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NOVAS TECNOLOGIAS E O CAPITAL SOCIAL: ASPECTOS RELEVANTES SANTOS, Luciana Rocha dos; RIBEIRO, Augusto Gonçalves; SILVA, Aline Marcelino dos Santos Foz do Iguaçu PR: UNIOESTE, 8 a 11 de dezembro de 2015, ISSN 2316-266X, n.4 334 NOVAS TECNOLOGIAS E O CAPITAL SOCIAL: ASPECTOS RELEVANTES SANTOS, Luciana Rocha dos Estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem, UENF [email protected] RIBEIRO, Augusto Gonçalves Mestre em Cognição e Linguagem, UENF [email protected] SILVA, Aline Marcelino Dos Santos Estudante de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem, UENF [email protected] RESUMO As tecnologias de comunicação e informação, as redes sociais e os avanços da tecnologia no campo da internet têm impulsionado uma grande revolução, possibilitando a comunicação entre várias pessoas, de qualquer lugar e para qualquer lugar, no ciberespaço de modo instantâneo. Múltiplas identidades são assumidas, e de acordo com o ambiente em que se comunicam, redes de valores pessoais são criadas. Esses valores incorporam o capital social do indivíduo, ressignificando a sua autoimagem e reputação no ciberespaço, mas que poderão refletir de forma positiva ou negativa em sua vida pessoal e profissional. Diante disto, este artigo busca investigar, com base na literatura, qual a importância das relações estabelecidas nas redes sociais na formação do capital social e suas implicações para o indivíduo contemporâneo. Palavras-chave: Ciberespaço, Redes Sociais, Capital Social. ABSTRACT Communication and information technologies, social networks and the advances in internet technology have driven a great revolution, enabling communication between several people from anywhere and to anywhere in the snapshot mode of cyberspace. Multiple identities are taken on, and according to the environment in which they communicate, networks of personal values are created. These values incorporate the social capital of the individual, giving new meaning to his self-image and reputation in cyberspace, but that will reflect positively or negatively on his personal and professional life. Before that, this paper investigates, based on the literature, what the importance of the relations established in social networks in social capital formation is, and its implications for the contemporary individual. Keywords: Cyberspace, Social Networks, Social Capital.

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NOVAS TECNOLOGIAS E O CAPITAL SOCIAL: ASPECTOS RELEVANTES

SANTOS, Luciana Rocha dos; RIBEIRO, Augusto Gonçalves; SILVA, Aline Marcelino dos Santos

Foz do Iguaçu PR: UNIOESTE, 8 a 11 de

dezembro de 2015, ISSN 2316-266X, n.4

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NOVAS TECNOLOGIAS E O CAPITAL SOCIAL: ASPECTOS

RELEVANTES

SANTOS, Luciana Rocha dos

Estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem, UENF

[email protected]

RIBEIRO, Augusto Gonçalves

Mestre em Cognição e Linguagem, UENF

[email protected]

SILVA, Aline Marcelino Dos Santos

Estudante de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem, UENF

[email protected]

RESUMO

As tecnologias de comunicação e informação, as redes sociais e os avanços da tecnologia no campo da

internet têm impulsionado uma grande revolução, possibilitando a comunicação entre várias pessoas, de

qualquer lugar e para qualquer lugar, no ciberespaço de modo instantâneo. Múltiplas identidades são

assumidas, e de acordo com o ambiente em que se comunicam, redes de valores pessoais são criadas.

Esses valores incorporam o capital social do indivíduo, ressignificando a sua autoimagem e reputação

no ciberespaço, mas que poderão refletir de forma positiva ou negativa em sua vida pessoal e

profissional. Diante disto, este artigo busca investigar, com base na literatura, qual a importância das

relações estabelecidas nas redes sociais na formação do capital social e suas implicações para o

indivíduo contemporâneo.

Palavras-chave: Ciberespaço, Redes Sociais, Capital Social.

ABSTRACT

Communication and information technologies, social networks and the advances in internet technology

have driven a great revolution, enabling communication between several people from anywhere and to

anywhere in the snapshot mode of cyberspace. Multiple identities are taken on, and according to the

environment in which they communicate, networks of personal values are created. These values

incorporate the social capital of the individual, giving new meaning to his self-image and reputation in

cyberspace, but that will reflect positively or negatively on his personal and professional life. Before

that, this paper investigates, based on the literature, what the importance of the relations established in

social networks in social capital formation is, and its implications for the contemporary individual.

Keywords: Cyberspace, Social Networks, Social Capital.

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INTRODUÇÃO

Grandes transformações sociais ocorreram a partir da evolução das tecnologias. O

momento atual é marcado pela conexão em rede, que altera, não somente a consciência do

espaço-tempo, como também as relações de trabalho, as relações sociais e a forma de pensar.

Vivemos um momento chamado por Castells (2013), de auto comunicação de massa,

caracterizado por redes horizontais de comunicação interativa na internet e ampliadas pelas

redes de comunicação sem fio.

Esse universo interconectado das redes é denominado por Lévy (1999) de ciberespaço,

que se caracteriza, não só pela infraestrutura física de comunicação da internet, como também

toda matéria informacional nela contida, e, que é alimentada continuamente por seus usuários.

O ciberespaço, segundo Noronha e Tavares (2012), pode ser considerado como o espaço

que reúne interações tecnológicas, culturais e sociais conectadas por uma “teia de

computadores”. Nele surge um território de relações sociais e culturais, vinculado por relações

nômades, de maior flexibilidade social.

Cada indivíduo conectado no ciberespaço é um nó, formando o que Castells (1999)

define de sociedade em rede. Essas redes promovem interações até então nunca vistas,

caracterizadas por não ter fronteiras limítrofes, pela interconexão de valores de interesses

comuns e pela compressão do espaço-tempo.

No dia a dia, cada indivíduo faz parte de uma rede social, formada por família, amigos,

trabalho, etc. Essas relações são estendidas para o ciberespaço, através de redes sociais digitais.

Recuero (2012a) descreve que as redes sociais ampliam a construção de valores,

chamado capital social, composto de reputação, suporte social, acesso às informações e etc..

Bourdieu (1983) define o capital social como:

social capital is the aggregate of the actual and potential resources which are

linked to possession of a durable network of more or less institucionalized

relationships of mutual acquaintance and recognition - in other words, to

membership of a group - which provides each of the members with the

backing of the collectivity-owned capital (...) (BOURDIEU, 1983, p. 248-249

apud RECUERO, 2005, p. 3).

Assim, para Bourdieu (1983) apud Recuero (2005), o capital social pode ser

compreendido como os recursos ligados a uma rede durável de relações, sendo encontrado nas

relações sociais das pessoas.

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Desta forma, com o avanço da tecnologia no campo da internet, o sucesso e a ampliação

das redes sociais, implicam na multiplicidade de identidades, que agregam valor ao capital

social do indivíduo, ressignificando a autoimagem.

Neste sentido, o presente trabalho busca investigar, com base na literatura, a

importância das relações estabelecidas nas redes sociais na formação do capital social e

algumas implicações para o indivíduo contemporâneo.

O artigo está estruturado como a seguir: na Seção 1 apresenta o ambiente da internet e as

novas tecnologias de informação e comunicação; na Seção 2 destaca o capital social e o

ciberespaço; na Seção 3 aponta aspectos relevantes do capital social para o indivíduo; e por fim,

expõe as considerações finais.

1. A INTERNET E AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

O surgimento da indústria tipográfica na Europa, a Revolução Industrial, e após, a

criação da internet, marcaram grandes transformações na vida social, mudando hábitos e as

formas de comunicação. A revolução tecnológica cumpriu o papel de romper as fronteiras e

encurtar distâncias num movimento de flexibilização e descentralização de mercados

provocando uma nova organização social, em ritmo acelerado, como apontam Baladeli, Barros

e Altoé (2012).

Transformações proporcionadas pela internet mudaram sensivelmente o plano das

relações sociais. Novas tecnologias surgem a cada dia, e a sociedade imersa nesse universo,

chamado ciberespaço, vive as alegrias de sua rapidez e facilidades, e sofre com os impactos que

dela refletem.

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), segundo Castells (2013),

favorecem as democracias e aumentam autonomia da sociedade. Entrar frequentemente em

rede pela internet qualifica as pessoas, quando reforça sentimentos de segurança, liberdade,

influência, autonomia e sociabilidade, pois, a internet incorpora a cultura da liberdade, como

mostra o registro histórico do seu desenvolvimento.

Nesse contexto, de acordo com Souza e Gomes (2008), configura-se a cibercultura, que

é a reunião na internet em torno de centros de compartilhamentos de saber e interesses comuns,

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possibilitada pela comunicação instantânea com o mundo, sem a necessidade de se deslocar

fisicamente.

O sociólogo Manuel Castells chama a isso de sociedade em rede, como registra Costa

(2015), definindo que a internet “é o tecido de nossas vidas neste momento. Não é futuro. É

presente. Internet é um meio para tudo”.

Os mundos da telecomunicação e da informática, destaca Molina (2013), influenciaram

não só as relações de trabalho, mas também a maneira de pensar e agir. O mundo real de hoje é

um mundo híbrido que reúne o online e o off-line. Além disso, o poder da internet influenciou o

acesso aos meios de comunicação de massa, mudando as relações sociais, as relações de poder

e a comunicação entre as pessoas.

Conforme Noronha e Tavares (2012), o espaço público de comunicação, antes

controlado por emissoras de TV, rádio, jornais, editoras e gravadoras; hoje é formado por um

conjunto mundial muito mais amplo e variado. As novas tecnologias influenciam a maneira

como a informação passa a ser produzida e como ela circula, rompendo com a cultura de massa

predominante. Uma parcela da população passa interagir, como numa rede, em que cada

indivíduo é representado por um nó, conectado em várias direções, visto que, no ciberespaço a

comunicação é do tipo “todos para todos”, permitindo a reciprocidade e a partilha da

informação.

A convergência tecnológica da internet alcança TV, rádio e telefones, registram

Noronha e Tavares (2012), assegurando aos cidadãos a entrada em uma fase irreversível, em

ambientes transnacionais. Santaella (2012) destaca, que a convergência dos dispositivos não

está apenas nas conexões entre si, que eles estabelecem, como também nas funcionalidades.

Notebooks, tablets, smarphones e TV´s digitais passam a apresentar funções semelhantes,

como acesso à internet, armazenamento, tratamento de imagens, conexão a rede sociais, etc.

Essa comunicação em ampla escala, é chamada por Castells (2013), de

autocomunicação de massa. Para Molina (2013), o conceito de autocomunicação em massa está

relacionado à capacidade de interação entre os sujeitos, formando redes que possibilitam

compartilhar informações, com uma audiência global, através do YouTube, blogs, Facebook,

Twitter ou mesmo do envio de e-mail com vários destinatários.

Desta forma, pondera Molina (2013), existe uma íntima conexão entre as redes virtuais

e as redes de vida em geral, posto que, com a internet as pessoas ganharam poder, através das

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redes sociais. Muitos questionam a qualidade da informação na internet, mas ela materializa no

debate e comentários das pessoas, refletindo o interesse daquele grupo.

Souza e Cardoso (2011) apontam, que uma rede social pode ser definida pelos

elementos: atores e conexão, sendo os atores representados pelas pessoas, instituições ou

grupos; e conexões são formadas pelas interações ou laços sociais.

A análise de redes é o meio para estudar fenômenos, como comportamentos ou

opiniões. De acordo com Souza e Cardoso (2011), as redes são iniciadas a partir de interesses

ou busca de valores entre os participantes. Porém, independentemente da motivação, a

participação em redes sociais envolve direitos, responsabilidades e vários níveis de tomada de

decisões.

Para Recuero (2012a), o conteúdo é influenciado pelo meio, pois, ao que percebemos

hoje, este controla a forma das ações e até mesmo as associações. Deste modo, os meios

influenciam a sociedade independentemente de seu conteúdo. É o que ocorre com os sites de

rede social, que fornecem serviços como: construir um perfil público ou semi-público, controlar

uma lista de usuários e visualizar além da lista de conexões aquelas feitas por outros na rede.

Essas conexões são mantidas, mesmo que o ator não interaja na rede, além disso, um mesmo

sujeito pode ter várias representações dentro da mesma rede, através de vários perfis.

O investimento dos indivíduos na construção de suas redes gera valores, que segundo

Recuero (2012b), atuam como elemento motivador para obtenção desses "recursos sociais" ou

capital social. Pertencer a determinados grupos sociais podem representar vantagens a ser

apropriadas pelo ator e também pelo grupo, como por exemplo, ter acesso à informação.

Repassar ou não uma determinada informação pode ter diversas influências como, reputação,

visibilidade, novidade da informação ou seu impacto. Assim, quanto mais conectados, mais

acesso a informação e maiores as chances de surgirem cascatas informativas.

Neste ambiente diversificado, cada indivíduo desempenha papéis, que Bauman (2005)

descreve como multiplicidade de identidades possíveis, facilitadas pelas redes sociais, que na

internet transformam o sujeito numa modernidade líquida. O indivíduo, conforme Corrêa

(2012), pode construir suas redes, se integrar a outras redes, interagir, influenciar, colaborar,

provocar e até influenciar organizações.

Assim, Silva (1999) define, que a interconexão dos computadores mede com muita

precisão um potencial de inteligência coletiva de alta densidade em tempo real; e a sociedade

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em rede é formada por um grupo de pessoas vinculado por proximidade e por interesses

comuns, que ao entrelaçar múltiplos fluxos, torna-se um instrumento de poder.

2. CAPITAL SOCIAL E O CIBERESPAÇO

A internet fez emergir, destaca Souza e Gomes (2008), uma comunidade virtual,

chamada de ciberespaço, em que os indivíduos se relacionam formando grupo de interesses, de

projetos, de troca, de afinidades diversas, independente da posição geográfica ou das

instituições a que pertencem. Nessa dinâmica, a cibercultura é baseada no vínculo social,

formada por interesses comuns e compartilhamentos de saber das comunidades virtuais

desterritorializadas.

As conexões sociais estabelecidas através de redes sociais constituem em capital social

formado pelos recursos mobilizados na rede, como as conexões que os atores possuem,

facilitado pelo pertencimento em uma rede social. A internet é a grande responsável por ampliar

a difusão do capital social, concedendo um senso de comunidade pelo fato de conectar pessoas

e prover fontes de informação. Quadros e Pozobon (2013) defendem, que a estrutura em rede,

também possibilita a ubiquidade, ou seja, “estar” em muitos lugares ao mesmo tempo.

Permitindo a conexão por interesses em comum, independente de local, horário, situação

econômica, religião e raça.

O capital social é um recurso passível de acumulação e transformação em outras formas

de capital, como o econômico e o humano. Está relacionado com as expectativas que o ator tem

de retorno, porém, de acordo com Recuero (2012a), este conceito possui aspectos diversos na

literatura, destacando três elementos, que são: os recursos, a estrutura social, e as ações.

Quadros e Pozobon (2013), apontam uma concepção de capital social pelo número de

atores sociais envolvidos. O capital social individual, em que um indivíduo usa recursos

próprios ou extraídos do grupo para seus interesses particulares; e o capital social coletivo, que

se refere ao uso do capital social por grupos, envolvendo um número maior de atores, com fins

coletivos. Porém, observa que o capital social é um resultado obtido pelas relações mantidas

pelos atores sociais em coletividade.

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Atualmente, há várias definições para capital social, porém, Santos (2003), especifica

duas formas de capital social, estrutural e cognitiva. O capital social estrutural, está relacionado

às instituições, como normas e regras formais, meios, número de associações, e tecnologia

disponível; e o capital social na forma cognitiva, que diz respeito a conceitos abstratos e

subjetivos, como confiança, reciprocidade, solidariedade, atitudes, valores e crenças.

Segundo Santos (2003), para alguns, o conceito de capital social é equivocado, e,

propõe definir o capital social como infraestrutura social, pois não se está falando do capital da

teoria econômica em si, como bens de capital, capital financeiro ou comercial. Verifica que,

diferentemente do capital físico, o capital social é acumulado com o uso e se beneficia disso.

Têm nítidas características de um bem público. Possui alguma semelhança com o capital

humano, mas não se constitui como tal, por exemplo, quando se investe nos estudos.

O capital social de um indivíduo, menciona Santos (2003), é determinado pelo tamanho

da rede de relações que ele pode efetivamente mobilizar, e o volume do capital possuído por

todos na conexão, estando disponível a todos os membros desta rede.

Recuero (2012a) esclarece que a dinâmica do capital social tem duplo aspecto, de um

lado o recurso pessoal que é investido pelos atores na rede com o objetivo de obter benefícios, e

de outro lado está o retorno do investimento ou dos benefícios; mas apenas o retorno ou o

recurso obtido através da rede constitui-se em capital social, como por exemplo, o acesso a

determinadas informações que não estariam disponíveis de outro modo.

Deste modo, Santos (2003) registra, que esse processo de transformação requer um

trabalho específico de tempo, atenção, cuidado, interesse, etc.. O lucro aparece no longo prazo.

Assim, o capital social está fundamentalmente enraizado no capital econômico, mas nunca

pode ser completamente reduzido à forma econômica.

Alguns destacam como efeito negativo, que esses laços na rede dificultam a interação

entre pessoas próximas, privilegiando a interação com atores conectados em detrimento dos

laços fora do ciberespaço. Outros vêem a mediação da internet como facilitadora e

amplificadora dos laços, gerando novos tipos de comunidades virtuais (RECUERO, 2012a).

Isso posto, Recuero (2012a) evidencia, que a qualidade do capital social está

relacionada com a qualidade das conexões, sendo que a motivação para as ações dos indivíduos

na formação do capital social estaria ligada a capacidade de percepção e interesse em

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estabelecê-lo. Entretanto, esses valores são dinâmicos e em mudança constante, não apenas

pelo ambiente, mas também pelos usos que cada grupo ali constrói.

3. ASPECTOS RELEVANTES DO CAPITAL SOCIAL PARA O INDIVÍDUO

Na obtenção do capital social é importante considerar estratégias de acumulação. Antes,

por exemplo, as conexões eram ponto a ponto. O indivíduo tinha uma lista de e-mails e o

contato ou conexão, acontecia quando o e-mail era enviado. Hoje, com as redes sociais, ao

curtir, seguir, inscrever no canal ou fazer parte de lista de amigos, a conexão se instala

permanentemente. Com isso, mesmo que a pessoa nunca mais entre na rede social, a relação é

mantida pela própria rede social, legitimando a “presença”.

As redes sociais no mundo virtual de hoje, podem ser: Facebook, Instagram, Pinterest,

YouTube, Twitter, LinkedIn, Google+, Skoob, Badoo e outras. Os benefícios dessas conexões

ou associações podem ser: reciprocidade, pertencimento, investimento, visibilidade,

popularidade, reputação, empoderamento, confiança, fama, etc.. O capital social pode ser

formado pelo perfil do indivíduo, comentários, associações, curtidas, seguidores,

demonstrando tipos de interesses e seu grau.

Recuero (2012b) observa que, nas redes sociais existe um número maior de conexões

fracas, formadas por conhecidos, do que conexões fortes, formadas por amigos; porém são as

conexões fracas, as grandes responsáveis pela difusão e visibilidade das ações, no ambiente

online das redes sociais. É importante destacar que muitas vezes, estas conexões são sugeridas

pela rede, mas é o ator quem decide pela associação ou não. Na interação entre os grupos

surgem os elementos do capital social, tais como, respeito, apoio social, popularidade,

reputação e autoridade.

As conexões caracterizam os chamados "mundos pequenos", aponta Recuero (2013),

em que, as conexões-pontes ou laços fracos, conectam os diversos grupos nas redes sociais.

Estas conexões são de fundamental importância para a circulação de informações entre os

grupos sociais. Assim, quanto mais conexões um determinado ator possui, mais próxima sua

rede está de outros atores, mais visíveis estão as mensagens publicadas, e mais capazes são de

serem discutidas, buscadas, replicadas e reproduzidas.

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Além disso, Recuero (2013) elucida que, os sites de rede social também permitem aos

atores criar e manter uma "identidade" que pode ser legitimada pelos demais, gerando valores

como, reputação e autoridade. A face, para o autor, é constituída pelos "valores sociais

positivos" e só pode ser bem-sucedida na medida em que há legitimação do contexto e da face.

As impressões construídas na interação entre os atores, ou projetadas por eles, formam a

visão de quem é o ator e o modo como os outros o percebem. Recuero (2013) define, que os atos

de ameaça a face são aqueles que colocam em risco a face proposta, a reputação. Podemos

considerar como ameaças à “face”, o compartilhamento de mensagens antissociais, textos,

expressões preconceituosas, notícias falsas, comportamentos políticos ou que suscitem o horror

e o ódio, quebrando as normas de interação social.

Assim sendo, a manutenção do capital social é ameaçada quando ocorre a quebra da

polidez ou das normas de conversação, gerando conflitos e ameaças a face, ou seja, a

manutenção da identidade, como descreve Recuero (2013). Entretanto, na ausência de

conversação, há um decréscimo do valor de capital social.

Tais comportamentos extrapolam o pessoal, pois através das redes sociais é possível

analisar o comportamento, bem como pesquisar referências, alcançando inclusive um viés

profissional. Nesse sentido, Patricio (2011) assinala que, para uma empresa ou organização, a

confiança é um aspecto da identidade extremamente importante, visto que, está relacionada

com atividades em equipe, objetivos compartilhados, avaliação de desempenho, liderança e

comportamentos cooperativos em geral. Reforçando que, pessoas com bons relacionamentos

profissionais são propensas a serem promovidas, dispõem de boa mobilidade na carreira e se

adaptam melhor a mudanças de ambiente.

Köpp, Paula e Olbrzymek (2014) alertam que, as redes sociais tornam-se, a cada dia,

uma importante ferramenta no processo de recrutamento e seleção de profissionais, ressaltando

que a criação de um perfil pode significar a inserção indireta no mercado de trabalho.

Atualmente, é necessário manter um perfil completo e atualizado, destacando habilidades e

talentos. Além disso, deve-se tomar cuidado com o que é postado, mesmo nas redes sociais

pessoas, pois muitas organizações estão solicitando os links das redes sociais de candidatos em

processo seletivo.

As redes sociais dividem-se por tipo e foco, por exemplo, o Twitter, é empregado como

fonte de informações, o Facebook tem como principal função as relações sociais, o LinkedIn

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tem finalidade profissional; porém é importante ter em mente que, independente do tipo, a

atitude e o comportamento positivo, devem permear em todos os meios.

Santos, Santos e Machado (2015) salientam que, por meio das redes sociais, as ações

conseguem visibilidade, rápida e espontaneamente. Nessa circunstância, oportunidades

profissionais podem ser alavancadas, visto que, o setor de Recursos Humanos (RH) está atento

aos perfis que despontam no ambiente das redes sociais. É sempre importante pensar no tipo de

informação que será compartilhada ou divulgadas, para não comprometer a imagem, e

consequentemente, colocar em risco a possibilidade da seleção.

As empresas de hoje, procuram talentos nas redes sociais, até mesmo pelo baixo custo

dessa operação, sendo também, muito fácil comprovar ou levantar perfis comprometedores da

imagem. Santos, Santos e Machado (2015) revelam que, muitas pessoas, fazem declarações ou

agem contradizendo o que se espera delas profissionalmente.

Estes autores ainda alertam que, somente se destacam, para efeito de contratação, perfis

de pessoas qualificadas, comprometidas com o trabalho, e que não tenham histórico negativo

que possa vir a prejudicar a empresa. Todas as informações são checadas para a contratação,

omissões de informações e perfis sociais na internet, podem decidir uma contratação.

O espaço virtual possibilita observar os usuários a todo o momento, e tudo o que for

postado poderá ser usado contra ou a seu favor. Köpp, Paula e Olbrzymek (2014), citam como

regra de ouro para internet, o seguinte: “Só poste nas redes sociais aquilo que você teria

coragem de publicar em outdoors”. Isto não deve soar como motivação para se evitar as

postagens, dado que, “quem não é visto não é lembrado”, porém, alguns cuidados sempre

deverão ser tomados.

Logo, assim como na vida off-line, nas redes sociais, a liberdade de expressão também

não é ilimitada. Seu desvio pode acarretar consequências, afetando as relações sociais

constituídas, a vida profissional, e até mesmo alcançar o âmbito judicial. Nesse aspecto, se as

conexões entre os grupos forem quebradas, ou ficarem restritas a grupos com opiniões muito

limitadas, não haverá repercussão positiva na rede social, ocorrendo a retração do capital social,

enquanto o que se espera é que haja a ampliação do capital social.

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CONSIDERAÇÔES FINAIS

A evolução tecnológica sempre implicou em grandes transformações, alterando as

formas de comunicação, transporte, produção, realização das tarefas. Com a expansão da

Internet ocorrida nos últimos 25 anos, houve desenvolvimento não só da infraestrutura, como

também das mídias de comunicação, essas transformações avançaram para a realização de

tarefas como pesquisas escolares, entretenimento, operações financeiras, comerciais, formas de

trabalho, formas de se relacionar e também de pensar.

Nesse aspecto, as redes sociais impulsionaram grande revolução, possibilitando a

comunicação entre várias pessoas de qualquer lugar e para qualquer lugar, no ciberespaço, de

modo instantâneo. Múltiplas identidades são assumidas, de acordo com o ambiente em que se

comunica, formando redes de valores pessoais que incorporam o capital social.

Diante disso, o indivíduo, nesses espaços interrelacionais, possui uma identidade, um

“eu” diferente em cada ambiente, como nas relações de trabalho, com a família, na igreja, com

os amigos, etc. A expressão dessas identidades, em suas várias conexões, compõe o capital

social, ou seja, a reputação do indivíduo, que poderá refletir de forma positiva ou negativa,

tanto na vida pessoal quanto na vida profissional.

REFERÊNCIAS

BALADELI, Ana Paula Domingos; BARROS, Marta Silene Ferreira; ALTOÉ, Anair. (2012)

Desafios para o professor na sociedade da informação, In: Educ. rev. n.45, Curitiba, July/Sept.

Disponível em: <Desafios para o professor na sociedade da informação>. Acesso em: 11 jul.

2015.

BAUMAN, Zygmunt. (2005) Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Trad. Carlos Alberto

Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. Disponível em: <

http://www.zahar.com.br/sites/default/files/arquivos//t0932.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2015.

BOURDIEU, Pierre. (1983) The Forms of Capital. Originalmente publicado em

“Ökonomisches Kapital, kulturelles Kapital, soziales Kapital”, In: Soziale Ungleichheiten

(Soziale Welt, Sonderheft 2), Tradução de Richard Nice, p. 248-257. Disponível em:

<http://www.pontomidia.com.br/raquel/resources/03.html>. Acesso em: 12 dez. 2015.

CASTELLS, Manuel (1999). A Era da Informação: economia, sociedade e cultura. Vol. 3, São

Paulo: Paz e terra, p. 411-439 Conclusão: depreendendo nosso mundo. Disponível em:

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NOVAS TECNOLOGIAS E O CAPITAL SOCIAL: ASPECTOS RELEVANTES

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