novo código de obras de ribeirão preto (coe) · possibilita aprovação de projeto padrão...
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Novo Código de Obras de Ribeirão Preto (COE)
FILOSOFIA ADOTADA AO NOVO CÓDIGO:
‐ SIMPLIFICAÇÃO: Considerando os limites da capacidade de controle do Poder Público optou‐se por umaproposta restrita a aspectos relevantes.
‐ CLAREZA: Regras claras, objetividade, reduzir interpretação subjetiva.
‐ ESTRUTURA DA LEI: Reestruturação básica evitando conflitos dentro do antigo COE, como demais legislações.
‐ RESPONSABILIZAÇÃO: Explicitar as responsabilidades de proprietário e responsáveis técnicos, evitandoexigências de detalhes que não cabem à municipalidade controlar.
‐ ATUALIZAÇÃO: Consonância com os processos de modernização administrativa, voltados para a informatizaçãodo licenciamento de obras.Deve ainda abrir mão de exigências edilícias já regradas por Normas Técnicas (Bombeiros, Saúde, CETESB,Acessibilidade: normas específicas.
‐ DIFERENÇAS QUANTO AO CONTEÚDO: Código anterior: 605 artigos, 150 páginas.Novo COE: 246 artigos, 64 páginas.
Novo COE
CAPITULO I ‐ DISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1º: IntroduçãoArt. 2º: Definições e terminologia
CAPITULO II ‐ DOS PROFISSIONAIS HABILITADOSArtigos: 3º ao 11Define as os procedimentos para profissionais e empresas perante a PMRP para aprovação de projetos e demais procedimentos
CAPÍTULO III ‐ DAS OBRIGAÇÕES E PENALIDADES Artigos: 12 ao 16Especifica obrigações e responsabilidades dos profissionais e proprietários nos procedimentos de licenciamento e execução de obras
Tabela I Item Especificação da Infração A Por executar obra ou demolição, sem o competente alvará de licença.
- Infrator: proprietárioB Por construir em desacordo com o projeto aprovado
- Infrator: proprietário e responsável técnico C
Por depositar material no logradouro público, além do tapume ou depositar material na via ou logradouro no caso de inexistência de tapume. - Infrator: proprietário e responsável técnico
D Por utilizar o logradouro público para preparo de materiais - Infrator: proprietário e responsável técnico
E
Por falseamento de cotas, medidas, indicações nos projetos apresentados ou em desacordo com o local - Infrator: responsável técnico e/ou autor do projeto
F
Por falta de comunicação sobre a execução de obras que não dependem de licenças ou de projetos, mas que dependem de alvarás. -Infrator: proprietário
G Por falta de projeto aprovado no local da obra -Infrator: proprietário
H Por habitar prédio sem ter sido adquirido o visto de conclusão (habite-se) -Infrator: proprietário
I Por executar construção em desobediência ao alinhamento e nivelamentos -Infrator: responsável técnico e proprietário
J Pelo não cumprimento das prescrições relativas aos andaimes e tapumes -Infrator: proprietário e responsável técnico
K Por não executar passeio dentro das especificações técnicas e prazo (30 UFESP) -Infrator: proprietário
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CAPÍTULO IV ‐ DOS DOCUMENTOS E APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS (Artigo 17) Considerando novas alternativas e processo digital de licenciamento, em conformidade
CAPITULO V – DO PROJETO SIMPLIFICADO (Artigos: 18 e 19)Antigo COE: previsão somente para edificação residencial unifamiliarNovo COE: possibilita para o Projeto Simplificado Comercial
CAPÍTULO VI ‐ DAS OBRAS PÚBLICAS (Artigos: 20 a 22)Possibilita aprovação de Projeto Padrão (Educação, Saúde, etc)Explicita a obrigatoriedade de aprovação das obras públicas no processo de licitação
CAPÍTULO VII ‐ DAS OBRIGAÇÕES A SEREM CUMPRIDAS DURANTE A EXECUÇÃO DAS OBRAS (Seções I a VI)Art. 25 ‐ Da revalidação do alvará: poderá ser revalidado, a qualquer tempo, desde que atendida a legislação vigente no período da solicitação, mediante ao pagamento das devidas taxasArt. 39 ‐ As regularizações de edificações existentes, não havendo decretação de utilidade pública em vigor, ficam isentas quanto ao atendimento do recuo mínimo frontal, desde que preservada a diretriz viária projetada
Novo COECAPÍTULO VIII ‐ DA CONCLUSÃO E ENTREGA DAS OBRAS (Artigos: 41 ao 47) Possibilidade do Habite‐se Simplificado (Termos de responsabilidade)
CAPÍTULO IX – NORMAS GERAIS (Seções I a XI)Seção I ‐ Estacionamento e manobras:
Rebaixamento de guia Uso comercial: limitação em 50%.Uso residencial multifamiliar: limitação em 50% (gabarito até 4,00m e máximo oito vagas)
Maior segurança ao pedestre
Melhora no fluxo de veículos
Criação de vagas públicas em detrimento às de uso privado (sem prejuízo do total de vagas)
Obs. Edificações existentes e/ou aprovadas com base em legislações anteriores, o rebaixamento de guia poderá ser mantido, desde que seja garantido o plantio de árvores na calçada, com espaçamento mínimo de 8,00 metros entre as mesmas.
Seção I ‐ Estacionamento e manobras (alternativas e exemplos)
Seção I ‐ Estacionamento e manobras (alternativas e exemplos)
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Seção I ‐ Estacionamento e manobras:
Art.57 – Tabela II: Dimensões das vagas de estacionamento: (flexibilização)
Pequena: 2,30m x 4,70mMédia: 2,40m x 5,00mGrande: 2,50m x 5,50mPCD: 3,50m x 5,00m
CAPÍTULO IX – NORMAS GERAIS (Seções I a XI)
SEÇÃO IV ‐ CLASSIFICAÇÃO E LOTAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES (Artigos: 81 a 93) Criação da Tabela VI: Classificação das edificações quanto a sua ocupação (NBR 9077 ‐ Saídas de emergência em edifícios)
SEÇÃO V ‐ GUIAS, PASSEIOS, MUROS (Artigos: 94 a 99)Art. 99 ‐ Nas edificações comerciais (públicas e privadas) e multifamiliares, permeabilidade mínima de 50% nos muros: melhora na “sensação de segurança”
Permeabilidade visual: desenho urbano inadequado
PERMEABILIDADE VISUALPermite MAIOR visibilidade ao pedestre
Permite MENOR visibilidade ao pedestre
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SEÇÃO VI ‐ RECUOS, FACHADAS E SALIÊNCIAS (Artigos: 100 a 106)
Art. 100 ‐ Os recuos (frontais) das edificações estão definidos na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
Art. 101 ‐ Conjuntos Habitacionais e Loteamentos de Interesse Social (implantados) serão analisados nos termos da legislação municipal quanto a recuos e taxa de ocupação (dispensada as especificações do parcelamento quando houver)
Art. 103 ‐ VARANDAS e SACADAS: “Não poderão ultrapassar a largura de 2,00 (dois) metros sobre os recuos exigidos, nem poderão estar situados a menos de 2,00 (dois) metros das divisas do imóvel e ocupe no máximo a metade do comprimento da fachada”
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SEÇÃO X – DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS (Artigos: 137 a 141)Art. 141 ‐ Edificação de uso não residencial, com área útil até 150,00m², mínimo 01 sanitário acessível
Criação da Tabela VIII ‐ Quantidade mínima de instalações sanitárias: mais praticidade, calculada em função da população do local
Tabela VIII - Quantidade mínima de instalações sanitárias (01 bacia sanitária e 01 lavatório p/ cada sexo)
USOS DESCRIÇÃO PROPORÇÃO
(sanitários/população) Comércio varejista
especializado, diversificado de abastecimento
varejista
Lojas em geral com operação de venda e entrega da mercadoria de pequeno e médio porte ao
consumidor, exceto os mercados, supermercados, hipermercados e centros de compras - shopping
1:20
Mercados, supermercados, hipermercados, e centro de compras - shopping centers
1:75
Comércio de alimentação e
consumo
Padaria, bar, lanchonete, restaurante
1:20
Locais de reunião, culto ou evento e geradores de alto fluxo de pessoas
Templo, auditório, cinema, teatro, exposição
1:50
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SEÇÃO XI – DAS CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE (Artigos: 142 a 148)Art. 99 ‐ Na reforma e na requalificação da edificação existente, com ou sem mudança de uso, caso haja inviabilidade técnica de atendimento às condições de acessibilidade, deve ser realizada a adaptação razoável, não podendo ser reduzidas as condições já implantadas
CAPÍTULO X ‐ CLASSIFICAÇÃO, DIMENSÃO, VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS (Artigos: 149 a 168)Recuos laterais e fundo: parâmetros migrados da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo ao COE (sem alteração), acima do gabarito básico: H/6, com mínimo de 2,00m
ELA em edificação Comercial, gabarito 4,00m (sobrado): recuo de 1,50m
ELA em edificações em geral, gabarito 4,00m (sobrado) a 10,00m: Grupo‐A, recuo de 2,00mGrupo‐B, recuo de 1,50m+0,15m (no 4°pav)Não permitido “reentrância” Permitido encostar nas divisas, atendendo iluminação e ventilação
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Recuos (exemplos):
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Recuos (exemplos):
Novo COECAPÍTULO X ‐ CLASSIFICAÇÃO, DIMENSÃO, VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS (Artigos: 149 a 168)Criação das tabelas:
Tabela IX – Dimensões mínimas dos compartimentos das edificações residenciais
Tabela X – Dimensões mínimas dos compartimentos em edificações multifamiliares (área comuns)
Tabela XI – Dimensões mínimas dos compartimentos em edificações comerciais e serviços
Círculo inscrito
diâmetro
Área mínima
(m²)
Iluminação mínima
Ventilação mínima
Pé direito mínimo (m)
Revestimentoparede
Salas 2,50
8,00 1/8 1/16 2,70 -
Quarto 2,50 8,00 1/8 1/16 2,70 - Copa 1,80 3,00 1/8 1/16 2,50 - Cozinha 1,80 4,00 1/8 1/16 2,50 Impermeabilizaç
até 1,50m Banheiro 0,90 2,50 1/8 1/16 2,50 Impermeabilizaç
até 1,50m Agrupamento WC (cela ou box)
0,90 1,10 1/8 1/16 2,50 Impermeabilizaçaté 1,50m
Lavanderia 1,50 2,50 1/8 1/16 2,50 Impermeabilizaçaté 1,50m
Circulação 0,90 - - - 2,50 - Sótão/Porão - - 1/8 1/16 2,30 - Escada 0,90 - - - 2,10 -
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CAPÍTULO XI ‐ NORMAS ESPECÍFICAS DAS CONSTRUÇÕES RESIDENCIAIS (Artigos: 169 a 181)Habitações de Interesse Social serão remetidos à Legislação especifica
CAPITULO XII ‐ NORMAS ESPECÍFICAS DAS CONSTRUÇÕES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS, REQUISITOS MINIMOSEdificações ligadas à Saúde: SEPLAN, análise quanto aos aspectos urbanísticos e acessibilidade
VISA, análise específica (fluxo e aspectos sanitários)
Circulação e segurança: deverá atender às Normas e Instruções técnicas específicas (IT´s e NBR 9050)
Edificações ligadas a Ensino: criação da Tabela XII ‐ Dimensões mínimas dos compartimentos de EnsinoEquipamento Educação infantil (até 5
anos), sendo até 3 anos creche e 4 a 5 anos pré‐escola
Ensino fundamental, (a partir dos 6 anos), 1° ao 5°ano Fundamental I e do 6°ao 9° Fundamental II
Ensino Médio Educação profissional
Cursos livres Educação Superior
Salas de Aula Creche: 1,50m²/aluno Pré escola: 1,20m²/aluno
(Área da sala‐10,00)÷1,20 (Área da sala‐10,00)÷1,20
(Área da sala‐10,00)÷1,20
(Área da sala‐10,00)÷1,20
(Área da sala‐10,00)÷1,20
Salas de Arte (teatro, artes visuais, música)
N/A2,00m²/aluno (p/ uso mínimo de 35 alunos)
2,00m²/aluno (p/ uso mínimo de 35 alunos)
O que for necessário p/ o curso
O que for necessário p/ o curso
O que for necessário p/ o curso
Laboratório de informática e ciências
N/A1,80m²/aluno 2,40m²/aluno O que for
necessário p/ o curso
O que for necessário p/ o curso
O que for necessário p/ o curso
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CAPITULO XIII ‐ DA LEGALIZAÇÃO DAS OBRAS CLANDESTINAS EXECUTADAS EM DESCONFORMIDADE COM PARÂMETROS DA LEGISLAÇÃO VIGENTE (Artigos: 239 a 244)
Justificativa: Possibilitar a Legalização, adequando à realidade de milhares de obras clandestinasAplicar penalidades mais severas vinculadas ao IPTU (conscientização)Inibir a execução de obras ilegais após a carência
Características: Lei Permanente, definição de marco
No prazo de 180 dias, possibilidade de Legalização, mediante pagamento de multa(massiva campanha de esclarecimento junto à população, possibilitando a Legalização)
AIS: terreno < 250,00m² e construção < 140,00m², isentos de cobrança
Após prazo de 180 dias, pagamento de multa anual, vinculado ao valor de IPTU
Solucionada a irregularidade, cancelamento da multa
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Exemplos:
Loteamento: Florestan Fernandes (ZEI´s)Área do lote: 150,00m²
Valor venal do terreno (R$/m²): R$284,00/m²Irregularidade: TO de 85%Área irregular: 22,5m²(15% do lote)Infração 3 (Tabela XIII)Multa: 22,5 x 284,00 x 20% = R$1.278,00Área total: 127,50<140,00Dentro do prazo (180 dias), isento Art.242 Após prazo (180 dias), multa anual vinculada ao IPTU
Exemplo para a mesma hipótese: Loteamento: Ipiranga (fora da AIS)Dentro do prazo (180 dias), apenas multa (1x)Após prazo (180 dias), multa anual vinculada ao IPTU
TABELA XIII: Porcentagem a ser aplicada sobre a somatória da área total irregular
ITEM INFRAÇÃO DISPOSITIVO INFRINGIDO
VALOR DA PENALIDADE
BASE DE CÁLCULO
1 Construção sobre o Recuo Frontal
Lei Municipal ou Restrição do
Loteamento ou Condomínio
30% Área ocupada no recuo
frontal em cada pavimento
2 Construção sobre os Recuos Laterais e
Fundo
Lei Municipal ou Restrição do
Loteamento ou Condomínio
20% Área ocupada nos recuos laterais e fundo em cada
pavimento
3 Construção acima da Taxa de Ocupação
Lei Municipal ou Restrição do
Loteamento ou Condomínio
20% Área excedente à taxa de ocupação permitida em
cada pavimento ocupado
4 Espaços Livres Abertos e Fechados
Lei Vigente 20%
Área faltante à área exigida em cada
pavimento
Valor da multa = A x B x COnde:A=Valor venal do metro quadrado do loteB=Porcentagem referente a infração, conforme Tabela XIIIC=Área (m²) objeto de infração
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Exemplos:
Loteamento: LagoinhaÁrea do lote: 420,00m²
Valor venal do terreno (R$/m²): R$324,00/m²Irregularidade: recuo frontalÁrea irregular: 30,00m²Infração 1 (Tabela XIII)Multa: 30,00 x 324,00 x 30% = R$2.916,00Dentro do prazo (180 dias), apenas multa (1x)Após prazo (180 dias), multa anual vinculada ao IPTU
TABELA XIII: Porcentagem a ser aplicada sobre a somatória da área total irregular
ITEM INFRAÇÃO DISPOSITIVO INFRINGIDO
VALOR DA PENALIDADE
BASE DE CÁLCULO
1 Construção sobre o Recuo Frontal
Lei Municipal ou Restrição do
Loteamento ou Condomínio
30% Área ocupada no recuo
frontal em cada pavimento
2 Construção sobre os Recuos Laterais e
Fundo
Lei Municipal ou Restrição do
Loteamento ou Condomínio
20% Área ocupada nos recuos laterais e fundo em cada
pavimento
3 Construção acima da Taxa de Ocupação
Lei Municipal ou Restrição do
Loteamento ou Condomínio
20% Área excedente à taxa de ocupação permitida em
cada pavimento ocupado
4 Espaços Livres Abertos e Fechados
Lei Vigente 20%
Área faltante à área exigida em cada
pavimento
Adequações nesta proposta (em andamento)
Hotéis: dimensões dos compartimentos remetem‐se ao Grupo específico de compartimentos (G‐2)
Varanda: limitação da varanda ocupando as faixas de recuos obrigatórios (máximo 50%)
Pois contrária a esta limitação os recuos para edifícios serão descaracterizados
Porcentagem maiores de que 50% deverão obedecer os recuos obrigatórios
Contribuições:
E‐mail: [email protected]