nr 10 - pdca

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norma regulamentadora n 10 segurana em instalaes e servios em eletricidade 10.1- objetivo e campo de aplicao orientaes objetivas quanto s especificidades e genricas quanto as finalidades e aplicabilidade, resumindo e condicionando as disposies regulamentais. 10.1.1 esta norma regulamentadora nr estabelece os requisitos e condies mnimas objetivando a implementao de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalaes eltricas e servios com eletricidade. 10.1.2 esta nr se aplica s fases de gerao, transmisso, distribuio e consumo, incluindo as etapas de projeto, construo, montagem, operao, manuteno das instalaes eltricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas tcnicas oficiais estabelecidas pelos rgos competentes e, na ausncia ou omisso destas, as normas internacionais cabveis. necessidade de obedincia a normas tcnicas o que a torna parte integrante da legislao, logo de aplicao obrigatria. no trata de periculosidade nem estabelecem adicionais de pagamento para tanto existe legislao especfica. a norma prescreve unicamente a preveno de acidentes e no sua recuperao e ou compensao. o conceito do trabalho em proximidade (trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona de controlada, ainda que seja com parte de seu corpo ou com extenses condutoras representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule) atinge os trabalhadores circunvizinhos sujeitos a influncia das instalaes ou execuo de servios eltricos que lhes so prximos.

10.2 - medidas de controle representam o coletivo das aes estratgicas de preveno destinadas a eliminar ou reduzir, mantendo sob controle as incertezas e eventos indesejveis com capacidade potencial para causar leses ou danos a sade dos trabalhadores e, dessa forma, transpor as dificuldades possveis na obteno de um resultado esperado, dentro de condies satisfatrias. 10.2.1 em todas as intervenes em instalaes eltricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco eltrico e de outros riscos adicionais, mediante tcnicas de anlise de risco, de forma a garantir a segurana e a sade no trabalho. a utilizao de ferramentas de anlise de risco passa a ser um procedimento obrigatrio e devem existir evidncias objetivas de sua elaborao. (evidncias objetivas = reunies, envolvimento de pessoas relacionadas ao trabalho e o registro final do trabalho em uma planilha ou formulrio equivalente). observe-se que a norma no estabelece qual ferramenta de anlise deve ser usada mas, a utilizada, deve identificar os riscos potenciais de acidentes fsicos e materiais, bem como identificar e corrigir problemas operacionais implementando uma maneira correta para execuo de cada etapa do trabalho. deve ser uma ferramenta de exame critico da atividade ou situao com fim de identificao e antecipao dos eventos indesejveis e acidentes passveis de ocorrncia, possibilitando a adoo de medidas preventivas para os trabalhadores, terceiros e do meio ambiente. 10.2.2 as medidas de controle adotadas devem integrar-se s demais iniciativas da empresa, no mbito da preservao da segurana, da sade e do meio ambiente do trabalho. o termo grifado implica imposio. gera o entendimento de que as iniciativas implementadas de preservao e segurana devem ser complementadas com as medidas de controle de risco eltrico adotas. isso impe forte caracterstica gerencial ao processo. 10.2.3 as empresas esto obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalaes eltricas dos seus estabelecimentos com as especificaes do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteo. as especificaes documentadas asseguram que os elementos de proteo no sejam substitudos por outros aleatoriamente, no compatveis com os demais elementos das instalaes. 10.2.4 os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kw devem constituir e manter o pronturio de instalaes eltricas, contendo, alm do disposto no subitem 10.2.3, no mnimo: a documentao eltrica , habitualmente, uma incgnita nos estabelecimentos, sendo suas especificaes, caractersticas e limitaes raramente conhecidos pelo trabalhador ou usurio. doravante todas as informaes devem ser organizadas sob a forma de um pronturio mantido pelo empregador ou por pessoa formalmente designada pela empresa e permanecendo a disposio de todos os envolvidos com instalaes e servios com eletricidade.

se pretende a criao de uma memria dinmica das instalaes eltricas, dos procedimentos de trabalho, dos sistemas de medidas de proteo, das realizaes de treinamentos, capacitaes, contrataes, certificaes, testes de rigidez dieltrica etc. da surge a oportunidade de gesto responsvel e avaliaes a qualquer tempo que, com a documentao atualizada, facilitar estudos e pesquisas aos trabalhadores e demais interessados com a promoo de auditorias fiscalizadoras e aes de segurana. a) conjunto de procedimentos e instrues tcnicas e administrativas de segurana e sade, implantadas e relacionadas a esta nr e descrio das medidas de controle existentes; b) documentao das inspees e medies do sistema de proteo contra descargas atmosfricas e aterramentos eltricos; c) especificao dos equipamentos de proteo coletiva e individual e o ferramental, aplicveis conforme determina esta nr; d) documentao comprobatria da qualificao, habilitao, capacitao, autorizao dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; e) resultados dos testes de isolao eltrica realizados em equipamentos de proteo individual e coletiva; f) certificaes dos equipamentos e materiais eltricos em reas classificadas; e g) relatrio tcnico das inspees atualizadas com recomendaes, cronogramas de adequaes, contemplando as alneas de a a f. 10.2.5 as empresas que operam em instalaes ou equipamentos integrantes do sistema eltrico de potncia devem constituir pronturio com o contedo do item 10.2.4 e acrescentar ao pronturio os documentos a seguir listados: a)descrio dos procedimentos para emergncias; b) certificaes dos equipamentos de proteo coletiva e individual; sistema eltrico de potncia conjunto de instalaes e equipamentos destinados a gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica at medio inclusive. 10.2.5.1 as empresas que realizam trabalhos em proximidade do sistema eltrico de potncia devem constituir pronturio contemplando as alneas a, c, d e e, do item 10.2.4 e alneas a e b do item 10.2.5. 10.2.6 o pronturio de instalaes eltricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer disposio dos trabalhadores envolvidos nas instalaes e servios em eletricidade. 10.2.7 os documentos tcnicos previstos no pronturio de instalaes eltricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado. 10.2.8 - medidas de proteo coletiva 10.2.8.1 em todos os servios executados em instalaes

eltricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteo coletiva aplicveis, mediante procedimentos, s atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores. a desenergizao dos circuitos pressupe manter os circuitos sem energia durante a execuo dos servios. 10.2.8.2 as medidas de proteo coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergizao eltrica conforme estabelece esta nr e, na sua impossibilidade, o emprego de tenso de segurana. tenso de segurana aquela denominada de extra-baixa tenso (menor que 50 v em ca) utilizada prioritariamente em ambientes externos, molhados, sujeitos a ficarem inundados .... utilizadas nos pontos onde outras medidas de controle sejam insuficientes para garantir a segurana ou por restries tcnicas. a tenso de segurana utilizada para garantir a segurana dos usurios de instalaes e equipamentos eltricos instalados nos referidos ambientes. as demais medidas de proteo referem-se as alternativas para impedir o contato com as partes vivas das instalaes e equipamentos eltricos instalados nos referidos ambientes. 10.2.8.2.1 na impossibilidade de implementao do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas outras medidas de proteo coletiva, tais como: isolao das partes vivas, obstculos, barreiras, sinalizao, sistema de seccionamento automtico de alimentao, bloqueio do religamento automtico. 10.2.8.3 o aterramento das instalaes eltricas deve ser executado conforme regulamentao estabelecida pelos rgos competentes e, na ausncia desta, deve atender s normas internacionais vigentes. o aterramento continua sendo a principal proteo coletiva contra contatos acidentais. a empresa realizar inspeo peridica do sistema de aterramento buscando confirmar a sua eficcia por intermdio da verificao de sua integridade fsica (continuidade do sistema) e qualidade (resistncias de aterramento); (laudo)

10.2.9 - medidas de proteo individual 10.2.9.1 nos trabalhos em instalaes eltricas, quando as medidas de proteo coletiva forem tecnicamente inviveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteo individual especficos e adequados s atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na nr 6. relao de epis necessrios ao perfeito desenvolvimento de cada tarefa devem constar na anlise preliminar de riscos.

todos os epis utilizados devem conter ca (certificado de aprovao) emitido pelo ministrio do trabalho. 10.2.9.2 as vestimentas de trabalho devem ser adequadas s atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influncias eletromagnticas. o indicador mais utilizado para o desempenho de vestimenta frente a temperatura do arco eltrico, expresso em calorias por centmetro quadrado o atpv (arc thermal performance value). quanto maior, maior a energia que a vestimenta pode suportar. 10.2.9.3 vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalaes eltricas ou em suas proximidades. os metais so bons condutores de eletricidade e favorecem a diminuio da resistncia de contato, podendo resultar em leses mais criticas, agravando as queimaduras em caso de passagem de corrente eltrica, ou mesmo na ocorrncia de arco eltrico. no caso de proteo para corpo inteiro diz respeito a roupas com tecidos especiais, adequados que deve atender uma resistncia de 40 cal/cm2.

10.3 -segurana em projetos 10.3.1 obrigatrio que os projetos de instalaes eltricas especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergizao, para sinalizao de advertncia com indicao da condio operativa. 10.3.2 o projeto eltrico, na medida do possvel, deve prever a instalao de dispositivo de seccionamento de ao simultnea, que permita a aplicao de impedimento de reenergizao do circuito. a especificao de dispositivos de proteo no se restringe apenas aos aspectos tcnicos. deve-se mencionar que os dispositivos permitem o uso de cadeados, bloqueadores travas ou outros recursos para bloquear seu acionamento durante os servios de interveno. 10.3.3 o projeto de instalaes eltricas deve considerar o espao seguro, quanto ao dimensionamento e a localizao de seus componentes e as influncias externas, quando da operao e da realizao de servios de construo e manuteno. deve-se observar dificuldade de acesso e a necessidade de posturas adequadas para realizar os servios; o tipo de ambiente quanto presena de produtos txicos pessoas ou animais nas proximidades; em linhas gerais, pretende-se garantir que haja espao suficiente para que as portas sejam abertas ou removidas com segurana, parafusos apertados, dispositivos substitudos sem a necessidade de o trabalhador ficar agachado ou imprensado sujeito ao risco de acidente. quando se fala em influncias externas significa que cada elemento da instalao deve ser especificado de acordo com o local onde vai ser instalado. o caso dos graus de proteo ip de equipamentos. 10.3.3.1 os circuitos eltricos com finalidades diferentes, tais como: comunicao, sinalizao, controle e trao eltrica devem ser identificados e instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnolgico permitir compartilhamento, respeitadas as definies de projetos. 10.3.4 o projeto deve definir a configurao do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou no da interligao entre o condutor neutro e o de proteo e a conexo terra das partes condutoras no destinadas conduo da eletricidade. 10.3.5 sempre que for tecnicamente vivel e necessrio, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencializao e aterramento do circuito seccionado. 10.3.6 todo projeto deve prever condies para a adoo de aterramento temporrio. o aterramento deve ser visto como parte integrante do projeto eltrico, onde dever ser especificado o mtodo a ser utilizado. deve-se prever no somente o aterramento funcional, mas condies para instalao do aterramento temporrio que prev a interligao dos

condutores das fases terra, colocando todos os pontos no mesmo potencial (equalizado). 10.3.7 o projeto das instalaes eltricas deve ficar disposio dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado. manter os projetos atualizados uma tarefa difcil e requerem, da empresa, rgido controle quanto as intervenes feitas no sistema eltrico e a existncia de profissionais autorizados, ordens de servios e procedimentos adequados. 10.3.8 o projeto eltrico deve atender ao que dispem as normas regulamentadoras de sade e segurana no trabalho, as regulamentaes tcnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por profissional legalmente habilitado.

10.3.9 o memorial descritivo do projeto deve conter, no mnimo, as seguintes itens de segurana: a) especificao das caractersticas relativas proteo contra choques eltricos, queimaduras e outros riscos adicionais; b) indicao de posio dos dispositivos de manobra dos circuitos eltricos: (verde d, desligado e vermelho - l, ligado); c) descrio do sistema de identificao de circuitos eltricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra, de controle, de proteo, de intertravamento, dos condutores e os prprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicaes devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalaes; d) recomendaes de restries e advertncias quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalaes; e) precaues aplicveis em face das influncias externas; f) o princpio funcional dos dispositivos de proteo, constantes do projeto, destinado segurana das pessoas; g) descrio da compatibilidade dos dispositivos de proteo com a instalao eltrica. o memorial descritivo a formalizao detalhada das prescries a que os elementos da instalao projetada devem obedecer. o registro com palavras de tudo que os desenhos, planilhas e quadros no foram suficientes para esclarecer. 10.3.10 os projetos devem assegurar que as instalaes proporcionem aos trabalhadores iluminao adequada e uma posio de trabalho segura, de acordo com a nr 17 ergonomia. abordando o tema ergonomia, a norma destaca que os locais de servio no so simples depsitos de equipamentos, mas postos de trabalho onde so realizados os servios de manuteno. cabe ressaltar que a responsabilidade tcnica implica o cumprimento das prescries relativas as normas tcnicas e dos materiais e equipamentos especificados.

10.4 -segurana na construo, montagem, operao e manuteno 10.4.1 as instalaes eltricas devem ser construdas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores e dos usurios, e serem supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispe esta nr. necessidade de superviso profissional das instalaes em todas as etapas do processo de instalao eltrica. 10.4.2 nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento, campos eltricos e magnticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalizao de segurana. os riscos adicionais surgem de acordo com as caractersticas das atividades ou dos ambientes onde elas se desenvolvem. cabe observar que a norma no estabelece qual metodologia deve ser utilizada. 10.4.3 nos locais de trabalho s podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas eltricas compatveis com a instalao eltrica existente, preservando-se as caractersticas de proteo, respeitadas as recomendaes do fabricante e as influncias externas. 10.4.3.1 os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento eltrico devem estar adequados s tenses envolvidas, e serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentaes existentes ou recomendaes dos fabricantes. cada equipamento ou ferramenta est associado a uma classe de tenso, ou seja, o isolamento eltrico vlido para determinados limites de tenso. j na aquisio das ferramentas deve ser observado at porque a empresa pode ter diferentes nveis de tenso. devem-se observar os nveis de tenso quando se utiliza equipamentos de medio e testes (voltmetros, ampermetros. quando falamos de ferramentas de uso geral, tambm deve-se observar sua classe de isolamento. qualquer alterao visvel nesse isolamento deve ser considerada como no conformidade suficiente para descartar a ferramenta. devemos observar que ferramentas para uso no interior de painis devem ser especiais para garantir que suas partes metlicas no causem contatos acidentais entre as partes energizadas. os equipamentos e ferramentas eltricas manuais, tais como furadeiras e lixadeiras, por serem utilizadas nos mais variados fins devem possuir dupla isolao a fim de que defeitos internos exponham sua rea externa a uma diferena de potencial. 10.4.4 as instalaes eltricas devem ser mantidas em condies seguras de funcionamento e seus sistemas de proteo devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as

regulamentaes existentes e definies de projetos. sistemas de proteo so aqueles cujos componentes sinalizam ou interrompem o circuito eltrico quando detectam valores de corrente ou de tenso fora da faixa para a qual esto regulados. 10.4.4.1 os locais de servios eltricos, compartimentos e invlucros de equipamentos e instalaes eltricas so exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utiliz-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos. a recomendao quanto a exclusividade, parte da constatao de seu mau uso visto que se transformam em armrios, depsitos de sucata ou guarda comida, vestirios ... 10.4.5 para atividades em instalaes eltricas deve ser garantida ao trabalhador iluminao adequada e uma posio de trabalho segura, de acordo com a nr 17 ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realizao das tarefas. 10.4.6 os ensaios e testes eltricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de instalaes eltricas devem atender regulamentao estabelecida nos itens 10.6 e 10.7, e somente podem ser realizados por trabalhadores que atendam s condies de qualificao, habilitao, capacitao e autorizao estabelecidas nesta nr.

10.5 -segurana em instalaes eltricas desenergizadas 10.5.1 somente sero consideradas desenergizadas as instalaes eltricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecidas a seqncia abaixo: a) seccionamento; a interrupo por abertura do circuito eltrico atravs de dispositivos especficos. a abertura deve ser visvel para quem realiza a manobra, seja pela distncia de abertura dos contatos (chaves seccionadoras) ou pela indicao clara da posio desligada. a norma estabelece o uso de cores indicando a posio dos dispositivos de manobra d (desligado) verde l (ligado) vermelho. b) impedimento de reenergizao; tambm conhecido por bloqueio a condio que garante a no energizao do circuito atravs de recursos e procedimentos apropriados sob controle dos trabalhadores envolvidos nos servios. so chaves, cadeados e bloqueadores, utilizados de forma a impedir o fechamento do circuito num momento em que as atividades ainda no tenham sido completadas. c) constatao da ausncia de tenso; existe a necessidade de utilizar equipamentos especficos e adequados ao tipo de instalao ou circuito. o caso de detectores de tenso por aproximao ou contato que devem obedecer ao nvel de tenso dos circuitos e precisam ser testados antes de sua utilizao. d) instalao de aterramento temporrio com equipotencializao dos condutores dos circuitos; e) proteo dos elementos energizados existentes na zona controlada (anexo i); visa adequar as regras de segurana onde existam circuitos energizados nas proximidades dos circuitos sob manuteno. assim, necessria a interposio de obstculos isolantes que no permitam contatos acidentais. cobertores, mantas isolantes, lenis isolantes colocados sobre os condutores energizados ou com anteparos isolantes colocados verticalmente. f) instalao da sinalizao de impedimento de reenergizao. instalao de etiquetas que, alem de sinalizarem o bloqueio indicam que est trabalhando no circuito. (placas e adesivos). o conjunto bloqueio e sinalizao lock out & tag out que significa bloquear e etiquetar. no existe nada mais seguro, quando se fala em eletricidade, do que garantir a desenergizao do circuito sob manuteno. 10.5.2 o estado de instalao desenergizada deve ser mantido at a autorizao para reenergizao, devendo ser reenergizada respeitando a seqncia de procedimentos abaixo: a) retirada das ferramentas, utenslios e equipamentos; b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores no envolvidos no processo de reenergizao; c) remoo do aterramento temporrio, da equipotencializao e das protees adicionais;

d) remoo da sinalizao de impedimento de reenergizao; e) destravamento, se houver, e religao dos dispositivos de seccionamento.

10.5.3 as medidas constantes das alneas apresentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2 podem ser alteradas, substitudas, ampliadas ou eliminadas, em funo das peculiaridades de cada situao, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante justificativa tcnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nvel de segurana originalmente preconizado. 10.5.4 os servios a serem executados em instalaes eltricas desligadas, mas com possibilidade de energizao, por qualquer meio ou razo, devem atender ao que estabelece o disposto no item 10.6.

10.6 -segurana em instalaes eltricas energizadas 10.6.1 as intervenes em instalaes eltricas com tenso igual ou superior a 50 volts em corrente alternada ou superior a 120 volts em corrente contnua somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam ao que estabelece o item 10.8 desta norma. 10.6.1.1 os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de segurana para trabalhos com instalaes eltricas energizadas, com currculo mnimo, carga horria e demais determinaes estabelecidas no anexo ii desta nr. 10.6.1.2 as operaes elementares como ligar e desligar circuitos eltricos, realizadas em baixa tenso, com materiais e equipamentos eltricos em perfeito estado de conservao, adequados para operao, podem ser realizadas por qualquer pessoa no advertida. somente profissionais qualificados podem determinar se as instalaes esto adequadas. cabe a empresa estabelecer os limites de atuao dos profissionais quanto a autorizao de interveno em circuitos de seccionamento. 10.6.2 os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos especficos respeitando as distncias previstas no anexo i.

10.6.3 os servios em instalaes energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato na iminncia de ocorrncia que possa colocar os trabalhadores em perigo. 10.6.4 sempre que inovaces tecnolgicas forem implementadas ou para a entrada em operaes de novas instalaes ou equipamentos eltricos devem ser previamente elaboradas anlises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho. 10.6.5 o responsvel pela execuo do servio deve suspender as atividades quando verificar situao ou condio de risco no prevista, cuja eliminao ou neutralizao imediata no seja possvel.

10.7 - trabalhos envolvendo alta tenso (at) 10.7.1 os trabalhadores que intervenham em instalaes eltricas energizadas com alta tenso, que exeram suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco, conforme anexo i, devem atender ao disposto no item 10.8 desta nr. a exigncia de qualificao profissional e de treinamento especfico em segurana est reforada quando se fala em trabalhos em alta tenso. a norma considera uma infrao de grau mximo a no observncia dessas exigncias. 10.7.2 os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurana, especfico em segurana no sistema eltrico de potncia (sep) e em suas proximidades, com currculo mnimo, carga horria e demais determinaes estabelecidas no anexo ii desta nr. 10.7.3 os servios em instalaes eltricas energizadas em at, bem como aqueles executados no sistema eltrico de potncia sep, no podem ser realizados individualmente. isso porque essa condio prev uma alternativa mais rpida de socorro na ocorrncia de um acidente ou mesmo uma melhor avaliao prvea das atividades e dos seus riscos. a nbr 14039 ao tratar de manobras em subestaes primrias prev a necessidade de pelo menos duas pessoas durante a realizao da atividade. 10.7.4 todo trabalho em instalaes eltricas energizadas em at, bem como aquelas que interajam com o sep, somente pode ser realizado mediante ordem de servio especfica para data e local, assinada por superior responsvel pela rea. fica evidente a necessidade de permisso de trabalho (pt) para a realizao de quaisquer servios em at. a pt tem como caracterstica principal analisar e relembrar controles de segurana para atividades no rotineiras e que apresentam agentes de fatalidade. a pt deve ser organizada com a participao da empresa contratada e a responsabilidade deve ser solidria. 10.7.5 antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em at, o superior imediato e a equipe, responsveis pela execuo do servio, devem realizar uma avaliao prvia, estudar e planejar as atividades e aes a serem desenvolvidas de forma a atender os princpios tcnicos bsicos e as melhores tcnicas de segurana em eletricidade aplicveis ao servio. 10.7.6 os servios em instalaes eltricas energizadas em at somente podem ser realizados quando houver procedimentos especficos, detalhados e assinados por profissional autorizado. a pt deve, no mnimo, ser emitida em duas vias de papel timbrado, numerada, com assinatura do contratante e do responsvel pela execuo do servio.

10.7.7 a interveno em instalaes eltricas energizadas em at dentro dos limites estabelecidos como zona de risco, conforme anexo i desta nr, somente pode ser realizada mediante a desativao, tambm conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automtico do circuito, sistema ou equipamento. 10.7.7.1 os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificao da condio de desativao, conforme procedimento de trabalho especfico padronizado. o bloqueio dos religadores durante trabalhos em instalaes energizadas em at para impedir que, em caso de contato acidental dos trabalhadores com a rede energizada, o circuito que tenha sido automaticamente desligado, no seja religado por esses dispositivos antes que os trabalhadores tenham sido retirados da zona de risco; 10.7.8 os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tenso, devem ser submetidos a testes eltricos ou ensaios de laboratrio peridicos, obedecendo-se as especificaes do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausncia desses, anualmente. os testes referem-se verificao peridica das caractersticas isolantes dos materiais de que so constitudos os equipamentos e ferramentas. alguns ensaios so caros se comparados com o custo unitrio dos equipamentos, donde, a empresa, pode providenciar um sistema organizado de substituies. de qualquer forma, qualquer alterao visvel sinalizando um possvel desgaste, trincas, furos, penetrao de umidade, entre outros, deve ser motivo para retirar o dispositivo de uso. 10.7.9 todo trabalhador em instalaes eltricas energizadas em at, bem como aqueles envolvidos em atividades no sep devem dispor de equipamento que permita a comunicao permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operao durante a realizao do servio.

10.8 - habilitao, qualificao, capacitao e autorizao dos trabalhadores. 10.8.1 considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar concluso de curso especfico na rea eltrica reconhecido pelo sistema oficial de ensino. curso especfico em sistema oficial de ensino pode, segundo a ldb, ocorrer em 3 nveis: cursos de formao inicial (eletricistas), de nvel mdio (eletrotcnicos ou eletromecnicos) e superior (engenheiros eletricistas). os treinamentos na empresa, previstos no corpo da norma, no bastam para qualificar o trabalhador necessrio a apresentao de um diploma ou certificado de qualificao profissional; a qualificao deve ocorrer atravs de cursos regulares com currculo aprovado mediante comprovao de aproveitamento em exame de avaliao. 10.8.2 considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe. para o profissional qualificado ser considerado habilitado ele deve cumprir com todas as formalidades de registro nos respectivo conselho regional de fiscalizao do exerccio profissional; so os conselhos que estabelecem as atribuies e responsabilidades de cada qualificao em funo dos cursos, carga horria e matrias ministradas. para os habilitados h competncias exclusivas como a assinatura de documentos tcnicos previstos na norma, projetos e procedimentos. 10.8.3 considerado trabalhador capacitado aquele que atenda s seguintes condies, simultaneamente: a) receba capacitao sob orientao e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado. tambm considerado capacitado aqueles que, embora no tenham freqentado cursos regulares ou reconhecidos pelo sistema oficial de ensino, torna-se apto ao exerccio de atividades especficas mediante aquisio de conhecimentos, desenvolvimento de habilidades e experincias prticas, realizadas sob orientao e responsabilidade de um profissional habilitado e autorizado. o profissional habilitado quem estabelece os limites das atividades em que sua capacitao pode ser exercida. o trabalhador capacitado somente pode exercer suas atividades sob a responsabilidade de um profissional habilitado. 10.8.3.1 a capacitao s ter validade para a empresa que o capacitou e nas condies estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsvel pela capacitao. a exigncia de qualificao de pessoas para trabalhar em servios de eletricidade encontra-se amparada na clt em seu artigo 180. alm dos trabalhadores qualificados a norma prev a atuao de trabalhadores capacitados que, embora no possuam uma qualificao formal, podem atuar em situaes especficas para as

quais tenham sido formalmente treinados e sob a responsabilidade de um profissional habilitado. porm, essa capacitao s vlida para a empresa que o capacitou. para que o profissional capacitado possa ser aproveitado na mesma funo em outra empresa, este dever ter seus conhecimentos e experincias reavaliadas e ratificadas por um profissional habilitado e autorizado da nova empresa. 10.8.4 so considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados, com anuncia formal da empresa. os profissionais autorizados so aqueles formalmente autorizados pela empresa atravs de um processo administrativo, para operar suas instalaes eltricas. este processo abrange todo conjunto de trabalhadores capacitados, qualificados e habilitados envolvidos nesta atividade. 10.8.5 a empresa deve estabelecer sistema de identificao que permita a qualquer tempo conhecer a abrangncia da autorizao de cada trabalhador, conforme o item 10.8.4. a autorizao no um ato genrico que permite a todos os autorizados ampla interveno nos sistemas eltricos. o processo de autorizao deve ser segmentado em nveis de conhecimento e funes das profisses envolvidas, de modo que a empresa possa identificar, documentar e registrar as atribuies de cada trabalhador. 10.8.6 os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalaes eltricas devem ter essa condio consignada no sistema de registro de empregado da empresa. o sistema de gerenciamento utilizado para controlar as atribuies de cada empregado deve dispor de informaes especificas quanto a abrangncia de cada autorizao e estas informaes devem fazer parte do pronturio eltrico. 10.8.7 os trabalhadores autorizados a intervir em instalaes eltricas devem ser submetidos exame de sade compatvel com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a nr 7 e registrado em seu pronturio mdico. o sistema de autorizao passa obrigatoriamente pela avaliao de sade fsica e mental dos trabalhadores e deve ser realizado por mdico do trabalho, observando-se mutuamente, tanto a natureza dos trabalhos quanto o desempenho destas tarefas sob condies ambientais especficas (trabalhos em altura, rudo, calor, radiao, espaos confinados etc) tais condies de trabalho devem ser claramente descritas pelos profissionais habilitados de modo a nortearem adequadamente os exames psicobiofsicos. para o caso dos trabalhadores que atuam muitos anos em instalaes eltricas e no tm um curso especfico que os torne qualificados, uma soluo o estabelecimento de um processo de certificao profissional. esse processo deve contemplar um conjunto de critrios que incluam avaliao terica e prtica para verificar se existe competncia para o desempenho das funes previstas.

10.8.8 os trabalhadores autorizados a intervir em instalaes eltricas devem possuir treinamento especfico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia eltrica e as principais medidas de preveno de acidentes em instalaes eltricas, de acordo com o estabelecido no anexo ii desta nr. aqui se destaca a importncia, no processo de autorizao, o conhecimento pelo trabalhador quanto aos riscos e medidas preventivas de acidentes em instalaes eltricas. todos os trabalhadores, qualificados ou capacitados, devem realizar um curso bsico de segurana em instalaes e servios em eletricidade e os riscos inerentes a eletricidade, noes de preveno e combate a incndio e primeiros socorros. os que atuam no sep devem aps o curso bsico fazer o complementar. esses cursos no fornecem subsdios tcnicos de instalaes, nem de servir de elemento de capacitao para trabalhos com eletricidade. as empresas prestadoras de servios, que deslocam empregados entre clientes distintos, devem necessariamente ambient-los nessas instalaes em suas normas, culturas e procedimentos. 10.8.8.1 a empresa conceder autorizao na forma desta nr aos trabalhadores capacitados ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com avaliao e aproveitamento satisfatrios dos cursos constantes do anexo ii desta nr. observe que o critrio de aproveitamento satisfatrio nos cursos uma prerrogativa da empresa, bem como a responsabilidade por autorizar e por suas respectivas conseqncias. 10.8.8.2 deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das situaes a seguir: a) troca de funo ou mudana de empresa; neste caso est pressuposto a mudana de atribuies ou de ambiente e condies de trabalho que implicam em alteraes de riscos do trabalho e consequentemente em treinamento de adequao; b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por perodo superior a trs meses; entendido como tempo suficiente para que o trabalhador seja reciclado de forma a fazer aflorar os conhecimentos e prticas preventivas de suas atividades laborais. c) modificaes significativas nas instalaes eltricas ou troca de mtodos, processos e organizao do trabalho. o objetivo deste item manter atualizados todos os trabalhadores acerca das modificaes, conhecimentos e competncias no novo cenrio de trabalho. aqui estabelecido a periodicidade mxima para que as empresas promovam a reciclagem de seus empregados, no entanto no define contedo, carga horria e recursos a serem utilizados. as reciclagens devem, porm, obedecer a mesma temtica com objetivo de atualizar, aprofundar e nivelar conhecimentos de modo a maximizar os efeitos da preveno.

o processo de reciclagem pode ocorrer em qualquer tempo inferior a 2 anos, desde que ocorra os casos citados. 10.8.8.3 a carga horria e o contedo programtico dos treinamentos de reciclagem destinados ao atendimento das alneas a, b e c do item 10.8.8.2 devem atender as necessidades da situao que o motivou. a empresa tem autonomia em definir a programao de seus cursos de reciclagem, o que fortalece o modelo de gerenciamento e responsabilidade, permitindo que esta adapte os respectivos contedos e carga horria as suas reais necessidades. 10.8.8.4 os trabalhos em reas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico de acordo com risco envolvido. nestas reas existe restrio severa quanto a realizao de trabalhos envolvendo eletricidade e impedimento para que se realize qualquer interveno em instalaes com a rede energizada. todos os materiais utilizados nos trabalhos realizados devem ser especiais e as tcnicas utilizadas condizentes com o ambiente. 10.8.9 os trabalhadores com atividades no relacionadas s instalaes eltricas desenvolvidas em zona livre e na vizinhana da zona controlada, conforme define esta nr, devem ser instrudos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possveis riscos e adotar as precaues cabveis. todos os trabalhadores que desenvolvam suas atividades perto da zona controlada devem ser treinados tanto em ferramentas de anlise de risco como em procedimentos e recomendaes de modo a se reduzir a possibilidade de acidentes. essas atividades pressupem que o trabalhador em hiptese alguma invada a zona controlada, seja com partes do corpo ou com ferramentas condutoras. nas zonas controladas ou de risco s permitido adentrar trabalhadores autorizados e com procedimentos adequados a seqncia de suas atividades.

10.9 - proteo contra incndio e exploso 10.9.1 as reas onde houver instalaes ou equipamentos eltricos devem ser dotadas de proteo contra incndio e exploso, conforme dispe a nr 23 proteo contra incndios. 10.9.2 os materiais, peas, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados aplicao em instalaes eltricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto sua conformidade, no mbito do sistema brasileiro de certificao. 10.9.3 os processos ou equipamentos susceptveis de gerar ou acumular eletricidade esttica devem dispor de proteo especfica e dispositivos de descarga eltrica. 10.9.4 nas instalaes eltricas de reas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incndio ou exploses, devem ser adotados dispositivos de proteo, como alarme e seccionamento automtico para prevenir sobretenses, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condies anormais de operao. 10.9.5 os servios em instalaes eltricas nas reas classificadas somente podero ser realizados mediante permisso para o trabalho com liberao formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supresso do agente de risco que determina a classificao da rea.

10.10 - sinalizao de segurana 10.10.1 nas instalaes e servios em eletricidade deve ser adotada sinalizao adequada de segurana, destinada advertncia e identificao, obedecendo ao disposto na nr-26 sinalizao de segurana, de forma a atender, dentre outras, as situaes a seguir: a) identificao de circuitos eltricos; alm de estabelecidos no projeto de diagramam unifilar deve estar registrado nos quadros e painis de distribuio por meio de placas indicativas, etiquetas ou adesivos no facilmente removveis. para os quadros de baixa tenso, cujo acesso menos restritivo, fundamental que existam informaes sobre os riscos de eletricidade, potncia mxima a ser instalada em cada circuito e espao destinado a futuras instalaes. a identificao dos condutores por cores deve ser norteada pelas normas tcnicas, que exige a cobertura dos condutores de acordo com a funo desempenhada b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; c) restries e impedimentos de acesso; o impedimento de acesso, especialmente nas subestaes ou outras reas que possuam circuitos acessveis de alta tenso, deve ser indicado por placas acompanhados de simbolos correspondentes. d) delimitaes de reas; e) sinalizao de reas de circulao, de vias pblicas, de veculos e de movimentao de cargas; f) sinalizao de impedimento de energizao; a sinalizao de impedimento feita visualmente com placas indicativas da condio de bloqueio com informaes bsicas como o nome do responsvel pelo servio, forma de localiz-lo, data e previso de tempo de interupo ... g) identificao de equipamento ou circuito impedido.

10.11 - procedimentos de trabalho 10.11.1 os servios em instalaes eltricas devem ser planejados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho especficos, padronizados, com descrio detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta nr. a permisso de trabalho deve ser emitida por pessoa autorizada antes do inicio dos trabalhos em equipamentos energizados. a permisso deve assegurar que todas as medidas de segurana foram tomadas e que todos os setores envolvidos direta ou indiretamente, foram comunicados. deve se observar que a pessoa responsvel por estabelecer os requisitos mnimos de segurana deve ser qualificada e habilitada. quando houver mais de um grupo executando os trabalhos, a permisso dever ser entregue a cada pessoa responsvel e os requisitos mnimos de segurana devem ser acordados entre as partes envolvidas. no caso de empresa terceirizadas, a autorizao emitida pela empresa contratada dever ser aprovada pela contratante. toda permisso de trabalho deve ser encerrada ou cancelada nas seguintes situaes: quando o trabalho for finalizado; quando ocorrer substituio da pessoa responsvel pelos servios; nas situaes em que o supervisor entenda que existe condio de risco grave ou eminente e coloque em risco os trabalhadores envolvidos na operao; 10.11.2 os servios em instalaes eltricas devem ser precedidos de ordens de servio especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mnimo, o tipo, a data, o local e as referncias aos procedimentos de trabalho a serem adotados. 10.11.3 os procedimentos de trabalho devem conter, no mnimo, objetivo, campo de aplicao, base tcnica, competncias e responsabilidades, disposies gerais, medidas de controle e orientaes finais. 10.11.4 os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurana e sade e a autorizao de que trata o item 10.8 devem ter a participao em todo processo de desenvolvimento do servio especializado de engenharia de segurana e medicina do trabalho sesmt, quando houver. 10.11.5 a autorizao referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento ministrado, previsto no anexo ii desta nr. 10.11.6 toda equipe dever ter um de seus trabalhadores indicados e em condies de exercer a superviso e conduo dos trabalhos. 10.11.7 antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em

conjunto com o responsvel pela execuo do servio, devem realizar uma avaliao prvia, estudar e planejar as atividades e aes a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princpios tcnicos bsicos e as melhores tcnicas de segurana aplicveis ao servio. os requisitos mnimos de segurana devem ser acordados entre as partes envolvidas. 10.11.8 a alternncia de atividades deve considerar a anlise de riscos das tarefas e a competncia dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurana e a sade no trabalho.

10.12 - situao de emergncia 10.12.1 as aes de emergncia que envolvam as instalaes ou servios com eletricidade devem constar do plano de emergncia da empresa. os trabalhadores devem estar aptos a agir em casos de emergncia. 10.12.2 os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimao cardiorespiratria. 10.12.3 a empresa deve possuir mtodos de resgate padronizados e adequados s suas atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicao. 10.12.4 os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de preveno e combate a incndio existentes nas instalaes eltricas. a exigncia quanto ao treinamento dos trabalhadores est contemplada no curso bsico que inclui, em seu contedo, as noes de primeiros socorros e de preveno e combate a incndios.

10.13 - responsabilidades 10.13.1 as responsabilidades quanto ao cumprimento desta nr so solidrias aos contratantes e contratados envolvidos. a contratao de servios de terceiros no desobriga a empresa contratante de informar sobre os riscos e adotar medidas de controle. 10.13.2 de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que esto expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos eltricos a serem adotados. 10.13.3 cabe empresa, na ocorrncia de acidentes de trabalho envolvendo instalaes e servios em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas. 10.13.4 cabe aos trabalhadores: a) zelar pela sua segurana e sade e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas aes ou omisses no trabalho; aos trabalhadores, cabem tambm responsabilidades sobre sua prpria segurana e a de terceiros, devendo obrigaes de obedincia as normas e procedimentos e comunicao de irregularidades ou situaes de risco. b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposies legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurana e sade; c) comunicar, de imediato, ao responsvel pela execuo do servio as situaes que considerar de risco para sua segurana e sade e a de outras pessoas.

10.14 - disposies finais 10.14.1 os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidncias de riscos graves e iminentes para sua segurana e sade ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierrquico, que diligenciar as medidas cabveis. o direito de recusa assegura ao trabalhador a interrupo de uma atividade de trabalho quando considerar que ele envolva grave e eminente risco a sua segurana e sade ou de outras pessoas. um preceito que consta na legislao trabalhista. 10.14.2 as empresas devem promover aes de controle de riscos originados por outrem em suas instalaes eltricas e oferecer, de imediato, quando cabvel, denncia aos rgos competentes. 10.14.3 na ocorrncia do no cumprimento das normas constantes nesta nr, o mte adotar as providncias estabelecidas na nr 3. as penalidades de que trata a norma so aquelas que podem demandar da autoridade fiscal o embargo ou interdio das instalaes em caso do no atendimento aos requisitos estabelecidos na norma.

10.14.4 a documentao prevista nesta nr deve estar permanentemente disposio dos trabalhadores que atuam em servios e instalaes eltricas, respeitadas as abrangncias, limitaes e interferncias nas tarefas. a documentao exigida pela norma deve estar a disposio dos trabalhadores e da fiscalizao. logo devem existir cpias tanto de armazenamento quanto para uso nas atividades dirias que impliquem intervenes eltricas. 10.14.5 a documentao prevista nesta nr deve estar, permanentemente, disposio das autoridades competentes. 10.14.6 esta nr no aplicvel a instalaes eltricas alimentadas por extra-baixa tenso.

glossrio alta tenso (at): tenso superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contnua, entre fases ou entre fase e terra. rea classificada: local com potencialidade de ocorrncia de atmosfera explosiva. aterramento eltrico temporrio: ligao eltrica efetiva confivel e adequada intencional terra, destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a interveno na instalao eltrica. atmosfera explosiva: mistura com o ar, sob condies atmosfricas, de substncias inflamveis na forma de gs, vapor, nvoa, poeira ou fibras, na qual aps a ignio a combusto se propaga.

baixa tenso (bt): tenso superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contnua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contnua, entre fases ou entre fase e terra. barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas das instalaes eltricas. direito de recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupo de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurana e sade ou de outras pessoas. equipamento de proteo coletiva (epc): dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou mvel de abrangncia coletiva, destinado a preservar a integridade fsica e a sade dos trabalhadores, usurios e terceiros. equipamento segregado: equipamento tornado inacessvel por meio de invlucro ou barreira. extra-baixa tenso (ebt): tenso no superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contnua, entre fases ou entre fase e terra. influncias externas: variveis que devem ser consideradas na definio e seleo de medidas de proteo para segurana das pessoas e desempenho dos componentes da instalao. instalao eltrica: conjunto das partes eltricas e no eltricas associadas e com caractersticas coordenadas entre si, que so necessrias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema eltrico. instalao liberada para servios (bt/at): aquela que garanta as condies de segurana ao trabalhador por meio de procedimentos e equipamentos adequados desde o incio at o final dos trabalhos e liberao para uso. impedimento de reenergizao: condio que garante a no energizao do circuito atravs de recursos e procedimentos apropriados, sob controle dos trabalhadores envolvidos nos servios. invlucro: envoltrio de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato com partes internas. isolamento eltrico: processo destinado a impedir a passagem de corrente eltrica, por interposio de materiais isolantes. obstculo: elemento que impede o contato acidental, mas no impede o contato direto por ao deliberada. perigo: situao ou condio de risco com probabilidade de causar leso fsica ou dano sade das pessoas por ausncia de medidas de controle. pessoa advertida: pessoa informada ou com conhecimento suficiente para evitar os perigos da eletricidade. procedimento: seqncia de operaes a serem desenvolvidas para realizao de um determinado trabalho, com a incluso dos meios materiais e humanos, medidas de segurana e circunstncias que impossibilitem sua realizao. pronturio: sistema organizado de forma a conter uma memria dinmica de informaes pertinentes s instalaes e aos trabalhadores. risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar leses ou danos sade das pessoas. riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, alm dos eltricos, especficos de cada ambiente ou processos de trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurana e a sade no trabalho. sinalizao: procedimento padronizado destinado a orientar, alertar, avisar

e advertir. sistema eltrico: circuito ou circuitos eltricos inter-relacionados destinados a atingir um determinado objetivo. sistema eltrico de potncia (sep): conjunto das instalaes e equipamentos destinados gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica at a medio, inclusive. tenso de segurana: extra baixa tenso originada em uma fonte de segurana. trabalho em proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extenses condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule. travamento: ao destinada a manter, por meios mecnicos, um dispositivo de manobra fixo numa determinada posio, de forma a impedir uma operao no autorizada. zona de risco: entorno de parte condutora energizada, no segregada, acessvel inclusive acidentalmente, de dimenses estabelecidas de acordo com o nvel de tenso, cuja aproximao s permitida a profissionais autorizados e com a adoo de tcnicas e instrumentos apropriados de trabalho. zona controlada: entorno de parte condutora energizada, no segregada, acessvel, de dimenses estabelecidas de acordo com o nvel de tenso, cuja aproximao s permitida a profissionais autorizados.

anexo ii zona de risco e zona controlada tabela de raios de delimitao de zonas de risco, controlada e livre. faixa de tenso nominal da instalao eltrica em kv rr -raio de delimitao entre zona de risco e controlada em metros 0,20 0,22 0,25 0,35 0,38 0,40 0,56 0,58 0,63 0,83 0,90 1,00 1,10 1,20 1,60 1,80 2,50 3,20 5,20 rc -raio de delimitao entre zona controlada e livre em metros 0,70 1,22 1,25 1,35 1,38 1,40 1,56 1,58 1,63 1,83 1,90 2,00 3,10 3,20 3,60 3,80 4,50 5,20 7,20