noticiário 29 05 2016

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Mapa de Desenvolvimento da Firjan traça novos caminhos para Macaé Governo já recolheu R$ 7,7 bilhões no atual mandato Membros da Comissão Municipal da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro participam de evento que marcará projeção das atividades e projetos que poderão reaquecer a economia regional PÁG. 7 Pauta será judicializada com base em parecer da 15ª Subseção da OAB e de Técnica legislativa da Câmara, além de argumentos apontados pela Procuradoria Geral do Município através de parecer sobre projeto www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016 Ano XLI, Nº 9031 Fundador/Diretor: Oscar Pires KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES Mesmo projeto tendo sido aprovado pela bancada governista, oposição tentará barrar empréstimo facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon Ainda em meio às discussões sobre a legalida- de e necessidade do "empréstimo dos royalties", a arrecadação total consolidada pelo atual governo subiu para R$ 7,7 bilhões nesta semana. O número é referente ao desempenho fiscal do município, registrado de janeiro de 2013 a maio deste ano, produzindo assim o maior resultado já obtido por Macaé em sua história. Apenas com as receitas do petróleo, em royal- ties e Participação Especial, a atual gestão de Ma- caé já recolheu quase R$ 1,6 bilhão durante o atual mandato, valor que supera o volume de recursos consolidados durante os quatro anos completos da administração municipal passada. E, pelo desempenho fiscal do município regis- trado até agora, o atual governo se aproxima de alcançar a marca história dos R$ 8 bilhões. PÁG. 3 A pesar da agilidade garantida pelo gover- no, tanto na aprovação do projeto por força de banca- da, quanto na publicação da lei que autoriza o empréstimo dos royalties, o grupo forma- do pelos sete vereadores que votaram contra o endivida- mento futuro do município estão dispostos a garantir, na justiça, a comprovação dos argumentos apresentados em plenário: a ilegalidade da ma- téria com base na Lei Orgâ- nica do Município, na Lei de Responsabilidade Fiscal e na própria resolução do Senado que instrumenta a operação de crédito. E mais que um discur- so político, o posicionamento do grupo parlamentar de re- sistência ao empréstimo passa a contar com fortes argumen- tos oficializados também por outros setores da política e da BR 101 DEVE RECEBER 100 MIL VEÍCULOS DEFESO DO CAMARÃO VAI ATÉ DIA 31 NO ESTADO UFRJ MACAÉ DE PORTAS ABERTAS À POPULAÇÃO Arrecadação total consolidada pela atual gestão subiu durante esta semana R$ 1,50 sociedade. Apresentado por Maxwell Vaz (SD) durante a defesa do relatório que indi- cou a rejeição do projeto que deu origem à lei autorizativa do empréstimo dos royal- ties, o parecer emitido pela 15ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), solicitado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, atesta o que os ve- readores do grupo de resistên- cia apontaram desde o início das discussões sobre o projeto do governo. PÁG. 3 COMISSÃO VAI À JUSTIÇA POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 EDUCAÇÃO, PÁG.10 POLÍTICA POLÍTICA Prefeitura recebe vacinas contra gripe ÍNDICE TEMPO BAIRRO EM DEBATE GERAL A vacina é destinada a crianças que não haviam sido imunizadas PÁG. 10 MARIANNA FONTES KANÁ MANHÃESW População pede pavimentação em ruas da Nova Brasília As doses estão disponíveis nos 19 postos do município Moradores voltam a cobrar melhorias Barra ainda não recebeu intervenções para elevar qualidade de vida PÁG. 9 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 32º C Mínima 20º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA GERAL GERAL CADERNO DOIS Abril tem queda em ocorrências de crimes MEC garante vagas do Fies e Pronatec Feira de RSE Bacia de Campos será em junho O fantástico mundo da dança de salão Mapa demonstra índice de violência na cidade PÁG. 6 Oportunidades são para formação superior PÁG. 10 Evento acontece entre os dias 14 e 16 no Cidade do Sol PÁG. 11 Escola de Dança Jaime Arôxa chega ao município CAPA Ano Arrecadação 2013 R$ 2.167.371.699,80 2014 R$ 2.399.021.803,65 2015 R$ 2.333.158.194,83 2016 até maio R$ 873.628.447,70 Total R$ 7.773.180.145,98 MACAÉ Arrecadação geral

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O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Mapa de Desenvolvimento da Firjan traça novos caminhos para Macaé

Governo já recolheu R$ 7,7 bilhões no atual mandato

Membros da Comissão Municipal da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro participam de evento que marcará projeção das atividades e projetos que poderão reaquecer a economia regional PÁG. 7

Pauta será judicializada com base em parecer da 15ª Subseção da OAB e de Técnica legislativa da Câmara, além de argumentos apontados pela Procuradoria Geral do Município através de parecer sobre projeto

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016Ano XLI, Nº 9031Fundador/Diretor: Oscar Pires

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

Mesmo projeto tendo sido aprovado pela bancada governista, oposição tentará barrar empréstimo

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

Ainda em meio às discussões sobre a legalida-de e necessidade do "empréstimo dos royalties", a arrecadação total consolidada pelo atual governo subiu para R$ 7,7 bilhões nesta semana.

O número é referente ao desempenho fiscal do município, registrado de janeiro de 2013 a maio deste ano, produzindo assim o maior resultado já obtido por Macaé em sua história.

Apenas com as receitas do petróleo, em royal-ties e Participação Especial, a atual gestão de Ma-caé já recolheu quase R$ 1,6 bilhão durante o atual mandato, valor que supera o volume de recursos consolidados durante os quatro anos completos da administração municipal passada.

E, pelo desempenho fiscal do município regis-trado até agora, o atual governo se aproxima de alcançar a marca história dos R$ 8 bilhões. PÁG. 3

Apesar da agilidade garantida pelo gover-no, tanto na aprovação

do projeto por força de banca-da, quanto na publicação da lei

que autoriza o empréstimo dos royalties, o grupo forma-do pelos sete vereadores que votaram contra o endivida-mento futuro do município

estão dispostos a garantir, na justiça, a comprovação dos argumentos apresentados em plenário: a ilegalidade da ma-téria com base na Lei Orgâ-nica do Município, na Lei de Responsabilidade Fiscal e na própria resolução do Senado que instrumenta a operação de crédito. E mais que um discur-so político, o posicionamento do grupo parlamentar de re-sistência ao empréstimo passa a contar com fortes argumen-tos oficializados também por outros setores da política e da

BR 101 DEVE RECEBER 100 MIL VEÍCULOS

DEFESO DO CAMARÃO VAI ATÉ DIA 31 NO ESTADO

UFRJ MACAÉ DE PORTAS ABERTAS À POPULAÇÃO

Arrecadação total consolidada pela atual gestão subiu durante esta semana

R$ 1,50

sociedade. Apresentado por Maxwell Vaz (SD) durante a defesa do relatório que indi-cou a rejeição do projeto que deu origem à lei autorizativa do empréstimo dos royal-ties, o parecer emitido pela 15ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), solicitado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, atesta o que os ve-readores do grupo de resistên-cia apontaram desde o início das discussões sobre o projeto do governo. PÁG. 3

COMISSÃO VAI À JUSTIÇA

POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 EDUCAÇÃO, PÁG.10

POLÍTICA POLÍTICA

Prefeitura recebe vacinas contra gripe

ÍNDICETEMPO

BAIRRO EM DEBATE GERAL

A vacina é destinada a crianças que não haviam sido imunizadas PÁG. 10

MARIANNA FONTES KANÁ MANHÃESW

População pede pavimentação em ruas da Nova Brasília As doses estão disponíveis nos 19 postos do município

Moradores voltam a cobrar melhoriasBarra ainda não recebeu intervenções para elevar qualidade de vida PÁG. 9

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 32º CMínima 20º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA GERAL GERAL CADERNO DOIS

Abril tem queda em ocorrências de crimes

MEC garante vagas do Fies e Pronatec

Feira de RSE Bacia de Campos será em junho

O fantástico mundo da dança de salão

Mapa demonstra índice de violência na cidade PÁG. 6

Oportunidades são para formação superior PÁG. 10

Evento acontece entre os dias 14 e 16 no Cidade do Sol PÁG. 11

Escola de Dança Jaime Arôxa chega ao município CAPA

Ano Arrecadação2013 R$ 2.167.371.699,802014 R$ 2.399.021.803,652015 R$ 2.333.158.194,83

2016 até maio

R$ 873.628.447,70

Total R$ 7.773.180.145,98

MACAÉ

Arrecadação geral

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016

CidadeEDIÇÃO: 330 PUBLICAÇÃO: 13 DE FEVEREIRO DE 1982

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Prefeitura interdita 15 ruas para Carnaval

Com a mudança de local do desfile de Escola de Samba e blocos, da Avenida Rui Barbosa para a Rua Dr. Télio Barreto, em toda a extensão da Praça Washington Luiz, onde será armada uma arquibancada com capacidade para 6 mil pessoas, a Prefeitura vai interditar 15 ruas modificando todo o tráfego no Centro da Cidade no trecho compreendido entre a Rua Barão de Cotegipe e Av. Presidente Sodré (Rua da Praia) até a Rua J. Kopp.

D.E.R. concluiu asfalto na Rua Télio Barreto

Na tarde de sexta-feira, o Departamento de Estradas de Rodagem concluiu o serviço de asfaltamento na Rua Télio Barreto, no trecho compreendido entre a Rua J. Kopp até a Av. Presidente Sodré, ao lado da Praça Washington Luiz. Naquela via pública, haverá desfile das Escolas de Samba e Blocos, o que só foi tornado possível devido ao serviço executado a pedido do Deputado Claudio Moacyr.

Petrobrás abre mais inscrições

A Petrobrás, através de comunicado inserido nesta edição, anuncia a abertura de inscrições, no período de 15 a 19 deste mês, para o Proces-

so Seletivo Externo com o objetivo de recrutar candidatos para o Curso de Formação de Auxiliar de Técnico de Fluído de Perfuração do Sudeste.

Mulher morreu ao ser atropelada por táxi

Quando se dirigia para sua residência pela Rodovia RJ-162 (Macaé-Glicério), na noite de quarta-feira, o motorista Djalma da Silva Monteiro, residente à Rua Monclair Dutra Guedes nº 48, Bairro Botafogo, que dirigia o táxi placa CK-0530, atropelou Antônia Batis-ta e Maria Madalena da Conceição, causando a morte da primeira e ferimentos graves na outra.

Decreto consolida trabalho de Comissão em defesa de porto

A Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart), mantida pela Fundação Macaé de Cultura (FMC), está convocando 14 pessoas inscritas nos cursos livres e gratuitos de violão (adulto) e guitarra (infantil) para começarem a frequentar as aulas. Para o instrumento de corda violão estão sendo chamados 10 pessoas e para guitarra, quatro crianças.

Diante de todas as referências po-s i t i v a s g e r a d a s

para o mercado do pe-tróleo local, a publica-ção do decreto estadual que considera como de "utilidade pública" o projeto de instalação do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) passa a ser um mérito reconhe-cido para a Comissão Permanente de Desen-

volvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara de Vereadores. Fruto do trabalho de-sempenhado pelo vere-ador Maxwell Vaz (SD), a Comissão garantiu o andamento do processo travado no governo do Estado desde 2013. O vereador ressaltou que o decreto é parte impor-tante para a consolida-ção do porto.

Bancada aprova empréstimo sem garantia de aplicação do governo

Por força de bancada, os 10 vereadores que atuam em defesa do governo municipal dentro da Câmara de Verea-dores garantiram ontem a aprovação do projeto de lei 08/2016 do Executivo que propõe o chamado "emprés-timo dos royalties". E mes-mo assumindo nos votos que não há garantia do governo sobre a contratação e apli-cação dessas receitas, os go-vernistas tentaram justificar a ilegalidade da matéria com-provada pelos sete parlamen-tares que se posicionaram de forma contrária ao pedido do Executivo.

Em uma sessão que durou mais de quatro horas, marca-da por momentos tumultua-dos, tanto no plenário, quanto na assistência, os 10 vereado-res governistas derrubaram o relatório e parecer da Comis-são de Constituição e Justiça (CCJ) que indicou a rejeição do projeto do Executivo.

Com 10 vereadores, vereadores governistas autorizam Executivo a contrair empréstimo sem definição de valor

Câmara reconhece mobilizações na busca pela consolidação de projeto

WANDERLEY GIL

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016 3

PolíticaIMPASSE

Comissão vai à justiça para atestar ilegalidade do empréstimo dos royaltiesPauta será judicializada com base em parecer da 15ª Subseção da OAB e de Técnica legislativa da Câmara, além de argumentos apontados pela Procuradoria Geral do Município através de parecer sobre projeto

Márcio [email protected]

Apesar da agilidade garan-tida pelo governo, tanto na aprovação do projeto

por força de bancada, quanto na publicação da lei que autori-za o empréstimo dos royalties, o grupo formado pelos sete ve-readores que votaram contra o endividamento futuro do muni-cípio estão dispostos a garantir, na justiça, a comprovação dos argumentos apresentados em plenário: a ilegalidade da maté-ria com base na Lei Orgânica do Município, na Lei de Respon-sabilidade Fiscal e na própria resolução do Senado que ins-trumenta a operação de crédito.

E mais que um discurso polí-tico, o posicionamento do grupo parlamentar de resistência ao empréstimo passa a contar com fortes argumentos oficializados também por outros setores da política e da sociedade.

Apresentado por Maxwell Vaz (SD) durante a defesa do relatório que indicou a rejeição do projeto que deu origem à lei autorizativa do empréstimo dos royalties, o parecer emitido pela 15ª Subseção da Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB), solici-tado pela Comissão de Consti-tuição e Justiça (CCJ) da Câma-ra, atesta o que os vereadores do grupo de resistência apontaram desde o início das discussões so-bre o projeto do governo.

Assinado pelo Dr. Paulo Sér-gio da Costa Gracio, Presidente da Comissão de Assuntos Mu-nicipais da OAB/RJ, o parecer indica a ilegalidade da proposta ao verificar as diretrizes legais que regem a atuação do poder público municipal, como a pró-pria Lei Orgânica e a Lei de Res-ponsabilidade Fiscal.

Ao atestar o que já havia sido apresentado pelos membros da Comissão de Constituição e Justiça, o parecer da OAB vai além ao citar regras estabeleci-das também pela lei eleitoral.

"O parecer da OAB corrobo-ra o trabalho que realizamos, através da CCJ, que atesta a ile-galidade do projeto que, agora, é lei. Não podemos aceitar que uma questão tão importante e decisiva para o futuro da cida-de esteja baseada na ilegalidade. Portanto, nós vamos à justiça", afirmou Maxwell Vaz.

Outro importante parecer que atesta a ilegalidade da ma-téria foi juntado pela CCJ ao processo que tenta barrar, na justiça, a aplicação da lei garan-tida pelo governo por força de

bancada.Segundo Maxwell, uma aná-

lise da técnica legislativa da Câmara de Vereadores indicou pelo não prosseguimento da tramitação do projeto, baseada nos mesmos argumentos.

"A resolução do Senado per-mite a operação de crédito, des-de que os municípios estejam aptos a fazer esse procedimen-to. Esse não é o caso de Macaé, seja por condições fiscais, seja pela incompetência do governo em elaborar um projeto fora dos parâmetros legais", afirma.

KANÁ MANHÃES

Mesmo projeto tendo sido aprovado pela bancada governista, oposição tentará barrar empréstimo

Procuradoria da Prefeitura aponta a necessidade de estudo de impactoOutro forte argumento, apresentado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câma-ra, sobre a ilegalidade do proje-to apresentado pelo governo foi identificado em manifestação apresentada pela própria Pro-curadoria Geral do Município.

Segundo Maxwell Vaz, em parecer emitido a CCJ, o Procu-rador Geral do Município, Au-gusto César D'Almeida, afirma textualmente que o projeto não passou por sua análise antes de ser enviado ao Legislativo.

"Como a prefeitura encami-nha para esta Casa um projeto

sem antes ter um parecer da sua própria Procuradoria? Como o governo não atesta primeiro a legalidade da sua proposta antes de enviá-la a esta Casa? Isso é, no mínimo, um desrespeito com esse parlamento", disparou Maxwell.

O relator da CCJ apontou, ainda, que no parecer apresen-tado, o Procurador da Prefeitu-ra, Augusto César D'Almeida, aponta a necessidade de apre-sentação de um estudo de im-pacto financeiro sobre os efei-tos da operação de crédito a ser paga pelas próximas gerações administrativas do município.

"Desde o início de toda essa discussão, levantamos a inca-pacidade da Câmara em apro-var esse projeto por falta de instrumentos essenciais, como a definição de um valor máxi-mo permitido para a realização desse empréstimo, bem como a análise do impacto financei-ro. A própria Procuradoria da Prefeitura atesta a necessidade desse estudo que não foi apre-sentado pelo governo", apontou Maxwell.

Para o líder do bloco de opo-sição na Câmara, Igor Sardinha (PRB), o risco maior gerado

pelo projeto é o endividamento das contas do município.

"Mesmo com a nossa posição contrária, a Câmara aprovou um cheque em branco para o prefeito, que não demonstrou competência de resolver os problemas da cidade após arre-cadar mais de R$ 7,6 bilhões em três anos e quatro meses. Agora, nós precisamos recorrer à justi-ça para evitar que o município passe a viver uma insegurança administrativa, devido a esse endividamento desnecessário em pleno ano eleitoral", consi-derou Igor Sardinha.

Governo já recolheu R$ 7,7 bilhões durante mandato

NÚMEROS

Ainda em meio às discussões sobre a legalidade e necessidade do "empréstimo dos royalties", a arrecadação total consolidada pelo atual governo subiu para R$ 7,7 bilhões nesta semana.

O número é referente ao de-sempenho fiscal do município registrado de janeiro de 2013 a maio deste ano, produzindo as-

Arrecadação total consolidada pela atual gestão subiu durante esta semana

sim o maior resultado já obtido por Macaé em sua história.

Apenas com as receitas do petróleo, em royalties e Partici-pação Especial, a atual gestão de Macaé já recolheu quase R$ 1,6 bilhão durante o atual manda-to, valor que supera o volume de recursos consolidados durante os quatro anos completos da ad-ministração municipal passada.

E, pelo desempenho fiscal do município registrado até ago-ra, o atual governo se aproxima de alcançar a marca história dos R$ 8 bilhões.

Ano Arrecadação2013 R$ 2.167.371.699,802014 R$ 2.399.021.803,652015 R$ 2.333.158.194,832016Até maio

R$ 873.628.447,70

Total R$ 7.773.180.145,98

BALANÇO

Arrecadação no atual governo

Voto de bancada garantiu ao governo a aprovação do projeto que permite o empréstimo dos royalties

NOTA

PONTODE VISTAA maioria da população, principalmente a mais pobre, a que mais sofre e a única que não vê benefícios reverterem para si, apesar da alta carga tributária recolhida pelos governos municipal, estadual e federal, vem acompanhando, agora qua-se com lupa, o desenrolar dos acontecimentos em torno dos grandes escândalos que tomaram conta das atenções.

Faltando praticamente pouco mais de quatro meses paras as eleições que serão realizadas em dois de outubro, quando os eleitores estarão escolhendo em Macaé 17 vereadores, o pre-feito e o vice, o quadro pintado até agora mostra duas forças.

Sob protestos de grande grupo de pessoas que compareceram quarta-feira para acompanhar a tramitação do projeto de empréstimo a ser feito pela prefeitura, a Câmara aprovou a solicitação do prefeito. Se os vereadores tivessem pelo menos buscado informações do que acontece em Campos, talvez pensassem diferente. Ou será que não acreditam na reeleição?

A próxima quarta-feira - 1º de junho - é o Dia da Imprensa. Antes, comemorado no dia 10 de setembro, a alteração para celebrar a data teve a lei sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, justificado pelo fato de Hipólito José da Costa ter editado o primeiro jornal impresso no Brasil: o Correio Braziliense. Em Macaé, alguém tenta calar a imprensa. Não precisa dizer o nome...

Até domingo.

Nesta segunda-feira (30), o presidente da Firjan - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, ao lado do governador Francisco Dornelles, preside o mais importante evento empresarial reunindo centenas de autoridades e representantes da indústria fluminense. Será lançado o Plano Estadual de Desenvolvimento 2016-2025, que servirá de base para os governantes. Macaé e Campos levam comitiva.

O poder da caneta

A lista...

A maioria dos eleitores, também encontrada nas camadas mais po-bres, convivendo com inúmeros pro-blemas como falta de água, esgoto, escolas, assistência médica, creches, transporte, iluminação, segurança e tantos outros, acompanha pelos meios de comunicação, hoje farta-mente disponíveis além dos jornais, rádios e televisão, também nas redes sociais, as atividades dos governos e do parlamento. Todos - exclua-se aqui a casta beneficiada pelas no-meações para cargos comissiona-dos na cúpula dos governos - estão atentos ao que se passa na Câmara de Vereadores, na Assembleia Legis-lativa e no Congresso Nacional, onde deputados e senadores também não são considerados como bons repre-sentantes da sociedade, haja vista as manifestações espontâneas que vêm ocorrendo desde junho de 2013, que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousse«. Na esfera federal, os brasileiros que não aguentam mais pagar impostos, deparam-se agora com um déficit público estimado em R$ 170,5 bilhões. No governo es-tadual, após dois empréstimos por antecipação de receita dos royalties, o rombo chega a R$ 20 bilhões, le-vando ao atraso de pagamento de servidores, paralisação de investi-mentos e muitas obras prometidas

deixam de ser realizadas, como a estrada de Santa Tereza em Macaé, que há três anos poderia ter saído do papel, e até agora nada, apesar do custo estimado inicialmente e que duplicou. Todos sabem e acompa-nham com ricas informações que, apesar da crise econômica e política que abalou principalmente os esta-dos e municípios produtores de pe-tróleo, Macaé foi o que menos sofreu o impacto da crise, graças a Petrobras que instalou aqui todas as unidades de produção de petróleo e gás extra-ídos da plataforma continental do litoral fluminense. Não precisa ser expert em matemática para fazer a conta mas, o poder da caneta, po-de tudo. Por exemplo, o município não teve obras imponentes, ou de grande porte. Prometeu cortar os quase cinco mil cargos comissio-nados. Cortou as incorporações de salários incluindo aí aposentados e até pensionistas. E, feitas as contas, arrecadou nesses quatro anos quase R$ 8 bilhões. Você aí, viu a cor desse dinheiro? E a Câmara ainda dá um ‘cheque em branco’ para uma dívida futura que ninguém sabe de quanto será a conta. Veja o caso de Campos, município vizinho ao nosso, que entrou duas vezes neste imbróglio e jogou a fatura para o futuro. Quem vai pagar? Ei, você aí...

A primeira, a força do poder com a máquina administrativa bem lubri-ficada e "preparada" para o que der e vier. Apesar de a minirreforma eleitoral, aprovada a toque de cai-xa, acabar com a reeleição a partir de 2020, quem quer mudar, agora tem que renovar. A segunda, a for-ça da oposição que desponta até agora com quatro pré-candidatos, que prometem até o afunilamen-to da homologação dos nomes nas convenções partidárias, formalizar um acordo para tentar "enfrentar a máquina" de igual para igual. Já que ficou proibido a doação de empresas para partidos (investigados na Lava-Jato) ou candidatos, o tão conhecido "caixa dois" deverá ser a maior dor de cabeça para a Justiça Eleitoral. Já existem pré-candidatos filiados em alguns partidos e com adversá-rios considerados "imbatíveis" nas urnas, de olho nas ações políticas de algumas secretarias municipais ocu-padas por vereadores ou com indica-ções deles que já estão sendo usadas. Agora, com a rapidez das informa-ções nas redes sociais, disponíveis

também na Justiça Eleitoral, vai ser um "Deus nos acuda" para atender às denúncias que vão surgir a rodo. Bem, e a lista? Quem ficou curioso com o título desse texto, não pense que é "A Lista de Schindler", aquele clássico em que um militar polonês salvou a vida de mais de mil judeus. É a lista dos pré-candidatos a vice na chapa do Dr. que concorre à ree-leição e a tem como garantida, des-classificando as pré-candidaturas oposicionistas. Até agora são mais de oito aqueles que tiveram a promessa do tapinha nas costas e a promessa de que vão fazer parte da chapa. De-pois de eleitos, o prefeito, se reeleito, exerce o cargo até 2018, quando sai para ser candidato a deputado fede-ral e aí o vice assume e vira prefeito. Senão, volta para o consultório do qual tem saudades, como falou em um programa de rádio. Pelo que se observa é uma chantagem bem engendrada mas que pode ser um bumerangue. Não vamos citar ago-ra os nomes, mas os "mordidos pela mosca azul" que se preparem para entrar na "lista da sobra". A conferir.

PONTADA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

O tempo tem se tornado o cerne de todas as discussões políticas regis-tradas na cidade ao longo dos últimos meses. Utilizado como desculpa por quem é cobrado, ou por justificativa pelos incompetentes, o passado e o futuro tentam ser manipulados com o objetivo de esconder o que acon-tece no presente. E essa brincadeira vai custar caro demais para quem tenta se esquecer, ou se esquivar, das realidades gritantes do município.

Tramita no Congresso um projeto para estender à Funpresp - Funda-ção de Previdência Complementar do Servidor Federal, aos servidores municipais e estaduais, criando-se o PrevFederação. O Fundo, em fun-cionamento no Executivo da União, desde fevereiro de 2013, reúne mais de 20 mil servidores, e tornou real o instituto previsto desde a Emenda Constitucional 20/98, não sem oposição de associações e sindicatos de servidores. Sem entrar no aspecto negativo da Previdência Complemen-tar como limitador de direito social, a decisão de ampliar para estados e municípios pode colocar a União em risco.

Tempo

Os riscos do Funpresp

Quem acompanha o desenro-lar do novo processo eleitoral da cidade é capaz de perceber que estratégias antigas da política são utilizadas como discurso, ou cortina de fumaça, por quem defende a perpetuação do atual projeto de poder que manda na cidade.

Essa análise passa a ser com-provada diante de promessas que estão sendo requentadas, tanto aos olhos da sociedade civil organizada, quanto da in-dústria do petróleo, que ainda carrega a força motriz capaz de transformar a realidade social e econômica do município.

Quem houve falar que o licen-ciamento do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) está próximo, e que os voos comerciais serão retomados no Aeroporto de Macaé, acaba se perdendo no tempo já que essas esperanças, falsas ou verdadeiras, pautaram o início do governo da mudança que tanta se superar a todas as gestões públicas passadas, bus-cando até mesmo ultrapassar os prazos que regem mandatos, segundo a legislação brasileira.

Vista como empréstimo, a operação de crédito autoriza-

da, nesta semana, pela Câmara de Vereadores, nada mais é que uma garantia dada ao atual go-verno de colocar as mãos de receitas que poderão ser arre-cadadas por administrações mu-nicipais futuras, uma estratégia utilizada nos meses que antece-dem a disputa eleitoral de 2016, como forma de garantir a perpe-tuação de um projeto de poder que ousa atropelar o tempo.

Alheia à vontade dos cidadãos macaenses que ainda será com-provada nas urnas, em outubro, o governo consegue a garantia de antecipar atos administrativos que não poderão ser executados pelas próximas gestões públicas, uma ousadia imensurável, que custará caro a cada um dos 230 mil macaenses, independente de qual vai ser o resultado do pleito municipal deste ano.

Buscar no futuro as soluções para o presente não demonstra ser a estratégia mais eficaz pa-ra uma administração pública. Essa medida só representa o desespero de buscar em tempos que estão por vir garantias que só a população poderá atestar, e um presente que não está muito distante.

As regras que regem a previdência brasileira estão distribuídas em duas categorias: o regime geral, que con-templa os trabalhadores celetistas, e o regime próprio, que abrange os ser-vidores efetivos. Na esfera federal, an-tes do funcionamento das fundações previstas na Lei 12.618/2012, aqueles que assumiram cargos públicos por meio de concurso tinham direito a uma aposentadoria integral. Aos servidores da União investidos em cargos efetivos após a aprovação da Funpresp de seu respectivo Poder, passou a vigorar um misto de pre-vidência convencional com opção complementar pelo Funpresp.

Na previdência convencional (RPPS), temos um sistema de bene-fício definido, onde o servidor con-tribui e sabe quanto irá receber no futuro. Na previdência complemen-tar, o servidor sabe quanto vai pagar, mas não sabe quanto vai receber. É um regime de retribuição idêntica a dos bancos públicos e privados, on-de o valor do benefício dependerá da captura de investimentos e, princi-palmente, da rentabilidade do fun-do. Assim, o servidor paga sem saber que retorno terá.

A forma de contribuição é simples. Todo servidor, independentemente da faixa de remuneração, tem 11% de sua remuneração retido na fonte para fins de previdência. Após a Funpresp, os novos servidores contribuem so-bre a faixa remuneratória até o valor equivalente ao teto do regime geral, hoje de R$ 5.200,00. Se desejarem se aposentar com mais, devem destinar uma alíquota de contribuição sobre o valor excedente para a fundação de previdência complementar. Assim, ao se aposentarem, receberão o te-to da previdência vigente na época, mais um complemento da previdên-

cia complementar. Quem defende o projeto, argumen-

ta que o PrevFederação funcionaria como uma espécie de programa de socorro aos estados e municípios; se aprovado, eles teriam acesso ao alon-gamento da dívida com a União em 20 anos. Porém, esquecem que nesse pe-ríodo a dívida aumenta, porque os en-tes federativos deixam de arrecadar sobre o total da remuneração de seus servidores, agravando o desequilíbrio das contas públicas por mais três dé-cadas. Também esquecem que o papel da previdência não é corrigir antigos desvios de caixa, mas permitir um mínimo de dignidade aos segurados, em momentos essenciais.

A previdência não é uma empre-sa. Ela concede benefícios, não faz distribuição de lucros. Ainda assim, o montante arrecadado por servidor é mais que suficiente para o custeio de seus proventos ou futura pensão, basta estimar quanto representa 11% sobre tudo o que recebe e multipli-car pelo número de meses em mais de três décadas de contribuição. Se houve má gestão, não se corrige o ca-minho reduzindo benefícios. E não é justo que os servidores públicos paguem a conta pelos erros e desvios de recursos.

Pensar o futuro deve ser uma pre-ocupação presente, mas as hipóteses devem ser consideradas segundo a natureza dos institutos envolvidos. Os mais ortodoxos devem lembrar que Estados e municípios aprofun-darão o caos fiscal com a previdência complementar. A realidade financei-ra, política e social deve ser avaliada caso a caso para se encontrar a solu-ção adequada, evitando que o remé-dio seja pior que a doença.

Rudi Cassel é advogado

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POLÍCIA MILITAR 190

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SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Quissamã realiza 1º Seminário de Taekwondo. Atletas de toda a região, entre eles, de Macaé, participaram de evento

Fraqueza A presidência da Câmara de Vereadores não acatou o requerimento, aprovado por una-nimidade em plenário, que tranca a pauta de votações na Casa, de projetos enviados pelo Executivo, até que a revisão salarial dos servi-dores efetivos seja definida pelo governo. Com isso, a pressão política que poderia ser exercida pelo Legislativo sobre o governo acaba sendo enfraquecida por uma decisão que tem relação direta com o compromisso institucional entre os membros dos dois poderes.

Pedalada Falando nisso, o governo municipal comemo-rou o corte das incorporações, por decisão da justiça, por um motivo bastante polêmico. É que, com a suspensão dos benefícios, há a possibilidade do Executivo reduzir o custeio com a folha de pagamento, readequando, des-se modo, os índices preconizados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Assim, o Executivo pode conseguir legalizar o quem vem sendo chamado por vereadores da oposição de “pe-dalada fiscal”.

AposentadosMas, em troca de buscar a readequação das regras estabelecidas pela Lei de Responsa-bilidade Fiscal, o governo acaba penalizando servidores ativos, aposentados e pensionistas. É que, com a Ação Direta de Inconstitucionali-dade (ADIN) acatada pelo Tribunal de Justiça, a legislação que prevê o benefício, instituída desde 1958, perderá os seus efeitos, atingindo todos os servidores que garantiram, através da competência, o reconhecimento pelos serviços prestados à cidade.

Silêncio E no meio de toda essa polêmica seguem as indefinições quanto ao reajuste sala-rial dos servidores deste ano. Passada a data-base para as negociações com o governo, o Sindicato dos Servidores Pú-blicos Municipais de Macaé (Sindservi) deve realizar assembleia para definir com a categoria quais passos serão tomados. Por voto dos profissionais sindicalizados, a instituição pode até iniciar movimento de greve oficial.

Acerto Durante a semana, correu nos corredores da Câmara de Vereadores a informação de que o governo pretendia acertar com o Banco do Brasil, nesta segunda-feira (30), os trâmites necessários para a liberação do empréstimo dos royalties. A operação pode gerar a con-tratação de cerca de R$ 200 milhões para o município, a serem pagos por 10 anos. No final, a dívida acumulada para a cidade seria em um total de R$ 475 milhões, mais que o dobro do valor emprestado.

Demora E mesmo que financie a obra, o retorno dos voos comerciais no Aeroporto de Macaé pode levar um ano para acontecer. É que se fosse realizado a cargo da Infraero, o proje-to estrutural já pronto seria executado em seis meses. Mas se a gestão do Aeroporto passar para as mãos do prefeito, um novo projeto executivo precisaria ser elaborado, seguindo licitação que deveria ser analisa-da pelo Tribunal de Contas até que as obras sejam efetivamente realizadas.

Anistia de multasO Tribunal de Contas do Estado (TCE) manifestou estranheza sobre a possível anistia de multas aplicadas por fiscais de transporte, da secretaria municipal de Mobilidade Urbana, à SIT, conforme documentos atestados por vereadores. Se o caso for investigado a fundo, Ma-caé poderia ter a sua própria “Operação Lava-Jato”, pelo menos é o que afirmam os parlamentares que tiveram acesso aos documentos.

Exploração Faltando exatos quatro meses para o fim da prorrogação do contrato com a SIT, o governo municipal ainda não deu sinais de que realizará a nova concessão do trans-porte público municipal. E nem o calendário eleitoral permitirá que tal licitação seja reali-zada, à beira das eleições. Com isso, coin-cidentemente ou estrategicamente, a em-presa permanecerá por, pelo menos mais seis meses, à frente do serviço recebendo inclusive o subsídio da passagem.

Monopólio E enquanto a caixa-preta do monopólio do transporte não é aberta, Macaé pode fechar o ano acumulando um gasto de mais de R$ 240 milhões apenas com o subsídio pago pela prefeitura à SIT. En-quanto isso, usuários do transporte que pagam a tarifa de R$ 1, enquanto outros R$ 2,16 ficam a cargo dos cofres públi-cos, enfrentam problemas diários como a superlotação, indefinição de horários, falta de conforto e qualidade.

Com as variações constantes do tempo, os olhos de moradores da Fronteira, e de autoridades da Defesa Civil, seguem voltados para acompanhar o comportamento do mar. Apesar de previsões de ressaca, o litoral da cidade ainda não registrou situações de alto risco. Mas é preciso estar em alerta para evitar grandes transtornos.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016 5

PESCADO

Defeso do camarão vai até dia 31Término do período que proíbe comercialização da espécie abre expectativas no Mercado Municipal de Peixes para o 2o semestreGuilherme Magalhã[email protected]

O fim do defeso do cama-rão já cria expectativa nas bancas do Mercado

Municipal de Peixes que, a partir do próximo dia 31, po-derão voltar a comercializar normalmente a espécie. Em vi-gor desde o dia 1º de março, na prática, o período de proibição para a pesca do camarão costu-ma valorizar ainda mais o pro-duto. Não por acaso, na última semana, uma ação da Polícia Ambiental e da Polícia Militar apreendeu mais de uma tonela-da de camarão no Farol de São Tomé, litoral de Campos.

De acordo com a prefeitura, durante os três meses em que o

camarão e os peixes listados na piracema estiveram proibidos de serem pescados, os benefici-ários do seguro-defeso no mu-nicípio, incluídos na frente de trabalho, receberam um salário mínimo e uma cesta básica men-sal. Segundo a subsecretária de Pesca, Rizete Ribeiro, atualmen-te, além de pescadores, estão ca-dastradas para receber o benefí-cio mulheres descascadoras de camarão e as responsáveis por limpar os peixes.

“A proibição da pesca na pi-racema, quando ocorre a deso-va, é importante no município que conta com locais de deso-va, como a boca da Barra, com muitos manguezais, o rio e a la-goa. A proibição da pesca na pi-racema em Macaé começou em

2009, e vai de 1º de novembro a 28 de fevereiro, sendo, neste período, proibida a pesca com rede, só com linha”, explicou em entrevista recente a subse-cretária de pesca Rizete Ribei-ro, ressaltando que, segundo a lei de crimes ambientais (lei 9.605/98), o valor da multa para os infratores que forem flagrados pescando durante o período de defeso varia de R$ 700 a R$ 100.000, com acrésci-mo de R$ 20, por quilo ou fra-ção do produto da pescaria, ou por espécime, quando se tratar de produto de pesca para uso ornamental.

Atualmente, estima-se que a cidade tenha, aproximadamen-te, 500 pescadores já cadastra-dos para receber o benefício.

KANÁ MANHÃES

Produto deve voltar às bancas esta semana

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016

BALANÇO

Abril tem queda nos registros de ocorrênciasInstituto de Segurança Pública divulgou dados do mês passado

Ludmila [email protected]

A Polícia Militar (PM) vem trabalhando e se esforçando, mesmo diante das adversi-

dades, para diminuir os índices de criminalidade do município. O desempenho pode ser avaliado através dos dados divulgados pe-lo Instituto de Segurança Pública (ISP) que, mensalmente, mostra as Incidências Criminais, de acor-do com as ocorrências realizadas nas Delegacias do Estado do Rio de Janeiro.

Nos meses anteriores, março e fevereiro, os índices vinham man-tendo uma média. Dessa vez, o mês de abril aparece com uma diminui-ção mais significativa no total de re-gistros de ocorrências (referentes a todos os tipos de crimes), com 820 casos, uma diferença de 117 crimes, em relação ao mês de março, que marcou 937 ocorrências.

O roubo de todos os gêneros, co-mo em comércios, a transeuntes, residências, cargas, entre outros, também apresentou queda, sendo 178 registros contra 187, do mês de março. Já os casos de furtos (quan-do não há emprego de violência contra a vítima) foram 166 regis-tros, mantendo a mesma média do mês passado, com o registro de 165 casos.

Houve uma pequena queda em uma das infrações mais questio-nadas pela população: o roubo a transeuntes. De acordo com o ISP, o mês de abril registrou 82 casos, enquanto que o mês de março 91 ocorrências tiveram registro. A Polícia Militar tem tentado dimi-nuir este índice há algum tempo, contudo, o mesmo tende sempre a

manter uma média ou aumentar. O mesmo ocorreu com os registros de roubos a aparelhos de celular. Este crime também está entre as prin-cipais reclamações da população, mesmo não sendo o de maior nú-mero de ocorrências, já que muitos optam em não realizar o Boletim de Ocorrência. Em abril, 26 pessoas registraram o ocorrido na 123ª DP, e em março foram 39 casos.

É importante ressaltar que, para a PM, é de extrema importância que o cidadão registre as ocorrên-cias, mesmo quando não conside-radas graves. Apesar de frequente, o roubo de celular muitas vezes não é notificado à polícia, seja por ques-tões de distância até a DP ou pela vítima não considerar importante. Contudo, para a polícia os registros

servem como base para montar a segurança da cidade. De acordo com os registros são verificadas as manchas criminais, e assim o po-liciamento é destinado aos locais com maior incidência de crimes.

Contudo, apesar desta diminui-ção nos crimes mais comuns, sobe o número de ocorrências quanto ao homicídio doloso (aquele que o agente quer tirar a vida de alguém ou assume o risco de fazê-lo), que registrou 13 casos em abril, com seis casos a mais que no mês de março. Os casos de estupros, crimes que chamam a atenção da população, no mês passado apareceu com sete registros. Este tipo de crime tem mantido uma média, desde o ini-cio do ano, de dois a seis casos no mês. O desaparecimento de pessoas

também apareceu no mês de abril, com um caso registrado.

COLABORAÇÃOPara ajudar a Polícia Militar no

combate à criminalidade e violên-cia em toda a área do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), qualquer cidadão pode denunciar pessoas e situações suspeitas. Basta entrar em contato com o Disque-De-núncia da Polícia Militar, através do número 2765-7296. O telefone está à disposição da população 24 horas por dia para atender todos os chamados, e não é preciso se identi-ficar. Além das ligações, os cidadãos também podem passar informa-ções pelo WhatsApp, através do número 98168-2344. Ou por e-mail para: [email protected].

KANÁ MANHÃES

Município tem queda nos crimes de roubos e aumento no número de homicídios

TRÂNSITO

Mais de 100 mil veículos devem passar pela BR-101

Hoje (29), os motoristas co-meçam a voltar para casa após o feriado de Corpus Christi (26), sendo que, para a grande maioria, a preocupação gira em torno dos engarrafamentos. Por isso, a Autopista Flumi-nense divulgou os horários de maior movimento na BR-101 RJ/Norte, entre Niterói e a di-visa com o Espírito Santo.

De acordo com a concessio-nária, cerca de 105 mil veícu-los devem trafegar pela estra-da, apenas neste domingo. Os horários de maior movimento acontecem entre 14h e 21h. Já na segunda-feira (30) - últi-mo dia do esquema especial - estima-se que 80 mil veículos passem pela BR-101 RJ/Norte, de 6h às 11h.

O esquema especial tem re-forço na operação de atendi-mento ao usuário e de sinaliza-ção, implantados em locais es-tratégicos da via com o objetivo de garantir a fluidez do tráfego e a redução do risco de aciden-tes. As obras que exigem inter-dições de faixas de rolamento estão suspensas, mas equipes estão de prontidão para obras emergenciais.

Para uma viagem segura, é de extrema importância os condutores realizarem alguns procedimentos, como a revi-são prévia no veículo e utilizar sempre o cinto de segurança em todos os bancos, além da ca-deirinha infantil para o trans-porte de crianças. É importan-te também respeitar os limites de velocidade e programar pa-radas ao longo da viagem para

Autopista divulga os horários de maior movimento na rodovia

descanso e alimentação. Sob neblina, o usuário deve redu-zir a velocidade com segurança, observando a distância entre o veículo que vem logo atrás, acender a luz baixa do farol (e o farol de neblina se houver) e aumentar a distância do veícu-lo à sua frente.

ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS E INFORMAÇÕES

Pelo telefone 0800 2820 101, o usuário pode solicitar atendi-mento de emergência na rodo-via, tirar dúvidas sobre a con-cessão ou fazer reclamações e sugestões. O telefone 0800 717 1000 também está disponível para o atendimento aos usuários com deficiência auditiva e de fa-la (não aceita ligações de telefo-nes convencionais e celulares).

PEDÁGIONos dias de maior fluxo, as

praças de pedágio da BR-101/RJ Norte funcionarão com sua capacidade máxima. Arreca-dadores adicionais estarão de plantão para fazer a cobrança à frente das cabines (papa-filas), quando necessário. A tarifa básica para automóveis é de R$ 4,50. Motos pagam R$ 2,25. Veículos comerciais pa-gam conforme o número de eixos. Cinco praças de pedágio estão em funcionamento na rodovia: Km 40 - Campos dos Goytacazes (cobrança nos dois sentidos); Km 123 - Campos dos Goytacazes (cobrança nos dois sentidos); Km 192 - Casi-miro de Abreu (cobrança nos dois sentidos); Km 252 - Rio Bonito (cobrança nos dois sen-tidos); Km 299 - São Gonçalo (cobrança unidirecional - sen-tido Niterói).

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016 7

ANÁLISE

Firjan apresenta novo Mapa do Desenvolvimento do EstadoNovidade este ano é que também foram elaboradas dez agendas regionais orientadas às necessidades de cada região do estado

Uma caravana de empre-sários do Noroeste e do Norte Fluminense es-

tará na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), no próximo dia 30 de maio, para o lançamento do novo Mapa do Desenvolvimen-to do Estado. O governador Francisco Dornelles também estará presente no evento, que comemora o Mês da Indústria.

O Mapa do Desenvolvimen-to 2016-2025 foi construído por mais de mil empresários e envolveu os 92 municípios do estado do Rio. As propostas foram extraídas de debates em todos os conselhos temáticos e regionais do Sistema FIR-JAN, assim como de respostas à pesquisa on-line com uma base ampliada da indústria fluminense.

O Mapa do Desenvolvimen-to do Estado do Rio de Janeiro surgiu em 2006 com o objetivo de apresentar a visão da indús-tria sobre os principais proble-mas do estado, além de traçar

uma estratégia para as ações do Sistema FIRJAN, dentro de um horizonte de 10 anos. Das 119 ações previstas no primei-ro Mapa, 74% foram concluídas ou registraram avanço. Entre as maiores conquistas propostas, destacam-se a inauguração do Arco Metropolitano, em 2014; a concessão de rodovias como a BR-101 Norte; a eliminação de gargalos no processamento de cargas internacionais em portos e aeroportos; a criação do Instituto Estadual do Am-biente (Inea); a restruturação do sistema de licenciamento ambiental; e o fortalecimento da indústria criativa.

O novo Mapa do Desenvolvi-mento 2016-2025 se divide em cinco temas (Sistema Tributá-rio, Mercado de Trabalho, In-fraestrutura, Gestão e Políticas Públicas, Gestão Empresarial), e conta com propostas de ações para os desafios. A novidade es-te ano é que também foram ela-boradas dez agendas regionais orientadas às necessidades de

cada região, que servirão como instrumento de gestão pública e de debate para as próximas eleições municipais. Em Cam-pos, os temas foram discutidos em uma reunião com empre-sários, que aconteceu no dia 25 de fevereiro, sendo que em Itaperuna o encontro aconte-ceu no dia 24 do mesmo mês. Nelas, os industriais montaram um conjunto de medidas para a melhoria do ambiente de ne-gócios nas regiões.

O objetivo maior do Mapa é fazer do estado do Rio o melhor ambiente de negócios do Bra-sil. O novo Mapa será lançado no dia 30 de maio, em evento em comemoração ao Dia da Indústria, na sede da FIRJAN. Até julho, serão entregues as 10 agendas regionais, que vão aprofundar temas locais e pro-por ações para os desafios espe-cíficos da capital e das regiões Norte, Noroeste, Centro-Sul, Centro-Norte, Serrana, Sul, Baixada I, Baixada II e Leste Fluminense.

DIVULGAÇÃO GIVALDO BARBOSA - O GLOBO

Presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, receberá empresários

Governador em exercício, Francisco Dornelles, participará de evento

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016

OFFSHORE

Plataformas Operacionais da Bacia de Campos são palcos para debate Somente este ano, cinco acidentes já foram registrados em unidades da regiãoGuilherme Magalhã[email protected]

Como último desdobra-mento do acidente que acabou resultando na

morte de Victor Geraldo Brito em uma plataforma da Bacia de Campos, no dia 22 de maio, o Sindicato de Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) resolveu entrar com uma denúncia de “queixa-crime” contra a Petrobras no Minis-tério Público do Trabalho, na Agência Nacional do Petróleo (ANP) e até na polícia. Motivo de impasse crescente entre a companhia e a organização de petroleiros nos últimos anos, a condição sobre a segurança das plataformas instaladas nos campos maduros da região - algumas em funcionamento há mais de duas décadas - gera polêmica.

Aos 29 anos, Victor era auxi-liar de movimentação de cargas da prestadora ‘RIP Serviços Industriais”. Coincidência ou não, para o Sindipetro-NF, um dos principais agravantes dos altos índices de acidentes nas plataformas da companhia se-ria o elevado número da força de trabalho terceirizada.

“O sindicato condena a inse-gurança no trabalho, que tem levado a centenas de mortes, mutilações e adoecimentos na Bacia de Campos nos últimos anos. As vítimas mais frequen-tes da insegurança do trabalho são os petroleiros das empresas privadas do setor petróleo, que prestam serviço à Petrobras”, destacou o órgão em nota, confirmando a queixa-crime contra a companhia “por fla-

grantemente ter incorrido em negligência em relação à con-servação dos pisos de algumas plataformas da Bacia de Cam-pos, entre elas a PCH”, onde morreu Victor.

SUPOSTA NEGLIGÊNCIASegundo Wilson Reis, repre-

sentante do Sindipetro-NF na comissão de investigação do aci-dente, que embarcou na PCH-2 um dia após ocorrido, na última

WANDERLEY GIL

Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos

segunda-feira (23), e desembar-cou na quarta-feira (25), a uni-dade estaria funcionando em condições precárias.

“O que vimos lá é que a grade do piso gradeado estava solto, sem fixação na estrutura da plataforma, e o trabalhador caiu com piso e tudo de uma altura de 12 metros”, disse o Reis, que agora trabalha na produção de um relatório sobre o caso.

Ainda segundo o Sindipetro-

NF, também já estaria sendo realizado um levantamento sobre relatos de trabalhadores atuantes nas unidades opera-cionais da Bacia de Campos pa-ra fundamentar um pedido de interdição das áreas com pro-blemas no piso, até a correção das instalações.

Procurada para pedido de po-sicionamento, até o fechamento desta edição, a Petrobras não se manifestou sobre o caso.

ACIDENTES EM SÉRIEO acidente fatal na PCH-2 é,

pelo menos, o quinto nas plata-formas da Bacia de Campos em 2016: no dia 6 de abril, o próprio Sindipetro-NF confirmou um princípio de incêndio na P-32. Na ocasião, embora não tenha sido necessário acionar o barco contra incêndios (Fire Fighter), a produção da unidade foi para-lisada. Em março, a P-48 tam-bém registrou um princípio de incêndio que pôde ser avistado a mais de um quilômetro de dis-tância. Já no dia 11 de fevereiro, ainda segundo o Sindipetro-NF, houve um princípio de incêndio na P-54. E no dia 16 do mesmo mês, cerca de 30 petroleiros ti-veram de ser desembarcados às pressas em Cabo Frio, após um vazamento de gás na unidade onde trabalhavam.

O problema é que, na opinião de representantes do Sindipe-tro-NF, o recém-lançado pro-grama de demissões voluntárias da Petrobras só deve agravar a situação de risco nas platafor-mas operadas pela companhia.

Segundo Tezeu Bezerra, co-ordenador do órgão, a falta de contingente preocupa.

“A verdade é que com o no-vo plano de demissões, cedo ou tarde, as áreas operacionais vão acabar sendo atingidas. Como exemplo do quanto a situação pode ficar grave, atualmente, já sabemos de casos em platafor-mas que deveriam operar com oito funcionários em determi-nados setores, mas só estão ope-rando com cinco. Como con-sequência, estes profissionais podem não conseguir dar conta do serviço que exige atenção e monitoração de diversos equi-

pamentos e acabar acarretando em acidentes”, disse Tezeu em entrevista recenta

Denominado como ‘Plano de Incentivo ao Desligamento Vo-luntário’ (PIDV), no último dia 1º de abril, a Petrobras aprovou uma medida que prevê a demis-são opcional com adesão de até 12 mil funcionários. Com perío-do de inscrições até 31 de agosto para quem optar pelo plano, se-gundo informações concedidas pela própria companhia, o prin-cipal retorno da medida seria a economia de R$ 33 bilhões até 2020.

NORMA REGULAMENTADORA PODE REDUZIR RISCOS

Ainda conforme informações do próprio Sindipetro-NF, atu-almente, uma das principais reivindicações em pauta do órgão sindical é o andamento do processo de negociação do “Anexo II” da Norma Regula-mentadora nº 30 (NR-30), que compete sobre a segurança no trabalho aquaviário, que passa-ria a valer como lei para todas as plataformas.

Segundo Marcos Breda, dire-tor do Sindipetro-NF, os prin-cipais temas que precisam ser melhorados no texto da NR-30 dizem respeito aos terceiriza-dos, quase sempre mais vulne-ráveis ao trabalho em regime o¬shore.

"Nosso objetivo é contem-plar alguns vazios da norma regulamentadora como movi-mentação de cargas e a cesta que transporta trabalhadores, com maior enfoque para ques-tões relativas aos terceiriza-dos", explicou em entrevista recente.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016 9

BAIRROS EM DEBATE Barra de Macaé

Moradores voltam a cobrar melhorias na Barra de Macaé População destaca o lazer e a mobilidade urbana como pontos prioritários para a localidade Marianna [email protected]

“Há mais de 50 anos, a Barra de Macaé clama por socor-ro”. É com essa frase que o

presidente da associação de moradores, Rogélio Flores, co-meça essa edição do Bairros em Debate. Nascido e criado ali, ele conta que poucas melhorias fo-ram feitas ao longo das últimas décadas.

Apesar de amar o bairro em que vive, Rogélio diz que o lugar teria tudo para ser um dos melhores para se viver em Macaé não fossem os pro-blemas enfrentados no dia a dia. Para isso, ele acredita que é preciso investimentos em infraestrutura por parte do poder público.

“As pessoas acham que a Barra de Macaé é aquela beleza, quando passam pe-la RJ-106, mas não. Por trás de isso tudo existem muitos problemas. E isso não é cul-

FOTOS MARIANNA FONTES

Bairro, situado a poucos minutos do Centro, é um dos mais antigos da cidade

pa apenas dessa gestão, mas sim de todas as anteriores. No entanto, é preciso deixar o passado de lado e pensar no agora e no futuro. Pre-cisamos que as autoridades olhem com outros olhos para o bairro, pelo ponto de vista dos moradores”, enfatiza ele, contando que entregou um documento para vereadores e gestores da prefeitura com as necessidades do bairro. “Esse projeto foi distribuído durante a Câmara Itinerante, inclusive, destinado ao pre-feito, Dr. Aluízio. Só que até hoje não tivemos resposta das autoridades municipais com-petentes”, conta.

A Barra de Macaé tem a vantagem de estar localizada a poucos minutos do Centro e ser o local onde fica situado o Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo. O bairro também é cortado pela Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), uma das principais do estado.

Áreas de lazer sofrem com vandalismoDesde que foram revitaliza-das, as praças do bairro foram al-vos de pichações, e até de danos causados por uma minoria que não tem cuidado ou zelo pelo patrimônio público.

“A população ficou anos pe-dindo a revitalização. Um ano após o serviço ser concluído, as praças já estão em estado deca-dente. Infelizmente, existe um grupinho de pessoas que não tem zelo pelo patrimônio pú-blico, e quem acaba sofrendo as consequências disso no final é o cidadão de bem”, relata uma moradora que pede para não ser identificada.

É importante frisar que, se-gundo o Art. 163 do Código Pe-nal, destruir patrimônio públi-co é considerado crime. A pena pode ser de detenção, de seis meses a três anos, mais multa, além da pena correspondente à violência.

No caso das pichações, apesar de acontecer impunemente, tal ato é considerado um crime, pre-visto na Lei. 9.605/98. De acordo com o Art. 65, a pessoa que for pega em flagrante pichando ou danificando edificações ou mo-numentos urbanos pode sofrer uma pena com multa e deten-

ção, que varia de três meses a um ano.

O artigo é claro e diz que “se o ato for realizado em monumen-to ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueo-lógico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa”.

Outro pedido de Rogélio é

para a colocação de uma co-bertura na quadra da Praça Beira Rio. “É um pedido que vem sendo feito bem antes de-les reformarem o espaço. As crianças jogam bola debaixo de sol forte e chuva, já que não há uma proteção”, relata.

Procurada, a prefeitura informou que a reforma da

Praça Beira Rio será efetuada assim que as obras de implan-tação de drenagem de águas pluviais forem finalizadas no bairro. Além dos piscinões e das obras de infraestrutura ur-bana, o projeto prevê também a urbanização e paisagismo do bairro, em que a referida praça será contemplada.

Reformadas há pouco mais de um ano, as praças voltaram a ser alvo de vandalismo

Presidente cobra projeto prometido Sem dúvidas, hoje um dos maiores problemas que a Bar-ra de Macaé e entorno vivem é a mobilidade urbana. De acordo com o presidente do bairro, um grande projeto já foi elaborado pela prefeitura há cerca de dois anos.

“Fizemos várias reuniões, e até hoje esperamos que tudo aquilo que foi discutido e acor-dado seja implementado”, co-bra Rogélio.

A travessia de pedestres na Rodovia Amaral Peixoto ainda é uma das maiores queixas ali. Os pedestres contam, atualmente, com duas passagens subterrâne-as, que necessitam de manuten-ção e limpeza, e também de dois semáforos, um deles instalado na altura do Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, e o outro na entrada da Nova Holanda.

"Nós gostaríamos que nos dois locais onde há passagem subterrânea seja colocada uma passarela ou um semáforo. Não adianta a prefeitura dizer para fazer o uso dessas passagens

porque a população não vai fa-zer, pois há muitos assaltos. A população prefere se arriscar na pista. Infelizmente, o índice de acidentes aqui é elevado. Há cerca de dois meses perdi uma amiga que morreu atropelada

em frente ao Coreto. Queremos que algo seja feito para evitar que mais vidas sejam perdidas por conta disso”, alerta o presi-dente.

Ele também solicita a instala-ção de um redutor de velocidade

na descida da ponte, sentido La-gomar. “Os motoristas descem em alta velocidade. Se tiver um redutor, que aplique multa, eles vão pensar duas vezes antes de colocar em risco a vida dos ou-tros”, pontua.

Presidente mostra um dos projetos feitos com a prefeitura

Mobilidade diz que vem atuando Além disso, a população pe-de redutores de velocidade em algumas vias do bairro, como na Avenida Luís Lírio, na descida da Ponte Engenheiro Ivan Mundim (RJ-106) e vias internas da Barra e Nova Brasília.

A nossa equipe de reportagem entrou em contato com a secre-taria de Mobilidade Urbana para saber detalhes sobre o projeto. Se-gundo o órgão, muitas das melho-rias foram colocadas em prática. É o caso do reforço na sinalização da Rodovia Amaral Peixoto e da Rua Luiz Lírio; fiscalização com agen-tes na Luiz Lírio no período de rush da manhã; sinalização hori-zontal indicando os cruzamentos na Ilha da Caieira; primeira etapa da revitalização das passarelas de pedestres; sinalização para maior segurança na circulação de ciclis-tas; implantação de sinalização semafórica na travessia entre o Estádio Cláudio Moacyr de Aze-vedo e a UPA, assim como a insta-lação de um abrigo de ônibus na Ilha da Caieira (sentido Lagomar). Outras das melhorias solicitadas também estão em planejamento para o bairro.

A prefeitura ressalta que, no ca-

so da entrada da Nova Holanda, há uma passagem subterrânea, além de semáforos nos dois sentidos com faixa de pedestres. No entan-to, é fundamental que os pedestres utilizem estes recursos para tra-vessia com segurança. Na região do Coreto, além dos três redu-tores de velocidade já instalados (na altura da Igreja Universal, em frente ao Banco Itaú e na altura da Malha), outras alternativas para a travessia estão sendo elaboradas, inclusive levando em considera-ção as dificuldades de acessibili-dade na calçada entra a Amaral Peixoto e a Luíz Lírio.

No entanto, mais uma vez vale ressaltar a importância da cola-boração dos condutores na prio-ridade ao pedestre e também a necessidade da colaboração do pedestre, que, sempre que possí-vel, deve optar pela passagem no vão subterrâneo.

Quanto ao redutor na descida da Ponte, sentido Lagomar, ela explica que, por ser um trecho classificado como via arterial e velocidade limite de 60 km/h, as alternativas para disciplinar a ve-locidade no trecho próximo à lo-calidade também estão em estudo.

Pavimentação de ruasNa Nova Brasília, uma das prioridades é o recapeamento das ruas, que são de paralelepí-pedo. “Isso é algo que o bairro está precisando. Na última reu-nião do prefeito com os pre-sidentes de bairro, eu fiz esse pedido e ele, Dr. Aluízio, disse que iria verificar essa questão. Só que já se passaram meses, e

até agora não tivemos uma res-posta”, conta Rogélio.

Ele ressalta que as ruas preci-sam de manutenção e que o as-falto seria a melhor solução para o bairro. “A população aguarda há 40 anos por isso. Já está na hora das autoridades olharem para a nossa comunidade com mais respeito”, finalizou.

População pede pavimentação em ruas da Nova Brasília

Um dos pedidos é a instalação de novos semáforos na RJ-106

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016

QUESTÃODE JUSTIÇANO DIVÓRCIO, COMO FICAM OS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO?

O divórcio de muitos casais tem trazido à baila uma situação incomum para o Judiciá-rio, mas corriqueira frente ao crescente nú-mero de animais de estimação no país, bem como do crescimento de sua importância também no âmbito das famílias brasileiras. Assim, em muitos processos de divórcio, os animais de estimação, que ainda são tratados como bem móvel pelo Código Civil, alcançam status de membros da família, não raras vezes assumindo papel de filhos, inclusive no mo-mento em que os casais chegam à conclusão de romper o vínculo matrimonial.

Nesse sentido, faz-se necessário ressaltar que não temos uma lei que verse sobre o te-ma. No entanto, o PL 1.058/11, que reproduz, em grande parte, os dispositivos do Código Civil que versam sobre a guarda comparti-lhada tem como objetivo regular a guarda dos animais de estimação nos casos de dis-solução litigiosa da sociedade e do vínculo conjugal entre os casais.

Se aprovada, a Lei concederá autorização para que o juiz proceda à análise de fatores como ambiente adequado, disponibilidade para os cuidados com o animal etc., informa-ções que o auxiliarão a decidir quem será o detentor da guarda do animal de estimação.

O Projeto de Lei considera animais de estimação todos aqueles pertencentes às espécies da fauna silvestre, exótica, domés-tica ou domesticada, mantidos em cativeiro pelo homem, para entretenimento próprio ou de terceiros, capazes de estabelecerem o convívio e a coabitação por questões de companheirismo, afetividade, lazer, segu-rança, terapia e demais casos em que o juiz entender cabíveis, sem o propósito de abate.

Nessa esteira, a guarda dos animais foi classificada em unilateral e compartilhada. A guarda unilateral é caracterizada pela concessão do animal a uma das partes, que deverá fazer prova da propriedade através de documento de registro do animal onde conste seu nome e que seja idôneo. Já a guar-da compartilhada ocorrerá quando o exer-cício da posse responsável for concedido a ambas as partes.

Aqui, é importante destacar a questão da prova, haja vista a grande variedade de maneiras pelas quais os animais de estima-ção são adquiridos, desde sua compra até situações de resgate nas ruas. A maioria das decisões tem levado em consideração a pro-priedade do animal, analisando em nome de qual cônjuge ele fôra registrado, assim como tem admitido provas por meio de fotos da convivência com o animal.

Entretanto, há muito a ser enfrentado ainda no que tange aos meios de prova, e isso somente poderá ser feito em cada caso concreto e em consonância com a sensi-bilidade do julgador. Isso porque, muito embora o casal que esteja dissolvendo seu vínculo conjugal demonstre sentimentos profundos pelo animal de estimação, há de se considerar que cuidados com um animal ultrapassam a esfera do simples "dar um carinho" e comida. Cuidar de um animal de estimação exige não somente oferecer um lar, abrigo, alimentação, carinho e proteção, mas também o cuidado do acompanhamen-to veterinário, o convívio familiar, os gastos diários e a atenção, o tempo que poderá e deverá ser dedicado ao animal, haja vista que os animais que foram levados para o âmbito doméstico, assim como as crianças, depende exclusivamente do ser humano e essa relação deve ser pensada a longo prazo, como é a vida do animal, de menor duração que a vida humana, mas que deve ser pro-tegida até o fim, não merecendo ser tratada como simples objeto como pensou o filósofo René Descartes, ou como simples soma de uma divisão patrimonial.

Nesse sentido, de acordo com o Projeto de Lei, caberá ao magistrado a observação de algumas condições para que a guarda do animal seja deferida, quais sejam, ambiente adequado para moradia do animal; dispo-nibilidade de tempo, condições de trato, de zelo e de sustento; o grau de afinidade e afetividade entre o animal e a parte; den-tre outros requisitos que o juiz considerar imprescindíveis para a manutenção da sobrevivência do animal, de acordo com as suas características. Ademais, nada impede que os gastos sejam divididos, assim como a guarda, o que proporcionará aos seres hu-manos e ao animal o direito ao convívio fa-miliar, porque não é somente o homem que sente o pesar do afastamento com aqueles com os quais convive. Prova disso é o modo como os animais de estimação recebem seus protetores após chegarem do trabalho no fi-nal do dia, quem tem animal sabe o tamanho do carinho e da saudade externados pelo animal, e tal afirmação dispensa maiores fundamentações.

Por outro lado, enquanto não há efetiva-mente uma lei que discorra sobre o tema, o Judiciário tem recorrido à analogia para solucionar as questões afetas à guarda dos animais de estimação, valendo-se das regras que disciplinam a guarda compartilhada das crianças, previstas em artigos do Código Civil.

No caso de uma das partes já ser de-tentora do animal de estimação antes da celebração do matrimônio e o levar para a convivência do casal, a regulação, em caso de desentendimento do casal quanto à guar-da, fica relativamente mais fácil, pois que o protetor do animal pode ter feito o registro em seu nome, assim como possuir carteira de vacinação e fotos do seu convívio com o animal de estimação, provando que ele já era seu antes do casamento devendo permane-cer com o seu protetor.

O tema da guarda e regulamentação das visitas envolvendo animais de estimação é desafiador, e constitui algo novo para os Tribunais quando o assunto versa sobre ações de divórcio e de dissolução de união estável. Todavia, muitas lides já chegaram ao Judiciário e vêm sendo decididas de ma-neira muito acertada.

É o caso de uma decisão proferida em sede de apelação cível interposta na Sétima Câmara Cível do TJRS, onde o marido re-correu para que a decisão de primeira ins-tância fosse modificada em determinados pontos, entre eles a determinação de que o cachorro de estimação do casal ficasse sob a guarda da mulher. Para tanto, sustentou que o animal foi um presente paterno, razão pela qual ele deveria deter a guarda do cãozinho, contudo, não obteve êxito, já que os desem-bargadores negaram o pedido alegando que na caderneta de vacinação do cão chamado Julinho, não constava o nome do homem co-mo proprietário, mas sim da mulher, o que levou a concluir que era ela quem cuidava do animal de estimação, devendo a guarda permanecer com ela.

Em outra decisão, proferida na Sétima Câmara Cível do TJRS, a Desembargado-ra Relatora do julgamento de um recurso oriundo de ação de divórcio com busca e apreensão de animal de estimação, enten-deu que o cachorro, que antes era de convi-vência comum no âmbito da família, deveria ficar sob a guarda da mulher, já que quem recorreu anexou aos autos fotos do animal de estimação, comprovando o longo rela-cionamento dela e seu filho com o animal.

Destacou que, foi acrescido às provas colacionadas nos autos o fato de o marido, em sua inicial, ter conseguido ver deferida a medida que determinava a busca e apre-ensão do animal que se encontrava na casa da requerida. Contudo, alegou a ex-esposa, em sede de recurso, que jamais fôra com-provado que o cachorro era de estimação do ex-cônjuge, pois ele sequer juntou as características do animal ou provou que era seu proprietário.

CONCLUSÃO

O Direito e a sociedade mudam de acordo com a evolução que os moldam com o de-correr do tempo e das circunstâncias. As leis não são estáticas, pelo contrário, devem se movimentar para acompanhar a sociedade e ouvir os clamores de tudo que é relevante para o mundo jurídico. A lei precisa estar ao lado daqueles que dela necessitam, razão pe-la qual se mostra tão relevante a inclusão, no âmbito por enquanto do Direito de Família, da regulamentação de guarda e visitas no que tange aos animais de estimação nos casos de dissolução de sociedade conjugal.

Por essas, e dentre tantas outras razões, ainda que inicialmente para atender aos clamores antropocentristas, a atenção do Judiciário para com as causas que envolvem animais no divórcio merece aplausos. Sinal de que o Direito está evoluindo junto com a sociedade e tornando a caminhada em busca de justiça mais branda àqueles que dela ne-cessitam, ainda que determinadas situações não estejam positivadas em lei, o Judiciário está valorizando a vida, temperando a rigi-dez do Direito com a sensibilidade da expe-riência da vida.

Estamos caminhando para novos en-tendimentos, novas visões e novas deci-sões, dando ensejo a esferas inclusivas em todos os sentidos e espécies. Assim, o fato de duas pessoas não conseguirem mais di-vidir o mesmo teto, não significa que não possam compartilhar algum tipo de amor, e este muitas vezes se perpetua na forma de um animal de estimação, que mesmo sem poder se comunicar no padrão que conhece-mos, ensina muito aos seres humanos sobre convivência, paciência e amor.

Claro que dessa questão da guarda de animais domésticos provavelmente ou-tras existirão, tais como: O ex-cônjuge que não ficou com a guarda terá a obrigação de prestar pensão alimentícia para o animal do-méstico? E vou além: será que haverá prisão para o devedor de alimentos para animais domésticos? Quem viver, verá.

Que todos os leitores tenham uma se-mana abençoada e que Deus continue ilu-minando nossos caminhos. Grande abraço.

“Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu filho Jesus Cristo.” (1 João capítulo 1 Versículo 3)

FRANÇOIS PIMENTEL [email protected]

MEC garante novas vagas do Fies e Pronatec no próximo semestre

OPORTUNIDADE

Por meio de nota, o Ministé-rio da Educação reafirmou na última semana a manutenção dos programas Fundo de Finan-ciamento Estudantil (FIES) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). De acordo com o documento, o ministro Men-

Ambos os programas são voltados para as pessoas que buscam qualificação profissional gratuita

donça Filho afirma que encon-trou o FIES sem recursos para novas vagas, mas negociou com o Ministério do Planejamento a liberação de recursos necessá-rios para garantir as novas ins-crições no segundo semestre de 2016.

Além disso, com a garantia de recursos, a equipe técnica do MEC está trabalhando para, até o fim de junho, anunciar o processo das novas inscrições do FIES para 2016. Já com re-lação ao Pronatec, o ministro Mendonça Filho confirmou que o governo Dilma deixou o

programa sem orçamento para 2016. Reafirma, entretanto, que o Pronatec não será interrompi-do, e que o MEC está buscando outra solução junto ao Sistema com o intuito de assegurar no-vas vagas.

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é o programa do Ministério da Educação que financia cursos superiores não gratuitos, e com avaliação po-sitiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Já o Pronatec é um programa do governo federal, criado em

2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. O programa visa, ainda, construir, reformar e ampliar as escolas que ofertam educação profis-sional e tecnológica nas redes estaduais, aumentar as oportu-nidades educacionais aos traba-lhadores por meio de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional, aumentar a quantidade de re-cursos pedagógicos para apoiar a oferta de educação profissio-nal e tecnológica e melhorar a qualidade do ensino médio.

Prefeitura diz que segunda dose da H1N1 está disponível

CRIANÇAS

Após o encerramento da Campanha de vacinação con-tra a gripe H1N1 na cidade, antes do prazo estimado pelo Ministério da Saúde, devido à falta de abastecimento do estoque, o município garan-te que já conta com a segun-da dose da vacina. Segundo o órgão, essa dose é destinada a crianças que nunca tomaram a vacina contra a gripe antes, ou seja, foram imunizadas contra a H1N1 pela primeira vez em 2016.

Ainda segundo o órgão, o

A vacina é destinada a crianças que não haviam sido imunizadas contra a gripe

retorno deve ser feito 30 dias após a primeira dose, e essa orientação foi dada aos pais e responsáveis no ato da vacina-ção e anotado na caderneta da criança a data do retorno.

Ainda de acordo com as in-formações, essa segunda dose não faz parte de outra campa-nha, mas sim do esquema de complementação das crianças primo-vacinadas. O órgão in-forma também que as doses já estão disponibilizadas nos 19 postos de saúde da campanha. São eles: Casa da Vacina - R. Antero Perlingeiro, 76, Cen-tro; Centro de Saúde Dr. Jorge Caldas - R. Tenente Coronel Amado, Centro; Pronto Socor-ro Aeroporto - Rua Curuncan-go, s/nº ; ESF Ajuda - Estrada

do Incra, s/n; ESF Aroeira - R. Eucaliptos, 184; ESF Aterra-do do Imburo - Rua Principal, s/n; ESF Barra a/b - R. Calix-to Fernandes das Neves, 355; ESF Lagomar b/c - Rua W18 sentido W1; ESF Fronteira a - Rodovia Amaral Peixoto, s/n; ESF Malvinas b - RUA Princi-pal, 656; ESF Nova Holanda a - Rua Nove s/n ; ESF Praia Cam-pista - Rua Luiza Lírio do Vale, 158 e ESF Virgem Santa - Rua Estrada Virgem Santa, s/n.

Na região serrana, os ende-reços são: ESF Trapiche - Rua Comandante Gerson, s/n; ESF Areia Branca - Rua Principal, s/n; ESF Bicuda Grande - Rua Principal, s/n; ESF Bicuda Pequena - Rua Principal, s/n; ESF Sana - Rua Principal, s/n

e ESF Frade Rua Principal, s/n. Em todo estado, o prazo

para encerramento da Cam-panha contra a gripe H1N1 ocorreu em 20 de maio. Mas, na cidade, de acordo com a população, além de ter sido interrompida várias vezes devido ao não abastecimen-to do estoque, a Campanha terminou antes mesmo de começar. Apesar de diversas pessoas que fazem parte do grupo prioritário não terem sido imunizadas, o órgão mu-nicipal garante que, com base nos dados consolidados do Programa de Imunização, os números atualizados apon-tam que 50.616 pessoas foram imunizadas, atingindo mais de 100% do grupo prioritário.

EXTENSÃO

UFRJ Macaé de portas abertas à população Por meio da III edição do “Inverno com Ciência", a instituição vai oferecer diversas atividades gratuitas aos interessados

Juliane Reis [email protected]

Profissionais da Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus

Macaé Professor Aloísio Tei-xeira seguem nos preparativos para a III edição do “Inverno com Ciência: UFRJ e Socieda-de Compartilhando Saberes”. O evento, aberto à população, será realizado entre os dias 18 e 29 de julho.

Os interessados em participar das atividades devem se inscre-ver no site da UFRJ campus Macaé www.macae.ufrj.br en-tre os dias 20/06 e 08/07/2016.

Ao término do evento, os par-ticipantes irão receber certifica-dos emitidos pela universidade.

“O Inverno com Ciência" é aberto a toda população que queira conhecer a Universida-de Federal do Rio de Janeiro/Macaé e participar de palestras, passeios culturais, oficinas e minicursos totalmente gratui-tos com certificação da Insti-tuição”, disse Cristiane Pires Teixeira, supervisora do evento.

Entre os temas a serem abor-dados estão: “Alimentação e Crescimento Saudáveis na Es-cola”, com a Professora Priscila Vieira Pontes; “Trombose: de-safios antigos e novos estudos”, com o Professor Leonardo Paes Cinelli; “Ética Digital pa-ra pais, professores e alunos”, com Emerson Luiz Florentino Borges; “Classificadores em LIBRAS- Língua Brasileira de Sinais”, com o Professor Erick Rommel Hipólito de Souza; “Uso correto de medicamentos: o que você precisa saber”, com a Professora Magdalena Nasci-mento Rennó.

Já entre os minicursos a se-rem oferecidos está: “Um dia em Jurubatiba: História, Eco-logia e Sensibilização”. A ativi-dade será realizada no Nupem e haverá visita à Unidade de Conservação. Para participar os interessados deverão levar garrafinha com água potável, um lanche leve, capa de chuva e protetor solar. Os trajes são roupas de cores claras e tênis velhos. A atividade será no dia 20 de julho e será coordenada

pelo professor Francisco Este-ves. No total serão 30 vagas.

O evento tem como objeti-vo divulgar os conhecimen-tos científicos produzidos no Campus UFRJ-Macaé junto à comunidade e promover a troca de experiências entre essas du-as instâncias. Trata-se de um encontro de extensão universi-tária, que tem como finalidade oferecer minicursos, oficinas, palestras, mesas-redondas, campanhas educativas, passeios

ecológicos e momentos artísti-cos culturais.

A iniciativa tem como pú-blico-alvo a sociedade local e regional e toda comunidade acadêmica. Trata-se de uma iniciativa da Coordenação de Extensão do Campus UFRJ-Macaé Professor Aloísio Teixeira, em conjunto com o setor de Ensino e Integra-ção Acadêmica, com o apoio da Fundação Educacional de Macaé - FUNEMAC.

KANÁ MANHÃES

Uma das atividades a serem oferecidas engloba visita ao Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016 Geral 11

MEIO AMBIENTE

IX Feira de RSE Bacia de Campos será em junhoEvento acontecerá no Clube Cidade do Sol Martinho Santafé

Transferida para os dias 14, 15 e 16 de junho, das 14 às 21 horas, no Clube Cidade do Sol, em Macaé, a IX Feira

de Responsabilidade Social Empresarial Bacia de Campos, realização da Revista Visão Socioambiental com o patrocínio da Petrobras, Laboratório Bioanálise e Itaipu Binacional, terá como tema central “Reinventando as cidades”. O evento disponibilizará ao público, com entrada gratuita, um fórum com mais de 20 painéis e palestras, além de stands de empresas, órgãos públicos, organizações não governamentais, mostra de cinema socioambiental, oficinas, exposições e performances.

O Fórum da IX Feira de RSE Bacia de Campos abrirá no dia 14, terça-feira, às 15:30h, com o painel “Sociedade e go-vernança”, para o qual foram convidados representantes do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ) e do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). O Painel abordará o combate à corrupção e aos crimes am-bientais, o fortalecimento das redes de cidadania e o controle externo na gestão dos recursos públicos.

Outros painéis relacionados ao con-ceito de sustentabilidade, cidadania e qualidade de vida acontecerão no mes-mo dia: “Desenvolvimento urbano inclu-sivo e sustentável”, com os professores Alcimar das Chagas Ribeiro (Uenf ) e Fabianne Manhães (UFF); “Que cidade queremos?”, abordando a fauna, flora e recursos hídricos urbanos, com os bió-logos Pablo Gonçalves (Nupem/UFRJ) e Vitor Ferreira (Instituto Pé de Planta), sob a mediação de Alessandra Veloso (Sema). Em seguida, o painel “Responsabilidade socioambiental empresarial com ênfase na educação ambiental durante as fases de construção e montagem de empreendi-mento de grande porte”, com Rosa Marília Vieira e Luciana Casanova Borges. Para concluir, a palestra “Potencial de negócios na área de meio ambiente entre Brasil e

Alemanha”, com Achim Schudt, represen-tante do Centro Empresarial de Estudos Internacionais da Confederação Alemã para Empresas de Pequeno e Médio Porte no Brasil.

No dia 15, quarta-feira, o Fórum será aberto com a palestra “Áreas urbanas de interesse ambiental e fiscalização de empreendimentos”, com o engenheiro Carlos Pedro Ferreira (UTE NF), tendo em seguida o painel “Coleta seletiva em Macaé: que lixo é esse”, com Langenbeck Santana (Recicle Social), Sávio Magaldi (Sema) e Júlia Feitosa (Recicla Macaé).

Logo depois, o painel “Reinventando as cidades: escolhas sustentáveis para superar a crise” terá como foco a opção pelos modelos sustentáveis em que haja a conciliação entre o desenvolvimento econômico, a justiça social e a preserva-ção do meio ambiente, em contraposição à lógica do mercado que está destruindo a vida no planeta. Para este painel foram convidados Marco Navega (Federação do CVB/RJ) e o Joelson Rodrigues (IMCT).

O Fórum prossegue com as palestras “Captação de água da chuva no combate a enchentes em áreas urbanas”, com o engenheiro ambiental Marcos Cezar dos Santos (FSMA), “Eficiência energética: uso racional de energia”, com o engenhei-ro ambiental Saulo Borges (Petrobras) e “Inovação tecnológica, imperativa para a nossa coexistência no planeta”, com Gustavo Miguelez e mestre em Inova-ção. Para encerrar, o painel “Recursos hídricos”, com Marcos Cezar dos Santos, chefe-substituto do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, e Edgar Rangel, consultor da Petrobras/UO-BC.

No dia 16, quinta-feira, a palestra “O mundo das relações: corpo x consciência x ambiente” abre o Fórum, com Alberto de Souza (IFF Campus Macaé), seguida do painel “Os excluídos: case de cresci-mento insustentável”, com apresentação do filme “Açu: A Voz dos Desapropriados” e debate com os autores, representantes dos produtores rurais do quinto distrito de São João da Barra e da academia. Em se-guida, as palestras “Horticultura urbana”,

com o engenheiro agrônomo João Flores, vai mostrar como aproveitar os espaços urbanos para produção de alimentos or-gânicos e saudáveis; “A tecnologia aberta contribuindo para a gestão dos recursos hídricos”, com Lorenzo Martins, Antoní-sio Martins e Ramon Narcizo, da Water Vector,; e “Soluções de engenharia susten-táveis, acessíveis e aplicáveis nas comuni-dades da região”, com Matheus Ferreira e Dyogo Diniz, da organização Engenheiros sem Fronteiras Brasil .

O Fórum será encerrado com a palestra do explorador Sérgio Vahia de Abreu, so-bre os “50 anos da expedição que marcou o Centro Geográfico do Brasil”, um dos destaques da IX Feira de RSE e que terá uma exposição fotográfica durante o even-to. Vahia de Abreu, o documentarista in-glês Adrian Cowell e o cacique Raoni eram jovens aventureiros quando participaram, em 1958, da expedição liderada pelos ir-mãos Villas-Boas que levou à criação do Parque Indígena do Xingu. 50 anos depois, os três decidiram refazer essa viagem. As duas aventuras serão narradas na IX Feira por um dos principais protagonistas.

Além do Fórum, estão previstos vários eventos paralelos, entre eles a projeção do vídeo e performance “Ciranda Pla-netária” com a fonoaudióloga Sandra Wyatt, projeto do Irmane C pela Paz, além da Mostra Cenário Socioambiental, com longas e curtas metragens, alguns premiados em diversos festivais no Brasil e no mundo, oficinas diversas etc.liderada pelos irmãos Villas-Boas que levou à criação do Parque Indígena do Xingu. 50 anos depois, os três decidiram refazer essa viagem. As duas aventuras serão narradas na IX Feira por um dos principais protagonistas.

Além do Fórum, estão previstos vários eventos paralelos, entre eles a projeção do vídeo e performance “Ciranda Planetária” com a fonoaudióloga Sandra Wyatt, proje-to do Irmane C pela Paz, além da Mostra Cenário Socioambiental, com longas e curtas metragens, alguns premiados em diversos festivais no Brasil e no mundo, oficinas diversas etc.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 29 e segunda-feira, 30 de maio de 2016