noticiário 08 05 2016

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Insegurança fiscal e jurídica dá base a parecer que rejeita o empréstimo dos royalties do petróleo Além de afrontar diretrizes da Lei Orgânica, da Resolução do Senado e da Lei de Responsabilidade Fiscal, projeto do Executivo é pautado por futuro incerto sobre o volume de repasses das receitas do petróleo PÁG. 3 www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda- feira, 9 de maio de 2016 Ano XLI, Nº 9013 Fundador/Diretor: Oscar Pires KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon TERMINA EM JUNHO PRAZO PARA ALISTAMENTO VISTORIA ITINERANTE ATENDE MOTORISTAS PROJETOS SOCIAIS DO NUPEM PODEM ACABAR R$ 1,50 POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.10 EDUCAÇÃO, PÁG.9 Comissão da Firjan reconduz presidência ÍNDICE TEMPO POLÍCIA GERAL Marcelo Reid assume terceiro mandato à frente da Comissão da Firjan PÁG. 11 WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL Polícia Militar dá dicas de segurança contra furtos Marcelo Reid, Evandro Cunha e Antônio Gondim foram aclamados Roubo de veículos é combatido pela PM Crimes de furtos de veículos registraram queda de janeiro a março PÁG. 5 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 33º C Mínima 22º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍTICA EDUCAÇÃO GERAL EDITORIA Inveja pode despertar mentes criminosas Inscrição para o Enem começa nesta segunda Senac oferece vagas em diversos cursos O DEBATE celebra o Dia das Mães Avaliação de caráter ajuda a identificar suspeitos PÁG. 5 Provas estão previstas para serem aplicadas em novembro PÁG. 9 As inscrições podem ser feitas por página na internet PÁG. 9 Homenagem especial a todas as macaenses CAPA KANÁ MANHÃES Nova rota de gás em Cabiúnas segue a todo vapor ECONOMIA Gás do pré-sal reaquece operação offshore em Macaé Embora a Petrobras passe por um momento de fragilidade e desconfiança, a consolidação de novos projetos de produção indica que a companhia pode, sim, ter fôlego para garantir um futuro a médio prazo. Na última semana, a companhia abriu as portas do Terminal de Cabiúnas para a equipe de reportagem de O DEBATE, mostrando o rendimento da produção do gasoduto submarino de maior extensão em território nacional (Rota 2), que processa o gás vindo diretamente da Bacia de Santos. PÁG. 6 BAIRROS EM DEBATE Ruas possuem novos sentidos Fiação exposta da Cedae representa perigo Mudança no trânsito tem gerado confusão Placa retrata realidade do local KANÁ MANHÃES DIVULGAÇÃO Igor recebeu segundo prêmio da UVB em Brasília Abandono desvaloriza espaço nobre O slogan “respeito por você” é a prova vi- va de que nem sempre a propaganda reflete a realidade. E é esse cuidado que os moradores do Jardim Guanabara questionam todos os dias quando saem de suas residências. Apesar de ser um bairro nobre, a população diz que até hoje não viu o alto valor pago com os impostos ser revertido em melhorias no bairro. Essa semana, BAIRROS EM DEBATE visitou novamente um dos endereços mais valorizados da cidade, que fi- ca situado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106). A proximidade com as praias do Pecado e dos Cavaleiros, e também do Polo Offshore e da Área Industrial - tanto de Macaé, quanto de Rio das Ostras - fez com que essa área se valorizasse cada vez mais. Mas, apesar do ponto privilegiado, essa área residencial lida no seu cotidiano com problemas como qualquer outro bairro da cidade. Ao longo dos últimos anos, o Jardim Guanabara tem sofrido uma forte expansão imobiliária. Pelo que a nossa equipe pôde ver de perto, o bairro vem apresentando algumas melhorias, entretanto ain- da tem diversas pendências, e são essas que têm gerado muitas reclamações de quem optou por morar e investir na região. PÁG. 8 Prêmio destaca papel de Igor no cenário político POLÍTICA Ao representar o po- der Legislativo municipal na “Marcha dos Vereadores 2016”, promovida pela União dos Vereadores do Brasil (UVB), durante a última sema- na de abril, na Capital Federal, Igor Sardinha (PRB) recebeu prêmio de destaque nacional por ser autor do projeto de lei que instituiu o EcoIPTU, uma iniciativa socioambiental que passa a ser considerada como referência de políticas públi- cas para o próprio Congresso Nacional. PÁG. 7

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Page 1: Noticiário 08 05 2016

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Insegurança �scal e jurídica dá base a parecer que rejeita o empréstimo dos royalties do petróleoAlém de afrontar diretrizes da Lei Orgânica, da Resolução do Senado e da Lei de Responsabilidade Fiscal, projeto do Executivo é pautado por futuro incerto sobre o volume de repasses das receitas do petróleo PÁG. 3

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016Ano XLI, Nº 9013Fundador/Diretor: Oscar Pires

KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

TERMINA EM JUNHO PRAZO PARA ALISTAMENTO

VISTORIA ITINERANTE ATENDE MOTORISTAS

PROJETOS SOCIAIS DO NUPEM PODEM ACABAR

R$ 1,50

POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.10 EDUCAÇÃO, PÁG.9

Comissão da Firjan reconduz presidência

ÍNDICE

TEMPO

POLÍCIA GERAL

Marcelo Reid assume terceiro mandato à frente da Comissão da Firjan PÁG. 11

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

Polícia Militar dá dicas de segurança contra furtos Marcelo Reid, Evandro Cunha e Antônio Gondim foram aclamados

Roubo de veículos é combatido pela PMCrimes de furtos de veículos registraram queda de janeiro a março PÁG. 5

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 33º CMínima 22º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍTICA EDUCAÇÃO GERAL EDITORIA

Inveja pode despertar mentes criminosas

Inscrição para o Enem começa nesta segunda

Senac oferece vagas em diversos cursos

O DEBATE celebra o Dia das Mães

Avaliação de caráter ajuda a identificar suspeitos PÁG. 5

Provas estão previstas para serem aplicadas em novembro PÁG. 9

As inscrições podem ser feitas por página na internet PÁG. 9

Homenagem especial a todas as macaenses CAPA

KANÁ MANHÃES

Nova rota de gás em Cabiúnas segue a todo vapor

ECONOMIA

Gás do pré-sal reaquece operação offshore em MacaéEmbora a Petrobras passe por um momento de fragilidade e desconfiança, a consolidação de novos projetos de produção indica que a companhia pode, sim, ter fôlego para garantir um futuro a médio prazo. Na última semana, a companhia abriu as portas do Terminal de Cabiúnas para a equipe de reportagem de O DEBATE, mostrando o rendimento da produção do gasoduto submarino de maior extensão em território nacional (Rota 2), que processa o gás vindo diretamente da Bacia de Santos. PÁG. 6

BAIRROS EM DEBATE

Ruas possuem novos sentidos Fiação exposta da Cedae representa perigo

Mudança no trânsito tem gerado confusão Placa retrata realidade do local

KANÁ MANHÃES

DIVULGAÇÃO

Igor recebeu segundo prêmio da UVB em Brasília

Abandono desvaloriza espaço nobreO slogan “respeito por você” é a prova vi-va de que nem sempre a propaganda reflete a realidade. E é esse cuidado que os moradores do Jardim Guanabara questionam todos os dias quando saem de suas residências. Apesar de ser um bairro nobre, a população diz que até hoje não viu o alto valor pago com os impostos ser revertido em melhorias no bairro. Essa semana, BAIRROS EM DEBATE visitou novamente um dos endereços mais valorizados da cidade, que fi-ca situado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106). A proximidade com as praias do Pecado e dos Cavaleiros, e também do Polo O�shore e da Área Industrial - tanto de Macaé, quanto de Rio das Ostras - fez com que essa área se valorizasse cada vez mais. Mas, apesar do ponto privilegiado, essa área residencial lida no seu cotidiano com problemas como qualquer outro bairro da cidade. Ao longo dos últimos anos, o Jardim Guanabara tem sofrido uma forte expansão imobiliária. Pelo que a nossa equipe pôde ver de perto, o bairro vem apresentando algumas melhorias, entretanto ain-da tem diversas pendências, e são essas que têm gerado muitas reclamações de quem optou por morar e investir na região. PÁG. 8

Prêmio destaca papel de Igor no cenário político

POLÍTICA

Ao representar o po-der Legislativo municipal na “Marcha dos Vereadores 2016”, promovida pela União dos Vereadores do Brasil (UVB), durante a última sema-na de abril, na Capital Federal, Igor Sardinha (PRB) recebeu

prêmio de destaque nacional por ser autor do projeto de lei que instituiu o EcoIPTU, uma iniciativa socioambiental que passa a ser considerada como referência de políticas públi-cas para o próprio Congresso Nacional. PÁG. 7

Page 2: Noticiário 08 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016

CidadeEDIÇÃO: 327 PUBLICAÇÃO: 03 DE FEVEREIRO DE 1982

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Petrobras elogia Auxiliar de Segurança que achou dólares e doou à Pestalozzi

O Superintendente de Apoio Administrativo da Região de Produção do Sudeste, Dr. José Marques Moreira Filho, através de comunicação interna à Divisão de Relações Industriais da empresa, determinou que fosse registrado na pasta funcional do Auxiliar de Segurança Interna Luiz Carlos da Silva, o “elogio pela atitude do mesmo de entregar à Petrobrás a importância de US$ 300,00 dólares, encontrados no Aeroporto, quando em serviço.

Vereador continua lutando pela Junta de Conciliação e Julgamento de Macaé

O Vereador Waldeci Brandão Willemen disse que foi en-caminhado convite ao Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção do Rio de Janeiro, para comparecer a Macaé em princípios do mês de março, a fim de realizar um encontro e reivindicar a luta pela Junta de Conciliação e Julgamento neste município, que há muito vem sendo reivindicada pelos trabalhadores e comerciários.

Delegado de Trabalho Marítimo faz reunião com empresas e inspeção

O Capitão Milton Tito, Delegado de Trabalho Maríti-mo e Capitão dos Portos do Rio de Janeiro, esteve em Ma-

caé e reuniu-se no Salão de Convenções do Lagos Copa Hotel com os representantes de diversas empresas que emprestam apoio a Petrobrás na extração de petróleo na plataforma continental, estando presente à reunião o Dr. Avelino Firmo Pereira Junior, Superintendente do Distrito de Exploração do Sudeste.

AMCAV quer mais iluminação para o bairro Cavaleiros

O Presidente da Associação dos Moradores da Praia dos Cavaleiros, Dr. Ricardo Moura de Albuquerque Ma-ranhão, encaminhou à Prefeitura Municipal Ofício nº 003/82 solicitando da Municipalidade providências junto a CERJ, para que sejam instaladas luminárias em diversas ruas daquela localidade.

Terminal Cabiúnas já processa gás do pré-sal da Bacia de Santos

A Secretaria de Mobilidade Urbana iniciou, esta semana, a última etapa das ações para a implantação do sentido de circulação em “mão inglesa”, na Avenida Bernadete Franco Pacheco, no bairro Jardim Guanabara.

Desde fevereiro, o Terminal de Ca-biúnas (Tecab) da

Petrobras passou a ope-rar, efetivamente, o gás do pré-sal da Bacia de Santos. Com potencial para dar fôlego à cadeia o¤shore da região, o "Plansal" - como é chamado o projeto de escoamento e tratamen-to do gás natural pelos es-pecialistas da companhia - pode ser o meio prático para a retomada de um crescimento avariado ao longo dos últimos meses por um mercado instável atrelado aos escândalos e

incertezas da petrolífera a médio prazo.

Ontem (4), em visita ao Tecab, a equipe de re-portagem de O DEBATE acompanhou a viabiliza-ção do sistema, capaz de aumentar a capacidade de processamento do gás de 20 milhões para até 25 milhões de metros cúbi-cos. De acordo com o en-genheiro Marcos Abreu Barbosa, gerente de pro-cessamento da base ope-racional, atualmente todo gás proveniente da Bacia de Campos também é di-recionado ao local.

Cerco policial prende assaltantes de residência

Na manhã de quinta-feira (05), por volta das 7h, uma moradora da Cancela Preta, sua mãe e sua secre-tária foram surpreendidas com a invasão de dois assaltantes em sua residência, na Cancela Preta.

A Polícia Militar (PM), que foi acionada pelo disque-denúncia che-gou ao local e conseguiu prender os dois criminosos em flagrante, além de recuperar todo o material.

Vítima ficou minutos refém dos criminosos que a amarraram

Petrobras apresentou ontem à imprensa redes e equipamentos que garantem a maior operação de produção de gás do BrasilMacaé registra

primeiro óbito por gripe H1N1A morte de um bebê de um ano com suspeita de H1N1 foi confir-mada pela prefeitura na manhã de ontem (4). O ocorrido também foi ratificado, por meio de nota, pela as-sessoria do Hospital Unimed Costa do Sol, unidade onde a criança esta-va internada. Com isso, Macaé passa a registrar o primeiro caso de óbito da doença no município esse ano.

A secretaria de Saúde diz ainda que de janeiro até o momento foram notificados 15 casos, sendo dois con-firmados pelo Laboratório Central Noel Nutels - LACEN, unidade re-ferência no Rio de Janeiro.

KANÁ MANHÃES

Page 3: Noticiário 08 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016 3

PolíticaFUTURO

Insegurança jurídico-�scal dá base a parecer que rejeita o "empréstimo dos royalties"Além de afrontar diretrizes da Lei Orgânica, da Resolução do Senado e da Lei de Responsabilidade Fiscal, projeto do Executivo é pautado por futuro incerto sobre o volume de repasses das receitas do petróleo

Márcio [email protected]

Nas duas sessões ordiná-rias desta semana, a Câ-mara de Vereadores deu

prioridade à discussão sobre a pauta-bomba do parlamen-to municipal: o projeto de lei 08/2016 do governo que propõe o "empréstimo dos royalties".

E superado o embate político que, tradicionalmente, mede as forças da bancada do governo e do bloco de oposição, a proposta embasada na Resolução do Se-nado, que pode comprometer o orçamento municipal pelos próximos 15 anos, passa agora por análises formais, escritas com base em argumentos ju-rídicos, que promovem uma análise preliminar da matéria.

Porém, antes de seguir para votação final no plenário, pre-vista para acontecer no próximo dia 24, o projeto ainda vai gerar debates que irão expor contra-dições nos discursos dos parla-mentares que dividem, através de avaliações políticas, opiniões favoráveis ou contrárias à pro-posta que passa a ser qualificada como a 'venda do futuro'.

Não tão diferente do enfren-tamento registrado no cenário político das demais cidades da região que já recorreram aos instrumentos legais para o em-préstimo dos royalties, Macaé vive uma peculiaridade consi-derada importante nas discus-sões que irão definir se o gover-no terá direito de sacar de R$ 200 milhões a R$ 280 milhões, não previstos no orçamento municipal, que serão aplicados nos meses finais da gestão que prometeu a mudança.

E, se não faltam instrumentos jurídicos que colocam em xe-que a legalidade da proposta do projeto de lei 08/2016, apontada pela Comissão Permanente de

Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, ao indicar diretrizes da Lei Orgânica, da Lei de Respon-sabilidade Fiscal e da própria Resolução do Senado que per-mite a operação de crédito, as incertezas que ainda pairam sobre os repasses futuros dos royalties, base da garantia do empréstimo defendido pelo Executivo, criam ainda mais a instabilidade que precisa ser medida, discutida e revisada por todos os 17 vereadores que terão, nas mãos, o poder de decidir o futuro da gestão municipal.

QUEM É CONTRA

“Existe um futuro incerto quanto a questão dos royalties. E só isso já serve de justificativa para votarmos contra esse empréstimo que pode destruir a cidade”

CHICO MACHADO, PDT

WANDERLEY GIL

“A Câmara já cometeu falha ao receber um projeto mal instruído e eivado de ilegalidades. E quem defende essa proposta, afronta o seu mandato e a própria cidade”

MAXWELL VAZ, SD

“O governo não se apresenta para dar qualquer explicação sobre esse empréstimo. E estamos certos de que a cidade não precisa dessa dívida”

IGOR SARDINHA, PRB

“Está claro o atropelo dos princípios éticos e legais. Em época de crise, a cidade não pode contrair mais dívida que não será paga por quem contraiu o empréstimo”

AMARO LUIZ, PSB

“Estamos em um momento de incertezas sobre o futuro dos repasses dos royalties. E isso não dá nenhuma garantia para se contrair esse empréstimo”

MARCEL SILVANO, PT

“Macaé recebe R$ 2 bilhões por ano em orçamento. E isso já demonstra que não há a necessidade de endividar a prefeitura por 15 anos"”

LÚCIO MAURO, PDT

Além da questão sobre a indefinição da partilha dos royalties, as incertezas sobre o comportamento do mercado do petróleo nos próximos anos ser-ve como pauta do debate travado pelos vereadores na Câmara.

Para o grupo contrário ao em-préstimo, a própria crise pode ser utilizada como exemplo da insegurança gerada pela pro-posta do governo.

"A crise gera grandes impac-tos, já que pegou os municípios de surpresa. Ninguém soube medir esse atual comporta-mento do mercado do petróleo, e muito menos sabe adivinhar como será esse cenário nos pró-ximos 15 anos. Vender o futuro não garante nada e só deixará Macaé em uma situação com-plicada", alerta o vereador Chico Machado (PDT).

Para Marcel Silvano (PT), a história recente de Macaé de-monstra que os royalties não podem ser "tomados como fon-tes seguras de desenvolvimento para o município".

Já para a bancada que defende o governo e o projeto, os impac-tos da crise sustentam a necessi-

QUEM É A FAVOR

“O senador Marcelo Crivella criou uma resolução para ajudar os municípios impactados pela crise. Em Macaé, não é diferente e, por isso, eu defendo esse recurso”

JULINHO, PMDB

WANDERLEY GIL

“Sem esse recurso, não há condição de realizar as obras que serão necessárias hoje o ao futuro da cidade. Se isso não for feito agora, vai faltar amanhã”

DR. EDUARDO, PPS

“O município já demonstrou que houve perdas graves de receitas e por isso está recorrendo ao empréstimo. Com esse dinheiro será possível fazer escolas”

GUTO GARCIA, PMDB

“Não adianta querer traçar o cenário de quanto pior, melhor. A cidade precisa de investimentos que só serão realizados através dessa antecipação”

PAULO ANTUNES, PMDB

“As obras são necessárias para promover a urbanização que a cidade precisa. E a operação de crédito é a saída para o governo nesse momento de crise”

LUCIANO DINIZ, PMDB

“A cidade continua crescendo e depende das obras de infraestrutura. Esta é a saída encontrada pelo governo para manter os avanços”

GEORGE JARDIM, PMDB

dade de recomposição da perdas."No ano passado, a cotação

do barril do petróleo chegou a US$ 25 dólares, despencando os repasses dos royalties. Quem consegue suportar a perda de

20% a 30% das suas receitas? Esse déficit significa menos in-vestimentos para a população", avaliou Paulo Antunes, líder do PMDB na Câmara.

Diante de todas as verdades,

que irão nortear os votos dos 17 vereadores, a decisão sobre o empréstimo dos royalties se-rá pautada pelo resultado da votação que deve ocorrer em três semanas.

Inde�nição do STF sobre partilha eleva riscosAo propor a análise de todos os riscos jurídicos e fiscais pro-vocados pelo empréstimo dos royalties, a Câmara de Verea-dores passa a considerar tam-bém a instabilidade mantida pela indefinição, no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a proposta da partilha dos royal-ties, aprovada pelo Congresso Nacional há quatro anos, mas barrada na justiça.

Se a mudança passar a ter valor legal, o empréstimo, ba-seado em 10% dos repasses futuros dos royalties, criaria o colapso administrativo e fis-cal para o município, que hoje mantém em alta a arrecadação com as receitas próprias, per-dendo cerca de 15% com os re-passes previstos pelos royalties e pela Participação Especial do Petróleo.

Futuro do mercado do petróleo ainda é incerto

Votação do empréstimo dos royalties deve acontecer no próximo dia 24 deste mês, na Câmara Municipal

NOTA

PONTODE VISTAAdministrar um município que arrecada por ano R$ 2 bilhões, não é tão difícil como podem pensar alguns.

Uma vez que as mudanças prometidas pelo então candidato do PV que estão no programa de governo e agora sendo com-paradas quando se alinha na bola da vez que é o PMDB, pa-rece que estamos voltando à gestão passada, quando muitos vereadores ocupavam as secretarias e a população imaginava que era um governo loteado.

Embora haja uns menos otimista, não tem fundamento algum a informação de que a Petrobras estaria desmobilizando as unidades de Macaé. Este jornal tem informações seguras de assessores junto à diretoria de que não há e não existe nenhum planejamento futuro para que isso aconteça. Pelo contrário, a ampliação da Transpetro em Cabiúnas dá bem a demonstração disso.

Ainda, alguns assessores diretos da diretoria da estatal, confirmam que a empresa está promovendo uma rearrumação de suas atividades e o baixo preço do barril de petróleo que já alcança o valor de pouco mais de US$ 48,00, pode chegar a US$ 60,00, e a estimativa de que a crise ainda vai continuar fazendo seus efeitos pelo menos até 2017. Paciência e caldo de galinha não faz mal.

Até domingo.

Acessibilidade é uma das mais exigidas ações com a qual um governo deveria se preocupar. Como as calçadas em Macaé são estreitas e cheias de obstáculos, não só pedestres idosos como cadeirantes, encontram muita dificuldade e reclamam com razão. Onde está a visão administrativa de fazer de Macaé uma cidade modelo? Ela apenas dá exemplos que outros não querem copiar.

Mau sinal

Tudo como antes?

Os bons exemplos têm sido dados por prefeituras que ar-recadam menos do que Macaé e conseguem aplicar bem os recursos e proporcionam aos habitantes melhor qualidade de vida. Mais “vigiados” pela população que cobram do Poder Executivo a aplicação correta do dinheiro, os administradores pelo fato de estarem no dia a dia presentes nas ações sociais, são também cobrados e, se não fa-zem como prometeram o dever de casa, acabam perdendo a vez e vão para a lista daqueles que são considerados incapazes de encontrar soluções para os inú-meros problemas que afligem as pessoas. Saúde, educação, segurança, meio ambiente e transporte, principalmente es-te último item, são considerados fundamentais para que a quali-dade de vida se torne melhor. E, ninguém melhor do que o candi-dato que promete mudar e não muda nada, para ser o exemplo do esquecimento das promes-sas eleitorais. Por exemplo, em 2010, o governo do prefeito Ri-verton Mussi, que tinha como vice-prefeito a ex-vereadora Marilena Garcia, formando a do-bradinha PMDB-PT, contratou a empresa Bom Sinal, lá de Cari-

ri (CE), a construção de quatro Veículos Leves Sobre Trilhos, o famoso VLT, para implantar em Macaé o metrô de superfície. O custo estimado foi de quase R$ 25 milhões. Feito o empenho, foi pago pouco mais de R$ 15 mi-lhões mas só vieram duas com-posições que estão abandonadas na antiga estação ferroviária de Macaé, onde funciona a Secreta-ria de Mobilidade Urbana, agora sob a tutela do vereador Paulo Antunes (PMDB), que indicou o irmão Júlio Antunes para co-mandar. Mas a história é longa e não cabe neste espaço. Moral da história: a empresa Bom Si-nal que forneceu os trens não suportou a crise, quebrou, e o administrador judicial comu-nicou oficialmente em julho de 2015 (presente de aniversário) que existia um credito para a prefeitura de Macaé de pouco mais de R$ 4 milhões. Em de-zembro, a prefeitura informou que não sabia daquele crédito e sim que havia pago os R$ 15 mi-lhões. Ou seja, perdeu o prazo de habilitação. Pagou mais do que devia e não quis o dinheiro de volta? Para a Bom Sinal, que vendeu o VLT foi bom negócio, mas, para Macaé, foi um mau negócio...

Existiu a promessa de al-guém de que nenhum deten-tor de cargo eletivo, ou seja, vereador, ocuparia qualquer cargo de confiança e seus ocupantes seriam eminen-temente técnicos e capazes. Não se cansa de ouvir pelas ruas hoje que as promessas de mudança viraram uma tremenda mentira e agora o que se observa é o mesmo time que jogava na gestão 2008/2012. Continua em campo. Mesmo quando atu-ava na defesa com a acusa-ção do PV e sob a iminência da cassação dos mandatos, Riverton (PMDB) e Marile-na Garcia (PT), que lutaram até quase o final da gestão para se manterem no cargo, hoje estão em lados opostos. Riverton fora do governo, e Marilena no governo. Bem, dizer que foi o Partido Ver-de e outros coligados que pediram após as eleições de 2008 a cassação da dupla adversária, é irrelevante.

Mas... apenas para avivar a memória de alguns, o recur-so eleitoral 826 no Tribunal Regional Eleitoral, só teve êxito, mantendo Riverton e Marilena nos cargos como prefeito e vice até o fim, por causa de um documento que “cheira” à falsidade ideológi-ca, e induziu os juízes ao pos-sível erro?!!! Igual a renúncia de receber apenas da empre-sa que construiu o VLT, úni-ca obra do ex-prefeito que não foi concluída pela atual administração, pouco mais de R$ 4 milhões, e recorrer a um empréstimo para endi-vidar a prefeitura no futuro que afirmam, pode chegar a quase R$ 300 milhões, pare-ce não ser boa ação. Sem falar nas promessas não cumpri-das pelo governo estadual de obras em Macaé ou de cons-truir em pareceria a estrada Santa Teresa. Se o Estado es-tá “quebrado” e não paga se-quer aos servidores, alguém acredita?

PONTADA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

A guerra das incoerências, travada entre vereadores da bancada de governo e do bloco de oposição, foi vencida na última quinta-feira (5), dia em que o plenário do Palácio Natálio Salvador An-tunes registrou a comprovação de qual lado político, registrado dentro do parlamento municipal, está de fato comprometido a debater a proposta do Executivo em recorrer ao empréstimo dos royalties, qualificado como “cheque em branco”.

As listas de espécies ameaçadas de extinção (conhecidas como “listas vermelhas”) representam uma parte essencial da política de Estado para garantir que fauna, flora e microorganismos nativos sejam protegidos, o que é responsabilidade tanto do Poder Público como da coletividade, e está prevista na Constituição Federal brasileira (art. 225).

Incoerências

Quanto antes agirmos, mais chances teremos

Por mais que o encontro seja encarado como uma oportuni-dade de construção política, o espaço aberto pelo Legislativo para a população é conside-rado como a maior coerência proposta pelo conceito da de-mocracia.

É fato que o debate sobre uma proposta que pode com-prometer, de forma direta, o futuro do orçamento municipal pelos próximos 15 anos, não po-de ser reduzido apenas às ban-cadas da Câmara de Vereadores ou aos gabinetes da prefeitura.

Por mais que as discussões já travadas no plenário do Legis-lativo ganhem, como principal significado, o peso da influên-cia do Executivo sobre a maio-ria dos mandatos em curso na Casa do Povo, a discussão sobre o empréstimo que pode gerar uma dívida de R$ 2,8 bilhões, segundo cálculos da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, precisa ir muito além das barreiras impostas pelo in-

teresse político.Afinal, o que ganha o governo

ao não se pronunciar sobre as defesas que sustentam a pro-posta do empréstimo? Apon-tar que a operação de crédito é permitida por resoluções do Senado torna-se um argu-mento, no mínimo, superfi-cial, desconstruído a partir de qualquer comparativo entre a saúde orçamentária de Macaé e o colapso administrativo enca-rado pelos demais municípios da região.

Se a justificativa é a crise, e a defesa está no aumento das demandas dos serviços públi-cos municipais, que acolhem também as necessidades dos demais municípios da região, a resposta ou ajuda precisa ser buscada, não em um em-préstimo com parcelas e juros a perder de vista, mas sim na responsabilidade que ainda ca-be aos governos Estadual e Fe-deral, ambos enfrentando suas próprias crises institucionais.

Apesar dessa relevância, alguns setores da sociedade ainda não en-tendem dois pontos fundamentais: primeiro, que ignorar os sinais de que uma espécie está em declínio é o caminho mais rápido para o seu de-saparecimento; segundo, que reco-nhecer que a espécie está ameaçada é o primeiro passo para se analisar quais ações devem ser tomadas para que ela se recupere.

Portanto, a lista vermelha é fun-damental para evitar extinções, de forma a manter populações saudá-veis das espécies nativas, permi-tindo assim a continuidade de sua existência, dos serviços ambientais relacionados com essas espécies e, em determinados casos, do seu uso econômico pela humanidade.

O Brasil possui listas vermelhas desde 1968, sendo que as mais recentes foram publicadas pelas portarias 443, 444 e 445 do Ministério do Meio Am-biente, de dezembro de 2014, e se refe-rem à flora, aos peixes e invertebrados aquáticos, e aos demais animais. Ela-boradas a partir de critérios científicos reconhecidos internacionalmente, es-sas três relações contemplam no total 3.652 espécies, que estão divididas nos seguintes níveis de ameaça: “vul-nerável”, “em perigo”, “criticamente em perigo” e, no caso de uma ave, “extinta na natureza”. Entre os prin-cipais fatores que as colocam em risco estão a destruição de habitat e a sobre-explotação - que acontece quando sua retirada da natureza é tão intensa que impossibilita sua reposição.

Este último é o que provoca maior reação contrária às listas, pois está ligada ao uso econômico de alguns animais e plantas. Por exemplo, em 2015, uma liminar suspendeu a Portaria 445, que trata dos peixes e invertebrados aquáticos, o que foi resultado direto de pressão do setor pesqueiro. Também no ano passado, cinco projetos de Decreto Legislativo tentaram sustar as portarias que criam as listas vermelhas, entre eles três do Senador Ronaldo Caiado, referentes às três listas. Diante da repercussão

negativa e da reação de vários setores da sociedade, os projetos do Senador Caiado foram retirados de pauta e foi proposta a realização de audiências públicas para a discussão do tema. Contudo, como esses projetos de lei podem ser desarquivados a qualquer momento, é necessário fortalecer na sociedade brasileira o papel que as listas vermelhas têm para evitar o co-lapso das espécies listadas.

Para além dos interesses econômi-cos imediatos, é importante também que as pessoas tenham consciência de que, apesar de toda a tecnologia e de vi-vermos em ambientes altamente mo-dificados, ainda dependemos, e sempre dependeremos, do meio ambiente. Se nós, seres humanos, quisermos sobre-viver como espécie, precisamos preser-var a natureza e os serviços ambientais que ela nos presta. Isso inclui ar limpo para respirarmos, água limpa, alimen-tos, fontes de remédios, um clima su-portável, enfim, grande parte do que torna nosso planeta habitável.

Embora possa parecer espantoso, ainda estamos longe de conhecer to-das as formas de vida que existem na Terra e as intrincadas relações entre elas. Entretanto, conhecemos o sufi-ciente para sabermos da importância dessa grande diversidade. Não temos ideia de quanto - ou o que - seria inó-cuo perder, mas é certo que há um limite. Quanto antes agirmos, mais chances teremos para amenizar as alterações ambientais que já nos le-varam a uma situação-limite que está afetando o clima e a sobrevivência de muitas espécies.

O homem se orgulha de ser um “animal inteligente” e ético. Porém, quão inteligente e ético seria destruir as espécies que compartilham conosco o planeta? A sabedoria popular nos diz que “é melhor prevenir que remediar”, e nesse ponto, ela está totalmente certa.

Teresa Avila Pires é pesquisa-dora do Museu paraense Emílio Goeldi/CZO e membro da Rede de Especialistas em Conserva-ção da Natureza

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CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

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CORREIOS (SEDE) 2759-3390

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CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Peso da Saúde no orçamento aumenta.Segundo FGV, em abril taxa de remédios para baixa renda foi a de maior impacto

NomeadosOntem, mais nove pessoas passaram a inte-grar o quadro de assessores disponíveis para o governo municipal. Os nomeados passaram a ocupar cargos na Fundação de Esporte (Fes-porte), Funemac, Agetrab, e nas secretarias municipais de Obras e de Desenvolvimento Econômico. No mesmo dia, oito profissionais foram demitidos em função da troca dos tradi-cionais 'cabides de emprego'. Anunciada pelo governo em janeiro, a demissão de 600 comis-sionados ainda não ocorreu.

Disposição Também ontem, a prefeitura suspendeu a cessão de 21 servidores do quadro efetivo que estavam disponíveis junto aos gabinetes de sete vereadores, além da presidência da Casa. Os parlamentares Julinho do Aeroporto (PMDB) e George Jardim (PMDB) contavam com o maior número de indicados, cinco cada um. Com isso, todos esses profissionais vol-tam a compor o quadro de despesas com a folha de pagamento, que já ultrapassa índices da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Folha E, apesar de não ter relação direta com a proposta de operação de crédito, o alto peso da folha de pagamento para as contas públicas acaba sendo citado, por vereado-res da bancada de governo, nos debates referentes ao empréstimo dos royalties. Caso seja consolidado, o dinheiro capta-do junto a instituições financeiras não pode ser aplicado em despesas de caráter con-tinuado. Mas há quem diga que essa regra pode mudar, a qualquer momento.

Entrave Lideranças políticas de cidades ameaçadas pela crise do petróleo acabaram se pronuncian-do sobre o pedido do governo municipal para recorrer ao empréstimo dos royalties. Muitos são contra a operação de crédito de Macaé, por entender que a cidade não vive o colapso orçamentário compartilhado por Cabo Frio, Rio das Ostras e Campos dos Goytacazes. Muitos temem que a entrada do município nesse de-bate possa atrapalhar a liberação dos créditos baseados na resolução do Senado.

Prioridades E na etapa em que aguarda o pronuncia-mento do Legislativo sobre o pedido do empréstimo dos royalties, o governo exe-cuta medidas que acabam contrariando a defesa pela necessidade do dinheiro novo. Em suplementação realizada nesta semana, R$ 500 mil foram destinados ao custeio de eventos, o que parece não ser a prioridade em momento de reavaliação de despesas. Os gastos supérfluos estão sendo avaliados nas discussões referentes ao empréstimo.

Manobra A oposição acusou o governo de promover mais uma manobra na tentativa de esvaziar o debate sobre a proposta do empréstimo dos royalties. A Audiência Pública voltada a discutir com a sociedade a proposta da prefeitura foi aprovada pelo Legislativo na quarta-feira (4) às 14h. Mas, por determinação da presidência da Câmara, composta por parlamentares que apoiam o Executivo, a reunião foi agendada para o dia seguinte, quinta-feira (5), às 14h. Eles tiveram 24 horas para emitir convites.

Ausência Porém, o esvaziamento foi sentido ape-nas pela ausência de representantes do próprio Executivo, que não se fizeram presentes na Audiência Pública que deu oportunidade à população da cidade de obter informações que possam sustentar o projeto do governo que tenta recorrer ao empréstimo dos royalties. Mas, en-quanto a prefeitura se cala, a oposição ganha força na mobilização contra o que considera um “cheque em branco”.

Silêncio Seja no portal oficial na internet, seja nas mídias patrocinadas por publicações institucionais, o governo optou por seguir a linha do silêncio, no que se refere às discussões referentes ao em-préstimo dos royalties. Enquanto a Câmara de Vereadores dedicou as sessões ordinárias des-ta semana para aprofundar as análises sobre o tema, o Executivo aptou por comentar apenas que, caso aprovada, a operação de crédito po-derá financiar até a instalação do novo porto e a reforma da pista do Aeroporto. Será?

Ato Seguindo a ideologia e as raízes históricas do seu partido, o vereador Marcel Silvano (PT) chegou a propor, na Audiência Pública sobre o empréstimo dos royalties, a realização de um ato público, em frente ao Palácio Cláudio Moacyr de Azevedo, visando pressionar o governo a apresentar esclarecimentos sobre o pedido da operação de crédito. Já Maxwell Vaz (SD) indicou que o local para o ato seja a sede administrativa da prefeitura. A mobiliza-ção pode ocorrer na próxima semana.

Pelo tamanho das filas registradas nos Cartórios Eleitorais da cidade durante esta semana, é possível apontar que o número de pessoas aptas a votar na cidade, nas eleições deste ano, chegue à casa dos 160 mil. Apesar dos efeitos da crise, que provocou o esvaziamento parcial do município, houve também o processo de mobilização de servidores locais que optaram por promover a transferência do domicílio eleitoral, guardando para as urnas o protesto velado sobre a insatisfação com a administração pública.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016 5

PolíciaCOLUNA

Tenente-coronel Ramiro Campos fala sobre a inveja

Para algumas pessoas a palavra inveja, não passa de uma lenda urbana, inclu-sive sendo algo totalmente ignorado; para outras es-ta palavra expressa pavor e até mesmo mudança de hábitos, obrigando estes a adotarem medidas extre-mas para neutralizarem possíveis danos materiais ou espirituais.

EXISTEM PESSOAS REALMENTE INVEJOSAS?

Esta pergunta realmen-te é difícil de responder, ao longo da minha vida pesso-al e profissional, confesso que por vezes cheguei a ter dúvidas da real existência da inveja; acredito que de-penda muito de nosso es-tado de espiritualidade, em determinados momentos da nossa vida nos sentimos aquela pessoa forte, robusta espiritualmente com gran-de concentração de fé, e neste estado nos sentimos imbatíveis e achamos que a inveja não existe, desta forma nunca nos atingirá. Porém, em outras ocasiões, estamos fragilizados espi-ritualmente, parece que o universo conspira contra nossa vida, tudo sai erra-do. Neste estado espiritu-al acreditamos na inveja e muitas vezes sentimos que estamos sendo vitimados. Este é um tema que atinge a toda humanidade desde seus primórdios, e muito pouco conseguimos enten-der. O assunto já foi tratado na Bíblia em episódios co-mo de "Caim e Abel", e do "Filho Pródigo"; na litera-tura é tema da comédia do poeta italiano Dante Ali-ghieri (1265-1321), que diz: "Os invejosos não vão para o inferno, e sim para o pur-gatório, tendo como castigo suas pálpebras costuradas com arame farpado, como penitência pelo mal causa-do em vida ao olhar e inve-jar o próximo"; e de grandes tragédias como "Othelo o Mouro de Veneza", escrita por William Shakespeare (1564-1616), na qual um soldado por ter sido prete-rido em sua promoção pelo General Othelo, que cedeu esta a outra pessoa mereci-damente; aquele por inveja montou uma trama na qual Othelo matou sua esposa, seu amigo recém-promovi-do e por fim suicidou-se.

VOCÊ JÁ FOI VÍTIMA DA INVEJA?

Confesso que com mi-nha idade é difícil negar tal fato. Na semana passa-da, encontrei no Centro de Macaé, "um pseudoamigo", que me disse: "Rapaz, você está muito bem hoje, bem de saúde, bem profissional-mente, bem fisicamente, te-nho acompanhado tudo que você escreve nos jornais e fala no rádio, mas meu amigo tenha muito cuida-do; tudo isso de bom na vida passa rapidinho". Com es-tas palavras, evidenciou-se claramente seu instinto de inveja; quem nunca passou por situação semelhante? Nesta ocasião constatei que a inveja, vem do olhar das pessoas bem próximas a nós; nunca ouvi ninguém dizer que sente inveja da fortuna do magnata Bill Gates, fundador da Micro-

soft ou da inteligência do físico e cosmólogo Stephen Hawking; estes estão longe de nossas vidas, desta forma não é possível o invejoso fazer a comparação, e por consequência aflorar o seu sentimento de inferiorida-de. Mas já ouvi várias pes-soas dizerem que sentem inveja do vizinho, cunhado, irmão, amigo de trabalho e muitos outros bem próxi-mos. A inveja é um pecado quase que inconfessável por quem sente (invejoso); nin-guém assume, por vergonha da impotência e fraqueza de desejar algo do outro, na verdade é o reconhecimen-to que o outro é melhor no que faz, na vida, no que tem ou no que é. A vítima sofre, pois tem suas liberdades violadas; porém o invejoso sofre muito mais, com sua atitude de reconhecer o su-cesso alheio; não deixa de ser uma homenagem indi-reta prestada do invejoso para o invejado. Não me re-cordo de inveja por doença, dificuldade financeira, de-semprego ou separação.

CRIANÇAS SÃO VÍTIMAS DE INVEJA?

Certamente, este senti-mento surge inclusive em algumas crianças bem no-vas: a psicanalista Melanie Klein, fez um experimento muito interessante; colocou vários brinquedos na fren-te de um menino de dois anos, este não brincou com nenhum deles, em seguida outro menino da mesma idade foi colocado junto com o primeiro, este come-ça a brincar muito feliz com um boneco, de imediato o primeiro retira o brinquedo de sua mão; para Melanie, a criança não possui senti-mentos de posse, cobiça ou propriedade privada, mas esboça em alguns casos sentimentos primitivos de inveja involuntária na ale-gria do outro. Para ilustrar narrarei uma parábola que aprendi ainda na infância, muito pertinente para o te-ma em curso: "Certa vez um homem muito invejoso de seu vizinho, recebeu a visi-ta de uma fada, que lhe ofe-receu a chance de realizar um desejo, desde que seu vizinho invejado, recebes-se o mesmo em dobro; ime-diatamente o invejoso disse para a fada lhe arrancar um olho". Moral da história? O prazer de ver o outro pre-judicado, prevaleceu sobre qualquer outra vontade.

EXISTE INVEJA POSITIVA?

Estudos recentes mos-tram que existe a inveja "positiva ou branca" (cha-mada de benigna). Nesta uma pessoa observa alguém em situação melhor, e sem desejar o mal a ninguém, se estimula para atingir melhores metas; é um mo-vimento interno no ser hu-mano, que de forma salutar cria metas e planejamentos para em um curto prazo al-cançar o sucesso desejado; desta forma a pessoa é feliz com o que tem e consegue sonhar com o que pode vir a ter. Somos capazes de olhar o sucesso alheio e buscar-mos o nosso de coração lim-po. Assim toda vitória terá um sabor especial.

Quem quiser pode enviar sugestão de pauta para o e-mail do Tenente-coronel Ramiro Campos, o ende-reço é: [email protected]

Sugestões de como lidar com pessoas invejosas e explicações sobre a “inveja boa”

SEGURANÇA

Veículos são alvos de criminosos e PM dá dicas de segurançaCrimes de furto de veículos registraram queda de janeiro a março

Ludmila [email protected]

A vulnerabilidade do bairro Imbetiba, Novo Cavalei-ros e adjacências já foi te-

ma de várias matérias publica-das no Jornal O DEBATE. Desta vez, os moradores e pessoas que trabalham nestes bairros têm relatado o problema de furtos a veículos. Muito comum, o crime também acontece em outras áreas do município.

Com o objetivo de ajudar o cidadão a evitar este tipo de crime, a Polícia Militar (PM) divulgou algumas medidas que podem ser adotadas para difi-cultar a ação dos criminosos.

De acordo com a PM, o cida-dão deve sempre levantar os vi-dros, trancar as portas e o porta-malas, quando estiver parado, mesmo que seja apenas por um minutinho; as chaves reservas nunca devem ser guardadas no interior do veículo; procurar deixar o automóvel em esta-cionamento vigiado e de sua confiança; caso precise deixar na rua, procurar estacionar em locais visíveis e iluminados; não deixar documentos, talões de cheques, cartões ou outros per-tences de valor dentro do carro.

Em Macaé, de acordo com os dados do Instituto de Seguran-ça Pública (ISP), as ocorrências registradas na 123ª DP tiveram uma queda nos casos de furtos, de todos os gêneros. Em janei-ro foram 228 casos de furtos registrados, fevereiro 167 e 165 no mês de março. Os casos espe-cíficos de furto de veículos tam-bém diminuíram, registrando apenas quatro casos em março, 14 em fevereiro e 27 em janeiro.

Segundo relato de uma cidadã macaense que teve seu carro ar-rombado, no bairro Imbetiba, há cerca de um ano atrás, o único jei-to de ter certeza que o veículo não será levado ou os itens deixados no carro, é deixar o automóvel em

estacionamentos privativos."Há cerca de um ano eu estava

indo almoçar na Imbetiba, por volta das 12h30, com uma co-lega de trabalho. Como estava cheio, estacionei em uma rua paralela a Avenida Elias Agos-tinho. Achei que ali era um lu-gar tranquilo, mas me enganei. Quando voltei do meu compro-misso encontrei o meu carro com a porta do carona arromba-da. Os meliantes, por dentro do veículo, abriram o porta-malas e levaram pertences meus, além do step. Fui direto para a Dele-gacia, onde fiquei mais de seis horas para conseguir registrar o Boletim de Ocorrência. No mesmo dia havia, pelo menos, umas três pessoas que tinham sido vítimas de bandidos no bairro. Não é de hoje que escuto relatos de assaltos e furtos nessa região. Hoje eu prefiro pagar um

pouco mais e deixar meu carro em estacionamento privativo", relata uma vítima que pede para não ser identificada.

Além da Imbetiba, profissio-nais que trabalham na Rua Pre-feito Aristeu (Rua das Firmas), localizada no Novo Cavaleiros, também tem relatos de arrom-bamentos em seus veículos. Es-tes, geralmente, deixam os carros estacionados nas ruas próximas as firmas e, alguns, estão sendo surpreendidos com os arromba-mentos e sumiço dos bens mate-riais deixados no carro.

“Além dos assaltos a tran-seuntes que costuma ter nesta região, agora estamos com pro-blemas referentes ao arrom-bamento de veículos. É bem complicado você deixar seu carro para ir trabalhar e quando voltar encontra-lo arrombado e seus pertences ter sumido. Não

há a mínima condição de pagar diariamente por estacionamen-tos privativos, o que precisamos é de mais segurança. Sendo es-ta uma via movimentada, como pode alguém em plena luz do dia, vir e abrir um carro e tirar tudo de dentro dele e sair sem ninguém perceber nada? Estes criminosos estão cada vez mais audaciosos. Precisamos parar esta situação imediatamente”, desabafou Luiz Carlos Santos.

De acordo com o comandan-te do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM),o tenente-co-ronel Marco Aurélio Vollmer, a PM trabalha de acordo com a mancha criminal. Onde há o registro de mais crimes, a po-lícia está atuando com mais patrulhamento. Ele ressaltou que, havendo denúncias, a PM também atua, indo além dos dados estatísticos.

KANÁ MANHÃES

Polícia Militar dá dicas de segurança para furtos em automóveis

Termina em junho prazo para apresentação

ALISTAMENTO MILITAR

Todos os jovens do sexo masculino, que completam 18 anos neste ano, que ainda não se apresentaram na Junta de Serviço Militar (JSM) munici-pal, para o alistamento obriga-tório, têm até o dia 30 do mês que vem ( junho) para fazê-lo. As mulheres estão isentas do Serviço Militar obrigatório, mas podem ingressar nas Forças Armadas mediante concurso público.

No ato do alistamento, é necessária a apresentação de cópia e original dos seguintes documentos: uma foto 3x4 re-cente, certidão de nascimento ou casamento original, cédula de identidade, CPF e compro-vante de residência. Depois de realizado o alistamento, o jo-vem receberá um comunicado referente à decisão se terá de servir aos serviços militares ou se foi dispensado.

Caso o convocado tenha fi-lhos, também é necessária a apresentação das certidões de nascimento das crianças. Pessoas com deficiência pre-cisam entregar atestado mé-dico. Todos os documentos necessitam ser apresentados em suas versões originais.

O alistamento é um ato obrigatório a todo jovem brasileiro do sexo masculino

A Junta de Serviço Militar de Macaé fica localizada na Praça Washington Luis, no Centro, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h.

O Ministério da Defesa esti-ma em 2 milhões o número de jovens que farão o alistamento em 2016, sendo que 100 mil de-vem ser incorporados ao serviço militar em um dos três ramos das Forças Armadas: Aeronáu-tica, Exército e Marinha.

Caso o jovem perca o prazo de alistamento, é preciso compare-cer a JSM do município e pagar uma multa no valor de R$ 3,71

e assim, realizar o alistamento. Se o jovem não se apresentar, ele fica impedido de obter: pas-saporte ou renovação de sua validade; assumir cargo públi-co, mesmo se aprovado em con-cursos; se matricular no Ensino Superior; registro de diplomas de profissões liberais, matrícu-la ou inscrição para o exercício de qualquer função e licença de indústria e profissão; recebi-mento de qualquer prêmio do governo federal, estadual, dos territórios ou municípios;

O adiamento do alistamen-to militar é diferenciado para

quem cursa faculdade de Me-dicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária. Os estudantes podem solicitar o adiamento de incorporação até o término do curso e ficam, contudo, obri-gados a participar do processo seletivo para Estágio de Adapta-ção e Serviço (EAS) das Forças Armadas, destinado à formação de oficiais temporários.

Aqueles que se apresentam recebem um Certificado de Alistamento Militar (CAM) que comprova que o brasileiro está em dia com as suas obrigações militares.

KANÁ MANHÃES

Em Macaé, a Junta de Serviço Militar fica localizada na Praça Washington Luís, no Centro, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h

Obras deixam problemas como herança. População reclama de calçadas quebradas, buracos e galerias pluviais obstruídas

NOTA

Page 6: Noticiário 08 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016

OFFSHORE

Petrobras aposta em consolidação de novos projetos para retomada de crescimentoEntre as incertezas de um presente turbulento e um futuro incerto, companhia segue lançando medidas para otimizar produção

Guilherme Magalhã[email protected]

Embora a Petrobras passe por um momento de fra-gilidade e desconfiança,

a consolidação de novos pro-jetos de produção indica que a companhia pode, sim, ter fôlego para garantir um futuro a mé-dio prazo. Na última semana, a companhia abriu as portas do Terminal de Cabiúnas para a equipe de reportagem de O DEBATE, mostrando o rendi-mento da produção do gasoduto submarino de maior extensão em território nacional (Rota 2), que processa o gás vindo direta-mente da Bacia de Santos.

Conforme informações ce-didas pelo gerente de proces-samento da base operacional, Marcos Abreu Barbosa, em pouco menos de três meses em operação, a previsão é de que Cabiúnas já receba cerca de 13 milhões de metros cúbicos de gás advindos da Bacia de San-tos para processamento por dia. Ainda segundo o especia-lista, a unidade, que funciona 24 horas, já teve sua capacida-de de processamento ampliada de 20 milhões para 25 milhões de metros cúbicos/dia, somados o gás proveniente do pré-sal da Bacia de Santos e do pós-sal da Bacia de Campos.

“Vínhamos operando abaixo

do nosso rendimento quando, então, a companhia decidiu que o Rota 2 viria para cá. Foi uma grande virada para nós, e exigiu muitas adequações na nossa força de trabalho, princi-palmente nas áreas de logística e tecnologia”, contou o gerente geral do Tecab, Paulo Nolasco, acrescentando que apenas 35% da área de 3.288 metros quadra-dos do Tecab é utilizada.

Venda de ativosEm contrapartida à prioriza-

ção de investimentos de cam-pos maduros em território na-cional, na última semana ficou ainda mais notória a intenção da Petrobras em se desfazer de ativos no exterior, conforme o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.

No dia 3, a companhia, en-fim, anunciou o termo final da negociação de venda de 67,19% da Petrobras Argentina (PE-SA), prevista em US$ 892 mi-lhões. Ainda no mesmo dia, a petrolífera também admitiu a conclusão das negociações de venda da Petrobras Chile Dis-tribución (PCD). Acertada em aproximadamente US$ 490 mi-lhões, a transação envolve 279 postos de serviço, além de oito terminais de distribuição de combustíveis e operações em 11 aeroportos do país.

KANÁ MANHÃES

Com menos de três meses em operação, nova rota de gás em Cabiúnas segue a todo vapor

Page 7: Noticiário 08 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016 7

REFERÊNCIA

Prêmio destaca papel de Igor no cenário políticoVereador recebeu reconhecimento em Brasília por projeto que propõe medida socioambiental para Macaé

Márcio [email protected]

A tarefa de conduzir o bloco de oposição ao governo na Câmara de Vereadores, na

semana pautada pelos debates que antecedem a tramitação e votação do projeto do Executivo que propõe o empréstimo dos royalties, acabou não dando ao vereador Igor Sardinha (PRB) o devido tempo para receber os elogios, do próprio parlamento municipal, sobre o reconheci-mento obtido em Brasília na semana passada.

Ao representar o poder Le-gislativo municipal na “Marcha dos Vereadores 2016”, promo-vida pela União dos Vereadores do Brasil (UVB), durante a últi-ma semana de abril, na Capital Federal, Igor recebeu prêmio de destaque nacional por ser autor do projeto de lei que instituiu o EcoIPTU, uma iniciativa socio-ambiental que passa a ser con-siderada como referência de políticas públicas para o próprio Congresso Nacional.

Homenageado entre os mais de 1,3 mil vereadores do país que participaram da Marcha, Igor recebeu o reconhecimento político também das lideranças nacionais do seu partido, o PRB, que chancelaram o seu projeto de pré-candidatura a prefeito de Macaé neste ano.

"Reconhecimentos como es-se só demonstram que estamos

no caminho certo. Por mais que tentem desconstruir a imagem da oposição, seguimos uma linha de comprometimento político com Macaé, propondo pautas que são pertinentes pa-ra a cidade e para a população", apontou Igor.

Esse foi o segundo prêmio re-cebido por Igor pela União dos Vereadores do Brasil. Em 2011, pela mesma UVB, foi conside-rado vereador destaque do país pelo seu trabalho no movimen-to em defesa dos royalties do petróleo e a criação do projeto de lei dos Conselhos de Fiscali-zação e Aplicação dos Royalties do Petróleo.

"Hoje, a pauta que levanta-mos na época do movimento 'Royalties não é privilégio, é compensação', torna-se bas-

tante atual. Por mais que o atu-al governo tenha alcançado os maiores números da história de Macaé com a arrecadação das receitas do petróleo, tenta ago-ra pedir um cheque em branco à Câmara para tentar salvar o pouco que resta de uma admi-nistração em colapso. Essa é mais uma prova de que o nosso debate é pautado pelo interesse da cidade", defendeu Igor.

Igor aproveitou a agenda em Brasília para dialogar com parlamentares para garantir emendas no orçamento para comunidades de Macaé. O re-publicano esteve com o sena-dor Marcelo Crivella (PRB) e o deputado federal Roberto Sales (PRB) no intuito de garantir melhorias para as comunida-des de Macaé.

DIVULGAÇÃO

Igor recebeu segundo prêmio da UVB em Brasília

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016

BAIRROS EM DEBATE Jardim Guanabara

Falta de infraestrutura desvaloriza área nobreMoradores do Jardim Guanabara reclamam que valor pago em impostos não é revertido em melhoriasMarianna [email protected]

O slogan da prefeitura “respeito por você” é a prova viva de que nem

sempre a propaganda reflete a realidade. E é esse cuidado que os moradores do Jardim Guanabara questionam todos os dias quando saem de suas residências. Apesar de ser um bairro nobre, a população diz que até hoje não viu o alto va-lor pago com os impostos ser revertido em melhorias no bairro.

Essa semana, BAIRROS EM DEBATE visitou novamente um dos endereços mais va-lorizados da cidade, que fica situado às margens da Rodo-via Amaral Peixoto (RJ-106). A proximidade com as praias do Pecado e dos Cavaleiros, e também do Polo Offshore e da Área Industrial - tanto de

Macaé, quanto de Rio das Os-tras - fez com que essa área se valorizasse cada vez mais.

Mas, apesar do ponto privi-legiado, essa área residencial lida no seu cotidiano com pro-blemas como qualquer outro bairro da cidade. Ao longo dos últimos anos, o Jardim Gua-nabara tem sofrido uma forte expansão imobiliária.

Pelo que a nossa equipe pôde ver de perto, o bairro vem apre-sentando algumas melhorias, entretanto ainda tem diversas pendências, e são essas que têm gerado muitas reclama-ções. Entre as reivindicações estão a limpeza de terrenos e a falta de áreas de lazer.

“Eu paguei esse ano R$ 1.700 de IPTU, e não vejo isso ser in-vestido aqui. Desde que com-prei o terreno há sete anos vi pouca coisa ser feita. O nosso bairro está abandonado”, diz o morador João Carlos.

Placa na entrada do bairro não retrata a realidade vivida pelos habitantes do Jardim Guanabara

FOTOS: KANÁ MANHÃES

Lixão cresce em meio a casas de alto padrãoNo Jardim Guanabara um dos problemas já aponta-dos, e relatados pelo jornal há dois anos, é o lixão que cresce em uma área da prefeitura. Tal situação tem preocupado os moradores.

Ao que tudo indica, o terreno de aproximadamente 30 mil m2, situado na Rua 17, que deveria ser aproveitado em benefício da população, como praça e/ou escola, hoje está servindo de depósito para tudo que é tipo de material e resíduos. A nossa equipe de reportagem esteve dentro do lixão e encontrou de tudo, inclusive, peças de des-manche de veículos.

As duas situações juntas aca-bam sendo favoráveis ao surgi-mento de zoonoses como ratos, mosquitos e baratas. Esses ani-mais geralmente se reprodu-zem nesse tipo de ambiente. No caso dos roedores, além dos transtornos, eles são hospedei-

ros de graves doenças como a leptospirose.

Em 2015, a prefeitura disse que iria enviar uma equipe ao local para tomar as providên-cias, entre elas, a manutenção de algumas ruas. Só que, em vis-ta do cenário encontrado pela nossa equipe, nada foi feito para solucionar o crime ambiental.

De acordo com os moradores, isso ocorre por conta da falta de fiscalização. “Essa área, que de-veria ser utilizada em benefício da população, está nessa situ-ação deplorável. Ainda existe a questão ambiental, pois ali tem uma nascente. A prefei-tura fala que os proprietários têm a obrigação de cuidar dos seus terrenos, mas e quando se trata de um que pertence ao próprio governo municipal? Cadê o cuidado? Cadê o Inea para fiscalizar?”, questiona um morador que pede para não ser identificado.

Sem área de lazer, crianças brincam na ruaAs praças são geralmen-te um ponto de encontro de moradores do bairro, sendo a principal opção de lazer para as crianças. Mas o Jardim Guana-bara não possui nenhuma área de lazer, sendo que a mais pró-xima fica localizada no Mirante da Lagoa.

“Desde 2009, eu escuto que a praça na Rua Bernadete Franco Pacheco iria sair logo, mas isso não aconteceu. Nem mesmo

limpar o terreno a prefeitu-ra limpou. Com isso, além do matagal, o barro do terreno desce e vai para o meio da rua quando chove. É um abandono total. Esse é o respeito que eles demonstram ter por nós cida-dãos”, lamenta João.

De acordo com a prefeitura, a equipe da secretaria de Ser-viços Públicos iniciou, essa se-mana, a limpeza dos terrenos públicos do bairro.

Terreno onde deveria existir uma praça não recebe manutenção

Sinalização gera confusão A Rua Bernadete Franco Pacheco, principal do bairro, que interliga a Rodovia Norte-Sul a RJ-106, passou a ser de mão inglesa. No entanto, a si-nalização implantada apresenta falhas, o que é capaz até de dei-xar um britânico confuso.

“Essa medida foi adotada a pedido dos moradores. O pro-blema é que implantaram a no-va sinalização, sem, entretanto, removerem a antiga. Com isso, quem vem da Norte-Sul acaba ficando confuso se pode ou não entrar na via, pois o semáforo está virando na direção oposta e o asfalto está pintado e com olho de gato. Está assim há, pelo menos, uns três meses. Se não resolverem rapidamente tudo isso, logo vai acabar resultando em um acidente”, alerta João Carlos.

Segundo a secretaria de Mo-bilidade Urbana, a última etapa das ações para a implantação do

sentido de circulação em “mão inglesa” se iniciará nessa sema-na. Ela ressalta que já foi im-plantada a sinalização vertical que indica a nova circulação ao longo da via. No entanto, para completá-la, será implantada também a sinalização horizon-tal e os espaços de desacelera-ção nas pistas já existentes da Norte-Sul.

Para facilitar a visualização por parte dos condutores, nes-se trecho serão retirados os ta-chões que estão no local e será feita a sinalização horizontal utilizando-se de setas indicati-vas e zebrados, que guiarão os motoristas para os acessos de forma correta. Além disso, al-guns retornos ao longo da Ave-nida Bernadete Franco Pacheco também serão bloqueados pa-ra evitar conflitos viários. E os porta-focos, braços e colunas dos semáforos serão reposicio-nados. Mudança no trânsito tem deixado os condutores confusos

Solicitações a CedaeHá cerca de um ano, o jornal O DEBATE mostrou as condições da estrutura onde fica uma das caixa d'água e também a bomba da Nova Cedae. Na época, moradores de-nunciavam a falta de proteção do local, onde qualquer pessoa tem li-vre acesso. Passou o tempo e a situ-ação continua da mesma maneira.

“Colocamos um piso para tapar a caixa d'água, pois a exposição dela poderia comprometer a qualidade da água que consumimos. Além dis-so, acabava virando um criadouro para o Aedes aegypti. Colocamos um portão, mas a Cedae veio e re-tirou”, conta o morador.

Ele ressalta que ainda existe um problema crônico no local, o que resulta em vazamentos constantes. “Eles veem, consertam, mas nun-ca resolvem realmente a situação. É um desperdício”, alerta.

Por fim, o quadro de luz da bom-ba fica do lado externo, sem ne-nhum tipo de proteção. “A fiação está exposta e qualquer um pode vir aqui e mexer. Imagina se uma criança passa aqui e coloca a mão. Pode morrer com uma descarga elétrica”, frisa João.

Procurada, a Cedae informou que uma equipe foi enviada ao lo-cal para verificar as denúncias e, em breve, irá resolver os problemas mencionados. Fiação exposta da Cedae representa um perigo

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016 9

GeralINCENTIVO

Nupem: Projetos voltados para a comunidade podem acabarAtualmente, o projeto “Esporte com Ciência”, é um dos que vem sendo realizado na instituição e que oferece aulas gratuitas de Jiu-Jítsu

Juliane [email protected]

Na edição do último domingo (1º), o Jornal O Debate publi-cou uma reportagem sobre a

crise na educação pública superior. Na ocasião, os acadêmicos da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira / Núcleo em Eco-logia e Desenvolvimento Socioam-biental de Macaé (Nupem) aponta-ram uma série de desafios que estão enfrentando para dar continuidade a pesquisas realizadas no município devido ao corte de verbas.

Nesta edição, os docentes da universidade destacam que todo corte no orçamento pode refletir também na comunidade. Pois projetos de pesquisas e extensão voltados para a população, em es-pecial aos estudantes e crianças podem estar por um fio.

“O Nupem e a UFRJ visam, além do ensino, a pesquisa e extensão um estreitamento maior com a comuni-dade e para fazer isso, entre as ações realizadas, está o projeto que visa a descoberta de jovens cientistas, com a finalidade de colocar os alunos da rede pública dentro da universida-de incentivando-os ao gosto pelos estudos, uma iniciativa que vem dando certo, mas que corre o risco de acabar”, disseram os docentes.

Entre as atividades oferecidas por meio do Projeto estão ativida-des esportivas, como futebol, judô, a dança como o balé e de pesquisas,

por meio de microscópio, onde os alunos estudam sobre o mosquito Aedes aegypti e outros.

Atualmente, o projeto “Esporte com Ciência”, é um dos que vem sendo realizado na instituição e que oferece aulas gratuitas de Jiu-Jítsu. A iniciativa tem como objeti-vo aproximar, através do jiu-jítsu, as crianças e jovens do bairro São

KANÁ MANHÃES

De acordo com pesquisadores, oficinas de futebol, jiu-jítsu, balé, entre outras podem estar por um fio na instituição por falta de verbas

José do Barreto, da universidade e da educação. As atividades tiveram início em 8 de janeiro deste ano, e estão abertas a todos os interessa-dos em participar.

De acordo com o professor e Di-retor Adjunto de Assuntos Comuni-tários do NUPEM, Jorge Moraes, a idade mínima sugerida para o início da prática seria de 6 a 7 anos, sendo

que a instituição está recebendo crianças e jovens entre 7 e 18 anos.

Jorge explica que o “Esporte com Ciência” é uma ramificação de um projeto apoiado pela FAPERJ, e que visa a descoberta de jovens ta-lentosos dentro da rede pública de ensino, como muitos dos alunos das Escolas do bairro Barreto já faziam o futebol na instituição. Ainda se-

gundo o professor, a ideia do proje-to é que os jovens das comunidades saiam da escola e passem o maior tempo possível na universidade desenvolvendo atividades científi-cas como o curso "Verdades e mitos sobre o mosquito da dengue Aedes aegypti", além das esportivas, como futebol, ballet, capoeira angola e, agora, o jiu-jítsu.

“São iniciativas que nos leva a nos aproximar mais da comunida-de e trazer os alunos para o espaço acadêmico, mas que estão a um fio de acabar pela falta de investimen-to. A gente se esforçou, criou uma estrutura, adquiriu bolas e outros equipamentos. Realizamos ativi-dades também em laboratórios e já temos ex-alunos de projetos que hoje atuam como voluntários aqui na instituição. Pra gente isso é muito importante. O tempo que eles levam aqui dentro eles acabam despertando o interesse por pesqui-sas. A ciência não é um bicho de sete cabeças e a gente busca passar isso. Eles precisam ter essa oportunida-de agora”, disse o professor Jorge.

O docente destaca ainda que desde que teve início o projeto com os alunos do entorno do Nu-pem, o índice de alunos aprovados nas unidades de ensino aumentou 80%, além disso, não tem ocorrido mais casos de desistência e a evasão escolar caiu para 5%.

“Uma de nossas exigências para o aluno participar das atividades que oferecemos é a frequência escolar e com isso, a participação deles na escola tem sido cada vez mais significativa. Nos últimos quatro anos, nenhum aluno que participou dos projetos aqui co-nosco se envolveu com o tráfico de drogas. Sem contar que a gente cria uma parceria de amizade com eles. Hoje temos alunos da rede munici-pal que frequentam os laboratórios do Nupem”, lembra o pesquisador.

Prazo de inscrição para o Enem começa nesta segunda

ENEM 2016

Serão abertas nesta segunda-feira (9) as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O prazo para realização do procedimen-to segue até 20 de maio pelo http://enem.inep.gov.br. A taxa de inscrição subiu de R$ 65 para R$ 68 e poderá ser paga até às 21h59 do dia 25 de maio, por uma guia de recolhimento da União (GRU). O pagamento pode ser feito em qualquer agência bancária, casa lotérica ou agência dos Correios.

Este ano em virtude das eleições, as provas estão previstas para serem aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro.

A iniciativa, criada pelo Ministé-rio da Educação (MEC) em 1998, com o objetivo de avaliar a qualida-de geral do ensino médio no país, hoje é um mecanismo de demo-

As provas estão previstas para serem aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro.

cratização do acesso às políticas públicas de educação, além de ser considerado a principal porta de entrada na educação superior em universidades públicas do país.

No entanto, alunos da rede pú-blica destacam que não estão pre-parados para o exame. “A cada dia a gente vê o descaso do governo com a educação, com o ensino público que deveria ser de qualidade. Hoje faltam professores na rede, os que atuam não são remunerados como deveriam, as escolas de modo geral estão abandonadas e sucateadas e quem paga somos nós. Como vamos concorrer ao Enem com alunos que contam diariamente com professo-res de matemática, física, química, enfim com todas as disciplinas que nós também deveríamos contar? Há dois meses os professores da rede estadual estão em greve. São poucos os que estão atuando. Em apoio a eles, algumas escolas em Macaé assim como em todo estado

estão ocupadas por nós estudantes que lutamos por melhorias”, relatou aluno da rede do município.

Será isento da taxa de inscrição o estudante que for concluir o ensino médio este ano e estiver matricula-do em escola pública, ou o estudante que se declarar carente. Participan-tes que obtiveram isenção no ano passado, mas não compareceram à prova, perdem esse direito na edição deste ano. Ele pode apresentar uma justificativa 'de força maior' para a ausência, mas o MEC vai analisar caso a caso e poderá negar o recurso.

APLICAÇÃO DAS PROVASNo dia 5 de novembro (sábado),

os estudantes irão fazer as provas de ciências humanas e ciências da natureza. Já no dia 6, domingo, a prova aplicada inclui linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática. Segundo o ministro da Educação, o exame foi adiado pa-ra novembro por causa das eleições,

para que as provas sejam realizadas em um 'clima de tranquilidade'.

Nos dois dias, os portões serão abertos às 12h e se fecham às 13h. O início das provas será às 13h30. Como nos anos anteriores, o primeiro dia de prova dura 4h30 e o segundo, 5h30.

No caso dos sabatistas, estudan-tes que guardam o dia de sábado em função da religião, as provas serão aplicadas às 19h no horário local - Acre, Amazonas, Mato Grosso, Ma-to Grosso do Sul, Rondônia e Rorai-ma respeitarão o fuso diferenciado em relação a Brasília.

Já para autismo, dislexia, discal-culia, deficiência intelectual, déficit de atenção e algumas outras situa-ções, listadas pelo Código Interna-cional de Doenças (CID), é preciso que o aluno apresente um parecer assinado por um médico da área. Condições que são identificáveis clinicamente, como a cegueira, não requerem o laudo. Quem já apresen-tou o documento em anos anteriores não precisa repetir o procedimento.

E participantes que desejarem tra-tamento pelo nome social deverão enviar documento de identificação entre os dias 1º e 8 de junho. Os car-tões de confirmação, mais uma vez, estarão disponíveis pela internet e não serão enviados pelos Correios.

COMO E ONDE UTILIZAR ANOTA DO ENEM

A nota na prova é o principal pré-requisito para quem deseja cursar uma graduação por meio do pro-grama Universidade para Todos (ProUni), Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), Programa Ciên-cia sem Fronteiras e ingressar em vagas gratuitas dos cursos técnicos oferecidos pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec).

CRÉDITO

Estudantes da rede estadual lamentam a precariedade do ensino público e dizem não estar preparados para o exame

GRATUITO

Senac oferece vagas em diversos cursos

O Senac Macaé está com inscrição aberta para diversos cursos por meio do Programa Senac da Gratuidade. As inscri-ções podem ser feitas pelo site: psg.rj.senac.br. As opções de cursos na cidade são: Auxiliar de Cozinha, Garçon, Padeiro, Assistente Financeiro, Inglês Básico, Organizador de Eventos e Técnico em Logística.

Além de Macaé, outras uni-dades no estado também estão oferecendo cursos nas áreas de Gastronomia, Administração e Gestão, Educação, Tecnolo-gia da Informação, Segurança, Cultura, Moda, Design, Saúde, Bem-Estar, Nutrição e Turismo. Há opções de cursos presenciais e a distância, para diferentes perfis de alunos.

Os interessados podem aces-sar o site: www.rj.senac.br para conhecer mais detalhes sobre os programas, e para saber em qual unidade há o curso de seu inte-resse. Mais informações pelo Disque Senac: (21) 4002-2002.

As inscrições podem ser feitas pelo psg.rj.senac.br

O Senac-RJ é uma instituição de ensino que atua há 70 anos na profissionalização de mão de obra para os setores de comér-cio de bens, serviços e turismo no Estado do Rio. Atualmente, é referência na oferta de cur-sos profissionalizantes, tendo atingido a marca de 70% de empregabilidade nos últimos anos, e investindo fortemente em inclusão social por meio de capacitação para o mercado de trabalho. Com 39 unidades em todo o estado do Rio, de 2010 a 2014 o Senac-RJ passou de 89 mil para 156 mil alunos.

Para as vagas oferecidas no município, as inscrições para Auxiliar de Cozinha podem ser feitas até o dia 1º de junho; para Garçom, o prazo é dia 28 de junho; para Padeiro até 14 de junho. Já para Assistente Financeiro, o prazo segue até 21 de maio; para Inglês Básico estão sendo oferecidas vagas para duas turmas, sendo uma com prazo de inscrição até 9 de maio e outra até 23 de maio. Para Organização de Eventos, o prazo termina no dia 10 de maio e para Técnico em Logística até 23 de maio.

KANÃ MANHÃES

Para a unidade Macaé estão sendo oferecidas vagas em sete cursos

Aeroporto de Macaé segue recebendo visita de estudantes. Na última semana quem teve a oportunidade de conhecer a base área foram os alunos da EMEI Professora Maria Conceição de Carvalho

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016

QUESTÃODE JUSTIÇA

Há diferença entre sucessão no Casamento e na União Estável?

Olá, nessa semana esta-mos trazendo questão muito interessante pa-

ra o direito de Família sobre sucessão de bens quando um dos cônjuges ou conviventes falece. Os direitos sobre os bens do falecido são os mes-mos para casados e quem vi-ve em união estável?

Pelo Código Civil brasi-leiro, os casais que vivem em união estável têm os mesmos direitos garantidos àqueles que são casados pelo regime de comunhão parcial de bens. No entanto, quando se discute a divisão dos bens deixados após a morte de um dos companheiros - os direi-tos sucessórios -, o assunto gera controvérsia. Isso por-que a lei prevê tratamento diferenciado para os compa-nheiros em relação aos côn-juges, o que é apontado como inconstitucional por alguns juristas.

Em seu artigo 1.725, o Có-digo Civil estabelece que, na união estável, “aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime de co-munhão parcial de bens”. De acordo com esse regime, só se comunicam os bens adquiri-dos após o casamento. Aque-les que eram de propriedade de cada cônjuge antes de se casarem são considerados particulares. Diferentemen-te do regime de comunhão universal, em que todos os bens se comunicam, tanto os adquiridos anteriormen-te como os posteriores ao casamento.

O princípio de que os bens se tornam conjuntos somen-te após a união é mantido quando se trata da sucessão. Pelo artigo 1.790 do Código Civil, “a companheira ou companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos one-rosamente na vigência da união estável”, ao contrário do casamento, quando a su-cessão compreende todos os bens do cônjuge falecido, ex-ceto no regime de separação absoluta. “O cônjuge fica em situação mais privilegiada porque não tem só direito à meação, mas também é su-cessor”, aponta o professor de Direito Civil da Universi-dade Federal do Paraná (UF-PR), Luiz Edson Fachin.

PARTICIPAÇÃOPara aqueles que optaram

pela união estável, há tam-bém diferença na divisão dos bens do falecido. A par-ticipação do companheiro na herança varia conforme os familiares que também têm direito à sucessão. So-mente quando não houver parentes sucessíveis ele tem direito à totalidade dos bens. Não é o que acontece com os casados, que têm menos con-correntes e uma participação maior na herança.

“Isso coloca os casados em situação de superioridade em relação aos companhei-ros”, ressalta o professor de Direito Civil da UFPR, Carlos Eduardo Pianovski Ruzyk. Tanto para ele como para Fachin, essa diferencia-ção fere a Constituição Fede-ral, que garante tratamento igualitário a todos os casais, independentemente da for-ma de união. “A meu ver, o artigo 1.790 [que dispõe sobre a partilha nos casos

de união estável] é inconsti-tucional porque não há hie-rarquia entre as formações familiares. Situações iguais devem receber tratamentos iguais”, explica Pianovski.

Para Rainer Czajkowski, professor da Unicuritiba, o artigo 1.790 traz contradi-ções em sua composição, o que permite que juízes de-em diferentes interpretações nos casos de sucessão. “No início ele diz que o compa-nheiro tem direito apenas aos bens adquiridos a título oneroso, após a união. Mas no seu último inciso fala em totalidade da herança. Para fins de sucessão, a situação do companheiro fica bastan-te confusa”, observa.

Apesar do entendimento de alguns juristas de que o artigo é inconstitucional, a questão ainda está em aber-to. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) não firmou um entendimento sobre a sucessão nas uniões estáveis. Com isso, os tribunais dos es-tados têm emitido decisões diferentes.

CONGRESSO PLANEJA ALTERAR CÓDIGO CIVIL

A equiparação dos direitos sucessórios para cônjuges e companheiros está entre as propostas constantes no projeto de alteração do Có-digo Civil, que tramita na Câmara dos Deputados. Pe-la proposição, a expressão “companheiro” será incluída em vários artigos do Código Civil que tratam da sucessão dos bens. Dessa forma, os ca-sais oficializados por união estável estariam submetidos aos mesmos critérios para estabelecimento da herança.

Na alteração do artigo 1.829 do Código Civil, por exemplo, a sucessão legítima à herança se dará também ao companheiro, assim como aos descendentes. O com-panheiro com união estável há mais de dois anos também passa a ter direito, qualquer que seja o regime de bens, a residir no imóvel destinado à residência da família. Para tanto, conforme a proposta, o imóvel deverá estar, quan-do da abertura da sucessão, na posse exclusiva do faleci-do e do sobrevivente, ou so-mente do sobrevivente.

Quando estiver em con-corrência com ascendente em primeiro grau, o compa-nheiro também terá direito a um terço da herança, ca-bendo-lhe a metade dela se houver um só ascendente. Em falta de descendentes ou ascendentes, o compa-nheiro passa a ter também, assim como já é assegurado ao cônjuge, direito ao total da herança. Ainda não há previsão para que o texto seja apreciado em plenário pelos deputados.

Concluindo, percebemos que há diferenças entre a sucessão do cônjuge e do companheiro. O casado, na prática, provavelmente re-ceberá uma parcela maior dos bens do que o que vive em união estável. Mais uma vez, verificamos que o casa-mento até mesmo na suces-são possui mais proteção por parte das leis que tratam do assunto.

Que Deus continue nos abençoando e até a semana que vem. Grande abraço.

FRANÇOIS PIMENTEL [email protected]

DESENVOLVIMENTO

Negócios com consciência ambientalCom objetivo de atrair empresários e investidores, acontece esta semana workshop ecológico na cidadeGuilherme Magalhã[email protected]

Em mais um evento volta-do para projetos de negó-cio com consciência eco-

lógica, esta semana, o Instituto Macaé de Ciência e Tecnologia (IMCT) - atualmente responsá-vel pelos projetos da ‘Incubado-ra de Empreendimentos’ - reali-zará o III Workshop de Produ-tos Naturais do município. De acordo com a prefeitura, além de pesquisadores e estudantes interessados em conhecer tra-balhos de pesquisa desenvolvi-

dos no segmento pela região, o objetivo também é atrair em-presários e investidores.

“Em Macaé, devido à grande diversidade encontrada no Par-que da Restinga de Jurubatiba, e em sua região costeira, são ex-traídas variadas substâncias ou extratos naturais de organismos marinhos, de plantas e de mi-croorganismos”, destacou em nota a prefeitura ressaltando que, durante o evento, o IMCT em parceria com a Universida-de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Macaé) ira inaugurar um Laboratório Integrado.

Atualmente, a equipe do Labo-ratório de Produtos Bioativos da UFRJ, e que atua no IMCT, conta com 11 professores dou-tores que orientam cerca de 30 estudantes em pesquisas com plantas e microorganismos.

“Durante os três dias de even-to, que vai da próxima terça-fei-ra (10) a quinta-feira (12), além de cursos com especialistas, os visitantes terão a oportunidade de conhecer as mais recentes pesquisas do setor desenvolvi-das na região e ter contato com os pesquisadores”, acrescentou.

Entre as palestras ministra-

das durante a programação do workshop estarão temas como “Substâncias fenólicas em plan-tas medicinais e seu potencial terapêutico”, pela professora Sônia Costa (UFRJ); “Estudos de biocatálise e biotransforma-ção”, pela professora Ivana Leal (UFRJ); "A Nova Lei da Biodi-versidade no Brasil”, pelo pro-fessor Danilo Oliveira (UFRJ); “Modelagem Molecular e Pro-dutos Naturais”, pela profes-sora Nelilma Romeiro (UFRJ) e “Estudos biológicos in vitro e in vivo”, pelo professor Márcio Fronza (UVV).

Vistoria Itinerante do Detran volta esta semana a municípios da região

AUTOMÓVEL

Para desafogar o atendi-mento nas unidades fixas do Detran, esta semana a ‘Visto-ria Itinerante’ do órgão vol-ta a seis municípios vizinhos oferecendo diversos serviços para os motoristas da região. O calendário segue até o próximo

Serviços como licenciamento e via de CRV serão oferecidos em seis municípios vizinhos

dia 31.Conforme o cronograma do

Detran, esta semana o serviço alternativo começará a ser ofe-recido por São João da Barra e Quissamã, na próxima segunda-feira (9). Em seguida, na terça-feira (10), o Posto Itinerante vai para Carapebus e São Francisco do Itabapoana. Já na quarta-fei-ra (11), o atendimento acontece em Conceição de Macabu; e na quinta-feira (12) e sexta-feira (13) em Rio das Ostras.

A partir da segunda metade KANÁ MANHÃES

Motoristas poderão recorrer a serviços em municípios vizinhos

do mês, a Vistoria Itinerante volta percorrendo os mesmos municípios: São João da Barra (16) e São Francisco do Itaba-poana (17). Após a pausa de uma semana o serviço retorna a São João da Barra e a Quissa-mã no dia 23.

Em seguida, no dia 24, a Vis-toria Itinerante também volta a Carapebus e a São Francisco do Itabapoana; no dia 25 Con-ceição de Macabu; no dia 30 a Carapebus, e no dia 31 a Con-ceição de Macabu, fechando o

ciclo do mês de maio na região.Conforme informações ce-

didas pelo próprio Detran, o atendimento nas unidades iti-nerantes deverá ser agendado estritamente por meio do site oficial do órgão (www.detran.rj.gov.br). Os serviços ofereci-dos serão licenciamento anual, transferência de propriedade, transferência de município, transferência de jurisdição, 2ª via de CRV, inclusão e baixa de alienação, além de alteração de características.

KANÁ MANHÃES

Evento acontece entre os próximos dias 10 e 12 de maio no IMCT

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016 Geral 11

EMPRESARIAL

Marcelo Reid assume terceiro mandato à frente da Comissão da Firjan

A reunião de maio da Co-missão Municipal da Firjan foi marcada pela

solenidade de eleição dos mem-bros responsáveis por conduzir os trabalhos do conselho em-presarial ao longo do anuênio 2016-2017. E, por aclamação e unanimidade, Marcelo Reid foi reconduzido ao posto de presidente do grupo, ao lado de Evandro Cunha e Antonio Martius Gondim, também re-conduzidos aos postos de vi-ce-presidente e de secretário. Marcelo Reid teve, mais uma vez, o nome chancelado pelo conselho que se propõe deba-ter pautas relativas ao desen-volvimento econômico, social e sustentável de Macaé e região.

Evandro Cunha e Antonio Martius Gondim também foram reconduzidos

Pautado pelo perfil empre-endedor, com destaque na construção de relações insti-tucionais que ajudam a fortale-cer a contribuição da indústria para os avanços já alcançados pelo município, Marcelo man-tém o discurso de enaltecer a representatividade das ins-tituições de classe, que obje-tivam discutir questões que vão além das esferas político-administrativas.

Chancelado pelo presidente de honra, e fundador da Co-missão Municipal da Firjan de Macaé, Francisco Agosti-nho, Marcelo Reid conta com o apoio total do conselho em-presarial que mantém discus-sões pertinentes ao processo de evolução da infraestrutura do município, e da região, com objetivo de acompanhar o cres-cimento das operações indus-triais, pautadas principalmente pelas atividades do petróleo.

OSCAR PIRES

Chancelados por Cliton Santos, Marcelo Reid, Evandro Cunha e Antônio Gondim foram reconduzidos

Ao conduzir debates como a necessidade do andamento das obras de duplicação da BR 101, a consolidação das obras de modernização do Aeroporto de Macaé, e a frente da mobiliza-ção empresarial na defesa da concretização do projeto de reforma da pista de pousos e decolagens da base, Merrel mantém um diálogo institucio-nal com os poderes Executivo e Legislativo, que ajuda a ampliar ainda mais a participação da in-dústria nas decisões que podem promover o desenvolvimento econômico, social e sustentável de Macaé.

Unanimidade na classe em-presarial, Marcelo Reid, conhe-cido como Merrel pelos amigos, assume uma nova responsabili-dade à frente da Comissão: o de conduzir o conselho nas avalia-ções sobre as decisões políticas e administrativas de Macaé ba-seadas nas eleições.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de maio de 2016