noticiário 06 05 2016

8
O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Comissão avalia que empréstimo deixará dívida de R$ 2,8 bilhões Abandono de obras na área Sul pauta debate sobre "empréstimo dos royalties" Apesar de manobra utilizada pelo governo, Audiência Pública que debateu proposta do empréstimo dos royalties registrou público expressivo e a participação de representantes da sociedade de outras cidades PÁG. 5 www.odebateon.com.br Macaé (RJ), sexta-feira 6 de maio de 2016 Ano XLI, Nº 9011 Fundador/Diretor: Oscar Pires ~KANÁ MANHÃES DIVULGAÇÃO facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon Apesar de ser uma das pau- tas discutidas no plenário do Legislativo ao longo dos últimos dois anos, o abandono das obras de urbanização de bairros situ- ados no setor Sul da cidade ser- viu para ilustrar as discussões recentes da Câmara de Verea- dores sobre o pedido do gover- no municipal pelo "empréstimo dos royalties". A não conclusão do projeto de urbanização do Novo Cavaleiros, Granja dos Cavaleiros e Vale Encantado, iniciado em 2014, serviu de jus- tificativa para a bancada do go- verno defender o empréstimo dos royalties, e também de res- salva dos vereadores do bloco de oposição que são contrários ao que chamam de "cheque em branco". PÁG. 3 PM PRENDE BANDO APÓS ASSALTO EM MACAÉ ESTADO PARCELA DÍVIDA DO IPVA UFRJ MACAÉ E CATAN FORTALECEM PARCERIA Bancada da situação derruba convocação de secretário e oposição questiona capacidade administrativa do governo R$ 1,00 POLÍCIA, PÁG.6 EDITORIA, PÁG.X EDUCAÇÃO, PÁG.7 POLÍTICA Pressão do Executivo cria atrito entre bancadas ÍNDICE TEMPO COTAÇÃO DO DÓLAR CIDADE POLÍTICA Garantia de discursos e espaços leva vereadores a conclamar regimento PÁG. 3 KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL Paciente recebe apoio de instituição para conseguir tratamento Ordem de discursos foi definida por sorteio, na sessão de quarta Pacientes são reféns de colapso da Saúde Adriana Leonides luta para conseguir agendar exames há um ano PÁG. 2 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 31º C Mínima 20º C Compra R$ 3,5393 Venda R$ 3,5398 Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS Motos roubadas são recuperadas pela PM IFF oferece vagas para segundo semestre Comissão quer aprofundar investigação Dose dupla de agito na Rinha das Artes Disque-denúncia ajudou a polícia a localizar veículos PÁG. 6 São 917 vagas para Cursos Técnicos de Nível Médio PÁG. 7 Nova pauta é sobre anistia de multas de transporte PÁG. 3 Samba na Rinha e Sábado em Cena agitam a cidade CAPA “Na reta final do governo vemos que as obras foram canceladas. E precisamos de uma resposta oficial do secretário sobre a decisão de seguir ou não com o projeto.” MARCEL SILVANO, PT “Essa é uma situação onde surdo precisa ouvir e cego precisa ver. O governo arrecadou esse dinheiro que deveria estar na obra. Mas para onde foi essa arrecadação? Ninguém sabe! ” MAXWELL VAZ, SD WANDERLEY GIL CIDADE KANÁ MANHÃES Projeto foi iniciado pelo Consórcio Vale Encantado que abandonou as obras em 2014 Governo não define futuro da urbanização de bairros Há dois meses o jornal O DEBATE vem tentando obter respostas do poder público em relação à paralisação das obras do Consórcio Vale Encantado. Mas, se isso parece muito tem- po, imagine para os moradores que aguardam a retomada das frentes de trabalho há dois anos. As obras de urbanização, que contemplariam a Granja dos Cavaleiros, Novo Cavalei- ros, Vale Encantado e trecho do Bairro da Glória, foram ini- cialmente orçadas em mais de R$ 54 milhões. Elas começaram em 2014, porém foram parali- sadas poucos meses depois por conta de questões burocráticas envolvendo o consórcio respon- sável. Na época, a prefeitura en- fatizou que seria feito um novo processo licitatório para a troca da empresa. Mais uma promes- sa que não foi cumprida, o que tem gerado revolta nos mora- dores, que continuam à espera de respostas do poder público, que tem evitado se pronunciar sobre o caso. PÁG. 2 "Precisamos abrir as contas da prefeitura antes de votar projeto", afirma Chico "Dívida pode custar até R$ 10 milhões por mês só com juros", diz Maxwell "O atual governo já arrecadou R$ 8,6 bilhões em três anos e quer mais", aponta Igor "Em crise, prefeitura não pode adquirir mais dívidas", avalia Amaro "Sem respostas, nós não podemos conceder cheque em branco", garante Marcel "Não é só Macaé que recorre a esses recursos", defende Julinho

Upload: o-debate-diario-de-macae

Post on 29-Jul-2016

226 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Noticiário 06 05 2016

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Comissão avalia que empréstimo deixará dívida de R$ 2,8 bilhões

Abandono de obras na área Sul pauta debate sobre "empréstimo dos royalties"

Apesar de manobra utilizada pelo governo, Audiência Pública que debateu proposta do empréstimo dos royalties registrou público expressivo e a participação de representantes da sociedade de outras cidades PÁG. 5

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), sexta-feira6 de maio de 2016Ano XLI, Nº 9011Fundador/Diretor: Oscar Pires

~KANÁ MANHÃES DIVULGAÇÃO

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

Apesar de ser uma das pau-tas discutidas no plenário do Legislativo ao longo dos últimos dois anos, o abandono das obras de urbanização de bairros situ-ados no setor Sul da cidade ser-viu para ilustrar as discussões recentes da Câmara de Verea-dores sobre o pedido do gover-no municipal pelo "empréstimo dos royalties". A não conclusão do projeto de urbanização do Novo Cavaleiros, Granja dos Cavaleiros e Vale Encantado, iniciado em 2014, serviu de jus-tificativa para a bancada do go-verno defender o empréstimo dos royalties, e também de res-salva dos vereadores do bloco de oposição que são contrários ao que chamam de "cheque em branco". PÁG. 3

PM PRENDE BANDO APÓS ASSALTO EM MACAÉ

ESTADO PARCELA DÍVIDA DO IPVA

UFRJ MACAÉ E CATAN FORTALECEM PARCERIA

Bancada da situação derruba convocação de secretário e oposição questiona capacidade administrativa do governo

R$ 1,00

POLÍCIA, PÁG.6 EDITORIA, PÁG.X EDUCAÇÃO, PÁG.7

POLÍTICA

Pressão do Executivo cria atrito entre bancadas

ÍNDICETEMPO

COTAÇÃO DO DÓLAR

CIDADE POLÍTICA

Garantia de discursos e espaços leva vereadores a conclamar regimento PÁG. 3

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

Paciente recebe apoio de instituição para conseguir tratamento Ordem de discursos foi definida por sorteio, na sessão de quarta

Pacientes são reféns de colapso da SaúdeAdriana Leonides luta para conseguir agendar exames há um ano PÁG. 2

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 31º CMínima 20º C

Compra R$ 3,5393Venda R$ 3,5398 Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO POLÍTICA CADERNO DOIS

Motos roubadas são recuperadas pela PM

IFF oferece vagas para segundo semestre

Comissão quer aprofundar investigação

Dose dupla de agito na Rinha das Artes

Disque-denúncia ajudou a polícia a localizar veículos PÁG. 6

São 917 vagas para Cursos Técnicos de Nível Médio PÁG. 7

Nova pauta é sobre anistia de multas de transporte PÁG. 3

Samba na Rinha e Sábado em Cena agitam a cidade CAPA

“Na reta final do governo vemos que as obras foram canceladas. E precisamos de uma resposta oficial do secretário sobre a decisão de seguir ou não com o projeto.”

MARCEL SILVANO, PT

“Essa é uma situação onde surdo precisa ouvir e cego precisa ver. O governo arrecadou esse dinheiro que deveria estar na obra. Mas para onde foi essa arrecadação? Ninguém sabe! ”

MAXWELL VAZ, SD

WANDERLEY GIL

CIDADEKANÁ MANHÃES

Projeto foi iniciado pelo Consórcio Vale Encantado que abandonou as obras em 2014

Governo não de�ne futuro da urbanização de bairrosHá dois meses o jornal O DEBATE vem tentando obter respostas do poder público em relação à paralisação das obras do Consórcio Vale Encantado. Mas, se isso parece muito tem-po, imagine para os moradores que aguardam a retomada das frentes de trabalho há dois anos. As obras de urbanização,

que contemplariam a Granja dos Cavaleiros, Novo Cavalei-ros, Vale Encantado e trecho do Bairro da Glória, foram ini-cialmente orçadas em mais de R$ 54 milhões. Elas começaram em 2014, porém foram parali-sadas poucos meses depois por conta de questões burocráticas envolvendo o consórcio respon-

sável. Na época, a prefeitura en-fatizou que seria feito um novo processo licitatório para a troca da empresa. Mais uma promes-sa que não foi cumprida, o que tem gerado revolta nos mora-dores, que continuam à espera de respostas do poder público, que tem evitado se pronunciar sobre o caso. PÁG. 2

"Precisamos abrir as contas da prefeitura antes de votar projeto", a�rma Chico

"Dívida pode custar até R$ 10 milhões por mês só com juros", diz Maxwell

"O atual governo já arrecadou R$ 8,6 bilhões em três anos e quer mais", aponta Igor

"Em crise, prefeitura não pode adquirir mais dívidas", avalia Amaro

"Sem respostas, nós não podemos conceder cheque em branco", garante Marcel

"Não é só Macaé que recorre a esses recursos", defende Julinho

Page 2: Noticiário 06 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, sexta-feira, 6 de maio de 2016

Cidade NOTA

Campanha vai coletar lâmpadas fluorescentes. Ação da secretaria de Ambiente será realizada entre os dias 9 e 13 de maio na Praça Washington Luiz.

URBANIZAÇÃO

Falta de transparênciagera revolta na população

Há dois meses o jornal O DEBATE vem tentando obter respostas do poder público em relação à paralisação das obras do Consórcio Vale Encantado. Mas, se isso parece muito tem-po, imagine para os moradores que aguardam a retomada das frentes de trabalho há dois anos.

“Infelizmente, mais uma vez, somos alvos dessa falta de res-peito com o nosso bairro. Real-mente é impossível entender tanto descaso. Nossa situação é vergonhosa. Vivemos hoje uma realidade de abandono total. Ou melhor relatando, os únicos be-nefícios que desfrutamos são aqueles que geram verba para a prefeitura e outros. Pior de tudo é saber que somos obrigados a nos submeter a esse capricho do poder público, já que sabemos que houve uma licitação na qual seríamos, enfim, beneficiados, ou seja, teríamos direito ao que pagamos para ter uma condição de cidadãos", desabafa a mora-dora Cláudia de Souza.

Quem reforça essa insatis-fação é o presidente da AMO-GRANJA, Dirant Ferraz, que também é membro da comissão da obra, ressaltando que a popu-lação vem tentando diálogo com o governo há um bom tempo, no entanto, sem sucesso. “Enquan-to cobramos respostas, as obras seguem paradas. São dois anos de promessas. Já ouvi dizer que o prefeito cancelou esse consór-cio por conta da situação atual

Moradores de bairros contemplados pelo Consórcio Vale Encantado reclamam de obras paradas

do município. Tudo é justifi-cado com a crise, mas quando isso foi licitado havia dinheiro. Queremos esses esclarecimen-tos. A prefeitura foi convocada para participar da nossa última reunião no mês passado, e não enviou nenhum representante. Nós, por diversas vezes, tenta-mos contato com o secretário de Obras e, apesar de falarem que ele iria retornar as nossas liga-ções, isso nunca aconteceu”, diz ele ressaltando que os morado-res já estão se mobilizando. “Já estivemos no Ministério Públi-co para mover uma ação contra o governo. Agora, vamos fazer um abaixo-assinado. A popula-ção não aguenta mais viver de mentiras”, enfatiza.

As obras de urbanização, que contemplariam a Granja dos

Cavaleiros, Novo Cavaleiros, Vale Encantado e trecho do Bairro da Glória, foram inicial-mente orçadas em mais de R$ 54 milhões. Elas começaram em 2014, porém foram parali-sadas poucos meses depois por conta de questões burocráticas envolvendo o consórcio respon-sável. Na época, a prefeitura en-fatizou que seria feito um novo processo licitatório para a troca da empresa.

O prazo dado para que isso fosse feito e as obras retomadas era de 45 dias, ou seja, expirou em maio de 2015. Mais uma promessa que não foi cumpri-da, o que tem gerado revolta nos moradores, que continuam à espera de respostas do poder público, que tem evitado se pro-nunciar sobre o caso.

KANÁ MANHÃES

Prefeitura tem evitado se pronunciar sobre a paralisação das obras de urbanização na área sul

H1N1

Procura pela vacina contra gripe é grande

Menos de 24 horas após a prefeitura confirmar a morte de um bebê de apenas um ano por H1N1 em Macaé, a procura pela vacina aumentou no mu-nicípio. Na manhã de ontem (5), era grande a quantidade de pessoas, principalmente de mães com crianças, nos postos de saúde do município.

Na Casa da Vacina, por exem-plo, mães afirmavam estar pre-ocupadas com o possível surto da doença no município. Re-beca Brás Quintes de Azevedo começou as comemorações do aniversário de dois anos do filho levando o pequeno para vacinar. “Quando começou a campanha, meu filho estava gri-pado. Por conta disso não pôde ser vacinado. Depois, quando ele começou a melhorar, soube que a campanha estava suspen-sa porque tinha acabado o lote. Fiquei ainda mais preocupada quando soube da morte do be-bê. Graças a Deus a situação foi normalizada e eu consegui imunizar meu filho hoje”, diz.

A prefeitura diz que a expec-tativa é de imunizar, pelo me-nos, 80% do público-alvo, o que equivale a 47.600 pessoas, até o dia 20 de maio, quando termina a campanha. A vacina protege a população contra os três subti-pos de vírus da gripe que mais circulam no inverno: A/H1N1, A/H3N2 e Influenza B.

O público-alvo são crianças com idade entre 6 meses e me-

Campanha foi normalizada nesta quinta-feira. Município já registrou o primeiro óbito

nores de 5 anos, gestantes, ido-sos a partir de 60 anos, mulhe-res com até 45 dias após o parto, pessoas com doenças crônicas e profissionais de saúde.

A campanha está sendo reali-zada de 8h às 17h, em 19 postos. São eles: Casa da Vacina (segun-da a sexta); Centro de Saúde Dr. Jorge Caldas (segunda a sexta); Pronto-Socorro Aeroporto (segunda a sexta); ESF Ajuda b (segunda a sexta); ESF Aroeira (segunda a sexta); ESF Aterrado do Imburo - (segunda / quarta / sexta); ESF Barra a/ b (segunda a sexta); ESF Lagomar b/c (se-gunda a sexta); ESF Fronteira a (segunda / quarta / sexta); ESF Malvinas b (segunda a sexta); ESF Nova Holanda a (segunda a sexta); ESF Praia Campista (segunda a sexta); ESF Virgem Santa (terça / quarta / quinta);

ESF Trapiche (segunda a sexta); ESF Areia Branca (terça / quar-ta); ESF Bicuda Grande (terça / quarta); ESF Bicuda Peque-na (terça / quarta); ESF Sana (quarta); ESF Frade (terça).

A transmissão do vírus In-fluenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, elimina-das pela pessoa contamina-da ao falar, tossir ou respirar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, na-riz). Para evitar o contágio da doença, a pessoa pode tomar medidas preventivas como la-var as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

KANÁ MANHÃES

Após morte de bebê, mães correram para vacinar seus filhos

NEGLIGÊNCIA

Pacientes voltam a relatar precariedade na saúdeAdriana Leonides sofreu um acidente de ônibus há mais de um ano e luta para conseguir agendar exames

Marianna [email protected]

O colapso da saúde pú-blica macaense ganha mais um episódio essa

semana. Parece que a história se repete, o que muda, no en-tanto, são os personagens - os que sofrem com a burocracia na hora de conseguir realizar exames ou receber atendimen-to de qualidade, o que é direito de cada cidadão brasileiro.

Dessa vez, o jornal O DEBA-TE traz o caso de Adriana Le-onides, de 34 anos, moradora do Horto. Há pouco mais de um ano, ela sofreu um acidente no ônibus de transporte público municipal. Apesar do tempo, as sequelas fazem parte da sua vida até hoje.

“No dia 3 de março de 2015, por volta das 17h30, eu estava no ponto na Aroeira com mi-nha filha. O motorista se dis-traiu, enquanto conversava com outros passageiros dentro do coletivo, vindo a acelerar exatamente no momento em que estávamos entrando no ônibus. Eu fiquei presa na por-ta e, após gritar, ele me soltou. Em seguida, acelerou e freou. Com isso, todos nós caímos, sendo que eu acabei sofren-do a ruptura do ligamento do meu braço direito. A empresa não me prestou a assistência necessária e o médico colocou apenas a tipoia. No entanto, um

outro médico disse, depois, que eu deveria ter feito a cirurgia na hora, o que não aconteceu. Mo-ral da história: fiquei um ano com o braço imobilizado, e so-mente há alguns dias atrás re-

KANÁ MANHÃES

Marilene Ibraim (esquerda) busca ajuda para pagar os exames da paciente em caráter particular

tirei a tala, pois, apesar da dor, estava ficando com o membro atrofiado”, conta.

Agora, Adriana relata que a luta é para conseguir agendar dois exames na Coordenado-

ria Municipal de Controle e Avaliações (0800). “Em março, dei entrada em dois processos. Um deles é para ressonância do meu braço e pescoço. Na ocasião, tive a informação que

iriam marcar e que ligariam dando retorno, mas até agora nada. Já o outro, o de ultrasso-nografia da tireóide com dop-pler, não estão marcando”, rela-ta ela enfatizando que depende

disso para iniciar o tratamento. “Preciso voltar esse mês ao mé-dico, e não posso, pois não fiz os exames”, lamenta.

Além da dor, ela ainda enfren-ta dificuldades financeiras por estar impossibilitada de traba-lhar. “Eu sou diarista. Parei des-de que sofri o acidente, pois não tenho condições físicas para tal. Tudo isso acaba afetando em minha renda familiar”, explica.

Quem está prestando supor-te a paciente é Marilene Ibraim, do Projeto Mulheres em Luta. “Apesar de o nosso foco serem as mulheres com câncer, a gen-te acaba se solidarizando com casos assim. Eu fiz um levan-tamento na rede particular e a ressonância custa R$ 800 e a ultra com doppler R$ 270. Co-mo uma pessoa sem emprego tem condições de arcar com esses custos? Estou tentando, com a ajuda de parceiros, con-seguir levantar esse dinheiro para que ela possa realizar os exames, algo que é obrigação da prefeitura e ela não faz. O poder público não cumpre o seu papel e a população é quem paga por isso no final”, lamenta.

Vale ressaltar que o acesso à saúde pública de qualidade é um direito de todo cidadão brasileiro. A Lei nº 8.080/90 diz que é dever do Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. O mesmo direi-to é assegurado pela Constitui-ção Federal de 1988.

Page 3: Noticiário 06 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 6 de maio de 2016 3

PolíticaFUTURO

Abandono de obras pauta debate sobre "empréstimo dos royalties"Bancada da situação derruba convocação de secretário e oposição questiona capacidade administrativa do governo

Márcio [email protected]

Apesar de ser uma das pau-tas discutidas no plenário do Legislativo ao longo

dos últimos dois anos, o aban-dono das obras de urbanização de bairros situados no setor Sul da cidade serviram para ilustrar as discussões recentes da Câ-mara de Vereadores sobre o pe-dido do governo municipal pelo "empréstimo dos royalties".

A não conclusão do projeto de urbanização do Novo Cava-leiros, Granja dos Cavaleiros e Vale Encantado, iniciado em 2014, serviu de justificativa para a bancada do governo defender o empréstimo dos royalties, e também de ressalva dos verea-dores do bloco de oposição que são contrários ao que chama de "cheque em branco".

A pauta sobre as obras, orça-das em 2014 em R$ 58 milhões, foi misturada ao debate polí-tico sobre o empréstimo dos royalties através da votação, na sessão de quarta-feira (4), do requerimento assinado pe-los vereadores Marcel Silvano (PT) e Maxwell Vaz (SD) que defenderam a convocação do secretário municipal de Obras, Antônio Pires, para prestar es-clarecimentos sobre o abando-no do projeto.

Aguardada há dois anos, a retomada do projeto foi consi-derada pelos governistas como um dos argumentos necessá-rios para que a Câmara apro-ve o pedido do Executivo pelo empréstimo dos royalties. Mas para a oposição, o abandono das obras é o símbolo da crise admi-

nistrativa enfrentada pela cida-de desde o início do 'governo da mudança'.

Ao defender o requerimento, Marcel Silvano, que segue a linha de independência política na Ca-sa, chegou a enfrentar a bancada de governo. Ele afirmou que se os vereadores da situação garantis-sem que as obras do Consórcio Vale Encantado fossem realiza-das através do empréstimo dos royalties, ele votaria a favor do projeto de lei 08/2016, apresen-tado pelo Executivo ao Legislati-vo, solicitando autorização para recorrer à operação financeira baseada em resolução do Senado.

"Esse projeto é uma promes-sa do governo que nós não va-mos abrir mão. São dois anos de adiamento de prazos, de conversas com moradores que chegaram a aceitar a redução do tamanho das obras para ga-rantir que elas acontecessem. A presença do secretário é uma forma de pressionar o governo a retomar o projeto. E se ele for garantido pela bancada do go-verno, eu sou capaz de votar a favor do empréstimo", apontou Marcel Silvano.

Co-autor do requerimento, Maxwell Vaz foi mais além ao promover uma análise orça-

mentária sobre o projeto ini-ciado pelo governo em 2014, abandonado cerca de três meses após o início das obras.

"O projeto foi iniciado em 2014, ano em que o governo ar-recadou R$ 548 milhões apenas com as receitas do petróleo. Ou seja, isso representa que apenas 10% do valor arrecadado paga-riam as obras que simplesmente foram abandonadas. No mesmo ano, foi feita a urbanização do Barramares, ao custo de R$ 5 mi-lhões. Ou seja, o governo aplicou apenas 1% em obras de infraes-trutura que beneficiaram apenas um bairro, deixando o São José do Barreto completamente abando-nado", avaliou Maxwell.

Para o vereador, os recursos para a execução do projeto já fo-ram arrecadados pelo governo.

"Utilizar esse projeto como justificativa para o emprésti-mo é leviano. O dinheiro para a execução das obras foi arreca-dado, mas ele some. O prefeito botou as despesas do projeto no orçamento, mas depois anulou. E quem sofre são as famílias que estão sem o serviço", afirmou Maxwell.

Mas para os governistas, a co-brança da oposição fortaleceria o pedido do empréstimo.

"Existe incoerência no dis-curso da oposição. Eles cobram a realização de obras, mas são contra o empréstimo que é pa-

ra dar continuidade aos avanços em infraestrutura. Eles querem o apocalipse da cidade, mas exi-gem do governo investimentos", apontou o presidente da Câma-ra, Dr. Eduardo Cardoso (PPS).

Guto Garcia (PMDB) acom-panhou as palavras do presiden-te da Câmara.

"O empréstimo servirá para investimentos em obras. Talvez, essa seria a saída para garantir a realização das obras na região do Vale Encantado", considerou

Frase: Projeto custava 10% da arrecadação total do governo com o petróleo

Guto Garcia.Paulo Antunes, líder do

PMDB na Casa, apontou que o pedido de convocação do secre-tário é apenas um "palanque" para a oposição.

"Eu não voto em convocação de secretaria a cinco meses das eleições. A oposição quer palan-que", disse.

Líder do bloco de oposição na Câmara, Igor Sardinha (PRB) foi contundente ao defender a convocação do secretário.

"Ninguém acredita mais nes-se governo. Nem os moradores do Vale Encantado, nem a pró-pria bancada que tenta utilizar de argumentos apenas para ata-car a oposição que só quer for-talecer a atribuição desta Casa. E quando isso acontece quem perde é a sociedade e quem ganha é esse governo em crise, sem capacidade técnica e de gestão para equilibrar as contas, mesmo que a arrecadação siga entre as maiores do país", disse.

“Na reta final do governo vemos que as obras foram canceladas. E precisamos de uma resposta oficial do secretário sobre a decisão de seguir ou não com o projeto”

MARCEL SILVANO, PT

WANDERLEY GIL

“Essa é uma situação onde surdo precisa ouvir e cego precisa ver. O governo arrecadou esse dinheiro que deveria estar na obra. Mas para onde foi essa arrecadação? Ninguém sabe!”

MAXWELL VAZ, SD

“Nós fizemos uma série de Câmaras Itinerantes e identificamos esse problema não resolvido pelo governo até agora. Um 'cheque em branco' não pode ser justificativa para uma crise administrativa”

IGOR SARDINHA, PRB

“A incoerência está no discurso da oposição, que defende o quanto pior melhor. É contra o empréstimo mas quer que as obras sejam executadas. Como isso pode ocorrer?”

DR. EDUARDO, PPS

“Em 2014 não havia a crise que está no país e que começou no segundo mandato da Dilma. E não vejo a necessidade de se convocar um secretário a cinco meses das eleições”

PAULO ANTUNES, PMDB

“A lei que o prefeito propõe é clara. O dinheiro do empréstimo só vai poder ser utilizado em obras. Esse pode ser um projeto contemplado pelos recursos provenientes da operação”

GUTO GARCIA, PMDB

EMBATE

Pressão do Executivo cria atrito entre as bancadas

Esperado em virtude do período pré-eleitoral, o atrito entre a bancada de governo e o bloco de oposição tem se tor-nado mais intenso nos últimos dias, no plenário da Câmara de Vereadores. E o motivo tem sido a pressão do Executivo sobre a votação de matérias polêmicas, como o caso do empréstimo dos royalties.

Durante as duas sessões or-dinárias desta semana, as dis-cussões políticas e a votação de matérias foram interrompidas, de forma recorrente, por en-frentamentos entre governis-

Garantia de discursos e espaços leva vereadores a conclamar diretrizes do regimento

tas e opositores que chegaram a conclamar, por diversas vezes, itens do regimento interno da Casa.

Na quarta-feira (4), a sessão chegou a ser paralisada por 15 minutos em virtude da discus-são sobre a ordem de participa-ção dos vereadores do grande expediente, que garante aos parlamentares o tempo de 10 minutos para a apresentação de discursos de temas livres.

Com base no regimento, o ve-reador Maxwell Vaz (SD), mem-bro do bloco de oposição, soli-citou à Mesa Diretora o sorteio da ordem dos discursos, com base nas inscrições no grande expediente.

O presidente da Câmara, Dr. Eduardo Cardoso (PPS), che-gou a questionar a necessidade

do processo solicitado por Ma-xwell, não cumprido de forma regimental ao longo dos últimos três anos da atual legislatura.

Porém, o líder do bloco de oposição na Casa, Igor Sardinha (PRB), conclamou as diretrizes do regimento para evitar o que considerou como "manobra da bancada de governo".

É que, segundo Igor, vereado-res governistas optam por se ins-crever na última vaga do grande expediente, com consentimento da Mesa Diretora, numa forma de rebater os discursos dos parlamen-tares da oposição.

Em meio ao impasse, o líder do PMDB na Casa, Paulo Antunes, chegou a afirmar que, nas próxi-mas sessões, estará em plenário com uma cópia do regimento, que deverá ser seguido à risca.

WANDERLEY GIL

Interesse do Executivo cria atrito na relação entre governistas e opositores

Welberth Rezende (PPS) defendeu reunião com secretário de Obras para resolver pendência de projeto

NOTA

SERVIÇO

Comissão quer aprofundar investigação sobre anistia e caso de renúncia de receita

Mais uma vez, planilhas vol-tam a ser o centro das discus-sões referentes à execução do orçamento e da fiscalização da aplicação do erário municipal.

Na quarta-feira (4), durante a votação das contas do prefeito referentes a 2014, os vereadores Maxwell Vaz (SD) e Igor Sardi-nha (PRB) levantaram a denún-cia sobre a possível renúncia de receitas do governo, baseado em dados que indicam a anistia de multas aplicadas por fiscais de

Vereadores pretendem enviar planilhas para serem analisadas pelo Tribunal de Contas

transporte, da secretaria muni-cipal de Mobilidade Urbana, aos ônibus operados pela SIT, que explora há 11 anos o transporte público municipal.

Como relator da Comissão Permanente de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Ma-xwell Vaz afirmou que encami-nhará ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) as planilhas que indicam as multas não cobradas à empresa SIT, com objetivo de verificar se a anistia pode ser enquadrada como renúncia de receita.

"Esses documentos são ofi-ciais e podem atestar uma re-núncia de receita, algo que é barrado pela Lei de Responsabi-

WANDERLEY GIL

Vereadores tentam abrir a 'caixa-preta' do transporte público municipal, operado pela SIT

lidade Fiscal. A Câmara precisa aprofundar a investigação sobre esse indício de grave crime fis-cal", disse Maxwell.

Hoje, ainda tramitam na Câ-mara dois pedidos de abertura de Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) para apurar a exploração do transporte pú-blico, além de uma série de me-tas do contrato assinado entre a SIT e a prefeitura, prorrogado no ano passado até setembro deste ano.

No entanto, diferente das de-mais Câmaras da região, a CPI para ser instalada precisa obter, além da assinatura de um terço dos vereadores, a aprovação em votação no plenário.

Page 4: Noticiário 06 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, sexta-feira, 6 de maio de 2016

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Atualmente mais de 4,6 milhões de brasileiros, com mais de 70 anos de idade, têm direito a sacar um valor médio de R$ 1.135,00. Uma quantia razoável que, para alguns, significa um salário a mais para enfrentar os tempos difíceis. O problema é que muitos desconhe-cem esse direito: o PIS/Pasep.

Concomitante

PIS/Pasep

O PIS - Programa de Integração Social está relacionado aos traba-lhadores da iniciativa privada, os celetistas, e financia pagamentos da seguridade relacionados à assis-tência, como o seguro-desemprego e o abono salarial. O benefício é pa-go pela Caixa Econômica Federal. Já o Pasep, Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, está relacionado aos servidores pú-blicos e militares. O programa foi criado pela Lei Complementar nº 8, de 1970, e é pago pelo Banco do Brasil. Os dois foram unificados co-mo PIS/Pasep a partir da Lei Com-plementar 26/75.

Em ambos os casos, o saldo é des-tinado a programas sociais e ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Todos os anos, no início do exercício contábil do Pasep, em 1º de julho, o valor existente é atualizado por índice definido pelo Ministério da Fazenda e as contas individuais dos participantes que têm saldo apre-sentam um percentual que pode ser sacado. Caso não haja o saque, os rendimentos são incorporados ao saldo total no dia 1º de julho do ano seguinte.

Para o PIS, os requisitos para receber o abono salarial são: (1) mínimo de cinco anos de cadastro no PIS; (2) mínimo de 30 dias com carteira assinada no ano anterior; (3) média de dois salários mínimos. Para os beneficiários do Pasep são apresentados dois momentos dife-renciados quanto aos efeitos. Até a Constituição de 1988, os cadas-trados há mais de cinco anos no programa podem sacar o saldo em determinadas condições, além de terem direito anualmente aos ren-dimentos do valor depositado, fora o abono anual para quem recebe até dois salários mínimos. Para os que tiveram a inscrição no Pasep a par-tir de 04 de outubro de 1988 existe direito apenas ao abono.

De acordo com os dados do Mi-

nistério da Fazenda, são ao menos R$ 7,4 bilhões em 4,62 milhões de contas de idosos. Portanto, se você ainda não resgatou seu saldo, e con-tribuiu até 4 de outubro de 1988, você deve buscar o Banco do Brasil, no caso de ser servidor público, ou a Caixa Econômica Federal, se for celetista.

O próprio Banco do Brasil desta-cou que auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) nos fundos PIS/Pasep mostrou que aproxima-damente 15,5 milhões de pessoas contribuíram para o programa até 1988 e não têm conhecimento dos créditos que possuem.

Os critérios para o saque são: ser aposentado, ter idade igual ou supe-rior a 70 anos, invalidez do partici-pante ou dependente, transferên-cia para reserva remunerada ou reforma no caso militar, idoso e/ou portador de deficiência alcançado pelo Benefício da Prestação Conti-nuada, participante ou dependente acometido por neoplasia maligna, vírus HIV ou doenças listadas na Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2998/2001, ou morte, situ-ação em que o saldo da conta será pago aos dependentes ou sucesso-res do titular.

Para sacar, os trabalhadores inscritos no Pasep devem pro-curar o Banco do Brasil pelo site www.bb.com.br/Pasep, na aba "Quando e Como Sacar o Saldo". Os cotistas no PIS devem procu-rar as agências da Caixa Econô-mica Federal, apresentando os documentos relacionados no site www.caixa.gov.br/pis, e ver o item "Quotas do PIS". A Caixa também presta informações pelo telefone 0800 726 0207. Para aqueles que não sabem seu número de inscri-ção no PIS/Pasep, basta se dirigir aos respectivos bancos com o CPF.

Rudi Cassel é advogado especia-lizado em direito do servidor público

KA

MA

NH

ÃE

S

PAINEL

EXPEDIENTE GUIA DO LEITOR Telefones úteis

EJORAN - Editora de Jornais, Revistas e agências de Notícias

CNPJ: 29699.626/0001-10 - Registradona forma de lei.DIRETOR RESPONSÁVEL: Oscar Pires.SEDE PRÓPRIA: Rua Benedito Peixoto, 90 - Centro - Macaé - RJ.Confeccionado pelo Sistema de Editoração AICS e CTP (Computer to Plate).Impresso pelo Sistema Offset.

CIRCULAÇÃO: Macaé, Quissamã, Conceição de Macabu, Carapebus, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu.

A direção do O DEBATE não se responsabiliza e nem endossa os conceitos emitidos por seus colaboradores em ações ou artigos assinados, sendo de total responsabilidade do autor.

Filiado à ADJORI-RJ - Associação dos Diretores de Jornais do Estado do Rio de Janeiro e à ABRAJORI - Associação Brasileira de Jornais do Interior. ANJ - Agência Nacional de Jornais. ADI Brasil - Associação dos Jornais Diários do Interior.

REPRESENTANTE: ESSIÊ PUBLICIDADE E COMUNICAÇÃO S/C LTDA.

SÃO PAULO: R. Abílio Soares, 227/8º andar - Conjunto 81 - CEP: 04005-000 Telefone: (11) 3057-2547 e Fax: (11) 3887-0071 • RIO DE JANEIRO: Av. Princesa Isabel, 323 - sala 608 - CEP: 22011-901 - Telefone: (21) 2275-4141 • BRASÍLIA: SCS Ed. Maristela, sala 610 / DF - CEP: 70308-900 - Telefone: (61) 3034-1745(61) 3036-8293.TEL/FAX: (22) 2106-6060, acesse: http://www.odebateon.com.br/, E-MAIL: [email protected], COMERCIAL: Ligue (22) 2106-6060 - Ramal: 215, E-MAIL: [email protected], classificados: E-mail: [email protected]

POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Em um mesmo dia, a Câmara de Vereadores foi capaz de debater pontos distintos relativos a administração municipal da cidade, porém, complementares às dis-cussões que avaliam a qualidade do desempenho da gestão atual de Macaé diante de um cenário expressi-vo de receitas que ainda são captadas pelos cofres pú-blicos. E é preciso que essa reflexão seja aprofundada, pelo bem do futuro da Capital Nacional do Petróleo.

No momento em que os ve-readores, seja da oposição ou seja do grupo de apoio ao Exe-cutivo, traçam paralelos sobre o pedido do empréstimo dos royalties e as ressalvas aponta-das pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), na avaliação do desempenho fiscal do prefeito em 2014, o Legislativo assume um empoderamento pertinen-te às atribuições de sua força. Por mais que haja uma inter-ferência direta do governo, através das chamadas 'relações institucionais' dos poderes.

Emblemática, a última ses-são ordinária do Legislativo, realizada na quarta-feira, dia 4, demonstrou que, por detrás dos efeitos da crise econômi-ca nacional, que impactam a pujança dos municípios produtores de petróleo, há a necessidade de se rediscutir o modelo de gestão de Macaé, hoje coberto de incoerências que podem provocar um ver-dadeiro colapso no futuro ad-ministrativo da Capital Nacio-nal do Petróleo.

As semelhanças entre os dois

pontos distintos discutidos pelo parlamento, na mesma sessão, estão nos valores refe-rentes à capacidade de Macaé gerar receitas, e na identifica-ção desses recursos abundan-tes no dia a dia dos mais de 230 mil macaenses.

As contas avaliadas pelo TCE, e votadas pelo plenário, eram relativas a 2014, ano em que Macaé atingiu o seu ápice orçamentário, alcançando o maior volume de arrecadação dos royalties do petróleo e da Participação Especial, algo próximo a R$ 600 milhões. E onde foram aplicados esses recursos?

No mesmo dia, os vereadores iniciaram a discussão da pro-posta do governo em recorrer ao empréstimo de R$ 300 mi-lhões para equilibrar as contas públicas, sob a justificativa de realizar obras dentro dos sete meses que ainda restam para a conclusão do governo 'da mu-dança'.

Será que esse é o melhor ca-minho para a cidade? Com a resposta, a própria sociedade...

NOTA

Macaé registra a primeira morte por gripe H1N1. Prefeitura confirmou que o primeiro caso foi um bebê de um ano que estava sendo atendido na rede privada.

RiscoDuas placas de propaganda do show princi-pal que acontecerá na edição deste ano da Exposição Especializada de Manga Larga Marchador de Macaé (Esmam) foram fixadas em postes situados no centro do canteiro que divide as pistas da RJ 106, na altura da Praia dos Cavaleiros. Além de desviar a atenção dos motoristas em um ponto de tráfego in-tenso, as estruturas estão tortas e mal presas, o que indica que podem cair sobre a pista a qualquer momento. Atenção, fiscalização!

Tensão Os nervos dos vereadores de Macaé seguem à flor da pele, diante das últimas polêmicas debatidas em plenário. Na sessão da última quarta-feira (4), os parlamentares levaram quase 15 minutos para definir a ordem de discursos registrados no momento político da reunião. Houve a necessidade de sorteio para definir quem falaria primeiro e por últi-mo. É comum os vereadores da bancada do governo utilizarem manobras para fechar as declarações em plenário.

Cortes E mais uma vez, internautas reclamaram das interrupções constantes da transmissão das sessões ordinárias da Câmara, pela internet. Apesar de parecer perseguição, foi constata-do que os cortes na exibição ocorrem sempre quando acontecem discursos e pronuncia-mentos dos vereadores do bloco de oposição. O mistério já foi descoberto e a empresa que presta o serviço de streaming, também res-ponsável por contratos na prefeitura, não vai continuar à frente das transmissões da Casa.

Vacina A preocupação com o contágio do vírus H1N1 leva uma verdadeira corrida aos pos-tos de saúde do município que distribuem doses da vacina contra a versão crítica da gripe. A procura pelos medicamentos cres-ce também na rede particular. Os estoques começaram a ser repostos nesta semana, no período em que o município registrou o primeiro óbito relacionado à contaminação do vírus diagnosticado em uma criança de apenas um ano.

Segurança Na próxima terça-feira (10), a 15ª subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai realizar a primeira reunião de construção da força-tarefa com objetivo de contribuir, de forma efetiva, com as ações de seguran-ça em Macaé. O encontro contará com a participação de profissionais que possuem experiência no policiamento ostensivo, que auxiliará na criação de uma pauta específica a ser levada e cobrada junto ao governo do Estado.

CombateEnquanto isso, casos de assaltos à mão ar-mada, e em plena luz do dia, ainda são regis-trados em pontos diversos do município. No entanto, o comando do 32º Batalhão de Polí-cia Militar (BPM) tem reforçado o esquema de atendimento às ocorrências, montando cer-cos para identificar os criminosos que atuam na cidade. O sistema de videomonitoramento da cidade poderia ajudar o trabalho, se não estivesse parcialmente desativado por falta de manutenção.

Ascensão Nome recente do quadro do PMDB, Ricar-do Salgado, ex-vice presidente da Funda-ção Macaé de Cultura, tem construído um caminho sólido em sua carreira que mira uma vaga na próxima formação da Câmara de Vereadores. Em Brasília, nesta sema-na, ele se reuniu com figurões do partido. Ele se encontrou também com o senador Lindbergh Farias (PT). O jovem demonstra fôlego de disputar espaço em meio as ra-posas da política da cidade.

Empréstimo Já o vereador Manoel da Malvinas (PPS) demonstrou uma justificativa plausível ao defender o empréstimo dos royalties, solicitado pelo Executivo. De acordo com ele, o dinheiro captado na operação de crédito poderá ser trans-formado em obras a serem realizadas em redutos eleitorais de militantes que atuam na base do governo. A Malvinas é uma comunidade que aguarda desde 2013 as obras de urbanização.

Consolidada E por mais que ainda enfrente o 'inferno astral', a Petrobras demonstra fôlego ao apresentar as novas instalações do siste-ma criado com objetivo de processar o gás produzido no pré-sal da Bacia de Campos. Essa rede ampliou o campo de operação do Terminal Cabiúnas, que se mantém como o maior do país neste setor. Com isso, a es-tatal se consolida também na cidade, pelo menos na produção de parte da principal matriz energética global.

Moradores do Jardim Guanabara e do Mirante da Lagoa se arriscam ao atravessar as pistas da Rodovia Amaral Peixoto. Mesmo com o pardal que obriga os motoristas a reduzir a velocidade, a passagem por um dos pontos mais movimentados do trânsito da cidade sempre gera preocupação. Não seria o caso da implantação de passarelas?

Page 5: Noticiário 06 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 6 de maio de 2016 5

Economia NOTA

FUTURO

Comissão avalia que empréstimo deixará dívida de R$ 2,8 bilhõesGoverno não envia representante em Audiência Pública que conseguiu driblar tentativa de esvaziamento

Márcio [email protected]

Dados avaliados pela Co-missão Permanente de Constituição e Justiça

(CCJ) da Câmara de Vereado-res apontam que o empréstimo dos royalties solicitado pelo governo municipal ao Legisla-tivo, com base na resolução do Senado, pode deixar uma dívida de mais de R$ 2,8 bilhões a ser paga pelas próximas gerações políticas e administrativas da cidade, dentro de 15 anos.

O cálculo se misturou a uma série de números e superlativos que enriqueceram a Audiência Pública realizada pela Câmara na tarde de ontem (5), com ob-jetivo de integrar a sociedade local na discussão que envolve a tramitação do projeto do go-verno, que segue regime de ur-gência na Casa.

O tamanho da dívida que poderá ser contraída pela pre-feitura, com base na proposta assinada pelo atual prefeito Dr. Aluísio (PMDB), foi apresenta-do pelo vereador Maxwell Vaz (SD), autor do requerimento que promoveu a Audiência de ontem, coassinado pelos parla-mentares Igor Sardinha (PRB), Chico Machado (PDT), Ama-ro Luiz (PSB) e Lúcio Mauro (PDT).

Para fazer o cálculo da dívi-da, Maxwell utilizou como ba-se os dados apresentados pelo secretário da Organização dos Municípios Produtores de Pe-tróleo (Ompetro), em reunião realizada na Câmara na última quarta-feira (4).

Além disso, o vereador apu-rou também números inseridos na planilha assinada pela Agên-cia Nacional do Petróleo (ANP), anexada pelo governo ao proje-to de lei 08/2016, assim como as diretrizes da resolução 43 do Senado, atualizada pela resolu-ção 02/2015 do Congresso, que permite o município a contrair a operação de crédito.

Relator da Comissão de Cons-tituição e Justiça da Câmara, Maxwell informou ainda que os

R$ 2,8 bilhões de dívida foram calculados pelo próprio sistema do Banco do Brasil, instituição financeira consultada pela Om-petro para garantir a liberação do empréstimo dos royalties.

"Essa dívida é simulada pelo próprio sistema do Banco do Brasil. Pelo que vemos, não é uma simples antecipação como prevê o governo. Se esse proje-to for aprovado, Macaé vai con-trair um empréstimo que ren-derá aos cofres públicos juros na casa dos R$ 10 milhões por mês. Isso pode comprometer e inviabilizar os orçamentos fu-turos. O prefeito, ao enviar essa proposta à Casa, está afrontan-do a inteligência dos vereadores e de toda a população desta ci-dade", disse Maxwell.

WANDERLEY GIL

Maxwell presidiu a Audiência Pública realizada ontem

"O atual prefeito não vai pagar uma parcela desse empréstimo", diz ChicoAo participar da Audiên-cia, o vereador Chico Machado fez uma análise das informa-ções repassadas pela Ompetro aos vereadores, sobre os crité-rios que possam levar o muni-cípio a contrair o empréstimo dos royalties.

"O secretário da Ompetro disse que o empréstimo pode ser pago em 15 anos, com carên-cia de um ano. Ou seja, o atual prefeito é tão irresponsável que não vai pagar uma parcela dessa dívida que será deixada para os

próximos governos", disse.Chico voltou a afirmar tam-

bém que a Câmara não pode conceder ao governo um "che-que em branco".

"Ele teve três anos e cinco meses para fazer obras, mas preferiu perseguir os servido-res. Agora pede um emprésti-mo que, no fundo, servirá para pagar a empresa da Lava-Jato, cujas planilhas apreendidas pela Polícia Federal citam o seu nome oito vezes", apontou Chico Machado.

WANDERLEY GIL

Chico Mahcado (PDT)

WANDERLEY GIL

Igor Sardinha (PRB)

"Se for preciso vamos à Justiça barrar o 'cheque em branco'", diz IgorLíder do bloco de oposi-ção na Câmara, Igor Sardinha (PRB) rebateu o argumento do governo que defende o emprés-timo dos royalties.

Segundo o vereador, apesar de haver queda no repasse dos royalties, Macaé segue superan-do todas as previsões relativas as receitas próprias.

"O Senado criou sim um auxí-lio para os municípios contorna-rem o efeito da crise. Só que isso não é necessário para Macaé. Não há crise de orçamento, mas

sim um colapso provocado pela má gestão", afirmou Igor.

O parlamentar apontou tam-bém que o bloco de oposição não possui número suficiente para derrubar a proposta do Executi-vo na Câmara. Mas afirmou que se caso o projeto for aprovado, o caso será levado à Justiça.

"Somos minoria no plenário e não teremos número para barrar a aprovação do projeto. Mas, se for preciso, iremos à Justiça con-tra o 'cheque em branco'", disse.

"É impossível nós acreditarmos em promessas" Ao criticar a ausência de representantes do governo na Audiência Pública, o vereador Marcel Silvano (PT), que segue a linha de independência polí-tica na Câmara, afirmou que a estratégia do Executivo é ten-tar aprovar o empréstimo dos royalties, sem apresentar dados concretos sobre a proposta.

Ao se posicionar de forma contrária à possibilidade do dinheiro gerado pela operação de crédito ser direcionado a pagamentos para a Odebrecht Ambiental, um dos braços da gigante companhia investigada pela Operação Lava-Jato, Mar-cel chegou a propor aos verea-dores que tranquem a pauta na

Casa até que explicações sejam dadas pelo governo.

"É impossível dizer que nós va-mos acreditar nesse empréstimo sem serem definidos os valores e quais obras serão beneficiadas. Não é justo, inteligente, e sensato que a Câmara autorize esse em-préstimo sem que tudo seja bem esclarecido", disse Marcel.

O vereador também fez uma análise sobre o desempenho fiscal do município nos últimos anos.

"Macaé faz parte da elite for-mada por 1% das cidades do país que arrecadam mais de R$ 1 bilhão. E esse número é man-tido mesmo no ano da crise. O empréstimo não nos convence", afirmou.

WANDERLEY GIL

Marcel Silvano (PT)

"Vejo a importância desses recursos"Apesar de ter votado con-tra a realização da Audiência Pública, o vereador Julinho do Aeroporto (PMDB), líder do governo na Câmara participou da reunião de ontem.

Único membro da bancada da situação presente na Audiência, Julinho questionou a ausência dos demais parceiros de banca-da, e afirmou que o empréstimo dos royalties é necessário para Macaé.

"Onde encontra-se os de-mais membros da bancada do governo? É preciso haver com-

prometimento nessa questão que causa divergências, mas é necessária", disse.

Julinho apontou que a ne-cessidade do empréstimo está na demanda de bairros e comu-nidades.

"O governo diz que precisa desses recursos para dar conti-nuidade aos investimentos em obras. Há comunidades pleite-ando urbanização que só serão realizadas se houver dinheiro. Portanto, eu vejo a necessidade de ser realizada essa operação de crédito", afirmou.

WANDERLEY GIL

Julinho do Aeroporto (PMDB)

RECEITAS

Assistência lotada em debate sobre empréstimo

smo sendo realizada no meio da tarde de quinta-feira (5), durante horário comercial, a Audiência Pública promovida pela Câmara sobre a proposta do Executivo de recorrer ao empréstimo dos royalties re-gistrou a participação expres-siva de convidados que lotaram a assistência do plenário no Palácio Natálio Salvador Antu-nes. Houve a ausência apenas de representantes do governo municipal.

No plenário estavam presen-tes os vereadores Maxwell Vaz (SD), que presidiu a Audiência, Chico Machado (PDT), Lúcio

Apesar do horário, público comparece e participa de debate sobre projeto

Mauro (PDT), Julinho do Ae-roporto (PMDB), Marcel Silva-no (PT), Igor Sardinha (PRB), Amaro Luiz (PSB), Renata Pa-es (PSC) e Teco Comunidade (PROS).

Além deles, a Audiência foi acompanhada por João Rodri-gues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Pintura Industrial e Construção Civil de Macaé (Sintpicc) e Celso Mussi, membro do Conselho Municipal de Fiscalização na Aplicação dos Royalties do Pe-tróleo (Comfarp).

O plenário foi formado tam-bém pelo presidente da Câma-ra de Vereadores de São João da Barra, Aloísio Siqueira (PP), que reforçou o posicionamento contrário à proposta do emprés-timo dos royalties.

"Em São João da Barra en-

frentamos o mesmo debate e fomos voto vencido. Eu não concordo com o termo ante-cipação. Isso que se propõe é empréstimo que vai gerar uma dívida que será paga pelas gera-ções futuras", afirmou.

Aloísio apontou ainda que o empréstimo é baseado em um risco que ainda cabe decisão no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Contrair esse empréstimo é uma manobra de alto risco, por-que a questão da redistribuição dos royalties ainda não foi defi-nida no STF", comentou.

Aloísio apontou também que a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite as prefeitu-ras contrair empréstimos no segundo quadrimestre de ano eleitoral. "Vocês precisam bar-rar esse empréstimo", disse.

À procura de oportunidades na crise. Oficina realizada para orientar empresários sobre cadastro em companhias âncoras da região lotou o Senai Macaé.

AUTOMÓVEL

Motoristas ganham alternativa para pagamento do IPVA

Como muitos motoristas têm registrado inadimplência referente ao pagamento do IPVA, e estando o Rio de Janei-ro em crise fiscal, ontem (5) o Governo do Estado decidiu lan-çar um novo programa de par-celamento especial do imposto, que poderá ser quitado em até 12 vezes. Prevista para ser ini-ciada a partir do dia 1º do mês que vem, a modalidade também poderá ser paga sem juros e in-cidência de multas, caso todas as parcelas sejam quitadas até

Ontem (5), Governo do Estado lançou modalidade de parcelamento do imposto em até 12 vezes para endividados

o fim do ano, ou à vista.Nomeado “Recupera Rio de

Janeiro”, segundo estimativas da Secretaria de Fazenda do Es-tado, já descontados os valores de juros e multas, o valor a ser arrecadado com o programa deve ser de aproximadamente R$ 380 milhões, referentes ao período de 2011 a 2015.

“Os contribuintes pessoas físicas poderão aderir ao pro-grama pelo site www.fazenda.rj.gov.br, e as pessoas jurídicas deverão procurar uma unidade de atendimento em endereços que serão divulgados em breve. Em todos os casos, a solicitação deverá ser feita até o dia 31 de outubro deste ano e será de for-ma simplificada, semelhante à retirada da guia para pagamen-to do imposto anual, sendo que haverá atualização do valor da

parcela, com base na taxa Selic”, destacou o Governo do Estado em nota ressaltando que, para usufruir do programa, todos os débitos em aberto deverão ser quitados, seja para o pagamento à vista ou parcelado.

“Para ter acesso à anistia total, o vencimento da última parcela deve ser até o fim deste ano, ou seja, caso o contribuinte esco-lha a opção de pagamento em 12 vezes, que terá as últimas par-celas em 2017, os juros e multa permanecem no cálculo para pagamento”, destacou.

Ainda segundo a Secretaria de Fazenda, os débitos já inscritos na dívida ativa poderão tam-bém ser negociados com regras semelhantes. Débitos como se-guro DPVAT, e outras taxas de licenciamento anual, não estão incluídos no programa.

Page 6: Noticiário 06 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, sexta-feira, 6 de maio de 2016

Polícia NOTA

Polícia apreende 450 botijões de gás roubados. Material teria sido roubado no dia 29 de abril em Macaé.

OBITUÁRIO

●CRISTIANA de Souza Moreira, 40 anos, casada, moradora de Carapebus, auxiliar de serviços gerais. O sepultamento aconteceu ontem (05), às 15h, no Cemitério Memorial Mirante da Igualdade.

●MARIA Geralda Ribeiro Campos, 87 anos, desquitada, moradora do Centro, do lar. O sepultamento aconteceu ontem (05), às 16h, no Cemitério Memorial Mirante da Igualdade.

MACAÉ

Suspeito de furto é detido por populares no Centro

Equipe da Moto-Patrulha, da Polícia Militar (PM), foi soli-citada na Rua Alfredo Backer, em frente ao Corpo de Bombeiros, pa-ra verifi car um elemento que estava detido por populares, após supos-tamente ter furtado o aparelho de celular de uma pessoa.

No local, os policiais encontra-ram o acusado, de 19 anos e a ví-tima, de 25 anos, sendo as partes encaminhadas à 123ª DP, onde o acusado foi autuado no Artigo 155, do Código Penal e fi cou preso.

No Parque Aeroporto, uma de-núncia informou que um elemento estaria trafi cando na Praça do Ska-te. Equipes do Grupo de Ações Tá-ticas (GAT) I e II seguiram ao local onde abordaram um suspeito, de 21 anos. Com ele foi encontrado sete pinos de cocaína, que estavam em suas mãos. Já em uma sacola plás-tica, que estava em seu bolso, mais 26 pinos da mesma droga foram

No Parque Aeroporto, elemento é detido com drogas na Praça

encontrados. Diante dos fatos, o acusado foi

encaminhado à 123ª DP, onde foi autuado e preso por Tráfi co Ilícito de Drogas.

LEGISLAÇÃOCódigo Penal, Art. 155: Subtrair,

para si ou para outrem, coisa alheia móvel. Pena: reclusão, de um a qua-tro anos, e multa.

Lei 11.343/06, Art. 33: “Impor-tar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, ven-der, expor à venda, oferecer, ter em

depósito, transportar, trazer consi-go, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regula-mentar.” Pena: reclusão de cinco a quinze anos e pagamento de multa.

Lei 11.343/06, Art. 35: “Associa-rem-se duas ou mais pessoas para o fi m de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos Arts. 33 caput e § 1o, e 34 des-ta Lei”. Pena: reclusão, de três a 10 anos, e pagamento de multa.

DIVULGAÇÃO PM

Suspeito estava em posse de drogas no Parque Aeroporto

RECEPTAÇÃO

Motos roubadas são recuperadas pela PM

Através de informações passadas pelo disque-denún-cia da Polícia Militar (PM) foi possível localizar duas moto-cicletas que haviam sido rou-badas na área do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM).

Em Quissamã, policiais mi-litares do setor “NI” e equipe do Grupo de Ações Táticas (GAT) realizaram abordagem a uma motocicleta Yamaha/Fazer, de cor preta, com placa de Macaé. Após consulta foi constatado que se tratava de produto de roubo.

Em seguida, guarnições seguiram para a residência do suspeito, que fi ca em uma Fazenda. No local, se encon-trava o irmão e o genitor do acusado, que estava acama-do. Foi feita uma revista no local, sendo encontrada uma espingarda de calibre 32, com 30 munições. Segundo a polí-cia, os envolvidos teriam in-formado que a arma de fogo pertence ao dono da Fazenda, onde os envolvidos trabalha-vam como caseiros, sendo informado também, que o proprietário estaria viajando.

A Guarnição seguiu com o acusado e seu irmão à 130ª DP, onde após apreciação da Autoridade Policial o acusado foi autuado por Receptação e liberado.

RIO DAS OSTRASTambém através do disque

denúncia, um elemento foi preso conduzindo uma mo-tocicleta roubada.

Guarnição do Grupo de Ações Táticas (GAT) II ten-tou abordar o suspeito na

Disque-denúncia ajudou a polícia a localizar os veículos em Quissamã e Rio das Ostras

motocicleta Honda/CB 300 de cor preta, sem placa, no bairro Palmital, e ele teria abandonado o veículo e se escondido em uma árvore. Os policiais realizaram cerco no local e conseguiram encon-trar e deter o acusado. Após consulta verificou-se que a moto se tratava de produto de roubo, com a cor adulte-rada. O fato foi registrado na

128ª DP.

LEGISLAÇÃOCódigo Penal Brasileiro, Art.

180: “Adquirir, receber, trans-portar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou infl uir para que ter-ceiro, de boa-fé, a adquira, re-ceba ou oculte.” Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa.

DIVULGAÇÃO PM

Em Quissamã, além da motocicleta roubada, na casa do suspeito foi encontrada uma espingarda, que seria do dono da propriedade

DIVULGAÇÃO PM

Suspeito teria abandonado o veículo roubado e se escondido em cima de uma árvore, em Rio das Ostras

CANCELA PRETA

Cerco policial prende assaltantes de residênciaVítima fi cou minutos refém dos criminosos que a amarraram Ludmila [email protected]

Na manhã de quinta-feira (05), por volta das 7h, uma moradora da Can-

cela Preta, sua mãe e sua secre-tária foram surpreendidas com a invasão de dois assaltantes em sua residência, na Cancela Preta.

De acordo com a vítima, no momento do assalto, estava ela, que prefere não se identifi car, sua mãe, de 84 anos e sua fun-cionária. A vítima relatou que ficou em poder dos dois ele-mentos por cerca de 40 minu-tos, que a todo o momento era pressionada para dar dinheiro e outros bens materiais.

“Quando a minha funcioná-ria viu os bandidos pulando o muro, correu pra dentro de casa e fechou a porta. Ela logo me avisou do que se tratava e eu estava com o celular na mão e liguei para uma vizinha, pedi para que ela ligasse pra polícia, porque tinham entrado aqui em casa. Eles fi caram me tortu-rando por cerca de 40 minutos, amarraram as minhas mãos e me batiam, na cabeça, no ros-to, mas não me machucaram. Eu não sei por que, mas, não

tive medo no momento, temia muito pela minha mãe, eles a ameaçavam a todo instante, diziam que iam matá-la”, rela-tou a vítima.

A Polícia Militar (PM), que foi acionada pelo disque-de-núncia chegou ao local e con-seguiu prender os dois crimi-nosos em flagrante, além de recuperar todo o material. O

DIVULGAÇÃO PM

Pertences da vítima foram devolvidos após a prisão em fl agrante dos suspeitos

comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Mar-co Aurélio Vollmer, afirmou que havia uma viatura que faz ronda na região, já próxima a residência e que após cerco po-licial tiveram êxito em prendê-los.

“Chegamos ao local atra-vés do disque-denúncia. Uma viatura que estava próxima,

de imediato fez cerco no lo-cal. Os elementos de alguma forma perceberam a presença da polícia e conseguiram fugir, porém, os policiais saíram em perseguição a pé mesmo e os alcançaram, sendo eles presos em flagrante”, explicou Voll-mer.

A vítima, ainda muito abala-da, deu uma declaração sobre a

ação da Polícia Militar. Por fi m, questionada se sentia medo em permanecer na mesma casa, a mulher informou que lá é seu lar e que não há nada que possa fazer.

“Tenho que ressaltar em co-mo a Polícia Militar foi exem-plar. Eles me socorreram, me protegeram, me ampararam. Recuperaram todos os bens

que haviam sido levados, mes-mo estes não sendo a minha prioridade e sim as nossas vi-das. Eu não posso ter medo, é a minha casa, meu lar”, concluiu.

Segundo informações da PM, os acusados Valdir de Oliveira Santos Júnior, de 21 anos e Car-los André, de 24, foram presos em fl agrante e encaminhados à 123ª DP. Com eles, foi encon-trado um simulacro de pistola e uma faca. O material que havia sido levado, R$ 2.400,00 em es-pécie, R$ 1.500,00 em cheques, um cordão de ouro e três apa-relhos de celular, foram recu-perados.

DISQUE-DENÚNCIAQuem puder, e quiser con-

tribuir com o trabalho da polí-cia, denunciando criminosos, deve entrar em contato com o Disque-Denúncia da Polícia Militar, através do número 2765-7296. O telefone está à disposição da população 24 ho-ras por dia para atender a todos os chamados.

Além das ligações, os cida-dãos também podem passar informações pelo WhatsApp, através do número 98168-2344. Ou por e-mail para: [email protected].

Page 7: Noticiário 06 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 6 de maio de 2016 7

Geral NOTA

INICIATIVA

Curso de Nutrição da UFRJ Macaé e CATAN fortalecem parceriasA parceria entre as instituições vem sendo fortalecidas desde a implantação do curso na cidadeJuliane Reis [email protected]

Em meio ao cenário de crise onde as justifica-tivas são muitas para a

não realização de ações em prol da população, profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira mos-tram que é preciso muito mais que determinação para ir além, fazer o bem sem olhar a quem e contribuir com dias melhores em especial para os menos favo-recidos.

E é com esse objetivo que do-centes e estudantes do curso de Nutrição do Campus seguem fortalecendo uma parceria estabelecida com a Coordena-doria da Área Técnica de Ali-mentação e Nutrição (Catan). Parceria esta que vem se for-talecendo desde a implantação do curso na cidade, em 2009.2, quando docentes nutricionistas da UFRJ Macaé procuraram a Instituição para dialogar sobre o projeto pedagógico do curso.

As profissionais contam que desde então, a equipe de nu-tricionistas da CATAN vem participando e colaborando com os projetos de extensão e

pesquisa voltados para a comu-nidade macaense e, sobretudo, primando pela formação profis-sional de graduandos do curso de Nutrição, por meio do Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva e também em Nutrição Materno Infantil. Ao decorrer desses anos, cinco turmas já se formaram e muitos profissionais da CATAN foram homenageados pela importante contribuição ao corpo social do curso.

“Atualmente, a UFRJ Ma-caé oferece 40 vagas para o ingresso no curso de Nutrição. Inicialmente, eram oferecidas 20 vagas. Tendo em vista esse aumento de alunos, houve a necessidade de reorientar a or-ganização do estágio junto a CA-TAN, uma vez que o número de estagiários dobrará a partir do próximo semestre 2016.1”, ob-serva a professora Jane Capelli.

Jane enfatiza ainda que o cur-so de Nutrição da UFRJ Macaé reconhece a relevância da CA-TAN para a formação de futuros profissionais de Nutrição uma vez que a instituição represen-ta a união de um corpo técnico envolvido integralmente com as Ações de Alimentação e Nu-trição na Atenção Básica à Saú-de de Macaé, propiciando aos

DIVULGAÇÃO

Profissionais de ambas as instituições dão vida a projetos e realizam ações no município

estagiários maior qualificação profissional, já que gerencia inúmeros programas federais e municipais. Entre os programas apontados pela professora estão o Programa Bolsa Família, Aler-gia ao Leite de Vaca, Fórmulas Especiais, Linhas de Cuidados do Sobrepeso e Obesidade, Sis-van/SisvaWeb; e fiscaliza toda a alimentação transportada ofe-recida para a Rede Básica, como os hospitais e UPAS, segundo as nutricionistas Michelle Esco-bar, Carolina Pires, Carine Lima e Lilian Scherer.

Recentemente as professoras Márcia Viana e Jane Capelli, participaram de uma reunião com gestores da Catan. No en-contro que aconteceu no último dia 27, foi firmado o compro-misso junto a gestora Michelle Escobar de fortalecer e ampliar os campos de estágio junto a CATAN. “Entendemos que essa parceria tem sido fundamental para o corpo social do curso co-mo para a sociedade macaense”, disse Jane.

A docente falou também da necessidade de ampliar as va-gas discentes para os estágios, e da importância de discutir a viabilidade da CATAN em rece-ber o dobro de estagiários para

2016.2, sendo que a tendência é só aumentar. Já a professora Márcia Viana reforçou que par-cerias com outros municípios estão sendo discutidas para atender às demandas dos está-gios que só tendem a crescer, o que é bom para o curso e para as

redes de saúde. A UFRJ Macaé ganhou seu

espaço na cidade com a missão de alicerçar no norte do estado o ensino, a pesquisa e a extensão e dia após dia segue cumprindo seu objetivo. Já a Catan, desde que implantada no município,

por meio de seus profissionais, vem realizando uma série de ações na cidade, onde o foco principal é promover a cons-cientização da população so-bre a importância de hábitos saudáveis para a promoção e prevenção da saúde.

VESTIBULAR

IFF oferece vagas para o segundo semestre

O Instituto Federal Flumi-nense está com inscrições abertas para os Processos Seletivos de Con-comitância Externa e Vestibular referentes ao segundo semestre de 2016. As inscrições começaram no último dia 28 de abril e seguem até o dia 25 de maio.

No total estão sendo oferecidas 917 vagas, distribuídas entre Cursos Técnicos de Nível Médio e Cursos Superiores de Tecnologia, de Licen-ciatura e de Bacharelado.

Para a Concomitância Exter-na estão sendo ofertadas 573

São 917 vagas para Cursos Técnicos de Nível Médio e 344 vagas para os Cursos Superiores

vagas para os Cursos Técnicos de Nível Médio, nos campi Bom Jesus do Itabapoana, Cabo Frio, Campos Centro, Itaperuna, São João da Barra e na Unidade de Formação de Cordeiro.

De acordo com o edital, esta seleção é destinada a estudan-tes de escolas públicas, e os in-teressados deverão realizar o procedimento gratuitamente e exclusivamente pela internet, no endereço eletrônico www.inscricoes.i¬.edu.br

As provas serão aplicadas no dia 26 de junho e o resultado final do Processo Seletivo será divulgado no dia 27 de julho de 2016. Já para o vestibular estão sendo oferecidas 344 vagas para os Cursos Superiores de Tecno-logia, de Licenciatura e de Ba-

charelado, nos campi Campos Centro, Campos Guarus, Itape-runa e Macaé.

As inscrições deverão ser re-alizadas exclusivamente pela internet, no endereço eletrôni-co www.inscricoes.i¬.edu.br A taxa de inscrição é de R$ 50,00, e deverá ser paga por Guia de Recolhimento da União (GRU).

O processo seletivo será reali-zado em duas fases: eliminatória e classificatória. As provas da 1ª fase serão realizadas no dia 26 de junho de 2016, e as provas da 2ª fase serão aplicadas nos dias 13 e 14 de agosto. A divulgação do re-sultado final está prevista para o dia 09 de setembro de 2016.

O Campus Macaé fica na Ro-dovia Amaral Peixoto, Km 164 - Imboassica - Macaé/RJ.

UFRJ Macaé promove melhorias em instituições filantrópicas. A iniciativa tem como objetivo promover uma maior integração entre a universidade e a comunidade.

Page 8: Noticiário 06 05 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, sexta-feira, 6 de maio de 2016