nr33 mod.1 definição resposabilidades medidas

66
NR 33

Upload: ana-paula-santos-de-jesus-souza

Post on 16-Dec-2014

3.042 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

módulo de NR 33

TRANSCRIPT

  • 1. 33.1.1 Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mnimos para identificao de espaos confinados e o reconhecimento, avaliao, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurana e sade dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaos.

2. 33.1.2 Espao Confinado qualquer rea ou ambiente no projetado para ocupao humana contnua, que possua meios limitados de entrada e sada, cuja ventilao existente insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficincia ou enriquecimento de oxignio. 3. 33.2 Das Responsabilidades 4. 33.2.1 Cabe ao Empregador: a) indicar formalmente o responsvel tcnico pelo cumprimento desta norma; b) identificar os espaos confinados existentes no estabelecimento; c) identificar os riscos especficos de cada espao confinado; 5. d)implementar a gesto em segurana e sade no trabalho em espaos confinados, por medidas tcnicas de preveno, administrativas, pessoais e de emergncia e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condies adequadas de trabalho; 6. garantir a capacitao continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de emergncia e salvamento em espaos confinados; e) 7. f) garantir que o acesso ao espao confinado somente ocorra aps a emisso, por escrito, da Permisso de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II desta NR; 8. g) fornecer s empresas contratadas informaes sobre os riscos nas reas onde desenvolvero suas atividades e exigir a capacitao de seus trabalhadores; 9. h) acompanhar a implementao das medidas de segurana e sade dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condies para que eles possam atuar em conformidade com esta NR; 10. i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeio de condio de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; 11. j) garantir informaes atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaos confinados. 12. 33.2.2 Cabe aos Trabalhadores: 13. a)colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;b)utilizar adequadamente os meios equipamentos fornecidos pela empresa;e 14. c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situaes de risco para sua segurana e sade ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;d) cumprir os procedimentos e orientaes recebidos nos treinamentos com relao aos espaos confinados. 15. 33.3 Gesto de segurana e sade nos trabalhos em espaos confinados 16. 33.3.1 A gesto de segurana e sade deve ser planejada, programada, implementada e avaliada, incluindo medidas tcnicas de preveno, medidas administrativas e medidas pessoais e capacitao para trabalho em espaos confinados. 17. 33.3.2 Medidas tcnicas de preveno: 18. a) identificar, isolar e sinalizar os espaos confinados para evitar a entrada de pessoas no autorizadas;b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaos confinados; 19. c) proceder avaliao e controle dos riscos fsicos, qumicos, biolgicos, ergonmicos e mecnicos; 20. d) prever a implantao de travas, bloqueios, alvio, lacre e etiquetagem; e) implementar medidas necessrias para eliminao ou controle dos riscos atmosfricos em espaos confinados; 21. f) avaliar a atmosfera nos espaos confinados, antes da entrada de trabalhadores, para verificar se o seu interior seguro; g) manter condies atmosfricas aceitveis na entrada e durante toda a realizao dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espao confinado; 22. h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaos confinados nas reas onde os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se as condies de acesso e permanncia so seguras; i) proibir a ventilao com oxignio puro; 23. j) testar os equipamentos de medio antes de cada utilizao; k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme, calibrado e protegido contra emisses eletromagnticas ou interferncias de radiofreqncia. 24. 33.3.2.1 Os equipamentos fixos e portteis, inclusive os de comunicao e de movimentao vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaos confinados; 25. 33.3.2.2 Em reas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir documento contemplado no mbito do Sistema Brasileiro de Avaliao da Conformidade - INMETRO. 26. 33.3.2.3 As avaliaes atmosfricas iniciais devem ser realizadas fora do espao confinado. 27. 33.3.2.4 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incndio ou exploso em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, fascas ou calor. 28. 33.3.2.5 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundao, soterramento, engolfamento, incndio, choques eltricos, eletricidade esttica, queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputaes e outros que possam afetar a segurana e sade dos trabalhadores. 29. 33.3.3 Medidas administrativas: 30. a)manter cadastro atualizado de todos os espaos confinados, inclusive dos desativados, e respectivos riscos; b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espao confinado; 31. c) manter sinalizao permanente junto entrada do espao confinado, conforme o Anexo I da presente norma;d) implementar procedimento trabalho em espao confinado;para 32. e) adaptar o modelo de Permisso de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II desta NR, s peculiaridades da empresa e dos seus espaos confinados; 33. f) preencher, assinar e datar, em trs vias, a Permisso de Entrada e Trabalho antes do ingresso de trabalhadores em espaos confinados; 34. g) possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permisso de Entrada e Trabalho; h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cpia da Permisso de Entrada e Trabalho; 35. i) encerrar a Permisso de Entrada e Trabalho quando as operaes forem completadas, quando ocorrer uma condio no prevista ou quando houver pausa ou interrupo dos trabalhos; 36. j) manter arquivados os procedimentos e Permisses de Entrada e Trabalho por cinco anos; 37. k) disponibilizar os procedimentos e Permisso de Entrada e Trabalho para o conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalizao do trabalho; 38. l) designar as pessoas que participaro das operaes de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitao requerida; 39. m) estabelecer procedimentos de superviso dos trabalhos no exterior e no interior dos espaos confinados; n) assegurar que o acesso ao espao confinado somente seja iniciado com acompanhamento e autorizao de superviso capacitada; 40. o) garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de controle existentes no local de trabalho; 41. p) implementar um Programa de Proteo Respiratria de acordo com a anlise de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido. 42. 33.3.3.1 A Permisso de Entrada e Trabalho vlida somente para cada entrada. 43. 33.3.3.2 Nos estabelecimentos onde houver espaos confinados devem ser observadas, de forma complementar a presente NR, os seguintes atos normativos: NBR 14606 Postos de Servio Entrada em Espao Confinado; e NBR 14787 Espao Confinado Preveno de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteo, bem como suas alteraes posteriores. 44. 33.3.3.3 O procedimento para trabalho deve contemplar, no mnimo: objetivo, campo de aplicao, base tcnica, responsabilidades, competncias, preparao, emisso, uso e cancelamento da Permisso de Entrada e Trabalho, capacitao para os trabalhadores, anlise de risco e medidas de controle. 45. 33.3.3.4 Os procedimentos para trabalho em espaos confinados e a Permisso de Entrada e Trabalho devem ser avaliados no mnimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver alterao dos riscos, com a participao do Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho - SESMT e da Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA. 46. 33.3.3.5 Os procedimentos de entrada em espaos confinados devem ser revistos quando da ocorrncia de qualquer uma das circunstncias abaixo: 47. a)entrada no autorizada num espao confinado; b) identificao de riscos no descritos na Permisso de Entrada e Trabalho; c) acidente, incidente ou condio no prevista durante a entrada; 48. d) qualquer mudana na atividade desenvolvida ou na configurao do espao confinado; e) solicitao do SESMT ou da CIPA; f) identificao de condio de trabalho mais segura. 49. 33.3.4 Medidas Pessoais 50. 33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaos confinados deve ser submetido a exames mdicos especficos para a funo que ir desempenhar, conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emisso do respectivo Atestado de Sade Ocupacional - ASO. 51. 33.3.4.2 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os espaos confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, conforme previsto no item 33.3.5. 52. 33.3.4.3 O nmero de trabalhadores envolvidos na execuo dos trabalhos em espaos confinados deve ser determinado conforme a anlise de risco. 53. 33.3.4.4 vedada a realizao de qualquer trabalho em espaos confinados de forma individual ou isolada. 54. 33.3.4.5 O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funes: a) emitir a Permisso de Entrada e Trabalho antes do incio das atividades;b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permisso de Entrada e Trabalho; 55. c) assegurar que os servios de emergncia e salvamento estejam disponveis e que os meios para acion-los estejam operantes; d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessrio; e) encerrar a Permisso de Entrada e Trabalho aps o trmino dos servios. 56. 33.3.4.6 O Supervisor de Entrada pode desempenhar a funo de Vigia. 57. 33.3.4.7 O Vigia deve desempenhar as seguintes funes:a) manter continuamente a contagem precisa do nmero de trabalhadores autorizados no espao confinado e assegurar que todos saiam ao trmino da atividade; 58. b) permanecer fora do espao confinado, junto entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados; 59. c) adotar os procedimentos de emergncia, acionando a equipe de salvamento, pblica ou privada, quando necessrio; d) operar os movimentadores de pessoas; 60. e) ordenar o abandono do espao confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condio proibida, acidente, situao no prevista ou quando no puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substitudo por outro Vigia. 61. 33.3.4.8 O Vigia no poder realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados; 62. 33.3.4.9 Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores que adentrarem em espaos confinados disponham de todos os equipamentos para controle de riscos, previstos na Permisso de Entrada e Trabalho. 63. 33.3.4.10 Em caso de existncia de Atmosfera Imediatamente Perigosa Vida ou Sade - Atmosfera IPVS o espao confinado somente pode ser adentrado com a utilizao de mscara autnoma de demanda com presso positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape.