notiário 17 01 2016

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Macaé registra a menor previsão de royalties dos últimos cinco anos Queda na cotação do barril do petróleo reduz estimativa Moradores cobram do poder público melhorias nas ruas, limpeza pública e lazer MARIANNA FONTES KANÁ MANHÃES Além de queda na cotação do petróleo, política de desinvestimento da Petrobras reduz oportunidades de negócios no mercado local Limpeza foi novamente um dos itens levantados e que precisa melhorar Com a variação do preço do barril do petróleo no mercado internacional ao patamar dos US$ 31, Macaé começa 2016 com a menor previsão de ar- recadação com os royalties e a Participação Especial do pe- tróleo registrada ao longo dos últimos cinco anos. Apesar da visão otimista do governo em esperar uma arrecadação total de R$ 390 milhões com as 12 parcelas dos royalties e as qua- tro cotas da Participação Es- pecial, repassadas anualmente pela Secretaria de Tesouro Nacional, fica complicado para Macaé obter até mesmo a marca alcançada em 2015, um total de R$ 366 milhões, demonstrando que a crise do mercado offshore segue sem previsão de terminar. Ao longo desta semana, o barril do petróleo tipo brent foi comercializado com variações entre US$ 30 e US$ 31, com pi- cos de US$ 33 durante alguns momentos de negociação. Apenas para motivo de compa- ração, em 2014, quando Macaé fechou o ano arrecadando mais de R$ 547 milhões em royalties e Participação Especial, o pre- ço do barril do petróleo comer- cializado em janeiro atingia a casa dos US$ 61. Em janeiro de 2015, o preço caiu para US$ 46, demonstrando um cenário pre- ocupante. Então o que dizer dos US$ 31 desta semana? PÁG. 3 A pesar de ser antigo, o bair- ro Bela Vista é ainda pouco conhecido por grande parte da população. Ele fica situado na parte alta da cidade, na região próxi- ma ao Miramar, Visconde de Araújo e Jardim Vitória. Mesmo estando si- tuado a apenas 10 minutos do Centro, suas ruas são famosas pela tranqui- lidade, o que cria uma sensação de aconchego. Mas, por trás disso, tam- bém se escondem alguns problemas de infraestrutura, muitos esperando por uma solução há anos. PÁG. 8 BELA VISTA PEDE APOIO Em meio a discussões políti- cas referentes à disputa pelos mandatos dos poderes Execu- tivo e Legislativo, Macaé já con- ta com 153.457 eleitores aptos a participar do pleito municipal deste ano. O número correspon- de a uma elevação de mais de 16 mil pessoas que passaram a ter Macaé como domicílio eleitoral, desde as eleições municipais ocorridas em outubro de 2012. De acordo com a Estatística do Eleitorado, disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 3.354 eleitores da cida- de já realizaram o cadastro bio- métrico. Vale destacar que, em dezembro do ano passado, os dois Cartórios das Zonas Elei- torais da cidade (254ª e 109ª) passaram a realizar o cadastro biométrico para eleitores da ci- dade. PÁG. 3 Começa nesta segunda- feira (18) a segunda fase da pré-matrícula na rede munici- pal de ensino. O cadastro pode- rá ser feito por meio do sistema informatizado pelo endereço eletrônico www.macae.rj.gov. br ou nos seguintes polos de atendimento: Centro de Edu- cação Tecnológica Profissional (Cetep), situado à rua Alfredo Backer, 363, Centro, das 9h às 17h ou na sede do Macaé Facili- ta, localizada na Rodovia Amaral Peixoto, s/nº, próximo ao Está- dio Municipal Cláudio Moacyr de Azevedo. A divulgação do resultado será feita no dia 1º de fevereiro, sendo que a matrícu- la ocorrerá entre os dias 2 e 5 de fevereiro. Já na rede estadual, a segunda fase da pré-matrícula deverá ser feita entre os dias 21 e 26 de janeiro. PÁG. 11 ESPORTE EDUCAÇÃO WANDERLEY GIL Obras de nova escola seguem paradas Fest Verão realiza provas no domingo Estado adia conclusão de novas escolas Programação segue com prova de travessia do mar e stand up paddle PÁG. 9 Unidade do Lagomar só deve ser entregue no próximo ano PÁG. 11 WANDERLEY GIL Praia da Imbetiba recebe neste domingo prova de travessia no mar ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 32º C Mínima 23º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA POLÍCIA GERAL CADERNO DOIS Impeachment e o combate à corrupção Projeto Botinho começa nesta segunda Isenção tributária para energia solar Parceria garante qualidade em serviços Ramiro Campos faz análise do cenário político PÁG. 5 Atividades irão reunir cerca de 300 crianças PÁG. 5 Proposta visa incentivar alternativa sustentável PÁG. 10 Sempre Limpa Conservadora e White Clean estão juntas CAPA POLÍTICA GERAL BAIRROS EM DEBATE Município registra 153 mil eleitores Educação realiza 2ª fase de matrículas O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 17 e segunda-feira, 18 de janeiro de 2016 Ano XL, Nº 8919 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 WANDERLEY GIL SYLVIO SAVINO TRÂNSITO NO MAR DEVE SEGUIR REGRAS FEMASS DIVULGA EDITAL DE VESTIBULAR EXEMPLO DE VITÓRIA ATRAVÉS DOS ESTUDOS POLÍCIA, PÁG.5 GERAL, PÁG.9 EDUCAÇÃO, PÁG.11

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Macaé registra a menor previsão de royalties dos últimos cinco anosQueda na cotação do barril do petróleo reduz estimativa

Moradores cobram do poder público melhorias nas ruas, limpeza pública e lazer

MARIANNA FONTES

KANÁ MANHÃES

Além de queda na cotação do petróleo, política de desinvestimento da Petrobras reduz oportunidades de negócios no mercado local

Limpeza foi novamente um dos itens levantados e que precisa melhorar

Com a variação do preço do barril do petróleo no mercado internacional ao patamar dos US$ 31, Macaé começa 2016 com a menor previsão de ar-recadação com os royalties e a Participação Especial do pe-tróleo registrada ao longo dos últimos cinco anos. Apesar da visão otimista do governo em esperar uma arrecadação total de R$ 390 milhões com as 12 parcelas dos royalties e as qua-tro cotas da Participação Es-pecial, repassadas anualmente pela Secretaria de Tesouro Nacional, fica complicado para Macaé obter até mesmo a marca alcançada em 2015, um total de R$ 366 milhões, demonstrando

que a crise do mercado o�shore segue sem previsão de terminar.

Ao longo desta semana, o barril do petróleo tipo brent foi comercializado com variações entre US$ 30 e US$ 31, com pi-cos de US$ 33 durante alguns momentos de negociação. Apenas para motivo de compa-ração, em 2014, quando Macaé fechou o ano arrecadando mais de R$ 547 milhões em royalties e Participação Especial, o pre-ço do barril do petróleo comer-cializado em janeiro atingia a casa dos US$ 61. Em janeiro de 2015, o preço caiu para US$ 46, demonstrando um cenário pre-ocupante. Então o que dizer dos US$ 31 desta semana? PÁG. 3

Apesar de ser antigo, o bair-ro Bela Vista é ainda pouco conhecido por grande parte

da população. Ele fica situado na parte alta da cidade, na região próxi-ma ao Miramar, Visconde de Araújo e Jardim Vitória. Mesmo estando si-

tuado a apenas 10 minutos do Centro, suas ruas são famosas pela tranqui-lidade, o que cria uma sensação de aconchego. Mas, por trás disso, tam-bém se escondem alguns problemas de infraestrutura, muitos esperando por uma solução há anos. PÁG. 8

BELA VISTA PEDE APOIO

Em meio a discussões políti-cas referentes à disputa pelos mandatos dos poderes Execu-tivo e Legislativo, Macaé já con-ta com 153.457 eleitores aptos a participar do pleito municipal deste ano. O número correspon-de a uma elevação de mais de 16 mil pessoas que passaram a ter Macaé como domicílio eleitoral, desde as eleições municipais ocorridas em outubro de 2012.

De acordo com a Estatística do Eleitorado, disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 3.354 eleitores da cida-de já realizaram o cadastro bio-métrico. Vale destacar que, em dezembro do ano passado, os dois Cartórios das Zonas Elei-torais da cidade (254ª e 109ª) passaram a realizar o cadastro biométrico para eleitores da ci-dade. PÁG. 3

Começa nesta segunda-feira (18) a segunda fase da pré-matrícula na rede munici-pal de ensino. O cadastro pode-rá ser feito por meio do sistema informatizado pelo endereço eletrônico www.macae.rj.gov.br ou nos seguintes polos de atendimento: Centro de Edu-cação Tecnológica Profissional (Cetep), situado à rua Alfredo Backer, 363, Centro, das 9h às 17h ou na sede do Macaé Facili-ta, localizada na Rodovia Amaral Peixoto, s/nº, próximo ao Está-dio Municipal Cláudio Moacyr de Azevedo. A divulgação do resultado será feita no dia 1º de fevereiro, sendo que a matrícu-la ocorrerá entre os dias 2 e 5 de fevereiro. Já na rede estadual, a segunda fase da pré-matrícula deverá ser feita entre os dias 21 e 26 de janeiro. PÁG. 11

ESPORTE EDUCAÇÃOWANDERLEY GIL

Obras de nova escola seguem paradas

Fest Verão realiza provas no domingo

Estado adia conclusão de novas escolas

Programação segue com prova de travessia do mar e stand up paddle PÁG. 9

Unidade do Lagomar só deve ser entregue no próximo ano PÁG. 11

WANDERLEY GIL

Praia da Imbetiba recebe neste domingo prova de travessia no mar

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 32º CMínima 23º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA POLÍCIA GERAL CADERNO DOIS

Impeachment e o combate à corrupção

Projeto Botinho começa nesta segunda

Isenção tributária para energia solar

Parceria garante qualidade em serviços

Ramiro Campos faz análise do cenário político PÁG. 5

Atividades irão reunir cerca de 300 crianças PÁG. 5

Proposta visa incentivar alternativa sustentável PÁG. 10

Sempre Limpa Conservadora e White Clean estão juntas CAPA

POLÍTICA GERALBAIRROS EM DEBATE

Município registra 153 mil eleitores

Educação realiza 2ª fase de matrículas

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 17 e segunda-feira, 18 de janeiro de 2016Ano XL, Nº 8919Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

WANDERLEY GIL SYLVIO SAVINO

TRÂNSITO NO MAR DEVE SEGUIR REGRAS

FEMASS DIVULGA EDITAL DE VESTIBULAR

EXEMPLO DE VITÓRIA ATRAVÉS DOS ESTUDOS

POLÍCIA, PÁG.5 GERAL, PÁG.9 EDUCAÇÃO, PÁG.11

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

CidadeEDIÇÃO: 310 PUBLICAÇÃO: 05 DE DEZEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Governo do Estado libera recurso para construir canal extravasor em Imboassica

Em telefonema enviado sexta-feira ao De-putado Cláudio Moacyr, o Governador Chagas Freitas informou ter assinado decreto liberando recursos para as obras de construção do canal ex-travasor da Lagoa de Imboassica. O parlamentar macaense disse ontem a O DEBATE que a obra fica solicitada com base no relatório da Comis-são Municipal criada em 1975 pelo ex-prefeito Alcides Ramos.

Trânsito pesado é desviado para Macaé

A interdição de uma ponte sobre o Rio São João, situado nos Municípios de Casimiro de Abreu e Silva Jardim, levou o DNER a desviar o tráfego para a RJ-106, Rodovia Amaral Peixoto, e BR-124, Araruama-Rio Bonito, fazendo com que o tráfego pesado que se dirige para o Norte do Estado ou para o Nordeste, pelo litoral, fosse feito por Macaé.

Aprovado projeto que revoga Taxa de Coleta de Lixo

Na reunião de terça-feira, dia 1º de dezembro, a Câ-mara Municipal de Macaé aprovou em segunda e últi-ma discussão projeto de autoria do Vereador Valdeci Brandão Willemen, revogando o item III, do Artigo 3º

do Código de Obras do Município (Lei nº 665/78) que institui a Taxa de Coleta de Lixo.

Comitiva do PTB vai a Sandra que promete visita de três dias a Macaé

O Diretório Municipal do PTB esteve reunido quinta-feira, dia 3, tendo decidido enviar hoje ao Rio de Janeiro, um comitiva do Partido para encontrar-se com Sandra Cavalcanti na sede da ABU. Do grupo esta-rão participando os candidatos a Prefeito Roberto Mourão, Silvio Lopes Teixeira, Il-tamir Abreu, além do Professor Renato Bar-bosa Fernandes e Rui Moutinho de Almeida, dentre outros.

Audiência pressiona Autopista a resolver gargalos de duplicação

Macaé ganha escolasA rede municipal de ensino vai iniciar o semestre letivo em 15 de fevereiro, após o feriado de carnaval. E para marcar o retor-no das aulas, o órgão vai realizar a inauguração de duas novas escolas, sendo uma no Parque Aeroporto e outra na Pirace-ma, além de dois anexos, um da Escola Municipal Imboassica e outro da Escola Municipal Es-méria P. Reid, no Engenho da Praia. As cerimônias de inau-gurações serão nos dias 16, da EMEI Professora Maria de Ma-ris, no Parque Aeroporto; dia 18 da EMEI Marlene Diniz Caldas, na Piracema; dia 23 do Anexo da Escola Municipal Imboassi-ca e dia 25 do Anexo da Escola Esméria Reid, no Engenho da Praia. Todas as inaugurações de acordo com o secretário de Edu-cação Guto Garcia serão às 16h. Segundo o secretário, só neste governo o município ganhou 16 novas unidades, sendo quatro nos últimos quatro meses. Este ano, a rede vai contar com 201 dias letivos determinados pelo Ministério da Educação (MEC).

Prefeitura realiza palestra sobre Aedes aegypti para Forças Armadas

Uma solução para a re-alização de obras de duplicação no tre-

cho de Macaé, assim como a definição do traçado para o novo contorno da BR 101 em Campos dos Goytacazes foram cobradas ontem (13) pela Federação da Indús-tria do Estado do Rio de Ja-neiro (Firjan) à Autopista Fluminense, durante au-diência realizada no Senai situado na Capital Nacio-nal do Petróleo. Através da Comissão Municipal e da Representação Regional Norte Fluminense, a Firjan reforçou a importância do fim dos 'gargalos' das obras de duplicação do trecho Norte da BR 101, principal rota da logística rodoviária que movimenta o cenário econômico do Estado, com

base nas operações do pe-tróleo. Dos seis pontos de intervenções para dupli-cação, previstos no estudo "BR 101 Norte - compara-ção entre cronogramas e necessidade de obras na rodovia" elaborado pela Firjan, apenas a duplica-ção dos 46 quilômetros da rodovia que passam por Macaé, e a definição da rota que removerá o traçado da estrada de dentro do trecho urbano de Campos, seguem sem previsão para ter início. A dificuldade dos gargalos está na complexidade e no volume de recursos que serão necessários para ga-rantir maior segurança aos condutores que cruzam a região, e maior mobilidade para o transporte rodoviá-rio de cargas.

KANÁ MANHÃES

MARIANNA FONTES

Escola no Parque Aeroporto

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de janeiro de 2016 3

PolíticaDÉFICIT

Macaé registra em 2016 a menor previsão de receitas dos royalties em cinco anosQueda na cotação do barril do petróleo, ao preço de US$ 31, reduz estimativa de geração de R$ 390 milhões em receitas do petróleoMárcio [email protected]

Com a variação do preço do barril do petróleo no mercado internacional

ao patamar dos US$ 31, Ma-caé começa 2016 com a menor previsão de arrecadação com os royalties e a Participação Especial do petróleo registrada ao longo dos últimos cinco anos.

Apesar da visão otimista do governo em esperar uma arre-cadação total de R$ 390 milhões com as 12 parcelas dos royalties e as quatro cotas da Participação Especial, repassadas anualmen-te pela Secretaria de Tesouro Nacional, fica complicado para Macaé obter até mesmo a marca alcançada em 2015, um total de R$ 366 milhões, demonstrando que a crise do mercado o�shore segue sem previsão de terminar.

Ao longo desta semana, o barril do petróleo tipo brent foi

comercializado com variações entre US$ 30 e US$ 31, com pi-cos de US$ 33 durante alguns momentos de negociação.

Apenas para motivo de com-paração, em 2014, quando Ma-caé fechou o ano arrecadando mais de R$ 547 milhões em royalties e Participação Espe-cial, o preço do barril do petró-leo comercializado em janeiro atingia a casa dos US$ 61.

Em janeiro de 2015, o preço caiu para US$ 46, demonstran-do um cenário preocupante. Então o que dizer dos US$ 31 desta semana?

Para o governo municipal, o momento é de enxugar ainda mais as despesas diante de um cenário de incertezas sobre o futuro orçamentário.

De acordo com a Lei Orça-mentária Anual (LOA) de 2016, a arrecadação com as receitas do petróleo deve representar 18% do total de recursos reco-

lhidos até dezembro: R$ 2.081 bilhões.

Porém, temendo não alcançar este patamar, a administração municipal já definiu regras de execução de despesas, com base apenas nos recursos já recebi-dos pelo tesouro municipal.

Por decreto, houve até a or-dem do contingenciamento dos recursos oriundos dos royalties e da Participação Especial.

Mesmo com uma visão pes-simista, o governo mantém a expectativa do equilíbrio fiscal na base da austeridade.

No orçamento, os royalties e a Participação Especial repre-sentam o poder do governo em manter os investimentos em infraestrutura, além de custear programas sociais que não são preconizados pela Constituição Federal.

Tendo os royalties como a sua principal fonte, o subsídio da passagem a R$ 1 vai ser mantido,

assim como a certeza do anda-mento das obras de construção da nova rede de esgoto, consi-derado como o maior projeto de saneamento em execução no Estado, atualmente.

E, ao que tudo indica, o equi-líbrio fiscal das contas públicas deste ano vai depender da osci-lação quase que diária do barril do petróleo e de todas as outras variações que movimentam o mercado o�shore.

KANÁ MANHÃES

Além de queda na cotação do petróleo, política de desinvestimento da Petrobras reduz oportunidades de negócios no mercado local

Ano Receitas2015 R$ 366 milhões2014 R$ 547 milhões2013 R$ 517 milhões2012 R$ 540 milhões2011 R$ 474 milhões

HISTÓRICO

Arrecadação

Município tem 153 mil eleitores aptos a votar neste ano

ELEIÇÕES

Número pode sofrer variação até maio deste ano, quando vence prazo de transferência

Em meio a discussões políti-cas referentes à disputa pelos mandatos dos poderes Exe-cutivo e Legislativo, Macaé já conta com 153.457 eleitores aptos a participar do pleito municipal deste ano.

O número corresponde a uma elevação de mais de 16 mil pes-soas que passaram a ter Macaé como domicílio eleitoral, desde as eleições municipais ocorri-das em outubro de 2012.

De acordo com a Estatística do Eleitorado, disponível no site do Tribunal Superior Elei-toral (TSE), 3.354 eleitores da cidade já realizaram o cadastro biométrico.

Vale destacar que, em de-zembro do ano passado, os dois Cartórios das Zonas Eleitorais

da cidade (254ª e 109ª) passa-ram a realizar o cadastro bio-métrico para eleitores que soli-citaram transferência de título ou modificações nos dados e documento de votação. Agora, esse tipo de atendimento deve

ser agendado de forma prévia.De acordo com o Calendário

Eleitoral deste ano, os eleito-res que desejam realizar a transferência de título devem procurar os Cartórios até o dia 4 de maio. O procedimento é

importante para quem deseja participar das escolhas po-líticas da cidade no dia 2 de outubro.

O prazo vale também para quem deseja retirar a primeira via do Título de Eleitor.

WANDERLEY GIL

Cartórios Eleitorais realizarão a transferência de Título de Eleitor até o dia 4 de maio

Paulo Antunes (PMDB) destacou iniciativa do governo em não recorrer a antecipação dos royalties

NOTA

PONTODE VISTA

Quem não se lembra - e foi até uma informação aguardada com an-siedade pela população - quando foi anunciado que o governo federal havia deferido a concessão da BR-101 para que uma empresa espanhola representada pela Autopista Fluminense (agora Arteris), duplicasse o trecho entre Rio Bonito até a divisa com o Estado do Espírito Santo.

Desde a legislatura anterior, quando a Câmara Municipal foi presidida pelo vereador Paulo Antunes, o Poder Legislativo, a requerimento do vereador Antonio Franco, constituiu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a concessão do transporte urbano para a SIT - Sistema Integrado de Transporte, que passou a explorar as linhas urbanas. Liderada pela Rápido Macaense hoje fazendo parte da holding JCA, as revelações durante os pronunciamentos de alguns vereadores, eram de arrepiar o cabelo.

Não está fácil para os empresários, principalmente os de pequenas e médias empresas, suportar a alta carga tributária que vem sendo imposta pelos governos municipal, estadual e federal. Isto sem falar na CPMF que os senadores e deputados vão aprovar o retorno da cobrança. Cresce o desemprego, as rendas diminuem, o comércio e a pequena indústria sofrem as consequências.

Na reunião da Firjan realizada no auditório do Senai, foi notada a ausência de políticos que deveriam ser os primeiros interessados em conhecer a situação da duplicação da BR-101. Apenas o vereador Ronaldo Costa, de Quissamã, e o pré-candidato a prefeito, empresário André Longobardi, marcaram presença. Havia representantes da prefeitura de Macaé mas ninguém disse que representava o prefeito.

Até domingo. Hoje tem Batukada

O vereador Igor Sardinha declarou que aguardou na sala da Comissão Permanente de Transportes da Câmara, representantes das empresas que formam a SIT, realizada segunda-feira (11), e ninguém compareceu. Ele fez novo convite, agora, para dia 19, terça-feira próxima. Se não atender, a SIT será convocada oficialmente, pelo plenário do Poder Legislativo.

Apelo a lideranças políticas

Caixa preta

Todos receberam a informação até com certa euforia. Finalmente, a BR-101, poderia deixar de ser cha-mada de “Rodovia da Morte”, pelas péssimas condições da estrada, falta de sinalização e cada vez mais utili-zada principalmente por enormes carretas e caminhões, sem falar nos veículos leves. Mas, da concessão até a primeira etapa, o que saiu pri-meiro do papel foi a construção das praças de pedágios que começaram a garfar o meu, o seu, o nosso dinhei-rinho, estufando os cofres da con-cessionária. Como a duplicação não era iniciada, em 2011, foi necessária uma grande mobilização política reunindo na Câmara Municipal de Macaé, o senador Lindbergh Farias (PT), deputados federais, na ocasião Dr. Aluízio (PV) e Adrian Mussi (PMDB), deputados estaduais, pre-feitos, vereadores, representantes da ANTT e de vários órgãos da es-fera federal, estadual e municipal, além de membros da sociedade civil organizada. A pressão, na época, foi tão grande, e a cobrança tão forte, que o representante da Autopista Fluminense anunciou de imediato as obras do km 144 (Macaé), ao 89 (Serrinha), onde, primeiro, quem

vai para Campos, tem de passar na praça de pedágio. As cobranças dos elevados nos trevos de acesso a di-versos municípios também foram atendidas e... bem. Parou quase por aí. Os políticos esqueceram, os órgãos ambientais continuaram fazendo mais exigências e, a du-plicação, do km 190 (Casimiro de Abreu), até Silva Jardim, começou a passo de tartaruga. O principal trecho, exatamente onde é regis-trado o maior número de aciden-tes, que vai de Macaé (km 144) até Casimiro de Abreu (190), de apenas 46 quilômetros, ficou por último. E sabem qual a perspectiva, divulga-da pela Arteris, na reunião da Fir-jan quarta-feira (13)? A conclusão foi projetada para 2021. E sabe o que os órgãos ambientais exigem? Que no conhecido Brejo da Severina que liga a Fazenda dos 40 ao trevo do km 170 (Macaé-Glicério), em vez da duplicação lateral, seja feito um elevado ao custo estimado hoje de R$ 400 milhões, conta que, cer-tamente, deveria ir para a tarifa do pedágio. O representante da Auto-pista pediu apoio político, mas, na reunião na Firjan, contou-se nos dedos a presença de alguns deles.

Chegou-se até a admitir que “o con-trato de concessão e de subsídio não ha-via sido assinado pelo prefeito Riverton Mussi”, o que pode ter sido feito depois da revelação. Bem, a Viação Líder que vivia reclamando da Macaense, da 1001, da Fiel e outras empresas, a partir daí, ficou quietinha. Não esperneou mais. O ex-prefeito para diminuir o impacto da tarifa que é cara demais (hoje em torno de R$ 3,17), acabou subsidiando a em-presa que manteve a passagem a R$ 2,00, isso, quando a prefeitura “nadava de bra-çadas fortes com a receita de royalties” que agora diminuiu. Bem, A CPI daquela legislatura foi encerrada, não houve re-latório, as investigações reuniram uma pilha de documentos, a legislatura foi encerrada e, deu em nada. Ou seja, ter-minou em pizza, como se aplica ao ditado popular. Bem, começou uma nova legis-latura. Dr. Aluízio encarnou o “governo da mudança”, imediatamente, aumentou o subsídio das empresas que integram a SIT, estabelecendo o preço da passagem a 1 Real. Como as informações são desen-contradas, sabe-se que a SIT transporta

entre 120 a 150 mil passageiros por dia. Se a planilha indica esses números (qual deles seria o real?), quem atesta tem uma enorme responsabilidade. Por três vezes foi tentada pelo vereador Igor Sardinha e Marcel Silvano, a abertura de outra CPI. Mas as “forças ocultas” não permitiram a sua constituição. Bem, como não muda nada a não ser os números, os subsídios da prefeitura para as empresas de ônibus em três anos foram de mais de R$ 200 milhões. Gravaram bem? Mais de R$ 200 milhões. E o prefeito prometeu con-tinuar com a mesma política até o final de 2020, quando ele encerraria seu segundo mandato já que é candidato à reeleição. A SIT, agora transformada em S/A (???), em dezembro não pagou corretamente o 13º salário, alegando falta de dinheiro (!!!). Também não atende ao convite da Câmara Municipal para dar explicações. Que tem “cheiro de bode”, tem. A pre-feitura, com os cofres mais vazios, com a queda dos royalties, terá condição de bancar? O caso é uma “caixa preta” que precisa ser aberta. Sabem o que daria para fazer com mais de R$ 200 milhões?

PONTADA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

O atual modelo do transporte público municipal, pla-nejado há 11 anos, é suficientemente capaz de atender a 3,6 milhões de passageiros por mês?

Todos os dias, nos deparamos com notícias sobre a operação do dólar, com quedas e, ultimamente, altas.

Transporte

Não deixe o dólar alto prejudicar seu bolso

Diante de tantas recla-mações, questiona-mentos e fatos obscu-

ros sobre a atual concessão do serviço, a resposta é quase que óbvia.

Pauta que movimentou o cenário político da cidade nesta semana, a exploração do modal responsável por colocar em movimento a economia da cidade requer um debate bastante apro-fundado, que pode exigir um prazo maior que os nove me-ses concedidos pelo governo à SIT, para dar continuidade ao trabalho dentro da cidade.

Idealizado dentro de uma visão vanguardista, que fez jus ao momento de desen-volvimento econômico vi-vido por Macaé na época, o modelo antigo de concessão do transporte foi desfigura-do. Mas, em uma análise pre-liminar, não é possível definir se isso ocorreu em virtude do exponencial crescimento populacional da cidade, ou se foi promovido dentro de uma ótica de favorecimentos po-líticos.

A verdade é que o atual modelo de exploração do transporte público sobrevi-veu a três governos distintos, gerou inveja para as demais

cidades da região por inau-gurar o Sistema Integrado de Transportes no Norte Flu-minense, e sobreviveu a uma CPI (Comissão Parlamentar de Investigação) instalada na Câmara, que registra hoje mais dois pedidos de devassa.

Além disso, substituiu dois Terminais de integra-ção e 'ganhou' em quase oito anos o modelo da subvenção da passagem, que mantém o preço da tarifa, mas garante ao cidadão o direito de pagar R$ 1 por viagem.

Em meio as discussões que antecedem o pleito de outubro, o transporte segue como um prato cheio para os embates entre a oposição e o governo, um enredo comum à rotina eleitoral da Capital Nacional do Petróleo.

Hoje, passada a década de concessão do serviço, o poder público propõe a discussão sobre um novo modelo de transporte de passageiros, seguindo o modal rodoviário. A população deve participar da construção desse novo sis-tema, de olho sempre no pre-ço médio da tarifa. E, por ora, esquecer o que será das duas composições do malfadado Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Embora pareça assunto de economistas e algo dis-tante do nosso cotidiano,

o fato é que as oscilações da moeda afetam e muito a vida do brasileiro comum.

Além de interferir na bol-sa de valores e nas grandes empresas, a alta do dólar impacta diretamente na inflação e, consequente-mente, provoca o aumento no preço dos produtos, so-bretudo os importados e os que têm insumos compra-dos no exterior.

Os exemplos são os mais variados e vão desde os mais óbvios, como viagens internacionais, carros e roupas, até itens como pães e biscoitos, já que grande parte do trigo usado por aqui vem do exterior. Mas como o brasileiro pode se organizar para “sentir me-nos” o dólar aos R$ 4, dian-te de um cenário em que impostos e outras contas também tendem a subir?

A resposta a essa pergun-ta pode estar em uma única palavra: planejamento! É fato que os produtos afeta-dos pelo dólar ficam mais caros, mas muitos deles são indispensáveis em nossa vi-da e não deixarão de estar em nossa casa. Pessoas com rendas fixas e com certo po-der aquisitivo não vão dei-xar de consumir produtos agrícolas como o tomate, cujos preços tendem a su-

bir por conta da importação de fertilizantes, ou carne, que deve ter menos oferta interna devido ao aumento da exportação, também fi-cando mais cara.

Com a alta do preço de produtos básicos, o ideal é dedicar uma parcela maior do orçamento às compras rotineiras no supermerca-do ou então abrir mão de outros itens menos fun-damentais. Independen-temente de altas ou baixas nos preços, outra medida imprescindível é a busca pelo mais barato, afinal todos nós já nos depara-mos com a mesma coisa a valores muito diferentes em locais próximos. Outra dica útil é comprar no ata-cado, obviamente, quando os produtos puderem ser armazenados por mais tempo.

Faça os cálculos, anote detalhadamente todos os gastos e veja quanto as suas compras ficaram mais caras nos últimos meses ou até semanas. Dessa forma, se-rá possível dimensionar os custos e evitar que os novos gastos atrapalhem o paga-mento de contas, a reserva de dinheiro e as atividades de lazer.

Dora Ramos é educadora fi-nanceira e diretora da Fharos Contabilidade & Gestão Em-presarial

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Prefeitura realiza palestra sobre Aedes aegypti para Forças Armadas

ConsumoO fim de semana é, sem sombra de dúvi-das, o momento especial aguardado por muitos macaenses para apreciar as ver-dadeiras iguarias comercializadas no Mer-cado de Peixes. Espécies como dourado e badejo são as mais procuradas, assim como o camarão, a lula e os mariscos. Quem frequenta o local aposta na quali-dade, mas só apresenta uma sugestão: o retorno das placas que identificam o preço dos produtos.

Folia E o Carnaval? Para quem deseja curtir dias de paz e tranquilidade deve aproveitar a progra-mação anunciada pela prefeitura que mantará pontos de festa, com apresentação de bandas locais e marchinhas, em seis locais diferentes da cidade. Já os desfiles das Escolas de Sam-ba ainda dependem de uma decisão final por parte das agremiações quanto a distribuição dos R$ 500 mil reservados pelo governo para subsidiar a festa.

Operações Principal veículo utilizado por bandidos em crimes como assaltos e assassinatos, motos são alvo de operações de fiscalização realiza-das pela Polícia Militar na cidade. Nas últimas semanas, veículos roubados e com placas e numerações fraudadas foram apreendidos por agentes do 32º Batalhão de Polícia Mili-tar (BPM). A medida faz parte da estratégia de segurança implementada pelo novo comando da PM na cidade.

Eleições E, ao que tudo indica, o transporte dará a tô-nica dos debates eleitorais neste ano. Para o governo, a manutenção da passagem a R$ 1 seguirá como o principal trunfo em meio à crise econômica. Para a oposição, a prorro-gação do prazo de concessão com a SIT é um alvo. Resta saber se essas divergências não vão atrapalhar o andamento do processo de criação de uma nova concessão para o serviço que atende 3,6 milhões de passagei-ros por mês.

Ponte O Departamento de Estrada de Rodagem (DER) prometeu iniciar nesta semana as in-tervenções para recuperar o trecho do asfalto da RJ 168, a Estrada da Serra, próximo a Ponte das Neves. Após a reclamação de motoristas que trafegam diariamente pela rodovia, o órgão estabeleceu um cronograma de intervenções que ainda não começou a ser executado. Li-deranças políticas da cidade precisam ficar de olho.

AcessoNeste domingo (17) acontece mais uma edição do projeto 'Praia para Todos' realizado pela se-cretaria municipal de Proteção e Defesa Civil, em parceria com o Centro Independente de Vida (CIV). Das 9h às 14h, os agentes pro-movem o acesso ao mar para portadores de deficiência física, através do uso de uma ca-deira especial que é flutuante. A atividade vai ser realizada todos os domingos até o final de fevereiro.

Fest VerãoE neste domingo (17) segue também a progra-mação do Fest Verão Esportivo, organizado pela Fundação de Esporte. Hoje acontecem as provas da travessia do mar, às 7h, e de Stand Up Paddle, às 9h. A programação segue até o 31 de janeiro, reunindo competições em 13 modalidades. As provas acontecerão no Mira-mar, Praia da Imbetiba, Parque Aeroporto, Praia Campista, Cavaleiros, Praia do Pecado e Re-gião Serrana (Trapiche/Glicério). As inscrições podem ser feitas na Fesporte.

Combate A previsão de chuva para os próximos dias re-quer da população maior atenção ao combate à proliferação do Aedes Aegypti, transmissor dos vírus da dengue, da chikungunya e do zika vírus. A orientação é que, por semana, os ma-caenses reservem cinco minutos para cuidar da casa, eliminando qualquer tipo de recipiente que possa acumular água, de qualquer tama-nho. Macaé ainda busca afastar o risco de epi-demia de doenças neste ano.

Curso Vale lembrar aos servidores de matrícula, que atuam na rede municipal de Educação, que corre o prazo para as inscrições do vestibular da Fafima. Os 200 primeiros colocados na seleção terão direito a uma bolsa de estudos integral, concedida pela prefeitura, para quem deseja participar de cursos de licenciatura. A bolsa valerá para a formação completa, desde que o aluno não seja reprovado. A oportuni-dade é boa!

A margem do canal situado próximo à Rua Vitória Régia, na Aroeira, ainda é alvo de descarte irregular de lixos e entulhos. No período das cheias, comum a esta época do ano, todo esse material pode retornar para dentro das casas dos moradores que vivem próximo ao local. A limpeza não depende apenas da prefeitura, mas também da colaboração de todos.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de janeiro de 2016 5

PolíciaIMPASSE

Impeachment e as regras de combate à corrupção

Ao analisarmos os veículos de comunicação, observamos que a população do Brasil tem lastimado a crise financeira e relações políticas-empresa-riais permeadas de corrupção. Dentre as várias notícias que podemos observar, existe um clamor popular de Impeach-ment de nossa Presidente da República. Todavia, uma massa considerável da sociedade tem invocado esse processo de for-ma equivocada, dada carência de informação sobre como ele realmente ocorre.

QUAL O CONCEITO DE IMPEACHMENT?

O Impeachment possui origem inglesa no século XIV, e constitui um processo político-criminal interposto em desfavor do Presidente da República, ou altos cargos pú-blicos, com escopo de apurar crimes de responsabilidade, resultante de má gestão dos negócios públicos, de viola-ção de deveres funcionais e de falta de decoro. Surgiu em nossa Carta Magna de 1891, que seguia o modelo norte-americano. No que tange à Constituição Federal de 1988, não é citada a palavra Impe-achment, visto que o consti-tuinte Brasileiro valeu-se de "afastamento", "cassação" do mandato do Presidente da República. Imperioso obser-var que Impeachment não é interposto apenas em desfa-vor do Presidente da Repúbli-ca; pode-se usar tal instituto contra pessoas detentoras de altos cargos públicos que poderão praticar, além dos crimes comuns, os crimes de natureza política. É conve-niente, desta maneira, enten-der que existe diferença entre Impeachment e Cassação de Mandato, visto que o pri-meiro é o processo, que tem como pena, mas não única, o segundo. Valendo a máxima: O Impeachment é o proces-so político-administrativo, ao qual se investiga um cri-me de responsabilidade, que tem como pena a cassação de mandato, bem como a inabili-tação para exercício de cargo público por até 5 anos.

QUEM PODE INTERPOR O REFERIDO PROCESSO?

O Impeachment tem como acusados os políticos, conhe-cidos popularmente como "corruptos", e como acusa-dores a "população", ou seja, o povo. Essa característica, de permitir que qualquer indiví-duo possa interpor processo de cassação de mandato ao legislador, reforça a ideia de que o Poder emana do Povo, conforme enuncia nossa Lei Suprema no seu art. 1º, pará-grafo único. E que, da mes-ma forma que o povo elege e investe de poderes os seus representantes, também esse mesmo povo poderá removê-los. Urge citar a Lei 1.079/50 que permite a qualquer ci-dadão encaminhar ao Con-gresso Nacional pedido de Impeachment em desfavor de autoridade política, base-ado em crime de responsa-bilidade (infrações politico administrativas). Na legisla-

ção Brasileira tais crimes são definidos em Lei Federal e na Constituição Federal de 1988.

QUAIS AUTORIDADES PODEM RESPONDER IMPEACHMENT?

Além do Presidente da Re-pública; o Vice-Presidente da República; os Ministros de Estado, nos crimes conexos com aqueles praticados pelo Presidente da República; os Ministros do STF; os mem-bros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Pú-blico; o Procurador- Geral da República e o Advogado-Geral da União, bem como Governadores. Os crimes de responsabilidades são os atos que ferem a Constituição Fe-deral de 1988, enunciados no art. 85 e na Lei 1.079/1950. O impeachment pode ser inter-posto por qualquer cidadão, haja vista o que preceitua a Lei 1.079/50, nos arts. 14, 41 e 75, verbis: Art. 14. "É permiti-do a qualquer cidadão denun-ciar o Presidente da Repúbli-ca ou Ministro de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Depu-tados." Art. 41. "É permitido a todo cidadão denunciar perante o Senado Federal, os Ministros do Supremo Tri-bunal Federal e o Procurador Geral da República, pelos cri-mes de responsabilidade que cometerem." Art. 75. "É per-mitido a todo cidadão denun-ciar o Governador perante a Assembleia Legislativa, por crime de responsabilidade."

QUAIS OS CASOS JÁ OCORRIDOS NO BRASIL?

Há de ressaltar que o povo brasileiro testemunhou al-guns processos de Impeach-ment com a efetiva cassação do mandato do representan-te público. Salta à memória o mais famoso deles, sem dúvida, o do Ex-Presidente Fernando Collor de Melo, seu mandato vigorou de 1990 até 1992. Collor ascendeu à Pre-sidência da República através de discursos modernistas, ou seja, a inovação político social do Brasil. Assim, prometia em suas campanhas moder-nização. Suas aparições em público, seus discursos e seus posicionamentos sempre in-flavam o povo, principalmen-te os contra a corrupção. Era conhecido pelas massas po-pulares com "Caçador de Ma-rajás". Também existem ou-tros casos de Impeachment interposto no Brasil, que ocorreram em desfavor de Prefeitos, em Campinas/SP, foi contra o Chefe do Execu-tivo, Hélio de Oliveira Santos, cujo pedido foi protocolado na Câmara de Campinas. Há que mencionar também em Campinas, o do Vice Prefeito Demétrio Vilagra que tam-bém teve seu mandato cas-sado em 21 de dezembro de 2011. No ano de 2015 ocorreu um Impeachment, em Ressa-quinha/MG, no qual o Prefei-to Denilson Alberto da Cruz teve o mandato cassado pela Câmara Municipal. É preciso ter como entendimento pere-ne, que o Impeachment é um instituto essencial à proteção da Constituição e da popula-ção; existe como forma de frear o ânimo dos represen-tantes que querem usurpar o poder para alçar interesses próprios.

NOTA

O trabalho realizado pela Área Técnica de Prevenção e Controle do Tabagismo da Secretaria de Saúde de Macaé ganhou destaque no Estado e resultou na parceria com a Coordenação Estadual de Controle do Tabagismo.

Tenente-coronel Ramiro Campos faz análise sobre discussão que ocorre no Congresso Nacional

BOMBEIROS

Projeto Botinho começa nesta segunda-feira Crianças e jovens inscritos receberão noções de salvamentos marítimos, educação ambiental e cidadaniaJorge Neto

Nesta segunda-feira (18), tem início em Macaé o Projeto Botinho do Cor-

po de Bombeiros. A colônia de férias acontece na Praia dos Ca-valeiros e é destinada a crianças e jovens, tendo em seu progra-ma a prática de atividades físi-cas na praia e ideias de como re-alizar salvamentos marítimos.

O projeto foi fundado em 1963 e recebeu só neste ano cerca de 9.000 inscritos, tendo todas as 300 vagas destinadas à cidade de Macaé sido preenchidas. As inscrições foram realizadas parte pela internet, parte pre-sencialmente no batalhão do Corpo de Bombeiros.

Os participantes são sepa-rados em três categorias dife-rentes, de acordo com a idade: dos 7 aos 10 anos são nomeados "Golfinhos"; dos 11 aos 15 "Moby Dick"; e dos 14 aos 17 "Tubarão".

Durante as duas semanas do projeto, também são oferecidas noções de primeiros socorros, educação ambiental e cidada-nia. Segundo o tenente-coronel Erick Alves da Silva, o objetivo do projeto é dar dicas de como frequentar a praia de maneira prudente, ensinando através das atividades os locais mais apropriados para banhistas, co-mo proceder em casos de emer-gência, dentre outras coisas.

KANÁ MANHÃES

Cerca de 300 crianças participam de atividades que acontecem na Praia dos Cavaleiros

Trânsito no mar: cuidados que todos devem ter

SEGURANÇA

Com grande número de pessoas nas praias durante o verão, atenção deve ser redobrada por todos

As altas temperaturas que o verão tem registrado aca-bam levando muitas pessoas às praias da região. Além dos cui-dados habituais, atentando-se para as condições do mar e pa-ra as orientações do Corpo de Bombeiros para o lazer, deve-se estar alerta com a presença de barcos e motos náuticas próxi-mas às áreas de banhistas.

Segundo a Capitania dos Portos de Macaé, os veículos popularmente conhecidos co-mo jet skis têm área delimitada de circulação, a chamada área interior 1. O espaço tem início no Rio Macaé, vai até a Ilha do Papagaio e termina na Praia da Imbetiba. Há uma conces-são, porém, que permite que os condutores vão até a Ilha de Santana.

Em adição a isso, é necessário que as motos náuticas estejam regularizadas, inscritas em agência, que seus condutores tenham habilitação adequada e que as normas de segurança

sejam respeitadas. Para a nave-gação, são fundamentais a com-panhia de uma embarcação de apoio com comunicação VHF e o plano de navegação do Ia-te Clube. Da mesma forma, é aconselhável que os conduto-res evitem circular próximos a áreas com grande concentração de banhistas.

Outro alerta que a Marinha do Brasil faz é em relação às embarcações. Igualmente, há normas a serem seguidas e áreas delimitadas para to-das as categorias. No caso das embarcações de turismo, por exemplo, é imprescindível que haja coletes suficientes para to-dos os passageiros e extintor de incêndio. Também há um nú-mero máximo de passageiros que podem ser transportados. Os próprios passageiros podem

averiguar se a embarcação é adequada para o transporte e devem recusar os veículos que não sejam apropriados, mesmo que o custo seja menor, prezan-do pela própria vida.

Até o próximo dia 21 de feve-reiro, a Marinha do Brasil reali-za a Operação Verão 2016, com a fiscalização do mar intensifi-cada durante esse período, ga-rantindo a segurança dos con-dutores e dos banhistas. Caso sejam notadas a imprudência, a negligência ou a imperícia de veículos no mar, pondo em ris-co a vida de pessoas, denúncias são recebidas pela Delegacia da Capitania dos Portos no tele-fone (22) 2772-1889. Também são aceitas fotografias em que esteja visível o número da em-barcação que esteja realizando a infração.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Leandro Gama Alvitos Especialista em Direito Público

Leandro Gama Alvitos

AS CPIs DA CÂMARA EM 2016As Comissões Parlamentares de Inqué-

rito, ou CPIs, são importantes instrumen-tos institucionais existentes em nosso país que se destinam a investigar fatos determi-nados e relevantes da vida pública do país e sua conformidade com a ordem jurídica, além de atos praticados pelos agentes públicos no exercício de suas atribuições. As Comissões, através de seus membros, têm poderes de investigação similares aos conferidos às autoridades ligadas ao Poder Judiciário, como por exemplo, inquirir in-diciados, ouvir testemunhas, determinar diligências que se façam necessárias para

a elucidação dos fatos a serem apurados, requisitar informações e documentos, re-quisitar os serviços de outras autoridades, inclusive policiais etc.

Em 2016, cinco CPIs da Câmara dos Deputados retomarão suas atividades. Instauradas e em funcionamento desde o ano passado. Duas dessas cinco CPIs estão perto do fim, quais sejam a dos Maus-Tra-tos a Animais e a do BNDES, enquanto as demais, que investigam o INCRA e a FU-NAI, os Fundos de Pensão, e os Crimes Ci-bernéticos têm previsão para seu término somente dentro de três ou quatro meses.

Planos de saúde terão prazos para atendimento e resposta a consumidor. As medidas entrarão em vigor no dia 15 de maio. Operadoras devem prestar imediatamente informações e orientações.

NOTA

MAUS-TRATOS AOS ANIMAISRetomando os trabalhos na primeira se-

mana de fevereiro, a Comissão Parlamen-tar que investiga maus-tratos aos animais se reúne para concluir a votação do relató-rio final, elaborado pelo deputado Ricardo Tripoli. Segundo o mesmo, o teor do docu-mento já foi pré-aprovado em dezembro, mas o deputado Ricardo Izar, presidente da comissão, afirmou que haverá mudanças, mormente no tocante a relatos de casos de maus-tratos em rodeios e vaquejadas, que não são admitidos pela bancada ruralista.

Ricardo Izar afirma que o saldo das in-vestigações é positivo. "Fizemos diligên-cias em vários estados, analisamos todos os fatos determinantes da CPI, pedimos o indiciamento de quem tinha de ser indicia-do e, mais do que isso, fizemos um relatório final em que propomos que sejam votados, em regime de urgência, alguns projetos de lei que vão melhorar a legislação. Detec-tamos que as políticas públicas relativas aos direitos dos animais são praticamente inexistentes”.

BNDESA CPI que investiga supostas irregula-

ridades envolvendo o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BN-DES, relacionadas à concessão de emprés-timos suspeitos e prejudiciais ao interesse público, tem prazo de funcionamento até 18 de fevereiro. O deputado José Rocha, relator da Comissão, porém, já apresentou insatisfação quanto à falta de tempo para a comissão cumprir a meta de investigar as irregularidades em empréstimos do banco, já que o lapso temporal a ser investigado é muito extenso, compreendendo o período entre os anos de 2003 e 2015.

Segundo o relator, a CPI ouviu mais de 20 pessoas, mas houve discussão entre

integrantes do governo e da oposição em torno de algumas convocações. José Rocha informou que as oitivas ou convocações já findaram e que as reuniões restantes serão utilizadas, exclusivamente, para a apresen-tação de sub-relatórios e para a discussão e votação do relatório final. José Rocha afir-mou que "a CPI do BNDES caminhou na-quilo que foi possível. Encerra os trabalhos no dia 18 de fevereiro, com uma semana de Carnaval no meio: então, vai funcionar em duas semanas de fevereiro, a primeira e a terceira. Nós não tivemos tempo hábil para ouvir todas as pessoas que estão referidas. Eu não posso adiantar o relatório final por-que só recebi um dos quatro sub-relatórios".

INCRA E FUNAIA Comissão Parlamentar de Inquérito

designada para investigar o Instituto Na-cional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) tem seu funcionamento previsto até o dia 19 de abril, tendo afirmado o depu-tado Alceu Moreira, presidente da comis-são, que pretende concentrar esforços nas diligências que poderão comprovar, in loco, as supostas irregularidades nas demarca-

ções de terras indígenas e quilombolas.Alceu Moreira declarou que "Nós temos

agenda completa para 2016, foram apro-vados requerimentos para ouvir pessoas, basta apenas estabelecer as datas no calen-dário. Onde já há denúncias fundamenta-das, nós vamos fazer investigação in loco. A expectativa que tenho é de que, ao final da CPI, possa se produzir uma política pública para os assentados e para os índios".

FUNDOS DE PENSÃONa CPI que investiga desvios dos Fundos

de Pensão, as atividades devem durar pelo menos até março e abril. O presidente da Comissão, deputado Efraim Filho, explicou que os técnicos da comissão, com o apoio da Polícia Federal, mantiveram as investigações durante o recesso parlamentar, atualizando as informações diante dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Efraim não descarta pedido de prorrogação, tendo em vista a im-portância dos fatos a serem apurados. "A CPI

tem cumprido o papel importante de jogar luz onde havia pouca transparência, que é a ges-tão dos fundos de pensão, que movimentam um patrimônio de cerca de R$ 350 bilhões", afirmou o relator.

Nas palavras do relator, "já avançamos mui-to na fase investigativa e na fase propositiva. O prejuízo nós já sabemos quem teve: foram os aposentados, com um déficit que ultrapassa os R$ 20 bilhões. Agora, é preciso descobrir quem lucrou em cima do prejuízo dos aposentados".

COMÉRCIO

Varejistas seguem com liquidações de começo de anoMesmo com previsões pessimistas para 2016, comerciantes tentam faturar com queima de estoques

Guilherme Magalhã[email protected]

Ao que tudo indica, a queima de estoques do comércio varejista maca-

ense tem atraído mais interes-se dos consumidores em fazer compras no primeiro mês de 2016 do que no último trimes-tre de 2015 inteiro. Com alguns produtos saindo por menos de dois terços do que há três sema-nas atrás, muitos comerciantes já admitem uma melhora no faturamento, mas seguem pes-simistas em relação ao resto do ano.

Para Cintia Marinho, vende-dora de uma loja de roupas no calçadão, a melhora no aqueci-mento das vendas em relação ao final do ano passado é modesta, mas real. Ainda segundo a lojis-ta, as promoções de produtos que estão saindo de linha são o principal chamariz de consumi-dores.

“Aqui nós ainda temos peças com até 70% de desconto. Mais do que isso seria difícil porque, mesmo querendo liquidar o es-toque, tem que haver uma mar-gem de lucro para compensar”, disse.

EXPECTATIVA DE BAIXO CRESCIMENTO AINDADESANIMA

Os comerciantes macaenses também seguem pessimistas em relação ao crescimento do setor no município que, apesar de em outras épocas se mos-trar indiferente aos momentos de adversidade econômica do país devido à injeção dos recur-

sos provindos dos royalties do petróleo, permaneceu pratica-mente estagnado em 2015 por conta da crise no setor de óleo e gás. Segundo eles, com mais um ano repleto de feriados e insegu-rança por parte dos fornecedo-res e indústria, a ordem deverá ser cortar ainda mais gastos.

“Com o quadro crítico da economia nacional, acentuado na cidade devido à queda pelos preços do barril de petróleo, não

há como negar que prevemos um crescimento bem menor do que nos anos anteriores. Para complementar, também já sa-bemos que existem vários feria-dos prolongados em dias úteis para este ano que, com ou sem ponto facultativo, prejudicarão de todo jeito”, pontuou Flávio Medeiros, gerente de uma loja de roupas também localizada no Centro da cidade.

Ao todo, serão pelo menos dez

feriados em dias úteis. Além dis-so, em Macaé, pelo menos mais dois feriados municipais podem ser incluídos na previsão (Dia de São João e emancipação da cidade), ambos caindo na sexta-feira. Como consequência, de acordo com o centro de estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio (CDL), uma perda anual estimada em mais de R$ 2,5 bi-lhões para todo o setor no Esta-do já está prevista.

KANÁ MANHÃES

Descontos podem chegar a até 70% do preço original

Redução de carteiras assinadas pode impactar no mercado

TRABALHO

Sem garantias de emprego formal, segundo IBGE trabalhadores estão se inclinando cada vez mais para negócios próprios

Com a desaceleração da economia, a tendência do negócio próprio aumenta gra-dativamente e pode, inclusive, estar mudando a estrutura do mercado de trabalho no país. Pelos menos, é o que indica uma análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IB-GE). Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do órgão, Cimar Azeredo, sem as garantias do emprego formal, muitos brasileiros têm sinali-zado a abertura de pequenos negócios e atividades de traba-lho por conta própria.

Com base na Pesquisa Nacio-nal por Amostra de Domicílios (Pnad), em um ano, 1,184 milhão de pessoas (-3,2%) perderam trabalho com carteira assina-da. Enquanto isso, o número de trabalhadores por conta própria subiu 4,2%. Em outros termos,

novos 913 mil empreendimen-tos autônomos foram citados como fonte de renda principal.

Segundo Azeredo, a inversão teria uma explicação mais que plausível.

"Durante longo tempo, o au-mento do emprego formal es-teve em alta, e até chegou a ser considerado por alguns econo-mistas como o 'boom da cartei-ra assinada'. Entretanto, como agora as pessoas estão perden-

do seus trabalhos e recebendo indenização, muitos têm se aventurado em abrir o próprio negócio", explicou em nota o es-pecialista, ressaltando que nos últimos meses o aumento da população desocupada atingiu recorde.

Consideradas aquelas pesso-as que procuraram emprego, e não encontraram, conforme os dados do Pnad, em um ano, o aumento desse grupo chega

a 38,3% - 2,5 milhões de pes-soas. De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação subiu em todas as dez pesquisas realiza-das em 2015, e o valor atingido em outubro é o maior da série histórica iniciada em 2012. Por outro lado, a população ocupada permanece estável (cerca de 91 milhões de pessoas), justamen-te porque as pessoas que perde-ram emprego de carteira assina-da se inseriram nas categorias de empregador e trabalhador por conta própria.

“Essa inserção ocorre prin-cipalmente no comércio e nos serviços, setores em que empreender requer menos in-vestimentos. Assim acontece porque esses grupamentos são mais aderentes ao processo de montar o empreendimento próprio", pontuou.

De acordo com a prefeitura, no ano passado, em Macaé, os setores de comércio, alimentos e bebidas são os que mais rece-bem microempreendedores in-dividuais. As mulheres entre 35 e 45 anos lideram o ranking das solicitações de financiamentos da modalidade e também são as que mais buscam capacitação na Casa do Empreendedor.

KANÁ MANHÃES

Em Macaé, os setores de comércio, alimentos e bebidas são os que mais recebem microempreendedores individuais

CRIMES CIBERNÉTICOSProrrogada até 14 de março, a CPI dos

Crimes Cibernéticos pretende se aprofun-dar nas novas denúncias que chegam quase diariamente. A deputada Mariana Carvalho, presidente da comissão, ressaltou que a CPI vai propor uma nova tipificação de crimes na internet, com fins de facilitar o trabalho das autoridades. “Ouvimos o Ministério Público, a Polícia Federal e pessoas que estiveram envol-vidas em alguns escândalos. Conseguimos até mesmo fazer uma denúncia de que o dinheiro do próprio governo federal estava financiando sites piratas, houve várias prisões com isso”, asseverou a deputada.

Mariana Carvalho ainda afirmou que “per-cebemos que, com os crimes aumentando, é preciso criar normas para combatê-los. Vamos ouvir mais pessoas durante estes 60 dias, para que a gente dê uma resposta à população bra-sileira com mais segurança, sem acabar com a

liberdade de expressão".Iniciada em fevereiro do ano passado, a

atual legislatura federal já passou por outras quatro CPIs, que investigaram o escândalo de corrupção na Petrobras, a violência contra jovens negros e pobres, o sistema carcerário brasileiro e a máfia das órteses e próteses no Brasil.

Não nos restam dúvidas de que as Comis-sões Parlamentares de Inquérito desempe-nham papel fundamental em nosso Estado, apurando e investigando atos que contrariam a ordem geral e os bons costumes. Torcemos pa-ra que as autoridades do país entendam que as CPIs, para que sejam efetivas, precisam estar blindadas contra as ingerências políticas que tentam desvirtuá-las, e que seus integrantes precisam ter liberdade para apurar os fatos em busca da verdade real, de forma a subsidiar futuras punições aos envolvidos nos desvios.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de janeiro de 2016 7

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

BAIRROS EM DEBATE Bela VistaFOTOS MARIANNA FONTES

Bairro fica localizado em uma área alta da cidade, a poucos minutos do Centro

Infraestrutura precisa ser melhorada na Bela Vista Moradores cobram do poder público melhorias na acessibilidade das ruas, limpeza pública e lazer

Marianna [email protected]

Apesar de ser antigo, o bair-ro Bela Vista é ainda pou-co conhecido por grande

parte da população. Ele fica situado na parte alta da cidade, na região próxima ao Miramar, Visconde de Araújo e Jardim Vitória.

Mesmo estando situado a ape-nas 10 minutos do Centro, suas ruas são famosas pela tranquili-dade, o que cria uma sensação de aconchego. Mas, por trás disso,

também se escondem alguns problemas de infraestrutura, muitos esperando por uma so-lução há anos.

Essa semana, o Bairros em Debate visitou a localidade e conversou com os moradores, que solicitam dos órgãos públi-cos um pouco mais de atenção e comprometimento com a região, que vem sofrendo crescimento.

Entre as reclamações ouvi-das estão a construção de uma área de lazer, a limpeza das ruas e terrenos e a pavimentação de algumas vias.

LAZER: SÓ NO ENTORNO

As praças são geralmente um ponto de encontro de moradores do bairro, sendo a principal opção de lazer

p a r a a s c r i a n ç a s. M a s n o Bela Vista, o único indício de área de lazer existente é um terreno da prefeitura que serve como depósito de lixo e entulhos.

“Não temos uma praça pa-ra levar os nossos filhos. Não existe parquinho, campinho de futebol”, conta o morador Silvio Bisneto.

Quando não dá para ir a ou-

tro bairro, o jeito é brincar na rua. Sendo assim, as opções de brincadeiras acabam se tornando perigosas e põem em risco a vida das pessoas e das próprias crianças.

População do bairro reclama da falta de varrição Assim como vários bairros de Macaé, a situação no Bela Vista não é diferente quando se trata do problema de limpeza. Segundo os moradores, há tem-pos não é feito o serviço de capi-na nas ruas e terrenos do bairro. Em alguns trechos, é possível encontrar mato no meio-fio e nos terrenos.

Outro problema é a falta de varrição.

“A limpeza já deixa a desejar e os moradores também não cola-boram. Jogam lixo na rua, restos de materiais de obra e televiso-res nos terrenos. É preciso que cada um faça a sua parte para a gente cobrar do poder público”, diz o morador.

Outro problema que acontece no bairro é a incineração de lixo. Em um terreno, o fogo chegou a atingir parte da vegetação. O perigo é ainda maior devido à presença de produtos químicos no meio das chamas, que podem agravar o incêndio.

É importante ressaltar que a queima de lixo nos terrenos

é proibida. Também existe um outro agravante, que são os im-pactos ambientais gerados por conta disso. A maioria dos resí-duos que podemos encontrar no lixo não foi projetada para ser queimada. Quando expostos a uma temperatura elevada, po-dem liberar substâncias tóxicas perigosas.

Além da degradação ambien-tal, já que essa medida pode con-tribuir para problemas, como o aquecimento global, isso acaba piorando a qualidade de vida nas cidades, gerando riscos à saúde pública.

Essa fumaça tóxica polui o ar, que é inalado pelos humanos. A situação é ainda pior quando a

umidade está baixa. Essa fumaça prejudica a saúde da população, principalmente de crianças e pessoas que sofrem de doenças respiratórias, como asma, bron-quite e rinite alérgica. De acordo com especialistas, as substâncias químicas podem causar náuseas, tonturas, dores de cabeça, entre outros sintomas.

Limpeza foi novamente um dos itens levantados e que precisa melhorar

Procurada, a secreta-ria de Serviços Públicos informou que enviará uma equipe para fazer a colocação de para-lelepípedos nas Ruas Orlando Tardeli e Caio Rodrigues Brasileiros (antiga Rua G). Sobre a varrição e capina nas ruas do bairro, ela pro-meteu que vai enviar equipes para solucionar o problema.

J á a S e c re t ar i a d e Mobilidade Urbana in-formou que ainda não foi enviada uma solicitação oficial com pedidos de redutores de velocidade para a Rua Margarida da Conceição dos Santos. Entretanto, diante dessa reclamação, vai mandar uma equipe até o local para realizar uma visto-ria técnica.

O que diz a prefeitura

Pavimentação ainda não foi concluídaQuando se trata de pavimen-tação, apenas parte do bairro conta com esse privilégio. Se por um lado moradores não têm pro-blemas para sair de suas casas, por outro muita gente sofre com a la-ma e a poeira.

Uma delas é a Rua Orlando Tardelli, que, tanto na parte alta, quanto na baixa, teve a pavimenta-ção inacabada. Ou seja, um grande trecho da via ainda não foi contem-plado com o revestimento de para-lelepípedos, muito menos o asfalto.

“No início da rua, onde exis-tem paralelepípedos, a gente pede que seja colocado o asfalto. Quando fizerem isso, já poderiam aproveitar para finalizar a rua, que está em situação crítica”, diz Silvio, que ressalta que o mesmo problema acontece na Rua Caio Rodrigues Brasileiro (antiga Rua G). “Está tudo esburacado. A gente sofre para entrar e sair de casa”, completa.

REDUTOR DE VELOCIDADE

Se onde não tem pavimenta-

ção a acessibilidade é ruim, onde há paralelepípedo o problema é em relação ao abuso dos limites de velocidade. Na Rua Margarida da Conceição dos Santos, os mo-radores relatam que os veículos, principalmente os ônibus, passam correndo pelo local. “A rua já é uma descida. Com os condutores transitando que nem uns loucos, a gente fica com medo de aconte-cer um acidente. Pedimos à pre-feitura que coloque redutores de velocidade aqui para evitar uma tragédia”, solicita o morador.

O Código de Trânsito Brasi-leiro (CTB) garante que é dever das autoridades promover um trânsito seguro e de qualidade. De acordo com o Art. 1º, "o trân-sito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos ór-gãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das res-pectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito".

Independente da prefeitura tomar ou não uma atitude, os

motoristas têm o dever de cola-borar para promover um trânsito seguro. O Art. 220 do CTB diz que deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito "nas pro-ximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desem-barque de passageiros, ou onde haja intensa movimentação de pedestres" é considerada uma infração gravíssima. O infrator poderá ser multado.

Já o Art. 311 prevê que "trafe-gar em velocidade incompatível com a segurança nas proximida-des de escolas, hospitais, esta-ções de embarque e desembar-que de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentra-ção de pessoas, gerando perigo de dano" a pena passa a ser de detenção, que pode variar de seis meses a um ano, ou multa. A legislação também ressalta que, onde não existir sinalização re-gulamentadora, a velocidade má-xima nas vias rurais é de sessenta quilômetros por hora.

Em algumas ruas, o acesso da população é limitado por conta dos buracos

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ESPORTE

Fest Verão Esportivo segue neste domingoTravessia no mar e Stand up paddle integram programação especial

Neste domingo, aconte-cem na Praia da Imbeti-ba dois eventos do Fest

Verão Esportivo Macaé 2016: a travessia no mar, que tem iní-cio às 7h da manhã, e o stand up paddle, marcado para começar às 9h.

Ainda são aceitas inscrições no próprio local de prova, sen-do necessário que o partici-pante leve um documento de identidade, preencha a ficha de inscrição e assine um termo

de responsabilidade. A organi-zação do evento pede para que estes cheguem com antecedên-cia ao local, já que o número de vagas pode ser limitado.

A programação do Fest Verão Esportivo continua até o fim do mês de janeiro. Os eventos se-guintes acontecem no próximo fim de semana: no sábado (23) tem futevôlei na Arena Praia Campista, às 8h, surfe na Praia do Pecado, também às 8h, tor-neio de altinha na Arena Praia

Campista, às 9h e tênis de mesa no Flamenguinho (Miramar), às 13h. No domingo (24) tem a continuação dos torneios de futevôlei e surfe nos mesmos locais e horários do dia anterior, além de vôlei de praia na Arena Praia Campista, às 8h; bicicross na pista Aeroporto, às 10h.

Para maiores informações e esclarecimento de dúvidas, a Fundação de Esporte de Macaé disponibiliza os telefones: (22) 2773-4976 ou (22) 2773-4326.

WANDERLEY GIL

Praia da Imbetiba recebe neste domingo prova de travessia no mar

VOLTA ÀS AULAS

Pais devem �car atentos à segunda fase de pré-matrícula

Juliane Reis [email protected]

Começa nesta segunda-feira (18) a segunda fase da pré-matrícula na rede munici-pal de ensino. O cadastro pode-rá ser feito por meio do sistema informatizado pelo endereço eletrônico www.macae.rj.gov.br ou nos seguintes polos de aten-dimento: Centro de Educação

Na rede municipal, o procedimento começa nesta segunda. Já na estadual, no próximo dia 21

Tecnológica Profissional (Ce-tep), situado à rua Alfredo Ba-cker, 363, Centro, das 9h às 17h ou na sede do Macaé Facilita, localizada na Rodovia Amaral Peixoto, s/nº, próximo ao Está-dio Municipal Cláudio Moacyr de Azevedo.

Para realizar o procedimento é necessário a apresentação dos seguintes dados: nome comple-to do candidato, data de nasci-mento conforme certidão de nascimento, foto 3x4, original e cópia da carteira de vacinação atualizada para Educação In-fantil, original e cópia do com-provante de residência, além da carteira de identidade para aluno maior de idade, certidão

KANÁ MANHÃES

Tanto para as escolas estaduais quanto municipais o procedimento deve ser feito pela internet

de casamento ou documento oficial que possa substituí-la.

A divulgação do resultado será feita no dia 1º de fevereiro, sendo que a matrícula deverá ser feita entre os dias 2 e 5 de fevereiro.

Já na rede estadual, a segunda fase da pré-matrícula deverá ser feita entre os dias 21 e 26 de ja-neiro pelo www.matriculafacil.rj.gov.br

De acordo com o calendário do Matrícula Fácil, os dias 21 e 22/01/2016 serão exclusivos para os candidatos que parti-ciparam da 1ª fase e não conse-guiram alocação. Esses alunos também poderão se inscrever nos dias 25 e 26.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 17 e segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

TRIBUTOS

Isenção tributária para incentivar energia solarA isenção somente será aplicada quando não houver similar nacional dos produtosMartinho Santafé

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou es-

ta semana proposta que isenta de impostos equipamentos e componentes de geração de energia solar. A isenção so-mente será aplicada quando não houver similar nacional dos produtos.

Foi aprovado o substitutivo do relator, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), ao Projeto de Lei 8322/14, do Senado. Em seu texto, Jordy ampliou as isenções tributárias. A pro-posta original previa apenas a isenção de imposto sobre importação para alguns equi-pamentos de geração elétrica de fonte solar, como os painéis fotovoltaicos, que convertem a luz do sol em energia elétrica e podem ser instalados no teto de casa.

De acordo com o substituti-vo, cabos, conectores e estru-turas de suporte, por exemplo, podem ficar livres do Imposto sobre Produtos Industriali-zados (IPI), e outros equipa-mentos, inclusive os painéis fotovoltaicos, também teriam isenção de PIS/Pasep e Cofins. O deputado espera que a me-dida ajude a reduzir os custos de produção e de uso da ener-gia solar, além de contribuir para a geração de emprego, renda e novas tecnologias na indústria nacional.

Para Jordy, estes incentivos são uma forma de reduzir o custo da implementação dessa energia. “O Brasil precisa es-timular esse mercado e uma das formas para isso é facilitar a comercialização. O detalhe que conseguimos, neste subs-titutivo, foi pactuar para que alguns componentes da placa fotovoltaica pudessem ter os impostos reduzidos - porque são produtos importados - até que o mercado brasileiro possa produzi-los. E isso vai baratear extremamente a aquisição [do equipamento] e o investimento das empresas”, disse Jordy.

O texto de Arnaldo Jordy também permite que os tra-balhadores utilizem parte do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pa-ra a compra de sistemas foto-voltaicos. O deputado lembra que a energia solar é limpa, renovável e, portanto, propí-cia para o atual contexto de mudanças climáticas em que se tem necessidade de redu-ção dos gases do efeito estufa.

MATRIZ ENERGÉTICA

Jordy defende maior par-ticipação da energia solar na matriz energética do País. “Hoje, ela não chega nem a 0,5%, enquanto a Alemanha, com território e índice de insolação muito menores do que os do Brasil, já tem 8% de energia solar em sua matriz”, comparou o deputado.

Especialista em recursos energéticos, o consultor le-gislativo da Câmara Paulo Li-ma analisa o possível impacto desse projeto de lei na expan-são do uso da energia solar no Brasil.

“A energia solar ainda tem um custo alto, se se pensa em uma geração concentrada em que se tem de transmitir e distribuir, mas tem a grande vantagem de poder ser ge-rada distribuidamente. Se a energia for gerada em cada residência, não serão neces-sárias linhas de transmissão nem sistemas de distribuição de energia”, explicou Lima. “E para a energia ficar ain-da mais competitiva é muito importante que fique isenta de tributos, tanto federais quanto estaduais,” defendeu

o consultor legislativo.A proposta tramita em ca-

ráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

RENDA E MELHORIAS NO SERTÃO

Com 9.144 placas fotovol-taicas instaladas nos telhados dos blocos com quatro ou seis apartamentos, os conjuntos vizinhos do Minha Casa Mi-nha Vida, lar de mil famílias de baixa renda, têm potencial para produzir 2,1 Megawatts (MW), capazes de abastecer 3,6 mil domicílios por ano. Transformados na maior mi-crousina de energia solar do País, os residenciais Praia do Rodeadouro e Morada do Sa-litre, em Juazeiro, no sertão baiano, ultrapassaram a mar-ca de R$ 2 milhões em receita obtida com a venda da energia elétrica à distribuidora local.

Os 5,465 Gigawatts-hora (GWh) comercializados ren-deram R$ 2,27 milhões líqui-dos entre fevereiro de 2014 e novembro de 2015 - os dados podem ser acompanhados pe-lo site,com defasagem de um dia. Desse bolo, uma fatia de

DIVULGAÇÃO

A proposta original previa apenas a isenção de imposto sobre importação para alguns equipamentos de geração elétrica de fonte solar, como os painéis fotovoltaicos, que convertem a luz do sol em energia elétrica e podem ser instalados no teto de casa

60% vai para o bolso das famí-lias, 30% são aplicados num fundo para o condomínio e a associação de moradores e os 10% restantes pagam as despesas de manutenção dos residenciais.

Em dinheiro, o fundo de in-vestimento arrecadou R$ 683 mil no período, o que lhe per-mitiu bancar melhoramentos como a reforma e ampliação dos centros comunitários, antes ocupando quiosques abertos, além da instalação de sala de informática, parada de ônibus coberta, sinalização de trânsito e de serviços de aten-dimento médico, odontológi-co e psicológico.

Os investimentos foram de-cididos pelos próprios mora-dores via associação. E mais: não há taxa de condomínio, e cada família recebeu R$ 1.366 até novembro de 2015, ou uma média de R$ 62 mensais, valor suficiente para cobrir as pres-tações mensais do programa Minha Casa Minha Vida, que variam de R$ 25 a R$ 80.

O Fundo Socioambiental Caixa investiu R$ 6 milhões em recursos não reembolsá-veis no projeto, implantado pela Brasil Solair, que entrou com contrapartida de R$ 880 mil. A empresa também ins-

talou seis torres de microge-ração eólica, que produzem a energia que abastece as áreas comuns dos condomínios.

“Os resultados desse projeto são surpreendentes e nos mo-tivam a buscar novos modelos de negócio para promover a sustentabilidade dos condo-mínios do Minha Casa Minha Vida”, afirmou Mara Alvim Motta, gerente executiva da Gerência Nacional de Susten-tabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Caixa.

AQUECIMENTO REDUZIRÁ OFERTA

A estiagem que tem limita-do a produção de energia nas hidrelétricas brasileiras será comum nas próximas décadas, e outros países devem enfren-tar situações semelhantes. E quem acha que dá para con-tornar o problema ligando termelétricas fósseis pode se dar mal: as térmicas terão res-trições de operação maiores ainda, por falta de água.

A conclusão é de um estu-do feito por pesquisadores da Holanda e da Áustria, que analisou como o aquecimen-to global afetará o compor-tamento de 26 mil usinas hi-drelétricas e termelétricas em

todos os continentes.O grupo estima que mais de

60% das hidrelétricas estuda-das e mais de 80% das terme-létricas terão alguma perda de capacidade útil entre 2040 e 2069 devido à mudança do clima.

As hidrelétricas sofrem - co-mo aprenderam os brasileiros - porque chove menos ou por-que os períodos de estiagem no ano ficam maiores, o que reduz a quantidade de água dos reservatórios ou a vazão dos rios (no caso das usinas a fio d’água). Já as térmicas têm problemas não apenas por causa da menor vazão, mas também devido ao aumento da temperatura da água dos rios. Como essas usinas usam água (e muita) para seu res-friamento, rios mais quentes significam perda de eficiência na geração.

Hidrelétricas e termelétri-cas respondem, juntas, por 98% da eletricidade produzi-da no mundo. Estima-se que o consumo de água para alimen-tar o crescimento dessas duas modalidades de produção de energia vá dobrar nos próxi-mos 40 anos.

Os autores, liderados por Keywan Riahi, do IIASA (Ins-tituto Internacional de Aná-

lise Aplicada de Sistemas), na Áustria, estimam que a perda média de capacidade útil das usinas hidrelétricas no mun-do possa ser de até 3,6% em 2050. Na América do Sul, que depende de hidrelétricas para gerar 63% de sua eletricidade, a perda pode chegar a 5,5% no pior cenário.

Para as térmicas o dano ten-de a ser ainda maior: a perda de capacidade útil é estima-da em 7% a 12%, já que estas usinas são afetadas por dois problemas correlatos.

O novo estudo, publicado nesta segunda-feira na edição on-line do periódico Nature Climate Change, lança mão de dois modelos computacio-nais. Um é físico, simulando a variação na disponibilida-de de recursos hídricos e na temperatura da água confor-me dois cenários do IPCC (o painel do clima das Nações Unidas): o mais otimista, no qual a humanidade consegue limitar o aquecimento da Ter-ra a menos de 2oC em relação à era pré-industrial, e o mais pessimista, no qual o planeta esquenta mais de 4oC neste século. A esse modelo físico foi incorporado um outro, de funcionamento das hidrelétri-cas e das térmicas.

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Geral NOTA

A partir do dia 15 de fevereiro, data da volta às aulas, o Pré-Vestibular Social vai atender 355 novos alunos. O curso, que é reconhecido em toda região por contar com 80% de aprovados nas universidades públicas e privadas do país, teve recorde de matriculados nos meses de dezembro e janeiro.

VOLTA POR CIMA

Auxiliar de Serviços Gerais muda rotina e ingressa na educação superior Atualmente Raquel Lessa Tostes cursa o 5o período de Direito na Universidade Estácio de Sá com bolsa de 100% do ProUni

Juliane Reis [email protected]

O início do ano é uma época propícia para quem deseja retomar os estudos, ingres-

sar em alguma especialização, en-fim, se preparar para as possíveis demandas de mercado principal-mente para aqueles que acreditam que a educação é a base de tudo. Um exemplo, a auxiliar de servi-ços gerais Raquel Lessa Tostes, 37 anos, que vai cursar este ano o 5º período de Direito na Universi-dade Estácio de Sá.

Em entrevista à redação do Jor-nal O Debate, Raquel relembra um pouco de como e quando decidiu retomar os estudos. O objetivo - a visão de um futuro melhor. “Sem-pre acreditei e busquei passar a meus filhos que a educação é a base de tudo. Para nos tornarmos um profissional temos que estu-dar”, disse.

Natural de Nova Iguaçu, RJ, Ra-quel veio para a cidade há 16 anos. Na época apenas para visitar um amigo. Porém, nesse período, com apenas três dias na cidade conse-guiu um emprego e decidiu ficar. “Na minha cidade eu não trabalha-va. Então quando surgiu a opor-tunidade de trabalhar de carteira assinada eu decidi ficar. O tempo

foi passando, a vida não era nada fácil. Após oito anos que eu esta-va na cidade foi aberta a inscrição para o concurso da Câmara, mas eu nem sabia. Porém na véspera de encerrar ganhei uma inscrição já paga para a área de Serviços Gerais. Fui até o local e consegui mudar o nome e colocar o meu. Foi uma oportunidade que surgiu na minha vida. Na época com três filhos, não imaginava que ali eu co-meçaria a trilhar novos caminhos, novos sonhos”, disse.

Após confirmar a inscrição, Raquel iniciou a maratona de es-tudos. Seu filho caçula estava com seis meses. “Nessa época eu já não trabalhava mais de carteira assi-nada, mas tentava me virar, fazia faxina, unha, nunca fui de ficar parada. Comecei então pegando livros para estudar, quando eu não conseguia e não entendia o conteúdo, pedia ajuda. Tive mais ou menos um mês e meio para es-tudar. Eram 16 vagas, e para minha surpresa e alegria fiquei em 6º ou 8º lugar, não lembro direito. Eu não acreditava que havia passa-do. Já havia participado de con-curso anterior para a Prefeitura para Recepcionista de Hospital, mas o mesmo havia sido anula-do. Confesso que mesmo após ter passado eu não esperava que seria

SYLVIO SAVINO

“De onde vim não tive oportunidade e aqui fiz minha vida”, Raquel Lessa, auxiliar de serviços gerais e estudante de Direito

convocada, estava desacreditada devido a anulação do concurso da Prefeitura”, lembra.

Mas dessa vez foi diferente. A convocação veio em 2009 e Ra-quel assumiu o cargo que havia conquistado. O salário era bai-xo, mas compensava. E junto a convocação veio a vontade de recomeçar. Concluir os estudos e cursar uma faculdade. Não seria uma tarefa fácil, mas a vontade de vencer era maior. Ela conta que não tinha como frequentar uma escola particular, então começou a pesquisar e ficou sabendo do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), que no muni-cípio funciona no Colégio Othon Barroso de Carvalho, localizado na Av. Agenor Caldas, Imbetiba. Fez a matricula, e começou a pe-gar material para estudar em casa e voltava para fazer prova. Tam-bém fez o Provão do Ministério da Educação (MEC), eliminou algu-mas matérias no Othon e assim concluiu o ensino médio.

PRÉ-VESTIBULAR SOCIAL DAPREFEITURA ABRIU PORTAS

E para ingressar na educação superior, Raquel deu mais um passo - a inscrição no pré-vesti-bular Social da Prefeitura, -após

conhecer o Programa por acaso. E quando concluiu o curso se inscre-veu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Eu achava que não teria chan-ce de passar no Enem, mas passei. Então me inscrevi no ProUni. Fi-quei na 33ª posição, mas conse-gui cair para a 5ª. Eram apenas sete vagas. Eu não acreditava que havia conseguido a bolsa de 100% na Estácio. Era uma felicidade sem

tamanho", disse. Além da aprova-ção no ProUni, Raquel conseguiu ainda o 4º lugar para a Universi-dade Federal Fluminense (UFF) pelo Sisu. “Eu queria uma vaga e fui contemplada com duas. Na hora de escolher pensei: na UFF o horário é integral e eu teria que largar o trabalho, então optei pela Estácio onde teria a oportunidade de trabalhar e estudar”, conta.

Quando questionada sobre o

que a motivou, ela disse: “Não aceitava minha posição. Queria mais, sempre pensei: se você quer mais, ou nasce rico ou estuda pra tentar melhorar. Como não nasci rica, optei por estudar. Comecei a pensar: Hoje eu tenho uma idade que me possibilita dar conta de to-do serviço, mas e daqui a dez anos? Será que terei a mesma disposição para desempenhar a função?”, avalia.

Raquel conta que é grata por tu-do que conquistou na cidade. “De onde vim não tive oportunidade e aqui fiz minha vida. Não posso re-clamar da cidade. Eu vim de uma família estruturada que se deses-truturou e se tiver que fazer unha, faxina de novo eu faço”, disse.

Após concluir o curso, pre-tende atuar na área de Direito e Contabilidade no serviço públi-co. E enquanto estuda e trabalha ela ainda encontra tempo para os filhos e família. “Não é fácil, é uma corrida diária. Chego em casa por volta de 23h e ainda vou arrumar tudo para o dia seguinte e estudar. Em semana de prova é ainda mais cansativo, eu passo a madrugada estudando. Mas não penso em desistir. Acredito que uma porta só abre uma vez, então devemos aproveitar a oportuni-dade”, conclui.

PRAZO

Conclusão de obras de escolas estaduais prevista apenas para 2017

Além de uma série de cortes apresentados na última sema-na, visando a redução de cus-tos, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) apresen-tou também outras medidas para enfrentar a crise e econo-mizar. Uma delas diz respeito às obras de novas unidades em construção.

De acordo com informações do órgão, a previsão de térmi-no das obras ficou para 2017. Na lista estão: o C.E Maria Ye-da Leite Linhares (Lagomar/Macaé), o C.E Dom Eugênio de Araújo Salles (Cidade de Deus/Rio de Janeiro), o C.E Stella Matutina (Jacarepaguá/ Rio de Janeiro), e o C.E Benno Sander (Rio das Ostras)

Atualmente, de acordo com os dados disponibilizados pela Seeduc, a rede conta com 1.285 unidades escolares; 697.160

Na lista apresentada pela Secretaria de Estado de Educação consta a unidade que está sendo construída no Lagomar

alunos matriculados; 290 es-colas na capital; 166.251 ma-triculados na Capital.

As demais medidas adota-das pelo órgão foram: corte na merenda uma vez na semana, onde nesse dia será servida alimentação diferenciada (a chamada merenda fria: sucos, sanduíches, bolos, leite, io-gurte, entre outros); corte de cargos comissionados, de ce-lulares, de carros e de eventos. Nos serviços de terceirização / limpeza, por exemplo, o aten-dimento normal às unidades será de quatro dias por semana, com interrupção do serviço em apenas um dia. Para este setor, a economia será de R$ 40 mi-lhões / ano.

A obra que está sendo cons-truída no Lagomar vem sen-do aguardada pela população. Orçada em 13,5 milhões, a construção da escola já está em fase de conclusão, com 80% das intervenções feitas, restando apenas os últimos acabamentos.

Ainda segundo informações, a escola foi anunciada em 2011 pelo governo municipal, tendo sido reafirmada em 2012 pelo

KANÁ MANHÃES

Em Macaé, a população aguarda pelas obras na escola que está sendo construída no Lagomar

governador Sérgio Cabral. E, de acordo com a Secretaria, foi dividida em etapas que se cons-tituem de preparo do terreno, fundação, levantamento das estruturas metálicas, fecha-mento das paredes, cobertura e acabamento.

Com capacidade para 800 alunos, a unidade vai oferecer o ensino médio regular e sua estrutura será composta por 20 salas de aula, laboratórios, biblioteca, quadra de esportes e refeitório, além de laboratórios de ciência e de informática, sala de artes, auditório, biblioteca e ginásio.

DADOS

Rede estadual

● TOTAL geral de unidades escolares: 1.285 (dados finais de 2015)

● TOTAL geral de alunos: 697.160

● TOTAL geral de unidades escolares na capital: 290

● ·TOTAL geral de alunos na capital: 166.251

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