o atletismo e as modalidades

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O atletismo e as diferentes modalidades Junho, 2010

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Page 1: O Atletismo e as Modalidades

O atletismo e as

diferentes modalidades

Junho, 2010

Page 2: O Atletismo e as Modalidades

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias

Educação Física 12º ano Professora Estela Santana

O atletismo e as

diferentes modalidades

Mariana Rodrigues nº 12 12ºB

Sofia Ferreira nº 18 12ºB

Ano Lectivo 2009/2010

Page 3: O Atletismo e as Modalidades

3

Índice

Introdução 4

História 6

Estádio de Atletismo 7

Diferentes Modalidades do Atletismo

Corrida de Estafetas 8

Corrida de Barreiras 9

Triplo Salto 10

Salto em Comprimento 11

Salto em Altura 12

Salto à Vara 13

Lançamento do Disco 14

Lançamento com Dardo 15

Lançamento do Peso 17

Lançamento do Martelo 18

Marcha Atlética 18

Triatlo 19

Provas Combinadas 20

Heptatlo 21

Decatlo 22

Maratona 24

Conclusão 25

Bibliografia 26

Page 4: O Atletismo e as Modalidades

4

Introdução

O Atletismo, palavra de origem grega (Aethlos = esforço) é uma actividade que

se desenvolveu tendo por base o melhoramento e aproveitamento de certas

capacidades específicas do Homem – o que, unido ao espírito desportivo, se

constituiu num conjunto de actividades lúdicas, praticadas desde épocas muito

antigas nos momentos de ócio e por um grande número de culturas que

interpretavam perfeitamente este tipo de práticas segundo a sua própria cosmovisão

– celta, grega, culturas pré-colombianas, povos africanos, etc..

Os relatos mais antigos deste tipo de práticas encontram-se no “Livro de

Leinster” (1961), numa descrição dos “Jogos de Taiti” que remontam ao séc. XIX a.c.

Em Creta, este tipo de actividades foi alvo de particular atenção, constituindo mesmo

um dos pólos mais importantes da vida social da época. O mesmo se verificou noutras

sociedades: as várias modalidades atléticas constituíam uma área fundamental da

educação do indivíduo (por exemplo: em Esparta, eram praticadas desde muito cedo

tanto pelas raparigas como pelos rapazes).

Foi na Grécia Antiga, onde as actividades atléticas tinham particular relevância

na educação, que o Atletismo surgiu como uma modalidade desportiva, tornando-se

objecto de competição, proporcionando assim o aparecimento dos antigos Jogos

Olímpicos. Consta que aconteceram pela primeira vez no ano de 776 a.C., em Atenas.

A partir daí, o Atletismo tem sido a expressão máxima destes jogos, e a sua expansão

pelo mundo decorreu de forma fácil e natural.

Quando, no século passado, se começou a proceder, em Inglaterra, ao

agrupamento e à regulamentação de certas práticas atléticas ancestrais, com o nome

de Atletismo, estas formaram o núcleo base de um dos mais importantes fenómenos

sociais do nosso tempo – os Jogos Olímpicos Modernos. O Atletismo tinha-se

convertido num desporto, cuja antiga concepção de “esforço”, se transformara numa

dura competição para superar uma marca, ou seja, os limites do ser humano são

representados pelo “record”, através de práticas tão antigas como o próprio Homem

– o Atletismo como medida do Homem.

Page 5: O Atletismo e as Modalidades

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Foi em Inglaterra (1866), com a fundação do “Clube Atlético Amador” que se

começaram a “desenhar” os contornos daquilo que viria a constituir a Federação

Internacional de Atletismo Amador (F.I.A.A.). Desde então o desenvolvimento e

aperfeiçoamento em termos de regulamentação foram notórios. As alterações às

regras, que se verificaram um pouco por todo o lado durante o séc. XIX nas

Universidades onde se organizavam as competições de atletismo, puderam, desta

forma, ser alvo de um processo e uniformização por parte dos organismos

internacionais e olímpicos para, em 1926, assumirem a sua forma actual.

Nos nossos dias, o atletismo engloba um conjunto de várias disciplinas desde

as corridas, aos lançamentos, passando pelos saltos e por provas combinadas.

Page 6: O Atletismo e as Modalidades

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História

O atletismo é a forma organizada mais antiga de desporto e celebra-se desde

há mil anos.

As primeiras reuniões organizadas da história foram os Jogos Olímpicos, que

iniciaram os gregos no ano 776 a.C. Durante muitos anos, o principal evento olímpico

foi o pentatlo, que compreendia lançamentos de disco, salto de longitude e luta livre.

Outras provas, como as carreiras de homens com armaduras, também fizeram parte,

mas mais tarde. Os romanos continuaram a celebrar as provas olímpicas depois de

conquistar a Grécia no 146 a.C. No ano 394 da nossa era o imperador romano

Teodósio aboliu os jogos. Durante oito séculos não se celebraram competições

organizadas de atletismo. Restauram-se na Inglaterra em meados de metade do

século XIX, e então as provas atléticas converteram-se gradualmente no desporto

favorito dos ingleses. Em 1834 um grupo de entusiastas desta nacionalidade alcançou

os mínimos para competir em determinadas provas. Também no século XIX se

realizaram as primeiras reuniões atléticas universitárias, entre as universidades de

Oxford e Cambridge (1864), o primeiro miting nacional em Londres (1866) e o

primeiro miting amador celebrado nos Estados Unidos em pista coberta (1868).

Posteriormente, o atletismo adquiriu um grande seguimento na Europa e

América. Em 1896 iniciaram-se em Atenas os Jogos Olímpicos, uma modificação

restaurada dos antigos jogos que os gregos celebravam em Olímpia.

Mais tarde, os jogos celebraram-se em vários países com intervalos de quatro

anos, excepto em tempo de guerra. Em 1913 fundou-se a Associação Internacional de

Federações de Atletismo. Com sede central em Londres, a associação é o organismo

reitor das competições de atletismo à escala internacional, estabelecendo as regras e

dando oficialidade às melhores marcas mundiais obtidas pelos atletas.

Page 7: O Atletismo e as Modalidades

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Estádio de atletismo

Um estádio é concebido de modo a que possam acontecer simultaneamente

provas de corrida (ou pista), de saltos e lançamentos (ou campo).

A pista moderna é oval, mede 400 m de perímetro, e possui seis a dez faixas.

A superfície da pista é geralmente de plástico ou borracha, o que a torna tanto

resistente ao tempo como ao atrito. As modalidades de campo realizam-se no centro

da pista, área essa que se designa por centro do campo.

As provas de pista e campo são disputadas em pista de atletismo e reúnem:

corridas rasas, corridas com barreiras ou com obstáculos. Já as provas de campo

englobam saltos, arremesso e lançamentos. Há ainda as provas combinadas, como o

Decatlo em que envolve 10 eventos no masculino, e o Heptatlo, que envolve sete

eventos no feminino. As provas são disputadas em dois dias.

Page 8: O Atletismo e as Modalidades

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Diferentes modalidades do atletismo

O atletismo e um conjunto de desportos constituído por três modalidades

corrida, lançamentos e saltos. De modo geral, o atletismo é praticado em estádios,

com excepção de algumas corridas de longa distância, praticadas em vias públicas ou

no campo, como a maratona e o corta-mato.

Corrida de Estafetas

Uma das modalidades atléticas mais excitantes

é a corrida de estafetas, constituindo, com

frequência, o ponto alto das competições

importantes, como os Jogos Olímpicos e sendo,

habitualmente, a última das provas.

Ao contrário da maioria das outras, esta é

uma prova de equipa, em que quatro corredores

fazem um determinado trajecto. Cada corredor é

escolhido por ter um mérito especial. O mais rápido actua na

primeira posição, os mais potentes ocupam a segunda e a última, e o melhor a

descrever curvas actua em terceira. O primeiro passa ao segundo um testemunho, e

assim sucessivamente. As principais provas são 4x100 m e 4x400 m.

O testemunho é um tubo macio e oco, com cerca de 30 cm de comprimento e

12 cm de perímetro. Pode ser feito de madeira, metal ou plástico, e pesa 50 g

apenas. Em geral, os testemunhos têm uma cor viva, para se verem com facilidade.

Uma boa passagem do testemunho pode poupar preciosos segundos numa corrida.

Na prova dos 4x100 m, o corredor que parte não olha para trás ao receber o

testemunho, mas na dos 4x400 m, que é muito fatigante, o corredor que parte olha

para trás na passagem do testemunho.

Passagem por cima - Das duas passagens de testemunho, esta é a mais fácil

de aprender e a mais segura de utilizar. O corredor da frente mantém o braço baixo, o

que facilita a entrega do testemunho.

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1- Quando o corredor da frente ouve o de trás gritar-lhe, estica a mão esquerda, com

a palma virada para baixo. O polegar e o indicador devem formar um V.

2- O portador do testemunho levanta-o até ao V formado pela mão do corredor da

frente. O corredor nº 1 deve agarrar o testemunho pelo seu primeiro quarto, o nº 2

pelo segundo, etc.

3- O portador do testemunho larga-o quando vê que o corredor da frente o agarrou.

O testemunho é transportado na mão direita desse corredor e transferido para a mão

esquerda do corredor seguinte.

Passagem por baixo - Quando se faz correctamente, esta passagem torna-se

a mais rápida. Contudo, é a mais difícil, porque o corredor da frente eleva mais o

braço para receber o testemunho.

1- O portador do testemunho agarra a extremidade deste, enquanto o corredor da

frente leva a mão direita atrás, com a palma virada para cima.

2- O portador entrega o testemunho baixando-o para a mão esticada do outro. Este

deve ter os dedos a formar um V.

3- O corredor da frente pega no testemunho com a mão direita, pronto a passá-lo

para a mão esquerda do próximo corredor.

Corrida de Barreiras

Nos Jogos Olímpicos de 1896, a primeira destas corridas executou-se numa

distância de 100 m. Nessas primeiras competições as barreiras eram, na realidade,

barreiras para carneiros, pregadas à pista, portanto, muitíssimo pesadas e capazes de

magoar gravemente um atleta que derrubasse uma

delas. Hoje, esta prova pratica-

se em distâncias de 100 m

(mulheres), 110 m (homens) e

400 m (homens e mulheres). As

barreiras actuais são uma barra

de madeira apoiada em dois

postes de metal ajustáveis. Não

Page 10: O Atletismo e as Modalidades

10

estão presas à pista, mas têm de pesar o suficiente para que seja precisa uma força de

3,6 kg para as derrubar. A altura da barreira varia consoante a idade e o sexo. Abaixo

dos 14 anos (A-14) dos rapazes e dos 17 anos (A-17) das raparigas, emprega-se a

barreira de 76 cm; os rapazes A-15, as raparigas A-20 e as mulheres mais velhas

saltam uma barreira de 84 cm; os rapazes A-17 transpõem uma altura de 91,4 cm, e os

homens mais velhos uma de 106,7cm.

Quando os atletas estão a saltar barreiras, esforçam-se por executar uma

corrida suave e contínua, apenas ligeiramente interrompida cada vez que passam

sobre uma barreira; isso designa-se por “técnica de barreiras”.

Triplo Salto

O Triplo Salto é um dos tipos de salto mais complicados e exigentes. As suas

origens remontam tão longe quanto os antigos Jogos Olímpicos dos Gregos, quando

não existiam quaisquer regras e os atletas podiam dar dois pulos e um salto, ou três

passos e um salto. Ainda nos primeiros Jogos Modernos, James

Conolly, o vencedor, ganhou com dois pulos

e um salto. Hoje as regras obrigam os

atletas a “um pulo, um passo e um salto”,

enquanto tentam cobrir a maior

distância possível.

Para esta modalidade os

atletas precisam de ser ágeis e ter pernas muito fortes.

O ritmo também é importante, já que necessitaram de tornar os voos de

cada fase tão iguais quanto possível e devem ter noção da sincronização ao

aterrarem.

Pulo, passo e salto.

1- O atleta esforça-se por ganhar velocidade na corrida de balanço, por causa da

rapidez e da distância que irão perder cada vez que fizerem a chamada.

2- O pulo de chamada deve ser rápido e enérgico. Batem na tábua de chamada com o

pé todo e avançam com essa perna, atirando-a para cima, de forma a que a sua coxa

fique paralela à pista.

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3- Arremessam a perna esquerda para uma posição horizontal, de maneira a ficar

paralela ao chão e lhes impulsionar o joelho direito para trás. Nesta fase de contacto

intermédio tentam “cravar” o pé esquerdo no chão, da frente para trás, atirando,

assim, o corpo para a frente.

4- Ao caírem, os seus pés devem estar um pouco à frente dos joelhos e das ancas.

Serão impulsionados para a frente pelo pé em que caem, “cravado” no chão, bem

como pela oscilação do joelho direito.

5- Aproveitando ainda o movimento oscilatório de um só braço, entram na fase do

passo. O voo é semelhante ao do pulo. Com as pernas bem afastadas, levantam a

perna direita e arremessam-na para a frente.

6- Este passo de contacto intermédio é o mais difícil do triplo salto porque é

executado com a perna mais fraca e porque já terão perdido imensa velocidade e

ímpeto nas duas chamadas anteriores. Quando, caírem, lançam os braços para a

frente preparando, assim, a sua próxima chamada.

7- Partem imediatamente com a perna do contacto intermédio. A chamada do salto

é mais elevada do que a do pulo e do passo, e faz um ângulo de 20-24º.

8- Quando levarem o joelho direito ao encontro do esquerdo, pareceram suspensos

no ar, por instantes, até dobrarem o corpo para a frente, pronto a aterrar. A este

movimento chama-se “salto pairante”.

9- Quando tocarem na areia, projectam os braços para a frente e deixam que os

joelhos se dobrem um pouco - impedindo que o corpo caia para trás ao aterrarem.

As medidas de distância do triplo salto, bem como do salto em comprimento,

são medidas a partir da tábua de chamada até à marca mais próxima que existir na

areia. Por conseguinte, devem sempre tentar cair para a frente, na aterragem e

afastarem-se pela frente do buraco. Se caírem ou andarem para trás, os seus saltos

serão medidos a partir da distância mais curta.

Salto em Comprimento

De todas as provas de salto, o salto em comprimento é talvez o mais natural

de executar e o mais simples de aprender. O objectivo é fazer a chamada atrás de

Page 12: O Atletismo e as Modalidades

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uma determinada linha e tentar cobrir a maior

distância possível, antes de aterrar na caixa de

areia. A modalidade torna-se mais difícil devido

às velocidades estrondosas que o corredor tem

de alcançar na corrida de balanço, porque isso

afecta directamente o comprimento do salto.

Os saltadores com mais sucesso nesta modalidade muitas

vezes têm a constituição dos sprinters - altos, com pernas compridas e uma boa

capacidade de arranque. Nos treinos devem esforçar-se por desenvolver a sua força,

um bom sentido rítmico e a capacidade de avaliar distâncias com rigor. Há quatro

fases distintas no salto em comprimento: a corrida de balanço, a chamada, o voo e a

queda ou aterragem.

1- Batem na tábua de chamada com o pé todo, e depois, avançam rapidamente com

a perna livre, lançando-a para cima e para a frente. Estendem a outra perna e

conservam o corpo direito enquanto se impulsionam.

2- Durante o voo tentam dar uma ou duas passadas, o que os ajudará a impulsionar o

corpo para diante, enquanto estão no ar.

3- Quando se preparam para aterrar juntam as pernas e balançam-nas para a frente.

Conservam os pés elevados e fazem oscilar os braços para trás, enquanto o corpo

avança.

4- No momento em que tocam com os pés na areia, dobram ligeiramente os joelhos e

tentam impulsionar-se para além da marca feita pelos pés.

Salto em Altura

Um dos factores mais

importantes no salto em altura é o

material em que os atletas têm que

aterrar. Até princípios da década de

60, caíam sobre areia e, por

conseguinte, eram forçados a servir-se de

Page 13: O Atletismo e as Modalidades

13

uma técnica de salto que lhes garantisse uma queda incólume. O aparecimento de

uma área de espuma, permitiu aos atletas concentrarem-se na passagem sobre a

fasquia. Tal como o salto em comprimento e o triplo salto, o salto em altura tem

quatro fases: corrida de balanço, chamada, passagem da fasquia e queda (ou

aterragem).

Os dois tipos principais de salto em altura são o Fosbury e a tesoura. O estilo

Fosbury foi usado pela primeira vez no México, quando um atleta americano, nos

Jogos Olímpicos, em 1968. Em vez de executar o habitual salto em tesoura, Fosbury

espantou a multidão ao passar a fasquia de costas e cair sobre estas. Embora seja

uma técnica ligeiramente mais difícil de aprender do que a da tesoura, vai permitir um

salto muito mais elevado.

1- A corrida de balanço deve consistir em 8 a 10 passadas. As primeiras 4 e 5 serão

lineares e vão permitir ganhar velocidade, enquanto as últimas 4 e 5 serão curvilíneas,

para os fazer elevar sobre a fasquia.

2- Enquanto se aproximam da fasquia, dão as últimas passadas mais curtas e mais

rápidas. Tentam cair sobre os calcanhares, porque isso fará com que consigam baixar

as ancas e flectir a perna da chamada, aprontando-se para o salto.

3- O seu pé de chamada deve estar agora a apontar na direcção que pretendem.

Mantêm dobrada a perna interior, enquanto fazem avançar a coxa e a levantam.

4- Em consequência da corrida de balanço curvilínea, o seu corpo irá virar-se

enquanto saltam, e serão impulsionados sobre a fasquia, de cabeça para a frente.

5- Enquanto passam a fasquia, levantam a cabeça e os ombros, para verem os pés.

Mantêm as costas direitas, empurram os ombros para trás e os calcanhares para

dentro. Isso irá evitar-lhes que as ancas caiam e irá elevar-lhes as pernas sobre a

fasquia. Esforçam-se por cair sobre as costas e os ombros.

Salto com Vara

Salto com vara é um evento atlético onde os competidores usam uma vara

longa e flexível para alçar altura, e passar por cima de uma barra.

Page 14: O Atletismo e as Modalidades

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Competições de salto com vara

aconteciam na Grécia antiga. Até o início

do século XX, as varas eram feitas de

bambu ou madeira e, posteriormente,

passaram a ser feitas de alumínio.

Actualmente, as varas modernas são feitas

de fibra de carbono ou fibra de vidro. Estas

mudanças geraram grande diminuição do peso

da vara e maior flexibilidade, e graças a estes

avanços os recordes de salto com vara

tornaram-se cada vez mais altos.

A pista oficial no salto com vara deve

medir no mínimo 45m. O atleta deve saltar sobre

um travessão - a fasquia ou sarrafo - apoiado em

duas traves verticais.

São permitidas um máximo de três tentativas para cada altura escolhida pelo

atleta, o qual se pode recusar a saltar sob determinadas alturas com o intuito de

alcançar mais rapidamente marcas maiores. Contam como faltas a queda do sarrafo,

tanto pelo corpo do atleta quanto pela vara, e a mudança da posição das mãos após a

vara ser cravada na caixa de apoio. Três faltas seguidas acabam com a prova.

Lançamento do Disco

O praticante desta modalidade roda

em torno de um círculo antes de arremessar

um objecto plano e redondo, designado por

disco. O disco remonta ao século VIII a.C.

Até 1912, o disco era lançado de uma

plataforma inclinada. Hoje, os atletas são

obrigados a lançá-lo de dentro de um

círculo com 2,5 m de diâmetro. Têm de dar uma

volta e meia ao círculo, antes de largarem o disco - o que significa que a acção é

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mais parecida com um arremesso de uma funda do que com um lançamento.

O disco é feito de madeira e contornado por um aro de metal. A parte central

pode ser de madeira, metal ou borracha. Para segurar o disco, ele deve estar folgado

na palma da mão lançadora, com a beira apoiada nas pontas dos dedos. Podem abrir

os dedos a intervalos regulares, ou manter juntos o indicador e o médio. Em ambas as

preensões, servem-se do polegar para manterem o disco numa posição firme. Uma

das melhores maneiras de aprender a lançar o disco é parado. Isso vai ensinar os

elementos básicos da modalidade e também irá auxiliar o treino futuro. Usar esta

técnica aumenta gradualmente a velocidade, fazendo girar os braços e o tronco a

partir das ancas.

1- Parados, com os pés afastados à mesma largura dos ombros, seguram o disco na

mão que lhes der mais jeito. Viram um pouco o corpo, enquanto estendem o braço

para trás.

2- Fazem girar o disco para a frente, virando também o corpo, enquanto o fazem.

3- Levam o disco até ao ponto mais alto do seu rodopio. Agora devem ter o peso

apoiado no pé esquerdo. Viram-no de frente para a posição em que vão lançar.

4- Voltam à posição de partida e recomeça a sequência. Flectem os joelhos, enquanto

giram o corpo e, gradualmente, vão acumulando velocidade.

A Volta - desde que tenham controlado o balanço, tentam virar-se, enquanto

lançam. Começam na parte de trás do círculo, mantendo as pernas flectidas e

ligeiramente afastadas, e os braços abertos. Desviam o seu peso para o pé oposto ao

braço lançador, e giram nesse pé. Dão uma volta ao corpo, e aterram sobre o outro

pé. Quando se virarem de novo para as traseiras do círculo, começam a endireitar o

corpo e a levar para a frente o braço lançador, num gesto largo e balanceado. Lançam

o disco e atravessam o seu braço direito, em frente do corpo, à altura do peito,

levando o pé direito para diante, o que lhes evitará uma queda. Um peso normal tem

7,257 kg, sendo fabricado em aço. O peso para as mulheres tem 4 kg.

Lançamento do Dardo

Ao contrário de outras provas de lançamento, esta é praticada com corrida de

balanço e não num círculo.

Page 16: O Atletismo e as Modalidades

16

Evoluiu a partir do arremesso de dardos

usados pelos nossos antepassados na

caça e na guerra, mas as distâncias são

agora muito superiores ao que se

poderia imaginar, resultando de

melhorias na concepção do dardo e na

própria técnica de lançamento. De

facto, em 1984 o dardo teve de ser

novamente desenhado porque

estava a cair para lá do campo e

sobre a pista - uma distância de

mais de 100 metros! O dardo é

composto a partir de um cabo de madeira ou metal, com uma

ponteira de metal e uma braçadeira de cordão.

No lançamento do dardo são precisas as seguintes etapas:

1- Ganhar velocidade na corrida de balanço. Segurar o dardo alto, com a palma da

mão voltada para cima.

2- Nas últimas passadas da corrida, esticar o braço que vai lançar, para que o dardo

ficar atrás de si, e também levantar o joelho direito, na última passada. A isso chama-

se passada cruzada.

3- Devido à passada cruzada, aterram no pé direito, com o corpo inclinado para trás e

as ancas para a frente, posição essa destinada a facilitar o arremesso do dardo, que

seguraram alto e atrás de si.

4- Atirar a perna esquerda para a frente, na última passada, com o braço direito e o

dardo atrás si. Flectir a perna direita, para as ancas avançarem, e o corpo se arquear

ligeiramente. Arremessar para fora o braço esquerdo, para ajudar no equilíbrio.

5- Inclinar para a frente o peito e os ombros, para atirar o dardo. Ver se tem o

cotovelo elevado, nesse momento, o que fará com que o dardo voe bem acima do

ombro e da cabeça, ajudando a evitar lesões na articulação do cotovelo.

6- Depois de largar o dardo, a sua perna direita continuará a avançar para a próxima

passada. Flectir para abrandar a marcha e evitar ultrapassar a linha limite.

Page 17: O Atletismo e as Modalidades

17

Permanecer atrás dessa linha até a distância ter sido medida, ou o lançamento será

invalidado.

Lançamento do Peso

Esta modalidade nasceu nos Jogos das Terras Altas da Escócia, provavelmente

no século XIV. Os pesos eram pedras grandes, demasiado pesadas para serem

atiradas, mas passíveis de serem arremessadas, a partir do ombro, com uma das

mãos. Hoje, em vez de uma pedra, usa-se

uma bola de metal pesada, chamada

peso, mas a técnica permanece a mesma.

Utiliza-se a base do indicador, do

médio e do anelar para aguentar o peso;

com o polegar e o mínimo pode-se

estabilizá-lo. Deve-se segurar o peso

debaixo do queixo até ao momento de

o arremessar sem nunca tocar a palma

da mão. O peso, de bronze ou ferro,

varia entre 3,25 kg para raparigas A-

13, 7,26 kg para homens e 4 kg para

mulheres. No lançamento do peso são

necessárias as seguintes etapas:

1- Afastar os pés cerca de 60 cm. Segurar o peso debaixo do queixo, mantendo alto o

cotovelo desse braço.

2- Juntar os pés enquanto se salta, ou deslizar para a esquerda.

3- Apoiar-se no pé direito, enquanto se aterra, e avançar com a perna esquerda.

Flectir os joelhos e preparar-se para empurrar o peso a partir do ombro.

4- Fazer oscilar a anca direita, para lançar o corpo para a frente. Retirar o peso

debaixo do queixo, como preparação para o largar.

5- Tentar impulsionar o peso para cima e em frente, a partir do queixo e tão

depressa quanto possível. O peso irá tanto longe quanto mais alto e mais depressa for

arremessado.

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6- Para seguir o movimento do peso depois do arremesso, avançar com a perna

direita e dobrá-la, para evitar passar sobre a barra de madeira em frente do círculo.

Lançamento do Martelo

O lançamento do martelo é uma modalidade olímpica de atletismo. O

desporto é baseado no lançamento de martelos propriamente ditos, que

foram entretanto trocados por bolas de

metal presas por um cabo de

arame pesando que termina numa

pega ou alça.

O martelo pesa 7,26kg na

prova dos homens e 4kg nos eventos

femininos. O conjunto bola, arame e

alça, formam uma unidade de

comprimento máximo de 1,2 m.

A base de lançamento da prova

é um círculo de 2,1 m de diâmetro,

geralmente rodeado por uma rede que

protege a audiência.

Segurando a alça com as duas

mãos e mantendo os pés imóveis, o atleta faz a bola girar três ou quatro vezes,

num círculo que passa por cima e por baixo da sua cabeça.

Quando o martelo alcança velocidade, o arremessador gira sobre si próprio

duas ou três vezes para acelerar mais a bola e logo a solta para cima e para frente.

Se o martelo cai no terreno dentro de um ângulo de 90 graus, o lançamento é

considerado válido.

Marcha Atlética

A Marcha Atlética é uma modalidade do atletismo onde se executa uma

progressão de passos de maneira que o atleta sempre mantenha contacto com o solo

com, pelo menos, um dos pés. A perna que avança tem que estar recta, (ou seja, não

Page 19: O Atletismo e as Modalidades

19

dobrada) desde o momento do primeiro contacto com o solo

até que se encontre em posição

vertical.

Foi integrada aos Jogos

Olímpicos em 1908 e em 1992 passou a

ser disputada também na categoria

feminina.

As provas de marcha atlética são

disputadas na distância de 20km, feminino, e 20km e 50km masculino, que se

realizam normalmente numa pista de rua. A marcha é uma actividade em que a

resistência, a coordenação, o ritmo e a agilidade do atleta são fundamentais.

O regulamento estabelece que os juízes de Marcha têm que avisar aos atletas

que, pela sua forma de marchar, correm o risco de cometer alguma falta, e para isso

utilizam discos amarelos como símbolos de uma possível infracção. No julgamento de

Marcha, quando um atleta comete alguma infracção, é mostrado um cartão

vermelho. Quando três juízes diferentes mostram os cartões vermelhos a um atleta, o

juiz chefe procede a desqualificação do mesmo.

Triatlo

Triatlo é uma palavra grega que designa um evento atlético composto por três

modalidades. Actualmente, o nome triatlo é em geral aplicado a uma combinação de

natação, ciclismo e corrida, nessa ordem e sem interrupção entre as modalidades.

Pode-se dizer que o triatlo moderno surgiu no San Diego Track Club na década de

1970. A primeira grande competição de triatlo, entretanto, foi o Ironman Triathlon,

organizado em 1978 no Havaí. Naquela ocasião, a competição foi organizada com o

intuito de esclarecer qual dos atletas (nadador, ciclista ou corredor) era o melhor

condicionado fisicamente, que possuía a maior resistência. Era uma competição

genuinamente individual, na qual não era permitida interacções entre alguns

adversários que viessem a prejudicar os demais.

Page 20: O Atletismo e as Modalidades

20

A modalidade estreou-se no programa

nos jogos de Sydney no ano 2000, após sofrer

algumas modificações estabelecidas pela

União Internacional de Triatlo (ITU), fundada

em 1989. Tais modificações, aplicadas com o

fim de tornar a modalidade mais atractiva ao

público, alteraram consideravelmente a

dinâmica da prova e afastaram-na dos

princípios que guiaram o nascimento da

modalidade, mas aproximaram o desporto

de requisitos necessários para ingressar

no âmbito dos desportos olímpicos. Algumas das

alterações mais importantes para que o triatlo se tornasse um desporto olímpico

dizem respeito aos uniformes e à exposição de logo-marcas de patrocinadores nos

uniformes dos atletas. Pode-se classificar as provas de triatlo de acordo com as

distâncias percorridas e com os locais onde as provas são disputadas. As principais

são as seguintes:

- Sprint: 750 metros de natação / 20 km de bicicleta / 5 km de corrida

- Olímpico: 1.5 km de natação / 40 km de bicicleta / 10 km de corrida

- Ironman: 3.8 km (2.4 milhas) de natação / 180 km (112 milhas) de bicicleta / 42 km

(26.2 milhas) de corrida

Provas Combinadas

Algumas competições desportivas envolvem uma combinação de várias

modalidades, no intuito de consagrar uma atleta mais completo. As provas oficiais do

decatlo (para os homens) e do heptatlo (para as mulheres) combinam corridas, saltos

e lançamentos. Os atletas pontuam de acordo com as suas marcas nas provas

individuais (tendo por base uma tabela de conversão de marcas por pontos), e esses

pontos são somados para se definir o vencedor.

O decatlo, para homens, consiste em dez provas em dois dias: os 100 e 400 m,

o salto em altura, o salto em comprimento, o lançamento do peso, os 1500 m, os 110

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m barreiras, o salto à vara, o lançamento do dardo e o lançamento do disco. O

primeiro decatlo moderno foi levado a cabo na Alemanha, em 1911, e todas as provas

aconteceram no mesmo dia. O decatlo actual surgiu nas Olimpíadas em 1912, e, tal

como contemporaneamente, demorou dois dias.

O heptatlo, para mulheres, consiste em sete provas em dois dias também: os

100 m barreiras, o salto em altura, o lançamento do peso, os 200 m, os 800 m, o salto

em comprimento e o lançamento do dardo. O heptatlo , foi introduzido em 1981 para

substituir o pentatlo, que abrangia cinco provas. Acrescentou-se-lhe o lançamento do

dardo e os 800 metros, para acentuar a força, bem como a velocidade. Em cada

conjunto de provas o vencedor é escolhido por um sistema de pontuação, no qual os

concorrentes obtêm pontos pelo tempo, distância e velocidade demonstrados em

cada prova. Ganha o atleta com a pontuação mais alta.

Heptatlo

Primeiro Dia

100 metros Barreiras

As provas no heptatlo têm 30 minutos de intervalo entre si. O conjunto de

modalidades põe à prova a velocidade, a força, a agilidade e a resistência de uma

atleta. O treino para esta primeira prova - os 100 m barreiras - também beneficia os

200 m.

Salto em Altura

Neste salto a técnica e a agilidade são postas à prova. As regras são as

mesmas que na modalidade individual, mas as atletas são divididas em grupos com

padrões semelhantes. As atletas comem alimentos energéticos ao longo do dia.

Lançamento do Peso

Serve para pôr à prova a força de uma atleta. As distâncias alcançadas no

heptatlo são frequentemente mais baixas do que nas provas individuais, porque a

atleta é muito mais leve, e aumentar-lhe o peso corporal para esta prova poderia

prejudicar a sua actuação nas outras. Nos lançamentos, as atletas dispõem apenas de

três tentativas.

Page 22: O Atletismo e as Modalidades

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200 metros

Esta prova é praticada no fim do primeiro dia, quando a atleta começa a sentir-

se cansada. Por isso, é tanto uma prova de resistência como de velocidade.

Segundo Dia

Salto em Comprimento

As atletas só fazem três tentativas neste salto. A velocidade é também vital,

para assegurar uma boa corrida de balanço.

Lançamento do Dardo

A capacidade técnica bem como a força do tronco são vitais no arremesso do

dardo. Nas provas individuais, as lançadoras do dardo são baixas e leves. A maior

parte das atletas do heptatlo são constituição semelhante e, muitas vezes,

conseguem pontuar bastante nesta prova.

800 metros

O segredo é mais a resistência do que a velocidade. Nesta fase, a atleta devia

concentrar-se na marcação dos pontos de que necessita para estabelecer o resultado

final e devia ter por objectivo regular a sua passada.

Decatlo

Primeiro Dia

100 metros

Esta é a primeira prova do primeiro dia. Nas modalidades de pista, permite-se

aos atletas três falsas partidas, em contraste com as duas habituais.

Salto em Comprimento

Depois da velocidade dos 100 m, este salto põe à prova a capacidade técnica

do atleta. Os atletas que praticam provas combinadas devem iniciar cada uma delas,

ou serão desqualificados. No entanto, se não completarem a prova por falha de um

salto, por exemplo, nesse caso não marcaram pontos, o que pode ser desastroso para

o resultado final.

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Lançamento do Peso

Como no heptatlo, um físico avultado pode beneficiar esta e outras provas de

arremesso, mas talvez façam abrandar o atleta do decatlo nas corridas de velocidade

e nos 1500 metros.

Salto em Altura

Os atletas praticantes de provas combinadas têm de aproveitar ao máximo o

seu tempo de treino, e, muitas vezes, treinarem ao mesmo tempo o salto em

comprimento, o salto em altura e o salto com vara.

400 metros

É importante beber durante o dia, principalmente em climas quentes e depois de

provas de esforço, como os 400 m. Esta é a que encerra o primeiro dia, e os atletas

terão de pensar em descansar antes das provas do dia seguinte.

Segundo Dia

110 metros

As pontuações do segundo dia são frequentemente mais baixas, visto os

atletas poderem ter os músculos rígidos e estar cansados depois da véspera.

Lançamento do Disco

É uma prova difícil porque exige um equilíbrio e coordenação perfeitos, e uma

técnica mais apurada do que outras provas de arremesso.

Salto com Vara

Os saltadores devem ser rápidos, fortes e maleáveis, para executarem todos

os movimentos exigidos ao catapultar-se sobre a barra apoiando-se numa vara de

fibra de vidro.

Lançamento do Dardo

Nesta altura da competição, o atleta do decatlo estará cansado, e deverá

concentrar-se em arremessar o dardo com rigor para ter a certeza de que marca

pontos. No seu primeiro arremesso “válido”, deve ter por alvo o meio da área de

aterragem. O segundo e o terceiro arremessos podem ser usados, depois, para

melhorar a distância atingida.

1500 metros

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A última e a mais difícil de todas as provas. Como nos 800 m femininos, a

táctica é mais importante que a velocidade.

Olimpíadas dos Deficientes

Nestas competem atletas com vários tipos de deficiências. Tal como os Jogos

convencionais, as Olimpíadas dos deficientes têm lugar de quatro em quatro anos e,

sempre que possível, no mesmo país que os Jogos Olímpicos.

As primeiras Olimpíadas deste tipo, completas, foram em Roma, no ano de 1960 e,

desde 1976, também tem havido as Olimpíadas de Deficientes de Inverno, que

incluem bicicleta e judo.

Maratona

A maratona é uma corrida de longa

extensão, 42 km e 195 metros, que surgiu

para homenagear o soldado grego

Pheidippides. Este soldado foi encarregue,

por volta do ano 490 a. C., pelo general

Milcíades, de ir desde Maratona a Atenas

para informar sobre uma vitória numa batalha contra os

persas. As duas cidades ficam separadas por cerca de 40 quilómetros. Pheidippides

cumpriu a difícil missão mas acabou por morrer de cansaço logo a seguir.

A maratona começa e acaba num estádio mas disputa-se em ruas

pavimentadas, onde, contudo, não pode haver troços de erva ou terra mole. É uma

das provas mais tradicionais do atletismo e tem a honra de encerrar o programa de

todas as edições dos Jogos Olímpicos. A maratona faz parte dos Jogos desde o início

da era moderna, em 1896, em Atenas, mas só em 1984, em Los Angeles, é que foi

feita uma corrida também para mulheres. Na primeira edição, um atleta grego

homenageou da melhor maneira o seu antepassado.

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Conclusão

O atletismo, de certa forma, representa a síntese de todos os desportos, pois

os seus diversos movimentos estão presentes em quase todas as demais

modalidades. O salto, a velocidade e a agilidade são fundamentos básicos das

modalidades do atletismo, assim como pressupostos para as outras. Tais

movimentos, sem dúvida, construíram as primeiras formas de prática desportiva, pois

são movimentos que surgiram com o próprio aparecimento do Homem, que nos

primórdios de sua história, por questões de sobrevivência, aprendeu instintivamente

a realizar tais esforços físicos.

Como modalidade desportiva, o atletismo foi praticado pelos povos helénicos

da Antiguidade. O grande desenvolvimento desta prática culminou, neste período,

com o surgimento de competições e grandes eventos desportivos, e,

consequentemente, com a profissionalização de atletas. Os eventos desportivos

principais desses povos eram os Jogos Ístmicos, os Píticos, os Nemeus e os Jogos

Olímpicos (realizados na região da pequena cidade de Olímpia, jogos estes que

inspiraram a criação dos Jogos Olímpicos da era moderna). No princípio, estes

eventos constituíam-se de competições como corridas e saltos. Com o gradual

desenvolvimento destes eventos, houve a incorporação de outras modalidades como

o lançamento de discos, lançamento de dardos e as provas combinadas, como o

pentatlo e o decatlo.

As diversas modalidades atléticas, actualmente, encontram-se num estádio

bastante avançado, com aprimoramento das técnicas de treino e técnicas de

aperfeiçoamento dos movimentos que constituem cada modalidade. A quebra de

limites ainda não parece estar estacionando nestas modalidades, sendo que estas

representam mais marcadamente as possibilidades físicas e os limites físicos

humanos.

Em todos os Jogos Olímpicos, é sempre no Atletismo que se atingem os

momentos mais altos e de maior impacto mediático. É talvez a modalidade

desportiva onde o ideal olímpico corresponde perfeitamente aos objectivos da

própria modalidade: mais rápido, mais alto, mais forte. De facto, o que se procura é

chegar em primeiro, ser mais veloz, chegar mais alto e mais longe e ainda aguentar

melhor as dificuldades das provas, ser mais forte.

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Bibliografia

INTERNET

http://pt.wikipedia.org/wiki/Atletismo

http://www.fpatletismo.pt/xhtml/

http://www.omundodacorrida.com

ENCICLOPÉDIA

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triatlo. In Diciopédia 2009 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2008.