nota informativa 320 - 2010

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Nota informativa

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  • MINISTRIO DO PLANEJAMENTO, ORAMENTO E GESTO Secretaria de Recursos Humanos

    Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais Coordenao-Geral de Elaborao, Sistematizao e Aplicao das Normas

    Nota Informativa no 320/2010/COGES/DENOP/SRH/MP

    ASSUNTO: Atualizao funcional e concesso de frias

    Referncia: Processo n 52006.002438/2009-12 e juntado documento n 52006.002985/2009-06.

    SUMRIO EXECUTIVO

    1. Retornam os autos esta Coordenao-Geral, com PARECER/MP/CONJUR/CCV/N0308-3.16/2010 da Consultoria Jurdica deste Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto com pronunciamento quanto possibilidade de contagem de tempo de servio sob a gide do Regime Militar, de que trata a Lei n 6.880, de 1980, para fins de concesso de frias.

    INFORMAO

    2. Trata-se de requerimento do servidor ERICH NEGRIS BEZERRA, que ao ser empossado no cargo de Analista de Comrcio Exterior no Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comercio exterior, passou a ser regido pela Lei n 8.112, de 1990.

    3. Sobre a possibilidade de servidor egresso das Foras Armadas usufruir frias em novo regime jurdico previsto na Lei n 8.112, de 1990, a Consultoria Jurdica deste Ministrio se manifestou em caso anlogo, por meio do PARECER/CONJUR/MMA/N 1452-2.9/2006, nos seguintes termos:

    8. De acordo com a Secretaria de Recursos Humanos deste Ministrio, embora o art. 100 da Lei n 8.112/90 preveja a contagem de tempo de servio prestado s Foras Armadas para todos os efeitos, as regras relativas s frias so aquelas previstas na citada portaria normativa (fl. 12). Por esse motivo, opinou pelo indeferimento do pedido, tendo em vista que o interessado era egresso de regime jurdico distinto do Estatuto dos Servidores.

    9. Tal entendimento no pode ser albergado por esta Consultoria Jurdica, pois acarreta a submisso da lei a um ato infralegal, invertendo a hierarquia das normas. A SRH, como rgo central do SIPEC, tem competncia para regulamentar as disposies referentes a servidores pblicos, porm essa atribuio deve sempre ser exercida em consonncia com a lei. O regulamento no pode exceder os limites estabelecidos pela legislao correspondente, tampouco contrari-la.

    10. Ademais, o art. 7 da Portaria Normativa SRH n 02/98 trata apenas dos servidores estatutrios que tenha requerido vacncia em virtude de posse em

  • Processo n 52006.002438/2009-12 e 52006.002985/2009-06

    NT_ERICH NEGRIS BEZERRA - frias 2

    cargo inacumulvel. Para esses a legislao efetivamente permite o aproveitamento do tempo de servio anterior para concesso de frias, contudo o mencionado dispositivo no tem o condo de afastar a aplicabilidade do art. 100 da Lei n 8.112/90 s outras hipteses.

    11. Em face do exposto, esta Consultoria se manifesta pela possibilidade de se computar o tempo de servio prestado s Foras Armadas para concesso de frias, conforme previso do art. 100 da Lei 8.112/90, excetuando-se apenas o perodo correspondente ao servio militar obrigatrio. Grifamos.

    4. A CONJUR/MP foi ento novamente instada a manifestar-se, pois, para esta Secretaria, havia divergncia entre seus posicionamentos sobre a matria relativa contagem de tempo para fins de concesso de frias de servidor oriundo de outro regime ou legislao. No PARECER/MP/CONJUR/CCV/N 0308-3.16/2010, acostados s fls. 35 a 40, portanto, a Consultoria definiu as possibilidades de extenso da norma, in verbis:

    18. Sendo assim, temos duas situaes distintas: a primeira (servio prestado s Foras Armadas), em que o agente pblico ocupa cargo efetivo, com regime jurdico estatutrio, regido pela Lei n 6.880/80, com vitaliciedade assegurada ou presumida ( 2, do art. 3, da Lei n 6.880/80; e a segunda (contratado temporariamente), em que o agente pblico ocupa o cargo temporrio, com regime jurdico contratual, regido pela Lei n 8.745/93, sem potencial para adquirir estabilidade,

    19. Ante o exposto, entendemos que s deve ser concedido, para efeito de frias, o aproveitamento do perodo anterior, para aqueles que ocupavam cargo pblico e, concomitantemente, eram regidos pela Lei n 8.112/90 ou por lei que a ela se equipare. (grifamos)

    5. Segundo a manifestao da CONJUR/MP, o servidor das Foras Armadas ocupante de cargo pblico, conforme previsto na Lei n 6.880/80. Essa situao equiparvel constante da Lei n 8.112, de 1990, segundo a qual servidor aquele legalmente investido em cargo pblico. Uma vez que tenha ocorrido a mudana de cargo pblico, respeitando-se, contudo, o paralelismo do instituto, faz o servidor jus percepo dos benefcios e ao cumprimento da obrigao de respeitar os deveres da nova investidura.

    6. Assim, em vista do paralelismo que h entre os institutos, o servidor oriundo das Foras Armadas dever observar s disposies constantes da Portaria Normativa n 02, de 1998, para fins de concesso de frias, em especial o seu art. 7, que ser aplicado por analogia:

    Art. 7 No caso de vacncia de cargo efetivo ocupado por servidor regido pela Lei n 8.112, de 1990, decorrente de posse em outro cargo inacumulvel, no ser exigido perodo aquisitivo de doze meses de efetivo exerccio para efeito de concesso de frias no novo cargo, desde que o servidor tenha cumprido essa exigncia no cargo anterior.

    Pargrafo nico. O servidor que no tiver doze meses de efetivo exerccio no cargo anterior dever complementar esse perodo exigido para concesso de frias no novo cargo.

  • Processo n 52006.002438/2009-12 e 52006.002985/2009-06

    NT_ERICH NEGRIS BEZERRA - frias 3

    7. Diante do exposto, o tempo de servio prestado s Foras Armadas poder ser contando para fins de concesso de frias ao servidor que tomar posse em cargo efetivo regido pela Lei n 8.112, de 1990, aplicando-lhe, por analogia, o disposto no art. 7 da Portaria Normativa SRH n 2, de 1998.

    Braslia, 26 de maio de 2010.

    CLEONICE SOUSA DE OLIVEIRA Matr. 1146075

    TEOMAIR CORREIA DE OLIVEIRA Chefe da Diviso de Anlise de Processos

    De acordo. considerao superior. Braslia, 26 de maio de 2010.

    GERALDO ANTONIO NICOLI Coordenador-Geral de Elaborao, Sistematizao e Aplicao das Normas

    Aprovo. Restitua-se Coordenao-Geral de Recursos Humanos do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior para adoo das providencias que julgar necessrias, com cpia ao DASIS/SRH/MP, para conhecimento.

    Braslia, 31 de maio de 2010.

    VALRIA PORTO Diretora do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais