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O Blog como Ferramenta de Aprendizagem no Ensino de Química 1 Carlos Alberto da Silva SOUSA 2 Maria Goretti de Vasconcelos SILVA 3 Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE Resumo O blog foi utilizado neste trabalho como ferramenta pedagógica no ensino de Química em uma escola pública da periferia de Fortaleza-CE. Desenvolveram-se ações com os estudantes no laboratório de informática com a aplicação dos temas “As biografias e o ensino de Química” e "Ácidos e Bases". Para avaliar a aprendizagem foi aplicado um mesmo questionário em três momentos diferentes: no início, ao final e uma semana após o término do curso gerando dados que foram analisados qualitativa e quantitativamente e também comparados com turmas controle. Os pesquisados que usaram metodologias sem blog apresentaram redução no desempenho de 3,74 para 2,30, equivalentes a 38,50% de retrocesso. A implementação do blog como ferramenta pedagógica no ensino de Química nos cursos presenciais regulares da educação básica possibilita desenvolver habilidades e competências diferenciadas e úteis no mundo atual. Palavras-chave: blog; ensino de química; aprendizagem significativa Introdução O ensino de química apresentou nos últimos tempos pouca evolução nas ferramentas pedagógicas adotadas na melhoria da aprendizagem, o que pode ser percebido nas Orientações Educacionais para o Ensino Médio (BRASIL, 2006) quando no capítulo referente aos conhecimentos de Química, refere-se sobre a disciplinaridade dos conteúdos em contraposição às ações interdisciplinares e abordagens transdisciplinares recomendadas pelos PCNEM e DCNEM (BRASIL, 2006, p. 101). Na escola pública, salvo algumas intervenções pontuais, observa-se que as aulas continuam sendo dadas nos moldes de séculos anteriores, tendo como recurso didático unicamente o quadro verde ou branco (um grande avanço ao anteriormente negro) e o velho e conhecido giz, um dos grandes responsáveis pela condição insalubre do magistério, 1 Trabalho apresentado ao II Simpósio de Inovação Tecnológica na Educação, Campinas, SP, 26 e 27/08 de 2013. 2 Mestre em Ensino de Ciências e Matemática, Professor do Ensino Básico Técnico e Tecnológico Federal da Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará, Fortaleza, CE. e-mail: [email protected] 3 Orientadora da pesquisa, Professora Doutora do Departamento de Química Analítica e Físico-Química da Universidade Federal do Ceará, Coordenadora do Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática, Fortaleza, CE. e-mail: [email protected]

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O Blog como Ferramenta de Aprendizagem no Ensino de Química1

Carlos Alberto da Silva SOUSA2

Maria Goretti de Vasconcelos SILVA3

Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE

Resumo

O blog foi utilizado neste trabalho como ferramenta pedagógica no ensino de Química em

uma escola pública da periferia de Fortaleza-CE. Desenvolveram-se ações com os

estudantes no laboratório de informática com a aplicação dos temas “As biografias e o

ensino de Química” e "Ácidos e Bases". Para avaliar a aprendizagem foi aplicado um

mesmo questionário em três momentos diferentes: no início, ao final e uma semana após o

término do curso gerando dados que foram analisados qualitativa e quantitativamente e

também comparados com turmas controle. Os pesquisados que usaram metodologias sem

blog apresentaram redução no desempenho de 3,74 para 2,30, equivalentes a 38,50% de

retrocesso. A implementação do blog como ferramenta pedagógica no ensino de Química

nos cursos presenciais regulares da educação básica possibilita desenvolver habilidades e

competências diferenciadas e úteis no mundo atual.

Palavras-chave: blog; ensino de química; aprendizagem significativa

Introdução

O ensino de química apresentou nos últimos tempos pouca evolução nas

ferramentas pedagógicas adotadas na melhoria da aprendizagem, o que pode ser percebido

nas Orientações Educacionais para o Ensino Médio (BRASIL, 2006) quando no capítulo

referente aos conhecimentos de Química, refere-se sobre a disciplinaridade dos conteúdos

em contraposição às ações interdisciplinares e abordagens transdisciplinares recomendadas

pelos PCNEM e DCNEM (BRASIL, 2006, p. 101).

Na escola pública, salvo algumas intervenções pontuais, observa-se que as aulas

continuam sendo dadas nos moldes de séculos anteriores, tendo como recurso didático

unicamente o quadro verde ou branco (um grande avanço ao anteriormente negro) e o

velho e conhecido giz, um dos grandes responsáveis pela condição insalubre do magistério,

1 Trabalho apresentado ao II Simpósio de Inovação Tecnológica na Educação, Campinas, SP, 26 e 27/08 de 2013. 2 Mestre em Ensino de Ciências e Matemática, Professor do Ensino Básico Técnico e Tecnológico Federal da Escola de

Aprendizes-Marinheiros do Ceará, Fortaleza, CE. e-mail: [email protected] 3 Orientadora da pesquisa, Professora Doutora do Departamento de Química Analítica e Físico-Química da Universidade

Federal do Ceará, Coordenadora do Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática, Fortaleza, CE. e-mail:

[email protected]

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embora nas escolas da rede estadual do Ceará, seja possível encontrar quadros para

marcador de quadro branco (pincel).

Encontramos em Guimarães (2000) um relato das práticas educacionais sem

reflexão, sem que seja dada a devida importância ao conhecimento efetivo o qual comunga

com o que estamos a expor com relação à falta de mudança, ou à pouca mudança, nos

procedimentos de ensino. Este tipo de ensino acontece por ser centralizado na suposta

sabedoria professor em detrimento do objetivo maior que é o aprimoramento do

conhecimento do educando.

Várias incursões do Governo Federal foram realizadas na tentativa de modificar

positivamente dessa realidade, como é o caso da “Lei nº 9.424 de 24 de dezembro de 1996

que dispõe sobre o Fundo de Valorização e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

Valorização do Magistério (FUNDEF) o que estava previsto no sétimo parágrafo do

artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”, a “Proposta da Emenda

Constitucional (PEC) do FUNDEB” (BRASIL, 2006, p. 5), da distribuição de livros das

diferentes disciplinas do ensino, instalação de laboratórios de Ciências e Matemática

(multidisciplinares e/ou monodisciplinares), provimento de laboratórios de informática

com acesso por intermédio do “Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo)

criado pela Portaria nº 522/MEC, de 9 de abril de 1997”, e disponibilização de

computador na escola com acesso à internet ainda que lenta (BRASIL, 1997). Apesar

dessas iniciativas, pelo que se observa no cotidiano na escola, é notório o descompromisso

político na efetivação dessas ações nas escolas. As aulas não evoluíram suficientemente,

pelo menos o esperado pela repercussão do discurso ensejado por ocasião da aquisição dos

bens ou o início/inauguração das “obras”.

A deficiência acontece por conta inicialmente da baixa relação existente entre o

número de computadores da escola disponibilizados nos laboratórios e o número de alunos.

Já nos laboratórios de Ciências (Física, Química, Biologia e Matemática) a realidade da

grande maioria das escolas é que quando existe, trata-se de um único ambiente para

atender todas estas disciplinas para todas as turmas. Pode-se observar um grande

despreparo dos professores de um modo geral para o uso dessas ferramentas, apesar de

existirem profissionais aptos ou que pelo menos se disponibilizam a capacitar-se para esta

tarefa nos poucos cursos com esta destinação. Em muitos casos, até mesmo aqueles que

são destinados a coordenarem os laboratórios enfrentam tal situação sem qualquer

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inclinação para a atividade. Outro fator complicador é a dificuldade apresentada para o

acesso aos laboratórios, exigida tanto ao professor como ao aluno.

Para ocorrer aprendizagem significativa, o material ou ferramenta utilizada permita

que o aluno tenha uma disposição para relacionar, o novo conhecimento, potencialmente

significativo, à sua estrutura cognitiva. Há a necessidade de que as aulas sejam

modernizadas, com o uso das novas tecnologias tais como a internet e simuladores de

ambientes virtuais, tornando-as atrativas, promovendo ações motivadoras, e acessíveis para

o aluno. Ao mesmo tempo, elas devem ser eficazes e práticas viabilizando a assimilação

dos conceitos científicos numa práxis de aprendizagem significativa por parte do

educando. É crucial que esta aula, ou parte dela, esteja disponibilizada para que o aluno

possa rever as estratégias e os conceitos trabalhados e será de grande valia, se esta aula

tiver continuidade em tempo fora da escola, possibilitando ao educando a interação,

produzindo e vendo produções de seus colegas e participar de um processo de construção

coletiva do conhecimento. A internet, com a diversidade de que é constituída, afigura-se

como um componente importante na viabilização destas atividades cruciais no processo

ensino-aprendizagem.

No entanto, a maior parte dos alunos vê com certa resistência a possibilidade de

aprender Matemática, Física, Química e Biologia. Do que se percebe a necessidade de que

as aulas sejam modernizadas, com o uso das novas tecnologias tais como a internet e

simuladores de ambientes virtuais, tornando-as atrativas e interessantes, promovendo ações

motivadoras, e acessíveis para o aluno. Ao mesmo tempo, elas devem ser eficazes e

práticas viabilizando a assimilação dos conceitos científicos numa práxis de aprendizagem

significativa por parte do educando. É relevante a aula, ou parte dela, esteja disponibilizada

para que o aluno possa rever as estratégias e os conceitos trabalhados e, será de grande

valia, se esta aula tiver continuidade em tempo extraescolar possibilitando ao educando a

interação, produzindo e vendo produções de seus colegas e, neste procedimento, participar

de um processo de construção coletiva do conhecimento.

Certamente o grande volume de acessos à internet tem seu reflexo na sociedade. Os

professores percebem mudanças comportamentais em seus alunos demandando novas

abordagens e métodos de ensino no exercício de sua profissão referindo-se inclusive à

superficialidade aparente dos alunos no pensar e agir pelo modo com que transitam de uma

fonte de informação para outra deixando a impressão que estes não refletem nem criticam

sobre o que as informações que absorvem. Para Veen e Vrakking (2009) a preocupação do

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comportamento das crianças viventes no mundo digital não permeia apenas entre os

professores. Todo e qualquer projeto que tenha público alvo pessoas com idade de 12 a 24

anos, e a escola com dedicação especial, tem que estar atento a estas pesquisas, o que leva

a toda uma reformulação cultural. As linguagens passam a ser readequadas, os processos

motivacionais também devem está em ressonância com estas novas tendências

comportamentais. Lévy (2000) na introdução de seu livro “As tecnologias da inteligência:

o futuro do pensamento na era da informática” já se referia a este processo envolvente das

novas tecnologias e suas influências nas diversas relações da sociedade numa percepção ao

que existia e de como a evolução das tecnologias era percebida. A força influenciadora das

novas tecnologias no convívio social já era bastante evidente no início da década de 90.

Caracterização de Blogs

Uma ferramenta criada na internet e que muito se popularizou pela praticidade de

manuseio, facilidade no acesso, quantidade e variedade de informações suportada, caiu no

gosto de todas as gerações, notadamente os jovens. Esta ferramenta, chamada inicialmente

de weblog é posteriormente denominada simplesmente de blog e foi concebida como “uma

coluna on-line, com interatividade e multimídia” Segundo Veen e Vrakking (2009), os

blogs “... são diários digitais que todos podem acessar. É possível escrever sobre qualquer

coisa: histórias, convicções, experiências, fotos, jogos, qualquer coisa que você deseje

compartilhar com o mundo.” Os blogs podem ser classificados segundo sua finalidade em

blogs de interação (e aqui estão os milhares de blogs sociais) e de aprendizado, que ainda

são raros na literatura.

Figura 1. Modalidades dos blogs na educação

Fonte: Barro et al. (2008)

A opção do uso de blogs como ferramenta pedagógica, deriva do fato de possibilitar

e propiciar aos educandos e professores postarem na internet textos selecionados prontos,

construir textos, narrativas, colocar questões, registros de aprendizado, opinião sobre

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atualidades, partilhar ideias, relatórios de visitas, experimentos e excursões de estudos,

publicar trabalhos, fotos, desenhos, vídeos, músicas e o que mais a imaginação permitir,

participando de uma construção coletiva, colaborativa do conhecimento nas postagens ou

por intermédio dos comentários em momentos síncronos ou assíncronos de forma mais

fácil e rápida. Estes predicados consolidam a esta outra característica do blog como

ferramenta de apoio ao ensino no processo de desenvolvimento de trabalho colaborativo

isto tudo sem as dificuldades de atualização requeridas pelos sites tradicionais

(BALTAZAR; GERMANO, 2006; SANTOS, 2008; BARRO et al., 2008).

Os Blogs Educacionais (Salas de Aula Virtuais)

Na visão de Moresco e Behar (2006, p. 2), a utilização de weblogs no processo

ensino-aprendizagem proporciona ao educando uma variedade de ações educativas a serem

desenvolvidas síncronas ou não. Neste sentido MORESCO afirma que “a partir da criação

de blogs educacionais o aluno poderá pesquisar, analisar, refletir, e buscar soluções para

resolver problemas, ao mesmo tempo em que se apropriar das tecnologias digitais.” Tudo

isto pode acontecer dentro ou fora do ambiente escolar em seu horário de permanência da

sua instituição de ensino ou fora dela possibilitando assim a ampliação da ocupação do

educando no processo formativo contribuindo para que o mesmo fique menos vulnerável

às influências impróprias que o levaria à provável marginalidade.

Os blogs são dotados de recursos que permitem a interação entre o autor do blog e

os visitantes. Estes, ao verem as postagens podem fazer uso do espaço “comentário”, que

fica logo após cada postagem, ou do livro de visitas ou ainda dos murais virtuais, e

desenvolverem seus comentários os quais ficarão visíveis e identificados som nome e

imagem (uma foto, provavelmente, à escolha do postador), à escolha do autor do blog. Os

elementos de identificação, nome e foto, funcionarão como hiperlink permitindo que, ao se

clicar, enviar uma mensagem direta o proprietário da foto. Demais alunos que visitarem o

blog de modo síncrono, ou a posteriori, de modo assíncrono, poderão efetuar comentários

tanto direto da postagem principal como de cada comentário postado ou ainda direto para o

autor da postagem ou do comentário. Estas ações poderão promover produtivas discussões

proporcionando uma aprendizagem colaborativa. Desta forma, o educando sai da condição

de receptor passivo para coautor do conhecimento construído (BALLESTA PAGÁN,

2002). Tem-se então neste processo, com o uso de blogs educacionais na pesquisa, na

análise, na reflexão e na busca de soluções, o reforço da socialização do conhecimento

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associado à construção colaborativa que pode influenciar positivamente na autoestima e

autonomia do educando (MORESCO; BEHAR, 2006).

A estratégia do uso de blogs propicia o desenvolvimento do pensamento crítico do

discente haja vista que o próprio educando se manifestará para aprimorar as contribuições

de seus precedentes ou por intermédio de participações em tempo real. Neste mecanismo

enseja-se a possibilidade das discussões que, com certeza, promovem e lapidam o

conhecimento. Com as devidas interveniências do conjunto de educadores vislumbra-se a

possibilidade do êxito possível na relação trabalho educacional em “contraposição” ao

trabalho político. Neste caso, contraposição não tem sentido antagônico e sim de

desabrochar atitudes políticas por ocasião do desenrolar do trabalho educacional.

Em harmonia com essa ideia encontra-se em Moresco e Behar (2006, p. 3) ao

discorrer que:

[...] o uso da rede é, ainda, muito recente na escola pública e o grande

desafio, para os educadores que utilizam as tecnologias digitais em sua

prática docente, é fazer com que os alunos nela naveguem com qualidade

e senso crítico. [...] A orientação e o acompanhamento do professor são

muito importantes neste sentido.

As atividades educacionais a serem desenvolvidas pelos profissionais da educação

não podem ficar amarradas aos currículos tradicionais, recheados de conteúdos estanques e

descontextualizados. Seus procedimentos devem permitir que o educando se desenvolva e

detecte a jogo de interesses que está por trás de cada ação do outro e consiga ter um

cotidiano consciente.

Exemplos do uso destas novas tecnologias já se manifestam em algumas escolas no

estado do Ceará, de forma pontual, porém, fazendo uso mais criativo da internet como os

Projetos: “Uso do Blog na Interação Escola-Comunidade” e “Jovens Profissionais na Linha

Digital” apresentado pela Escola Profissional de Russas “Jornal Virtual SFT” apresentado

na III Feira Estadual de Ciência e Cultura, em Fortaleza. Em outros estados do Brasil,

encontra-se ativo o blog da Escola Municipal CAIC Mariano Costa da Rede Pública

Municipal de Joinville-SC e em Rio Pardo no Rio Grande do Sul o blog é para a

aprendizagem de Física e Química de Moresco e Behar (2006), nos qual os autores

concluem que cada blog pode ser considerado um laboratório dinâmico que podem

colaborar no desenvolvimento de habilidades e competências necessárias ao estudante no

mundo atual.

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Nos exemplos apresentados percebe-se o uso do blog na relação da escola com a

sua comunidade local e/ou na interação com os demais segmentos que configuram a

comunidade escolar, os quais são muito importantes para o sucesso escolar, mas não fazem

parte da dinâmica da sala de aula. Dos relatos destas escolas conclui-se, portanto não haver

nenhuma inovação no sentido da apropriação do conhecimento digital dos professores e/ou

alunos na dinâmica do processo ensino-aprendizagem em suas aulas ou numa extensão

destas na própria escola ou fora dela.

Desenvolvimento do Trabalho

A Construção dos Blogs Educacionais: Sala de Aula Virtual

O Blogger (tutorial ©Google.com - disponível em

<http://www.google.com/support/blogger/bin/answer.py?hl=pt-BR&answe r=41354>,

acessado em 3/8/2011) foi selecionado na elaboração dos blogs educacionais utilizados

neste trabalho, devido sua simplicidade e viabilização de atualização, a qualquer momento

independente do lugar que se encontre do planeta sem a menor complicação ou

conhecimento de programação desde que tenha acesso à internet além de ser uma

ferramenta disponibilizada gratuitamente. Dois temas foram selecionados para aplicação da

ferramenta: “As Biografias e o Ensino de Química” e "Ácidos e Bases".

As Biografias e o Ensino de Química

O tema “As Biografias e o Ensino de Química” foi selecionado possibilitando ao

estudante ser inserido na História da Ciência, conteúdo que normalmente não é

contemplado nos currículos das escolas. A introdução da História da Ciência na educação é

defendida por permitir aos estudantes, a concepção do conhecimento científico no contexto

de que a ciência pode ser situada social e historicamente (TERNES et al., 2009). Os

Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) indicam que esta área de pesquisa é

importante na compreensão das concepções científicas absorvidas pelos estudantes.

O trabalho foi aplicado em 14 turmas distintas de alunos do segundo ano do Ensino

Médio 6 (seis) do turno da manhã e 8 (oito) do turno da tarde. A pesquisa de campo

desenvolveu-se em várias etapas. Na primeira etapa, após a realização do questionário

preliminar citado acima, efetuou-se uma atividade de capacitação em comunicações

virtuais dos alunos da escola selecionada para que os mesmos apropriassem e ou

aprimorassem as habilidades necessárias ao manuseio de blogs com a finalidade de

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minimizar as dificuldades nestes conhecimentos. Trabalhou-se, para tanto, habilidades de

enviar e receber mensagens por e-mail, postar comentários em blogs e sites, etc., com a

implementação do tema “As Biografias e o Ensino de Química”.

Na segunda etapa, o blog privativo foi construído pelo autor da pesquisa para cada

uma das 14 (catorze) turmas. O título de cada blog foi constituído do termo “QUÍMICA

GERAL. COM_[REFERENCIA DA TURMA], como por exemplo, para a turma A do 2º

ano o título atribuído foi “QUÍMICAGERAL.COM_2A” podendo ser encontrado no

endereço eletrônico <http://quimicageralcom-2a.blogspot.com> como pode ser visto na

figura 02.

Figura2. Print screen do blog construído para uma das turmas, 2ºA, na fase I com a postagem

“As Biografias e o Ensino de Química”

Fonte: Blog Química Geral.com_2ª- Disponível em: http://quimicageralcom-2a.blogspot.com.br/2010/05/as-

biografias-e-o-ensino-de-quimica.html>. Acesso em: 14 jul. 2013.

A apresentação do blog de cada turma (sala de aula virtual) contendo um passo a

passo da primeira atividade a ser desenvolvida no tema “As biografias e o ensino de

Química” com uma listagem de 50 cientistas envolvidos com os conhecimentos de

Química, ou afins foi realizada. Na primeira sessão de cada turma no laboratório de

informática foi apresentado o blog portal, não privativo, o seu endereço eletrônico,

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http://quimicageralcom.blogspot.com, através do qual seria feito o acesso ao blog de cada

turma. Cada aluno deveria escolher um dos cientistas relacionados na postagem, pesquisar

a biografia e fazer uma publicação na forma de comentário desta postagem tendo a

obrigação de transformar a linguagem dando a conotação de uma autobiografia. A

avaliação dos comentários correspondeu a uma nota que compôs parcialmente a nota do

primeiro período letivo de 2010 do aluno, sendo que para os alunos que, por um motivo ou

outro, não desenvolveram a atividade tiveram suas médias compostas apenas pelas demais

atividades do referido período, como se a atividade não tivesse existido.

A segunda atividade programada consistiu na leitura das postagens inseridas no

blog, no tema "As Biografias e o Ensino de Química - parte II”, seguido da execução de

duas tarefas: escolher um cientista entre os 50 da listagem da primeira atividade que não

tenha sido trabalhado por ele, ler a biografia desse cientista postada por um colega, assumir

a postura de entrevistador diante do cientista e elaborando 15 perguntas (devendo envolver

a identificação, a produção científica e a vida pessoal/social do vulto) cujas respostas sejam

encontradas na biografia postada por seu colega na primeira atividade, sem, no entanto,

respondê-las, pois quem irá responder será um outro aluno.

A terceira tarefa foi a de escolher uma entrevista postada por um colega e assumir o

papel do cientista diante do repórter e responder as 15 perguntas postadas pelo colega. O

aluno, neste momento, não poderá trabalhar com o cientista do qual elaborou a entrevista

nem com o do que postou a biografia, de modo que ao final da atividade, o aluno deverá ter

trabalhado com (três) cientistas diferentes, do 1º postou a biografia, do 2º publicou a

entrevista e do 3º respondeu as 15 perguntas. Durante toda a atividade, os alunos postavam

também as impressões sobre o uso da ferramenta.

Ácidos e Bases

Alguns conhecimentos são fundamentais na Química e permeiam por várias áreas

estando presentes no cotidiano de todos. São temas transversais, citados nos PCNs

(BRASIL, 1999), e um desses temas é "Ácidos e Bases". O uso dos blogs na aplicação do

tema ácidos e bases foi realizado com quatro grupos de vinte alunos

convidados/voluntários, dois grupos de cada turno, manhã e tarde.

Inicialmente os estudantes participaram de uma avaliação virtual, que funcionou

como um pré-teste sobre os conhecimentos já existentes sobre o conteúdo de 20 questões

objetivas de 05 opções das quais uma única é verdadeira. Antes da ação da primeira aula,

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foi construído um blog contendo orientações a serem utilizadas pelos alunos.

Posteriormente foram ministradas dez horas-aulas sobre ácidos e bases, distribuídos em 6

tempos de aula. Dos quatro grupos, dois (1 de cada turno), trabalharam em aula

convencional (sem o uso do blog), e os outros dois (1 de cada turno), desenvolveram

atividades letivas usando o blog como ferramenta didática. Os 2 grupos que receberam

aulas sem o auxílio do blog, sendo 1 (um) de cada turno, serviram como grupo de controle.

Esses eventos aconteceram no próprio laboratório de informática da escola em que os

alunos estudavam em seus turnos correspondentes. As atividades desenvolvidas com o uso

do blog foram principalmente aulas virtuais e listas de exercícios. No final da atividade foi

efetuada uma avaliação que consistiu da mesma prova que foi aplicada no pré-teste e uma

semana após a última aula, aconteceu a aplicação da mesma prova, todas com o mesmo

critério de pontuação da primeira, de modo que a mesma prova foi aplicada em 03

oportunidades.

A partir dos dados obtidos, foi possível promover a análise da evolução ou

regressão das médias dos grupos ao longo das 3 provas e a propor a influência destes

resultados no processo de ensino-aprendizagem de cada grupo estratificados por turnos,

ano de escolaridade, por prova e total, para os alunos que participaram do curso sem blog.

Resultados e Considerações Finais

A desenvoltura dos alunos no desenvolvimento do projeto “As biografias e o ensino

de Química”, se percebe no comentário desenvolvido por um aluno da 1ª série do ensino

médio, incorporando o cientista Fritz Haber e narrando a Biografia do cientista como se

fosse a sua própria, e nos revela que isto é possível uma vez que para a concretização de tal

tarefa o aluno, assim como os demais que participaram ativamente, desenvolveram

habilidades e competências tais como leitura, escrita, concordância gramatical,

familiarizou-se com a vida pessoal e acadêmica do cientista, apropriou-se de vários termos

específicos da Química bem de algumas áreas de atividades que lhe são próprias. O nível

de informação e de interação com o próprio blog da turma é bastante diferenciado e mesmo

assim o resultado foi bastante satisfatório.

Os alunos que concluíram todas as atividades do projeto “As biografias e o ensino

de Química”, não chegaram a 20% dos alunos que iniciaram o projeto. Durante este

percurso, estes 68 alunos se apropriaram de conhecimentos, que os outros não tiveram, e se

entusiasmaram pela empreitada, tanto pelo teor das informações obtidas, como pela nova

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habilidade obtida na construção deste recurso informacional, que é o blog. De forma geral,

concluímos que esta atividade foi utilizada com sucesso no treinamento destes alunos nesta

metodologia que são o uso e construção de blogs.

Os dados obtidos com as respostas de todos os alunos permitiram na atividade que

investigou o uso dos blogs na aplicação do tema ácidos e bases, permitiu elaborar o gráfico

01, que compara o desempenho dos estudantes com o uso da ferramenta Blog e sem esta.

Gráfico 1. Comparação entre as notas obtidas por todos os alunos

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

1º Ano 2° Ano 3° Ano Geral

2,82

3,39

3,93

3,263,263,04

0

3,15

Com Blog

Sem Blog

Fonte: Tabulação das notas das avaliações realizadas por ocasião de aulas sem blog e com blog

A consistência do conhecimento apropriado pelo estudante, revelado pela avaliação

após o término do curso ter sido bem diferente entre as duas metodologias usadas nesta

pesquisa. Enquanto os alunos que trabalharam fazendo uso de ferramentas da internet

evoluíram da 2ª para a 3ª prova percentualmente 24,27%, os pesquisados que se

submeteram ao curso que usou metodologias sem blog desencadearam uma redução no

desempenho de 3,74 para 2,30 equivalentes a 38,50% de retrocesso. Durante o processo de

aprendizagem fazendo uso de blogs o aluno desenvolve habilidades e competências tais

como autonomia na busca de conteúdos, liberdade de escolha dos textos, sons e imagens

mais adequados à sua postagem, necessidade de tomada de decisões, desenvolve o

processo de produção textual, e aprimora a criticidade. Estas desenvolturas fizeram a

diferença e foram responsáveis pelo aprendizado significativo revelado pelo resultado das

médias, mesmo mais de uma semana posteriormente ao encerramento do curso.

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O uso do blog como ferramenta do processo ensino-aprendizagem escolar na

modalidade presencial, de um modo generalizado, na hipótese desta pesquisa revelar a sua

viabilidade, terá de imediato que vencer a resistência estabelecida no convívio do

magistério da educação básica pública que consiste na quebra de sua rotina pedagógica

como nos afirma Carvalho (1999), citado por Carvalho (2002): “Um problema que

encontramos em nossas investigações diz respeito à dificuldade do professor em realizar

mudanças na ‘sua didática’”.

Entende-se que a mudança de atitudes dos profissionais da educação na direção de

adotar as novas tecnologias como recurso didático na prática de sua sala de aula deverá ser

estimulada. Talvez o caminho seja o de promover cursos de capacitação para os

professores, oficinas de capacitação do uso de blogs em aulas e mostrando para eles as

possibilidades diversas de aplicação desta ferramenta e com os resultados eles possam

aderir a esta nova estratégia. O número de professores familiarizados com as novas

tecnologias não é muito favorável ao que estamos propondo no projeto ensejando a

necessidade de políticas públicas de qualificação destes profissionais o que pode ser feito

por intermédio da formação continuada em serviço.

Reportando-se à necessidade de reverter o quadro crítico apresentado nos resultados

do Sistema de Avaliação da Educação Básica, referentes aos alunos que concluíram o

segundo grau no Estado de São Paulo, os quais não diferem muito dos demais estados

brasileiros, Nardi (2005), citado por Moraes (2008, p. 348) admite ser imperativo

reformular a realidade da educação científica desde os grandes centros urbanos às regiões

rurais mais inacessíveis, e se conceber novas ações, políticas e parcerias público-privadas.

Por sua vez, Valente (2003), citado por Moraes (2008, p. 348) afirma ser uma das metas a

priorizar a reestruturação da forma inicial e continuada de professores de ciências,

destacando-se o uso das tecnologias digitais como ferramenta de apoio pedagógico.

A probabilidade da alfabetização digital dos professores vir a ser feita por

intermédio da educação continuada é uma possibilidade valiosa a se levar em conta. No

Brasil, historicamente, os cursos de formação têm se revelado insuficientes na capacitação

dos profissionais para o exercício pleno das atividades que lhes são inerentes. Desta forma,

a volúpia do conhecimento não permitiu a devida atualização das graduações de

preparação destes profissionais acarretando um grande descompasso entre as exigências do

mercado e o nível de preparação dos profissionais.

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Assim, problemas concretos das redes inspiraram iniciativas chamadas de educação

continuada, especialmente na área pública, pela constatação, por vários meios (pesquisas,

concursos públicos, avaliações), de que os cursos de formação básica dos professores não

vinham (e não vêm) propiciando adequada base para sua atuação profissional. Muitas das

iniciativas públicas de formação continuada no setor educacional adquiriram, então, a

feição de programas compensatórios e não propriamente de atualização e aprofundamento

em avanços do conhecimento, sendo realizados com a finalidade de suprir aspectos da má

formação anterior, alterando o propósito inicial dessa educação - posto nas discussões

internacionais -, que seria o aprimoramento de profissionais nos avanços, renovações e

inovações de suas áreas, dando sustentação à sua criatividade pessoal e à de grupos

profissionais, em função dos rearranjos nas produções científicas, técnicas e culturais

(GATTI, 2008).

A implementação do blog como ferramenta pedagógica no ensino de Química nos

cursos presenciais regulares da educação básica possibilita um contato a mais do aluno

com o professor de modo síncrono ou assíncrono como sala de aula virtual, em que o

professor executa uma postagem e os alunos desenvolvem comentários, e outros alunos

vendo a postagem do professor e o comentário de um colega pode vir a ser estimulador e

para outro que ao ser despertado passa também a comentar sobre a postagem do professor

ou referente ao comentário do aluno e é nessa direção que devem ser feitos os incentivos

de participação dos alunos.

O professor, nesse contexto funciona como mediador desse diálogo que se forma

tendo-se conhecimento gerando conhecimento num processo colaborativo. Quando o

professor intervém num comentário de um aluno em forma de outro comentário, estará

atuando num atendimento individualizado, levando em conta os subsunçores percebidos

pelo professor para o referido aluno na(s) participação(ões) feita(as) até o momento de sua

intervenção, possibilitando uma aprendizagem significativa que será aproveitado por todos

aqueles que ao blog tiver acesso a qualquer tempo.

As leituras realizadas, a análise das postagens dos alunos em suas salas de aula

virtuais, o diálogo com os alunos por ocasião nas interações nas salas de aula e no

laboratório de informática da escola levam a concluir a possibilidade do uso dos blogs

como ferramenta auxiliar no processo de ensino aprendizagem de todas as disciplinas do

ensino básico e inclusive Química.

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