 37
2.4.8 A proibio de freqentar determinados lugares ........................ 38
2.4.9 A limitao de fim de semana..................................................... 38
CAPTULO III
Os Principais movimentos criminais da sociedade moderna .... 40
3.1 Os movimentos desencarcerizadores e os reflexos no Brasil ... 43
CONSIDERAES FINAIS ............................................................... 45
Uma nao no pede ser julgada pela maneira
que trata seus cidados mais ilustres, e sim pelo
tratamento dado aos mais marginalizados; os
presos.
Nelson Mandela
Agradecimentos
Agradeo inicialmente ao Prof. Antnio Carlos Iranlei Moura Domingues,
que exerceu o oficio de orientador com competncia e dedicao.
Aos professores Maria Luiza Alencar, Fernando Monteiro, Luciana Vilar e
Gustavo Batista, Srgio Lopes pelas orientaes dentro e fora da sala de aula.
Agradeo aos alunos com quem convivi ao longo do curso, especialmente
ao Carlos, Mamede, Joaquim, Ricardo, Joo de Miranda e Daniela pela ajuda e
companheirismo durante a vida acadmica.
minha me e ao meu pai, que deve estar em um lugar muito prximo
presenciando e apoiando esse momento, aos meus irmos Henrique e Claudinho,
e minhas afilhadas Letcia e Mariana.
Agradeo, ainda, aos meus sogros, Heitor e Mirian, pela contribuio
durante a confeco da monografia, aos amigos Bessa, (Pedro e Alana), Cludio
e Miriam, e Rodrigo.
Agradeo em especial a minha esposa Silvia e minha filha Yasmin as
quais amo muito pela compreenso, dedicao e carinho durante todos esse
perodo que estamos juntos.
INTRODUO
Este trabalho monogrfico jurdico tem a pretenso de demonstrar a
importncia do carter humanitrio da Lei 9.714/98, que ampliou a possibilidade
de aplicao das penas alternativas, e a reverso da pena privativa de liberdade
em favor das penas restritivas de direito, sanes que so diversas ao
encarceramento.
A aplicao das penas alternativas possibilita vantagens e benesses ao
indivduo delinqente, pois evita que o mesmo seja encarcerado, desde que os
delitos cometidos no ultrapassem o cumprimento de 4 anos de pena, e que no
tenha havido violncia contra a pessoa. Uma das vantagens dessa medida a
possibilidade de cumprimento da pena sem o convvio da brutalidade e da
violncia do sistema prisional brasileiro.
Nesse sentido importante salientar que a Lei 9.714/98 destaca-se pelo seu
incontestvel carter humanitrio. No entanto possibilita, por conta da sua
seletividade, uma lacuna em relao aos crimes fiscais e econmicos. A vigncia
da Lei 9.714/98 amplia a incidncia do sursis, favorecendo os crimes fiscais e de
colarinho branco, e conseqentemente a uma camada seleta da sociedade, sem
que fosse considerado os danos e a violncia simblica produzidos por esses
crimes na sociedade.
Paralelamente, o trabalho em questo procura analisar tambm a
precariedade do controle Estatal sobre o sistema carcerrio brasileiro, e o
conturbado convvio indiscriminado de todos os grupos de delinqentes, a
despeito dos distintos nveis de personalidades e histricos penais. E busca
desenvolver uma analise, atravs da sociologia penal, quanto funo precpua
que exerce hoje na sociedade o aparato estatal jurdico-penal. Posto que este
funciona como instrumento repressor de controle social, objetiva suprir as diversas
debilidades institucionais de desenvolvimento social no fomentadas pelo Estado.
O resultado a marginalizao, a segregao e a estigmatizao dos indivduos
desinstitucionalizados.
Este trabalho monogrfico est dividido em trs captulos, alm da
Introduo e a concluso.
O primeiro captulo, A histria do direito penal e o convvio da sociedade diante
dos delitos, retrata A evoluo das pena diante dos ideais iluministas, e traz ainda
uma descrio dos convvio da sociedade diante dos delitos. Apresenta as
caractersticas sobre os delitos e sua evoluo no tempo, alm do retrato da teoria
das penas.
O segundo capitulo, O Conceito de direito penal e de pena e As funes das
pena e sua aplicabilidade e a descrio dos As caractersticas da pena e seus
princpios e de pena e as pena alternativas, informao sobre as caracterstica das
penas e seus