notas explicativas da ficha de seguranca contra incendio

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Mod. 0005/SNBPC Ministério da Administração Interna Autoridade Nacional de Protecção Civil Avenida do Forte em Carnaxide - 2799-512 CARNAXIDE - Telefone 214247100 - Fax 214247180 www.proteccaocivil.pt 1/11 (DOCUMENTO DE TRABALHO) NOTAS EXPLICATIVAS DA FICHA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO (Modelo 1 - Estabelecimentos que Recebem Público com Área Bruta Inferior a 300m 2) A INTRODUÇÃO Na sequência da intenção do SNBPC vir a credenciar técnicos das Câmaras Municipais para efectuarem a análise dos estudos ou projectos de SCIE e correspondentes vistorias para licenciamento dos estabelecimentos que recebem público com áreas inferiores a 300,00m2, definem-se nas presentes Notas Explicativas da Ficha de Segurança em epígrafe, um conjunto de regras interpretativas da regulamentação aplicável, tendo em vista uniformizar os critérios de verificação das condições de SCIE dos referidos estabelecimentos. B REGRAS TÉCNICAS DE PROJECTO DE S.C.I. EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E ESTABELECIMENTOS DE RESTAURAÇÃO E BEBIDAS COM ÁREAS INFERIORES A 300M 2 FICHA DE SEGURANÇA Capítulo/Alínea COMENTÁRIO EXPLICATIVO 1. g) TIPO DE ESTABELECIMENTO: Estabelecimento de Restauração e Bebidas Todo o estabelecimento que recebe público com serviço de refeições, serviço de pastelaria, serviço de gelataria, serviço de bebidas. Distinguem-se nestes estabelecimentos as zonas de cozinha, zonas de fabrico de pastelaria e de pão, zonas de apoio (à venda e ao pessoal) e zonas de público. Não devem ser incluídas neste grupo de estabelecimentos as discotecas(com pista de dança), salas de jogos e salas de festas(casamentos, baptizados, etc.), cujos projectos de S.C.I. devem ser remetidos para os CDOS, para análise e posterior vistoria. Estabelecimento comercial Todo o estabelecimento que recebe público e que se destina à exposição e venda de mercadorias. Distinguem-se nestes estabelecimentos uma zona de exposição e venda com acesso ao público e zona de apoio (à venda e ao pessoal). Os estabelecimentos com risco agravado devem ser enviados aos CDOS, para análise e posterior vistoria, podendo ser evidenciados os seguintes: a) Venda de mercadorias inflamáveis, tóxicas ou nocivas; b) Venda de armas e/ou munições; c) Farmácias.

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(DOCUMENTO DE TRABALHO)

NOTAS EXPLICATIVAS DA FICHA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

(Modelo 1 - Estabelecimentos que Recebem Público com Área Bruta Inferior a 300m2)

A INTRODUÇÃO Na sequência da intenção do SNBPC vir a credenciar técnicos das Câmaras Municipais para efectuarem a análise dos estudos ou projectos de SCIE e correspondentes vistorias para licenciamento dos estabelecimentos que recebem público com áreas inferiores a 300,00m2, definem-se nas presentes Notas Explicativas da Ficha de Segurança em epígrafe, um conjunto de regras interpretativas da regulamentação aplicável, tendo em vista uniformizar os critérios de verificação das condições de SCIE dos referidos estabelecimentos. B REGRAS TÉCNICAS DE PROJECTO DE S.C.I. EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS

E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E ESTABELECIMENTOS DE RESTAURAÇÃO E BEBIDAS COM ÁREAS INFERIORES A 300M2

FICHA DE

SEGURANÇA Capítulo/Alínea

COMENTÁRIO EXPLICATIVO

1. g)

TIPO DE ESTABELECIMENTO: Estabelecimento de Restauração e Bebidas Todo o estabelecimento que recebe público com serviço de refeições, serviço de pastelaria, serviço de gelataria, serviço de bebidas. Distinguem-se nestes estabelecimentos as zonas de cozinha, zonas de fabrico de pastelaria e de pão, zonas de apoio (à venda e ao pessoal) e zonas de público. Não devem ser incluídas neste grupo de estabelecimentos as discotecas(com pista de dança), salas de jogos e salas de festas(casamentos, baptizados, etc.), cujos projectos de S.C.I. devem ser remetidos para os CDOS, para análise e posterior vistoria. Estabelecimento comercial Todo o estabelecimento que recebe público e que se destina à exposição e venda de mercadorias. Distinguem-se nestes estabelecimentos uma zona de exposição e venda com acesso ao público e zona de apoio (à venda e ao pessoal). Os estabelecimentos com risco agravado devem ser enviados aos CDOS, para análise e posterior vistoria, podendo ser evidenciados os seguintes:

a) Venda de mercadorias inflamáveis, tóxicas ou nocivas; b) Venda de armas e/ou munições; c) Farmácias.

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Estabelecimentos de Prestação de Serviços Todo o estabelecimento que recebe público e que se destina à prestação de serviços e que não esteja abrangido por legislação específica (Decreto Lei nº409/98 de 23 de Dez., referente a estabelecimento do tipo hospitalar e de cuidados de saúde, Decreto Lei nº410/98 de 23 Dezembro referente a estabelecimentos do tipo administrativo), dos quais se enumeram a título exemplificativo os seguintes:

- Oficinas de automóveis; - Reparações gerais (mobiliário, arranjos de sapatos, fabrico de chaves,

corte de madeiras, de chapas e perfis metálicos); - Armazéns; - Estações de Serviço de automóveis (exclui-se a zona de armazenagem e

venda de combustíveis para automóvel); - Centros de Inspecção de automóveis, etc...

1.1.

INTEGRAÇÃO DO ESTABELECIMENTO EM EDIFICIO DE HABITAÇÃO De acordo com o D.L. nº 64/90 de 21 de Fevereiro (Regulamento de Segurança Contra Risco de Incêndio em Edifícios de Habitação), há que ter em atenção que os estabelecimentos integrados em edifícios de habitação devem obedecer aos seguintes requisitos regulamentares: Edifícios c/ altura < 9m Estabelecimentos com acesso pelo interior do edifício. Os estabelecimentos integrados no edifício, ou a ele adjacentes, quando ocupados por residentes, devem ser separados por elementos de construção (paredes e lajes) com características de resistência ao fogo CF-60 e a sua ligação ao resto do edifício protegida por porta da classe de resistência ao fogo CF-30 Estabelecimento sem acesso pelo interior do edifício Nos casos em que não haja qualquer ligação ao interior do edifício os estabelecimentos devem ser separados dos restantes espaços do edifício por elementos de construção da classe de resistência ao fogo CF-90 Edifícios c/ altura> 9m

Estabelecimentos com acesso pelo interior do edifício.

a. não podem situar-se em pisos enterrados b. devem possuir área máxima de 100m2 por piso c. o número de pisos ocupados pelo estabelecimento não pode afectar mais de 1/3

do número de pisos do edifício. Os estabelecimentos devem ser separados entre si e em relação aos restantes espaços do edifício com elementos de construção CF-60 e portas CF-30 munidas de dispositivo de

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fecho automático Estabelecimentos sem acesso pelo interior do edifício

a. podem situar-se em pisos enterrados b. a área ocupada pelo estabelecimento pode ser qualquer c. não devem afectar mais do que os dois primeiros pisos

os elementos de construção que separam o estabelecimento dos restantes espaços do edifício apresentarem características de resistência ao fogo CF-120 Compete, no entanto, à entidade licenciadora decidir, face aos riscos de incêndio e de explosão inerentes à actividade do estabelecimento, a sua inclusão ou não num edifício de habitação Em caso afirmativo, para além dos requisitos anteriormente referidos podem ser exigidos, tendo em conta os riscos, meios adequados e disposições convenientes para assegurar a salvaguarda das pessoas

1.2.a)b)c)d)

INTEGRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM OUTRAS UTILIZAÇÕES Se os estabelecimentos comerciais, de restauração e bebidas e de prestação de serviços estiverem integrados em espaços comerciais (centros comerciais, supermercados, etc), os projectos de segurança deverão ser remetidos para os CDOS para análise e posterior vistoria. Nestas condições o licenciamento destes estabelecimentos não deve ser feito sem a aprovação das condições de SCI do espaço comercial em que estes se integram, de acordo com a legislação vigente.

2.

REGULAMENTAÇÃO DE SEGURANÇA APLICÁVEL: Estabelecimento de Restauração e Bebidas Aplica-se o Decreto Lei nº 57/2002 de 11 de Março, regulamentado pela Portaria nº 1063/97 de 21 de Outubro. Faz-se notar que o regulamento de segurança contido nesta portaria está tecnicamente elaborado para estabelecimentos de alojamento, o que o torna desajustado para os estabelecimentos de restauração e bebidas, sendo esta lacuna suprida pelas regras anunciadas nestas notas explicativas. Estabelecimentos Comerciais e Estabelecimentos de Prestação de Serviços Aplica-se o Decreto Lei nº 368/99 de 18 de Setembro, regulamentado pela Portaria nº 1299/01, de 21 de Novembro. No regulamento de segurança contido nesta portaria há algumas omissões que se pretendem preencher com estas regras da nota explicativa

3.a)b)c)

DISPONIBILIDADE DE ÁGUA PARA OS BOMBEIROS Os estabelecimentos devem dispor de tomadas de águas para alimentar as viaturas de socorro dos bombeiros, situadas a uma distância inferior a 30,0m do ponto de penetração no estabelecimento. Estas tomadas de água podem ser bocas de incêndio de fachada do edifício, DN 45 ou marcos de água. Em ambos os casos as saídas devem estar equipadas

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com uniões do tipo Storz. Os caudais a considerar devem ser, respectivamente, 180 l/m e 1000 l/m e uma pressão dinâmica de 25 m.c.a.

4.

COMPORTAMENTO AO FOGO DOS MATERIAIS E DOS ELEMENTOS DA CONSTRUÇÃO A qualificação dos materiais e dos elementos de construção no que se refere a comportamento ao fogo encontra-se definida no Capitulo IV da Portaria nº 1063/97 de 21 de Outubro e no Artº 13 do D.L 368/99 de 18 de Setembro.

4.1.a)b)c)

REACÇÃO AO FOGO DOS MATERIAIS DE REVESTIMENTO A classe de reacção ao fogo dos materiais de revestimento exigível para os estabelecimentos de restauração e bebidas são:

- Zonas de público: Pavimentos / Classe M3 Paredes / Classe M2 Tectos / Classe M1

- Zonas fabrico de pastelaria e de pão e de cozinhas: Pavimentos / Classe M2 Paredes / Classe M1 Tectos / Classe M1

A classe de reacção ao fogo para os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços vem definida na Portaria nº 1299/01 de 21 de Novembro referida no ponto 2. Para além dos locais anteriormente referidos áreas ditas de risco agravado de que são exemplo casas de máquinas de elevadores e zonas técnicas deverão possuir materiais de revestimento com a seguinte reacção ao fogo:

Pavimentos / Classe M2 Paredes / Classe M0 Tectos / Classe M0

No caso particular de locais de arrumos e arrecadações Pavimentos / Classe M2 Paredes / Classe M0 Tectos / Classe M0

Apresenta-se no ponto D tabela do LNEC com a classificação de Reacção ao Fogo de alguns materiais de revestimento.

4.2.a)b)c)d)e)

RESISTÊNCIA AO FOGO DOS ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO A resistência ao fogo dos elementos estruturais e de compartimentação dos estabelecimentos são do grau definido para o porte do edifício em que se integram e de acordo com as disposições regulamentares. No caso de estabelecimentos de dois pisos não é obrigatório o enclausuramento da escada(s) desde que estas sirvam exclusivamente o estabelecimento em referência, possuam altura inferior a 9m ou apenas um dos pisos em cave. Chama-se a atenção para que, de acordo com a legislação, os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que ocupem na totalidade edifícios de um só piso (térreo) não têm exigências de estabilidade ao fogo da estrutura (ex. armazéns).

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EVACUAÇÃO DOS OCUPANTES

5.1.a)b)c)d)

NÚMERO DE SAÍDAS Os estabelecimentos de restauração e bebidas podem ter uma única saída se as distâncias para a atingir forem inferiores a 15,0m, caso contrário terá de haver uma saída alternativa. Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços podem ter uma única saída se as distâncias a percorrer para a atingir for igual ou inferior a 15m, na área acessível a público, e inferiores a 35,0m, incluindo armazéns, caso contrário terá de haver uma saída alternativa. Em ambos os casos as distâncias a percorrer são medidas nos percursos de evacuação horizontais e nas escadas, ao longo dos respectivos eixos. Independentemente das distâncias a percorrer os estabelecimentos com efectivo superior a 100 pessoas (pisos acima do solo) e de 50 pessoas(pisos em cave) devem dispor de duas saídas independentes. Duas saídas são consideradas independentes quando formam com o utilizador um ângulo de 45º Se verificar a impossibilidade de criar saídas alternativas, admite-se para estas condições uma margem de 20% do seu valor. Se os estabelecimentos possuírem distâncias para atingir as saídas ou possuírem efectivos de valor que excedam a margem admissível no parágrafo anterior deverão ser adoptadas como medida compensatória a instalação de um sistema automático de extinção por água (Sprinkler’s), de protecção total e, no caso de estabelecimento de restauração e bebidas, também a instalação de um sistema automática de extinção nas hottes dos fogões de cozinha CÁLCULO DO EFECTIVO Nos estabelecimentos de restauração e bebidas o efectivo determina-se multiplicando a área da zona de acesso ao público (m2) pela taxa de ocupação de 1 pessoa/m2.

Ex.: Efectivo = Área (m2) X 1 pessoa e/ou pelo número de lugares sentados Nos estabelecimentos comerciais o efectivo é determinado de acordo com o DL nº368/99 de 18 de Setembro artº 15 Nos estabelecimentos de prestação de serviços em que não haja zonas de exposição e venda dispensa-se o cálculo do efectivo.

5.2.

DIMENSIONAMENTO DAS LARGURAS DAS SAÍDAS E VIAS DE EVACUAÇÃO (capacidade de evacuação) A capacidade de evacuação de uma saída ou via de evacuação mede-se em unidade de passagem (UP). A unidade de passagem define-se em largura da via de evacuação ou saída da seguinte forma:

1 UP = 0.90m; 2 UP = 1.40m; 3 UP = 1.80m; .... N UP = N x 0,6m (para N>3)

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Cada UP evacua 100 pessoas ou fracções. ( Exemplo: Efectivo = 185 pessoas- capacidade de evacuação = 2 UP - Isto corresponde a duas saídas com 0.90m de largura cada). Com um efectivo acima das 200 pessoas as portas dos estabelecimentos devem possuir no mínimo 2 U.P. A largura das vias de evacuação deve ser no mínimo 1,20m e a largura das saídas devem ser no mínimo de 0.90m. Características das portas de saída – As portas de saída dos estabelecimentos até 300,0m2 poderão não abrir no sentido da evacuação ou, ainda, poderão ser portas de correr. Não são permitidas portas giratórias. As portas que dão acesso a caminho de evacuação ou espaço livre devem abrir no sentido da evacuação e não sendo admissíveis portas de correr ou giratórias. Escadas – As escadas e patins deverão ter uma largura mínima de 0.90m (entre corrimãos) e de 1,20m no estabelecimentos de restauração. Os lances de escada deverão ter no mínimo 3 degraus e, no máximo 9 degraus. As escadas dos percursos de evacuação do público devem ter espelho nos degraus, ter corrimãos de ambos os lados e possuir lanços de eixo recto. As escadas devem possuir uma fita anti-derrapante junto ao focinho dos degraus ou o cobertor do degrau ser de material totalmente anti-derrapante. A capacidade de evacuação de uma escada deve ser calculada para o maior dos efectivos dos pisos a evacuar. .

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MEIOS DE EXTINÇÃO

6.1.a)b)

EXTINTORES PORTÁTEIS Os estabelecimentos de restauração e bebidas – Devem possuir extintores portáteis, cumprindo as seguintes condições:

- Nº de extintores mínimo: 2 , - Distância máxima entre extintores: 20,0m (pó químico) / 15,0m (CO2 ou Água), - Nº mínimo de extintores por piso: 1, - Altura máxima de colocação: 1,5m medidos do pavimento ao topo do extintor, - Tipo de agente extintor a utilizar:

i. Extintor portátil de CO2 ou água pulverizada com aditivo AFFF, com capacidades respectivamente de 5Kg e de 9 litros, em zonas de cozinha e de fabrico de pastelaria e de pão e grelhadores a carvão, assim como junto a quadros e equipamento eléctrico e zonas técnicas

ii. Extintor portátil de pó químico seco ABC de 6 Kg de capacidade nas restantes zonas, ou de água pulverizada de 9 litros de capacidade.

Os extintores devem ser colocados preferencialmente junto às saídas dos diferentes espaços, distribuídos os restantes por forma a cobrir toda a área Deverá estar assegurada a manutenção dos extintores, por empresa devidamente abilitada. Devem ser utilizadas Mantas Hignífugas junto aos fogões e fritadeiras, nas cozinhas e zonas de fabrico de pastelaria e pão.

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Estabelecimentos Comerciais e Estabelecimentos de Prestação de Serviços – Devem ser utilizados extintores de pó químico seco ABC de 6 Kg de capacidade ou extintores de água pulverizada de 9 litros de capacidade, nas condições gerais de instalação já definidas para os estabelecimentos de restauração e bebidas. Junto a equipamento eléctrico, salas de computadores, oficinas e áreas técnicas, devem ser utilizados extintores de CO2, nas condições já referidas anteriormente.

6.2.a)b)

REDE DE INCÊNDIOS ARMADA Estabelecimentos Comerciais e Estabelecimentos de Prestação de Serviços Nos supermercados e armazéns com áreas compreendidas entre os 200,0m2 e 300,0m2, devem ser instaladas redes de incêndio tipo carretel, armadas com mangueira semi-rijida DN 25 e agulhetas de três posições (fechado, jacto e nevoeiro). O caudal a considerar é de 90 l/m, por carretel e uma pressão dinâmica de 25 m.c.a., considerando-se um coeficiente de simultaneidade de metade das bocas-de-incêndio a funcionar, num máximo de quatro. Os carretéis devem ser instalados junto do acesso ao estabelecimento, distribuídos posteriormente, de forma a cobrir toda a área. A distância máxima entre si deve ser de 25m, no mínimo, um em cada piso.

6.3.a)b)c)

SISTEMA AUTOMÁTICO DE EXTINÇÃO Em estabelecimentos não integrados em espaços com outras utilizações (independentes) o Sistema Automático de extinção por água (sprinkler’s) pode ser alimentado pela rede pública. Os Sprinkler´s (cabeça extintora) devem cobrir uma área máxima de 12 m2 e serem consideradas um caudal de demolhagem de 12l/min/m2 a uma pressão mínima de 2,5Kg/cm2 Os sistemas automáticos de extinção das hottes devem ser dimensionados de acordo com as especificações do fabricante.

7.

SISTEMA AUTOMÁTICO DE DETECÇÃO DE INCÊNDIOS

7.1.; 7.2.

Os estabelecimentos devem ter sistemas automáticos de detecção de incêndios, constituídos por detectores, botoneiras, sirenes, avisadores luminosos de acção dos detectores e centrais de processamento de informação. O sistema de detecção de incêndios deverá ser do tipo convencional, por razões de economia, podendo no entanto ser outro.(endereçável) Se o sistema for convencional As centrais terão no mínimo duas zonas (detectores e botoneira). A cada piso do estabelecimento deverá corresponder duas zonas (uma para detectores e outra para botoneiras). Nas cozinhas e zonas de fabrico de pastelaria, bem como em todos os locais susceptíveis de existência de gorduras, fumos, e poeiras parasitas, deverão ser utilizados detectores termovelocimétricos, devendo nas restantes zonas ser utilizados detectores ópticos de

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fumos ou de dupla tecnologia. Junto das saídas para o exterior e saídas de cada piso devem ser colocadas botoneiras manuais de alarme. A Central de detecção de incêndios deve situar-se em local acessível. Em cada compartimento deverá haver pelo menos um detector. Em compartimentos onde não se aviste o detector deve ser colocado um avisador luminoso de acção na porta do compartimento (obrigatório nos sistemas convencionais). Cada detector óptico de fumos cobre uma área de 60,0m2 e cada detector termovelocimétrico cobre uma área até 40,0m2. A distância máxima entre detectores é de 9m e 6,5m respectivamente para ópticos de fumos e termovelocimétricos. Os detectores devem distar no máximo 4,5m (3,5m se termovelocimétrico) de uma parede e no mínimo 0,50m de paredes e vigas Compartimentos até 80,0m2 e até 50,0m2 podem ser cobertos por um só detector óptico de fumos ou por um só detector termovelocimétrico, respectivamente. Em tectos com elementos (ex. vigas) salientes, com altura superior a 10% do pé-direito, os detectores devem ser colocados nos vazios definidos por esses elementos salientes. Sempre que a distância entre o tecto real e o tecto falso seja superior a 0,80m ou a distância

entre o pavimento real e o falso superior a 1m é necessário a aplicação de dois níveis de

detecção. 8.

DESENFUMAGEM

8.1.a)b)c)d)

De um modo geral, e dada a dimensão dos estabelecimentos é dispensada a desenfumagem, salvo nos seguintes casos:

• O estabelecimento encontra-se em cave e possui área superior a 200m2

• O estabelecimento encontra-se integrado num centro comercial

Nos estabelecimentos abaixo do piso de referência a desenfumagem poderá ser passiva se se tratar de apenas um piso e terá de ser obrigatoriamente activa se o nº de pisos for igual ou superior a 2. Se o estabelecimento se encontrar integrado num espaço comercial a desenfumagem do estabelecimento terá de obedecer aos critérios estabelecidos para o sistema de desenfumagem integrada, estabelecido no próprio centro comercial Nos sistemas de desenfumagem activa o caudal de extracção será calculado à razão de 1m3/s por 100m2 com o mínimo de 1,5m3 e o caudal de insuflação não será superior a 60% do caudal de extracção. As bocas de extracção serão colocadas à razão de 1 por 320 m2 e situar-se-ão a 1,80m do solo no mínimo, as bocas de entrada de ar situar-se-ão no máximo a 0,80m do solo. Nos sistemas de desenfumagem passiva a área útil para a evacuação de fumos não deve ser

inferior a 0,5% da área interior do local e o somatório das áreas livres para a entrada de ar

novo não deve ser inferior ao total das áreas de evacuação. A evacuação e a entrada de ar

novo devem efectuar-se em fachadas/ locais opostos por forma a efectuar-se o varrimento.

9.

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA DE SEGURANÇA / SINALIZAÇÃO ACTIVA

a)b)c)

O objectivo de iluminação de emergência e sinalização de saída é manter um nível mínimo de iluminação, de aproximadamente 10 lux ao nível do solo, que permita a

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evacuação dos ocupantes do estabelecimento e utilização dos meios de extinção de incêndios. Devem ser colocadas armaduras autónomas permanentes em cozinhas, zonas de público, instalações sanitárias, zona de fabrico e percursos de evacuação. A sinalização deve ser colocada de forma a identificar as saídas e os percursos de evacuação.

10.a)b)c)

SINALIZAÇÃO PASSIVA A sinalização passiva é constituída por sinais fotoluminiscentes que identificam os equipamentos de extinção, quadros eléctricos, botoneiras manuais de alarme e cortes de gás combustível.

C – COMENTÁRIOS GERAIS

1. Acessibilidade dos meios de socorro Os estabelecimentos devem ter vias de acesso que cumpram as condições de acessibilidade dos bombeiros e meios de socorro comuns aos edifícios em que se integram ou, em regra geral, as condições de acesso previstas no Decreto Lei nº64/90 de 15 de Fevereiro. 2. Instalações de gás combustível Os cortes de gás devem estar identificados por sinalização. O armazenamento de gás deve ser feito no exterior, em local protegido e ventilado. As instalações de gás não devem estar em caves sem saída directa para o exterior, excepto nas instalações de gás natural.

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D – REACÇÃO AO FOGO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MAIS CORRENTEMENTE UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO

(LNEC – Proc.086/74/11282) 1 -REVESTlMENTOS DE PISO ADERENTES SOBRE SUPORTES MO a) Argamassas ou betonilhas MO b) Pedras ou produtos cerâmicos MO c) Tacos de madeira (e < 6mm) M4 d) Tacos de madeira (e > 6mm) M3 e) Alcatifas agulhadas ou de veludo M4-M3 f) Mosaicos vinílicos MO 2 -REVESTlMENTOS DE PAREDE E DE TECTO ADERENTES SOBRE SUPORTES MO a) Argamassa ou estuque sem pintura MO b) Argamassa ou estuque com pintura brilhante (r < 0,35 kg/m2) ou pintura baça (r < 0,73 kg/m2) M1 c) Argamassa ou estuque com pintura espessa ou induto pelicular (r = 0,5 a 1,5 kg/m2) M2 d) Pinturas plásticas espessas para paredes exteriores (r=1,5 a 3,5kg/m2) M2 e) Papel reforçado corn tela de juta ou linho M2-M1 f) Aglomerado composto de cortiça (e = 5mm) M3 g) Aglomerado negro de cortiça (e = 10mm) M4 3 -REVESTlMENTOS DE PAREDE E DE TECTO NAo ADERENTES SOBRE SUPORTES MO a) Tecidos correntes para cortinados e reposteiros S/C b) Tecidos ignifugados para cortinados e reposteiros M2-M1 c) Tecidos de fibra de vidro M1-MO d) Derivados de madeira pintados ou envernizados M4 e) Derivados de madeira ignifugados na massa (e = 16mm) M2 f) Derivados de madeira pintados ou envernizados com produtos intumescentes, em ambas as faces (e = 5mm) M2-Ml 4- MATERIAIS INORGÂNICOS a) Pedras naturais (calcários, granitos, ardósia) MO b) Argamassas (de cimento, de cal, de gesso) MO c) Betões, fibrocimento, vermiculite e argila expandida MO d) Metais e ligas metálicas . MO e) Produtos cerâmicos (mosaicos, tijolos, telhas) MO f) Vidro (em chapa ou celular) MO

Page 11: NOTAS EXPLICATIVAS DA FICHA DE SEGURANCA CONTRA INCENDIO

Mod

. 00

05/S

NB

PC

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5- MATERIAIS PLÁSTICOS a) PVC rígidos M2-M1 b) PVC deformáveis (corn plastificante) M4-M2 c) Polietilenos M4-M3 d) Polipropilenos M4 e) Polisterenos M4 f) Poliamidas M3 g) Polimetacrilato de metilo M4-M2 h) Acetato de celulose M4-M3 i) Poliesteres M3-M1 j) Fenólicos M1 1) Epóxidos M4-M1 m) Poliuretanos M4-M1 n) Silicones. M2-M1 0) Espumas de poliuretano ignifugado M2-M1 p) Espumas de poliestireno ignifugado M3-M1 6 -MADEIRA E DERIVADOS DA MADEIRA a) Madeira maciça não resinosa (e = 14mm) M3 b) Madeira maciça nõo resinosa (e =< 14mm) M4 c) Madeira maciça resinosa (e = 18mm) M3 d) Madeira maciça resinosa (e =< 18mm) M4 e) Contraplacados e aglomerados (e = 18mm) M3 f) Contraplacados e aglomerados (e =< 18mm) M4