notícias hospitalares pró-saúde tocantins - edição 75

36
BONS RESULTADOS Ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira avalia de forma positiva a Reforma do Estado e o modelo de OSSs INTERIORIZAÇÃO DAS OSS Desafios vão muito além da gestão dos equipamentos públicos, com medidas estratégicas para estados e municípios ANO 13 | 1º SEMESTRE 2014 GESTÃO DA SAÚDE EM DEBATE HMA TEM ONA 3 Hospital Municipal de Araucária, 100% SUS, conquista certificação inédita no Sul do país

Upload: pro-saude-tocantins

Post on 04-Aug-2015

84 views

Category:

Health & Medicine


5 download

TRANSCRIPT

BONS RESULTADOSEx-ministro Luiz Carlos

Bresser-Pereira avalia de forma positiva a Reforma do Estado e

o modelo de OSSs

INTERIORIZAÇÃO DAS OSSDesafios vão muito além da gestão dos equipamentos públicos, com medidas estratégicas para estados e municípios

ANO 13 | 1º SEMESTRE 2014

G E S T Ã O D A S A Ú D E E M D E B A T E

HMA TEM ONA 3Hospital Municipal de Araucária, 100%

SUS, conquista certificação inédita no Sul do país

MAIS DE 45 ANOS CUIDANDO DA SAUDE DOS BRASILEIROS

A Pró-Saúde é uma das maiores

entidades de gestão de serviços de

saúde e administração hospitalar do

País. Tem sob sua responsabilidade

mais de 3.500 leitos e o trabalho

de cerca de 20 mil profissionais.

Está presente em todas as regiões

do Brasil, contribuindo para

a humanização do atendimento

hospitalar, em especial do SUS.

Com excelência técnica e credibilidade

nacional, oferece uma gama

de serviços em benefício da vida.

WWW.PROSAUDE.ORG.BR

AcreRondônia

Pará

Tocantins

Bahia

Alagoas

Goiás

Minas Gerais

São Paulo

Paraná

Rio de Janeiro

Maranhão

arte_final_noticias_hospitalares_dupla_01.indd All Pages 12/9/13 4:14 PM

MAIS DE 45 ANOS CUIDANDO DA SAUDE DOS BRASILEIROS

A Pró-Saúde é uma das maiores

entidades de gestão de serviços de

saúde e administração hospitalar do

País. Tem sob sua responsabilidade

mais de 3.500 leitos e o trabalho

de cerca de 20 mil profissionais.

Está presente em todas as regiões

do Brasil, contribuindo para

a humanização do atendimento

hospitalar, em especial do SUS.

Com excelência técnica e credibilidade

nacional, oferece uma gama

de serviços em benefício da vida.

WWW.PROSAUDE.ORG.BR

AcreRondônia

Pará

Tocantins

Bahia

Alagoas

Goiás

Minas Gerais

São Paulo

Paraná

Rio de Janeiro

Maranhão

arte_final_noticias_hospitalares_dupla_01.indd All Pages 12/9/13 4:14 PM

Expediente Gestão de resultados positivos

Revista Notícias Hospitalares

75º edição1º Semestre / 2014CapaPaciente HMAFoto - Daniel Derevecki

Pró-Saúde – Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar

DIRETORIA ESTATUTÁRIA

PRESIDENTEDom Eurico dos Santos Veloso

VICE-PRESIDENTEDom Hugo da Silva Cavalcante, OSB

SECRETÁRIOMarcio Gonçalves Moreira

TESOUREIROMonsenhor Marco Eduardo Jacob Silva

DIRETORIA EXECUTIVA

DIRETOR-GERALRonaldo Pasquarelli

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIROCarlos Alberto Filippelli Giraldes

DIRETOR DE FILANTROPIACarlos José Massarenti

DIRETOR DE OPERAÇÕESDanilo Oliveira da Silva

NOTÍCIAS HOSPITALARES

Diretor ResponsávelCarlos Alberto Filippelli Giraldes

Gerente de ComunicaçãoHelton Zuccon

Produção editorialVFR Comunicação

Jornalista responsávelVanderlei França

Projeto EditorialDoxa Conteúdo & Design

Projeto GráficoAdriano Franchetta

DesignTom Chambel

EditoraKarina Kroiss

FotografiaAgência Pará (Claudio Santos, Cristino Martins, Sidney Oliveira, Thiago Araújo), Cecilia Acioli, Banco de Imagens do Estado de São Paulo (Rubens Chiri), Daniel Derevecki, Hospitalar 2014, IPH acervo, Ney Sarmento

Tiragem15.000

Dom Eurico dos Santos Veloso, presidente

ED

ITO

RIA

L

A conquista da qualidade e da excelência nos serviços de saúde não se consegue da noite para o dia. Ela é resultado de muito trabalho e dedicação, principalmente de nossos 20 mil colaboradores que atuam nos hospitais, geridos pela Pró-Saúde, em todo o país. O Hospital Municipal de Araucária (HMA) – unidade 100% SUS administrada com investimentos da Prefeitura de Araucária

– exemplifica na prática o empenho, o compromisso e o aprimoramento contínuo para oferecer atendimento humanizado, profissional e de qualidade. A unidade recebeu a acreditação ONA Nível 3, uma das mais reconhecidas do setor em todo o Brasil. Hoje, o HMA é o primeiro hospital da região Sul e o nono 100% SUS do país a ter essa importante certificação.A palavra que exprime este reconhecimento é gratidão. Gratidão a todos os colaboradores do HMA que, nos últimos cinco anos, trabalharam unidos e comprometidos em alcançar índices de excelência inéditos e que beneficiam toda a população da cidade de Araucária (PR) e, ao mesmo tempo, mostra que é possível ter qualidade na saúde pública.A acreditação conquistada pelo HMA consolida a missão da Pró-Saúde, que há mais de 45 anos preza pela humanização do atendimento hospitalar. Uma das maiores instituições de gestão de serviços de saúde e administração hospitalar, não poderia deixar de agradecer publicamente todos os envolvidos e ter a certeza de dever cumprido.O trabalho desenvolvido em Araucária reforça a competência administrativa da Pró-Saúde, que foi selecionada recentemente para gerir, além do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer no Rio de Janeiro, mais dois hospitais: o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes em São Paulo, e o Hospital Galileu no Pará. Estamos a serviço da sociedade e, por meio da gestão de 2,6 mil leitos em diversos hospitais do país, acreditamos que é possível, sim, oferecer serviços públicos de saúde cada vez melhores, com mais qualidade e eficiência para a população.

ÍND

ICE

SALA DE ESPERA

ENTREVISTA

OS AVANÇOS DAS OSS NO PAÍS

HMA TEM ONA 3

As principais ações e conquistas dos hospitais geridos pela Pró-Saúde em todo o país

Luiz Carlos Bresser-Pereira diz que a Reforma do Estado, criada em 1995, ainda tem muito a mostrar

Especialistas falam sobre o modelo de Organizações Sociais de Saúde e apontam caminhos para parcerias bem-sucedidas

A trajetória do Hospital Municipal de Araucária, no Paraná, que recebeu a ONA 3, contada pelos seus colaboradores

08

10

14 17

PREVENÇÃO

PRÓ-SAÚDE NO RJ

Reportagem fala sobre como manter a saúde do coração e prevenir doenças cardíacas com hábitos simples

Acompanhe o desempenho dos hospitais cariocas geridos pela Pró-Saúde, de forma integral e parcial

28

3726NOVOS HOSPITAIS EM SP E PARÁ

Veja quais são os novos hospitais que são administrados pela Pró-Saúde em São Paulo e no Estado do Pará

SA

LA

DE

ES

PE

RA

21

IECPN recebe Prêmio Faz Diferença O neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho foi um

dos vencedores do Prêmio Faz Diferença, do

jornal O Globo, do Rio de Janeiro, em março. O

médico ganhou na categoria Rio, em reconhe-

cimento ao trabalho desenvolvido no Instituto

Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IECPN),

na capital fl uminense. O IECPN, elaborado e

dirigido pelo neurocirurgião, é o único centro do

país dedicado exclusivamente ao tratamento

cirúrgico de doenças cerebrais. O Prêmio Faz

Diferença já está na 11ª edição e homenageia

os brasileiros que mais contribuíram para trans-

formar o país.

Nova Diretoria Estatutária da Pró-Saúde Associação Benefi cente de Assistência

Social e Hospitalar – foi eleita por una-

nimidade, em abril, para o exercício de

2014/2015. O mandato é válido por um

ano. O presidente da Pró-Saúde, Dom

Eurico dos Santos Veloso, foi reeleito.

Os outros integrantes foram: D. Hugo da

Silva Cavalcante, OSB (vice-presidente),

Marcio Gonçalves Moreira (secretário) e

Monsenhor Marco Eduardo Jacob Silva

(tesoureiro). A Pró-Saúde tem mais de

45 anos de atuação em todas as regiões

do País, em 11 Estados.

Trabalho do Instituto do Cérebro é destaque em premiaçãoPaulo Niemeyer Filho, diretor-médico do IECPN, gerido pela Pró-Saúde, recebe prêmio no Rio de Janeiro

8

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

3

4

Jundiaí tem queda na taxa de mortalidade infantil A Secretaria de Saúde de Jundiaí (SP), teve

redução na mortalidade infantil em 2013. O

índice de óbitos para cada mil nascimentos

fi cou em 9,71, o que representa diminuição

de 9,14%, em relação a 2012. Esse resultado

teve a colaboração do Hospital Universitário

de Jundiaí, que realiza partos pelo Sistema

Único de Saúde (SUS), com média de 300

procedimentos por mês. Recentemente, o

HU implantou a oximetria de pulso, exame

que mede o nível de oxigênio no sangue de

recém-nascidos e acelera o diagnóstico de

cardiopatias congênitas críticas. Mais con-

hecido como “teste do coraçãozinho”, esse

procedimento dura entre um e três minutos e

detecta a má formação do sistema cardíaco,

mesmo se o bebê não apresentar nenhum

sintoma visível.

Altamira mantém ONA nível II O Hospital Regional Público da Transamazônica

(HRPT), em Altamira (PA), manteve a certifi cação na-

cional Acreditado Pleno ONA nível II. A unidade é a

única da área da Transamazônica, com atendimento

100% SUS, a ter esse reconhecimento. O foco foi a

segurança do paciente e melhores práticas para a

assistência. Desde a primeira acreditação, em 2010,

o HRPT, vem continuamente mantendo as certifi ca-

ções, por meio de auditorias anuais. De acordo com

o relatório apresentado pela Fundação Vanzolini, o

hospital melhorou signifi cativamente os processos

de gestão e atendimento ao usuário.9

1º Semestre / 2014

O ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira desenvolveu um modelo de gestão que mudaria o rumo da administração pública no Brasil. Hoje, ele acredita que os bons resultados apresentados garantem a longevidade e a aplicação da Reforma do Estado, aprovada em 1995

Qualidade&Excelência

10

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

EN

TR

EV

ISTA

A tualmente, Luiz Carlos Bresser-Pereira dedica-se inteiramente à vida acadêmica, como profes-

sor emérito da Fundação Getúlio Vargas, onde ensina economia, teoria política e teoria social. Mas, nem sempre, foi assim. Ele já foi duas vezes Ministro: da Fazenda, da Administração Federal e Reforma do Estado, de 1995 a 1998; e da Ciência e Tecnologia, em 1999. Du-rante o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, ele foi um dos responsáveis pela Reforma Gerencial do Estado, que ainda está em andamento, com excelentes exemplos, quase 20 anos depois.

Nesta entrevista, o ex-ministro conta um pouco de como foi de-senvolver e executar a Reforma, em um país que recentemente havia retomado a democracia, mas que estava com o aparelho público extremamente burocrático e que precisava de alternativas concretas para que os serviços oferecidos pelo governo Federal tivessem maior abrangência e qualidade, sem onerar os custos. A avaliação geral de Bresser-Pereira é incentivadora e ele, inclusive, comenta sobre o modelo de Organizações Sociais de Saúde que, hoje, são fundamentais para estados e municípios oferecem melhores serviços, para a população que é atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Qual foi a necessidade de se criar uma reforma específica para a gestão pública? A coalizão de classes que comandou a transição para a democracia de 1985 – o Pacto Democrático-Popular de 1977

11

1º Semestre / 2014

O modelo de Organização Social revelou-se substancialmente mais eficiente, principalmente, nos hospitais, em relação aos quais já existem estudos de boa qualidade

– foi contraditória em relação à administração pública. Na Constituição de 1988, adotou-se, ao mesmo tempo, um pro-grama social-democrático e uma maneira de ver o aparelho do Estado altamente burocráti-ca e, portanto, incompatível com os grandes serviços so-ciais e científicos que um Es-tado social-democrático deve prover. Incompatível porque para o núcleo estratégico do Estado o problema da eficiên-cia é secundário – seu desa-fio é conceber boas políticas públicas e, depois, controlá-las –, no caso dos grandes serviços sociais e científicos, que caracterizam um Estado social-democrático, a eficiên-cia, a relação abrangência e qualidade de serviços / custo é absolutamente importante. Dado um orçamento público que é sempre limitado, se o Estado, nos seus serviços de saúde, não é capaz de oferecer esses serviços com eficiência, o serviço não terá a abrangência e qualidade que esse orçamento torna pos-sível. E, além disso, o serviço perderá legitimidade política, permitindo que os conserva-dores passem a lutar contra ele e a defender o consumo privado de saúde. A Reforma Gerencial do Estado de 1995 tinha como principal objetivo a eficiência do serviço público, seja para aumentar sua quali-dade e abrangência com os mesmos recursos, seja para dotar esses serviços de legitimidade política.

Quais foram algumas das dificuldades encontradas naquela época?As dificuldades foram grandes.

Muitos altos servidores diziam que eu estava ameaçando o serviço público brasileiro; a esquerda dizia que a reforma era neoliberal; os economistas do governo só apoiavam a reforma se ela reduzisse custos, não se preocupando com a abrangência e a qualidade dos serviços; os órgãos de controle interno não queriam ver seu poder de auditoria diminuído. Mas, afinal, essas origens de dificuldades foram contornadas; ficou claro que a reforma visava prestigiar os servidores públicos competentes e dotados de espírito público, que não era neoliberal, mas social-democrática, que a redução de custos não devia significar redução do orçamento, mas aumento do seu escopo e qualidade, e que o controle pode ser feito menos através de regulamentos rígidos e mais através de resultados.

A reforma seguia algum

modelo?

Eu desenvolvi um modelo

teórico para a reforma. Ele

tinha um lado de mudança

de gestão – o controle por

resultados, a competição ad-

ministrada por excelência e o

controle ou responsabilização

social –e um lado de mudança

estrutural, resultante da dis-

tinção entre o núcleo estraté-

gico, as tarefas exclusivas de

Estado e as tarefas não exclu-

sivas, e da criação da institu-

ição Organização Social para

se encarregar dos serviços

não exclusivos.

Como foi aplicar a reforma, ou seja, executar o que foi

planejado?

Tornar realidade uma reforma

da importância e da abrangên-

cia da Reforma Gerencial de

1995 é sempre difícil e de-

morado. Geralmente, são ne-

cessários 40 anos para que se

possa observar uma mudança

profunda no Estado. No Brasil,

a reforma está sendo adotada

em toda parte, cada vez com

mais entusiasmo dados os

bons resultados.

Depois de quase 20 anos de reforma, o modelo pode ser aprimorado? De que maneira? Ou é preciso outra

reformulação?Não há necessidade de reformulação, a Reforma já é muito geral, mas há sempre necessidade de aprimorá-la (eu sempre digo que administrar é planejar e corrigir hoje o trabalho e amanhã voltar a corrigi-lo) e de adaptá-la às novas realidades que

estão sempre surgindo.

12

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

EN

TR

EV

ISTA

Sobre o modelo de Orga-nizações Sociais, que foi definido no mesmo período, como é sua avaliação, den-tro do atual contexto da

saúde pública?

O modelo de Organização

Social revelou-se substancial-

mente mais eficiente, princi-

palmente, nos hospitais, em

relação aos quais já existem

estudos de boa qualidade.

Por que existe, ainda, re-sistência na contratação de Organizações Sociais por parte de estados e mu-nicípios, já que, muitos deles, não têm condições de gerir sozinhos seus equipa-

mentos de saúde?

A dificuldade está no medo de

“perder poder” tanto dos políti-

cos quanto dos burocratas.

Não compreendem que seu

poder é aumentado quando

estão atingindo seus objetivos

de ordem pública; quando es-

tão fazendo bom uso do din-

heiro público ao delegarem

para as Organizações Sociais

parte de seu poder.

O quanto esse modelo de gestão pode ser aplicado em outras áreas do governo como Educação e Cultura, por exemplo?Pode ser utilizado com grande proveito tanto na Educação quanto na Cultura. Na área da Cultura, os avanços foram grandes, principalmente em São Paulo (onde também mais avançou a transformação dos hospitais públicos em Orga-nizações Sociais). Já na área da Educação, os avanços vêm sendo pequenos, dada a resistência dos professores tanto do ensino fundamental quanto universitário.

13

1º Semestre / 2014

PE

RS

PE

CTI

VA

Caminhando para frenteQuase 20 anos após a criação da lei que formulou o modelo das Organizações Sociais, elas mostraram que são capazes de levar qualidade e excelência ao serviço público. De acordo com especialistas, há espaço para o aperfeiçoamento

A instituição das Organizações Sociais (OS) no país

promoveu um novo modelo de administração, com

base em regras utilizadas cotidianamente pela

iniciativa privada, para governos estaduais, municipais e federal.

Isso signifi cou, na prática, simplifi cação de processos, aumento

de produtividade, melhora na prestação de serviços em diversas

áreas. Outro ponto a favor foi a desburocratização já que o poder

público não dependia mais de licitações e de tomadas de preço

para implantar melhorias ou até suprir demandas do cotidiano.

A tarefa fi cou para as OSs que, em muitos casos, conseguiram

cumprir metas e objetivos estabelecidos em contratos.

Essas entidades do terceiro setor atuam nos mais diversos

segmentos como saúde, educação, cultura, pesquisa, entre

outros. Em quase duas décadas de operação, especialistas

afi rmam que as OSs são modelos bem sucedidos e adequados

às necessidades dos municípios brasileiros. A área de saúde, por

exemplo, concentra grande número de contratos neste modelo

operacional e, na maior parte deles, com números positivos e

avanços, principalmente em qualidade e em excelência.

As Organizações Sociais de Saúde são uma alternativa viável

e de resultados e com terreno para mais melhorias. Segundo

Renilson Rehem, mestre em Administração de Saúde e diretor-

executivo do Hospital da Criança de Brasília José Alencar, o

modelo, ainda, precisa evoluir na gestão. “Não é solução mágica.

A instituição escolhida tem

que saber administrar. Não é

pelo fato de ser privada que

tem uma boa capacidade

gerencial. Por outro lado,

a gestão pública tem que

desenvolver a habilidade de

contratar”, explica.

Para Luiz Arnaldo Pereira Junior, consultor de Gestão em Minas Gerais e um dos coautores da legislação inicial do modelo de Organização Social, não há apenas um padrão único de gerenciamento dos equipamentos públicos pelas OSS. Eles podem se adaptar às necessidades de cada localidade. “As entidades se adaptam à legislação local que, dependendo de como o município elaborou a lei, pode ser bom ou não para a administração do sistema de

saúde”, esclarece.

OSSs:

aperfeiçoar

o modelo

para atingir

excelência plena

14

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

Como funcionar bem

Para os especialistas, os avanços ainda são

muito tímidos, mas com grandes possibilidades

de aprimoramento. “O fato de ser privado não

significa que tenha boa capacidade gerencial.

Estados e munícipios que queiram adotar

o modelo de OSS precisam de uma boa

lei e escolher bem uma entidade parceira”,

diz Rehem. “Em São Paulo, por exemplo, a

estratégia deu certo porque foram contratadas

organizações com boa reputação junto à

população para administrar hospitais públicos”,

completa Pereira Junior.

Para manter a parceria e os bons resultados

na área da saúde pública, não existe

modelo pré-definido, afinal, leis, contratos e

necessidades da população de cada município

são bem específicos e requerem planejamento

e acompanhamento constantes. Por outro

lado, alguns pontos são determinantes

para que governos e Organizações Sociais

de Saúde consigam atingir os objetivos

estabelecidos: leis bem elaboradas, entidades

experientes, contratos com metas definidas e

acompanhamento constante do andamento

dos trabalhos.

Os avanços e o futuro

As Organizações Sociais de Saúde mostram

que é possível a parceria entre o setor público e

privado com bons resultados. Em vários estados

como São Paulo, Rio de Janeiro e Pará existem

diversos exemplos de hospitais, postos de saúde

e laboratórios que tiveram números expressivos

em qualidade de atendimento, excelência

nos serviços e na administração de recursos.

Para Renilson Rehem, o aperfeiçoamento do

modelo administrativo representa a evolução do

conceito. “A discussão para encontrar o modelo

adequado deve ser feita com as duas partes

envolvidas. Não pode ser qualquer entidade.

Tem que haver comprometimento, fiscalização

constante e compromisso conjunto na busca

de resultados.”

O que é uma OSS?

As Organizações Sociais de Saúde (OSS)

são instituições privadas, sem fins lucrati-

vos que atuam por meio de contratos com

estados e municípios e colaboram para a

consolidação do Sistema Único de Saúde

(SUS), de forma complementar. Os ser-

viços são contratados pelo poder público,

de acordo com as leis locais e permitem

a essas entidades administrar diversos

serviços públicos.

As fundações e instituições são creden-

ciadas como OSS por cada município,

seguindo legislatura local. O objetivo de

se contratar uma Organização Social de

Saúde é promover mais qualidade e ex-

celência nos serviços prestados à popula-

ção, com otimização de custos e implan-

tação constante de melhorias.

Para Pereira Junior, as OSS continuarão

avançando porque boa parte delas tem modelos

sólidos de administração e de governança. Para ele, o

próximo passo seria concentrar vários equipamentos

sob uma mesma entidade. “Funcionaria muito bem

no interior, a mesma entidade gerenciando toda

a prestação de serviços locais – UBS, hospitais,

pronto-socorros e laboratórios –, mas tem que ser

controlada, fiscalizada e muito bem selecionada.”

Outro ponto destacado por ele é a atuação das

Organizações em mais de um Estado ou município

se adaptando as regras locais. “Quando você

tem uma OSS maior, central, é possível reduzir os

custos para a administração pública.” Para ele, o

grande avanço será a aplicação dos conceitos no

dia a dia. “A maneira do SUS conseguir prestar

serviços adequados será por meio do terceiro

setor, com as Organizações Sociais e similares.

É o caminho.”

15

1º Semestre / 2014

DE

SE

MP

EN

HO

16

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

EXCELÊNCIA TRIPLICADAHospital Municipal de Araucária é o primeiro do SUS no Sul e o nono do país a ter Acreditação ONA 3

17

Ao entrar no Hospital Municipal de Araucária

(HMA), na região metropolitana de Curitiba

(PR), a limpeza e a organização chamam a

atenção de quem visita o local pela primeira vez. Se

não estivesse em funcionamento desde 2008, era

possível afirmar que o HMA tinha acabado de abrir

suas portas para a população.

A unidade atende pacientes de média e

baixa complexidade e conta com 110 leitos de

internação, sendo 19 para Unidades de Terapia

Intensiva (UTIs) Adulto e Neonatal/Pediátrica. São

duas salas de Cirurgia Geral, três para partos no

Centro Obstétrico, uma unidade de Urgência/

Emergência e um moderno Centro de Imagens.

Um ponto que chama a atenção é a

integração do sistema público de Saúde da

cidade. Os pacientes do hospital são regulados

(encaminhados) pelas unidades de pronto

atendimento adulto e infantil, Siate e SAMU nos

casos de urgência e emergência e, pela Central

de Regulação do município para atendimentos

eletivos como exames, consultas e cirurgias.

A gestão do HMA é feita, desde o início,

pela Pró-Saúde, por meio de licitação pública.

A Secretaria Municipal de Saúde estabelece

diretrizes para fluxo de atendimentos e as

atividades da unidade. O trabalho é acompanhado

pelo Conselho de Administração e fiscalizado

pela Comissão de Fiscalização do Contrato de

Gestão, compostos por integrantes da Secretaria

de Saúde, do Conselho Municipal de Saúde e da

administração do hospital.

O processo de acreditação

A gerente da Qualidade, Vanessa Freire Bremer,

entrou no HMA seis meses após a inauguração.

Ela recorda que o trabalho – desde o começo –

sempre foi feito com base no que constava no

manual da Organização Nacional de Acreditação

(ONA). Segundo ela, o fato de ser um hospital

novo e que já foi construído seguindo normas

regulamentadoras específicas do setor facilitou o

processo de adaptação estrutural e de implantação

de processos.

DE

SE

MP

EN

HO

18

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

Andando pelos corredores do

hospital é possível ver que, além da

organização, limpeza, comunicação

interna, sinalização, entre outros

itens, os colaboradores entendem

todos os processos e os executam

diariamente. Quem explica é a

médica da Qualidade, Nivia Pereira

de Souza. “A participação do corpo

clínico no processo de certificação do

hospital foi fundamental e estratégica.

Primeiramente, não se faz assistência

sem o médico, e, por este motivo, o

profissional precisa estar envolvido

e engajado para contribuir com

os processos de qualidade. Desde o início,

criamos protocolos e rotinas que visavam à

segurança do paciente e os médicos tiveram

papel essencial na criação e execução destas

práticas assistências. Com o comprometimento

de todos foi possível evidenciarmos a assistência

segura e conquistarmos a certificação nível 3.”

Segundo o diretor do HMA, Frederico

Alexandre Coltro, o hospital só conseguiu a

certificação da acreditação nível 3 graças ao

trabalho integrado e o envolvimento de toda

a equipe. “Com dedicação, esforço e muito

empenho, foi possível engajar os profissionais

e fazer com que as informações chegassem

na ponta. O reflexo disso é o diferencial que

o HMA tem hoje. É nítida a diferença entre

nossa instituição e outras do mesmo porte.

E isso é percebido, inclusive, pelos nossos

colaboradores, que hoje não abrem mão de

atuar com processos e protocolos que lhes

deem subsídios para prestar assistência

segura ao paciente. O usuário também

percebe este diferencial de atendimento e

avalia positivamente o nosso atendimento, pela

pesquisa de satisfação do usuário. Mas nosso

trabalho não acaba aqui. Estamos sempre

buscando a melhoria em tudo o que fazemos,

para continuarmos a oferecer sempre o melhor

ao nosso paciente.”

Atendimento de qualidade, serviços

integrados, processos muito bem estruturados

e envolvimento total de seus colaboradores em

todos os setores. A ONA 3 atinge o objetivo do

HMA, estipulado pela Pró-Saúde desde sua

inauguração, que era conquistar excelência e

qualidade não só em serviços, mas em todos

os processos internos. E o maior beneficiado

é a população de Araucária que conta com

serviços eficientes de saúde. “Conseguimos

atingir as metas e agregar muita coisa boa aqui

dentro. O nível 3 é histórico porque mostrou em

números tudo o que foi planejado e executado.

Ganha o HMA, ganha o município e ganha a

população, nosso mais importante cliente”,

finaliza Vanessa.

No detalhe,

equipamento

de tomografia

computadorizada

19

1º Semestre / 2014

Bem estar do colaborador

Quem trabalha na área da saúde fi ca exposto a uma série de riscos. No HMA, a equipe de Segurança no Trabalho cuida para que os colaboradores mantenham a saúde sempre em dia e tenham condições adequadas no ambiente de trabalho. A técnica da área, Alexandra de Andrade, diz que na ONA 3 a meta foi exatamente o bem estar e a saúde de quem trabalha no hospital. “Focamos muito na qualidade de vida e implantamos diversas melhorias como a ginástica laboral, o projeto corrida, além de adaptações nas rotinas dos setores de Higiene e Nutrição”, conta.

Nessas duas áreas foram implantados protocolos para o transporte dos carrinhos (comida e resíduos). Hoje, a circulação é feita pelos elevadores e não mais pelas rampas e em horários pré-determinados. Campanhas de conscientização também contribuíram no envolvimento dos colaboradores no processo. “Hoje, eles nos ajudam, nos cobram. Eles sabem o que têm que fazer como realização de exames periódicos e vacinação. E também sempre nos lembram quando chega a época das campanhas.”

Na Maternidade

O HMA é muito conhecido por sua maternidade. Não há berçário. A criança sai da sala de parto junto com a mãe para o quarto. Os bebês que fi cam na UTI Neonatal também. A fi sioterapeuta Suhelen Cristina Marques de Sousa conta que o comprometimento da equipe foi determinante nos bons resultados nesta área. “Estou no HMA desde a ONA 1 e o principal benefi ciado é o paciente, que neste caso, é o bebê. Uma vez que existem protocolos, indicadores, uma vez que a gente pensa na segurança e no resultado para ter um atendimento excelente, tudo isso é benefício para o paciente”, resume.

Ela destaca dentro do Método Canguru, aplicado na UTI Neonatal, a introdução da hidroterapia. “Já tínhamos planos de implantar o projeto. Com o processo de acreditação tivemos a oportunidade perfeita e foi um grande sucesso, principalmente com as mães que viram, na prática e na hora, os benefícios para o bem estar e para a recuperação de seus fi lhos. Quando conseguimos a ONA 3 foi muito emocionante porque vimos o reconhecimento do trabalho de todo mundo. ”

DE

SE

MP

EN

HO

20

A opinião do paciente

Todos os dias, a equipe do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) do HMA percorre os leitos e pergunta diretamente para pacientes e acompanhantes como está sendo o tratamento no hospital. A responsável pelo SAU, Janaina Medeiros, começou como recepcionista e, hoje, é a personifi cação da voz dos clientes do HMA. “Nosso trabalho sempre é feito em equipe. Além das visitas, distribuímos um folder com uma pesquisa de satisfação, ligamos na casa do paciente para nos informar sobre o atendimento”, detalha.

Ela acrescenta que eles também

desenvolveram pesquisas específi cas por setor, entre internação, ambulatório e exames. “Com isso, conseguimos detectar qualquer problema e sugerir melhorias de forma mais rápida e efi ciente.”

Equipe em sintonia

A área de Controle de Infecção é uma das mais delicadas em qualquer hospital e no HMA não é diferente. A ONA 3 mostrou que todas as implantações de protocolos estavam funcionando efetivamente e com resultados positivos. Para Ana Ligia Koch, enfermeira do Controle de Infecção, o destaque foi o aprimoramento do protocolo de gestão de prescrições médicas, que avalia o tempo adequado de administração de antibióticos. “O amadurecimento de todos esses processos foi engrandecedor porque nos deu um olhar de gestão. O controle de infecção é básico em qualquer hospital, independentemente de qualquer acreditação. O que nos diferencia é justamente usar a gestão para verifi car o que é possível fazer diferente e melhor. O fato de saber usar a informação a nosso favor foi um crescimento para toda a equipe. Digo sempre que eles lidam com o alguém de alguém”, enfatiza.

21

OP

INIÃ

O

O Futuro do Modelo OSS no País

O modelo Organização Social (OS) foi concebido em 1995, pelo ex-ministro Bresser-Pereira, e nasceu, na Esfera

Federal, em 09/10/97, por meio da Medida Provisória nº 1.591, posteriormente convertida na Lei nº 9.637/1998. Apesar de ter nascido com possibilidade de serem qualificadas entidades em diversos setores, inclusive saúde, no Plano Federal, se desenvolveu, principalmente, na área de Ciência, Tecnologia e Inovação.

As Organizações Sociais da Saúde (OSS), de fato, nasceram em 1998, no Estado de São Paulo, em processo capitaneado pelo saudoso secretário de Saúde Dr. Luiz Roberto Barradas.

O Banco Mundial, com pesquisadores da FIOCRUZ e da USP, em 2005, a pedido da Secretaria de Estado de Saúde, avaliou a experiência de São Paulo com as OSS, comparando hospitais gerenciados por OSS com hospitais integrantes da administração direta da Secretaria, de mesmo porte, complexidade e características. O resultado foi que o modelo OSS teve melhores resultados em todos os indicadores, tanto de saúde, quanto econômicos e financeiros.

Para garantir um futuro promissor das OSS, os gestores do SUS e das entidades do Terceiro Setor deverão combater, permanentemente, todas as tentativas de “publicização” do modelo, entre as principais: a) de tratar as OSS como entidades públicas (considerando o recurso transferido para as OS como público e não como privado); e b) de considerar o Contrato de Gestão como um instrumento que não é (como convênio ou contrato administrativo regido pela

Luiz Arnaldo Pereira Junior

Lei n 8.666/1993).A transferência de recursos para as

Organizações Sociais é feita a título de fomento, logo estes são desvinculados da Administração Pública e de suas regras, mas vinculados aos objetos, metas e resultados pactuados no Contrato de Gestão.

O Contrato de Gestão deve ser avaliado pelo que é e pelo que representa, um pacto entre o público e o terceiro setor para implementação e execução de política pública não exclusiva de Estado, ou seja, deve ser avaliado pelos resultados alcançados e não pelo controle de como os recursos foram aplicados, conferindo “nota fiscal a nota fiscal” como se convênio fosse.

O modelo Organização Social prevê instrumentos suficientes de controle interno da entidade e do Contrato de Gestão, inclusive, se necessários, em caso de má versação de recursos, com instrumentos jurídicos para intervenção na entidade e bloqueio de bens e contas bancárias dos seus administradores.

Sobre o futuro das Organizações Sociais da Saúde (OSS), é necessário ter isenção de critérios pré-concebidos, para a adoção de entidades públicas ou privadas para esta ou aquela execução de política pública, especialmente na área da saúde.

Luiz Arnaldo Pereira Junior é Administrador, Pesquisador e Consultor em Gestão, e foi Diretor do Programa de Organizações Sociais do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (1997), e um dos coautores da legislação inicial do Modelo Organização Social.22

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

Um acervo digital inédito no país disponibiliza material

sobre a história e evolução da moderna arquitetura

hospitalar brasileira. A iniciativa de digitalizar parte

desse conteúdo é do IPH – Instituto de Pesquisas Hospitalares

Arquiteto Jarbas Karman, entidade sem fins lucrativos que

completa 60 anos de existência em 2014.

São livros, revistas, projetos arquitetônicos, fotos, vídeos

e outros documentos que traçam uma espécie de linha do

tempo da construção de hospitais, de 1949 até os dias de hoje.

Somente os livros somam aproximadamente 750 exemplares,

além de coleções de importantes revistas especializadas,

nacionais e estrangeiras.

Os projetos arquitetônicos nos quais o arquiteto Jarbas

Karman atuou totalizam seis mil plantas e 300 projetos, incluindo

o do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital e o Hospital do

Câncer (Pio XII), em Barretos (foto), no interior de São Paulo.

O Futuro do Modelo OSS no PaísLuiz Arnaldo Pereira Junior

O acervo está disponível para pesquisa no

novo portal do Instituto (www.iph.org.br), que foi

completamente remodelado para a celebração

dos 60 anos do IPH. Ele também está aberto

a consulta pública gratuita, via solicitação

de visita ao Instituto, que fica no bairro de

Perdizes, na capital paulista. Os agendamentos

podem ser feitos pelo e-mail [email protected]

ou pelo telefone (11) 3868-4830. “Trata-se de

uma iniciativa pioneira e que disponibilizará um

rico material para entendermos a evolução do

conceito de arquitetura hospitalar em diferentes

projetos ao longo das últimas seis décadas,

além de preservar a história arquitetônica dos

hospitais no Brasil”, afirma Ricardo Karman,

presidente do IPH.

Acervo inédito conta história dos hospitais brasileirosInstituto de Pesquisas Hospitalares (IPH), traça ‘linha do tempo’ da arquitetura e da construção de unidades de saúde no país

23

HIS

RIA

Desbravando o interiorLevar serviços de saúde de qualidade para municípios

pequenos no Brasil, ainda é um grande desafio

O Sistema Único de Saúde

(SUS) passa por um grande

processo de modernização

e adequação de seus serviços para

a população em geral. Diante de um

país tão diverso em seu perfil, como

conciliar o que as pessoas precisam

com o que é oferecido pelo poder

público?

O professor do Departamento

de Prática de Saúde Pública, da

Faculdade de Saúde Pública, da

USP, Marco Akerman,diz que não

é possível desvincular o SUS da

lógica econômica. “Existem muitas

variáveis. Os municípios precisam ter

estrutura nesta área com secretarias,

conselhos, recursos e uma rede conectada que

ofereça condições para viabilizar melhorias.”

Muitas cidades brasileiras encontraram nas

Organizações Sociais de Saúde, um modelo de

gestão que atende as expectativas dos municípios

e da população. Mais do que gerir recursos, as

OSS implantaram novos padrões de atendimento

e nos procedimentos médicos, levando mais

qualidade e administrando recursos de forma

eficiente e produtiva.

Os desafios do SUS são grandes, mas

existem diversas alternativas que podem auxiliar

o Sistema a encontrar o modelo (ou modelos) de

administração de saúde. Porém, sem cidades

mais estruturadas e que ofereçam condições

profissionais atrativas, tanto o governo como OSS

têm um longo caminho a percorrer. 24

PA

NO

RA

MA

O maior evento da área de saúde da América Latina traz uma série de novidades e soluções para o atendimento de saúde. A 21ª edição da Hospitalar

2014 – Feira de Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios – acontece no Expo Center Norte, de 20 a 23 de maio.

Este ano, são 1.250 expositores de mais de 34 países que apresentarão seu principais produtos e serviços. A Hospitalar 2014 também conta com uma extensa agenda de congressos e seminários, voltados para gestores públicos e provados, órgãos de governo e estrategistas da área de saúde de vários países. São esperados mais de 14 mil profissionais para estes eventos.

Simultaneamente à Feira, acontece a CompoHealth – 1ª Feira Internacional de Tecnologia, Insumos e Componentes para Fabricação de Produtos Medico-Hospitalares – que reúne empresas nacionais e internacionais. Os participantes encontrarão fornecedores de componentes, matérias-primas, insumos, nanotecnologia, máquinas, entre outros itens.

Outra novidade da Hospitalar 2014 é o Espaço Farmacêutico, integrado à Hospfarma e reúne importantes nomes do setor, além de receber o Fórum Internacional: DOR – 5º Sinal Vital – com dois dias de palestras e debates de conteúdo científico e

prático com os maiores especialistas do setor.

37º Congresso da FBAH

Durante os três dias de evento, acontece o 37º Congresso Brasileiro de Administração Hospitalar e Gestão em Saúde, promovido pela Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH) em parceria com a Hospitalar Feira + Fórum.

O encontro terá seis congressos específicos: Gestão em Saúde (22 e 23/5); Gestão Financeira e Custos (20 e 21/5); Engenharia, Arquitetura e Logística (20 e 21/5); Hotelaria Hospitalar (22 e 23/5); Gestão de Pessoas e Liderança (20 e 21/5); e Qualidade & Segurança (22 e 23/5). Cada um deles contará com palestrantes especializados, que buscam

refletir os atuais problemas dos setores e

prever soluções práticas e como implementá-

las para a melhora contínua da qualidade. Além de incentivar contatos e negócios,

a Hospitalar 2014 conta com agenda de congressos e seminários, atraindo gestores públicos e privados, órgãos de governo e

estrategistas da área de saúde de vários países.

O encontro da saúde mundialHospitalar 2014 apresenta lançamentos, produtos e sinaliza tendências

25

EV

EN

TO

26

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

A cidade de Mogi das Cruzes, no

Estado de São Paulo, ganhou seu

primeiro Hospital Municipal agora

em maio. Com instalações modernas e

sustentáveis, a unidade começa a atender

a população local com agendamento de

consultas e exames laboratoriais.

O novo hospital, que será gerenciado pela

Pró-Saúde, tem 8,5 mil metros quadrados de área

construída, distribuídos em sete pavimentos. Com

capacidade para 91 leitos (69 para internações,

12 de observação no Pronto Atendimento e dez

de UTI) a unidade também terá reaproveitamento

de água e otimização de energia. O investimento

total foi de R$ 35,5 milhões.

A Pró-Saúde – Associação Beneficente

de Assistência Social e Hospitalar – além

da administração, também fez parte do

processo de implantação. “O trabalho

está seguindo o cronograma, sendo

que o primeiro passo foi a aquisição do

mobiliário, equipamentos e insumos”,

explica o coordenador médico hospitalar da

Prefeitura de Mogi das Cruzes, Paulo Villas

Bôas de Carvalho.

Outro equipamento de saúde que terá

a administração da entidade fica na cidade

de Ananindeua, no Pará, que já conta com

uma unidade administrada pela Pró-Saúde,

ambas por licitação.

Novas unidades da Pró-Saúde pelo país Instituição é selecionada, por licitação, para administrar hospitais em Mogi das Cruzes (SP) e em Ananindeua (PA) e assumiu, em janeiro deste ano, o Hospital Municipal de Campo Limpo Paulista

Fachada do

Hospital Municipal

de Mogi das

Cruzes Waldemar

Costa Filho

EX

PA

NS

ÃO

27

1º Semestre / 2014

Bons resultados

Em Campo Limpo Paulista (SP), a Pró-Saúde

assumiu, por concorrência pública, o Hospital

de Clínicas em janeiro deste ano. Somente no

pronto-atendimento, são realizados em média

12.900 atendimentos de urgência por mês. O

porte da unidade fez com que a Pró-Saúde

realizasse estudos para implementação de

melhorias, em conjunto com a Secretaria

Municipal de Saúde. Os setores de Logística,

de Equipamentos e a Administração foram um

dos primeiros contemplados e mais de 750

profissionais passaram por treinamento.

A Pró-Saúde também investiu no atendimento

ao usuário, com agilidade, qualidade e

eficiência. “O objetivo é regulamentar sistemas

e processos e estabelecer procedimentos

para melhoria no hospital e no dia-a-dia de

trabalho”, ressalta Camara. Inaugurado em

abril de 2012, o Hospital de Clínicas de Campo

Limpo Paulista conta com 58 leitos e foi

projetado pensando no crescimento da cidade.

Sua estrutura está preparada para ampliação

de mais dois andares e chegar a 200 leitos.

O Hospital Galileu, que foi inaugurado

em abril, conta com 120 leitos e funciona

como equipamento de apoio, recebendo

pacientes de outras três unidades

hospitalares da região. “É um hospital de

média e de baixa complexidade e nosso

maior diferencial será mostrar agilidade e a

humanização do atendimento. Já estamos

com projeto para solcicitar a certificação

ONA 1”, completa Daniel Camara, gerente

de Desenvolvimento da Pró-Saúde.

O governador do Pará, Simão Jatene,

diz que o governo continuará investindo em

obras e serviços para melhorar a qualidade

de vida dos paraenses. “O público que vai

utilizar os serviços tem o direito de usar, e

o dever de cuidar. As obras pertencem a

quem precisa. Quem paga os impostos é a

sociedade, portanto, a obra pertence a ela.”

“Apenas iniciamos o projeto que tem tudo para

ser referência regional na prestação de serviços à

população”, finaliza.

No Estado de São Paulo, a Pró-Saúde também

faz gestão plena de cinco equipamentos públicos:

Hospital Municipal de Barueri, Hospital Dr. Luiz

Camargo da Fonseca em Cubatão, Pronto-

Socorro Engenho Novo em Barueri, o Serviço

de Saúde de Catanduva e o Samu de Mogi

das Cruzes, além de adminsitrar o Hospital

Universitário de Jundiaí. No Pará, a instituição já é

responsável pela gestão de sete hospitais (quatro

públicos e três particulares, respectivamente):

Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência

em Ananindeua, Hospital Regional do Baixo

Amazonas em Santarém, Hospital Regional

do Sudeste em Marabá, Hospital Regional da

Transamazônica em Altamira, Hospital Yutaka

Takeda em Pauraupebas, Hospital de Porto de

Trombetas em Oriximiná, e Hospital 5 de Outubro

em Canaã dos Carajás. Em todo o país, a Pró-

Saúde administra mais de 2,6 mil leitos e 20 mil

profissionais, dos quais 3,5 mil médicos.

28

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças do coração são a principal

causa de mortes no mundo. Em 2011, cerca de 17 milhões de pessoas sofreram enfarte ou acidente vascular cerebral (AVC). Essas enfermidades são típicas do século XXI, já que nos movimentamos cada vez menos e comemos cada vez mais.

Diante deste quadro, como fazer para manter o coração saudável? Segundo o coordenador de Cardiologia do Hospital Municipal de Barueri, Hector E. Novillo, exercícios físicos, dieta equilibrada, comer moderadamente e não ter vícios são fatores determinantes na boa saúde cardíaca.

Para o médico, a vida moderna retirou alguns benéficos do nosso corpo. “Antes, mantínhamos nosso organismo em atividade entre 20 e 40 minutos por dia, caminhando, subindo escadas. Agora, além do estresse cotidiano, temos uma dieta rica em gordura, maior consumo de álcool e o tabagismo. É a fórmula perfeita para o aparecimento de doenças cardíacas”, ressalta.

Doenças cardíacas lideram as enfermidades que mais matam no planeta. E a maioria poderia ser evitada com hábitos simples

Coração sempre em diaSA

ÚD

E

COLESTEROL EM BAIXA

A gordura, sem dúvida, é

uma das grandes responsáveis

pelas doenças cardíacas. Em

excesso, ela se acumula em

vários órgãos e partes do corpo

(incluindo veias e artérias) e

pode causar infarto, já que o

coração fi ca sobrecarregado

(com sobrepeso e artérias

obstruídas pela gordura) e

tem que trabalhar além do

que é necessário. Por isso, a

necessidade em se manter os

níveis de colesterol controlados.

Com o avanço da idade, o metabolismo deste colesterol fi ca mais lento, causando um aumento mesmo controlando a alimentação.

“O fígado vai perdendo a capacidade de controlar os níveis de colesterol. Comer de forma saudável ajuda, mas em determinados casos precisamos de medicamentos para manter níveis aceitáveis e reduzir as complicações”,

explica o cardiologista.

Evitar vícios

O ideal é não fumar e não consumir bebida alcoólica. O tabagismo e o álcool podem causar danos irreversíveis à saúde.

Coma de tudo, mas pouco

Coma pouco, em intervalos regulares. Prefi ra alimentos cozidos, assados e grelhados e consuma frutas, verduras e legumes.

Pratique exercícios físicos

Caminhadas, corrida ou alguma atividade que mantenha o corpo em movimento por 30 minutos diariamente.

Coração de bem com a vida

Antes de qualquer mudança de hábito

ou de estilo de vida, é importante

procurar orientação profi ssional.

EXERCÍCIO POR TODA A VIDA

Manter o corpo em atividade é fundamental para a saúde do coração. Quem pratica atividade física vive mais e melhor. E no caso de uma pessoa que sofreu enfarte? “Sim, ela pode fazer, desde que o paciente realize a atividade em centros especializados e com acompanhamento.”

Atualmente, a Reabilitação Cardíaca (uma ramifi cação da Cardiologia) promove tratamento multidisciplinar

com cardiologista, nutricionista e educador físico, que avaliam o paciente de forma integrada auxiliando em sua recuperação e manutenção. “Hoje, a Cardiologia Clínica não termina da insu� ciência cardíaca. A especialidade está revitalizada com equipes de reabilitação que podem aumentar a sobrevida, reduzir os sintomas e promover a reinserção do paciente a uma vida normal”,

fi naliza o especialista.

29

1º Semestre / 2014

Dicas para a saúde do coração

Dicas para a saúde do coração

30

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

Pará investe na descentralização da saúde

O desempenho dos hospitais regionais, no

Pará, mostra os esforços do governo

estadual, por meio da Secretaria de Estado

da Saúde, para oferecer atendimento de qualidade

e, ao mesmo tempo, reduzir o deslocamento de

pacientes do interior do Estado para a capital,

Belém. Além dos investimentos na área, introdução

de novas especialidades e construção de três

novas unidades, os oito equipamentos regionais

em operação atualmente são administrados por

Organizações Sociais de Saúde (OSSs).

Este modelo de administração permitiu

mais agilidade nos processos, já que essas

instituições trabalham com contratos de gestão

definidos pela Secretaria de Saúde, com metas

definidas em todas as áreas dos hospitais. A Pró-

Saúde faz a gestão de cinco unidades públicas no

Estado (HRSP, HRBA, HRPT, HMUE e Galileu).

O Hospital Regional do Sudeste do Pará “Dr.

Geraldo Veloso” (HRSP), em Marabá, foi reformado

e ampliado para receber o serviço de hemodinâmica

com 20 máquinas de hemodiálise, acolhimento com

quatro leitos, além de mais 30 leitos de enfermaria e

uma sala de cirurgia. O Hospital Regional do Baixo

Amazonas (HRBA), em Santarém, ganhou 16 novos

leitos de UTI Adulto (passando de seis para 20 leitos);

a UTI Neonatal e a UTI Infantil ganharam mais três

leitos cada uma e a Unidade de Cuidados Intensivos

(UCI) mais seis leitos.

No Hospital Regional Público da Transamazônica,

em Altamira, entraram em operação os serviços

de Cardiologia Pediátrica, Arritmia Cardíaca e

Endocrinologia. Recentemente, a Pró-Saúde assumiu

a gestão do novo Hospital Galileu, em Belém, que

receberá pacientes de outras três unidades na região

(veja reportagem na página 29).

Objetivo é fortalecer cada vez mais os serviços de média e alta complexidades

QU

AL

IDA

DE

31

1º Semestre / 2014

SAÚDE EM PRIMEIRO LUGAR

Segundo o secretário estadual de Saúde

do Pará, Hélio Franco (foto abaixo), os

oito hospitais regionais de alta e média

complexidades – incluindo o Metropolitano

– são estratégicos na política de

descentralização da saúde. “Todos eles são

geridos por OSSs e são muito resolutivos.

Hoje, raramente um paciente oncológico

do Oeste do Estado vem para a capital. Isto

mostra a importância desses hospitais em

suas respectivas regiões”, esclarece.

Para Secretaria de Estado da Saúde, a

experiência da descentralização foi bem-

sucedida. “Para bem gerir um hospital há

de se ter agilidade administrativa, rapidez,

por exemplo, com compras; o que não

acontece na gerência estatal por conta de

sua peculiaridade, suas amarras naturais que

retardam bastante iniciativas que precisam

ser rápidas, ante a importância da razão

de ser de um hospital, que cuida da maior

dimensão da vida que é a saúde”, comenta

o secretário.

Ele informa que o governo continuará

utilizando o sistema de OSSs para

gerenciamento dos próximos hospitais. “O

modelo tem sido efetivo. Ao Estado cabe

dizer o que quer, estabelecendo as metas

quantitativas e qualitativas a serem atingidas

e cobrar para que tal aconteça. O Estado

moderno deve estabelecer o rumo da nau,

os remadores podem ser contratados.”

ENCURTANDO TRAJETOS

As distâncias na Amazônia impressionam. Santarém, a

principal cidade do oeste paraense, fica a 800 quilômetros

da capital, Belém. Imagine um paciente em tratamento

de câncer ter de se deslocar até a capital, enfrentando

viagem de três ou quatro dias de barco ou em pequenos

aviões até chegar a um centro de tratamento.

O Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém,

é o único que atende pacientes oncológicos no interior do

Pará e mudou o perfil do tratamento do câncer na região

atendida pela unidade, já que as pessoas não precisam

se deslocar até a capital. A adolescente M.F.A.B, de 14

anos, passou anos sem um diagnóstico preciso. Sempre

acompanhada pela mãe, Tolentina Barbosa, ela procurou

tratamento em cidades do Norte e Nordeste.

Hoje, ela continua o tratamento de câncer de pulmão

no HRBA. “Ficávamos direto lá (em Belém) ou íamos

para casa de apoio e de conhecidos. Agora, aqui, em

Santarém, é muito bom; tenho minha família todinha

perto de mim”, diz Tolentina, que é dona de casa e mãe

de mais três filhos. No HRBA, sua filha é acompanhada

por uma equipe de especialistas, incluindo hematologista

e oncologista clínico. Ela já foi submetida a procedimentos

cirúrgicos no abdômen e no tórax; além de realizar um

transplante de medula óssea e uma mastectomia.

paciente do HRBA

32

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

O Hospital Regional do Baixo Amazonas

(fotos) é o único que atende pacientes

oncológicos no interior do Pará. “O retorno

de pacientes como F. B. a Santarém é

a confirmação de que a implantação do

Serviço de Oncologia no HRBA foi um dos

projetos mais acertados do governo do

Estado quando projetou a rede de hospitais

regionais de alta e média complexidade”, diz

o diretor do HRBA, Herbert Moreschi.

A enfermeira Rosilda Tavares de Oliveira,

de 60 anos, também passa pela nova

realidade da saúde paraense no interior.

Em junho do ano passado, ao se submeter

à rotina preventiva, foi surpreendida com

um câncer de mama. Após quinze dias do

diagnóstico, Rosilda foi operada e, dois

meses depois, iniciou a quimioterapia. “O

tratamento foi muito rápido. Aqui a gente vê

o avanço no tratamento oncológico e tenho

os mesmos procedimentos que receberia em

qualquer outro centro, com o diferencial de

que, aqui, estou em casa, próximo da minha

família, dos amigos. Sinto-me acolhida pelos

profissionais do HRBA.”

QU

AL

IDA

DE

Bom desempenho no Rio de Janeiro

Uma das

alas do IECPN,

no Rio

33

1º Semestre / 2014

Melhora na gestão, redução na taxa

de mortalidade e no tempo de

permanência em UTIs, implementação

de projetos e ações. Esses são apenas alguns

resultados obtidos pela Pró-Saúde - Associação

Beneficente de Assistência Social e Hospitalar em

sete unidades sob sua gestão integral (IECPN,

HEAT, HEPJBC, HEGV e HEAPN) e parcial

(HECC e HERF). Em todas elas, a Instituição foi

selecionada por licitação pública.

O Instituto Estadual do Cérebro Paulo

Niemeyer (IECPN), projeto pioneiro no Brasil

idealizado pela Secretaria de Saúde do Estado

do Rio de Janeiro funciona desde agosto de

2013, e oferece o que há de mais avançado no

campo da neurocirurgia de alta complexidade.

A Pró-Saúde faz a gestão desde o início e só

nos primeiros 20 dias de operações, o IECPN

realizou 21 intervenções cirúrgicas, incluindo

retirada de tumores e lesões decorrentes do

Mal de Parkinson. Além disso, em menos de

seis meses foram mais de 3 mil atendimentos e

cerca de 4 mil exames.

Voltado para o atendimento de urgências e

emergências de alta complexidade, o Hospital

Estadual Alberto Torres (HEAT) estabeleceu

um conceito inédito nos serviços de saúde

pública brasileiros: o de Centro de Atendimento

especializado em trauma. Os resultados

alcançados por meio da gestão da Pró-Saúde

mostram, na prática, a excelência na qualidade.

Atendimentos, cirurgias e exames, por exemplo,

ficaram acima da média contratada em 54%,

78% e 50%, respectivamente.

Unidades administradas pela Pró-Saúde na capital fluminense mostram índices positivos

O Hospital Estadual Prefeito João Batista

Caffaro (HEPJBC) presta serviços de saúde de

média e baixa complexidade e também funciona

como apoio ao Hospital Estadual Alberto Torres,

na reabilitação. Ao assumir a gestão da unidade,

a Pró-Saúde incluiu mais 28 leitos, possibilitando

a ampliação do atendimento, reativou o Serviço

de Ultrassonografia e intensificou o treinamento

de funcionários, com a criação do Núcleo de

Educação Permanente (NEP).

Já o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes

(HEAPN) faz atendimento de alta complexidade

e está iniciando a implementação da acreditação

Hospital Amigo da Criança. Esses três últimos

hospitais conquistaram o prêmio Qualidade PQRio

2013. A premiação é um reconhecimento das

RE

SU

LTAD

OS

Equipamentos

modernos

auxiliam nos

procedimentos

34

Revi

sta

Not

ícia

s H

ospi

tala

res

Organizações Sociais de Saúde do Estado do Rio

de Janeiro do trabalho direcionado à excelência de

modelo de gestão.

Outra unidade que opera em gestão total é

o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV) que

teve sua capacidade instalada de leitos ampliada,

modernizada e qualifi cada, assegurando aos

usuários assistência em caráter contínuo. Somente

no mês de outubro de 2013, a meta estabelecida

para a UTI adulta, por exemplo, foi ultrapassada em

62%. Pesquisa realizada com os usuários registrou

93,7% de satisfação no serviço de Ortopedia e

Traumatologia e 95% em Neurocirurgia.

Redução da Taxa de Mortalidade Ajustada

em UTI adulta e pediátrica no primeiro semestre

de 2013, fi cando em 0,76%. Esse foi o resultado

conquistado pelo Hospital Estadual Carlos Chagas,

que tem gestão parcial da Pró-Saúde. Além

disso, no segundo semestre de operações

a unidade já tinha alcançado 90% da meta

estabelecida no período em apenas um mês.

O Hospital Estadual Rocha Faria (HERF),

gerido parcialmente pela instituição, está

próximo de conquistar a acreditação

Hospital Amigo da Criança. Entre os projetos

implementados, destacam-se o Amigas do

Leite – voltado para alimentação de bebês

prematuros e que foi uma iniciativa dos

colaboradores da Pró-Saúde –, o Casa de

Boneca que é um espaço para as pacientes

adolescentes, de 12 a 18 anos, em trabalho

de parto; e o Sorriso Especial (atendimento

odontológico para pacientes especiais) que

teve suas metas cumpridas.

A Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH), por meio de seus congressos, cursos e publicações, traz o que há de mais atualizado em serviços, produtos e informações, com o objetivo de aprimorar conhecimento e habilidades dos profissionais da área da Saúde. Todo esse trabalho depende muito de sua participação e apoio. Por isso, venha fazer parte da FBAH ou, se você já for associado, atualizar seus da-dos cadastrais. Vantagens de ser afiliado à FBAH

l Atuação da FBAH desde as faculdades de Administração Hospitalar e na pós-formação, buscando o fortalecimento do aprendizado e aprimoramento profissional, além de ser uma vitrine para os recém-formados ante as empresas do setor.

l Valorização do papel do Administrador Hospitalar.l Descontos e vantagens exclusivas em eventos no Brasil e exterior.l Descontos na compra de livros e publicações.l Participar com trabalhos e concorrer anualmente ao Prêmio FBAH de Administração Hospitalar.l Recebimento de publicações periódicas da FBAH.l Acesso a banco de informações e artigos.l Realização de cursos, palestras, seminários e treinamentos. l Apoio e intermediação de parcerias, possibilitando geração de novos negócios.

Fortaleça

a área da

Saúde

Valorize sua missão

Seja um associado

Av. São Gabriel, 201 - Salas 1009/1010 Itaim Bibi - São Paulo - SP - CEP: 01435-001 Tel.: 11 3704-7301www.fbah.org.br

Cadastro - Federação.indd 1 16/04/2014 08:36:42

A Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH), por meio de seus congressos, cursos e publicações, traz o que há de mais atualizado em serviços, produtos e informações, com o objetivo de aprimorar conhecimento e habilidades dos profissionais da área da Saúde. Todo esse trabalho depende muito de sua participação e apoio. Por isso, venha fazer parte da FBAH ou, se você já for associado, atualizar seus da-dos cadastrais. Vantagens de ser afiliado à FBAH

l Atuação da FBAH desde as faculdades de Administração Hospitalar e na pós-formação, buscando o fortalecimento do aprendizado e aprimoramento profissional, além de ser uma vitrine para os recém-formados ante as empresas do setor.

l Valorização do papel do Administrador Hospitalar.l Descontos e vantagens exclusivas em eventos no Brasil e exterior.l Descontos na compra de livros e publicações.l Participar com trabalhos e concorrer anualmente ao Prêmio FBAH de Administração Hospitalar.l Recebimento de publicações periódicas da FBAH.l Acesso a banco de informações e artigos.l Realização de cursos, palestras, seminários e treinamentos. l Apoio e intermediação de parcerias, possibilitando geração de novos negócios.

Fortaleça

a área da

Saúde

Valorize sua missão

Seja um associado

Valorize sua missão

Av. São Gabriel, 201 - Salas 1009/1010 Itaim Bibi - São Paulo - SP - CEP: 01435-001 Tel.: 11 3704-7301www.fbah.org.br

Cadastro - Federação.indd 1 16/04/2014 08:36:42

MAIS DE 45 ANOS CUIDANDO DA SAÚDE DOS BRASILEIROS

WWW.PROSAUDE.ORG.BR

anuncio_noticias_hospitalares_simples_01.indd 2 1/6/14 12:13 PM