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COMISSÃO EUROPEIA DIRECÇÃO-GERAL XVI POLÍTICA REGIONAL E DE COESÃO Coordenação e avaliação das operações Novo Período de Programação 2000-2006: Documentos de trabalho metodológicos DOCUMENTO DE TRABALHO N° 1 Vademecum para os planos dos fundos estruturais e documentos de programação 1

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COMISSÃO EUROPEIA DIRECÇÃO-GERAL XVI POLÍTICA REGIONAL E DE COESÃO Coordenação e avaliação das operações

Novo Período de Programação 2000-2006:

Documentos de trabalho metodológicos

DOCUMENTO DE TRABALHO N° 1

Vademecum

para os planos dos fundos estruturais

e documentos de programação

1

2

ÍNDICE

Finalidade do Vademecum ...................................................................................................... 7

Escolha do processo.................................................................................................................. 8

Apoio transitório....................................................................................................................... 9

Quadro de referência em matéria de desenvolvimento dos recursos humanos................ 10

CAPÍTULO 1: Plano para os quadros comunitários de apoio (QCA) e conteúdo dos programas operacionais (PO) .......................................................... 13

I. Conteúdo do plano para os QCA .................................................................................... 15

1. Descrição da situação actual.................................................................................. 15

2. Estratégia e eixos prioritários ................................................................................ 16

3. Integração da Avaliação ex ante............................................................................ 17

4. Financiamento ....................................................................................................... 19

5. Verificação ex ante da adicionalidade................................................................... 20

6. Parceria .................................................................................................................. 20

7. Disposições de execução ....................................................................................... 23

II. Programas operacionais .................................................................................................. 24

1. Eixos prioritários ................................................................................................... 25

2. Síntese das medidas ............................................................................................... 26

3. Plano financeiro..................................................................................................... 26

4. Disposições de execução ....................................................................................... 28

3

CAPÍTULO 2: Conteúdo do plano para um documento único de programação - DOCUP (projecto de DOCUP) ............................................................... 29

1. Descrição da situação actual.................................................................................. 31

2. Estratégia e eixos prioritários ................................................................................ 32

3. Integração da Avaliação ex ante ........................................................................... 33

4. Síntese das medidas ............................................................................................... 35

5. Finanças ................................................................................................................. 35

6. Verificação ex ante da adicionalidade................................................................... 35

7. Parceria .................................................................................................................. 36

8. Disposições de execução ....................................................................................... 39

CAPÍTULO 3: Conteúdo do complemento de programação (nº 3 do artigo 18º do regulamento geral)................................................................................... 41

1. Medidas ................................................................................................................. 43

2. Beneficiários finais ................................................................................................ 44

3. Plano financeiro..................................................................................................... 44

4. Publicidade ............................................................................................................ 44

5. Intercâmbio de dados............................................................................................. 44

CAPÍTULO 4: Subvenções Globais e Grandes Projectos .............................................. 47

1. Subvenções Globais............................................................................................... 49

2. Grandes Projectos.................................................................................................. 50

CAPÍTULO 5: Gestão financeira ..................................................................................... 53

1. Autorizações .......................................................................................................... 55

2. Pagamentos............................................................................................................ 55

3. Previsão de pedidos de pagamento........................................................................ 56

4

CAPÍTULO 6: Relatórios Anuais de Execução............................................................... 59

1. Informações a incluir em todos os relatórios anuais de execução......................... 61

ANEXO 1: Classificação dos domínios de intervenção............................................ 63

5

6

FINALIDADE DO VADEMECUM

O Título II do novo Regulamento Geral dos fundos estruturais estabelece as disposições para a programação das intervenções no período de 2000-2006. Embora os Estados-Membros já tenham, evidentemente, experiência em matéria de desenvolvimento dos planos e programas, o Regulamento inclui novos elementos, que o presente Vademecum procura realçar. O objectivo primordial do presente documento é, todavia, analisar o próprio regulamento, a fim de apresentar e ordenar de forma coerente as diferentes fases, calendários e requisitos para benefício de todos os envolvidos no processo de programação. Para isso, clarifica-se a informação que deve ser apresentada juntamente com o plano, de modo a permitir a construção subsequente dos documentos de programação, como, por exemplo, os relacionados com as disposições de execução.

Em segundo lugar, são fornecidas informações adicionais de carácter prático, na medida do necessário para apoiar o desenvolvimento dos novos programas, em especial nos casos em que foram introduzidos novos elementos. São disso exemplo a descentralização da gestão dos fundos e o estabelecimento de uma programação pormenorizada no âmbito do novo documento de “complemento de programação”, ou os procedimentos revistos de gestão financeira. O documento prevê também a introdução, nos planos apresentados a título do objectivo nº 3, de um “quadro de referência” em matéria de estratégia nacional de desenvolvimento de recursos humanos. Embora o Vademecum abranja apenas os principais princípios de gestão financeira e as informações a incluir por força do regulamento nos relatórios anuais e finais de execução, posteriormente poderão ser disponibilizadas orientações mais pormenorizadas sobre estes aspectos, se necessário. São igualmente propostos modelos dos diferentes mapas financeiros necessários para cada um dos elementos do processo de programação. Para além de garantir as informações financeiras necessárias, a utilização de mapas financeiros harmonizados contribuirá simultaneamente para assegurar a coerência entre os diversos níveis de agregação e permitir o estabelecimento de comparações e a elaboração de resumos. Facilitará ainda a transmissão electrónica de dados.

Em terceiro lugar, o Vademecum foi estruturado de modo a permitir que cada capítulo seja utilizado autonomamente, consoante o aspecto específico do processo de programação para o qual são necessárias orientações. É, nomeadamente, o caso do Capítulo 1 (Plano para os QCA e conteúdo dos PO) e do Capítulo 2 (Plano para os DOCUP). Foi também utilizado um sistema de “listas de verificação” para ajudar a garantir o preenchimento dos requisitos mínimos de informação para que o plano de QCA e de projecto de DOCUP seja considerado admissível por parte da Comissão.

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ESCOLHA DO PROCESSO

Quadros Comunitários de Apoio

Para o objectivo nº 1, será normalmente aplicado o sistema do quadro comunitário de apoio (QCA) seguido de programas operacionais (PO). Contudo, o regulamento não exclui a possibilidade de as regiões do objectivo nº 2 ou 3 utilizarem o método do QCA.

Documentos únicos de programação

Para os programas a título do objectivo nº 1 em que a contribuição comunitária seja inferior ou não ultrapasse substancialmente 1 000 milhões de euros, e também no caso dos objectivos nºs 2 e 3, e do IFOP nas regiões não abrangidas pelo objectivo nº 1, os Estados-Membros apresentarão, em princípio, um plano sob forma de projecto de documento único de programação (DOCUP). Esses planos conterão, por conseguinte, as informações (referidas no artigo 19º) a fornecer para os quadros comunitários de apoio e programas operacionais.

Objectivo nº 1

Os planos apresentados a título do objectivo nº 1 devem, em regra, abranger uma única região de nível NUTS II. Contudo, os Estados-Membros poderão apresentar, se o considerarem mais conveniente, um plano que abranja várias ou a totalidade das suas regiões do objectivo nº 1.

Objectivo nº 2

Os planos a apresentar a título do objectivo nº 2 devem, em regra, abranger uma única região de nível NUTS II. Mais uma vez, porém, há casos em que os Estados-Membros, se o considerarem mais conveniente, poderão apresentar um plano que abranja uma parte ou a totalidade das suas regiões do objectivo nº 2 e antigas zonas dos objectivos nºs 2 e 5b em transição. Sempre que os planos abranjam outras zonas para além das elegíveis a título do objectivo nº 2, deverão fazer distinção entre as operações em regiões ou zonas abrangidas pelo objectivo nº 2 e operações noutras zonas.

Objectivo nº 3

Os planos apresentados a título do objectivo nº 3 devem abranger o território de um Estado-Membro fora das regiões abrangidas pelo objectivo nº 1 e as antigas regiões do objectivo nº 1 em transição (mas incluindo as antigas zonas dos objectivos nºs 2 e 5b em transição), tendo em conta as necessidades gerais das zonas que enfrentam problemas estruturais de reconversão económica e social. Os planos também deverão fornecer, para o conjunto do território nacional, um quadro de referência para o desenvolvimento dos recursos humanos, independentemente do objectivo em que se insere a zona em causa.

IFOP nas regiões do objectivo nº 1

Os planos apresentados a título de acções estruturais no sector da pesca fora das regiões do objectivo nº 1 devem abranger o território do Estado-membro, excepto as regiões do objectivo nº 1 e as regiões em transição do antigo objectivo nº 1 (mas incluindo as zonas em transição do antigo objectivos nºs 2 e 5b).

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APOIO TRANSITORIO

Sempre que se justificar, os planos devem estabelecer uma distinção entre as dotações financeiras globais previstas nas zonas que beneficiam do apoio transitório e as previstas nas outras zonas abrangidas pelos objectivos nºs 1 ou 2 (ver pormenores nos capítulos 1 e 2). As disposições de programação para o apoio transitório dependerão do tipo de região e da escolha de processo efectuada para outras regiões:

Antigas regiões do objectivo nº 1: as regiões integralmente de nível NUTS II beneficiarão do apoio transitório. Este nível geográfico corresponde ao nível regional normal de programação.

No caso dos QCA que abranjam regiões elegíveis e regiões em transição, os programas operacionais corresponderão às regiões em transição e, por conseguinte, não são necessárias disposições especiais.

Todavia, nos casos em que os programas operacionais abranjam simultaneamente regiões elegíveis e regiões em transição, os planos financeiros devem estabelecer uma distinção entre as dotações financeiras globais previstas nas regiões que beneficiam do apoio transitório e as previstas nas outras regiões.

No caso dos DOCUP que abranjam uma só região em transição, não são necessárias disposições especiais.

Antigas regiões dos objectivos nºs 2 e 5b: as zonas de nível NUTS III, ou em parte de nível NUTS III, beneficiarão do apoio transitório, embora o nível regional normal de programação seja o nível NUTS II. Para simplificar, serão integradas nas intervenções regionais (normalmente DOCUP), devendo os planos financeiros estabelecer uma distinção entre as dotações financeiras globais previstas nas zonas que beneficiam de apoio transitório e as previstas nas restantes zonas.

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QUADRO DE REFERENCIA EM MATERIA DE DESENVOLVIMENTO DOS RECURSOS HUMANOS

O plano apresentado a título do objectivo nº 3 deverá ser elaborado relativamente às intervenções fora das regiões abrangidas pelo objectivo nº 1 e deverá prever um “quadro de referência” para o conjunto das acções de desenvolvimento dos recursos humanos a executar no território nacional, sem prejuízo das especificidades regionais. Deverá fornecer, assim, uma descrição da estratégia escolhida para a aplicação dos recursos dos fundos estruturais no que diz respeito ao desenvolvimento dos recursos humanos, à adaptação e modernização das políticas e sistemas de educação, de formação e de emprego em todo o território de um Estado-Membro (todos os objectivos).

O quadro de referência política faz parte do plano do objectivo nº 3 e do DOCUP / QCA e estará, por conseguinte, sujeito à decisão da Comissão que concede o apoio do FSE a título do objectivo nº 3. Todavia, este quadro de referência política deve ser elaborado como um capítulo distinto e identificável, perfeitamente consistente, para que possa ser apresentado (em projecto, se necessário), como documento autónomo, juntamente com os planos do objectivo nº 1, caso estes sejam apresentados antes dos planos do objectivo nº 3.

A descrição da estratégia nacional no quadro de referência política deve justificar os eixos prioritários seleccionados para o financiamento da UE à luz da estratégia global descrita no plano de acção nacional para o emprego (PAN) e apreciada pelo processo de acompanhamento da estratégia europeia em matéria de emprego. Além disso, o quadro de referência deve mostrar as prioridades políticas específicas que constituirão a base principal para a definição dos eixos prioritários dos QCA ou DOCUP no âmbito dos diferentes objectivos. O quadro de referência política não necessita, contudo, de identificar os eixos prioritários de desenvolvimento dos recursos humanos nos diversos objectivos e entre eles. Esta análise deve ser empreendida mediante a definição de prioridades e objectivos (em termos qualitativos e quantitativos, sempre que possível) e do seu impacte estimado. O quadro de referência deve demonstrar de que modo a estratégia nacional irá:

- sustentar as orientações em matéria de emprego e, em especial, as prioridades estabelecidas no plano de acção nacional para o emprego;

- contribuir para promover a coesão económica e social no território do Estado-Membro.

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O quadro de referência política deve articular-se em torno de cinco domínios políticos do FSE e incluir uma síntese da forma como as actividades do FSE apoiam a estratégia europeia em matéria de emprego e as orientações no âmbito dos seus quatro pilares. O quadro de referência deve mostrar, portanto:

- as principais opções, escolhidas nos cinco domínios políticos do Regulamento do FSE, em que os Estados-Membros irão concentrar as intervenções do Fundo no âmbito dos diferentes objectivos (mas não necessariamente entre os diferentes objectivos);

- a consistência e a coerência da estratégia e das opções políticas do Estado-Membro para o desenvolvimento dos recursos humanos com as características específicas do território nacional;

- as interligações que reflectem o potencial das outras intervenções dos fundos estruturais fora do objectivo nº 3 no apoio ao desenvolvimento dos recursos humanos a nível do Estado-Membro;

- as estimativas da atribuição de financiamento entre os cinco domínios políticos no âmbito dos três objectivos;

- uma síntese do modo como a estratégia de emprego e desenvolvimento dos recursos humanos sustenta os quatro pilares do plano de acção nacional para o emprego e as orientações correspondentes em matéria de emprego.

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CAPÍTULO 1:

PLANO PARA OS QUADROS COMUNITARIOS DE APOIO (QCA) E CONTEUDO DOS PROGRAMAS OPERACIONAIS (PO)

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A Parte I do presente capítulo diz respeito ao conteúdo de um plano que leve ao estabelecimento de um quadro comunitário de apoio (QCA). A Parte II apresenta o conteúdo dos programas operacionais que complementam o QCA.

Definição

“Plano”: a análise da situação, estabelecida pelo Estado-Membro em causa, no que se refere aos objectivos nºs 1, 2 e 3 enunciados no artigo 1º e às necessidades prioritárias para os atingir, bem como à estratégia e eixos prioritários de acção previstos, seus objectivos específicos e respectivos recursos financeiros indicativos.

I. CONTEUDO DO PLANO PARA OS QCA

Sempre que um plano conduza a um QCA, os projectos de programas operacionais (PO) correspondentes (ver Parte II) podem ser apresentados ao mesmo tempo, a fim de acelerar a análise dos pedidos e a execução dos programas. Também é possível adicionar aos projectos de PO, para fins de informação, o documento do complemento de programação, caso este já tenha sido elaborado.

Os planos apresentados a título do objectivo nº 1 (e em alguns casos a título dos objectivos nºs 2 e 3) respeitantes a um futuro QCA devem incluir os elementos adiante enumerados. Tal como já foi indicado na introdução (Finalidade do Vademecum), as informações devem ser apresentadas juntamente com o plano, de acordo não só com o previsto no artigo 16º do regulamento (Planos) mas também com outras partes do regulamento, como, por exemplo, o artigo 17º (Quadros comunitários de apoio), a fim de permitir a elaboração do QCA. Entre os elementos necessários inclui-se uma avaliação ex ante, nos termos do artigo 41º1, sendo as principais conclusões da avaliação ex ante integradas no plano (ver, em especial, o ponto 3 infra).

1. Descrição da situação actual

- descrição, quantificada sempre que a sua natureza o permita, da situação actual, no que diz respeito às disparidades, atrasos e potencialidades de desenvolvimento (objectivo nº 1) ou de reconversão (objectivo nº 2). Incluirá uma análise, verificada na avaliação ex ante (ver ponto 3, infra), dos pontos fortes, dos pontos fracos e das potencialidades do Estado-Membro, da(s) região(ões) ou do sector em causa. A análise pode utilizar as estatísticas regionais coligidas pelo Eurostat e incluídas na base de dados REGIO, bem como outras fontes de dados estatísticos. Também os dados e indicadores mencionados no plano de acção nacional para o emprego (PAN) elaborado pelos Estados-Membros no âmbito da estratégia europeia em matéria de emprego podem constituir fontes de informação úteis;

- descrição dos recursos financeiros utilizados, dos principais resultados das acções empreendidas no período de programação precedente e dos resultados de avaliações disponíveis;

1 Ver Avaliação ex ante das intervenções dos Fondos Estruturais – Comissão Europeia.

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- descrição da situação em termos de competitividade, IDT e inovação, pequenas e médias empresas2, independentemente da sua forma jurídica, emprego e mercado de trabalho;

- descrição, tanto quanto possível quantificada, da situação ambiental da(s) região(ões) envolvida(s), bem como dos principais pontos fortes e pontos fracos e das disposições adoptadas para integrar a dimensão ambiental na intervenção, a fim de assegurar o cumprimento das regras comunitárias3;

- descrição do mercado de trabalho e das políticas de formação profissional a nível nacional e regional;

- avaliação da situação em termos de igualdade entre homens e mulheres no que respeita às oportunidades no mercado de trabalho, incluindo os constrangimentos específicos de cada grupo.

2. Estratégia e eixos prioritários

- indicação dos objectivos operacionais relacionados com os elementos anteriormente referidos, quantificados sempre que a sua natureza o permita;

- descrição de uma estratégia adequada para atingir os objectivos de desenvolvimento (objectivo nº 1) ou de reconversão (objectivo nº 2) e os eixos prioritários seleccionados para a sua realização, bem como a medida em que essa estratégia tem em conta a estratégia de desenvolvimento dos recursos humanos descrita na página 10 do quadro de referência do objectivo nº 3.

No caso do objectivo nº 3, esta descrição deve ser inteiramente coerente com a estratégia nacional de desenvolvimento dos recursos humanos descrita no quadro de referência. Nos Estados-Membros onde não exista um plano para o objectivo nº 3, deve ser fornecida uma descrição analítica da coerência e compatibilidade da respectiva estratégia com a estratégia de emprego da União Europeia, incluindo o modo como os eixos prioritários reflectem as orientações para o emprego da Comissão e o plano de acção nacional para o emprego. Ainda em relação ao objectivo nº 3, deve ser fornecida uma indicação dos recursos do FSE a mobilizar para as zonas do objectivo nº 2, em conformidade com o disposto no nº 1, alínea c) do artigo 16º do regulamento.

- descrição dos eixos prioritários de acção seleccionados, da estratégia para a sua implementação e do impacte esperado (ver ponto 3, infra). No caso das regiões do objectivo nº 3, a estratégia deve ter em conta todos os domínios programáticos pertinentes;

- a medida em que a estratégia tem em conta:

• as especificidades das regiões ou zonas em causa, incluindo a sua evolução demográfica,

2 Tal como definidas na Recomendação de 3 de Abril de 1996; JO nº L 107 de 30.4.1996, p.4. 3 Ver Guia sobre a avaliação ambiental dos planos de desenvolvimento regional e dos programas dos fundos

estruturais da UE – Comissão Europeia.

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• a situação ambiental, a integração dos requisitos ambientais e a conformidade com a política e os instrumentos ambientais da Comunidade,

• a integração de mulheres e homens no mercado de trabalho,

• a estratégia da União Europeia em matéria de emprego, incluindo o modo como os eixos prioritários reflectem as orientações da Comissão para as políticas de emprego dos Estados-Membros e o programa nacional de emprego adoptado.

No caso dos planos do objectivo nº 2 que contenham programação do FSE, deve também ser demonstrado que as medidas do FSE não irão duplicar as medidas gerais programadas a título do objectivo nº 3 e que as medidas do FSE a título do objectivo nº 2 se encontram plenamente integradas e coordenadas com as medidas financiadas pelos outros fundos. Deve ainda ser explicada a coerência das acções no domínio dos recursos humanos e do emprego, a financiar pelo FSE, com a avaliação ex ante relativa à situação em termos de recursos humanos e de emprego, referida no nº 1 do artigo 41º. No caso dos planos do objectivo nº 3, devem ser abordadas as características específicas e as necessidades gerais das zonas do objectivo nº 2 que enfrentam problemas estruturais de reconversão económica e social.

- as políticas regionais, nacionais e comunitárias, nomeadamente as relevantes para o desenvolvimento dos recursos humanos, de uma perspectiva económica e social (educação e formação, incluindo a estratégia de educação e formação ao longo da vida, IDT e inovação, sociedade da informação, exclusão social e outros), e o grau de coerência com estas;

- as orientações indicativas da Comissão (nº 3 do artigo 10º) que estabelecem as prioridades comunitárias;

- descrição da natureza e duração dos programas operacionais não apresentados em simultâneo com o plano para o QCA. Esta deve incluir os seus objectivos específicos e as prioridades definidas. Os programas operacionais apresentados em simultâneo com o plano devem demonstrar uma ligação clara com os eixos prioritários;

- a natureza das medidas de assistência técnica destinadas a preparar, acompanhar e avaliar o QCA.

3. Integração da Avaliação ex ante4

O regulamento prevê a realização de uma avaliação ex ante, sob a responsabilidade das autoridades competentes para a preparação dos planos, mecanismos de intervenção e complemento de programação. Do mesmo modo, o regulamento define o objectivo da avaliação ex ante como sendo o de fornecer uma base para a preparação e avaliação dos documentos supramencionados, nos quais será integrada.

4 Ver Avaliação ex ante das intervenções dos Fondos Estruturais – Comissão Europeia.

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Para tal, os avaliadores analisarão o conteúdo do projecto de plano elaborado pelas autoridades competentes à luz dos objectivos que as intervenções estruturais pretendem alcançar. Fornecerão, assim, uma apreciação minuciosa da qualidade do programa e, sempre que necessário, proporão ajustamentos ou aditamentos ao texto inicial. Na sequência do necessário diálogo entre as autoridades competentes e os peritos avaliadores, será elaborado um projecto final de plano sob a responsabilidade exclusiva dessas autoridades. Este documento será enviado à Comissão.

No projecto final de plano, a avaliação ex ante assumirá a forma de comentário, que explicará e justificará a análise efectuada da situação actual, a coerência da estratégia e dos eixos prioritários escolhidos, o impacte esperado e os recursos financeiros mobilizados, bem como o sistema de execução previsto.

Exame do contexto geral

• Ponderação dos resultados das avaliações de períodos de programação anteriores.

• Análise dos pontos fortes, dos pontos fracos e das potencialidades do Estado-Membro, da(s) região(ões) ou sector em causa.

• Descrição quantificada da situação actual, quer em matéria de disparidades, atrasos e potencialidades de desenvolvimento (objectivo nº 1), quer em matéria de reconversão (objectivo nº 2), quer ainda em matéria de desenvolvimento dos recursos humanos e da situação do mercado de trabalho, abrangendo a totalidade do território (objectivo nº 3).

A avaliação ex ante deve dar especial atenção, nesta descrição, à situação em termos de competitividade, IDT e inovação, pequenas e médias empresas5, emprego e mercado de trabalho, tendo em conta a estratégia europeia em matéria de emprego.

Uma característica dos novos regulamentos é a maior ênfase conferida à avaliação ex ante:

• da situação económica e social, em especial da evolução do mercado de trabalho nacional, incluindo as regiões que enfrentam problemas de emprego especiais, e da estratégia global no domínio do desenvolvimento dos recursos humanos, bem como da forma como esta estratégia se articula com a estratégia nacional de emprego, definida nos planos de acção nacionais;

• da situação ambiental das regiões em causa, especialmente dos sectores ambientais que serão consideravelmente afectados pela intervenção, e das disposições destinadas a integrar a dimensão ambiental na intervenção, indicando até que ponto elas se enquadram nos objectivos a curto e a longo prazo, a nível nacional, regional e local, e a assegurar o cumprimento das regras comunitárias em matéria de ambiente; a avaliação ex ante apresentará uma descrição, tanto quanto possível quantificada, da situação ambiental e uma estimativa do impacte esperado da estratégia e das intervenções na situação ambiental;

5 Tal como definidas na Recomendação de 3 de Abril de 1996; JO nº L 107 de 30.4.1996, p.4.

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• da situação em termos de igualdade entre homens e mulheres, no que diz respeito às oportunidades no mercado de trabalho, incluindo os constrangimentos específicos de cada grupo, designadamente o empresariado feminino, a educação e a formação profissional e a conciliação da vida familiar com a vida profissional.

Coerência das opções estratégicas com as características da região

• coerência da estratégia e dos objectivos com as características específicas da(s) região(ões) ou sector em causa. No tocante aos planos do objectivo nº 3, deve ser dada especial atenção à verificação da articulação da estratégia adoptada com a estratégia europeia em matéria de emprego e os planos nacionais para o emprego, bem como à justificação da distribuição, ao equilíbrio entre os cinco domínios programáticos e à avaliação das prioridades temáticas no âmbito dos diversos domínios programáticos;

• impacte esperado dos eixos prioritários de acção previstos, quantificando os seus objectivos específicos em relação à situação inicial, na medida em que a sua natureza o permita. Deve ser dado especial destaque ao impacte esperado na situação social e económica, em especial em termos de evolução do mercado de trabalho nacional, na situação ambiental e na igualdade de oportunidades;

• justificação dos recursos financeiros atribuídos aos diversos eixos prioritários;

• coerência com as políticas e prioridades regionais, nacionais e comunitárias.

Adequação do sistema de execução

• Verificação da pertinência das disposições de execução e acompanhamento propostas.

A avaliação é parte integrante do plano. Por razões de transparência, é desejável que o trabalho dos avaliadores seja incluído num documento consolidado.

4. Financiamento

Um plano financeiro (ver Quadro 1) que inclua os recursos de assistência técnica e conforme com as perspectivas financeiras, isto é, a distribuição dos montantes pelos anos abrangidos pelo plano (por exemplo, em termos percentuais) deve seguir a distribuição das perspectivas. (N.B. A Comissão fornecerá o(s) perfil(is) aplicável(is) a cada região.) Todos os planos devem ter também, evidentemente, coerência interna, isto é, os montantes totais devem ser iguais à soma dos montantes parcelares.

Apoio transitório

O perfil financeiro das regiões que beneficiam do apoio transitório tem de ser compatível com a repartição degressiva efectuada pela Comissão nos termos do artigo 7º. O plano distinguirá as dotações financeiras atribuídas a essas regiões ao nível do total anual da contribuição dos fundos estruturais para o quadro comunitário de apoio, tal como indicado no Quadro 1.

19

5. Verificação ex ante da adicionalidade

Os planos apresentados incluirão indicações sobre a adicionalidade nos termos do nº 2 do artigo 11º, o que, no caso do objectivo nº 1, deve assumir a forma de um quadro financeiro indicativo global.

Para a verificação ex ante da adicionalidade, o artigo 11º do regulamento geral estipula que a Comissão e o Estado-membro em causa estabelecerão o nível das despesas estruturais públicas ou equiparáveis que o Estado-membro manterá no conjunto das suas regiões abrangidas pelo objectivo nº 1 durante o período de programação. Regra geral, o nível médio anual das despesas deve ser pelo menos igual ao nível atingido durante o período de programação anterior, tendo em conta alguns dados específicos referidos no mesmo artigo 11º.

Quanto à metodologia, o fundamental são os pagamentos efectivos relativos a acções elegíveis executadas durante um determinado período em todas as regiões do objectivo nº 1 (e não autorizações ou despesas programadas). Do Quadro 2 constam as informações necessárias para determinar as despesas médias anuais, estimadas ou efectivas, do período 1994-1999 e as despesas médias anuais programadas para o período 2000-2006, ambas em milhões de euros, a preços de 1999. O presente quadro foi simplificado em relação ao quadro da adicionalidade do período 1994-1999. As categorias de despesas constantes dos quadros devem ser idênticas em ambos os períodos. Além disso, devem ser indicadas as previsões de evolução do rendimento público, bem como os pressupostos macroeconómicos subjacentes, a fim de permitir uma eventual revisão intercalar do nível de referência das despesas, no caso de a situação económica se alterar significativamente.

Com vista à avaliação dos quadros, devem ser fornecidas aos serviços da Comissão informações complementares destinadas, exclusivamente, a ser utilizadas por estes serviços. São importante, nomeadamente, os elementos constitutivos do quadro, ou seja, a discriminação anual e/ou regional. É igualmente fundamental indicar a totalidade das fontes, métodos e pressupostos, incluindo os deflatores e taxas de câmbio utilizados.

6. Parceria

No contexto das disposições relativas à parceria, devem ser referidas as medidas tomadas para consultar os parceiros a respeito do plano. Sobre este aspecto, o regulamento reflecte o objectivo de uma consulta o mais vasta possível de todos os organismos relevantes –autoridades regionais e locais, outras autoridades competentes, incluindo as responsáveis pelo ambiente e pela promoção da igualdade entre homens e mulheres, parceiros económicos e sociais.

20

Quadro 1: Mapa financeiro indicativo* para o Plano/QCA - por eixo prioritário e por anoNúmero de referência do Plano/QCA na Comissão:____________________Título: ___________________________________________

(em euros)

Participação da Comunidade Participação pública nacional

etc.Assistência técnicaTotal

Total relativo ao FEDERTotal relativo ao FSETotal relativo ao FEOGATotal relativo ao IFOP

Para obj. nº 3: percent. de regiões do obj. nº 2

2000Regiões que não benef. do apoio transitórioRegiões que benef. do apoio transitório

2001Regiões que não benef. do apoio transitórioRegiões que benef. do apoio transitório

etc.Total

Regiões que não beneficiam do apoio transitórioRegiões que beneficiam do apoio transitório

* Nos planos financeiros apenas devem ser incluídos os custos elegíveis** Apenas para os objectivos nºs 1 e 2 e quando aplicável*** Incluindo, para informação, no caso do objectivo nº 2, o montante total do FEOGA-Secção Garantia para as medidas referidas no artigo 33º do Regulamento (CE) Nº ..../99 (nº 3 do artigo 17º do Regulamento (CE) Nº ..../99)

Regional Local Outra (a especificar)

Privada

FEOGA IFOP Total CentralTotal FEDER FSE

Eixo prioritário

Ano/apoio transitório**

Fundo de Coesão

Outros*** instrumentos financeiros (a especificar)

Empréstimos do BEI

Custo Total Total

Pública

Eixo prioritário 1Eixo prioritário 2Eixo prioritário 3

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Quadro 2 : Verificação ex ante da adicionalidade para o objectivo nº 1Despesas estruturais públicas ou similares nas regiões do objectivo nº 1 (em milhões de euros, a preços de 1999)

Total do qual: empresas públicas

Não co-financiado pela UE

Total Total do qual: empresas públicas

Não co-financiado pela UE

Total

Nac. + UE Nac. + UE UE Nac. Nac. Nac.. Nac. + UE Nac. + UE UE Nac. Nac. Nac.1 2 3 4 5 6 7= 8 9 10 11 12 13=11+12

5+6=2-4 =8-101. Infra-estrutura de base

- Transporte (capital)- Telecomunicações (capital)- Energia (capital)- Ambiente e água (capital)- Saúde (capital)

2. Recursos Humanos- Educação - Formação- IDT

3. Ambiente produtivo- Agricultura/desenvolvimento rural/pesca- Indústria- Serviços- Turismo

4. OutrosTotal

Média anual 1994-1999 Média anual 2000-2006QCA/DOCUP QCA/DOCUP

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7. Disposições de execução

A fim de preparar a execução do QCA, o próprio plano terá de incluir as seguintes informações:

- a autoridade única ou organismo designado, (a "autoridade de gestão") responsável pela gestão do quadro comunitário de apoio

- as disposições visando envolver os parceiros nos comités de acompanhamento e uma indicação dos diversos parceiros

- a forma como os Estados-Membros irão assegurar a compatibilidade com o artigo 12º, em especial no que diz respeito a:

• regras de concorrência

• adjudicação de contratos públicos

• protecção e melhoramento do ambiente

• eliminação das desigualdades e promoção da igualdade entre homens e mulheres .

Além disso, o fornecimento das informações seguintes, embora não seja obrigatório na fase da apresentação do plano, facilitará a futura execução do QCA se for assegurado nesta fase; trata-se de uma descrição das disposições para:

- a gestão dos programas operacionais;

- o controlo financeiro;

- a avaliação;

- os sistemas de acompanhamento – este processo também ficaria facilitado se a Comissão dispusesse de informações sobre o sistema de acompanhamento informatizado implantado no Estado-Membro em causa; o intercâmbio informatizado de dados necessário para facilitar os requisitos de gestão, acompanhamento e avaliação acordados entre a Comissão e o Estado-Membro em causa, na medida do possível. No caso do FSE, o intercâmbio informatizado de informações é exigido pelo artigo 7º do respectivo regulamento. A Comissão fornecerá ao Estado-Membro as especificações necessárias para facilitar este intercâmbio de dados;

- acções de publicidade do quadro de comunitário de apoio.

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Plano para os QCA: Lista de verificação

A lista seguinte inclui os requisitos mínimos para que um plano seja considerado admissível ("aceitável") pela Comissão, em especial o requisito de que o plano contenha todas as informações estipuladas no artigo 16º do Regulamento Geral. A existência de tais elementos não dá, evidentemente, quaisquer garantias quanto à qualidade das propostas, pois esta necessitará de ser verificada durante o desenvolvimento dos QCA ou DOCUP.

Descrição quantificada da situação actual no que diz respeito às disparidades em termos de rendimento e emprego, atrasos infra-estruturais, etc., e às potencialidades de desenvolvimento (objectivo nº 1) ou de reconversão (objectivo nº 2);

Descrição de uma estratégia adequada e dos eixos prioritários seleccionados para atingir o objectivo em causa (artigo 1º);

Quadro de referência, para os planos apresentados a título do objectivo nº 3, relativo à estratégia nacional de recursos humanos; demonstração de que os planos apresentados a título dos objectivos nºs 1 e 2 são coerentes com a estratégia nacional de recursos humanos descrita no quadro de referência do objectivo nº 3 e, de um modo mais geral, com a estratégia de emprego e de desenvolvimento dos recursos humanos comum a todo o território do Estado-Membro em causa, em especial com os PAN;

Menção da medida em que foram tidas em conta as orientações indicativas da Comissão;

Avaliação ex ante integrada:

- Avaliação ex ante da situação do mercado de trabalho;

- Avaliação da situação ambiental;

- Avaliação da situação em termos de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres;

Indicadores e objectivos adequados;

Compatibilidade demonstrada com outras políticas comunitárias (ambiente, concorrência, adjudicação de contratos públicos, etc.);

Mapa financeiro indicativo (ver Quadro 1) com a participação financeira dos fundos, do BEI e de outros instrumentos financeiros – um mapa financeiro informatizado, no caso do FSE;

Quadro referente à adicionalidade (ver Quadro 2);

Descrição das disposições de gestão e controlo que foram estabelecidas com vista à execução das intervenções que fazem parte do QCA;

Descrição das medidas tomadas para consultar os parceiros e as disposições e medidas adoptadas para o envolvimento destes últimos no comité de acompanhamento;

Descrição das disposições de acompanhamento e avaliação;

Acções de publicidade do QCA.

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II. PROGRAMAS OPERACIONAIS

Definição

Programa operacional: o documento aprovado pela Comissão que visa a execução de um quadro comunitário de apoio e contém um conjunto coerente de eixos prioritários compostos por medidas plurianuais, para cuja realização se pode recorrer a um ou vários fundos e a um ou vários dos outros instrumentos financeiros existentes, bem como ao BEI. Um programa operacional integrado é um programa operacional cujo financiamento é assegurado por vários fundos.

Âmbito geográfico

As intervenções abrangidas por um quadro comunitário de apoio do objectivo nº 1 serão realizadas, em regra geral, sob a forma de um programa operacional integrado por região. Todavia, numa declaração aditada ao regulamento, a Comissão afirma que os Estados-Membros podem apresentar programas operacionais incluindo uma ou todas as regiões abrangidas pelo objectivo em causa – um programa que abranja várias regiões pode tratar, por exemplo, de um tema horizontal.

Os parágrafos seguintes descrevem o conteúdo dos programas operacionais que complementam o quadro comunitário de apoio. É de notar, porém, que, a fim de acelerar a análise das candidaturas e a execução dos programas, os Estados-Membros são encorajados a apresentar projectos de PO em simultâneo com os seus planos. Também é possível adicionar aos projectos de PO, para fins informativos, o documento de complemento de programação, nos casos em que este já tenha sido elaborado.

Para contextualizar cada programa operacional, poderá ser desejável fornecer uma breve introdução baseada, em especial, na descrição da situação actual – ver Capítulo 1.

1. Eixos prioritários

O programa operacional deve incluir uma especificação dos eixos prioritários do a sua coerência com os eixos prioritários do QCA (tanto quanto possível este aspecto também deve incluir a coerência na utilização da terminologia), os seus objectivos específicos quantificados, quando a sua natureza o permitir, e a avaliação ex ante do seu impacte esperado, na medida em que estes aspectos não tenham sido avaliados a nível do plano.

Tanto quanto possível, cada eixo prioritário do programa operacional deve estar associado a um único eixo prioritário do quadro comunitário de apoio.

Referência à coerência dos eixos prioritários com a estratégia nacional de recursos humanos apresentada no quadro de referência do plano do objectivo nº 3.

N.B. Nos casos em que os projectos de programas operacionais foram apresentados a título do objectivo nº 2 e incluem programação dos FSE, deve ser demonstrado que as intervenções não irão duplicar as intervenções gerais a título do objectivo nº 3 e que as intervenções do objectivo nº 2 estão perfeitamente concertadas com as intervenções financiadas pelos outros fundos.

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2. Síntese das medidas

Uma síntese das medidas (ver definição no Capítulo 3) para implementar os eixos prioritários deve incluir as informações necessárias para verificar o cumprimento do artigo 87º do Tratado. Esta síntese deve incluir o título, a descrição, os objectivos e metas globais, os beneficiários visados, uma indicação aproximada da ponderação financeira atribuída a cada medida e o organismo responsável pela execução de cada medida. É de notar que a quantificação das medidas é efectuada no âmbito do complemento de programação.

3. Plano financeiro

O Quadro 3 apresenta o plano financeiro para os programas operacionais. Em todos os OP, este plano financeiro deve estar em conformidade com as perspectivas financeiras e as disposições adoptadas relativamente às regiões que beneficiam do apoio transitório (ver Quadro 1). Os totais de todos os programas operacionais por eixo prioritário ou por ano devem ser coerentes com os do mesmo eixo prioritário ou ano do quadro comunitário de apoio correspondente.

Apoio transitório

As dotações financeiras para as regiões em transição devem ser distinguidas, a nível do total anual, da contribuição dos fundos estruturais para o PO, tal como está indicado no Quadro 3.

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Quadro 3: Mapa financeiro* para programas operacionais por eixo prioritário e por anoNúmero de referência do programa operacional na Comissão:____________________Título: ___________________________________________

(em euros)

Participação da Comunidade Participação pública nacional

2000Total relativo ao FEDERTotal relativo ao FSE Total relativo ao FEOGA Total relativo ao IFOP

2001:

2000Total relativo ao FEDERTotal relativo ao FSE Total relativo ao FEOGA Total relativo ao IFOP

2001:

:Assistência técnica

2000Total relativo ao FEDERTotal relativo ao FSE Total relativo ao FEOGA Total relativo ao IFOP

2001:

TotalTotal relativo ao FEDERTotal relativo ao FSE Total relativo ao FEOGA Total relativo ao IFOP

2000Regiões que não beneficiam do apoio transitórioRegiões que beneficiam do apoio transitório

2001Regiões que não beneficiam do apoio transitórioRegiões que beneficiam do apoio transitório

:Total

Regiões que não beneficiam do apoio transitórioRegiões que beneficiam do apoio transitório

* Nos planos financeiros apenas devem ser incluídos custos elegíveis** Apenas para os objectivos nºs 1 e 2 e quando aplicável*** Incluindo, para informação, no caso do objectivo nº 2, o montante total do FEOGA-Secção Garantia para as medidas referidas no artigo 33º do Regulamento (CE) Nº ..../99 (nº 3 do artigo 17º do Regulamento (CE) Nº ..../99)

Custo total

LocalEixo prioritário/Ano

IFOPFEDER FSE

PúblicaEmpréstimos

do BEIOutra (a especificar)

Outros*** instrumentos financeiros (a especificar)

Privada Fundo de Coesão

Ano/Apoio transitório**

Total Central Regional

Eixo prioritário 2

Eixo prioritário 3

Total

Eixo prioritário 1

TotalFEOGA

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4. Disposições de execução

As disposições de execução de cada PO incluem:

- A autoridade de gestão designada pelo Estado-Membro como responsável pela gestão do PO incluindo: o nome do organismo, o endereço oficial e a pessoa responsável; a autoridade de pagamento (ver definição no Capítulo 5).

- As modalidades de gestão do PO: estas devem incluir, designadamente, os diversos parceiros institucionais e financeiros da autoridade de gestão envolvidos na gestão e execução do PO. Qualquer delegação de poderes da autoridade de gestão num outro organismo deve ser explicitamente indicada.

- Os sistemas de acompanhamento e avaliação, em especial as tarefas do comité de acompanhamento: as principais tarefas de cada organismo encarregado do acompanhamento e avaliação devem ser descritas, em especial o seu papel na recolha de dados (acompanhamento) e na preparação da avaliação intercalar; disposições para definir as tarefas e o funcionamento do comité de acompanhamento. Também seria útil para este processo se a Comissão dispusesse de informações sobre o sistema de acompanhamento informatizado instalado no Estado-Membro em questão. As medidas adoptadas com vista à realização de uma análise periódica dos progressos realizados pelo PO e à organização da avaliação intercalar também deverão ser descritas.

- As regras de mobilização e de circulação dos montantes financeiros, assegurando a transparência dos fluxos: este aspecto está relacionado com a descrição da organização de dois tipos de fluxos financeiros: a) a contribuição dos diversos parceiros para o financiamento do PO (e dos seus eixos prioritários) e sua organização; b) as principais etapas do financiamento comunitário, desde a autoridade de pagamento até ao beneficiário final.

- As medidas e procedimentos específicos de controlo da execução do PO: as principais modalidades, práticas e regras devem ser descritas, para além dos procedimentos normais de controlo financeiro aplicáveis a qualquer despesa pública em todo o território nacional. Esta descrição deve incluir a definição do papel das diversas partes envolvidas nestas modalidades de supervisão.

- Quando for caso disso, uma indicação da utilização de uma subvenção global para a execução e a gestão de parte do PO (eixo prioritário ou medida). Esta indicação deve conter o nome do organismo (quando conhecido), a pessoa responsável, o endereço oficial, a finalidade da subvenção global e a contribuição financeira em causa, se for a nível de um eixo prioritário (ver informações mais pormenorizadas no Capítulo 4). O Estado-Membro também deverá fornecer as informações necessárias para se poder verificar o cumprimento do artigo 87º do Tratado.

- Uma descrição, na medida do possível, das modalidades acordadas entre a Comissão e o Estado-Membro para o intercâmbio informatizado dos dados necessários para satisfazer os requisitos de gestão, acompanhamento e avaliação. No caso do FSE, o intercâmbio informatizado de informações é exigido pelo artigo 7º do respectivo regulamento. A Comissão fornecerá aos Estados-Membros as especificações necessárias para facilitar o dito intercâmbio de dados.

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CAPÍTULO 2:

CONTEUDO DO PLANO PARA UM DOCUMENTO UNICO DE PROGRAMAÇÃO - DOCUP (PROJECTO DE DOCUP)

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Definição

Documento único de programação: um documento único aprovado pela Comissão que agrupa os elementos contidos num quadro comunitário de apoio e num programa operacional.

Tal como foi referido na introdução (Finalidade do Vademecum) é necessário apresentar informações em simultâneo com o plano (projecto de DOCUP), não só nos termos do artigo 16º do Regulamento (Planos) mas também de outras partes do regulamento como, por exemplo, o artigo 19º (Documentos únicos de programação), a fim de possibilitar a elaboração do QCA. Entre os elementos necessários, incluem-se também uma avaliação ex ante, nos termos do artigo 41º6, com as principais conclusões da avaliação ex ante integradas no plano (ver em especial o ponto 3, infra). Também é possível anexar o documento do complemento de programação ao projecto de DOCUP, para fins informativos, caso aquele já tenha sido elaborado.

1. Descrição da situação actual

- descrição, quantificada sempre que a sua natureza o permita, quer em matéria de disparidades, atrasos e potencialidades de desenvolvimento (objectivo nº 1) quer em matéria de reconversão (objectivo nº 2). Nela se inclui uma análise, verificada na avaliação ex ante (ver ponto 3, infra) dos pontos fortes, dos pontos fracos e das potencialidades do Estado-Membro, região(ões) ou sector envolvidos. A análise pode utilizar as estatísticas regionais coligidas pelo Eurostat e incluídas na base de dados REGIO, bem como outras fontes de dados estatísticos (ver anexo). Também os dados e indicadores referidos no plano de acção nacional para o emprego elaborado pelos Estados-Membros no âmbito da estratégia europeia em matéria de emprego podem constituir fontes de informação úteis.

- descrição dos recursos financeiros mobilizados, dos principais resultados das operações empreendidas no período de programação precedente e dos resultados disponíveis das avaliações;

- descrição da situação em termos de competitividade, IDT e inovação, pequenas e médias empresas7, independentemente da sua forma jurídica, emprego e mercado de trabalho;

- descrição, tanto quanto possível quantificada, da situação ambiental da(s) região(ões) envolvida(s), bem como dos principais pontos fortes e pontos fracos e das disposições destinadas a integrar a dimensão ambiental nas intervenções, a fim de assegurar o cumprimento das normas comunitárias8;

- descrição do mercado de trabalho e das políticas de formação profissional a nível nacional e regional;

- avaliação da situação em termos de igualdade entre homens e mulheres, no que diz respeito às oportunidades do mercado de trabalho, incluindo os constrangimentos específicos de cada grupo.

6 Ver Avaliação ex ante das intervenções dos Fondos Estruturais – Comissão Europeia. 7 Tal como definidas na Recomendação de 3 de Abril de 1996; JO nº L 107 de 30.4.1996, p.4. 8 Ver Guia sobre a avaliação ambiental dos planos de desenvolvimento regional e dos programas dos fundos

estruturais da UE – Comissão Europeia.

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2. Estratégia e eixos prioritários

- Indicação dos objectivos operacionais, relacionados com os elementos supramencionados, quantificados sempre que a sua natureza o permita.

- Descrição de uma estratégia adequada para atingir os objectivos de desenvolvimento (objectivo nº 1) ou reconversão (objectivo nº 2) e dos eixos prioritários seleccionados para a sua obtenção; menção da medida em que a citada estratégia tem em conta o desenvolvimento dos recursos humanos descrita no quadro de referência do objectivo nº 3, na página 10.

No caso do objectivo nº 3, esta descrição deve ser inteiramente coerente com a estratégia nacional de desenvolvimento dos recursos humanos descrita no quadro de referência. Nos Estados–membros em que não exista qualquer plano do objectivo nº 3, deve ser fornecida uma descrição analítica da coerência e da compatibilidade da respectiva estratégia com a estratégia de emprego da UE, incluindo o modo como os eixos prioritários reflectem as orientações para o emprego da Comissão e o plano de acção nacional para o emprego acordado. Também no caso do objectivo nº 3, devem ser indicados os recursos do FSE previstos para as zonas do objectivo nº 2, tal como é exigido pelo nº 3, alínea c) do artigo 19º do Regulamento. Esta indicação deve traduzir-se numa rubrica específica do plano financeiro.

- Uma descrição dos eixos prioritários de acção previstos, da estratégia para a sua execução e do impacte esperado (ver ponto 3, infra). No caso das regiões do objectivo nº 3, a estratégia deve ter em conta todos os domínios programáticos relevantes;

- Menção da medida em que a estratégia tem em conta:

• As características específicas das regiões ou zonas em causa, incluindo a evolução demográfica,

• A situação ambiental, a integração dos requisitos ambientais e a conformidade com os instrumentos e políticas ambientais da Comunidade,

• A integração de mulheres e homens no mercado de trabalho,

• A estratégia de emprego da UE, incluindo o modo como os eixos prioritários reflectem as orientações da Comissão para as políticas de emprego dos Estados-Membros e o programa nacional de emprego acordado.

No caso dos planos do objectivo nº 2 que contenham programação do FSE, também deverá ser demonstrado que estas medidas do FSE não irão duplicar as medidas gerais programadas a título do objectivo nº 3 e que as medidas do FSE a título do objectivo nº 2 estão plenamente integradas e coordenadas com as medidas financiadas pelos outros fundos. Também deverá haver uma explicação sobre o modo como as actividades relativas aos recursos humanos e ao emprego a financiar pelo FSE são compatíveis com a avaliação ex ante relativa aos recursos humanos e ao emprego, referida no nº 1 do artigo 41º. No caso dos planos do objectivo nº 3, as características específicas e as necessidades gerais das zonas do objectivo nº 2 que

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enfrentam problemas estruturais de reconversão económica e social deverão ser abordadas.

- As políticas regionais, nacionais e comunitárias, nomeadamente as que são pertinentes para o desenvolvimento dos recursos humanos, de uma perspectiva económica e social (educação e formação, incluindo a estratégia de aprendizagem ao longo da vida, IDT e inovação, sociedade da informação, exclusão social e outras) e o grau de coerência com elas e comas orientações indicativas da Comissão (nº 3 do artigo 10º) que estabelecem as prioridades da Comunidade.

3. Integração da Avaliação ex ante 9

O regulamento prevê a realização de uma avaliação ex ante, sob a responsabilidade das autoridades competentes para a preparação dos planos, mecanismos de intervenção e complemento de programação. Do mesmo modo, o regulamento define o objectivo da avaliação ex ante como sendo o de fornecer uma base para preparar e avaliar os documentos supramencionados, nos quais será integrada.

Para tal, os avaliadores irão analisar o conteúdo do projecto de plano elaborado pelas autoridades competentes relativamente aos objectivos que as intervenções estruturais pretendem alcançar. Fornecerão, assim, uma apreciação minuciosa sobre a qualidade do programa e, sempre que necessário, proporão ajustamentos ou adições ao texto inicial. Na sequência do diálogo necessário entre as autoridades competentes e os peritos avaliadores, será elaborado um projecto final de plano sob a responsabilidade exclusiva das ditas autoridades. Este documento é enviado à Comissão.

A avaliação ex ante integrada nesse projecto final de plano assumirá a forma de um comentário, que explicará e justificará a análise efectuada sobre a situação actual, a coerência da estratégia e dos eixos prioritários escolhidos, o impacte esperado e os recursos financeiros mobilizados, bem como o sistema de execução previsto.

Exame do contexto geral

Ponderação dos resultados das avaliações de períodos de programação anteriores.

• Uma análise dos pontos fortes, dos pontos fracos e das potencialidades do Estado-Membro, da(s) região(ões) ou sector em causa.

• Uma descrição quantificada da situação actual, quer em matéria de disparidades, atrasos e potencialidades de desenvolvimento (objectivo nº 1) quer em matéria de reconversão (objectivo nº 2), quer ainda em matéria de desenvolvimento dos recursos humanos e da situação do mercado de trabalho, abrangendo a totalidade do território (objectivo nº 3).

A avaliação ex ante deve dar especial atenção, nesta descrição, à situação em termos de competitividade, inovação, pequenas e médias empresas, independentemente da sua forma jurídica, emprego e mercado de trabalho, tendo em conta a estratégia europeia de emprego.

9 Ver Avaliação ex ante das intervenções dos Fondos Estruturais – Comissão Europeia.

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Uma característica dos novos regulamentos é a maior ênfase concedida à avaliação ex ante dos seguintes aspectos:

• a situação económica e social, em especial a evolução do mercado de trabalho nacional, incluindo as regiões que enfrentam problemas de emprego especiais, e estratégia global no domínio do desenvolvimento dos recursos humanos, bem como a forma como esta estratégia está ligada à estratégia nacional de emprego, definida nos planos de acção nacionais;

• A situação ambiental das regiões em causa, especialmente dos sectores ambientais que serão consideravelmente afectados pela intervenção, e as disposições destinadas a integrar a dimensão ambiental na intervenção, indicando até que ponto elas se enquadram nos objectivos a curto e a longo prazo, a nível nacional, regional e local, e a assegurar o cumprimento das regras comunitárias em matéria de ambiente; a avaliação ex ante apresentará uma descrição, tanto quanto possível quantificada, da situação ambiental existente e uma estimativa do impacte esperado da estratégia e das intervenções na situação ambiental;

• A situação em termos de igualdade entre homens e mulheres, no que diz respeito às oportunidades no mercado do trabalho, incluindo os constrangimentos específicos experimentados de cada grupo, designadamente o empresariado feminino, a educação e a formação profissional e a conciliação da vida familiar com a vida profissional.

Coerência das opções estratégicas com as características da região

• A coerência da estratégia e dos objectivos com as características específicas da(s) região(ões) ou sector em causa. No tocante aos planos do objectivo nº 3, deve ser dada especial atenção à verificação das ligações entre a estratégia adoptada, a estratégia europeia de emprego e os planos nacionais de emprego, bem como à justificação da distribuição e do equilíbrio entre os cinco domínios programáticos e à avaliação das prioridades temáticas no âmbito dos diversos domínios programáticos.

• O impacte esperado dos eixos prioritários de acção previstos, quantificando os seus objectivos específicos em relação à situação inicial, na medida em que a sua natureza o permita. Deve ser dado um destaque acrescido ao impacte esperado na situação social e económica, em especial em termos de evolução do mercado de trabalho nacional, na situação ambiental e na igualdade de oportunidades.

• A justificação dos recursos financeiros atribuídos aos diversos eixos prioritários.

• A coerência com as políticas e prioridades regionais, nacionais e comunitárias.

Adequação do sistema de execução

• Verificação da pertinência das disposições de execução e acompanhamento propostas.

A avaliação faz parte integrante do programa. Por razões de transparência, será desejável que o trabalho dos avaliadores seja incluído num documento consolidado.

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4. Síntese das medidas

- uma síntese das medidas (em oposição à descrição dos eixos prioritários exigida para o QCA) previstas para implementar os eixos prioritários, incluindo as informações necessárias para verificar o cumprimento do artigo 87º do Tratado. Esta síntese deverá incluir o título, a descrição, os objectivos e metas globais, os beneficiários visados, uma indicação adequada da ponderação financeira atribuída a cada medida e o organismo de execução previsto – é de notar que a quantificação das medidas é efectuada no âmbito do complemento de programação (ver Capítulo 3);

- a natureza das medidas de assistência técnica para preparar, acompanhar e avaliar o DOCUP.

5. Finanças

O plano financeiro (ver Quadro 4) conforme com as perspectivas financeiras, isto é, a distribuição dos montantes pelos anos abrangidos pelo plano (por exemplo em termos percentuais) deve seguir a distribuição das perspectivas. (N.B. A Comissão deverá fornecer o(s) perfil(is) aplicável(is) a cada região.) Todos os planos devem ter também, evidentemente, coerência interna, isto é, os montantes totais devem ser iguais à soma dos montantes parcelares.

Apoio transitório

O perfil financeiro das regiões que beneficiam do apoio transitório tem de ser compatível com a repartição degressiva efectuada pela Comissão nos termos do artigo 7º. O plano distinguirá as dotações financeiras atribuídas a estas regiões ao nível do total anual da contribuição dos fundos estruturais para o DOCUP, tal como é indicado no Quadro 4.

6. Verificação ex ante da adicionalidade

O documento único de programação incluirá a verificação ex ante do respeito pelo princípio da adicionalidade em relação ao objectivo ou objectivos relevantes.

No que se refere aos objectivos nºs 2 e 3 considerados conjuntamente, o artigo 11º do Regulamento Geral estipula que a Comissão e o Estado-membro em causa estabelecerão o nível das despesas a consagrar à política activa do mercado de trabalho e, sempre que tal se justifique, a outras acções que permitam atingir os resultados previstos nesses dois objectivos que o Estado-membro desenvolva a nível nacional durante o período de programação. Regra geral, o nível médio anual das despesas deve ser pelo menos igual ao atingido no período de programação anterior, tendo em conta alguns dados específicos referidos no mesmo artigo.

Quanto à metodologia, o fundamental são os pagamentos relativos à política activa do mercado de trabalho efectuados durante um determinado período (e não autorizações ou despesas programadas). Em geral, a política activa do mercado de trabalho inclui acções destinadas a aumentar a capacidade dos indivíduos de obterem emprego, enquanto a política passiva do mercado de trabalho a assegurar apoio, ao nível dos rendimentos, às pessoas desempregadas em idade activa. Do Quadro 5 constam as informações necessárias para determinar as despesas médias anuais, estimadas ou efectivas, do

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período 1994-1999 e as despesas programadas para o período 2000-2006, ambas em milhões de euros, a preços de 1999. As categorias de despesas do quadro 5 são meramente indicativas, embora, sejam qual forem as categorias escolhidas pelo Estado-membro, estas devam ser idênticas para ambos os períodos. Além disso, devem ser indicadas as previsões de evolução do emprego, bem como os pressupostos macroeconómicos subjacentes, a fim de permitir uma eventual revisão intercalar do nível de referência das despesas, no caso de a situação económica se alterar significativamente.

Com vista à avaliação dos quadros, devem ser fornecidas aos serviços da Comissão informações complementares destinadas, exclusivamente, a ser utilizadas por estes serviços. São importante, nomeadamente, os elementos constitutivos do quadro, ou seja, a discriminação anual e/ou institucional. É igualmente fundamental indicar a totalidade das fontes, métodos e pressupostos, incluindo os deflatores e taxas de câmbio utilizados.

7. Parceria

No contexto das disposições relativas à parceria, devem ser referidas as medidas tomadas para consultar os parceiros a respeito do plano. Neste aspecto, o artigo 8º reflecte o objectivo de uma consulta o mais ampla possível de todos os organismos relevantes – as autoridades regionais e locais, as outras autoridades competentes, incluindo as responsáveis pelo ambiente e pela promoção da igualdade entre homens e mulheres, os parceiros económicos e sociais.

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Quadro 4: Mapa financeiro* para documentos únicos de programação por eixo prioritário e por anoNúmero de referência do DOCUP na Comissão:____________________Título: ___________________________________________

(em euros)

Participação da Comunidade Participação pública nacional

2000Total relativo ao FEDERTotal relativo ao FSETotal relativo ao FEOGATotal relativo ao IFOP

2001etc.

2000etc.

Assistência técnica2000

Total relativo ao FEDERTotal relativo ao FSETotal relativo ao FEOGATotal relativo ao IFOP

2001etc.

TotalTotal relativo ao FEDERTotal relativo ao FSETotal relativo ao FEOGATotal relativo ao IFOP

Para obj. nº 3: percent. de regiões do obj. nº 2

2000Regiões que não beneficiam do apoio transitórioRegiões que beneficiam do apoio transitório

2001Regiões que não beneficiam do apoio transitórioRegiões que beneficiam do apoio transitório

etc.Total

Regiões que não beneficiam do apoio transitórioRegiões que beneficiam do apoio transitório

* Nos planos financeiros apenas devem ser incluídos os custos elegíveis.** Apenas para os objectivos nºs 1 e 2 e quando aplicável.*** Incluindo, para informação, no caso do objectivo nº 2, o montante total do FEOGA-Secção Garantia para as medidas referidas no artigo 33º do Regulamento (CE) Nº ..../99 (nº 3 do artigo 17º do Regulamento (CE) Nº ..../99)

Total

Fundo de Coesão

Empréstimos do BEIOutros (a

especificar)

Outros*** instrumentos financeiros (a especificar)

Privada

Pública

LocalCentral RegionalFEDER IFOP

Eixo prioritário 3

Total

Custo total

Eixo prioritário 1

TotalAno

Eixo prioritário

FSE

Ano/Apoio transitório**

etc.

Eixo prioritário 2

FEOGA

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Quadro 5 : Verificação ex ante da adicionalidade para os objectivos nºs 2 e 3Despesas públicas com política no mercado de trabalho activo (em milhões de euros a preços de 1999)

Total Não co-financiado pela UE

Total Total Não co-financiado pela UE

Total

Nac. + UE UE Nac. Nac. Nac. Nac. + UE UE Nac. Nac. Nac.1 2 3 4 5 6= 7 8 9 10 11=

4+5= 9+10=2-3 7-8

Políticas do mercado de trabalho activo- Serviços de emprego públicos- Formação para o mercado de trabalho- Subvenções para os custos do trabalho- Acções destinadas aos jovens- Acções destinadas aos deficientes- Outros

Total*inclui os objectivos nºs 2, 3, 4 e 5b

QCA/DOCUP QCA/DOCUPMédia anual 1994-1999* Média anual 2000-2006

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8. Disposições de execução

As disposições de execução de cada DOCUP devem incluir:

- A autoridade de gestão designada pelo Estado-Membro como responsável pela gestão do DOCUP incluindo: o nome do organismo, o endereço oficial e a pessoa responsável; a autoridade de pagamento nomeada pelo Estado-Membro de acordo com as suas próprias disposições administrativas e institucionais e que poderá ser ou não a mesma que a autoridade de gestão.

- As modalidades de gestão do DOCUP: nas quais deverão ser incluídos, inter alia, os diferentes parceiros institucionais e financeiros da autoridade de gestão envolvidos na gestão e execução do DOCUP. Qualquer delegação de poderes por parte da autoridade de gestão deverá ser explicitamente indicada.

- Os sistemas de acompanhamento e avaliação, em especial as tarefas do comité de acompanhamento: as principais tarefas de cada organismo encarregado do acompanhamento e da avaliação devem ser sintetizadas, em especial o seu papel na recolha de dados (acompanhamento) e a preparação da avaliação intercalar; disposições para definir as tarefas e o funcionamento do comité de acompanhamento; no que diz respeito ao comité de acompanhamento, devem ser descritas as disposições para a realização de uma análise periódica dos progressos do DOCUP, nos termos do nº 3 do artigo 35º, e para a organização da avaliação intercalar.

- As regras de mobilização e de circulação dos montantes financeiros, assegurando a transparência dos fluxos: este aspecto está relacionado com a descrição da organização de dois tipos de fluxos financeiros: a) a contribuição dos diversos parceiros para o financiamento do DOCUP (e dos seus eixos prioritários) e sua organização; b) as principais etapas do financiamento comunitário, desde a autoridade de pagamento até ao beneficiário final.

- As medidas e procedimentos específicos de controlo do DOCUP: as principais modalidades – práticas e regras – para assegurar o controlo da execução do DOCUP devem ser descritas, para além dos procedimentos normais de controlo financeiro aplicáveis a qualquer despesa pública em todo o território nacional. Esta descrição deve incluir a definição do papel das diversas partes envolvidas nestas modalidades de supervisão.

- Quando for caso disso, uma indicação da utilização de uma subvenção global para a execução e a gestão de parte do DOCUP (eixo prioritário ou medida). Esta indicação deve conter o nome do organismo (quando conhecido), a pessoa responsável, o endereço oficial, a finalidade da subvenção global e a contribuição financeira em causa, se for a nível de um eixo prioritário. O Estado-Membro também deverá fornecer as informações necessárias para se poder verificar o cumprimento do artigo 87º do Tratado.

- Uma descrição das modalidades acordadas entre a Comissão e o Estado-Membro para o intercâmbio informatizado dos dados necessários para satisfazer os requisitos de gestão, acompanhamento e avaliação, caso estes já estejam instituídos. No caso do FSE, o intercâmbio informatizado de informações é exigido pelo artigo 7º do respectivo regulamento. A Comissão fornecerá aos Estados-Membros as especificações necessárias para facilitar o dito intercâmbio de dados.

Plano para os DOCUP: lista de verificação 39

A lista seguinte inclui os requisitos mínimos para que um plano seja considerado admissível ("aceitável") pela Comissão, em especial o requisito de que o plano contenha todas as informações estipuladas no artigo 19º do Regulamento Geral. A existência de tais elementos não dá, evidentemente, quaisquer garantias quanto à qualidade das propostas, pois esta necessitará de ser verificada durante o desenvolvimento dos QCA ou DOCUP.

Descrição quantificada da situação actual no que diz respeito às disparidades em termos de rendimento e emprego, atrasos infra-estruturais, etc., e às potencialidades de desenvolvimento (objectivo nº 1) ou de reconversão (objectivo nº 2);

Descrição de uma estratégia adequada e do eixo prioritário seleccionado para atingir o objectivo em causa (artigo 1º);

Quadro de referência, para os planos apresentados a título do objectivo nº 3, relativo à estratégia nacional de recursos humanos; demonstração de que os planos apresentados a título dos objectivos nºs 1 e 2 são coerentes com a estratégia nacional de recursos humanos descrita no quadro de referência do objectivo nº 3 e, de um modo mais geral, com a estratégia de emprego e de desenvolvimento dos recursos humanos comum a todo o território do Estado-Membro em causa, em especial com os PAN;

Menção da medida em que foram tidas em conta as orientações indicativas da Comissão;

Avaliação ex ante integrada:

- Avaliação ex ante da situação do mercado de trabalho;

- Descrição da situação ambiental;

- Avaliação da situação em termos de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres;

Indicadores e objectivos adequados;

Compatibilidade demonstrada com outras políticas comunitárias (ambiente, concorrência, adjudicação de contratos públicos, etc.);

Mapa financeiro indicativo (ver Quadro 4) com a participação financeira dos fundos, do BEI e de outros instrumentos financeiros – um mapa financeiro informatizado, no caso do FSE;

Quadro referente à adicionalidade (ver Quadro 5);

Descrição das disposições de gestão e controlo que foram estabelecidas com vista à execução do DOCUP;

Descrição das medidas tomadas para consultar os parceiros e as disposições e medidas adoptadas para o envolvimento destes últimos no comité de acompanhamento;

Descrição das disposições de acompanhamento e avaliação;

Acções de publicidade do DOCUP.

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CAPÍTULO 3:

CONTEUDO DO COMPLEMENTO DE PROGRAMAÇÃO (Nº 3 DO ARTIGO 18º DO REGULAMENTO GERAL)

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Definição

Complemento de programação: documento que concretiza a estratégia e os eixos prioritários do programa e contém os elementos pormenorizados do programa ao nível das medidas, elaborado pelo Estado-Membro e, eventualmente, adaptado pelo comité de acompanhamento, sob proposta da autoridade de gestão. É comunicado à Comissão para informação. A fim de acelerar os procedimentos, o complemento de programação pode ser apresentado em simultâneo com o plano para um DOCUP ou o projecto de PO. Em qualquer caso, a autoridade de gestão tem de adoptar o complemento de programação no prazo de três meses, o mais tardar, após a decisão da Comissão aprovando um programa operacional ou DOCUP.

Medida: o meio pelo qual um eixo prioritário é concretizado de forma plurianual e que permite financiar operações. São considerados medida qualquer regime de auxílios, na acepção do artigo 87º do Tratado, e qualquer concessão de ajudas por organismos designados pelos Estados-Membros ou qualqquer grupo de regime de auxílios ou de ajudas concedidas do mesmo tipo, ou a respectiva combinação.

Beneficiários finais: os organismos ou empresas, públicos ou privados, responsáveis pela encomenda das operações. No caso dos regimes de auxílios, na acepção do artigo 87º do Tratado, e de concessão de ajudas por organismos designados pelos Estados-Membros, os beneficiários finais são os organismos que concedem as ajudas.

1. Medidas

Ao contrário do programa operacional (ver Capítulo 1, Parte II), em que apenas é exigida uma descrição concisa das medidas, o complemento de programação fornece informações pormenorizadas sobre o conteúdo das medidas, incluindo:

- A sua avaliação ex ante em conformidade com o artigo 41º, isto é a demonstração da sua coerência com os objectivos dos eixos prioritários correspondentes.

- Indicadores de acompanhamento pertinentes, nos termos do artigo 36º10, incluindo, em especial, os indicadores utilizados na atribuição da reserva de eficiência, e:

• os objectivos específicos, quantificados sempre que a sua natureza o permita, e a sua coerência com os eixos prioritários correspondentes;

• a fase alcançada em termos de execução física, os resultados e, logo que exequível, o seu impacte ao nível adequado (eixo prioritário ou medida);

• Os progressos do plano de financiamento.

As medidas no âmbito do complemento de programação a título do objectivo nº 3 devem demonstrar também a sua incidência nas necessidades específicas das zonas do objectivo nº 2. Nos casos em que os programas operacionais tenham sido apresentados a título do objectivo nº 2, e incluem programação do FSE, deve ser demonstrado que a intervenção não irá duplicar as intervenções gerais do objectivo nº 3 e que as

10 Ver Indicadores de acompanhamento e avaliação: uma metodologia indicativa, Comissão Europeia, e

Exemplos de indicadores e possíveis objectivos quantificados.

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intervenções a título do objectivo nº 2 estão perfeitamente integradas e coordenadas com as medidas financiadas pelos outros fundos.

Cabe ao comité de acompanhamento analisar e aprovar os critérios de selecção das operações financiadas ao abrigo de cada medida, num prazo de seis meses após a aprovação da intervenção. Mais uma vez, para acelerar a execução dos programas, recomenda-se que a proposta de critérios de selecção seja fornecida em simultâneo com o complemento de programação, para ser formalmente aprovada em data posterior.

Classificação dos domínios de intervenção

Além de terem em conta a metodologia indicativa da Comissão e as listas de exemplos de indicadores, os comités de acompanhamento devem ter em conta a classificação dos domínios de intervenção que será proposta pela Comissão, quando o regulamento entrar em vigor. Para alcançar um melhor entendimento das diferentes intervenções dos fundos estruturais e para poder responder, por exemplo, aos pedidos dos Estados-Membros e do Parlamento Europeu, a Comissão concebeu, assim, um sistema para classificar os domínios de intervenção (Anexo 1). Em si mesmo, é possível que esse sistema nem sempre capte a definição exacta de todas as medidas, cujo grau de pormenor poderá variar. Ainda assim, os Estados-Membros são convidados a aplicar um código adequado a cada uma das medidas propostas no complemento de programação.

2. Beneficiários finais

Deve ser incluída uma definição do tipo de beneficiário final da medida (por exemplo, PME com menos de x trabalhadores).

3. Plano financeiro

- O Quadro 6 fornece um modelo de plano financeiro por medida para o complemento de programação. O plano financeiro tem de ser coerente com o plano financeiro do programa operacional ou DOCUP;

- com o plano financeiro, é incluída uma descrição das modalidades de co-financiamento das medidas, tendo em conta os sistemas institucionais, legais e financeiros dos Estados-Membros;

4. Publicidade

Devem ser descritas as medidas destinadas a assegurar a publicidade do programa operacional ou DOCUP.

5. Intercâmbio de dados

Na medida do possível, uma descrição das modalidades acordadas entre a Comissão e o Estado-Membro para o intercâmbio informatizado dos dados necessários para satisfazer os requisitos de gestão, acompanhamento e avaliação. No caso do FSE, o intercâmbio informatizado de informações é exigido pelo artigo 7º do respectivo regulamento. A Comissão fornecerá aos Estados-Membros as especificações necessárias para facilitar o dito intercâmbio de dados.

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Quadro 6: mapa financeiro* para complementos de programação por eixo prioritário e por medidaNúmero de referência na Comissão do PO ou DOCUP correspondente:____________________Título: ___________________________________________Última decisão da Comissão sobre o PO ou DOCUP correspondente: __ de __/__/__

Participação da Comunidade Participação pública nacional

Medida 1.1 ..Medida 1.2 ..etc.

Medida 2.1 ..Medida 2.2 ..etc.

etc.

Total relativo ao FEDER ..Total relativo ao FSE ..etc.

TotalTotal relativo ao FEDERTotal relativo ao FSETotal relativo ao FEOGATotal relativo ao IFOP

do qual****

*** O domínio de intervenção deve ser codificado para cada medida utilizando a classificação normalizada de três digitos; quando necessário (em caso de medidas heterogéneas) deve ser atribuído mais de um código com a percentagem estimada correspondente**** Apenas para os objectivos nºs 1 e 2 e quando aplicável

* Nos planos financeiros só devem ser incluídos custos elegíveis** Deve figurar uma indicação para cada medida se a participação dos fundos estruturais for calculada em relação aos custos elegíveis totais, ou as despesas totais públicas/despesas elegíveis semelhantes

Regiões que não beneficiam do apoio transitórioRegiões que beneficiam do apoio transitório

Total Total FEDER FSEPrivada Fundo de

Coesão

Outros instrumentos financeiros (a especificar)

Pública

Local Outra (a especificar)

Eixo prioritário/medida**

RegionalCentralTotalIFOPFEOGA

Custo total

Domínio de intervenção***

Assistência técnica

Eixo prioritário 3

Eixo prioritário 2

Eixo prioritário 1

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CAPÍTULO 4:

SUBVENÇÕES GLOBAIS E GRANDES PROJECTOS

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1. Subvenções Globais

Definição e utilização

Um Estado-Membro (ou um Estado-Membro de acordo com a autoridade de gestão) pode decidir, com o acordo da Comissão, confiar a intermediários adequados, incluindo autoridades locais, organismos de desenvolvimento regional ou organizações não governamentais, a execução e a gestão de uma parte de uma intervenção, a seguir designada «subvenção global», preferencialmente a favor de iniciativas de desenvolvimento local. No caso das intervenções do FSE ao abrigo do artigo 4º do Regulamento do FSE, as acções devem ser realizadas por organizações intermediárias locais e regionais.

A decisão de recorrer a uma subvenção global para executar parte do PO ou DOCUP (ver Capítulo 1 e 2) fica sujeita à aprovação da Comissão. Para simplificar a gestão, a(s) medida(s) relacionada(s) com uma subvenção global deve(m) ser identificada(s) separadamente no mapa financeiro do PO ou DOCUP. Quaisquer outros requisitos serão integrados nas regras convencionadas entre o Estado-Membro ou a autoridade de gestão e o organismo intermediário. Entre essas disposições deverão incluir-se as seguintes:

- As medidas a financiar, com os seus objectivos e metas, tanto quanto possível quantificados.

- Os critérios de escolha dos beneficiários (e dos intermediários, caso estes não tenham sido designados no momento da adopção do programa).

- As condições e as taxas de concessão da contribuição dos fundos, incluindo a utilização dos juros eventualmente gerados.

- As regras de acompanhamento e de avaliação da subvenção global.

- Qualquer utilização, sempre que aplicável, de uma garantia bancária.

- O plano financeiro.

- O calendário de execução.

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2. Grandes Projectos

Definição e utilização

A qualquer momento do período de programação, os fundos podem financiar despesas decorrentes de grandes projectos, ou seja, projectos:

a) Que englobem um conjunto de trabalhos economicamente indivisíveis com uma função técnica precisa e visem objectivos claramente identificados;

b) Cujo custo total tomado em consideração para determinar o montante da participação dos fundos seja superior a 50 milhões de euros.

Antes da decisão final de atribuição de uma participação dos fundos estruturais ao projecto, o Estado-Membro ou a autoridade de gestão deverá transmitir as seguintes informações específicas à Comissão, as quais são apreciadas a fim de confirmar ou alterar a taxa de participação comunitária11. Se a Comissão considerar que o projecto não parece justificar uma parte ou a totalidade da participação dos fundos, poderá decidir recusar toda ou parte dessa participação, indicando os motivos de tal recusa.

a) Informações administrativas

Nome do organismo responsável pela execução; endereço oficial e pessoa responsável

Elementos que permitam avaliar o impacte ambiental (incluindo, em especial, o efeito potencial em zonas sensíveis integradas na rede Natura 2000 e protegidas ao abrigo da directiva “Habitats” 92/43/CEE e da directiva “Aves” 79/409/CEE), e a aplicação dos princípios de precaução e acção preventiva, de correcção dos danos ambientais na fonte e do poluidor-pagador, bem como a observância das regras comunitárias em matéria de ambiente, incluindo a directiva AIA (85/337/CEE, alterada pela Directiva 97/11/CE)

Elementos necessários à apreciação da observância das regras de concorrência, nomeadamente em matéria de auxílios estatais.

b) Descrição do projecto

Natureza do investimento e sua descrição, bem como dos seus objectivos, envelope financeiro e localização.

Calendário de execução do projecto

11 Os Estados-Membros devem estar cientes do facto de que a notificação em separado, nos termos do nº 3 do

artigo 93º do Tratado, é necessária para os grandes projectos de investimento que preenchem os critérios do quadro multissectorial relativo ao auxílio regional a grandes projectos de investimento (o modelo de formulário de notificação foi publicado no Jornal Oficial nº…)

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c) Avaliação ex ante

Análise dos custos e dos benefícios, inclusive financeiros, avaliação dos riscos e indicações sobre a viabilidade económica do projecto.

Em relação aos investimentos em infra-estruturas, análise dos custos e dos benefícios socioeconómicos do projecto, incluindo a indicação da taxa prevista de utilização, impacte previsível no desenvolvimento ou na reconversão da região em causa, bem como a aplicação das disposições comunitárias relativas aos contratos públicos.

Em relação aos investimentos produtivos, análise das perspectivas do mercado no sector em causa e da rentabilidade prevista do projecto, bem como dos efeitos directos e indirectos na situação do emprego, se possível a nível comunitário.

Avaliação da viabilidade da obtenção de financiamento privado, total ou parcial, para o projecto.

Indicação do efeito da participação dos fundos na execução ou não dos projectos.

d) Informações financeiras

Justificação da taxa de participação dos fundos estruturais prevista.

O Quadro 7 apresenta o plano financeiro para grandes projectos – para que este seja coerente com o plano financeiro do complemento de programação.

N.B. A Comissão apresentará um “pro forma” abrangendo os requisitos de informação para os grandes projectos.

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Quadro 7: Mapa financeiro* para grandes projectosNúmero de referência do PO ou DOCUP correspondente na Comissão:____________________Título: ___________________________________________Identificação da medida: ____________________________

(em euros)

Participação da Comunidade Participação pública nacional

20002001

:2006Total* Nos planos financeiros apenas devem ser incluídos os custos elegíveis

Outros instrumentos financeiros (a especificar)

Empréstimos do BeiTotal Total FEDER FSE FEOGA IFOP Total

Ano Custo total

Pública

PrivadaCentral Regional Local Outra (a

especificar)

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CAPÍTULO 5:

GESTÃO FINANCEIRA

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As novas disposições relativas à gestão financeira seguem os princípios subjacentes à reforma global do sistema de execução dos fundos estruturais: descentralização, simplificação, maior eficiência económica e controlos. O objectivo é uma abordagem mais simples, embora rigorosa, que alivie consideravelmente a carga administrativa de todas as partes. Do mesmo modo, o grande nº de decisões formais de alteração tomadas pela Comissão, anualmente, para ter em conta a inflação deixará de ser necessário no âmbito de um sistema de indexação a uma taxa fixa. Apresenta-se, a seguir, uma descrição dos principais elementos da nova abordagem. Note-se que a Comissão poderá apresentar posteriormente, em caso de necessidade, orientações complementares mais pormenorizadas.

1. Autorizações

A primeira autorização anual será efectuada, de acordo com o plano financeiro, quando for adoptada a decisão de aprovação da intervenção. As autorizações anuais seguintes serão automaticamente accionadas no início de cada ano civil até 30 de Abril, o mais tardar. O volume da autorização equivale ao montante dos planos financeiros para os programa operacionais ou DOCUP, respeitando, deste modo, as perspectivas financeiras. A Comissão anulará automaticamente qualquer parte de uma autorização que não tenha sido satisfeita pelo pagamento por conta ou em relação à qual não tenha recebido nenhum pedido de pagamento admissível do segundo ano subsequente ao da autorização. O período de anulação automática é suspenso nos casos em que a Comissão tenha tido necessidade de impor uma “cláusula de suspensão”.

2. Pagamentos

Pagamento por conta

Aquando da primeira autorização, a Comissão fará um pagamento por conta ao Estado-Membro, o qual poderá atingir, no máximo, 7% da participação dos fundos na intervenção em causa. O pagamento por conta é mantido durante todo o período da intervenção e será utilizado pela autoridade de pagamento12 para pagar a participação comunitária nas despesas efectivamente pagas e declaradas à Comissão. Também pode ser utilizado para pagar adiantamentos aos beneficiários finais. O pagamento por conta será total ou parcialmente reembolsado pela autoridade de pagamento sempre que não for comunicado à Comissão qualquer pedido de pagamento intermédio (ver infra) até 18 meses após a decisão de participação dos fundos, isto é, se não houver provas de que o programa está a ser executado.

Pagamentos intermédios

A Comissão efectuará os pagamentos intermédios para reembolsar as despesas efectivamente pagas a título dos fundos e certificadas pelo Estado-Membro. Os pagamentos deixam de ser, assim, desencadeados por um determinado nível de execução para passarem a ser efectuados quando as despesas são feitas. Os Estados-Membros podem apresentar pedidos de pagamento várias vezes por ano, embora por razões de gestão prática tais pedidos devam ser, tanto quanto possível, apresentados de forma agrupada três vezes por ano, devendo o último pedido ser apresentado até 31 de

12 A "autoridade de pagamento" é nomeada pelo Estado-Membro de acordo com as suas próprias disposições

administrativas e institucionais, podendo ou não coincidir com a autoridade de gestão.

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Outubro o mais tardar. O período de dois meses restante permite que a Comissão atribua os pagamentos ao ano financeiro em curso.

O Quadro 8 mostra um exemplo do tipo de dados necessários para um pedido de pagamento. Serão transmitidos formulários mais pormenorizados, por ano, aos Estados-Membros relativamente a esta questão. Os montantes que figuram neste quadro não podem ultrapassar os montantes correspondentes no mapa financeiro do complemento de programação (Quadro 6). Se necessário, poderá ser enviada uma versão revista deste mapa financeiro à Comissão para informação, a fim de permitir que os pagamentos sejam efectuados. Em relação ao FSE, o Estado-Membro deverá declarar as despesas pagas por meios informáticos, tal como é exigido pelo artigo 7º do respectivo regulamento, apresentando a repartição por medida das diferentes fontes de financiamento (FSE, financiamento nacional ou regional, privado). Caso existam incoerências com o plano financeiro do programa operacional (Quadro 3) ou DOCUP (Quadro 4) é necessária uma decisão da Comissão para adaptar o dito plano de modo a poder continuar os pagamentos.

Os pagamentos são calculados a nível de cada medida com base na taxa de participação individual para essa medida. Os pagamentos são feitos a nível do programa operacional ou DOCUP e dizem sempre respeito à autorização mais antiga. O complemento de programação fornece a base para a taxa de co-financiamento aplicada a cada medida.

3. Previsão de pedidos de pagamento

Anualmente, até 30 de Abril, os Estados-Membros transmitirão à Comissão uma actualização das previsões de pedidos de pagamento para o exercício em curso e para o exercício orçamental seguinte. O Quadro 9 apresenta um modelo para este exercício.

Se necessário, a Comissão publicará documentação mais actualizada a este respeito.

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Quadro 8: Mapa financeiro* anexado ao pedido de pagamento por eixo prioritário e por medidaNúmero de referência na Comissão do PO ou DOCUP correspondente:____________________Título: ___________________________________________Data: __/__/____

Eixo prioritário/medida

Comu-nidade

Outras Públicas

Comu-nidade

Outras Públicas

Comu-nidade

Outras Públicas

Comu-nidade

Outras Públicas

Medida 1.1Medida 1.2etc.

Medida 2.1Medida 2.2etc.

etc.

Total relativo ao FEDERTotal relativo ao FSEetc.

TotalTotal relativo ao FEDERTotal relativo ao FSETotal relativo ao FEOGATotal relativo ao IFOP

Eixo prioritário/apoio transitório**Eixo prioritário 1

Eixo prioritário 2

Eixo prioritário 3etc.

* A Comissão está a preparar formulários anuais mais pormenorizados para serem utilizados nos pedidos de pagamento** Apenas para os objectivos nºs1 e 2 e quando aplicável

Regiões que beneficiam do apoio transitório

Assistência técnica

Eixo prioritário 1

Eixo prioritário 2

Eixo prioritário 3

Regiões que beneficiam do apoio transitório

Regiões que beneficiam do apoio transitório

Assistência técnica

Regiões que não beneficiam do apoio transitório

Regiões que não beneficiam do apoio transitório

PúblicasPrivadas

Total das despesas elegíveis certificadas e efectivamente pagas

DespesasDespesasPúblicas

Privadas Despesas

Regiões que beneficiam do apoio transitório

2000 TotalPúblicas

Privadas Despesas

... 2008Públicas

Privadas

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Quadro 9: Previsões de pedidos de pagamento para complementos de programaçãoNúmero de referência na Comissão do PO ou DOCUP correspondente:____________________Título: ___________________________________________Data: __/__/____

(em euros)

Ano n Ano n+1 Ano n Ano n+1

Total relativo ao FEDER

Total relativo ao FSE

Total relativo ao FEOGA

Total relativo ao IFOP

Total

Despesas elegíveis totais estimadas

Co-financiamento dos fundos estruturais

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CAPÍTULO 6:

RELATORIOS ANUAIS DE EXECUÇÃO

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Depois da análise e da aprovação pelo comité de acompanhamento, a autoridade de gestão apresentará um relatório de execução à Comissão, no prazo de seis meses a contar do fim de cada ano civil completo de execução, por exemplo, se a intervenção for aprovada no ano 2000, o primeiro relatório deverá ser apresentado nos primeiros seis meses de 2002.

1. Informações a incluir em todos os relatórios anuais de execução

- Qualquer alteração das condições gerais com importância para a execução da intervenção, em especial as principais tendências socioeconómicas, as alterações nas políticas nacionais, regionais ou sectoriais e as alterações no quadro de referência a título do objectivo nº 3. A coerência entre as intervenções dos diferentes fundos e com as de outros instrumentos financeiros também deve ser indicada.

- Relatório sobre os progressos realizados na execução de cada eixo prioritário e de cada medida. Isto implica, designadamente, uma quantificação dos objectivos e indicadores estabelecidos no início do programa. No caso do objectivo nº 3, será útil descrever a contribuição do programa para a implementação do plano de acção nacional para o emprego tanto em termos financeiros como no que diz respeito ao conteúdo, especialmente no que se refere à contribuição para acções no âmbito da estratégia europeia de emprego e das orientações anuais relativas ao emprego.

- Progressos do plano financeiro (ver Quadro 10) com particular referência aos indicadores financeiros acordados. Em relação a cada medida deve ser apresentado um resumo das despesas efectivamente pagas pela autoridade de pagamento e dos pagamentos recebidos da Comissão (ver também Quadro 8, supra).

- Disposições tomadas pela autoridade de gestão e pelo comité de acompanhamento para assegurar a qualidade e a eficácia da execução, em especial:

• acções de acompanhamento, controlo financeiro e avaliação, incluindo as modalidades de recolha de dados

• resumo de quaisquer problemas significativos encontrados na gestão das intervenções e de quaisquer medidas tomadas, em especial na sequência de recomendações feitas pela Comissão após a reunião anual com a autoridade de gestão. Neste aspecto, será útil incluir um relatório sobre o seguimento dado às recomendações feitas na avaliação intercalar e aceites pelo comité de acompanhamento

• utilização da assistência técnica

• medidas tomadas para assegurar a publicidade do PO ou DOCUP

- medidas tomadas para assegurar a compatibilidade com outras políticas comunitárias

- os progressos e o financiamento dos grandes projectos num capítulo distinto do relatório

Se necessário, a Comissão publicará documentação mais actualizada a este respeito.

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Quadro 10: Mapa financeiro* para o relatório de execução anual/final por eixo prioritário e por medidaNúmero de referência na Comissão do PO ou DOCUP correspondente:____________________Título: ___________________________________________Ano: ______ (em euros)

Eixo prioritário/medida

1 2 3=2/1

Medida 1.1 ..Medida 1.2 ..etc.

Medida 2.1 ..Medida 2.2 ..etc.

etc.

Total relativo ao FEDER ..Total relativo ao FSE ..etc.

TotalTotal relativo ao FEDERTotal relativo ao FSETotal relativo ao FEOGATotal relativo ao IFOP

etc.

Total

despesas elegíveis públicas/similares)**** Incluindo, para informação, no caso do objectivo nº 2, o montante total do FEOGA-Secção Garantia para as medidas referidas no artigo 33º do Regulamento (CE) Nº ..../99 (nº 3 do artigo 17º do Regulamento (CE) Nº ..../99)***** Apenas para os objectivos nºs1 e 2 e quando aplicável.

* Devem apresentar-se um quadro que cubra o último ano civil completo e um quadro dos montantes cumulativos até ao final do ano precedente (no caso de um relatório anual). ** O domínio de intervenção deve ser codificado para cada medida utilizando a classificação normalizada de 3 dígitos; quando necessário (em caso de medidas heterogéneas) deve ser dado mais de um código com a percentagem correspondente*** Esta coluna contém os montantes que constituem a base do cálculo da contribuição dos fundos (quer os custos elegíveis totais, quer o total das

Assistência técnicaRegiões que não beneficiam do apoio Regiões que beneficiam do apoio transitório

Eixo prioritário 2Regiões que não beneficiam do apoio Regiões que beneficiam do apoio transitório

Eixo prioritário 3

Eixo prioritário 1Regiões que não beneficiam do apoio Regiões que beneficiam do apoio transitório

Eixo prioritário/Apoio transitório*****

Outros****

Assistência técnica

Total das despesas elegíveis

certificadas e pagas

Total*** % do custo elegível

Domínio de intervenção**

Eixo prioritário 1

Eixo prioritário 2

Eixo prioritário 3

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ANEXO 1:

CLASSIFICAÇÃO DOS DOMINIOS DE INTERVENÇÃO

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