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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência. Nota Técnica nº 384/2012-SFF/ANEEL Em 8 de outubro de 2012. Processo: 48500.007109/2006-78 Assunto: Revisão da fixação de penalidade de Multa pelas inadimplências e inconsistências do BMP, da PAC, do RCP e do RIT - Demonstrativos. I – DO OBJETIVO Revisar os critérios e estabelecer a padronização dos procedimentos para a fixação das multas relativas às inadimplências e às inconsistências do Balancete Mensal Padronizado – BMP, da Prestação Anual de Contas – PAC, do Relatório de Controle Patrimonial - RCP e do Relatório de Informações Trimestrais – RIT no contexto da fiscalização por monitoramento, considerando-se o disposto na Resolução Normativa ANEEL nº 63, de 12 de maio de 2004. II – DOS FATOS 2. O BMP é o principal insumo utilizado pela ANEEL para que este cumpra o dever legal de monitoramento dos agentes no âmbito econômico-financeiro. A PAC contempla os demonstrativos contábeis validados por auditores independentes, o que possibilita verificar a consistência do BMP e do RIT, bem como abrange outras informações de interesse regulatório. O RCP atende a necessidade de controle do cadastro e das movimentações dos bens e instalações para acompanhamento patrimonial e avaliação dos ativos em serviços, tanto para fins tarifários como para reversão. O RIT, por sua vez, apresenta os principais dados detalhados (Receitas, Despesas, Ativos e Passivos) que possibilita a análise econômico-financeira (fatores da rentabilidade da atividade e mensuração do risco de descontinuidade das operações), a fiscalização de cálculo de encargos setoriais e a necessidade de conhecimento pela ANEEL dos investimentos realizados. 3. Neste contexto, a tempestividade e a exatidão dos Demonstrativos são fundamentais para que a Agência tome as suas decisões baseadas nas melhores informações, inclusive no aspecto tarifário das distribuidoras e das transmissoras – parte RBNI -, uma vez que os Demonstrativos são utilizados no processo de Revisão Tarifária Periódica - RTP. Apesar desta importância para a Agência, muitos dos agentes não cumprem com o respectivo dever legal, tanto em relação ao envio dentro do prazo definido, quanto à consistência dos números dos demonstrativos. 4. Especificamente à inadimplência do BMP, observaram-se frequentes divergências na mensuração do valor das multas entre o aplicado pela SFF (prática usual de 0,005% sobre a receita de forma irrestrita para todos os agentes) e o definido pela Diretoria no recurso do agente, principalmente para o de grande porte. Para as demais infrações (inadimplência da PAC e do RIT e inconsistências dos

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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Nota Técnica nº 384/2012-SFF/ANEEL

Em 8 de outubro de 2012.

Processo: 48500.007109/2006-78 Assunto: Revisão da fixação de penalidade de Multa pelas inadimplências e inconsistências do BMP, da PAC, do RCP e do RIT - Demonstrativos.

I – DO OBJETIVO

Revisar os critérios e estabelecer a padronização dos procedimentos para a fixação das multas relativas às inadimplências e às inconsistências do Balancete Mensal Padronizado – BMP, da Prestação Anual de Contas – PAC, do Relatório de Controle Patrimonial - RCP e do Relatório de Informações Trimestrais – RIT no contexto da fiscalização por monitoramento, considerando-se o disposto na Resolução Normativa ANEEL nº 63, de 12 de maio de 2004.

II – DOS FATOS

2. O BMP é o principal insumo utilizado pela ANEEL para que este cumpra o dever legal de monitoramento dos agentes no âmbito econômico-financeiro. A PAC contempla os demonstrativos contábeis validados por auditores independentes, o que possibilita verificar a consistência do BMP e do RIT, bem como abrange outras informações de interesse regulatório. O RCP atende a necessidade de controle do cadastro e das movimentações dos bens e instalações para acompanhamento patrimonial e avaliação dos ativos em serviços, tanto para fins tarifários como para reversão. O RIT, por sua vez, apresenta os principais dados detalhados (Receitas, Despesas, Ativos e Passivos) que possibilita a análise econômico-financeira (fatores da rentabilidade da atividade e mensuração do risco de descontinuidade das operações), a fiscalização de cálculo de encargos setoriais e a necessidade de conhecimento pela ANEEL dos investimentos realizados.

3. Neste contexto, a tempestividade e a exatidão dos Demonstrativos são fundamentais para que a Agência tome as suas decisões baseadas nas melhores informações, inclusive no aspecto tarifário das distribuidoras e das transmissoras – parte RBNI -, uma vez que os Demonstrativos são utilizados no processo de Revisão Tarifária Periódica - RTP. Apesar desta importância para a Agência, muitos dos agentes não cumprem com o respectivo dever legal, tanto em relação ao envio dentro do prazo definido, quanto à consistência dos números dos demonstrativos.

4. Especificamente à inadimplência do BMP, observaram-se frequentes divergências na mensuração do valor das multas entre o aplicado pela SFF (prática usual de 0,005% sobre a receita de forma irrestrita para todos os agentes) e o definido pela Diretoria no recurso do agente, principalmente para o de grande porte. Para as demais infrações (inadimplência da PAC e do RIT e inconsistências dos

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(Fl. 2 da Nota Técnica no 384/2012–SFF/ANEEL, de 8/10/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Demonstrativos), estas vêm sendo detectadas com a intensificação da fiscalização por monitoramento da SFF, de forma que não há uma padronização. Observa-se que o envio do RCP será iniciado a partir de 2012, entretanto, esta Nota já contempla a fixação de multa para infrações acerca deste relatório. Desta forma, esta Nota intenciona estabelecer o critério e a padronização das multas.

5. A Nota Técnica nº 124/2012-SFF/ANEEL de 15/3/2012 veio a estabelecer a forma de cálculo das multas pelas infrações de inadimplências e de inconsistências dos Demonstrativos. Entretanto, no curso do Processo Administrativo Punitivo nº 48500.001771/2012-51, o Diretor Relator solicitou em 26/6/2012 à Procuradoria da ANEEL a elaboração de Parecer Jurídico.

6. O Parecer Jurídico nº 0387/2012/PGE-ANEEL/PGF/AGU - Parecer foi emitido em 13/7/2012 e recomendou-se: (i) a substituição dos fundamentos da condicionante “abrangência” para “gravidade”, bem como a redução nos cálculos de penalidade na mesma proporção que detinha aquela e; (ii) a eliminação do salário-mínimo como parâmetro para segregar o porte dos agentes, fixar pisos e tetos para as multas e estabelecer sanções diferenciadas por tipo (inadimplência e inconsistência) e quantidade (número de inconsistência), além de que a metodologia seja atrelada a percentuais de faturamento.

III – DA ANÁLISE

7. Trata-se de analisar os fundamentos legais e regulamentares para mensurar o valor das multas em vista das inadimplências e das inconsistências do BMP, da PAC, do RCP e do RIT averiguadas por meio da fiscalização por monitoramento.

8. O acesso às informações contábeis é assegurado pelo artigo 30 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, ao definir que “no exercício da fiscalização, o poder concedente terá acesso aos dados relativos á administração, contabilidade, recursos técnicos, econômicos e financeiros da concessionária.”. Por sua vez, os contratos de concessão vigentes definem que “a fiscalização contábil abrange, dentre outros: I – o exame de todos os lançamentos e registros contábeis;”.

9. Visualiza-se que o descumprimento do dispositivo mandamental constante do subitem 5 do item 6.2 – Instruções Gerais do Manual de Contabilidade do Setor Elétrico – MCSE, instituído pela Resolução ANEEL nº 444, de 26 de outubro de 2001, bem como do subitem do item 6 - Instruções Gerais do Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico – MCPSE, instituído pela Resolução ANEEL nº 367, de 2 de junho de 2009, configuram infrações graves, uma vez que tipificadas no artigo 6º, incisos IV e VII, da Resolução Normativa nº 63, de 2004:

“Art. 6º Constitui infração, sujeita à imposição da penalidade de multa do Grupo III: IV – deixar de realizar a contabilização em conformidade com as normas, procedimentos e instruções específicas constantes de regulamento específico aplicável ao setor de energia elétrica; VII – deixar de encaminhar à ANEEL, nos prazos estabelecidos, informações econômicas e financeiras definidas nas disposições legais, regulamentares e contratuais;”

10. Para as multas do Grupo III, a Resolução Normativa ANEEL nº 63/2004 define no art. 14 o limite de 1% (um por cento) da receita anual apurada:

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(Fl. 3 da Nota Técnica no 384/2012–SFF/ANEEL, de 8/10/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

“Art. 14. Sem prejuízo do disposto em regulamento específico ou contrato de concessão, os valores das multas serão determinados mediante aplicação, sobre o valor do faturamento, nos casos de concessionários, permissionários e autorizados de instalações e serviços de energia elétrica, ou sobre o valor estimado da energia produzida, nos casos de auto-produção e produção independente, correspondente aos últimos doze meses anteriores à lavratura do Auto de Infração, dos seguintes percentuais: Grupo I: até 0,01% (um centésimo por cento); Grupo II: até 0,10% (dez centésimos por cento); Grupo III: até 1% (um por cento); Grupo IV: até 2% (dois por cento).

§ 1º Para fins do que trata este artigo, entende-se por valor do faturamento as receitas oriundas da venda de energia elétrica e prestação de serviços, deduzidos o ICMS e o ISS.”

11. Ademais, na mensuração do valor das multas, esta Nota contemplará o estabelecido no Art. 15 da Resolução Normativa ANEEL nº 63/2004:

“Art. 15. Na fixação do valor das multas serão consideradas a abrangência e a gravidade da infração, os danos dela resultantes para o serviço e para os usuários, a vantagem auferida pela infratora e a existência de sanção administrativa irrecorrível, nos últimos quatro anos.”

12. Para cada um dos cinco quesitos da fixação do valor das multas, a SFF considerará um peso igual de 20%. Dessa forma, como o valor máximo da multa do Grupo III é de 1%, cada item responderá por até 0,20%.

13. Sobre a abrangência, esta não será considerada para fins de dosimetria da penalidade por multa. Esta será a posição da SFF tendo-se em vista o entendimento da Procuradoria Federal da ANEEL de que o quesito abrangência só faz sentido quando a infração for passível de averiguação em relação ao padrão ótimo, o que resulta na existência de infrações parciais. Na inadimplência, em que o Agente envia ou não envia tempestivamente, não há o que se considerar de adimplementos parciais – exceto na PAC por este ser composto de diversos documentos. Mas mesmo no caso da PAC, a SFF também não contemplará a abrangência e relegará a dosimetria da penalidade por multa aos demais quesitos - de fato, apenas ao da gravidade por entendermos que já cumpre o objetivo de educar e estimular os Agentes a praticar a demanda regulatória.

14. Relativamente às inconsistências, o quesito abrangência também não será contemplado em vista de que, mesmo tendo-se a quantidade de inconsistências, é impossível mensurar a quantidade de acertos dos demonstrativos para aferir um percentual de erros. Mesmo no RIT em que o Relatório Padronizado 100 realiza uma série de testes, esta é apenas uma parte ínfima de todas as informações consistentes que os Agentes devem incluir no RIT.

15. Já no quesito gravidade, as infrações (falta de envio e inconsistências dos Demonstrativos) têm o poder de prejudicar diversas atividades fim e relevantes da ANEEL. Citando-se apenas os processos mais importantes estão a de fiscalização tarifária (base de remuneração e ativos e passivos regulatórios) e de conformidades (cálculo de encargos setoriais), de estudos da gestão econômico-financeira e de anuências da SFF e de regulação da SFF, SRE, SRD e SRT, inclusive no âmbito das RTPs, que podem impactar

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(Fl. 4 da Nota Técnica no 384/2012–SFF/ANEEL, de 8/10/2012)

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erroneamente as decisões da Diretoria, por estarem fundamentadas em informações ausentes, desatualizadas ou incorretas.

16. Desta forma, o envio tempestivo e com consistência dos Demonstrativos é condição necessária e indispensável para que a ANEEL possa cumprir com suas obrigações legais de fiscalização e de regulação dos agentes e, sempre que necessário, atuar de forma preventiva ou corretiva, no melhor interesse da concessão ou permissão. Esta atuação ativa ocorre quando a ANEEL verifica uma situação de risco - que pode levar a concessão à inviabilidade financeira -, determina uma ação do Agente para a eliminação ou para a mitigação dos problemas financeiros e/ou controla determinadas operações dependentes de anuência prévia baseado em informações contábeis. Por fim, o respectivo monitoramento econômico-financeiro baseado nos Demonstrativos indica eventuais irregularidades praticadas pelos agentes e cuja correção pode ser determinada à distância, além de ser um importante mecanismo para orientação e delimitação de objeto da fiscalização in loco, utilizando-se das análises econômicas e financeiras a partir das informações constantes dos Demonstrativos com o fito de otimizar tais trabalhos de fiscalização.

17. Face à condicionante supracitada, entende-se que as infrações de inadimplência e de inconsistências dos Demonstrativos não são consideradas como sendo de pequeno potencial ofensivo, em vista da gravidade de dano às atividades da ANEEL, o que obsta, em princípio, qualquer possibilidade de conversão da penalidade de multa em advertência, com fulcro no artigo 8º, inciso II, da Resolução Normativa ANEEL nº 63/2004.

18. Entretanto, no caso de pequenos inadimplementos dos Demonstrativos de até 10 dias, a SFF considerará a advertência, desde que o Agente não tenha sido autuado por idêntica infração nos últimos quatro anos anteriores ao da sua ocorrência – Art. 8º, I, da Resolução Normativa ANEEL nº 63/2004. Relativamente às inconsistências, também será consignada advertência quando aquelas forem em quantidade menor ou igual a 10 (dez) falhas e desde que nenhuma delas seja considerada grave e o Agente não seja reincidente nos termos do Art. 8º, I, da Resolução Normativa ANEEL nº 63/2004.

19. Relativamente aos danos resultantes pelas inadimplências e inconsistências dos Demonstrativos para o serviço e para os usuários, aqueles são de difícil mensuração, uma vez que o eventual impacto não é direto e imediato. Isto ocorre em vista de que o serviço e os consumidores podem ser prejudicados, por exemplo, pela falta de uma ação preventiva da ANEEL ocasionada por dados contábeis incorretos que levem a um dimensionamento equivocado da situação financeira, dos investimentos realizados ou da manutenção do serviço. Outro exemplo de dano pode ocorrer na fixação imperfeita da tarifa no âmbito das RTPs, uma vez que estas consideram, ainda que parcialmente e mesmo que apenas para efeito comparativo, os números apresentados pelos agentes. Neste contexto, o dano potencial ao serviço e ao consumidor é bastante vasto, mas conforme exposição do Parecer, este quesito de dano só pode ser considerado na dosimetria se houver prejuízos concretos. Dessa forma, o fator de danos ao serviço e aos consumidores não será considerado para fins de dosimetria da penalidade de multa.

20. Quanto à vantagem auferida pela infratora, não visualizamos de igual forma um benefício direto e imediato. Eventualmente, o agente, ao apresentar informações econômico-financeiras incorretas à Agência, pode dificultar os processos de fiscalização e de regulação da SFF/SRE/SRD/SRT com inúmeros objetivos como a de obter a aprovação de anuências prévias indevidas e a de elevar as bases de remuneração e a tarifa (por meio da contabilização equivocada dos custos operacionais, ativos e passivos regulatórios aumentados e diminuídos, respectivamente, custos das dívidas para o WACC regulatório, dentre inúmeros aspectos dos quais os dados dos agentes abastecem os processos decisórios da ANEEL). Neste

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(Fl. 5 da Nota Técnica no 384/2012–SFF/ANEEL, de 8/10/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

contexto, na inexistência da vantagem auferida pela infratora de forma concreta, a SFF não contemplará o item de vantagem auferida na dosimetria, conforme recomendação do Parecer.

21. E sobre a existência de sanção administrativa irrecorrível, nos últimos quatro anos, para fins de fixação do valor das multas, aquela dependerá de repetição da infração enquadrada na REN 63/2004. De toda forma, a SFF antecipa que não a contemplará por entender que o quesito gravidade cumpre isoladamente o objetivo de educar e estimular os agentes a seguir o regulamento regulatório.

22. Dessa forma, dos cinco fatores para a fixação do valor das multas para as inadimplências e inconsistências dos Demonstrativos, a SFF contemplará apenas o de gravidade. Assim, as multas para as infrações tratadas nesta Nota Técnica estarão limitadas a 0,20% da receita.

Metodologia atualmente adotada

23. Conforme mencionado, a multa relacionada à inadimplência do BMP antes da Nota Técnica nº 124/2012-SFF/ANEEL era fixada em 0,005% sobre a receita anual e era aplicada de forma irrestrita para todos os agentes. Entretanto, esta aplicação irrestrita, na intenção de proporcionar igualdade relativa, resultava em distorções significativas no montante das multas entre os agentes para a infração de mesma natureza.

24. Para os agentes de pequeno porte, a multa era irrisória, de forma que para esses era mais conveniente recolher a multa recorrentemente do que envidar esforços para atender à ANEEL. No caso dos agentes de grande porte, a multa resultava em valor expressivo, o que levava ao deferimento do recurso com a respectiva redução do valor.

25. A Nota Técnica nº 124/2012-SFF/ANEEL procurou definir os critérios e estabelecer a padronização dos procedimentos para a fixação das multas relativas às inadimplências e às inconsistências dos Demonstrativos. Entretanto, em vista da recomendação de alteração pelo Parecer, principalmente relacionada à condicionante abrangência e ao salário-mínimo como parâmetro, faz-se necessário a alteração daquela Nota.

Metodologia proposta

26. É fato que os dados econômico-financeiros de uma grande distribuidora têm mais importância relativa à ANEEL em relação a uma pequena concessionária de geração, em vista de a primeira atender a um número maior de consumidores finais e de repassar uma quantidade maior de numerários aos agentes e encargos setoriais, erário, entre outros. Por outro lado, para a ANEEL, é indispensável que todos os agentes forneçam as informações regulatórias não só para que a Agência possa realizar análises específicas de uma empresa, como em termos setoriais, inclusive para a definição de itens das RTPs – como custos operacionais e WACC regulatórios.

27. Neste contexto, tendo-se em vista: (i) a importância dos Demonstrativos para os processos decisórios da ANEEL no âmbito econômico-financeiro, inclusive de cálculos tarifários; (ii) as disparidades ocasionadas pela aplicação irrestrita de 0,005% sobre a receita e o consequente volume de recursos interpostos pelo agentes para questionar o valor da multas – inclusive no contexto da NT nº 124/2012-SFF/ANEEL; (iii) a consideração de que a importância dos agentes não deva ser relacionada exclusivamente à receita; (iv) o objetivo de educar e estimular os agentes a cumprirem as obrigações regulatórias e; (v) a intensificação da fiscalização, cujas infrações apuradas estão sendo verificadas com maior frequência;

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(Fl. 6 da Nota Técnica no 384/2012–SFF/ANEEL, de 8/10/2012)

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entendemos que é necessário aprofundar a igualdade relativa ao tratar igualmente os agentes desiguais, bem como definir a fixação das multas em vista da amplitude da intempestividade de envio e das inconsistências dos Demonstrativos verificadas na fiscalização por monitoramento.

28. Dessa forma, a proposta da NT para a fixação da multa pelas inadimplências e inconsistências dos Demonstrativos é de que haja: (i) a aplicação de percentual fixo, mas limitado a pisos e tetos em termos monetários e; (ii) a diferenciação entre inadimplência e inconsistência, bem como do grau de gravidade respectivos.

29. (i) Definição de pisos e tetos: o menor valor de multa, independente da infração cometida no âmbito da inadimplência e da inconsistência dos Demonstrativos, será de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e, desde que não supere o 1% da receita anual (limite de multa do Grupo III). Já em relação ao valor máximo, haverá um teto para cada tipo de infração caracterizada. O fundamento para a utilização de um parâmetro mínimo é o de que os agentes de pequeno porte procurem atender a legislação, mas sem implicar em multas irrisórias que estimulariam práticas indesejáveis. Já no caso do teto, este reflete a posição da SFF de que, em princípio, o valor máximo é suficientemente educativo e incentivador para que haja o cumprimento das obrigações legais, mesmos nas infrações mais graves tratadas nesta Nota Técnica e pelas maiores empresas do Setor Elétrico. Os valores mínimos e máximos serão mantidos até a publicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE de dezembro de 2013, quando os montantes serão corrigidos pelo IPCA do exercício de 2013, e assim doravante anualmente.

30. (ii) Diferenciação entre inadimplência e inconsistência: As penalidades e as multas para as citadas infrações serão diferenciadas entre elas e também em vista da respectiva gravidade. Neste contexto, por exemplo, o envio dos Demonstrativos com poucos dias de atraso receberá uma penalidade diferente daquele agente que cumpriu a legislação somente após a demanda da ANEEL por meio do Termo de Notificação - TN e fora do prazo deste. No mesmo raciocínio, uma concessionária que envia os Demonstrativos com poucos erros imateriais terá um enquadramento diferente daquela cujos Demonstrativos apresentarem uma série de inconsistências que impactam de forma significativa os trabalhos da regulação e da fiscalização.

Metodologia proposta para a Inadimplência

31. A infração por inadimplência será enquadrada em cinco tipos com penalidades e multas distintas, a depender de quando ocorre a regularização de adimplência: (i) envio intempestivo, mas em até 10 (dez) dias do prazo regular - penalidade de advertência e desde que o agente não tenha sido autuado por idêntica infração nos últimos quatro anos anteriores ao da sua ocorrência; (ii) envio com mais de 10 dias de atraso, mas antes da emissão do TN - penalidade de multa de 0,001% da receita – também válido para a primeira reincidência de atraso em até 10 dias; (iii) regularização após a emissão do TN e dentro do prazo indicado - penalidade de multa de 0,005% da receita; (iv) regularização após a emissão do TN, fora do prazo indicado, mas limitado a 30 dias além daquele - penalidade de multa de 0,020% da receita e; (v) regularização após a emissão do TN passados 30 dias além do prazo determinado no TN – neste caso em que o agente não atendeu a fiscalização, mesmo decorridos 30 dias além do vencimento apontado no TN, a multa será de 0,020% da receita com possibilidade de agravamento ou da emissão de Termo de Intimação, dentre outras medidas cabíveis para que haja a adequação da penalidade à infração.

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(Fl. 7 da Nota Técnica no 384/2012–SFF/ANEEL, de 8/10/2012)

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32. No caso da PAC em que existe a possibilidade de inadimplência parcial e de regularização em datas distintas - pela mesma ser constituída por diversos documentos -, o cálculo da multa ocorrerá por arquivo inadimplido. Ademais, todos os documentos terão o mesmo peso, mas caso a regularização ocorra em tempos diferentes haverá a aplicação respectiva do percentual de receita para o cálculo da multa. Como exemplo, a PAC do exercício de 2011 teve a exigência de 18 (dezoito) documentos, de forma que cada arquivo tem um peso de 1/18 (um e dezoito avos). Supondo que nesta PAC de 2011, uma concessionária deixou de enviar 8 (oito) documentos, dos quais 5 foram regularizados 10 dias após o vencimento regular e antes da emissão do TN e 3 após a emissão do TN e no prazo deste, a multa do agente será de “ROL x (5 x 1/18 x 0,001% + 3 x 1/18 x 0,005%) = ROL x (0,0011111%)”.

Tabela 1: Resumo das penalidades e das multas para a Inadimplência

Grau de Gravidade

Envio em atraso menor ou igual a

10 dias Envio antes da emissão do TN

Envio após emissão do TN e no prazo deste

Envio após TN em até 30 dias além do prazo do TN

Envio após 30 dias além do prazo do TN

Penalidade e Multa Advertência Multa de 0,001%

da Receita Multa de 0,005%

da Receita Multa de 0,02% da

Receita

Multa de 0,02% da Receita + ações

cabíveis

Piso - R$ 0 2.000 2.000 2.000 2.000

Receita Proporcional R$ Milhões

n.a. 200 40 10 10

Teto - R$ 0 20.000 100.000 400.000 R$ 400.000,00 + ações cabíveis

Receita Proporcional R$ Milhões

n.a. 2.000 2.000 2.000 2.000

Receita Proporcional - R$ Milhões correspondentes em que os pisos e tetos passam a funcionar

33. Os Gráficos 1a (com limite ao teto) e 1b (com limite ao piso) apresentam para os três graus de gravidade - em que há um percentual fixo da receita para a multa por inadimplência – os valores da multa (eixo vertical) relativamente aos montantes de receita (eixo horizontal).

34. O Gráfico 1a demonstra os valores das multas para as empresas com receita acima de R$ 100 milhões anuais. Como exemplo, no envio após a emissão do TN em até 30 dias além do prazo indicado, o agente será autuado em 0,020% da receita até que se atinja o máximo de R$ 400.000,00 (representado no gráfico pela barra maior). Este valor máximo, neste caso de gravidade, é atingido quando a concessionária tem R$ 2,0 bilhões de receita. Dessa forma, a todos os agentes com receita acima desse montante será aplicada a multa de R$ 400 mil, em vista de que a SFF entende que esse valor máximo é suficientemente educativo e incentivador para que haja o cumprimento das obrigações regulatórias.

35. Já o Gráfico 1b apresenta a mesma lógica para as empresas com receita abaixo de R$ 100 milhões anuais. Como exemplo, no envio após a emissão do TN, mas dentro do prazo indicado, o agente será autuado em 0,005% da receita até que se atinja o mínimo de R$ 2.000,00 (representado no gráfico pela linha). Este valor mínimo, neste caso de gravidade, é atingido quando a concessionária tem R$ 40,0 milhões

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(Fl. 8 da Nota Técnica no 384/2012–SFF/ANEEL, de 8/10/2012)

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de receita. Dessa forma, a todos os agentes com receita abaixo desse montante será aplicada a multa de R$ 2,0 mil, em vista de que a SFF entende que esse valor mínimo é suficientemente educativo e incentivador para que haja o cumprimento das obrigações regulatórias.

Gráfico 1a: Multa para a Inadimplência – Receita superior a R$ 100 milhões

Gráfico 1b: Multa para a Inadimplência – Receita inferior a R$ 100 milhões

36. Como meio de reforçar a necessidade da criação de pisos e tetos, os Gráficos 1c e 1d ilustram os valores da multas com e sem a aplicação de valores mínimos e máximos para as empresas com receita acima e abaixo de R$ 100 milhões anuais, respectivamente.

37. O Gráfico 1c apresenta os valores das multas para as inadimplências com envio após a emissão do TN e em até 30 dias além do prazo indicado. Conforme verificação do Gráfico 1c, a utilização de um percentual fixo - no caso de 0,020% - gera multas expressivas para as concessionárias com receita

-

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

100 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000

Até 30 dd além do prazo do TN Envio antes da emissão do TN Envio no prazo do TN

Multa em R$

Receita em R$ Milhões

-

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

20.000

1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Até 30 dd além do prazo do TN Envio antes da emissão do TN Envio no prazo do TN

Multa em R$

Receita em R$ Milhões

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(Fl. 9 da Nota Técnica no 384/2012–SFF/ANEEL, de 8/10/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

superior a R$ 5,0 bilhões no que a SFF entende que extrapola o caráter educativo e incentivador de cumprimento das normas.

38. O Gráfico 1d, por sua vez, apresenta os valores das multas para as inadimplências com envio com mais de 10 dias de atraso, mas antes da emissão do TN. Conforme exposição do Gráfico 1d, a utilização de um percentual fixo - no caso de 0,001% - gera multas irrisórias para as concessionárias com receita inferior a R$ 100,0 milhões no que a SFF entende que não atende o caráter educativo e incentivador para o cumprimento das normas.

Gráfico 1c: Multas com e sem teto para a Inadimplência com envio após a emissão do TN e em até 30 dias além do prazo indicado – Receita superior a R$ 100 milhões

Gráfico 1d: Multas com e sem piso para a Inadimplência com envio com mais de 10 dias de atraso, mas antes da emissão do TN – Receita inferior a R$ 100 milhões

-

400.000

800.000

1.200.000

1.600.000

2.000.000

2.400.000

100 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000

Valor da multa com teto Valor da multa sem teto

Multa em R$

Receita em R$ Milhões

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Valor da multa com piso Valor da multa sem piso

Multa em R$

Receita em R$ Milhões

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(Fl. 10 da Nota Técnica no 384/2012–SFF/ANEEL, de 8/10/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Metodologia proposta para a Inconsistência

39. A infração por inconsistência será enquadrada em sete tipos com penalidades e multas distintas a depender do quantitativo de falhas totais e graves. A penalidade de advertência será consignada quando houver até dez erros não graves e desde que o agente não tenha sido autuado por idêntica infração nos últimos quatro anos anteriores ao da sua ocorrência. As demais penalidades incorrerão em multas a depender da reincidência e da quantidade de falhas totais e graves, conforme exposto na Tabela 2 a seguir:

Tabela 2: Penalidades e multas para a Inconsistência

Grau de Gravidade i <= 10 ng i <= 10 e

0 < g <= 2 i > 10 e

0 < g <= 2 i <= 10 e

3 <= g <= 5 i > 10 e

3 <= g <= 5 i <= 10 e

g > 5 i > 10 e g > 5

Penalidade e Multa Advertência

Multa de 0,002% da

Receita

Multa de 0,003% da

Receita

Multa de 0,005% da

Receita

Multa de 0,007% da

Receita

Multa de 0,010% da

Receita

Multa de 0,012% da

Receita

Piso - R$ 0 2.000 2.000 2.000 2.000 2.000 2.000

Receita Proporcional R$ Milhões

n.a. 100,0 66,7 40,0 28,6 20,0 16,7

Teto - R$ 0 40.000 60.000 100.000 140.000 200.000 240.000

Receita Proporcional R$ Milhões

n.a. 2.000 2.000 2.000 2.000 2.000 2.000

i = quantidade de inconsistências; ng = quant. de inconsistências não graves; g = quant. de inconsist. graves Receita Proporcional - R$ Milhões correspondentes em que os pisos e tetos passam a funcionar

40. Quanto ao enquadramento da inconsistência como grave, é impossível listar todos os tipos existentes e, mais ainda, a tolerância em que um erro é mais grave ou não em termos absolutos e relativos. Por outro lado, pode-se exemplificar como de dano potencial elevado: (i) aqueles que levem ao cálculo equivocado da dívida líquida, geração de caixa (receita e despesa do serviço), investimentos, fixação de encargos tarifários e base de remuneração; (ii) a contabilização ausente ou equivocada de ativo e passivo regulatórios, capitalização de despesas da Administração Central (615.04.9), encerramento indevido do exercício e ausência das contas extrapatrimoniais e; (iii) a falta de envio do Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Notas Explicativas societárias e regulatórias no contexto da PAC. Dessa forma, quando da emissão do Auto de Infração, o fiscalizado será cientificado da quantidade de falhas, bem como daquelas classificadas como graves.

41. Relativamente à utilização de pisos e tetos para as multas por inconsistências, os argumentos e os exemplos são os mesmos dos apresentados na dosimetria por inadimplência, onde o uso irrestrito de um percentual fixo não atende ao preceito educativo e incentivador de cumprimento das normas – multas irrisórias aos agentes de pequeno porte e demasiadamente elevadas aos de grande porte que extrapolam o objetivo das multas.

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(Fl. 11 da Nota Técnica no 384/2012–SFF/ANEEL, de 8/10/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

IV – FUNDAMENTO LEGAL

42. Suportam a matéria as seguintes disposições:

Decreto nº 41.019, de 26/02/1957; Lei nº 8.987, de 13/02/1995; Lei nº 9.427, de 26/12/1996; Resolução Normativa ANEEL nº 63, de 12/05/2004.

V – DA CONCLUSÃO

43. A proposta revela a preocupação com o objetivo institucional da ANEEL em proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade. Esta missão só é possível quando as decisões da Agência estão embasadas nas melhores informações possíveis. É neste contexto que se faz necessária aperfeiçoar a forma de fixação das multas provenientes das penalidades pela ausência e incoerência das informações econômico-financeiras dos agentes no âmbito da fiscalização por monitoramento. Sem a tempestividade e a exatidão daquelas informações, diversos processos da Agência são prejudicados, tanto que a fiscalização da SFF está intensificando os seus trabalhos, os quais também estão dependentes desta padronização das penalidades e dosimetria para a aplicação de multas para dar maior celeridade aos processos administrativos punitivos.

VI – DA RECOMENDAÇÃO

44. Recomenda-se o encaminhamento desta Nota à Diretoria Colegiada para conhecimento, uma vez que a SFF seguirá nesta linha de ação quanto à fixação das penalidades decorrentes das infrações por intempestividade e inconsistência constatadas na fiscalização por monitoramento do Balancete Mensal Padronizado – BMP, da Prestação Anual de Contas – PAC, do Relatório de Controle Patrimonial – RCP e do Relatório de Informações Trimestrais - RIT.

EDUARDO HIROMI OHARA ROGÉRIO AMENT Especialista em Regulação Especialista em Regulação

De acordo:

ANTONIO ARAÚJO DA SILVA Superintendente de Fiscalização Econômica e Financeira