nr 9 - programa de prevenÇÃo de riscos (aula)

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NR 9 - PROGRAMA DE PREVENO DE RISCOS AMBIENTAIS Publicao: Portaria GM n. 3.214, de 08 de junho de 1978 DOU 06/07/78 Alteraes/Atualizaes : Portaria SSST n. 25, de 29 de dezembro de 1994 DOU 30/12/90 (Texto dado pela Portaria SSST n. 25, 29 de dezembro de 1994)

9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaborao e implementao, por parte de todos os empregadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Preveno de Riscos Ambientais - PPRA, visando preservao da sade e da integridade dos trabalhadores, atravs da antecipao, reconhecimento, avaliao e conseqente controle da ocorrncia de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em considerao a proteo do meio ambiente e dos recursos naturais.

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O PPRA um programa de higiene Ocupacional e um dos documentos mais importantes para implementar aes preventivas aos trabalhadores urbanos e rurais que possam estar expostos aos agentes ambientais. O PPRA deve ser elaborado para servir de base na elaborao do PCMSO, alm de ser um elemento importante para a implementao de aes visando eliminao da insalubridade. Por isso PPRA e PCMSO devem estar em sinergia, no pode existir um PCMSO eficaz se no estiver baseado num PPRA atualizado. A legislao previdenciria obriga a elaborao e manuteno do perfil profissiogrfico previdencirio (PPP). A partir de 01/01/2004 o PPP cujo modelo est na IN 27/2008, passou a ser o nico documento a ser exigido do segurado no ato da entrada do pedido de consesso e pode ser feito baseado nas informaes do PPRA.

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9.1.2 As aes do PPRA devem ser desenvolvidas no mbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participao dos trabalhadores, sendo sua abrangncia e profundidade dependentes das caractersticas dos riscos e das necessidades de controle.

9.1.2.1 Quando no forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipao ou reconhecimento, descritas nos itens 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poder resumir-se s etapas previstas nas alneas "a" e "f" do subitem 9.3.1.

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Esta NR se aplica a todas as empresas regidas pela CLT (micro, pequena, mdia e grande seja dos setores industrial, comercirio ou de servios, da rea urbana ou rural), no importando o tipo de atividade, risco ou nmero de funcionrios. O PPRA deve ser elaborado tanto para um escritrio com 40 funcionrios quanto para um posto de gasolina com quatro funcionrios. A diferena entre um e outro a forma de elaborao. No escritrio de contabilidade, basta realizar o reconhecimento, registro e divulgao dos dados. Para o posto de gasolina, devero ser implementadas medidas de controle e monitoramento dos agentes ambientais quantitativos. .

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9.1.3 O PPRA parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservao da sade e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7.

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Um ponto de ateno o a articulao estreita com o PCMSO (programa de controle mdico de sade ocupacional) previsto na NR-07. Cada vez mais vem ocorrendo um trabalho integrado entre os profissionais do SESMT, envolvendo a engenharia de segurana e a medicina do trabalho. Os dados quantitativos provenientes do levantamento ambiental serviro de informao para que o mdico coordenador do PCMSO especifique os exames mdicos de PCMSO. Este aspecto integrado do PPRA com o PCMSO tem sido alvo de fiscalizao, pois muitos PCMSO tm sido elaborados sem uma articulao direta com o PPRA, resultando em documentos incompletos e sem consistncias dentro dos princpios previstos na NR 7 e NR 9. importante evidenciar se o PPRA se encontra alinhado com PCMSO. possvel encontrar nas empresas a realizao do PCMSO sem a existncia de um PPRA. Na prtica este desvio comum principalmente quando estes documentos so elaborados por consultorias.

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9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes fsicos, qumicos e biolgicos existentes nos ambientes de trabalho que, em funo de sua natureza, concentrao ou intensidade e tempo de exposio, so capazes de causar danos sade do trabalhador.

9.1.5.1 Consideram-se agentes fsicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: rudo, vibraes, presses anormais, temperaturas extremas, radiaes ionizantes, radiaes no ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som. 9.1.5.2 Consideram-se agentes qumicos as substncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratria, nas formas de poeiras, fumos, nvoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposio, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo atravs da pele ou por ingesto.

9.1.5.3 Consideram-se agentes biolgicos as bactrias, fungos, bacilos, parasitas, protozorios, vrus, entre outros.

9.2.1 O Programa de Preveno de Riscos Ambientais dever conter, no mnimo, a seguinte estrutura: a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; b) estratgia e metodologia de ao; c) forma do registro, manuteno e divulgao dos dados; d) periodicidade e forma de avaliao do desenvolvimento do PPRA.

9.2.1.1 Dever ser efetuada, sempre que necessrio e pelo menos uma vez ao ano, uma anlise global do PPRA para avaliao do seu desenvolvimento e realizao dos ajustes necessrios e estabelecimento de novas metas e prioridades. 9.2.2 O PPRA dever estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos estruturais constantes do item 9.2.1 9.2.2.1 O documento-base e suas alteraes e complementaes devero ser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cpia anexada ao livro de atas desta Comisso. 9.2.2.2 O documento-base e suas alteraes devero estar disponveis de modo a proporcionar o imediato acesso s autoridades competentes. 9.2.3 O cronograma previsto no item 9.2.1 dever indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA.

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maior ndice de dvidas dos tcnicos que consultam o IN P est relacionado ao PPRA. As principais questes levantadas so sobre quem pode assinar o documento e sobre quem pode fiscaliz-lo. Para aqueles que ainda tm dvidas nesses quesitos, as respostas so simples. O tcnico de segurana do trabalho pode assinar o PPRA e s cabe ao inistrio do rabalho e mprego fazer a fiscalizao. entanto, o tcnico de segurana deve tomar alguns cuidados. No se deve usar a nomenclatura laudo no relatrio de avaliao ambiental que acompanha o PPRA e sim parecer tcnico. ambm no se devem fazer concluses da presena ou no de insalubridade, pois essa questo caracteriza um laudo e segundo o artigo 195 da CL , o laudo uma prerrogativa do mdico do trabalho e do engenheiro. Nota cnica do D n 02, de 18 de fevereiro de 2004, afirma que apenas o competente para fiscalizar o cumprimento da NR-09 e assim o desenvolvimento do PPRA. Isso significa que os fiscais do sistema Crea/Confea no podem fiscalizar o PPRA. ssa confuso ocorre devido a uma resoluo do sistema Crea/Confea que diz que s os engenheiros de segurana podem assinar o PPRA, mas isso em relao a seus pares e no a outros profissionais. rata-se de um ato administrativo que s pode ser aplicado aos engenheiros do sistema e no ao resto da sociedade, pois no tem fora de lei. A No

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o fiscal do sistema Crea/Confea pode fiscalizar se quem est assinando o PPRA um engenheiro de segurana ou um engenheiro civil, por exemplo, o que seria proibido por essa resoluo. as a fiscalizao do desenvolvimento do PPRA como um todo . ele poder fiscalizar a ao do tcnico de segurana, do mdico prerrogativa do do trabalho e do engenheiro de segurana sobre a NR-09 e o PPRA.

Assim

A NR-09 ainda aponta que o profissional encarregado para elaborar, implementar e acompanhar o PPRA deve ser um profissional capacitado para realizar essas atribuies. Fica a critrio do empregador escolher os profissionais capazes, que devem ter o conhecimento tcnico do processo produtivo e os riscos associados ao mesmo assim como de tcnicas de avaliao e medidas de controle. as no h exigncia de que esse deva ser um engenheiro de segurana, ou seja, o tcnico de segurana assim como outro profissional capacitado pode fazer esse trabalho. Fonte: Comunicao e . arketing do

9.3.3

O reconhecimento dos riscos ambientais dever conter os seguintes itens, quando aplicveis: a) a sua identificao; b) a determinao e localizao das possveis fontes geradoras; c) a identificao das possveis trajetrias e dos meios de propagao dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificao das funes e determinao do nmero de trabalhadores expostos; e) a caracterizao das atividades e do tipo da exposio; f) a obteno de dados existentes na empresa, indicativos de possvel comprometimento da sade decorrente do trabalho; g) os possveis danos sade relacionados aos riscos identificados, disponveis na literatura tcnica; h) a descrio das medidas de controle j existentes.

9.3.4

A avaliao quantitativa dever ser realizada sempre que necessria para:

a) comprovar o controle da exposio ou a inexistncia riscos identificados na etapa de reconhecimento; b) dimensionar a exposio dos trabalhadores; c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

A avaliao um processo quantitativo que permite identificar e confirmar a intensidade dos agentes fsicos e/ou concentrao dos agentes qumicos a que o trabalhador se encontra exposto, visando propor e implementar medidas preventivas ou corretivas. A avaliao pode ser classificada de duas formas: ambiental ou biolgica. Ambiental: faz parte do PPRA e visa determinar a concentrao dos agentes seja qumicos, rudo ou outros presentes no ambiente trabalho, visando comprar com valores de referncia, normalmente chamados de limites de referncia. Biolgicos: registro de dados histricos, estes dados so particularmente importantes visam acompanhar a perda auditiva / contaminao a produtos qumicos e etc.

a)

b)

9.3.5.1

Devero ser adotadas as medidas necessrias suficientes para a eliminao, a minimizao ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situaes: a) identificao, na fase de antecipao, de risco potencial sade; b) constatao, na fase de reconhecimento de risco evidente sade; c) quando os resultados das avaliaes quantitativas da exposio dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausncia destes os valores limites de exposio ocupacional adotados pela ACGIH American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociao coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critrios tcnico-legais estabelecidos; d) quando, atravs do controle mdico da sade, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na sade os trabalhadores e a situao de trabalho a que eles ficam expostos

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9.3.5.5

A utilizao de PI no mbito do programa dever considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver no mnimo:

a) seleo do PI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador est exposto e atividade exercida, considerando-se a eficincia necessria para o controle da exposio ao risco e o conforto oferecido segundo avaliao do trabalhador usurio; b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto sua correta utilizao e orientao sobre as limitaes de proteo que o PI oferece; c) estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienizao, a conservao, a manuteno e a reposio do PI, visando garantir as condies de proteo originalmente estabelecidas; d) caracterizao das funes ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificao dos PIs utilizados para os riscos ambientais

EPI

adequado?

a) Tecnicamente aprovado pelo TEM o que exige a existncia de CA; b) Escolhido baseado nos estudos de risco do PPRA; c) Atender os aspectos subjetivos de conforto para ser aceito pelo trabalhador; d) Comprovao matemtica da sua capacidade de atenuar ou eliminar a exposio ao agente.

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Uma outra forma de verifi ar a efi ia das medidas de proteo, a que se refere o item 9.3.5.6, envolve o acompanhamento mdico estabelecido pelo PCMSO. Caso seja constatado al um sintoma de doena ocupacional proveniente da exposio aos riscos ambientais, deve-se avaliar dois aspectos importantes: O funcionrio no utili a de forma habitual e permanente o EPI. O EPI no adequado para minimi ar os riscos ambientais. O trabalhador pode estar exposto a agentes ambientais nocivos fora do local de trabalho, em funo de atividade extra, ex:garon, lanternagem, etc.

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O monitoramento ambiental no uma tarefa fcil para os profissionais do SESMT de grandes empresas, estes profissionais se deparam com o dilema de reali ar os laudos ambientais de forma econmica sem, no entanto, comprometer o aspecto tcnico. Por isto surgiu o conceito de grupo homogneo de exposio (GHE). Grupo homogneo de exposio (GHE) corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposies semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliao da exposio de qualquer trabalhador do grupo seja representativo da exposio do restante dos trabalhadores do mesmo grupo.

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9.4.1

Do empregador:

I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituio.

9.4.2

Dos trabalhadores:

I. colaborar e participar na implantao e execuo do PPRA; II. seguir as orientaes recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; III. informar ao seu superior hierrquico direto ocorrncias que, a seu julgamento, possam implicar riscos sade dos trabalhadores .

9.5.1 Os trabalhadores interessados tero o direito de apresentar propostas e receber informaes e orientaes a fim de assegurar a proteo aos riscos ambientais identificados na execuo do PPRA. 9.5.2 Os empregadores devero informar os trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.

9.

Das disposies finais.

.1 empre que vrios empregadores realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho tero o dever de executar aes integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA visando a proteo de todos os trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados. .2 O conhecimento e a percepo que os trabalhadores tm do processo de trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no apa de Riscos, previsto na NR-5, devero ser considerados para fins de planejamento e execuo do PPRA em todas as suas fases. .3 O empregador dever garantir que, na ocorrncia de riscos ambientais nos locais de trabalho que coloquem em situao de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierrquico direto para as devidas providncias.9. 9.

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