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NR-33 – Curso de Espaço Confinado – 16h

NR-33

Espaço Confinado – 16h

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NR-33 – Curso de Espaço Confinado – 16h

NR-33

Espaço Confinado - 16h

Macaé/RJ

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NR-33 – Curso de Espaço Confinado – 16h

Nome do Curso Treinamento de Espaço Confinado 16h

Nome do Arquivo 20180427_AP_EC16h_PT_REV03

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NR-33 – Curso de Espaço Confinado – 16h

ÍNDICE

1. NORMALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO ............................................................................................................................. 8

2. TERMOS E DEFINIÇÕES ........................................................................................................................................... 9

2.1 DEFINIÇÕES .......................................................................................................................................................... 11

3. GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHADORES EM ESPAÇOS CONFINADOS ........................................ 17

3.1 CAPACITAÇÃO ...................................................................................................................................................... 18

3.2 EXAMES MÉDICOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................................... 19

3.3 PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA .......................................................................................................... 19

4. METODOLOGIA DE TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO ..................................................................................... 21

4.1 RECONHECIMENTO .............................................................................................................................................. 21

4.2 AVALIAÇÃO .......................................................................................................................................................... 21

4.3 CONTROLE ........................................................................................................................................................... 21

4.4 PERMISSÃO DE ENTRADA DE TRABALHO – PET .................................................................................................... 21

4.5 DEVERES DOS TRABALHADORES AUTORIZADOS .................................................................................................. 23

4.6 DEVERES DOS VIGIAS ........................................................................................................................................... 23

4.7 DEVERES DOS SUPERVISORES .............................................................................................................................. 23

5. IDENTIFICAÇÃO DOS TIPOS DE RISCOS ................................................................................................................. 25

5.1 RISCOS FÍSICOS .................................................................................................................................................... 25

5.2 RISCOS MECÂNICOS ............................................................................................................................................. 25

5.3 RISCOS ATMOSFÉRICOS ....................................................................................................................................... 26

FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS ............................................................................ 26

5.4 RISCOS COMBINADOS .......................................................................................................................................... 27

5.5 RISCOS BIOLÓGICOS ............................................................................................................................................. 27

5.6 RISCOS ERGONÔMICOS ........................................................................................................................................ 27

6. AVALIAÇÃO DOS RISCOS ...................................................................................................................................... 28

6.1 MONITORAMENTO .............................................................................................................................................. 28

6.2 TIPOS DE GASES ................................................................................................................................................... 28

6.3 PROPRIEDADES DOS GASES E VAPORES ............................................................................................................... 29

6.4 ATMOSFERAS DEFICIENTES EM OXIGÊNIO ........................................................................................................... 31

6.5 ATMOSFERAS ENRIQUECIDAS EM OXIGÊNIO ....................................................................................................... 32

6.6 FONTES DE IGNIÇÃO ............................................................................................................................................ 32

6.7 ATMOSFERAS TÓXICAS ........................................................................................................................................ 33

6.8 MONITORAMENTO DURANTE A ENTRADA .......................................................................................................... 34

7. MEDIDAS DE ENGENHARIA PARA CONTROLE DE RISCOS...................................................................................... 35

7.1 ISOLAMENTO / SINALIZAÇÃO ............................................................................................................................... 35

7.2 TRAVAMENTO / BLOQUEIO / LACRE .................................................................................................................... 35

7.3 ETIQUETAGEM ..................................................................................................................................................... 36

7.4 DESLIGAMENTO DOS EQUIPAMENTOS................................................................................................................. 37

7.5 PURGA / INERTIZAÇÃO......................................................................................................................................... 37

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8. TIPOS DE VENTILAÇÃO ......................................................................................................................................... 38

8.1 EQUIPAMENTO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA ........................................................................................................ 39

8.2 VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA (VGD) - INSULFLAÇÃO ....................................................................................... 39

8.3 VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA (VGD) - EXAUSTÃO ............................................................................................ 41

8.4 VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA (VLE) ................................................................................................................... 42

9. EQUIPAMENTOS PARA ESPAÇO CONFINADO ....................................................................................................... 43

9.1 EQUIPAMENTO / FERRAMENTAL ESPECIAL .......................................................................................................... 43

9.2 FERRAMENTA ANTIFAISCANTES ........................................................................................................................... 43

9.3 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) ................................................................................................. 43

9.4 DETECTOR DE GÁS................................................................................................................................................ 44

9.5 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA ........................................................................................................ 44

9.6 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ................................................................................................................................ 45

9.7 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO .................................................................................................................................... 47

9.8 CINTO DE SEGURANÇA ......................................................................................................................................... 48

9.9 MOVIMENTADORES ............................................................................................................................................. 48

10. PRIMEIROS SOCORROS ........................................................................................................................................ 50

10.1 SISTEMA RESPIRATÓRIO ...................................................................................................................................... 50

10.2 SISTEMA CIRCULATÓRIO ...................................................................................................................................... 51

10.3 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ......................................................................................................................................... 51

10.4 PARADA CARDIORESPIRATÓRIA (PCR) ................................................................................................................. 51

10.5 HEMORRAGIAS .................................................................................................................................................... 57

11. NOÇÕES DE RESGATES EM ESPAÇOS CONFINADOS .............................................................................................. 59

11.1 SERVIÇO DE EMERGÊNCIA E RESGATE .................................................................................................................. 59

11.2 SURGIMENTO DE UMA EMERGÊNCIA................................................................................................................... 59

11.3 ANÁLISE DOS RISCOS ........................................................................................................................................... 59

11.4 AVALIAÇÃO DOS RECURSOS E CONTROLE DE RISCOS ........................................................................................... 60

11.5 SEGURANÇA DOS PROCEDIMENTOS DE RESGATE DURANTE A OPERAÇÃO .......................................................... 60

11.6 SOLUÇÕES ALTERNATIVAS ................................................................................................................................... 60

11.7 ENTRADA PARA RESGATE..................................................................................................................................... 60

11.8 ANEXO II DA NR-33 – PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO (PET) ..................................................................... 62

12. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................................ 64

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DIRETRIZES GERAIS DO CURSO

• Quanto à estruturação do curso

A estruturação deste curso está em acordo com a Norma Regulamentadora 10

(NR-10) aprovada através da portaria do Ministério do Trabalho, MTE n°598, de

07/12/2004 e publicada no Diário Oficial da União de 08/12/2004.

• Quanto à frequência às aulas

A frequência às aulas e atividades práticas é obrigatória.

O aluno deverá obter o mínimo de 90% de frequência no total das aulas

ministradas no curso.

Para efeito das alíneas descritas acima, será considerada falta: o não

comparecimento às aulas, o atraso superior a 10 minutos em relação ao início de

qualquer atividade programada ou a saída não autorizada durante o seu

desenvolvimento.

• Quanto à aprovação no curso

Será considerado aprovado o aluno que:

a) Obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis) em uma escala de 0 a 10 (zero a

dez) na avaliação teórica e alcançar o conceito satisfatório nas atividades

práticas;

b) Tiver a frequência mínima exigida (90%).

Caso o aluno não cumpra as condições descritas nas alíneas acima, será

considerado reprovado.

OBJETIVOS

Ao completar o treinamento o aluno estará habilitado a identificar os espaços confinados,

executar as medidas de controle dos riscos existentes, de forma a garantir a segurança e

a saúde da equipe de trabalho e participar de uma entrada para execução de serviços

em espaços confinados.

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1. NORMALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO

Os cuidados com a prevenção e administração de incidentes fatais em espaços

confinados construíram no mundo inteiro diversas normas e regulamentos técnicos

alguns deles até dotados de força legal, outros, porém apenas recomendáveis. Dentre as

principais destacamos:

- PORTARIA N° 202/2006 –NR33; SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS

CONFINADOS.

Essa norma editada pelo ministério do trabalho e emprego tem como objetivo

estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaço confinado e o

reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a

garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta

ou indiretamente nestes espaços.

- ABNT NBR 14.606 DE OUTUBRO DE 2000: POSTOS DE SERVIÇOS – ENTRADA

EM ESPAÇO CONFINADO

Essa norma editada pela ABNT – Associação de Normas Técnicas, fórum nacional

de normalização, estabelece os procedimentos de segurança em entrada em espaço

confinados em postos de serviço. Hoje se encontra restrita apenas para entradas e

limpezas de tanques subterrâneos.

- ABNT NBR 16577:2017 DE 28 DE MARÇO DE 2017: ESPAÇO CONFINADO –

PREVENÇÃO DE ACIDENTES, PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO.

Esta norma estabelece os requisitos para identificar, caracterizar e reconhecer os

espaços confinados, bem como para implantar o sistema de gestão de forma a garantir,

permanentemente, a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem direta ou

indiretamente, nesses espaços durante a realização de trabalhos no seu interior.

- OSHAS 29 CRF PARTE 1910.146: OCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH

STANDARD – PERMIT-REQUIRED CONFINED SPACES

Esta norma editada pela OSHA – Occupational Safety & Healt Administration

(Administração de Segurança e Saúde Ocupacional) órgão do Department of Labour do

governo dos EUA contém os requisitos para prática e procedimentos de proteção para os

trabalhadores da indústria em geral contra os riscos de entrada permitida em espaços

confinados.

- NIOSH PUBLICAÇÃO N° 80-106: CRITERIA FOR RECOMMENDED STANDARD –

WORKING IN CONFINED SPACES

Esta publicação editada pela NIOSH – National Institute for Occupational Safety and

Health (Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional) do U.S department of

Health Education and Welfare (Departamento Americano de Saúde, Educação e

previdência Social) também edita critérios recomendados para procedimentos de

trabalhos em espaços confinados.

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2. TERMOS E DEFINIÇÕES

Diante das diversas normas apresentadas encontramos muitas definições para um

local ser reconhecido como espaço confinado.

A NR-.33, no seu item 33.1.2, define espaço confinado como:

"qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que

possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para

remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio".

Quadro informativo elucidativo - Fonte: Guia técnico NR 33

A NBR 16.577 assim define os locais confinados:

"Qualquer área não projetada para ocupação humana contínua, a qual tem meios

limitados de entrada e saída ou uma configuração interna que possa causar aprisionamento

ou asfixia em um trabalhador e na qual a ventilação é inexistente ou insuficiente para

remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam

existir ou se desenvolver ou conter um material com potencial para engolfar/afogar um

trabalhador que entrar no espaço.";

Para a OSHA 1910.146 espaço confinado é definido como sendo "um espaço que:

“Não está projetado para ocupação humana contínua."

Embora não seja uma norma especificada para trabalhos nas embarcações e

instalações offshore em operações, a OSHA 1915, norma voltada para indústria de reparos

e construção naval, define que:

"O Termo "espaço confinado" significa um compartimento de dimensões limitadas e

acesso limitado tal como um tanque de fundo duplo, compartimento estanque, ou outro

espaço o qual, devido suas dimensões limitadas e natureza confinada possa facilmente

produzir ou agravar uma exposição a perigos".

Já a ANSI dispõe que um espaço confinado é:

" uma área fechada que possui as seguintes características:

Sua função primária é algo exceto a ocupação humana; possui entradas e saídas

restritas; pode conter riscos conhecidos ou potenciais".

A NIOSH prescreve que espaço confinado se "Refere a um espaço o qual pelo projeto

possui passagens limitadas para entrada e saída; ventilação natural desfavorável o qual

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poderá conter ou produzir contaminantes perigosos para o ar; e o qual não foi tencionado

para ocupação contínua de empregados. Espaços confinados incluem, mas não se limitam a

tanques de armazenamento, compartimentos de embarcações, vasos de processamento,

poços, silos, tonéis, degreasers, reatores, caldeiras, dutos de ventilação e exaustão,

esgotos, túneis, câmaras subterrâneas e oleodutos".

Sendo assim, diante das definições acima poderíamos resumir as características de

um espaço confinado da seguinte forma:

• Todo e qualquer local não projetado para ocupação humana contínua, mas

grande o suficiente para a permanência de trabalhadores durante a execução

de serviços;

• Possui acesso limitado tanto para entrada como para saída

• Possui pouca ou nenhuma ventilação que assegure a remoção de

contaminantes ou garanta uma respiração normal;

• Apresenta uma atmosfera rica ou deficiente em oxigênio, contaminada ou

explosiva;

• Pode expor o trabalhador a algum tipo de risco.

A importância de conhecer precisamente as características e condições que torna

algum local um espaço confinado está na obrigação que a NR33 trouxe para as empresas

de, previamente, identificar os espaços confinados existentes na empresa ou de sua

responsabilidade e antecipar e reconhecer os riscos específicos em cada um deles.

Portanto, diante das definições apontadas podemos propor uma relação, não

exaustiva, de exemplos de espaços confinados:

o Tanques de transporte;

o Vasos de pressão;

o Torres de destilação;

o Esferas;

o Colunas;

o Tubulações;

o Reatores;

o Tanques de carga; o Tanques de lastro; o Tanques de "slop"; o Fundo duplo;

o Reatores;

o Caldeiras;

o Fomos;

o Dutos de ventilação;

o Poços de elevadores;

o "Pontoon";

o Silos;

o Poços;

o Degreasers;

o Túneis;

o Redes de esgoto;

o Câmaras subterrâneas

o Caixas de passagem.

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NR-33 – Curso de Espaço Confinado – 16h

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A NBR 16.677 traz duas condições distintas para espaços confinados. A saber:

ESPAÇO CONFINADO NÃO

PERTURBADO

ESPAÇO CONFINADO PERTURBADO

Característica definida no cadastro com os

riscos inerentes ao local, antes do

trabalhador adentrar nesse espaço. As

medidas de controle de risco são norteadas

pela PET.

Característica da alteração ocasionada

pela(s) atividade(s) que será(ão)

executada(s) no interior do Espaço

Confinado, sua dinâmica de evolução de

riscos associada aos riscos presentes no

espaço confinado “Não perturbado”. Nesse

caso, as medidas de controle de risco são

baseadas na Análise Preliminar de Risco

- Antes do Trabalhador Entrar;

- Riscos já presentes;

- Riscos já conhecidos no cadastro dos

espaços confinados;

- Passa a ser denominado assim após

a intervenção da atividade a ser executada;

- Riscos adicionados pelas atividades;

- Riscos identificados na APR;

Vejamos como funciona na prática:

Deverá ser feita uma inspeção visual da estrutura de um tanque onde é armazenado

um produto conhecido. Esse tanque possui em seu cadastro todos os dados relativos aos

potenciais riscos como Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos, Layout,

dimensões entre outras. Foram implementadas medidas de controle para os possíveis

riscos. Também, nesse cenário, a atividade não irá acrescentar quaisquer riscos aos já

previamente existentes uma vez de se tratar de inspeção visual. Este local é um Espaço

Confinado Não Perturbado.

Ao término dessa mesma inspeção foi elaborado um relatório onde foi apontado a

necessidade de manutenção onde será empregado oxicorte, processos de solda e

tratamento de superfície. Agora, com a adição dos riscos pela atividade esse mesmo

ambiente passa a ser um Espaço Confinado Perturbado.

2.1 DEFINIÇÕES

Seguem algumas definições relacionadas a NR-33.

Entrada

O entendimento de nossa NBR 16577 é o mesmo seguido

pela OSHA, ou seja, é a “ação pela qual o trabalhador adentra um

espaço confinado, que se inicia quando qualquer parte do corpo

ultrapassa o plano de uma abertura deste”.

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Ambas as normas acrescentam a definição de condição de entrada como sendo

aquelas “condições do meio ambiente de trabalho que permitam a entrada em um

espaço confinado onde haja critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos,

físicos, químicos, biológicos ergonômicos e mecânicos, que garantam a segurança dos

trabalhadores”, e de condição proibitiva de entrada como “qualquer condição de risco

que não permita a entrada em um espaço confinado, para preservar a sua

integridade física.”

Trabalhador autorizado

Para a NR-33 é o “trabalhador capacitado para entrar no espaço confinado, ciente

dos seus direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e das medidas de controle

existentes”.

Vigia

Para a NR-33 é o “trabalhador designado para permanecer fora do espaço confinado e

que é responsável pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os

trabalhadores”.

Supervisor de entrada

Para a NR-33 é a “pessoa capacitada para operar a permissão de entrada com

responsabilidade para preencher e assinar a permissão de Entrada e Trabalho (PET) para

o desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados”.

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Equipe de SALVAMENTO

Segundo a definição da NBR 16577 é o “pessoal regularmente treinado para

situações de emergência, capaz de prestar os primeiros socorros, com aptidão física e

mental compatível com a atividade de salvamento de trabalhador acidentado, localizado

no interior do espaço confinado”.

Responsável técnico

Na definição da NR-33 “é o profissional habilitado para identificar os espaços

confinados existentes na empresa e elaborar as medidas de engenharia, administrativas,

pessoais e de emergência e resgate”.

Gestão de segurança e saúde

Segundo a NR-33 é o “conjunto de medidas administrativas, pessoais e coletivas

necessárias para garantir o trabalho seguro em espaços confinados”. A mesma norma

ainda acrescenta que a gestão de segurança e saúde em espaços confinados “deve ser

planejada, programada, implementada e avaliada, incluindo medidas de engenharia,

medidas administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaço

confinado”.

Base Técnica

Segundo a NR-33 é o “conjunto de normas, artigos, livros, procedimentos de

segurança de trabalho, e demais documentos técnicos utilizados para implementar o

sistema de permissão de entrada e trabalho em espaço confinado”.

Permissão de Entrada e Trabalho – PET

A NR-33 agora define a permissão de entrada como o “documento escrito

contendo o conjunto de medidas de controle visando a entrada e desenvolvimento de

trabalho seguro além de medidas de emergência e resgate em espaços confinados”.

Medidas especiais de controle

Como complemento à PET, a NR-33 define como sendo as “medidas adicionais de

controle necessárias para permitir a entrada e o trabalho em espaços confinados em

situação peculiares, tais como trabalhos a quente, atmosferas IPVS ou outra.”

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Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde

Também conhecida pela OSHA através da sigla em inglês IDLH, o que em português

correspondente a IPVS, e definida pela segundo a NR-33 como “qualquer atmosfera que

apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde”.

Condição Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde

Na visão de nosso legislador, o conceito de IPVS possui uma abrangência bem

maior.

Para a NR-33 é “qualquer condição que um risco imediato de morte ou que possa

resultar em dano ocular, irritação ou outras condições que possam impedir a saída de

um espaço confinado”.

Atmosfera de Risco

A NBR 16577 define como condição em que a atmosfera em um espaço confinado,

possa oferecer riscos ao local e expor os trabalhadores ao perigo de morte,

incapacitação, restrição da habilidade para autoresgate, lesão ou doença aguda causada

por uma ou mais das seguintes situações:

a) Gás/Vapor ou névoa inflamável em concentrações superior a 10% do seu

limite inferior de explosividade (LIE), do(s) material(ais) previamente

identificados;

b) Poeira em uma concentração no ambiente de trabalho que exceda o limite

inferior de explosividade (LIE);

NOTA 1: As misturas de poeiras combustíveis com ar podem sofrer ignição dentro

de suas respectivas faixas de explosividade, as quais são definidas pelo limite inferior de

explosividade (LIE) e o limite superior de explosividade (LSE). O LIE está geralmente

situado entre 20 g/m³ e 60 g/m³ [em condições normais de temperatura e pressão

(CNTP), ao passo que o LSE situa-se entre 2 kg/m³ e 6 kg/m³ (nas mesmas CNTP)].

Caso as concentrações de poeiras puderem ser mantidas fora dos seus limites de

explosividade, as explosões serão evitadas.

NOTA 2: Os seguintes fatores influenciam o processo de combustão/explosão:

• partículas em suspensão no ar;

• partículas do tamanho conveniente ao processo de combustão;

• ar (oxigênio) presente no meio ambiente;

• fonte de ignição de potência adequada para iniciar o processo de

combustão;

• umidade relativa do ar;

• geometria do espaço confinado.

NOTA 3: As camadas de poeira, diferentemente dos gases e dos vapores, não são

diluídas por ventilação dilatadora geral após o vazamento ter cessado. O ar

insuflante aumenta a dispersão do pó no meio ambiente, aumentando a

suspensão do material e, consequentemente, propicia seu processo de combustão.

NOTA 4: Camadas de poeiras podem sofrer turbulência inadvertida e se

espalharem, pelo movimento de equipamentos de transporte, deslocamento de

pessoas, insuflação de ar, funcionamento de máquinas etc.

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NOTA 5: A ventilação local exaustora (VLE), para a remoção de contaminantes no

interior do espaço confinado, é recomendada em atividades que possam gerar

poeiras, névoas, gases vapores, fumos etc., e no ponto de origem, antes que

estes atinjam a zona respiratória do trabalhador.

c) atmosfera pobre em oxigênio, em que a concentração de oxigênio está abaixo

de 19,5% a 23% (v/v);

d) atmosfera rica em oxigênio em que a concentração de oxigênio está acima de

23% (v/v);

NOTA 6: O percentual de oxigênio aceitável em espaços confinados é de 19,5% a

23% de VOL, desde que a causa da redução ou enriquecimento de O2 seja conhecida. É

importante observar que a presença de outros gases tóxicos ou inertes em baixas

concentrações, porém perigosas, podem não alterar a leitura do sensor de oxigênio de

modo significativo.

e) limite de tolerância – definido como a concentração atmosférica de qualquer

substância cujo valor máximo está determinado na NR – 15 do Ministério do Trabalho ou

em recomendação mais restritiva (ACGIH - Conferência Governamental Americana de

Higienistas Industriais), e que possa resultar na exposição do trabalhador acima do

limite de tolerância.

Analise Preliminar de Risco – APR

A ferramenta de estudos técnico da segurança industrial chamada Análise

Preliminar de Riscos é definido pela NR-33 como a “Avaliação inicial dos riscos

potenciais, suas causas, consequências e medidas de controle.”

Quase Acidente

Segundo a NR-33 é “qualquer evento não programado que possa indicar a

possibilidade de ocorrência de acidente.”

Área Classificada

A NR-33 é objetiva ao simplesmente definir como uma “área potencialmente

explosiva ou com de explosão”. A NBR 16577 completa definindo como “Área na qual

existe uma atmosfera explosiva, ou probabilidade de ocorrência desta, ocasionada pela

presença de mistura de ar com materiais inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa,

poeira ou fibras, exigindo precauções especiais para construção, instalação,

manutenção, inspeção e utilização de equipamentos, instrumentos e acessórios

empregados em instalações elétricas”.

Emergência

A NBR 16577 explica que é um “evento não planejado que representa perigo aos

trabalhadores ou à população e que pode causar danos significativos ao patrimônio e ao

meio ambiente, gerando prejuízos econômicos, perdas de vidas humanas ou interrupção

do processo produtivo”.

Numa situação de emergência duas medidas imediatas poderão ser adotadas pela

supervisão. Ordem de Bloqueio que a NR-33 define como “ordem de suspensão de

operação normal do espaço confinado”, e Ordem de Liberação que a mesma norma

define como “ordem de reativação de operação normal do espaço confinado”.

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Salvamento

A NR-33 define como sendo o “procedimento operacional padronizado, realizado

por equipe com conhecimento técnico especializado, para resgatar e prestar os primeiros

socorros a trabalhadores em caso de emergência”.

Intrinsecamente Seguro

A NR-33 define como sendo a característica em que “situação em que o

equipamento não pode liberar energia elétrica ou térmica suficientes para, em condições

normais ou anormais, causar a ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme

expresso no certificado de conformidade do equipamento”.

Abertura de Linha

Segundo a NR-33 é a “abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubulação que

está sendo utilizada ou foi utilizada para transportar materiais tóxicos, inflamáveis,

corrosivos, gás, ou qualquer fluído em pressões ou temperaturas capazes de causar

danos materiais ou pessoais visando a eliminar energias perigosas para o trabalho

seguro em espaços confinados”.

Aprisionamento

A NBR 16577 define como a “condição de retenção do trabalhador no interior do

espaço confinado, que impeça a sua saída do local por meios normais de escape

podendo ocasionar lesões ou morte”.

Engolfamento

A definição da NR-33 é bem simples, “é o envolvimento e a captura de uma

pessoa por líquidos ou sólidos finamente divididos”. Para a OSHA “ significa a captura

efetiva e envolvente de uma pessoa por um líquido ou substância sólida finamente

dividida (flutuante) que possa ser aspirada e causar a morte por enchimento ou

obstrução do sistema respiratório ou que exerça força suficiente sobre o corpo para

causar morte por estrangulamento, constrição ou esmagamento”.

Autoresgate

A definição da norma brasileira é de que se constitui na “Capacidade desenvolvida

pelo trabalhador através do treinamento, que possibilita o seu escape com segurança de

ambiente confinado em que entrou em IPVS”.

Equipamentos de proteção coletiva e individual

Os equipamentos de proteção coletiva e individual devem ser adequados ao meio

ambiente de trabalho.

Uma vez avaliados que os riscos das atividades tenham sidos identificados e, por

consequência, e estabelecidas as medidas de controle, os EPIs e EPCs deverão mitigar os

riscos para garantir assim a segurança do trabalhador.

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NR-33 – Curso de Espaço Confinado – 16h

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3. GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHADORES EM

ESPAÇOS CONFINADOS

A empresa deverá disponibilizar procedimentos de trabalhos para todos os seus

empregados e colaboradores de empresas contratadas envolvidos com operações em

espaço confinado. É essencial que a empresa efetue análises que sirvam de suporte para

elaborar e adotar procedimentos expressos, formais, obrigatórios e sempre revisados,

para que sejam evitadas, minimizadas e controladas todas as situações de riscos

identificadas nos serviços a serem desempenhados no interior desses espaços.

A NR-33 o procedimento de trabalho em espaço confinado que as empresas

deverão desenvolver deverá contemplar, no mínimo: objetivo, campo de aplicação,

base técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e

cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores,

análise de risco e medidas de controle.

A esse conjunto de procedimentos sistematizados a norma chamou de Gestão de

Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados que deverá ser planejada,

programada, implementada e avaliada, incluindo medidas de engenharia, medidas

administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados.

Uma importante inovação da norma é de que os procedimentos para trabalho em

espaços confinados e a PET deverão ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e

revisados sempre que houver alteração dos riscos, agora a participação obrigatória do

SESMT e da CIPA.

Dentre as principais medidas de engenharia, administrativas, pessoais e de

capacitação exigidas por essa nova gestão de segurança para esses trabalhos exigidos

pela NR-33, destacamos:

Identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de

pessoas não autorizadas;

Manter cadastros atualizados de todos os espaços confinados, inclusive dos

desativados, e respectivos riscos;

Antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados;

Proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos,

ergonômicos e mecânicos;

Prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem;

Avaliar a atmosfera os espaços confinados para verificar se as condições de

entrada são seguras;

Manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a

realização dos trabalhos, monitoramento, ventilado, purgando, lavando ou

inertizando o espaço confinado;

Monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde

os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para

verificar se as condições de acesso e permanência são seguras;

Testar os equipamentos de medição antes de cada utilização;

Utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de

alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou

interferências de radiofrequência;

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Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de

movimentação vertical ou horizontal, devem ser adequados aos riscos dos

espaços confinados;

Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir

documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da

Conformidade – INMETRO;

Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão

em trabalhos quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou

outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor;

Manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme

o Anexo I da NR-33;

Implementar procedimento para trabalho em espaço confinado;

Adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho previsto no Anexo II da

NR, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados;

Possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de

Entrada e Trabalho;

Disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o

conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e

fiscalização do trabalho;

Designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando

os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida;

Estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no

interior dos espaços confinados;

Assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com

acompanhamento e autorização de supervisão capacitada;

Garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de

controle existentes no local do trabalho;

Implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise

de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser

desenvolvido.

Sobre as medidas pessoais nos aprofundaremos no assunto quando comentarmos

sobre as responsabilidades e direitos da equipe de trabalho;

3.1 CAPACITAÇÃO

Conforme a NR-33 é vedada a designação de qualquer trabalhador sem a prévia

capacitação para o desempenho de trabalhos em espaços confinados. As empresas estão

obrigadas a estabelecer um programa de capacitação periódico de todo o seu pessoal

para a aquisição de habilidades e conhecimentos técnicos para serviços de supervisão,

entrada e de emergência, sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações:

Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

Algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;

Quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou

nos procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os

conhecimentos não sejam adequados.

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Todos os trabalhadores autorizados e vigias obrigatoriamente deverão receber

capacitação periodicamente, a cada doze meses, com carga horária de 16 horas. Já os

supervisores de entrada também deverão receber capacitação específica, com carga

horária mínima de 40 horas. Porém, no caso deles, não previsão de validade de seu

treinamento.

Ao término do treinamento deve-se emitir um certificado contendo o nome do

trabalhador, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de trabalho e

espaço confinado, data e local de realização do treinamento com as assinaturas dos

instrutores e do responsável técnico. Uma cópia do certificado deve ser entregue ao

trabalhador e a outra cópia deve ser arquivada na empresa.

3.2 EXAMES MÉDICOS ESPECÍFICOS

Na falta de qualquer previsão normativa, recentemente era uma prática comum

uma avaliação médica do trabalhador minuto antes do início de cada trabalho. Era feito

um simples exame de medição de pressão que, ainda assim, revelava-se como a única

medida de certa eficácia.

Em todas as empresas funciona o PCMSO, um programa de exames ocupacionais

periódicos para todos os trabalhadores, independente de suas funções. Todavia para os

trabalhadores que eram designados para adentrarem em espaços confinados sempre

reservávamos uma atenção maior, pois em algumas situações, era necessário avaliar se

os mesmos possuíam condições físicas ideais para acesso àqueles locais levando-se em

conta o seu peso, a sua altura, fobias diversas e condições de saúde perfeitas para

execução de serviços naqueles ambientes de riscos. Porém, da forma que eram

realizados e o intervalo desses exames periódicos impediam que tivéssemos a certeza de

que o trabalhador estaria devidamente preparado e saudável para enfrentar uma árdua

tarefa de entrada em espaço confiando para execução de serviços especiais.

Hoje a NR-33 vai mais além. Todo trabalhador designado para trabalhos em

espaços confinados deve ser submetido a exames médicos específicos para a função que

irá desempenhar, conforme estabelecem as NR’s 07 e 31, incluindo os fatores de riscos

psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).

Claustrofobia, aerofobia, fadiga e ruído são algumas das situações que podem gerar um

estresse emocional ao qual o trabalhador ou resgatista poderá estar exposto durante

entradas de longa duração em espaços confinados. Os trabalhadores deverão ser

submetidos a avaliações psicológicas para que os supervisores de trabalhos em espaços

confinados tenham a certeza de que possam contar com trabalhadores que possuem

equilíbrio emocional para executarem serviços nesses locais extremamente perigosos.

Lembre-se que até mesmo o uso de um equipamento de proteção respiratória poderá

revelar uma adversidade ao seu uso pelo próprio trabalhador.

3.3 PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Segundo a NR-33, atualmente é uma das novas obrigações das empresas

relacionadas às entradas em espaços confinados. Aquelas empresas que já possuem o

seu programa geral devem congregar também aos seus procedimentos já adotados os

riscos respiratórios dos seus espaços confinados cadastrados, de acordo com a análise

de risco considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.

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A NR define esse programa como o conjunto de medidas práticas e

administrativas necessárias para proteger a saúde do trabalhador pela seleção adequada

e uso correto dos respiradores.

Quando se tratar de atmosferas IPVS, a NR-33 é enfática, o espaço confinado

somente poderá ser adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda com

pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para

escape.

Os equipamentos mais utilizados na proteção respiratória dos trabalhadores serão

abordados mais adiante no capítulo referente a equipamentos para espaços confinados.

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4. METODOLOGIA DE TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO

Uma entrada em espaço confinado pode ser resumida em 3 fases: entrada –

trabalho –saída. Os procedimentos para um trabalho seguro giram em torno de um

planejamento desenvolvido com fases no programa de gestão de trabalhos em espaço

confinado. Esta metodologia também abrange 3 momentos preparatórios para se

desenvolver uma entrada programada em espaço confinado: reconhecimento, Avaliação

e Controle.

4.1 RECONHECIMENTO

Previamente, as empresas devem identificar os espaços confinados existentes em

suas organizações, cadastrando-os e sinalizando-os. Deveriam ser reconhecidos todos os

riscos existentes no local e como eles são produzidos antes da entrada para verificação

das condições ambientais que possam permitir a entrada segura dos trabalhadores.

4.2 AVALIAÇÃO

Monitorar significa acompanhar e avaliar dados fornecidos por alguma aparelhagem ou

método. Nesta fase analisamos as condições ambientais do espaço confinado. Todas as

empresas deverão testar qualitativamente e quantitativamente as condições dentro do

referido local quanto à presença e a gravidade dos riscos físicos, químicos, biológicos,

mecânicos ou ergonômicos existentes, a fim de garantir que as condições de entrada

estejam seguras. A atmosfera no interior do espaço confinado deverá ser avaliada

quanto à presença de gases ou vapores tóxicos, concentração de oxigênio e presença de

qualquer outro contaminante do ar potencialmente tóxico.

4.3 CONTROLE

O monitoramento não se limita ao momento da avaliação do local, ele se prolonga

garantindo assim o controle de um ambiente seguro durante o trabalho. As empresas

deverão adotar medidas visando eliminar ou minimizar os riscos encontrados em

espaços confinados.

Inicialmente, o acesso a todo e qualquer ambiente que possa colocar em risco a

integridade física do trabalhador deverá ser obrigatoriamente restrito. Mesmo o local

estando devidamente sinalizado, isolado e liberado para trabalho, deverá, ainda, ser

proibido a permanência de todas as pessoas não autorizadas. Os dados coletados

durante a avaliação das condições existentes no local servirão de suporte no

monitoramento do espaço confinado durante a execução dos serviços e serão registrados

na PET e colocados à disposição dos trabalhadores autorizados prevendo medidas tais

como, por exemplo, medição atmosférica constante, ventilação, iluminação, proteção

respiratória, EPI, etc.

4.4 PERMISSÃO DE ENTRADA DE TRABALHO – PET

É um documento padronizado de cada empresa, construído de acordo com seus

procedimentos gerais internos de permissão para trabalho. Trata-se de outra inovação

da NR-33. No âmbito da NBR 14787 (cancelada em 20/07/2015), e substituída pela NBR

16577 (28/03/2017), tínhamos o formulário de Permissão de Entrada. A norma atual

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modernizou esse formulário ao chama-lo de PET – Permissão de Entrada e Trabalho, que

deverá estar de acordo com os procedimentos constantes no programa de gestão de

segurança e saúde próprios das empresas, tomando por base o modelo constante na

norma. É um sistema de autorização por escrito para a execução de qualquer trabalho a

ser realizado nas áreas industriais (terrestres ou marítimas), com o objetivo de oferecer

as mais seguras condições de trabalho naquele local para os trabalhadores e

preservando as melhores condições dos equipamentos, do meio ambiente e da

continuidade das operações principais.

As empresas estão obrigadas a garantir que o acesso ao espaço confinado

somente ocorra após a emissão, por escrito, da PET. Ela deverá ser preenchida, assinada

e datada, em três vias, sendo uma cópia para o emitente (supervisor da entrada), uma

cópia para o vigia e uma cópia para os trabalhadores autorizados. Se a entrada envolver

colaboradores de outras empresas contratadas ou subcontratadas, a empresa deverá

disponibilizar os procedimentos de emissão da PET não só para os seus próprios

empregados, como também para os demais.

A PET será específica para apenas um determinado trabalho e restrita a um único

equipamento, sistema ou local, perfeitamente definido e limitado, identificando, ainda o

trabalhador autorizado para execução do serviço.

As permissões devem ser requisitadas pelo supervisor da própria equipe que

executará o trabalho ou próprio executante ou responsável da área, equipamento ou

sistema onde será realizado o trabalho, devendo ser emitida por empregados

previamente designados e instruídos quanto ao seu correto preenchimento e aplicação.

As informações mínimas constantes na PET são:

O espaço confinado a ser adentrado (características físicas);

O objetivo da entrada;

Data e duração da permissão;

Relação dos trabalhadores autorizados, vigia e equipe de resgate;

Assinatura e identificação do supervisor que autorizou a entrada;

Riscos no espaço confinado a ser adentrado;

Medidas usadas para isolar, eliminar ou controlar os riscos antes da entrada.

Certas ocorrências durante as entradas em espaços confinados podem nos revelar

algumas falhas existentes no sistema de permissão. A NR-33 menciona as circunstâncias

que requerem a revisão da permissão, porém não se limitando a estas:

Entrada não autorizada num espaço confinado;

Identificação de riscos não descritos na PET;

Acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;

Qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço

confinado;

Solicitação do SESMT ou da CIPA;

Identificação de condição de trabalho mais segura.

O modelo de PET com suas informações mínimas necessárias propostas pela NR-

33 encontra-se disponível ao final de nossa apostila.

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4.5 DEVERES DOS TRABALHADORES AUTORIZADOS

São responsabilidades de todos os trabalhadores autorizados:

Colaborar com a empresa no cumprimento da NR;

Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;

Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua

segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;

Cumprir os procedimentos e orientações recebidas nos treinamentos com

relação aos espaços confinados.

4.6 DEVERES DOS VIGIAS

São responsabilidades do vigia:

Manter continuidade a contagem precisa do número de trabalhadores

autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da

atividade;

Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato

permanente com os trabalhadores autorizados;

Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento,

pública ou privada, quando necessário;

Operar os movimentadores de pessoas;

Não realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é o

de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados;

Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal

de alarme, perigo, sintoma, queixal, condição proibida, acidente, situação não

prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem

ser substituído por outro vigia.

Cabe ainda ao vigia, na existência do trânsito de pessoas não autorizadas

próximas do local onde está ocorrendo uma entrada ou de tentativas de adentrarem o

local sem permissão, tomar as seguintes ações:

Alertar as pessoas não autorizadas a permanecerem distantes do espaço

confinado;

Advertir as pessoas não autorizadas a saírem imediatamente do espaço

confinado;

Informar aos trabalhadores autorizados e aos supervisores de entrada se

pessoas não autorizadas estão presentes no espaço confinado.

4.7 DEVERES DOS SUPERVISORES

Os procedimentos de supervisão devem ser estabelecidos no exterior e no interior

dos espaços confinados. A entrada somente começará com o acompanhamento e

autorização de supervisão capacitada. São deveres dos supervisores:

Emitir a PET antes no início das atividades ;

Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na

PET;

Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e

que os meios para acioná-los estejam operantes;

Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário;

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Encerrar a PET após o término dos serviços.

Cabem ainda aos Supervisores as seguintes responsabilidades:

Verificar que sejam realizadas entradas estritamente de acordo com o

determinado pela PET e que todos os equipamentos sejam acionados no local

antes de assinar a permissão;

Determinar, no caso de troca de turno do vigia, que a responsabilidade pela

continuidade da operação seja transferida para o próximo vigia; e

Remover pessoas não autorizadas que estejam próximas ou que tentam entrar

no espaço confinado durante as operações.

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5. IDENTIFICAÇÃO DOS TIPOS DE RISCOS

Os principais riscos encontrados e analisados nos espaços confinados são:

Riscos Físicos:

Riscos Mecânicos;

Riscos Químico;(Risco atmosférico)

Riscos Biológicos;

Riscos Ergonômicos;

Riscos Psicológicos.

5.1 RISCOS FÍSICOS

Os riscos físicos estão relacionados a agentes que possuem a capacidade de

alterar as características físicas existentes no ambiente. Portanto, o ruído provocado por

um maquinário ou ferramenta (lixadeira) é capaz de produzir ondas sonoras que

poderão provocar algum desgaste à integridade física do trabalhador. São exemplos

comuns de riscos físicos:

Calor ou frio extremo;

Ruídos;

Vibração;

Fadiga;

Pressão anormal;

Iluminação; e

Radiações ionizantes ou não ionizantes.

As lesões provocadas por esses agentes físicos poder ser: queimaduras,

desidratação, instabilidade no sistema cardiocirculatório, bloqueio do sistema termo

regular (hipotermia e hipertermia), perda auditiva, visão turva, perda do equilíbrio, etc.

5.2 RISCOS MECÂNICOS

Os riscos mecânicos estão relacionados com o contato físico direto com a vítima

para produzir o mecanismo nocivo de lesão. Portanto, o trabalhador ao manusear uma

ferramenta ou ficar exposto a algum sistema não protegido poderá ser vítima de lesões

graves, incapacitantes ou que o leve até a morte. São exemplos de riscos mecânicos:

Descarga de energia (equipamentos energizados, aquecidos, pneumáticos ou

hidráulicos);

Derramamento de líquidos;

Materiais perfurantes ou cortantes;

Equipamentos ou materiais (cargas) em movimento;

Produtos químicos;

Quedas, escorregões ou tropeções;

Engolfamento;

Aprisionamento;

Soterramento;

Partes Móveis;

Condições IPVS.

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As lesões provocadas por esses agentes mecânicos podem ser: engolfamentos,

choques, amputações, perfurações, esmagamento, etc.

5.3 RISCOS ATMOSFÉRICOS

A OSHA estima que 90% de danos e mortes em espaços confinados acontecem

como resultado de uma atmosfera perigosa que possam expor os empregados a um

risco de morte, incapacitação, perda de habilidade para autoresgate, dano ou doença

aguda de um ou mais das causas seguintes:

Deficiência ou enriquecimento de oxigênio;

Atmosferas explosivas;

Atmosferas tóxicas;

Atmosferas IPVS.

FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS

A FISPQ é feita de acordo com a NBR14725 e contém uma série de informações para

quem vai trabalhar com produtos químicos, manuseá-los ou transportá-los.

A FISPQ foi criada para fornecer informações sobre vários aspectos dos produtos

químicos (substância ou preparados) quanto à proteção, à segurança, à saúde e meio

ambiente. Em alguns países, essa ficha é chamada Material Safety Data Sheet, MSDS.

CONTEÚDO DE INFORMAÇÃO DA FISQP

Identificação do produto e da empresa

Composição e informação sobre os ingredientes

Identificação de perigos

Medidas de primeiros-socorros

Medidas de combate a incêndio

Medidas de controle para derramamento ou vazamento

Manuseio e armazenamento

Controle de exposição e proteção individual

Propriedades físico-químicas

Estabilidade e reatividade

Informações toxicológicas

Informações ecológicas

Considerações sobre tratamento e disposição

Informações sobre transporte

Regulamentações

Outras informações

O fornecedor deve tornar disponível ao receptor/usuário uma FISPQ completa, na

qual estão relatadas informações relevantes quanto à segurança, saúde e meio ambiente. O

fornecedor tem o dever de manter a FISPQ sempre atualizada e tornar disponível ao

usuário/receptor a edição mais recente.

O usuário da FISPQ é responsável por agir de acordo com uma avaliação de

riscos, tendo em vista as condições de uso do produto, por tomar as medidas de precaução

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necessárias numa dada situação de trabalho e por manter os trabalhadores informados

quanto aos perigos relevantes no seu local individual de trabalho

As lesões provocadas por esses agentes mecânicos poder ser: asfixias,

intoxicações ou explosões.

5.4 RISCOS COMBINADOS

Durante a análise prévia devemos identificar todos os riscos decorrentes do

trabalho, bem como a possível combinação de riscos desenvolvidos. Essa combinação

pode resultar em outro risco diverso e/ou não previsto, como por exemplo, um curto

circuito que pode provocar um centelhamento e assim servir como fonte de ignição para

uma explosão ou um grande incêndio que, por sua vez, pode provocar a deficiência de

oxigênio no ambiente.

5.5 RISCOS BIOLÓGICOS

São aqueles decorrentes dos chamados agentes Biológicos introduzidos nos

processos de trabalho como parte integrante do processo produtivo;

Esgoto;

Água contaminada;

Animais;

Vetores biológicos (mosquitos, besouros, moscas, etc).

As lesões provocadas por esses agentes mecânicos podem ser doenças ou

contaminações diversas.

5.6 RISCOS ERGONÔMICOS

Os riscos ergonômicos são aqueles introduzidos nos ambientes de trabalho e

inadequados às limitações dos seus usuários. Sua situação é caracterizada por atingirem

exclusivamente os trabalhadores. Provocam lesões crônicas que podem ser de natureza

psicofisiológica

São exemplos de riscos ergonômicos:

Elipses estreitas;

Acessos limitados;

Excesso de peso de equipamentos, ferramentas ou EPI’s.

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6. AVALIAÇÃO DOS RISCOS

Nunca devemos confiar somente em nossos sentidos para determinar a qualidade

do ar em um espaço confinado. Muitos gases ou vapores tóxicos ou inflamáveis não

possuem cor ou odor. Também é impossível alguém determinar o nível de oxigênio

presente ou a temperatura do ambiente utilizando somente os seus sentidos.

6.1 MONITORAMENTO

Geralmente a segurança industrial será responsável pela condução dos testes

devendo os resultados serem registrados e comparados com os limites estabelecidos

pelas normas de saúde e segurança adotadas. Devem ser observados, no mínimo, os

seguintes procedimentos:

Selecionar os instrumentos mais apropriados;

Checar e testar os instrumentos quanto a sua leitura de dados;

Ao utilizar os instrumentos, assegurar que a atmosfera foi meticulosamente

avaliada;

Correta interpretação dos resultados medidos.

6.2 TIPOS DE GASES

O teste inicial é efetuado do lado de fora do espaço confinado. O avaliador deve

aguardar pelo tempo necessário para permitir que o instrumento forneça a resposta. Se

forem encontradas condições seguras, os resultados devem ser registrados na permissão

de entrada para que a mesma possa ser autorizada. O local deve ser avaliado ao longo

de seus pontos principais, no topo, no meio e no fundo, por causa da estratificação dos

gases e vapores.

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O espaço deve ser testado imediatamente antes de qualquer entrada e

monitoramento ao longo da entrada para três possíveis perigos (nesta ordem):

Deficiência de Oxigênio ou Enriquecimento;

Inflamabilidade;

Atmosferas tóxicas (CO e H2S).

6.3 PROPRIEDADES DOS GASES E VAPORES

Densidade

Quando falamos de densidade, em tese estamos falando do seu peso. A referência

é o ar atmosférico e para ele atribuímos um valor igual a 1. Os gases com densidade

maior do que 1 são mais pesados do que o ar, portanto tendem a descer, como

exemplo, o Gás Sulfídrico (1,19), Propano (1,56), Butano (2,05).

Os gases com densidade menor do que 1 são mais leves do que o ar, portanto

tendem a subir. São considerados menos perigosos, como por exemplo, Metano (0,55)

Amônia (0,59) e Monóxido de Carbono (0,97).

Ponto de Fulgor

É a menor temperatura na qual um combustível libera vapores em quantidade

suficiente para formar uma mistura inflamável. Para efeitos de classificação são

identificados os líquidos inflamáveis que possuem ponto de fulgor <60° C.

Gasolina: - 38 °C;

Álcool: + 22 °C;

Diesel: + 43,3 °C.

Em geral, produtos que possuem um ponto de fulgor baixo têm um potencial para gerar

uma atmosfera explosiva com maior facilidade.

Limite de Tolerância

A NR-15 Atividades e Operações Insalubres do TEM define o LT – Limite de

Tolerância como sendo a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada

Tipo Exemplo Efeito

Metano- CH4 Hidrogênio

Carbono CO2 Argônio Ar

Monóxido de Carbono – CO

Gás Sulfídrico-H2S

Amônia – Nh3 Gás

Cianídrico-HCN Dióxido de enxofre-SO2 Cloro – CI2

Nitrogênio –N2 Dióxido de Carbono CO2 Argônio ArTomam o lugar do O2 tornando a atmosfera

deficiente de oxigênio

Quando expostos e misturados com o ar, ao

receber uma fonte de calor adequada poderá

entrar em combustão.

Extremamente prejudiciais à saúde humana

podendo causar inúmeros efeitos reversíveis ou

irreversíveis ou até levar a morte dependendo da

concentração do tempo de exposição.

Asfixiante

Inflamáveis

Tóxicos

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com a natureza e o tempo de explosão ao agente, que não causará dano à saúde do

trabalhador, durante a sua vida laboral.

Faixa de Explosividade

Para que um incêndio ou uma explosão ocorra, três elementos devem estar

presentes: oxigênio, combustível e uma fonte de ignição.

A mistura entre o oxigênio e os gases ou vapores combustíveis deve estar na

proporção ideal. Essa mistura, diferente para cada substância, é expressa pelo Limite de

Explosividade que mede a sua concentração mínima ou máxima ideal para criar uma

atmosfera explosiva. Suprimindo um desses elementos o risco de incêndio estará

eliminado.

A menor porcentagem que fará essa mistura se incendiar é chamada de LIE –

Limite Inferior de Explosividade. A NBR 16577 classifica como uma atmosfera de risco a

condição em que a atmosfera apresenta uma mistura de gás, vapor ou névoa inflamável

em concentrações superiores a 10% do seu LIE, do (s) material (ais) previamente

definidos, ou poeira em uma concentração no ambiente de trabalho que exceda o seu

LIE.

A porcentagem mais alta de gases e vapores que uma mistura encontra-se

concentrada, de modo que a quantidade de oxigênio é tão baixa que uma eventual

ignição não consegue se propagar pelo espaço confinado é chamada de LSE – Limite

Superior de Explosividade.

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A OSHA e a NBR 16577 exigem que a leitura de um gás inflamável esteja abaixo

de 10% do LIE para entrada, mas na verdade, o que deveremos obter é uma leitura de

gás inflamável de 0% para permissões de entrada e trabalhos quentes em espaços

confinados.

6.4 ATMOSFERAS DEFICIENTES EM OXIGÊNIO

Considerando o risco mais comum em espaços confinados, pois o normal é que

tenhamos pouco ou nenhum conhecimento desse risco e seus efeitos poderão ser

repentinos e irreversíveis. Existem três formas de tornar uma atmosfera deficiente em

oxigênio:

• CONSUMO

✓ Oxidação de metal;

✓ Combustão (soldas);

✓ Secagem de pinturas e revestimentos;

✓ Decomposição de material orgânico (ferramentação);

• SUBSTITUIÇÃO

✓ Introdução de algum gás inerte (nitrogênio, dióxido de carbono, hélio, etc.).

São classificados como Asfixiantes Simples e deixam a atmosfera com 0%

de oxigênio;

✓ Emissão de vapores de alguma substância volátil;

• ADSORÇÃO

✓ Carvão ativado no interior de colunas, câmaras ou reatores;

O único método aceito para se determinar a quantidade de oxigênio existente em

um espaço confinado é testar sua atmosfera com um detector de gases. A NBR 16577

considera uma atmosfera pobre em oxigênio aquela em que a concentração do mesmo

está abaixo de 19,5% (v/v). Porém a NR-33 é mais rígida, considera uma atmosfera

pobre em oxigênio aquela com menos de 20,9% de oxigênio. Todavia, a NR permite que

sejam realizados trabalhos em atmosfera com menos de 20,9% de oxigênio, desde que

a mesma seja constantemente monitorada e controlada.

Nível de Oxigênio Efeitos no Ser Humano

23% Risco Extremo de Incêndio

20,90% Concentração normal

19,50% Nível seguro mínimo de “ar normal”

16% Desorientação, dificuldade de respirar e raciocínio deficiente.

14% Fadiga, redução da capacidade motora.

8% Colapso mental, desfalecimento.

6% Extrema dificuldade de respirar, morte em poucos minutos.

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6.5 ATMOSFERAS ENRIQUECIDAS EM OXIGÊNIO

Materiais inflamáveis por ventura existentes nos espaços confinados poderão

facilmente se inflamar em atmosferas enriquecidas de oxigênio, como por exemplo,

vazamento de um cilindro ou uma linha de ar, ou uma ventilação inadequada do local. A

NR-33 define uma atmosfera rica em oxigênio aquela que contém uma concentração

acima de 23%.

Ao contrário do que poderíamos imaginar, o excesso de oxigênio em nosso

organismo também é responsável por sérias lesões. A forma de se respirar oxigênio em

excesso chama-se Hiperoxia. Seus efeitos são:

Vaso de dilatação cerebral (edema);

Bronco displasia (inflamação e espessamento no pulmão);

Aumento de radicais livres de oxigênio no sangue tendo como consequência

lesões no sistema nervos central agravando ainda mais o de um edema.

O risco de uma explosão deve levar em consideração as condições da atmosfera

no interior do espaço confinado e a existência de resíduos (gases, vapores ou poeiras)

que possam estar presentes ou terem sido produzidos pelo trabalho em execução.

Algumas das condições mais conhecidas que poderão produzir uma atmosfera explosiva

durante os trabalhos são:

Carga remanescente no interior do espaço confinado;

Escoamento de carga ou canalização de combustível;

Revestimentos e preservantes de tanques;

Vazamentos de materiais inflamáveis nas adjacências do espaço confinado;

Decomposição de material orgânico no interior do espaço confinado;

Materiais existentes no interior capazes de se inflamar na presença de

trabalhos quentes (trapos, madeira, papel, cordas, etc.).

6.6 FONTES DE IGNIÇÃO

Quando existir uma atmosfera inflamável em um espaço confinado, poderemos

encontrar diversas fontes de ignição possíveis de se provocar um incêndio ou uma

explosão:

Chama abertas – soldas, aquecedores;

Arcos elétricos – fios partidos, terminais, relés, chaves;

Centelhas – ferramentas de aço em fricção com metal.

A energia estativa é uma significativa fonte de ignição, especialmente em serviços

de carregamento ou descarregamento, de pintura, de limpeza em espaços confinados.

Quatro circunstâncias são necessárias para ocorrer uma ignição por descarga estática:

É gerada por duas substâncias, de superfícies separadas, movendo-se uma em

contato com a outra (atrito);

Um acumulador ou coletor de estática dessa carga adequado para acumular

energia suficiente para ignição;

Um meio de descarregar a energia rapidamente e que consiga criar uma

faísca;

Deve haver uma mistura de vapor inflamável próximo da saída da centelha.

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6.7 ATMOSFERAS TÓXICAS

Causam sérios problemas de saúde para os trabalhadores ou até mesmo a sua

morte. Os efeitos físicos da intoxicação poderão ocorrer imediatamente ou mais adiante

ao longo da vida laboral do trabalhador.

Os agentes tóxicos podem se apresentar em estados distintos: sólidos, líquido ou

gasoso.

Também se apresentam na forma de partículas suspensas no ar, sejam ela sólidas

(poeiras e fumos) ou líquidas (neblina e névoas), que se constituem nos chamados

aerodispersóides. A presença desses agentes quase sempre é resultante da sobra de

substâncias que outrora estavam armazenadas nos espaços confinados, ou pelo uso de

revestimentos, solventes ou preservantes nesses locais.

Também é possível que gases tóxicos estejam presentes durante uma entrada por

causa de procedimentos de isolamento incorretos.

Se a substância presente durante a execução dos serviços for tóxica, é necessário

o conhecimento de sua FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos

Químicos.

Baseados nas informações constantes na ficha serão adotados os procedimentos

adequados para assegurar a saúde e a segurança de seus empregados. As fichas devem

ser adotadas principalmente quando o contaminante não é muito conhecido.

Os gases tóxicos mais comuns são apresentados a seguir:

Monóxido de carbono – CO

Sua presença em uma espaço confinado é resultada da combustão, solda,

motores, ou proveniente de locais adjacentes ao espaço confinado. Não possui cor nem

odor, correndo o risco ainda de não perceber sua presença iludindo, assim, a

necessidade de se efetuar a ventilação do local.

Limite Concentração

LT 39 pmm

LIE 12% (=12.000ppm)

LSE 75%

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Nosso organismo (pulmão) possui o comportamento de absorver o CO até 300

vezes mais rápido do que a “fonte da vida”, o O2.

Gás Sulfídrico – H2S

Considerada uma das substâncias mais agressivas ao ser humano. Sua presença

em um espaço confinado é resultada de algum processo desenvolvido no espaço

confinado como formação bacteriológica e esgoto ou proveniente de locais adjacentes ao

local.

Não possui cor, e em pequenas concentrações apresenta cheiro de ovo podre, e

em altas concentrações inibe o olfato após a exposição.

6.8 MONITORAMENTO DURANTE A ENTRADA

Embora a avaliação prévia indique que atmosfera no interior do espaço confinado esteja

segura para autorizar a entrada, o mais importante é que a monitoração seja contínua,

pois as concentrações poderão se alterar a qualquer instante como resultado das

atividades que estão sendo executadas no interior ou nas proximidades do local. Uma

entrada repentina de oxigênio enriquecendo a atmosfera ou um vazamento de gases

inertes ou tóxicos são alguns motivos para que uma monitoração contínua ou periódica

realizada durante os trabalhos.

Exposição X Tempo Efeito

200ppm x 3hs Ligeira dor de cabeça e desconforto.

600ppm x 1h Dor de cabeça.

1000ppm a 2000ppm x 2hs Confusão

1000ppm a 2000ppm x 1,5hs Desorientação, tendência a tropeçar.

1000ppm a 2000ppm x 30min Palpitação leve.

2000 a 5000ppm Inconsciência

10.000ppm Morte

Limite Concentração

LT 8 ppm

LIE 4,30%

LSE 46%

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7. MEDIDAS DE ENGENHARIA PARA CONTROLE DE RISCOS

Os procedimentos de controle não se limita a um controle administrativo, serão

levadas em consideração as medidas adotadas pela engenharia, os instrumentos a

serem utilizados e a seleção do EPI necessário para o trabalhador aplicável à condição

avaliada. Para isso devemos ter o maior conhecimento possível da área de trabalho onde

será realizada a entrada e dos processos desenvolvidos nessa unidade de trabalho para

combina-los com uma supervisão de trabalho que providencie a seleção adequada de

medidas de controle de riscos. A NR-33 prevê que sejam adotadas as medidas para

eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento, engolfamento, incêndio,

choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, escorregamentos,

impactos, esmagamentos, amputações e outros que possam afetar a segurança e saúde

dos trabalhadores.

Também é da maior importância que todo e qualquer setor da unidade que possa

ser afetado, direta ou indiretamente, pela execução de algum trabalho em espaço

confinado seja comunicado. Por isso, as empresas contam com o sistema de PET. Alguns

setores de serviços essenciais a serem comunicados são: Estabilidade, Perfuração,

Exploração, Refino, Estocagem, Eletricidade, Mecânica.

7.1 ISOLAMENTO / SINALIZAÇÃO

Separação física do espaço confinado das outras atividades desenvolvidas com relação

ao contato com alguma fonte de energia potencialmente perigosa ou com relação ao

trânsito de pessoas não envolvidas com aquela área classificada. O local interditado

estará seguro de qualquer perigo enquanto as medidas de isolamento forem mantidas.

Uma vez isolado não deverá ser mais permitido a entrada de pessoas sem uma

permissão específica.

7.2 TRAVAMENTO / BLOQUEIO / LACRE

Técnica aplicada para evitar uma descarga de energia perigosa ou abertura de

válvulas.

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Garante a execução dos serviços em equipamentos intencionalmente interditados,

mesmo que exista um descuido ou insistência no manuseio daquilo que foi isolado. Um

cadeado ou uma trava especial é colocado em um interruptor, disjuntor, chave, válvula

ou outro dispositivo de forma que o equipamento fique sempre impedido de ser operado.

7.3 ETIQUETAGEM

É a colocação de etiquetas nos equipamentos. Cartões personalizados são fixados

junto às travas dos equipamentos ou locais que tiveram seus dispositivos de alimentação

colocados na posição desejados para a realização daquele serviço programado em um

espaço confinado.

Algumas empresas exigem que a interdição, o travamento e a etiquetagem sejam

utilizados conjuntamente, correspondendo a um dos métodos mais eficazes de

controle.

Enq

uan

to a

inte

rdiç

ão

dificulta a entrada de alguma pessoa, ao mesmo tempo as travas impedem o manuseio

dos equipamentos e os avisos informam os trabalhadores envolvidos ou não naquelas

atividades sobre os propósitos daquelas medidas de segurança.

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7.4 DESLIGAMENTO DOS EQUIPAMENTOS

Poderá ocorrer a possibilidade de uma descarga elétrica ou mesmo a operação

indevida de um equipamento bloqueado. Todos os operadores desses equipamentos são

responsáveis pelo cumprimento dos procedimentos de isolamento, interdição e

desligamento exigidos pela empresa, quando necessário para a execução de algum tipo

de trabalho em espaços confinados. A seguir apresentamos algumas medidas que

poderão ser adotadas:

Preparar para a paralisação;

Desligar o equipamento;

Isolar o equipamento;

Providenciar o travamento e a etiquetagem do equipamento;

Controlar a energia armazenada;

Verificar o isolamento do equipamento;

Remoção das travas e dos avisos.

Quando os serviços tiverem se encerrado, deveremos ficar atentos ao seguinte:

Informar a todos os envolvidos que as travas e etiquetas logo estarão sendo

retiradas;

Certificar-se de que todos já saíram daquela área;

Remover as travas, fazendo com que cada trabalhador designado seja

responsável pela retirada de suas próprias travas;

Os avisos e as etiquetas também devem ser removidos juntos com a PET;

Notificar a todos envolvidos direta ou indiretamente com o sistema de que a

interdição está terminada;

Com relação ao controle da produção de energia eletrostática apresentamos

alguns procedimentos gerais;

Remover os vapores inflamáveis do interior do espaço antes de iniciar os

trabalhos;

Remover objetos soltos no interior dos tanques;

Aterrar os dispositivos metálicos mecânicos, elétricos ou pneumáticos para

eliminar a produção de carga ou diferença de carga em objetos que podem

descarregar quando um centelhamento é produzido;

Esperar a avaliação atmosférica para introduzir objetos no interior dos

tanques;

Inspecionar os coletores e dutos que poderão se tomar uma fonte de ignição por

intermédio de uma descarga.

7.5 PURGA / INERTIZAÇÃO

É o processo de dispersar substâncias perigosas de um espaço confinado através

do método de limpeza que toma atmosfera interior do espaço confinado isenta de gases,

vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem com água ou

vapor.

Chamamos a atenção para o fato de que quando a purga está sendo realizada

para reduzir os riscos associados à substância inflamável ou perigosa existente no local,

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ela também poderá produzir novos riscos, como por exemplo, a deficiência de oxigênio.

É o caso da inertização que a NR-33 define como deslocamento da atmosfera existente

em um espaço confinado por um gás inerte, resultando numa atmosfera não combustível

e com deficiência de oxigênio. Por essa razão, deve ser seguida de uma ventilação. O

gás inerte mais aplicado nesse processo é o nitrogênio.

8. TIPOS DE VENTILAÇÃO

Existem dois tipos de ventilação conhecidas: a ventilação natural e a Ventilação

Mecânica. A ventilação natural utiliza o movimento natural das correntes de ar para o

interior dos espaços confinados, sem o auxílio de equipamentos.

A ventilação natural não apresenta resultado satisfatório devido às seguintes

características:

● intensa variação da vazão do ar;

● dificuldade de controle no direcionamento do ar;

● irregularidade do efeito dos ventos;

● deficiente circulação de ar pelo reduzido número e tamanho das aberturas

presentes na maioria dos espaços confinados;

● inadequada diferença de altura entre as entradas e saídas do ar do espaço

confinado.1

A ventilação mecânica utiliza-se de equipamentos mecânicos para introduzir e/ou

retirar o ar dos espaços confinados. Desta forma temos a Ventilação Geral Diluidora

(VGD) que consiste no processo de renovação do ar de um espaço confinado por meio da

insuflação e/ou exaustão de ar, cuja finalidade é de promover a renovação de ar, redução da

concentração de contaminantes e conforto térmico quando é introduzido ar ao espaço

confinado. E a Ventilação Local Exaustora (VLE) que tem a finalidade de exaurir o

contaminante na fonte ou suas imediações para evitar que se espalhe no interior do espaço

confinado.

Alguns cuidados especiais deverão ser tomados quando for necessária a utilização de

Equipamentos de Ventilação Mecânica. Uma vez conhecidos e avaliados os riscos de

explosão, contaminação e concentração de oxigênio, deverá ser determinada a necessidade

de qual tipo de ventilação será adequada às condições presentes no espaço confinado.

Se uma condição insegura persistir e sendo a ventilação o procedimento adequado

para estabilizar a situação, deveremos ventilar o espaço confinado. Depois de ventilado, o

local deverá ser novamente avaliado, a fim de determinarmos se as condições inseguras

ainda estão presentes, se a ventilação foi suficiente, se é preciso ventilar de uma forma

contínua, se é necessária a adoção de outro método de controle entre outros. As causas que

provocaram o surgimento de uma atmosfera perigosa ou a introdução de novas fontes de

produção de gases ou vapores inflamáveis ou contaminantes deverão ser eliminadas no

menor tempo possível. Quando se tratar de uma atmosfera explosiva, ainda após a

ventilação, devem ser evitadas as causas que eventualmente poderiam provocar um

incêndio. Ventiladores em áreas classificadas devem possuir marcação apropriada, de

acordo com a

1 NBR 16577 item B1.

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ABNT NBR IEC 60079-0 e a Portaria INMETRO nº 179/2010 bem como serem

protegidos contra descargas eletrostáticas, incluindo aterramento dos equipamentos,

conforme as subseções 12.14 e 12.15 da NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e

Equipamentos. 6

8.1 EQUIPAMENTO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA

A seleção do Equipamento de Ventilação Mecânica deve considerar a geometria,

volume, número e tamanho das aberturas do espaço confinado, interferências estruturais e

equipamentos existentes, bem como poluentes, suas propriedades toxicológicas,

temperatura, pressão, vazão e ponto de geração.

Variáveis, como a vazão e a pressão de ar necessária, em função do diâmetro e

comprimento dos mangotes, são importantíssimos para garantir uma adequada ventilação

do espaço confinado.

Características construtivas do Equipamento de Ventilação Mecânica, como peso,

mobilidade, alimentação, adequação ao risco e nível de pressão sonora também devem ser

consideradas na escolha do tipo e modelo adequado. Além do conjunto motor-ventilador, o

Equipamento de Ventilação Mecânica é composto por duto tipo mangote flexível, conexões e

eventualmente peças de transição para bocas de entrada e/ou saída. O duto tipo mangote

flexível mais comum é feito de material plástico, com espiral interna de aço para sustentar a

sua estrutura. Deve possuir dimensões, peso, mobilidade e flexibilidade que possibilitem

vazão e alcance adequados.

Para processos a quente, com risco de incêndio, o mangote deve ser

isolado das fontes de ignição. As peças de transição e conexões tem por

finalidade evitar a obstrução da entrada e da saída dos espaços confinados e

reduzir as curvas dos mangotes, diminuindo as perdas de carga e,

consequentemente, afetando menos a vazão de ar.

8.2 VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA (VGD) - INSULFLAÇÃO

A característica desta ventilação é que a entrada de ar possui maior vazão que a

saída ocorrendo assim uma ventilação de pressão positiva que introduz o ar para o interior

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do espaço, forçando a expulsão do ar contaminado através de qualquer saída. É o método

mais comum de ventilação. É muito eficiente nos casos de sobrecarga térmica, sendo

utilizada para proporcionar um melhor conforto para os trabalhadores durante a execução de

serviços.

Nos casos de atmosferas contaminadas por vapores difundidos em todo o espaço, o

ar contaminado é diluído através da injeção de ar fresco, depois ele é expelido pela

exaustão já em concentrações menos tóxicas. Nem sempre será um método totalmente

eficiente no começo, pois quando for forçada a introdução do ar ela vai agitar os

contaminantes e dispersá-los na atmosfera, sem que isso garanta a redução imediata da

quantidade total do contaminante existente no espaço, podendo até aumentar a

concentração de contaminante dispersa na atmosfera logo no início da ventilação. Se o

agente químico não estiver em concentrações muito tóxicas poderá até funcionar.

Este método funciona melhor quando o risco principal é uma atmosfera deficiente de

oxigênio.

Uma das recomendações mais importantes sobre ventilação em espaços confinados

é a proibição do uso de oxigênio puro, seja com o propósito de fornecer uma ventilação geral

ao local, promover um conforto térmico aos trabalhadores ou de limpeza de certas áreas.

Além de facilitar o surgimento de uma atmosfera explosiva, o excesso de oxigênio como já

vimos anteriormente, também provoca lesões em nosso organismo.

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8.3 VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA (VGD) - EXAUSTÃO

Através desse método produzimos uma pressão negativa que é definida por qualquer

pressão abaixo da pressão atmosférica e o ar contaminado é puxado para fora do espaço. O

ar fresco que penetra naturalmente por uma abertura é arrastado pelo interior do espaço

através da pressão negativa. Esse método pode ser mais eficiente do que a ventilação se for

operada bem próximo de onde o contaminante está concentrado. É considerado o melhor

processo para ventilar atmosferas explosivas ou tóxicas produzidas pelas atividades em

operação no interior do espaço, devendo ser direcionada para evitar a contaminação do ar

nas proximidades do espaço quando estiver sendo aplicada.

O ar contaminado que foi exaurido de um local confinado deverá sempre ser

descarregado a céu aberto e distante do local de coleta de ar fresco do mesmo sistema

instalado para aquele trabalho. Quando coletamos o próprio ar contaminado e mandamos

para o espaço confinado damos o nome desse evento de curto circuito, outro tipo de curto

circuito é o apresentado na figura abaixo. Devemos ter o cuidado para que todo o ar

reaproveitado esteja totalmente limpo e respirável. Do ponto de vista ambiental, também é

necessário que os contaminantes sejam tratados de forma a reduzir seus efeitos quando

forem lançados a céu aberto. Se os gases exauridos se tratarem de gases inflamáveis,

deveremos direcionar o seu descarregamento para áreas livres de qualquer fonte de ignição.

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8.4 VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA (VLE)

Poderemos encontrar situações em que o contaminante está localizado em um ou

mais locais específicos. Nesse caso, um sistema de exaustão local especialmente

posicionado próximo do ponto de concentração, poderá capturar quase ou todos os

contaminantes, antes que eles sejam diluídos no interior do espaço. Recomenda-se que o

sistema induza ao tratamento dos contaminantes que poderá ser uma simples retenção em

malha de filtros manga, filtros adsorventes ou precipitador eletrostático.

É um excelente método para controlar materiais inflamáveis e tóxicos gerados dentro

do espaço. Este método mencionado é muito usado para trabalhos quentes, operações de

esmerilhamento ou limpeza com solventes.

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9. EQUIPAMENTOS PARA ESPAÇO CONFINADO

Como já vimos anteriormente, a realização de uma atividade em espaço

confinado, seja para trabalho, seja para resgate, acaba se tornando uma tarefa difícil

devido as características especiais daquele espaço. Logo, tão especiais quanto aos locais

confinados, os equipamentos a serem utilizados nessas atividades deverão possuir

características específicas exigidas como também já vimos no capítulo anterior. A seguir,

apresentaremos os equipamentos mais utilizados.

9.1 EQUIPAMENTO / FERRAMENTAL ESPECIAL

Devemos reconhecer que nem sempre será possível obter ou manter a atmosfera

em que um nível seguro. Portanto, para a segurança dos trabalhadores, deverão estar

disponíveis equipamentos adequados para áreas classificadas, bem como o devido

treinamento para o seu manuseio correto.

9.2 FERRAMENTA ANTIFAISCANTES

São ferramentas especiais feitas de bronze ou berílio. Na verdade, essas

ferramentas podem produzir faíscas quando utilizadas contra outras superfícies. Porém,

a energia gerada pela faísca é tão pequena que não será capaz de produzir uma ignição.

Equipamentos Intrinsecamente Seguros – Exi

São projetados de tal maneira que no caso de alguma falha, a maior energia

(faíscas ou calor) produzida internamente dos equipamentos não será suficiente para

produzir ignições nas mais sensíveis concentrações de gases inflamáveis ou pó. A

maioria dos detectores de gás portátil é desse tipo. São limitados por um circuito dotado

de isoladores e barreiras.

Equipamentos à Prova de Explosão – Exd

São projetados para evitar o risco de explosão de duas maneiras. Primeiro, o

equipamento é projetado para resistir à força de uma explosão resultada de qualquer

ignição interna, assegurando que a chama não se propague para o lado de fora de seu

invólucro.

Segundo o equipamento é projetado de que gases de combustão quentes são

resfriados antes de eles serem expelidos de forma que não fiquem expostos a uma de

ignição no espaço confinado. As luminárias, por exemplo, são projetadas para ser a

prova de explosão.

9.3 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Quando os controles desempenhados pelos programas administrativos e pela engenharia

não funcionarem, então o EPI deverá ser utilizado. Esse equipamento deverá ser

utilizado unicamente se não houver outro meio seguro de executar o trabalho. O uso

incorreto de EPI representa frequentemente um risco adicional para os trabalhadores em

espaços confinado.

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9.4 DETECTOR DE GÁS

A NR-33 obriga que o detector de gases seja intrinsecamente seguro. Pode ser

fixo ou portátil e pode detectar a presença de mais de um gás / vapor (multigás).

Tratando-se de equipamentos portáteis, estes devem oferecer uma leitura direta em

tempo real da concentração existente. O próprio instrumento coleta, analisa as

substâncias e determina as características atmosféricas do espaço confinado.

A certificação do equipamento é obrigatória pela portaria n° 176 de 17/12/2000

do INMETRO. Deve ser certificado, testado quanto ao seu desempenho por órgão

responsável e acompanhado de um Certificado de Conformidade.

TESTE DE RESPOSTA

O equipamento deve ter os seus sensores testados com um gás padrão que

assegure a sua resposta devido à presença daquele gás. É única maneira segura de

garantir que os seus sensores estão funcionando perfeitamente.

CALIBRAÇÃO

Através da calibração o equipamento é certificado quanto a precisão dos valores

medidos pelo leitor, e se os mesmos estão em conformidade com o informado pelo

fabricante.

Também deve ser emitido um certificado periódico para cada calibração.

Normalmente os detectores multigás são preparados para a leitura quanto à presença do

Oxigênio, do Gás Sulfídrico, do Monóxido de Carbono e de gases combustíveis.

9.5 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Em todos os locais onde seja reconhecida a deficiência de oxigênio, bem como um

estado impróprio do ar respirável deverá ser providenciado o fornecimento de proteção

respiratória para aqueles que lá adentrarão, para evitar qualquer possibilidade de

interferência na função respiratória, lesão ou morte. Uma atenção especial deve ser

dada para a proteção respiratória, pois, frequentemente, ela é mal empregada.

Sugerimos as seguintes exigências mínimas:

Programa de proteção respiratória;

Seleção do respirador mediante a realização de testes;

Treinamento para o uso correto dos equipamentos;

Limpeza e higienização periódica dos equipamentos e seu registro após a

utilização;

Guarda adequada dos equipamentos deve ser registrada quanto as suas

condições;

Inspeção e manutenção periódica dos equipamentos devem ser registradas;

Avaliação médica periódica dos trabalhadores que utilizam esses

equipamentos;

Registros da liberação de uso dos equipamentos na PET.

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Máscara purificadora de ar:

Somente utilizadas quando:

A atmosfera contém oxigênio suficiente;

A concentração do contaminante é conhecida;

Os níveis de concentração estão dentro das limitações dos filtros das

máscaras;

Equipamento de Respiração por Ar de Linha

Possui as seguintes características:

Independe da concentração do contaminante;

Indicado também para ausência de oxigênio;

Grande autonomia (sistema de cascata ou compressor com filtro de ar);

Cilindro reserva para escape;

Pressão positiva;

Pouco peso;

Limitações do tamanho da mangueira de ar.

Equipamento de Respiração Autônomo

Possui as seguintes características:

Independe da concentração do contaminante;

Indicado também para ausência de oxigênio;

Proporciona maior mobilidade ao usuário;

Suprimento independente de compressores (falta de energia);

Pressão positiva;

Alarme sonoro;

Tempo limitado (cerca de 30 minutos);

Peso incômodo.

Ventiladores / Exaustores

Equipamento utilizado para remover o ar contaminado ou suprir de ar fresco, possuindo

dupla função, dependendo de qual extremidade estará conectado o duto de ventilação.

As diferenças entre os modelos são medidas pelas informações técnicas de cada um

como potência, vazão, velocidade de troca do ar. Etc. os dutos flexíveis são utilizados

para direcionar o fluxo de ar do equipamento para o espaço confinado ou do espaço

confinado para a atmosfera. Para áreas classificadas o modelo indicado deve ter motor à

prova de explosão e os dutos não poderão produzir nenhuma estática.

9.6 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO

O sistema de comunicação deve estar em perfeito estado de funcionamento,

propiciando um diálogo adequado e eficaz entre o supervisor de entrada e o vigia, o

vigia e o(s) trabalhador(es) e o vigia e a equipe de salvamento.

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Sistemas de comunicação com a utilização de rádios ou dispositivos

elétricos/eletrônicos, em áreas classificadas, devem possuir marcação apropriada, de

acordo com a ABNT NBR IEC 60079-0 e Portaria INMETRO nº 179/2010.2

A comunicação em espaços confinados é uma ferramenta importantíssima.

Comunicações rápidas, claras e seguras são essenciais para a proteção dos

trabalhadores autorizados. Pode ser visual através de sinais, caso o trabalhador

permaneça constantemente sob o alcance visual do vigia, ou através de equipamentos

eletrônicos.

Os métodos de comunicações incluem:

• Comunicação Visual

Requer visão direta entre o vigia e o trabalhador. Para um sistema lógico de

sinais com as mãos é necessário que seja claro e entendido por toda a equipe.

Sinais visuais manuais são raramente práticos devido a visibilidade limitada, baixa luz e

obstruções.

• Comunicação Verbal

Barulho, obstruções e distância fazem do diálogo entre as equipes algo impossível

e incerto.

• Sinais Táteis

Utiliza as cordas como meio de comunicação básico (puxões).

• Sistemas de Comunicação sem Fio

Possuem as vantagens de acomodar um número ilimitado de usuários e

permitirem liberdade de movimento. As desvantagens de um sistema de rádio sem fios

incluem: pontos mortos e comunicação intermitente; requer um ajuste fino;

interferência de frequência de rádio.

• Sistemas de Comunicação por Fio

Possui a desvantagem de restrições que os fios provocam, principalmente com

relação à locomoção e o acúmulo de fios. As vantagens do sistema de comunicação de

fio rígido incluem: clareza de comunicação; operação com mãos-livres, comunicação

contínua, comunicação não afetada por interferências, sistema de comunicação privado,

pode ser unida a uma linha de ar para criar um único cabo, baixa manutenção e baixo

preço.

Se durante a entrada ocorrer uma interrupção nas comunicações e não havendo

outra forma de comunicação ou contato visual, os trabalhadores deverão abandonar o

interior do espaço confinado imediatamente. O uso dos equipamentos de comunicação

poderá ser dispensado somente nos casos em que seja garantido o contato visual

constante entre o vigia e os trabalhadores no interior do espaço confinado.

2 NBR 16577 item 6.4

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9.7 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO

O sistema de iluminação deve estar em perfeito estado de funcionamento. Se

utilizado em áreas classificadas, o sistema deve possuir marcação apropriada, de acordo

com a ABNT NBR IEC 60079-0 e Portaria INMETRO nº 179/2010.3

Embora certos espaços confinados com uma

configuração pequena, que recebam uma boa

iluminação natural, poderão dispensar o uso de

iluminação, sabemos que a maioria dos espaços

confinados localizados em áreas industrial possui

grandes dimensões e possuem uma iluminação

deficiente ou inexistente. Por isso, deve ser sempre

previsto o suporte de uma iluminação artificial (por

fio ou portátil) para facilitar o desempenho das

tarefas no interior do espaço confinado e para

oferecer uma facilidade no abandono do local ou numa eventual situação de resgate.

Tanto para os trabalhadores como para os resgatistas também será necessária a adoção

de capacetes que possam receber a adaptação de uma lanterna para oferecer uma

iluminação auxiliar.

3 NBR 16577 item 6.9

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9.8 CINTO DE SEGURANÇA

Em todas as entradas o trabalhador deverá usar o cinto de segurança completo

tipo paraquedista conectado a um cabo ou corda seguramente ancorada fora do espaço

confinado.

Os propósito de usar este equipamento incluem:

Realizar uma descida ou subida segura com menor esforço possível;

Realizar algum trabalho posicionado em certa altura;

Facilitar a recuperação da vítima através de uma não-entrada;

Permitir os resgatistas um método de localizar as vítimas e removê-las o mais

rápido possível;

Cintos para entrada em espaço confinado são equipados com argolas

hemisféricas nos ombros usadas para levantar o conjunto através de uma

barra separadora.

Possuem uma argola fundida as correias e posiciona no dorso. Contudo outros

cintos poderão ser utilizados desde que tenham uma argola posicionada no dorso à

altura do ombro, uma argola na frente posicionada na altura do ventre. O cinto deve ser

de um tipo certificado (CA) pela autoridade competente, inspecionado antes e depois de

cada uso e higienizado após o trabalho.

9.9 MOVIMENTADORES

Aqui apresentamos alguns dos equipamentos utilizados em entradas para facilitar

a movimentação dos trabalhadores ou dos resgatistas no interior de um espaço

confinado.

Qualquer pessoa escalada para trabalhos, principalmente numa operação vertical,

deverá possuir as habilidades mínimas adquiridas em treinamento para o manuseio dos

equipamentos. Somente deveremos utilizar equipamentos fabricados para cargas de

pessoas.

Jamais utilize um movimentador para o qual você ainda não foi treinado!

Tripés

Tripés são livremente posicionados e possuem pernas encaixadas que podem ser

ajustadas para oferecer uma variação de alturas. São muito efetivos em decidas e

subidas, mas fica instável se a força lateral for muito acentuada. Por isso devemos

redobrar nossa atenção para que o equipamento não tombe.

Braço DAVIT (OU MONOPÉ)

Outro equipamento de movimentação, o popular monopé. Existem muitos

modelos disponíveis, alguns permanentemente montados, outros são desmontáveis, uns

possuem posicionamento livre e outros são fixados e imóveis, o que demonstra sua

versatilidade.

Uma vantagem fundamental do Braço Davit em relação ao tripé é uma tendência

reduzida a tombar. Os cuidados que devem ser tomados ao seleciona-lo são os mesmos

indicados anteriormente para os tripés.

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Guincho de trava quedas

Tripés e monopés são geralmente equipados com manivelas que contêm um cabo

de aço galvanizado de, aproximadamente, ¼ polegadas de diâmetro, embora diâmetros

maiores e cabos de aço inoxidáveis também sejam utilizados. Estas manivelas podem

ser usadas para subir ou descer pessoas onde escadas ou outros meios de acesso não

estão disponíveis.

Guinchos mecânicos são relativamente fáceis de montar e requerem pouco

treinamento.

Muitos dispositivos de trava-quedas funcionam com manivelas incorporadas

tornando-se resgatadores, e/ou podem ser usados separadamente para proteger os

trabalhadores de riscos de queda no caso de qualquer rompimento no cabo de trabalho

ou defeito no equipamento principal.

Sistemas de redução de esforço

Sistemas de polias montadas ou pré-montadas também são usuais e, hoje talvez sejam

considerados os dispositivos de movimentação mais eficazes devido suas inúmeras

variações e possibilidades de aplicação nas mais diferentes configurações de espaços

confinados.

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10. PRIMEIROS SOCORROS

Mesmo que se trate de uma entrada para trabalho é importante que o trabalhador

autorizado e os demais membros da equipe de trabalho estejam capacitados a prestar o

atendimento inicial, ainda que restrito, e caso de acidente.

Entende-se por primeiros socorros a ajuda imediata prestada por uma pessoa a

um acidentado, doente, ou vítima de mal súbito, com a finalidade de mantê-lo com vida,

até a chegada do médico. Seus objetivos principais são:

Manter a vida;

Evitar o agravamento da lesão;

Servir como elo entre o momento do acidente e a chegada de ajuda

profissional.

Em situações de emergência, todos executantes de trabalhos nos interiores de

espaços confinados devem, inicialmente, garantir a sua segurança para um auto socorro.

Existindo vítimas no local, os trabalhadores autorizados deverão, pelo menos, seguir as

seguintes orientações:

O que aconteceu?/ quais são os requerimentos:

a) Observe;

b) Use os sentidos (sinais, sangue, convulsões, etc.);

c) Tente obter um diagnóstico;

d) O máximo de informações possíveis (lesão, deformidades, mecanismos da

lesão, etc.);

e) Solicite o resgate imediato e apropriado.

Chame a assistência médica

a) A exata localização do acidente;

b) Uma indicação do tipo e seriedade do acidente;

c) O número de feridos.

10.1 SISTEMA RESPIRATÓRIO

O oxigênio é a fonte da vida. Ao inalarmos esse gás contido em nossa atmosfera

terrestre, nosso organismo realizará uma série de reações até transforma-lo em energia

para o perfeito funcionamento de nosso corpo. Dentre os sistemas que controlam as

funções metabólicas de nosso corpo, o sistema respiratório é o responsável pelas trocas

gasosas que envolvem o envio do oxigênio até os pulmões.

O sistema respiratório é constituído pelas fossas nasais, boca, laringe, traqueia,

brônquios e pulmões. Para a respiração contribui também a caixa torácica, da qual os

movimentos de expansão e de redução são essenciais para que o ar possa entrar e sair

das vias respiratórias.

O funcionamento é bem simples, o ar entra pelo nariz percorre as fossas nasais e passa

para a faringe. Daí desce pela laringe que é continuada pela traqueia. Esta, chegando ao

tórax, se bifurca em dois ramos, o brônquio direito e o brônquio esquerdo que chegam

aos respectivos pulmões.

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10.2 SISTEMA CIRCULATÓRIO

Para nosso corpo realizar suas funções, o sangue tem de circular

permanentemente por todo o corpo. Mas, por quê?

A resposta é simples. O sangue é o meio de transporte da energia necessária para

o funcionamento de nossos órgãos que foi alimentada pelo oxigênio processado pelo

sistema respiratório. Na circulação sanguínea o sangue realiza duas viagens, uma curta

entre o coração e os pulmões ( a pequena circulação).

Para executar esta circulação é necessário um órgão que impulsione o sangue (o

coração) e canais (vasos sanguíneos), por onde o sangue circula. O funcionamento do

coração faz com que o sangue seja bombeado a todas as partes do corpo.

Avaliação da Cena

• Segurança da cena

• Mecanismo do trauma

• Número de vítimas

• Biossegurança

• Triagem

• Apoio

10.3 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

Na abordagem primária o socorrista deverá avaliar a consciência da vítima. Caso a

vítima esteja irresponsiva o mesmo deverá seguir a sequência:

• Iniciar a desobstrução da via aérea;

• Verificar se a vítima respira;

• Círculação (ficar atendo a temperatura da pele, a coloração).

Caso a vítima não responda e não respire, a mesma se encontra em parada

cardiorrespiratória, e imediatamente deve-se iniciar as manobras de reanimação

cardiopulmonar.

10.4 PARADA CARDIORESPIRATÓRIA (PCR)

Consiste na ausência de batimentos cardíacos e

respiratórios de um indivíduo, ou seja, é a interrupção da

circulação sanguínea, decorrente da suspensão súbita e

inesperada, não diferente da situação de um indivíduo vítima

de algum trauma.

É uma situação dramática, responsável por

morbimortalidade elevada, mesmo em situações de

atendimento ideal. Na PCR, o tempo é variável importante,

estimando-se que, a cada minuto que o indivíduo permaneça

em PCR, 10% de probabilidade de sobrevida sejam perdidos.

A parada cardiorrespiratória (PCR) é diferente de uma

constatação de morte biológica irreversível, caracterizada por deterioração irreversível

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dos órgãos e sistemas, que se segue à PCR, quando não são instituídas as manobras de

circulação e oxigenação e de morte encefálica, que é caracterizada pela necrose do

tronco e do córtex cerebral pela falta de oxigenação por mais de 5 minutos.

Sendo assim, a constatação da morte de uma vítima está associada com a

presença de um médico e pela realização de exames específicos.

A constatação imediata da PCR, assim como o reconhecimento da gravidade da

situação, é de fundamental importância, pois permite iniciar prontamente as manobras

de reanimação, antes mesmo da chegada de outras pessoas e de equipamento

adequado. Evita-se, dessa forma, uma maior deterioração do sistema nervoso central

(SNC) e de outros órgãos nobres.

Se uma pessoa permanecer de 4 a 6 minutos sem oxigênio, as células cerebrais

morrem rapidamente.

A parada cardiorrespiratória pode ocorrer sem aviso e requer primeiros socorros

rápidos. O diagnóstico da PCR deve ser feito com a maior rapidez e pode ser identificada

por sinais e sintomas que precedem a PCR e por sinais clínicos de uma PCR.

Sinais Clínicos de uma PCR:

• Inconsciência;

• Ausência de movimentos respiratórios, ou respiração tipo gasping;

• Ausência de pulsos em grandes artérias (femoral e carótidas) ou ausência

de sinais de circulação;

• Pele pálida (esbranquiçada) e fria;

• Cianose (cor arroxeada nos lábios e unhas);

• Dilatação de pupilas (nem sempre presente).

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Reanimação Cardiopulmonar (RCP)

Após a realização da avaliação do nível de consciência, constatar que a vítima está

inconsciente, checar a ausência da respiração e os sinais que foram mencionados na

parada cardiorrespiratória, devemos iniciar rapidamente o protocolo de suporte básico

de vida – RCP – cujo conjunto de ações é determinado pelas letras do, são elas: C-A-B

(Compressão, abrir via aérea e Boa ventilação).

A ressuscitação cardiopulmonar, reanimação cardiopulmonar (RCP) ou ainda

reanimação cardiorrespiratória (RCR) é um conjunto de manobras destinadas a garantir

a oxigenação dos órgãos quando a circulação do sanguínea para subitamente (parada

cardiorrespiratória). Nesta situação, se o sangue não é bombeado para os órgãos vitais,

como o cérebro e o coração, esses órgãos acabam por entrar em falência, pondo em

risco a vida da pessoa.

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Os procedimentos básicos da RCP:

• Coloque a vítima deitada de costas sobre superfície dura;

• Coloque suas mãos sobrepostas no meio do esterno com os braços

estendidos;

• Os dedos devem ficar abertos e não tocam a parede do tórax;

• Faça a seguir uma pressão, com bastante vigor, para que se abaixe o

esterno comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral;

• Descomprima em seguida;

• Desobstrua as vias aéreas (com cautela, pois pode haver danos na

cervical);

• Afrouxe as roupas da vítima, principalmente em volta do pescoço, peito e

cintura;

• Verifique se há qualquer coisa ou objeto obstruindo a boca ou garganta da

vítima;

• Inicie a respiração de socorro tão logo tenha a vítima sido colocada na

posição correta. Cada segundo é precioso.

As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE enfatizam, mais uma vez, a

necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo:

• Frequência de compressão cardíaca: de 100 a 120/minutos;

• Profundidade de compressão externa: de 5 a 6 cm em adultos, e de um

terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebes e crianças (4 cm em

bebes e 5 cm em crianças).

• Retorno total do tórax após cada compressão.

• Minimização das interrupções nas compressões torácicas.

• Evitar excesso de ventilação.

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Outro fator importante é o posicionamento apropriado da vítima e do socorrista.

Para uma boa realização a vítima deve ser deitada de costas sobre uma superfície firme

e estável. Se for preciso movê-la para colocá-la de costas, considere primeiro a

possibilidade de trauma cervical.

A interrupção da RCP somente poderá ocorrer após ordem médica ou por cansaço

extremo do socorrista, que impossibilite o prosseguimento das manobras. Obviamente,

caso seja restabelecida a função cardíaca, deve-se cessar a massagem.

❖ Compressão

Localize o ponto correto para colocar o “calcanhar” da mão (base da mão) no

centro do tórax da vítima (no meio de esterno – quatro dedos acima do processo xifóide,

ou na junção de duas linhas imaginária, uma na altura dos mamilos e a outra do nariz ao

umbigo) e de joelhos, mantenha o corpo firme (sem fletir os cotovelos com o seu tronco

alinhado sobre a vítima) mantendo os braços completamente esticados.

Agora cruze as mãos entrelaçando os dedos, e comprima o tórax pelo menos 5

(cinco) cm – para adultos.

❖ Abertura de vias aéreas

Primeiro abra a boca colocando uma de suas mãos na testa da vítima com os

dedos polegar e indicador em forma de C e a outra mão posicione abaixo do queixo com

os dedos indicador e médio fazendo uma pequena força, empurrando a cabeça da vítima

para traz realizando uma leve hiperextensão do pescoço (lembre-se que ao fazer essa

manobra você deve abrir a via aérea e não fechar a boca da vítima) e logo em seguida,

visualizar o interior da boca observando se há algum corpo estranho obstruindo a

passagem de ar.

Observação: Havendo indícios de trauma providencie a estabilização da coluna

cervical utilizando as mãos ou o equipamento adequado (Colar Cervical).

A escolha e a colocação do Colar Cervical são de extrema importância, pois o seu

uso incorreto pode não causar o efeito desejado ou até causar danos irreversíveis.

❖ Boa ventilação

Procure utilizar os equipamentos necessários para tal. São eles; AMBU (BMV –

bolsa-máscara-ventilatória) e Pocket Mask. Realize 2 (duas) ventilações rápidas – 1

(um) segundo para cada ventilação – permitindo que o ar entre, seja “inspirado”. Neste

momento você já deve estar posicionado ao lado da vítima na direção da cabeça e de

frente para o outro socorrista. A mascarilha deve ficar bem vedada na face da vítima

evitando a perda de ar.

❖ Esquema para RCP Conforme AHA-2015

Abreviações:

• DEA/DAE: Desfibrilador Automático Externo.

• AP: Anteroposterior.

• RCP: Ressuscitação Cardiopulmonar.

• PS: Profissional de Saúde.

• Excluindo-se recém nascidos, cuja etiologia da PCR é, quase sempre,

asfixia.

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10.5 HEMORRAGIAS

A seriedade da hemorragia depende de:

Tipo de vaso sanguíneo envolvido;

Quantidade de sangue perdido;

Velocidade da perda de sangue; e/ou

Local do sangramento.

Quanto ao Tipo do Vaso Rompido

Hemorragia arterial

O sangramento acontece em jatos intermitentes, no mesmo ritmo das contrações

cardíacas. Sua coloração é um vermelho vivo. A pressão arterial torna este tipo de

hemorragia mais grave que um sangramento venoso devido à velocidade da perda

sanguínea, bem como a qualidade do sangue perdido, visto que o sangue arterial é rico

em O2.

Hemorragia venosa

Sangramento contínuo, de coloração vermelha escura. Esse sangue é pobre em oxigênio

e rico em gás carbônico.

Hemorragia capilar

Sangramento contínuo com fluxo lento como visto em arranhões e cortes superficiais da

pele. Considerando que as artérias estão localizadas mais profundamente na estrutura

do corpo, as hemorragias venosa e capilar são mais comuns do que a do tipo arterial.

TÉCNICAS DE CONTENÇÃO DE HEMORRAGIA

Compressão direta ou local

Este é o método mais rápido e mais efetivo para

controlar uma hemorragia. Hemorragias externas, na

maioria das vezes, são controladas por uma

compressão diretamente sobre o ferimento com o uso

de um curativo estéril ou pano limpo. Esta compressão

não deve ser interrompida até a coagulação, o que

pode ocorrer de 6 a 8 minutos nas hemorragias mais

intensas. Caso seja interrompida precocemente, poderá

ocorrer a remoção do coágulo semi-formado iniciando

novamente a hemorragia. As compressas encharcadas

de sangue devem ser mantidas no local, caso

necessário, deve-se sobrepor novas compressas secas. Se possível, deve-se fixar as

compressas sobre o ferimento com bandagens próprias. Ao realizar uma compressão

direta, fazer o uso de luvas de procedimentos, evitando assim o contato direto com o

sangue da vítima. Atente para o pulso distal para que a compressão não venha

comprometer a circulação dos tecidos adjacentes. Caso isto ocorra, a compressão

exercida deverá ser diminuída.

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Elevação de membros

Pode ser combinada com a compressão direta em hemorragias nos membros,

desde que, não haja suspeita de fraturas. Os efeitos da gravidade diminuem a pressão

sanguínea na área afetada, reduzindo assim a intensidade do sangramento.

O ferimento deve ficar acima do nível do coração para que os efeitos desejados

sejam alcançados.

Torniquete

A real necessidade do uso deste método deve ser considerada por se tratar de um

procedimento extremo e de último recurso para controlar uma hemorragia grave, pelos

riscos que o cercam. Muitas vezes um curativo compressivo é a melhor opção.

Em uma situação onde ocorra uma amputação traumática, o sangramento pode

ser pequeno, ao contrário do que se espera, pois a artéria envolvida entra em constrição

pela ação reflexa dos nervos simpáticos. Tal fato justifica o uso da compressão direta ao

invés de um torniquete. Sendo inevitável o uso deste procedimento, ou seja, após todos

os métodos citados anteriormente falharem, o socorrista deverá estar atento aos

cuidados que envolvem esta técnica, pois, quando mal realizada, poderá induzir a uma

eventual perda do membro afetado, quando não se tratar de amputação total.

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11. NOÇÕES DE RESGATES EM ESPAÇOS CONFINADOS

Diante da infinidade de cenários possíveis de acidentes, as empresas deverão

implementar dentro de sua gestão de trabalhos em espaços confinados um

procedimento operacional para atendimento de resgates e emergências médicas com

equipe especializada e preparada para as ocorrências de remoção e pronto atendimento

dos trabalhadores vítimas de acidentes. Toda vez em que for realizado algum trabalho

em espaço confinado, independente do potencial de risco para vida ou saúde do

trabalhador, a equipe de resgate deverá estar, antecipadamente ciente da execução dos

serviços, disponível e aposta com todos os seus equipamentos necessários preparados.

11.1 SERVIÇO DE EMERGÊNCIA E RESGATE

A NR-33 dispõe a obrigação dos empregados de elaborar e implementar um

procedimento de resgate que inclua, no mínimo, o seguinte:

Descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de

Riscos;

Descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem

executadas em caso de emergência;

Seleção técnica de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de

emergência, busca resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;

Acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das

medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado;

Exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes

em espaços confinados.

NBR 16

11.2 SURGIMENTO DE UMA EMERGÊNCIA

Seriam impensáveis resgates com um só resgatista. Sabemos que em qualquer

atividade em espaço confinado, não se trabalha sozinho.

O resgate, dependendo da sua complexidade, poderá exigir um número maior de

componentes, cada qual com sua tarefa.

Acionar a equipe;

Organizar a equipe;

Delegar tarefas;

Planejamento.

11.3 ANÁLISE DOS RISCOS

O resgatista deverá receber as informações inicias sobre o acidente através do

vigia ou do responsável pela entrada, e que seja capaz de transmitir informações

seguras, tanto com relação à configuração do local, quanto aos procedimentos de

controle das atividades inerentes a ele. O resgatista deverá monitorar a presença dos

riscos referentes à deficiência de oxigênio, exposição a atmosferas contaminadas,

explosões, incêndios e para os demais riscos mecânicos, elétricos e ergonômicos e

psicológicos.

Isolar a área, estabelecer um perímetro;

Obter a permissão de entrada;

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Número de vítimas;

Condições e localização das vítimas;

Consultar os limites de tolerância e a FISPQ, se necessário.

11.4 AVALIAÇÃO DOS RECURSOS E CONTROLE DE RISCOS

Não devemos adentrar num espaço confinado até que esteja seguro e garantido

de que toda a assistência está presente, ainda que seja uma operação de resgate. Após

a identificação dos riscos, será procedida uma avaliação que elimine os riscos existentes

ou que venha proteger a equipe de resgate e a vítima, caso a existência dos riscos ainda

persista. Neste passo escolhemos as medidas de controle adequado e os EPI. A

velocidade do resgate também deve ser um fator a se considerar, mas sempre

respeitando em primeiro lugar a segurança do próprio resgatista. Dados estatísticos na

NIOSH revelam que 60% das mortes ocorridas em espaços confinados foram do

resgatistas.

O resgatista deverá conhecer e saber usar o seu EPI corretamente e possuir

habilidades para lidar com possíveis incômodos provocados pelo próprio equipamento. A

escolha errada ou mau uso do EPI poderá contribuir para o fracasso da operação.

11.5 SEGURANÇA DOS PROCEDIMENTOS DE RESGATE DURANTE A

OPERAÇÃO

O fundamental para toda a operação de resgate é que ela esteja sendo

desenvolvida sob as mais seguras condições de controle dos riscos. Se o acidente foi

ocasionado pela presença de um risco atmosférico qualquer (presença de um gás

tóxico), isso poderá ser um sinal de as medidas de controle daquela entrada programada

falharam. Portanto, o comando da equipe de resgate deverá solicitar um novo check list

quanto aos procedimentos de fechamento de válvulas ou de bloqueio de tubulações,

corte da energia elétrica, a utilização de ventiladores/exaustores, medição de gases,

proteção respiratória e etc., sempre mantendo algum tipo de proteção que assegure que

nenhuma dessas medidas seja violada.

11.6 SOLUÇÕES ALTERNATIVAS

É a capacidade de improviso da equipe. Caso o procedimento padrão de resgate seja

impossível de ser aplicado, a equipe de resgate deverá ter sempre um “Plano B”. Como

levantado no item anterior o tempo de resposta ao resgate é uma variável muito

importante, logo que a equipe não poderá perder nenhum dos escassos minutos ao se

deparar com dificuldades que retardem a sua operação.

11.7 ENTRADA PARA RESGATE

Deve ser precedida de uma tentativa de resgate utilizando somente os

dispositivos de movimentação, já montados e que estejam ainda conectados à vítima.

Caso não seja possível, entrada para resgate é autorizada. Portanto, a operação poderá

ser resumida na seguinte sequência:

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NR-33 – Curso de Espaço Confinado – 16h

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Pré-entrada

a) Primeiro levantamento ainda na preparação de entrada para trabalho;

b) Sustentar ventilação;

c) Iniciar contato com a vítima;

d) Tentar determinar qual foi o mecanismo de lesão;

e) Atendimento psicológico da vítima.

Entrada

a) Equipe de reserva também preparada;

b) Comunicação constante;

c) Iluminação;

d) Localizar a vítima rapidamente;

e) Estabilizar a vítima, primeiro atendimento;

f) Providenciar suprimento de ar respirável se necessário;

g) Imobilizar a vítima se possível;

h) Empacotar e transportar a vítima;

i) Remover a vítima;

j) Remover os resgatistas;

k) Atendimento especializado para vítimas e, se necessário, para os resgatistas;

l) Desmontagem dos sistemas e recolhimento dos equipamentos;

m) Higienização dos equipamentos e descontaminação, se necessária;

n) Avaliação do estado físico e mental dos resgatistas;

o) Avaliação do relatório final da operação.

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11.8 ANEXO II DA NR-33 – PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO (PET)

Modelo de caráter informativo para elaboração da Permissão de Entrada e

Trabalho em Espaço Confinado.

Caráter informativo para elaboração da Permissão de Entrada e Trabalho em Espaço

Confinado

Nome da empresa:

Local do espaço confinado: Espaço confinado n.º:

Data e horário da

emissão: Data e horário do término:

Trabalho a ser realizado:

Trabalhadores autorizados:

Vigia: Equipe de resgate:

Supervisor de Entrada:

Procedimentos que devem ser completados antes da entrada

1. Isolamento S ( ) N ( )

2. Teste inicial da atmosfera: horário___________

Oxigênio % O2

Inflamáveis % LIE

Gases/vapores tóxicos ppm

Poeiras/fumos/névoas tóxicas mg/m

3

Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:

3. Bloqueios, travamento e etiquetagem N/A

( )

S

( ) N ( )

4. Purga e/ou lavagem

N /A

( )

S

( ) N ( )

5. Ventilação/exaustão - tipo, equipamento e tempo N /A

( )

S

( ) N ( )

6. Teste após ventilação e isolamento: horário ___________

Oxigênio

% O2 >

19,5% ou <

23,0 %

Inflamáveis %LIE < 10%

Gases/vapores tóxicos ppm

Poeiras/fumos/névoas tóxicas mg/m 3

Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:

7. Iluminação geral N/A( ) S( ) N ( )

8. Procedimentos de comunicação: N/A( ) S( ) N ( )

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9. Procedimentos de resgate: N/A( ) S( ) N ( )

10. Procedimentos e proteção de movimentação vertical: N/A( ) S( ) N ( )

11. Treinamento de todos os trabalhadores? É atual? N/A( ) S( ) N ( )

12. Equipamentos:

13. Equipamento de monitoramento contínuo de gases aprovados e certificados

por um Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para

trabalho em áreas potencialmente explosivas de leitura direta com alarmes em

condições:

S( ) N ( )

Lanternas N/A( ) S( ) N ( )

Roupa de proteção N/A( ) S( ) N ( )

Extintores de incêndio N/A( ) S( ) N ( )

Capacetes, botas, luvas N/A( ) S( ) N ( )

Equipamentos de proteção respiratória/autônomo ou sistema de ar

mandado com cilindro de escape N/A( ) S( ) N ( )

Cinturão de segurança e linhas de vida para os trabalhadores autorizado S( ) N ( )

Cinturão de segurança e linhas de vida para a equipe de resgate N/A( ) S( ) N ( )

Escada N/A( ) S( ) N ( )

Equipamentos de movimentação vertical/suportes externos N/A( ) S( ) N ( )

Equipamentos de comunicação eletrônica aprovados e certificados por

um Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para

trabalho em áreas potencialmente

explosivas_______________________________________

N/A( ) S( ) N ( )

Equipamento de proteção respiratória autônomo ou sistema de ar mandado com

cilindro de escape para a equipe de resgate

_________________________________

S( ) N ( )

Equipamentos elétricos e eletrônicos aprovados e certificados por um

Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para

trabalho em áreas potencialmente explosivas

_______________________________________

N/A( ) S( ) N ( )

Legenda : N/A - "não se aplica"; N - "não"; S - "sim".

Procedimentos que devem ser completados durante o desenvolvimento dos trabalhos

Permissão de trabalhos a quente N/A( ) S( ) N ( )

Procedimentos de Emergência e Resgate

Telefones e contatos:

Ambulância:___________ Bombeiros:__________

Segurança:_________

Legenda: N/A - "não se aplica"; N - "não"; S - "sim".

A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca na coluna "não". A falta de monitoramento contínuo da atmosfera no interior do espaço confinado, alarme, ordem do Vigia

ou qualquer situação de risco à segurança dos trabalhadores, implica no abandono imediato da área Qualquer saída de toda equipe por qualquer motivo implica a emissão de nova permissão de entrada. Esta permissão de entrada deverá ficar exposta no local de trabalho até o seu término. Após o trabalho, esta permissão deverá ser arquivada.

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12. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Os seguintes documentos foram usados como fonte de informação durante a

preparação deste manual de referência.

• Ministério do Trabalho e Emprego – NR-33: Segurança e Saúde nos Trabalhos

em Espaços Confinados.

• Ministério do Trabalho e Emprego – NR-15: Atividades e Operações Insalubres.

• Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 16577:2017: Espaço

Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção.

• Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 14.606: Postos de Serviços –

Entrada em Espaço Confinado.

• OSHA – REGULATIONS (Standards – 29 CRF) Permit-Required Confined

Spaces-1910.146.

• NIOSH – Working in Confined Spaces, December 1979. (Publication n°80-106).

• NIOSH – A Guide to Safety in Confined Spaces, July 1987. (Publication n°87-

113).