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 NOZICK, Robert. Anarquia, Estado e Utopia. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1991.  Parte 1: teoria do estado de natur eza ou como r ecair no Estado sem re almente tentar . Capítulo 1 – Por que a teoria do Estado de natureza? Questão fundamenta da fiosofia !o"ti#a: o Estado de$e reamente e%istir& Capítulo 2 – O Estado de Natureza. Estado de nature'a de (o#)e: os indi$"duos en#ontram*se em um +estado de iberdade  !erfeita !ara orani'ar seus atos e dis!or de seus bens e !essoas #omo -uam #on$eniente, dentro dos imites da nature'a, sem !edir i#ena ou de!ender da $ontade de /ua/uer outro homem0. sso#ia2es de !roteão m3tua !ara fa'er -ustia !erante #rimes em reaão 4 !ro!riedade de outrem. 5 !rofissionai'aão, #omer#iai'aão da seurana. 6is!uta entre asso#ia2es. 7omada de de#is2es diferentes em reaão a um d8bito. E%!i#a2es de mão in$is"$e dam mith: todo indi$"duo !retende obter a!enas seu  !r;!rio anho, e nisso, #omo em muitos outros #asos ee 8 orientado !or uma mão in$is"$e a fim de  !romo$er um fim /ue não fa'ia !arte de suas inten2es. <ma e%! i#a ão de o in$i s" $e mostr a /ue o /ue !a re#e ser !r odut o do tra ba ho inten#iona de au8m não foi !rodu'ido !ea intenão de ninu8m. Capítulo 3 – As restri!es morais e o Estado. O Estado utram"nimo mant8m o mono!;io do uso de toda fora, e%#eto a ne#ess=ria 4 autod efesa imediata e dessa maneira e%#ui a retaiaão !ri$ada >ou de auma a?n#ia@ !or es2es #ometidas e e%i?n#ia de indeni'aão. Aas !ro!or#iona ser$ios de !roteão e #um!rimento de eis a!enas 4/uees /ue ad/uirem suas a!;i#es de !roteão e res!eito 4s eis. O Estado m"nimo e/ui$ae ao utram"nimo, #ombinado #om um !ano de #u!2es >#aramente distributi$os@ friedmanes#o, finan#iado !ea re#eita de im!ostos. Cr"ti#as ao utiitarismo: não e$a em #onta os direitos e a sua não*$ioaão. +Restri2es indiretas 4 aão refetem o !rin#"!io )antiano b=si#o de /ue indi$"duos são fins e não a!enas meios, ees não !odem ser sa#rifi#ados ou usados !ara a #onse#uão de outros fins sem seu #onsentimento. Ees são in$io=$eis0. >Ibidem, !.B@ Capítulo ": prote#o$ indeniza#o e risco. Droibião e indeni'aão tro#a !rin#"!io da #om!ensaão. Capítulo %: O Estado Drin#"!io da e/uidade: John RaFs 5 Gerbert Gant. Os atos ra#ionais e em interesse !r;!rio de !essoas em um estado o#)eano de nature'a #uminam em uma 3ni#a a?n#ia de !roteão dominante, #om aão sobre territ;rios eor=fi#os. Cada territ;rio ter= ou uma 3ni#a a?n#ia dominante ou #erto n3mero dees federamente a!i#adas,

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 NOZICK, Robert. Anarquia, Estado e Utopia. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1991.

 Parte 1: teoria do estado de natureza ou como recair no Estado sem realmente tentar.

Capítulo 1 – Por que a teoria do Estado de natureza?

Questão fundamenta da fiosofia !o"ti#a: o Estado de$e reamente e%istir&

Capítulo 2 – O Estado de Natureza.

Estado de nature'a de (o#)e: os indi$"duos en#ontram*se em um +estado de iberdade

 !erfeita !ara orani'ar seus atos e dis!or de seus bens e !essoas #omo -uam #on$eniente, dentro

dos imites da nature'a, sem !edir i#ena ou de!ender da $ontade de /ua/uer outro homem0.

sso#ia2es de !roteão m3tua !ara fa'er -ustia !erante #rimes em reaão 4 !ro!riedade

de outrem. 5 !rofissionai'aão, #omer#iai'aão da seurana.

6is!uta entre asso#ia2es.

7omada de de#is2es diferentes em reaão a um d8bito.E%!i#a2es de mão in$is"$e dam mith: todo indi$"duo !retende obter a!enas seu

 !r;!rio anho, e nisso, #omo em muitos outros #asos ee 8 orientado !or uma mão in$is"$e a fim de

 !romo$er um fim /ue não fa'ia !arte de suas inten2es.

<ma e%!i#aão de mão in$is"$e mostra /ue o /ue !are#e ser !roduto do trabaho

inten#iona de au8m não foi !rodu'ido !ea intenão de ninu8m.

Capítulo 3 – As restri!es morais e o Estado.

O Estado utram"nimo mant8m o mono!;io do uso de toda fora, e%#eto a ne#ess=ria 4

autodefesa imediata e dessa maneira e%#ui a retaiaão !ri$ada >ou de auma a?n#ia@ !or es2es

#ometidas e e%i?n#ia de indeni'aão. Aas !ro!or#iona ser$ios de !roteão e #um!rimento de eis

a!enas 4/uees /ue ad/uirem suas a!;i#es de !roteão e res!eito 4s eis. O Estado m"nimo e/ui$ae

ao utram"nimo, #ombinado #om um !ano de #u!2es >#aramente distributi$os@ friedmanes#o,

finan#iado !ea re#eita de im!ostos.

Cr"ti#as ao utiitarismo: não e$a em #onta os direitos e a sua não*$ioaão.

+Restri2es indiretas 4 aão refetem o !rin#"!io )antiano b=si#o de /ue indi$"duos são fins e

não a!enas meios, ees não !odem ser sa#rifi#ados ou usados !ara a #onse#uão de outros fins sem

seu #onsentimento. Ees são in$io=$eis0. >Ibidem, !.B@

Capítulo ": prote#o$ indeniza#o e risco.

Droibião e indeni'aão tro#a !rin#"!io da #om!ensaão.

Capítulo %: O Estado

Drin#"!io da e/uidade: John RaFs 5 Gerbert Gant.

Os atos ra#ionais e em interesse !r;!rio de !essoas em um estado o#)eano de nature'a

#uminam em uma 3ni#a a?n#ia de !roteão dominante, #om aão sobre territ;rios eor=fi#os.

Cada territ;rio ter= ou uma 3ni#a a?n#ia dominante ou #erto n3mero dees federamente a!i#adas,

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de moda a #onstituir em ess?n#ia uma 3ni#a.

Capítulo & – No'as considera!es so(re o ar)umento em prol do Estado.

Robert Nozick e sua teoria política: uma alternativa viável à proposta de o!n Ra"ls#

Rap!ael $rasileiro $ra%a

+nar/uia, Estado e <to!ia0: #r"ti#a 4 teoria utiitarista, ao modeo anar/uista norte*

ameri#ano, 4 teoria da -ustia de RaFs e a obra estabee#eu uma uto!ia #a!itaista #u-a -ustifi#aão

fundamenta seria nun#a utii'ar os indi$"duos #omo sim!es meios.

6efesa do Estado A"nimo e do (ibertarismo.

O #erne do !ensamento ibert=rio est= #entrado na dinidade de #ada ser humano, /ue não

 !ode ser restrinida em nome de nenhuma ne#essidade #oeti$a.

JustiaHiberdade.7eoria ibert=ria een#a tr?s !rin#"!ios b=si#os:

1. Drin#"!io da !ro!riedade de si: todo indi$"duos mentamente #a!a' tem direito absouto a

dis!or de sua !osse, in#usi$e dos taentos /ue re#ebeu e #uti$ou, #ontanto /ue não utii'e esse

direito !ara renun#iar a !r;!ria iberdade.

. Drin#"!io da -usta #ir#uaão: a -ustia de um direito de !ro!riedade 8 estabee#ida /uando

este for obtido !or transfer?n#ia $ount=ria, t=#ita ou e%!"#ita, #om ou sem #om!ensaão materia

ou monet=ria, da !essoa /ue era anteriormente seu !ro!riet=rio e"timo.

. Drin#"!io da a!ro!riaão oriina: o tituar ini#ia de um direito de !ro!riedade sobre um

ob-eto 8 o !rimeiro a ter rei$indi#ado a sua !ro!riedade, e$entuamente sob a #ondião de ter !ao

uma ta%a #u-o montante 8 fi%ado, se-a !ea #=usua o#)iana >direito de todos a um destino !eo

menos e/ui$aente ao /ue teria sido no estado natura@, se-a !eo #rit8rio !ainiano de -ustia >direito

iua de todos ao $aor dos !rodutos da terra@.

Em No'i#) o Estado nas#e de um mono!;io do !oder. Em outras !aa$ras, ee su!2e um

Estado de nature'a de (o#)e. Nesse Estado, di' No'i#), um indi$"duo !ode !essoamente e%iir 

res!eito aos seus direitos e outros indi$"duos !odem -untar*se a ee em bus#a desse idea. <m ru!o

de !essoas !ode aiar*se a um indi$"duo #omo ob-eti$o de im!edir um ata/ue ou !erseuir aressor,

 !or e%em!o. 6essa !aa$ra, /uando h= $=rias a?n#ias em um mesmo es!ao eor=fi#o, 8

 !oss"$e /ue o#orra uta entre eas !ea hierar/uia do !oder. souão natura $ista !or No'i#) 8

/ue uma deas se torne a dominante e se im!onha ante os demais. ssim, !ortanto nas#e o Estado.

Estado utram"nimo 8 na !roteão de não $ioaão dos direitos e não na seurana.

 No'i#): o Estado de$e asseurar a iberdade neati$a das !essoas, ou se-a, o Estado de$e

arantir /ue ninu8m interfira nos direitos b=si#os de #ada #idadão, tais #omo a $ida e a

 !ro!riedade. J= #om a iberdade !ositi$a, o Estao não de$e se !reo#u!ar !ois +ee não tem a

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obriaão de forne#er nada aos indi$"duos !ara /ue !ossam e$ar adiante seus !anos de $ida0.

  teoria de RaFs d= im!ortn#ia 4 iberdade !ositi$a das !essoas #riti#adas !or No'i#). Na

teoria de No'i#), se !ossuo a mim mesmo, !ossuo meus taentos, e se !ossuo meus taentos, !ossuo

/ua/uer #oisa /ue !rodu'a !or meio dees. e%i?n#ia de tributaão redistributi$a dos taentosos

 !ara os desfa$ore#idos $ioa a !osse de si mesmo.

RaFs defende /ue os mais taentosos !onham seus taentos a ser$io dos menos taentosos.

Isso 8 e%!anado e%austi$amente !or RaFs /uando este trata do !rin#"!io da diferena, o /ua

defende /ue as desiuadades e%istentes na estrutura b=si#a somente são !ermitidos se hou$er um

maior fa$ore#imento !ara os menos afortunados.

Dara RaFs, um dos direitos mais im!ortantes 8 o direito a #erta !ar#ea dos re#ursos da

so#iedade. Dara No'i#), !or outro ado, os direitos mais im!ortantes são os direitos sobre si

 !r;!rios, ou se-a, os direitos referentes 4 !osse de si mesmo.O ob-eti$o da teoria da -ustia #omo e/uidade 8 dar #ondi2es -ustas !ara /ue os #idadãos

tenham uma $ida dina e se $e-am #omo iuais dentro de uma so#iedade. KLmi#)a afirma /ue os

iuait=rios iberais, #omo 8 o #aso de RaFs, dão !refer?n#ia 4 tributaão das tro#as i$res !ara

#om!ensar os desfa$ore#idos natura e so#iamente. Dara No'i#), !or8m, isso 8 #onsiderado in-usto

 !or/ue as !essoas são donas de suas !osses e, nesse sentido, !odemos di'er /ue +ser tituar sinifi#a

ter um direito absouto de dis!or deas #omo /uiser, #ontanto /ue isso não en$o$a fora nem

fraude0.

O direito em um Estado m"nimo não nos di' o /ue de$emos fa'er, mas somente estabee#er 

o /ue não de$emos fa'er. 6essa forma, o indi$"duo !ode fa'er o /ue he interessas, reai'ar 

/ua/uer #on#e!ão de $ida boa /ue dese-ar desde /ue, 8 #aro, >1@ res!eite a interidade f"si#a de

ter#eiro >@ não $ioe !ro!riedades eitimamente ad/uiridas e >@ #um!ra os #ontratos

$ountariamente a#ordados.

 No Estado A"nimo, seundo No'i#), não h= redistribuião !or/ue nun#a hou$e uma

distribuião e ninu8m tem um direito a /uais/uer +bens materiais a8m da/uees /ue ad/uiriu

#omo !ro!riedade !ri$ada >M@. Ninu8m tem /ua/uer direito a bens /ue se destinam a #oo#ar 

essa !essoa em uma determinada #ondião materia0.

eundo John RaFs, uma so#iedade -usta ne#essita de um Estado inter$entor, ou se-a, um

+Estado #u-as institui2es fundamentais de$eriam #ontribuir !ara a !rimordia tarefa de iuaar as

 !essoas em suas #ir#unstn#ias b=si#a0. O Estado no'i#)iano, denominado !eo !r;!rio autor #omo

Estado uarda*noturno, 8 #onsidera$emente menos inter$en#ionista frente 4/uee desen$o$ido !or 

RaFs, !ois, !ara No'i#), sua funão seria e%#usi$amente !roteer as !essoas #ontra o roubo, a

fraude, o uso ie"timo da fora e arantir, !or assim di'er, o #um!rimento dos #ontratos a#ordados

 !eos #idadãos.

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KLim#)a resume do seuinte modo a teoria de No'i#) no /ue di' res!eito 4 a/uisião

ini#ia -usta:

1. s !essoas !ossuem a si mesmas

. O mundo ini#iamente não !erten#e a ninu8m

. o#? !ode ad/uirir direitos absoutos sobre uma !ar#ea des!ro!or#iona do mundo desde

/ue não !iore a #ondião dos outros

B. Dode*se di'er /ue 8 reati$amente f=#i ad/uirir direitos absoutos sobre uma !ar#ea

des!ro!or#iona do mundo.

6istribuião -usta se d= sim!esmente !ea tro#a i$re entre as !essoas. Qua/uer distribuião

/ue resute de uma situaão -usta !or meio de transfer?n#ia i$re 8, !or sua $e', -usta. O o$erno

tributar essas tro#as #ontra a $ontade /ua/uer um 8 in-usto, mesmo /ue os tributos se-am usados

 !ara #om!ensar os #ustos e%traordin=rios das defi#i?n#ias naturais imere#idas !or au8m.O direito 4 !ro!riedade de$e ser obtido não !or ne#essidade ou !or mere#imento.

7eoria da tituaridade em No'i#): se o Estado m"nimo 8 imitado a interferir na $ida dos

indi$"duos a!enas no /ue di' res!eito 4 !roteão #ontra fora, roubo, fraude e im!osião de

#ontratos e /ue /ua/uer Estado mais am!o hes $ioaria os direitos, !odemos inferir /ue nesse

Estado não ha$eria edu#aão !3bi#a, ser$ios de sa3de !3bi#a, trans!ortes, estradas ou !ar/ues.

Em Kant de$emos air de forma ta /ue tratemos a humanidade, em n;s mesmo ou em

outros, não #omo meios, mas sem!re #omo fim em si mesma. Im!erati$o #ate;ri#o )antiano 5

in$ioabiidade indi$idua.