nr 18 - segurança no trabalho em altura - caderno do aluno

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Anotações Segurança e Saúde ns Trabalhos Realizados em Altura 1 SEGURANÇA NOS TRABALHOS REALIZADOS EM ALTURA caderno do aluno

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SEGURANÇA NOS TRABALHOS REALIZADOS

EM ALTURA

caderno do aluno

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Diretoria Executiva GeralSuperintendência Técnica

Coordenação de Promoção Social e Desenvolvimento Profissional

Segurança e Saúde nos Trabalhos Realizados em AlturaCaderno do Aluno

Elaboração, conteúdo técnico, diagramação e ilustraçãoEscola do Transporte

Versão 1.111 de novembro de 2010

Fale com o SEST/SENAT0800.7282891

www.sestsenat.org.br

Segurança nos trabalhos realizados em altura. – Brasília : SEST/SENAT, 2010. 38 p. : il. 1. Transporte de pessoas. 2. Movimentação de material. 3. Segurança do trabalho. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte.

CDU 656:331.47

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SEGURANÇA E SAúDE NOS TRABALHOS REALIZADOS

EM ALTURAUnidade 1 – Atividades desenvolvidas em altura ......................................................................................................7

Apresentação ...............................................................................................................................................9Objetivos .......................................................................................................................................................9Introdução ....................................................................................................................................................9Desenvolvimento .........................................................................................................................................91. Trabalhos realizados em altura ............................................................................................................9 2. Acidentes nos trabalhos em altura .................................................................................................... 113. Escadas .................................................................................................................................................... 11Conclusão.................................................................................................................................................... 13Exercícios de fixação ................................................................................................................................ 13

Unidade 2 – Movimentação e transporte de materiais e pessoas ........................................................................... 15Apresentação ............................................................................................................................................. 17Objetivos ..................................................................................................................................................... 17Introdução .................................................................................................................................................. 17Desenvolvimento ....................................................................................................................................... 171. Recomendações gerais ........................................................................................................................ 17 2. Elevadores de Transporte de Materiais ........................................................................................... 183. Elevadores de Passageiros ................................................................................................................. 19 4. Torres de Elevadores ........................................................................................................................... 19 5. Uso de Cesta Aérea ............................................................................................................................. 20 Conclusão................................................................................................................................................... 20Exercícios de fixação ................................................................................................................................ 21

Unidade 3 – Andaimes e plataformas de trabalho ..................................................................................................23Apresentação ............................................................................................................................................ 25Objetivos .................................................................................................................................................... 25Introdução ................................................................................................................................................. 25Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 251. Uso de andaimes ................................................................................................................................... 252. Plataforma de trabalho ...................................................................................................................... 26Conclusão................................................................................................................................................... 28Exercícios de fixação ............................................................................................................................... 29

Unidade 4 – Medidas de proteção contra quedas ................................................................................................... 31Apresentação ............................................................................................................................................ 33Objetivos .................................................................................................................................................... 33Introdução ................................................................................................................................................. 33Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 331. Recomendações gerais de proteção ................................................................................................ 332. Sistema Limitador de Quedas de Altura ........................................................................................ 343. Equipamentos de Proteção Individual ............................................................................................ 35 Conclusão................................................................................................................................................... 36Exercícios de fixação ................................................................................................................................37

Referências Bibliográficas ....................................................................................................................................38

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APRESENTAÇÃO

Prezados Alunos

Desejamos-lhes boas vindas ao curso de Segurança nos Trabalhos Realizados em Altura! Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências que vocês já possuem!

Os trabalhadores são os elementos fundamentais na realização de diversas atividades e, portanto, eles devem ser valorizados e preservados. Nesse contexto, os cuidados com sua saúde e segurança no trabalho são imprescindíveis quando o propósito é manter o ambiente de trabalho saudável e produtivo.

Diversas atividades são desenvolvidas em locais elevados, que oferecem riscos à saúde do tra-balhador e ao seu bem estar, sendo obrigatório ao empregador prover os trabalhadores de condições mínimas de segurança e saúde aos trabalhadores. A fim de prepará-los para as atividades nesses locais, devem ser realizados treinamentos para que eles sejam alertados quanto aos riscos a que estão subme-tidos, a forma de preveni-los e os procedimentos a serem adotados em situações de risco.

Dessa forma, o presente curso foi desenvolvido para que os trabalhadores que realizam atividades em altura agreguem conhecimento e se conscientizem sobre os riscos que estas atividades apresentam, ajudando a promover melhores condições de saúde e segurança em seu trabalho. Para tanto, foram utili-zadas algumas referências bibliográficas, apresentadas ao final deste material, que serviram como base para seu desenvolvimento e elaboração.

No início de cada unidade vocês serão informados a respeito do conteúdo a ser abordado e os ob-jetivos a alcançarem.

O texto contém ícones com a finalidade de orientar o estudo, estruturar o texto e ajudá-los na com-preensão do conteúdo. Vocês também encontrarão situações extraídas do cotidiano, conceitos, exercí-cios de fixação e atividades de aprendizagem. Confiram o significado de cada ícone:

O curso está dividido em unidades para facilitar o aprendizado. Esperamos que ele seja muito proveitoso para vocês! Nosso desejo maior é apresentar-lhes dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-los a resolver os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.

Bom estudo!

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ATIvIDADES DESENvOLvIDAS EM ALTURA

UNIDADE 1

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APRESENTAÇÃO

Para iniciar o curso, vamos entender o que são os trabalhos realiza-dos em altura, e conhecer algumas atividades desenvolvidas nessas condi-ções que oferecem riscos à segurança e à saúde do trabalhador.

OBjETIvOS

Os objetivos desta unidade são:

• Apresentar os conceitos relacionados aos trabalhos em altura;

• Identificar algumas atividades desenvolvidas em locais elevados.

INTRODUÇÃO

A NR-18, publicada pela Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organiza-ção, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas pre-ventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. Muitas dessas atividades são desempe-nhadas em locais elevados. Vamos conhecer algumas.

DESENvOLvIMENTO

1. Trabalhos realizados em altura

Trabalho em altura é qualquer atividade que o trabalhador execute em local acima do nível do solo. Para trabalhos em altura acima de 2m, além do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) básicos, é obrigatória a utilização do cinturão de segurança tipo paraquedista. Para realizarem ativi-dades em altura, os trabalhadores devem:

a) Possuir Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), emitido por um médico do trabalho, responsável pela execução do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) nas empresas, habilitando-os a executar traba-lhos em locais elevados. A validade do ASO para trabalho em altura é de 6 me-ses. A data do vencimento do ASO e a anotação de “apto para altura” deverá constar no crachá do funcionário;

b) Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, paralisando a ati-vidade caso percebam qualquer alteração em suas condições;

c) Estar treinados e orientados sobre todos os riscos envolvidos.

Todo trabalho em altura deverá ser previamente autorizado pela Comis-são Interna de Prevenção de Acidentes, por meio da emissão de Autorização para Trabalho em Altura. Somente poderão trabalhar nesses locais aqueles que possuírem a Autorização para Trabalho, específica e válida somente para cada trabalho em altura a ser realizado.

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Segurança e Saúde ns Trabalhos Realizados em Altura

As regras determinadas pela NR-18 aplicam-se a todos os serviços re-alizados, por colaboradores internos ou terceirizados, nos trabalhos realiza-dos em altura. São exemplos de atividades que oferecem riscos de queda ao trabalhador:

• Manutenção em telhados (telhas, rufos, chaminés, exaustores, etc.);

• Manutenção de lajes e vãos de acesso a elevadores, escadas ou rampas;

• Pintura, limpeza, lavagem e serviços de alvenaria nas fachadas e va-randas;

• Instalação e manutenção elétrica de iluminação pública;

• Manutenção de redes hidráulicas elevadas;

• Montagem e desmontagem de andaimes.

Antes do início de qualquer trabalho em altura, deverá ser feita uma rigo-rosa inspeção pelo encarregado do setor, pelo responsável pelo trabalho e pelo representante de Segurança do Trabalho da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. O local deverá ser sinalizado utilizando-se placas indicativas e/ou cones, e deverá ser feito um isolamento para prevenir acidentes com tran-seuntes ou pessoas que estejam trabalhando em locais inferiores, abaixo.

O transporte vertical de materiais, para cima ou para baixo, deverá ser feito preferencialmente com a utilização de cordas em cestos especiais ou de outra forma mais adequada. Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente em atividades sobre andaimes, plataformas ou qualquer outra estrutura elevada, evitando-se acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob essas estruturas. Além disso, as fer-ramentas não devem ser transportadas em bolsos, mas em sacolas especiais ou cintos apropriados.

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2. Acidentes nos trabalhos em altura

As estatísticas brasileiras mostram que a falta de proteção em situ-ações de risco nos trabalhos em altura é a causa principal do elevado nú-mero de acidentes fatais, vitimando centenas de trabalhadores a cada ano. Uma pesquisa realizada no Rio Grande do Sul, na década de 1990, estudou a incidência dos acidentes com danos à saúde dos trabalhadores nas ativida-des da construção civil. De acordo com os resultados apresentados por essa pesquisa, aproximadamente 18% de todos os acidentes com danos à saúde do trabalhador envolvem quedas com diferença de nível, ou seja, durante a realização de trabalhos em altura.

Fonte: adaptado de Costella (1997)

É importante lembrar que esses acidentes ocorrem devido às condições precárias de segurança do trabalhador nas obras. As principais causas das quedas com diferença de nível em obras são:

• Perda de equilíbrio do trabalhador à beira do espaço, sem proteção;

• Ausência de dispositivo de proteção;

• Falha de instalação do dispositivo de proteção;

• Método impróprio de trabalho;

• Contato acidental com condutor ou rede de tensão elétrica;

• Trabalhador inapto para trabalho em altura.

3. Escadas

O uso de escadas inadequadas ao trabalho pode ser um dos fatores de queda do trabalhador. As escadas sempre devem ser inspecionadas antes de serem usadas, certificando-se de que estejam em perfeitas condições de uso. Qualquer escada defeituosa deve ser imediatamente retirada de uso.

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Segurança e Saúde ns Trabalhos Realizados em Altura

3.1. Classificação das escadas:

a) Escada simples (singela) - é aquela constituída por dois montantes interligados por degraus;

b) Escada de abrir - é aquela formada por duas escadas simples ligadas entre si pela parte superior, por meio de dobradiças resistentes;

c) Escada de extensão ou prolongável - é aquela constituída por duas escadas simples que se deslizam verticalmente uma sobre a outra, por meio de um conjunto formado por polia, corda, trava e guias.

As escadas de extensão não devem ter suas partes separadas, evitando a quebra de polias e a danificação dos engates. As escadas simples não devem possuir mais de 7m de comprimento; as escadas de extensão não devem ter mais de 12m; e as escadas de abrir não devem ter mais de 6m, devendo ser abertas até o fim do seu curso, com o tirante limitador bem encaixado, antes de ser utilizada.

3.2. Requisitos gerais para uso de escadas

Toda escada deve possuir uma base sólida, antiderrapante, com extremos inferiores (pés) nivelados. Não utilize escadas com pés ou degraus quebrados, soltos, podres, emendados, amassados, trincados ou rachados, ou faltando pa-rafusos ou acessórios de fixação.

A escada deve ser apoiada em piso sólido, nivelado e resisten-te, para evitar recalque ou afundamento. Para maior estabili-dade, é necessário que seu ângulo em relação ao piso tenha o valor aproximado de 75º, podendo variar entre 65º a 80º. Não a apoie em superfícies instáveis, tais como, caixas, tubulações, tambores, rampas, superfícies de andaimes ou, ainda, em lo-cais onde haja risco de queda de objetos. Sobre pisos moles, providencie uma base sólida e antiderrapante. Em locais de trânsito de veículos, a escada deve ser protegida com sinaliza-ção e barreira.

As escadas portáteis (de mão) devem ter uso restrito, para o acesso a local de nível diferente, e para a execução de serviços de pequeno porte e que não excedam sua capacidade máxima de suporte de carga. Para jornadas de trabalho prolongadas, recomenda-se a instalação de andaimes.

Serviços que requeiram a utilização simultânea das mãos somente po-dem ser realizados com uma escada de abrir de degraus largos, ou, quando possível, pela utilização de um talabarte envolto em estrutura rígida (por exem-plo: manutenção de postes). É obrigatório o uso de cinturão de segurança tipo paraquedista em trabalhos de pequeno porte acima de 2m de altura, que deve ser fixado em um ponto de ancoragem, fora da escada. Quando este procedi-mento não for possível, utilizar andaime ou plataforma elevatória.

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CONCLUSÃO

Considerando-se que a execução do trabalho de acordo com o que dizem as normas e regulamentos constitui o meio mais seguro para evitar que tra-balhadores se acidentem, a Segurança do Trabalho mostra-se parte integran-te das responsabilidades de trabalhadores e empregadores. Compete a cada funcionário, em seu próprio interesse e no de seus companheiros, comportar--se de modo a garantir sua segurança pessoal e patrimonial, a segurança dos colegas de trabalho e a segurança de terceiros em geral.

Marque com um “X” as alternativas corretas:

1) A escada ____________ é formada por duas escadas simples ligadas entre si pela parte superior, por meio de dobradiças resistentes.

( ) Escada simples.

( ) Escada de abrir.

( ) Escada prolongável.

( ) Escada singela.

2) Qualquer trabalho em altura poderá oferecer riscos. Por isso, deverá ser feita, previamente, rigorosa inspeção pelo encarregado do setor onde vão ser realizados os trabalhos, pelo responsável pelos trabalhos e pelos represen-tantes de Segurança do Trabalho.

( ) Certo ( ) Errado

3) Os acidentes que ocorrem em obras podem ter causas diversas. Con-siderando-se os acidentes com atividades realizadas em altura, podem ser possíveis causas (marque uma ou mais alternativas):

( ) Perda de equilíbrio do trabalhador à beira do espaço, sem proteção.

( ) Presença de escadas e rampas.

( ) Contato acidental com condutor ou rede de tensão elétrica.

( ) Limpeza interna dos edifícios.

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MOvIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS

UNIDADE 2

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APRESENTAÇÃO

Nesta unidade vamos conhecer os requisitos a cumprir nas operações de movimentação vertical e transporte de materiais e pessoas nas obras, ou outros serviços realizados em altura.

OBjETIvOS

Os objetivos desta unidade são:

• Apresentar as recomendações gerais para movimentação e transporte de materiais e pessoas;

• Conhecer alguns equipamentos utilizados para a movimentação.

INTRODUÇÃO

O item 18.14 da NR-18 trata especificamente das operações de movimenta-ção e transporte de materiais e pessoas nas atividades de construção. Para ga-rantir a segurança dos trabalhadores e das pessoas que passam perto das obras é necessário aplicar os procedimentos recomendados. Vamos conhecê-los.

DESENvOLvIMENTO

1. Recomendações gerais

Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas só poderão ser dimensionados por profissional legalmente habilitado. Além disso, eles só devem ser operados por trabalhador qualificado, cuja fun-ção deverá estar anotada em Carteira de Trabalho.

No transporte vertical e horizontal de concreto, argamassas ou outros materiais, é proibida a circulação ou a permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga, devendo esta ser isolada e sinalizada. No transporte e descarga dos perfis, vigas e elementos estruturais, devem ser adotadas me-didas preventivas quanto à sinalização e isolamento da área.

Antes de iniciar os serviços, os equipamentos de guindar e transportar devem ser vistoriados por trabalhador qualificado, que deverá avaliar a capa-cidade de carga, a altura de elevação e o estado geral do equipamento. Todas as manobras devem ser executadas por trabalhador qualificado e por meio de código de sinais convencionados. O guincho do elevador deve ser dotado de chave de partida e bloqueio que impeça o seu acionamento por pessoa não autorizada.

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Segurança e Saúde ns Trabalhos Realizados em Altura

A NR-18 estabelece medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambien-te de trabalho na Indústria da Construção. Para conhecer os requisitos de segurança elencados por essa norma, consulte o site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE): <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras>.

2. Elevadores de Transporte de Materiais

Os elevadores de materiais devem dispor de:

• Sistema de frenagem automática;

• Sistema de segurança eletromecânica no limite superior, instalado a 2m abaixo da viga superior da torre;

• Sistema de trava de segurança, para mantê-lo parado em altura, além do freio do motor;

• Interruptor de corrente, para que só se movimente com portas ou pai-néis fechados;

• Dispositivo de tração na subida e descida, de modo a impedir a descida da cabina em queda livre (banguela);

• Botão em cada pavimento, para acionar lâmpada ou campainha junto ao guincheiro, a fim de garantir comunicação única;

• Painéis fixos de contenção nas laterais, com altura em torno de 1m e, nas demais faces, portas ou painéis removíveis;

• Cobertura fixa, basculante ou removível.

É proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais. Deve ser fixada uma placa no interior do elevador de material, contendo a indicação de carga máxima e a proibição de transporte de pessoas.

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3. Elevadores de Passageiros

Nos edifícios em construção com 8 (oito) ou mais pavimentos, ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de, pelo menos, um elevador de passa-geiros, devendo o seu percurso alcançar toda a extensão vertical da obra. Ele deverá ser instalado a partir da execução da 7ª laje. O elevador de passagei-ros deve dispor de:

• Interruptor nos finais de curso superior e inferior, conjugado com freio automático eletromecânico;

• Sistema de frenagem automática, que atue com efetividade em qual-quer situação tendente a ocasionar queda livre da cabina;

• Sistema de segurança eletromecânico situado a 2m abaixo da viga superior da torre, ou outro sistema que impeça o choque da cabina com esta viga;

• Interruptor de corrente, para que se movimente apenas com as portas fechadas;

• Cabina metálica com porta;

• Freio manual situado na cabina, interligado ao interruptor de corrente, que quando acionado desligue o motor.

É proibido o transporte simultâneo de carga e passageiros no elevador de passageiros. Em caso de utilização de elevador de passageiros para transporte de cargas ou materiais, o trans-porte de passageiros terá sempre prioridade. Neste caso, no interior do elevador deverá haver sinalização onde conste, de forma visível, os seguintes dizeres: “É PERMITIDO O USO DESTE ELEVADOR PARA TRANSPORTE DE MATERIAL, DESDE QUE NÃO SIMULTANEAMENTE COM O TRANSPORTE DE PES-SOAS”; ou outros que traduzam a mesma mensagem.

4. Torres de Elevadores

As torres de elevadores devem ser dimensionadas em função das car-gas a que estarão sujeitas, e equipadas com dispositivo de segurança que impeça a abertura da barreira (cancela) quando o elevador não estiver no nível do pavimento. Todos os acessos às torres devem ser providos de bar-reira com no mínimo 1,80m de altura, impedindo que as pessoas exponham alguma parte de seu corpo quando estiverem no seu interior. Na utilização de torres construídas de madeira, devem ser atendidas as seguintes exigências adicionais:

a) Permanência, na obra, do projeto e da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de projeto e execução da torre;

b) A madeira deve ser de boa qualidade e tratada.

As torres devem ser montadas e desmontadas por trabalhadores qua-lificados, afastadas das redes elétricas ou isoladas, e instaladas o mais próxi-mo possível da edificação.

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Os elementos estruturais (laterais e contraventos) componentes da torre devem ser mantidos em perfeito estado, sem deformações que possam com-prometer sua estabilidade. Ainda, as torres para elevadores de caçamba de-vem ser dotadas de dispositivos que mantenham a caçamba em equilíbrio.

O trecho da torre acima da última laje deve ser mantido estaiado pelos montantes posteriores, para evitar o tombamento da torre no sentido contrá-rio à edificação.

As rampas de acesso à torre de elevador devem:

a) Ser providas de sistema de guarda-corpo e rodapé;

b) Ter pisos de material resistente, sem apresentar aberturas;

c) Ser fixadas à estrutura do prédio e da torre;

d) Não ter inclinação descendente no sentido da torre.

5. Uso de Cesta Aérea

A cesta aérea é confeccionada em PVC e revestida com fibra de vidro, normalmente utilizada em equipamentos elevatórios (gruas), sendo de uso indi-vidual ou em duplas. As gruas podem estar instaladas em equipamentos fixos ou móveis (guindaste) e, neste caso, a cesta aérea deverá comportar duas pessoas.

Cestas aéreas são equipamentos bastante utilizados nas atividades de manutenção da rede elétrica, devido às suas características isolantes e por oferecerem melhores condições de conforto em relação à escada. Os movi-mentos das cestas possuem duplo comando (no veículo e na cesta), normal-mente operados pelo trabalhador nas próprias cestas. Ao trabalhar com cestas aéreas, o empregado deve amarrar-se a elas por meio de talabarte e cinturão de segurança, utilizando todos os demais equipamentos obrigatórios.

CONCLUSÃO

Devido à crescente preocupação em relação à segurança dos trabalha-dores, a legislação atual passou a exigir procedimentos mais rígidos, bem como o uso de equipamentos de seguran-ça mais adequados às atividades em altura. O intuito é assegurar que em nenhum momento, durante as movi-mentações na execução das tarefas, o trabalhador fique totalmente solto da estrutura, garantindo que esta seja seu ponto de apoio.

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Marque com um “X” as alternativas corretas:

1) Nas construções, as rampas que dão acesso à torre de elevadores devem:

( ) Ter pisos de material polido, sem ranhuras.

( ) Não apresentar inclinação.

( ) Ser providas de sistema de guarda-corpo e rodapé.

( ) Ser fixadas à estrutura do prédio e da torre.

2) Caso o elevador de passageiros seja utilizado também para transpor-te de cargas, desde que o uso não seja simultâneo, sempre haverá prioridade no transporte de:

( ) Cargas.

( ) Pessoas.

( ) Equipamentos.

( ) Material de construção.

3) Em qualquer obra, é proibido transportar pessoas nos elevadores de transporte de materiais. No interior do elevador deve haver uma placa con-tendo a indicação de carga máxima e de proibição de transporte de pessoas.

( ) Certo ( ) Errado

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ANDAIMES E PLATAfORMAS DE TRABALHO

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APRESENTAÇÃO

Muitos acidentes na construção civil ocorrem nas atividades realiza-das em andaimes e plataformas de trabalho. Nesta unidade vamos conhe-cer as normas de segurança que devem ser adotadas para proteção do trabalhador.

OBjETIvOS

Os objetivos desta unidade são:

• Apresentar as normas para utilização de andaimes;

• Identificar os procedimentos de segurança no uso de plataformas de trabalho.

INTRODUÇÃO

A NR-18 também apresenta medidas de controle e sistemas preventivos de segurança para situações em que são utilizados andaimes e plataformas de trabalho. Essas medidas envolvem a construção e a montagem desses equipa-mentos, bem como o comportamento preventivo do próprio trabalhador. O ane-xo IV da NR-18 detalha todos os aspectos que devem ser adotados em relação a Plataformas Aéreas de Trabalho (PAT). Vamos conhecer os principais.

DESENvOLvIMENTO

1. Uso de andaimes

Andaimes são construções provisórias auxiliares, munidas de platafor-mas horizontais elevadas, que devem sempre ser projetadas por profissional habilitado. Eles precisam ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estarão sujeitos. Após montados, necessitam atender aos seguintes requisitos:

• Dispor de guarda-corpo e rodapé de proteção em todo o seu perímetro;

• Estar perfeitamente alinhado na vertical. Em terrenos irregulares de-vem ser utilizadas placas de base ajustável (tipo macaco);

• Andaimes sobre rodízio só podem ser montados em piso firme e nivela-do. Eles não podem possuir mais do que 5m de altura, até o guarda-corpo da última plataforma;

• Os rodízios dos andaimes devem possuir travas em perfeitas condições de uso, para evitar que realizem movimentos indesejados;

• Para torres de andaimes com altura superior a quatro vezes a menor dimensão da base de apoio, é obrigatória sua fixação em estrutura firme que apresente resistência suficiente. Quando não for possível, elas de-vem ser estaiadas (fixadas por cabos de aço);

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• As plataformas de trabalho dos andaimes coletivos devem possuir uma largura mínima de 90cm;

• As plataformas de trabalho dos andaimes individuais devem possuir largura mínima de 60cm.

A plataforma de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, anti-derrapante, ser nivelada e fixada de modo seguro e resistente. Não é permitido nenhum tipo de fresta nos pisos, evitando-se a queda de ferramentas, trope-ções ou torções. O vão máximo permitido entre as pranchas é de 2cm.

É proibida a utilização de escada apoiada, ou outros equipamentos simi-lares, sobre o piso dos andaimes. Além disso, devem ser tomadas precauções especiais quando da montagem, desmontagem, e movimentação de andaimes próximos às redes elétricas.

De acordo com sua estrutura e forma de operação, os andaimes podem ser:

• Simplesmente apoiados;

• Fachadeiros (dispostos ao longo da fa-chada);

• Móveis (possuem rodízios);

• Em balanço e suspensos.

Andaimes suspensos ou em balanço de-vem ser providos de dispositivos para fixação de sistema guarda-corpo e rodapé, sendo proi-bida a fixação de sistemas de sustentação dos andaimes por meio de sacos com areia, pedras ou qualquer outro meio similar; eles devem ser convenientemente fixados à edificação. É também proibido o uso de cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentação dos andaimes suspensos.

Quando da utilização do sistema contrapeso como forma de fixação da estrutura de sustentação dos andaimes suspensos, ele deverá atender às se-guintes especificações mínimas:

a) Ser invariável (forma e peso especificados no projeto);

b) Ser fixado à estrutura de sustentação dos andaimes;

c) Ser de concreto, aço ou outro sólido não granulado, com seu peso co-nhecido e marcado de forma indelével em cada peça; e,

d) Ter contraventamentos que impeçam seu deslocamento horizontal.

2. Plataforma de trabalho

De acordo com o Anexo IV da NR-18, Plataforma de Trabalho Aé-reo (PTA) é o equipamento móvel, autopropelido ou não, dotado de uma estação de trabalho (cesto ou plataforma) e sustentado em sua base por haste metálica (lança) ou tesoura, capaz de er-guer-se para atingir ponto ou local de trabalho elevado.

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2.1. Requisitos mínimos de segurança

A PTA deve atender às especificações técnicas do fabricante e ser do-tada de:

a) Dispositivos de segurança que garantam seu perfeito nivelamento no ponto de trabalho, conforme especificação do fabricante;

b) Alça de apoio interno;

c) Guarda-corpo que atenda às especificações do fabricante ou, na falta destas, ao disposto no item 18.13.5 da NR-18;

d) Painel de comando com botão de parada de emergência;

e) Dispositivo de emergência que possibilite baixar o trabalhador e a plataforma até o solo em caso de pane elétrica, hidráulica ou mecânica;

f) Sistema sonoro automático de sinalização durante a subida e a des-cida.

2.2. Operação

Cabe ao operador inspecionar diariamente o local de trabalho no qual será utilizada a PTA. Antes do uso ou no início de cada turno, deve ser reali-zada inspeção visual e teste funcional na PTA, verificando-se o perfeito ajuste e funcionamento de seus itens e comandos. Antes e durante a movimentação da PTA, o operador deve manter:

• Visão clara do caminho a ser percorrido;

• Distância segura de obstáculos, depressões, rampas e outros fatores de risco, conforme especificado em projeto ou ordem de serviço;

• Distância mínima de obstáculos aéreos.

Durante o uso da PTA, o operador deve verificar a área de operação do equipamento, a fim de certificar-se de que:

a) A superfície de operação esteja de acordo com as condições especifi-cadas pelo fabricante e projeto;

b) Os obstáculos aéreos tenham sido removidos ou estejam a uma dis-tância adequada, de acordo com o projeto;

c) As distâncias para aproximação segura das linhas de força energiza-das e seus componentes sejam respeitadas, de acordo com o projeto;

d) Inexistam condições climáticas que indiquem a paralisação das ativi-dades;

e) Estejam presentes no local somente as pessoas autorizadas;

f) Não existam riscos adicionais de acidentes.

Todos os trabalhadores na PTA devem utilizar cinto de segurança tipo paraquedista ligado ao guarda-corpo do equipamento ou a outro dispositivo específico previsto pelo fabricante. Qualquer alteração no funcionamento da PTA deve ser relatada e reparada antes de se prosseguir com seu uso.

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2.3. Manutenção

É responsabilidade do proprietário da PTA seguir um programa de ma-nutenção preventiva de acordo com as recomendações do fabricante e com o ambiente de uso do equipamento, contemplando, no mínimo:

a) Verificação de todos os componentes, dispositivos e controles da PTA;

b) Ajuste e substituição de peças gastas ou danificadas;

c) Lubrificação de partes móveis;

d) Inspeção dos elementos do filtro, óleo hidráulico, óleo do motor e de refrigeração;

e) Inspeção visual dos componentes estruturais e de outros componen-tes críticos, tais como elementos de fixação e dispositivos de travamento.

Os equipamentos que não forem utilizados por um período superior a três meses devem ser submetidos a manutenção antes do retorno à operação. Quando identificadas falhas que coloquem em risco a operação, a PTA deve ser removida de serviço imediatamente, até que o reparo necessário seja efetuado.

As plataformas de trabalho aéreo devem atender ao disposto no Anexo IV da NR-18, incluído pela Portaria SIT n.º 40, de 7 de março de 2008. Para conhecer todos os requisitos de se-gurança estabelecidos por essa norma, consulte o site do MTE: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras>.

CONCLUSÃO

É importante que os empregadores estejam cientes dos riscos a que os trabalhadores estão submetidos, podendo então contribuir para que es-tes tenham conhecimento quanto aos cuidados e procedimentos que devem ser adotados. Certificar-se de que todos os trabalhadores estejam preparados para operar equipamentos ou realizar realizarem as atividades presentes nos trabalhos em altura é responsabilidade dos empregadores.

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Marque com um “X” as alternativas corretas:

1) O/A ________________________ é um equipamento móvel, autopropeli-do ou não, dotado de uma estação de trabalho (cesto ou plataforma) e susten-tado em sua base por haste metálica (lança) ou tesoura, capaz de erguer-se para atingir ponto ou local de trabalho elevado.

( ) Plataforma de Descanso Vertical (PDV).

( ) Equipamento de Proteção Individual (EPI).

( ) Plataforma de Trabalho Aéreo (PTA).

( ) Cinto Básico de Resgate (EBR).

2) São exemplos de andaimes utilizados em obras de construção:

( ) Simplesmente apoiados no piso (fixos).

( ) Com rodízios (móveis).

( ) Inclinados e sem plataforma (livres).

( ) Suspensos (pendurados).

3) Os andaimes são construções provisórias e auxiliares, munidas de pla-taformas verticais inclinadas, que devem sempre ser projetadas por profissio-nal habilitado.

( ) Certo ( ) Errado

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MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA qUEDAS

UNIDADE 4

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APRESENTAÇÃO

Para finalizar o curso, vamos conhecer as medidas de proteção contra quedas de altura, que devem ser adotadas por todos os profissionais envol-vidos em atividades realizadas a mais de 2m do solo.

OBjETIvOS

Os objetivos desta unidade são:

• Apresentar medidas de proteção contra quedas de altura;

• Conhecer os equipamentos de proteção indicados.

INTRODUÇÃO

De acordo com a NR-18, é obrigatória a instalação de proteção individu-al e coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores, ou outros riscos relacionados aos trabalhos em altura. Não basta apenas utilizar os Equipa-mentos de Proteção Individual (EPIs). Vamos saber o que mais é preciso.

DESENvOLvIMENTO

1. Recomendações gerais de proteção

As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo e por sistema de fechamento do tipo cancela, ou similar. É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalha-dores e projeção de materiais, a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje. A proteção contra quedas, quando cons-tituída de anteparos rígidos em sistema de guarda-corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:

• Ser construída com altura de 1,20m para o travessão superior e 0,70m para o travessão intermediário;

• Ter rodapé com altura de 0,20m;

• Ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura.

A partir da plataforma principal de proteção, devem ser instaladas plataformas secundárias de proteção, em balanço, a cada três lajes. Essas plataformas devem ter, no mínimo, 1,40m de balanço e um complemento de 0,80m de extensão, com inclinação de 45º, a partir de sua extremidade.

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O perímetro dos edifícios em construção deve ser fechado com tela a partir da plataforma principal de proteção, constituindo-se uma barreira protetora contra a projeção de materiais e ferramentas. A tela deve ser ins-talada entre as extremidades de 2 plataformas de proteção consecutivas, podendo ser retirada apenas quando a vedação da periferia até a plataforma imediatamente superior estiver concluída.

2. Sistema Limitador de quedas de Altura

Como alternativa ao uso de plataformas secundárias de proteção, pode ser instalado um Sistema Limitador de Quedas de Altura. Esse Sistema, as-sim como os guarda-corpos e as plataformas, é considerado Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) dos trabalhadores. Ele deve ser composto, no míni-mo, pelos seguintes elementos:

• Rede de segurança;

• Cordas de sustentação (ou amarração) e perimétrica da rede;

• Conjunto de sustentação, fixação e ancoragem, e acessórios de rede.

O Sistema Limitador de Quedas de Altura deve possuir, no mínimo, 2,50m de projeção horizontal a partir da face externa da construção. Na parte inferior do Sistema, a rede deve permanecer o mais próximo possível do plano de trabalho, com malha uniforme em toda a extensão. A rede deve ser confeccionada em cor que proporcione contraste, preferencialmente es-cura, em cordéis 30/45, com distância entre nós de 0,04m a 0,06m, e altura mínima de 10m.

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O Sistema de Proteção Limitador de Quedas de Altura deve ser subme-tido a inspeções semanais, para verificação das condições de todos os seus elementos e pontos de fixação. Após a inspeção semanal, é preciso efetuar todas as correções necessárias antes da retomada das atividades na obra.

3. Equipamentos de Proteção Individual

A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPIs adequados ao risco e em perfeito estado de conservação e funciona-mento, consoante disposições contidas na NR-6 – Equipamento de Proteção Individual - EPI. Os principais EPIs utilizados nos trabalhos em altura são:

• Cinturão de segurança tipo paraquedista: fornece segurança quanto a possíveis quedas e posição ergonômica de trabalho. É essencial o ajuste do cinturão ao corpo do empregado, para garantir a correta distribuição da força de impacto e minimizar os efeitos da suspensão inerte;

• Talabarte de segurança tipo regulável: utilizado para proteção contra risco de queda no posicionamento, nos trabalhos em altura, sendo utiliza-do em conjunto com o cinturão de segurança tipo paraquedista. O equi-pamento é regulável, permitindo que seu comprimento seja ajustado;

• Talabarte de segurança Tipo Y com absorvedor de energia: equipa-mento de segurança utilizado para proteção contra risco de queda na movimentação, no trabalho em altura;

• Dispositivo trava-quedas: utilizado para proteção do empregado con-tra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista.

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O cinto de segurança abdominal somente deve ser utilizado em ser-viços de eletricidade realizados em altura e em situações em que funcione como limitador de movimentação. O cinto de segurança tipo paraquedista deve ser utilizado em todas as atividades a mais de 2m de altura do piso, pois existe risco de queda do trabalhador.

São dispositivos complementares para o trabalho em altura:

• Fita de Ancoragem: dispositivo que permite criar pontos de ancoragem da corda de segurança;

• Mosquetão: dispositivo de segurança de alta resistência com capacida-de para suportar forças de 22KN (vinte e dois quilonewtons) no mínimo. Tem a função de prover elos e também funciona como uma polia com atrito. A resistência do mosquetão varia com o sentido de tração, sendo mais resistente pelas extremidades do que pelas laterais;

• Cordas Dinâmicas: cordas kernmantle de alto estiramento (alonga-mento), fabricadas para ter elasticidade de 6% a 10% com uma carga de 80kg, e de 40% com carga de ruptura. Esta característica lhes permite absorver o impacto em caso de queda do trabalhador sem transferir a força do impacto, evitando, assim, a ocorrência de lesões;

• Cordas Estáticas: possuem uma alma de nylon de baixo estiramento (alongamento), sendo seus cordões internos os que suportam a maior resistência ao esforço.

Para saber mais sobre as normas de proteção dos trabalhado-res contra quedas de altura consulte as Recomendações Técni-cas de Procedimentos (RTP), estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, através da Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO). A RTP 01 trata das Medidas de Proteção contra Quedas de Altura. A RTP 02 trata da Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas – Elevadores de Obra. E a RTP 04 trata da construção de Esca-das, Rampas e Passarelas.

CONCLUSÃO

Diversos acidentes ocorrem com os trabalhadores que realizam traba-lhos em altura, como consequência da forma que eles são realizados. Pre-cavenham-se utilizando os Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual (EPCs e EPIs), que sempre deverão ser fornecidos pela empresa em que vo-cês trabalham.

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Marque com um “X” as alternativas corretas:

1) A partir da plataforma principal de proteção, devem ser instaladas plataformas secundárias de proteção:

( ) A cada 3 lajes (de 3 em 3).

( ) A cada 6 lajes (3 + 3).

( ) A cada 9 lajes (3 x 3).

( ) A cada 3 trabalhadores.

2) São exemplos de dispositivos que podem ser empregados para au-xiliar a segurança nos trabalhos em altura:

( ) Cordas dinâmicas e estáticas.

( ) Botas de couro.

( ) Roupas impermeáveis.

( ) Mosquetão.

3) O cinturão de segurança tipo paraquedista protege quanto a possí-veis quedas, além de possibilitar um trabalho ergonômico e mais confortá-vel. É essencial o ajuste do cinturão ao corpo do empregado para garantir a correta distribuição da força de impacto e minimizar os efeitos da suspen-são inerte.

( ) Certo ( ) Errado

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REfERêNCIAS BIBLIOGRáfICAS

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