número 18 | setembro 2009 · fotos: cmb e joaquim pedro ferreira. design e paginação: rostos da...

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número 18 | Setembro 2009 REVISTA DE AMBIENTE DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MATA NACIONAL DA MACHADA E SAPAL DO RIO COINA Impresso em papel reciclado

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número 18 | Setembro 2009

REVISTA DE AMBIENTE DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MATA NACIONAL DA MACHADAE SAPAL DO RIO COINA

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FICHA TÉCNICA

A Vez da Mata da MachadaDefini no início do mandato, como objectivo estratégico, colocar a Mata da Machada como uma prioridade nas preocupações dos barrei-renses e na agenda política do município. Julgo ter alcançado esse objectivo.Penso que conseguimos alterar determinados hábitos e mentalidades, conseguimos aproxi-mar os barreirenses do seu património natural, levando-os a preservar, a usufruir, a sentir e a viver o que de melhor o Barreiro tem: a Mata da Machada.Fizemos muito, mas reconhecemos que muito há ainda por fazer. Fizemos o levantamento da fauna e flora da Mata da Machada, com o objectivo de diagnos-ticar e potenciar a biodiversidade na definição de uma estratégia integrada neste espaço.Implementámos um novo circuito de manuten-ção e criámos circuitos pedestres. Com a “Ma-chada em Família”, conciliámos o potencial que este espaço tem para o lazer, desporto, activi-dades ao ar livre e de sensibilização ambiental, com o fortalecimento dos laços familiares.A promoção da vigilância da Mata da Machada também tem vindo a ser realizada. Durante a época de incêndios, temos várias dezenas de jovens a vigiar este espaço, precavendo assim eventuais fogos florestais. Exigimos sempre que o Estado assumisse as suas responsabilida-des, ou seja, a limpeza do espaço como forma de prevenção contra os fogos.Também o Centro de Educação Ambiental (CEA) tem ao longo destes últimos dois anos e meio contribuído para alertar e ensinar, todas as ge-rações, sobre formas de preservação e valoriza-ção ambiental, com vista ao desenvolvimento sustentável e ao exercício de uma cidadania responsável.Entre a realização dos ATL´s e as visitas das es-colas do concelho e da região, são milhares os jovens que anualmente têm contacto com o CEA, que recentemente sofreu melhorias signi-ficativas nas suas instalações.A importância da Mata da Machada para o con-celho do Barreiro foi transportada para o pa-pel, através da edição de um livro de prestígio Machada – Entre a Cidade e a Fábrica, sendo este um contributo para um mais amplo e dig-

no conhecimento deste local.Foi editado ainda um livro que leva as crianças a desco-brir a Mata da Ma-chada, explicando de uma forma sim-ples, objectiva e divertida a impor-tância da história, do património, da fauna e a flora daquele que é o espaço verde mais importante do concelho do Barreiro.Importa ainda referir que os primeiros frascos com mel produzido na Mata da Machada já fo-ram distribuídos durante a realização dos ATL´s de Verão.Todo este investimento foi feito num espaço que ainda não é da responsabilidade da Autar-quia, mas sim do Estado, através da Autoridade Florestal Nacional (AFN). Por proposta minha, foi aprovada a transferência da gestão deste espaço, do Estado para a Autarquia. Falta ainda a definição do modelo de gestão e do âmbito da transferência, cuja concretização poderá ser para breve, se houver vontade política. Espe-remos que os políticos da nossa terra, todos, possam ter visão e capacidade para perceber a dimensão desta transferência que nos vai res-ponsabilizar mas que também, garantidamen-te, muito nos vai beneficiar. A Machada que, corresponde a 12 por cento do território do concelho, pode representar para o Barreiro uma oportunidade de desenvolvimen-to económico, de qualidade de vida e bem-estar, de marca diferenciadora, que muitas cidades dariam tudo para ter.

Também aqui estaremos a construir hoje, um melhor Barreiro amanhã.

Bruno Vitorino• Vereador do Ambiente

Câmara Municipal do Barreiro• Presidente do Conselho

de Administração da S. energia• [email protected]

Câmara Municipal do BarreiroRua Miguel Bombarda2830-355 Barreiro

Divisão de Sustentabilidade AmbientalRua Stinville nº142830-144 BarreiroTel.: 21 206 80 42 – Fax: 212 068 248Linha Verde: 800 205 681

Centro de Educação Ambientalda Mata Nacional da Machadae Sapal do Rio CoinaTel.: 212 153 114 - Tel./Fax: 212 141 186E-mail: [email protected]

Coordenação de Edição e Redacção:Divisão de Sustentabilidade Ambiental

Fotos: CMB e Joaquim Pedro Ferreira

Design e Paginação:Rostos da Cidade

Impressão: Gráfica, Lda.Praceta José Sebastião e Silva, lote 50Parque Industrial do Seixal2840-072 Aldeia de Paio Pires

Depósito legal n.º: 288714/09 Data de Edição: Setembro de 2009

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CLICK ! – FOTOREPORTAGEM

Mata Nacional da MachadaCom uma área de cerca de 380 hectares, a Mata Nacional da Machada é a maior mancha verde contínua do concelho do Barreiro, sen-do por isso considerada o “Pulmão da Cidade”. Encontra-se situada no centro da Península de Setúbal, entre as freguesias de Coina, Palhais e Santo António da Charneca.Anteriormente designada por “Mata Real”, foi mandada plantar em meados do século XV, com o propósito de fornecer madeira para a construção das embarcações que levaram o povo português à descoberta do mundo. Tam-bém aqui foi edificado um forno cerâmico, onde eram cozidas peças do quotidiano, como pratos, malgas e lucernas, e as formas do bis-coito e para a purga do açúcar. Afinal, a Mata fornecia não só a madeira para alimentar este forno, como também areias e a água para a produção das peças. Ali perto foram também

edificados os 27 pequenos fornos que coziam o biscoito, preparado com a farinha moída no moinho de maré, e que era enviado para Lis-boa para abastecimento das armadas.Actualmente, a Mata Nacional da Machada apresenta-se como um local privilegiado para actividades de desporto, recreio e lazer. O par-que de merendas e os diversos fontanários estão à disposição de todos aqueles que pre-tendam passar um dia diferente, ao ar livre.O Centro de Educação Ambiental recebe as escolas do Barreiro, e dos concelhos vizinhos, com actividades e projectos na área da sensibi-lização e preservação ambiental. São diversas as actividades que se realizam na Mata, per-mitindo divulgar este espaço e promovendo o contacto com a natureza, seja através da ac-tividade física, do enriquecimento do conhe-cimento patrimonial e natural ou meramente

através de actividades lúdicas.Este património natural, que cabe a todos nós preservar e acarinhar, é rico em biodiversidade e está à espera da sua visita.Bem-vindo à Mata Nacional da Machada!

Parque de merendas

Campo arqueológico

Flora

Fonte

Sapal do Coina

Fauna

Lago

Percursos interpretativos

Apicultura

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4 paisagens

O Centro de Educação Ambiental da Mata Nacio-nal da Machada e Sapal do Coina (CEA) surge da necessidade de valorizar, do ponto de vista eco-lógico, a Mata e o Sapal, bem como da urgência em zelar pela conservação e manutenção destes espaços.

Numa cidade indubitavelmente marcada pelo estigma da poluição, a Mata Nacional da Macha-da e o Sapal do Coina assumem-se como áre-as naturais vitais, merecedoras de visibilidade acrescida. Tendo como base a importância que a floresta tem no equilíbrio dos ecossistemas, esta assume-se como fio condutor no desenvol-vimento de várias acções. Desta forma, o Cen-tro de Educação Ambiental impõe-se como um espaço privilegiado para o desenvolvimento de programas de sensibilização e educação cívica e ecológica, através de áreas temáticas como a

floresta, a conservação da natureza, a água, os resíduos, a arqueologia e a energia.

Aberto a toda a população, o CEA recebeu já cerca de 5000 visitas desde a data de abertura, entre munícipes, escolas, grupos de idosos, asso-ciações e outros grupos organizados, sem esque-cer o apoio que presta em várias iniciativas que têm lugar na Mata.

Após 4 anos de funcionamento, foram instala-dos este ano equipamentos de climatização com o objectivo de proporcionar cada vez melhores condições aos seus visitantes. Foi também ad-quirida uma ETAR compacta, de modo a tratar as águas residuais provenientes do CEA, contri-buindo assim para a sustentabilidade ambiental daquele espaço.Estão programadas outras obras de melhora-

mento e conservação do edifício, para breve. Segundo o Vereador do Ambiente, Bruno Vito-rino, “estes investimentos permitem dar mais condições aos utilizadores do CEA. Afinal, este tem um papel essencial na protecção e promo-ção da Mata da Machada, permitindo uma maior interacção entre a população e este espaço.”.

Centro de Educação Ambiental

Todos sabemos que as interrupções lectivas são sinónimo de tempo livre. Tempo livre para brin-car, para passear…. E porque não para aprender?A pensar nisto, a Divisão de Sustentabilidade Ambiental da Câmara Municipal do Barreiro, de-senvolve um programa anual de ATL’s que têm lugar no Centro de Educação Ambiental (CEA), durante as férias escolares.

Desde 2005, foram já cerca de 1200, as crianças que o CEA recebeu nesta iniciativa. Os pais reco-nhecem as vantagens das actividades ao ar livre

e a pequenada sabe de antemão que cada dia será uma aventura.

Durante uma semana (Natal e Páscoa) ou uma quinzena (Verão), grupos de 30 crianças, acompa-nhadas de monitores, desenvolvem diariamente actividades na Mata da Machada. É neste cenário que aprendem acerca da importância da protec-ção da natureza, da necessidade de reciclar e uti-lizar as energias renováveis, que se divertem com a caça ao tesouro, os percursos de orientação, os passeios de bicicleta, e onde dão asas à criativida-

de com artes plásticas e gastronomia.A Educação Ambiental assume, nos dias de hoje, uma importância cada vez maior, e é inegável o forte contributo que as acções educativas conti-nuadas têm na formação da personalidade das crianças e jovens. Talvez também por isso seja tão grande o sucesso destes ATL’s.

Assim o comprova o testemunho de um encarre-gado de educação, Carlos Matoso, que nos afir-ma: “Antes de mais, considero o ATL da Mata da Machada, uma excelente ideia e quero dar os meus sinceros parabéns a quem a teve!... É óptimo poder dar ao meu filho a oportunidade de um contacto privilegiado com a natureza (tão importante para nós, porque o facto de usarmos da razão não nos dispensa a condição animal, e porque o ambiente urbano e as rotinas que mais cedo ou mais tarde acabamos por adoptar limitam esse contacto). E “privilegiado” porque para além de intenso, esse contacto é excepcio-nalmente orientado e acompanhado por toda a equipa de monitores, jovens altamente compe-tentes e motivados, verdadeiros alquímicos das componentes diversão e ensinamento! Tudo isto é de facto muito, e vemo-lo reflectido no rosto das crianças quando as vamos buscar: um sorriso imenso!... É uma satisfação vê-los assim!... e é por isso que agradeço.”

A Maria participou numa das quinzenas de acti-vidades e contou-nos com grande entusiasmo: “Eu gostei de tudo!... gostei muito do jogo das pistas e da piscina. E também gostei muito dos outros meninos.”.

Bruno Vitorino, Vereador responsável pelos ATL’s, diz-se muito satisfeito com a aposta que foi feita nesta área: “Valeu a pena o esforço da autar-quia!”, e agradece aos técnicos da DSA, da Asso-ciação TOU e a todos os monitores, a dedicação e trabalho desenvolvido.

ATL’s da Machada

Actividades de Tempos Livres

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Numa cidade, como o Barreiro, com uma densidade populacional elevada e em que o espaço edifica-do ocupa uma área significativa, uma área como a Mata Nacional da Machada ganha um relevo pri-mordial.

Os barreirenses desde sempre procuraram esta mancha florestal para momentos de lazer, como a prática desportiva ou mesmo para os agradáveis pi-queniques de Verão.Assim, a Divisão de Sustentabilidade Ambiental, com base no conceito da Família, enquanto núcleo fundamental de qualquer sociedade, e tendo por cenário a Mata da Machada, como local propício à prática de actividades tão diversas, criou a iniciativa Machada em Família.

Desde 2006, e durante os fins-de-semana de Ju-nho, quem se desloca à Mata Nacional da Macha-

da tem ao ser dispor: desportos radicais, BTT, jogos de aventura, saídas de campo para observação de aves, orientação, percursos pedestres, ginástica, jo-gos tradicionais, insufláveis, laser games, jogos de água, entre outros.Pretende-se que a família tenha um dia diferente na Mata, promovendo-se actividades para todas as faixas etárias, desde os mais jovens aos mais ido-sos.

O sucesso da Machada em Família é possível graças à colaboração de diversas entidades que se empe-nham em tornar a Mata da Machada num espaço dos barreirenses e para os barreirenses. Agrupa-mentos de escuteiros e ginásios do concelho têm vindo a participar nesta iniciativa, numa estreita colaboração com a Autarquia. Um dos participantes afirma-nos que “é muito posi-tiva a divulgação da Mata da Machada e o contacto

com a natureza, com algumas modalidades que não são muito conhecidas do público. É também impor-tante apostar no tempo que os pais passam com os filhos”.

A prática desportiva ao ar livre tem, sem dúvida, outra motivação. E muitos são aqueles que elegem a Mata Nacional da Machada para praticar desporto.Neste sentido, a Divisão de Sustentabilidade Am-biental da Câmara Municipal do Barreiro, procedeu à substituição do circuito de manutenção já existen-te, que se encontrava bastante degradado.Assim, desde o mês de Maio, os utilizadores da

Mata têm ao seu dispor este novo equipamento com cerca de 3km de extensão. Ao longo das 17 estações, é possível executar os exercícios ilustrados nas placas informativas, de acordo com o ní-vel de exigência pretendido: verde – acessível; amarelo – moderado; vermelho – exigente.

Este circuito, pela sua polivalência, é bastante completo, uma vez que permite aos praticantes de diferen-tes faixas etárias e com diferentes níveis de preparação física adequarem o treino à sua condição, possibilitando a utilização de todos.O treino será intensificado gradualmente, tendo início numa zona de aquecimento. Segue-se uma segunda zona, onde a actividade física é agora con-creta, atingindo a sua carga máxima. O último con-junto de aparelhos permite entrar na terceira fase do treino, onde os exercícios propostos permitem

retomar a calma e repor os níveis basais do orga-nismo, como a respiração e a frequência cardíaca.

Na opinião de Hélder Abrantes, professor de Educa-ção Física, personal trainner e instrutor de Fitness, este “é um circuito bem elaborado, que combina, de forma diversificada, exercícios de força, resistên-cia, habilidade e destreza motora, feitos num am-biente saudável e agradável”.

Machada em Família

Circuito de Manutenção

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Entenda-se como matagais, as formações densas e dominadas por es-pécies lenhosas com porte arbustivo alto a arbóreo. São facilmente identificados, desenvolvendo-se em vários locais, tais como: na orla dos bosques; nos pinhais; em áreas florestadas onde o coberto arbóreo é pouco denso; em áreas onde ocorreu desmatação e corte de árvores; e em zonas que evoluíram de perturbações, como o fogo.Dado que formam zonas quase impenetráveis e extremamente den-

sas, os matagais tornam-se muito importantes como refúgios de fauna.

Carrascais

Exclusivos de solos calcários e pouco exigentes ao nível das tempe-raturas, requerem no entanto alguma humidade para a sua prolife-ração. Os carrascais formam matagais geralmente densos e habitual-mente dominados por carrascos (Quercus coccifera). Este tipo de mato é constituído principalmente por arbustos esclerófilos (adaptados ao stress hídrico do Verão) e arbustos pirófilos (adaptados ao fogo). Como exemplos de espécies que facilmente são identificadas em carrascais, temos: espargo-bravo (Asparagus aphyllus), espinheiro-preto (Rham-nus oleoides subsp. oleoides), zambujeiro (Olea europaea var. sylves-tris), murta (Myrtus communis), aroeira (Pistacia lentiscus), trepadeiras como salsaparrilha-brava (Smilax aspera), entre outras.

Silvados

Muito comuns na Mata Nacional da Machada, estes são matagais que geralmente acompanham as linhas de água e que se encontram perto de zonas húmidas. São constituídos maioritariamente por plantas tre-padeiras e espinhosas, como são exemplo: as silvas (Rubus ulmifolius), as madressilvas (Lonicera peryclimenum), os pilriteiros (Crataegus mo-nogyna), a salsaparrilha-bastarda (Smilax aspera), a uva-de-cão (Ta-mus communis), entre muitas outras.Sendo muitas vezes encaradas como nefastas, tais formações são, na verdade, de grande importância para a redução da erosão dos solos e protecção de linhas de água, para a manutenção de um microclima nessas margens, bem como pelo fornecimento de abrigo e alimento para diversas espécies de fauna.

Matagais de Aroeira

Embora muito semelhantes aos carrascais em termos florísticos, não contam com a presença de carrasco (Quercus coccifera). Estes matagais alternam com os carrascais em zonas onde o solo apresenta maiores teores em argila. Ao longo da Mata da Machada são facilmente per-ceptíveis as manchas de matagal de aroeira.

Medronhais

Caracterizam-se por serem matos altos e por se desenvolverem em zonas com alguma humidade e com temperaturas amenas, onde os solos são pouco ou não calcários. Estes matagais são dominados pelo medronheiro (Arbutus unedo), existindo igualmente em abundância, espécies como aderno (Phillyrea latifolia), lentisco (Phillyrea angusti-folia), aroeira (Pistacia lentiscus), murta (Myrtus communis), carrasco (Quercus coccifera), urze-branca (Erica arborea) e espargo-bravo (Aspa-ragus aphyllus), entre muitas outras.

Matagais

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“As novas tecnologias são um mundo de oportunidades”, diz Bruno Vitorino que idea-lizou este projecto. Agarrando uma delas, de-senvolvemos um novo equipamento: prático, portátil, útil e repleto de informação. Surgiu o audioguia. Este mecanismo não é novo do ponto de vista tecnológico, mas sim no âm-bito das actividades que se desenvolvem ao nível do nosso concelho. A possibilidade de ter um aparelho que nos oriente no terreno e que ao mesmo tempo informe acerca da história, importância, pontos de interesse e características mais relevantes de um local, torna esta ferramenta num guia interactivo bastante aliciante. O local escolhido para ser explorado foi a Mata da Machada. Sabemos que esta é uma área extensa, com muitos utilizadores diários, amantes do desporto e da natureza, e que é de extrema importância para o Barreiro. É o maior espaço natural do concelho e dos pou-cos que ainda podemos usar e preservar, de forma a dar à cidade o contorno verde funda-mental para uma melhor qualidade de vida em contexto urbano.E como funciona o audioguia? Um PDA com GPS integrado é a base de todo o processo. Ligando o aparelho, visualizamos no ecrã um mapa da Mata com 3 percursos possíveis: curto, médio e longo. Distinguindo-se por ser intuitivo, tudo o resto será de fácil experimen-tação e desenvolvimento. Seguindo pelo per-curso escolhido, indicado de forma a não nos perdermos, o guia, via satélite, detectará au-tomaticamente pontos-chave no nosso trajec-

to. Com um simples click podemos seleccionar itens com conteúdos de história, fauna, flora e/ou arqueologia, relacionados com o local. Estes conteúdos incluem um texto genérico, locutado e escrito, mas também fotos elucida-tivas e fichas de espécies de animais e plantas que se podem encontrar na Mata da Machada. Toda a actividade funciona como um percurso pedestre interpretativo, que pode ser usado em grupo ou individualmente. Os conteúdos sobre fauna e flora têm por base levantamen-tos realizados no terreno, durante o ano 2009, por equipas de biólogos e poderão ser com-plementados e actualizados continuamente. Para experimentar esta actividade basta fazer uma marcação através do Centro de Educação Ambiental, onde poderá requisitar este apa-relho e conhecer a Mata pelas suas próprias mãos.

AudioguiaPara descobrir a Mata da Machada

Percursos pedestresCom o objectivo de criar condições a todos aqueles que gostam de ca-minhar na Mata da Machada, foram recentemente criados três percursos pedestres, que no seu conjunto representam uma forma de conhecer melhor este espaço e usufruir da sua notável riqueza natural.

Todos os percursos estão devidamente assinalados e têm o seu início e fim junto ao Centro de Educação Ambiental.

Os circuitos englobam três níveis crescentes de intensidade física, não só pela distância a percorrer, mas também pelo próprio relevo do local. Assim sendo, propõe-se um percurso curto (circuito amarelo), com apro-ximadamente 3km, um percurso médio (circuito azul), com aproximada-mente 6km e finalmente um percurso longo (circuito ver-melho), com cerca de 10km.

Foi também criado o Guia do Utilizador da Mata da Macha-da, um folheto com informa-ções úteis de carácter geral e com os vários percursos devidamente marcados num mapa.

8 impressões coloridas

A Mata da Machada, durante cerca de 40 anos foi vigiada pelo Guarda… Machado! Fernando Machado, nascido em Vilarinho de Paranhei-ras, concelho de Chaves e reformado há 9 anos, mas ainda a viver na Mata, contou-nos um pouco da sua história.

Folha Viva - Durante quantos anos foi Guar-da Florestal?

Fernando Machado - Bem, que história tão comprida! Comecei aos 27 anos. Primeiro estive em Viseu, depois em Sintra. Mas tive alguns desentendimentos com a Guarda, e fi-quei de licença, após um inquérito. Nesse pe-ríodo fui para Alemanha, ao serviço de uma fábrica de plásticos, para a qual trabalhava, sediada em Sintra. No entanto, decidi cessar o contrato e voltar à Guarda Florestal.Fui depois para Mértola, onde estive 8 anos. Era muitas vezes destacado para outros servi-ços: estive nos Açores, a trabalhar na Fiscali-zação de Exportação de Arvoredos, fui guarda--costas de alguns ministros… Gostei de todos os sítios onde trabalhei e todos os chefes que tive gostaram de mim.Mas depois pedi para voltar (dos Açores) por-que também tinha saudades da minha mu-lher e das minhas duas filhas.

FV - E como veio parar à Mata da Machada?

FM - As minhas filhas queriam estudar, mas em Mértola não tinham muitas condições. En-tão pedi a um Ministro (ainda do tempo Sa-lazar!) para vir para aqui. E é onde estou há quase 40 anos.Aqui as minhas filhas estavam perto do Bar-reiro e de Lisboa e podiam continuar os es-tudos. Eu tinha a 4ª classe e fui aprendendo, com a experiência… Eram outros tempos. Trabalhava de sol a sol, mas depois do 25 de Abril passei a trabalhar das 8h às 16h.

FV - Como era o seu dia-a-dia?

FM - Passava o tempo a fiscalizar a Mata e os trabalhadores que cá estavam, a limpar a Mata e a trabalhar no viveiro, onde chegaram a trabalhar 40 funcionários. E eram muitas as pessoas que cá vinham comprar plantas.Mas eu não estava sozinho. Éramos quatro. A Mata estava dividida por cantões, 21 no to-tal; por exemplo, o viveiro (onde agora esta o CEA) era o cantão nº6. Eu, de início, era res-ponsável por alguns cantões, mas à medida que os outros guardas se iam reformando, eu ia ficando com as responsabilidades deles. Até que fiquei a tomar conta de toda a Mata.Recebia as ordens dos engenheiros, mas era eu que dirigia os serviços da Mata. Por exemplo, media os metros cúbicos de ma-deira, acompanhava os cortes de pinheiros e marcava-os, quando havia uma encomenda de madeira, fiscalizava os caçadores de pás-saros e de coelhos…este era também serviço florestal.

FV - Houve alguma situação complicada que tenha vivido na Mata?

FM - Não me lembro de nenhuma. Até a nível de incêndios, os que existiram, tiveram ori-gem no exterior, ao pé do cemitério. Outra vez foi um fio de electricidade que rebentou ali na NATO, e que se incendiou. As pessoas gostam da Mata e estimam-na. Aqui sentem-se bem.Há quem diga que está suja, mas as matas são mesmo assim: há sempre mato a nascer e a ser cortado.

FV - Do que é que gostava mais no seu tra-balho?

FM - Gostava muito da parte de fiscalização. Andar por aqui e por acolá, a ver quem estava a fazer mal, ralhar com as pessoas e alertá-las para o que era proibido. Quando não cum-priam com a lei, multava-as. Por exemplo, só se podia apanhar lenha dois dias por semana, e não era permitido trazer corte (machados, foices).

Passados estes anos, as pessoas ainda me co-nhecem e ainda me cumprimentam, quando me vêem.

FV - Que mudanças é que o senhor mais no-tou na Mata?

FM - As pessoas passaram a frequentar mais a Mata. Antes, até era proibido andar de bici-cleta cá dentro. Eu acho bem que tragam as bicicletas e venham passear, até mesmo a pé. Claro que também trouxeram mais lixo. Mas as pessoas precisam deste espaço, o ar puro faz-lhes bem.

FV – Gosta de cá viver? Que mudanças gos-tava de ver na Mata?

FM - Gostava que a Mata, os aceiros, estives-sem mais limpos. Qualquer ponta de cigarro pode despoletar um incêndio. De cá viver? En-tão não hei-de gostar? E hei-de morrer aqui, se Deus quiser. Tenho aqui a minha casa, o meu jardim, tudo arranjado por mim… Fui criado dentro das matas!

Uns minutos com…Fernando Machado

Antigo Guarda Florestal

Voluntariado Jovem para as FlorestasÀ semelhança de anos anteriores, a Câmara Municipal do Barreiro efectuou uma candida-tura ao programa Voluntariado Jovem para as Florestas, do Instituto Português da Juventude. Este ano, contou com a participação de 24 vo-luntários que, entre 16 de Julho e 15 de Se-tembro, asseguraram a vigilância da Mata da Machada, dando o alerta em caso de perigo de incêndio.Trata-se do quarto ano consecutivo que a autarquia assume a coordenação deste pro-grama, tendo já contado com a preciosa co-

laboração de um total de cerca de 175 jovens voluntários do concelho.Na opinião de Cândida Valente, participante no programa deste ano, “as florestas portu-guesas precisam de ajuda, por mais pequena e simbólica que esta seja”. Defender a flores-ta é uma responsabilidade de todos, nem que seja através de um pequeno gesto, como não deixar lixo nas áreas de piquenique das ma-tas, diminuindo assim o risco de incêndios.

eco-páginas 9Vamos aprender?

• Com desperdícios vegetais, pode fazer bo-nitos arranjos para decorar de forma fresca e original a sua casa.

• Tem de começar com uma base sólida, de troncos ou cortiça, à qual vai adicionando outros elementos, como folhas, pequenas flores, pinhas, ou qualquer outro elemento que tenha à disposição.

• Primeiro que tudo estude a forma que pretende. Assim, pode compor o seu arran-

jo para que fique equilibrado, criando vá-rios níveis de altura e alternando entre os elementos mais leves, como as folhas, e os elementos mais pesados, como as bolotas ou pequenos ramos.

• Como resultado final, vai obter um arran-jo ecológico, feito a partir da reciclagem de elementos vegetais. Para além de encher o espaço de alegria e cor, também liberta um leve aroma, consoante os elementos que escolher. Pode por exemplo juntar cascas

de laranja secas ou folhas de eucalipto.

Ficou curioso? Para mais informações, con-tacte Alinarte, através do e-mail [email protected].

Soluções

Quer levar um pouco de natureza para sua casa?

Já conheces as aves da Mata da Machada?

Nesta sopa de letras podes descobrir o

nome de 10 das aves que podes encon-

trar na Mata. Ao lado encontras as respec-

tivas ilustrações. Assim, quando fizeres

um passeio, podes tentar identificá-las.

10 impressões coloridas

Designa-se actualmente por Mata Nacional da Machada, a propriedade pertencente ao Estado Português, constituída pelos antigos pinhais de Vale de Zebro, da Machada e da Esperta. A Quinta da Machada pertenceu ao Convento de Nossa Senhora da Luz da Ordem de Cristo, até 1834, ano em que esta Ordem foi extinta.

Com a extinção das ordens religiosas, a Mata foi então adquirida por um particular, cujos herdei-ros mais tarde a aforaram ao Estado Português, por intermédio do Ministério da Marinha. Em 1836, passou a fazer parte da Administração- -Geral das Matas do Reino, tal como o Pinhal de Vale de Zebro e a Quinta da Esperta, a partir de 1846.

O Pinhal de Vale de Zebro parece ter-se destina-do especialmente ao abastecimento de lenhas para os importantes estabelecimentos de for-nos, onde se fabricava o biscoito de embarque e se procedia ao aprovisionamento de pão para as nossas armadas. Muitos dos navios eram cons-truídos nos estaleiros, que já no reinado de D. Fernando, existiam nas margens do Rio Coina. Admite-se que este pinhal tenha também con-tribuído com madeira para a construção dessas embarcações.

Será ainda de investigar a eventual ligação des-tes pinhais com a fábrica de vidro de Coina, uma das mais antigas do País. A fábrica necessitaria de grandes quantidades de lenha para os for-nos e de areias de qualidade apropriada. O tipo de areias existentes na zona sul da Mata, muito brancas, finas e siliciosas, e os vestígios de um areeiro junto à Quinta da Romagem poderão

eventualmente ter servido para abastecimento da fábrica.

Em 1881 extinguiu-se a Administração-Geral das Matas do Reino, antecessora dos Serviços Florestais, e em 1886, a Mata da Machada já se encontrava sob alçada destes Serviços. Mesmo

depois da queda da mo-narquia e implantação da República, e apesar das sucessivas mudanças dos nomes dos servi-ços oficiais, este espaço manteve-se sempre sob a tutela do Estado.

Actualmente encontra--se sob administração da Autoridade Florestal

Nacional, mais concretamente pela Direcção Re-gional de Florestas de Lisboa e Vale do Tejo. No entanto, a Câmara Municipal do Barreiro tam-bém participa activamente na sua gestão diária, através da limpeza, recuperação e manutenção de infra-estruturas.

Mata da MachadaUm pouco de história…

Mel da MachadaNo início de 2009, tomámos a decisão de ins-talar na Mata Nacional da Machada, um apiário composto por várias colmeias, cuja manuten-ção e tratamentos sanitários são assegurados por um apicultor com larga experiência.Este apiário tem como principais objectivos, tirar partido dos recursos naturais da Mata da Machada e alargar as actividades de educação e sensibilização ambiental, promovidas pelo Centro de Educação Ambiental.

Como resultado da actividade apícola, ex-traiu-se, este ano, aproximadamente 250kg de mel. Trata-se de um mel multifloral, com predominância das flores do eucalipto e do rosmaninho, daí que apresente uma cor clara e tendência para cristalizar.Após certificação sanitária e correcto embala-mento, o mel da Machada encontra-se dispo-nível para distribuição gratuita em actividades promovidas pelo Centro de Educação Ambiental.

síntese 11Acções de LimpezaNos últimos anos, uma das preocupações da Autarquia, em relação à Mata Nacional da Machada, tem sido a prevenção contra o fogo. A preparação deste espaço para a época do ano em que o risco de incêndio é aumentado, tem sido assegurada pela entidade gestora, a Autoridade Florestal Nacional (AFN).Tais trabalhos incidem maioritariamente na limpeza de toda a periferia da Mata e ainda

dos corta-fogos. No corrente ano, e após a Au-tarquia ter demonstrado grande preocupação junto da AFN, tiveram início tais operações, durante o mês de Agosto, acrescidas do ar-ranjo de alguns troços da rede viária. É de salientar o cuidado que houve na elaboração das áreas alvo e na prevenção de alguns pro-blemas de erosão dos solos.Em paralelo com esta limpeza, tida como estruturante, a Autarquia tem desenvolvido outras acções, tanto ao nível da recolha de resíduos provenientes da actividade humana, bem como iniciativas de controlo de infestan-tes e recolha de lixo e monos que, infelizmen-te, ocasionalmente são depositados na Mata. Tais acções têm sido levadas a cabo com a colaboração da população, agrupamentos de escuteiros e associações do concelho.

Os Escuteiros e a Mata da MachadaPara nós, Escuteiros do Agrupamento 586 – Pa-lhais, a Mata Nacional da Machada representa não só o Pulmão Verde da cidade do Barreiro,

mas também um local único onde podemos estar em contacto estreito com a natureza, em todas as suas vertentes, bem como a possibi-

lidade de realizarmos toda uma série de actividades relacionadas com a mesma. Temos o privilé-gio de contarmos com a Mata da Machada, quase nas “traseiras” da nossa sede, o que tornou pos-sível, ao longo do tempo, a nossa estreita relação com este espaço. A Mata da Machada e a sua en-volvente proporcionam-nos uma multiplicidade de oportunidades de interacção, tanto com a natu-reza, como com a nossa história. A título de exemplo, podemos observar as escavações arqueo-

lógicas e o Museu da Escola de Fuzileiros, o ci-clo das aves migratórias que usam o Sapal de Coina como local de descanso na sua viagem Europa/África e vice-versa, visitar o Centro de Educação Ambiental, ou então fazer um sim-ples passeio ou jogo de orientação pelos seus diversos trilhos.Por tudo o que acabamos de dizer, a Mata foi, é, e será sempre um dos locais privilegiados para a realização das nossas actividades, daí que o nosso compromisso como escuteiros passará sempre por:- Usufruir sempre da Mata de uma forma sus-tentada e equilibrada.- Colaborar com as autoridades em todos os aspectos de protecção da Mata.

Agrupamento 586 - Palhais

Com o objectivo de promover a Mata da Ma-chada para além do concelho, bem como valo-rizar este espaço, tão rico em termos naturais, patrimoniais e históricos, a Divisão de Susten-tabilidade Ambiental editou o livro Machada – Entre a Cidade e a Fábrica, uma edição de prestígio com autoria de Paulo Caetano e foto-grafia de Joaquim Pedro Ferreira.

O Vereador do Ambiente Bruno Vitorino, du-rante a apresentação do livro, a 13 de Julho, lembrou o trabalho desenvolvido nesta área

ao longo do mandato, que passou pela realiza-ção de acções na Mata Nacional da Machada, como a Machada em Família ou as actividades do Centro de Educação Ambiental, reforçando que esta área de 380 hectares é “o património natural mais rico que temos no concelho”.

A Autarquia doou 200 exemplares da obra a cada Corporação de Bombeiros, que poderão ser adquiridos pelo público, pelo preço de 12 euros, verba que reverterá para estas institui-ções

MACHADA -Entre a Cidade e a Fábrica

BREVES

12 dicas e sugestões

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O ESPÍRITO DA MATAEdição: Câmara Municipal do Barreiro Autoria: Nuno Caravela

Bem-vindos à Mata Nacional da Machada! Eu vou ser o vosso guia ao longo deste livro. Po-dem chamar-me Espírito da Mata, pois repre-sento o espírito de Conservação e Protecção da Natureza que deve existir em todos nós.

É assim que tem início este livro, que preten-de aproximar e dar a conhecer aos mais novos a Mata da Machada. Ao longo de 32 páginas, e de uma forma lúdica, é focada a importân-cia deste espaço natural, através de uma des-crição da sua fauna e flora e da sua história.Conta ainda com um Guia de Campo onde poderão ser assinaladas as várias espécies observadas num passeio pela Mata, assim como um conjunto de actividades que põem à prova os conhecimentos adquiridos ao longo da obra.

O livro Espírito da Mata está disponível para as crianças que visitem o Centro de Educação Ambiental.

Sugestões

Agenda de Actividades

Dia da Machada

No próximo dia 20 de Setembro será assinalado o Dia da Machada. Com esta iniciativa, a Divisão de Sustenta-bilidade Ambiental pretende promo-ver e incentivar o convívio na Mata, através de um conjunto de activida-des dirigidas a toda a população. Uma vez mais, pretende-se alertar para a importância da preservação deste es-paço, que a todos pertence.Nesta data será também apresentado o audioguia da Mata da Machada e re-alizar-se-ão percursos interpretativos.Para mais informações, contactar a DSA, através do número 212 068 042 ou Linha Verde 800 205 681.

Percurso Histórico

Gostava de saber mais sobre o papel da Mata Nacional da Machada na história do nosso concelho e do nosso país? Poderá fazer uma visita guiada através dos pon-tos que fizeram a história do Barreiro na época dos Descobrimento. Poderá também conhecer o forno ce-râmico de perto.Para mais informações, contactar o Sector de Patrimó-nio e Museus, através do número 212 148 760.

PassatempoCertamente aprendeu bastante sobre a Mata da Machada com

esta edição especial do Folha Viva. Ficou a saber mais sobre a

sua história e biodiversidade, sobre os projectos e actividades

que aqui têm lugar e sobre o papel que a Mata desempenha

na vida de muitas pessoas.Poderá então responder à seguinte pergunta:De que século é o forno cerâmico que foi descoberto na Mata

da Machada na década de 80?No dia 30 de Setembro, as primeiras 10 respostas correctas

enviadas para o e-mail: [email protected] serão

premiadas com o livro Machada – Entre a Cidade e a Fábrica.

Apenas serão válidas as respostas datadas de 30 de Setembro.

Envie igualmente o seu nome e morada. Boa sorte!