nova geração de torcedoras: um estudo do perfil de consumo das mulheres torcedoras do sport club...

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Rev. Intercon. Gest. Desport., Rio de Janeiro, 4 (1): 1-12, junho/2014 1 NOVA GERAÇÃO DE TORCEDORAS: UM ESTUDO DO PERFIL DE CONSUMO DAS MULHERES TORCEDORAS DO SPORT CLUB DO RECIFE ATÉ 17 ANOS NUEVA GENERACIÓN DE HINCHAS: UN ESTUDIO DEL PERFIL DE CONSUMO DE LAS MUJERES HINCHAS DEL SPORT CLUB DE RECIFE CON EDAD HASTA 17 AÑOS NEW GENERATION OF FEMALE FANS: A STUDY INTO THE CONSUMPTION PROFILE OF SPORT CLUB DO RECIFE'S FEMALE FANS AGED 17 AND UNDER Andreza Salgueiro* [email protected] Thiago Seixas** [email protected] * Universidade Estácio de Sá - Recife, PE - Brasil ** Associação Caruaruense de Ensino Superior - Caruaru, PE - Brasil Resumo Resumen Abstract O mercado do esporte passa por um período de constante evolução e crescimento, refletido no número de clubes, agremiações e demais empresas que almejam oferecer produtos e serviços ao público adepto da prática esportiva e espectadores das mais diversas modalidades. Em virtude disto, atualmente surge um grande interesse das empresas em descobrir/redescobrir os desejos e necessidades do consumidor do esporte, num processo de constante retroalimentação. O presente trabalho objetivou descrever o perfil de consumo de mulheres torcedoras do Sport Clube do Recife com idade até 17 anos. A metodologia utilizada englobou a pesquisa exploratória, por não haver conhecimento a respeito do público, a amostragem não probabilística e a amostragem por conveniência. Nos resultados foi possível constatar que o público em questão tem grande potencial de participação e envolvimento, faltam, apenas, oportunidades. Ao final da presente pesquisa foi possível concluir que o Sport Club do Recife precisa atentar-se para a formação de novas torcedoras, melhorar o relacionamento entre torcedora e o clube, estruturar o planejamento estratégico para atender as reais necessidades e desejos das torcedoras. PALAVRAS CHAVE: Sport Club do Recife; Mulheres; Futebol; Pesquisa; Comportamento. ... El mercado deportivo pasa por un período de constante evolución y crecimiento, reflejado en el número de clubes, agremiaciones y demás empresas que anhelan ofrecer productos y servicios al público adepto de la práctica deportiva y espectadores de las más diversas modalidades. En virtud de eso, actualmente surgen un gran interés de las empresas en descubrir/redescubrir los deseos y necesidades del consumidor de deporte, en un proceso de constante retroalimentación. El presente trabajo describe el perfil de consumo de las mujeres hinchas del Sport Club de Recife con edad hasta 17 años. La metodología utilizada englobó la investigación exploratoria, por no haber conocimiento acerca del público, el muestreo no probabilística y el muestreo por conveniencia. En los resultados fue posible constatar que el público en cuestión tiene gran potencial de participación y envolvimiento, solo faltándolo oportunidades. Al final de la presente investigación fue posible concluir que el Sport Club de Recife necesita atentarse para la formación de nuevas hinchas, mejorar el relacionamiento entre ellas y el club, y estructurar el planeamiento estratégico para atender a sus reales necesidades y deseos. PALABRAS CLAVE: Sport Club de Recife; Mujeres; Fútbol; Investigación; Comportamiento.

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O mercado do esporte passa por um período de constante evolução e crescimento, refletido no número de clubes, agremiações e demais empresas que almejam oferecer produtos e serviços ao público adepto da prática esportiva e espectadores das mais diversas modalidades. Em virtude disto, atualmente surge um grande interesse das empresas em descobrir/redescobrir os desejos e necessidades do consumidor do esporte, num processo de constante retroalimentação. O presente trabalho objetivou descrever o perfil de consumo de mulheres torcedoras do Sport Club do Recife com idade até 17 anos. A metodologia utilizada englobou a pesquisa exploratória, por não haver conhecimento a respeito do público, a amostragem não probabilística e a amostragem por conveniência. Nos resultados foi possível constatar que o público em questão tem grande potencial de participação e envolvimento, faltam, apenas, oportunidades. Ao final da presente pesquisa foi possível concluir que o Sport Club do Recife precisa atentar-se para a formação de novas torcedoras, melhorar o relacionamento entre torcedora e o clube, estruturar o planejamento estratégico para atender as reais necessidades e desejos das torcedoras.

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Page 1: Nova geração de torcedoras: Um estudo do perfil de consumo das mulheres torcedoras do Sport Club do Recife até 17 anos

Rev. Intercon. Gest. Desport., Rio de Janeiro, 4 (1): 1-12, junho/2014 1

NOVA GERAÇÃO DE TORCEDORAS: UM ESTUDO DO PERFIL DE CONSUMO DAS

MULHERES TORCEDORAS DO SPORT CLUB DO RECIFE ATÉ 17 ANOS

NUEVA GENERACIÓN DE HINCHAS: UN ESTUDIO DEL PERFIL DE CONSUMO DE LAS MUJERES HINCHAS DEL SPORT CLUB DE RECIFE CON EDAD HASTA 17 AÑOS

NEW GENERATION OF FEMALE FANS: A STUDY INTO THE CONSUMPTION PROFILE

OF SPORT CLUB DO RECIFE'S FEMALE FANS AGED 17 AND UNDER

Andreza Salgueiro* [email protected]

Thiago Seixas** [email protected]

* Universidade Estácio de Sá - Recife, PE - Brasil

** Associação Caruaruense de Ensino Superior - Caruaru, PE - Brasil

Resumo Resumen Abstract

O mercado do esporte passa por um período de constante evolução e crescimento, refletido

no número de clubes, agremiações e demais empresas que almejam oferecer produtos e serviços ao público adepto da prática esportiva e espectadores das mais diversas modalidades.

Em virtude disto, atualmente surge um grande interesse das empresas em

descobrir/redescobrir os desejos e necessidades do consumidor do esporte, num processo de constante retroalimentação. O presente trabalho objetivou descrever o perfil de consumo

de mulheres torcedoras do Sport Clube do Recife com idade até 17 anos. A metodologia

utilizada englobou a pesquisa exploratória, por não haver conhecimento a respeito do

público, a amostragem não probabilística e a amostragem por conveniência. Nos resultados

foi possível constatar que o público em questão tem grande potencial de participação e envolvimento, faltam, apenas, oportunidades. Ao final da presente pesquisa foi possível

concluir que o Sport Club do Recife precisa atentar-se para a formação de novas torcedoras, melhorar o relacionamento entre torcedora e o clube, estruturar o planejamento estratégico

para atender as reais necessidades e desejos das torcedoras.

PALAVRAS CHAVE: Sport Club do Recife; Mulheres; Futebol; Pesquisa; Comportamento.

...

El mercado deportivo pasa por un período de constante evolución y crecimiento, reflejado en

el número de clubes, agremiaciones y demás empresas que anhelan ofrecer productos y servicios al público adepto de la práctica deportiva y espectadores de las más diversas

modalidades. En virtud de eso, actualmente surgen un gran interés de las empresas en

descubrir/redescubrir los deseos y necesidades del consumidor de deporte, en un proceso de

constante retroalimentación. El presente trabajo describe el perfil de consumo de las mujeres

hinchas del Sport Club de Recife con edad hasta 17 años. La metodología utilizada englobó la investigación exploratoria, por no haber conocimiento acerca del público, el muestreo no

probabilística y el muestreo por conveniencia. En los resultados fue posible constatar que el público en cuestión tiene gran potencial de participación y envolvimiento, solo faltándolo

oportunidades. Al final de la presente investigación fue posible concluir que el Sport Club de

Recife necesita atentarse para la formación de nuevas hinchas, mejorar el relacionamiento entre ellas y el club, y estructurar el planeamiento estratégico para atender a sus reales

necesidades y deseos.

PALABRAS CLAVE: Sport Club de Recife; Mujeres; Fútbol; Investigación; Comportamiento.

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Nowadays, the sports market undergoes a period of evolution and growth, as seen in the increasing number of clubs, associations and other companies which are willing to provide

sport products and services to the target public. For this reason, it's been shown by companies a growing interest to discover/rediscover the wishes and needs of sport

consumers, as in a constant feedback process . This study aimed to describe the consumption

profile of the women fans of Sport Club do Recife under 17 years old. The methodology was

based on an exploratory research (since there is no knowledge about the target public), non-

probabilistic sampling and convenience sampling. As results it was found that the target public has great potential for getting involved in the sport market, followed, however, by a lack of

opportunities. It was concluded that the Sport Club do Recife must attend to the formation of new adepts, improve the relationship between the fan and the club and invest in strategic

planning structure to meet the real needs and desires of the fans.

KEYWORDS: Sport Club do Recife; Women; Soccer; Research; Behavior.

Introdução

A ausência da profissionalização do marketing esportivo, de estrutura e de organização

afeta, diretamente, consumo do futebol por parte das mulheres. O público feminino se

mostra cada vez mais atuante e interessado, contudo os esforços para atrair as mulheres

são mínimos ou pontuais e as informações a respeito das torcedoras são escassas ou

inexistentes. Afif afirma que os profissionais de marketing que atuam no futebol precisam

olhar o torcedor como um consumidor e, como tal, precisa ser cativado. Além disso, Pitts e

Stotlar (2002) acrescentam que:

O profissional de marketing esportivo precisa de informações relativas ao público consumidor

para tomar decisões estratégicas quanto ao que o consumidor deseja, quanto pode pagar,

onde vai comprar e que métodos promocionais e mensagens atrairão o consumidor.

De acordo com Pitts e Stotlar (2002), a empresa esportiva precisa de informações para que

sejam tomadas decisões concernentes a aspectos financeiros da empresa esportiva,

desenvolvimento de produto, estratégias de preços, de distribuição e promocionais e todas

as demais funções e operações dentro da empresa esportiva. Além disso, os autores

colocam que quando uma decisão é tomada sem base em pesquisa, a empresa esportiva

arrisca-se a cometer um erro.

Os institutos de pesquisa Sophia Mind e a Pluri Consultoria, desenvolveram estudos a

respeito do público em questão (Sophia Mind, 2010; Pluri Consultoria, 2012a, 2012b).

Apesar da importância dos dados apresentados, cada clube possui hábitos, histórias,

conquistas e, acima de tudo, torcedoras e realidades diferentes. Pesquisas focadas nas reais

necessidades de cada clube e cada target podem auxiliar no desenvolvimento de

estratégias para aproximar, identificar fraquezas, e oportunidades. Como resultado pode

proporcionar experiências positivas, gerar para os clubes aumento de receita, novas

torcedoras, satisfação além da atuação em campo.

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Para este trabalho, a escolha do Sport Club do Recife, especificamente da torcedora rubro-

negra, como objeto de estudo foi motivada por uma pesquisa realizada pelo Ibope,

nomeada de Esporte Clube, apresentada no Maximídia 2001, na qual mostra que a maioria

dos torcedores do Sport, na cidade do Recife, são mulheres. Este artigo representa um

recorte de uma pesquisa realizada pela autora Andreza Salgueiro com as torcedoras do

clube, em setembro de 2012. O público a ser abordado foi intitulado de “nova geração”,

pois corresponde às torcedoras de até 17 anos. O objetivo é conhecê-lo e mostrar a

importância do investimento nesse target.

No primeiro momento, a fundamentação teórica será mostrada, em seguida o cenário em

que as mulheres se encontram. No segundo momento, a metodologia e os resultados serão

pontuados. Por fim, o perfil “Nova Geração” será apresentado.

Fundamentação teórica

O torcedor é a peça-chave no processo de amadurecimento das agremiações, conforme

Leoncini (2000), após analisar a gestão estratégica do Manchester United, constatou que a

grande mudança em função de uma nova estratégia de maximização de receitas, em termos

de princípios de gestão, foi a mudança na forma do clube tratar seu torcedor e de como

utilizar o estádio. Para Myskiw (2006):

O relacionamento entre o clube e o torcedor ocupa certamente centralidade no que se refere

ao futebol profissional - esporte-espetáculo, pois é desta relação que se determina o

potencial de negociação do clube. O número de atitudes dos espectadores são

condicionantes diretos do potencial de geração de recursos para os clubes.

Rein, Kotler e Shields (2008), dizem que é preciso estabelecer conexões com os torcedores e

que elas precisam ser específicas. Os autores ainda reforçam a questão do “torcedor

inconstante”, alegando que o grande desafio do esporte é a manutenção do torcedor. Um

esporte que mire o futuro precisa comercializar seus atrativos em pontos de entrada

comandados pela idade.

Além do fator idade, levando em consideração a realidade brasileira, as mulheres se

apresentam como grande oportunidade de expandir a conexão do clube com seus

torcedores. Rein, Kotler e Shields (2008) apontam que uma vez que o torcedor é atraído,

uma ligação em longo prazo deve ser mantida e nutrida para atingir níveis superiores de

intensidade. Costa (2007), por sua vez, afirma que:

A mulher como-ser-que-torce vem se configurando em um perfil feminino cada vez

mais comum, perfil que se manifesta por diferentes meios que vão desde as

arquibancadas até os espaços virtuais da Internet. Em grupo ou isoladas, o fato é que

as torcedoras de futebol vêm ganhando visibilidade, estimulando, desse modo, novas

formas de composição identitária feminina, assim como, criando um público apreciador

e consumidor de futebol que traz para esse esporte diferentes demandas e

significados.

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Costa (2007) ainda afirma que para se estabelecerem como torcedoras é preciso ir contra

uma série de representações que fomentaram a ideia de que as mulheres e o futebol atuam

em campos opostos. Ou seja, o relacionamento entre as mulheres e o time do coração

passa por um processo que relaciona não apenas as necessidades emocionais (vitórias,

novos produtos, promoções, mimos etc.), mas também as necessidades físicas (banheiros

limpos e adequados, fraudário, segurança etc.).

Segundo pesquisa realizada pela Enfoque Pesquisa (Knoploch, 2011), as torcedoras são

responsáveis por quase 30% das compras de artigos relacionados aos seu clube. Em

contrapartida, apenas 6%, nos últimos 24 meses, compareceram ao estádio, de acordo com

a Pluri Consultoria (2012a).

A Pluri Consultoria (2012a) realizou uma pesquisa com o público feminino com a finalidade

de investigar o interesse pelo futebol e os principais pontos que afetam a presença das

mulheres nos estádios. Os aspectos negativos relacionados pelas entrevistadas estão na

tabela abaixo.

Condição dos banheiros dos estádios 81%

Falta de segurança 64%

Não gostam de futebol 38%

Falta de cobertura nos estádios (chuva) 34%

Preço dos ingressos 32%

Falta de companhia 14%

Outros fatores somados 21%

Tabela 1 – Motivos relatados pelas mulheres para não ir a um jogo no estádio (Pluri Consultoria, 2012a)

De acordo com as participantes da pesquisa, 41% responderam que se os problemas

citados fossem solucionados, elas frequentariam os estádios. As principais motivações para

o aumento da frequência caso as insatisfações pontuadas acima fossem solucionadas se

encontram na tabela abaixo.

Acompanhar familiares ou amigos 57%

Não iriam de maneira nenhuma 21%

Torcer para o time do coração 11%

Gostam de ver o jogo de futebol 5%

Outros motivos 6%

Tabela 2 - Motivação para frequentar os estádios caso os problemas mencionados fossem resolvidos (Pluri Consultoria,

2012a)

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Os aspectos negativos apresentados na pesquisa afetam diretamente o comportamento e o

consumo, pois mantém as torcedoras em um estado passivo (meras espectadoras no sofá

de casa, pouca frequência de compra) e afeta o progresso para o estado ativo (presença

nos estádios, consumidora assídua). Ainda segundo a Pluri Consultoria (2012a) o trabalho

da “ativação feminina” pode gerar saldo positivo. Como maior propensão ao consumo, no

estádio e fora dele, de produtos e serviços relacionados aos clubes; Inibe a violência no

estádio; Dá ao evento um perfil de “mais festa” e “menos guerra”; Desperta maior interesse

de mídia e patrocinadores; Favorece a formação de novos torcedores, pelo aumento natural

do número de crianças nos estádios.

Todo esse envolvimento feminino requereu mudanças nas estratégias de marketing dos

clubes. Agora, vemos com frequência ações focadas no público durante todo o ano. Por

exemplo, o lançamento da coleção de calçados femininos pelo Santos Futebol Clube

(Máquina do Esporte, 2012a); a camisa rosa do Botafogo (Máquina do Esporte, 2012b); a

ação voltada para gestantes realizada pela Ponte Preta (2013). E ações diferenciadas no dia

da mulher, como a que Botafogo realizou este ano, envolvendo a entrada com o time no

gramado (Turco, 2013).

De acordo com outra pesquisa realizada pela Pluri Consultoria (2012b) intitulada de “As

vinte maiores torcidas entre as mulheres”, dos 192,4 milhões de brasileiros, 98,2 milhões

(51% do total) são mulheres. Deste total, 68,9% torcem por algum time de futebol, o que

corresponde a 67,6 milhões de torcedoras. Todavia, a pesquisa reforça o menor interesse

das mulheres por esse esporte, 31% das entrevistadas alegaram que não possuem nenhum

time de preferência. Ainda segundo a pesquisa, os clubes mais populares concentram o

maior percentual de mulheres (48,4% da torcida flamenguista é composta por mulheres;

46,8% dos torcedores do time do Corinthians são mulheres), por outro lado times como

Palmeiras, Botafogo e Fortaleza têm a torcida feminina inferior a 35%.

Trabalhar com as mulheres significa privilegiar a segmentação de público. O principal

objetivo da segmentação do mercado é a especialização, ou seja, usando a análise e a

segmentação do mercado, a empresa esportiva pode escolher um ou mais segmentos de

mercado consumidor nos quais se concentra e se especializa em atender a suas

necessidades. Além disso, Costa (2007) afirma que as mulheres também têm sido cada vez

mais responsáveis por “iniciarem” os membros mais jovens da família na paixão pelo

futebol, função que era exercida basicamente por homens.

Marketing Esportivo: um caminho para satisfação do consumidor

Para Kotler (2006), marketing é o processo social pelo qual pessoas e grupos obtêm o que

precisam e desejam com criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor

com outros. Vemos que, pela fala do autor, o marketing não é feito apenas em relação a

produtos, que são tangíveis, que podemos tocar e sim, também com serviços, que são

intangíveis. As academias de musculação podem fazer uso desses dois tipos para alcançar a

meta desejada.

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Ainda neste sentido torna-se importante conhecer elementos importantes na manutenção

da satisfação dos desejos e necessidades do consumidor, conhecidos como os 4 “P”s do

marketing, nomeadamente: o Produto, o Preço, o Ponto ou Praça e a Promoção. produtos

são as características de qualquer bem, serviço, ideia, pessoa, instituição, que

potencialmente possui valor de troca; o preço seriam as variáveis que refletem o custo do

produto para o consumidor, como o preço propriamente dito, condições de pagamento,

aceitação ou não de cartões de crédito, entre outras; a praça é tudo o que se relaciona a

distribuição. Localização física e logística envolvida para fazer o produto chegar as mãos do

consumidor; e a promoção é o processo de comunicação ativa dos atributos e benefícios de

um produto para com o mercado–alvo pretendido. Para tanto, envolve a criação e

veiculação de programas de propaganda, relações públicas, além de venda pessoal.

Segundo Rein, Kotler e Shields (2008) estamos vivenciando a era do torcedor inconstante.

Devido à quantidade de opções e investimentos demandados, o torcedor pode optar pela

troca de antigos hábitos em busca de novas experiências, economia, curiosidade etc. Essa

mudança é vista com mais clareza nos Estados Unidos em virtude da ligação da população

como vários esportes. No caso do Brasil, apesar do futebol liderar a atenção e investimento,

existe uma nova geração imersa em tecnologia, facilidades e que vai atrás de referências

além do âmbito familiar.

Rein, Kotler e Shields (2008) reforçam que a exigência do torcedor é crescente e se não

atendida, o risco da mudança de hábito existe:

Quando um esporte não consegue satisfazer as demandas mais simples do mercado, corre o

sério risco de ser trocado por outro produto esportivo mais flexível e preparado para adotar

as mudanças necessárias.

O futebol precisa criar novas formas de atração e estratégias para se diferenciar. O

conhecimento a respeito desse novo público é essencial para compreender que tipos de

mudanças de hábitos ocorreram ao longo dos anos, como eles enxergam o clube, as

tradições, o posicionamento, quais são as novas necessidades, os novos desejos, sugestões,

críticas. Rein, Kotler e Shields, acrescentam que o primeiro passo decisivo para identificar,

atrair e manter torcedores depende de entender não apenas o que esse fã representa, mas

igualmente como é que ele se conecta a um esporte.

O recorte dado a pesquisa, compreende as torcedoras nascidas na década de 90, ou seja,

pertencentes a geração Z. De acordo com Sawaia (2011), na pesquisa Juventude Y e Z:

Juventude Digital, essa geração influencia os pais na hora da compra, conhece as novas

tecnologias e tem afinidade na compra de equipamentos e artigos esportivos. Tal grupo

precisa ser estudado, pois pode assumir um papel de influenciador e os clubes, para

sobrevivência, necessitam renovar seus torcedores.

Gestão do futebol

O futebol é capaz de mobilizar investimentos superiores aos 250 bilhões a cada ano, por

outro lado, o Brasil possui participação inferior a 1%. Essa realidade é reflexo da falta de

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profissionalização desse esporte, a qual é percebida em várias esferas que, segundo Seixas

(2011), compreendem estádios ultrapassados, pouco investimento em marketing e leitura

equivocada do mercado atual.

O clube deve ser visto como empresa, já que o objetivo como tal é a geração de lucros,

crescimento e conduz o clube a superação de processos de gestão viciados e ultrapassados.

Inclusive, no que concerne à qualificação dos gestores esportivos, que em sua maioria são

advindos de outras áreas, que não a do esporte e com pouca qualificação para o

desempenho da atribuição.

Dentro dessa esfera, o torcedor é um dos agentes que mais sofre, pois ainda não é

considerado como ativo no patrimônio. Ele precisa ser visto como participante dos

processos que englobam compra, venda e satisfação, troca. Ou seja, como cliente. Para isso,

surge a necessidade de conhecê-lo a fim de valorizar seus esforços, recompensá-lo e

entender o seu comportamento diante da realidade do clube.

O ponto-chave para iniciar a transformação do torcedor em cliente, deve ser a pesquisa. De

acordo com Afif (2000), a pesquisa se torna imprescindível para que todos saibam como o

produto “esporte” está posicionado no mercado e conheçam o público consumidor.

O conhecimento do torcedor deveria ser tarefa básica para todo clube, pois a partir das

informações coletadas campanhas de sócio-torcedor, mudanças, implantações poderiam

ser realizadas com menor margem de erro, atingindo os diversos tipos públicos que cada

time agrega. De acordo com Seixas (2011), o torcedor tem que ser visto como um cliente, e

não somente como um mero "apoio" ou "caridoso", que paga sua mensalidade para ajudar

o clube. O torcedor, assim como qualquer cliente, tem que perceber valor por aquilo que

investe.

No caso das mulheres, o objeto de estudo deste artigo, a carência e o desconhecimento é

ainda maior. A falta de investimento nelas acarreta na ausência em campo, pode afetar a

formação de novos torcedores, na possível aproximação e na receita dos clubes, por

exemplo.

Hoje, não há grandes esforços para se entender o público feminino. O conhecimento é

genérico e limitado (quantidade de torcedoras, freqüência em campo e os fatores que

inibem a ida aos estádios). Não podemos tratar as mulheres como uma massa, pois cada

região, cidade possuem costumes que afetam o comportamento em relação ao futebol.

Cada clube possui torcedoras diferentes, que demandam cuidados específicos,

principalmente quando tratamos da conquista de novos torcedoras.

Metodologia

Os dados coletados na pesquisa sobre as torcedoras do Sport Club do Recife são de

natureza quantitativa. Não existem informações sobre o consumo de produtos, de mídia,

frequência e relação com o clube do público feminino. Desta forma, esta pesquisa procura

preencher a lacuna encontrada.

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O tipo de pesquisa realizada foi a exploratória devido ao fator desconhecimento, pois a

mesma é necessária quando se busca um entendimento sobre a natureza geral de um

problema, as possíveis hipóteses alternativas e as variáveis relevantes que precisam ser

consideradas.

O propósito do trabalho foi analisar parte da população e não sua generalidade. A

amostragem não probabilística foi escolhida, pois não havia necessidade da utilização de

métodos estatísticos que garantissem a fidelidade do universo amostral ao seu público-

alvo. E a amostragem por conveniência, que de acordo com Aaker, Kumar e Day (2004), se

mostra uma forma rápida e barata para obter informações.

Como foi utilizada uma pesquisa não probabilística, não há um universo amostral, pois não

há estruturação da amostra. Nesse caso, existe a impossibilidade de definir um universo

amostral, já que não existe um perfil definido das torcedoras do Sport como referencial,

nem um número confiável de variáveis capazes de traçar o perfil padrão para o desvio

amostral.

O questionário foi publicado na internet por meio da plataforma de pesquisa do Survey

Monkey. Os dados coletados foram de fontes primárias, onde todas as informações são

obtidas “especialmente para determinada pesquisa” , justamente o propósito do trabalho

realizado. As fontes secundárias também foram utilizadas, isto é, foram informações

“coletadas por pessoas ou agências para outros propósitos que não a resolução do

problema específico”. No caso, os diversos dados usados para embasar a pesquisa, foram

obtidos através de livros e internet.

A internet foi a plataforma escolhida devido a rapidez na obtenção das informações e pelo

crescimento significativo de usuários, segundo o Ibope (2011) no Brasil existem mais de 100

milhões usuários, contudo as torcedoras que não possuem acesso foram excluídas.

A nova geração de torcedoras do Sport Club do Recife – Análises das

informações coletadas

A pesquisa foi realizada no mês de setembro de 2012, focada nas torcedoras do Sport. O

questionário foi composto por 30 perguntas, divulgado no site oficial, nas redes sociais do

clube (Facebook e Twitter), e no perfil Meninas Sport no Facebook. No total, foram 729

respondentes.

As perguntas envolviam faixa etária, classe social, comportamento de consumo, de mídia,

relação com o clube e frequência em campo. A partir das respostas, foram criados perfis de

torcedoras. Para esta análise, foi selecionado o grupo “até 17 anos”, intitulado de “Nova

Geração”, que corresponde a 14% do público respondente (102 questionários respondidos).

A escolha do público deve-se ao grau de importância da atuação positiva do clube quando

o torcedor ainda não optou pela escolha de um time e da necessidade constante de

renovação dos torcedores. Além disso, segundo Ceretta e Froemming (2011) a geração Z,

grupo em questão, adora consumir e fazer compras, busca diariamente sua autoafirmação,

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o prazer, o status perante seu grupo de amigos e apresenta-se como uma geração

conectada às tendências.

Pontos-chave

Tabela 3 – Pontos-chave da pesquisa (autoria própria).

A Nova Geração reside com os pais, a maioria não faz parte do quadro social como titular.

Não costumam comprar com frequência artigos do clube nas lojas oficiais, preferem assistir

aos jogos em casa, quando vão, optam por comprar seu ingresso com antecedência e

preferem chegar antes do início da partida para se reunir com os amigos.

Por se tratarem de menores de idade, o vínculo com o clube, na maioria das vezes, está

relacionado à dependência dos pais. Como alternativa, o Sport disponibiliza a categoria

Juvenil, na qual o menor de idade pode ser sócio e ajudar ao clube sem manter o vínculo da

dependência. Todavia, não há divulgação suficiente a respeito da categoria, nem um

benefício específico que a torne atrativa. É importante trabalhar junto às torcedoras a

importância de ser, realmente, uma sócia colaboradora, ativa. Reforçar as vantagens

tangíveis relacionadas ao desenvolvimento do clube, instalações etc. e as intangíveis que

dizem respeito ao orgulho de ser uma rubro-negra de verdade. Comunicar de forma mais

eficiente a categoria Juvenil para dois públicos, os pais e a(s) filha(s). Despertar o desejo

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desde cedo das jovens e estimular os pais a optarem pela categoria Juvenil ao invés da

dependência.

A falta de companhia, apontado pelas não sócias, pode se transformar em oportunidade

para o clube. Campanhas e facilidades podem ser criadas para estimular a presença da

família em campo. Em relação ao preço da mensalidade, também apontado, mostrar que o

valor percebido não condiz com os possíveis benefícios que elas terão como sócias.

No que diz respeito às compras, diferentemente dos demais perfis, este compra tanto nas

lojas do Sport (Embaixada da Ilha e Espaço Sport) quanto em qualquer lugar que ofereça o

produto oficial. Isto é, temos o fator distância que impede o aumento do ticket médio nas

lojas oficiais. Produtos exclusivos voltados para esse público podem atraí-las e, juntamente,

com um bom trabalho de merchandising pode-se estimular a compra por impulso.

Produtos exclusivos, variedade.

A nova geração demanda cuidados específicos, pois é o momento de se auto-afirmar diante

do seu grupo e da criação/desenvolvimento de uma identidade que poderá permear

durante os demais anos como torcedora. O clube precisa trabalhar na construção de uma

torcedora participativa dentro e fora de campo.

Como foi visto, elas buscam ajudar o Sport entre as possibilidades apresentadas pelo clube

(compra de produtos nas lojas oficiais). Por ser um público que, na maioria dos casos, não

possui renda individual significativa, a compra de produtos pode ficar na dependência dos

pais. A utilização de kits que estimulem os pais a também comprarem para suas filhas,

descontos dados a partir da comprovação presença em campo, novos modelos que

despertem o desejo de compra, criação de novos produtos são alguns exemplo de como se

pode aumentar o consumo.

A presença do Sport no dia a dia (utilização de camisas, acessórios e vestuário que remetam

ao time) abre margem para criação de diversos produtos que atendam às necessidades

diárias. Temos um público que abraça a ideia de levar o time para onde for, então, quanto

mais opções oferecidas, mais demonstração de carinho, aumento nas vendas e visibilidade

da marca do Sport terá. O desinteresse em comprar produtos para presentear, mostra uma

oportunidade para criar uma cultura em que as amigas se presenteiem com produtos do

Sport. Esse ponto também poderia ser aproveitado para aumentar a frequência de compra,

ticket médio e criar rituais.

A frequência em campo está ligada a falta de companhia para ir aos jogos. Mais uma vez a

questão vem à tona. Ações de incentivo, ativação dos patrocinadores, a apresentação de

um ambiente de alegria e festividade podem ser saídas para se iniciar um processo de

cultura participativa das jovens junto à família e amigos(as).

Esse grupo apresentou o maior índice de compra de ingressos pela internet, como já

esperado. A ligação inerente com a rede se apresenta como grande oportunidade para o

Sport ousar, arriscar formas diferenciadas de comunicação com essas jovens, além de

utilizá-las como referenciais para auxiliar os pais na compra dos ingressos.

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No que diz respeito ao consumo de mídia, elas preferem respectivamente internet,

televisão, jornal e rádio para se manterem informadas. Dentre as plataformas selecionadas,

a internet vai além da simples busca da informação, pois o meio atende as necessidades de

participação e envolvimento.

A atuação do Sport Club do Recife no meio online é satisfatória. As torcedoras apontaram o

site oficial e Facebook como preferidos para se manterem informadas. Recorrer aos canais

disponíveis para se obter informações é crucial, todavia não é mais suficiente. O grau de

exigência aumentou, o anseio de querer estar inserida no cotidiano do clube é evidente e

qualquer espaço dado a elas se transforma em oportunidade.

Conclusões

O Sport precisa estruturar seu relacionamento com as novas torcedoras, visando o futuro

em longo prazo. Apesar de a família ser um agente influenciador, a partir do momento que

a torcedora cria laços com o time, ela é capaz de mostrar outras perspectivas para as

pessoas ao seu redor, devido ao universo em que vive, ao acesso às informações, as suas

necessidades diferenciadas, ao se comparar com outras gerações, e aos seus interesses.

A Nova Geração demanda cuidados diferenciados nos quais o Sport não está habituado.

Dessa forma, o time perde oportunidades de aproximação o que afeta, diretamente, a renda

nos seus diversos canais (ingresso, compra de produtos, associação etc.). O time precisa

preocupar-se com o extracampo de forma que os elementos trabalhados auxiliam dentro

de campo (aumento da torcida, das associadas, a renda gerada por elas pode promover

melhorias no estádio, ações, compra de jogadores etc.). É o caso de planejar-se de forma

eficiente para estar presente junto às torcedoras desde cedo a fim de criar hábitos,

promover a manutenção e evitar a inconstância. Todos os pontos analisados na pesquisa

são aspectos básicos para se iniciar o processo de mudança, contudo a cada passo deve-se

averiguar as respostas e realizar alterações quando necessário.

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https://www.facebook.com/sportclubdorecife

http://www.sportrecife.com.br

https:// www.surveymonkey.com

https://www.twitter.com/sportrecife

Recebido em: 28 abr 2014

Aceito em: 04 jun 2014

Endereço para correspondência:

Andreza Salgueiro

[email protected]

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