noticiário 24 04 2016

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MARIANNA FONTES Enquanto as obras de urbanização seguem paradas, moradores enfrentam lama e poeira BAIRROS EM DEBATE O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016 Ano XL, Nº 9001 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 Arrecadação de Macaé com ISS e ICMS é a maior dos últimos três anos Câmara deve votar parecer sobre contas do prefeito nesta terça Após o feriado prolongado dedicado à análise do parecer do Tribunal de Contas do Es- tado (TCE) e dos relatórios emitidos pelas Comissões Permanentes de Constituição POLÍTICA WANDERLEY GIL Votação vai movimentar plenário do Legislativo nesta semana Valores já contabilizados pelo município em 2016 superam o volume de receitas alcançadas pela cidade antes da crise e Justiça (CCJ) e de Finanças e Orçamento (CFO), a Câma- ra de Vereadores deve votar nesta semana a análise fiscal sobre a gestão do governo em 2015. PÁG. 3 Abandono de obras amplia problemas Localizado em um ponto privilegiado, a pou- cos minutos do Polo Offshore, do Shopping e das praias mais populares de Macaé, a Granja dos Ca- valeiros sofreu um forte crescimento nos últimos anos. A cada dia que passa, a valorização dessa área tem feito com que a especulação imobiliária au- mente cada vez mais nessa região, que possui um dos IPTUs mais caros do município. Mas apesar do alto valor pago em impostos todos os anos, os moradores dizem que o bairro precisa melhorar muito para poder ser considerado uma “área no- bre”. Uma das maiores revoltas da população hoje é em relação às obras de urbanização que estão paradas há mais de dois anos. PÁG. 8 Granja dos Cavaleiros segue sem infraestrutura garantida pelo governo por obras paradas Vacinação contra H1N1 começa nesta segunda ÍNDICE TEMPO EDUCAÇÃO GERAL Macaé pretende imunizar 50 mil pessoas na primeira etapa de campanha PÁG. 11 KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL Movimento ajudou a denunciar decadência de escolas públicas População deve acompanhar etapas de imunização contra gripe Ocupação retrata caos de escolas estaduais Em Macaé, três colégios já foram tomados por estudantes PÁG. 9 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 35º C Mínima 22º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS Perdão é arma para apartar conflitos INSG/Castelo abre inscrição para projeto Agressão ao meio ambiente gera mortes Grupo Aglomerou sacode Macaé Análise ajuda a combater violência social PÁG. 5 Atividade visa preparar alunos para o ENEM de 2016 PÁG. 9 Poluição provoca fenômenos que criam tragédias PÁG. 10 Samba e pagode romântico como marca registrada CAPA WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES CRESCE REGISTRO DE CRIMES EM MACAÉ SEBRAE PROMOVE CAPACITAÇÃO EM MACAÉ VESTIBULAR DO CEDERJ ABRE 7 MIL VAGAS POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.7 EDUCAÇÃO, PÁG.9 Imposto 2013 2014 2015 2016 ISS R$ 129.235.292,12 R$ 134.827.559,48 R$ 177.269.680,47 R$ 178.358.210,78 ICMS R$ 89.829.297,51 R$ 102.769.327,90 R$ 106.065.782,67 R$ 107.115.193,33 RECEITAS Evolução da arrecadação de Macaé com ISS e ICMS D uas principais fontes de arrecadação próprias do muni- cípio, e capazes de diminuir a dependência do orçamento munici- pal pelos repasses dos royalties e da Participação Especial (PE) do petró- leo, o Imposto Sobre Serviço (ISS) e o Imposto de Circulação de Mercado- rias e Serviços (ICMS) já alcançaram no primeiro trimestre deste ano a maior arrecadação registrada por Ma- caé nos últimos três anos, superando o cenário de crise encarado pelo país desde 2015. Os valores superam tam- bém as previsões do governo. PÁG. 3 KANÁ MANHÃES Fontes de arrecadação próprias ajudam a cidade no equilíbrio das contas públicas

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Page 1: Noticiário 24 04 2016

MARIANNA FONTES

Enquanto as obras de urbanização seguem paradas, moradores enfrentam lama e poeira

BAIRROS EM DEBATE

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016Ano XL, Nº 9001Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

Arrecadação de Macaé com ISS e ICMS é a maior dos últimos três anos

Câmara deve votar parecer sobre contas do prefeito nesta terçaApós o feriado prolongado dedicado à análise do parecer do Tribunal de Contas do Es-tado (TCE) e dos relatórios emitidos pelas Comissões Permanentes de Constituição

POLÍTICA

WANDERLEY GIL

Votação vai movimentar plenário do Legislativo nesta semana

Valores já contabilizados pelo município em 2016 superam o volume de receitas alcançadas pela cidade antes da crise

e Justiça (CCJ) e de Finanças e Orçamento (CFO), a Câma-ra de Vereadores deve votar nesta semana a análise fiscal sobre a gestão do governo em 2015. PÁG. 3

Abandono de obras amplia problemas

Localizado em um ponto privilegiado, a pou-cos minutos do Polo O�shore, do Shopping e das praias mais populares de Macaé, a Granja dos Ca-valeiros sofreu um forte crescimento nos últimos anos. A cada dia que passa, a valorização dessa área tem feito com que a especulação imobiliária au-mente cada vez mais nessa região, que possui um dos IPTUs mais caros do município. Mas apesar do alto valor pago em impostos todos os anos, os moradores dizem que o bairro precisa melhorar muito para poder ser considerado uma “área no-bre”. Uma das maiores revoltas da população hoje é em relação às obras de urbanização que estão paradas há mais de dois anos. PÁG. 8

Granja dos Cavaleiros segue sem infraestrutura garantida pelo governo por obras paradas

Vacinação contra H1N1 começa nesta segunda

ÍNDICETEMPO

EDUCAÇÃO GERAL

Macaé pretende imunizar 50 mil pessoas na primeira etapa de campanha PÁG. 11

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

Movimento ajudou a denunciar decadência de escolas públicas População deve acompanhar etapas de imunização contra gripe

Ocupação retrata caos de escolas estaduaisEm Macaé, três colégios já foram tomados por estudantes PÁG. 9

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 35º CMínima 22º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS

Perdão é arma para apartar conflitos

INSG/Castelo abre inscrição para projeto

Agressão ao meio ambiente gera mortes

Grupo Aglomerou sacode Macaé

Análise ajuda a combater violência social PÁG. 5

Atividade visa preparar alunos para o ENEM de 2016 PÁG. 9

Poluição provoca fenômenos que criam tragédias PÁG. 10

Samba e pagode romântico como marca registrada CAPA

WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES

CRESCE REGISTRO DE CRIMES EM MACAÉ

SEBRAE PROMOVE CAPACITAÇÃO EM MACAÉ

VESTIBULAR DO CEDERJ ABRE 7 MIL VAGAS

POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.7 EDUCAÇÃO, PÁG.9

Imposto 2013 2014 2015 2016ISS R$ 129.235.292,12 R$ 134.827.559,48 R$ 177.269.680,47 R$ 178.358.210,78ICMS R$ 89.829.297,51 R$ 102.769.327,90 R$ 106.065.782,67 R$ 107.115.193,33

RECEITAS

Evolução da arrecadação de Macaé com ISS e ICMS

Duas principais fontes de arrecadação próprias do muni-cípio, e capazes de diminuir a

dependência do orçamento munici-pal pelos repasses dos royalties e da

Participação Especial (PE) do petró-leo, o Imposto Sobre Serviço (ISS) e o Imposto de Circulação de Mercado-rias e Serviços (ICMS) já alcançaram no primeiro trimestre deste ano a

maior arrecadação registrada por Ma-caé nos últimos três anos, superando o cenário de crise encarado pelo país desde 2015. Os valores superam tam-bém as previsões do governo. PÁG. 3

KANÁ MANHÃES

Fontes de arrecadação próprias ajudam a cidade no equilíbrio das contas públicas

Page 2: Noticiário 24 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016

CidadeEDIÇÃO: 325 PUBLICAÇÃO: 27 DE JANEIRO DE 1982

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Petrobrás seleciona 211 candidatos em datilografia e realiza provas sábado

A Região de Produção do Sudeste da Petrobrás, após ter realizado o teste de datilografia para 2.040 inscritos para o cargo de Auxiliar de Escritório/Su-primento, selecionou 211 candidatos que, munidos de cartão de inscrição, carteira de identidade e ca-neta esferográfica, deverão comparecer no próxi-mo sábado, dia 30, às 13,30 hs para submeter-se às provas de português e matemática.

Servidores acompanham aprovação de projeto que concede aumento

Dezenas de servidores municipais compa-receram segunda-feira qua passou na Câmara Municipal, onde está tramitando quatro proje-tos enviados pelo prefeito para apreciação, den-tre os quais, o que concede aumento à classe.

Juventude Batista invade Macaé

Desde a noite de terça-feira, dia 26, milhares de jovens Batistas oriundos de todas as partes do Estado do Rio, estão chegando a Macaé para participar do XII Congresso da Juventude Batista do Estado do Rio - CONJUBERJ, que na abertura

contou com a presença do Prefeito Municipal e do deputado estadual Claudio Moacyr, represen-tando o Governo do Estado.

Trinta e sete pessoas fazem exames de motorista

Anunciado para ser realizado em Macaé a partir de janeiro, o exame de habilitação para motoristas tem 37 candidatos inscritos, dentre os quais seis mulheres, que se submeteram ao teste dos exami-nadores a partir das 13 horas de hoje. As duas auto escolas consideraram a iniciativa como sendo das melhores, porque evitam que os interessados em obter carteira sejam obrigados a viajar pelo menos três vezes aos municípios de Campos e Araruama.

Suspeitos do homicídio do sargento da PM são presos

Grupo HistoriArte e Biblioteca sobre Rodas visitam escolas

No mesmo dia do as-sassinato do policial militar, Elton Santos

Reis, de 40 anos, a Polícia Militar conseguiu localizar e prender os cinco suspei-tos de envolvimento com o crime.

Em posse de informações privilegiadas a PM seguiu para o bairro Parque Aero-porto, conseguindo deter o primeiro suspeito de en-volvimento no homicídio. O mesmo teria informado aos policiais o local onde os demais envolvidos estavam escondidos.

Dando continuidade à operação, as guarnições tomaram o rumo da Rua Alfredo Mota, um residên-cia na qual foi encontrado Wendel de Andrade Santos, de 21 anos, que confirmou às guarnições sua partici-pação no crime. O acusado teria dito à polícia o nome de outros três envolvidos, além de mais dois menores de idade. Em seguida, Allyson Bruno Batista dos Santos, de 20 anos, foi localizado na Rua Aristóteles Miranda de

Melo, no Lagormar. Com a chegada da polícia, o suspei-to tentou se desfazer de uma sacola pela janela, em cujo interior estavam 1.980 pinos de cocaína em seu interior. O outro elemento, Willian Dos Santos Soares, de 22 anos, também foi encontra-do no bairro Lagomar. Com ele, os policiais localizaram uma arma que seria da ví-tima, o sargento Reis; uma pistola Taurus de calibre 40 mm e a pistola que teria sido usada no homicídio, uma PT Bersa Thunder de calibre 9 mm, com a numeração su-primida e quatro munições intactas.

A polícia ressaltou que um jovem de 19 anos, que teria envolvimento com o tráfico de drogas do local, chegou a ser levado à delegacia para prestar depoimento. Mas a esposa da vítima teria re-conhecido o elemento ape-nas como presente na cena do crime contra o sargento Reis, vindo o mesmo a ser autudado e liberado, sendo colocado, então, como mais uma testemunha.

Queima de lixo ameaça segurança de voos

Não é de hoje que o jornal O DEBATE vem alertando sobre situações que colocam em risco toda a segurança aérea no en-torno do Aeroporto de Macaé, considerado o maior da América Latina em pousos e decolagens de aeronaves de asa móvel (helicóp-teros). Uma delas é o descarte ir-regular nas proximidades do ter-minal. Essa semana, um incidente fez com que equipes da Infraero atuassem de forma emergencial para evitar transtornos em suas atividades de rotina, além de ris-cos de quedas de aeronaves. Na manhã de terça-feira (19), um dos lixões do entorno foi incinerado, situação que resultou em grande produção de fumaça nas imedia-ções do terminal aéreo.

Descarte irregular de materiais afeta regularidade de operações do Aeroporto de Macaé

Cinco elementos foram detidos entre os bairros Lagomar e Parque Aeroporto

DIVULGAÇÃO

Fogo foi combatido por brigada do Aeroporto

Page 3: Noticiário 24 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016 3

Política

Imposto 2013 2014 2015 2016ISS R$ 129.235.292,12 R$ 134.827.559,48 R$ 177.269.680,47 R$ 178.358.210,78ICMS R$ 89.829.297,51 R$ 102.769.327,90 R$ 106.065.782,67 R$ 107.115.193,33

RECEITAS

Evolução da arrecadação de Macaé com ISS e ICMS

DESEMPENHO

Arrecadação de Macaé com ISS e ICMS é a maior dos últimos três anosValores já contabilizados pelo município no primeiro trimestre de 2016 supera o volume de receitas alcançadas pela cidade antes da criseMárcio [email protected]

Duas principais fontes de arrecadação própria do município, e capazes de

diminuir a dependência do or-çamento municipal pelos repas-ses dos royalties e da Participa-ção Especial (PE) do petróleo, o Imposto Sobre Serviço (ISS) e o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) já alcançaram no primeiro tri-mestre deste ano a maior arreca-dação registrada por Macaé nos últimos três anos, superando o cenário de crise encarado pelo país desde 2015.

Os dados do desempenho tri-butário do município referente aos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano indicam que, apenas com essas duas fontes orçamentárias, o município re-colheu R$ 285 milhões, dinheiro que representa a participação da indústria, do comércio e da cons-trução civil no desempenho or-çamentário do governo.

Mais que os valores indicados,

o desempenho tributário conso-lidado pela prefeitura, através do Portal da Transparência, apon-tam as chances de Macaé ga-rantir o equilíbrio fiscal e finan-ceiro no ano em que as receitas do petróleo alcançam sua maior decadência.

Segundo o Portal, no primei-ro trimestre deste ano, Macaé obteve a arrecadação de R$ 178 milhões com ISS, cerca de R$ 1 milhão a maior que em 2015.

Mas, quando comparado com o ano em que o município obteve o maior resultado fiscal da últi-ma década, o desempenho tri-butário deste ano chama ainda mais atenção.

Em 2014, ano em que o preço do barril do petróleo alcançou a

sua maior cotação, gerando assim os maiores repasses dos royalties e da Participação Especial, Macaé arrecadou no primeiro trimestre R$ 134 milhões com o ISS e R$ 102 milhões com o ICMS. Já nes-te ano, as receitas saltaram para R$ 178 milhões e R$ 107 milhões, respectivamente.

O desempenho da arrecada-ção do ICMS e do ISS, neste ano, supera também as previ-sões do governo, consolidadas pela Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016. No primeiro trimestre do ano, essas fontes de arrecadação própria gera-ram um excesso de receitas de cerca de R$ 40 milhões.

Hoje, o ISS e o ICMS susten-tam as verbas aplicadas pelo

governo em Saúde e Educação, garantindo o cumprimento dos índices determinados pela Cons-tituição Federal.

Além disso, as duas principais fontes de arrecadação do muni-cípio - que representam as ope-rações da indústria - garantem o custeio da folha de pagamento, tanto dos servidores do quadro fixo, quanto dos assessores no-meados pelo prefeito.

No entanto, mesmo com a arrecadação do ISS e do ICMS em alta, Macaé registra queda no volume total de receitas já recolhidas pela prefeitura, pressionada principalmente pela redução significativa nos repasses dos royalties e da Par-ticipação Especial.

KANÁ MANHÃES

Operações da indústria podem manter equilíbrio fiscal do município, através da elevação das receitas próprias do orçamento

Câmara deve votar parecer sobre contas do prefeito nesta semana

ANÁLISE

Após o feriado prolongado dedicado à análise do parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e dos relatórios emitidos pelas Comissões Permanentes de Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças e Orçamento (CFO), a Câmara de Vereado-res deve votar nesta semana a análise fiscal sobre a gestão do governo em 2015.

Conforme solicitado pela ban-cada de governo, e acatado pela presidência da Casa, a expectati-va é que o parecer do TCE sobre as contas do governo no ano pas-sado seja discutido já na sessão ordinária desta terça (26).

Decisões serão baseadas em relatório do Tribunal de Contas do Estado

Conforme o bloco de oposição adiantou em plenário durante esta semana, o parecer do TCE é favorável às contas, mas indica cerca de 20 ressalvas que devem ser analisadas com cuidado pe-los parlamentares.

No ano em que o governo arrecadou mais de R$ 2.333 bilhões, e pagou mais de R$ 1,9 bilhão em despesas, segundo o Portal da Transparência, hou-ve também questionamentos e preocupações quanto ao nível de comprometimento do orça-mento em relação ao custeio da folha de pagamento.

Por conta da complexidade da discussão, a oposição chegou a solicitar mais tempo à presidên-cia da Casa, visando analisar o parecer do TCE e os relatórios das Comissões. Com isso, corre o risco da decisão final sobre as

WANDERLEY GIL

Votação das contas do prefeito vai movimentar o plenário

contas do governo sair apenas na sessão de quarta-feira (27).

Apesar do TCE ser o órgão que analisa, ponto a ponto, a execução do orçamento munici-pal, é da Câmara de Vereadores o poder e a decisão final sobre a aprovação ou rejeição das con-

tas do governo.Pelas contas da bancada, o

Executivo já possui 10 votos favoráveis dos vereadores da situação e 7 possíveis votos con-trários dos parlamentares de oposição, e que seguem a linha de indepedência na Casa.

Guto Garcia (PMDB) propôs criação de comissão para cobrar da Ampla ligação de rede de energia em escolas do município

NOTA

PONTODE VISTADesde a década de 90, quando o município de Macaé iniciava o recebimento de vultosas quantias de royalties pela explora-ção de petróleo e gás extraídos da plataforma continental do litoral fluminense, figurando em primeiro lugar no repasse dos recursos por estar na lista da Zona Principal de Produção, faltou, não resta a menor dúvida, olhar para o futuro.

Macaé. Não é de agora e, sim, desde a década de 50, quando o município ainda recebia o fornecimento de água do Parque Atalaia, e assinou um convênio com as empresas antecessoras da Cedae, que a população reclama da ineficiência do serviço de abastecimento.

Um grupo de vereadores promete anunciar em breve uma ação de efeito retardado que vai dar o que falar. Pelo que se sabe e se conhece nos bastidores, a “bomba” que está armada trata de denúncias que relatam situações de políticos envolvidos com a Operação Lava-Jato e que, prometem os autores, vai para Curitiba, onde atua o juiz Sérgio Moro, para compartilhar delações.

Passado o primeiro momento de expectativa no que diz respeito ao impeachment aprovado na Câmara dos Deputados por 367 votos favoráveis contra 137 contrários, agora as atenções se voltam para o Senado, que a partir de segunda-feira vai ter 10 dias úteis para aceitar ou rejeitar a denúncia aprovada. Com a possibilidade de Lula não virar ministro, o processo pode ser concluído até 12 de maio.

Até domingo.

Mais um “feriadão” deixou a cidade mais tranquila, lembrando os tempos dos saudosistas da Macaé antiga. Outro feriado igual, com direito a ponto facultativo a ser anunciado para uma sexta-feira, é o do dia 26 de maio. Já tem gente programando ir para o bairro chic de Macaé (Búzios), enquanto outros grupos aproveitam para fazer longas viagens porque ninguém é de ferro.

Dever de casa

Mais água para...

Durante a campanha iniciada na década de 80, quando Macaé tinha à frente o ex-prefeito Alci-des Ramos, mesmo participando da mobilização, chegou a duvidar de que seria um presente caído do céu, e chegou a insinuar que não pagaria as passagens aéreas para que uma comissão da Câmara Municipal fosse a Brasília pres-sionar o Congresso para pleitear mudanças na legislação, visando que municípios e estados fossem incluídos na lista dos favorecidos. Em 1986, em um grande palanque armado na Praça São Salvador, em Campos dos Goytacazes, lá estava ele, ao lado do então presidente José Sarney e do governador Leo-nel Brizola, no ato público de assi-natura da lei que autorizou, enfim, os repasses de royalties. De início, a legislação era um tanto severa, para evitar o gasto perdulário e era permitido apenas para custear obras rodoviárias, meio ambien-te, iluminação, e outras de infra-estrutura, evitando o desperdício do dinheiro, tudo fiscalizado pelo

Tribunal de Contas da União. Em 1997, a legislação foi mais uma vez alterada, e a partir daí permitiu-se a aplicação dos recursos de ma-neira menos controlada, evitando apenas que fossem utilizados para pagamento de pessoal. Depois, vi-rou um Deus nos acuda, o TCU liberou e a farra começou. Só que, apesar do enorme volume de dinheiro que entrou nos cofres públicos, nenhum prefeito fez o dever de casa, principalmente os responsáveis pelas três últimas gestões, apesar de receberem de consultores a proposta de criação de um fundo, como fez a Norue-ga, por exemplo, que agora pos-sui US$ 850 bilhões de dólares, para evitar a falta de dinheiro em caso de crise, como a de ago-ra. O cidadão que acompanha a enorme gastança de cerca de R$ 2 bilhões do orçamento anual, apesar de existir o Conselho dos Royalties, jamais conseguiu uma prestação de contas detalhada. Esconder o quê? Como pergun-tar não ofende...

Quando o município ainda era integrado pelos distritos emanci-pados de Carapebus e Quissamã, e possuía território de 2055 km2, foi necessário muito prestígio para dotar os agora municípios do sistema de tratamento e de abastecimento. No primeiro ca-so, de Carapebus, quando o pre-feito era Antonio Curvelo Ben-jamin. No outro, Quissamã, foi Moreira Franco que atendeu aos apelos da população. Excetuando aquelas localidades, Macaé dimi-nuiu seu território para cerca de 1.350 km2, mas a população au-mentou consideravelmente com a chegada da Petrobras. Apesar das inúmeras obras de ampliação conquistadas pelo então depu-tado Cláudio Moacyr, e que teve no engenheiro macaense José Augusto de Andrade Silva o ide-alizador de obras para melhorar o abastecimento, a burocracia dos órgãos públicos, frente à célere ação da iniciativa privada que foi tomando conta da cida-de, sempre mostrou um serviço ineficiente e a cobrança por mais água, com protestos nas ruas, era constante. Quando encerrava o

governo, coube ao ex-prefeito Sylvio Lopes (PSDB) tomar a ini-ciativa de denunciar o convênio com o Estado e, como os interes-ses também políticos não permi-tiam a conclusão, a promessa de “Mais Água Para Macaé”, exibi-da em enormes outdoors, era o mote das campanhas eleitorais. Quando o governo anterior de-cidiu continuar o convênio com a Cedae, a empresa - ou o gover-no, como queiram - anunciou o investimento de R$ 103 milhões para dotar todo o município de água. Só que as demoradas obras, e a falta de dinheiro no caixa do governo estadual, não permiti-ram e não permitem concluir o projeto que anda a passos de tar-taruga e não tem prazo para ser concluído. Como o prefeito atu-al ainda acredita em histórias da carochinha, vai ficar aguardando e anunciando que Macaé vai ter mais água. Só não se sabe quan-do. A não ser que haja uma Par-ceria Público Privada para, igual a Região dos Lagos e Campos dos Goytacazes, tornar eficaz e fazer andar os projetos engavetados, pelo menos. Mas...

PONTADA

Page 4: Noticiário 24 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Por diversas vezes, e em diferentes momentos, a indústria internacional do petróleo sediada no Brasil, representada pelas instituições que compartilham debates e estratégias junto às entidades de classe do setor empresarial brasileiro, já sinalizou que existem caminhos para que o mercado o�shore do país possa se restruturar.

Madre Teresa ao chegar a Calcutá, na Índia, se de-parou com uma violenta miséria. Pessoas morriam sem atendimento nas ruas e eram, no dia seguinte, recolhidas por caminhões, como se fossem lixo.

Declínio

Teresa do altar

E o grande salto desse novo mo-mento seria a recuperação dos postos de trabalho, fechados

por conta da crise.No entanto, o grande fator que

compromete a consolidação dessas novas ações, para reaquecer o mer-cado do petróleo do país, depende da conclusão do processo de impe-achment encarado pela presidente Dilma Rousse� (PT), após derrota no Congresso Nacional.

É que, com o cenário político nacional estagnado por conta das discussões sobre o impedimento da presidente, seguem bloqueados também os debates referentes ao projeto, encarados pelas instituições que representam a indústria inter-nacional do petróleo como a saída para a crise econômica nacional.

Aprovado há cerca de um mês pela Câmara dos Deputados, o projeto que retira da Petrobras a obrigatoriedade de ser a operadora única de novos poços de exploração e produção, leiloados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), segue paralisado no Senado que se de-bruça sobre o relatório que propõe o impeachment.

Com essa alteração proposta pela própria indústria, as reservas de pe-tróleo já descobertas no país - não exclusivamente o pré-sal - atrairiam investimentos calculados em mais

de 500 bilhões de dólares, dinheiro suficiente para manter as empresas em Macaé e recuperar parte dos 13 mil postos de trabalho fechados des-de janeiro de 2015.

A própria indústria aponta, ainda, que a corrupção e o clima de instabi-lidade política são fatores que colo-cam o Brasil na 75ª entre as nações que podem receber investimentos internacionais no campo petrolífe-ro. Entretanto, a condição principal buscada pelas grandes empresas offshore é a estabilidade jurídica através de marcos regulatórios bem definidos, que tornam o mercado mais competitivo e atraente para as empresas que, hoje, possuem condi-ções de investir, mesmo com o preço do barril do petróleo patinando na casa dos US$ 40.

Independente do resultado do debate político, a Petrobras se man-terá por alguns anos em situação de alerta vermelho, sem conseguir abrir novas frentes de investimen-tos, reaquecendo os setores de ex-ploração e produção considerados como a alma das operações o�shore em Macaé.

E quanto mais essa decisão for adiada, mais a Capital Nacional do Petróleo sentirá, como nenhum outro município da região, os efeitos da falência institucional, e até moral, do conceito de política nacional.

A religiosa não teorizou o problema, não se escon-deu em desculpas e se-

quer esperou ter para fazer. Simplesmente arregaçou as mangas e começou a levar pa-ra o convento os abandonados que encontrava.

Muitas dessas pessoas, em estado terminal, não pude-ram ser salvas da morte, mas encontraram nos braços da freira um pouco de dignidade. Num olhar, num sorriso, num toque sem nojo, num aperto de mão.

Certa vez, um empresário foi passar uns dias como vo-luntário na obra de Madre Teresa. Foi encarregado por ela de atender um desses mo-ribundos, e ficou apavorado. Diante de tamanho sofrimen-to, achava que nada faria dife-rença. “O que faço”? Ouviu da irmã: olhe nos olhos dele, sorria e segure sua mão.

Certamente, a religiosa, que será proclamada Santa em se-tembro deste ano, gostaria de disponibilizar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), atendimentos especializados e remédios adequados. Mas enquanto isso não era possí-vel, empregou suas forças em gestos simples como fazer um curativo, dar um alimento, um copo d'água ou um banho. Aliás, ao dar um banho num doente ouviu de alguém que nem por um milhão de dóla-res faria isso. Madre Teresa teria respondido: Nem eu! Só por amor…

Impressiona o fato de que, em meio a tanta pobreza, Ma-dre Teresa enxergasse uma necessidade ainda maior: “No mundo existe mais fome de

amor e de apreciação do que de pão.” Sua vida tocava na pobreza absoluta e, apesar dis-so, afirmou: “O dinheiro não é suficiente, o dinheiro pode ser obtido, mas eles precisam de seu coração para amá-los”.

Diante de tanto sofrimen-to, não media esforços e não queria perder tempo: “Nós mesmos sentimos que o que fazemos é uma gota no ocea-no. Mas o oceano seria menor se essa gota faltasse.”

Em determinada oportuni-dade quiseram oferecer-lhe um jantar em homenagem. Recusou, pedindo para suas obras o dinheiro que seria gasto com guloseimas. Em 1979, aceitou receber o Prê-mio Nobel da Paz, pois seria uma oportunidade de tor-nar conhecida a realidade de tantos que sofrem e também poder utilizar o prêmio nesses atendimentos.

Em 2007, dez anos após sua morte, foi revelado que Madre Teresa passou pelo menos 50 anos com dúvidas e dificuldades na oração. E isso - chamado por Bento 16 de “silêncio de Deus” - não impediu que a “santa das sarjetas” realizasse uma obra admirável. Continuou rezan-do, buscando um Deus que si-lenciava em seu coração, mas gritava em seus atos.

Que falta faz Madre Teresa nas ruas de Calcutá, na Euro-pa dos refugiados. e aqui no Brasil, onde sobram discursos, mas escasseia caráter, coerên-cia e atitude.

Osvaldo Luiz é jornalista e au-tor do livro Ternura de Deus, da Editora Canção Nova

KA

MA

NH

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PAINEL

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

O Centro de Atenção Psicossocial Betinho, da Secretaria de Saúde, realizará na segunda-feira (25), às 10 horas, uma roda aberta de Danças Circulares, no Solar dos Mellos

Vacinação Pais de crianças com idade entre seis meses e quatro anos, doentes renais crônicos e ges-tantes devem garantir a imunização contra o vírus H1N1, que já provocou mortes no país neste ano. As vacinas serão aplicadas nos postos de saúde do município a partir desta segunda-feira, dia 25, quando será antecipa-da a campanha nacional. A partir do dia 30, será a vez dos idosos com mais de 60 anos, mulheres após partos, profissionais da saúde e doentes crônicos.

Turismo Assim como as principais cidades do Norte Fluminense, Macaé também lucrou com o feriado prolongado. Mas, diferente do movi-mento registrado por Rio das Ostras, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação dos Búzios, o turismo da Capital Nacional do Petróleo foi concentrado no Sana, principal distrito da Ser-ra da cidade. Já na “sede” do município, bares e restaurantes registraram baixa frequência de clientes.

Realidade Moradores do São José do Barreto seguem sonhando em poder contar, um dia, com a sorte dos seus vizinhos que moram no Barra-mares. Colados, os bairros apresentam hoje cenários e realidades bem distintas. O Barreto sofre com a falta de infraestrutura provocada pela ocupação desordenada. Já o Barrama-res, criado a partir de um loteamento, passa a estampar a campanha de marketing da pre-feitura, por ter recebido mais de R$ 5 milhões em obras de urbanização.

Bolsa AtletaO programa Bolsa Atleta, ligado à Fundação de Esporte (Fesporte), sofreu nesta semana a redução orçamentária de R$ 63 mil, atra-vés da suplementação feita pelo governo. Os recursos foram aplicados no reforço or-çamentário destinado pela prefeitura à pró-pria Fundação, porém para outras atividades administrativas. Pelo que se vê, não haverá tempo para a implantação da atualização da lei que rege o programa de incentivo ao es-porte na cidade.

PainéisPor um ano, a prefeitura vai pagar quase R$ 355 mil para alugar três painéis luminosos utili-zados pela secretaria municipal de Mobilidade Urbana na orientação do trânsito na cidade. Um equipamento semelhante foi posicionado no trecho da RJ 106 próximo do acesso à Ave-nida Nossa Senhora da Glória, nas imediações da restinga da Praia do Pecado, com objetivo de integrar a campanha de conscientização da população sobre o combate ao Aedes aegypti.

Compra A prefeitura anunciou na última quinta-feira (21), a realização de concorrência pública no dia 10 de maio e que prevê despesas de mais de R$ 1 milhão, com o objetivo de adquirir material permanente para a secre-taria municipal de Educação. O edital pre-vê a compra de mais de 4,2 mil móveis de diferentes especificações, visando atender a demanda futura de alunos para o ano de 2016, além de acomodar também os pro-fissionais da rede.

Marketing Projetos como o do subsídio da passagem a R$ 1 passam a estampar placas implantadas em pontos importantes da cidade, fazen-do assim a nova estratégia de marketing da prefeitura, implantada em outras mídias de comunicação beneficiadas pelo orçamento do governo destinado à Comunicação. O que chama a atenção é que essas propagandas passam a compor a paisagem de áreas onde há grande circulação de pessoas, alcançando uma grande visibilidade em ano eleitoral.

Negócios Mesmo com a economia em baixa, o mercado imobiliário da cidade mantém investimentos programados em períodos anteriores à crise. Hoje, Macaé usufrui de grande oferta de imó-veis novos e seminovos, despertando assim o interesse de famílias que ainda sonham com a aquisição da casa própria. Porém, a insta-bilidade política no cenário nacional ainda de-sestimula a consolidação de negócios, embora as oportunidades sejam bastante tentadoras.

Índice Já que não há placas que indicam a balneabi-lidade das praias e da Lagoa de Imboassica, a população pode acessar o site do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para conferir as condições dos principais points para a prática de esportes aquáticos que enfeitam as águas da Lagoa, como o kit surf, comum à paisa-gem da Praia Campista, e o stand-up paddle. Mas como a saúde deve estar em primeiro lugar, não custa conferir os índices antes da diversão.

A Avenida Aristeu Ferreira da Silva e outras vias do Novo Cavaleiros já receberam as obras de pavimentação, executadas pela prefeitura após muita reclamação dos moradores e de motoristas que trafegam pelo local. No entanto, as intervenções realizadas pela Odebrecht Ambiental no ano passado ainda deixam marcas no bairro, o que é motivo de insatisfação.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016 5

PolíciaCOLUNA

O tenente-coronel Ramiro Campos fala sobre os benefícios do perdão

Exercite diariamente o perdão, não perdoar é tomar a cada dia uma gota de veneno, achando que a pessoa que nos fez um grande mal é que vai morrer, na verdade nós que co-meçamos a morrer homeopati-camente.

O PERDÃO PODE SER EXERCITADO?

Obviamente que sim, talvez seja o melhor exercício diá-rio de um ser humano. Neste final de semana assisti a uma grande obra cinematográfica de Hollywood, um filme cha-mado: "Uma longa viagem", rodado no ano de 2014. Ele retrata uma história real, com um final extraordinário de sentimento humano; o fato ocorreu durante a segunda guerra mundial, na qual Eric Lomax, um soldado americano que é capturado pelos japone-ses e enviado para Tailândia como prisioneiro de guerra para trabalhar em um projeto tirano, a construção de uma estrada ferroviária denomina-da Burma-Sião, que na época devido as péssimas condições de trabalho e torturas, acabou com a vida de mais de 250 mil homens. Durante seu tempo no acampamento, Lomax foi brutalmente torturado por militares tailandeses, mas conseguiu sobreviver e ser li-bertado. Passados alguns anos, já veterano de guerra, sofren-do com os horrores que havia passado, ele decidiu partir em busca de um Oficial que foi seu torturador. Quando o en-controu também aposentado e trabalhando como guia de turismo na referida estrada de ferro, em um ato extra-ordinário de humanidade e empatia, ao invés de querer vingança, Eric Lomax lhe for-neceu o perdão, pois percebeu que o sofrimento e a dor tam-bém eram de seu algoz com a mesma intensidade que a sua, ou seja, quem faz uma pessoa sofrer, também é atormentada pelo que fez.

O SER HUMANO É PASSÍVEL DE ARREPENDIMENTO?

Sim, pois possuímos cons-ciência de nossos erros e acertos, sabemos que um dia responderemos por tudo que fazemos, essa é a lei de nosso criador. Este filme me fez re-fletir que um dos sentimen-tos mais nobres e poderosos do ser humano, é o perdão, o exercício constante deste possui um efeito neurofisio-lógico, que alavanca grandes conquistas em nossas vidas; quando sofremos o mal de alguma pessoa, nos sentimos aprisionados com mágoa e tristeza, devido ao que nos fizeram, esses sentimentos tóxicos minam nossa força, energia e vontade de seguir em frente, cada vez mais ficamos tristes e desanimados, perden-do grandes oportunidades na vida, o que nos torna pequeno e vítima. Recuamos e achamos que nunca mais seremos feli-zes. Como alguém consegue viver assim? Não perdoar é tomar a cada dia uma gota de veneno, achando que a pessoa que nos fez um grande mal é que vai morrer.

A FALTA DO PERDÃO NOS FAZ MAL?

Certamente, enquanto não perdoamos isso nos causa fa-diga, estresse, baixa imunidade e risco de depressão, uma mis-tura perfeita para o fracasso de um ser humano, de levá-lo ao fim do poço sem nenhuma esperança, não se esquecen-do que esse sentimento se ca-pilariza para a nossa família e amigos. O perdão gera um pensamento positivo com feli-cidade, alavancando nosso su-cesso e bem-estar, quanto mais pensarmos em perdoar, mais sentimentos positivos e ações positivas surgirão em nossas vidas; perdoar é não mais sen-tir o que a lembrança negativa traz, se libertar da mágoa ou ofensa que lhe foi imposta, aí sim, você percebe que é capaz de vencer desafios maiores ainda. Mesmo que pelo grau da ofensa você julgue que o outro não merece perdão, lembre-se que você não merece carregar esse sentimento de sofrimen-to em sua vida, tornando um fardo muito pesado para uma pessoa que deseja ser feliz. Es-te exercício desperta uma no-va forma de agir e tratar com o mundo. Da mesma forma que devemos manter nosso corpo limpo, igualmente devemos fa-zer com nossa mente e coração, mantê-los limpo, deixando ir embora quem deve ir, deixan-do para trás o que não condiz mais com o nosso presente, desta forma abriremos novas oportunidades, confiante que o sucesso e a felicidade virão.

VOCÊ PODE CITAR UM EXEMPLO CLÁSSICO DE PERDÃO?

Meu falecido pai me contava uma antiga parábola que para min é um exemplo a ser seguido. Diz o seguinte: o filho chegou pa-ra o pai e disse: Pai, não aguento mais a minha esposa, quero matá-la, mas tenho medo que descubram. O senhor pode me ajudar? O pai respondeu: Posso sim, mas tem um porém, você vai ter que fazer as pazes com ela para que ninguém desconfie que você foi o autor do crime, quan-do ela morrer. Para enganar aos outros, vai ter que cuidar muito bem dela, ser gentil, agradecido, paciente, carinhoso, menos ego-ísta, retribuir sempre e escutar mais. Está vendo este pozinho aqui? Todos os dias você vai colocar um pouco na comida dela. Assim, ela vai morrer aos poucos. Passados 30 dias, o fi-lho voltou desesperado e disse ao pai: Eu não quero mais que ela morra. Eu passei a amá-la, e ela da mesma forma passou a me tratar com amor e ternura. E agora? Como eu faço para cortar o efeito do veneno? O pai, então, respondeu: Não se preocupe! O que eu te dei foi pó de arroz. Ela não vai morrer, pois na verdade o veneno estava em você.

Quando alimentamos ranco-res, morremos aos poucos. Te-mos que fazer as pazes conosco e com quem nos ofendeu; tra-tar aos outros, como gostaría-mos de ser tratados; termos a iniciativa de amar, de dar, de doar, de servir, de presentear e não só a de querer ganhar, ser servido, tirar vantagem e ex-plorar o outro. Temos que nos purificarmos com este antídoto chamado perdão.

Quem quiser pode enviar su-gestão de pauta para o e-mail do Tenente-coronel Ramiro Cam-pos, o endereço é: [email protected].

NOTA

Somente neste mês, a Guarda Ambiental registrou cerca de 80 atendimentos de combate a incêndio, uma média de quatro ocorrências por dia, mais que o dobro dos registros em períodos chuvosos.

A falta do perdão pode causar uma série de sintomas ruins que levam ao fracasso do ser humano

BALANÇO

ISP divulga dados do mês de marçoIncidências criminais do município seguem sem muitas mudançasLudmila [email protected]

Apesar da confiança das instituições de segurança pública, quanto à melho-

ra da violência no município, os dados divulgados pelo Institu-to de Segurança Pública (ISP) mostram que os índices têm mantido uma média, compara-dos com o mês de fevereiro.

O ISP divulga mensalmen-te as Incidências Criminais, de acordo com as ocorrências realizadas nas Delegacias do Estado do Rio de Janeiro. Em comparação com o mês de fe-vereiro, março teve uma alta de 89 registros referentes a todos os tipos de crimes registrados no município. Ou seja, em mar-ço foram registrados 937 ocor-rências contra 848 no mês de fevereiro.

De acordo com o balanço mensal, no mês passado, Macaé registrou 187 casos de roubos, de todos os gêneros, como em comércios, a transeuntes, re-sidências, cargas, entre outros; já em março foram 194 casos, com um aumento de sete regis-tros em um mês. Já os casos de furtos (quando não se é usado de violência contra a vítima) foram 165 registros.

O roubo a transeuntes está entre as principais reclama-ções da população, que cobra da Polícia Militar (PM) um maior efetivo de policiais nas ruas realizando um patrulhamento ostensivo. Contudo, apesar da pouca diferença, o mês de mar-ço continua com um aumento no crime, sendo 91 registros contra 87 do mês de fevereiro. O mesmo ocorre com o crime de roubo a aparelhos de celular, em fevereiro, o município teve 23 casos e em março foram 39 registros.

É importante ressaltar, que

para a PM, é de extrema impor-tância que o cidadão registre as ocorrências, mesmo quando não considerá-las grave. Apesar de frequente, o roubo de celular, muitas vezes não é notificado à polícia, seja por questões de distância até a DP ou pela víti-ma não considerar importante. Contudo, para a polícia os re-gistros servem como base para montar a segurança da cidade. De acordo com os registros são verificadas as manchas crimi-nais e assim o policiamento é destinado aos locais com maior incidência de crimes.

Os crimes de maior relevância e que têm levantado um maior

debate quanto a segurança do município, também seguem mantendo uma média. O homi-cídio doloso (aquele que o agen-te quer tirar a vida de alguém ou assume o risco de fazê-lo) teve um caso a menos que no mês de fevereiro. Sendo oito registros em fevereiro e sete em março. O índice ainda está aquém do ide-al e esperado pelos macaenses. Aparecendo com uma média de dois a seis casos no mês, os ca-sos de estupro estão frequente-mente acontecendo na cidade. Em março foram dois casos. E, o desaparecimento de pessoas teve dois registros também no mês passado.

Para ajudar a Polícia Militar no combate à criminalidade e violência em toda a área do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), qualquer cidadão pode denunciar pessoas e situações suspeitas. Basta entrar em con-tato com o Disque-Denúncia da Polícia Militar, através do número 2765-7296. O telefone está à disposição da população 24 horas por dia para atender to-dos os chamados, e não é preciso se identificar. Além das ligações, os cidadãos também podem pas-sar informações pelo WhatsApp, através do número 98168-2344. Ou por e-mail para: [email protected].

WANDERLEY GIL

Macaé mantém uma média no índice de criminalidade comparado ao mês de fevereiro

BR-101 RJ/Norte deve �car movimentada na volta para casa

RODOVIA

Quem pôde emendar o fe-riado de Tiradentes, que foi co-memorado na quinta-feira (21), deve pegar estrada de volta para casa entre hoje (24) e segunda-feira (25). Com isso, é preciso ficar atento aos horários de maior movimento na BR-101 RJ/NORTE e evitar os conges-tionamentos na Rodovia.

De acordo com a Autopista Fluminense, concessionária do Grupo Arteris e responsável pe-la administração da BR-101 RJ/Norte, nestes dois dias cerca de 164 mil veículos devem trafegar no local, nos trechos que cor-tam cidades como Macaé, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu.

Neste domingo, a concessio-nária informou que o horário de maior movimentação será das 14h às 21h. Já na segunda-feira (25) estima-se que pas-sem 82 mil veículos, entre 06h às 11h.

A concessionária orienta os usuários para que adotem me-didas de segurança, por exem-plo, fazendo a revisão prévia no veículo e utilizando sempre o cinto de segurança em todos

Motoristas devem ficar atentos aos horários de maior fluxo

os bancos, além da cadeirinha infantil para o transporte de crianças. É importante também respeitar os limites de veloci-dade e programar paradas ao longo da viagem para descanso e alimentação.

ATENDIMENTO A EMERGÊNCIASE INFORMAÇÕES

Pelo telefone 0800 2820 101, o usuário pode solicitar aten-dimento de emergência na rodovia, tirar dúvidas ou fazer reclamações e sugestões para a concessionária. O telefone

0800 717 1000 também está disponível para o atendimento aos usuários com deficiência auditiva e da fala (não aceita ligações de telefones conven-cionais e celulares).

PEDÁGIONos dias de maior fluxo, as

praças de pedágio da BR-101/RJ Norte funcionarão com capacidade máxima. Arreca-dadores adicionais estarão de plantão para fazer a cobrança à frente das cabines (papa-filas), quando necessário. A tarifa bá-

sica para automóveis é de R$ 3,80. Motos pagam R$ 1,90. Ve-ículos comerciais pagam con-forme o número de eixos. Cinco praças de pedágio estão em fun-cionamento na rodovia: Km 40 - Campos dos Goytacazes (co-brança nos dois sentidos); Km 123 - Campos dos Goytacazes (cobrança nos dois sentidos); Km 192 - Casimiro de Abreu (cobrança nos dois sentidos); Km 252 - Rio Bonito (cobran-ça nos dois sentidos); Km 299 - São Gonçalo (cobrança unidi-recional - sentido Niterói).

WANDERLEY GIL

Hoje, a Autopista estima que passem 82 mil veículos na rodovia, de 14h às 21h

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016

IMÓVEL

Macaé sediará encontro para avaliar cenário imobiliário regionalSegundo Secovi Rio, preço do metro quadrado no município já desvalorizou 5,5% Guilherme Magalhã[email protected]

Co m u m a p o p u l a ç ã o estimada em 234 mil habitantes, não há co-

mo negar que Macaé teve um ‘boom’ considerável no mercado imobiliário durante a última década. O problema é que, com a crise, esse setor vem ficando gradualmente mais tímido e avaliar o ta-manho desse recuo será jus-tamente o objetivo do “Cená-rio do Mercado Imobiliário do Norte Fluminense 2016”, realizado esta quarta-feira no Royal Macaé Palace Hotel, a partir das 18h.

De acordo com a Secovi Rio (Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro), organizado-ra do encontro, o evento tra-rá dados exclusivos sobre o setor na cidade e nos demais municípios da região. Segun-do o órgão, entre outras ques-tões, uma pesquisa revelará que, em relação ao preço do metro quadrado para venda de um apartamento padrão em Macaé, por exemplo, hou-ve desvalorização de 5,5% no último ano. Enquanto isto, levando em consideração o mesmo período, o preço dos imóveis no Centro de Rio das Ostras valorizou 16,4%.

“Em 2015, o cenário se mo-dificou por conta da crise, ci-dades como Macaé e Rio das Ostras buscam alternativas para manter as economias locais pujantes. Já em 2016, embora a situação ainda se-

KANÁ MANHÃES

Atualmente existem 219 condomínios e mais de 7 mil apartamentos em Macaé

ja preocupante, os preços do metro quadrado de imóveis residenciais para venda no norte do Estado não sofre-ram desvalorização tão ex-pressiva quanto se esperava. Alguns bairros, inclusive, tiveram valorização signifi-cativa, contrariando a ten-dência nacional de queda de preços”, destacou o órgão sindical.

Atualmente, segundo o Se-covi Rio, existem 219 condo-mínios e mais de 7 mil apar-tamentos em Macaé.

FEIRÃO DA CAIXATERÁ IMÓVEIS COM DESCONTOS DE ATÉ R$ 15 MIL NA REGIÃO

De acordo com a Caixa Econômica Federal, entre novos e usados, a 12ª edição do Feirão da Casa Própria oferecerá 15 mil unidades em todo o Estado. Com des-contos previstos de até 15 mil e outras facilitações, o evento será entre 29 de abril e 1º de maio. Na última edição do programa, Macaé dispôs de aproximadamente 730 unidades habitacionais em oferta - a grande maioria apartamentos com dois ou três quartos em empreen-dimentos condominiais nos bairros do Aeroporto, Alto da Glória, Barreto, Centro e Glória. A previsão é que o excedente seja recolocado à disposição nesta edição do feirão.

Page 7: Noticiário 24 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016 7

SERVIÇO

Capacitação e incentivo a novos projetos acontece esta semanaPromovida pelo Sebrae, oficina instruirá sobre cadastro em grandes empresas da regiãoGuilherme Magalhã[email protected]

Na próxima quinta-feira (28), o Sebrae realizará uma oficina de incenti-

vo ao cadastramento em gran-des empresas de óleo e gás da região. Gratuito e com vagas limitadas, as inscrições para o evento seguem abertas. O en-contro acontecerá no Senai, em Botafogo, das 8h às 12h30.

Segundo Gilberto Soares, coordenador regional do Se-brae no Norte Fluminense, ter um cadastro ativo nas grandes âncoras regionais é crucial para gerar oportunidades de negócio aos pequenos empre-endedores locais voltados para o setor.

“Fazer parte do cadastro das empresas âncoras regionais significa que a pequena empre-sa é economicamente saudável e tem disponibilidade físico-financeira para fornecer aos diversos elos da cadeia produti-va. Além disso, o cadastro abre novas oportunidades para os pequenos empresários, possi-bilitando o recebimento de co-tações e a participação efetiva nas concorrências”, destacou Gilberto em entrevista recente.

Entre outras questões, a ofi-cina abordará o cadastro Pe-trobras, o cadastro ONIP e o ‘CadFOR’, que concentra num único cadastro dez grandes empresas com atuação regio-nal: Anadarko, BW Offshore, Chevron Brasil, FMC Tech-nologies, Queiroz Galvão E&P, Repsol-Sinopec Brasil, SBM,

Schlumberger, Shell Brasil e Statoil.

Apoiado por instituições do município, como a Associa-

WANDERLEY GIL

Objetivo é dar suporte às pequenas empresas locais da cadeia offshore

ção Comercial e Industrial de Macaé e a Rede Petro-BC, as inscrições podem ser fei-tas até o próximo dia 25 por

meio do telefone (22) 2796-6122, ou pelo próprio e-mail do órgão: [email protected].

Atualmente, a estimativa é que apenas no Norte Flumi-nense as pequenas empresas (microempreendedor indivi-

dual, microempresa e empre-sa de pequeno porte) totalizem 98,9% dos empreendimentos regulares.

Page 8: Noticiário 24 04 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016

BAIRROS EM DEBATE Granja dos Cavaleiros

O que diz a PrefeituraA secretaria de Serviços Pú-

blicos informou que está reali-zando a limpeza dos terrenos no local. Vale lembrar que o serviço só pode ser executado em terrenos abertos. Quanto a manutenção da rede pluvial, está sendo realizada conforme o cronograma da secretaria. A prefeitura ressaltou que o serviço de Cata Bagulho está funcionando normalmente. O trabalho é realizado de segun-da a quinta-feira, das 7h às 17h, por meio de agendamento que pode ser feito pelos telefones: 2006-0218 ou 2006-0219.

Sobre as solicitações de trân-sito, a secretaria de Mobilidade Urbana esclarece que o projeto de revitalização da sinalização do bairro Granja dos Cavaleiros foi elaborado e já está em fase

de implantação. No entanto, como o bairro ainda passa por obras de esgotamento sanitário e recomposição do calçamento, além de asfaltamento em algu-mas vias, o avanço nesta im-plantação é gradativo e atende a uma ordem de prioridades.

Quanto aos redutores de ve-locidade, por se tratar de uma área de aclive e declive, a ins-talação de redutores de veloci-dade em todos os cruzamentos na Alameda Tenente Célio pode trazer risco de acidentes, já que esta é uma rota, inclusive, de carretas e veículos pesados. No entanto, a instalação em alguns dos cruzamentos está em análise, assim como outros tipos de sinalização horizontal e vertical para reforçar a segu-rança no local.

Granja dos Cavaleiros segue aguardando retomada de obrasConsórcio Vale Encantado está parado há dois anos. Moradores cobram respostas do poder público Marianna [email protected]

Localizado em um ponto privilegiado, a poucos mi-nutos do Polo Offshore,

do Shopping e das praias mais populares de Macaé, a Granja dos Cavaleiros sofreu um forte crescimento nos últimos anos. A cada dia que passa, a valori-zação dessa área tem feito com que a especulação imobiliária aumente cada vez mais nessa região, que possui um dos IP-TUs mais caros do município.

Mas apesar do alto valor pago em impostos todos os anos, os moradores dizem que o bairro precisa melhorar muito para poder ser titulado como uma “área nobre”. Uma das maiores revoltas da população hoje é em relação às obras de urbanização do Consórcio Vale Encantado,

que estão paradas há mais de dois anos.

Orçadas em mais de R$ 54 milhões, as obras de urbaniza-ção foram paradas, segundo a prefeitura, por conta de ques-tões burocráticas envolvendo o consórcio responsável. Ela também enfatizou que seria fei-to um novo processo licitatório para a troca da empresa.

O prazo dado para que isso fosse feito e as obras retomadas era de 45 dias, ou seja, expirou em maio. Mais uma promessa que não foi cumprida, o que tem gerado revolta nos mora-dores, que continuam à espera de respostas do poder público, que tem evitado se pronunciar sobre o caso.

Na última terça-feira (19), cerca de 30 moradores, entre eles, membros da Comissão de Fiscalização da Obra, se

reuniram para definir quais os próximos passos que seriam tomados. “Por unanimidade, resolvemos que não será feito protesto em porta de prefei-tura. Não queremos nem nos reunir mais com a prefeitura. Cansamos de esperar por res-postas. Vamos direto ao Minis-tério Público. Nosso advogado já está sendo contatado para dar início ao procedimento. Fizemos convite ao governo municipal, chamamos o pre-feito e o secretário de Obras e ninguém compareceu”, relata o presidente da AMOGRANJA, Dirant Ferraz, que faz parte da comissão.

Vale ressaltar que o jornal já tentou entrar em contato com a prefeitura quatro vezes es-se ano para saber sobre o caso mas, até o momento, ela tem evitado se pronunciar. Enquanto as obras de urbanização seguem paradas, moradores enfrentam lama e poeira

FOTOS MARIANNA FONTES

Moradores pedem apoio à mobilidade urbana Um dos principais pedidos é em relação a mobilidade do bairro. Com fluxo intenso de veículos, entre eles, carretas, os moradores solicitam redutores de velocidade, semáforo e refor-ço na sinalização.

De todas as vias do bairro, a Alameda Tenente Célio, que liga o Polo Offshore à Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), é a que mais precisa de atenção. Dirant diz que é preciso insta-lar redutores de velocidade ou semáforos na via, nos trechos

onde há cruzamento.Um dos mais perigosos fica

na esquina com a Rua Mano-el Francisco Nunes, onde há alto índice de acidentes. Uma moradora, que pede para não ser identificada, diz que o local tem intenso fluxo de pedestres. “Aqui perto temos uma escola, então os alunos descem para pe-gar o ônibus aqui. Só que não há local de travessia adequado. De-pendendo do horário você tem que esperar um bom tempo ou contar com a boa vontade dos

motoristas para dar preferência de passagem”, relata.

Na Rua Jequitibá, no trecho da esquina com a Estrada Luís Carlos de Almeida, os morado-res pedem sinalização pois es-tão ocorrendo vários acidentes. “Está havendo várias colisões e queda de motos aqui nessa loca-lidade”, relata o presidente.

Dirant diz que apesar de ain-da existirem pendências, ele reconhece que o órgão está fa-zendo algumas melhorias no bairro. “Eles têm nos atendido

em alguns pontos, como, por exemplo, a troca das placas e a pintura dos redutores de veloci-dade. Só que é preciso ressaltar que ainda tem muito o que ser feito aqui na Granja. Em rela-ção à sinalização, precisamos de placas de proibido estacionar nas esquinas da Tenente Célio com Manoel Francisco Nunes, Alameda do Bosque e Alameda da Lagoa, pois o pessoal esta-ciona ali e acaba prejudicando o trânsito”, diz ele.

Outra questão abordada é

sobre a mudança de sentido em algumas vias, como, por exemplo, a Aluísio da Silva Go-mes, que passou a ter o sentido de circulação no trecho entre a Rua Internacional e a Cidade Universitária em direção à Li-nha Verde, e à Rua Jota Um-A, que tem sentido Polo O§shore. A alteração foi anunciada esse mês pela prefeitura.

Outra via que sofreu mudan-ças foi o trecho da Rua Albaco-ra, entre a Rua Internacional e a Rua Projetada (onde está lo-

calizada a empresa Metroval) que também passou a funcio-nar em mão única. Para que os motoristas possam circular com mais facilidade, outra rotatória demarcada com sinalização horizontal disciplina o trânsito neste cruzamento.

A prefeitura ressalta que há estudos em andamento para al-terações no sentido de circula-ção em outras vias, dependendo da conclusão de obras para que os estudos de viabilidade sejam concluídos.

Mobilidade diz que melhorias estão sendo feitas aos poucos no bairro

Limpeza urbana precisa de cooperação Quando se trata da lim-peza do bairro, Dirant diz que tem prós e contras. Em relação a coleta, o serviço vem sendo bem executado, no entanto, alguns morado-res ainda continuam descar-tando o lixo fora dos dias e horários que o caminhão da prefeitura passa.

Além disso, Dirant tam-bém ressalta que a prefeitura precisa melhorar no serviço de 'Cata Bagulho'. “A gen-te tenta ligar para agendar e ninguém atende. Quando consegue demora muito para vir”, diz ele, enfatizando que a população também preci-sa cooperar. “Os moradores também precisam ter mais

consciência antes de jogar o entulho em qualquer lugar, porque isso acaba prejudi-cando a ele próprio. Só que tem muita gente reclamando que não consegue fazer todo procedimento correto por-que a prefeitura tem um sis-tema que apresenta falhas”, relata.

Outro pedido é para limpe-za e manutenção das galerias pluviais, principalmente na Alameda do Bosque. “Os ralos estão entupidos. No trecho do Clube da Polícia Federal, na parte alta, o barro está cain-do, pois não há contenção, ou seja, desce tudo para os ralos. Já pedimos a limpeza, mas até agora nada”, conta. Limpeza no bairro depende de cooperação do poder público e da população

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016 9

Geral Fesporte promove palestras sobre inclusão social

NOTA

FOTOS KANÁ MANHÃES E MARIANNA FONTES

Estudantes dividem as tarefas e equipe se reveza para cozinhar, faxinar, manter a segurança e comunicação

MACAÉ

Ocupação de estudantes e o retrato das escolas estaduais Estudantes falam do estado de abandono das unidades e cobram melhorias do governo

Juliane Reis [email protected]

Quem está do lado de fora dos muros das unidades de ensino da rede esta-

dual não imagina o tamanho do descaso do governo com o que se chama Educação, incentivo ao ensino público de qualida-de e à formação de jovens para uma futura inserção na educa-ção superior em universidades públicas. A realidade vivida pelos estudantes reflete-se na falta de professores em discipli-nas como História, Sociologia, Química, entre outras, além da ausência de infraestrutura física das unidades.

Em Macaé, já são três escolas ocupadas por estudantes em apoio à greve dos professores - paralisação iniciada no último dia 2 de março. Com a ocupa-ção, os portões das unidades são abertos para os interessados em conhecer e entender o mo-vimento, assim como ficar mais próximo da realidade vivida pe-los estudantes e todo corpo de profissionais.

A equipe de reportagem de O Debate percorreu todas as uni-dades ocupadas na cidade, sen-do convidada pelos alunos para conhecer o que é classificado co-mo "infraestrutura das escolas": uma realidade que preocupa os alunos.

No Colégio Estadual Matias Neto, a primeira a ser ocupada na cidade, os problemas re-latados pelos discentes passa por alimentos estragando na dispensa, livros que nunca fo-

ram utilizados armazenados em salas, focos de mosquito da dengue, entre outros.

Já no Colégio Estadual Luiz Reid, também localizado no Centro da Cidade, a situação não era diferente. Na lista de problemas enfrentados pelos alunos está o abandono total da escola por parte dos órgãos governamentais. “São diversas salas de aula com infiltração, não há serviço de porteiros, milhares de livros armazena-dos em escadas, materiais in-servíveis descartados de forma irregular e falta de capina - tudo contribuindo para a prolifera-ção de ratos, baratas e até mes-mo do mosquito Aedes aegypti, sem mencionar, ainda, um foco de dengue encontrado em sala abandonada, um laboratório de química esquecido e quadras de esportes tomadas por matos”, relatou os alunos.

Os alunos falaram sobre a ocupação. “Não estamos aqui apenas para “ocupar a escola”. Estamos cuidando, e fazendo até mesmo coisas que não esta-vam sendo feitas pela direção, como capina e outros tipos de serviços. Aqui no Luiz Reid, co-mo vocês podem ver o colégio está em estado de abandono. São materiais inservíveis des-cartados no pátio do colégio,

serviço de capina que não é fei-to, e assim por diante. Quando ocupamos a unidade, a dispen-sa parecia estar podre, estava cheio de sangue de carne pelo chão”, relataram os alunos da segundo unidade ocupada.

INFRAESTRUTURA PRECÁRIA NO VANILDENATALINO MATTOS

No Colégio Estadual Profes-sora Vanilde Natalino Mattos, unidade com uma infraestru-ra bem menor que as demais, a realidade não é diferente das duas primeiras escolas ocupa-das, e os alunos apontam uma série de problemas. “A escola é pequena, mas os problemas são grandes. É um descaso absurdo com a educação. Não temos professores. Não há docentes de História, Sociologia, Química; após a ocupação, descobrimos que a escola conta com instru-mentos musicais e laboratório de informática a que nunca tivemos acesso, fios desenca-pados em salas de aula, falta de tomadas, infiltração, vidros quebrados, falta de capina, ratos e baratas na dispensa e cozinha, livros que nunca foram usados no mais completo abandono, inexistência de quadras para atividades físicas, e o espaço que deveria ser aproveitado para tal dá lugar aos matos e à proliferação de animas pe-çonhentos, que muitas vezes adentram a escola por buracos feitos em várias partes para es-coar a água quando chove, uma vez que a escola fica totalmente alagada”, relatou os estudantes.

“Não nos sentimos preparados para fazer o Enem”ESTUDANTES DO COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA VANILDE NATALINO MATTOS.

No Luiz Reid, a realidade são livros armazenados e que nunca foram usados, além do descarte irregular de inservíveis

No Vanilde Mattos: falta de capina, falta de tomadas nas salas, laboratório de informática e instrumentos musicais que nunca foram utilizados pelos alunos, vidros quebrados etc

No Matias Neto, livros armazenados e focos de dengue foram registrados pela redação do Jornal

PRÓXIMO SEMESTRE

Mais de sete mil vagas são oferecidas para o vestibular Cederj

A Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro - Fundação Cecierj/Consórcio Cederj - segue com a inscrição aberta para o proces-so seletivo referente ao segundo semestre de 2016. No total estão sendo oferecidas 7.159 vagas em 15 cursos de graduação a distân-cia nas universidades públicas do Rio de Janeiro. A taxa de ins-crição é de R$ 73,00.

Os interessados podem se inscrever até o dia 5 de maio pelo <www.cederj.edu.br> e o processo seletivo será realizado no dia 4 de junho.

As oportunidades são para os cursos de Administração, Ad-ministração Pública, Engenha-ria de Produção, Tecnólogo em Gestão de Turismo, Tecnólogo em Segurança Pública, Tecnólo-go em Sistemas de Computação, além das Licenciaturas em Ciên-cias Biológicas, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Pedagogia, Química e Turismo.

De acordo com o edital, das vagas oferecidas 950 são para Tecnologia em Segurança Públi-ca e destinadas somente a pro-fissionais da ativa da Segurança

As inscrições podem ser feitas até o dia 5 de maio pelo <www.cederj.edu.br> Provas serão aplicadas em 4 de junho

Pública. Ainda segundo o docu-mento, 80% dessas são destina-das aos Policiais Civis e Militares do Estado do Rio de Janeiro e as demais 20% para profissionais da ativa das seguintes catego-rias: Guardas Municipais, Agen-tes Penitenciários, Bombeiros, Policiais Rodoviários Federais, Policiais Federais, membros das Forças Armadas, Agentes Portu-ários e Policiais Civis e Militares de outros estados da federação.

Os cursos são oferecidos pe-lo CEFET, UENF, UERJ, UFF, UFRJ, UFRRJ e UNIRIO. Ao ingressar em um dos cursos, os estudantes recebem, gratuita-mente, todo material didático na forma on-line e impresso, sendo avaliado em atividades presenciais (provas) e a distân-cia, em datas e horários pré-de-terminados.

Os polos disponíveis para as aulas presenciais estão localiza-dos nas seguintes cidades: Angra dos Reis, Barra do Piraí, Belford Roxo, Bom Jesus do Itabapoana, Campo Grande, Cantagalo, Du-que de Caxias, Itaguaí, Itaocara, Itaperuna, Macaé, Magé e Mi-guel Pereira. Além de Nativida-de, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, Piraí, Resende, Rio Bonito, Rio das Flores, Rocinha, Santa Ma-ria Madalena, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São Gonçalo, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Três Rios e Volta Redonda.

EDUCAÇÃO

INSG/Castelo abre inscrição para o Projeto Enem-UERJ 2016

O Instituto Nossa Senhora da Glória (INSG/Castelo) segue com inscrições abertas para o Projeto Enem-Uerj 2016. A iniciativa tem como objetivo auxiliar os estu-dantes que se preparam para o vestibular.

Os interessados em participar devem comparecer à secretaria da escola, das 8h30 às 17h, à Rua Monte Elísio s/nº, bairro Viscon-de de Araújo, em Macaé.

As aulas começaram no dia 2 de abril e serão realizadas aos sábados, das 8h às 12h, incluindo encontros temáticos, resolução de provas dos anos anteriores e simulados.

De acordo com informações da instituição, além das aulas volta-das para o conteúdo das provas, o projeto prepara o aluno para o ambiente do exame, reproduzindo as condições de avaliação, além de preparar o estudante de maneira integral para vencer o desafio do vestibular - inclusive com apoio especial para controlar o estresse.

E para atender todas as deman-das dos estudantes, o projeto con-ta com uma equipe de professores experientes e focados nas atuais modalidades de ingresso ao ensi-

A iniciativa é aberta a alunos do INSG/Castelo e de outras escolas interessadas em se preparar para o vestibular

no superior, oferecendo conteúdo específico e ênfase na interdisci-plinaridade.

A atividade conta com material didático especialmente elabora-do para atender as exigências dos atuais modelos de seleção da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Ba-seados nos exames anteriores, os exercícios são elaborados em uma linguagem acessível, o que facilita a consolidação do conhecimento.

O coordenador do Projeto, pro-fessor Júlio Boldrini, destaca que a iniciativa voltada para os exames e para os objetivos dos candidatos aumentam as chances de êxito no vestibular. O docente lembra ain-da que as notas do ENEM também servem para a seleção no SISU (Sistema de Seleção Unificada) e no PROUNI (Programa Universi-dade para Todos) - vias de acesso ao ensino superior em univer-sidades públicas e particulares,

respectivamente. Além disso, o exame também é utilizado para a participação no programa federal Ciência sem Fronteiras, que ofere-ce bolsas de estudo para intercâm-bio de estudantes em universida-des de diversos países do mundo.

A instituição está oferecendo, também, vagas para uma turma especial, visando os candidatos aos vestibulares dos cursos de Medicina e Engenharia. As aulas irão começar na quinta-feira (7) e acontecerão sempre às quintas, das 14h às 17h (Química e Biologia, para as turmas de Medicina; e Fí-sica e Matemática, para as turmas de Engenharia). Durante o curso, os alunos terão oportunidade de refazer todas as provas dos últi-mos anos das principais faculda-des e universidades do Brasil. As aulas são voltadas paras os alunos de 2º e 3º anos.

Informações referentes ao valor das mensalidades podem ser ob-tidas na secretaria da instituição.

SERVIÇO

Vagas oferecidas

● 711 - para o Curso de Administração

● 400 - para o Curso de Administração Pública

● 400 - para o Curso de Engenharia de Produção

● 871 - para o Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas

● 375 - para o Curso de Licenciatura em Física

● 240 - para o curso de Licenciatura em Geografia

● 250 - para o Curso de Licenciatura em História

● 300 - para o curso de Licenciatura em Letras

● 830 - para o Curso de Licenciatura em Matemática

● 1.040 - para o Curso de Licenciatura em Pedagogia

● 318 - para o Curso de Licenciatura em Química

● 285 - para o Curso de Licenciatura em Turismo

● 529 - para o Curso Tecnologia em Sistemas de Computação

● 250 - para o Curso Tecnologia em Gestão de Turismo

● 360 - para o Curso Tecnologia em Segurança Pública

WANDERLEY GIL

As inscrições devem ser feitas na sede da instituição

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016

MEIO AMBIENTE

OMS: 23% dos óbitos no mundo em 2012 tiveram relação com o ambienteBoa parte dessas mortes tem relação indireta com as mudanças climáticas, como diarreias, doenças transmitidas por mosquitos, desnutrição e até distúrbios mentais, como estresseMartinho Santafé

Um relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mos-

tra que uma em cada quatro mortes no mundo em 2012 foi causada por questões relacio-nadas ao meio ambiente - 12,6 milhões, no total. Boa parte delas tem relação indireta com as mudanças climáticas, como diarreias, doenças transmitidas por mosquitos, desnutrição e até distúrbios mentais, como estresse.

A associação de doenças a causas ambientais é maior em países de baixa renda, com ex-ceção de algumas doenças não transmissíveis, como as car-diovasculares e cânceres. No Brasil, de 15% a 16% das doen-ças poderiam ser evitadas por medidas ambientais, de acordo com o relatório.

Segundo a OMS, clima e ou-tros fatores ambientais são determinantes na distribuição das espécies de vetores e de pre-valência da dengue, por meio de mudanças na temperatura, pre-cipitação e umidade. A mudan-ça do clima global também tem impacto direto sobre a produ-tividade na agricultura e, por-tanto, pode aumentar o risco de desnutrição. “Este relatório nos mostra doenças não transmis-síveis são a maior parte dessas mortes relacionadas ao meio ambiente, e esta é uma mensa-gem crítica”, diz Maria Neira, diretora do departamento de Saúde Pública, Meio Ambien-te e Determinantes Sociais do órgão da ONU para a saúde.

Não é que o clima seja a causa das doenças, mas ele pode estar associado ao aumento do risco de contraí-las - em enchentes, incêndios, crises hídricas, secas extremas e ondas de calor, au-mento do nível do mar e tem-pestades. Além disso, eventos extremos como secas extremas ou inundações podem agravar conflitos, hipótese que vem sen-do levantada nos últimos anos para explicar o genocídio em Darfur e a guerra civil na Síria.

O relatório ressalta que mui-tas das potenciais implicações da mudança do clima para a saúde, como abastecimento de alimentos e migrações, po-dem não estar contabilizados na pesquisa por conta da meto-dologia utilizada. No ano pas-sado, um grande estudo publi-cado no periódico The Lancet chamou a mudança climática de “maior ameaça do século” à saúde humana.

Os países com mais mortes relacionadas ao meio ambien-te são os de baixa e média renda

no Sudeste da Ásia e na região do Pacífico Ocidental, com um total de 7,3 milhões de mortes, a maior parte delas atribuída à poluição do ar.

No topo da lista de doenças associadas ao ambiente estão acidente vascular cerebral, com 2,5 milhões de mortes em 2012, doença cardíaca isquê-mica, lesões não intencionais (por exemplo, acidentes rodo-viários ocasionados por desliza-mentos ou enchentes), câncer,

DIVULGAÇÃO

A cidade de Curitiba é citada como um bom exemplo de investimentos na melhoria de condições ambientais em favelas, reciclagem de resíduos e um sistema rápido de ônibus

doenças respiratórias crônicas, diarreias, infecções respirató-rias, condições de nascimento e malária.

“Cada país precisa fazer sua própria avaliação sobre o que são as doenças relacionadas com o ambiente”, diz Maria Neira. “Precisamos investir na prevenção primária e remover os fatores de risco ambientais, trabalhar muito em grandes áreas urbanas, pois a maioria das soluções virá de lá.” Como exemplo de ações concretas, ela cita sistemas de transporte mais sustentáveis, reduzindo a poluição do ar, e investimento acesso à água potável.

CURITIBA É BOM EXEMPLOA cidade de Curitiba é cita-

da como um bom exemplo de investimentos na melhoria de condições ambientais em fa-velas, reciclagem de resíduos e um sistema rápido de ônibus, integrado a espaços verdes e passarelas para incentivar ca-minhadas e ciclismo. “Apesar de um aumento da população em cinco vezes nos últimos 50 anos, os níveis de poluição do ar são comparativamente mais baixos do que em muitas outras cidades em rápido crescimento e a expectativa de vida é de dois anos a mais do que a média na-cional”, diz o relatório.

“Muitas medidas podem ser tomadas imediatamente para prevenir doenças que podem ser atribuídas aos determi-nantes ambientais”, diz Flavia Bustreo, diretora-assistente do departamento de Saúde da Mulher e da Criança da OMS. Além de melhores condições de armazenamento doméstico de água, medidas de higiene e melhores condições de trabalho, ela cita fatores diretamente rela-

cionados a ações de redução de emissões de gases de efeito es-tufa, como a redução do uso de carvão para cozinhar e aumento do acesso a tecnologias de baixo carbono para geração de ener-gia. “As ações em setores como energia, transportes, agricultu-ra e indústria em cooperação com o setor da saúde são vitais”, afirma. “As ações não precisam vir do setor de saúde por si só, mas de todos os setores de to-mada de decisões que têm im-pacto sobre os determinantes ambientais da saúde.”

“Se os países não tomarem medidas para tornar os am-bientes onde as pessoas vivem e trabalham saudáveis, milhões continuarão tendo doenças e morrendo muito jovens”, diz Margaret Chan, diretora geral da OMS.

50% DA POPULAÇÃO SEMCOLETA DE ESGOTO NO BRASIL

Metade da população brasi-leira não conta com coleta de esgoto e apenas um quarto de-la vive em localidades com tra-tamento dos dejetos, segundo estudo divulgado esta semana pelo Instituto Trata Brasil. O “Ranking do Saneamento nas 100 Maiores Cidades” foi feito com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades, relativos a 2014, e mostra que mais de 35 milhões de brasileiros ainda não rece-bem água tratada.

De acordo com o Instituto Brasil, o país ocupa a 11ª posi-ção entre 17 países analisados pela Comissão Econômica pa-ra a América Latina (Cepal), estando atrás da Bolívia, Peru, Uruguai, Equador, Venezuela, Chile, México, Argentina, Co-

lômbia e Costa Rica.Nos últimos cinco anos, entre

2010 e 2014, 64% das cidades ampliaram os investimentos em até 29% da arrecadação e apenas 36% delas investiram acima dos 30% arrecadados nesse período. O valor relativo à soma das 20 cidades que mais investiram, em 2014, atinge R$ 827 milhões, quantia bem abaixo do montante arrecada-do ( R$ 3,8 bilhões). Na média dos últimos cinco anos, foram investidos R$ 188,24 milhões, o equivalente a R$ 71,47 por habitante.

Em nota, o presidente exe-cutivo do Instituto Trata Bra-sil, Édison Carlos, manifestou que “a preocupação é que os avanços em saneamento bá-sico não só estão muito lentos no país, como cada vez mais concentrados onde a situação já está melhor. Estamos sepa-rando o Brasil em ilhas de es-tados e cidades que caminham para a universalização da água e esgotos, enquanto que uma grande parte do Brasil sim-plesmente não avança”. Ele alertou que, em consequência, a população fica mais vulnerá-vel às doenças.

Na lista das dez cidades com a pior condição na coleta de esgoto, duas não têm nenhum tipo de atendimento do gêne-ro: Ananindeua e Santarém, no estado do Pará. Ainda nesse estado aparece Belém, onde os serviços atendem apenas 12,7% da população.

As demais cidades são: Rio Branco, no Acre, com 21,23% da população atendida; Juazei-ro do Norte , no Ceará (21,1%); Teresina, no Piauí (19,12%); Manaus, no Amazonas (9,9%); Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco (6,59%); Maca-

pá, no Amapá (5,54%) e Porto Velho, em Roraima (2,04%).

MELHORES DO RANKINGJá em sentido oposto, dos dez

municípios com a melhor situ-ação, metade fica no estado de São Paulo, sem contudo, incluir a capital paulista: Franca, com 100% de atendimento; Pira-cicaba, com 99,95%; Santos, com 98,54%; Ribeirão Preto, com 98,5% e Santo André, com 98%%. Três são de Minas Ge-rais: Belo Horizonte (100%); Contagem (99,66%) e Uberaba (98%). As demais são: Curitiba, no Paraná com 99,18% e Volta Redonda, no Rio de Janeiro, com 98,96%.

Em relação ao tratamento de esgoto, entre as dez piores, três estão no estado de São Paulo: Bauru (3,75%); Itaquaquece-tuba (3,68%) e Mauá (2,69%). Em metade do grupo, não exis-te nenhum tipo de tratamento: Ananindeua, Santarém, Porto Velho, São João do Meriti e Go-vernador Valadares. Em Nova Iguaçu, o número é bem peque-no (0,05%), e em Belém do Pará (2,25%).

Sobre o acesso à água potável, o levantamento aponta para as 20 cidades com a melhor si-tuação e cobertura total: Belo Horizonte; Campina Grande; Ribeirão Preto; João Pessoa; Curitiba; Canoas; Porto alegre; Santos; são Bernardo do Cam-po; Diadema; Carapicuíba; Uberlândia e Florianópolis. Jás dez piores são: Ananindeua (26,89%); Porto Velho (31,43%; Macapá (36,92%); Santarém (45,34%); Rio Branco (50,21%); Caucaia (67,58%); aparecida de Goiânia (70,7%); Jaboatão dos Guararapes (73,19%); Grava-taí (75,21%) e Belford Roxo (80,05%).

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016 11

SAÚDE

Vacinação contra H1N1 começa nesta segundaMeta da secretaria de Saúde é imunizar 50 mil pessoas na cidade neste ano

Começa nesta segunda-feira (25) a campanha de vacinação contra a gripe

H1N1. Antecipada em virtude do registro de casos de óbito em todo o país, a mobilização deve imunizar em Macaé cerca de 50 mil pessoas que pertencem aos grupos de risco.

Seguindo o calendário estadu-al, a vacinação contra a doença será destinada, nesta segunda, para crianças entre seis meses até quatro anos, 11 meses e 29 dias, gestantes e doentes renais crônicos (com comprovante médico).

Na segunda etapa, a partir do dia 30 de abril, Dia “D”, a cam-panha se estende às pessoas com 60 anos ou mais, mulheres com 45 dias após o parto (puér-peras), profissionais de saúde e demais doentes crônicos (veja o quadro abaixo).

O objetivo é imunizar pelo menos 80% destes grupos até o

dia 20 de maio, quando termina a vacinação. A vacina protege a população contra os três subti-pos de vírus da gripe que mais circulam no inverno: A/H1N1, A/H3N2 e Influenza B. Duran-te a campanha, a vacinação se-rá realizada de 8h às 17h, em 19 postos, conforme lista abaixo.

De acordo com a coordena-dora de Vigilância em Saúde, Ana Paula Dal-cin, em Macaé, a população estimada para a campanha deste ano é de cerca de 50 mil pessoas. "A vacinação é importante, principalmente nos grupos prioritários, sendo estes mais suscetíveis a compli-cações", frisou.

Na semana passada, a se-cretaria municipal de Saúde confirmou dois casos de gripe H1N1 em Macaé. Os pacientes são uma mulher de 51 anos, que já realizou o tratamento e recebeu alta, e uma criança de um ano e meio, que permanece

internada em tratamento em um hospital particular da cida-de. Outros cinco casos suspeitos aguardam retorno dos exames laboratoriais.

Para prevenir, é preciso man-ter as mãos limpas após tos-sir ou espirrar; utilizar lenço descartável para higiene nasal e cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados e evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.

Segundo o Ministério da Saú-de, a transmissão é pelo conta-to com pessoas infectadas, ao tossir, espirrar ou falar. Mas pode também ser transmitida por contato com mãos e com superfícies contaminadas por secreções respiratórias.

WANDERLEY GIL

População deve acompanhar etapas de imunização contra gripe

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de abril de 2016