o campeao

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Pensamento de Dr. Içami Tiba: Família nunca sai de moda. Educar é o grande desafio do ca- sal, principalmente nos dias de hoje onde o fator berço se reflete de ma- neira contundente no relacionamen- to dos filhos para com a sociedade. Jovens que têm bom berço não terão dificuldade em se firmar na vida. Entretanto, aquele que teve excelente berço, certamente em sua caminhada as coisas vão acontecen- do como se algo fora planejado por uma estrutura paramilitar onde tudo dá certo na hora certa. E pensar que isso é resultado apenas de uma es- trutura familiar onde há a preocupa- ção dos pais em guiar essa criança com amor e sabedoria. A partir daí, os resultados de boas ações advindas desse cidadão bem preparado, todos ganham direta ou indiretamente por suas ações que são o reflexo natural daquele excelente berço que tivera. Hoje já não se deixa fortunas como herança. O grande legado é a educação de qualidade. Mas essa educação não se adquire apenas na escola de grife. A boa educação começa em casa. O futuro começa hoje: Quem ama, educa! - Págs. 12 e 13 Quem ama, educa!

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Jornal quinzenal

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Page 1: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba:

Família nunca sai de moda. Educar é o grande desafio do ca-sal, principalmente nos dias de hoje onde o fator berço se reflete de ma-neira contundente no relacionamen-to dos filhos para com a sociedade.

Jovens que têm bom berço não terão dificuldade em se firmar na vida. Entretanto, aquele que teve excelente berço, certamente em sua caminhada as coisas vão acontecen-do como se algo fora planejado por uma estrutura paramilitar onde tudo dá certo na hora certa. E pensar que isso é resultado apenas de uma es-

trutura familiar onde há a preocupa-ção dos pais em guiar essa criança com amor e sabedoria. A partir daí, os resultados de boas ações advindas desse cidadão bem preparado, todos ganham direta ou indiretamente por suas ações que são o reflexo natural daquele excelente berço que tivera.

Hoje já não se deixa fortunas como herança. O grande legado é a educação de qualidade. Mas essa educação não se adquire apenas na escola de grife. A boa educação começa em casa. O futuro começa hoje: Quem ama, educa! - Págs. 12 e 13

Quem ama,educa!

Page 2: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba:

02“Videogames são um perigo: os pais têm de explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem “vidas” e sim uma única vida. Não dá para morrer e reviver. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida”.Editorial

O viaduto do Picerno não será construído...Bem feito, quem mandou votar nos tiriricas? O palhaço obteve mais de 1,3 milhões de votos. Mas não foi apenas ele que levou votos de Su-maré. Jonas Donizette, de Campinas fez a festa aqui no quintal. A turma do PT então, com o professor Bacchin à frente, deu aos compa-nheiros inequivoca solidariedade que levaram da cidade preciosos votos que bem poderiam ter eleito o candidato da cidade.

Pelé certa feita disse que brasileiro não sabia votar... Ele sabia o que dizia sobre elei-ção?

Há algum tempo o governo precisou apro-var certa medida provisória com urgência e propôs à bancada evangélica um acordo ou tro-ca de apoio. Trato feito, o governo foi atendi-do e pouco tempo depois desengavetou-se um projeto dessa bancada que dava liberdade de ruídos durante os cultos...

Na política o jogo é bruto: toma-lá-dá-cá! Quando Pelé observou que o brasileiro não sa-bia votar, a mídia caiu em cima crucificando-o. Constata-se décadas depois, que o moço de Três Corações tinha suas razões. Afinal, em Sumaré, quando um vereador estranhando tan-ta demora, pois o tal viaduto do Pircerno não saía, oficiou à Prefeitura e obteve o queria ou talvez o que não queria: não haverá viaduto. Que diabo de verba é essa que a Prefeitura consegue de empenho, e depois essa verba não mais virá? A quem devamos oferecer o nariz rombudo e vermelho? Nariz de palhaço cabe a quem?

A quem assiste a um balão de ensaio a ser inflado antes das eleições e agora, acompanha a decepção dos pobres diabos que acreditaram nas promessas e vê esse balão em forma de viaduto esvair-se, pode apenas oferecer solida-riedade e franqueza observando: “Bem feito! Quem mandou não aprender a votar?

Política é jogo bruto onde os eleitos apren-dem a tirar meia do adversário sem desatar-lhe cadarços... É o autêntico toma-lá-dá-cá! Ninguém é bonzinho como político. Se fosse assim, Americana emprestaria os serviços de seus três deputados para ajudarem Sumaré a sair desse terrível atraso social.

Ao contrário! E não podemos condená-los pois aquele povo escolheu-os justamente para representá-lo nas altas esferas legislativas.

A ACIAS e pequeno grupo de abnegados carregaram água na peneira para eleger depu-tado pela cidade. Eles sabem que enquanto não houver um representante de Sumaré no legis-lativo de São Paulo ou Brasília a cidade conti-nuará de pires na mão.

Na época das eleições apareceram candi-datos de todos os cantos, se locupletaram de votos, enquanto canditatos da cidade colheram nova decepção.

Agora, onde estão esses espertos com os votos da cidade?

Não é só o povo do Picerno que perdeu um viaduto. Toda a cidade vive perdendo viadutos, escolas, faculdades, saneamento, saúde...

Mas se consolem: tão logo aprendam a vo-tar as coisas mudam e desmintam Pelé...

Pelé tinha razão

A antiga sede do PT de Nova Odessa na Av. Ampélio Gazzetta foi demolida. O pro-gresso pedindo passagem, derrubou aquela casa e já se constroi ali um novo prédio comer-cial. Foi marcante ver em carne e osso o repre-sentante do governo na Câmara dos Deputados em Brasília, conversando com seus amigos em Nova Odessa. Antes das eleições em périplo pela região, deputado Vacarezza teve a proeza de reunir expressivo número de correligioná-rios naquela sede. Após, as eleições, feliz com a colheira de votos na cidade, há poucas sema-nas liga de Brasília ao Prof. José Jorge e ao Dr. Fernando dentista: conseguiu verba para construir 144 casas de cunho estritamente so-cial em Nova Odessa. Espera-se que tais casas não sejam igual ao viaduto para o Picerno que virou fumaça.

nnn

JORNAL DE NOVA ODESSA - Irregu-lar, ônibus volta a quebrar. o ônibus da Viação Ouro Verde quebrou e atrasou o dia de cerca de 25 passageiros na quarta-feira e voltou a apre-sentar defeito na manhã de quinta-feira. Em si-tuação irregular, o veículo pintado de azul não poderia realizar a linha urbana, destinada uni-camente aos veículos de cor amarela. A substi-tuição nos dois dias ocorreu justamente porque o véículo amarelo que faz a linha da rodoviária ao bairro Klavin que também está quebrado. Um leitor ironizou a impotência dos usuários dos ônibus urbanos de Nova Odessa sugerindo

CALDEIRÃO

Santo Sarney

VATICANO – O papa Bento XVI iniciou hoje o processo sumário de canonização de José Sarney. “Pelo que li na biografia auto-rizada do ilustre senador maranhense, com-parado a ele São Francisco de Assis era um tipo vil e fominha”, justificou Sua Santidade. “Que largueza de espírito, que generosidade,

que porte altaneiro! Sarney é um exemplo de santidade”, comemorou o sumo pontífice.O inominável jornal The piauí herald teve acesso aos pontos mais importantes da obra que está causando tanto furor quanto "Ma-rimbondos de Fogo", a grande obra literária do dono do Maranhão.

Documentos de ex-presidentes revelam que Sarney foi o verdadeiro mentor da Primeira Missa, da Inconfidência Mineira, do Grito do Ipiranga, da Proclamação da República, da Revolução de 30, da construção de Brasília, da Campanha das Diretas, do Plano Real e do Bolsa Família. "Sem o Sarney, o Rio não seria sequer indicado para sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas”, disse um maranhense que não quis se identificar.

Aos 18 anos, Sarney negociou com Pilatos o perdão ao Mau Ladrão.

MARANHÃO - Após avaliar os últimos relatórios produzidos pelo Inmetro, José Sarney soltou uma nota para imprensa anunciando o recall de pelo menos dez senadores. “Alguns vieram com defeito de fabricação e não são confiáveis; outros são francamente falsificados e dão dor de cabeça. Pelo menos três já provocaram náuseas em crianças e adolescentes”, explicou a assessoria do senador. Até o final deste fechamento, Sarney não havia divulgado o nome dos que serão trocados.

A decisão provocou reações dos dois lados da bancada. “Reconheço que achava estra-nho alguns senadores da base aliada votarem sistematicamente contra o governo”, declarou Ideli Salvatti. “Entretanto, jamais pensei que pudesse ser problema de fabricação. Sarney me disse que alguns senadores não estavam com o rabo completamente preso, o que é perigo-síssimo”.

Já Pedro Simon, do PMDB, reconheceu não ter votado sempre de acordo com as diretri-zes do seu partido, o que não o impediu de ficar profundamente irritado com o recall: “Estou dentro do prazo de validade. Tenho o certificado de garantia. Onde está o Procon numa hora dessas?”, explodiu, exibindo uma resma de papeis.

Decididamente as últimas votações no congresso têm exaurido os congressistas. No final de cada tarde, as pilhas de Eduardo Suplicy acabam. E o senador precisa ser reinicializado.

SUMARÉ - O diretor de uma entidade respresentativa da sociedade está avaliando publicar um protesto contra a quem de di-reito a respeito do atual poder na cidade e os resultados disso nos serviços prestados à população.

O mapa desse poder seria em forma da

famosa pizza cujos detalhes na divisão das fatias seria a representação dos partidos que atualmente participam da comilança da mesma não deixando nenhuma sobra para o povão. Tal divulgação já teria sido publicada mas esbarra-se no detalhamento dessa distri-buição pois é notória a briga por maior fatia.

mandar carta ao quadro do programa Lata Ve-lha e torcer para a sorte de sermos selecionados e o problema ser resolvido sem custo...

O que irritou a população foi a aparição do assessor de trânsito da prefeitura abrindo a boca querendo tapar o sol com a peneira. “Se-nhor Lailson, por favor, ande nos coletivos e depois dê sua opinião. O referido senhor diz que o contrato não possibilita maiores cobran-ças. Ora, quem assinou esse contrato? É um contrato que mais beira a permissividade.

No olimpo municipal a cada semana eclo-de uma dor de cabeça que o executivo está às pressas querendo desarmar fatos que deixam a realiza nua.

nnn

Ao deitar o olhar sobre a linha do tempo longo da última gestão nota-se pipocar de escândalos financeiros envolvendo pessoas de confian-ça do atual executivo mas nunca respingando nele, como é o notório caso da vizinha Cam-pinas. Entretanto, no caso de transporte pelo andar da carruagem certamente quem ganha-rá a concessão do transporte público de Nova Odessa dificilmente deixará de ser a atual per-missionária. nnnO diabo é que nem se resolveu o angú de acro-ço ao se melar a concorrência para o transporte escolar dando a essa Ouro Verde contrato pa-gando-lhe três vezes mais caro do que os con-correntes ofereciam. Ela é poderosa...

nnnnnn

Page 3: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba:

O discreto charme do corruptoARNALDO JABOR

Amo a adrenalina que me acende o sangue quando a mala preta voa em minha direção, cheia de dólares...

03

"Vivemos sob uma chuva de escândalos e denúncias de corrupção. Mas, não se enganem, esses shows permanentes nos jornais e TV, servem apenas para dar ao povo a impressão de transparência e para desviar seus olhos das reformas essenciais que mantêm nossas oligar-quias intactas. Aos poucos o povo vai se acos-tumar à zorra geral e achar que tanta gente tem culpa que ninguém tem culpa. Me chamam de canalha, mas eu sou essencial. Tenho orgulho de minha cara de pau, de minha capacidade de sobrevivência, contra todas as intempéries. Enquanto houver 25 mil cargos de confiança no País, eu estarei vivo, enquanto houver au-tarquias dando empréstimos a fundo perdido, eu estarei firme e forte. Não adiantam CPI"s querendo me punir. Eu me saio sempre bem. Enquanto houver esse bendito Código de Pro-cesso Penal, eu sempre renascerei como um rabo de lagartixa, como um retrovírus fugin-do dos antibióticos. Eu sei chorar diante de uma investigação, ostentando arrependimento, usando meus filhos, pais, pátria, tudo para me livrar. Eu declaro com voz serena: "Tudo isso é uma infâmia de meus inimigos políticos".

Eu explico o Brasil de hoje: Tenho 400 anos: avô ladrão, bisavô negreiro e tataravô degredado. Eu tenho raízes, tradição. Durante quatro séculos, homens como eu criaram ca-pitanias, igrejas, congressos, labirintos. Nunca serão exterminados; ao contrário - estão cres-cendo. Não adianta prender nem matar; sacri-pantas, velhacos, biltres, vendilhões e salafrá-rios renascerão com outros nomes, inventando

novas formas de roubar o País.E sou também "pós-moderno": eu encarno

a "real-politik" do crime, a frieza do Eu, a im-pávida lógica do egoísmo.

No imaginário brasileiro, tenho algo de heroico. São heranças da colônia, quando era belo roubar a Coroa. Só eu sei do delicioso arrepio de me saber olhado nos restaurantes e bordeis; homens e mulheres veem-me com gula: "Olha, lá vai o ladrão..." - sussurram fas-cinados por meu cinismo sorridente, os maîtres se arremessando nas churrascarias de Brasília e eu flutuando entre picanhas e chuletas.

Amo a adrenalina que me acende o sangue quando a mala preta voa em minha direção, cheia de dólares, vibro quando vejo os olhos covardes dos juízes me dando ganho de causa, ostentando honestidade, fingindo não perceber minha piscadela maligna e cúmplice na hora da emissão da liminar... Adoro a sensação de me sentir superior aos otários que me compram, aos empreiteiros que me corrompem, eles, sim, humilhados em vez de mim.

Sou muito mais complexo que o bom sujei-to. O bom é reto, com princípio e fim; eu sou um caleidoscópio, uma constelação.

Sou mais educativo. O homem de bem é um mistério solene, oculto sob sua gravidade, com cenho franzido, testa pura. O honesto é triste, anda de cabeça baixa, tem úlcera. Eu sou uma aula pública de perversidade. Eu não sou um malandro - não confundir. O malandro é ro-mântico, boa-praça; eu sou minimalista, seco, mais para poesia concreta do que para o samba-

canção. Eu faço mais sucesso com as mulheres - elas ficam hipnotizadas por meu mistério; e me amam, em vez do bondoso, que é chato e previsível. A mulher só ama o inconquistável. Eu fascino também os executivos de bem, por-que, por mais que eles se esforcem, competen-tes, dedicados, sempre se sentirão injustiçados por algum patrão ingrato ou por salários insu-ficientes. Eu, não; não espero recompensas, eu me premio e tenho o infinito prazer do plano de ataque, o orgasmo na falcatrua, a adrenalina na apropriação indébita. Eu tenho o orgulho de suportar a culpa, anestesiá-la - suprema inveja dos meros neuróticos e sempre arranjo uma ra-zão que me explica para mim mesmo. Eu sem-pre estou certo; ou sou vítima de algum mal antigo: uma vingança pela humilhação infantil, pela mãe lavadeira ou prostituta que trabalhou duro para comprar meu diploma falso de ad-vogado. Pois é, eu comprei meu título de ad-vogado; paguei um filho de uma égua para me substituir no exame e ele acertou tudo por mim. Eu me clonei.

Subi até a magistratura. Como juiz e com meu belo diploma falso na parede, vendi mui-tas sentenças para fazendeiros, queimadores de florestas, enchi o rabo de dinheiro. Passei a os-tentar uma dignidade grave, uma cordialidade de discretos sorrisos, vivendo o doce frisson de me sentir superior aos medíocres honestos que se sentem "dignos"; digno era eu, impávido, mentindo, pois a mentira é um dom dos seres superiores. A mentira é necessária para manter as instituições em funcionamento.

O Brasil precisa da mentira para viver. E vi que é inebriante ser cruel, insensível, ignorar essas bobagens como a razão, a ética, que não passam de luxos inventados pelos franceses, como os escargots.

Aí, com muito dinheiro encafuado, bufun-fas e granolinas entesouradas, eu me permiti as doçuras da vida e me apaixonei por aquela santa que virou mãe de meus filhos. Hoje, com a passagem do tempo, ela vai se consumindo em plásticas e murchando sob pilhas de botox, mas continuo fiel a ela como o marido público, pois nunca a abandonarei, apesar das amantes nas lanchas, dos filhos bastardos.

E, aí, fui criando a minha rede de parentes e amigos; como é doce uma quadrilha, como é bela a confiança de fio de bigode, o trânsito cordial entre a lei e o crime... Assim, eu fechei o ciclo que começou na mãe lavadeira e no di-ploma falso até a minha toga negra, da melhor seda pura que minha esposa comprou em Mia-mi, e não fui feito desembargador nas coxas não; eu já sabia que bastavam padrinhos e meia dúzia de frases em latim: "Actore non proban-te, reus absolvitur!" (frase que muito me bene-ficiou vida a fora.) Depois, claro, fui deputado, senador e sou um homem realizado. Eu sou mais que a verdade; eu sou a realidade. Eu e meus amigos criamos este emaranhado de ins-tituições que regem o atraso do País. Este País foi criado na vala entre o público e o privado. A bosta não produz flores magníficas? Pois é. O que vocês chamam de corrupção, eu chamo de progresso. O Brasil precisa de mim."

“Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir naeducação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca”.

Page 4: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba:

“A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.”

Os americanos de SumaréA Guerra da Secessão resultou na emigaração de americanos que vieram para nossa região

Os imigrantes norte-americanos que vieram para o Brasil, após a Guerra da Se-cessão, instalaram-se principalmente em Santa Bárbara D´Oeste. Um grande contin-gente também se fixou em Americana, fato que determinou a identificação do lugar com seu nome. Nova Odessa e Rebouças também receberam algumas dessas famílias. Rebou-

ças, especificamente, ganhou os Tanner, os Rowe, os Carlton, os Fenley e os Vaughan.

Joseph Vaughan veio da Flórida, em 1902, com três filhos: Charles, Robert e Leroy.

Charles Shaffer Vaughan casou-se com Elisabeth Bookwalter. Tiveram três filhos quando fixaram residência no chamado Bairro Sertãozinho, em Rebouças, no dia 29 de junho de 1916. Construiu uma casa com muitos cômodos, que existe até hoje, com vários melhoramentos, dentre eles a energia elétrica. Nesse lugar nasceram mais seis fi-lhos: Ana Lee, Agnes, James, Joseph, Pauli-ne e Charlotte.

O agricultor Charles plantava algodão, milho, arroz, melancia e melões, com se-mentes vindas dos Estados Unidos. Não se descuidava da pecuária – chegou a ter mais de 200 vacas leiteiras. Gostava de caçar com o amigo e vizinho Henrique Pedroni, filho de imigrante italiano. Equipou sua proprie-dade de um tanque, utilizado para pesca e outros serviços da propriedade, como gera-ção de energia.

Charles Shaffer Vaughan foi um ameri-cano que teve sucesso no Brasil. Deixou um legado importante para o lugar conhecido como Rebouças. Sua descendência, de mais de 100 pessoas, continua morando em Su-maré e região. Texto: Alaerte Menuzzo,

Professor de História e Diretor da Pró-Memória.

REBOUÇAS & SUMARÉ

Charles Shaffer Vaughan foi um americano que teve sucesso na então Rebouças, como agricultor.

A Imobiliária DSZ, ali na José Maria Miranda, 1065, parece uma embaixada a receber diariamente a confraria dos atores na história de Sumaré. O Campeão, discretamente, isto é, em frente a dois amigos em descontraída conversa, não resistiu e registrou em imagem e resumiu em texto, o delicioso diálogo entre Roberto Cordenonsi e Orlando Fabbri, que jogavam conver-sa fora mas digna de registro. Em dado momento, o dono da casa, passando a mão pelos cabelos que o tempo caprichosamente pintou, suspirou: "Sinceramente, estou muito preocupado quando passar dessa para outra, e, lá no Céu, acho que não vou gostar de ficar por lá..." Por quê Roberto, inquiriu O Campeão. "O diabo, é que tenho certeza, meus amigos de baralho, de pescaria de outras quejandas, eles certamente não estarão lá. Tenho certeza: estarão todos no inferno..."

Murmúrios filosóficos

Gargalhar a rodo é participar do encontro desse pessoal que pinta o cabelo para ficare mais charmoso...

Alaerte Menuzzo

O monastério de Ágia Tríade, ou da Santís-sima Trindade, faz parte do conjunto de "mos-teiros suspensos" de Meteora, e fica no alto do rochedo de formato mais curioso daquela re-gião, na planície da Tessália.

A singular situação desse mosteiro fez dele uma estrela que não se espera encontrar em fil-mes de James Bond: em 1981, algumas cenas do agente 007 em “Somente Para Seus Olhos” (For Your Eyes Only) foram rodadas ali.

A localização do Ágia Tríade realmente é o que mais atrai visitantes, mas ao percorrer o in-terior do mosteiro, saem todos encantados com os afrescos que estão entre os mais belos do mundo. Também seu “katholikon” – a igreja central de um monastério - é de uma riqueza artística que impressiona.

São seis os mosteiros medievais ainda ha-bitados ou em pleno funcionamento, como Me-galon, que hoje é um museu.

Para ir de um a outro há trilhas que ser-penteiam por entre ravinas e vales da fantástica topografia de Meteora. Estão localizados mui-to perto de Kalambaka ou Kastraki, povoações no sopé do conjunto montanhoso, cuja origem remonta a mais de sessenta milhões de anos, e que foi esculpido pela erosão das águas (existia ali uma laguna) e dos ventos.

O Mosteiro de Varlaam, também no pico de uma coluna, tal como aconteceu com outros retiros monásticos da região, só recentemente, no início do séc. XX, fez do caminho para se chegar ao topo uma escada segura.

Os monges recorriam habitualmente a es-cadas de cordas ou a cestos em palha trançada,

até hoje em uso para o transporte de provisões ou cargas pesadas.

Conta-se uma história a respeito da subida de um turista inglês ainda no século XIX. O monge da portaria o colocou em um dos ces-tos que subia movimentado por roldanas. No meio do caminho, o mosteiro ainda distante e a ravina já bem lá em baixo, o inglês perguntou: “Naturalmente vocês de vez em quando trocam essas cordas, não é?”. E o monge: “Claro. Sem-pre que arrebentam”.

Nos mosteiros há espaços permitidos a pe-regrinos e turistas e outros, como é natural, re-servados para preservar a vida monástica.

Arquitetura: os mosteiros suspensos de Meteora

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

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“Amor demais estraga.”

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

AIR FRANCE

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Os últimos momentos do voo 447HORÁRIO DE GREENWICH

"É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas".

Page 7: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba:

O robô tem tradição em buscar no fundo de oceanos restos de mísseis, aviões e submarinos

AGULHA NO PALHEIRO

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Incrível. Dois anos depois, a caixa!

no menor tempo possível, para que o subma-rino volte ao trabalho imediatamente em uma nova rota.

A tecnologia na busca aos detroços avião

Depois de dois anos de mistério, a causa da queda do avião Airbus A330 da Air France pode ser finalmente elucidada. As duas caixas-pretas da aeronave foram encontradas e reco-lhidas, a cerca de 4 mil metros de profundidade do Oceano Atlântico pelo robô Remora 6000, da empresa americana Phoenix Internatio-nal. Em seu primeiro mergulho nas buscas do voo AF 447, a máquina, guiada por técnicos a bordo do navio Ile de Sein, achou o chassi do equipamento que grava os dados. Nos dias seguintes, o Remora resgatou as duas caixas e passou a auxiliar no resgate dos corpos. O robô tem tradição em buscar peças perdidas no fun-do de oceanos e, há mais de 10 anos, participa de missões que incluem a captura de restos de mísseis, aviões e submarinos.

Um pouco mais de nosso herói, o robô

O Remora 6000 integra a família dos Ve-ículos Operados Remotamente (ROV). Nor-malmente usado em atividades de exploração de petróleo submarinas, o robô é equipado com câmeras, “braços” articulados e é capaz de ma-nipular equipamentos para cortar fuselagens.

O sistema do Remora 6000 é complexo e inclui um veículo, cabo de fibra óptica, guin-cho, sistema para lançamento e recuperação, além de dispositivos de manutenção. Seu ta-manho foi arquitetado para poder ser transpor-tado facilmente tanto por ar como pela água, em qualquer parte do mundo.

Além da coleta debaixo da água, o Remora pode ser utilizado para pesquisa, documentação visual, instalação de equipamentos e suporte a cabos submarinos.

Como Funciona

O pequeno robô é controlado remotamete por operadores. A máquina é composta por

Em junho de 2009, o Airbus A330 que fazia o voo 447 da Air France, de Rio de Ja-neiro a Paris, desapareceu e caiu no Oceano Atlântico, em um acidente que tirou as vidas de 200 pessoas a bordo. Agora, quase dois anos depois, a caixa preta foi encontrada no fundo na imensidão do mar, numa profundidade onde a luz mal chega. Como?

Uma agulha num palheiro de tamanho oceânico

Vale lembrar, em 2009, quando as buscas por destroços, sobreviventes e pela caixa pre-ta do Voo 447 tomaram os noticiários, tanto do Brasil e da França quanto do mundo – a que-da havia sido o pior acidente da história da Air France e da história da aviação francesa, assim como o mais mortal acidente da aviação comer-cial mundial desde o voo 587 da American Air-lines, que, em 2001, caiu logo depois da decola-gem em Nova York, matando 260 pessoas.

As buscas foram um esforço conjunto entre Brasil e França, com a ajuda dos Estados Unidos e outros países da Europa, utilizando diversos tipos de embarcações e aeronaves, mas somente cerca de 50 corpos e alguns pedaços da fusela-gem foram encontrados. As buscas pela caixa preta envolveram o uso de submarinos e senso-res acústicos que foram mergulhados no oceano e ficaram na escuta por qualquer sinal de áudio emitido a até 6100 metros de profundidade.

Em questão de dias, as notícias sobre as buscas cessaram. Maio de 2011, exatamente 23 meses depois, quando uma equipe france-sa noticiou que a caixa preta com os registros em áudio dos últimos momentos do voo 447 foi encontrada, assim como mais uma parte da fuselagem, mergulhada pacificamente no leito do oceano, abrigando mais algumas dezenas de corpos das vítimas.

Água mole em pedra dura

Apesar de ter saído do noticiário, a ope-ração de busca pela caixa preta continuou durante todo este tempo. A equipe que final-mente localizou o equipamento, chefiada por Mike Purcell, do Instituto Oceanográfico Woo-ds Hole, foi a quarta equipe enviada para dar continuidade às buscas. Apesar do interesse francês em recuperar as evidências para poder determinar com exatidão as causas do acidente, esta equipe sabia que seria provavelmente a úl-tima, mesmo que não encontrasse nada.

A equipe do Woods Hole utilizou submari-nos não-tripulados para realizar as buscas. Os avançados submarinos são do modelo Remus 6000, que trabalham navegando os oceanos através de um caminho pré-determinado por até 20 horas antes de retornarem à embarcação de onde foram enviados, para que seus dados coletados sejam extraídos, lidos e analisados,

07 - Câmera de navegação fixa - é usada pelo piloto para guiar o robô, própria para ambientes marinhos sem luminosidade;

08 - Braços mecânicos podem erguer pequenos objetos, ajudara posicionar o robô;

Os recursos disponíveis no robô Remora 6000

9 - Câmera fotográficacom zoom e foco variável, pode ser rotacionada pelo co-piloto e auxiliar a navegação ou recuperação de objetos;

10 - Estrutura

11 - 2 propulsores verticais

12 - 4 propulsores laterais - permite ao veículo rotacionar sobre seu próprio eixo.

duas câmeras: uma auxilia a navegação e a ou-tra, a busca em meio aos destroços.

As imagens coletadas pelo robô e o forne-cimento de energia são transmitidos por meio de cabos de fibra ótica que ligam o equipamen-to ao navio. As caixas-pretas foram recolhidas pelo Remora com auxílio dos braços mecâni-cos. Os equipamentos do Airbus foram coloca-dos em uma espécie de gaiola, afixada com um

"Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados".

cabo na parte de baixo do robô e transportada por cerca de 4 km. O Remora 6000 conta com 25 cavalos de potência, quatro propulsores la-terais axiais e dois verticais, altímetro, sensores de pressão, scanner sonar e lâmpadas.

Com todos os periféricos, chega a pesar 900 kg e atinge 1,7 m de comprimento, 1 m de largura e 1,2 m de altura. Tem capacidade de operar em até 6 km de profundidade.

01 - Umbilicalfornece energia elétrica ao veículo e ainda possui 3 cabos de fibra óptica por onde transitam os dados coletados pelo veículo. Suporta o peso do equipamento e mais 909 kg de carga extra

02 - Transponderusado para localização e navegação

03 - Estroboscópicaluz permite localizar robô em lançamentos noturnos;

04 - Flutuadores

05 - Sonar de colisão

06 - Iluminação 2 conjuntos com led e 2 halo gênias;

Page 8: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba:

“Em casa que tem comida, criança não morre de fome. Se ela quiser comer, saberá a hora... E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer”.Saúde

Anda esquecido? Qual o nome do filme daquela atriz belíssi-ma?(...) Sim! Alta, cabelos negros, trabalhou algumas vezes com aquele ator maravilhoso… Como é mesmo o nome dele? Aquele que trabalhou naquela peça de teatro famooosa. Já sabe de quem falo? É assim que começamos...

A partir dos trinta anos, em geral, começamo

a notar pequenos esquecimentos:Qual o nome dele? Conheço-o muito bem. A que horas é o encontro? Às 5h00 ou 5h30? Como isso funciona mesmo? Onde deixei minhas chaves? Em que andar estou estacionado? Roubaram meu carro! Daí, nos damos conta que saímos por outra porta do centro comercial…Ainda que estes pequenos esquecimentos não afetem nossa vida,nos causam ansiedade. Com terror, pensamos que o cérebro começa a atrofiar, e preocupa-nos ficar como aquela tia idosa, que recorda com pequenos detalhes tudo sobre sua infância, mas não se lembra do que fez ontem. Se isso lhe parece familiar, não se preocupe. Tenha esperança. As pessoas, equivocadamente, relacionam a idade com a falta de memória. Os neurocientistas têm comprovado que:A perda de memória de curto prazo não se deve à idade ou à morte dos neurônios e sim, à redução do número de conexões nervosas.Assim como se atrofia um músculo sem uso, os dendritos também atrofiam se não são usados com frequência. Consequentemente, a habilidade do cérebro para receber nova informação é reduzida. O exercício ajuda muito a alertar a mente. Também existem vitaminas e remédios que fortalecem a memória.

Entretanto, nada como fazer com que nosso cérebro fabrique seu própio alimento: As neurotrofinas. São moléculas que mantêm as células nervo-sas saudáveis. Quanto mais ativas as células do cérebro, maior quantidade de neurotrofinas elas produzem, gerando mais conexões entre as áreas cerebrais.

Que podemos fazer? O que necessitamos é fazer pilates com os neurônios: esticá-los, surpreendê-los, sair de sua rotina, apresentar-lhes novidades inespera-das e divertidas através das emoções, do olfa-to, da visão, do tato, do paladar e da audição.

O resultado? O cérebro se torna mais flexível, mais ágil, e sua capacidade de memória aumenta.

Provavelmente você pense...Eu leio, trabalho, faço exercícios e mil coisas durante o dia… Minha mente deve estar muito estimulada. A verdade é que a vida da maioria de nós, converte-se em uma série de rotinas.. O caminho para o trabalho, a hora que come ou volta para casa, o tempo que passa no car-ro, os programas que vê na televisão…

As atividades rotineiras são inconscientesFazem com que o cérebro funcione automati-camente e requeira o mínimo de energia. As experiências passam pelas mesmas estradas neuronais já formadas. Não há produção de neurotrofinas. Fazem com que o cérebro funcione automati-camente e requeira o mínimo de energia.As experiências passam pelas mesmas estra-das neuronais já formadas. Não há produção de neurotrofinas.

Alguns exercícios que expandem subs-tancialemte os dendritos e a produção de Neurotofinas

TENTE, ao menos uma vez por semana, tomar uma ducha com os olhos fechados. Só com o tato, localize as torneiras, ajuste a temperatura da água, pegue o sabonete, o xampu, creme de barbear... Verá como suas mãos notarão texturas que nunca havia perce-bido. Utilize a mão NÃO dominante. Coma, escreva, abra a pasta, escove os dentes, abra a gaveta… Leia em voz alta: diferentes circuitos serão ativados, além dos que usa para ler em silêncio. Troque suas rotas: passe por diferentes cami-nhos para ir ao trabalho ou para casa. Modifique sua rotina. Faça coisas diferentes. Saia, conheça e fale com pessoas de diferente idades, trabalhos e ideologias. Experimente o inesperado. Use as escadas ao invés do eleva-dor. Saia para o campo, caminhe, ouça. Identifique objetos. Coloque no carro, uma xícara com várias moedas diferentes e tateie a mão para que, enquanto esteja parado em um semáforo, com os dedos trate de identificar cada uma. Porque não abrimos a mente e provamos esses exercícios tão simples que, de acordo com os estudos de Neurobiologia do Duke University Medical Center, ampliam nossa memória? Com sorte, nunca mais voltaremos a pergun-tar: Onde dexei minhas chaves? Tradução para o português, a pedidos. Helen Nice

Pilates para o cérebroLeia até o final, é muito interessante

IMPORTANTÍSSIMO

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Page 9: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba:

“A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender”.Saúde

A maior obra pública da cidadeUma comunidade com 100% de esgoto tratado é coisa rara em termos de Brasil

NOVA ODESSA

O atual prefeito de Nova Odessa é do tempo em que as tam-pas de ferro que cobrem os bueiros da cidade vinham gravados com seu nome. Referência do tempo que andam mordendo esse osso... Aproximadamente 40 anos com seu grupo no poder, hoje o alcaide parece ter perdido o ritmo pessoal que impunha à ci-dade.

Prestes a entregar a cadeira no ano que vem, a cidade parece abandonada - ou cresceu muito e a prefeitura não -, reconheça-se que nesse ciclo administrativo por aqui, barraco algum jamais conseguiu ficar de pé como semente. Nova Odessa é uma das poucas cidades que tem orgulho de ostentar selo favela zero.

Como sempre foi tradição no país construírem apenas obras que dessem visibilidade pública, o saneamento básico teve de virar bandeira do Ministério Público para que o governo federal olhasse a coisa com mais atenção. Aqui na nossa pequena Nova Odessa houve algumas escaramuças entre prefeitura e promo-toria pública quanto a prazos de implantação da obra, mas de qualquer forma, a obra está prestes a ser inaugurada e com cer-teza, elevará o nível da qualidade de vida local.

“É, sem dúvida, a maior obra pública da história de Nova Odessa”, disse Manoel Samartin ao vistoriar, as obras da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Quilombo, construída pela Prefeitura com recursos financiados em parte pelo Governo Fe-deral. Com sua parte civil praticamente pronta, a ETE já recebe os equipamentos, que estão chegando à cidade em 24 carretas.

O investimento total na 1ª etapa da obra é de R$ 11,6 mi-lhões, dos quais 65% são financiados pelo Governo Federal em 240 meses, através do PAC (Programa de Aceleração do Cresci-mento). O restante é pago com recursos municipais.

Quando entrar em pleno funcionamento, até 2012, a ETE Quilombo terá capacidade para tratar o esgoto de 50.000 pesso-as – o equivalente a 100% do esgoto doméstico urbano produ-

zido pela população da cidade. “É uma obra muito grande, que demanda um investimento expressivo.

E neste momento final, quando a Prefeitura tem que colocar os R$ 4 milhões da contrapartida, é lógico que outras coisas

que não são prioritárias podem ficar para um segundo momento. Mas é uma melhoria muito importante para o Meio Ambiente de toda a nossa região, e que temos de realizar”, comentou o prefeito.

Simbólico, sob intenso foguetório, o desfile das carretas com as principais peças para completar o tratmento de esgoto. Ganho da sociedade

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Page 10: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba:

10“É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0”.Pessoal

A mulher passeava de carro e ao parar no sinal foi abordada pela mendiga, muito suja, de péssima aparência,

que lhe pediu dinheiro para comida. Ela pegou R$ 50 e perguntou:

- Se lhe der este dinheiro, você vai sair com amigas e gastar tudo?- Que é isso, dona, não tenho amigas, moro na rua.

- Não vai sair pelas lojas gastando?- Nem entro em loja, porque não deixam. Só gasto só com comida!

- Não vai ao salão fazer cabelo e unhas? - A senhora tá maluca? Nem sei o que é salão.

- Bom, não vou te dar dinheiro, mas entre no carro que vai jantar comigo e meu marido.

A mendiga pasma retruca: - Mas teu marido vai ficar furioso!Não tomo banho há tempo, estou imunda e fedorenta...

- Não faz mal, quero que ele veja como fica a mulher quando não sai com amigas, não faz compras, nem vai ao salão!

Para assistir a dois

Outras sugestões: Como se fosse a primeira vez (comédia romântia); Em algum lugar do pas-

sado (romance); A menina de Ouro (drama, vencedor de 4 Orcar incluindo o de melhor fil-

me); Orgulho e preconceito (romace); Antes de partir (comédia dramática); Um amor para

Rafael: Ela gosta de você!

Blu: Como? Ela acabou de me bater!

Rafael: É que você não percebeu nos olhos

dela.

São dicas de O Campeão. Afinal, um bom filme nos faz viajar e carregar

baterias lá longe... Como dizia Orson Welles,“O cinema não tem fronteiras”

O Amor não Tira Férias, comédia romântica, Cameron Diaz, Jude Law. Kate Winslet...

VerdadesCasais recentes parecem se conhecer melhor do que casais que estão juntos por 40 anos. Se-

gundo pesquisas é que os antigos não dialogavam. O quê você é capaz de fazer para chamar a

atenção de seu companheiro? Algumas pessoas chegam a radicalizar...

recordar (romance); Um estranho no ninho

(drama); As duas Trilogias de “Star Wars”

(ficção).

Page 11: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba:

Magras, gordinhas, com bumbum grande ou pequeno, cada corpo tem um tipo de jeans que veste como uma luva

Moda11

“As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconseqüente”.

Dicas da Jeans Mania da para você encontrarascalçasquevãoficar

perfeitas no seu corpo

A cada estação, os comprimentos sobem e descem; os tecidos ficam leves e pesados; a cartela de cores vem clara ou mais escura... Mas se tem uma peça que nunca deixa de estar nas passarelas, essa peça é o jeans.

Magras - Parabéns! Você tem o corpo que fica bem com quase todos os modelos de calça je-ans. Dá para copiar Sienna Miller, Kate Moss e Kate Holmes sem medo. Agora, se você se acha magra demais e quer disfarçar isso, pode dar a sensação de pernas mais grossas inves-tindo em calças mais folgadas. Aquelas tipo cargo, com bolsos utilitários são ótimas! Outro truque para ?engrossar? as pernas é investir em peças com desgastes localizados, bolso faca e botões grandes.Gordinhas - Para você jeans skinny é um peri-go. Ele só ressalta os quilinhos a mais. Prefi-ra calças de corte reto, com um pouquinho de elasticidade pra vestir melhor, mas sem ficar justa. A boca da calça sendo mais larga harmo-niza com um quadril maior. Aqui, vale a regra de ouro do preto: quanto mais escuro o jeans,

mais ela vai disfarçar a silhueta. Pra completar, evite bolsos, que criam volumes desnecessá-rios. Com isso, você tem mais uma desculpa pra investir numa bolsa poderosa e atrair todas as atenções para ela.

Altas - Se você quer disfarçar a altura, vale do-brar a barra de uma calça de corte reto, dar uma enroladinha naquele boyfriend jeans, ou apos-tar nas calças baggy, que voltaram com força total. O ?enrolar a barra? divide um pouco a silhueta e é um truque ótimo para ser combi-nado com sapatilhas e saltos baixos. Já a calça baggy dá um volume que também cria a ilusão da pessoa ser mais baixa do que realmente é. Agora, se você adora ser alta e quer mais é va-lorizar essa característica, pense numa calça de corte ?flare?, que começa a se afastar do corpo desde a cintura até a barra.

Baixas - Calças com cós enorme só vão dividir sua silhueta e achatá-la. Prefira uma cinturi-nha baixa e ajustada ao corpo. Isso dá ilusão de tronco alongado e curvilíneo. Pra deixar tudo ainda mais alongado, não crie blocos de cores. Uma lavagem superescura acompanha-da de uma camiseta muito clara irá ?cortar? você ao meio. Um truque ótimo pra saber se o visual não está dividido, é olhar no espelho

com os olhos semicerrados, até você parecer um borrão. Se esse borrão for uniforme, você está pronta para sair. Mais um toque: calças com muitos detalhes, bolsos laterais e barras dobradas achatam.

Bumbum grande - Calças com elastano da-rão mais conforto e ajuda modelar o bumbum, mais evite bolsos pequenos pois poderão au-mentar o volume, e os bolsos maiores, eles ajudam a disfarçar o volume. Mas, atenção: os bolsos traseiros têm que ser simples, sem mui-tos bordados ou apliques. Senão, o efeito será exatamente o oposto. Para completar, a regra do preto também vale aqui: quanto mais escu-ro, melhor.

Bumbum pequeno - Bolsos traseiros mais afastados um do outro, com apliques e borda-dos ou abas criam a sensação de volume. Te-cidos elásticos costumam achatar o bumbum, portanto, não exagere.

JEANS

O primeiro estilista a colocar

os jeans na passarela

foi Calvin Klein já na

década de 1970

Saiba como escolher o jeans

Page 12: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba: Educação

Amor demais estragaARTIGO DE CAPA

Os pais precisam ser duros para manter os filhos longe das drogas

“A mãe é incompetente para “abandonar” o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita”.

Em 2004, pela ocasião do lançamento do li-vro Quem Ama, Educa!, O Campeão solicitou autorização à editora de Içami Tiba para fazer resumo daquele livro e não só fora atendido como recebera meia dúzia de exemplares da novidade que foi sorteada entre nossos leitores. Foi a maior repercussão deste jornal trazendo inúmeras pessoas a sede do jornal solicitando números adicionais.

Agora, 2011, completando 12 anos de ati-vidade e sempre realçando o tema família, nos permitimos reproduzir entrevista desse autor. Içami Tiba tem mais de 2 milhões de livros ven-didos e mais de 3.300 palestras proferidas, além de 76 mil atendimentos psicoterápicos a adoles-centes e suas famílias.

Com esse currículo invejável, o médico formado pela Faculdade de Medicina da USP e psiquiatra pelo Hospital das Clínicas da FMUSP tornou-se uma das maiores autoridades quando o assunto é relacionamento familiar e educação.

A seguir, a entrevista concedida à revista Veja: “Quando o assunto é o consumo de drogas entre os jovens, o psiquiatra paulista Içami Tiba, de 62 anos, não tem meias palavras. No livro Anjos Caídos, ele descreve uma dezena de dis-farces, sete comportamentos suspeitos e mais de vinte respostas que jovens usam para convencer adultos de que não fumam maconha. Esse estilo direto às vezes pode render dissabores. Tiba está sendo processado por ter qualificado o campus da Pontifícia Universidade Católica de São Pau-lo como um "antro de maconha", em uma entre-vista. Ele não volta atrás no que disse e acredita que falam a seu favor 34 anos de profissão, 70 000 atendimentos psicoterápicos e 2 500 pales-

tras mundo afora, além de catorze livros, com 600 000 exemplares vendidos.

Tiba aplicou suas teorias na criação de três filhos, um advogado, uma psicóloga e uma es-tudante de direito. Nesta entrevista, ele dá sua receita para o sucesso na educação das crianças. Isso inclui, ele adverte, evitar manifestações de "amor em excesso".

Veja – O senhor está sendo processado por ter dito que a PUC paulista é um "antro de ma-conha"... Tiba – É verdade. Reconheço que se trata de uma respeitável instituição científica, mas não posso concordar com a filosofia de não reprimir o uso de drogas que vigora lá. Há, sim, uma cultura de fumar maconha nos corredores do campus, como se fosse a coisa mais comum do mundo. Eu mesmo testemunhei isso, pois fui professor lá durante quinze anos. Além disso, tenho pa-cientes que estudam lá e dizem o mesmo. Como médico, não posso falsear esse diagnóstico.

Veja – O episódio da estudante baleada numa universidade carioca tem relação com a pene-tração das drogas nas escolas? Tiba – Os traficantes descobriram que a melhor maneira de disseminar a droga na sociedade é através da escola. Dali o jovem a leva para den-tro da família e para o grupo de amigos. As es-colas de ensino médio, sobretudo, tornaram-se um ótimo mercado. O traficante nem se expõe. Em praticamente todas há os minitraficantes, pessoas que se infiltram no meio dos alunos a serviço dos grandes. Às vezes são recrutados entre os próprios estudantes e recebem mais de

800 reais por mês. Há também muitos microtra-ficantes, alunos que pegam dinheiro dos colegas para comprar a droga e depois a distribuem. Não é preciso subir no morro nem ir à boca-de-fumo. A droga pode ser adquirida logo ali, na barraqui-nha ao lado da escola.

“Da escola o jovem leva a droga para dentro da família e para o grupo de amigos. As

escolas de ensino médio torna-ram-se um ótimo mercado”

Veja – Muitos pais que experimentaram ma-conha são tolerantes com os filhos que repetem essa experiência porque não acreditam que ela seja porta de entrada para drogas mais pesadas.Tiba – Na minha interpretação, ela é, sim, por-ta de entrada para drogas mais pesadas. Mas a porta para o vício é mesmo o álcool. A primeira coisa que o álcool faz na pessoa é diluir seu su-perego, instância da personalidade que agrega, entre outros, os padrões comportamentais. A partir daí, o indivíduo faz apenas coisas de que tem vontade e não o que aprendeu que deve ser feito. Tem extrema dificuldade para fazer a coi-sa certa. Esbarrou, já quer brigar, não agüenta desaforos, fica violento. O jovem que já estava pensando em experimentar maconha, e não ti-nha coragem, quando ingere bebidas alcoólicas vai provar, pois aquele freio foi destruído pelo álcool. Como a maconha despersonaliza a pes-soa, daí para a cocaína é um passo.

Veja – Mas o que devem fazer pais que prova-ram maconha e não se viciaram? Há os que fumam com os filhos e há os que proíbem. Tiba – Fumar com eles, nem pensar. Senão de-pois vão jogar na cara dos pais que se viciaram por culpa deles. Os pais têm de falar que são contra, que tiveram sorte de não ter se viciado. Quando possível, citar exemplos de conhecidos que se prejudicaram muito, ou até morreram, por causa da droga. É preciso ser duro e proibir. A proibição pode não evitar que eles fumem, mas saberão que estão agindo contra a vontade dos pais. Quanto a estes, pessoas que no passado fumaram maconha e se deram bem na vida em geral não deixaram que a droga atrapalhasse a vida delas. São comparáveis a pilotos de Fór-mula 1 que não morreram, apesar do risco que correm nas pistas. Paulo Coelho, Bill Clinton e Fernando Henrique Cardoso, que admitem ter experimentado maconha, tornaram-se pessoas bem-sucedidas, mas são sobreviventes, assim como quem pratica esportes perigosos e não morre. Por outro lado, há quarenta anos, fumar maconha não era o objetivo em si. Fumava-se maconha e se queimavam sutiãs como forma de transgressão. Hoje, o uso da maconha é total-mente diferente. A maconha não é mais bandei-ra de coisa alguma. É comum ouvir papo furado do tipo "Fumo maconha porque sou livre". Está errado, pois quem é livre não precisa usar dro-gas.

Veja – O senhor é a favor da descriminação da maconha? Tiba – Não. O Brasil não está preparado para uma medida tão radical. Não sou a favor de fi-car prendendo usuários, mas também não sou a favor de liberar geral, pois, se os caras estão se

perdendo com cerveja, imagine com maconha. Veja – Por que o senhor diz que amor em ex-cesso pode gerar filhos drogados? Tiba – O amor sem limites deixa que se de-senvolva demais o lado animal e instintivo do jovem, que passa a fazer apenas aquilo de que tem vontade. Para esse jovem, o que interessa é o prazer. A maioria dos pais faz de tudo para agradar aos filhos e eles aprendem a ter prazer sem fazer nenhum esforço. Aí, quando vão para a rua, logo encontram quem lhes ofereça um ba-seado, uma dose de prazer.

Veja – Quando os pais devem começar a des-confiar que o filho está usando drogas? Tiba – A maioria só desconfia quando a perfor-mance do filho na escola piora. Aí, pode ser tar-de demais, pois o rendimento escolar é uma das últimas máscaras a cair. Antes, já caiu a ética relacional, que se traduz na falta de respeito às pessoas. Há também uma diminuição do afeto. Antes, ele se mobilizava para ajudar os pais a re-solver pequenos problemas, ficava preocupado quando a mãe tinha uma dor de cabeça. Depois, o mundo pode desabar que ele não está nem aí, como se fosse um pensionista da casa.

Veja – Como identificar os primeiros sinais dessa situação? Tiba – Além do comportamento suspeito que já citei, há outros disfarces fáceis de ser percebi-dos. Em geral, usar incenso, perfumar o ambien-te ou deixar o chuveiro ou o ventilador ligados o tempo todo são estratégias para acabar com a marofa, a fumaça da maconha. Deve-se prestar atenção também na fala dos filhos. Se o garoto começa a se preocupar muito com os horários de saída e chegada dos pais, é outro sinal de que pode estar aprontando alguma. É suspeito ain-da quando o jovem diz que "todo mundo está usando maconha", numa tentativa de minimizar o problema. Na verdade, isso significa que ele está andando com usuários. Quando o jovem começa a dizer que maconha faz menos mal que outras drogas, então é porque já se tornou, ele próprio, um usuário. Ninguém defende o que não lhe interessa. Veja – É possível blindar os filhos contra as drogas?Tiba – A melhor proteção é criar condições para

Içami Tiba, nascido em Tapiraí, Estado de São Paulo, em 1941, é um médico psiquiatra, psicodramatista, colunista, escritor de livros sobre educação familiar e escolar e palestrante brasileiro. Filho de imigrantes ja-poneses, sonhou ser caminhoneiro. Formou-se em me-dicina pela Universidade de São Paulo, em 1968. Em seguida especializou-se em psiquiatria pelo Hospital de Clínicas da mesma universidade.Entre seus diversos títulos, encontram-se os de Mem-bro da Equipe Técnica da Associação Parceria Contra Drogas (APCD), membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychothe-rapy e conselheiro do Instituto Nacional de Capacita-ção e Educação para o Trabalho.Sua especialidade é a psicoterapia para adolescentes e suas famílias, atendendo, em sua clínica particular, a mais de dois mil pacientes a cada ano, aos quais aplica os princípios da Teoria da Integração Relacional, por ele próprio criada, e técnicas de psicodrama.Para Içami Tiba, a maior parte dos problemas psíquicos dos adolescentes pode ser atribuída ao comportamen-to de seus pais, que agem eles próprios como adoles-centes. Esses pais, na expressão criada pelo médico, estariam vivendo numa fase de “adultescência”.Içami mantém colunas no Jornal da Tarde de S.Paulo, e Revista Viva São Paulo, bem como o programa se-manal “Quem ama, educa!” na Rede Vida de Televisão. Recentemente, tornou-se colunista do portal UOL no link de educação, escrevendo artigos quinzenalmente. Com 22 obras publicadas e regularmente reeditadas,

foi campeão absoluto de vendas de livros no Brasil em 2003, segundo a Revista Veja. Lançado em 2002, o clássico Quem ama educa! , já passou de 170 edições, um verdadeiro fenômeno editorial no Brasil. Foi editado em Portugal, Espanha e Itália e vendeu mais de 1 milhão de exemplares, considerando a também a versão atua-lizada. Seu mais recente sucesso, Quem Ama, Educa! Formando cidadãos éticos chegou às livrarias no final de 2007. A nova versão, totalmente revista e atualizada, traz a visão do autor sobre a importância da ética na educação. Figura entre os dez palestrantes mais requi-sitados do país, com cerca de 3 mil participações de eventos do gênero.

Obras de Içami Tiba

n Sexo e Adolescência, Editora Ática, 10ª- ed., 1985.n Puberdade e Adolescência, Editora Ágora, 6ª- ed., 1986.n Saiba + sobre Maconha e Jovens, Ed. Ágora, 6ª- ed., 1989n 123 Respostas sobre Drogas, Editora Scipione, 3ª- ed.n Adolescência, o Despertar do Sexo, Edi. Gente, 18ª- ed.n Seja Feliz, Meu Filho, Editora Gente, 21ª- ed., 1995.n Abaixo a Irritação, Editora Gente, 16ª- ed., 1995.n Disciplina, limite na medida certa, Ed. Gente, 72ª- ed. n O(A) Executivo(a) & Sua Família - O Sucesso dos Pais Não n Garante a Felicidade dos Filhos, Ed. Gente, 8ª- ed., 1998.n Amor, Felicidade & Cia., Editora Gente, 7ª- ed., 1998.n Ensinar Aprendendo, Editora Gente, 24ª- ed., 1998.n Anjos Caídos - Como Prevenir e Eliminar as Drogas na Vida n do Adolescente, Editora Gente, 31ª- ed., 1999.n Obrigado, Minha Esposa, Editora Gente, 2ª- ed., 2001.n Quem Ama, Educa!, Editora Gente, 160ª- ed., 2002.n Homem-Cobra, Mulher-Polvo, Editora Gente, 26ª- ed., 2004.n Adolescentes: Quem Ama, Educa! - Integrare Ed. 38ª ed.

Segundo uma pesquisa feita pelo IBOPE, a pedidodo Conselho Federal de Psicologia, Icami Tiba está emterceiro lugar como o autor de pesquisa e referência,

antecedido por Freud (1.º lugar) e Jung (2.º lugar).

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Page 13: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba: “A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual”.

que ele tenha auto-estima e, desde cedo, infor-má-lo sobre os malefícios das drogas. Os pais não têm como controlar a vida do adolescente, mas devem patrulhar o filho quando houver mo-tivo para desconfianças. O jovem se fechar no quarto, por exemplo, é natural. Está querendo privacidade. Mas, se tranca a porta, está colo-cando os pais para fora da vida dele. Privacidade a chave é expulsão dos outros. Isso os pais não podem permitir. Veja – Em seu último livro, o senhor afirma que educar é diferente de criar. Qual a dife-rença? Tiba – Os pais que educam têm como foco pre-parar os filhos para a vida. Os que criam acham que resolvem os problemas para eles. A maio-ria dos pais demora para fazer os filhos assumir responsabilidades. Por isso, é comum encontrar jovens que, apesar de bem-criados e bem nutri-dos, são mal-educados. São adolescentes que diante de qualquer situação adversa desistem ou partem para a ignorância. Veja – Que valores os pais devem inculcar nos filhos? Tiba – Os principais são disciplina, gratidão, religiosidade, cidadania e ética. Por exemplo, quando o pai dá um presente ou mesmo um bombom ao filho e ele sai correndo sem dizer um "obrigado", ou o diz sem olhar nos olhos, não vale. Tem de ser incisivo: "Filho, olhe nos meus olhos e agradeça". Assim mesmo, na bu-cha. Essa postura de cobrança pelos mínimos bons costumes, se for constante, vai surtir um efeito para a vida inteira.

Veja – O bom exemplo dos pais influencia também na formação ética? Tiba – A maneira como o filho trata uma empre-gada é uma cópia fiel da forma como seus pais a

tratam. Se o pai ou a mãe fala "Vamos rezar" e quando sai da igreja já xinga um transeunte, dá o direito de o filho questionar: "Então a espiritu-alidade só vale dentro da igreja?". Não adiantam apenas exemplos de boa conduta. Muitas vezes, o filho joga algo no chão e o pai pega, achando que está sendo exemplar. Está errado, pois o que o pai tem de fazer é obrigar o filho a pegar. De outro modo, ele vai achar-se no direito de jogar papel no chão da escola e não apanhar. Afinal, essa função é da faxineira.

Veja – O que o senhor entende por religiosida-de é freqüentar igreja? Tiba – É um sentimento instintivo do ser hu-mano, que precede as religiões. Significa gente gostar de gente. Hoje em dia se valoriza muito pouco o respeito ao outro, independentemente do credo. Quando o filho maltrata o pai e este engole o mau trato sem reagir, dá uma grande li-ção de não-religiosidade. Quando o filho quebra um copo num momento de raiva, é comum o pai dizer: "Eu sei que você não fez por querer". Ao invés de poupá-lo e tirar a culpa do filho, o certo é fazer com que ele arque com as conseqüências de seu ato. Veja – Adianta castigar ou cortar a mesada? Tiba – Mais do que cortar a mesada, o impor-

tante é fazê-lo repor o que quebrou. Tirar di-nheiro é muito fácil. O filho tem de se dar ao trabalho de comprar um copo igual no lugar do próximo brinquedo, por exemplo. É uma forma de chamá-lo a assumir a conseqüência pelo ato praticado. Castigo não resolve coisa alguma. Se aqueles rapazes de Brasília que queimaram o índio Galdino, em vez de presos, tivessem sido condenados a trabalhar durante um ano na seção de queimados de um hospital, o efeito pedagó-gico seria muito melhor. Na cadeia, até gozam de certas mordomias. Não devem ter aprendido nada lá.

Veja – Têm-se visto muitos casos de atroci-dades cometidas por jovens de classe média, como alguns que mataram os pais. O que são esses casos? Tiba – Quando um filho chega ao ponto de aten-tar contra a vida dos pais, o respeito já se perdeu faz tempo. Ninguém que ama mata assim de re-pente, por impulso. Essa tese é desculpa de ad-vogado. A situação já estava complicada. Tanto que aquele pai que matou o filho em São Paulo, há dois meses, alegou legítima defesa e obteve o apoio da família. Imagine, nem a mãe lamentou que o pai tenha matado o filho! O rapaz já es-

tava em um estágio tão ruim que seu pai se viu em um triste dilema: era matar ou morrer. Boa parte da culpa nesses casos é dos pais, que, in-competentes para dar uma boa educação, tentam compensar arcando com as conseqüências das besteiras cometidas pelos filhos. Veja – Nesses casos, dá para dizer que a droga foi o principal combustível? Tiba – Há uma corrente, com a qual eu não con-cordo, que defende que a droga apenas desperta o assassino que a pessoa tem dentro de si. Eu acho que não é assim. Quando começam a usar drogas, as pessoas perdem a ética. Depois, têm a afetividade alterada, piora o rendimento escolar e, só aí, o organismo começa a ser atingido. Os bons princípios são devastados bem antes pelas drogas, e a pessoa passa a pensar que pode tudo. Poder sem ética vira violência.

Veja – As teorias que o senhor prega foram co-locadas em prática na educação de seus filhos? Tiba – Meus filhos não funcionaram como la-boratório nem cobaia para minhas teorias, mas eu e minha esposa nos empenhamos bastante para torná-los capazes de enfrentar bem a vida. Em casa, nunca entregamos nada pronto para eles. Nosso lema sempre foi: "Quem sabe fazer aprendeu fazendo". Criamos uma espécie de contrato de conseqüência, ou seja: se produziam ou agiam bem, eram recompensados pelo esfor-ço feito. Se não, sofriam a conseqüência.

Veja – O senhor os colocava de castigo? Batia neles? Tiba – Não os castigava. Eu os ensinei a arcar com o ônus e o bônus de seus atos. Também nunca bati, mas, às vezes, quando algum fazia muita birra, eu dava uns gritões na orelha dele e estabelecia um prazo para ele mudar de idéia”.

ARTIGO DE CAPA Continuação

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Page 14: O Campeao

Pensamento deDr. Içami Tiba:

Na mira dos alunosCIBERBULLYING

Professores são alvo de estudantes que, por causa de uma nota baixa usam a internet para humilhá-los publicamente

“Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também”.

comentários depreciativos. Em blogs, fotologs e redes sociais, alunos ofendem e fazem chaco-ta de seus professores ou demais funcionários da escola, com discursos de ódio que muitas vezes incidem em crimes de injúria, calúnia e difamação. Essa “nova moda” tem nome e chama-se ciberbullying, uma violência virtual que se multiplica de maneira inimaginável na internet.

Nos softwares sociais, como o Facebook, Bebo, MySpace, Linkedin, Hi5 e Orkut, esse último preferido entre crianças e adolescentes e que mantém hegemonia no País com 26,6 mi-lhões de perfis. Comunidades são criadas para expor críticas e rejeição a um determinado pro-fessor. Assim, alunos buscam ofender e ridicu-larizar a figura do docente, usando imagens de animais (burro, macaco), bruxas, caveiras ou até mesmo com algum desenho pornográfico.

No Orkut, eles encontram um canal extre-mamente eficiente para poder extravasar suas

desilusões, alegrias, frustrações e, principal-mente, ódio e ressentimento com relação a uma nota baixa que tiraram em alguma avaliação da aprendizagem.

Nas comunidades, fotos de professores re-cebem efeitos especiais negativos. Internautas, de maneira anônima ou não, os criticam sem qualquer censura, fazem votações on-line para humilhar o alvo de seus ataques.

Essas comunidades afetam os professores de forma sucessiva e sua imagem é prejudicada e exposta a vários alunos de diferentes séries da escola, que podem, inclusive, participar postando mensagens ofensivas. Lidos por uma quantidade grande de alunos, esses comentá-rios criam e disseminam uma imagem negativa do professor.

Imagem da profissãoOs efeitos do ciberbullying podem ser ain-

da mais graves que os efeitos das agressões físicas, pois têm potencial muito maior de ma-cular a imagem das vítimas e, de certa forma, é mais seguro para os agressores, por conta do suposto anonimato da internet.

Esse tipo de violência tem contribuído ainda mais para fazer aflorar a questão da in-satisfação dos professores no magistério, um tema que tem sido objeto de estudos cada vez mais frequentes nos últimos anos, tanto no Brasil como em outros países. Fatores como o estresse da profissão, associado ao excesso de trabalho, baixos salários, desvalorização pro-fissional, dificuldades materiais, indisciplina do aluno e violência na escola, entre outros, são entendidos como causadores do chamado “Mal-estar docente”.

Essas situações podem ainda levar à ma-nifestação de uma síndrome denominada Bur-nout – um distúrbio psíquico de caráter depres-sivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, cuja causa está intimamente ligada à vida profissional. A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo) foi assim denominada pelo psicanalista nova-ior-quino Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 70.

É preciso atentar para a gravidade da ques-tão. No entanto, decisões provisórias, sem o enfrentamento cuidadoso do problema, só vão continuar a manutenção do efeito negativo na saúde do professor e desenvolvimento do ensi-no e aprendizagem de crianças e adolescentes.

As escolas devem saber das medidas judi-ciais que professores podem tomar e ações pe-dagógicas que podem ser implementadas. Sem isso, os alunos continuarão a repetir essas ati-tudes porque terão certeza da impunidade. Vão continuar sentindo-se à vontade para arruinar a imagem do professor ou de qualquer outra pessoa. Dar essa permissão é comprometer a própria formação do aluno.

Medidas preventivas

As vítimas de ciberbullying têm o direito de prestar queixa e pedir sanções penais. Caso o autor das ofensas tenha menos de 16 anos, os pais serão processados por injúria, calúnia e

difamação. Se tiver entre 16 e 18 anos, respon-derá com os pais. E se tiver mais de 18 anos, assumirá a responsabilidade pelos crimes.

Para garantias legais, salve e imprima as páginas da internet onde foram divulgadas as mensagens de difamação ou ofensa sofrida e procure testemunhas. Não hesite em prestar queixa em delegacia comum ou naquela espe-cializada em crimes virtuais, se houver uma em sua cidade.

Outras dicas pedagógicas são fundamentais e podem ajudar na conscientização dos alunos: dialogue com eles sobre o ciberbullying, para que não vejam esse ato como brincadeira.

Mostre a repercussão e a responsabilidade jurídica que esses atos podem levar. Converse também com os pais, realize palestras com toda comunidade escolar. Verifique se o regimento in-terno da escola prevê sanções a quem pratica atos agressivos. Em caso negativo, discuta com cole-gas gestores a possibilidade de incluir o tema.

Participe mais das redes sociais na internet, expresse suas opiniões, combata as agressões com diálogo; é preciso assumir os espaços das redes sociais como espaço de aprendizagens, cooperação e formação. Conheça as represen-tações que os alunos possuem sobre sua prática pedagógica e reflita sobre elas. Assim, podere-mos começar a trilhar um caminho mais eficaz em relação ao combate do ciberbullying.

Telma Brito Rocha, para O Estado de S.Paulo___________

Na site do jornal, leitores se manifestaram a respeito desta matéria “Na mira dos aluno”

Geraldo Moura disse: É triste e lamentável, vermos e sabermos que isso acontece não só no Brasil e constatarmos,que isso só ocorre pr falta de PUNIÇÃO>

Silvia Costa da Silva, disse: Esta situação é reflexo da certeza da impunidade. No país do “faz de conta”, a fantasia da eficiência educati-va do ECA continua a gerar prejuízos.

Jefferson Carlos Agrizzi: Como futuro professor de história, sei bem o que irei en-frentar. Reforço a idéia de que sem a família, um adolescente não tem nenhum equilíbrio, mas sim um ego podre. Porém, nem por isso, por mais absurda que seja sua atitude, deve ser respondido com violência e sim com diálogo. Eles também têm o direito de expressarem o que pensam e o docente tem que mediar com conteúdos que façam parte do dia-a-dia do aluno. E não passar alguma matéria para eles simplismente decorarem (o que é tedioso). Co-nhecimento se constrói com a dialética.

Maristela Michels Welter: Como Peda-goga e Psicopedagoga vejo que é muito impor-tante ter uma base como a familia presente e atenta na realidade de seus filhos. Pois só assim iremos como professores conseguir fazer um bom trabalho com nossas crianças. A história de que as familias não convivem mais um com os outro, pode ser mudada pois enquanto a vida a esperança. VAMOS NOS UNIR E TRABA-LHAR JUNTO PARA MUDAR ESTA TRISTE REALIDADE QUE ESTAMOS VIVENDO.

As tecnologias da informação e co-municação, os computadores e os celulares tornaram-se meios facilitadores para publicar

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Educação

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

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“Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão”.

Maristela Michels Welter: Como Peda-goga e Psicopedagoga, vejo que o que falta re-almente é ter uma familia presente e atenta na realidade de seus filhos. Pois só assim iremos como professores conseguir fazer um bom tra-balho com nossas crianças. A história de que as familias não convivem mais um com os ou-tro, pois cada um está construindo sua vida sem preocupar-se com o próximo a seu lado, isso se repete cada dia mais sedo. As crianças são obri-gadas a seguir as regras mas o principal, falta presença, carinho, e muito amor e dedicação.

Paola disse: O artigo é ótimo e concordo com algumas opiniões registradas aqui de que o papel do professor não é dar a educação básica. Valores como respeito, cidadania e colaboração não se aprendem na escola, porém é cada vez maior o número de pais que acha que é dever da escola ensinar seus filhos a se portarem como seres humanos civilizados. Está aí o erro…

Carlos alberto pereira disse: Muito bom o artigo, acho que deveria ter algum tipo de punição para esses alunos que praticam esse tipo de ato contra a imagem do professor… …defendo a classe pois vejo o grande descaso contra o professor.

Maria Aparecida disse: A educação, hoje, não pode ser feita somente na escola ela deve ser acompanhada pelos pais e por todos aque-les que têm interesse que os nossos jovens con-tinuem tendo uma formação de cidadão.

Elaine: Quando a questão é educação a culpa pelo mal andamento é sempre dos pro-fessores. Existe uma coisa chamada lei, que da suporte pleno aos alunos, deixando os pro-

fessores atados, inerte e convenientes com os acontecimentos. Se analisarmos bem, lida-mos com alunos diferentes, a escola é uma verdadeira esponja que absorve problemas externos(Domésticos,violência, drogas, prosti-tuição, entre outros)

É muito fácil criticar a postura do profissio-nal, mas é esquecido que temos vida além da escola. Não podemos exercer o papel que é de fato dos pais, educação não se aprende apenas nas escolas. O que falta é o comprometimento político e maior fiscalização no oferecimento desenfreado de cursos de pedagogia e licencia-turas, além do destino do dinheiro.

Geraldo disse: Jamais ganhamos o Prê-mio Nobel, embora ele já tenha sido concedido 775 vezes. O Brasil é o sexto país do mundo em produção de automóveis, entretanto, não existe carro nacional. Com toda a parafernália eletrônica que se vê pelo mundo, o Brasil não produz chips. Se não fossem a compra, a trans-ferência e a pirataria tecnológica ainda estaría-

mos nus, usando arco e flexa. A “educação” no Brasil, portanto, não faz falta nenhuma, porque simplesmente parece não existir.

FERNANDO: Muito bom, porém “os pro-fessores” devem sim, aporoximarem-se mais do mundo virtual e deixarem de ser anafalbe-tos digitais, isso realmente facilitará na luta e esclarecimento sobre o assunto.

José Marcos: Muito esclarecedor o texto. Deveria ser obrigatório nas salas dos profes-sores para que os mesmos tomem as devidas providências no momento necessário. Que geração é esta que está despontando em nossa sociedade ?

Luciano: Os professores têm que se cons-cientizar da importância de estarem presentes no chamado “Mundo Virtual”, em fazer parte das redes sociais, pois elas são uma realidade forte demais para serem ignoradas assim como saber que medidas legais podem e devem ser tomadas contra qualquer tipo de agressão so-frida por eles, seja ela real ou virtual. Muito bom o texto. n

Alunos sem educaçãoCIBERBULLYING

Se antes agredia-se fisicamente a professores, hoje é pior. Anonimamente é muito mais fácil descarregar um recalque

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Pensamento deDr. Içami Tiba: Empreendedores

O ser humano é empreendedor por natureza mas há insatisfeitos que procuram melhorar o que já é bom bom para maioriaMário Augusto de Carvalho, nascido em

Caraguatatuba há 34 anos, uma filha de 4 anos, foi estimulado por amigos há muitos anos a se integrar à equipe das Lojas CEM naquela cidade e somente agora, há um ano e onze meses é que decidiu se candidatar a vendedor dessa empresa e desde então, com sua intuição de empreendedor vem explo-rando as oportunidades que a loja oferece a seus funcionários.

Orgulhoso de ter começado na base como vendedor, é notória sua ascensão hie-rárquica conquistada unicamente pela dis-posição de crescer pessoalmente visto que a empresa oferece inúmeras janelas de opor-tunidade e ele as tem utilizado para acessar a novos patamares.

Nesse curto período na empresa, teve oportunidade como gerente trainee em vá-

rias lojas da rede no Vale do Paraíba mas seu grande grande desafio, foi a incubência para gerir a filial de Nova Odessa que 11 anos de-pois de aberta recebeu investimento de um milhão de reais tendo sua área ampliada para 1.400m2.

Observador, Mário mostra com orgulho o adesivo impresso com todos telefones da rede e aplicado em todos os ramais da loja: “Acabou a perda de tempo em que o funcio-nário não sabia dar a informação ou tinha que procurar a agenda”.

Questionado por O Campeão sobre seu maior desafio: “O maior orgulho foi ter pas-sado pelo furacão da reforma, com mecarca-dorias cobertas de plásticos e mesmo assim, aumentamos o faturamento da loja”.

Qual o grande desafio para alguém que recebe o desafio de gerir algo nesse nível?

“Primeiro, ter consciência de que adminis-trar uma loja como essa é preciso estar pre-parado para responder às expectativas da empresa, ao desafio que lhe é apresentado como gestor, atuar com agilidade nas ações, ter bom relacionamento público, formando novos líderes e acima de tudo, ter foco no cliente, maior patrimônio da empresa.

Conversando com Mário percebe-se uma pessoa altamente positiva, e depois da despe-dida ficou-nos uma observação emblemática do empreendedor nato. “Às vezes, o supervi-sor Luis da Silva Galdino, 23 anos na rede, está por perto para nos ajudar a direcionar o barco. Mas há pouco, o mesmo nos ques-tionou: “Mário, que etiqueta é essa? (micro etiqueta plástica com informações completas sobre a mercadoria, presa discretamente na peça à venda). Essa ideia não pode ficar ape-nas nessa loja, tem de estar em toda a rede”.

O quê é ser empreendedor?

Há líderes que usam o grito, outros o terrorismo e há aqueles que despertam o liderado, esses, são muito respeitadosÀ medida que o mercado se expande a procura por

novos talentos pelas empresas torna-se dramática pois embora a procura por emprego seja grande, o drama do mercado é que a diferença entre quem quer trabalhar e quem quer emprego é muito grande. Daí, a valori-zação de lideranças dos empreendedores internos que despontam como vela acesa no escuro, ante um cipoal de acomodados.

A história da Winner de Sumaré, comemorando o primeiro aniversário não deixa de ser uma vitória da cidade por ter conseguido agrupar tanto talento numa única unidade de revenda Honda.

Como cliente, ao procurarmos ali um vendedor o atendimento é solícito e o conhecimento de mercado e de tratamento para com as pessoas e o ajustamento de desejo à forma de pagamento é algo dominam com maestria. Na área de mecânica, o atendimento começa com um funcionário que foi classificado como o segun-do melhor mecânico Honda do mundo em concurso realizado no Japão.

Mas na oficina existem também outros talentoa - é uma equipe. Completando, o suporte administrativo foi recrutado a dedo e as simpaticas funcionárias do setor passaram pelas melhores lojas da região e sim-plesmente decidiram participar daquela equipe porque já conheciam a maioria daquelas pessoas.

Isso é normal nas grandes corporações onde um time é formado pela experiência de executivos que for-mam a equipe simplesmente agregando em torno de si os melhores talentos que conheceram ao longa da carreira.

Márcio Crepaldi, vulgo Tibúrcio, é o maestro dessa orquestra afinada da Winner Sumaré que tinha como meta vender 80 motos por mês e andam 180.

"Onde o Márcio for, estamos juntos" - declarou um vendedor.

Quando você conseguir essa afinação com sua equipe, tenha certeza de que sua empresa será um su-cesso.

A sutil presença da liderança

Sábado é dia livre de uniforme - Gostar do que se faz é o primeiro quesito para despertar atenção do líder ao formar uma equipe vencedora.

16“Para o otimista, cada nova complicação é uma nova oportunidade. Para o pessimista, cada nova oportunida-de é uma nova complicação...”

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

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“Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo”.

Adoráveis malucos, ousados!Erva Doce

Maria Elizabeth Luciano está realizan-do o grande sonho de oferecer a Sumaré um espaço com mercadorias diferenciadas dig-nas de orgulhar suas clientes.

O toque pessoal da proprietária foi feliz ao integrar comunicação com a grande loja Enxovais Brilhante, permitindo que os clien-tes circulem por ambos os ambientes ten-do acesso tanto pela Rua Antonio do Vale Mello, quanto pela Av. 7 de Setembro, no centro de Sumaré.

A nova loja, com o singelo nome de Erva Doce, vem oferecer peças exclusivas Leza-Lez (do Sul) e Amalou (do Norte), mas em suas prateleiras pode-se encontrar inúmeras linhas diferenciadas, acessórios e semi-jóias.

Não raro em sofisticados eventos eis que duas elegantes figuras da sociedade coinci-dentemente descobrem que estão utilizando o mesmo modelito...

Elizabeth se orgulham de que nenhuma outra loja de Sumaré possui essas marcas.

Mamut’s Bar

José Carlos ficou bom tempo conhecido no bairro N. Sra. de Fátima com sua pape-laria. Vivendo há 11 anos de Nova Odessa, acredita que achou seu porto ideal para an-corar o barco. Nessas águas, está assumindo com sua companheira Mirtes, a administra-ção do Mamut’s Bar, casa de esquina que permite à maioria dos usuários tenham privi-legiada visão do momento da feérica Rebou-ças/Ampélio Gazzetta, em Nova Odessa.

Dará continuidade às especialidades da casa com sua tradicional batata recheada que nada fica a dever à do shopping D. Pe-dro, assim como está ampliando o cardápio com picanha na pedra e caldo de quenga.

Interessante no Mamut’s Bar é o am-biente estritamente familiar e o cardápio que não assusta nenhum bolso. Para completar o final de semana, aos sábados passou a ofe-recer música ao vivo e por ali passa muitoa cantores talentos.

Empreendedores

Emerson Jarrier e sua namorada Tatia-na alugaram uma casa na Rua José Maria Miranda, e montaram a 100% Games, início de um bem sucedido empreendimento que já beirando os 11 anos de atividade ampliou sua atuação ao seguimento de informática visto que sua clientela é formada por um pú-blico essencialmente bem informado sobre novas tecnologias e aquelas crianças que os pais deixavam passar períodos aos cuidados da loja utilizando suas cabines de games e lanchonete interna enquanto iam cuidar de afazeres na região, a loja 100% Games evo-luiu e hoje atendendo novos personagens de mercado e aqueles antigos clientes que cres-ceram e hoje, alguns já casados, continuam fiéis à espaçosa loja em frente ao Clube Re-creativo, na Av. Rebouças, e ao longo desse tempo a loja sofreu inúmeras transformações atendendo novos nichos de consumidores.

Hoje, 2011, Emerson e Tatiana estão ca-sados e têm uma linda filha. O garoto Emer-son que sempre teve o capricho de decorar sua loja com miniaturas de dinossauros a personagens de Guerra nas Estrelas, está ampliando sua atuação abrindo espaçosa loja na Rua Dom Pedro II, esquina com a Av. Abdo Najar, em coração americanense.

É de admirar o espírito do empreendedor que sem verbas oficiais, incentivos fiscais, vai à luta, coloca sua poupança a risco e oferece ao mercado mais um empreendimento.

O Brasil ficou maior, mais rico e milha-res de anônimos contribuíram, à margem de governo, sem incentivos oficiais, esses adorá-veis malucos levam essa nação às costas.

100% Games e Infomática Koisas de Kasa

Koisas de Kasa é o novo e agradável espa-ço que o casal Carlos Galhardo e sua esposa Adélia Galhardo estão oferecendo à cidade com a inauguração da espaçosa e arejada loja à Av. Carlos Botelho nº 1207 próximo ao Nova Odessa Veiculos. Pé direito acompanhado de muito vidro, muita luz, é impossível passar pelo local sem virar a cabeça para admirar tan-tas flores, abajures, aparadores, variedades de utilidades doméstica, enfim, proprietários há longos anos da loja de móveis para escritório Vitória Designer em Nova Odessa, com o novo empreendimento acreditam poder atender aos, às vezes, aflitivos momentos de falta de opção do morador ao comprar presentes. A Koisas de Kasa veio para atender exatamente esse nicho.

Nova Odessa é um local onde os descen-dentes dos fundadores da cidade são minoria e diariamente está chegando gente cada vez mais exigente visto que o ciclo rural há muito acabou e hoje, quem chega é um funcionário da IBM, da Petrobras ou da Caterpillar.

Estrategicamente localizada no miolo do segundo maior mercado do Estado de São Paulo, por ter se mantido pequena, sua qua-lidade de vida foi preservada se comparando à vizinhança. Assim, tem sido opção natural para pessoas empreendedoras à busca de novas oportunidades e que lhes assegurem o projeto de vida aspirado.

Nesse ciclo de migração também se enqua-dra esse moço Galhardo, 49 anos, natural de Nova Odessa, Estado de São Paulo e de sua esposa Adélia natural de Tanabi Estado de São Paulo, que tiveram a ousadia de oferecer algo tão bom à cidade.

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Pensamento deDr. Içami Tiba: “Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo”.Profissionais de Ouro

O marido entra com muito cuidado na cama e sussurra suave e apaixonadamente no ouvido de sua mulher. "estou sem cueca..." E a mulher lhe responde: “Amanhã, eu lavo uma!”

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

19“Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga. A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve “abandoná-lo”.

Conheça a nova geração de tecnologia de impressão: Bulk-Ink, um inovador sistema de abastecimento contínuo de tinta para Impressoras jato de tinta, constituído de 4 reser-vatórios de alta capacidade, mangueiras de silicone ultra resistentes e válvulas anti-refluxo, tal sistema é adaptado às impressoras (HP e Epson) sua tinta à base de corante (preto, ciano, magenta e amarelo) incorporam a tecnologia

de Impressão, permitindo ao sistema oferecer suprimentos de baixo custo, documentos com qualidade, Impressões fotográficas rápidas, duráveis e de secagem instantânea. O novo sistema inclui uma inovação: Fácil reposição de tin-ta e grande rendimento. Agora você pode contar com uma única solução para seus projetos de impressão de documen-

A Alcatel-Lucent, em parceria com outras indústrias, desenvolveu o lightRadio, um novo sistema que vai reduzir drasticamente a depen-dência da indústria móvel de mastros e esta-ções rádio-base.

Essa dependência estava a ponto de levar as comunicações móveis a um impasse, mas, com a nova tecnologia, desaparecerão muitos dos limites referentes a redes móveis, o que

ajudará a implementar uma cobertura mundial de acesso móvel à internet em banda larga.

A tecnologia lightRadio diminui a pegada de carbono das redes móveis em mais de 50% e reduz o custo total de propriedade dos operado-res móveis no mesmo percentual. Além disso, o alcance da rede móvel de banda larga aumenta substancialmente, já que são usadas pequenas antenas em um número maior de locais.

A lightRadio diminui o tumulto de antenas nas áreas urbanas, permitindo aglutinar 2G, 3G e sistemas LTE (4G) em uma poderosa antena pioneira fabricada pela Bell Labs, que pode ser colocada em postes, laterais de prédios ou em qualquer local onde haja alimentação elétrica e uma conexão de banda larga.

A antena lightRadio é um pequeno cubo, que pode ser montado em módulos tal como o brinquedo Lego. Tanto seu custo quando seu consumo elétrico são dramaticamente menores

do que os das antenas atuais. A inovação vem num momento bastante

propício, em que cresce a demanda de redes móveis 3G e 4G envolvendo a adoção em mas-sa de serviços de TV wireless e outras formas de conteúdo de banda larga.

A Alcatel-Lucent anunciou as especifi-cações técnicas e a data de lançamento do lightRadio em um evento de indústria em Londres há poucos dias. O dispositivo estará disponível para testes ainda em 2011 e entrará no mercado em 2012.

Segundo a Bell Labs, em 2013 serão fei-tos mais de 21,6 bilhões de aplicativos móveis. E até 2015 haverá 18 vezes mais smartphones do que hoje, o tráfego wireless será 30 vezes maior e o uso de smartphones por quilômetro quadrado será 32 vezes maior do que o atual.

Mais detalhes: www.alcatel-lucent.com/lightradio.

Adeus às torres de celularAntena cúbica lightRadio fará desaparecer torres e mastros móveis de celular

A nova revolução chama-se nanotecnologia. Tudofisicamentepoderáficarficarpequeno!

Tecnologia Marcos

Chaveiro3466-12509718-2858

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

“Pais e mães não podem se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. ‘Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador’. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.

Às vezes, falamos errado... “Obrigado eu” ou “Eu que agradeço”? Quem é informado não mora de aluguel!

MICOS

Qual a forma correta: Você já notou que o “acerto” quase nunca é propalado com a mes-ma velocidade que o “erro”? Por que digo isso? Simples! Há poucos meses, sabe-se lá de quem foi a autoria, a frase “OBRIGADO EU” dis-parou na preferência popular, desbancando até mesmos os já clássicos “Nóis vai” e a “Gente fomos”.

Errar é humano, todavia, cometer o mesmo erro é perigoso, até porque, atrás de cada palavra há um indivíduo detentor de competências, ain-da que às vezes, devido à qualidade do ensino público, essas mesmas competências estejam alicerçadas por frágeis conhecimentos. Assim, para os mais escolarizados, erros dessa natureza causam graça, piadinha de mau gosto, expondo os mais desprotegidos culturalmente ao cons-trangimento, ainda que velado, o que é pior.

Toda forma de discriminação lingüística é

abominável, ainda, não se pode julgar a índo-le de um cidadão só porque ele cometeu uma gafe; mas não é o que acontece. Já tive notícias de que certas empresas de seleção testam jus-tamente o candidato na hora do agradecimento, assim, ao pronunciar o tal “Obrigado EU”, toda sua prova pode ser desconsiderada e o emprego repassado ao candidato seguinte. Isso é crime? Se considerarmos a discriminação vernacular, sim; mas a dificuldade está em se provar essa discriminação, até porque, ela acontece, como já disse, na surdina, dentro de uma sala, tranca-da a sete chaves.

E aos críticos mais serenos, uma infor-mação extra-oficial: o suposto erro também é cometido por profissionais de carreira, cujo salário os coloca no topo da pirâmide social, diferentemente do que afirma uma pequena parcela de gramáticos adeptos à filosofia do

quanto mais pobre, pior.Quer uma prova? Então vamos lá! Dias des-

ses, em um grande banco estrangeiro de origem espanhola, a gerente, com o sorriso clareado à mostra, apertou minha mão e disse, pasmem, repetidamente: “Obrigado EU!”. Naquele mo-mento, desculpem-me a franqueza, levantei, dei dois passos em direção à escadaria, retornan-do em seguida. Vendo-me de novo, a gerente perguntou: “Esqueceu algo, senhor Carlos?” Ainda que intimidado, aleguei que sim! Então, revirando os papéis de sua mesa antes mesmo que eu anunciasse o tal “objeto” motivador de meu retorno, perguntou-me: “O que seria? Por acaso o celular, o Rg, o CPF...?”

Com o sorriso tímido estampado à face, pedi para que ela se sentasse, foi quando, após inspirar profundamente, revelei o motivo de meu retorno: “Querida... desculpe-me a sin-ceridade, mas eu não esqueci nenhum objeto em sua mesa; pelo contrário, esqueci apenas de informá-la de que a expressão “OBRIGADO EU!” é incorreta, porque sendo o EU um pro-nome pessoal do caso reto, ele não deve apare-cer em final de frases, mas apenas no início, em que desempenha o papel para o qual foi criado: praticar uma ação e não recebê-la, como acon-teceu no modelo em epígrafe. O mais prová-vel, ainda que estranho à sintaxe portuguesa, seria se utilizar da expressão “Obrigado MIM”, porque este pronome é quem recebe uma ação desencadeada pelo sujeito. Veja um exemplo clássico: “Este lápis é para mim?”

Visivelmente desnorteada, a moça pegou

um lenço de papel e passou-o no rosto, limpan-do o suor, que lhe caía em abundância.. Ao in-vés dela pedir que eu procurasse minha “turma” – por que saber se é o Eu quem pratica uma ação e não O Mim?, solicitou que eu continuasse.

A expressão considerada mais adequada à situação seria: “EU QUE AGRADEÇO!”, ou simplesmente, remetendo-se às normas grama-ticais alcaides, o popular “DE NADA!”

Levantei-me e, antes que ela pudesse dizer algo, fui-me embora; apesar de instruir uma pes-soa - papel que me é delegado pelo meu cargo, senti-me constrangido, afinal, o que ela poderia ter pensado de mim? Talvez um excêntrico ou mesmo um tremendo idiota. Já em casa, algu-mas horas depois, abri o e-mail e, para minha surpresa, havia a seguinte notinha:

“Prezado senhor Carlos Mota, se o senhor não tivesse a coragem de me corrigir, quantos outros “Obrigados EU” eu poderia ter dito, por plena inocência? De certa forma, esse erro po-deria pôr em risco o meu próprio cargo no ban-co, afinal, relaciono-me com clientes de toda natureza e falar errado torna-se um “motim”, em caso de uma suposta concorrência profis-sional interna. Como retribuição ao seu gesto, faço questão de dizer tantas vezes quanto forem necessárias: “EU QUE AGRADEÇO A SUA SINCERIDADE!”

Bem, amigos, como perceberam, é vivendo que se aprende.

Carlos Rogério Lima da Mota, formado em Letras e em Educomunicação

pela Universidade de São Paulo.

Nossa língua20

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

21(Reizinho?) “O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo”.

Roberta Rodrigues que interpreta Fabíola da novela Insensato Coração faz Lagarto Assado e Massa no Estrelas da Globo com a Angélica. Receita passo a passo. Veja que rápida e fácil de fazer, e uma delícia.

Lagarto Assado

Ingredientesn 1 peça de lagarto redondo n 1 gomo de linguiça calabresa n sal a gosto n alho a gosto amassado n Shoyo n óleo para fritar Molho Madeiran 800 gramas de molho madeira n 200 gramas de champignon

Massan 500 gramas de fettuccini n 1 lata de creme de leite n 300 gramas de queijo parmesão ralado n sal n alho amassado a gosto

Modo de preparo

n Faça um furo no centro da carne no sentido do comprimento e coloque a linguiça cala-bresa. Tempere a carne com sal alho e molho shoyo e reserve por 10 minutos. Leve assar em forno pré-aquecido por mais ou menos 1

hora em fogo médio. n Molho madeira – Despeje o molho madeira numa panela , acrescente o champignon, leve ao fogo até levantar fervura. n Massa – Misture em uma panela o alho, o sal, acrescente o creme de leite, o queijo par-mesão. Leve ao fogo brando mexendo sempre até levantar fervura e atingir a consistência de um creme.

n n n

Em “Insensato Coração”, a personagem Fabíola é uma cozinheira, que tenta a carreira como cantora de MPB. E, através dela, Roberta tem mostrado que além da beleza e da inter-pretação, também se destaca quando o assunto é soltar a voz. Só que a paixão pela música não se restringe ao papel. Com a sua banda, Melanina Carioca, formada com amigos do Vidigal, Roberta não para de fazer shows e já está até em turnê por outros estados.”Às vezes saio da gravação muito cansada e corro pra fa-zer algum show, mas é tão prazeroso e é um mercado tão difícil, que me sinto privilegiada”, pondera.

A carreira como atriz e cantora chama a atenção dos que convivem com Roberta Rodri-gues e para muitas crianças do Vidigal, ela é uma referência. “Não carrego isso como fardo, carrego como presente divino. Quero fazer a diferença para essas crianças, assim como ou-tras pessoas fizeram diferença na minha vida”.

Um delicioso lagarto assadoEla é Fabíola da novela Insensato Coração e faz Lagarto Assado digno das melhores mesas

Sabores

Foto: Débora M

ontenegro-TV G

lobo

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

Povoando o imaginário coletivo Ao propor uma literatura que dialogasse com o homem simples, Jorge Amado criou um imaginário

Talvez o sobrenome seja o que mais bem defina as ambições artísticas de Jorge Amado. Buscando criar uma literatura original e que atendesse aos anseios do povo, o baiano tor-nou-se o mais querido escritor brasileiro.

Nascido em Itabuna, no ano de 1912, e fi-lho do fazendeiro de cacau João Amado e de Eulália Leal, foi superado em número de ven-das e traduções apenas por Paulo Coelho, mas ainda é o artista símbolo do imaginário popular e defensor das massas como fontes criadoras. Autor de livros realistas, embora de forte conte-údo poético e apelo fantástico, conseguiu tocar nos problemas sociais, trazendo sempre a força de superação do homem comum.

Romances como Capitães da Areia; Jubia-bá; Gabriela, Cravo e Canela; Mar Morto, entre outros, inserem-se na tradição literária de cria-ção de uma identidade nacional – por mais mis-cigenada que fosse, segundo a abordagem de Gilberto Freyre, uma das referências de Jorge.

Para o doutor em letras pela Universida-de de São Paulo (USP) e autor do livro Jorge Amado: Romance em Tempo de Utopia (2ª ed., Record, 1996), Eduardo de Assis Duarte, “a maior aspiração dele era escrever para o povo e formar um público para a literatura bra-sileira. Buscava o romance como um veículo das utopias de seu tempo, a maior delas, a da igualdade”.

A cineasta Cecília Amado, neta de Jorge Amado, ressalta a posição de destaque dos per-sonagens na estrutura das obras do avô. “Acho que meu avô era um cara que adorava as pesso-as e isso era o grande forte dele, a paixão pelos seus personagens”, explica Cecília. “Por isso, são personagens tão incríveis, todos são trata-dos como heróis.” A diretora se prepara para o lançamento, no segundo semestre, de seu primeiro longa-metragem, Capitães da Areia, inspirado na obra homônima.

Entre a literatura e a políticaJorge Amado casa-se, pela primeira vez, em

1933, com Matilde Garcia, com quem tem uma filha, Lila. Perseguido por suas obras, carrega-das de denúncias sociais, é obrigado ?a se exilar em 1941. Retorna ao Brasil em 1944, quando se divorcia. No ano seguinte, é eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro e se casa com a escritora Zélia Gattai, com quem tem três filhos e permanece pelo resto da vida. Em 1961, é eleito para a cadeira número 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL), que foi primeiramente ocupada por Machado de Assis e tem José de Alencar como patrono.

Simpatizante do candomblé, Jorge Amado foi, junto ao Congresso Nacional, autor da lei que assegura a liberdade de culto religioso. Essa for-ça mítica do povo está sempre presente em seus textos, refletida na criação de um universo que conversava com o seu tempo e trazia personagens retirados de suas vivências. O escritor captou a essência do homem simples, recriando tipos hu-manos, que ficaram para sempre na memória po-pular (veja boxe com personagens do autor).

Trouxe ainda para o ambiente literário aque-las figuras nascidas das dificuldades da própria vida: o malandro, o preguiçoso, o mulherengo, o jogador, as mulatas dos terreiros, as prostitu-tas, as lavadeiras. Em seu romance Os Pastores da Noite (1964), escreve: “Com o povo aprendi tudo quanto sei, dele me alimentei e, se meus são os defeitos da obra realizada, do povo são as qualidades porventura nela existentes”.

De acordo com o cineasta Bruno Barreto – diretor da adaptação de Gabriela, Cravo e Ca-nela e de Dona Flor e Seus Dois Maridos, que permaneceu por mais de 30 anos como maior bilheteria brasileira, sendo superada apenas re-centemente por Tropa de Elite 2 –, não existe nenhum outro escritor brasileiro que tenha cap-tado o inconsciente coletivo tão bem. “É um

paradoxo, mas ele conseguiu transformar o re-gional em universal”, diz.

Mil adaptaçõesJorge Amado é um dos autores brasilei-

ros mais adaptados para outras artes e mídias. Transportados para o teatro, cinema, televisão, música, artes plásticas, dança, enredos de carna-val, quadrinhos e até mesmo musicais na Broa-dway, os romances do escritor baiano ganharam o mundo em diversos formatos. Além disso, a obra amadiana é, sem dúvida, a que mais teve versões audiovisuais.

Tanto na televisão, com as incontáveis mi-nisséries e novelas de enorme sucesso (Tieta, Gabriela, Porto dos Milagres, Pastores da Noite,

Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tereza Batista, entre outras), quanto no cinema, com uma inin-terrupta produção de filmes (Tenda dos Mila-gres; Jubiabá; Gabriela, Cravo e Canela; Tieta do Agreste, entre outros), Jorge Amado povoou também o imaginário coletivo brasileiro.

Após a recente estreia de Quincas Berro D’Água, dirigido pelo cineasta baiano Sérgio Machado, devem ser lançadas, em breve, duas adaptações de livros de Jorge Amado. Além de Capitães da Areia, de Cecília Amado, Os Velhos Marinheiros, baseado em livro homônimo do es-critor, de 1961, e dirigido por Marcos Jorge (Es-tômago), está em fase de finalização.

O sucesso do escritor vem de mãos dadas com as críticas severas. Considerado, principal-

Muita gente não o leu mas já se encantou com seus personagens que foram ao rádio, TV, cinema...

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

mente, como populista e de poucos recursos lite-rários, o baiano foi muito criticado durante a vida. Os maiores reconhecimentos viriam após a mor-te, em 2001. Segundo Eduardo de Assis Duarte, não há dúvidas de que Jorge Amado sofreu uma espécie de preconceito estético, pois “foi discri-minado por alguns modernistas e por gerações de críticos centrados nos valores do Modernismo”.

Já Bruno Barreto crê que esse tipo de perse-guição é um problema do país. “É como o Tom Jobim dizia, sucesso no Brasil é ofensa pessoal, é pior que xingar a mãe do outro. Quando o ar-tista morre, vira santo, porque é um país católico e as pessoas se sentem culpadas”, garante. Para o cineasta Sérgio Machado, esse tipo de precon-ceito já foi superado há algum tempo. “É um escritor que tem obras realmente fundamentais. Acho que já ficou pra trás essa bobagem de que, se você é popular, não pode ser bom, como se uma coisa excluísse a outra”, completa.

Por outro lado, tido por Pablo Neruda como o maior romântico do século 20, Jorge Amado

foi muito querido por diversos artistas e intelec-tuais, que reconheciam a sua grandeza. “Ele era um ser humano polêmico, contraditório, mas acima de tudo sincero”, afirma Duarte, que o conheceu pessoalmente durante os seus estudos acadêmicos.

Sérgio Machado narra um episódio, no qual um curta-metragem seu chegou às mãos de Jorge Amado, que gostou do filme e resolveu ajudá-lo, sem ao menos conhecer o cineasta, em início de carreira.

“Acho que essa generosidade se reflete muito nas obras dele. É, antes de mais nada, um escritor que gosta do seu povo”, reitera. Já Bru-no Barreto se entusiasma e é enfático ao falar sobre o baiano: “Os dois maiores seres humanos que conheci na minha vida foram Tom Jobim e Jorge Amado. O Jorge era uma pessoa única, acima do bem e do mal, um indivíduo com um intelecto e uma vivência incríveis”.

Logo após a morte de Jorge Amado, em um belo texto publicado originalmente no Jornal O

Globo, em 12 de agosto de 2001, o escritor João Ubaldo Ribeiro escreve: “Eu estava na Bahia para sua despedida e vi o povo nas ruas, aplau-dindo seu escritor com emoção. Muitos entre eles nem leem, mas todos sabem que perderam algo de muito importante, que felizmente viverá sempre na obra que aí está”.

Era aquele cara que todos gostariam de te-lo como amigo

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

24“Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (kWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final”.

A vida como ele é...

Natureza

Um fotógrafo amador registrou o momento exato, de poucos segundos, em que um hipopótamo se atracou com um crocodilo que pretendia atacar os seus filhotes, em um parque nacional no Malauí. O professor Arnaud Germain, de 37 anos, fazia sua 32ª visita ao país africano e registrava imagens de seu pássaro favorito. Ele contou que estava focando sua lente na ave quando ouviu uma movimentação na água. Tratava-se de um crocodilo que tentava se aproximar de filhotes de hipopótamo. Mas o incauto predador não contava com a reação imediata da mãe dos animais. A hipopótamo mordeu o crocodilo com ferocidade. A sequência de imagens foi registrada em detalhes por Germain. Os dois animais se atracaram por meros 45 segundos, mas as fotos captam um duelo dramático. O pássaro clicado pelo fotógrafo amador permaneceu alheio ao embate e aparece com ar sereno em algumas das imagens clicadas por eles. BBC Brasil - Todos os direitos reservados.Fonte: BBC

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As melhores de todos os temposMOTO

Segundo o Discovery Channel em sua série “Greatest Ever”, abaixo as 10 melhores motos já produzizidas

PODE SER O SEU O dia de amanhã ninguém usou. Pode seu seu! - Pagano Sobrinho

25“Dinheiro ‘a rodo’ para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar”.

No Discovery Channel há uma série chamada “Greatest Ever” onde eles se concen-tram em um tipo específico de máquina ou veículo e criam uma lista dos dez melhores.

Eles tiveram episódios de tanques, carros esportivos, he-licópteros e assim por diante. Há alguns anos, eles fizeram um programa das dez maio-res motocicletas de todos os tempos. Abaixo estão as dez melhores motos segundo a classificação dos produtores daquele programa.

Evidentemente, foi uma eleição fechada onde deve ter havido no máximo consultas a especialistas, imagina O Campeão. Entretanto, trata-se de uma aclamação complexa pois quem conhece apaixona-do por moto fica cego e não admite opiniões alheias.

10 Harley Davidson Knu-cklehead: Ano 1936, 36 HP, 1.340 ccm, máxima 145 kmh;

9 Moto Guzzi V8: 1955, 68 HP, 498,5 ccm, 150 kg, máxi-ma: 275 kmh;

8 Vespa (OX 125): 1977, 8 HP, 123 ccm, 106 kg, máxi-ma: 87 kmh;

7 Brough Superior SS 8: 1923, 25 HP, 981 ccm, Má-xima 128,7 kmh;

6 Britten V1000: 1993, 999 ccm, 138 kgMáxima 303 kmh;

5 Triumph Bonneville T100: 2001, 64 HP, 865 ccm, 205 kg, 180 km/h;

4 Y2K (o.k.): 2002, 316.8 HP, Engine: Gas turbine, 208.7 kg, top speed: 402.3;

3 Honda CB 750 (K0): 1969, 67 HP, 736 ccm, 218 kg, Top speed: 200 km/h;

2 Ducati 916: 1995, 109 HP, 916 ccm, 201 kg, 254 km/h;

1 Honda Cub: Year: 1958 Power: 4.3 HPEngine capacity: 49 ccmWeight: 65 kg, Top speed: 40 km/hRank: 1st

Consultas: blogdotony.com.br/, blog-do-tiozao.blogspot.

com

Considerado um visionário em seu tempo, Soichiro Honda (1906 - 1991) tinha espírito criativo e persistente, que é retratado nos diversos textos escritos sobre ele. Em certa ocasião ele disse o seguinte: “Eu vivo no presente, para construir o futuro, com a experiência do passado”.

Décadas após a incrível evolu-ção tecnológica em todos os seguimentos da sociedade, a singela moto de Soichiro Honda, de 1958 é acla-mada como a melhor moto de todos os tempos! Naturalmente pesou aí não a tecnolgogia pois essa está disponível no seu tempo, mas a simplicidade do desenho e principalmente sua utilidade numa época em que veículo automotor era sinônimo de luxo.

Honda Cub, produzida em 1958, foi considerada a melhor moto de todos os tempos. Homens ou mulheres do mundo todo passaram a ter na pequena Cub a independência para locomoção.

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“Informação é diferente de conhecimento... O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.

Em Brasília, o cotidiano é complicado. Mais de 70% dos empregos do Distrito Fede-ral se concentram no Plano Piloto, só que 80% da população mora fora dele. Como agravante, a malha metroviária alcança poucos bairros, a frota de ônibus é ineficiente e as ciclovias são desconexas. O resultado: Brasília ostenta umas das mais altas porcentagens de habitantes por carro do país. São 1,1 milhão de automóveis para 2,6 milhões de pessoas.

No Brasil, há um carro para cada seis ha-bitantes, paridade que vem diminuindo a cada ano. O fenômeno do crescimento econômico, do crédito farto - e agora mais caro - e da as-censão da classe média levou a frota brasileira

a registrar aumento e 61,3% em uma década, atingindo 32,4 milhões de veículos em 2010. No mesmo período, a população aumentou 12,3%, para 190,7 milhões de pessoas.

Num cálculo mais preciso, o País tem 5,9 habitantes por veículo, incluindo na conta au-tomóveis e comerciais leves (94% da frota to-tal), caminhões e ônibus.

Em 2000, a proporção era de 8,4 habitantes por veículo. A vizinha Argentina tem entre 4,5 e 5 habitantes por carro.

Além de maior, a frota brasileira está mais jovem, concentrada e mais lenta nas grandes metrópoles. Dos veículos em circulação, 42% têm até cinco anos de uso.

Flagra do novo Fiat Siena derivado do Projeto 326

Com fachada à la cara de bravo, o então simpático Siena vem para brigar por mais emplacamentos

Brasil já tem 1 carro para cada 6 habitantes

Autoridades de Brasília estão arrepiadas: são 1,1 milhão de automóveis para 2,6 milhões de pessoas

O novo Fiat Siena continua em testes de durabilidade e agora já circula com seu visual definitivo por baixo da extensa camuflagem preta. Faróis, lanternas, para-choques, retrovi-sores são os da versão de produção. São vários protótipos nas ruas que já circulam pela área central de Belo Horizonte, antes, só rodavam em rodovias. A ideia era lançar o modelo em novembro, mas, ainda não consegui confirma-ção se os planos foram mantidos.

O visual do modelo foi revelado pelo Au-tos Segredos em projeção (veja aqui) publica-

da em 17 de maio. A dianteira é bem diferente a do irmão, pois, contará com faróis mais es-pichados que lembram um pouco dos Idea e Bravo. O modl filetada e na parte que encontra com o capô contará com um peça cromada para da mais luxo ao modelo. Já a grade inferior res-ponsável pela refrigeração do radiador terá a grade no formato colmeia. Os cromados tam-bém estarão presentes nas molduras dos faróis de neblina e no contorno do compartimento das lâmpadas que terão formato redondo.

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“O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, TV, etc.”

Paccar fará caminhões no Brasil

A chinesa Shacman informou que importará o primeiro lote de cavalos mecânicos ao Brasil até o fim de julho. Os modelos escolhidos são o TT 420 (versão 4×2) e TT 385 (6×4). Os dois atendem ao limite de emissões de poluentes Euro 5 (Proconve P7). De acordo com a marca, foram feitas modificações específicas para o mercado nacional, como a adoção de ar-condi-cionado e airbags.Na parte mecânica, os veículos utilizam o blo-co Cummins ISM de 11 litros, com 385 ou 420 cavalos e sistema common rail. O câmbio pode ser o Eaton de 12 velocidades ou Fast de 16 velocidades, ambos com overdrive. O centro de operações da empresa funcionará em Tatuí, SP.

Chinesa Shacman venderá veículos pesados no Brasil

O Grupo Paccar, nos últimos 40 anos, conquistou uma participação de mercado im-portante em alguns países da América do Sul com a venda de caminhões da marca america-na Kenworth. E como a região, com exceção da instabilidade dos governos da Bolívia e Venezuela, tem se valorizado com sucessivos índices de crescimentos econômicos, tendo ainda ótimas perspectivas da economia para

os próximos anos, a Paccar investirá, finalmen-te, no potencial da região para os negócios da companhia.

“Estamos planejando a introdução dos ca-minhões DAF na América do Sul, incluindo a construção de uma fábrica no Brasil”, revelou Bob Christensen, vice-presidente executivo da Paccar. “O Brasil é um dos grandes mercados de caminhões do planeta, no segmento acima de

15 toneladas, e deverá absorver entre 110.000 a 120.000 caminhões em 2010. O volume se assemelha ao absorvido nos Estados Unidos”, diz o executivo, o que justifica o ingresso da marca no mercado brasileiro.

Os investimentos no continente não param por aí. A Paccar irá inaugurar, no próximo mês de dezembro, um novo centro de distribuição de peças em Santiago, no Chile, para dar su-porte às operações da Kenworth e DAF. “Estes

investimentos vão proporcionar um aumento significativo das vendas da Paccar na América do Sul nos próximos anos”, estima Christen-sen.

Segundo o site http://autossegredos.com.br, a planta produzirá caminhões da DAF, marca holandesa controlada pelo grupo norte-americano. A unidade industrial será erguida no Paraná, em uma região conhecida como Campos Gerais. Fonte: Transpoonline

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Novidade antiCorolla e CivicMG começa vender carros com sete anos de garantia

MERCADO

A MG Motors inicia as vendas de seus carros no Brasil, começando por São Paulo, A previsão também é de lançar mais três modelos até o final do ano.

Um dos pontos altos da marca é que os seus carros têm sete anos de garantia. É a maior garantia que uma empresa dá no mercado bra-sileiro. As revisões são feitas a cada cinco mil quilômetros.

A estratégia é atingir os consumidores de carros como Corolla e Civic que investem até R$ 85 mil em um veículo, mas mostrando que seus carros podem ser comparados a Merce-des-Benz, Audi, BMW e Volvo, não só pela qualidade, mas também pelo grande número de itens de série.

Para atrair o consumidor a MG está tentan-do mostrar que a manutenção e revisão de seus carros custam em média 50% menos que seus concorrentes e seu preço é 15% mais baratos que os principais sedãs vendidos no Brasil.

O MG550 é um sedã de luxo que foi de-senhado no Centro de Design de Birmingham, na Inglaterra. Nos testes de colisão o carro re-cebeu pontuação máxima naquele país. O seu desenho é pensado no luxo com farol e lanterna integrados a uma grade cromada com formato de trapézio. Os pára-choques integram os fa-róis de milha e as tomadas de ar centrais e late-

rais, com um vinco ascendente. A linha lateral forma uma curva levemente acentuada, com um vinco suave e um recorte que termina nas lanternas traseiras.

No interior, o carro tem painel digital, conta giros analógico central e tela de monitoramen-to com os comandos de pressão, temperatura e luzes-espia. No centro, a tela tem sistema de navegação e multimídia com DVD e GPS. O carro é equipado com motor de quatro cilindros 16 válvulas turbo, de alumínio, com 1.796cc, potência de 170cv a 5.500rpm e torque de 21,92 kgfm a 2.500-4.500rpm, que alcança velocidade máxima de 270 Km/h. O câmbio é automático de 5 velocidades com comando tiptronic na alavanca e paddle shift (volante). A suspensão dianteira é independente e traseira do tipo Multi-link, com rodas aro 17´´.

Além dos seis airbags (frontais, laterais e cortina) o carro tem também freio a disco ven-tilado com sistema de auto-limpeza e sensor antitravamento ABS+EBD+EBA+BAS+BDC+SCS+CBC+MSR+VSC nas quatro rodas, controle de tração (TCS), cintos de segurança com pré-tensionadores, sensor de monitora-mento de pressão dos pneus (TPMS), chave eletrônica inteligente, sensor crepuscular e de chuva e sistema anti-furto Euro-TCI.

O MG550 custa R$ 94.789,00 e oferece

ar condicionado digital dual-zone, bancos elé-tricos dianteiros e revestimento de couro, teto solar elétrico, câmera e sensores de ré, persiana traseira, tela de LCD de 6,5”, sistema multimí-dia MG D5 Digi-Next com DVD e som XBM Hi-Fi com mp3 e conectividade Bluetooth, oito auto-falantes, entrada auxiliar e USB, painel digital e piloto automático. O MG6 também foi projeta no mesmo centro que o MG550 e tem

máscara negra nos faróis e lanternas lanternas traseiras têm formato de folha que combinam as cores vermelha e cinza. O interior tem os mesmos elementos do MG550, com o diferen-cial dos mostradores analógicos e a tela digital central configurada em português. O MG6 tem o mesmo conjunto mecânico e de suspensão do MG550. Oferecido em versão única ao preço de R$ 99.789,00. Fonte: WebMotors

Com 7 anos de garantia, a concorrência entre fábricas até emfim começa a acontecer no país

“O maior estímulo para ter disciplina é o desejo de atingir um objetivo..”Motores

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

Pesquisadores da indústria automobilística e médicos trabalham em vários projetos que buscam novas tecnologias para reduzir aciden-tes de carros e torná-los menos fatais.

Mais de 1 milhão de pessoas morrem em acidentes de carro a cada ano no mundo. Na maior parte das vezes, segundo pesquisadores, erros de julgamento do motorista são as princi-pais causas de acidentes.

Para tentar evitá-los, cientistas e engenhei-ros ligados a grandes montadoras estão desen-volvendo tecnologias que ajudem a reduzir o número de colisões.

Novos protótipos trazem sistemas que pre-veem e corrigem problemas causados por más condições de tempo e por erros do motorista.

Outros programas e dispositivos permitem minimizar danos provocados aos passageiros e ajudam a tornar o atendimento médico mais ágil e eficiente. Conheça alguns dos projetos em desenvolvimento.

Frenagem inteligente: sistema de senso-

res permite que o carro consiga frear automa-ticamente. Na pista de testes da empresa Vol-vo, na Suécia, o cientista Erik Coelingh testa uma tecnologia de frenagem automática para garantir que os carros parem quando detectam a aproximação de outro veículo pela frente ou pelos lados.

"O carro tem um sistema de sensores que tenta detectar onde estão os objetos ao redor dele. Há um GPS e um sensor no teto que per-mite medir a localização de outros veículos", explica.

Ele diz que os testes preliminares obtive-ram bons resultados. Dentro do carro com a tecnologia de frenagem automática, Coelingh pisou no acelerador, mas parou na pista antes de atingir o veículo inflável usado para a ex-periência.

O pesquisador diz ter objetivos ambiciosos para a pesquisa que está conduzindo. "Acredi-tamos que acidentes não são inevitáveis."

"Temos uma visão de que no futuro não haverá mais colisões, nem mais acidentes fa-tais com veículos", conta.

Estudos para evitar acidentesRobô permite que o médico visualize a vítima e se comunique diretamente com a equipe que trabalha na unidade de acidentes e emergência.

Pára-brisa que 'amplia' visão - Cientistas do laboratório de pesquisa da General Motors em Detroit, nos Estados Unidos investigam maneiras de fazer com que o carro compense falhas na visão do motorista.

Eles estão desenvolvendo um protótipo de pára-brisa que pode dar aos condutores dos carros uma espécie de visão aumentada de de-terminados pontos da estrada. A tecnologia se chama Sistema de Visão Avançada (Advanced Vision System no original em inglês).

"Nosso objetivo não é mudar a percepção que a pessoa tem do mundo, mas ressaltar pon-tos importantes", diz o coordenador do projeto, Thomas Seder.

Em momentos de dificuldade, o carro pode realçar determinadas partes do trajeto ou pon-tos de referência para ajudar o condutor.

"Uma das situações mais comuns em que podemos ajudar é quando a pessoa está dirigin-do em uma estrada com neblina", diz Seder.

"Podemos enfatizar as margens da estrada, aumentando a realidade e tornando-as mais aparentes para que a pessoa possa liberar sua atenção para outras coisas importantes."

Médico robô - Médicos no Jackson Memo-

rial Hospital em Miami, na Flórida, estão de-senvolvendo um robô que pode ser controlado remotamente por um cirurgião. A tecnologia é conhecida como "telemedicina" avançada.

O cirurgião Antonio Marttos, que partici-pa dos testes com a máquina, conta que o robô permite que ele possa visualizar a vítima e se comunicar diretamente com a equipe que tra-balha na unidade de acidentes e emergência.

Controlando as câmeras no robô, Mart-tos consegue fazer um diagnóstico rápido dos pacientes que são trazidos à unidade e dizer à equipe quais são os procedimentos médicos de que o paciente pode precisar imediatamente.

Os pesquisadores explicam que a tecnolo-gia é importante para garantir que as vítimas de acidentes sejam tratadas ainda na primeira hora após o impacto, considerada como a mais crítica.

Marttos acredita que oferecer tratamento

rápido e especializado para vítimas de aciden-tes pode poupar tempo e vidas.

"Eu posso ajudar a enfermeira ou o médico de plantão à distância, e posso fazer com que eles tenham a melhor opinião técnica sempre", diz. Ele também participa do desenvolvendo

um pequeno dispositivo que pode ser levado aos locais em que os acidentes aconteceram, para monitorar as vítimas antes mesmo do transporte até o hospital. "Posso ajudar as pes-soas a lidar com o paciente e, quando ele che-gar aqui, eu saberei o que estou recebendo."

Cientistas buscam tecnologias que evitem acidentes de carro ou minimizem os danos aos passa-geiros quando a colisão for inevitável.

“O ser humano pode começaar a mudar em qualquer fase da vida, inclusive, na terceira idade. Nós somos uma nova página a cada dia.”Tecnologia

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

Carros estranhosO psicólogo chamaria esses criadores de malucos? E tais criações não ficam barato...

A mania do Auto Tuning ou de, pura esimplesmente, "personalizar" os automóveis

de modo original pode levar a situaçõesverdadeiramente bizarras.

Esta majestosa limusina que aqui vemos acima, por exemplo, foi obtida graças ao sacrifício generoso de três

Mercerdes Benz Station Wagon. Apetece dizer como Galileu: "E, no entanto, ela move-se" (sabe Deus

como, com tantos cromados)... Mas a arte de transformar os automóveis, deixando de lado os muitos exemplares

de notório mau gosto, também produz veículosfascinantes. E que dizer de um veículo meioautomóvel meio catedral gótica senão que é

lugar ideal para celebrar o mais romântico doscasamentos? A tradição já não é o que era.

“Como será a educação dos filhos desses quem nem tiveram educação, o que poderão passar para seus filhos?Hobby

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Pensamento deDr. Içami Tiba:

Campanhas educativas e maior cobrança para que o fornecedor divulgue a

convocação estão nos planos

SÃO PAULO - A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) divulgou nesta sexta-feira, 6, um relatório que revela baixa adesão dos donos de veícu-los aos recalls feitos pelas montadoras. Com base nesse resultado, a fundação pretende to-mar diversas iniciativas. "Além de campanhas educativas, podemos cobrar do fornecedor que realize novas campanhas na mídia", afirmou o diretor executivo do Procon, Paulo Arthur Len-cioni Góes.

O relatório do Procon-SP foi obtido com base em um banco de dados criado pela fun-dação, que reúne todas as 433 campanhas de recall (de todos os tipos de produtos e serviços) realizadas no País desde 2002. "Esse banco de dados pode servir para orientar as políticas pú-blicas. Uma hipótese seria fazermos uma par-ceria com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) para saber por que os sistemas de freio apresentam tantos problemas. "De onde vem essas peças? Quem as fabrica?", questiona o diretor.

Outro fator que deve colaborar para aumen-tar o índice de participações em recalls é uma portaria conjunta entre o Denatran e a Secreta-ria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, editada em março. De acordo com a nova norma, o veículo que não comparecer ao recall no prazo de um ano terá essa informação no Certificado de Registro e licenciamento de Veículo (CRLV), o que, na prática, dificultará a venda deste automóvel.

Segundo o relatório do Procon, 5,71 mi-lhões de pessoas foram afetadas pelos recalls

de carros no País desde 2002. Um dos recalls que envolveu o maior número de veículos foi o do modelo Novo Ka, da Ford, realizado em dezembro de 2008. Dos 41.460 motoristas que deveriam fazer a manutenção, só 3.928 (9,47%) responderam ao chamamento, segundo dados da própria montadora. Nesse caso, existia a possibilidade de ocorrerem fissuras no tubo de freio, que poderiam acarretar na perda da efici-ência de frenagem, com risco de acidente.

Dos 334 recalls realizados no setor auto-motivo, desde 2002, 68 (20,36%) foram rela-tivos ao sistema de freios. Em seguida aparece o sistema elétrico-eletrônico, com 16,77%, e o sistema de combustível, com 11,38%. Ainda de acordo com os dados do Procon, a montado-ra que mais realizou recalls foi a Ford (7,29%), seguida pela Volvo (6,83%) e pela Mercedes-Benz (5,69%).

Ricardo Morishita Wada, professor de Res-ponsabilidade Civil e Direito do Consumidor na Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), lembra que o Brasil é o quinto maior vendedor de veículos do mundo. "As empresas precisam mudar a forma como elas comunicam o recall. Elas fazem recall nos Estados Unidos desde 1966. O consumidor paga pelo produto. O recall não é uma benesse, uma bondade, é uma questão de segurança", afirma.

Saúde e produtos infantis

A pesquisa do Procon-SP também compu-tou os recalls feitos em outras áreas, além do setor automotivo. No segmento de produtos para saúde, por exemplo, foram 33 casos desde 2002. É a área onde o maior número de pessoas foram afetadas: 48,92 milhões. Em oito recalls, o problema tinha relação com efeitos colaterais

nocivos à saúde; e em três casos havia conta-minação por bactérias ou outras substâncias tóxicas. Num dos casos, do medicamento Pre-xige (lumiracoxibe) 400 mg, da Novartis, só 2,99% das 12,75 milhões de pessoas afetadas atenderam ao recall.

O segmento de produtos infantis foi o ter-ceiro que mais registrou recalls desde 2002, com 20 casos.

Um dos recalls com maior número de afe-tados foi o do brinquedo Magnetix, da Gulliver, em que 49,6 mil unidades apresentaram o pro-

blema. Havia a possibilidade dos imãs presen-tes no brinquedo se soltarem e serem ingeridos pelas crianças, ocasionando ferimentos graves com, risco de morte. O índice de atendimento desse recall foi de apenas 16,34%.

Segundo o Procon-SP, uma das explicações para a baixa adesão aos recalls nos segmentos de saúde e produtos infantis é o valor dos pro-dutos. De acordo com Cleni Dombroski, técni-ca de defesa do consumidor da fundação, “mui-tas vezes o brinquedo é barato, quebra rápido, e as mães acabam não fazendo o recall”.

Procon analisa recalls de veículosEntidade estuda ações para combater baixa adesão a recalls de veículos

O Procon (Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor) é um órgão brasilei-ro de defesa do consumidor, que orienta os consumidores em suas reclamações, informa sobre seus direitos, e fiscaliza as relações de consumo.

Ele funciona como um órgão auxiliar do Poder Judiciário, tentando solucionar pre-viamente os conflitos entre o consumidor e a empresa que vende ou presta um produto ou serviço, e quando não há acordo, enca-minha o caso para o Juizado Especial Cível com jurisdição sobre o local. O Procon pode

O que é o Proconser estadual ou municipal, e segundo o artigo 105 da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), é parte integrante do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor.

O Procon é estabelecido primeiramente pelo governo estadual. A partir da criação deste Procon, são criados outros Procon’s nas cidades do estado. Nem todas as cidades de um estado possuem um escritório do Procon. Nesses casos, o consumidor pode procurar o Procon mais próximo da sua cidade. Todas as capitais do Brasil possuem uma filial do Procon.

Muitos pais, em nome do amor, deixam de cobrar coisas que precisam cobrar e ficam poupando os filhos.Direitos 31

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Pensamento deDr. Içami Tiba: