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·- . . . . .. . . -- ,_.o· ..A Q..l/ Q.. Pela Corôa Real do Salvador. ADO XXIX EXPEDIENTE "Arvorae o estandarte is gentes" - Is. 62. lO S PAULO, 8 DE J.lNl!IRO DE 1821 ANNO BOM I Anno velho, findado, Foste o dom do Creador ! Anno novamente entrado, Vens do mesmo Bemfeitor; Todo o tempo testemunha o seu amor. Anno Bom! a tua vinda Celebramos com festim ; Mas teus dias Iugitives Prestes voam para o fim : Ignoramos se veremos ontro Esta vida é breve, incerta, Todo instavcl nosso ser; Se veloz chegar a morte, Q•tem nos poderá valer? Quem dizer-nos como em doce pnz morrer ? Perto está a eternidade I O Juizo cedo vem I Quem dirá que o seu arbitrio Seju para O noSRO bem ? Que passemos sem abalo para além·? Cantaremos esta graça Com e suave som l E com alto regosijo, Gratos por tão rico dom, · Saudaremos ó Anno Novo, o Anno Bom I K. SUMMARIO YUD&O 1 PUBLICAÇÃO SEMANAL Aaaicnatura aunual , • • • • • 10$000 Sob a bandeira de Christo. - E. C. P. F.stá no colo ••• - Daniel Cesar. O beij" a-flor e o corvo - llerculano de Gouvêa. A Be onna do Ensino. - E. Carloa Pereira. Ãponlamentos. - O. Para o Extranguiro . • • • • • 1 GmUo 408 Miniltf'06 do ErHmgelho REDACÇIOo Bedactor reopousa,•el : EnuABOO Outns l'Em<IRA Secretario e tbfl80oreiro : VIOJI!tt& Tsnuno LBSBA Bedactorea auxiliares : '\ J. A. OoKRL\ o ÀLBXRTL,o Pmuaao : Caixa 800 - 8. Paulo Omr.tNAI: Rua v .. conde de Ouro Preto, 26 j As gueras h1188itao. - V. Th•mudo. A mentira. - Adelaide H. Martina. Novo Anno. - Dr. Laureai o. As ultimBB oonvuboiiel do odio catholioo oontra 01 protestantes francezea. - L. A esoolha de um collegio. - Ricardo Mayorga. ,J afia. - A. .l'ratl. Raya Yisu Ava.- D. Menezeo. Publicación Je um grau libro. - J uan O. V aretto. Begietro e Fal:toa e Noticias.

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  • ·- . . . . .. . . -- ,_.o· ~· 9-o'..o.~-~~---.~~ ..A Q..l/ Q.. -~~

    Pela Corôa Real do Salvador.

    ADO XXIX

    EXPEDIENTE

    "Arvorae o estandarte is gentes" - Is. 62. lO

    S PAULO, 8 DE J.lNl!IRO DE 1821

    ANNO BOM I Anno velho, já findado,

    Foste o dom do Creador ! Anno novamente entrado,

    Vens do mesmo Bemfeitor; Todo o tempo testemunha o seu amor.

    Anno Bom! a tua vinda Celebramos com festim ;

    Mas teus dias Iugitives Prestes voam para o fim :

    Ignoramos se veremos ontro n~sirr. Esta vida é breve, incerta,

    Todo instavcl nosso ser; Se veloz chegar a morte,

    Q•tem nos poderá valer? Quem dizer-nos como em doce pnz morrer ?

    Perto está a eternidade I O Juizo cedo vem I

    Quem dirá que o seu arbitrio Seju para O noSRO bem ?

    Que passemos sem abalo para além·?

    Cantaremos esta graça Com a~corde e suave som l

    E com alto regosijo, Gratos por tão rico dom, ·

    Saudaremos ó Anno Novo, o Anno Bom I K.

    SUMMARIO

    YUD&O 1

    PUBLICAÇÃO SEMANAL Aaaicnatura aunual , • • • • • 10$000

    Sob a bandeira de Christo. - E. C. P. F.stá no colo ••• - Daniel Cesar. O beij" a-flor e o corvo - llerculano de Gouvêa. A Be onna do Ensino. - E. Carloa Pereira. Ãponlamentos. - O. Para o Extranguiro . • • • • • 1 ~$000

    GmUo 408 Miniltf'06 do ErHmgelho REDACÇIOo

    Bedactor reopousa,•el : EnuABOO Outns l'Em

  • 2 O Jroclmra $500 Breves oracges $200 Graça e verdade 2$000 · Joanninha, a Torturada, enca·

    flernado . 1\iappas biblicoa (el.Jl. livro) Menino du. Matta. Peregrina Os. reformadores Fé e coração, Dr. Victor Coelho A influencia social da. mulher,

    Allynges Cesar O Unico Advogado dos Pec~""

    cadores Biblias em portuguez, francez,

    l$500 1$000 $200

    2$000 1$500 3$500

    $200

    $200

    i:nglez, italiano, heApa.nhol e allemii.o, a ~ 000, 3.000 e a $500

    Grammatica Elem. E. C. Pereira 2$500

    I

    O porte é ·por conta do compmdor. 1:'edidos,· acompanhados da respectiva importancia, a· V. Themudo.-Caixa 1242.-S. Paulo

    ·----------------------------------~------------------

  • O. ESrl'AN l)AR T.E Orgam Prosbyteriano Independente •

    Pela Coroa Real do Salvadot~"Arvorae o estandarte ás gentes·

    ~~0)-::pôOOI~OOOt0-X>000,;o~~OO

  • ' 4 O ESTANDARTE ====~================~~

    conflagra:;ão européa e as liçõeR tremendas dos seculos passados. Para lá destacam os gover-nos suas sentineilas. • Discutindo-se o mcz passado, no parla-mento francez, o reatamento das t·elações com a Sancta Sé, di~se Leygues, presidente do gabi-nete, que melhor era collocar-se francamente no Va;ticano um émbaixador do que ter-se ahi um espião secreto. Razões tão claras de segu-ninça publica calara!ll os escrupulos, e a esta hora deve ter a França, como a Inglaterra e os outros governos, installado uma sentinella juncto ao papa._

    Uma atruosp!1era de traições, hypocrisias, e desconfiança accumula tremendas energias, para novas e mais terríveis descargas. ·. ~

    Na ínRtabilidade politica e agitações so-ciaes, esmorece o sentimento moral. O am-biente rarefeito não vibra, e as fracas ondula-ções sonoras não podem dar intensidade ao

    . estrondo das grandes iniquidades. No domínio religioso a fé perde o seu vi-·

    gor com a fraqueza do senso moral. _ O pha-risaismo e o sadduceismo occupam de novo a praça, e pedem a crucificação de Christo.

    Multiplica-se a iniqnidade, e em muitos es-morece a caridade.

    . A abominação penetra no Jogar sancto, e campeia uma;religião hybrida, onde o amor e respeito a Christo dão as mãos ao odio e des-prezo aos homens, onde a humildade official se casa com a vaidade e arrogancia, e a ort.Jw-doxia evangelica assume o garbo de uma . '-

    Babylonia, a grande, emerge da confusão dos elementos, e a nova torre de Babel provo-ca os raios da justiça divina.

    Tal o aspecto da Europa e do mundo, como se· desenha em nossa ·retina, nó inicio dé novo anuo.

    Com a retirada plausível definitiva dos ·Estados-Unidos, e, conseguintemente, da ,A.me-rica, das complicações européas, o anuo que ora se abre, deverá clarear o rumo para onde caminha a sociedade, e o dedo da Prophecia mostrará aos crentes, além no horizonte, a meta ou goal para onde a impelle a mão dà Provi-· dencia.

    Tudo nos indica a approximação das gran-des catastrophes, que devem prec.eder ao ad-vento do Reino de Deus. Este, de accordo com a feição dos tempos e as previsões propheti-cas, não virá por uma evolução, mas por umà . Tevolução. · , quando,· talvez, o braço forte do des-. potismo militar estabelecer , virá a calamiJade repentina, que, como um

    furacão divino, abrirá os bronZfOS portões dos novos tempos.

    Levantemos as nossas cabeças, entretanto, e, sob a bandl'ira de Christo, busquemos seguro abrigo.

    Se para o impio IJão ha paz, para o justo não ha calamidade.

    _Anno novo, aiino bom, para os gue na bondade do Senhor buscam inspiração para a sua vida moral.

    Fujamos de hybri!lismo moral-rel\gioso, · que vae avassalando as egrejas. · Não ha amor de Deus sem amor !los homens. Não se abri-gam paixões grosseiras onde repousa o Espí-rito do 'Senhor, e nos ·labios, que louvam a Christo, não perpassa o termo de&prezivel e torpe. O hybridismo é esteril na m·eação do Deus, e monstruoso em moral e religião ..

    . ·Daniel XII. 4, 10.

    Levantemos a cabeça, como nos exhorta o Divino .Mestre. O Senhor virá, e sobre as ruínas de Babylonia estabelecer-se-á o Reino.

    • de Deus. · ·

  • O BEIJA-FLOR E O -CORVO

    · Este é pequeno, como uma mosca, irizado · de bailas côres, pompeando graça e brincos t!a natureza ; aquelle, desenvolvido, como ave de rapina ; sombrio, como a maldade; ·negro, como a noite I - ~ , . Este vive do mal, porquo é a singeleza e

    . :doçura ; aquelle, da fartura nauseabunda de cadaveres putrefactos I ,.,

    O beija-flor é a_ menor das aves; porém, · tão imbrincado e ridente é por naturez~, que çonvida a attenção do .transeunte, fallando ao gosto esthetico; o corvo, grande ave carniceira, é apparentemente triste, sorumbatico, abatido de suas máguas reconditas e inauditas ...

    . Pudera I cotejae a noite e o dia; a luz e as • trevas, o bem e o mal, a fealdade e a belleza, e tereis a razão clara. dessa differença: o verda-deiro contraste entre essas aves dispares no 1.1s· pecto, no tamanho, nas cores, na vida e 110 mundo..... . · _ . • . ·

    E' que; de contrastes, está repleta a na-tureza I .

    Dizei-me, porque ha céo e inferno, recom-pensa e castigo, alegria e dor, palacios e lati-fundios, anjos e demonios, e eu vos direi, por-que ha corvos e beija-flores. ,

    Varieta.~ delectat; do eonjuncto resalta a ,, belleza, como no ramalhete. ' . ' · .

    ·• ,. Deus assim fez, porque assim dévia ser. Herculano de Gouv~a.

    A Reforma do Ensino

    UI

    Como phenomenos historicos, não podem as religões escapar ás investigações do espirito humano e deixar de constituir uma ordem de factos do mais pai pitante interesse nos cursos superiores, que tenham por escopo uma·_ ins-trncção liberal e philosophica .. -

    Estudar a genese · das religiões, a sua evo-lução e relações reciprocas, suas· instituições,

    .seus ritos e Iitmgias, suas lendas e mythos, sua influencia no destino dos povos, é enriquecer o espírito de preciosos cabedacs e ricos subsidios para especulações philosophicas e interpreta-~ões !iterarias. .· •

    O christianismô não se furta a essas inda-gações, antes as provoca. A yerdade não teme o contraste, nem recoia a luz, que é o ambiente proprio de sua cxistencia ou o fulgor de sua propria essencia. .

    Repellida hoje, reapparecerá amanhã a his-toria das religiões. • ·

    j ==~=~~--

    . . . . - ;· Infelizmente a mão, que a subtrahiu·do 1.0 '

    cyclo, arrebatou do 2.0 a , e, depois (passando-se do polo das g-enera-lizações para o polo op posto das particulariza-ções), pela < historia da civilização nacional> .

    Para o Jogar da opinou-se de prompto por uma critica vasta e profun-da- a «critica da historia•, que tem apparen-cia fie ser philosophia da historia ou sociologia, irmãs gemea~, que ainda hi'ctam no ventrt:> da mãe, e que tal vez pudesse)ll'ser professadas por Vi co, Bussuet, Hegel ou Com te.·

    · Evid•mtemente. houve atropelo e açoda-mento em se eliminarem, á ultima hora, as duas idéas originaes do projecto, deturpando-o

    Incluindo a no ultimo cy-clo, claro era não ser i11tenção do governo ins-tituir ensino de theologia ou religião, mas, sem. duvida, o estudo l'ritico da Bíblica.

    Exe>gese, diz o no.sso conceituado hellenista nacional, Ramiz Galvão, é

  • seus·auctores faliam na linguagem do povo",não só para o povo, mas pm•a os povos. brada Isaías·. .

    Livro sublime da humanidade, ahi encon-tra o philosopho e o literato nm thesomo inex-

    - gottavel. Nessa fonte teem·se abeberado as li te-· raturas teuto-saxonicas, e ,quão ricas são ellas? Quem pódP entendê-las, em toda a sua belleza · e vigor, seta o .conhecimento da Biblia?

    E não só isso: 11essa fonte tambem larga-mente se inspiraram nossos classicos quinhen-tistas e seiscentistas; a. ignorancia bíblica, que reina hoje em nossos homens de· letras, lhes véda a entrada na plena luz do período aureo da literatura portugueza.

    Temos á mão 'exemplo typico. .Gil ·vi-cente,o fundador do theatro portuguez, escreveu no Aut.o da Cananéa· o ·'seguinte, .que .. poz .na bocea de Christo:

    Eu não fui cá enviado -Por .piedoso nivél, Senão soccorrer o gado Das ovelhas d'Israel..

    Gonçalves Vianna, ha pouco_ fallecido em Portugal, philologo exímio e polyglotta afama-do, declara que. é de a palavra' ni·vél nesse passo. ·.Ora, a difficuldade estava· apenas na sua ignonmcia do episodio,.biblico;'' que: o nosso quinhentista tão bellamente reproduz. O sentido claro, que resumbra do texto sagrado, é que Christo não

    · veio t!Ú•elar religiosamente judeus e gentios. E', pois; da mais alta importancia que o

    livro mais extraordinario do mundo, espalhado entre todos os povos e t·aças, b·aduzido em mais de 487 línguas, que tem modeládo e está mode-lando a face do mundo, fonte inexhaurivel de riquíssimas literaturas antigas e modernas, não continue sequestrado na sociedade brasileira e paulista! "• ·

    gica e intensifica.;ão ·relati-vas das materias na organização dos cursos e currículos. ·

    3.° Fiscalização rigorosa e effectiva na exe-cução dos programmas.

    Denfro de certos li'mites, a Reforma obe-deceu a estes princípios, mórmente quanto á inspecção . escolar.

    _· O professor realmente é o ensino. · Dadas as condições de nosso ambiente cosmico e mo-ral, só uma fisJalização real póde, em regra, impedir que seja fraudado o nosso ensino _offi-cial.· · . A vitaliciedade, que devera ser uma garantia do bom ensino, torna-se, não raro, uma verda-deira calamidade para a juventude sequiosa de luz. A .fiscalização -nos estabelecimentos

    · superiores é infelizmente innocua. ·O contracto , como E e observa nos Estados-

    . Unidos, deve ·melhor satisfazer llS actuaes ne-cessidades do nosso ensino.

    Importa, entretanto, que a nova 'Faculda-de, ferida no nascedouro, Iião venha a succum-bir nos braços de seus dócentes. Fôra isso um golpe cruel no alto nacionalismo, que ora ergue sua égide protectora sobre o Brasil nascente.

    . E. CARLOS PE~A. ' . ·~~~~~~~~==~

    fW .F\PONTf\MENTOS. ~j - ~· /

    Saudaçlo.-Bancoa vasioa.-A fê • o poder apos• · tollco.-Sinceridade.-Salvoa.- Deaco• ;

    berta feliz.-A solicitude do ;·· Mestre. (,....,

    Encetando um novo at~no de trnbHlho 1 sentimo-. nos, na graça de ·Deus; auimados a rc~ncetat' a jor-nada- proeeguindo no de•pretenciosu trabalho. que vimos fazen

  • . / U l!:i:'i'l'ANlH ltTJ~ 7

    ============================~~~~----~~========~============~~

    Isto quo é em geral uma verrlnde, mais Be e-a~ li€nta. e evidencia no referente á Egreja. As· cadeiras desoccupadas fnr.cm mal ao prégu.rlor, aos seus pou-cos ouvintes e aos visitantes que porventura appa-recem.

    Em certa allego~·ia ~ue lemos, o A. figura Sata-naz estudando planos para nentraliz>lr a acção da pré-gação do Evangelho. São muitos os lembrados, entre os quaes um, de u.n diabinho,· que muito enthusia•-mou o astuto inimigo de uosRss almas.· -

    - cConsiga~se que os erentes uão vão ac' culto. Os prégadores podem trabalhar e orar muito durante a semana no preparo de seus sermões, mas não co-lherão resultado prégando n bancos vasios.

    Consiga-se, pois, ..:)Ue os crentes ahaiHlonem seus Jogares na congregação e ter-se-á conseguido' o deeejado. Cada assento vasio fará sua parte contra o reino do Seobor1. . \

    Não se póde duvidur da sabedoria de Satanaz, mesmo quando figurada em .allegorias. A grande ver-dade é que aquillo que nos entristece não póde deixar de causar~lhe regosijo, e neste caso estão os assentoH desoccupados nas egrejas. E que elle tem razão no referente ao êxito do plano, não ha lambem que pôr em du_vida, como supra notamos.

    Assim, pois, •e porventura o mal se manifesta em algumas de nosBai! egrejas, cumpre ·estudá-lo em suas particularidades, afitn de de•cobri,·-lhe a causa ou causas e applicar-lhe remedio prompto o efficaz

    0

    Como se Vf'rificA. uos Actos, os R postO los rreram: 1. .Nu Divindade de Jeeus Christo.- 3:13. 2. Na Obra Expiatoria de Ohristo. - 20:28. 3. Na Palavra do Christo.- 27:25. 4. No Evangelho de Christo. - 8:5 .• 5. No Nome de Chrieto. - 3:16. 6. Na Presença de Christo.- 18:9-10. 7. No Poder do Espirito S:mcto·.- 1:8; 2:38;

    8:15; 10:44,45; 11:16; 15:8. Esta fé os levou a terem valor paru: 1. . Prégarem as doutri~s não apreciadas. _,;. 4"2. 2. Para reprehenderem os peccadc>reB ern altos lo·

    gares.- 4:11 ; 5:30. · 3. Annunciarern todo o conoelho d~ Deus. -

    20:27. 4. Para estarem firmes na perseguição._:. 8:1. 5. Para viverem sem temer aos homens. - 5:29;

    4: 19. · 6. Para arriscarem suas vidas pelo amor de 0hristo.

    15:26 ; 20:24. ... O segredo de um tal poder acba-'e manifesto em

    Actos 1:8; 13:4. Veio-lhes do bapti•mo do Espírito Sancto, que todos devemos buscar em oração constante, para sermos participantes da prome"sa.

    A origem da palavra sinceridade é interessante e pr•Jfundamente iuatructiva.

    Quundo Rowa fiurt'scia, quando sua fama se espa-llwva. por todo o mundo, lev11ntaram-ae á margem do 'ribre grandiosos pnlncios construidos dos maia escolhi-dos marmorea, rivalizando os habitantes da cidade na edificação de sua• residencias.' Para isto eram busca· dos babeis esculptores e gastas enormes eomrnas.

    Üd operarios, entretnnto, commettiaru muitos en-ganos; por exemplo: se as pranchas de ·mArtnore SIJ tlespo]iam ou Sú.ffriam algum damuo, taea defeitos emw cobet'toa eom uma preparação de cera. Por algum tempo uào era descoberto o artifido, mas quando o OHior OU a humidade prouuziam SeU effdto, Jogo Se lesco bria a cera. '

    1 Deu .)eto corno resultado que os que· queriam ·con-:,,truír cabas, juuctavaru á~ clausulas do c.:outracto uma

    em que se estipulava que toda obra tinha que ser sincera, isto é- •aem cetaJ.

    Dahi veern noE~sas palavras smcera, ainceriJade e todas b.s suas der i vaclRs.

    Assim, pois,· ser sincero equ~vale a cnniluzir-se sem desPjos de enganar, Hludir ou defraudar alguern ; Rer e ruauifestar o que eomoa; e dizer o que queremos

    · dar a entender, ou fallar sem dobrez. -ABl'lim, verifica-se amrla uma das muitas differençae

    existeutes entre o verdadeiro culto chriatão e o da Egre-ja Romana. Naquelle não ha velas, ao passo que nes· te são nm dos e1emeqtos essenciaes. ..

    Aque!le é, pois,' um culto sincero, isto é- •sem cera•, ao passo que este-o da Egreja Romana-sem ella não existe, sendo, como é; em tudo artificial e fnmdulento. ·

    Referindo-se a uma realidade ou a uma ficção, diz Luthero que, em certa occasillo, o diabo se lhe apresentou e lhe disse:

    -Martinbo Lnthero, tu és um grande peccador e serás condemnado.

    -Alto ! um momento 1-disse-lho'- vamos por partes. E' certo q ne sou peccador, poHto que tu não tens o direito de dizer-me. Confesso que sou peccador. Que mais?

    -Que, por consequencia, vaea ser condemnado. -Isto não é raciocinar bem. E' certo que sou

    um grande peccador, mas está escripto:

  • 8 O ESTANDARTE

    AS GUERRAS HUSSITAS As ultimas fa~anhas de Ziska

    Ainda n!l.o estava encerrado o ryclo de gl.>rias do valoroso Ziska.

    Em 1421 os hussitas reuniram em Czaslau uma Dieta pura tracLar de absumptos capitaes, senlo o pri-meiro a questão do governo da Bohemia. Sigismundo foi considerado indigno de cingir a coroa e resolveram offerecê-la &o rei da Polonia ou a algum membro da-quella dynastia. Sigismundo Corybut, príncipe litbua-nio, foi lambem can

  • Emcumprimeuto de •eu desejo, o guerreiro !cheque foi sepultado na cathedral de Czdslau. Grandes honra• lhe foram tributadas. Seus putricioo erigiram um mo-numento sobre as suas cinzas, com a effigie do Juctador e· uma inecripção reco•·dando ·os seus feitos prodigiosos. A sua poderosa maça de ferro foi suspensa sobre o tumulo. Conta-se que, um seculo depois, o imperador Fernando, visitando a cathedral e o tumulo, viu a formidavel maça com que o guerreiro auclaz ahRt.Ara a tantos inimigos e, retirando-se logo, exclamou: c Fie, fie, cette mauvaise bête J, Assim o refere o jesuita Balbinus.

    Vámos terminar a noticia sobre o famoso heroe, relatando um incidente citano por· varias historiadores e

    -que, todavia, é rejeitado como pertencente ao terreno da lenda. Não deixa de ser curioso porém e, por isso, o registramos. Preoccupado

  • 10 O ES'l'AifDA RTE

    nllo se.snbe, o que Ae e~pera, srmpre lhor religião, a 1ue lH~rH-egue on a IJU!' 6 pwr!õleguitla? ' Os quatro condemnaJl)s corajosamente subiram ao cada~

    falHo eu toando em alta voz o hymno dos martyres: "Chegou emfim o dia afortunado.,

    As vozes dos cantores apagavam-se pouco a pouco na morto. O Oll\is novo, tendo apenas vinte\ o.nnos, ficou só can-tando oH ultimos versos do Salmo.

    O earrl,PCO amarrou o pastor ao patilmlo e o enforcou. Doíe dns irmãoa Orenior tiveram a cabeça cortada. Então u carrasco, commovido, disM ao mais novo: « Viste.s morrer vos-soA irmU.os, a.bjurn.e, para não pflrecer com(J ellel!'!l.:o «Abjuras, convertei-vos~, gritaram mil vozN:I sahin-lo do povo que enchia a praça. O martyr respondeu friamente ao corrasco: «Faze teu dever)) I E sua cabPÇB rolou na areia.

    Estas execuções tiveram lagar no dia 19 de fev~reiro.

    contra ·os protestantes francezes .

    Poucos dias depois, a 10 de mu.rco, um eRpectnculo semelhante era offercoido a p..lesma multidão, na mesma cidnde, e na mes· ma praoa. Um ancião de GO anaos, João CalaR, pRe de fami· Jia respeitavel e negociante muito com~iderado, expiava, sobre (.. cndaf~IRo, nm crime de quo ert1. iunocente. Calas caforçara-se em crcar seus filhos no temur do Senhor. Entretanto, 011 perver.sos instinctos de algnns delle~ triumpharam apesar do todll8 as cxhoda.;ões e melhores exemplos de l!'!leu pa.e. Seu segnn

  • O .~ A lt'l' l~ ==============~

    11

    A ESCOLHA DE UM -COLLEGIO

    XVIII

    Vida moral Excmo. Sr. Rev. E'hiardo Carlos Pe~eira : Vou terminar esta• considerações que tive a ousa-

    dia de escrever sobre a escolho· de um collegio, falhndo um pouco sobre o vicio mais detestuvel que se conhece uos collegios :·:A. l!lENTIRA.. •

    E' certo que em todos os collegios a mentirs é· de-testada. Censura·se, ca•tiga·oe o mentiroso, mas nlic se emprega o rnethodo de amiucar pela raiz essa plauta mortífera.'

    · ' No collegio quem sabe subtrahir-se facilmente a algum dever enfadonho e molesto gosa;• entre seus com-panheiros, de ruuita consideração. Mesmo aquellee que não se atreveriam a imitur o seu companheiro cousi· deram-no engonhoeo e subtil como Ulysses, e o facto de evadir-se um instante. á auctoridade não deixa de levar comsigo um pouco de gloria. .

    Isto provém de que a auctoridade existe e de que o-menino n~o tem nos primeiros anuas o ~entime~to da sua reeponsabilidade. E' bom e obra por obedien~ia, mas não por livre consentimento. - ~ .·

    ·' Tenho ouvido dizer que, na Iuglaterra, a educação é dirigida por uma liberdata, atravessando o valle de Terebinthe, onde

    .David, coll: sua funda, matou o gigante philistino. A dispooiçl!.o do terreno mostra claramente a posiçao dos dois exercit11s, serarado:3 somente velo ribeiro que atra-vessa o valle. A villa de S. João do Deserto é situn-da sobre urna collina, a qual é minada de profuudas caveruas, onde os ~o!itnrios cloB primeiros. eecnlos pns-

    . savam uw.a viria de nguias. Nebsa mesma estrada en-contra-se Modin, que é a cidade dos ultimos homens hericos d.1 historia Sagrada.· São ellea os Maccbabeus.

    Depois de ter atravessado uma segund~ montanha, mais alta que a primeira, o horizonte abre-se de repente

    -á direita, e deixa ver todo o espaço que se extende entre os ultimas montes da J udéa e a alta. cadeia da• montanhas da Afhbia. Deste Jogar avistam·•• as pontas de diversos rnirauetes, por cima de uma col!ina.

    -Muis uma fegna de marcha e oh f espectaculo grandioso I . a saucta Jerusalem apparece sobre o fun· do azul do firmamento e sobre o fundo negro do monte das oliveiras, o qual npparece coroadc des•as arvores, velhas testemunhas de tantos dias eocriptos sobre a terra e no céo.

    Quando .o viajante cbrietão contempla essas re-líquias, eleva o pensamento a esse dia da rederupçilo do geuero humano.

    Nas proximidades de Jerusalem acba·se Sião, lo· gnr sagrado, onde David pronunciou,as doces palavras da 0hristo, antes de ns ter ouvido. · · . ..

    U monte das Oliveiras desce rapidamente até o abysmo do valle rle Josaphat, cujos flancos são de pe· drns negras; valle celebre nas trn:lições de trez reJi.

    ·giõea, onde judeue, cbristãos ~;~ mahometauos, conctJr-dam que se dará a scenn terrivel e grandiosa do jul· gamento supremo; valle que viu, sobre seus bordos, o grande drama evangelico.

  • 12

    'rlldos oe propltetrts, Rhi pns8ando, deram um grito de horror; valle qne enknderá o ruido da,;; Rlrnaf"', ro~ laudo deante ue Deus, apresentando-se ellas mesmas ao seu 'julgamento fatal.

    RÍO Bollito, 24 de dezembro de l\l20. : A. P,.att. ·

    "Rf\Yf\. YI5'U · f\Yft" !

    Tracta-se rle uma representação muito curta e sem • ecenario, na Egrcja, para tornar bem 6virlente o .appello

    · tremendo da Iurlia. . . • · · '" · . . • • · Um hyu]no _hiudú é ·cantwlo, sendo. acompal;ha-

    do por um rythmico bster de m!ios. · . · · Nada de extraordinario, rlireis .. Mas vêde o ~e

    ·snlb.do: o povo accorre pi-essuroso e ;1a semRna · se .. guinte muihs se alietam como missionarios para a·. India; h a lambem da divas, não só dinboiro como joias em quantidade. ·

    Em qualquer que fosse, o Ioga r onde '" fizesse esta representaç!l,,, seu effeito foi sempre o mesmo e tornou-se um grande auxilio para ~ ousada campanha e v angelica dos meUwdistas; •um milhão do almas. até o primeiro de junho>.·

    E' um pequeno ·drama muito simples. Uma se· . nhora apparece na plataforma: é a evangelista de um districto, na India.

    l'm missionario lhe pergunta como vae o traba!IJJ. Ella reoponde que vae esplendidamente.

    _Eile pergunta se os convertidos aão fiéis. · • -Sim. · ... , · Continúa, indagando como vae a perseguição. -'Está espalhada por toda a parte; mas não h a

    apostatas. Todos os convertidos se conservam firmes. Vew vindo um grupo de!les.

    Em costumes dQ a

  • O effeitl) é tn•mrmdn! Na. 1~xpoEdç11'> ~-ll:'lhodie-tn ern Columbus, Ohio, ou1le se realizou tt represeutnçâo para mostrar os factn~ da vida mi~Ri,)nnria, o lognr Hcou re-pleto de espectadores, q11e, clwrendo e batendo n• ml\os, eantavam: cR1ija Yisu Aya I Haja Yi•u Aya ], e 640

    'Cadetes Centeuarios Fc convt:rternm e f'e dcdicnr&.m uo minieteri0 1 ao traLnP1n missionario e ela ggrfjA, em geral.

    Em outro lagar, depoÍ3 desta represeutnçlio, uma mulher entregou todns as joias, dizendo: • Não posso usá-las emquanto as condições da Iudi11 são IRes•.

    Rm certa Egreja, uma mulher deu eeu relogio, . que tinha sirlo um presente de noivudo .. Por toda a parte, provoca conversões.

    Peçamos a Deus que, num futuro n~o remoto, •Oe por todos os recnutos da India:

    cRaja Yisu Aya I Reja Yisu Aya I Trad. por D. Menezes.

    Publicación de un gran Jibro

    Oou e! titulo de O Problema Rtligioso da América Latina, el pastor àe la Iglesia Presbiteriana Iudepen-. diante de São Panlo, Brasil, Rr. E. Carlos Pereira, ha publicado, eu un libra de 442 página•, un eêtudio do-gmático-histórico que e! distinguido intelectual ha logra-do hacer tan interesante como provechosv.

    Se trata de un trabàjo eerio y bieu pensado, fruto de profundos estudios y de una lar~a y brillante actuación en la obra evangélica en un pala católico. Para dar n conocer a los lectores pensadores y estudiosos lo que fué la Reforma, lo que ee el romanismo, y lo que persi· guen las fuerzas evangélicas eu estas po!ses, no se pue-de pedir nada mejor, y el autor puede desde ya tener la plena segurldad de que su trabajo no habrá sido en vano.

    E! Sr. Pereira uo ha tenido la pueril idea que animó a los organizadores dei Cuugreso de Pi1namtl; es decir, la de estudiar los problemas religiosS y !l

  • 14 O Efo:lTAXDARTE -·~ ---- .. ·.: -. ··---

    F/\CTOS E NOTJCI/\5

    ReKohaçiir.H tomada•. - As Jin, IW•pl. 6.

    Latim·- Pedro BaptiAta. plett. h'; Antonio Alvarenga, plrn. 'I : Samnel MartinR, sirnpl. õ. •

    lt«lii'lno -·Antonio AlvaTeogn, Jl!#n. 8 ; HAomuel Martins, plm. ?,!}. ()vidio Escobar, plr.n. 7.

    VUia Grt~lle•.- Pede·dc á pess011

  • O ES'rANDAI{'l'E - 15

    Aos noÍI&os ·asslgnnnte8. A VISO.-Visto não . termos po.dido enviar as circulares a todos os assignantes em atrazo, vamos prorogar até o ftm de janeiro o ['r azo para as respostas. Só então serão eliminados aque11es que não deren1 nenhuma sutis-facção. Estamos promplos a attender a qualquer re-clamação c a fazer as concessões possivcis, como procedemos no anno passado.

    Colleeta de Anno Bom. - Lemlnnmos ás nossas egrcjas que, consoante praxe antiga, u colle-cta do primeiro domingo de janeiro deve ser egual-mente dividida entre as l\Iissões Nacionaes e o Se· minaria. Esperamos um bom esforço ?os irmãos.

    ~raeajn. - O presbytero Marciano de Aze-vedo reÍere que o nosso trabalho naquella capital vae indo com regnlaridade. Ha alguns candidatos á profissão, aguardando a visita do Hev. l\Iachado. O nooso amigo communica tambem que se acha esta·

    · belecido com uma tinturaria chirnica e lavanderia, . á rua de Santo Amaro, 32.

    Edú Cl•a,·es. - Este destemido aviador pau-lista acaba de vencer o raid Rio-Buenos Aires com o melhor êxito possiVPI. O•Jtros aviadores antes delle tentaram a mesma travessia com insuccessos varias. Honra, pois, ao nosso illustre patrício.

    «O Pendão Real>. - Esta apreciada revis-tinha mensal l}ue se publica sob a direcção dos nos-sos aspirantes ao ministerio vae publicar agora o seu numero correspondente a dezembro. E' possível que, devido ao accúmulo de serviço em todas as typographias, saia este numero com algum atrazo.

    O •Pendão•, como de costume, apresenta bons artigos e clichés. "'

    Todos os irmãos que desejarem ajudar a pu-blicação de tão util revista, onde se ensaiam no ma-nejo da penna os noRsos candidatos, poderão escre· ver ao thesoureiro Sr. Paulo Higgins-Caixa 1504--. !::). Paulo. A assignatUra annual custa'apenas 3$.

    Cabo Verde. - A proposito do fallecimento do irmão Francisco de Assis Dias recebemos o se-~~te: .

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