novas notas de onomástica hispânica pré-romana · omca. chumbo monetiforme (moeda?). ocanaca....

9
REVISTA PORTUWESADE Arqueologia .volume 2. nlimero 1.1999 Novas notas de onomastica hispdnica pre-romana ANT~NIO MARQUES DE FARM n - I Nesre amgo, sib errudados alguns nomes prC-comanos nia-indo-europeuz, na sua This paper deals with non-indoeuropean onornasctcs, mascly lberlan personal names already published, but, m our view, nor accurately analysed up to now Nesta ocasiio, damos cancinuidade a outros trabalhos de onornistica antiga da Peninsula Ibirica, empregandoas mesmos critCrios de translitera@oe as mesmas abreviaturas que utilizkmos no hltimo deles (Faria, 1997, p. 105), pelo que nos dispensamos de os repecir aqui. ddurgi, Pratos de prata. Abengibre. MLH In (3.16.3, .4. Existindo o NPdduargi (G.7.21, Cpouco provclvelquesejaesteonome abreviado emaidurgi (Faria, 1990-1991, p. 82, 1991, p. 189). Assim, preferimos agora interprecar o NP reproduzido em G.13.3 e (3.16.4 do seguinte modo: *a&-(~)~. Q segundo componente documents-se apenas no bronze de Ascoli: VRGIDAR < *u@-daflR) (Faria, 1998a, p. 228). ARMSCAR Tabua de bronze. A(rs)smlum (Ascoli). MLH 111 1, p. 196. De acordo corn informafk prestada por Luis Silgo, a quem agradecemos, o nome que vem sendo lido como arbiscar (E.5.4) deve ler-se de outro modo. A confirmar-se uma outra leitura, deve ser pondecada a evenmdidade de ARBISCAR se subdividir em AR-BISCAR (Trask, 1997, p. 3321, podendo, inclusive, ser contemplada a hip6cese de o elernento onom6stico aRbi (MM 111 1 5 7.13) niio ter sequek existido. Se AR-BISCAR (*sr(/R)-bisss) for a segrnenta@o ccorecta, poderiio ser encontradosparaesteNP os seguinns parale1os:ar-wer (G.7.2)* aR-tican. (Campmajh e Untermann, 1993, p. 513), "uidu-ar {MLX I 1, p. 338), uStal-aR-ilun (F.9.5). e BISCARGX(S) (PEol. 2.6.63; PIin. nat. 3.23) 4 bkcar-gi (CNH41:31; Faria, 1996, p, 177). Se hi boas razties para

Upload: truongtuong

Post on 26-Feb-2019

238 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Novas notas de onomástica hispânica pré-romana · omca. Chumbo monetiforme (moeda?). Ocanaca. Casariego, Cores e Pliego, 1987, p. 4, n.= 3 e 4. E nossaconvici+o qque ocanaco, legenda

REVISTA PORTUWESADE Arqueologia .volume 2. nlimero 1.1999

Novas notas de onomastica hispdnica pre-romana

ANT~NIO MARQUES DE FARM

n-I Nesre amgo, sib errudados alguns nomes prC-comanos nia-indo-europeuz, na sua

This paper deals with non-indoeuropean onornasctcs, mascly lberlan

personal names already published, but, m our view, nor accurately analysed up to now

Nesta ocasiio, damos cancinuidade a outros trabalhos de onornistica antiga da Peninsula Ibirica, empregando as mesmos critCrios de translitera@o e as mesmas abreviaturas que utilizkmos no hltimo deles (Faria, 1997, p. 105), pelo que nos dispensamos de os repecir aqui.

ddurgi, Pratos de prata. Abengibre. MLH In (3.16.3, .4. Existindo o NPdduargi (G.7.21, Cpouco provclvelquesejaesteo nome abreviado emaidurgi

(Faria, 1990-1991, p. 82, 1991, p. 189). Assim, preferimos agora interprecar o NP reproduzido em G.13.3 e (3.16.4 do seguinte modo: * a & - ( ~ ) ~ . Q segundo componente documents-se apenas no bronze de Ascoli: VRGIDAR < *u@-daflR) (Faria, 1998a, p. 228).

ARMSCAR Tabua de bronze. A(rs)smlum (Ascoli). MLH 111 1, p. 196. De acordo corn informafk prestada por Luis Silgo, a quem agradecemos, o nome que vem

sendo lido como arbiscar (E.5.4) deve ler-se de outro modo. A confirmar-se uma outra leitura, deve ser pondecada a evenmdidade de ARBISCAR se subdividir em AR-BISCAR (Trask, 1997, p. 3321, podendo, inclusive, ser contemplada a hip6cese de o elernento onom6stico aRbi ( M M 111 1 5 7.13) niio ter sequek existido. Se AR-BISCAR (*sr(/R)-bisss) for a segrnenta@o ccorecta, poderiio ser encontradosparaesteNP os seguinns parale1os:ar-wer (G.7.2)* aR-tican. (Campmajh e Untermann, 1993, p. 513), "uidu-ar {MLX I 1, p. 338), uStal-aR-ilun (F.9.5). e BISCARGX(S) (PEol. 2 .6.63; PIin. nat. 3.23) 4 bkcar-gi (CNH41:31; Faria, 1996, p, 177). Se h i boas razties para

Page 2: Novas notas de onomástica hispânica pré-romana · omca. Chumbo monetiforme (moeda?). Ocanaca. Casariego, Cores e Pliego, 1987, p. 4, n.= 3 e 4. E nossaconvici+o qque ocanaco, legenda

pensar que Scar (ou iscar?) se encontra ausente de ARBISCAR, em contrapartida, cremos que t corn esteelementoonom~tico- de momento sem sibilance definida-que principiao toponimo SCAL(L)ABI(S) (< *iS(/s)ur-Mi) (Faria, 1998a, p. 230), encontrando-se o presumivel segundo componente atestado em LABI-TOLO-SA (Faria, 1995b, p. 326) e em Sntar-Mi-Tan [sic] (Faria, 1994% p. 70). Unterrnann (1992, p. 30) prefere identifrcar no topbnimo em analise um sufixo -abi. A sibilante corn que encerta o top6nim0, transrnitida peIos textos da Cpoca rornana, 6 uma

inovaqso do lacim destinada a Cacilitar a declinaqgo de Scal(I)rsbi (contra, Garcia, 199 1, p. 110 e

Mantas, 1993, p. 48 1, que isolam urn sufixo prC-latino -his). Entre os cop6nimos que foram aIvo do mesmo tratamenco, contam-se BILBILIIS), CALAGVRRI(S), ASTIGI(S), BAESVRI(S), MVRTILI(S) (Faria, 1993, p. 158) e SAETABI(S) (ib. Saitabi).

basicoR PIaca de chumbo. RegiZo de Granada. Untermann, 1998, p. 12. De moda diverso do que pretende Untermann (1998, p. 121, h i que encarar basicoRcomo

urn NP segmentado em basi-coR, uma vez que o signo de sibilante ucilizado 1150 autoriza a identificaqgo do primeiro componente corn bas. basi-balcaR (F.14.1), basi-beS (G.l.S) e P a a y ~ p p o ~ (*basi-gee), esEe tiltimo gravado no chumbo de Pech Maho (Correa, 1992, p. 266 e n. 49; de Hoz, 1993, p. 6581, consticuem mais trCs NNP que acestam a existencia de basi. 0 segundo componentesurgeapenas acestado em Li-coR(E. 1.396) e - se odistinto signodevibrante n5o denunciar a ocorrsncia de urn segundo eIemento onom5stico - em ebaR-cor (Fleccher e Bonet, 199 1-1992, p. 148; Faria, 1992-1993, p. 278,1994a, p. 69,1997, p. 108).

baSrubaR P k a de chumbo. Proveniencia desconhecida Untermann, 1989, p. 40. 0 unico paralelo que conhecemos para o primeiro elemento 6 [ba]Stu-hi-adin (G.14.2)

(Faria, 1995b, p. 324,327). Encontdrnos baR somente baR-sur (D.5.1) e em nisor-baR (F.9.6), n5o devendo ser excluidos como possiveis pardelos bar-bin (F.9.7,17.2) e bar-bor (E. 1.3 12, -3 13).

becueRe. Placa de caldrio. Sagunco. B e l t r h Lloris, 1980, p. 207, n." 255. NP ibirico segmentavel em becu-eR + suf. -e. 0 elemento antroponimico eR encontra-se

atestado em bene-beTarr-eR (F.13.12, .28) e em SANIBELSER (TSaIl) < "Sani-belr-eR, enquanto becu e s d presente em becu-egi (Faria, 1996, p. 155) e em wax-egi (Faria, 1996, p. 175).

beleSur. Moeda. Ceca indeterminada. Villaronga, 1998, p. 130. NP segmentAvel em beleS-sur. Se o primeiro elemento surge em abundacia naonomHstica

ibtrica (MLH 111 1 5 7.3 l), jA o segundo encontra-se somente documentado em lor-sur (B.7.35) (Faria, 1994% p. 68) e em baR-sur (D.S. 1).

beSoSturin. PIaca de chumbo. Proveniencia indeterminada. Fleccher e SiIgo, 199 1 - 1993, p. 91; Velaza, 1996, p. 3 15.

Se o NP em causa for efectivamente beSoSturin, e nso apenas beSoStur, deve o mesmo ser segmentado em beS-oStur-in (con&&, Velaza, 1996, p. 315, que o segmenta em beSoS- -fir&). 0 elernento nominal beS encontra-se representado em argi-beS (F.13.15) e em basi- -beS (G.I.S), no "Ctnico" oto-beS-Cen e, possivelmente, em beScocum (*beS-co) (Botorrita 3) (Faria, 1997, p. 107). Como paralelo para oStur sb podemos evocar OSTVR, nome de uma ceca a localizar no Cerro deI Castillejo, situado na quinta de El Espatregal, ViIlalva del Alcor (Huelva) (CNH, p. 389). Quanto a -in, i suFuro relativamente comum na antroponimia ibCrica (MLH III 1, p. 205).

Page 3: Novas notas de onomástica hispânica pré-romana · omca. Chumbo monetiforme (moeda?). Ocanaca. Casariego, Cores e Pliego, 1987, p. 4, n.= 3 e 4. E nossaconvici+o qque ocanaco, legenda

ildir. Moeda. ildicira. CoPlantes Pkrez-Arda, 1997, p. 204. No reverso de urn rasissirno divisor cunhado na ceca de ildicira (CNH 356:2), h i pouco

publicado por CoIlantes Perez-Ar& (1997, p. 204), figura o morfema ildir, que n50 pode ser confundido corn o rop6nimo reproduzido no anverso dada a distinqiio que se pode observar encre os signos que ocupam a quarta posiqzo em ambos os letreiros. 0 mais provavel i que a dita legenda constitua o nome (abreviado?) de urn magistrado (Faria, 1998b, p. 125). Afigura-se-nos bastante provavel aidentificaqiio de ildiciracom a cidade de nome IEorcznz < "iduRcira mencionada por Plinio (nd. 3.9) (Capalvo, 1996, p. 130- 13 1) (Earia 1997, p. 108). N k pode, no entanto, Ser posta de parte a hip6cese de tal ceca se idenrif car corn Ilici (Faria, 1995a, p. 82). Recencernente, foi aventada a possibilidade de as modas de gili/Gdi pertencerem a Ilici (Garcia-Bellido e Ripollks, 1997, p. 282);

trata-se, em nosso entender, de urna sugestgo despropositada, urna vez que Gili - comparivel a Td& ou aSimgdi - e IIici siio evidentemenre top6nirnos ibericos distintos. AlCm do rnais,$ili deved integrar o NP ibCrico beTeS-Con-@ (C.22.2.) (Faria, 1995b, p. 326). Acresce ainda o facto de os dommentos epigraficos ibericos do territbrio de Ilrciestarem redigidos em semi-silabkio meridional, o que nth parece acontecer corn as legendas monetArias de Gili (MLH I 1, p. 234).

ILLVERSENSIS. TAbua de bronze. A(u)scaslum (Ascoli). MLH 111 I, p. Y 97. Em trabalho anterior, cendrnos demonscrar que o "ktnico'?LLVERSENSIS, refendo por

Plinio (mt. 3.24) sob aformadeturpadaILVRSENSES (nom. pl,), teriisido o resultado dasegutnte evoluq5,o: belse > *itdubelse > *Illuuersd , *Ilhersa r ILLVERSENSIS (Faria, 199Sb, p. 324-325). €, pois, bem provivel que belse, toponimo atestado em dracmas ibCricas do seculo 11 a.C., tenha dado origem, por combinaqzo corn ildu, a "Illtsem. Ngo deve, todavia, ser Eirninarmente excluida a possibilidade de, em vez de belse, cer sido bersa a origem de ILLVERSENSIS: bersa , "iuabersa >*Ilhwrsa 3 "IU~ersa > ILLVERSENSIS (Fasia, 1994a, p. 65,1995a, p. 80-8 1). Canto coloca*IEhersa emLuesia(Canro, 1997, p. 67),chamando-lhe, ernconsequ~nciadestaIoca~iza~~o,Illuerrira (Canro, 1997, p. 43, 45). Contudo, Luesia, de acordo corn Caro Baroja (1988, p. 88, n, 354), resulta da ditongaqZo romance de Lusia, Een6mena que torna ainda menos verosimil quer a locaIiza~50 sugerida por Canto quer a reconstituiqZo toponimica dela resultance.

Kanikone. Skyphoi. Peyriac-de-Mer. Bats, 1988, p. 125,126. NP ib6rico em escrita grega, segrnenziivel em kan-ikon. O -e deved ser marca ou sufwo de

dativo (Silgo, 1992, p. 772-773; Perez Orozco, 1993, p. 222). Lejeune (1993, p. 83, n. 92) divide este NP em kdni e kon, apoiando-se no seperc6rio antroponimico de Untermann (MLH III I, p. 225,227). Cremos, contudo, que Lejeune, a16m de acrescentar indevidamente um -i ao primeiro elemento cicado, nZo tern em considerar;b, quer em kan quer em kon, a evidence oposiqzo surda/sonosa das velares empregues, detective1 nalguns exemplos em escrita grega. Deste modo, gan encontra-se presente em gun-ik-bos, estando gon apenas atestado em Sede-gun (Faria, 1994a, p. 71), j i que erscon e ersgon, documentados em Pech Maho, sHo exemplos que se anularn mutuamente (Correa, 1992, p. 278). 0 cestemunho agora em andise 4 o rinico que cauciona a exisdncia do elemento antroponimico kan por oposiqgo agm. Qualquer destes elementos niio deve ses confundido corn cnnan, presente em canan-iCe (H.5.1) e no top6nimo bttico Gnanid. Quanta ;is duas alegadas ocorrtncias de Krsni (MLH I11 1, p, 225-226), enquanto o -i- presence em Mberon pode ser considerado um inf xo (MLH III I, p. 203,225, n. 69), j6 Canisor (B.7.35), se nzo for m& leitura por culeSburCe nisor (Faria, 1994% p. 67), deve estar por culeSburCa nisor (Untemann, 1996, p. 95). 0 segundo componente deKanikon surge somente reproduzido, como elemento inicial, em icon-(n)wcei (E.8.1) (MLH 111 1, p. 223).

Page 4: Novas notas de onomástica hispânica pré-romana · omca. Chumbo monetiforme (moeda?). Ocanaca. Casariego, Cores e Pliego, 1987, p. 4, n.= 3 e 4. E nossaconvici+o qque ocanaco, legenda

o m c a . Chumbo monetiforme (moeda?). Ocanaca. Casariego, Cores e Pliego, 1987, p. 4,

n.= 3 e 4. E nossaconvici+o qque ocanaco, legenda toponimicaem caracteres rneridionais reproduzida

em raroschumbas monetiforrnes cujos revetsos silo tipologicamentesemeIhantesaos que figuram nas moedas de Carb~bla, deve ser o nome correct0 da cidade que Ptolemeu (2.4.10) designa por Crsnac~, sendo por ele situada enLre as cidades turdetaas da Bttica contiguas a Lusithia (TIR, J-29, S.V. CANACA).

OQVR(I). Moeda Oc&ri/Oquri. CNH 12.55. Cremos que a rnoeda em causa foi incorrectamente atribuida por Villaronga (CNH, p. 125)

a f p w i , ji gue os tipos de reverso iIustrados naquela peqa ddivetgern substancialmente do unico cipo utiIizado nos reversos desta ceca, urn circulo radiado (Faria, 1994c, p. 124). A legenda em aprep niio 6 rnais do que a abreviaqgo do topljnimo OQVM (= O c ~ r i ) , ja conhecido arravk de outras fonres (Tovar, 1974, p. 60-61). A localiza@o desta cidade nas proximidades de Iptucr (SilliPres, 1990, p. 509) talvez expf que as semelhansas estilisticas e metrologicas entreas produqbes de ambas as ceca (Faria, 1994c, p. 124). Atendendo ao exposto, niio cornpreendemos corno 6 possivel continuar asustentar, sem argumentos de qualquer espkie, que OQVR I? o nome de um rnagiscrado de Iptu-n' (AIfaro et al., 1998, p. 425).

[s]elgiberSaR Vaso de cerzmica. Moli d'Espigo1 (Tornabous, Urgell). Cura i Morera, 1993, p. 219.

Niio 6 ticil analisar a segunda parte deste NP ibirico que apresenta [sjelgi corno elementa conscicutivo inicial (MLH 111 1, p. 230-23 1, 5 101; Correa, 1992, p. 264-265). Se n50 se eratar dde urn elemenso nominal autbnomo, i de admitir que berSaR configure a combina~50 de ber e

SaRou de berS e aR, ji que todos estes eIementos rnonossilbicos est5o presences na onombtica ib6rica (Faria, 1994a, p. 66,57, 1997, p. 111).

SIBITTA. Placa de m h o r e , Regina (Casas de Reina, Badajoz) . CIL 112/7, 988; IRCMAPB 27. Este NP C passive1 de ses segmentado em SIBI-(1)TTA. O componente inicial est6 atestado

em Sibibolai (Faria, 1990-1991, p. 74), nome que idenrifica urn dos dois magisttados que assinam uma emisszo monetaria de Obrclco, dando o outro magisttado pelo nome cle urCai1 (Faria, 139813, p. 125). A mesma termina~zo que se detecta em SEBITTA encontra-se em ATITTA, nome do pai de urn outro individuo tamb6m chamado YRCHAIL, ambos rnencionados em CIL I1 1087. A distribui~Ho geogrkfica destes NNP aponta para a eventualidade de todos eles, induindo SibiboIai (ou, pelo menos, o seu componente inicial), pertencerern 2 onomistica turdetana (Faria, 199 1, p. 191-192,1992, p. 44,1993, p. 152-155, 199Sa, p. 85).

SISVC(wrkih). Moeda. +Bwi#o. CNH 134:7. A moeda em d i s e foi recolhida em 13 de Novembro de 1998 nas escavqBes das ruinas

tradiciondmente identificadas corn Mir6briga (Santiago do Cackm), dirigidas pela Dm Filomena Barata, a quem agdecernos pot @-la posto i nossa disposi+o. Atenternos na sua desctiqto (Fig. 1):

Anv,: Cabeqa masculina (de Hircules?) laureada e diademada h dir.; a t rb, clava (?); ii Frente, legenda latina SISVC A (Fig. 2); cercadura de pontos.

Rev.: Legenda indigena entre dois golfinhos A esq.; cercadura de pontos. Peso: 14,34 g Maulo: 27,4 rnm Eixo: 33 min

Page 5: Novas notas de onomástica hispânica pré-romana · omca. Chumbo monetiforme (moeda?). Ocanaca. Casariego, Cores e Pliego, 1987, p. 4, n.= 3 e 4. E nossaconvici+o qque ocanaco, legenda

Este exemplar, presutnivelmente urn asse, pertense h nossa ernisszo VIII (Faria, 1989, p. 99); contuclo, atendendo ao nome de magiserado que exibe, 6, sem dhvida, anterior 2 nossa ernissgo W. Nso i seguraa ~resenqade umaelava no anverso, atrh da eEigie mascuIina, podendo o object0 oblong0 ai locaIizado constituir uma reptesentq50 aIgo heterodoxa do manque da coroa de louros, se nib se tratar de urna espiga ou de urna palma.

Apesar de, h i alguns anos, n50 temos vislumbrado, tal como Vives (3,1924, p. 26, n.O 5) e ViIlaronga ( W H , p. 134, n.* 7), qualquer legenda Iatina, o certo i que, na foto por n6s pubIicada (Faria, 1989, Est. YII, 19), nPo obstante a acentuada descenttagem do cunho, C visivel a parte superior do A.

Jii Zobel de Zangroniz (1863, p. 372-373) havia observado num numisma anklogo, pertencente b colec@a de Aloiss Heiss, vessigios de urna legenda lacina que ele mesmo identificou corn SlSVC; este mesmo letreiro ji havia sido Iido por Perez Bayer num outro exemplar que eIe desenhou e que lhe foi oferrado por Frei Manuel do CenicuIo (VasconcelIos, 1920, p. L23), confarme relata Zobel(1863, p, 373 e PI. XIX, 9). Pirez Bayer integrou esre numisrna

--

Fig. 1 Moeda & *&sip ( m v e m e revers~)- ESC.: 1:l. Fotos de P a d ~ Oliveia.

Page 6: Novas notas de onomástica hispânica pré-romana · omca. Chumbo monetiforme (moeda?). Ocanaca. Casariego, Cores e Pliego, 1987, p. 4, n.= 3 e 4. E nossaconvici+o qque ocanaco, legenda

nas "medallas desconocidas de metal" (Vasconceilos, 1920, p. 1231, express50 que Foi haalguns anos trmsmurada em "moeda de metal desconhecido" (Teixeira, 1985, p. 204). Heiss (1870, Pi. WEIII, 4) chegou a observar num exemplar a ele pertencente, presurnivelmente distinto daquele que Zobel havia examinado, a legenda na sua totalidade, sem, todavia, conseguir identificar o ponto a separar SISVC do A, merci da descenrragem que afectava o cunbo do anverso do referido exemplar, o que o levou a transcrever aditalegenda cambirn como SISVC( ...) (Heiss, 1870, p. 412, n . O 4). Em contraparcida, Rodriguez de Berlanga (1873, p. 373, 1881, p. 357) leu-a como SISVCA.

A despeito da diferenqa de esrilos entre a emissh em causa e a que testemunha o nome SISVCVRHIL, inscrito nos numismas integriveis na nossa emissgo IV (Faria, 1989, p. 98, 1992, p. 391, pode aceitar-se que SISYC abrevie SISVC(rsrbi1). Porim, o tessemunho fornecido por CANTNEC, CANTNIP c ANDVGEP, nomes turdetanos tal como quase toda a antroponimia de "Beuipo (Faria, 1989, p. 82-85, 1992, p. 43-44), parece apontar para a existCncia de NNP, arribuiveis Aquela lingua, terminados em oclusiva surda, se os mesrnos nHo estiverem abreviados. Seja como for, n2o nos restam dfividas de que o magistrado mencionado na moeda agora publicada e o mesmo individuo cujo nome incegsa, enquanto patronimico, a fbrmula onomistica reproduzida na nossa emiss5o VI: ANDVGEP SISVC F TVL (Faria, 1989, p. 85-87, 1992, p. 43-44). Vale a pena aqui referir que o supracitado CANTNEC C o Gnico dos rr&s nomes cicados que n5o faz parte cia onomascica de *Beazpo, jL que se trata de um cognomen de um M. Sempronius mencionado numa inscriqiio de Antequera (CIL I1 205 1) (Fatia, 1989, p. 76, 84). Se a t i h i alguns anos era admissivel transformar M SEMPRONIVS CANTNEC em M(urctss) Semproniw Cant(ianscs)> Ne(r)c(aniensis) (ad CIL 11 205 1; Atencia PAez, 1982, p. 117-1 18), nos dias de hoje tal transforma$io afigura-se-nos completamente injusdficivel (ad CIL I12/S, 85 1).

Voltando i nossa moeda, td coma propusernos em relaqito a ODACIS A (Faria, 1992, p. 431, letreito que j;1 Eckhel(1792, p. 29) lera correctamente apesar de atribuir a G d e s a moeda que o eeproduz, esramos convencidos de que a vogal subsequente a SISVC abrevia A(edi1is).

A propdsito da ceca de "Be~ipo, nas linhas a ela consagradas porjavier Velaza, incluidas numa recente sintese dedicada k epigrafia monetriria paleo-hisp2nica (Velaza, 1998, p. 77-78), C omitida toda a bibliografia produzida sobre a mesma desde 1975, Depois de se limitar a resumir o que relativamente a esta ceca escreveu Unterrnann hS quase 25 anos (MLH I 1, p. 342-344), V e l a (1998, p. 78) nEo pdde deixar de timr a seguinre eonclus50, que dispensa quaisquer cornene5rios: "hoy pos hoy, no es posible desde la lingiiiscica aportar m6s luz sobre la ceca en crzesti8n". Nos dltimos anos, outros investigadores espanhbis tPm manifestado interesse pelas questdes linguisticas relativas a esta ceca (de Hoz, 1995, p. 598 e p. 606, nn. 85, 86; Garcia-Bellido, 1997, p. 229 e n. 29,1998, p. 187 e n. 371, revelando urn niveI de infornaqgo bibliogrifica que, niio obstanee as evidenres lacunas, e superior ao que CI Professor Velaza demonsrrou possuir.

Importa ainda assinalar que acabam de ser publicados dois trabalhos parcialmente respeitantes i ceca de *Beuipo, urn da autoria de Leandre Villaronga e outro assinado por Jose Marinho.

No ptimeiro, Villaronga (1998 [1999], p. 2) & a conhecet urn divisor que, segundo a sua descri&, ostenta no anverso uma cabeqa mascuIinait dir. e, no reverso, urn golfinho 5 esq. sobre a legenda toponimica em caractetes indigenas; por baixo desta, Villaronga feu tr2s caracteres latinos,TEII, que interpretou como sendo a abreviqgo do nome de urn novo magistrado. Partindo do pressuposto de que se trata de urn numisma authtico, o estado de conservaqgo do rnesmo

Page 7: Novas notas de onomástica hispânica pré-romana · omca. Chumbo monetiforme (moeda?). Ocanaca. Casariego, Cores e Pliego, 1987, p. 4, n.= 3 e 4. E nossaconvici+o qque ocanaco, legenda

impede, par um lado, que se saiba se existe, ou nZo, tlma legenda latina no anverso e, por outro, que se tenha a certeza sobre a correcta e integral leitura do nome reproduzldo no reverso em caracteres iarinos, o qual, de resco, pode nem ser urn antropbnimo.

Na eventualidade de esta moeda ser idCntica a outras duas que examinhos recenternenre numa colec@o ~aarticular, a descriqiio que h e corresponde devera set= esta:

Anv.: Cabeqa barbada e Iaureada de Jcpiter h esq.; 5 frente, legenda lacina ilegivel; cercadura de pontos.

Rev.: "Eros" montado em golfinho h s q . sobre legenda toponimica indigena; debaixo desta, legenda latina TVLII?]; cercadura de pontczs.

Entre outras novidades, o crabalho de jost Rodrigues Marinha (1998 119991, p. 26-27) informa daexistEnciade mais sere especimes de "Betcipo, que podemos dividir em rr&s categorlas: os que aptesentam tipos inkditos (n.05 14 e 15), os que, pertencendo a skies ji publicadas, correspondem a novos cunhos ( n . O S 9, 10, 12 e 131, e, finalmenre, os que repecem cunhos ja registados, contando este grupo cam apenas um representante (n." 11). Quanro aos gue se incluem nasduas primeiras caregorias, rnandaa prudenciaque se desconfie da suaautencicidade enquanto nZa aparecerem exemplares analsgos procedentes de achados ou de contexcos

arqueologicos fidedignos. Talvez escape a este "estigma*' o exemplar n.O 14, que poderi ser lgual ao divisor publicado por ViIlaronga (v. supra). No enranta, tal exemplar ostenta no respective anverso as lerras AS, inexplicaveis neste coneexto, que tambim surgern desgarradas no reverso da moeda n." 12, de autenticidade muito duvtdosa, Relacivamente ao n." 1 1, trata- -se de urn nurnisma que partilha ambos as cunhos corn o exemplar agora publicado, tendo a respectivalegenda de anverso rnerecido da parte de Jod Marinho (1998 [19991, p. 26) aseguinte leitura: SISVG A ou SISVCI A.

TARTIGAR[---]. Placa de calcbrio. Sagunro. Belcrb, 1980, p. 103, n.O 88. Este NP ibkrico decornp6e-se em TARTI-GAR[---], estando o eiemento inicial tambtm

documentado em tarti-cele5 (Faria, 1997, p. 110). 0 facto de estarrnos perante um NP ibitico i, quanto a n65, motivo suficiente para descartar a li@o TARTIGAP[---], que foi propugnada em alternativa aTARTIGAR[---I (BelrrAn Lloris, 1980, p. 103; Abascal Palazbn, 1994, p. 524; ALfiiIdy, ad CIL 112/ 14,395). Apesar das reservas resultantes da rnutiIaq50 que afecra o segundo elemento, este deved esear relacionado corn GAROS, copomen presence em H.6.1.

titelicoR Moeda. Ceca indeterminada. Villaronga, 1998, p. 130. NP segmenc2vel em titel-icoR Ambas os elernenros constam do repertbrio de Uncermann

(MLH I11 1 95 7.122 e 7.601, ainda que o primeiro esteja documentado apenas corn a grafia teiel.

ABASCAL PALAZ~N, J. M (1994) - Lw mombrespsmdesen k W-ktrw L h5rp"ur. Murcia: UniMlsidad. ALFARO ASIWS, C; A ~ A L O GoNZALEZ. A.; CAMPO D~AZ, M.; CHAW TR~STAN, F.; w M f N ~ u ~ z AWZ, A.; RIPOLL~S ALERE,

P. P. - Hutmu m o m de Hupama mkp. Madrd Jslls Vuo.

ATENCIA P ~ Z , R (1982) - De epqrafm nescaniense. Baetour. 5, p. t 15-120 BATS, M. (1988) - La Logique de l'kncure d'une soc~k6 i l'autm m Gaulc mhridionale prumhlmnquc. Revne A-w de N h m w

Montpeiher. 21, p. 121-148.

Page 8: Novas notas de onomástica hispânica pré-romana · omca. Chumbo monetiforme (moeda?). Ocanaca. Casariego, Cores e Pliego, 1987, p. 4, n.= 3 e 4. E nossaconvici+o qque ocanaco, legenda

BELTaN, F. (1985) - @pip+ & %&my m 8mmtmnm. Vdencra: Servtc~o de Inwsrrgac16n Prehrst6rjca (Serie de Trabyvs dr

Varios; 67) CAMPMAJ~~, P.; UNTERMANN, J. (1993) - b ~nfluences rMrigum dans la Haurc Monragne GtaIane k cas (01 la Ccrdagne. fn UWERMANN.

1.; MwaR. E. (eds.) - h p y dtnw w 1. i4+ prrrronwurla. Aaatdd VCdoqrtb IOb4 ~ Q U I I Y C k h ~ Pmmmwwdc b P c n i n d Ibeircd

(C- 25-28 deN&&dc 19bY). Sdanianca: UniVeraW p. 494-520.

CANTO, A. (1997 - La Ticma &I Toro. Ensayo de ~dcncrficaciiKl de c i u b vaonas A d i z w Erpdli$dc A r p d @ k Madrid 70. p 31 -70

CAPALVO, A, (19%) - mr d m &Bents ~rmmusmiipe. =ago= [nstlmciba "Fernan& el Ca&ohtoa.

CASARIEGO, A; COWS, G.; PLIECO, F (1987) - Cdqr t & ~ o ~ r n o ~ ~ e r & ~ Hupanuran#gw. Madrid. Artis Tradirlo S. A.

CXRO BAROj4, J. (1988) - Scrlkcd nurndo &&UP+@ San %basdin. Txertoa.

CQLUWTEs & W A R D & E. (1997) - N m d p l u m u r r r d e B ~ ~ p r a ~ . 15 LI. Arkis.

CIL It - HifBNm E. (1869) - Corprr ussmptronum Lztmnrm, fi: bwzpm HIIP- I&&@. Berlin G e o ~ Roimer. CIL ILz/14(1) - ALFOLW, G [et all (1-5) - C w p I M L ~ ~ ~ ~ U A h ~ m r r r , fl E d i m h FmXW Td-. F a . 1. P m m l c n d w d s

cmnrenblr Thnss~l l lw. Balm-New York: Walter dc Gruy?er. CfL 111/7 - W W , A. IJ,; GOMZ~LEZ R O M ~ C., ALFoLDY, G. (1995) - Catpm-rn bahruwm, IL W h P m ~ ~ ~ e o n i u ~

~ ~ Y $ & W L T (CIL Vp]. 5trIin-Ncw York WaIrer de Gmyter.

CIL 1lZ/5 /s STYLJJW, A. U. ex dt (1998) - Taps ~nsrrpwwm a n q 11. iedltm drmr Pam 1/. canwtwtw A@@anrrs(CILIP/f). &din-Nw Yo*

Walter de Grurer. C W - VILURONGA, i, (1994) - Corps nnrsffutln H s ' & ante decaanr. Madti& Jar9 A. Herrero, S. A.

CORREA, J. A (1982) - Repnscndn grahcade la oposicidndr mnondad en Las m~usivas lbimls (~~rrusilabah levantino). AIRN Napoh.

14, p. 153-29 1

CClRA I MORE&, M. (19931 -Nous grafits i k s m el Moti d'Esp~gol (Tornahus) i la ~mrwloga de l'esci~ptura ibtrica a I'rncerior h

Caulunya Gdk Sam F&u de &dine& 2, p. 2 t9-225.

ECKHEE, J. f1792) - Dodnffe mmmMlrrn wtcmnr. I, Wicm AIber~

F A W A. M. de (1989)- A numirra ck 'Whupo. Corn-. C o d m 28, p. 71 -99

FARM. A. M. de (1990-199 1) - Antropimlmos em iosd@es hispanicas mnb& Pwfnph Porro. Nova SRne. 1 1-42. p. 73-88.

F ~ ~ M . d e ( 1 B l ) - [ ~ a ] ~ , J . , M ~ ~ H ~ B a n d ~ D a c r b R G c b R l f n r n b P i f t a r w S p a n m r . L -En!&% 1- 2. h Iw&$en, Wudmden, Dr. Ludwig Rwherr Vcrlag, Im, 339 + 661 pp. !Zhdi&a b m i ~ r a p. 187-197

FARIA, A. M. de (1992) - Ainda sobre o nome prC-mmno de A l h r do SaL V$M%~. Alusrsel. 1, p. 39-48.

FIIRIA, A. M. de (1992-1993) - Noras a dgumas inscri@e i W c s recenclmence publicadas. Portugdbs. Porn Nwa %tie, 13-14, p. 277-279

FARIA, k M. de(1993) - A prepislto do V Coloquio sobre Lenguas y Cll~curas P e e m m de k Rnimula mkin Pen&@ L i s h 12, p. 145-16 1

FARIA, A. M. de (1994a) - SubsMrm para o estudo da mrmponimia i%ca W i p m . Aijusrrel. 3, p. 65-71.

BAIUA, A. M. de (1494b) - Nomes de mapi.& em rnoedas hisp3nicas. Pdmrgpli. Potto. Noln S+tie, 15. p. 3360. FARIA, A. M h (19$4c) - [Sobre] Laadre V~LUKCINGA, Corps Nummum Hlspatuae ante Augusri Aeratem, Madrirl Jod R H e m , S A,, 1994,

XXII + 519 pp. Irp.wa.ALjusrrel. 3,1994, p. Ill-124. FAIUA. A. M, de (18953 -Novas achegas para o esrudo daonomhriu Iknu e curdetana !&&fez. ~ u s r d 4, p. ?!7-88.

FAMA, k M. de (199533) - ALgurnas noras dt onornixka iberica. PiS&ia. Porto. Movadrk 16, p. 323-330.

EARIb, A M. dr (1996) - Namcs de magis& em moedas hispgd,css: rnrmqks e aditamenms. ~~ Counbra 3.5, p. 149-187

FM?& A. M. & (1997) - Apontamenlor sobre onomiFtica palea-htsphra V 3 Aljmml. 6, p. 105-1 14.

FARIA, A. U de (199%) - [Recensicl a] StLGO GAUCHE, L [1994), ~rnrb~nco. '~alencia: Rcnl Academia de Culmra Valetmans, 1994,271

p. Rrriaa Pw&pew& A n p d & hh 1: t. p. 228.234.

FABUA, A. M. de (1998b) - [RecznsaO a] COLLANTES P~REZABD& E., 1997, H d L k c c c n c d e H & p t & ~ . [S.L]: Arkis, 395 + XLlX

pp. I r r i . A l e n e L 7,p. 123-1Z6

FIEKXER, D.; BONm, H, (1991-1942) - Bastida VI. Nu- plomo csnim de la Basdda de Itg A h a (M"genfe, Valtncia). A d a rk kkkwiu y Atqua&& Murcia. 7-8, p. 143- 150.

PLerCHERVAttS, D.; SE.420 GAUCHE, L 11991-19513) - Nwns sobre un promo ibttico & p & c U h & A& Akmmha.

htd- 21-23, p. 8$-92.

GARUA,J. M. (1991) - ~ ~ d e ~ &lplmmrr~ds-"Re[ ig iae~da bikMd"'J Lritch V k m w k s . LisLlsboa: Impreria

Nt&td-Casa&Maedr GARCk-flELUDO, M.' P. (1991) - &iw and erhniu'y in Cclric Spain ~F . . t 2 i?k&& Phf&& Ttibiugm 49-50, p 219-242.

G ~ - ~ ~ D o , M* P. (I994) - Lne dmbims de uso y ta hci6n de h m o d en h Hipanin rrp~blicaru In MANGAS, J., eb - Itdio e

HirpaAid cn k didrdr L RepiiXh nmum% h d d U I Cot~grero Hhprm-I tdho (TQIOQ, ,7024 de scpmkmdc 1993). Madrid: Univemidad Comrpl-e, p 177-w.

GARCfA-BEW, M.* P.; R L P o L L ~ ~ , P. F, (1997) - [Comen&bs &I d e g a de moedas iMriw]. fn Ler llrkl. Parbq Paris:A8sodadon F e e

dJ\crian Ma&$: Miniwno de E d d 6 n y Gulau~; Bawd: FmW6n @(a CaSnaaSna; Born Kunst- und AuawUungsWc der Bundtsrepublik Du,ddmd, p. 272-287.

Page 9: Novas notas de onomástica hispânica pré-romana · omca. Chumbo monetiforme (moeda?). Ocanaca. Casariego, Cores e Pliego, 1987, p. 4, n.= 3 e 4. E nossaconvici+o qque ocanaco, legenda

RE HOZ, J. (I993) - ta l e n p a y la rscntura i&ncas. y Las lenguts de 10s rkros. In U4lZRMANN.J ; VILLAR, F., eds. - h n p y &?a tn h

H w p m m u m a Acm dd VC+m &Ipnpsy &&mu h w w d e Li hm'nsrtl* Ibenc.4 (Calonrq 25-Z8de Nomcmbmde 1989)

Salamanca: Univer~dad, p. 635-666.

DE HOZ,J. f1995) -Tartesto, frnluo y celruo 25 a b s despWea tn T'#tem25&cd#p6 1968.1993 ActardklGwpw Gmmemmmvu 6el V

SyRlpbdrmt Iacemacdde C4Phrsmna Pmmrerlm. Jerez & la Fmnterar Ayunramienm, p. 59 1-607.

1 u . m ~ ~ - MAKT~N, J.: ESTEBAN ORTEGA,~.: REDONDO RQDR~CUIZ, J. A , SANCHEZ ABAL, J. L (1997) - I - ~ W mmwnary

&t&wi AeiMvrro Arqrrrolagrco ,"romnosl& Rdkpz. Badajoz Edicora Flcgtod de Exwmadura

LEJEUNE, M. (1993) - D'Alcoy 8 Espanw REflexlans sur ler 4 m m s palkc-o-h~spniques. [n LEJEUNE, M. - #ma taOgr1phqm @f bHiqgraphrqwe

Lcuven: Centre Inremanod de Dtateaol~e G h t r a l t (Centre Inrernarional de Ddecrologre GCnCnle. R~bltograph~es er e x p g s PI 5 .3) .

p. 53-86.

MANTAS, V. G. (1993) - As fundaq&s mlonlars no terr1r6no pomrgub nos finais da RepubRepublrca e rniclos do h p n o . In II C o n p ~ ~ o Ppnmr#b&

H& Anttqa (Crxmbm, t8a 20 1 Ckrlwbrode 1990) Aaar Co~mbra Faculdade de Letras, p. 467-500.

MARINHO, J R (1998) [1999j -As mocdas htspano-romanas do terntono portuguu achados rece-nms e dgumas mnsidemq&s. In A w l fV

6ngrem NationaIde Nwmrsmincri (23 a 25 de Jh $r 1998). Lisboa: Assock&?b Nurnisrnitica dc Portugal, p. 2 1-28,

MLH I - UNTERMANN, J. (1975) - Monwmetrra lrngwvwm H~spanrc~rwm -1: Oie Mhzkp&a W~ehaden: Dr. Ludw~g Reacherr

MLH IR - UNIXRMANN, J (1990) - M o n u ~ l r n ~ a Hspmucdnrm LhdllL. Dte lbmrchen Inrch+ arrr Spawn. W~esbaden: Dr. Ludwig

Rwhem

P~?REZ OROZCO, S. (19931 - Ohservac~ones sobre 10s ssufijos ibencos, Fonta L m p e Vusmnrmr. Pamplona 2s 2 (63). p 221-229 RODR~GUEZ DE BERLANGA. M (1873) - Estud~os mbre Ls leyenb p~imas y tartmias de las monedkc anrtguas de In G n c a fn LIELCADO.

A. - Nwevrr mido &&f;ncdn de La d h awr6trmnar de EE* 11. Sevilla: Anconlo Iaqu~erdo y Sobrino

R0DRfGUEZ DE BERZANGA, M 1188 1) - H s p n l a ~ a n r r m t ~ ~ l r p ynregma (- Lor b a n c e r l Lax* B o a m u y N)urtre~ Mdaga Ambmslu Rublo

SILGO GAUCHE, L (1992) - T c x t o ~ r ~ o s r ~ (CwrPcrOIIrpul, *a&% h m n t u ) . Tese pRepublrcoplada Valenna Un~wnldad

SILLIERES, P. (1990) - Lrr mes & mmmrnrcahsn de 1'Hlspnw mmdwndc. Pans: De Boccard

TEIXEIRA, M. B. (1985) - 0 s pnmelros mums crudos em Portugal. B ~ ~ w w s e M m Ltnboa 1.1, p 185-239

TfR, J-29 - TMVLA I M P E M XOilfANf (Comm ErpaldJ. HopJ-29. krbw Sobm la k c c a ~ ~ c ~ a vsc& t. I dd IGN. Enrontd-Scaiktbrr-Pax tulu-

-G&. Ma&& Consejo Supcrror de Inuesr~gaciones Cientificas-Mtnrsteria de Obras Publlcar. Tranporces y Ned10 ~mb~cnte-M~nurenu dr

Cdcurq 1995.

TOVAR, A (1974) - I h d e Ldeskunde, If 1 k h c a Baden-Badem Klimer.

TRASK, R L. (1997) - 'Ibp H~lr~ry o f h q u e . London-New York burledge ~ ~ , J . (1989) - Nwa ~nxnpc lb ibhnca sob- pbm, pracedenr del pals dels nergetes AEta N u w m i r m . Barcelona. 19, p. 39-44

U ~ ~ , ] . (1992) Los etnonirnos de la Hispania a n t t p a y las lenguas p m o m a n a de la Peninsula &nca In P&mdcpi 1 la h i ~ I ~ ~ d ~ h ~ ~ 4 n c & ~ e n h F d ~ ~ d e ~ c H ~ & l a U n c ~ C m p l ~ . M ~ $3-ljdwemhde1989

Madrid: Univastdad Complutense [Gmplwarm. Madnd 2-3,19921, p. 19-33. ~ ~ , J . (19963 - fas plomm ~Mnws: Estado accual de su inrqretactdn In LaQ lenpPpI~ohrrpdn~esmrrr entoma c u h d [cum de [a

W.tM.P.P. - V& 4/9-X-1993). Vdcncx Real Acidemla de Culcura Vdenuana, p. 75-108.

OKIgRMANN, J. (1998) - Comenrar~o sobre una h s n a de piorno con inscripcibn ibktca de la colecct6n D hard0 Marsal, Madnd Huh.

5ed.h. 29, p. 7-21. VASCON~LLOS,J. L. de (1920) - Nagem dt P ~ Z ~ a y e r em ~ C U & em 1782. o A&@ h @ r t d o a 24, p. 10% 176.

VEIAZA,J. (1996) - Crclnrc~l r p p p h L h w halkgos de inscnpcioncs iErifla en Levante, C h f m , Arag6n y Navarra (1989-1994) In

VILLA& P.; EHCARNA@O, J. d', eds. - la Hrrpanrapmmww actas& VICdoqwo sobre k e y Cnbm h m r u a a r d e iu P e n r P e n r d I&

(CoifflbrLs 13-15 de mbrr& 1994)" Salamanca: Universidad, p. 311-337.

VE- J. (1998) - La epigcalia monetal palmhispininiu: bcwe escadc de la cuesti6~. In La mrmedrr en la micrd rbPrica. 1I c~wd'H&iu d d'&pmaa (26 i27de rzomabre flb 1998). Barrelo~l MWU Maclonal #Art I& Wunya, p 6784.

MUAROMGA I. GARMGA, t. (1988) - dracmes ibPriques i Uurs divisors Bardona: Sociera~ Caraha d'Esruds Numlamattcs

( C o e * i d'Arra N M t i c a ; 31. VHURONGA, L (1998) [I9991 - Tres nwedades en la ntunmdoica anriguade b p m i i In Acuu do W C o n p ~ M & o d & N u m e (23 s

St& j& dc 1998). L i s k Asmckq& N&tica de hrmgal, p. 1-4. VIVES-VIVES,A. (1924-1926) -LacRpnsdabbphm. Madrid: RealAca4Cemiade kHistoria ZOBEt DE ZANGR~NE,J. (1863) - k a i d'emibution de quelques mnnaiep itaOriennes a lavllle de Sllacik Rewe Numkwaqm Paris.

Nowellc a. 8, p. 364-3Q.