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O BEIJO DO COWBOY Disponibilização: Mimi Revisão Inicial: Thay Ribeiro Revisão Final: Angéllica Gênero: Hetero / Contemporâneo

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  • O BEIJO DO COWBOY

    Disponibilizao: Mimi

    Reviso Inicial: Thay Ribeiro

    Reviso Final: Angllica

    Gnero: Hetero / Contemporneo

  • 2

    Ela: uma blogueira de viagens de alto padro.

    Ele: um guia de pesca com fortes laos com sua pequena cidade natal.

    Ela: pensou que eram totais opostos...

    Ele: sempre pensou que acabariam juntos.

    Autumn cresceu no resort de pesca de seus pais em Oregon, ouvindo histrias de

    viagem de todo o mundo. Agora est livre e vivendo seu sonho como uma blogueira de

    viagem, at que sua me pede para voltar em casa e escrever sobre o Rugged

    Resort. Autumn fica muito surpresa ao encontrar que Cory ainda est l. Ele era seu

    amigo de infncia, e agora est amigo de seus pais. Ela planeja escrever o post e pegar a

    estrada, mas Cory tem outras ideias.

  • 3

    Seu beijo era uma maldio que no Seu beijo era uma maldio que no Seu beijo era uma maldio que no Seu beijo era uma maldio que no me me me me deixou ir.deixou ir.deixou ir.deixou ir.

    1.1.1.1.

    Agosto 2006

    Sentou-se dedilhando seu violo na varanda no dia em que Autumn acenou pela

    janela do carro enquanto dirigia, indo para a faculdade e sua nova vida. Um flash de mo,

    uma mecha de cabelos cor de mel, e, possivelmente, um ligeiro toque de sua voz no

    vento. Uma nuvem escura se arrastou por todo o cu e deslizou na frente do sol, lanando

    uma sombra sobre seu carro e a paisagem em volta.

    Levou meu sol com ela...

    A linha surgiu em sua cabea e na msica que estava trabalhando. Era uma das vrias

    canes para seu prximo show, e um dia desses, teria que cantar em Nashville.

    No precisava de Autumn. Ela poderia ir perseguir seus sonhos e ele os dele.

    Adeus, melhores amigos de infncia e romances de vero.

    Ol a vida totalmente nova.

  • 4

    2.2.2.2.

    Dias De Hoje

    De: [email protected]

    Re: Eu tenho uma tima ideia!

    01 de setembro de 2012 02h58

    Autumn, beb, seu blog o que precisamos no resort. Se escrever sobre o Rugged Resort, talvez

    tenhamos hspedes o suficiente, para que eu possa tirar frias e ver alguns dos lugares que escreve.

    Venha para casa em uma visita. Vai ser bom para ns duas.

    Amor,

    Mame

    ***************

    De: [email protected]

    Re: Re: Eu tenho uma tima ideia!

    02 de setembro de 2012 04h55

    Mame, parece to ocupada sempre que nos falamos. Tem certeza que quer dizer a todas as

    pessoas dos EUA para vir ficar com voc??

    Tambm te amo.

    E eu vou escrever sobre o resort se quiser, apenas se considere avisada que pode receber um

    monte de clientes!

    *****************

  • 5

    De: [email protected]

    Re: Re: Re: Eu tenho uma tima ideia!

    02 de setembro de 2012 05h02

    Autumn, exatamente o que precisamos. Para ser honesta, o dinheiro tem sido curto h um

    bom tempo, e no quero perder o resort. Gostaria de me aposentar um dia! Adoraria v-la

    novamente. Est fora h muito tempo.

    Amor,

    Mame

  • 6

    3.3.3.3.

    Autumn abaixou o vidro e dirigiu lentamente pela estrada dos pais no Camaro

    vermelho alugado, sentindo o cheiro de sua infncia: feno seco, mas torradas, e uma pitada

    de gua fria do rio nas proximidades. O sol estava sobre a paisagem, mas ainda era um dia

    quente de setembro. Desacelerou ainda mais, parando no antigo carvalho e observando como

    a cabana na rvore tinha resistido. Passou muitas horas l em cima com Lily, partilhando

    segredos.

    Era bom estar em casa, mesmo que mame tenha insistido sobre isso. Tinha certeza

    que seu resort poderia usar a exposio nacional de seu amplamente lido blog de viagem,

    mas tinha sido outra coisa que finalmente empurrou-a voltar. Vai ser bom para ns duas.

    Alguma coisa estava diferente. Talvez mame ou papai estivessem doentes? Ou estavam

    tendo problemas com Lily? Talvez a me se esqueceu de como as coisas costumavam ser

    entre elas.

    A vida no tem que ser to complicada, especialmente no meio de toda a beleza das

    colinas cobertas de florestas verdes e pastos. Um cervo perto da beira da estrada levantou a

    cabea para olh-la. Macieiras estavam em ambos os lados, e o matiz vermelho-alaranjado

    das mas significava que estavam quase maduras. Cidra caseira, aqui vou eu.

    O casaro veio tona no final da estrada, e percebeu que abriram um estacionamento,

    desde a ltima vez que esteve aqui. Poucos carros estavam nele. Ela estacionou e olhou ao

    seu redor. Tudo parecia igual. A varada coberta recebia famlia e visitantes com as palavras

    Escritrio - Aqui! Pintado num longo pedao de madeira. Os canteiros de flores na frente da

    casa e os vasos em cada extremidade do banco de madeira transbordavam com flores

    brilhantes em vermelho, azul e branco. Por trs disso, as grandes janelas permitem que a luz

    iluminassem a rea de estar e de jantar. Os quartos tinham janelas do outro lado tambm, de

    frente para o rio, ento estavam sempre iluminados e alegres.

  • 7

    Havia duas pequenas cabanas em ambos os lados da casa principal para os hspedes

    ficarem, e todos os cinco prdios com vista para o rio selvagem do outro lado.

    Falando de selvagem... Cory ainda estaria aqui? Mame no tinha o mencionado no

    ltimo ano, mas agora que estava aqui, o via em cada memria, em cada canto. Quando

    crianas, Cory, Autumn, e Lily tinham sido inseparveis, embora Cory amasse importunar as

    meninas. Havia outras crianas que iam e vinham, os visitantes de vero e amigos da escola,

    mas eles eram os trs principais.

    Desligou o motor e foi direto para casa... Cheirava a torta de pssego. Mame no

    esqueceu minha favorita. A boca de Autumn se encheu de gua, enquanto uma pontinha de

    saudade entrava em seu corao, no pela torta, mas pelas horas que costumava passar na

    cozinha conversando com sua me.

    Se a casa estava vazia, significava que todos estavam na varanda de trs. To

    agradvel e convidativa como a varanda da frente, s que esta no tinha vista para o rio. O

    relgio antigo marcava pouco mais de sete da noite, e como esperado rudos flutuavam

    atravs da porta de tela. A risada do pai ecoou sobre a msica. Adivinhou que vrios

    convidados estavam com eles.

    Uma voz comeou a cantar, misturada com o dedilhar, cantando algo sobre levar a

    minha luz do sol com ela. Soou como Cory. Um passo mais perto da tela e viu o msico

    tambm parecido com Cory, com o mesmo cabelo loiro, o chapu de cowboy que sem

    dvida, estava ao lado dele em algum lugar. Rosto comprido com aqueles penetrantes olhos

    castanhos.

    E l estava Lily sua irm ruiva sardenta, sentada ao lado de Cory e observando-o com

    grandes olhos castanhos. Autumn estava prestes a entrar quando se viu presa, a observ-

    los. Lily parecia uma jovem senhora em vez da irm pequena, e a mudana ao longo do ano a

    pegou de surpresa. Cory olhou para a porta naquele momento, como se atrado por seus

    pensamentos.

  • 8

    Autumn deu um passo para trs, mas seu canto continuou como se no a tivesse

    visto.

    Ela levou meu sol, meu dente de leo...

    Sua voz sumiu e os olhos focaram atravs da tela, sobre ela. A musica acabou em um

    largo sorriso, o mesmo que usou para provoc-la.

    "Bem, veja, Autumn est aqui!"

    Ele provavelmente estava em contagem regressiva para poder atorment-la

    novamente.

    Seus pais pularam como se tivessem trinta em vez de cinquenta anos. Papai bateu

    palmas.

    "Bem, Autumn, o que faz parada a?"

    Ela abriu a tela e entrou com um sorriso gigante, caindo em seus braos num abrao

    muito desejado. Os pais estavam falando, e tinha certeza de mame pulava para cima e para

    baixo. Ela segurou o pai e olhou por cima do ombro em Cory.

    O rosto de Cory estava estranhamente neutro, apenas um sorriso de boas-vindas que

    no pareceu dizer nada. Sua me agarrou-a, puxando-a para um abrao apertado.

    "Ser que cheirou a sua torta?"

    "Como poderia no sentir? A casa cheira como o cu."

    "Temos sorvete tambm."

    Autumn virou-se para Cory, mas no lhe deu um abrao.

    "Oi, Cory. Faz tanto tempo." Disse ela, fitando Cory Weasel. Seu sobrenome era

    Wesslin, mas ela sempre o chamava de Cory Weasel.

    "Oi, Summer1."

    "Ei, pensei que tinha parado com isso!"

    Ele deu um sorriso que desapareceu de imediato, seguido de tristeza cobrindo seus

    olhos ricamente coloridos. Em seguida, se foi. Talvez tivesse imaginado.

    1 Vero.

  • 9

    Lily ainda estava sentada e a olhando, por isso Autumn de brincadeira disse:

    " legal demais para me abraar?"

    Um sorriso brincou nos lbios de Lily, mesmo quando tentou suprimi-lo.

    "No..." Ela suspirou e levantou-se lhe dando um desajeitado abrao adolescente.

    Seu pai apresentou o casal sentado na varanda que sorriam. Eles apertaram sua mo e

    logo se despediram.

    "O jantar estava adorvel, querida!" A esposa disse cuidadosamente descendo as

    escadas.

    Uma vez sem convidados, o pai abriu a porta e acenou para todos.

    "Autumn, voc j jantou?"

    Sua mente estava longe, se perguntando por que Cory tinha a chamado de

    Summer. Ele a chamava das quatro estaes do ano, e muitas vezes dependia de como estava

    agindo.

    "No... Bem..." Ela no tinha comido, mas no queria nada alm da torta de pssego.

    "A torta precisa esfriar um pouco mais, Autumn." Disse sua me, lanando um olhar

    compreensivo sobre o ombro. "H porketta e cenouras do jeito que gosta."

    Sua me tirou um prato do forno com o seu jantar, e o pai sentou-se mesa, como se

    fosse comer novamente.

    Cory tirou o chapu.

    "Bem, boa noite, Teresa. Noite, Randy. Estou indo para casa."

    Ambos os pais abriram a boca para ele. Lily foi quem disse:

    "O que? No vai ficar?"

    "Est indo embora antes da torta?" Mame soou chocada.

    Sua torta de pssego, Autumn pensou, mas manteve a boca fechada. Em vez disso,

    levantou uma sobrancelha para ele.

    Cory apenas balanou a cabea e saiu nem mesmo encontrando seu olhar ou dizendo

    adeus.

  • 10

    "Tchau, Cory!" Lily gritou para ele.

    Autumn deu viu o olhar que os pais trocaram e comeou a comer.

    "Isso est timo, mame."

    Com um suspiro ainda exasperado, ela deixou seu pai comer de novo. Autumn espiou

    a irm, sarcasticamente se perguntando se Cory tinha mudado e passado mais tempo com

    Lily.

    "Ento, Cory ainda est aqui? Ele no foi para a faculdade ou fez alguma

    coisa?" Perguntou. Isso no era muito sutil, mas sua me podia ver atravs dela de qualquer

    maneira.

    "Ainda por aqui?" Lily no olhou para cima de suas unhas lils. Seu tom

    condescendente a cutucou, mas apenas olhou para os pais esperando uma resposta.

    Mama olhou para o pai de Autumn e tirou o olhar de preocupao do rosto.

    "No soube que o pai de Cory morreu nesta primavera?"

    Oh... Talvez seja disso que a tristeza veio. Se sentiu horrvel por ele, mas seu ego levou

    um golpe tambm. claro que o passado no o incomodou depois de tanto tempo.

  • 11

    4.4.4.4.

    "Bem, vai querer descansar um pouco antes de amanh de manh." O pai disse

    quando terminou a torta. "Vamos sair cinco e meia."

    "Desculpe?" Autumn olhou em volta, mas no havia ningum l. "Disse algo sobre

    acordar s cinco e meia?"

    Tinha planos firmes com bolos, morangos e chantilly, para no mencionar beber vrias

    xcaras de caf, enquanto observava o rio.

    "Nossa viagem de pesca." Sorriu como se tivesse j pescando e pego um salmo de

    cinquenta libras. "No pode escrever sobre nosso resort, se no experimentar todas as

    maravilhosas ofertas."

    "Mas pescar? E porque amanh?"

    O sorriso desapareceu um pouco, e reconheceu o olhar.

    "Bem, estamos preparados para depois disso. Mas vamos amanh."

    Mame o golpeou com o pano de prato.

    "Agora, vamos l, Autumn, e vou mostrar-lhe a sua cabana."

    Cabana? A me viu sua confuso.

    "Est escrevendo sobre nossas cabanas maravilhosas, certo? Ento, tem que ficar em

    uma."

    Parecia lgico, mas a fez se perguntar sobre seus pais. Teriam transformado seu antigo

    quarto num escritrio ou algo assim? Parecia ter algo acontecendo.

    A cabana era pequena, aconchegante, e tudo que uma pessoa poderia desejar quando

    se hospedar em uma cabana beira do Rio Umpqua, conhecido mundialmente por sua beleza

    e pesca. Se instalou e, em seguida, passou algum tempo respondendo e-mails no blog,

    verificando o Facebook, e gemendo pela internet lenta. Finalmente, desistiu e foi para a cama.

    Oi Summer.

    Por que ele a chamou de Summer? Isso ia mant-la acordada a noite toda.

  • 12

    5.5.5.5.

    Era uma pssima ideia! Estavam fora de suas mentes? Viu o pai no barco e gritou:

    "Os peixes no vo morder se no podem sequer ver o anzol!"

    O pai olhou para cima e riu alto.

    "Precisamos de tempo para o motor aquecer, beb. Agora no azare a viagem. Temos

    que ir para fora outra manh tambm. Precisamos que escreva sobre a captura de um porco

    hoje."

    Perguntou-se se os leitores do blog saberiam que porco significava um peixe grande,

    embora pudesse ser engraado, se alguns pensassem que as pessoas em Oregon pescavam

    porcos. Muitas pessoas que havia encontrado pensavam que as meninas de Oregon vivam de

    shorts e com pernas cabeludas. Espetculo.

    Autumn puxou o chapu de pesca mais para baixo e entrou no barco. Olhou bem,

    notando outra pessoa pronta para ir, e se perguntou quantos iriam com eles.

    "Bom dia, Autumn." Disse o homem. "Aposta regular?"

    Parou to rapidamente que provavelmente parecia um quase tropeo. Cory estava

    vindo com eles? (E sorrindo sobre isso.) Sua guarda subiu, mas, ironicamente, ao mesmo

    tempo sentia-se feliz por ter as coisas de volta ao normal com sua provocao.

    "Acho que podemos apostar que voc gosta de perder."

    "Autumn." Exclamou o pai. "Sua me te contou que Cory orienta as viagens de pesca

    agora? Nem sequer tenho que ir, a menos que queira."

    "Trabalho para seus pais, bem como outros proprietrios da rea." Cory disse: "Passo o

    tempo inteiro no rio."

    Olhou para Cory com os olhos escondidos por culos escuros. Veria melhor na gua,

    sabia, mas tambm parecia surpreendente sexys nele. Sem chapu de cowboy hoje.

  • 13

    Inclinou a cabea na direo de seu pai, que estava amarrando uma isca num terceiro

    anzol.

    "Desde quando no quer ir pescar?"

    Todos a bordo riram.

    "E Cory, no tenho certeza se quero apostar, agora que est guiando." No era muito

    afiado, mas era o melhor que podia fazer s cinco e meia da manh.

    No podia dizer por causa dos culos de sol, mas meio que sentiu Cory e seu pai

    olhando um para o outro, tentando segurar o riso. Ririam dela, se dissesse ao pai o que

    sempre apostavam.

    Entraram no barco para o passeio. Cory comandava o barco enquanto se sentou ao

    lado do pai. Apesar dos olhos ardendo e do estado semiacordado, sentiu a emoo

    aumentando.

    Tinha que saber se todos tivessem propositadamente esquecido de mencionar que

    Cory trabalhava para eles. Poderia ter tomado um banho e penteado os cabelos. Como era, os

    cachos vermelhos estavam voando com o vento. Vestiu calas e uma camisa quente e

    confortvel sem preocupao sobre como parecia.

    Autumn sempre achou cmico que todos os pescadores partissem para o rio no

    escuro. Estavam em seus barcos a deriva, na gua, a primeira luz cinza. claro que assim

    que se pega peixes, mas ainda assim, levantar s quatro apenas para pegar um peixe?

    Tambm riu sobre a forma como o pai fez com que corressem para o rio. Os outros guias

    tiveram que colocar os barcos em vrios quilmetros a partir do resort, ento tinha um longo

    flutuar para os melhores pontos de pesca. Papai os tinha vencido por uma hora ou duas, mas

    nunca iria deix-lo ao acaso. O inferno iria congelar antes que algum pegasse os pontos

    doces diante dele!

    O barco desacelerou e a extremidade dianteira caiu. Avanaram, contornando a ltima

    curva para o lugar secreto de seu pai. Lanaram um, dois, trs, por fora do hbito,

    pousando os ganchos em perfeita formao. Um bando de mais ou menos vinte gansos

  • 14

    canadenses voaram em torno de uma colina e virou-se para seguir em direo a eles,

    gritando em alarme, enquanto voavam diretamente em cima em forma de V. Ouviu suas

    penas ao vento quando passavam.

    De repente, sua vara dobrou.

    "Peguei um, pai. Ops, alarme falso."

    O pai riu e ligou o motor para ajud-la.

  • 15

    6.6.6.6.

    Cory deu outra olhada em Autumn e, com a mesma rapidez, verificou para ver se

    Randy tinha apanhado algo. Os culos provavelmente escondiam seus olhos, mas ainda

    sentia como se algum fosse notar a qualquer segundo, e no conseguiria parar.

    As coisas estavam complicadas antes, e agora conseguiu adicionar mais camadas a

    baguna. Randy e Teresa deveriam saber que Autumn no teria vindo pescar, se soubesse

    que estaria aqui hoje. Poderia no ter vindo para o resort se soubesse que estaria l, e pelo

    olhar em seu rosto, provavelmente era o caso.

    Doeu.

    No fazia sentido, porque sabia que Teresa tinha que ser vaga com Autumn, a fim de

    convenc-la a voltar para casa.

    Outro olhar, e viu a vara dobrar, dobrar mais, e realmente se curvar. Autumn agarrou

    a vara at segurar o gancho sem dizer nada. Tinha certeza que no queria dar mais um

    alarme falso, mas sabia que este no era um obstculo.

    "Pegou um!" Gritou para ela.

    Randy animadamente se aproximou.

    "Mantenha-se a ponta, Autumn!"

    "Tenho isso, papai." Ela parou e cambaleou, os dentes cerrados. " um grande

    problema."

    Conseguiu pux-lo para perto do barco. Em seguida, lutou para fora, puxando uns

    bons quinze metros de linha. Autumn manteve a luta.

    Cory teve um vislumbre atravs da gua do peixe. Infelizmente, ele se torceu e foi rio

    abaixo, em direo s corredeiras que sempre arrebentavam a linha.

    "Joga de novo." Disse suavemente. "Mire rio acima."

  • 16

    Ela lanou-lhe um olhar rpido antes de seguir as instrues. Com esforo o peixe

    virou e se dirigiu rio acima. Logo tinha a vantagem, graas ao conselho de Cory e Randy

    movendo o barco.

    Randy agarrou a rede e se inclinou sobre o barco, esperando o momento certo para

    pegar o peixe, sem bater a linha e quebr-la. O pegou.

    "Peixe no barco!"

    Randy levantou a mo para um toque. Autumn bateu na mo do pai e se virou para

    ele. Agarrou e apertou a mo dela. "Peixe legal!"

    "Esse , pelo menos, um porco de trinta!" Randy estava quase pulando ao redor do

    barco. "Pegue a cmera. Isso tem que ir para o blog."

    Autumn no podia acreditar que tinha pegado um to cedo. Ha! Isso iria mostrar a

    Cory. Ele fotografou sua pose. Sentia-se estranha, mas deu-lhe o maior sorriso.

    "Acho que ela acabou com voc, hein, Cory!" O pai deu um tapinha nas costas.

    "O dia no acabou." Cory sorriu e manteve a voz leve. "Esto prontos para pesca sria

    agora?"

    "Temos um peixe." Disse Autumn. "No podemos ir para casa?"

    Cory e seu pai riram. Ela suspirou, resignando-se h mais algumas horas. claro que

    Cory no iria deix-la vencer to facilmente. Como viu, no entanto, o seu foi o nico peixe

  • 17

    que desembarcou, apesar de mais trs mordidas. Autumn respeitosamente segurou a vara,

    escondeu os bocejos, e ouviu a Cory e seu pai manterem uma conversa saudvel sobre a

    pesca, o rio, a cidade, o resort, e quo impressionante seu post seria.

    medida que o barco atracava, disse-lhes:

    "No lembro de como limpar um peixe."

    Cory riu e disfarou fingindo tossir.

    "Isso perfeitamente aceitvel. Vamos limpar como parte do pacote."

    Isso foi fcil. O barco ancorou e ela saiu, surpresa de sentir a necessidade de fugir de

    Cory.

  • 18

    7.7.7.7.

    "Autumn!"

    Errrr! No tinha feito fuga depois de tudo. Virou-se lentamente, inclinando um

    quadril e suspirando.

    "No esqueceu de nada?"

    Ele sorriu e correu at ela. Uau. No estava aqui para chec-lo, mas ele era uma viso

    arrebatadora. Cala jeans confortvel. A camisa desgastada era perfeita. E um corpo

    perfeitamente apto por baixo, correndo para ela. Teve o pensamento repentino que talvez

    devesse escrever romances, em vez de artigos de viagem.

    "Acho que ganhou." Ele tirou os culos de sol enquanto caminhava e enganchou-os no

    colarinho da camisa. Oh, sua aposta estpida.

    "Ganhei o qu?" Perguntou inocentemente, contente do pai ter ido na outra

    direo. Esperava que os pais no soubessem o quo longe tinham ido nas brincadeiras e

    provocaes.

    Sem aviso, ele a envolveu em seus braos e inclinou-se, tirando seu equilbrio. Ela

    agarrou os dois braos, ofegante, enquanto os lbios quentes pousaram em sua boca.

    Estava to instvel que se sentiu chutar uma perna.

    Seus lbios se moviam. Lentamente.

    Mil fantasias que tinha sobre ele ao longo dos anos voaram para fora de sua mente,

    como uma tela de cinema enorme. Sua boca, wow! Os lbios se fundiram to perfeitamente,

    de modo sugestivo, to promissor.

    Este no era como o beijo da quinta srie. Ou o rpido beije e corra no colgio,

    quando ele a deixou depois da formatura. Formigamentos deslizaram da cabea para baixo...

    Bem, para baixo, e comeou a beij-lo de volta.

    Ento ele a endireitou e se afastou.

  • 19

    "Pensei que tnhamos cancelado a aposta."

    Ele balanou a cabea, como sempre fazia quando usava o chapu de cowboy, exceto

    que estava sem ele hoje, e se virou para ir embora.

    "Isso o que chamo o beijo do cowboy!" Gritou, sem olhar para trs.

    Porra, seu excesso de confiana!

    O beijo do cowboy. Foi exatamente o que disse quando a beijou na escola. Mas aquele

    beijo era mais como uma maldio que a seguiu at a faculdade. Maldito seja!

    "Cory Weasel!"

    Ele virou-se e inclinou a cabea.

    "Oh sim, vamos limpar e cozinhar o peixe. Deveria por isso em seu artigo."

    Realmente, quem quer ler sobre beijos que gostaria que fossem mais do que uma

    aposta? Uma aposta infantil de 15 anos atrs? E ainda estavam agindo como crianas de oito

    anos. Bem, isso no estava indo para seu artigo!

  • 20

    8.

    Um barulho de fora da porta de vidro acordou Autumn de sua soneca da tarde. A

    cabea bateu num primeiro momento, um efeito colateral de dormir to profundamente

    durante o dia. Depois de pesca, trabalhou em seu artigo sobre o resort por uma hora e, em

    seguida, tomou um longo banho quente, tentando descer do humor hipersensvel em que

    Cory a colocou. Cory. Como ia enfrent-lo novamente, depois daquele beijo?

    No tinha um relgio por perto, mas a luz era suave e inclinada como se j fosse noite.

    Ouviu o barulho de novo. Alguma coisa estava definitivamente batendo na porta. Saiu da

    cama e sorrateiramente espreitou para fora.

    "Cory?" Perguntou, com uma onda de excitao lenta deslizando dentro dela. Ele ficou

    parado no ptio de trs de sua cabana, de costas para ela. O rio azul atrs de sua figura

    esbelta. "O que est fazendo?" Ela puxou a tela e saiu, em seguida, viu uma caixa de material

    de cozinha, incluindo papel alumnio. Isso deve ter feito o barulho, quando o puxou para

    fora e o rasgou.

    "Pensei que tinha uma grelha com voc. A menos que... Queria vir at a minha

    casa." Ele finalmente a olhou sorrindo.

    "Sua casa? Voc mau." Depois de pensar naquele beijo por horas, estreitou os olhos e

    cruzou os braos, desejando que tivesse preparado um discurso contundente pelo

    atrevimento.

    "Um gnio do mal no departamento de grelhar tambm." Ele piscou para o caso dela

    perdeu sua insinuao.

    Alguns argumentos surgiram em sua cabea, mas o quente, salgado e fresco aroma a

    deteve. Um quarto do peixe que tinha apanhado estava na grelha quente. Inclinou-se para

    inalar, o que fez seu estmago rosnar de fome.

  • 21

    Num segundo estava cheirando seu jantar, e no seguinte sentiu o cheiro de sua

    colnia. De sua pele. Dele. Levantou os olhos lentamente, perguntando se tinha cado em um

    penhasco louco. Cory tinha seu olhar sobre ela com uma mensagem clara: quero voc.

    No podia acreditar que de repente, queria suas mos sobre ela. Percebeu que estava

    respirando rapidamente. E ele podia ouvir. E tivesse ido para o romance 101, enquanto

    estava fora? Possivelmente 501?

    "A salada est pronta e em cima da mesa, se quiser comear a comer."

    Ela virou-se para ver a mesa ao ar livre, o vidro pequeno agora tinha uma toalha e

    estava preparada para dois. Cory tinha de alguma forma encontrado pratos chineses. A

    partir daqui, parecia que tinham pequenas rosas vermelhas entrelaadas com folhas de

    ouro. No meio da mesa, em vez de flores, uma vela acesa em forma de flor flutuava na gua

    dentro de um copo grande de vinho.

    "Se importa se eu me refrescar primeiro?"

    Ele sorriu por cima do ombro, e quando fugiu para dentro, se perguntou se talvez seu

    rosto estivesse reservado, ou possivelmente nervoso. Seria uma piada?

    Desta vez, verificou o relgio. Eram sete! Realmente estava cansada de levantar to

    cedo.

    Umedeceu os cachos e tentou arrumar o cabelo com os dedos, em seguida, passou

    blush, sombra marrom, e rmel. Oh, e batom rosa. Quase trocou de roupa, mas pensando

    bem, no queria que pensasse que tentava impression-lo.

    Cory estava servindo o peixe nos pratos quando voltou para fora.

    "Gostaria de vinho?"

    "Sim, por favor." Na verdade, parecia maravilhoso, porque de repente se sentia

    estranha sobre isso. Parecia um jantar romntico com vista para o rio quando o sol comeava

    ponta em direo ao horizonte. "Obrigada por tudo. Certamente no esperava isso."

  • 22

    "Bem, no sou o mesmo Cory que estava esperando tambm." Serviu-lhe um copo de

    vinho branco. Ela observou o rtulo de uma vincola local, Henry Estate, e era um de seus

    favoritos.

    Sentou-se e fez um gesto para seu prato.

    "Deixe-me saber o que pensa."

    Estava procura de uma resposta para sua declarao anterior, mas no tinha certeza

    do que pensava dele, ento pegou o garfo e deu uma mordida. Calor explodiu em sua

    boca. Era a combinao perfeita de peixe fresco e temperos.

    "Maravilhoso."

    Ele sorriu e pegou o prprio garfo. Olhou por alguns minutos a paisagem, os aromas

    agradveis, a brisa, e o rio que flua. Ento, lembrou o que a me havia dito na noite anterior,

    ento disse:

    "Estou muito triste de saber sobre seu pai."

    Seus olhos se entristeceram, seguido de um sorriso suave.

    "Obrigado. Gostaria que tivesse mantido contato."

    "Eu tambm. Pensei em voc, no entanto, e me perguntei o que estava fazendo. At

    procurei online algumas vezes, para ver se alguma vez foi para Nashville."

    Ele abriu um sorriso e olhou para o quintal, balanando a cabea.

    "Eu tinha um monte de sonhos naquela poca."

    "Ainda pode realiz-los."

    Seu rosto voltou e olhou para ela com tal intensidade que no conseguia respirar.

    "Eu sei." Disse ele. "Tenho sonhos. Mas cresci muito."

    Pegou sua salada e escolheu as azeitonas.

    "Ento vai ficar aqui, trabalhando como guia de pesca e ajudar meus pais? Parece que

    est envolvido com a comunidade tambm. No deveria me intrometer, mas est feliz

    fazendo tudo isso?"

  • 23

    "Sim, estou." Ele tomou um gole de vinho, em seguida, olhou para a taa por um

    minuto. S ento lhe ocorreu que estava bebendo vinho branco com ela, e sabia que ele

    preferia cerveja. "Gosto de guiar e estar no rio, e por aqui, embora realmente no precisem de

    mim. H filas para trabalhar aqui. Poderia fazer outra coisa se encontrasse o que quero ou

    preciso."

    "H filas para trabalhar aqui?" Ela tomou um gole de vinho tambm, confusa sobre

    isso.

    "Vo precisar contratar guias adicionais e mais ajuda em breve."

    Autumn abaixou o copo, sentindo-se estranha que ele soubesse mais sobre a vida de

    seus pais do que ela.

    "Mas no podem pagar pela ajuda."

    Ele inclinou a cabea, surpreso.

    "Eu imagino que podem."

    "Hmm, tinha a impresso de que esto trabalhando duro para conseguir mais

    clientes. por isso que voltei."

    Ele sorriu e abaixou a cabea. Era quase um riso verdadeiro.

    "Autumn, cresceu aqui. Voc poderia escrever sobre isso at dormindo."

    Sim... Sim, podia.

    "Ento, meus pais s queriam me ver." Pegou mais salada, lutando contra a culpa se

    formando em seu estmago. Olhou para cima, querendo saber o que ele pensava. Viu seus

    olhos calorosos e atenciosos.

    "Estou feliz que veio me visitar." Disse, buscando seus olhos. Estendeu a mo sobre a

    mesa para coloc-la sobre a dela.

    "De onde tudo isso est vindo?" Perguntou, esperando que o sorriso no parecesse to

    nervoso quanto ela sentia.

    Em resposta, ele pegou a garrafa de vinho e encheu ambos os copos. Tomou um gole e

    pigarreou, com a mo segurando a dela. Com um sobressalto, percebeu que poderia querer

  • 24

    lev-la para a cama. No podiam. Podia lidar com provocaes, mas imaginar estar em torno

    dos pais e dormir com ele?

    Autumn teve de limpar a garganta, querendo desesperadamente afastar os

    pensamentos. Gostava de Cory. Muito. No queria que algo de uma noite arruinasse as

    coisas.

    "Foi tolo por deix-la ir sem dizer..." Ele prendeu a respirao, endireitando a postura

    ao mesmo tempo. "Sem dizer que realmente gostava de voc. Pensei que ia voltar, em alguns

    meses, mas em vez disso passaram anos."

    Ela atacou as azeitonas, bacon e queijo da salada. No havia nada, alm de tomates e

    alface. Focou nisso enquanto pensava nas palavras, que no soavam como se quisesse seduzi-

    la. Sentiu decepo antes de se dar um tapa mental, antes de perceber que Cory poderia

    querer algo mais que uma noite.

    Ele se levantou e caminhou para o outro lado. Se inclinou e, a princpio pensou que

    estava segurando a caixa de suprimentos. Talvez achasse que sua falta de resposta

    significava que no estava interessado, e estava saindo.

    Msica comeou. Reconheceu imediatamente o ritmo lento, embora no conseguisse

    lembrar o nome. Era uma msica que tinha ouvido o tempo todo quando criana, e tinham

    danado uma vez, quando seus familiares se reuniram para um churrasco. A msica tinha

    sado fora da casa, e ele a chamou para danar.

    Quero saber o que o amor...

    Vividamente se lembrou de estar em seus braos, esperando que estivesse fazendo a

    coisa certa. Eram pr-adolescentes, fingindo ser mais velhos, supunha. Perto do fim da

    cano ambos tinham ouvido passos em torno do canto da casa, e apressadamente se

    separaram.

    Olhou para ele agora quando se aproximou e estendeu a mo. Aparentemente,

    lembrava-se daquela noite to claramente quanto ela. Sentindo os olhos lacrimejarem apesar

  • 25

    de seus melhores esforos, colocou a mo na sua e se levantou. Ele a puxou e passou um

    brao em volta da cintura. Comearam a balanar ao som dos anos 80.

    No meio da cano, Cory levantou sua cabea com um polegar sob o queixo, para que

    estivessem olhando para o outro. Os olhos castanhos estavam cheios de emoo. No ficou

    surpresa quando a beijou, mas ficou surpresa com a intensidade, a paixo, a necessidade no

    beijo.

    Isso era completamente novo. Estavam pressionados, beijando-se como se tivessem

    esperado por anos. A cano acabou, e ele levantou a cabea, deixando-a tonta e flutuante.

    "Isso o que queria fazer h muito tempo."

    Realmente?

    Uma cano diferente comeou, algo lento, romntico e atual. Autumn seguiu seu

    exemplo balanando ao som da nova msica, com a cabea em seu ombro. Seu corao

    estava acelerado, querendo mais de Cory. A maneira como a abraou, acariciando suas

    costas, segurando seu cabelo na mo, a fez pensar que seu corpo estava reagindo da mesma

    forma que o dela. Tinha que saber isso tambm: seria fcil ir para cama.

    Mas como ela, algo estava segurando-o. Tentou limpar a cabea e lembra de sua

    vida. Onde se encaixava? No podia se imaginar vivendo aqui. Bem, sinceramente, neste

    momento definitivamente poderia se imaginar ficar aqui e com Cory. Mas e amanh?

  • 26

    9.9.9.9.

    Cory queria que a noite durasse para sempre. Danaram, conversaram e riram, e

    continuou se lembrando que era real. Ela estava aqui, e ele a estava tocando. Finalmente,

    aps o pr do sol numa chama de fogo e a lua crescente aparecer, colocou a ltima cano em

    seu playlist, Just a Kiss in the Moonlight, e beijou-a.

    A cano lindamente capturou tudo o que queria dizer a ela: que ele no queria

    apressar essa coisa entre eles. Que um beijo era mais do que suficiente por agora, porque

    acreditava que tinham um futuro juntos. Que estaria esperando a vida inteira por ela. Isto era

    mais certo do que qualquer coisa.

    Quando a msica terminou, disse a ela:

    "Ouo essa msica h pelo menos dois anos, pensando em voc."

    Quando ela levantou a cabea para olh-lo, as lgrimas rolavam pelo rosto. Sem

    pensar, as beijou.

    Depois disso, no poderia deix-la. A segurou no banco de madeira, olhando a lua

    refletida no rio. Foi a melhor noite de sua vida.

  • 27

    10.10.10.10.

    "Mame... voc e papai ficariam chateados se Cory fosse embora?" Autumn estava na

    porta da cozinha. A me estava preparando o almoo para os convidados naquele dia.

    "Poderiam continuar sem ele?" Autumn no conseguia olhar para a me, no at que ouviu

    uma leve risada.

    Mame ficou sria quando Autumn a olhou.

    "Bem, sim, estaramos bem. No estamos to ruins."

    Autumn inclinou a cabea e levantou as sobrancelhas como se estivesse dizendo, diga-

    me o resto.

    "Estamos ocupados, na verdade." Sua me tornou-se de repente nervosa ocupada no

    balco e limpando ao redor.

    "Isso engraado." Disse Autumn, caminhando at ficar ao lado dela. "Porque fez soar

    como realmente precisasse de mais hospedes."

    Sua me levantou os ombros.

    "Oh, sabe como . Mais negcios so sempre melhor. Certo?"

    Ocorreu a Autumn esta manh que era muito conveniente Cory querer fazer as coisas

    acontecerem entre eles, e sua me a ter convencido a voltar para casa por algumas semanas.

    No tinha certeza do que diabos estava acontecendo.

    "Mame!" Sentiu os olhos estreitarem; no podia se ajudar. Mesmo depois de Cory ter

    a feito voar na noite passada, sentia-se forada a voltar para c.

    "O importante que voc e Cory terem a chance de se reconectar." Sua me entrou em

    outra direo to rpido que Autumn correu para alcan-la.

    "Est me dizendo que isso era um grande esquema?" Deu um passo na frente da

    me. "E se eu tivesse uma atribuio importante ou algo assim?"

    A me se endireitou e olhou-a nos olhos.

  • 28

    "O que mais importante que o amor?" Ela jogou o pano de prato por cima do ombro

    e se afastou.

    O que mais importante que o amor? Algumas pessoas diriam seu sustento, sua

    carreira, sua vida... No podia simplesmente abandonar suas responsabilidades, por sentir

    teso por algum.

    E o que dizer de Cory? No tinha certeza do que via o futuro, mas ele tinha uma vida

    aqui. Ela tinha uma vida l fora. Talvez no fosse tanta a orquestrao de sua me que a

    incomodava; eram as escolhas e complicaes relacionadas. Uma parte dela se perguntou por

    que teria que lutar por seus sentimentos, mas outra estava morrendo no medo.

    Cheia de frustrao, saiu pela porta e marchou at o carro, planejando ir at a casa de

    Cory. Assim que enfiou a chave na ignio, o viu estacionar ao lado dela.

    Ele abriu a porta do carro com um sorriso que rapidamente saiu do rosto ao ver seu

    humor.

    "Hey, Autumn."

    Ela pulou para fora e bateu a porta.

    "Sabia que minha me me enganou para vir at aqui? Pensou que voc e eu

    poderamos ter alguma coisa!" Cruzou os braos e esperou sua indignao a transbordar. Ele

    apenas a olhou, com a boca aberta, mas o crebro no produziu palavras. "Cory? No tem

    nada a dizer sobre isso?"

    "Bem, eu... Eu sinto muito."

    Foi sua vez de ter o vazio olhar chocado.

    "O que quer dizer, est arrependido? Por qu? Voc sabia?" Viu a cor rastejar at seu

    pescoo. Deixou seu queixo cair e as sobrancelhas arquearem, certificando-se de que sabia

    exatamente como estava horrorizada.

    "No fique brava com seus pais."

    O pai dela tambm? Espera.

    "Voc est dizendo...?"

  • 29

    "A ideia foi minha." Olhando para baixo, ele continuou. "No acho que iria gostar

    muito se eu ligasse e dissesse: 'Ei, Summer, quer me visitar e quem sabe me namorar? Ento

    pensei que seus pais pudessem convenc-lo a voltar por um tempo."

    "Hmm-hmm. E como a experincia?" Ela cruzou os braos e bateu o p. No foi fcil

    manter uma cara sria, no entanto. Ele estava se contorcendo, e ela adorou.

    Mas tambm no sabia o que pensar sobre ele ser o mentor do crime.

    De repente, estava na frente dela, puxando-a para si e a beijando. Assustada, o

    empurrou. Depois, relaxou um pouco. Sua boca estava dura na dela, exigente, mas, em

    seguida, os lbios ficaram macios. O beijo aumentou.

    Deixou sua mente ficar em branco para apreci-lo alegremente por segundo

    maravilhoso. Em seguida, o empurrou.

    "Cory, e sobre nossas vidas? Eu viajo a trabalho, a minha renda. E voc est

    amarrado aqui."

    Ele deu de ombros. Apenas deu de ombros!

    "Isso significa que no podemos explorar isso?"

    Ela baixou o olhar, tentando imaginar o que ele estava querendo dizer.

    "Namoro a distncia?"

    "Eu posso viajar com voc. Como disse, no estou preso aqui. Ajudo as pessoas, mas

    h uma abundncia de guias na rea. E no tem que ficar longe como se fossemos uma

    praga."

    Queria discutir este ltimo ponto, mas era verdade. Mal visitou o resort e sua famlia

    desde que saiu h seis anos. Agora, se perguntou se ela tinha tentado evit-lo.

    "Cory, tudo to repentino."

    Ele no respondeu por um segundo. Em seguida, comeou a cantar com voz calma.

    Ela levou minha luz do sol com ela, meu dente de leo est desaparecido...

    Ela levou meu sol, mas eu a amava o tempo todo...

    Quando finalmente voltou a olhar para o rosto dele, ele perguntou:

  • 30

    "Voc honestamente acha que tem alguma chance de encontrar algum que te ame

    tanto quanto eu?"

    No, tinha que admitir, provavelmente no. No conseguia parar de rir de sua

    situao.

    "E..." Ele acrescentou: "Acha que vai amar algum tanto quanto me ama?"

    "Voc gosta muito dessa palavra." Respondeu.

    Poderia dizer que amava algum depois de alguns dias? Mas no foram alguns

    dias. Foi uma longa cadeia de dias, desde sua infncia at agora.

    "Seja minha luz do sol?" Ele perguntou, tomando seu rosto entre as mos. Ela levantou

    a boca para os lbios esperando, sabendo que no precisava responder. Aparentemente, ele j

    tinha seu amor.

    Ele a beijou com fervor, com promessas, e sabia que Cory era um homem de palavra.

    Ela pensou em todos os devaneios sobre ele, e que seriam realizados. Conhec-lo melhor.

    Fazer planos.

    "Whoo-hoo!" O pai gritou da varanda.

    Autumn afastou-se de Cory para ver o pai com um olhar indignado, com o queixo

    cado.

    "Disse que o amor vence tudo!" Sua me falou com as mos sobre o corao.

    "Agora posso comer a torta de morango?" Papai pediu. Autumn no pode deixar de

    amar os pais. A porta se abriu, e Lily saiu.

    "J era tempo." Disse, cruzando os braos. "Mas vocs dois poderiam conseguir um

    quarto. Temos um bom preo semanal."

    "Lily!" Mame e papai explodiram simultaneamente.

    Autumn olhou para Cory, seu rosto longo, os olhos castanhos quentes e o chapu

    sempre presente. Seu Cory.

    "At mesmo planejaram uma comemorao com torta?!" Perguntou, rindo tanto que o

    estmago doeu.

  • 31

    "Sou um cara confiante. Para no falar muito lindo."

    Com um floreio, ele pegou-a nos braos e a girou. O sol da tarde danou em cima

    deles enquanto giravam. Talvez o beijo do cowboy no fosse algo ruim, afinal.

    FimFimFimFim