novo cpc - texto com vetos
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Texto integral do novo Código de Processo Civil de 2015, com vetos.TRANSCRIPT
18/03/2015 L13105
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20152018/2015/Lei/L13105.htm 1/294
PresidnciadaRepblicaCasaCivil
SubchefiaparaAssuntosJurdicos
LEIN13.105,DE16DEMARODE2015.
Mensagemdeveto
VignciaCdigodeProcessoCivil.
A PRESIDENTA DA REPBLICA Fao saber que o Congresso NacionaldecretaeeusancionoaseguinteLei:
PARTEGERAL
LIVROI
DASNORMASPROCESSUAISCIVIS
TTULONICO
DASNORMASFUNDAMENTAISEDAAPLICAODASNORMASPROCESSUAIS
CAPTULOI
DASNORMASFUNDAMENTAISDOPROCESSOCIVIL
Art.1oOprocessocivil serordenado,disciplinadoe interpretadoconformeosvaloreseasnormasfundamentaisestabelecidosnaConstituiodaRepblicaFederativadoBrasil,observandoseasdisposiesdesteCdigo.
Art.2oOprocessocomeaporiniciativadaparteesedesenvolveporimpulsooficial,salvoasexceesprevistasemlei.
Art.3oNoseexcluirdaapreciaojurisdicionalameaaoulesoadireito.
1opermitidaaarbitragem,naformadalei.
2oOEstadopromover, sempre que possvel, a soluo consensual dosconflitos.
3oAconciliao,amediaoeoutrosmtodosdesoluoconsensualdeconflitos devero ser estimulados por juzes, advogados, defensores pblicos emembrosdoMinistrioPblico,inclusivenocursodoprocessojudicial.
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Art.4oAspartestmodireitodeobteremprazorazovelasoluointegraldomrito,includaaatividadesatisfativa.
Art.5oAquelequedequalquerformaparticipadoprocessodevecomportarsedeacordocomaboaf.
Art.6oTodosossujeitosdoprocessodevemcooperarentresiparaqueseobtenha,emtemporazovel,decisodemritojustaeefetiva.
Art. 7o assegurada s partes paridade de tratamento em relao aoexerccio de direitos e faculdades processuais, aosmeios de defesa, aos nus,aosdevereseaplicaodesanesprocessuais,competindoaojuizzelarpeloefetivocontraditrio.
Art.8oAoaplicaroordenamentojurdico,ojuizatenderaosfinssociaisesexignciasdobemcomum, resguardandoepromovendoadignidadedapessoahumana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, apublicidadeeaeficincia.
Art. 9o No se proferir deciso contra uma das partes sem que ela sejapreviamenteouvida.
Pargrafonico.Odispostonocaputnoseaplica:
Itutelaprovisriadeurgncia
IIshiptesesdetuteladaevidnciaprevistasnoart.311,incisosIIeIII
IIIdecisoprevistanoart.701.
Art.10.Ojuiznopodedecidir,emgraualgumdejurisdio,combaseemfundamentoa respeitodoqualnose tenhadadospartesoportunidadedesemanifestar,aindaquesetratedematriasobreaqualdevadecidirdeofcio.
Art.11.TodososjulgamentosdosrgosdoPoderJudicirioseropblicos,efundamentadastodasasdecises,sobpenadenulidade.
Pargrafo nico. Nos casos de segredo de justia, pode ser autorizada apresenasomentedaspartes,deseusadvogados,dedefensorespblicosoudoMinistrioPblico.
Art.12. Os juzeseos tribunaisdeveroobedecerordemcronolgicadeconclusoparaproferirsentenaouacrdo.
1oAlistadeprocessosaptosajulgamentodeverestarpermanentemente disposio para consulta pblica em cartrio e na rede mundial de
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computadores.
2oEstoexcludosdaregradocaput:
I as sentenas proferidas em audincia, homologatrias de acordo ou deimprocedncialiminardopedido
II o julgamento de processos em bloco para aplicao de tese jurdicafirmadaemjulgamentodecasosrepetitivos
III o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resoluo dedemandasrepetitivas
IVasdecisesproferidascombasenosarts.485e932
Vojulgamentodeembargosdedeclarao
VIojulgamentodeagravointerno
VIIasprefernciaslegaiseasmetasestabelecidaspeloConselhoNacionaldeJustia
VIII os processos criminais, nos rgos jurisdicionais que tenhamcompetnciapenal
IXacausaqueexijaurgncianojulgamento,assimreconhecidapordecisofundamentada.
3oApselaboraodelistaprpria,respeitarseaordemcronolgicadasconclusesentreasprefernciaslegais.
4oApsainclusodoprocessonalistadequetratao1o,orequerimentoformulado pela parte no altera a ordem cronolgica para a deciso, excetoquando implicar a reabertura da instruo ou a converso do julgamento emdiligncia.
5oDecididoorequerimentoprevistono4o,oprocessoretornarmesmaposioemqueanteriormenteseencontravanalista.
6oOcuparoprimeirolugarnalistaprevistano1oou,conformeocaso,no3o,oprocessoque:
Itiversuasentenaouacrdoanulado,salvoquandohouvernecessidadederealizaodedilignciaoudecomplementaodainstruo
IIseenquadrarnahiptesedoart.1.040,incisoII.
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CAPTULOII
DAAPLICAODASNORMASPROCESSUAIS
Art. 13. A jurisdio civil ser regidapelas normasprocessuais brasileiras,ressalvadas as disposies especficas previstas em tratados, convenes ouacordosinternacionaisdequeoBrasilsejaparte.
Art. 14. Anormaprocessual no retroagir e seraplicvel imediatamenteaos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e assituaesjurdicasconsolidadassobavignciadanormarevogada.
Art. 15. Na ausncia de normas que regulem processos eleitorais,trabalhistasouadministrativos,asdisposiesdesteCdigolhesseroaplicadassupletivaesubsidiariamente.
LIVROII
DAFUNOJURISDICIONAL
TTULOI
DAJURISDIOEDAAO
Art.16.Ajurisdiocivilexercidapelosjuzesepelostribunaisemtodooterritrionacional,conformeasdisposiesdesteCdigo.
Art.17.Parapostularemjuzonecessrioterinteresseelegitimidade.
Art. 18. Ningum poder pleitear direito alheio em nome prprio, salvoquandoautorizadopeloordenamentojurdico.
Pargrafo nico. Havendo substituio processual, o substitudo poderintervircomoassistentelitisconsorcial.
Art.19.Ointeressedoautorpodelimitarsedeclarao:
Idaexistncia,dainexistnciaoudomododeserdeumarelaojurdica
IIdaautenticidadeoudafalsidadededocumento.
Art. 20. admissvel a ao meramente declaratria, ainda que tenhaocorridoaviolaododireito.
TTULOII
DOSLIMITESDAJURISDIONACIONALEDACOOPERAOINTERNACIONAL
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CAPTULOI
DOSLIMITESDAJURISDIONACIONAL
Art.21.Competeautoridadejudiciriabrasileiraprocessarejulgarasaesemque:
Ioru,qualquerquesejaasuanacionalidade,estiverdomiciliadonoBrasil
IInoBrasiltiverdesercumpridaaobrigao
IIIofundamentosejafatoocorridoouatopraticadonoBrasil.
Pargrafonico.ParaofimdodispostonoincisoI,considerasedomiciliadanoBrasilapessoajurdicaestrangeiraqueneletiveragncia,filialousucursal.
Art.22.Compete,ainda,autoridadejudiciriabrasileiraprocessare julgarasaes:
Idealimentos,quando:
a)ocredortiverdomiclioouresidncianoBrasil
b)orumantivervnculosnoBrasil,taiscomoposseoupropriedadedebens,recebimentoderendaouobtenodebenefcioseconmicos
IIdecorrentesderelaesdeconsumo,quandooconsumidortiverdomiclioouresidncianoBrasil
IIIemqueaspartes,expressaoutacitamente,sesubmeterem jurisdionacional.
Art.23.Competeautoridadejudiciriabrasileira,comexclusodequalqueroutra:
IconhecerdeaesrelativasaimveissituadosnoBrasil
II em matria de sucesso hereditria, proceder confirmao detestamentoparticulareaoinventrioepartilhadebenssituadosnoBrasil,aindaqueoautordaheranasejadenacionalidadeestrangeiraoutenhadomiclioforadoterritrionacional
IIIemdivrcio,separaojudicialoudissoluodeunioestvel,procederpartilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidadeestrangeiraoutenhadomiclioforadoterritrionacional.
Art.24.Aaopropostaperantetribunalestrangeironoinduzlitispendncia
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enoobstaaqueaautoridade judiciriabrasileiraconheadamesmacausaedas que lhe so conexas, ressalvadas as disposies em contrrio de tratadosinternacionaiseacordosbilateraisemvigornoBrasil.
Pargrafo nico. A pendncia de causa perante a jurisdio brasileira noimpede a homologao de sentena judicial estrangeira quando exigida paraproduzirefeitosnoBrasil.
Art.25.Nocompeteautoridadejudiciriabrasileiraoprocessamentoeojulgamento da ao quando houver clusula de eleio de foro exclusivoestrangeiroemcontratointernacional,arguidapelorunacontestao.
1o No se aplica o disposto no caput s hipteses de competnciainternacionalexclusivaprevistasnesteCaptulo.
2oAplicasehiptesedocaputoart.63,1oa4o.
CAPTULOII
DACOOPERAOINTERNACIONAL
SeoI
DisposiesGerais
Art.26.AcooperaojurdicainternacionalserregidaportratadodequeoBrasilfazparteeobservar:
IorespeitosgarantiasdodevidoprocessolegalnoEstadorequerente
II a igualdadede tratamentoentrenacionaiseestrangeiros, residentesouno no Brasil, em relao ao acesso justia e tramitao dos processos,assegurandoseassistnciajudiciriaaosnecessitados
III a publicidade processual, exceto nas hipteses de sigilo previstas nalegislaobrasileiraounadoEstadorequerente
IV a existncia de autoridade central para recepo e transmisso dospedidosdecooperao
V a espontaneidade na transmisso de informaes a autoridadesestrangeiras.
1o Na ausncia de tratado, a cooperao jurdica internacional poderrealizarsecombaseemreciprocidade,manifestadaporviadiplomtica.
2o No se exigir a reciprocidade referida no 1o para homologao de
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sentenaestrangeira.
3oNacooperaojurdicainternacionalnoseradmitidaaprticadeatosque contrariem ou que produzam resultados incompatveis com as normasfundamentaisqueregemoEstadobrasileiro.
4o OMinistrio da Justia exercer as funes de autoridade central naausnciadedesignaoespecfica.
Art.27.Acooperaojurdicainternacionalterporobjeto:
Icitao,intimaoenotificaojudicialeex