O Corinthians apresentou na tarde de terça-feira os detalhes do projeto “revolucionário” de patrocínio com o banco BMG. O princípio básico da relação, porém, será o que já faz o São Paulo há dois anos com o

Banco Inter, patrocinador máster: participação sobre a abertura de novas contas.Segundo Andrés Sanchez, presidente corintiano, será criada em até 30 dias uma

plataforma para a abertura de contas digitais chamada “Meu Corinthians BMG”. “É uma coisa nova, inovadora. Teremos uma parceria, não um outdoor na camisa.

Vamos convocar a nação corintiana para abrir conta. Abrindo a sua conta digital gratuitamente, poderá usar todos os produtos do banco. Quando tiver 200 mil contas abertas no Meu Corinthians BMG, teremos uma grande surpresa”, disse.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

BMG e Corinthians repetem modelo do SP

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1169 - QUARTA-FEIRA, 23 / JANEIRO / 2019

Reais por ano fixo receberá o Palmeiras na renovação de contrato com Crefisa e FAM; o acordo será oficializado nesta quarta-feira81mi

O modelo não tem nada de novo. O Banco Inter tem exatamente o mesmo sis-tema com o São Paulo, que fica com uma porcentagem sobre os serviços usados pelo torcedor. Até o banco digital já é personalizado nas três cores do clube.

O mesmo Corinthians também já desenvolveu algo similar com a Caixa, patro-cinadora do time entre dezembro de 2012 e abril de 2017. O torcedor tinha um cartão de crédito da instituição e, conforme utilizava, ganhava pontos dentro de um programa de fidelidade que daria recompensas para utilizar dentro do clube, como visitas e camisas oficiais. A moeda, chamada “coríntios”, foi apresentada em 2014. Em dois anos, o programa ganhou a adesão de apenas 8 mil torcedores e acabou desativado a partir da mudança de diretoria dentro do clube.

Apesar do histórico nada favorável, a diretoria de marketing corintiana segue acreditando que a parceria poderá render frutos. Os royalties mínimos garantidos anualmente são de R$ 8 milhões. Isso fará com que o clube tenha um fixo do BMG de R$ 30 milhões. Para 2019, o valor foi depositado integralmente nesta semana, quando o acordo foi assinado. Ou seja. Só se o clube conseguir uma adesão em massa de torcedores e de assinatura de serviços que ultrapassem esses R$ 8 mi ele conseguirá ter algum dinheiro extra dentro da parceria com o BMG.

“O Corinthians está virando banco. A gente faz simulações, foram feitas várias. Mas, a melhor comprovação da crença do banco é quanto ele está disposto a co-locar no momento. Alguém já ouviu falar de um contrato em que, no primeiro dia, são depositados 30 milhões na conta de um clube? Esse número pode chegar a 50, 60, 70”, disse Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing corintiano.

P E N A LT Y VA I R E M O D E L A R

L O J A S

L O J A D E V Ô L E I É I N A U G U R A D A E M S P

Após investir no varejo on-line, a Penalty dará mais um passo no intuito de aumentar o número de vendas e o faturamento da marca. A fabricante decidiu remodelar todas as lojas físicas para o padrão outlet. O projeto propõe um novo layout para as oito unidades da marca e a criação de uma rede própria, batizada de Outlet Penalty.

De acordo com a marca, o novo lay-out oferecerá uma melhor distribuição das categorias de produtos (bolas, calça-dos, confecção e acessórios) e também dos itens que compõem coleções atuais e antigas. A primeira a seguir o novo formato será a unidade de Campinas, no interior de São Paulo.

O vôlei ganhou uma loja exclusiva da modalidade na cidade de São Paulo. Antes apenas no e-commer-ce, a loja “Saque Viagem” decidiu apostar em uma iniciativa inédita e inaugurou um showroom destina-do ao esporte mais praticado pelos brasileiros após o futebol. O lançamento foi no último sábado (19) e contou com a participação da ex-levantadora Fofão, campeã olímpica e ex-capitã da seleção brasileira. A loja conta com uniformes atuais e também retrôs.

O P I N I Ã O

Corinthians colocará modelo à prova

OCorinthians havia prometido fazer do patrocínio com o BMG uma revolução. Na prática, o modelo que o clube apregoa ser revolucionário nada mais é do que o princípio básico de marketing no esporte. Não li-

mitar o patrocínio à exposição de marca, incentivando empresa e clube a trabalharem para gerar o máximo de retorno financeiro aos dois com essa relação.

O problema, nesse caminho, é que o próprio Corinthians tem um histórico pa-voroso de sucesso na implementação desse modelo. Em 2000 e 2001, com a Pepsi, já havia sido criado o conceito de atrelar a meta de bônus do patrocínio ao aumento de venda de produtos. A empresa fez estardalhaço criando uma propaganda em que dizia que a “Pepsi é da Fiel”, levando para o supermercado a lata personalizada com o escudo do time. Nunca, até então, uma marca havia se apropriado de um clube. O re-

sultado em vendas, porém, não aumentou sensivelmente a participação de mercado da Pepsi, que depois abandonou a tática.

No próprio Corinthians, como reve-lamos hoje em nossa matéria, o projeto de ter o cartão de crédito da Caixa e o sistema de fidelidade com o torcedor tiveram ade-são de apenas 8 mil pessoas em dois anos.

Agora, o modelo é ainda mais com-plexo. Abrir conta em banco digital é sim-ples. Sem cobrar taxas do consumidor, esses bancos têm conseguido gerar novos

clientes. Mas como é o engajamento dele com a instituição? Se nem lata de refrige-rante ou cartão de crédito leva o torcedor a se engajar, o que dirá colocar seu suado dinheiro para um banco que não tem credibilidade como os mais tradicionais?

O São Paulo e o Banco Inter enfrentam, atualmente, esse dilema. Possuem boa adesão de novos clientes, mas não conseguem convertê-los, de fato, em consumidores do banco. Como o diferencial é a isenção de taxas, você se transforma em nada além do que um CPF a mais para o cadastro do banco. Dinheiro que é bom, porém...

Marqueteiramente, Andrés Sanchez joga para a torcida a responsabilidade de fazer o negócio andar, prometendo novidade se o banco Meu Corinthians BMG tiver 200 mil correntistas. Muito possivelmente essa é a meta traçada entre os dois (patro-cinador e clube) para dar ao banco o naming right da Arena Corinthians.

O problema é que o dinheiro próprio é um bem precioso demais para arriscar. O torcedor abrir a conta digital não será problema. Colocar e movimentar dinheiro lá dentro é que é difícil. Esse é o modelo que o Corinthians pode colocar à prova.

Adesão de clientes a banco digital não

é o problema; entrave é fazer o cliente

levar seu dinheiro para o banco

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

Paulistão tem recorde de público

no século

A Street League Skateboarding (SLS), liga americana de skate que é responsável pelos principais eventos da modalidade, fechou um acordo para ser representada pela agência Effect Sport no Brasil. A ideia é fazer com que mais eventos da mo-dalidade sejam realizados no país, a exemplo do SLS Super Crown, que teve uma etapa realizada no início do ano na Arena Carioca 1, dentro do Parque Olímpico do Rio.

“Está claro que o Brasil é, cada vez mais, um mercado importante para as grandes ligas esportivas que buscam, via ações digitais e conteú-do ao vivo, ganhar mais relevância no nosso mercado”, afirmou Pedro Rego Monteiro, CEO da Effect.

J O G O S FA Z E M L I G A D E S K AT E I N V E S T I R N O B R A S I L

O campeão olímpico Cesar Cielo será a grande atração do Sesc Verão

2019, evento que teve início em 5 de janeiro e vai até 5 de março nas 39 unidades do Sesc no Estado de São

Paulo. O nadador, que acabou de dis-putar o Mundial de Piscina Curta em

Hangzhou, na China, em dezembro, e conquistou duas medalhas de bronze,

estará no Sesc Santana no próximo domingo (27). O evento está marcado

para começar às 11h, e a presença de qualquer interessado é gratuita.

SESC DE SP PROMOVERÁ

EVENTO DE NATAÇÃO COM

CESAR C IELO

POR REDAÇÃO

A primeira rodada do Campeonato Paulista bateu recorde de público neste ano. Com 10,5 mil torcedores por partida, em média, o torneio teve a melhor estreia deste século.

Desde o lançamento do novo formato do torneio, com apenas 16 times, em 2017, as rodadas iniciais têm demons-trado crescimento. Naquele ano, o número de torcedores por partida ficou em 7 mil pessoas, segundo dados informa-dos pela Federação Paulista de Futebol.

Além do novo formato, o crescimento de público dos gran-des times nos últimos anos tem puxado o Estadual. Na pri-meira rodada do Paulistão, o melhor número foi apresentado pelo Corinthians, com mais de 30 mil pessoas em Itaquera. O time bateu os R$ 1 milhão em bilheteria já na primeira ro-dada. O São Paulo também teve bom resultado com 20 mil pagantes presentes no Morumbi. O Palmeiras, mesmo sem o mando de campo, levou quase 10 mil pessoas a Campinas.

Em comparação, em 2014, quando as novas arenas ainda não haviam sido inauguradas, a primeira rodada do Campe-onato Paulista teve apenas 4,9 mil pessoas por partida.

O pior número do século permanece em 2002, quando menos de 1,5 mil pessoas por partida assistiram ao torneio. Naquele ano, no entanto, as principais equipes do Estado não disputaram o Paulistão, com o Rio - São Paulo ampliado.

Neste ano, em oito jogos o Paulistão levou 84,4 mil pesso-as aos estádios no total. É um crescimento de 48% em rela-ção à rodada inicial de 2017, com o mesmo formato.

POR ERICH BETING

Os passageiros que embarcarem em mais de 700 aviões em todo o mun-do no próximo final de semana (25 a 27 de janeiro) poderão assistir a seis partidas ao vivo da Bundesliga em pleno voo. Os jogos serão trans-

mitidos pelos canais de esportes ao vivo Sport 24 e Sport 24 Extra, que pertencem e são operados pela IMG e passam em companhias aéreas e cruzeiros marítimos.

De acordo com a Bundesliga, entre as companhias que aderiram à ideia está a Lufthansa, principal empresa do setor na Alemanha. Os jogos a serem transmitidos são: Hertha Berlin x Schalke, na sexta (25); Borussia Dortmund x Hannover, Werder Bremen x Eintracht Frankfurt e Borussia Mönchengladbach x Augsburg, no sábado (26); Bayern x Stuttgart e Fortuna Düsseldorf x Red Bull Leipzig, no domingo (27).

Durante a semana e no final de semana, haverá uma ampla campanha nas mídias sociais da própria Bundesliga e do Sport 24 com o objetivo de informar a novidade aos passageiros. Alguns fãs ainda poderão ganhar experiências oferecidas pela liga alemã ao interagirem com os canais do Sport 24 no Twitter ou no Facebook.

“A Bundesliga é reconhecida como uma das ligas mais importantes do planeta, com a maior média de público em estádio no mundo e o maior número de gols por jogo entre as cinco maiores ligas europeias. Temos o prazer de transmitir a cobertura ao vivo de seis jogos ao longo de três dias. Nosso portfólio inclui agora 13 companhias aéreas de prestígio em todo o mundo, e estamos especialmente entusiasmados por nossos passageiros da Lufthansa, maior companhia aérea ale-mã”, declarou Richard Wise, vice-presidente de canais e conteúdo da IMG.

O Sport 24 já exibe a Premier League e a Liga dos Campeões, entre outros.

Em acordo, Bundesliga leva jogos a 700 aviões

5

POR REDAÇÃO