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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

Número do Processo 10510.720823/2017-13

Tipo do Contribuinte PF

NI do Contribuinte 189.595.635-87

Nome do Contribuinte JOSE PEREIRA DO NASCIMENTO

Data de Protocolo 29/03/2017

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MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL – 5ª RF DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DE ARACAJU

Seção de Controle e Acompanhamento Tributário - SACAT CONTRIBUINTE : JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO. CNPJ/CPF : 189.595.635-87.

TERMO DE CONSTATAÇÃO

Verificado que o contribuinte em epígrafe ajuizou ação contra o

lançamento da multa por atraso na entrega da DIRPF referente ao exercício de 2010 e

que houve determinação judicial para redução do valor lançado, conforme foi noticiado

pela Procuradoria da Fazenda Nacional em Sergipe via dossiê nº 10080.003754/0317-

60, providenciamos a formalização de processo específico para retificação do débito e

alocação do pagamento disponível.

DRF - ARACAJU - SE Seção de Controle e Acompanhamento Tributário

Aracaju/SE, / / Assinado digitalmente

Ataã Damuedo Dória Prata ATRFB - Mat. 87514

Fl. 2SE ARACAJU DRF

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Documento autenticado digitalmente por ATAA DAMUEDO DORIA PRATA em 30/03/2017.

Documento assinado digitalmente por: ATAA DAMUEDO DORIA PRATA em 30/03/2017.



EP01.0917.11421.BCMZ


4AC7E5846C6A08B37383B5AC09D9AFB2FF6E9B07DF23825D7F14C646BAF60D00




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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

Número do Processo 10080.003754/0317-60

Tipo do Contribuinte PF

NI do Contribuinte 189.595.635-87

Nome do Contribuinte JOSE PEREIRA DO NASCIMENTO

Data de Protocolo 24/03/2017

Fl. 3SE ARACAJU DRF

Documento de 1 página(s) autenticado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelocódigo de localização EP01.0917.11422.MNEU. Consulte a página de autenticação no final deste documento.











EP01.0917.11422.MNEU


3C264BE0427F058C18835F7A2234A705F2A3CD68B242AE950290B8B90778E74C




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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE

ESTÂNCIA(SE)

JOSÉ PEREIRA NASCIMENTO, brasileiro, casado,

aposentado, portador do RG nº. 324.698 SSP/SE e CPF nº.

189.595.635-87, residente e domiciliado à Rua Domingos Alves

Ribeiro, nº 698, Bonfim, Estância(SE), por seu advogado e

bastante procurador, com escritório na Rua Duque de Caxias, n° 188, São José, Aracaju(SE), vem, com o devido respeito à

presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE

contra a UNIÃO FEDERAL – RECEITA FEDERAL, com representação à Av. Beira Mar, Bairro 13 de Julho, em

Aracaju(SE), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

Fl. 4SE ARACAJU DRF

Documento de 6 página(s) autenticado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelocódigo de localização EP01.0917.11420.AW4L. Consulte a página de autenticação no final deste documento.

DOS FATOS

DO RECEBIMENTO DE VALORES ACUMULADAMENTE

O contribuinte foi autor de uma ação previdenciária

movida contra o INSS nº 2001.85.00.4514-4 distribuída no ano

de 2011.

Vencedor do r. processo da 7ª Vara Federal de

Estância(SE), o valor pago, livre dos honorários advocatícios

foi de R$45.572,03 (quarenta e cinco mil quinhentos e setenta

e dois reais e três centavos).

Conforme os cálculos apresentados no processo, o

referido valor refere-se aos pagamentos mensais de dezembro de

1999 a novembro de 2004.

O valor da renda do benefício em 09/2005 era de

R$552,05 (quinhentos e cinquenta e dois reais e cinco

centavos).

Ocorre que, em 07/02/2014 o contribuinte foi

formalmente notificado de um lançamento uma suposta dívida

tributária de R$1.242,62 (um mil duzentos e quarenta e dois

reais e sessenta e dois centavos) referente a multa por atraso

na entrega da declaração, visto que o ano calendário para

realizar a declaração deveria ser 2009 e foi realizada em

07/02/2014, segundo a receita federal.

Em anexo, apresentamos os cálculos judiciais, bem

como a sentença e acórdão da TR da JFSE, comprovando as

informações acima.

Diante dos fatos acima expostos, resta evidente que:

Fl. 5SE ARACAJU DRF


1. O valor recebido pelo contribuinte já foi tributado na

fonte nos termos da portaria correspondente do TRF da 5ª

Região;

2. A base de cálculo usada pela RF refere-se a um período

acumulado de vários meses, portanto aplicou a alíquota

máxima sobre o montante acumulada;

A lógica é:

Dividindo-se o valor recebido pelo número de meses

correspondente ao período do crédito, apura-se a mensalidade

de valores inferiores a tributação de IR.

Logo, o lançamento da Receita Federal não possui

embasamento legal que o justifique.

Por tal razão, não poderia ser cobrada pela receita o

imposto de maneira cumulada e, consequentemente, o valor da

multa foi calculada em razão dessa cumulação, quando na

verdade o contribuinte deveria realizar o pagamento da multa

mínima.

Diante dos fatos, não restou outra alternativa ao

demandante, senão ingressar com a presente demanda contra o

requerido, buscado a proteção do Poder Judiciário contra a

poderosa Receita Federal do Brasil.

DO DIREITO

Tema controverso há muitos anos, o recebimento

acumulado de valores de natureza alimentar pela via judicial

foi regulamentado pelos nossos Tribunais e finalmente

reconhecido pela Receita Federal através da IN RFB 1127.

Fl. 6SE ARACAJU DRF


Porém, a Demandada só aplica a IN 1127 para os

pagamentos recebidos em 2010.

Vejamos:

O artigo 2º da referida IN dispõe:

“Art. 2º Os RRA, a partir de 28 de julho de 2010, relativos a anos-calendário anteriores ao do recebimento, serão tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês, quando decorrentes de:

I - aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios; e

II - rendimentos do trabalho.

§ 1º Aplica-se o disposto no caput, inclusive, aos rendimentos decorrentes de decisões das Justiças do Trabalho, Federal, Estaduais e do Distrito Federal.

§ 2º Os rendimentos a que se refere o caput abrangem o décimo terceiro salário e quaisquer acréscimos e juros deles decorrentes.” G.n.

Como se vê, tal dispositivo recobre diretamente a

situação do contribuinte em questão, isentando-a de nova

cobrança de IR, o que representaria bi-tributação.

Ademais, nunca é demais lembrar que a norma sempre

pode retroagir para beneficiar o contribuinte, especialmente

nos casos em que a RFB busca harmonizar os seus procedimentos

com a jurisprudência pátria, evitando o ingresso de novas

Fl. 7SE ARACAJU DRF


ações judiciais que acarretarão prejuízo certo aos cofres

públicos.

Por sua vez, o artigo 640 do Decreto nº. 3.000/99,

que Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e

administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer

Natureza, estabelece:

“Art. 640. No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto na fonte incidirá sobre o total dos rendimentos pagos no mês, inclusive sua atualização monetária e juros (Lei nº 7.713, de 1988, art. 12, e Lei nº 8.134, de 1990, art. 3º). Parágrafo único. Poderá ser deduzido, para fins de determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto, o valor das despesas com ação judicial necessárias ao recebimento dos rendimentos, inclusive com advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização (Lei nº 7.713, de 1988, art. 12).” G.n.

Nesse sentido, tem se manifestado reiteradamente o

egrégio Superior Tribunal de Justiça:

“TRIBUTÁRIO. DIFERENÇAS DE VENCIMENTOS DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. RECONHECIMENTO POR DECISÃO JUDICIAL. PRECATÓRIO. RETENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. ART. 46 DA LEI N. 8.541/92. INTERPRETAÇÃO. 1. À luz do art. 46 da Lei n 8.541/92, somente poderá haver retenção na fonte de imposto sobre rendimentos pagos em cumprimento a decisão judicial quando cada parcela mensal ensejar o desconto do imposto. 2. Recurso especial provido. (REsp 399.949/RS, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA

TURMA, julgado em 07.03.2006, DJ 07.04.2006 p. 239)”. G.n.

Portanto, não resta outro caminho senão o

judiciário para o Autor proteger-se da cobrança indevida.

ISTO POSTO, REQUER:

1. Que seja citada a ré, na pessoa de seu

representante legal, para, querendo, responder aos termos da

presente demanda;

Fl. 8SE ARACAJU DRF


2. Sejam julgados procedentes os pedidos,

declarando a inexistência do débito cobrado, ante o cálculo da

incidência do imposto ter sido feita de maneira irregular e

não “mês a mês”, considerando que o valor dos pagamentos não

incidiam base tributária;

3. Seja considerada a multa imposta pela

receita ilegal, tendo em vista a cumulação errônea do tributo

e, consequentemente, a cobrança apens da multa mínima, qual

seja, R$ 174,00 (cento e setenta e quatro reais), em virtude

do atraso na entrega da receita.

4. A produção de todas as provas admitidas em

Direito;

Outrossim, nos termos da Lei 1.060/50, requer a

concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, por

não ter a autora condições de arcar com as custas processuais,

sem o prejuízo de seu sustento e de sua família.

Dá-se à causa, o valor de R$174,00 (cento e

setenta e quatro reais) para os devidos efeitos legais.

Termos em que, pede e espera deferimento.

Aracaju/SE, 10 de junho de 2016.

FÁBIO CORRÊA RIBEIRO

OAB/SE 353-A

Fl. 9SE ARACAJU DRF









Documento autenticado digitalmente por ANA CAROLINA ARAUJO DE SOUZA em 24/03/2017.

Documento assinado digitalmente por.



EP01.0917.11420.AW4L


48E6319D36A0D80984145A77F7326B8264124C36CD7D4DF379904F6C3009368A




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PODER JUDICIÁRIO

INFORMACÕES SOBRE ESTE DOCUMENTO NUM. 7Nr. do Processo 0501781-67.2016.4.05.8502T Autor JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTOData da Inclusão 22/08/2016 09:35:22 Réu União Federal - (Fazenda Nacional)Última alteração JARDSON OLIVEIRA DOS SANTOS às 19/08/2016 17:01:32Juiz(a) que validou RAFAEL SOARES SOUZASentença Tipo: Tipo A - Fundamentação Individualizada

Decisão: Improcedente

Decisão de Embargos? Não Sim

SENTENÇA

Afirmou o autor que recebeu rendimentos de forma acumulada no ano de 2009, em razão de decisão judicialproferida nos autos do processo n. 2011.85.00.4514-4, os quais sofreram retenção de imposto de renda nafonte. No entanto, aduziu que em 2014 recebeu notificação para pagamento de multa por atraso na entrega daDeclaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física correspondente ao ano-calendário de2009.

Requereu que fosse declarada a inexistência do débito referente à multa supracitada.

FUNDAMENTAÇÃO

Inicialmente, cabe frisar que a multa epigrafada se refere ao descumprimento da obrigação acessória deentregar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física e não à obrigação principal deretenção de IRPF sobre os valores recebidos de forma acumulada no ano de 2009 como asseverado naexordial.

O art. 7º, da Lei nº 9.250/95, preconiza:

Art. 7º A pessoa física deverá apurar o saldo em Reais do imposto a pagar ou o valor a ser restituído,

relativamente aos rendimentos percebidos no ano-calendário, e apresentar anualmente, até o último dia útil do

mês de abril do ano-calendário subseqüente, declaração de rendimentos em modelo aprovado pela Secretaria

da Receita Federal.

No caso dos autos, os próprios documentos juntados pela parte autora (item 3) atestam que a declaração doImposto de Renda do ano-calendário 2009 foi entregue apenas em 07/02/2014, isto é, com um atraso dequase quatro anos. A consequência de tal conduta consta do art. 88, da Lei nº 8.981/95, o qual estabelece:

Art. 88. A falta de apresentação da declaração de rendimentos ou a sua apresentação fora do prazo fixado,

sujeitará a pessoa física ou jurídica:

I - à multa de mora de um por cento ao mês ou fração sobre o Imposto de Renda devido, ainda que

integralmente pago;

[...]

O art. 27, da Lei nº 9.532/97, por sua vez, estabelece os valores mínimo e máximo para a cobrança da multasupracitada :

Art. 27. A multa a que se refere o inciso I do art. 88 da Lei nº 8.981, de 1995, é limitada a vinte por

cento do imposto de renda devido, respeitado o valor mínimo de que trata o § 1º do referido art. 88, convertido

em reais de acordo com o disposto no art. 30 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995.

Documento 7 - 0501781-67.2016.4.05.8502T https://creta.jfse.jus.br/cretase/cadastro/modelo/exibe_modelo_publica...

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Fl. 10SE ARACAJU DRF

Documento de 3 página(s) autenticado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelocódigo de localização EP01.0917.11424.OG0Z. Consulte a página de autenticação no final deste documento.

Por fim, o art. 113, do CTN, reza:

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou

penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou

negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal

relativamente à penalidade pecuniária.

Assim, a notificação do lançamento da multa de R$ 1.242,62 pelo atraso na entrega da DIRPF referenteao ano calendário de 2009 encontra pleno respaldo legal, estando devidamente limitada ao percentualde 20% do valor do respectivo IRPF, pago no importe de R$ 6.213,14 (item 3).

Nesse sentido:

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 194.068 - MG (2012/0129769-5) RELATORA : MINISTRA ASSUSETEMAGALHÃES AGRAVANTE : MARLITA PEIXOTO PENA ADVOGADO : PÁRIS PEIXOTO PENA E OUTRO(S) AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALDECISÃO Trata-se de Agravo, interposto por MARLITA PEIXOTO PENA, em face de decisão que negouseguimento ao seu Recurso Especial, manejado contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região,assim ementado: "TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. IMPOSTO DE RENDA. ATRASO NAENTREGA DA DECLARAÇÃO. INCIDÊNCIA DE MULTA MORATÓRIA. LEI N. 8.981/95. DENÚNCIAESPONTÂNEA. ART. 138 DO CTN. INAPLICABILIDADE. 0 atraso na entrega da declaração de rendimentosconstitui infração formal e enseja a aplicação de multa prevista no art. 88 da Lei n. 8.981/95, nãocaracterizando infração de natureza tributária, apta a atrair a denúncia espontânea prevista no art. 138 doCTN. Precedentes do STJ e deste Tribunal. Apelação e remessa oficial providas" (fls. 206e). A recorrenteinterpôs Recurso Especial, com base no art. 105, III, a, da Constituição Federal, sob o argumento de que adecisão recorrida violou a literalidade do art. 138 do CTN. Afirma ser indevida a multa cobrada pela FazendaNacional em relação ao atraso na entrega das declarações do Imposto de Renda dos anos de 1996 a 1999,pois configurada a denúncia espontânea, visto que procedeu à entrega e pagamento do imposto devido antesda instauração de qualquer procedimento administrativo por parte da Fazenda Pública (fls. 234/241e).Contrarrazões apresentadas (fls. 248/25e). Contraminuta ofertada (fls. 274/284e). A irresignação não mereceprosperar. Nos termos do art. 88 da Lei 8.981/95, a falta ou o atraso na apresentação da declaração derendimento sujeita a pessoa física ou jurídica ao pagamento de multa, in verbis: "Art. 88. A falta deapresentação da declaração de rendimentos ou a sua apresentação fora do prazo fixado, sujeitará a pessoafísica ou jurídica: I - à multa de mora de um por cento ao mês ou fração sobre o Imposto de Renda devido,ainda que integralmente pago; II - a multa de duzentas Ufirs a oito mil Ufirs, no caso de declaração de que nãoresulte imposto devido. "Por sua vez, o art. 138, caput, do CTN prevê que, em caso de denúncia espontâneapelo contribuinte devedor, haverá a exclusão da responsabilidade, in verbis:"A responsabilidade é excluídapela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dosjuros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante dotributo dependa de apuração". Conquanto o art. 138, caput, do CTN estabeleça a exclusão daresponsabilidade no caso de denúncia espontânea, de acordo com a jurisprudência do STJ, esse dispositivonão se aplica às obrigações acessórias autônomas. Assim, não se afigura possível afastar a responsabilidadedo contribuinte pelo pagamento de multa decorrente do atraso na entrega das declarações de rendimento doimposto de renda de pessoa física, visto ser essa uma típica obrigação acessória autônoma. Nesse sentido,têm-se os seguintes precedentes: "PROCESSO CIVIL. DENÚNCIA ESPONTÂNEA. OBRIGAÇÃOACESSÓRIA. MULTA ADMINISTRATIVA. PRETENSÃO JÁ ACOLHIDA PELO ACÓRDÃO RECORRIDO.FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL. 1. Na origem, cuida-se de mandado de segurança impetrado contraato do Delegado da Receita Federal do Brasil, no qual se pleiteia o não pagamento das penalidadespecuniárias (multas), em razão da não entrega das Declarações de Imposto Retido na Fonte (DIRF's) dosanos de 1994 e 1997. 2. Segundo orientação firmada nesta Corte, 'a denúncia espontânea não tem o condãode afastar a multa decorrente do atraso na entrega da declaração de rendimentos, uma vez que os efeitos doartigo 138 do CTN não se estendem às obrigações acessórias autônomas' (AgRg no AREsp 11340/SC, Rel.Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 13.9.2011, DJe 27.9.2011). 3. A Corte de origemreconheceu que é" legítima a exigência da multa administrativa ", afastando a aplicação da denúnciaespontânea. Assim, as alegações no sentido que não ocorreu denúncia espontânea em relação à multa


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administrativa é infundada, pois tal pretensão já foi acolhida pela Corte Regional, revelando-se, portanto, afalta de interesse recursal da recorrente. Agravo regimental improvido" (STJ, AgRg no REsp 1279038/MG, Rel.Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe de 09/02/2012). "TRIBUTÁRIO. MULTAMORATÓRIA. ART. 138 DO CTN. ENTREGA EM ATRASO DA DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS. 1. Adenúncia espontânea não tem o condão de afastar a multa decorrente do atraso na entrega da declaração derendimentos, uma vez que os efeitos do artigo 138 do CTN não se estendem às obrigações acessóriasautônomas. Precedentes. 2. Agravo regimental não provido" (STJ, AgRg no AREsp 11.340/SC, Rel. MinistroCASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, DJe de 27/09/2011). "PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ATRASONA ENTREGA DA DECLARAÇÃO DE OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS. MULTA MORATÓRIA. CABIMENTO.DENÚNCIA ESPONTÂNEA NÃO CONFIGURADA. 1 - A entrega das declarações de operações imobiliáriasfora do prazo previsto em lei constitui infração formal, não podendo ser considerada como infração denatureza tributária, apta a atrair o instituto da denúncia espontânea previsto no art. 138 do Código TributárioNacional. Do contrário, estar-se-ia admitindo e incentivando o não-pagamento de tributos no prazodeterminado, já que ausente qualquer punição pecuniária para o contribuinte faltoso. 2 - A entregaextemporânea das referidas declarações é ato puramente formal, sem qualquer vínculo com o fato gerador dotributo e, como obrigação acessória autônoma, não é alcançada pelo art. 138 do CTN, estando o contribuintesujeito ao pagamento da multa moratória devida. 3 - Precedentes: AgRg no REsp 669851/RJ, Rel. MinistroFRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 22.02.2005, DJ 21.03.2005; REsp 331.849/MG, Rel.Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 09.11.2004, DJ 21.03.2005; REsp504967/PR, Rel. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 24.08.2004, DJ08.11.2004; REsp 504967/PR, Rel. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgadoem 24.08.2004, DJ 08.11.2004; EREsp nº 246.295-RS, Relator Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 20.08.2001;EREsp nº 246.295-RS, Relator Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 20.08.2001; RESP 250.637, Relator MinistroMilton Luiz Pereira, DJ 13/02/02. 4 Agravo regimental desprovido" (STJ, AgRg no REsp 884.939/MG, Rel.Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, DJe de 19/02/2009). Ante o exposto, conheço do Agravo, paranegar-lhe provimento, com fundamento no art. 544, § 4º, II, a, do CPC. I. Brasília (DF), 10 de abril de 2015.MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES Relatora (STJ - AREsp: 194068 MG 2012/0129769-5, Relator: MinistraASSUSETE MAGALHÃES, Data de Publicação: DJ 27/04/2015).

DISPOSITIVO

Ante o exposto, julgo improcedente o pedido.

Sem custas ou honorários.

Defiro AJG por entender preenchidos os requisitos da Lei nº 1.060/50.

P.R.I.

Rafael Soares SouzaJuiz Federal

Visualizado/Impresso em 24 de Março de 2017 as 10:46:38


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EP01.0917.11424.OG0Z


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PODER JUDICIÁRIO

INFORMACÕES SOBRE ESTE DOCUMENTO NUM. 12Nr. do Processo 0501781-67.2016.4.05.8502T Autor JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTOData da Inclusão 16/03/2017 11:53:49 Réu União Federal - (Fazenda Nacional)Última alteração FÁBIO CORDEIRO DE LIMA às 03/03/2017 10:35:27Juiz(a) que validou FÁBIO CORDEIRO DE LIMA

Processo n.º 0501781-67.2016.4.05.8502

VOTO-EMENTA

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA SOBRE PESSOA FÍSICA — IRPF. VALORES RECEBIDOS ACUMULADAMENTE.MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DIRPF. CABIMENTO. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA DO SUJEITO PASSIVODE APRESENTAR DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS CONSIDERANDO O MONTANTE RECEBIDO. DISTINÇÃOENTRE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E ACESSÓRIA. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. JUÍZOCONSIDEROU CORRETA A APLICAÇÃO DA MULTA PELO ATRASO NA ENTREGA. EXCESSO NO VALOR DAMULTA. PENALIDADE PECUNIÁRIA TEM COMO BASE DE CÁLCULO PRINCIPAL O "VALOR DO IMPOSTODEVIDO". VALORES RECEBIDOS POR COMPETÊNCIA INFERIORES AO LIMITE MENSAL DO IRPF. NECESSIDADEDE EVENTUAL CÁLCULO DO IRPF SER CALCULADO SOB O REGIME DE COMPETÊNCIA AO INVÉS DE CAIXA.ENTENDIMENTO PACÍFICO EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL (RE 614406) E RECURSO REPETITIVO (RESP1118429/SP). INEXISTÊNCIA DE "VALOR DO IMPOSTO DEVIDO". IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAR COMO BASEDE CÁLCULO DA MULTA, SOB PENA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. UTILIZAÇÃO DA BASE DECÁLCULO SUBSIDIÁRIA. REFORMA PARCIAL. RECURSO DA PARTE AUTORA CONHECIDO E PARCIALMENTEPROVIDO PARA ACOLHER O PEDIDO SUBSIDIÁRIO.1. A parte autora interpôs recurso inominado [anexo 9] contra sentença [anexo 7] do Juízo de origem [7ªVara/SE] que julgou improcedente os pedidos de: 1) declaração de inexistência do débito cobrado, ante ocálculo da incidência do imposto ter sido feita de maneira irregular e não “mês a mês”, considerando que ovalor dos pagamentos não incidiam base tributária; 2) seja aplicada a multa mínima, qual seja, R$ 174,00(cento e setenta e quatro reais), em virtude do atraso na entrega da receita.2. Razões recursais: 1) requereu a procedência dos pedidos da inicial para que seja decretado nula a multaimposta ao Autor, uma vez que conforme explicitado acima, o contribuinte não tinha a necessidade dedeclarar no ano base de 2009, visto que a tributação mensal não ensejava a declaração; 2) subsidiariamente,caso seja devida a multa apresentada, seja aplicada no valor mínimo, qual seja R$ 174,00 (cento e setenta equatro reais).3.Fatos relevantes: 1) o autor-recorrente ajuizou uma demanda [200185000045144] perante a 2ª VaraFederal da Seção Judiciária de Sergipe, no qual foi reconhecido o direito a recebimento de valores noperíodo de 12.1999 a 11.2004 no valor total de R$ 45.572,03 [anexo 4, p. 1]; 2) apesar de tais valores teremsido recebidos mediante precatório em 29.01.2009 [anexo 4, p. 3], a declaração de Imposto de Renda doano-calendário 2009, exercício 2010, somente foi entregue apenas em 07/02/2014 [anexos 3, p. 1 e anexo 6,p. 4]; 3) o contribuinte foi formalmente notificado de um lançamento um crédito tributário no valor deR$1.242,62 (um mil duzentos e quarenta e dois reais e sessenta e dois centavos) referente a multa poratraso na entrega da declaração , visto que o ano calendário para realizar a declaração deveria ser 2009 efoi realizada em 07/02/2014, segundo a Receita Federal; 4) a multa por atraso na declaração a pagar foiaplicada no percentual máximo de 20% [R$ 6.213,14 x 20% = 1.242,62] sobre o valor do imposto devido [R$6.213,14], nos termos do disposto nos arts. 88 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 7º da Lei nº 9.250,de 26 de dezembro de 1995, 27 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, 16 da Lei nº 9.779, de 19 dejaneiro de 1999, e nos arts. 1º, 5º e 8º da Instrução Normativa (IN) da Secretaria da Receita Federal do Brasil(RFB) nº 1.007, de 9 de fevereiro de 2010.4. O Juízo de origem reconheceu a legalidade do lançamento da multa de R$ 1.242,62 pelo atraso naentrega da DIRPF, com base nos seguintes fundamentos:

Inicialmente, cabe frisar que a multa epigrafada se refere ao descumprimento da obrigação

acessória de entregar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física e não àobrigação principal de retenção de IRPF sobre os valores recebidos de forma acumulada no ano de


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2009 como asseverado na exordial.O art. 7º, da Lei nº 9.250/95, preconiza:Art. 7º A pessoa física deverá apurar o saldo em Reais do imposto a pagar ou o valor a ser

restituído, relativamente aos rendimentos percebidos no ano-calendário, e apresentar anualmente,até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário subseqüente, declaração de rendimentos emmodelo aprovado pela Secretaria da Receita Federal.

No caso dos autos, os próprios documentos juntados pela parte autora (item 3) atestam que adeclaração do Imposto de Renda do ano-calendário 2009 foi entregue apenas em 07/02/2014, isto é,com um atraso de quase quatro anos. A consequência de tal conduta consta do art. 88, da Lei nº8.981/95, o qual estabelece:

Art. 88. A falta de apresentação da declaração de rendimentos ou a sua apresentação fora doprazo fixado, sujeitará a pessoa física ou jurídica:

I - à multa de mora de um por cento ao mês ou fração sobre o Imposto de Renda devido, aindaque integralmente pago;

[...]

O art. 27, da Lei nº 9.532/97, por sua vez, estabelece os valores mínimo e máximo para acobrança da multa supracitada :

Art. 27. A multa a que se refere o inciso I do art. 88 da Lei nº 8.981, de 1995, é limitada a vintepor cento do imposto de renda devido, respeitado o valor mínimo de que trata o § 1º do referido art.88, convertido em reais de acordo com o disposto no art. 30 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de1995.

Por fim, o art. 113, do CTN, reza:

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamentode tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações,positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigaçãoprincipal relativamente à penalidade pecuniária.

Assim, a notificação do lançamento da multa de R$ 1.242,62 pelo atraso na entrega daDIRPF referente ao ano calendário de 2009 encontra pleno respaldo legal, estando devidamentelimitada ao percentual de 20% do valor do respectivo IRPF, pago no importe de R$ 6.213,14 (item3).

5. Estou de acordo com o Juízo de origem de que a multa imposta pela Receita Federal do Brasil - RFB serefere ao descumprimento da obrigação acessória: "a multa epigrafada se refere ao descumprimento daobrigação acessória de entregar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física e nãoà obrigação principal de retenção de IRPF sobre os valores recebidos de forma acumulada no ano de 2009".Isto porque não se confunde o objeto da obrigação principal [pagar tributo ou penalidade pecuniária, nocaso de descumprimento da obrigação acessória] com o objeto da obrigação acessória [deveres de fazer, nãofazer e tolerar]. A obrigação acessória somente existe no interesse do cumprimento da obrigação principal,mas ela é autônoma no sentido de que subsiste mesmo na hipótese de não ser devido o tributo. Sobre adiferença da obrigação acessória no direito privado e no direito tributário, transcrevo o ensinamento abaixo:

“A obrigação tributária, como se está a ver, é de duas espécies: principal e acessória. A obrigaçãoprincipal, no dizer do CTN, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (art. 113,§1º). Tem sempre conteúdo patrimonial. Já a obrigação acessória, segundo o CTN, decorre dalegislação tributária e tem por objeto as prestações. Positivas ou negativas, nela previstas no interesseda arrecadação ou da fiscalização dos tributos (art. 113, §2º).

(...)

A obrigação acessória é instituída pela legislação, que é lei em sentido amplo (artigo 96). Sempre nointeresse da arrecadação ou fiscalização dos tributos (art. 113, §2º). Não implica para sujeito ativo(fisco) o direito de exigir um comportamento do sujeito passivo, mas o poder jurídico de criar contraele um crédito, correspondente a penalidade pecuniária. Por isto, diz o Código que: “a obrigação


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acessória, pelo simples fato de sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente apenalidade pecuniária” (art. 113 §3º). Na verdade, o inadimplemento de uma obrigação acessórianão a converte em obrigação principal. Ele faz nascer para o fisco o direito de constituir umcrédito tributário contra o inadimplente, cujo conteúdo é precisamente a penalidade pecuniária,vale dizer, a multa correspondente.

Aliás, o inadimplemento de uma obrigação tributária, seja ela principal ou acessória, é, em linguagemda Teoria geral do Direito, uma não prestação, da qual decorre uma sanção. Assim, o §3º do art. 113do Código Tributário nacional, dizendo que “a obrigação acessória, pelo simples fato de suainobservância, converte-se em obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária”, apenasquis dizer que, ao fazer um lançamento tributário, a autoridade administrativa deve considerar oinadimplemento de uma obrigação acessória como fato gerador de uma obrigação principal, afornecer elemento para integração de um credito tributário.

Muitos autores, influenciados pela doutrina civilista, criticam o emprego da expressão obrigaçãoacessória no CTN, sustentando que as impropriamente denominadas obrigações acessórias sãosimplesmente deveres administrativos, e não obrigações em sentido rigorosamente jurídico, porque,segundo afirmam, toda obrigação tem conteúdo patrimonial. Além disso, não seriam acessórias,porque podem existir independentemente da obrigação principal.

Essa crítica não é procedente. É fruto de uma visão privatista, inteiramente inadmissível em facedo Código Tributário Nacional, em cujo contexto o adjetivo acessória, que qualifica essasobrigações, tem sentido inteiramente inteiramente distinto daquele do Direito privado. Por outrolado, no plano da Ciência do Direito não se pode negar a existência de obrigações acessórias semconteúdo patrimonial.

O ser acessória, em Direito Privado, significa estar ligada a uma outra determinada obrigação. Ocaráter da acessoriedade manifesta-se entre uma determinada obrigação dita principal, e uma outra,também determinada, dita acessória. No Direito Tributário não é assim, mas o caráter deacessoriedade não deixa de existir, embora sob outro aspecto.

Realmente, em Direito Tributário, as obrigações acessórias não precisariam existir se não existissem asobrigações principais. São acessórias, pois, este sentido. Só existem em função das principaisembora não exista necessariamente um liame entre determinada obrigação principal edeterminada obrigação acessória. Todo conjunto de obrigações assessórias existe para viabilizar ocumprimento das obrigações principais. [1]

6. Eventual retenção na fonte [art. 27 [2] da Lei n.º 10.833/03] não afasta a obrigação acessória de declararo Imposto de Renda sobre Pessoa Física - IRPF . Se recebeu valores em determinado ano-calendário tem odever de submeter os valores recebidos a tributação, salvo se for legalmente dispensado [art. 7º, § 2º da Lein.º 9.250/95].

Lei n.º 9.250/95, Art. 7º A pessoa física deverá apurar o saldo em Reais do imposto a pagar ou o valora ser restituído, relativamente aos rendimentos percebidos no ano-calendário, e apresentaranualmente, até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário subseqüente, declaração derendimentos em modelo aprovado pela Secretaria da Receita Federal.

§ 2º O Ministro da Fazenda poderá estabelecer limites e condições para dispensar pessoas físicas daobrigação de apresentar declaração de rendimentos.

Instrução Normativa RFB nº 1007, de 09 de fevereiro de 2010

Dispõe sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre aRenda referente ao exercício de 2010, ano-calendário de 2009, pela pessoa física

residente no Brasil.

CAPÍTULO I – DA OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃOArt. 1º Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda referente aoexercício de 2010 a pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2009:I - recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$17.215,08 (dezessete mil, duzentos e quinze reais e oito centavos);II - recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foisuperior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);


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III - obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidênciado imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

6. Dos dispositivos acima, infere-se que o recorrente-autor estava obrigado a apresentar a DIRPF, com esteiono Art. 1º, II da IN RFB nº 1007/2010 c/c art. 27, caput e § 3º da Lei n.º 10.833/03 , já que o autor teverendimentos retidos na fonte em valores superiores a R$ 40.000,00, mais precisamente R$ 58.393,82 [anexo3, p. 3].7. A jurisprudência do STJ é farta no sentido da obrigatoriedade de apresentar a declaração de rendimentos,mesmo não havendo imposto devido, e o cabimento da multa em razão da sua apresentação tardia, inclusivecom o afastamento da denúncia espontânea nestes casos.

TRIBUTÁRIO. MULTA MORATÓRIA. ART. 138 DO CTN. ENTREGA EM ATRASO DA DECLARAÇÃO DERENDIMENTOS.

1. A denúncia espontânea não tem o condão de afastar a multa decorrente do atraso na entrega dadeclaração de rendimentos, uma vez que os efeitos do artigo 138 do CTN não se estendem àsobrigações acessórias autônomas. Precedentes.

2. Agravo regimental não provido.

(AgRg no AREsp 11.340/SC, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/09/2011,DJe 27/09/2011)

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS.LEGALIDADE.

1. É cabível a aplicação de multa pelo atraso na entrega da declaração de rendimentos, a teor dodisposto na legislação de regência. Precedentes.

2. "A par de existir expressa previsão legal para punir o contribuinte desidioso (art. 88 da Lei8.981/95), é de fácil inferência que a Fazenda não pode ficar à disposição do contribuinte, nãofazendo sentido que a declaração possa ser entregue a qualquer tempo, segundo o arbítrio de cadaum" (REsp. 243241/RS, Rel. Min. Franciulli Netto, DJ de 21.08.2000 p. 114).

3. Recurso Especial provido.

(REsp 591.726/GO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/10/2006, DJe21/05/2008)

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO. MULTA MORATÓRIA.CABIMENTO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA NÃO CONFIGURADA.

1 - O atraso na entrega da declaração do imposto de renda é ato puramente formal, sem qualquervínculo com o fato gerador do tributo, e como obrigação acessória autônoma não é alcançada pelo art.138 do CTN, estando o contribuinte sujeito ao pagamento da multa moratória prevista no art. 88 daLei nº 8.981/95.

2 - Precedentes.

3 - Recurso especial provido.

(STJ, REsp 246.960/RS, Rel. Ministro PAULO GALLOTTI, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/10/2001, DJ29/10/2001, p. 193)

TRIBUTÁRIO - DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA: ATRASO - INCIDÊNCIA DA MULTA (ART. 88 DA LEI8.981/91).

1. A multa por atraso na declaração do imposto, prevista no art. 88 da Lei 8.981/91, é de naturezapunitiva, incidindo quando há descumprimento de obrigação acessória.

2. Recurso especial conhecido e provido.


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(STJ, REsp 250.567/SC, Rel. Ministra ELIANA CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 29/05/2001, DJ15/10/2001, p. 229)

No mesmo sentido: 1) AgRg no REsp 760.131/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,julgado em 04/09/2007, DJ 17/09/2007, p. 236; 2) AgRg no REsp 545.665/GO, Rel. MinistroFRANCIULLI NETTO, SEGUNDA TURMA, julgado em 28/09/2004, DJ 14/03/2005, p. 257; 3) REsp410.576/PR, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/05/2002, DJ 24/06/2002,p. 292

7. Não obstante seja o caso de aplicação da multa em razão da obrigatoriedade de declaração dos valores[Vide item 6], a sentença merece parcial reforma quanto ao valor da multa, mais precisamente da base decálculo da penalidade, em respeito ao princípio da legalidade.

8. Confira a fundamentação adotada pela RFB para aplicação da penalidade:

Descrição dos Fatos, Fundamentação Legal e Intimação:

"A entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física após o prazofixado na legislação enseja a aplicação da multa de 1% (um por cento) ao mês ou fração de atrasosobre o imposto devido, ainda que integralmente pago, ressalvados o valor mínimo de R$ 165,74(cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) e máximo de 20% (vinte por cento) doimposto devido, nos termos do disposto nos arts. 88 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 7º daLei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, 27 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, 16 da Lei nº9.779, de 19 de janeiro de 1999, e nos arts. 1º, 5º e 8º da Instrução Normativa (IN) da Secretaria daReceita Federal do Brasil (RFB) nº 1.007, de 9 de fevereiro de 2010".

9. Transcrevo os dispositivos legais que embasaram a aplicação da referida penalidade:

Lei 8.981/95, Art. 88. A falta de apresentação da declaração de rendimentos ou a sua apresentaçãofora do prazo fixado, sujeitará a pessoa física ou jurídica:I - à multa de mora de um por cento ao mês ou fração sobre o Imposto de Renda devido, ainda queintegralmente pago; (Vide Lei nº 9.532, de 1997)

· Lei 9.532/97, Art. 27. A multa a que se refere o inciso I do art. 88 da Lei nº 8.981, de 1995, élimitada a vinte por cento do imposto de renda devido, respeitado o valor mínimo de que trata o§ 1º do referido art. 88, convertido em reais de acordo com o disposto no art. 30 da Lei nº 9.249,de 26 de dezembro de 1995.

II - à multa de duzentas Ufirs a oito mil Ufirs, no caso de declaração de que não resulte impostodevido.

· Lei n.º 9.249/95, Art. 30. Os valores constantes da legislação tributária, expressos em quantidadede UFIR, serão convertidos em Reais pelo valor da UFIR vigente em 1º de janeiro de 1996.

§ 1º O valor mínimo a ser aplicado será:a) de duzentas Ufirs, para as pessoas físicas;b) de quinhentas Ufirs, para as pessoas jurídicas.§ 2º A não regularização no prazo previsto na intimação, ou em caso de reincidência, acarretará oagravamento da multa em cem por cento sobre o valor anteriormente aplicado.§ 3º As reduções previstas no art. 6º da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991 e art. 60 da Lei nº 8.383,de 1991 não se aplicam às multas previstas neste artigo.

Instrução Normativa RFB nº 1007, de 09 de fevereiro de 2010

Dispõe sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre aRenda referente ao exercício de 2010, ano-calendário de 2009, pela pessoa física

residente no Brasil.

CAPÍTULO VIII - DA MULTA POR ATRASO NA ENTREGA


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Art. 8º A entrega da Declaração de Ajuste Anual após o prazo de que trata o caput do art. 5º, seobrigatória, sujeita o contribuinte à multa de 1% (um por cento) ao mês-calendário ou fração deatraso, calculada sobre o total do imposto devido nela apurado, ainda que integralmente pago.§ 1º A multa a que se refere este artigo é objeto de lançamento de ofício e:I - tem como valor mínimo R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) ecomo valor máximo 20% (vinte por cento) do imposto sobre a renda devido;II - tem, por termo inicial, o 1º (primeiro) dia subsequente ao fixado para a entrega da declaração e,por termo final, o mês da entrega ou, no caso de não-apresentação, do lançamento de ofício.§ 2º No caso do não-pagamento da multa por atraso na entrega dentro do vencimento estabelecido nanotificação de lançamento emitida pelo PGD, a multa, com os respectivos acréscimos legaisdecorrentes do não-pagamento, será deduzida do valor do imposto a ser restituído para as declaraçõescom direito a restituição.§ 3º A multa mínima aplica-se inclusive no caso de declaração de que não resulte imposto devido.

10. Em princípio, o legislador adotou o percentual de 1% (um por cento) ao mês ou fração de atraso até olimite máximo de 20% (vinte por cento) sobre o imposto devido [base de cálculo principal da penalidade] e,não havendo imposto devido, previu o valor mínimo de R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta equatro centavos)

11. Analisando os valores recebidos por competência [anexo 4, p. 1/2], verifica-se que foram bastanteinferiores aos limites mensais de imposto de renda [http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/irpf-imposto-de-renda-pessoa-fisica], logo não há que se falar em imposto devido, já que,tratando-se de valores recebidos acumuladamente, devem ser calculados mês a mês, considerando oano-calendário. Transcrevo a resenha sobre a matéria [TRSE, RI 0500563-44.2015.4.05.8500, de minharelatoria, julgado em 13.05.2015], nos seguintes termos:

"7. A despeito dos dispositivos acima, a jurisprudência dos TRFs e do STJ é pacífica no sentido de queo cálculo do imposto de renda retido na fonte da pessoa física na hipótese de rendimentosprovenientes do trabalho ou de seus substitutivos (aposentadoria e pensões), recebidosacumuladamente em razão de decisão judicial, deve ser feito mês a mês, nas épocas em que cada umdos pagamentos deveria ter-se dado, e não de modo global, quando do efetivo pagamento. Nestesentido, é o entendimento do STJ firmado sob a sistemática do art. 543-C:

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. AÇÃO REVISIONAL DE BENEFÍCIOPREVIDENCIÁRIO. PARCELAS ATRASADAS RECEBIDAS DE FORMA ACUMULADA.

1. O Imposto de Renda incidente sobre os benefícios pagos acumuladamente deve ser calculadode acordo com as tabelas e alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sidoadimplidos, observando a renda auferida mês a mês pelo segurado. Não é legítima a cobrançade IR com parâmetro no montante global pago extemporaneamente. Precedentes do STJ.

2. Recurso Especial não provido. Acórdão sujeito ao regime do art.

543-C do CPC e do art. 8º da Resolução STJ 8/2008.

(REsp 1118429/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/03/2010,DJe 14/05/2010)

8. Em razão disso, o legislador editou a Lei 12.350, de 20.12.2010 adequando-se ao entendimentosupra, já pacificado na jurisprudência. A referida lei acrescentou o artigo 12-A na Lei nº 7.713/88 coma seguinte redação:

Art. 12-A. Os rendimentos do trabalho e os provenientes de aposentadoria, pensão,transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdência Social da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando correspondentes a anos-calendáriosanteriores ao do recebimento, serão tributados exclusivamente na fonte, no mês dorecebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês. (Incluído pelaLei nº 12.350, de 2010)Art. 12-A. Os rendimentos recebidos acumuladamente e submetidos à incidência do impostosobre a renda com base na tabela progressiva, quando correspondentes a anos-calendárioanteriores ao do recebimento, serão tributados exclusivamente na fonte, no mês dorecebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês. (Redação dada


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pela Medida Provisória nº 670, de 2015)

§ 1o O imposto será retido pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento ou pelainstituição financeira depositária do crédito e calculado sobre o montante dos rendimentospagos, mediante a utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade demeses a que se refiram os rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensalcorrespondente ao mês do recebimento ou crédito. (Incluído pela Lei nº 12.350, de 2010)

§ 2o Poderão ser excluídas as despesas, relativas ao montante dos rendimentos tributáveis, comação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagaspelo contribuinte, sem indenização. (Incluído pela Lei nº 12.350, de 2010)

§ 3o A base de cálculo será determinada mediante a dedução das seguintes despesas relativasao montante dos rendimentos tributáveis: (Incluído pela Lei nº 12.350, de 2010)I – importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direitode Família, quando em cumprimento de decisão judicial, de acordo homologado judicialmenteou de separação ou divórcio consensual realizado por escritura pública; e (Incluído pela Lei nº12.350, de 2010)II – contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios. (Incluído pela Lei nº 12.350, de 2010)

§ 4o Não se aplica ao disposto neste artigo o constante no art. 27 da Lei no 10.833, de 29 de

dezembro de 2003, salvo o previsto nos seus §§ 1o e 3o. (Incluído pela Lei nº 12.350, de 2010)

§ 5o O total dos rendimentos de que trata o caput, observado o disposto no § 2o, poderáintegrar a base de cálculo do Imposto sobre a Renda na Declaração de Ajuste Anual doano-calendário do recebimento, à opção irretratável do contribuinte. (Incluído pela Lei nº12.350, de 2010)

§ 6o Na hipótese do § 5o, o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte será consideradoantecipação do imposto devido apurado na Declaração de Ajuste Anual. (Incluído pela Lei nº12.350, de 2010)

§ 7o Os rendimentos de que trata o caput, recebidos entre 1o de janeiro de 2010 e o dia

anterior ao de publicação da Lei resultante da conversão da Medida Provisória no 497, de 27 dejulho de 2010, poderão ser tributados na forma deste artigo, devendo ser informados naDeclaração de Ajuste Anual referente ao ano-calendário de 2010. (Incluído pela Lei nº 12.350,de 2010)

§ 8o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.350, de 2010)

§ 9o A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o disposto neste artigo. (Incluído pelaLei nº 12.350, de 2010)

9. Repercussão geral: 1) em um 1º momento, o STF negou a existência de repercussão geral sobre amatéria por entender que a controvérsia era de índole infraconstitucional, no seguintes termos:

EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA FÍSICA. INCIDÊNCIA SOBRERENDIMENTOS PAGOS ACUMULADAMENTE. ALÍQÜOTA APLICÁVEL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃOGERAL.

(STF, RE 592211 RG, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, julgado em 06/11/2008, DJe-222DIVULG 20-11-2008 PUBLIC 21-11-2008 EMENT VOL-02342-21 PP-04144)

; 2) num 2º momento, em razão de o TRF da 4ª Região (Arguição de Inconstitucionalidade n.2002.72.05.0004340/SC) ter reconhecido incidentalmente a inconstitucionalidade do art. 12 da Lei nº7.713/88, o STF reconheceu a repercussão geral da matéria [3] e, no mérito, reafirmou oentendimento dos TRFs e do STJ, nos seguintes termos:

IMPOSTO DE RENDA – PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES – ALÍQUOTA. A percepção cumulativade valores há de de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes,individualmente, os exercícios envolvidos.

(RE 614406, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO,Tribunal Pleno, julgado em 23/10/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITODJe-233 DIVULG 26-11-2014 PUBLIC 27-11-2014)

8. No referido julgamento sob o regime de repercussão geral, o STF afirmou que, não a alteração dalegislação tributária [Lei n.º 12.350/2010], remanesceria o interesse dos contribuintes sobre a


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matéria, uma vez que a Fazenda Nacional defendeu que a mudança não alcançaria os valoresrecebidos até o ano-base de 2009, exercício de 2010 [4]. Assim, pouco importa os valores, sejamanteriores ou posteriores a Lei n.º 12.350/10, porque a forma de tributação será a mesma.

12. Assim, não havendo "imposto devido" a ser pago, não pode ser utilizado como base de cálculo da multa,devendo se adotar a base de cálculo subsidiária da penalidade prevista, ou seja, o valor mínimo de R$165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos), a teor do art. 8º, I e § 3º da InstruçãoNormativa RFB nº 1007/2010.

Art. 8º A entrega da Declaração de Ajuste Anual após o prazo de que trata o caput do art. 5º, seobrigatória, sujeita o contribuinte à multa de 1% (um por cento) ao mês-calendário ou fração deatraso, calculada sobre o total do imposto devido nela apurado, ainda que integralmente pago.I - tem como valor mínimo R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) ecomo valor máximo 20% (vinte por cento) do imposto sobre a renda devido;§ 3º A multa mínima aplica-se inclusive no caso de declaração de que não resulte imposto devido.

13. Diante do exposto, CONHEÇO e DOU PARCIAL provimento ao recurso inominado para reduzir a multa poratraso na entrega da declaração no valor de R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatrocentavos), nos termos do art. 8º, I e § 3º da Instrução Normativa RFB nº 1007/2010.

Sucumbência: Sem condenação em custas ou honorários advocatícios, uma vez que somente é cabível nocaso de recorrente-vencido (art. 55 da Lei n.º 9.099/95 e Enunciado 57 do FONAJEF).

É como voto.

ACÓRDÃO:

Vistos, relatados e discutidos estes autos, decide a Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais daSeção Judiciária de Sergipe: por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso inominado, nostermos do voto-ementa integrante do presente julgado.

Composição da Turma conforme certidão de julgamento.

FÁBIO CORDEIRO DE LIMA

Juiz Federal - 2ª Relatoria da TRSE

[1] Machado, Hugo de Brito, Curso de Direito Tributário, 26ª Edição rev. At. Ampl., Editora Malheiros, 2005, páginas135/136.

[2] Lei n.º 10.833/03, Art. 27. O imposto de renda sobre os rendimentos pagos, em cumprimento de decisão daJustiça Federal, mediante precatório ou requisição de pequeno valor, será retido na fonte pela instituiçãofinanceira responsável pelo pagamento e incidirá à alíquota de 3% (três por cento) sobre o montante pago,sem quaisquer deduções, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal. (Produção de efeito)

§ 1o Omissis.

§ 2o O imposto retido na fonte de acordo com o caput será:I - considerado antecipação do imposto apurado na declaração de ajuste anual das pessoas físicas; ouII - deduzido do apurado no encerramento do período de apuração ou na data da extinção, no caso debeneficiário pessoa jurídica.

§ 3o A instituição financeira deverá, na forma, prazo e condições estabelecidas pela Secretaria da ReceitaFederal, fornecer à pessoa física ou jurídica beneficiária o Comprovante de Rendimentos Pagos e deRetenção do Imposto de Renda na Fonte, bem como apresentar à Secretaria da Receita Federal declaraçãocontendo informações sobre: (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)I - os pagamentos efetuados à pessoa física ou jurídica beneficiária e o respectivo imposto de renda retido nafonte; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)II - os honorários pagos a perito e o respectivo imposto de renda retido na fonte; (Incluído pela Lei nº10.865, de 2004)


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III - a indicação do advogado da pessoa física ou jurídica beneficiária. (Incluído pela Lei nº 10.865, de2004)

§ 4o Omissis

[3] TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPOSTO DE RENDASOBRE VALORES RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. ART. 12 DA LEI 7.713/88. ANTERIOR NEGATIVA DEREPERCUSSÃO. MODIFICAÇÃO DA POSIÇÃO EM FACE DA SUPERVENIENTE DECLARAÇÃO DEINCONSTITUCIONALIDADE DA LEI FEDERAL POR TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL.

1. A questão relativa ao modo de cálculo do imposto de renda sobre pagamentos acumulados - se por regimede caixa ou de competência - vinha sendo considerada por esta Corte como matéria infraconstitucional, tendosido negada a sua repercussão geral.

2. A interposição do recurso extraordinário com fundamento no art. 102, III, b, da Constituição Federal, emrazão do reconhecimento da inconstitucionalidade parcial do art. 12 da Lei 7.713/88 por Tribunal RegionalFederal, constitui circunstância nova suficiente para justificar, agora, seu caráter constitucional e oreconhecimento da repercussão geral da matéria.

3. Reconhecida a relevância jurídica da questão, tendo em conta os princípios constitucionais tributários daisonomia e da uniformidade geográfica.

4. Questão de ordem acolhida para: a) tornar sem efeito a decisão monocrática da relatora que negavaseguimento ao recurso extraordinário com suporte no entendimento anterior desta Corte; b) reconhecer arepercussão geral da questão constitucional; e c) determinar o sobrestamento, na origem, dos recursosextraordinários sobre a matéria, bem como dos respectivos agravos de instrumento, nos termos do art. 543-B,§ 1º, do CPC.

(STF, RE 614232 AgR-QO-RG, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, julgado em 20/10/2010, DJe-043 DIVULG03-03-2011 PUBLIC 04-03-2011 EMENT VOL-02476-01 PP-00225)

[4] Confira excertos do Relator Min. Marco Aurélio: "Veja-se que se trata de inovação na legislação tributária,válida para a percepção de rendimentos acumulados ocorrida a partir de janeiro de 2010. Tal inovação nãoinfirma, de modo algum, a incidência da legislação até então vigente – objeto do presente recurso – quantoaos valores recebidos até o ano-base de 2009"

Visualizado/Impresso em 24 de Março de 2017 as 07:35:28


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EP01.0917.11423.XNF4


73ED92E45D90DF51B26812FEDE1BD41811EBADAA80A9D927D6D5824296C6E9B5




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MINISTÉRIO DA FAZENDA

Procuradoria - Geral da Fazenda Nacional

PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL EM SERGIPE

R. Francisco Portugal, 40, Aracaju - SE, 49020-390

NOTA JUSTIFICATIVA nº 06/2017 PFN-SE-ACAS

REFERÊNCIA: Processo n° 0501781-67.2016.405.8502

Nos autos da ação n° 0501781-67.2016.405.8502, sobreveio acórdão proferido

pela Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais em Sergipe, que deu parcial provimento ao

recurso inominado do autor, “para reduzir a multa por atraso na entrega da declaração no valor

de R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos), nos termos do art.

8°, I e §3° da Instrução Normativa RFB n° 1007/2010”.

Afirmou-se, no acórdão em questão, que tendo o autor recebido rendimentos

de forma acumulada, os quais, acaso fossem apurados mês a mês, restariam isentos, não

haveria “imposto devido”, de forma que haveria de se aplicar o valor mínimo previsto na

legislação para a multa de atraso na entrega de declaração.

Examinando os autos verifica-se que, a despeito de não haver, no dispositivo

da decisão judicial – constando apenas da sua fundamentação–, determinação expressa de

isenção de imposto de renda sobre os rendimentos recebidos acumuladamente pelo contribuinte,

de fato, o autor, caso recebesse os valores mês a mês, não seria tributado, tem-se que não há

efetivo imposto devido, de forma que a multa de 20% sobre o valor de imposto devido

resultaria em valor zero.

Desse modo, tem-se que o acórdão em questão, ao determinar que a multa

aplicável seja de R$165,74 – valor mínimo para a espécie –, afigura-se acertada, uma vez que

não há qualquer imposto efetivamente devido pelo autor.

Desse modo, tendo em vista o quanto disposto no artigo 2°, X, da Portaria

PGFN n° 502/2016, a fim de evitar, inclusive, uma provável sucumbência em sede recursal, deixo

de interpor recurso em face da referida sentença.

Aracaju, 23.12.2017

Ana Carolina Araújo de Souza

Procuradora da Fazenda Nacional/Ba


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EP01.0917.11425.PRFK


2549C2467A9DB00237021294163AF12AECFC621E7E8ED840A6C8C04D64F9E0EF




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Ministéri

o da

Fazenda PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL NO ESTADO DE SERGIPE

Rua Francisco Portugal, 40 Salgado Filho, Aracaju-SE, CEP: 49.020-390

Fone: (79) 4009-3200 - Fax (79) 3246-1941

1

Dossiê: 10080.003754/0317-60

NI do Contribuinte: 189.595.635-87

Interessado: JOSÉ PEREIRA DO NACIMENTO

DESPACHO

Nos autos da ação n° 0501781-67.2016.405.8502, inaugurada por JOSÉ

PEREIRA DO NASCIMENTO, apesar de julgados improcedentes os pedidos do autor, sobreveio

acórdão proferido pela Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais em Sergipe, que deu

parcial provimento ao recurso inominado do autor, “para reduzir a multa por atraso na entrega

da declaração no valor de R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro

centavos), nos termos do art. 8°, I e §3° da Instrução Normativa RFB n° 1007/2010”.

Afirmou-se, no acórdão em questão, que tendo o autor recebido rendimentos

de forma acumulada, os quais, acaso fossem apurados mês a mês, restariam isentos, não

haveria “imposto devido”, de forma que haveria de se aplicar o valor mínimo previsto na

legislação para a multa de atraso na entrega de declaração.

A União, com espeque no artigo 2°, X, da Portaria PGFN n° 502/2016, bem

como nas razões constantes da Nota Justificativa n° 06/2017/PFN-SE-ACAS não interpôs

qualquer recurso em face do quanto decidido.

Diante do exposto, comunicamos esta Receita Federal do Brasil acerca do

quanto decidido, solicitando sejam adotadas as providências necessárias para

retificação do lançamento realizado quanto à multa por atraso na entrega da

declaração do exercício de 2009, apurada em 2014, de forma a que seu valor passe a ser

de r$ 165,74.

Aracaju, 24 de março de 2017

ANA CAROLINA ARAÚJO DE SOUZA

PFN SE


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Documento assinado digitalmente por: ANA CAROLINA ARAUJO DE SOUZA em 24/03/2017.



EP01.0917.11428.IXX3


751FEE415BCB238C2EB12B00D550B7362283BD4726626B9E9FD5284B146D42F1




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MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB

PROCESSO/PROCEDIMENTO: 10080.003754/0317-60INTERESSADO: JOSE PEREIRA DO NASCIMENTO DESTINO: GABIN-SACAT-DRF-AJU-SE - Preparar Distribuição

DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO À Sacat, para providências.

DATA DE EMISSÃO : 24/03/2017 Receber - Origem PFN-Triagem / EDSON FIEL FILHOTRIAG-DRF-AJU-SESE ARACAJU DRF


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EP01.0917.11429.TNI8


D4C6C9DD1F562D16C99A182EBC265F3BE5F5D59DA607F2A60A54F702A1294BF9




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__ CCPF,ATENDCONTR ( ATENDE CONTRIBUINTE )____________________________________

RFB - 27/03/2017 - 11:16 - CREDITOS TRIBUTARIOS - USUARIO: ALEX

FIM: 01

CPF : 189.595.635-87 - JOSE PEREIRA DO NASCIMENTO

U.A. JURISDICAO : 05.201.01

C.T. NUMERO : 403275411 CODIGO DE RECEITA : 5320 VENCIMENTO : 11/03/2014

EX TIPO LANCAMENTO UM VALOR ORIGINARIO SALDO DEVEDOR SITUACAO

2010 NOT LANC MAED R 1.242,62 0,00 LIQUIDADO

DECLARACAO NUMERO : 538451453

DEBITO AUTOMATICO: SEM OPCAO

COMP DT-VCTO DT-PRORR VALOR ORIGINARIO SALDO EM ABERTO SITUACAO

_ 01 M 11/03/2014 1.242,62 0,00 LIQUIDADO

(M-ALOCACOES)

?/PF1-AJUDA PF3-CANCELA


Documento de 2 página(s) autenticado digitalmente. Pode ser consultado no endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx pelocódigo de localização EP01.0917.11420.KT3K. Consulte a página de autenticação no final deste documento.


RFB - 27/03/2017 - 11:17 - CREDITOS TRIBUTARIOS - USUARIO: ALEX

FIM: 01


VENCIMENTO : 11/03/2014 U.A. JURISDICAO : 05.201.01


2010 NOT LANC MAED R 1.242,62 0,00 LIQUIDADO

COMP. C.T. NUMERO : 403275411-01

NATUREZA DT-VCTO DT-PRORR VALOR ORIGINARIO SALDO EM ABERTO SITUACAO

MULTA 11/03/2014 1.242,62 0,00 LIQUIDADO

PAGAMENTO DT-ARR. DT-VCTO RECEITA VALOR 1A. LINHA VALOR UTILIZADO

CRIT IMP VALOR DO PAGAMENTO VALOR AMORTIZADO

4122527893 03/03/2015 11/03/2014 5320 1.242,62 1.366,01

30 I 1.366,01 1.242,62

PF6-CRITERIOS DE ALOCACAO

?/PF1-AJUDA PF3-DESISTE PF12-CANCELA


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Documento autenticado digitalmente por ALEX ALVES CARVALHO em 27/03/2017.




EP01.0917.11420.KT3K


E69954660E33C47837E166A1079EA6440B3C9750072E58BF34C96CE83F88460E




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MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - RFB

PROCESSO/PROCEDIMENTO: 10080.003754/0317-60INTERESSADO: JOSE PEREIRA DO NASCIMENTO DESTINO: CONTF-SACAT-DRF-AJU-SE - Executar Julgamento/Despacho

DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO Trata o dossiê de Decisão Judicial que reduziu débito de MAED do contribuinte do valor originário de R$ 1.242,62 para R$ 165,74.De acordo com fls. 23/24, débito já se encontra liquidado; no entanto, para o devido cumprimento da Decisão Judicial, encaminho o presente dossiê para a Equipe de Contencioso Fazendário para providências quanto à alteração do valor do débito.

DATA DE EMISSÃO : 27/03/2017 Preparar Distribuição / ALEX ALVES CARVALHOGABIN-SACAT-DRF-AJU-SESACAT-DRF-AJU-SESE ARACAJU DRF


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EP01.0917.11425.6UO1


F622742EAEC3DFE0E86C7D3A73AB1062BC6C03FDFCE3F3F56183805DF3F82EBA




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Ministério da Fazenda Secretaria da Receita Federal do Brasil

NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO DA MULTA POR ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL DO IMPOSTO SOBRE A RENDA DA PESSOA FÍSICA

Nome do contribuinte CPF do contribuinte

JOSE PEREIRA DO NASCIMENTO 189.595.635-87

Exercício Ano-calendário Local/município Data/hora de entrega da declaração

Nº do recibo de entrega da declaração

Código da notificação

2010 2009 ESTANCIA 07/02/2014 12:41:59 21.34.75.61.68-48 57.18.26.35.64.18-73

DEMONSTRATIVO DE APURAÇÃO DA MULTA POR ATRASO NA ENTREGA (ressalvados os valores mínimo e máximo fixados em lei)

Data da entrega da Declaração 07/02/2014

Quantidade de meses/fração de atraso 46

Imposto Devido R$ 6.213,14

Multa 6.213,14 X 20,0% = R$1.242,62

Multa por Atraso na Entrega da Declaração a pagar R$ 1.242,62

Condições de Obrigatoriedade que ensejaram a cobrança da Multa por Atraso na Entrega da Declaração de Ajuste Anual da Pessoa Física

CRÉDITO TRIBUTÁRIO APURADO VALORES EM REAIS

Multa por Atraso na Entrega da Declaração R$ 1.242,62

Descrição dos Fatos, Fundamentação Legal e Intimação:A entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física após o prazo fixado na legislação enseja a aplicação da multa de 1% (um por cento) ao mês ou fração de atraso sobre o imposto devido, ainda que integralmente pago, ressalvados o valor mínimo de R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) e máximo de 20% (vinte por cento) do imposto devido, nos termos do disposto nos arts. 88 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 7º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, 27 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e nos arts. 1º, 5º e 8ºda Instrução Normativa (IN) da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) nº 1.007, de 9 de fevereiro de 2010.

Fica o contribuinte acima identificado notificado a recolher, no prazo de 30 (trinta) dias, contado do dia do recebimento desta notificação (data da transmissão da declaração 07/02/2014), a importância de R$ 1.242,62 (hum mil e duzentos e quarenta e dois reais e sessenta e dois centavos), correspondente à multa por atraso na entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física do exercício de 2010, ano-calendário de 2009, nos termos do disposto nos arts. 9º, caput, 11 e 23, caput, III, “b”, e § 2º, III, “c”, do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, e 790 e 964 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR/1999).

Caso não concorde com o presente lançamento, o contribuinte poderá impugná-lo no prazo de 30 (trinta) dias, contado do recebimento desta notificação, em petição dirigida ao Delegado da Receita Federal do Brasil de Julgamento, protocolizada em unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de sua jurisdição, nos termos do disposto nos arts. 14 a 16 do Decreto nº 70.235, de 1972.

MARLTON CALDAS DE SOUZA

AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - MATRÍCULA Nº 00016295

DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - ARACAJU


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EP01.0917.11422.CJLJ


DC537A054D746D11C710BEE3FCED290D468C0821B60A6038BDB9192274034363




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RFB - 30/03/2017 - 09:59 - CREDITOS TRIBUTARIOS - USUARIO: DAMUEDO

FIM: 01


U.A. JURISDICAO : 05.201.01

C.T. NUMERO : 403275411 CODIGO DE RECEITA : 5320 VENCIMENTO : 11/03/2014


2010 NOT LANC MAED R 1.242,62 1.242,62 TRANS. SIEFCOBR

PROCESSO NUMERO : 10510.720823/2017-13 DECLARACAO NUMERO : 538451453

DEBITO AUTOMATICO: SEM OPCAO

COMP DT-VCTO DT-PRORR VALOR ORIGINARIO SALDO EM ABERTO SITUACAO

_ 01 M 11/03/2014 1.242,62 1.242,62 TRANS. SIEFC

(M-ALOCACOES)

?/PF1-AJUDA PF3-CANCELA


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EP01.0917.11420.AQ6H


179DA1D18405682AA0A223C117A66F213C4CA6D33217C3F19F9863F5C76753DD




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30/03/17 - 10:08

MINISTÉRIO DA FAZENDASecretaria da Receita Federal do Brasil

SRFR000 SUA: 0520100-0010 SRF21

Pág: 1/ 1

S I E F - Comprovante de Alteração

Data/Hora 30/03/2017 10:07:06/

De ORIGINAL

Período apuração

NI

Data vencimento

Processo

Referência

VRBA / Percentual

Banco / Agência

Data arrecadação

Receita Valor

Total

03/05/2010

189.595.635-87

11/03/2014

/

047 / 0008

03/03/2015

5320 1.242,62

5320 123,39

1.366,01

Valores do Registro

Para ALTERADO

07/07/1980

10510720823201713

/

/

Receita Valor

Total

Valores do Registro Orig. Erro Banco

Sim Não

10510720823201713Processo de retificação

ID CEF


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