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O banco BMG parece ter voltado a ser a tábua de salvação para clubes sem patrocínio após a saída da Caixa do futebol. O movimento é similar ao do fim da década de 2000 e começo da de 2010, quando o banco passou a investir em vários clubes órfãos do patrocínio da montadora Fiat e, de- pois, estendeu o aporte a diversas equipes, chegando a ter metade dos clubes patrocinados na Série A do Campeonato Brasileiro de 2011. A novidade da vez foi o Atlético Mineiro, que surpreendeu no último domingo ao entrar em campo pelo Campeonato Mineiro usando o logotipo do BMG no espaço máster do uniforme. Por ora, o acordo é pontual. Antes da partida, clube e empresa se manifestaram sobre a parceria dessa maneira, mas deram claras pistas O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING BMG vira de novo a solução para os clubes 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1167 - SEGUNDA-FEIRA, 21 / JANEIRO / 2019 Mil libras receberá o treinador José Mourinho, por partida, para ser comentarista do canal BeIN Sports, no Reino Unido. 60 mil

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O banco BMG parece ter voltado a ser a tábua de salvação para clubes sem patrocínio após a saída da Caixa do futebol. O movimento é similar ao do fim da década de 2000 e começo da de 2010, quando o banco

passou a investir em vários clubes órfãos do patrocínio da montadora Fiat e, de-pois, estendeu o aporte a diversas equipes, chegando a ter metade dos clubes patrocinados na Série A do Campeonato Brasileiro de 2011.

A novidade da vez foi o Atlético Mineiro, que surpreendeu no último domingo ao entrar em campo pelo Campeonato Mineiro usando o logotipo do BMG no espaço máster do uniforme. Por ora, o acordo é pontual. Antes da partida, clube e empresa se manifestaram sobre a parceria dessa maneira, mas deram claras pistas

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

BMG vira de novo a solução para os clubes

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1167 - SEGUNDA-FEIRA, 21 / JANEIRO / 2019

Mil libras receberá o treinador José Mourinho, por partida, para ser comentarista do canal BeIN Sports, no Reino Unido.60 mil

de que era não será limitada à estreia no Estadual. Segundo o jornal “O Tempo”, de Belo Horizonte, o contrato entre clube e empresa será de dois anos.

“O Banco BMG e o Atlético iniciaram as tratativas de uma nova parceria. Os detalhes do modelo do negócio, que vai além do patrocínio, serão divulgados na próxima semana”, afirmou o clube no Twitter. A expressão “além do patrocínio” tem sido usada com frequência pelo banco para falar do aporte ao Corinthians.

Confirmado o negócio, o BMG volta à estratégia de apostar em mais de uma equipe. A empresa chegou a ter, em 2011, quase 20 times em diversas divisões do Campeonato Brasileiro. No próprio Atlético Mineiro, o banco já é um parceiro an-tigo. Entre as temporadas de 2010 e 2014, a empresa foi patrocinadora do clube.

Assim como aconteceu com o Corinthians, ainda está pouco claro o modelo de negócio a ser adotado pelo BMG neste novo período no futebol. Com o time pau-lista, a única novidade do fim de semana foi algumas ativações nas redes sociais, com uma brincadeira com camisas escondidas por cantos de São Paulo.

Quanto ao Atlético Mineiro, a chegada do BMG alivia de forma imediata a saída da Caixa. A antiga patrocinadora máster da equipe deixou o futebol neste ano. Além da marca do banco, o clube também anunciou a chegada da Auto Truck, que terá o logotipo no calção do uniforme até o fim da atual temporada.

O BMG ainda tem conversas com o Vasco para voltar a estampar a marca na camisa do clube. No ano passado, a marca de banco digital Help esteve no Vasco em forma de patrocínio pontual, e o banco também patrocinou o time em 2011.

I M A G E M D A S E M A N A

SANTOS HOMENAGEIA

CIDADE EM ESTREIA

Sem ainda um patrocínio máster para a temporada de 2019, o Santos

resolver fazer uma homenagem à cidade que dá nome ao time; com símbolos do município, o time lembrou o

aniversário do local, celebrado no dia 26

O P I N I Ã O

Por que o BMG virou salvador da pátria?

Desde a segunda metade dos anos 2000, quando a Fiat fez uma investida pesada no patrocínio a vários clubes de uma só vez, que o futebol brasilei-ro entrou numa ciranda complicada de dependência de “eras” de marcas

patrocinando, em bloco, diversos times sem um critério bem definido de ação.O projeto da Fiat durou apenas um ano. Depois, quando a montadora percebeu

que a economia do país começava a esfriar, desistiu de ser o “carro oficial” do futebol. A Hypermarcas aproveitou esse hiato para estampar diversas camisas, mas logo o fôlego acabou. Aí veio o BMG, num misto de investimento que envolvia patrocínio e participação em compra e venda de jogadores. Aí foi a vez de a Fifa estreitar o cerco para esse tipo de fatiamento de atletas que o negócio ruiu. E então chegou a Caixa.

Por que o futebol se tornou dependente dessas “eras” de patrocínios é um fato curioso. Até a primeira metade dos anos 2000, o Brasil conseguia ter uma indústria de patrocínio esportivo relativamente bem estruturada. Os clubes grandes ostenta-vam patrocínios de multinacionais ou de gigantes nacionais, que entendiam o valor de ser a única marca exposta na camisa e, também, de ativar esse patrocínio.

O negócio começou a enroscar quando a crise mundial de 2008 pegou forte nas multinacionais. Como, no Brasil, a econo-mia se manteve aquecida, as empresas reti-

raram os patrocínios por aqui e enviaram os lucros para salvar os balanços mundiais.Foi aí que o Brasil começou a recorrer a uma marca que virasse tábua de salvação

para vários clubes. Em meio a isso, o projeto de Ronaldo no Corinthians, em que ex-posição de marca virou a única moeda de troca do futebol, reforçou o conceito. Para completar o quadro, as empresas nacionais cresciam a galope e precisavam ostentar na camisa do futebol, turbinado pelo Brasil de Copa do Mundo e Olimpíadas.

Tudo isso causou uma corrida desenfreada de marcas no futebol sem qualquer crité-rio e sem tamanho para, além do exposição da marca no patrocínio, investirem num projeto de ativação da relação com o consumidor. Agora, quando a Caixa vai sair, um novo conceito de governo assume o poder e a economia dá sinais de que parece que quer retomar o crescimento, em vez de reajustarmos o futebol para a realidade de 15 anos atrás, continuamos a pensar num “salvador da pátria” que atenda a todos e, por isso mesmo, não consiga fazer direito nenhum trabalho de ativação de marca.

O futebol precisa parar de viver de “eras” de patrocínios para crescer de forma sólida.

Há 15 anos o futebol deixou de ser

investimento baseado na relação com

o torcedor para ser exposição de marca

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

TNT fecha aporte ao Jogo das

Estrelas do NBB

O Botafogo anunciou nesta quinta-feira (17) um novo patro-cinador. A marca da Fit, empresa de distribuição de combustíveis, ocupará a barra frontal da camisa alvinegra por toda a temporada de 2019. O acordo também contemp-la as camisas de treino e o uniforme da comissão técnica.

Ainda segundo o contrato, a Fit terá direito a exposição nos back-drops de entrevista e também em placas de publicidade no Estádio Nilton Santos. Há previsão de um série de ativações de marketing a serem promovidas ao longo do ano.

A Fit atende postos de bandeira branca nos Estados de Rio de Ja-neiro e São Paulo.

B O TA F O G O F E C H A C O M D I S T R I B U I D O R A D E C O M B U S T Í V E L

O Fluminense anunciou na sexta-feira (18) uma parceria com a Bnutri, que será a nova fornecedora oficial de

suplementos e alimentos funcionais do clube. Os valores do contrato, que

será válido por toda a temporada, não foram divulgados. Pelo acordo,

todo o elenco do tricolor carioca terá à disposição uma série de mais de 30

produtos voltados à nutrição reparati-va. A parceria, no entanto, será res-

trita ao fornecimento, sem exposição da marca no uniforme.

FLUMINENSE CONSEGUE

PARCERIA COM EMPRESA DE

SUPLEMENTOS

POR REDAÇÃO

Um dia após anunciar a renovação do patrocínio do McDonald’s ao Jogo das Estrelas, o NBB confirmou que a TNT Energy Drink também fará aporte ao evento em 2019. A marca de bebidas energéticas terá os naming rights do Tor-neio de Enterradas que, desta forma, passará a ser chamado de Torneio de Enterradas TNT.

Com o patrocínio, a companhia foca mais uma vez na es-tratégia de apoiar o basquete nacional. Desde 2017, a marca costuma patrocinar diversos eventos do basquete 3x3, como a Copa do Brasil e o Gigantes do 3x3. A modalidade inte-grará os Jogos Olímpicos pela primeira vez em Tóquio 2020.

No Jogo das Estrelas, além de dar nome ao Torneio de Enterradas, desafio que reúne atletas que atuam no NBB em performances que misturam ousadia, criatividade e plastici-dade, a TNT ainda fará outras ativações no evento. A marca usará o grupo “Ginasloucos” durante o “Momento TNT”, a ser realizado nos intervalos dos dois dias de evento. Além disso, promete ativações do lado de fora do Ginásio Pedro-cão, em Franca (SP), local escolhido para o Jogo das Estrelas.

Em 2019, o evento voltará a ser dividido em dois dias, 8 e 9 de fevereiro. Na sexta-feira (8), serão realizados os torneios individuais (Habilidades, 3 Pontos e Enterradas), além de um desafio internacional, tudo ao vivo na ESPN e na Fox Sports. Já no sábado (9), às 14h, acontecerá o evento principal, com o duelo entre NBB Brasil e NBB Mundo. Além da ESPN e da Fox Sports, a Band transmitirá a partida na TV aberta.

POR ERICH BETING

O Corinthians anunciou no sábado o acerto com mais um patrocinador. A empresa de materiais de construção Joli fechou acordo por um ano com o clube paulista. Com isso, esse é o segundo patrocinador que migra do

São Paulo para o Corinthians no início deste ano. A outra foi a refrigerantes Poty.“Estamos muito felizes por anunciar mais uma grande empresa como patrocina-

dora do Corinthians. O início do ano com o anúncio de novos patrocinadores e a renovação de outros é fruto de um trabalho que a gente vem desenvolvendo des-de o início da atual gestão. Vamos continuar trabalhando para gerar mais receita e tornar o Corinthians ainda mais forte”, declarou Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing do clube, ao anunciar o acerto com o novo patrocinador.

Por trás do acerto, novamente, está a Wolff Sports, de Fábio Wolff. Agência que se especializou no ramo de patrocínios pontuais há alguns anos, a Wolff tem geren-ciado o patrocínios de longo prazo de três marcas: Joli, Poty e Urbano.

As três marcas estavam na camisa do São Paulo até o ano passado. Só a empresa alimentícia renovou o vínculo com o Tricolor em dezembro, permanecendo por mais um ano. Poty e Joli ficarão no Corinthians até dezembro de 2020.

Com o acerto, a Wolff segue ampliando a influência sobre três dos quatro grandes clubes paulistas. Além de Corinthians e São Paulo, o Santos tem dois patrocínios vinculados à agência. O grupo Algar na camisa do time principal e a Poty como apoiadora das categorias de base da equipe santista. Recentemente, a agência foi responsável pela gestão das placas de publicidade do amistoso de pré-temporada entre Corinthians e Santos, na arena do clube na capital paulista.

Corinthians tira mais um patrocínio de rival

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POR REDAÇÃO