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Novas Formas de Associação Humana As Comunidades Virtuais

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Page 1: Novas Formas de Associação Humana As Comunidades Virtuais

Novas Formas de Associação Humana

As Comunidades Virtuais

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IntroduçãoAo longo dos tempos, os media, para além de modificarem o espaço e o tempo, tiveram também um papel de extrema relevância ao nível das relações sociais, e na alteração do conceito de comunidade existente até ao aparecimento dos ditos meios de comunicação social. Estas comunidades, que se foram desenvolvendo a par do surgimento da Internet na década de 90, tiveram rápida propagação, principalmente no mundo Ocidental, apesar de hoje em dia estarem presentes em todas as partes do mundo, inclusive países em vias de desenvolvimento, apesar de serem mais escassas nestes últimos.

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PP II - Fátima & Nuno

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Propomos assim neste trabalho abordar:

• Uma definição do conceito de comunidade virtual;

• Uma pesquisa e análise dos diversos tipos de comunidades existentes;

• A realização de uma pesquisa de campo na web, nomeadamente a visita a comunidades virtuais existentes;

• A importância destas comunidades virtuais ao nível das relações humanas e às novas formas de aprendizagem (e-learning);

• Um balanço final do tema, tendo em conta a temática da disciplina de Prática Pedagógica II -Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação.

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I - A Sociedade de Informação

O conceito:

• é fruto de uma conjuntura, provocada pelo alcance tecnológico de novas formas de comunicação, nomeadamente a Internet, durante a Guerra-fria;

• Foi intensamente disputada a sua monopolização;

• Meio encontrado para os EUA se afirmarem como pioneiros na “revolução informática”, e ao mesmo tempo de reforçarem o seu “título” de elos mais fortes no panorama mundial.

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Contudo…

É na União Europeia que surge o conceito de “Sociedade de Informação” que hoje nos chega aos ouvidos.

Foi na UE que se viu-se na Internet uma oportunidade para colocar todo o mundo em contacto, quer a nível financeiro, quer a nível humano.

Acabaram assim com a barreira da língua, e transformaram a Internet num meio acessível a todas as Culturas.

É desta forma, a nosso ver, que o conceito de “Sociedade de Informação” alcança a sua verdadeira forma, o seu verdadeiro objectivo, transformando um planeta acidentado do ponto de vista geográfico, num local plano, sem barreiras, no qual toda a gente “pode” entrar em contacto mútuo, apenas à distância de um “click”. Este conceito enquadra-se pois num outro já muito debatido – Aldeia Global.

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A Exclusão Digital

• Contudo, nem toda a gente pode fazer esse “click” mágico e conectar-se com todo o mundo;

• A esse fenómeno ambíguo de limitação de recursos de informação – nomeadamente Internet – dá-se o nome de Exclusão Digital;

• “existência de barreiras socio-económicas entre indivíduos, famílias, empresas e regiões geográficas, a qual decorre da desigualdade quanto ao acesso e uso das tecnologias da informação e comunicação, hoje simbolizadas na Internet.” (in: www.inforum.insite.com.br ).

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Disparidades existentes no acesso às plataformas informáticas

• O fenómeno de proliferação das plataformas electrónicas de informação surge alienada ao fenómeno da Globalização.

– Logo…

• O acesso às plataformas torna-se extremamente elitista, e apenas ao alcance de algumas carteiras…

• Essa, é a resposta para o porquê da maioria dos portugueses acederem às comunidades virtuais a partir das escolas, universidades e centros de utilização públicos.

O direito à informação, apesar de dito Universal, contém ainda algumas lacunas.

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II - Comunidades virtuais:

Comunidade

• Conjunto de pessoas que vivem num mesmo espaço, partilhando os mesmos valores, crenças e cultura.

– Podem assumir as mais variadas formas, podendo ser comunidades religiosas, políticas, comunidades desportivas, comunidades de emigrantes, comunidades virtuais…

• As Comunidades são uma forma de associação, de funcionamento em rede, cuja principal finalidade é estabelecer uma “contínua dinâmica de trocas” (Maturana & Varela)…

• Grupo que partilha entre si as mais diversas coisas, desde informação, a cultura, a lazer, bens materiais, e até mesmo afecto.

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As Comunidades Virtuais e o seu Impacte nas Relações Sociais/ Humanas

@ Remetem os seus utilizadores para um mundo de ilusões, de fantasias, de relacionamentos à distância, substituindo o contacto humano directo;

@ Abstrair os seu utilizadores das realidades existentes;

@ Pode até proporcionar momentos de conforto, de realização pessoal;

@ Servem também para nos dar acompanhamento a todos os níveis: saúde, informática, religião...soas com HIV;

@ As CMC’s (Comunicações Mediadas por Computador) abrangem toda e qualquer área, e, desta forma, identificam-se com qualquer sujeito;

@ Existência de chats para todos os gostos (de índole sexual, religiosos, políticos…);

@ À excepção dos simuladores virtuais…

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Pode a máquina substituir o homem? Pode esta dar ao homem tudo aquilo o que ele precisa?

@ Por vezes, basta um simulador virtual, dotado de alguma “inteligência artificial”, que o dota de respostas para algumas questões, e que, por vezes, consegue mesmo enganar quem se encontra do outro lado.

@ Exemplificando, temos o simulador da página oficial do filme Inteligência Artificial do Steven Spielberg, onde se pode dar dois dedos de conversa com o “Chatbot”.

www.ai-movie.it

@ Em suma, pode-se dizer que a nível do relacionamento humano, tanto podem funcionar de um ponto de vista favorável, como desfavorável, pois…

@ as comunidades virtuais tanto podem funcionar como um forte impulsionador de distanciamento social pelos indivíduos, como podem colocá-los mais perto, e em maior contacto.

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Tudo isto é muito susceptível àquilo que os indivíduos procuram, e ao tipo de personalidade de cada um.

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O Porquê das Comunidades Virtuais@ É fulcral estabelecer um paralelismo entre a expansão das comunidades

virtuais e com a expansão da Internet;

@ A Internet surgiu, primordialmente, aliada aos Serviços de Inteligência Norte Americanos durante a Guerra Fria, com o nome de ArphaNet, e tinha o objectivo de estabelecer uma ligação segura entre as diversas bases militare;

@ Descobriram-se as imensas potencialidades deste meio de comunicação por satélite, revolucionando-se assim toda a Rede de Informação;

@ A Sociedade da Informação lança assim as primeiras pedras na sua construção;

@ Por “ciberespaço” sugerem-nos “uma alucinação consensual experimentada diariamente”, por todo o mundo, por crianças e idosos, para fins de trabalho e de lazer…

@ Quanto à noção de comunidades virtuais, temos que aliar esta à concepção de Internet enquanto “tecnologia social”, na qual interagem por seu intermédio, um número indeterminável de actores sociais;

Em suma, é, como tema do próprio trabalho sugere, uma nova forma de associação humana.

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Os diversos Tipos de Comunidades Virtuais

e-mail mailing-lists Chatfóruns guestbook

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Sms

Mms

chat do teletexto

blotoothing

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III As Comunidades Virtuais e o seu papel na Educação através das TIC

Por meio das TIC, passa a ser possível a construção do conhecimento colectivo com sujeitos localizados em espaços e tempos distintos, mas que integram o mesmo ambiente virtual ou a mesma comunidade virtual de aprendizagem;

Simplifica-se a busca de informação, visto que esta passa a estar on-line (b-ON, por exemplo;

Surge uma relação mais democrática entre professor e aluno, no qual os dois são agentes activos no processo ensino-aprendizagem;

As TIC funcionam como elemento estruturante carregado de conteúdo que possibilite uma nova forma de ser, pensar e agir;

• Contudo…

Por vezes, há uma confusão entre a utilização das TIC como forma de aprendizagem ou fundamento, e como ferramenta pedagógica ou instrumento;

Concluindo, a introdução das TIC na Educação, bem como dos seus novos meios e linguagens incorporados à aprendizagem, acabam por gerar novas formas de conceber o mundo, estruturando novas relações e novas maneiras de agir.

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Conclusão:«A chamada comunidade “virtual” não é apenas um número imenso de pessoas envolvidas numa actividade comum, mais ou menos directamente, mais ou menos constantemente. É também uma presença imediata e contingente em tempo real, como um trabalho activo do espírito» (Kerckhove, 1999: 68).

Comunidades Virtuais ≠ Comunidades Fictícias

Uma Comunidade Virtual as mesmas características que qualquer outra comunidade ou grupo social:

• Há comunicação entre os actores sociais;• persistência de uma identidade individual, • Existência de património cultural

E apesar de

• Não proliferarem muito em certos países e meios mais desfavorecidos, retratam a diversidade multicultural, colocam o Mundo inteiro conectado, em contacto directo! É claro que este contacto é um pouco frio a nível humano, contudo, isso é muito subjectivo, como já vimos, e, em oposição, a nível cultural é extremamente enriquecedor, e deveras aliciante!

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