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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.546 BELO HORIZONTE, 18 DE ABRIL DE 2017. www.bhauditores.com.br www.bornsolutions.com.br "Nunca poderemos obter paz no mundo exterior até que consigamos estar em paz com nós próprios." Dalai Lama ELÉTRICO LEVA VANTAGEM EM NOVO CÁLCULO DE IPI ................................................................................................. 2 CONSTRUÇÃO CORTA VAGAS PELO 29º MÊS SEGUIDO .................................................................................................. 3 ANALISTAS VOLTAM A CORTAR PROJEÇÕES PARA IPCA EM 2017 E 2018 ...................................................................... 3 DENÚNCIAS CONTRA EMPRESAS QUE NÃO PAGARAM FGTS CRESCEM 43% .................................................................. 5 SINALIZAÇÃO DE BC SOBRE CONTRATOS DE 'SWAP' FAZ DÓLAR CAIR A R$ 3,10 ........................................................... 5 CEMIG AMPLIA PRAZO PARA NEGOCIAÇÃO DE DÉBITOS COM CONSUMIDORES ........................................................... 7 O QUE A REGULARIDADE BUROCRÁTICA DAS S.A. ENSINA PARA AS LIMITADAS ........................................................... 7 TST NÃO ADMITE RECLAMAÇÃO CONTRA DECISÕES CONTRÁRIAS A SÚMULAS ............................................................ 9 A LEI TRIBUTÁRIA E O NÓ DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA ............................................................................................. 11 ESTADO CONVOCA A POPULAÇÃO PARA A 19ª CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA A INFLUENZA ......... 13 Sumário

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"Nunca poderemos obter paz no mundo exterior até que consigamos estar em

paz com nós próprios."

Dalai Lama

ELÉTRICO LEVA VANTAGEM EM NOVO CÁLCULO DE IPI ................................................................................................. 2

CONSTRUÇÃO CORTA VAGAS PELO 29º MÊS SEGUIDO .................................................................................................. 3

ANALISTAS VOLTAM A CORTAR PROJEÇÕES PARA IPCA EM 2017 E 2018 ...................................................................... 3

DENÚNCIAS CONTRA EMPRESAS QUE NÃO PAGARAM FGTS CRESCEM 43% .................................................................. 5

SINALIZAÇÃO DE BC SOBRE CONTRATOS DE 'SWAP' FAZ DÓLAR CAIR A R$ 3,10 ........................................................... 5

CEMIG AMPLIA PRAZO PARA NEGOCIAÇÃO DE DÉBITOS COM CONSUMIDORES ........................................................... 7

O QUE A REGULARIDADE BUROCRÁTICA DAS S.A. ENSINA PARA AS LIMITADAS ........................................................... 7

TST NÃO ADMITE RECLAMAÇÃO CONTRA DECISÕES CONTRÁRIAS A SÚMULAS ............................................................ 9

A LEI TRIBUTÁRIA E O NÓ DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA ............................................................................................. 11

ESTADO CONVOCA A POPULAÇÃO PARA A 19ª CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA A INFLUENZA ......... 13

Sumário

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ELÉTRICO LEVA VANTAGEM EM NOVO CÁLCULO DE IPI

Fonte: Valor Econômico. A possibilidade de a tributação nos carros no Brasil deixar de se basear

nas cilindradas dos motores abre uma grande oportunidade para a venda, no país, de carros

puramente elétricos.

Os veículos movidos só a eletricidade são hoje os mais penalizados na cobrança do Imposto

sobre Produtos Industrializados (IPI) porque as alíquotas são calculadas conforme as cilindradas

do motor a combustão, um equipamento desnecessário no elétrico, que se move com baterias.

Por não se enquadrar em nenhuma das faixas que leva em conta as cilindradas, o modelo elétrico

recolhe alíquota máxima de IPI, de 25%. Mas, se o novo programa contemplar a eficiência

energética para a cobrança de impostos, o modelo elétrico seria o mais beneficiado porque gasta

e polui menos do que o veículo a combustão.

Num momento em que a sustentabilidade do transporte preocupa todo o planeta, nada mais

natural que a cobrança de impostos se baseie na eficiência energética e não na potência. Ou

seja, no quanto os carros consomem em combustíveis fósseis e quanto emitem em poluentes.

Nesse cenário, no qual governo e montadoras começam a desenhar uma nova política industrial,

ganha também destaque o etanol, estrela brasileira dos combustíveis, que ganhou projeção

internacional, mas que até aqui perde vantagem no país toda vez que os preços da gasolina

caem.

Todos os fabricantes de veículos estão hoje alinhados à tecnologia do etanol, inclusive para

carros híbridos - que levam dois motores, um a combustão e outro elétrico. É consenso na

indústria que o etanol pode projetar o Brasil a uma posição de destaque no mundo num

momento em que as montadoras são vistas como vilãs na batalha ambiental.

Dar à questão da eficiência energética papel de protagonista no programa que substituirá o

Inovar-Auto é, para os fabricantes de veículos, também um caminho para resgatar uma imagem

mais positiva num país onde o setor sempre foi visto como um dos mais protegidos pelo poder

público.

O fim do Inovar-Auto encerra uma longa história de concessões e incentivos fiscais que

governos de distintas ideologias deram de presente à indústria automobilística em troca das

promessas de empregos e investimentos no país.

Não fosse o rombo fiscal que atormenta o atual governo talvez essas empresas tivessem a

chance de voltar a pleitear incentivos. Afinal, sempre foi em épocas de crise que apareceram os

benefícios mais generosos.

Mas, ao mesmo tempo, não cabem mais mecanismos de proteção à produção nacional de carros

no país que há cinco meses teve a política de incentivos fiscais para esse setor condenada pela

Organização Mundial do Comércio (OMC). É preciso pensar em novas estratégias para essa

indústria, que responde por 4% do PIB nacional, não perder seu status.

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Não há para onde o setor correr nesse momento a não ser agarrar-se a uma política industrial

de longo prazo. E fazer disso uma tábua de salvação para uma atividade que expandiu-se além

do que o consumo interno em crise e a falta de competitividade externa permitiram nos últimos

anos. Mudanças nos hábitos de transporte impõem hoje novos desafios em todo o mundo.

Nesse quadro, cabe, agora ao Brasil seu papel.

CONSTRUÇÃO CORTA VAGAS PELO 29º MÊS SEGUIDO

Fonte: Valor Econômico. O setor da construção cortou 14.070 vagas em todo o Brasil em

fevereiro, queda de 0,56% em relação a janeiro. Foi a 29ª queda consecutiva. Com isso, o setor

tem agora estoque 2,48 milhões de trabalhadores ocupados. Ante fevereiro de 2016, houve

queda de 13,95% no nível de emprego.

Em outubro de 2014, primeiro mês de variação negativa, o estoque era de 3,57 milhões de

empregados. Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil

do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

"A intensificação do desemprego na construção resulta da redução contínua do volume de novas

obras, decorrente do prolongamento da recessão econômica", afirmou o presidente do

Sinduscon-SP, José Romeu Ferraz Neto.

A expectativa da entidade é que este quadro somente se reverterá depois de tomadas medidas

para reativação da economia, acompanhadas de queda da inflação e juros. "Por isso é tão

relevante a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência, melhorando o ambiente de

negócios e proporcionando segurança jurídica ao emprego formal", disse Ferraz.

Na comparação com janeiro, os segmentos que mais apresentaram queda foram obras de

instalação (-0,82%), imobiliário (-0,79%) e acabamento (-0,65%). Em 12 meses, as maiores baixas

são nos segmentos imobiliário (-16,96%), obras de acabamento (-13,52%) e infraestrutura (-

13,5%).

Entre as regiões, apenas a Sul registrou alta, 0,44%, com aumento em todos os Estados: Paraná

(0,80%), Santa Catarina (0,48%) e Rio Grande do Sul (0,01%). Houve queda no Norte (-1,95%),

Nordeste (-0,82%), Sudeste (-0,71%) e Centro-Oeste (-0,07%). No Sudeste, as maiores quedas

foram nos Estados do Espírito Santo (-2,14%), Rio (-0,99%) e São Paulo (-0,66%).

ANALISTAS VOLTAM A CORTAR PROJEÇÕES PARA IPCA EM 2017 E 2018

Fonte: Valor Econômico. Os participantes do mercado continuaram a reduzir as expectativas

para a inflação ao consumidor neste e no próximo ano, enquanto os preços no atacado seguiram

em forte queda. O boletim Focus, divulgado pelo BC, mostrou que a mediana das estimativas

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para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu - pela sexta semana

consecutiva - de 4,09% para 4,06% em 2017. Para 2018, recuou de 4,46% para 4,39%. A

mediana para 12 meses teve leve queda, de 4,60% para 4,59%.

Entre os analistas Top 5 de médio prazo, grupo que mais acerta projeções nesse horizonte, a

previsão é que o IPCA feche o ano em 4,03%. Na semana anterior eles estimavam 4,11%. A

estimativa para 2018 permanece em 4,25%. Assim como o mercado em geral, esse segmento

do Focus manteve a expectativa de que a taxa Selic atinja 8,5% ao fim deste ano e fique nesse

nível até o fim de 2018.

Também publicado ontem, o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) teve deflação de 0,76% este

mês, menor taxa desde janeiro de 2009, quando recuou 0,85%. Em março, o indicador da FGV

subiu 0,05%. No primeiro quadrimestre, o índice aumentou 0,30%, e 3,89% nos 12 meses

encerrados em abril.

O dado sucedeu um fechamento também bastante favorável de março, período em que o Índice

Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve redução de 0,38%, resultado mais baixo

para o terceiro mês do ano desde 2009 (-0,84%). O IGP-DI é apurado entre o primeiro e o

último dia de cada mês, ao passo que o IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre

os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

A operação Carne Fraca, da Polícia Federal, pode ter contribuído para melhorar a oferta de itens

na pecuária atacadista, disse Salomão Quadros, superintendente-adjunto de inflação do Instituto

Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. Com peso de 60% nos IGP-10, o Índice de Preços ao

Produtor Amplo (IPA) caiu 1,29% em abril, após recuo de 0,12% em março. O IPA de produtos

agropecuários ampliou sua retração de 0,55% para 3,43%, ao passo que o índice industrial

deixou alta de 0,04% e diminuiu 0,51%.

Os frigoríficos diminuíram a demanda junto aos pecuaristas, o que acabou por elevar oferta e

derrubar os preços das carnes ao produtor como um todo. Para Quadros, é possível que os

demais IGPs deste mês tenham resultado muito próximo ao do IGP-10, porque os preços

agrícolas e de itens de pecuária devem continuar a mostrar quedas expressivas, contribuindo

para reduzir preços no atacado.

Entre os produtos que mais contribuíram para o recuo ao produtor estão preços de peso na

formação da inflação do atacado, como soja (-8,23%); milho (-12,33%); e mandioca (-10,30%).

O superintendente lembrou as recentes notícias sobre safra recorde de grãos, principalmente

soja, que derrubou as cotações.

Na pecuária, tiveram redução de preços itens como aves (0,22% para -3,07%); suínos (5,55%

para -7,60%); e bovinos (-1,79% para -1,75%), o que, de acordo com Quadros, não se deve

somente à Operação Carne Fraca. No setor agrícola, há um "espalhamento" de quedas e de

desacelerações de preços, disse, o que pode conduzir a uma futura desaceleração nos preços

do varejo, avaliou o economista.

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Responsável por 30% do IGP-10, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou a 0,42% em

abril, ante 0,32% em março. Quatro das oito classes de despesa do índice registraram alta. É o

caso de alimentação (0,11% para 0,92%), saúde e cuidados pessoais (0,50% para 0,84%),

educação, leitura e recreação (0,01% para 0,22%) e despesas diversas (0,56% para 0,64%).

"Podemos dizer, no entanto, que o que contribuiu para a aceleração de preços no varejo foram

os alimentos mais caros", diz Quadros.

DENÚNCIAS CONTRA EMPRESAS QUE NÃO PAGARAM FGTS CRESCEM 43%

Fonte: Valor Econômico. BRASÍLIA - Com o início do saque das contas inativas do FGTS, muitos

trabalhadores estão sendo pegos de surpresa. De acordo com o Ministério do Trabalho, de

dezembro de 2016 a março de 2017, foram registradas em todo o país 6.934 denúncias contra

empresas com irregularidades no FGTS, como por exemplo o não recolhimento da contribuição

devida pelo empregador ao fundo. O volume é 43% maior do que o registrado no mesmo

período de comparação - dezembro de 2015 a março de 2016.

O trabalhador que notar alguma irregularidade pode procurar o sindicato representante de sua

categoria profissional, ou uma superintendência, agência, ou gerência do Ministério do Trabalho

em sua cidade. Os documentos necessários para fazer reclamação são carteira de trabalho,

extrato da conta vinculada e número do PIS.

Caso tenha passado mais de dois anos de seu desligamento da empresa, o trabalhador pode

oferecer denúncia diretamente ao Ministério Público do Trabalho, ou ingressar com reclamação

na Justiça do Trabalho. Mesmo que a empresa não exista mais, o trabalhador pode entrar com

uma ação na Justiça do Trabalho e requerer o pagamento do FGTS devido. A denúncia pode

ser anônima.

“As fraudes provocam a perda de recursos destinados a trabalhadores demitidos, que dependem

do seguro-desemprego, até voltarem ao mercado de trabalho. Estamos intensificando a

fiscalização, inclusive com a implantação do sistema antifraude no Ministério do Trabalho, para

defender os direitos dos trabalhadores”, declarou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, até 2016, 198.790 empresas em

todo o país não depositaram corretamente o valor do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

(FGTS) de 7 milhões de trabalhadores. Os números são referentes a contas ativas e inativas.

SINALIZAÇÃO DE BC SOBRE CONTRATOS DE 'SWAP' FAZ DÓLAR CAIR A R$ 3,10

Fonte: Valor Econômico. A indicação do Banco Central de que manterá a liquidez do mercado

de câmbio impôs ao dólar a maior queda diária em um mês. A moeda americana caiu 1,36%,

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para R$ 3,1034, menor patamar em duas semanas. A queda fez o dólar zerar os ganhos

conquistados nesse período, ditados pelo aumento dos ruídos políticos no Brasil. O BC faz hoje

novo leilão de rolagem de 16 mil contratos de swap cambial - derivativo cuja colocação funciona

como venda de dólares no mercado futuro.

Havia uma expectativa de que o BC mantivesse no mercado uma parcela maior de swaps do

que nos últimos meses. Mas poucos acreditavam na rolagem integral dos contratos. O

movimento marca uma mudança de postura do BC, que ao longo de fevereiro e março

promoveu rolagem parcial dos contratos vincendos em março e abril, respectivamente.

Para analistas, mais do que o patamar da taxa de câmbio, a decisão do Banco Central está ligada

a uma estratégia de maior precaução, após a recente rodada de incertezas políticas locais em

meio ao recrudescimento de temores geopolíticos.

O efeito de alta do dólar vindo dessas incertezas poderia se sobrepor ao viés de baixa imposto

por esperados fluxos de capital. A importância de um câmbio menos pressionado cresce à

medida que o BC busca resguardar espaço para seguir cortando os juros. Uma alta indesejada

do dólar poderia afetar as expectativas de inflação, atrapalhando o plano de voo do BC na

política monetária.

O BC informou a quinta que o lote de 16 mil contratos de swap ofertado ontem seria "inicial".

Na prática, o BC deixa em aberto a possibilidade de alterar esse montante nos próximos dias.

Mas uma mudança de ritmo é "pouco provável", segundo o diretor de câmbio da Intercam, Jaime

Ferreira, para quem mesmo uma melhora de cenário dificilmente levaria o BC a fazer uma

rolagem parcial. "Não é o padrão desse BC", diz Ferreira.

A expectativa de manutenção de liquidez mexeu inclusive com o mercado de cupom cambial -

taxa de juros em dólar negociada no mercado brasileiro. O cupom serve de termômetro para

expectativas de liquidez. A taxa do cupom com vencimento em junho de 2017 - contrato mais

negociado ontem - caiu para 1,80% ao ano, de 2,20% do fechamento de quinta-feira.

O firme ajuste de baixa ocorreu pelo desmonte de posições compradas construídas a partir da

expectativa de que o BC voltasse a fazer rolagem parcial dos swaps. A compra de cupom curto

ocorrida nos últimos dias foi uma forma de o investidor capturar a esperada elevação do dólar,

resultado de uma rolagem parcial dos contratos de swap. "Como o BC indicou que a rolagem

será total, quem comprou precisou vender tudo, o que derrubou as taxas", disse.

Ferreira chama atenção, porém, para algum exagero, especialmente porque a taxa do chamado

casado - espécie de cupom cambial de curtíssimo prazo - subiu na segunda. "O casado chegou

a subir 40 pontos-base, enquanto o cupom [curto] caiu 40 pontos. É um descasamento que não

costuma se sustentar", diz o profissional.

O alívio no mercado de câmbio se estendeu aos juros, que caíram na véspera da divulgação da

ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ocorrida na semana passada.

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Na ocasião, o BC cortou a Selic em 1 ponto percentual, para 11,25% ao ano. A ata será divulgada

pouco antes de o presidente do BC, Ilan Goldfajn, falar em evento na capital paulista.

O BNP Paribas se diz "confiante" de que o Copom vai manter em maio o ritmo de 1 ponto de

corte da Selic. "Expectativas de inflação bem ancoradas, inflação contida e mercado de crédito

ainda restrito devem pesar nas próximas decisões do BC", afirma a equipe de pesquisa, chefiada

por Marcelo Carvalho.

O juro com vencimento em janeiro de 2019 caiu a 9,44% ao ano, ante 9,46% na quinta-feira.

CEMIG AMPLIA PRAZO PARA NEGOCIAÇÃO DE DÉBITOS COM CONSUMIDORES

Fonte: Valor Econômico. SÃO PAULO - A estatal elétrica mineira Cemig informou nesta

segunda-feira que sua campanha de negociação de débitos, que tem como público-alvo os

consumidores de baixa tensão e seria encerrada na última quinta-feira, foi prorrogada por mais

30 dias.

As novas cartas de cobrança, com prazo estendido, serão encaminhadas nesta semana. Durante

a campanha, a empresa já conseguiu recuperar cerca de R$ 150 milhões, sendo que R$ 90

milhões foram pagos à vista.

O QUE A REGULARIDADE BUROCRÁTICA DAS S.A. ENSINA PARA AS LIMITADAS

Fonte: Valor Econômico. A definição do exercício social das empresas, ou seja, o início e o fim

do seu exercício financeiro, é opção dos sócios quando da elaboração do estatuto social ou do

contrato social, havendo apenas a obrigação de que esse exercício tenha doze meses. A maioria

das empresas brasileiras escolhem por fazer coincidir o exercício social com o ano civil, isto é,

de 1° de janeiro a 31 de dezembro. Por isso, podemos identificar, nas sociedades por ações

(S.A.), as temporadas, primeiro, da publicação das demonstrações financeiras: de janeiro a março,

e, depois, das assembleias gerais: especialmente em abril.

Quando tratamos das sociedades limitadas, a obrigação a respeito da publicação das

demonstrações financeiras se restringe àquelas consideradas de grande porte – faturamento

superior a R$ 300 milhões no ano anterior ou ativos totais superiores a R$ 240 milhões. Porém,

a realização de reunião ou assembleia de sócios traz para as sociedades limitadas os mesmos

efeitos verificados nas sociedades por ações.

Inicialmente, convém esclarecer que a legislação societária exige a assembleia de sócios para as

sociedades limitadas que tenham mais de dez sócios. Baixo dessa quantidade, bastaria a reunião

dos sócios. Em um caso ou no outro, o encontro presencial dos sócios pode ser substituído pela

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decisão por escrito, portanto, expressa, de todos eles sobre a matéria que seria objeto de

deliberação.

De maneira reunida (em reunião ou assembleia) ou de maneira isolada, o que se exige é a

deliberação expressa de cada sócio sobre as matérias de interesse da empresa, destacadamente,

a aprovação da prestação de contas da diretoria e a destinação do resultado do exercício.

Trata-se, sem dúvida, de um item da burocracia societária; mas, os seus efeitos são aproveitados

pelos sócios, pelos diretores e pela própria empresa.

No contexto dos International Financial Reporting Standards (IFRS) como marco regulatório do

direito contábil brasileiro, a aprovação da prestação de contas produz significativos efeitos

jurídicos. Como se sabe, os IFRS fundamentam-se no julgamento da administração sobre o

reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos elementos das demonstrações financeiras

(ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas).

Quando todos os sócios aprovam a prestação de contas elaboradas pelos administradores –

sejam eles profissionalizados ou membros do quadro societário –, os critérios adotados para a

formação do patrimônio da empresa revestem-se de segurança jurídica. Essa garantia jurídica

será fundamental em diversas situações, tais como: distribuição dos dividendos, apuração de

haveres e determinação do capital a ser reduzido em caso de saída ou exclusão de sócio.

No que se refere à destinação dos resultados, há, da mesma forma, diversas implicações

jurídicas, inclusive tributárias. Vejam-se, por exemplo, os casos dos incentivos fiscais e dos lucros

acumulados.

No primeiro assunto, a legislação tributária assegura a não tributação do imposto sobre a renda

somente no caso de os respectivos valores serem destinados à reserva de incentivos fiscais, não

podendo ser distribuídos aos sócios. Ocorre que tal destinação requer o cumprimento das

formalidades da burocracia societária.

Quanto ao segundo assunto, o direito contábil autoriza que as sociedades limitadas mantenham

a conta de lucros acumulados. Acontece que, sendo essa a decisão dos sócios, o respectivo

valor, que muitas vezes é relevante, não comporá a base para o cálculo dos juros sobre o capital

próprio (JCP), um importante instrumento de gestão tributária.

Enfim, o cumprimento da burocracia societária não é exigência tão somente das empresas

grandes. E, por outro lado, os seus efeitos jurídicos tampouco são de exclusividade das

sociedades por ações. As sociedades limitadas têm muito a ganhar com a busca do compliance

também nessa matéria.

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TST NÃO ADMITE RECLAMAÇÃO CONTRA DECISÕES CONTRÁRIAS A SÚMULAS

Fonte: Valor Econômico. O Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho (TST) não tem

admitido reclamações contra decisões que não seguiram súmula ou orientação jurisprudencial.

Com a entrada em vigor do novo Código de Processo Civil (CPC), advogados trabalhistas tentam

argumentar que a jurisprudência deveria ser adotada pelas demais instâncias e decisões

contrárias reformadas diretamente no TST, sem que tenham que seguir todo o percurso previsto

para os recursos.

Os pedidos têm sido fundamentados no inciso V do artigo 927 do CPC. O dispositivo estabelece

que "os juízes e os tribunais observarão a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais

estiverem vinculados". E também no inciso I e II do artigo 988, que dispõe que caberá

reclamação da parte interessada para preservar a competência do tribunal e garantir a

autoridade das decisões.

De acordo com o advogado Daniel Chiode, do Mattos Engelberg Advogados, que entrou com

algumas reclamações, os próprios ministros admitiram que esses dispositivos do CPC devem ser

utilizados na Justiça do Trabalho nas Instruções Normativas nº s 39 e 40, de 2016, do Tribunal

Superior do Trabalho.

Chiode ainda alega que o ministro Alexandre Agra Belmonte afirma em vídeo-aulas no YouTube,

disponibilizadas pelo TST e pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de

Magistrados do Trabalho (Enamat), que o descumprimento de súmula, orientação

jurisprudencial, precedente ou decisão plenária de pacificação do tema pelo TST geraria

reclamação.

"Além disso, com o novo CPC, o Supremo Tribunal Federal passou a admitir essas reclamações

em caso de descumprimento de jurisprudência, o que não está sendo reconhecido nas decisões

do TST", diz Chiode.

As reclamações têm sido rejeitadas por unanimidade. Para os ministros, o recurso seria cabível

apenas para decisões em incidente de resolução de demandas repetitivas e em incidente de

assunção de competência (que envolve relevante questão de direito, com grande repercussão

social, sem repetição em múltiplos processos). Ou ainda quando há desrespeito à decisão em

outro processo do qual o reclamante figurou como parte.

Em um dos casos analisados, o relator, ministro João Oreste Dalazen, deixa claro na decisão que

súmulas e orientações jurisprudenciais do Tribunal Superior do Trabalho não ostentam eficácia

coercitiva, sendo tão-somente persuasivas". O processo tratava de uma ação de reintegração

de emprego.

O advogado Daniel Chiode, que assessora a companhia, argumentou que o tribunal de origem

não aplicou ao caso a Orientação Jurisprudencial nº 137, editada pela Subseção II Especializada

em Dissídios Individuais (SBDI-II) do TST.

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A orientação diz que "constitui direito líquido e certo do empregador a suspensão do

empregado, ainda que detentor de estabilidade sindical, até a decisão final do inquérito em que

se apure a falta grave a ele imputada, na forma do artigo 494, 'caput' e parágrafo único, da CLT".

O Órgão Especial também negou a admissão de reclamação em um outro caso semelhante, que

tratava de reintegração de outro funcionário e a não aplicação pelo Tribunal Regional do

Trabalho da 16ª Região (Maranhão) da Orientação Jurisprudencial nº 137 da (SBDI II) do TST.

Segundo a relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, "efetivamente, a alegada não observância

da Orientação Jurisprudencial 137 da SBDI-2 do TST não traduz invasão na competência ou

desrespeito a decisão deste tribunal superior, nos termos da lei adjetiva (artigo 988 do CPC de

2015)”.

Na decisão, acrescenta que no STF prevalece o entendimento de que "a reclamação não é

admitida como sucedâneo recursal". Assim, de acordo com a ministra "cabe ao interessado

impugnar, por intermédio da via recursal própria, os atos que entende incompatíveis com a

ordem jurídica".

A Subeção II da Seção Especializada em Dissídios Individuais também rejeitou a tese em um

caso envolvendo essa mesma orientação jurisprudencial pelos mesmos motivos.

De acordo com a decisão do relator, ministro Barros Levenhagen "as orientações

jurisprudenciais das Subseções I e II de Dissídios Individuais tanto quanto as súmulas desta Corte

apenas evidenciam o entendimento reiterado deste tribunal superior, formado por meio do

exame de situações pretéritas e semelhantes, não se enquadrando, portanto, no conceito de

decisão, prevista no inciso II do artigo 988 do CPC, a ensejar sua observância obrigatória,

sobretudo por não serem dotadas de efeito vinculante".

Para a advogada e professora da FGV-Rio e PUC-Rio Juliana Bracks, do Bracks Advogados

Associados, o novo CPC pode dar margem para a interpretação de que caberiam essas

reclamações diretamente ao TST, já que essas súmulas e orientações jurisprudenciais

representam entendimento consolidado da Corte. "Porém, como efeito prático, isso poderia

sobrecarregar ainda mais a instância superior."

Para a advogada, com a não admissão de uma reclamação pelo TST, porém, o prejuízo seria

apenas a demora para julgar a ação, que deverá percorrer todas as instâncias, caso não se

aplique o entendimento consolidado pelo tribunal superior. " Acho um desrespeito à autoridade

do TST, os juízes de instâncias inferiores ignorarem uma súmula. Seria mais efetivo coibir que

magistrados julgassem de forma contrária", diz.

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A LEI TRIBUTÁRIA E O NÓ DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Fonte: Por Gileno Barreto e Antonio Rocca para Valor Econômico. De há muito nos

perguntamos, governo, contribuintes e pesquisadores, o porquê da inovação tecnológica não

deslanchar no Brasil.

Há uma série de razões técnicas e econômicas que influenciam fortemente o atual estado da

inovação em nosso país, mas por ora nos concentraremos em algumas falhas na legislação que,

se suprimidas, poderiam contribuir para uma melhoria no ambiente de negócios de uma forma

geral.

Importante mencionar, inicialmente, que sob a ótica do incentivo fiscal a legislação brasileira é

relativamente eficiente, comparativamente à de outros países. Dados do relatório R&D and Tax

Incentives da OCDE, de 2013, demonstram que a Lei do Bem põe o Brasil na 9ª posição quanto

ao volume de subsídios. Contudo, em um cenário de prejuízos - o que normalmente ocorre em

períodos de crise - a legislação brasileira nos leva à 20ª posição, por não prever a possibilidade

de diferimento do incentivo para outros exercícios. Ou seja, em ambiente adverso de perdas,

quando justamente mais se precisa inovar, não há qualquer incentivo à recuperação do

necessário investimento por parte de quem decide empreender com inovação!

Ainda assim, deixando de lado essa falha na legislação, resta a pergunta do porquê do setor

privado brasileiro apenas ter investido 0,03% do PIB em inovação nesse mesmo ano (último

disponível), e ainda apresentar índices baixíssimos de investimento até os dias atuais.

Há várias respostas. Sob a ótica tributária, a Lei do Bem permite às empresas adotarem dois

grandes tipos de benefício. Aqueles do Art. 17 e 19, e o benefício do art. 19-A, esse último

denominado de "superdedução".

As empresas que desejam inovar submetem seus projetos ao MCTIC, ao tempo em que

usufruem do benefício fiscal. O órgão estatal ao final do período os avalia quanto aos requisitos

metodológicos e de aderência às normas técnicas aplicáveis. Caso a autoridade responsável

discorde do conteúdo do seu projeto, o contribuinte estará imediatamente sujeito a

questionamentos por parte da Receita Federal.

Surgiram vedações juridicamente discutíveis, principalmente aquelas relativas à contratação de

entes privados para qualquer atividade relacionada à inovação, exceto quanto à Universidades,

Inventores Independentes ou Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), e nesse último caso

apenas permitida a contratação aos casos em que os riscos e a gestão dos projetos fossem

exclusivamente do contribuinte, ou seja, que todo o projeto fosse executado dentro da empresa.

Aqueles que decidissem por tomar a "superdedução" do art. 19-A da Lei do Bem, apenas

poderiam fazê-lo pela contratação de ICT's públicos, em projetos submetidos à regulação ex

ante, após submissão prévia do projeto à comitê tripartite formada por três entes

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governamentais, MCTIC, MDIC e MEC - talvez um exemplo clássico do excesso de presença

estatal.

O resultado é que apenas se tem notícia de um único projeto executado segundo esse modelo

no Brasil, na Ilha do Fundão, e ainda assim em pequena escala. Modelo este que poderia resultar

em um real incentivo para que empresas globais trouxessem seus centros de pesquisas para o

nosso país.

O legislador, entretanto, sensível a essa situação, tentou resolver o impasse por meio do novo

Marco da Inovação, lei nº 12.243/16, ao permitir a contratação de ICT's privados para a

execução dessa pesquisa, porém, o fez pela metade. Esqueceu-se, ou não foi politicamente

possível endereçar a questão da submissão prévia dos projetos a um comitê; e quanto à

regulação do próprio ICT, não solucionou questões tais como a possibilidade de pagamento de

incentivos sobre os resultados em um ente privado - ainda que sem finalidade lucrativa.

Entendemos que em todos os casos a remoção de pelo menos parte desses nós seria possível

por regulação infralegal, ou como dizem os economistas, por meio de medidas microeconômicas.

Um decreto presidencial poderia determinar que seriam passíveis de submissão ex ante apenas

os projetos a serem executados por meio de ICT's públicos, porque apenas nesses casos

estaríamos diante da hipótese de utilização de recursos públicos para benefício de ente privado.

Ainda assim, seria possível a fixação de margens para o caso de utilização do benefício por meio

de ICT´s privados, que por sua vez resultariam na formação de preços mínimos para a

transferência de propriedade intelectual. Paralelamente, incentivariam a destinação de parte

desses recursos para pesquisas por meio de ICT's públicos, tal como ocorrem em outros setores

regulados.

Concluindo, o que se pretende aqui não é iniciar um novo ciclo de regulação à inovação, pois

tempo é justamente o que o Brasil não tem nesse momento de crise econômica e de

desindustrialização acelerada. Pretende-se justamente desregular, deixando os agentes de

mercado livres para investirem e para compartilhar a inovação, para livremente se associarem a

ICT's privados, criados para fins específicos, ou ICT's privados sem fins lucrativos patrocinados

pelo setor privado com o interesse de inovar em soluções para produtos e processos.

O Brasil não pode mais se dar ao proveito de desperdiçar o tempo. A Indústria 4.0 bate a nossa

porta, a "Internet das Coisas" está avançando nos países desenvolvidos. Temos um bom modelo

legal de incentivos à inovação que precisa de poucos mas significativos ajustes, que

proporcionem ao setor privado a segurança jurídica necessária para que seus projetos saiam dos

mais recônditos escaninhos e virem realidade.

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ESTADO CONVOCA A POPULAÇÃO PARA A 19ª CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA A INFLUENZA

Fonte: Agência Minas Gerais. Nesta segunda-feira (17/4) começa em todo o país a 19ª

Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. A campanha segue até o dia 26/5 e o dia “D”

de mobilização nacional está programado para 13/5, um sábado. O objetivo é reduzir as

complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções causadas pelo vírus da

Influenza.

Para mobilizar a população, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de

Saúde de Minas Gerais (SES-MG), já começou a veicular sua campanha na TV, internet e rádios

da capital e do interior do estado.

Na internet, o site www.saude.mg.gov.br/gripe foi criado especialmente para o cidadão

consultar informações sobre a vacinação, a doença e as principais formas de prevenção. A

campanha também será feita nas redes sociais da SES-MG

A meta é vacinar 90% do público prioritário, cerca de 5.560.505 pessoas em Minas Gerais. O

grupo é composto por indivíduos com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de 6

meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45

dias após o parto), trabalhadores da saúde, povos indígenas aldeados, população privada de

liberdade e grupos especiais (portadores de doenças crônicas não transmissíveis).

Também estão incluídos, os professores das escolas públicas e privadas (esse público

representará aproximadamente 253 mil pessoas em Minas Gerais).

De acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, Janaína Fonseca Almeida, a

vacinação traz grandes benefícios para a população, principalmente para o público que possui

um risco maior de desenvolver complicações da doença.

“Como os vírus que causam a gripe se modificam a cada ano, é importante que as pessoas

compareçam às unidades de saúde para serem imunizadas anualmente. Para as pessoas

portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais,

independentemente da idade (conforme indicação do Ministério da Saúde em conjunto com

sociedades científicas), mantém-se a necessidade de prescrição médica, especificando o motivo

da indicação da vacina”, reforça Janaína.

Ainda segundo a diretora, a gripe pode ser causada pelos vírus Influenza A, B e C. “Os vírus A e

B apresentam maior importância clínica. Estima-se que, em média, as cepas A causem 75% das

infecções, mas em algumas temporadas ocorre predomínio das cepas B. Os tipos A e B sofrem

frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias sazonais, também por doenças

respiratórias com duração de quatro a seis semanas e que, frequentemente, são associadas com

o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia. Já o tipo C causa problemas

respiratórios leves e infecta humanos, cachorros e porcos”, explica.

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Cobertura vacinal

Em 2016 foi registrado um total de 3,9 milhões de doses aplicadas, representando 95,3% do

público alvo da campanha. Em relação aos outros grupos, foram registrados mais de 1 milhão

de doses em pessoas com morbidades. Deste total, 50,3% foi em portadores de doenças

respiratórias crônicas, 17,3% em portadores de diabetes e 14,8% em pessoas com doenças

cardíacas crônicas.

Quanto ao grupo privados de liberdade, estimado em 51.173 pessoas, incluindo os funcionários

do sistema prisional, foram aplicadas 71.120 doses da vacina influenza.

Gripe em Minas Gerais

De janeiro de 2017 até o momento (17/4) foram registrados 32 casos de Síndrome Respiratória

Aguda Grave por Influenza, sendo que 5 foram pelo tipo B, 1 pelo tipo A/H1, 23 pelo tipo

A/H3N2 e 3 pelo tipo A não subtipado ou sem informação. Destes, quatro evoluíram para óbito.

A faixa etária mais acometida é de pessoas acima de 50 anos, totalizando 57% dos casos

confirmados.

Em 2016 foram registrados 1.059 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por Influenza,

sendo que 623 pelo tipo A/H1N1. 291 óbitos foram confirmados por causa da doença.

Doença

A gripe é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. A transmissão ocorre por

meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas

mãos, que após contato com superfícies recém‐contaminadas por secreções respiratórias pode

levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz. A transmissão é muito elevada em

ambiente domiciliar, creches, escolas e em ambientes fechados ou semi fechados.

Além da vacinação, a diretora reforça alguns cuidados para evitar a doença. “A vacinação é uma

das medidas mais efetivas para a prevenção da forma grave da Influenza e de suas complicações

e deve ser associada com outros cuidados, também fundamentais, para proteger contra a gripe”,

diz Janaína.

Entre outros procedimentos de prevenção, a especialista destaca:

- beber bastante água;

- manter as vias respiratórias bem hidratadas;

- evitar locais com muitas pessoas e com pouca circulação de ar;

- manter as janelas de ônibus sempre abertas;

- sempre jogar os lenços de papeis no lixo;

- nunca usar as mãos para espirrar ou tossir;

- ao tossir ou espirrar usar a etiqueta da tosse;

- evitar compartilhar alimentos, copos, talheres, toalhas e outros objetos de uso pessoal.

“Diante de qualquer sintoma de gripe, procure uma Unidade de Saúde mais próxima”, orienta

diretora.

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A síndrome gripal, que se caracteriza pelo aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores

musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga é a manifestação mais comum.

Nos casos mais graves, geralmente, existe dificuldade respiratória e há necessidade de

hospitalização. Nesta situação, denominada Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), é

obrigatória a notificação às autoridades de saúde.

Outras informações estão disponíveis em: www.saude.mg.gov.br/gripe

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