“o aquecimento da atmosfera” balanÇo radiativo. 1. introdução radiação = modo de transferir...
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““O AQUECIMENTO DA ATMOSFERA”O AQUECIMENTO DA ATMOSFERA”
BALANÇO RADIATIVOBALANÇO RADIATIVO
1. IntroduçãoRadiação = Modo de transferir energia.– Obedece o princípio da conservação.– Radiação emitida pela atmosfera/Terra: radiação
terrestre ou radiação de onda-longa.– Radiação emitida pelo Sol:
radiação solar ou de onda-curta.– Quando a radiação solar é absorvida,
parte ou a maioria é re-emitida pela Terra/atmosfera, como onda-longa.
– Balanço => conservação de energia.
• Mudanças no “armazenamento” = entrada – saída
2. Balanço Radiativo• O balanço radiativo pode ser expresso
com uma equação de saldo, composta de termos que representam um transporte de radiação ou
processos de conversão:
Q* = (K↓ - K↑) + (L↓ - L↑) ou
Q* = K* + L*
Termos individuais e processos:Q* - Saldo total de radiação
(“Net radiation”)• Resultado total de todos os processos radiativos.
– O saldo de radiação é absorvido e então transformado em outra forma de energia (não – radiativa).
Tornando-se disponível para ser transformada em outros processos do balanço de energia, tais como:
– Aquecimento do ar (calor sensível)– Aquecimento do solo– Evaporação de Água
K↓ - Radiação de onda-curta incidente
– Emitida pelo sol e transmitida até o local do balanço (por exemplo: topo da atmosfera ou superfície).
– Dependente da altura do Sol e das propriedades de transmissividade da atmosfera.
K↑ - Radiação de onda-curta emergente (Refletida!)
– Depende de K↓ e do albedo (a)K↑ = a . K↓
Albedo é a razão entre a radiação de onda curta refletida e a incidente por uma
superfície:
a = K↑/ K↓
Albedo global
K* - Saldo de radiação de onda-curta
K* = (K↓ - K↑)
A energia que é absorvida e que pode ser re-emitida em
comprimentos de onda maiores.
L↓ - Radiação de onda longa incidente
– Depende da temperatura aparente do céu Ts e da emissividade do céu εs.
L↓= εs . σ . Ts4
Ts e εs são devidos ao efeito combinado de todas as camadas da atmosfera e dependem da
cobertura de nuvens, estrutura vertical de temperatura e umidade.
Podem ser calculados a partir de dados de radiossondagens.
L↑ - Radiação de onda-longa emergente
– Depende da temperatura da superfície T0 e da emissividade da superfície ε0.
L↑= ε0 . σ . T04
L* - Saldo de radiação de onda-longa
L* = (L↓ - L↑)
3. Médias Globaisdos termos do
balanço de radiação
I – Radiação de onda curta
• Total Refletido = 30% (= albedo)• Total Absorvido = 70%
Distribuição global da radiação solar incidente média anual liquida no topo da atmosfera
II – Radiação de onda longa
• Total perdido para o espaço = 70% (Igual ao absorvido do Sol)
• L↓ na superfície (emitido pela atmosfera):efeito estufa = energia adicional disponível para a superfície.
• Saldo negativo na atmosfera: compensado pela absorção de K↓ e convecção proveniente do solo.
Distribuição global distribuição da radiação média anual de onda longa emergente no topo da atmosfera
III – Saldo de radiação em todos os comprimentos de onda
• Na atmosfera e na superfície, o balanço de radiação não é nulo: outras formas de transporte energia o compensam.
• O balanço de radiação pode ser feito em qualquer nível da atmosfera:Topo da atmosfera (TOA)AtmosferaSuperfície
• Os valores mostrados na figura são médias globais calculadas ao longo de muito tempo, tais como cobertura de nuvens, temperatura, e outros.
• Existe considerável variabilidade espacial e temporal (tempo, estações, clima!)
Distribuição global do “desbalanço” líquido entre a radiação solar incidente média anual e a radiação de onda longa emergente no
topo da atmosfera
4. Distribuição Global
http://geography.uoregon.edu/envchange/clim_animations/
http://www.eoearth.org/article/Energy_balance_of_Earth
Padrão anual (1987) de radiação solar absorvida na superfície da Terra
Fig. 2-21, p.48
IV – Saldo Total de Radiação: Q* - variabilidade espacial
• Para prevenir o aquecimento contínuo nas regiões onde há ganho de energia (regiões de latitude < 40º N/S) e resfriamento contínuo nas regiões onde há perda de energia (latitudes > 40º N/S), a energia é transportada no sentido dos pólos das regiões com superávit de energia para as com déficit por:
• Correntes oceânicas ( ~ 1/3);• Massas de ar quente/frias
(calor sensível) ( ~ 1/3);• Umidade no ar
(calor latente) ( ~ 1/3).
5. Variabilidade temporalExemplo: Dia claro de verão, 12 de julho de 1999
O que aconteceria em:Dia nublado de verão, cobertura de Stratus
Dia nublado de verão, cobertura de CumulusDia nublado de inverno, o que acontece quando neva?
• http://cimss.ssec.wisc.edu/wxwise/homerbe.html
• http://geography.uoregon.edu/envchange/clim_animations/