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nossojornal / set06

F O L H A C O M U N I T Á R I A D E A B A E T É

Empresa de Comunicação Soares Ribeiro LtdaCNPJ 00.815.984/0001 - 69 - IE: Isento

Rua 13 de maio, 20 - Centro 35620.000 - Abaeté - Minas Gerais

Diretora de Redação:Christiane Soares - Mtb 4.815/MGDiretor Financeiro: Prof. Modesto PiresDesigner Grá�co: Fábio FernandesSecretária: Monique Soares de Sousa

Telefax: 37 3541-2203 Celular: 37 8804 4101

REDAÇÃO

Impressão: FumarcTiragem: 1.600 exemplaresTransporte: Viação Sertaneja (cortesia)

Site: [email protected]

NOVOS ASSINANTES BENFEITORES

Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal.

EM ABAETÉSemestral: R$ 15,00 - Anual: R$ 25,00DEMAIS CIDADESSemestral: R$ 25,00 - Anual: R$ 40,00EXTERIORSemestral: R$ 40,00 - Anual: R$ 70,00ASSINANTE BENFEITORValor mínimo anual de R$ 50,00

ASSINATURAS:

Redação do Nosso JornalRua 13 de maio, 20 - 3541-2203Banca de Revistas do AdrianoPça. Amador Álvares, 221 - 3541-2962 Agavê SistemR. Antônio Amador, 516 - 3541-2261Lanchonete do PortenhoRua D. Alda Viana, 340 A - 3541-1567Salão da Marny (Bairro São João)Rua Ant. Machado Andrade - 3541-3223 Prof. Modesto - 3541-1231Helenice Soares - 3541-2008Arielma Oliveira Cunha - 9944-4034

ONDE ASSINAR O NOSSO JORNAL

A medida da instrução não é o que o professor pode ensinar, mas o que o aluno pode aprender. (Comênius)

Com o verde da esperança, da bandeira do Brasil e da beleza de nossas paisagens naturais, a capa da edição do 11º aniversário do Nosso Jornal destaca um momento muito especial vivido pela região. “Coinci-dentemente”, de diversas cabeças, en-tidades, frentes de trabalho, surgem idéias, projetos e ideais, que resultam em uma nova união de forças em prol do desenvolvimento do turismo no entorno do Lago de Três Marias.

O movimento, que já vinha enga-tinhando há algum tempo, parece ganhar um novo impulso. Sobretudo neste momento, em que se elabora a Agenda 21 e o Plano Diretor, progra-mas de desenvolvimento sustentável de toda a região. E toda a comunida-de de Abaeté, Pompéu, Três Marias, Paineiras, Biquinhas, Morada Nova de Minas, Felixlândia e São Gonçalo do Abaeté é convidada a participar efetivamente deste processo.

Com o Consórcio de Municípios do Lago de Três Marias (Comlago), deixamos de ser 23 mil habitantes e passamos a somar 108 mil. E se regionalmente o momento é de

Setembro - mês de alegria, de festa, de parabéns e de humilde agradecer ao Senhor. A Cidade-Menina se veste de júbilo, feliz, risonha, em ação-de-graças. É o décimo primeiro aniversário do Nosso Jornal. Onze anos de lutas, de percalços, de correr-atrás, mas também de conquistas e de vitórias. Levando a notícia a toda Minas Gerais, ao Brasil e aos mais distantes recantos do planeta: Es-tados Unidos, Inglaterra, Holanda, Portugal, França, Austrália, China - onde vivem abaeteenses cora-josos e batalhadores, assinantes desde a primeira hora.

Queremos, nesta oportuni-dade, agradecer aos assinantes, patrocinadores e amigos, o apoio generoso e fraterno que nos pos-sibilitou chegar até aqui. E pedir-lhes que continuem conosco, para que a caminhada, iniciada em 1995, possa prosseguir, como porta-voz de uma mensagem nova de otimismo e de esperança que acredita em nossa gente e no potencial desta terra querida.

Parabéns a todos os aniver-sariantes do mês, especialmente aos que, mais de perto, constroem este jornal : Conceição, Irmã Maria José, Irmã Desterro, Frei Marco Túlio, Heloísa, Heleninha, Ronan Filho, Rachel, Dom Célio, Giuliano, Amarildo e Christiane.

abertura, de união de forças para o desenvolvimento integrado desses oito municípios, em Abaeté cada cidadão é convidado a também se abrir e pensar no progresso de todo o seu município. Só assim pode acontecer o crescimento de cada indivíduo. Sobretudo no aspecto sócio-econômico.

Parece não haver momento mais propício que este para a dinamiza-ção do processo de organização da comunidade, para o desenvolvimen-to da cultura da participação, para o exercício pleno da cidadania.

Exercer a cidadania é mais que votar consciente nas eleições. É acompanhar o trabalho dos políti-cos a quem delegamos o direito e o dever de nos representar na Prefei-tura, na Câmara dos Vereadores, no Palácio da Liberdade, na Assembléia Legislativa, no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional. É cobrar ação, atuação, competência, postu-ra, ética, compromisso. É, sobretudo, participar. Não vamos perder esta grande oportunidade.

Carlos Roberto Capanema (BH/MG), General João Roberto Oliveira (BH/MG), Orozimbo Alves da Silva (Vitória/ES), Welington Gonçalves Porto (BH/MG), Wagner Túlio de Faria Pereira (BH/MG), Iraci soares de Faria (BH/MG)

Aprendendo a ser CIDADÃO

A foto da Capa foi tirada por Hudson Resen-de, de cima da Cachoeira do Careta, na fa-zenda de Bruno Alves, no Cedro do Abaeté, durante a prática do Ciclo Turismo

Às vésperas das eleições de 1º de outu-bro, o momento é de participação, de

união de forças e idéias, de praticar o exercício da cidadania.

NJ, 11 ANOSProf. Modesto Pires

anos

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O futuro é algo que todos nós atingimos à velocidade de sessenta minutos por hora. (C. S. Lewis )

De repente, vários movimentos, projetos e idéias começam a �uir em direção a um sonho comum: o incre-mento no turismo em Abaeté e região, como alternativa para o desenvolvi-mento sustentável, o resgate cultural, a promoção da qualidade de vida, a geração de emprego e renda.

Na reunião da Agenda 21 em Aba-eté, o consultor do Ministério do Meio Ambiente, Antônio Pedro Além Sobri-nho, anunciou que a região do Lago de Três Marias foi escolhida pelo Governo Federal como uma das três prioritárias para o desenvolvimento do turismo, dentro do projeto de Revitalização da Bacia Hidrográ�ca do Rio São Francisco. As outras duas são a Serra da Canastra, na nascente do Velho Chico, e a Serra do Cipó, na con�uência do Rio das Velhas com o São Francisco. “Teremos recursos �nanceiros para dinamizar estes pro-

Diz o poeta que “sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só”. Mas “sonho que se sonha junto é realidade”. E que “quando você quer algo do fundo do seu coração, o universo inteiro conspira para que esse sonho se torne realidade”. E o que signi�carão as coincidências?

jetos”, adianta o técnico da Emater e representante de Abaeté na Agenda 21, Carlos Augusto de Carvalho (Black)

E os trabalhos já começaram. Dias 21 e 22 de agosto, foi realizada, em Três Marias, a primeira O�cina Técnica coor-denada por uma equipe do Ministério do Meio Ambiente, para o levantamen-to dos pontos turísticos, dos problemas e potencialidades da região. “Elege-mos como prioridades a revitalização dos rios e o desenvolvimento de uma campanha de marketing do Circuito do Lago de Três Marias”, informa a agente de desenvolvimento da Adesab, Giselda Alvarenga, uma das representantes de Abaeté no evento.

Ela conta que, durante os debates, o Marmelada foi apontado como um dos ribeirões mais poluídos do circuito. “Ele está riscado de vermelho no mapa”. Há perspectivas de liberação de recursos

federais para os projetos de sua revi-talização.

Com relação à campanha de marke-ting, a expectativa é já começar a atrair turistas para estimular os empresários locais a investir nesse empreendimento de futuro. “E não se trata de investi-mentos pesados, de grandes infra-estruturas. O turista quer a simplicidade do interior, o dia-a-dia de uma fazenda, a boa acolhida da população”, ressalta Black.

Infra-estruturaQuer também, é claro, boas estra-

das de acesso às fazendas e à represa - apontada como o principal ponto turístico da região. Nesse sentido, a Associação Comercial e Industrial de Abaeté (ACIAB) lidera um movimento para oficiar ao DER, cobrando uma boa reforma e a manutenção da es-trada que liga Abaeté a Frei Orlando.

Uma chance histórica para o desenvolvimento doTURISMO NA REGIÃO DO LAGO DE TRÊS MARIAS

“Estamos convidando várias entidades do município a também enviarem ofí-cios ao DER, ressaltando a importância desta estrada para o desenvolvimento do turismo e da economia de Abaeté”, destaca o presidente da ACIAB, José Hipólito Araújo Alves.

A sugestão do presidente da Viação Sertaneja, Waldemir Mendes Morato (Cici), é que o DER assine um convênio, repassando à Prefeitura Municipal de Abaeté os recursos e a responsabilida-de pela manutenção desta estrada. “A Prefeitura já mostrou sua competência no trabalho de reforma de estradas municipais”, salienta. O prefeito Cláudio de Sousa Valadares (Preto) já entrou em contato com o DER, mas, até o momen-to, a parceria não foi concretizada.

Continua na página 05.

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Em família, somos professores e, ao mesmo tempo, aprendizes uns dos outros. (Carlos Augusto - “Indicações do Caminho” )

Vem aí o 1º Festival de Verão de Abaeté

Dia 21 de setembro, quinta-feira, às 13 horas, no auditório da CNEC/Pitágoras, toda a comunidade está convidada a participar do Seminário “Desenvolvimento do Turismo Local”. Promovido pela Prefeitura Municipal de Abaeté, pela Agência de Desenvol-vimento Econômico e Social (ADESAB) e Emater/MG, o evento será aberto com uma palestra da pedagoga Márcia Pimentel da Silva, coordenadora técnica estadual do Turismo Rural. Ela vai falar sobre o “Turismo Rural como Estratégia de Desenvolvimento”.

Em seguida, o extensionista da Emater, Carlos Augusto de Carvalho enfoca o tema “Como atrair o turista”. Haverá, ainda, um debate intermediado pelo coordenador técnico e regional de pecuária e turismo, Paulo de Tarso Nammur. Como destaque o folder/con-vite, “o turismo é o caminho que muitos empreendedores estão seguindo para prosperar em seu próprio negócio” Dois importantes prédios do patrimõnio arquitetônico de Abaeté estão sendo reformados e pintados: a Capelinha São

José, que está �cando linda de amarelinho, e o Fórum Dr. Edgardo, que ganha um novo tom de azul.

fotos Fábio Fernandes

Está na hora de Aba-eté mostrar sua riqueza cultural e artística, num mega evento que certa-mente trará benefícios de ordem social, publicitária e �nanceira. Com esta vi-são, representantes de di-versas entidades ligadas às áreas sócio-cultural-educativa se reuniram, dias 11 e 25 de agosto, para a idealização do 1º Festival de Verão de Abaeté e Região.

A idéia é construir aqui um evento que alcance o sucesso e a tradição dos grandes festivais de inverno das Gerais, atraindo turistas e incrementando o setor cultural, ainda tão carente de estímulo no município.

O 1º Festival de Verão de Abaeté será realizado na terceira semana de janeiro de 2007 (de 17 a 21), com shows, pales-tras, atividades recreativas, minicursos e oficinas em diversas áreas: dança, música, teatro, expressão e consciência corporal, artesanato, culinária alterna-tiva, meditação e terapias energéticas, dobraduras, educação ambiental, con-

tação de estórias, etc. Os interessados em ajudar a dina-

mizar este projeto estão convidados a participar da próxima reunião, dia 22 de setembro, às 8 horas, na sede da ACIAB/ADESAB, no Salão Paroquial. A intenção é envolver o maior número possível de parcerias, no objetivo de ajudar também a dinamizar o processo de organização social da comunida-de. Maiores informações podem ser obtidas na Praça de Esportes, com a secretária da Selt, Rosa Maria Marques da Cunha.

A união de forças para a promoção do Festival foi idealizada pelo terapeuta homeopata Wagner Túlio.A união de forças para a promoção do Festival foi idealizada pelo terapeuta homeopata Wagner Túlio.

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Não exijas de alguém aquilo que esse alguém ainda não pode te dar. (Emmanuel)

Vende-se apartamento de 3 quartos na Avenida Barão do Indaiá, 182, Abaeté (MG). Aceita-se troca. Tratar com Ed-son: (37) 8808-4631.

Vende-se uma casa em Abaeté por 35 mil reais: (37) 3541-1360

Alugam-se duas salas à Rua Dr. Antônio Amador, 401: (37) 3541-1360

Vende-se uma cami-nhonete D-20 completa, ano 94, azul, ar condicio-nado, direção hidráuli-ca, vidro elétrico, pneus novos, roda de alumínio: (37) 3541-3487 (Toninho ou Isabel)

Vende-se cana. Vende-se milho com espiga: (37) 3541-3487 (Toni-nho ou Isabel).

ABAnDono DE EM-pREGo

José Carlos de oli-veira Costa (CTpS 76231/0128, admitido em 01/04/2006), está convocado a compare-cer, no prazo de 48 hs, à Fazenda pindaíbas (do Tonho Leiteiro), ou será considerado Abandono de Emprego, conforme CLT. 31/08/06

Em uma reunião realizada em Curvelo, dia 17/08, a Superinten-dência Norte e Distrito Baixo Rio das Velhas con�rmou a liberação de um recurso da ordem de R$ 2 milhões, para a ampliação do sistema de abastecimento de água de Abaeté. As obras de substituição das redes de ferro e ampliação dos sistemas de tra-tamento e preservação deverão se iníciar no primeiro semestre de 2007.

Na edição de julho/06, o Nos-so Jornal publicou uma matéria destacando a sujeira com que a água tem chegado às residên-cias. Apesar de sair totalmente limpa e pura da Estação de Tratamento, ela vem sofrendo oxidação, ao passar pelas tubu-lações antigas, chegando com resíduos de barro e ferrugem ao consumidor. A expectativa é que esta troca de encanamento resolva o problema.

ÁGUA LIMPA

HOMEOPATIACom 45 alunos, teve início,

dia 12 de agosto, em Abaeté, o Curso de Extensão de Homeopa-tia da Universidade Federal de Viçosa. Os interessados em fazer o curso que perderam o primeiro módulo terão uma aula de repo-sição, dia 22 de setembro, para se integrarem à turma no dia seguinte. Maiores informações e inscrições com Lourdinha (do Gelito), pelo telefone (37) 3541-2003.

Participe do 1º Festileite de Abaeté e RegiãoDia 9 de setembro, de 15 às 18 horas, será promovido, no Salão Paroquial, o 1º Fes-

tival de Produtos Derivados do Leite (Festileite). Idealizado pela ADESAB e CooperAbaeté, com apoio da Credicim e Credioeste, o evento visa divulgar o Leite, principal fonte de renda da região, incentivando o seu consumo e dando um novo estímulo ao produtor. Outra idéia é que este Festival cresça, torne-se tradicional no calendário de eventos culturais de Abaeté, ajudando

a impulsionar o �uxo de turismo na região. As inscrições para o festival podem ser feitas na Adesab/Aciab e na CooperAbaeté.

Haverá premiação para os três primeiros colocados e sorteio de brindes entre os partici-pantes. Todas as receitas serão publicadas no jornal CooperAbaeté. Já os ingressos para degustação custam R$ 3,00 (ou dois por R$ 5,00)

AGENDA 21A próxima reunião

do Fórum da Agenda 21 em Abaeté será dia 12 de setembro, às 19 horas, no auditório da CNEC. Participe!

GospelFEST

O 1º Encon-tro de Adoração e Louvor ao Se-nhor, promovi-do pelas Igrejas Evangélicas de Abaeté, será dia 09 de setembro, na Praça de Es-portes. Com entrada franca e sob a coordenação do Pastor Doronel, o evento terá início às 15 horas, com a marcha para Jesus e prossegue às 18, com praça de alimentação e shows com os cantores Conrado e Laudicéia. Informações pelos tele-fones (37) 9942-7969 e 9118-7056.

A equipe do Cartório Eleitoral está promoven-do treinamentos em vários pontos do município, para oferecer segurança ao eleitor nas eleições de 1º de outubro. Até lá, o Cartório estará aberto diariamente, de 12 às 18 horas, com plantões aos sábados e domingos, de 13 às 17 horas, para receber denúncias dos eleitores. Todos estão con-

vidados a �scalizar as diversas campanhas eleitorais e denunciar qualquer propaganda irregular ou abuso do poder econômico. O Cartório funciona na Av. Simão da Cunha, Fone (37) 3541-1673

De olho nas eleições

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As palavras podem ferir mais que punhais; e o tom, mais que as palavras. (Frederico da Prússia em carta a Voltaire )

Plano Diretor & Agenda 21Oportunidades para o aprendizado e o exercício da cidadania

Uma reunião na Câmara Muni-cipal de Abaeté, dia 15 de agosto, marcou o lançamento dos trabalhos do Plano Diretor de Abaeté. Uma semana antes, em 08 de agosto, teve início a segunda etapa da elaboração da Agenda 21. Nos dois processos, é imprescindível a participação da comunidade.

“É a população que vai traçar as metas para o desenvolvimento sus-tentável de Abaeté”, explica o prefei-

to Cláudio de Souza Valadares (Preto). “Esta é uma oportunidade ímpar que todos temos de fazer justiça social, de traçar um caminho para evitar a continuidade e o agravamento de problemas que já existem no muni-cípio. Muitas medidas irão interferir no dia-a-dia e no bolso da população. Quem não participar no momento certo não terá como reclamar depois que o Plano for aprovado”, alerta o prefeito, conclamando toda a co-

munidade a exercer seu direito de cidadania.

O que não é uma prática corri-queira. A coordenadora do Plano Diretor e professora da Funedi, Maria Juliete Teixeira, lembra que, 22 anos após a abertura política, ainda sofremos reflexos da dita-dura militar que silenciou o povo brasileiro durante duas décadas. “Na elaboração do Plano Diretor, somos convidados a pensar e ava-liar: que cidade temos? Que cidade queremos? É um exercício novo. Historicamente, estas escolhas não costumam ser dadas. Às vezes, a participação é limitada, porque não aprendemos a participar. Apren-demos a ouvir, a acatar, a receber ordens, a cumprir tarefas, sem exercitar muito a autonomia, a ini-ciativa. Isso vem mudando muito lentamente. A elaboração do Plano Diretor, um processo com oito me-ses de duração, terá, sem dúvida, um caráter pedagógico, será uma oportunidade para a comunidade aprender a participar”, considera a professora.

O Plano Diretor é um instrumento que dá voz aos moradores e moradoras, para que eles digam o que esperam da cidade, para participar do planejamento de ações e para cobrar sua implementação. Quanto maior a participação, melhor o Plano.

Quase chorei de alegria na reu-nião de lançamento dos trabalhos do Plano Diretor de Abaeté. Eu nem acre-ditava que isso estava acontecendo aqui. Para mim, hoje, as cidades são divididas em dois tipos: as que têm o Plano Diretor e as que não têm. Eu vi como Nova Lima, por exemplo, se transformou depois deste trabalho.

Há muito tempo, eu venho pen-sando no Plano Diretor de Abaeté. Já �z até uma lista dos problemas e de sugestões que podem ser imple-mentadas para melhorar a qualidade de vida da população. E eu vou parti-cipar das reuniões, dos debates, faço questão. Como cidadã, eu me sinto responsável pela minha cidade, não quero �car sentada vendo as coisas não acontecerem.

É um privilégio viver em Abae-té, e temos tudo para alavancar o desenvolvimento e a qualidade de vida da cidade. É só querer. O Plano Diretor está aí para melhorar a nossa vida. E não só a vida das pessoas que já são privilegiadas, mas a vida de um todo. Esta questão da inclusão social é muito bacana, incrementar a auto-estima das pessoas, mostrar que é importante a participação de cada um.

QUAL SUA EXPECTATIVA COM RELAÇÃO AO PLANO DIRETOR DE ABAETÉ?

Laura Miranda de Sales Abreu

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Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima. (Louis Pasteur)

Dentre as questões a serem enfocadas pelo Plano Diretor, está a falta de saneamento básico e outros problemas decorrentes da ocupação desordenada de determinados setores da cidade. Um transtorno sofrido por Celma da Silva Lopes, residente no prolon-gamento da Rua Jader Moura, no chamado Beco das Galinhas. Ela conta que mora ali, perto da ponte e da lagoa de tratamento, há quase vinte anos. Nos últimos tempos, as di�culdades vêm se agra-vando. “Minha caixa de esgoto está entupida. O pessoal da Prefeitura esteve aqui e disse que é preciso procurar outra solução, pois não tem mais como desentupi-la. Não dá para fazer fossa, porque moro muito perto do córrego. Além do mau cheiro, minha casa �ca infes-tada de ratos. O problema �ca pior na época de chuvas, quando a água e o esgoto invadem o quintal e a casa. E a rua, que é asfaltada, �ca toda coberta de terra que vem da Avenida Sete de Setembro. Quando está chovendo, nenhum carro desce aqui”, desabafa Celma, num pedido de ajuda.

Ao contrário de inúmeras outras cidades brasileiras, Abaeté teve o pri-vilégio de contar com um projeto de planejamento urbano. Ele foi elaborado em 1910, por um engenheiro civil con-tratado pelo então prefeito e presidente da Câmara Municipal, Dr. José Cândido de Souza Vianna. Isso explica o traçado retilínio do centro da cidade, com am-plas ruas e avenidas, largos passeios e pequenos quarteirões intercalados por praças.

Quase cem anos depois, toda a população é convocada a continuar e aprimorar este trabalho, corrigindo falhas registradas principalmente nos bairros. É hora de debater e apresentar soluções para históricos problemas de ocupação urbana desordenada, sanea-mento básico, infra-estrutura, tráfego, pavimentação urbana, lotes vagos, desmembramentos, estradas rurais, dentre outros.

Obrigatório para os municípios com mais de 20 mil habitantes, o Plano Di-retor é um instrumento que dá voz aos moradores, para dizer o que esperam da cidade, para participar de seu plane-jamento. E não só no aspecto físico.

Que cidade temos? Que cidade queremos?

No aspecto social, o Plano Diretor vai cuidar de questões como educação, cultura, segurança pública, habitação, esporte, lazer, turismo, geração de emprego e renda. E no aspecto admi-nistrativo, o Plano precisa de�nir, com clareza, suas prioridades, as etapas de implantação dos projetos, os recursos disponíveis, além de criar fóruns, instru-mentos de gestão e acompanhamento da sua implementação e revisão.

“Trata-se de um plano de ação, elaborado de forma participativa pela prefeitura, câmara de vereadores e toda a comunidade, para ser transformado em lei. Se a população não participar da elaboração do texto do Plano Di-retor, ele não poderá ser votado pela Câmara”, observam os integrantes da equipe técnica da Funedi, contratada pela Prefeitura Municipal de Abaeté para coordenar os trabalhos.

O primeiro passo para sua elabora-ção é o levantamento de informações sobre a realidade do município e seus problemas, sob a visão dos técnicos e a visão dos moradores e moradoras. Nos chamados Encontros Preparatórios e nas Audiências Públicas Regionais, sem-pre apoiados pela equipe técnica, os moradores irão priorizar os problemas a serem resolvidos em cada área das zo-nas urbana e rural, elegendo delegados para a Conferência da Cidade.

Nesta etapa �nal do trabalho, serão de�nidas as diretrizes e as ações priori-tárias do anteprojeto do Plano Diretor,

que será encaminhado à Câmara Muni-cipal para votação.

Após a aprovação, a comunidade pode se organizar e cobrar que a lei seja cumprida, monitorando os empreendi-mentos feitos pelo governo municipal e acionando os órgãos competentes na falta de sua implementação. Devido às mudanças imprevisíveis sofridas pela cidade, a cada dez anos, o Plano precisa ser revisado.

Na reunião de lançamento dos tra-balhos do Plano Diretor de Abaeté, o prefeito assinou um decreto nomeando o Grupo Coordenador dos trabalhos, que vai atuar mais próximo do Grupo Técnico Executivo da Funedi. Este grupo conta com representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário, de associações, sindicatos e clubes de serviço. Todo o material gerado nos trabalhos estará disponível à população na Prefeitura Municipal. O projeto deve ser apresentado para votação dentro de oito meses.

O que fazer com relação aos lotes vagos, muitos sem muros, sem passeios, cheios de mato e em áreas centrais da cidade? IPTU progressivo será uma das medidas debatidas

no Plano Diretor para o combate à especulação imobiliária.

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Meu sonho, desde que me conheço por gente, é ver esta cidade crescer. Não entendo porque muita coisa aqui não vai pra frente. Abaeté precisa se descobrir, e o Plano Diretor vai fazer um levantamento do potencial, da vocação da cidade. E, mais que isso, vai traçar um programa de desenvolvimento em todos os setores, com estabelecimento de prioridades, metas e prazos para sua execução. Como cidadã, eu quero contribuir, quero participar.

Minha expectativa é que o Plano ajude Abaeté a resolver um grande pro-blema, que é o medo que a população tem de investir. Parece que o pessoal daqui prefere guardar o dinheiro de-baixo do colchão, agiotar ou deixar na caderneta de poupança a 0,5% ao mês... do que investir, gerar emprego e renda. Quem sabe esse levantamento do potencial de Abaeté pode estimular novos investimentos no município e região? É meu sonho.

Giselda Alvarenga

QUAL A SUA EXPECTATIVA COM RELAÇÃO AO PLANO DIRETOR?

Com apenas 21 anos de idade, diploma de 8ª série e pouquíssi-mos recursos �nanceiros, o jovem José Aparecido de Lima dá uma lição de coragem e empreende-dorismo. Ele acaba de abrir uma facção de confecção em Abaeté, para gerar 25 empregos diretos.

Aparecido descobriu sua vo-cação ao trabalhar como etique-tador nas Confecções Verona. “Como aprender não ocupa espaço, comecei a prestar aten-ção em cada detalhe, buscando o máximo de informações. Fui aprimorando meu trabalho, pe-gando o jeito no negócio, aprendi a consertar máquinas e a costu-rar”, conta.

Um ano e três meses depois, o jovem saiu da Verona com um objetivo: abrir sua própria empre-sa. Mas como dar esse primeiro passo? Aconselhado por um ami-go, ele apresentou um projeto na Prefeitura, elaborado com ajuda do contador Amauri Oliveira.

Recebeu um voto de con�ança do prefeito, que en-caminhou para a Câmara Muni-cipal um projeto de lei, conceden-do uma ajuda de dois mil reais para o jovem abrir o negócio.

Com esse dinheiro, Aparecido deu entrada nas máquinas, �nanciadas com carência, em suaves prestações. No �nal de agosto, ele abriu a confecção em local improvisado, com 12 máquinas instaladas e outras nove encomen-dadas. Duas delas serão destinadas à pro�ssionalização de costureiras. “Esta-mos com as inscrições abertas, inclusive para pessoas sem experiência na área”, declara Aparecido.

Além de costureiras, ele precisa de arrematadeiras, pessoas para dobrar as calças e veri�car se está tudo em or-dem com a produção. Com um detalhe importante: todos os funcionários vão trabalhar com carteira assinada. A pro-

dução tem mercado garantido junto a confecções de Divinópolis.

Natural de Unaí, José Aparecido mora em Abaeté desde os 16 anos e diz que “não tem lugar melhor para viver”. Para os amigos, que classi�cam o investimento como loucura, o jovem responde: “A gente tem que tentar. Não dá para �car parado, esperando a sorte bater na porta”.

Certo de que Abaeté oferece espaço para o empreendedorismo, Aparecido ensina que “cada um nasce com uma vocação, basta encontrá-la. É preciso ir devagar, passo-a-passo e acreditar que as barreiras são provas para que você consiga ser bem sucedido!”

Lição de coragem e empreendedorismo

Aparecido: “Não dá para �car parado, esperando a sorte bater na porta

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O fracasso é a oportunidade de se começar de novo inteligentemente. (Henry Ford )

Um homicídio e três assaltos, sendo dois à mão armada, foram as principais ocorrências registradas pela 141ª Cia de Polícia Militar de Abaeté no mês de agosto.

Dia 14, às 21:45 horas, dois motociclistas armados abordaram dois adolescentes que caminhavam pela Avenida Simão da Cunha esquina com Rua Três de Maio, anunciaram o assalto e levaram a carteira, com R$ 20 e um celular. Os assaltantes não foram identi�cados, pois estavam de capacete, numa Honda CG vermelha sem placa.

No dia 19, às 4:40 horas, dois motociclistas, de capacete, encapuzados e armados, chega-ram ao Posto Novo Horizonte e anunciaram o assalto. Levaram cerca de R$ 800 e o celular do frentista. Posteriormente, os assaltantes, naturais de Nova Serrana, foram identi�cados pela Polícia Civil e estão presos na Cadeia Pú-blica de Abaeté. Eles são acusados por outros assaltos.

Dia 20, às 3:50 horas, após uma discussão em um bar no bairro São Pedro, um jovem foi atropelado propositadamente por quatro indivíduos, que desceram do carro e lhe to-maram a carteira. Os agressores foram iden-ti�cados pela vítima, que sofreu ferimentos leves, e encaminhados à delegacia para serem tomadas as devidas providências

No dia 27, às 16:45, após uma discussão na rua Jader Moura, Eustáquio José de Faria, de 59 anos, deu uma facada em Carlos Henri-que da Silva (Catão), de 20 anos. A vítima foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu e faleceu logo após receber os primeiros aten-dimentos. O autor se apresentou à delegacia e deve aguardar o julgamento em liberdade.

Abaeté no Campeonato RegionalCom sete pontos

ganhos, o Abaeté Atlé-tico Clube lidera a Cha-ve 3, ao lado do Vasco de Papagaios, nas três primeiras partidas do 3º Campeonato Regio-nal do Alto São Francis-co de Futebol Amador. Na abertura, dia 13 de agosto, os dois times empataram em 0 a 0. Dia 20, jogando em casa, o Atlético goleou o Central (de Dores do Indaiá), por 4 X 0. E dia 26, também no Estádio da Chacrinha, o time abaeteense derrotou o

Nacional (de Nova Serrana) por 2 X 1. O Clube Independentes de Abaeté

é o vice-líder da Chave 2, com quatro pontos ganhos. O time perdeu para o Abadia (de Martinho Campos) na estréia por 1 X 0, goleou o União (de Morada Nova) por 4 X 1 dia 20 e em-patou com o CAP (de Pompéu) em 0 X

0, dia 27. A quarta rodada do torneio será dia 03 de setembro, quando o Independentes enfrenta o Abadia em Martinho Campos e o Atlético recebe o Vasco em Abaeté.

Promovido pela Liga Municipal de Desportes de Martinho Campos, o campeonato reúne doze equipes, nas

categorias Aspirante e Principal, em três chaves. Além dos times citados acima, União (Martinho Campos), União (Dores do Indaiá), Estrela (Nova Serrana) e Cristalina (Pompéu) jogam na Chave 1. A �nal está prevista para o dia 5 de novembro.

Golpe do Cartão de Celular em AbaetéMuito cuidado se

você receber uma mensagem em seu celular, informando que foi sorteado pelo SBT, ganhou um Gol City e deve ligar para os números (41) 8899-113571 ou (14) 8899-113771.

Ao receber esta

mensagem, uma abaeteense que pe-diu para não ser identi�cada ligou e foi convidada, por uma voz muito convin-cente, a participar de uma “Gincana do SBT”. Na primeira tarefa, ao identi�car 10 produtos Nestlè em sua casa, “ga-nhou” um ano de supermercado, no valor mensal de R$ 350.

Para ganhar o carro, ela deveria pas-sar os números de 10 cartões de celu-lares. Por sorte, ao correr até a farmácia

para comprar os cartões, foi alertada da farsa e desligou o telefone.

Após acionar a polícia, ela ligou para o Nosso Jornal, pedindo para que fosse publicado o alerta, pois nunca tinha ouvido falar deste golpe, que pode pre-judicar outras pessoas. Recentemente, um abaeteense chegou a perder cerca de mil reais em cartões de celular, em trapaça semelhante.

Clube Independentes de Abaeté

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Informe Publicitário

Após dois anos de muito sofrimento, com dores, depressões e constantes internações, D. Maria de Fátima Perei-ra Soares, 54 anos, respira aliviada e agradecida. Dia 29 de agosto, ela foi a sexta paciente operada de vesícula no convênio da Prefeitura Municipal de Abaeté com o Hospital São Vicente de Paulo. “Tinha dois meses que eu nem conseguia trabalhar de tanta dor. Agora, vou começar uma vida nova”, declara a diarista, ao lado do cirurgião Dr. Luciano Ferreira.

Esta é também a sensação do Sr. Valdir Alves da Silva, 48 anos, operado de vesícula dia 28 de agosto. “Estava esperando há mais de um ano para fazer esta cirurgia em Belo Horizonte. Mas ser operado aqui em Abaeté foi muito melhor. Os médicos são ótimos, e estou sendo muito bem tratado. O sistema de saúde da nossa cidade está só melhorando, graças a Deus”, ressalta o paciente, horas após a operação.

Assim como D. Maria e Sr. Valdir, todas as pessoas que estão na fila de espera por uma cirurgia de vesícula ou hérnia serão operadas em Abaeté, até o final do ano. Como são muito poucas as vagas disponibilizadas pelo Sistema

Único de Saúde (SUS) para as cirurgias de média complexidade de pacientes de Abaeté em Belo Horizonte, a Prefei-tura está investindo para oferecer, na própria cidade, o melhor atendimento à população.

Após intermediar um convênio com o Governo de Minas para reformar e equipar o Hospital São Vicente de Paulo, a Administração Municipal contratou o cirurgião Dr. Luciano Ferreira, 27 anos, residente em Abaeté desde dia 1º de agosto.

Formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora, em dezembro de 2002, Dr. Luciano fez residência em Cirurgia Geral no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, o primeiro hospital brasileiro a receber o Certificado em Excelência, equivalente ao ISO 9002 na área da saú-de. Em seguida, especializou-se em Ci-rurgia do Trauma, no Hospital João XXIII, e em Endoscopia Digestiva, no Hospital Felício Roxo, em Belo Horizonte.

Sua primeira providência, em Aba-eté, foi atender e preparar os mais de 50 pacientes cadastados na Secretaria Municipal de Saúde para as cirurgias, que começaram a ser realizadas dia 22 de agosto. Na primeira semana, foram operados quatro pacientes, mais que

a quota mensal de Abaeté na capital mineira, pelo SUS.

A Prefeitura firmou um convênio com a Cooperativa de Anestesistas do Hospi-tal São Lucas, em Belo Horizonte, que, a cada semana, envia um profissional para Abaeté. A intenção, no próximo ano, é manter um anestesista fixo na cidade, que iria uma vez por mês participar de cirurgias de alta complexidade na Santa Casa de Belo Horizonte, em busca de atualizações.

E isso é só o início de uma grande revolução na área da saúde pública em Abaeté. No início de 2007, quando todos os pacientes que estavam na fila de espera tiverem sido operados, serão atendidos também os municípios vizi-nhos. “Será a concretização da tão sonha regionalização da saúde em Abaeté. Ao invés de enviar nossos pacientes para os grandes centros, vamos trazer os pacientes da região para serem operados aqui”, prevê o prefeito Preto.

E a oferta de cirurgias não ficará restrita à área de vesícula e hérnias. “Quando resolvermos o problema desta demanda reprimida, iremos trazer outros especialistas, para as cirurgias ortopé-dicas, urológicas, otorrinas, vasculares.

Assim, vamos resolver 90% dos casos cirúrgicos de Abaeté em Abaeté, encami-nhando para Belo Horizonte apenas as cirurgias de alta complexidade”, destaca Preto.

Policlínica Regional de AbaetéLogo após a eleição de 1º de outubro,

será feita a licitação para a construção da Policlínica Regional de Abaeté. “As obras só não iniciaram ainda devido à proibição de se fazer licitações no período eleitoral. Todos os projetos estão prontos, o dinhei-ro já está na conta da Prefeitura no Banco do Brasil”, informa o prefeito.

Outra boa notícia: dentro de, no máxi-mo 60 dias, o Ciscom estará funcionando em sua nova sede, em frente ao Hospital São Vicente de Paulo, com modernos aparelhos de Raio X, Mamografia, Ultra-som (inclusive endovaginal).

Além de contribuir para uma melhor qualidade de vida à população, a ex-pectativa é que este processo de regio-nalização da saúde ajude a movimentar o comércio, a economia e o fluxo de turistas em Abaeté, gerando emprego e renda no município.

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A demagogia é a capacidade de vestir as idéias menores com as palavras maiores.

No dia 17 de agosto, a diretora da E. E. Barão do Indaiá deu abertura ao Programa Semeando, falando sobre a grande importância da água como fonte de vida.

O evento foi um sucesso, pois contou com o esforço de todos os professores da escola, que aderiram com muito en-tusiasmo ao projeto. O agrônomo José Carlos, da Emater, deu sua contribuição, proferindo uma palestra sobre o tema. Os alunos participaram com várias coreogra�as e poesias.

A escola parabeniza todos os professores, bibliotecárias e especialistas que trabalham com a�nco no desenvolvimento do programa.

O Segredo das Águas

Rafael Moura dos Santos, 5 anos, aluno do 2º período da Escola Municipal Tenen-te Ezequiel, é o campeão do Rodeio Mirim em Carneiros da 31ª Expô Abaeté. Filho de fátima e do peão Márcio, Rafael monta desde os dois aninhos de idade e sonha em ser campeão de rodeio quando crescer. Na Expô, ele ganhou seu primeiro prêmio: uma bicicleta.

É campeão

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O setor cultural de Abaeté ganhou este ano mais uma im-portante aliada. Cansada da vida estressante na capital mineira, a professora de dança Edlene Maldonado, 37 anos, mudou-se para a Cidade-Menina, disposta a compartilhar com os conter-râneos um rico aprendizado no mundo das artes.

Edlene começou a dançar jazz aos 16 anos, quando entrou para uma academia perto de sua casa, no bairro Serra. Ganhou logo uma bolsa para estudar ballet clássico. Depois, se apai-xonou pelo ballet moderno.

Nos últimos 20 anos, par-ticipou de oficinas com Airto Tenório, integrante do Grupo de Dança Deborah Colker, de renome internacional. Foi aluna de professores conceituados, como o ex-integrante do Grupo

Corpo, Luiz Gomide, Arnaldo Alvarenga e Paulo Babreck, no Palácio das Artes. Integrante do Grupo Skorpius, partici-pou de diversos festivais e mostras de dança pelo país. E também já cantou em bandas de Belo Horizonte.

Graduada em Educação Física pela UFMG e em Administração de Empresas pela Fumec, Edlene já está dando aulas de ballet clássico, no Abaeté Clube,

Teve um assassinato ontem. O crimi-noso foi preso em fragrante.Houve um assassínio ontem. O crimi-noso foi preso em �agrante.

Como se divide os verbos que você refere?Como se dividem os verbos a que você se refere?

Abraça-lhe o amigo que lhe consi-dera muito.Abraça-o o amigo que o considera muito.

Sentou-se na mesa para a janta.Sentou-se à mesa para o jantar.

Isto deu-se, quando vim na Cidade-Menina.Isto se deu, quando vim à Cidade-Menina.

Professor Modesto Pires

VERIFIQUE SE A SEGUNDA OPÇÃO É REALMENTE A CORRETA:

A felicidade não entra em portas trancadas. (Emmanuell)

Incremento à cultura

para crianças a partir de 3 anos. “Meu sonho é montar aqui um Núcleo de Dança e Expressão Corporal, para tra-balhar com crianças, jovens, adultos e terceira idade”, revela. Um outro projeto é trazer para Abaeté o namorado Prito, que trabalha em Belo Horizonte com Esporte de Aventura. O dia-a-dia dos jovens abaeteenses pode ganhar uma nova emoção.

Bata no liqüidi�cador: 4 ovos, 1 copo de açúcar, 1 copo de óleo (menos dois dedos), 1 copo de leite, 1 copo de fubá, 2 colheres de farinha de trigo, 1 colher de pó royal e 1 copo de queijo. Leve ao forno para assar. Esta é uma das delícias do Big Pastel.

Que tal um pastelzinho de carne, queijo, palmito, presunto ou de chocolate frito na hora? Ou um salgado, um bolo, um pão de queijo, um sanduíche natural? Abaeté tem.

No início de 2004, com problemas de saúde, o então motorista de caminhão Cândido José Couto Neto teve que procurar uma outra ativi-dade... e a cidade ganhou o Big Pastel. “Em suas viagens a Divinópolis, vendo as pastelarias sempre cheias, Candinho pensou que seria uma boa opção para Abaeté. Procuramos fazer cursos com especialistas em massas e apostamos nessa idéia. Deu certo”, destaca sua esposa Raquel, que também trabalha como professora.

Um diferencial é que o Big Pastel não vende bebidas alcoólicas. E vem se tornando um ponto obrigatório para abaeteenses e visitantes. “Muitos levam os pastéis para seus familiares em Pompéu, Paineiras, Cedro, Biquinhas, Morada Nova, Quartel Geral”, completa.

Big Pastel

BOLO DE FUBÁ Receita de Raquel Couto

Edlene, com alunas de Ballet: “estou amando a tranqüilidade de Abaeté”.

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Deus está nos detalhes. (Mies Van Der Rohe)

Quando se está numa roda de conversas e o assunto é a respeito do nosso dia-a-dia nas agências bancárias, as pessoas são unânimes ao dizer que não agüentam mais tantas taxas debita-das, que é um absurdo, que vão ter que fechar suas contas e que perdem boa parte do dia enfrentando filas, devido ao precário atendimento. Realmente, todos nós já passamos por isso. É de fato irritante.

Agora, quando conversamos com clientes de Cooperativas de Crédito, o comentário é outro. Começam a aparecer os elogios, e as inevitáveis comparações nos levam a constatar a grande diferença nesta relação entre instituição bancária e cliente.

Os produtos oferecidos são basi-camente os mesmos. A diferença está principalmente no atendimento e na inexistência de taxas. Tudo isso porque a Cooperativa visa apenas o lucro suficien-te para cobrir suas despesas operacio-nais e que permita seu desenvolvimento e adequação aos sistemas e tecnologias sempre mais modernas que os tempos atuais exigem.

Isso é explicado pela própria essên-cia do Cooperativismo, que visa uma Cooperação Mútua, onde o associado é que administra sua instituição, através de uma Diretoria, Conselho de Adminis-tração e Conselho Fiscal, eleito por ele e que o representa.

É por isso que sempre defendemos uma presença mais constante dos as-sociados em nossa Cooperativa - para oferecer sugestões, fazer sua crítica que, sabemos, é sempre construtiva e que será bem acolhida, a fim de eliminar falhas e com o objetivo de facilitar a vida

de todos nesse relacionamento.E nossa busca por novos produtos

e linhas de crédito não pára. Estamos sempre em contato com nossa Central e com outras Cooperativas de Crédito, buscando informações que nos deixem sempre atualizados com o Mercado, inclusive participando sempre de En-contros, Seminários e Palestras direcio-nadas ao nosso segmento, o que tem sido de muito proveito para todos que estão envolvidos na Administração da Credicim e, conseqüentemente, trará dividendos para nosso associado.

Estamos estudando, também, ma-neiras de estreitar nosso relacionamen-to com o comércio, criando e aperfeiço-ando novas linhas de crédito. Além dos financiamentos normais já oferecidos, estamos apreciando propostas sobre financiamentos de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, computadores, auto-móveis e motos, material de construção e, muito em breve, financiamento para poços artesianos, pois muitos de nos-sos associados ligados ao comércio são também fazendeiros e procuram soluções nesta área.

A Credicim está de portas abertas para receber não só seus correntistas, mas todas as pessoas que quiserem fazer pagamentos de duplicatas, água, luz, telefone, carnês, etc. Lembrando, mais uma vez, que está funcionando e foi aprovado, com louvor pelos usuários, nosso exclusivo sistema de senhas. A Credicim transformou a angustiante espera em fila num agradável bate-papo, enquanto esperam, no conforto de seu assento, tomando um cafezinho ou lendo jornais.

Alvimar Mendes de Oliveira, Diretor Financeiro da Credicim

A exemplo de alguns pais, a história registra a lembrança de um homem batalhador e dedicado que amava seus familiares. Tarefa que começou bem cedo, fazendo parte do arrimo da família, quando da perda de seu pai. Realizou-se exercendo pro�ssão humilde, com dedicação, tenacidade e perseverança. Só se casou mais tarde quando havia encaminhado os seus irmãos e encontrou o amor de sua vida numa festa em certo arraial.

A bela moça foi atraída pelo ca-risma daquele homem, que trajava impecavelmente e pelo mavioso som da clarineta que tocava. Ficaram mu-tuamente apaixonados. O tabelião do lugar celebrou-lhes a união, da qual surgiram �lhos obedientes, educados na fé, que cresceram no trabalho e es-tudaram. O amor que dedicava a eles era retribuído por todos.

O martelo era a principal ferramen-ta de seu ofício. Sentindo-se realizado, pela pro�ssão que abraçara, desejava que seus �lhos seguissem seu exem-plo.

Seus �lhos e netos foram se gradu-ando e entregavam-lhe o certi�cado obtido em cursos de faculdades. Ele pendurava o sonho de cada um na

Martelinho de Ouro: O DESEJO DE UM PAI.

Gerson Lopes

parede da sala.Algumas pessoas imaginavam que

o homem fazia isso para encobrir a frustração de seu desejo, mas estavam enganados. O que fazia era mostrar a todos o sonho dos �lhos e netos. E torcia para que cada um exercesse com dignidade a pro�ssão que abraçara. Fosse na �gura do arado, bisturi, livro ou pena, esquadro ou divã, um boticão, uma máquina de costura ou tesoura, que tivessem a honradez do martelo.

Somente um dos �lhos conseguiu o sonho do velho homem, �nalizan-do seu trabalho com a batida de um martelo. A cada sentença proferida, lembrava-se do pai. Por isso, quando o pai fez aquela inevitável viagem, mandou um artesão confeccionar, como lembrança, um martelinho e um pequenino baú, dando a cada irmão como presente para preservar o sonho do pai.

Hoje, um dos �lhos, pela vigésima vez, fez aquele gesto que somente fazia em ocasiões especiais: foi até aquela mesa, com lágrimas nos olhos, abriu o bauzinho, olhou e viu ali o martelinho de ouro. Desta vez foi diferente. Sorriu e não chorou: era Dia dos Pais.

Mãe de 10 �lhos, D. Maria José de Sousa, 63 anos, viveu, em junho, a maior tragédia de sua vida. Foi quando seu filho Roberto Carlos, com problemas mentais, assassinou o irmão Lourival a golpes de machado, dentro da sua pró-pria casa. Apesar da lembrança terrível, seu sonho é voltar a morar neste barraco, sem portas, sem janelas, com goteiras e paredes frágeis. “Morar na casa dos ou-tros é ruim demais”, desabafa a senhora, que procurou o Nosso Jornal, pedindo ajuda para as necessárias reformas.

Pedido de Ajuda

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Após um ano e nove meses de atividade, a Clínica de Fisiote-rapia da Vila Vicentina vai fechar as portas, no próximo dia 06 de setembro. Sem o alvará de funcionamento da Vigilância Sa-nitária Regional e sem a Certidão Negativa de Débito (CND) junto aos governos federal e estadual, o Conselho Central da Sociedade São Vicente de Paulo de Abaeté não consegue receber benefícios governamentais, nem �rmar ne-nhum convênio. “Sem convênios, não conseguimos cobrir as des-pesas mensais de manutenção, que giram em torno de 700 a 800 reais. Não podemos continuar tirando dinheiro da Vila Vicentina para cobrir os prejuízos”, explica o presidente do Conselho Central, Geraldo Santos Batista.

Uma das mais bem equipadas clínicas de �sioterapias da região, o “Centro de Recuperação Física Zé Luiz Boiadeiro” conta com modernos aparelhos de ultra-som, microondas, ondas curtas, estimulação elétrica, turbilhão, para�na, infravermelho, aparelhos respiratórios (respiron, inalador e fluter) e equipamentos para cinesioterapia (bicicleta e esteira ergométricas, barras paralelas, escada e rampa de canto, espal-dar, elásticos thera band, digi�ex, caneleira, alteres), além de cinco camas pequenas.

Estes equipamentos foram doados pela Central do Dízimo, uma ONG de empresários de São Paulo, quando a Vila Vicentina era presidida pelo Peninha. “E �caram um bom tempo encaixotados, até que o Quito do Zé Luiz nos patroci-nou a reforma do prédio para instalação da clínica”, lembra Geraldo.

Inaugurada em 24 de maio de 2003, o centro de �sioterapia só começou a funcionar dia 03 de janeiro de 2005, com a contratação da �sioterapeuta Giselle Campos Ude. Devido ao longo tempo parado, um dos aparelhos teve que ser enviado direto para a assistên-cia técnica, antes mesmo de ser utiliza-

Era uma vez, uma clínica de�sioterapia da Vila Vicentina...

do. “E o que vai acontecer agora com todo esse equipamento?”, preocupa-se a �sioterapeuta.

Geraldo Santos diz que todas as reformas solicitadas pela Vigilância Sanitária (de Sete Lagoas) foram rea-lizadas e não entende por que não foi ainda liberado o alvará. Outro problema é uma dívida antiga da Vila Vicentina com o INSS, no valor de R$ 23 mil. “Para quitar este débito, pensávamos vender um imóvel da Vila, mas o Conselho Me-tropolitano de Formiga não autorizou”, informa Geraldo. Ele ressalta que hoje a Vila está em dia com suas obrigações sociais/trabalhistas e com os fornece-dores, mas esta dívida antiga só vai aumentando. A Vila Vicentina sobrevive de doações e de 70% da aposentadoria dos internos que recebem este benefí-cio. A expectativa é que haja alguma intervenção da comunidade ou do Poder Público Municipal para que esta história do Centro de Fisioterapia tenha um �nal feliz.

Além dos internos da Vila Vicentina, a �sioterapeuta Giselle Ude atende alguns particulares (que não cobrem o montante das despesas mensais da Clínica)

Uma clínica muito bem equipada

Não são necessárias muitas palavras: apenas que sejam eficazes, pois, à maneira das sementes, serão espalhadas. (Sêneca)

COMARCA DE ABAETÉ - EDITAL DE 1ª E 2ª PRAÇA. O Dr. Célio Marcelino da Silva, MM. Juiz de Direito desta Comarca, no exercício do cargo, na forma da lei, etc. FAZ SABER a todos quantos o presente edital de praça, com prazo de 05 dias, virem ou dele conhecimento tiverem, extraído dos autos da Ação de Execução Extraju-dicial movida por AGUIMAR JOSÉ DA SILVA JÚNIOR contra ABAVEL - ABAETÉ VEÍCULOS LTDA., proc. nº 0002 06 008411-4 que, às 14:00 do dia 15 de setembro de 2006, no saguão do Fórum “Dr. Edgardo da Cunha Pereira” , na rua Frei Orlan-do, 404, Centro, nesta Comarca, o Oficial-porteiro dos auditórios deste Juízo trará a público o pregão de venda e arrematação a quem mais der e melhor lanço oferecer em hasta pública, acima da avaliação judicial realizada em 12/06/2006, que foi de R$ 12.000,00, o imóvel de proprie-dade da executada , depositado em poder do representante da requerida, sr. Sandro Nicoli de Faria, a saber : 1º)- Um lote de terreno urbano, nesta cidade de Abaeté/MG, no bairro Re-nascença, de número 13 da quadra número 02, situado na Avenida Míl-ton Campos, com a área de 395,40 m2, tendo 13,18 metros de frente e fundos e 30,00 metros nas laterais, dividindo pela frente com a mencio-nada avenida, pela direita com o lote 12, pela esquerda com o lote 14, e pelos fundos com o lote 05, registra-do no CRI local sob o nº 01-15.898, fl. 36, do livro 2 - BC, avaliado em R$12.000,00 (doze mil reais). Se não alcançar lanço superior à avaliação, será feita a venda, a quem mais der, desde que não seja preço vil, em 2ª hasta pública, designada para o dia 29 de setembro de 2006, às 14:00 ho-ras. Quem quiser arrematar dito bem, compareça a este Juízo nos dias, lugar e hora supra designados. Para conhecimento de todos os interes-sados, expediu-se o presente edital, que será afixado no lugar de costume na sede deste Juízo e publicado na forma da lei. Expedido em Abaeté, em 18 de agosto de 2006. Eu, (a) Raquel Álvares de Sousa, escrivã em substituição, o subscrevi.

(a) Célio Marcelino da Silva, Juiz de Direito

Poder Judiciário do estado de Minas Gerais -

Justiça de PriMeira instância

Fotos Christiane Soares

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Ainda este ano, a Associação dos Pais e Amigos do Excepcional (Apae) de Abaeté pode fechar um convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), conseguindo maior autonomia financeira e recursos para a contratação de mais um �sioterapeuta, um fonoaudiólogo e um terapeuta ocupacional. Hoje, segundo o presidente Rossini Gon-tijo, a Apae arrecada cerca de R$ 4 mil mensais em contribuições, para uma despesa em torno de R$ 6 mil. “Apesar deste dé�cit, estamos em dia com todos os impostos, temos a Certidão Negativa de Débito (CND) junto aos governos estadual e federal e estamos fazendo uma ampla reforma nas instalações para nos adequar às exigências do SUS”, informa.

Com uma verba de R$ 30.735, liberada em junho através do de-putado estadual Sávio de Souza

Cruz, dia 04 de agosto, começaram a ser reestruturados o telhado, o piso, a parte elétrica, a lavanderia, o depósito de materiais de limpeza. A próxima eta-pa será a construção de um consultório dentário e o fechamento de um convê-nio com a Prefeitura, param a liberação de um dentista para atender tanto os alunos da Apae como as crianças de

baixo poder aquisitivo do bairro Marmelada.

O projeto de engenharia será doado pelo engenheiro Eugênio Macedo (Chelinho) e todos os equipamentos necessários, no valor de R$ 66 mil, já se encontram na Apae. “Conseguimos um consultório bem completo, moderno, por intermédio do ex-secretário estadual de saúde, Marcus Pestana, e do deputado federal e

Boas notícias para os amigos da Apae

A Semana do Excepcional foi aberta com uma alegre e gostosa recepção na Prefeitura.

presidente Nacional das Apaes, Eduar-do Barbosa. Agradecemos muito esta ajuda. E também ao nosso conterrâneo Ronaldo Gontijo, que recentemente intermediou a liberação de um Fiat Uno para a Apae”, ressalta Rossini.

Ele agradece também o apoio de todos os sócios-contribuintes e amigos da Apae, sem os quais não seria possível a manutenção da entidade. E a todos que colaboraram para o sucesso da Semana do Excepcional, realizada de 21 a 25 de agosto, com visitas à Prefeitura, à Praça de Esportes, às escolas estaduais Frederico Zacarias e Barão do Indaiá, à fazenda do Lauro e Ana Lúcia. “Com esta solidariedade, com muita transparência e dedicação, esperamos oferecer cada vez mais carinho e qualidade de vida aos 104 alunos da Apae. Eles são como os �lhos que eu ainda não tive”, �naliza Rossini, convidando todos a visitar esta grande família.

Cine Foto Cente-

Sejam bem vindos o s p e q u e n i n o s cidadãos recém-chegados à Cidade Menina: João Pe-

dro (dia 25/07, �lho de Júnior e Renata),

Bruna (dia 26/07, �lha de Calasans e Joana), Gustavo (dia 26/07, �lho de Cláudio e Priscila), Dalca (dia 26/07, �lha de Roseval e Vilma), Maria Clara (dia 31/07, filha de Alexandre e Maria Emília), Átila (dia 04/08, �lho de Átila e Gláucia), Kaio (dia 12/08, �lho de Marcelo e Luana), Patrícia (dia 14/08, �lha de Vander e Cássia), Marcos Viní-cius (dia 14/08, �lho de Marcos e Marilene), Rebeca (dia 19/08, �lha de Reinaldo e Sara).

Noticiamos a par-tida dos seguintes conterrâneos de volta à Pátria Espi-ritual: Tereza Ben-to Alexandre (dia 29/07, nascida em 13/06/1924),

Ruth Maria de Almeida (31/07, nasc. 27/03/1918), Waldemar da Costa Leão Sobrinho (04/08, nasc. 24/05/1945), Geni Maria de Jesus (05/08, nasc. 12/07/1936), Abel Gomes Ferreira (07/08, nasc. 12/06/1943), Manoel Sebastião da Silva (10/08, nasc. 09/01/1925), José Raimundo Vieira (11/08, nasc. 11/11/1918), Augusto Ribeiro da Silva (13/08, nasc. 20/09/1929), Silvano Geraldo Alves Silva (14/08, nasc. 17/08/1964), Maria José Lopes (16/08, nasc. 04/06/1915), Nair Alves da Silva (17/08, nasc. 13/03/1949), Pedro Henrique Antônio Silva Souza (17/08, nasc. 13/08/2006), Leovigildo José Vieira (20/08, nasc. 07/08/1946), Alina de Oliveira Campos (23/08, nasc. 12/10/1934), Caique Pereira da Cunha Castro (24/08, nasc. 24/08/2006), Iraci Ribeiro da Costa (27/08, nasc. 31/10/1935).

Uma grama de ação vale mais do que uma tonelada de teoria. (Friedrich Engels )

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Com o tema “Diálogo familiar e com Deus’’ e o lema “Família fonte de vida e cons-trutora da paz”, nossa comunidade paroquial, mais uma vez, se mobilizou na celebração da “Semana Nacional da Família”. A Comissão Diocesana da Pastoral Familiar de nossa Diocese de Luz, tendo como integrante uma família de Abaeté, elaborou um livrinho com sugestões de celebrações, com ampla autonomia e liberdade para cada paróquia e comunidade celebrar a Semana da Família, segundo sua própria realidade, com vistas à unidade e à comunhão eclesial em nossa Diocese.

Foram sugestões no sentido de valorizar-mos a família e, ao mesmo tempo, confirmar os propósitos da 2ª Assembléia Diocesana do Povo de Deus do seu Plano de Evan-gelização e do projeto “Formamos a Igreja Viva”, neste ano enfocando a “Pessoa: ética, afetividade e espiritualidade.”

Antecedendo a Semana da Família, dia 8 de julho, foi realizada em Valência, na Espanha, o “5º Encontro Mundial das Famílias”, onde nosso querido Papa Bento XVI falou para um milhão e quinhentos mil fiéis, de todos os lugares e raças. O Papa enfatizou que a família, segundo a doutrina da Igreja, possui quatro metas fundamentais e imutáveis: ser comunidade de pessoas que se amam mutuamente; ser santuário da vida, desde a concepção até a morte natural; ser célula primeira e vital da sociedade e ser Igreja doméstica e missionária. Bento XVI lembrou ainda que, pastoralmente, temos de estar atentos a não limitarmos o conceito de família a “pai, mãe e filho”, mas, como Igreja, Mãe amável e terna, acolher entre nós todas as famílias, “em qualquer situação em que elas se encontrem”.

A Semana Nacional da Família na Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio de Abaeté, foi realizada de 12 a 20 de agosto.

No sábado, dia 12, aprovei-tando o mês vocacional, tivemos a abertura com uma homenagem antecipada ao “Dia dos Pais” na Missa da Família e, logo após, confraternização no Salão Paro-quial, com um Bingo Dançante. A homenagem aos Pais foi feita também domingo, às 19 horas, na Matriz.

No segundo dia, foi rezado o Terço da Família, com a contemplação dos Mistérios Gozosos, enfocando a polêmica e dolorosa situação do aborto. O terceiro dia foi marcado pela missa e bênção especial da Família, com renovação pelos casais dos compromissos do Sacramento do Ma-trimônio.

No quarto dia, as crianças das escolas estaduais, municipais e particulares, da APAE e do Programa Minas Olímpica Nova Geração desenvolveram desenhos e textos com o tema “A família, como vai?”

O quinto dia foi marcado pela Hora Santa da Família, com enfoque na importância da Eucaristia na Vida Familiar: “Fica conosco, Senhor”. No sexto dia, a Via Sacra enfocou os desafios enfrentados atualmente pela família, destacando a Defesa da Vida, a Pessoa, Ética e Afetividade

No domingo, dia 20, houve o encerra-mento festivo, com a participação de toda a comunidade, de modo especial das escolas, de suas crianças e famílias, para leitura e comentário dos desenhos e redações es-colhidas. Indiferente de qualquer resultado, queremos afirmar que todos os trabalhos foram premiados, uma vez que Família não tem nenhuma melhor que a outra. Somos pessoas em processo no caminho da vida, apenas diferentes na forma de ser, ver, amar, viver e conviver.

Todavia, de acordo com o tema proposto,

foi escolhido, na categoria “desenho”, o trabalho de uma criança da fase I de cada escola: Rayanne Silva (E. M. Irmã Maria de Lourdes, Profa. Ireni), Flávia Aparecida Oliveira (E. E. Barão do Indaiá, Profa. : Aidê), Andreza Silva Soares (APAE, Profa Maria Aparecida), Keisa Pereira da Silva (E. M. Chico Cirilo, Profa Maria Rita da Silva), Nathiele Lucas Pereira (E. E. Frederico Zacarias, Profa. Antonieta

Gontijo), Leonardo Silva Jr. (I. Educacional Criativo de Abaeté, Profa Eustânia), Edilene P. Silva (E. M. Senador Sousa Viana, Profa. Tânia), Gleiciane Barbosa (E. M. Tenente Ezequiel, Profas. Aline e Calistene).

Nas fases II, III e IV, foi escolhido o texto de Luís Paulo. Ribeiro (E. M. Senador Sousa Viana, Profa. Ângela). Dos trabalhos de 5ª a 8ª séries, foram premiados: a poesia de Geraldo Magela da Silva Jr (E. E. Frederico Zacarias, Profa. Vanderlene) e o texto feito com muita maturidade pela adolescente da 7ª série da CNEC, Eduarda Rodrigues (Profa. Fatinha).

Foram contemplados também os textos da aluna Luele Eduarda da Silva (do Minas Olímpica) e de uma estudante que retrata um quadro real e sofrido de sua família, merecedora de nosso amor, apoio, carinho, respeito, acolhida e ação. A premiação será feita nas escolas pelo Frei Marco Túlio e Pastoral Familiar.

Através dos trabalhos apresentados por nossas crianças, pudemos, escola, família e comunidade, fazer um diagnóstico e per-ceber, mesmo que tenuamente, o rosto de nossas famílias abaeteenses, uma vez que lidar com o ser humano tem razões que a própria razão desconhece.

Um ponto, porém, ficou visível, claro, transparente, real e indiscutível: a impor-tância de se ter uma família, com o que

tudo nela se encerra - luzes, trevas, acertos, erros, subidas, caídas, sonhos e decepções! A importância de caminharmos juntos nos momentos difíceis e a esperança de que sempre alguma coisa pode ser feita - e com isso, mudar o curso da vida familiar, onde reine o amor, a dignidade, o respeito às diferenças, a ajuda mútua, onde todos possam viver em paz consigo mesmo, com Deus e os irmãos!

Mais importante, porém, que se ter uma família é ser Família: ser família na escola, em nossa casa, com nossos vizinhos, no trabalho e em comunidade. Até mesmo o Céu desejou ser família, para que a família pudesse ser Céu.

Nossos Freis, Marco Túlio, Nicolau e João Bosco, juntamente com a Pastoral Familiar, agradecem a todos a participação na “Semana Nacional da Família”. Parabeni-zamos as escolas pelos trabalhos ricamente apresentados, com tanto carinho, orientados pelos professores, pedagogas e diretoras. E às crianças, que souberam com tanta fidelidade e amor, às vezes com sofrimento e dor, falar um pouco sobre sua família e o que representa para elas, o nosso abraço fraterno e carinhoso!

Esperamos que a “Semana Nacional da Família” traga copiosas bênçãos e graças para nossas famílias e do mundo inteiro, principalmente as mais sofridas e abando-nadas. E que, no ano de 2007, haja maior participação de todos, formando rede de comunidades em busca de Famílias Aba-eteenses mais fraternas, santas e felizes, a exemplo da Família de Nazaré. Unindo nossa voz à dos anjos todos do céu cante-mos: “Abençoa, Senhor, as famílias. Amém! Abençoa, Senhor, a minha também!”

Semana Nacional da Família - 2006Lana Pereira - Pastoral Familiar

PArtIcIPE dO BAIlE dA UNIdAdE - Dia 23/09, 23 h, no Abaeté Clube. Promoção: Lions, Rotary, Loja Maçônica e IPAS. Renda revertida para reforma da Matriz.

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O mundo não deve ter fronteiras, mas horizontes. (André de Botton )

Exemplo de Determinação

Apesar de todas as dificul-dades, de todos os problemas, sempre existem aquelas pessoas que podem ser consideradas um exemplo para todos. Exemplo de força, de batalha e de perseve-rança. Assim é Rosana de Sousa Coelho, 42 anos, mais conhecida como Branca.

A vida sempre foi muito difí-cil para ela. Integrante de uma família de 13 irmãos, começou a trabalhar aos 10 anos como babá e não parou mais. Antes disso, vendia pé-de-moleque e sabão que a mãe fazia. Já foi balconis-ta, doméstica, vendedora. Hoje, trabalha como sacoleira, ven-de peças íntimas, cosméticos, passaportes para a Exposição. Ganha uns trocados ajudando nos bufês e até lavando túmu-los ou limpando banheiros nas festas. Como ela mesma diz : “ Não escolho serviço”. A respeito da difícil situação dos empregos em Abaeté, Branca completa : “Não tem emprego para quem não quer trabalhar!”

E foi assim, com muito tra-balho, muita determinação e muita economia, que Branca conseguiu realizar o sonho da casa própria. Sem a ajuda do ex-marido, de quem se separou em 95, após 10 anos de uma sofrida

união. A �lha Érica tinha apenas sete anos de idade. “Foram tempos difíceis. Ele nunca mandou pensão, e eu tinha que arcar sozinha com todas as despe-sas, como aluguel, água, luz, armazém, plano de saúde”, conta.

“Graças a Deus, a ajuda dos amigos nunca faltou”, ressalta Branca. Princi-palmente quando ela teve problemas sérios de saúde, que a impediram de trabalhar por mais de 60 dias. “Nessa época, já tinha conseguido comprar meio lote, no bairro Marmelada, e minha casa estava com as paredes le-vantadas. Estava �cando desesperada, mas o povo de Abaeté é bom demais. Ganhei muito material de construção”, recorda, agradecida.

Há três anos morando na casa nova,

Branca investe agora na construção do muro e da varanda. “Parece um sonho. Às vezes, �co sentada na porta de casa, rezando e agradecendo a Deus”, decla-ra. Ela sempre pede também pelo futu-ro da �lha, hoje com 18 anos, batalha-dora como a mãe. “Érica trabalha desde pequena, tomando conta de crianças e dançando. Na última Expô Abaeté, teve uma participação no show de Cezar Menoti e Fabiano, juntamente com o amigo Celismar”, orgulha-se Branca.

Que seu exemplo de mulher bata-lhadora e persistente possa in�uenciar a todos aqueles que não têm forças para lutar e desistem no primeiro obs-táculo.

Monique Soares de Sousa

Branca: “às vezes, �co sentada na porta de casa, rezando e agradecendo a Deus”.

Papai. Este mês completo meu 2º aninho.

Quantas conquistas realizei, me sinto uma mocinha! Faço coisa que até eu mesma não acredito. Você adoraria!

Mas o que me deixa triste... é saber que você, Papai, não está aqui. Nós vivemos juntos menos de três meses e, mesmo assim, aprendi te respeitar, te amar e a sorrir, sorrir muito.

Minha risada é igual à sua, meu pe-zinho é torto como o seu. Adoro boi, ca-valo e quero aprender e gostar de tudo, como você. Sentir que a vida é realmente um presente de Deus.

Mesmo nesse pouco tempo juntos, conheci o que é segurança e o que é ser amada, pois dormia todas as noites segurando sua mão.

Tenho minha Mamãe pertinho de mim e não vejo você... Mamãe diz que você está perto do “Papai do Céu” e cuida de mim de lá, mas eu queria mesmo é que você estivesse aqui, bem pertinho, segurando minha mão, como antes.

A primeira palavra que eu falei foi Papai, sabia? Olho suas fotos todos os dias para não esquecer o seu rosto, porque a saudade Papai é demais!

Às vezes, vejo a mamãe chorando e não entendo... deve ser saudade também. Vocês estavam sempre jun-tos e tão felizes!

Vou crescer e ser uma moça muito responsável, amiga, sorridente, cari-nhosa e especial como você.

À noite, quando tem estrelas no céu, fico olhando e te procurando entre elas, esperando que você sim-plesmente sorria pra mim.

Penso, penso e não entendo por que você não volta...

É difícil viver sem você... Quanta saudade, PAPAI!

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DONA MARIETA E O MENINO

DR. TININHO, de Belo Horizonte

Minha humilde narrativa transfigura-se em uma ode, já aproseada pelos arautos e poetas da língua portuguesa, atestando o caráter, a bravura, a disposição e as lutas da mulher brasileira. No anonimato de suas vidas, em todo rincão brasileiro, cada uma vai cantando ou chorando em seu canto, executando as tarefas com que a materni-dade as abençoou.

Simbolizando essa personagem na sua galhardia, a mulher abaeteense, D. Marieta, encarna as sublimes dádivas da Mãe de Deus. Além de mãe de oito filhos, foi uma batalhadora incansável ao lado do marido Salvino, na administração da fazenda e nas atividades comerciais, atrelada ainda aos afazeres domésticos.

Possuidora de formação primária, po-rém premiada com a lucidez e disposição invejáveis, destacou-se nos negócios, na educação dos filhos, na garantia da estabi-lidade financeira dos herdeiros, na proteção do patrimônio e nas amizades sinceras que sempre encantam a vida.

O dia 05 de agosto marcou a comemo-ração dos 83 anos desta singular mulher, porém, uma gigante matriarca.

O LIMIAR DESTA UNIÃO:Uma vida! Duas famílias! Uma história

em comum! Tudo começou lá pelos idos da década de 1930, com o relacionamento do casal Toizinho do Bicué/Alcina e os recém-casados Tinho Vitor/Jovita.

Na década de 30/40, a família de Tinho/Jovita estava de mudança da Fazenda Criciúma, lá na beira do Rio Pará (Martinho Campos) para Abaeté. Eles acompanharam meus avós, Miguel/Manhota, que vieram morar na Fazenda Maritaca, de propriedade de Juquinha Maria.

Na esperança de novos sonhos e seguindo a tradição de família, meus pais compraram uma fazenda na beirada do córrego Bandeira, próximo ao Aeroporto Internacional de Abaeté.

AMIZADE: O caminho da região do Bandeira/Abae-

té cruzava a Fazenda Bicué, de propriedade do Sr. Toinzinho/D. Alcina. O local tornou-se

passagem e parada obrigatórias para uma boa prosa entre o Toizinho e o Tinho, além de possibilitar o saborear de um café com bolo de fubá ou com biscoito frito de polvilho preparados carinhosamente por D. Alcina. Entre conversa daqui e interesse de lá, a entabulação de negócios/trocas de animais e produtos agrícolas que ambos possuíam, sempre resultavam em pactos ou negócios comerciais.

Com o passar dos anos de convivência, a afeição foi aumentando e envolvimentos familiares levaram-lhes a se tornarem compadres, em razão de batismos de filhos. Uma prole numerosa encantava o lar de D. Alcina: Marieta do Salvino, Celuta do Tonho do Xande, Ninica do João Eugênio, Tereza, Zezé, Celina, Bina, Celma e Toti, Olinto, Zé Bento, Avelino, Tonho Bento e Wilson.

NASCIMENTO DE FILHOS: O Sr. Miguel Saldanha tinha alugado, na

cidade, um casarão antigo da D. Mariquinha, próximo à sonda d’água (Poço artesiano). Nos fins de semana, a família vinha para a cidade assistir à missa dos domingos, participar das festanças regionais e outros divertimentos para a meninada.

Neste ambiente, Dona Jovita deu à luz ao Dr. Tininho e posteriormente à Wilma. Nessa época, o resguardo da parturiente durava 40 dias e tinha que ser respeitado. Nesse período, a mulher restabelecia suas energias, aumentava o leite materno, toma-va as canjas de galinha com fubá de moinho d’água, precedida de goles de cachaça queimada com canela. E a criança tinha o umbigo curado para, posteriormente, ser enterrado ou escondido no telhado, para trazer sorte.

AJUDA DOMÉSTICA:Meu pai trabalhava muito na lida da

fazenda (ordenha das vacas, trato dos por-cos, limpeza de pastos, etc). E os serviços domésticos sobrecarregavam nesta época a minha mãe Jovita, além de conter as peralti-ces das crianças: Tininho, Wilma e Teca.

D. Alcina, percebendo a sobrecarga da gama de serviços que desabava sobre sua comadre Jovita, num gesto de generosida-

de, cedeu a Marieta, que já tinha terminado o curso primário, para ajudá-la, por algum tempo, a cuidar dos meninos.

E lá se foi a Marieta, de mala e cuia, para a Fazenda do Bandeira, na garupa do cavalo, conduzida pelo meu pai, com o fardo de cuidar e vigiar as crianças.

Há pouco tempo, ela lembrou-me de tantas travessuras que eu fazia: numa delas, jogava gatinhos dentro da cisterna. Noutra, afirmava que eu andava sempre nu, pois a moralidade ainda não havia sido despertada em minha consciência.

Certo dia, em companhia de um cachor-rinho chamado “Chibiú”, o menino tinha sumido, acompanhando um gado que fora deslocado para outro pasto que estava reservado. A casa entrou em pavorosa. Caça daqui, caça dali, vasculha-se a casa toda, espia na cisterna, procura debaixo das camas, nos currais e possilgas... e nada! O desespero fora total.

Lembrou-se meu pai que o menino gostava de tocar as vacas, munido de uma vara de pau. E recordou-se que, dias antes, tinha feito o remanejo dos animais. Estaria aí a possibilidade do Dr. Tininho ter acompanhado os animais, que, por instinto, deslocavam-se para o novo local onde o capim estava mais farto.

Grota acima e morro abaixo, saíram gritando meu nome, já que a manga (pasto) era distante. Sol a pino e levado pelo sono, o menino tinha adormecido debaixo de uma árvore, tendo a seu lado o escudeiro inseparável “Chibiú”.

De longe, o cachorrinho percebeu os gritos de meu pai e começou a latir, confirmando a minha presença no local. Ele corria para o lado do meu pai e, em desenfreada carreira, dirigia-se ao local do esconderijo, demonstrando incontida alegria.

Em lá chegando, meu pai percebeu minha cara de sono, o corpo suado e todo mordido de mosquito. A aventura não foi motivo para pancadas, porém a repreensão foi imediata e a alegria de toda família no reencontro do fujão.

MATRIMÔNIO À VISTA:Dividindo com a Fazenda do Bicué,

existia a do Sr. Antonio Lourenço/D. Rosa. O filho Salvino despertara interesse pela Marieta e, como dizia a filosofia popular, “casa-se sua filha com o filho do vizinho”. Namoro vai, namoro vem, missa na cidade aos domingos, pagodes com sanfonas, violão e cavaquinhos na vizinhança, o relacionamento começa a tornar-se coisa séria, resultando no enlace de Marieta com Salvino. Em poucos anos, o padre no altar aguardava os noivos para a cerimônia de casamento, abençoando o futuro lar.

A casa solitária da Sá Rosa começa a receber novos personagens. Após o primeiro rebento, Toninho, outros tomaram assento à mesa: Rosinha, Juquinha, Eunice, Vera Lúcia, Tina, Wilma, Marta e Carlinhos

.REGOZIJO:Hoje, o velho menino, Dr. Tininho, vem

homenagear, a menina da terceira idade, D. Marieta, que ajudou uma mãe a cuidar dos pimpolhos encapetados, na fala maternal de D. Jovita.

Nós, você e este escriba, passamos no tempo. Os corpos físicos ou os arcabouços externos podem até demonstrar sinais de que muitas coisas mudaram: os cabelos brancos, as rugas pelo corpo, as mãos às vezes trêmulas, a dificuldade de andar, os sintomas de doenças que prenunciam o nos-so crepúsculo ou os lapsos de memória.

Concomitantemente, porém, o senti-mento interior e a fé se agigantam com o aprendizado da vida, a sensação do dever cumprido, as muitas alegrias e os momentos felizes que desfrutamos, a certeza de que tentamos encaminhar bem os filhos para a vida, os apoios moral e financeiro que, por dádivas de Deus, pudemos oferecer, além do exemplo de vida, que muito nos orgulha e que, mesmo que não deixássemos nenhuma herança e nem outros dotes para os filhos, isso só marcaria a razão de nossa existência na terra, à semelhança da Mãe Divina e do Filho de Deus.

Felicidades Dona Marieta! Para-béns!!!!

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A educação é aquilo que sobrevive depois que tudo o que aprendemos foi esquecido. (B. F. Skinner)

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“Felicidade é a certeza que nossa vida não está se passando inutilmente” (Érico Veríssimo)“Feliz de quem passa pela vida tendo mil razões para viver” (Dom Hélder Câmara)

LAÉRCIONo momento em que estamos, com as bênçãos de Deus, comemorando seus 80 anos, queremos celebrar com você toda a alegria desta grande conquista, lem-brando o que dois mestres escreveram sobre a felicidade da vida. Porém, mais feliz que você somos nós, pois tivemos a felicidade de fazer parte desta história e contar sempre com seu amor, seu carinho e seu apoio no comando sereno de uma família sempre unida e presente. Felicidades!!!

Maria das Graças, Filhos e Netos.

PEDRO e HELEN casaram-se dia 19/08, no Abaeté Clube, em uma ce-rimônia que contou com a presença dos �lhos, paren-tes, amigos e autoridades, como o prefeito e esposa.

Obrigada, meu Deus, pelo meu PAPAI GIULIANO.Que ele seja muito aben-çoado no seu aniversário, dia 28 de setembro, e em todos os dias de sua vida.

Papai, te amo.Um beijão de sua �lha

Giovanna

ROBERTAParabéns pelos 5 aninhos, dia 23/09. Você é a luz que brilha em nossas vidas. Que o Menino Jesus a abençoe hoje e sempre! Muita saúde, paz e alegria. Beijos da mamãe Michele, do pa-pai Roberto, dos vovôs Gustinho e Antônio, das vovós Ducarmo e Luíza, das titias Mônica, Cecília e Isabel e do titio Tininho.

VITÓRIA HELENANada seria o suficiente para expressar todo amor que senti-mos por você. E nessa data tão especial (18/09), quando você completa 5 anos, lhe desejamos muita saúde, sucesso e que Deus ilumine sempre seu caminho. Mamãe Rejane, Dé (Nilson), Pa-pai Danilo, vovós Zezé e Sizínio, Maria Luísa e Peninha.

JÚLIA Parabéns pelo seu 7º aniver-sário, dia 21/09. Neste dia, e em todos de nossas vidas, agradecemos a Deus a bên-ção de ter você a nosso lado e pedimos que Ele sempre ilumine seus caminhos. Amamos você demais!

Seus pais, Delma e Ailton, sua avó, primos e tias.

ANA PAULAAgradecemos a Deus a felicidade imensa de tê-la ao nosso lado, enchendo de luz e felicidade nossas vidas. Que Deus a abençoe hoje e sempre. Parabéns pelo seu aniversário, dia 11/09. Beijos do papai Pre-tinho e da mamãe Adélia.

Um círculo é a distância mais longa para o mesmo ponto. (Tom Stoppard)

Dia 22/08/06, nasceu ANDRÉ LUIZ, uma nova vida para ilumi-nar e alegrar ainda mais o lar de seus pais, Ivone e Anderson. Des-de já, receba o carinho dos padrinhos Cláudia e Alvimar.

Aos queridos aniversariantes D. ANTÔNIA (dia 10/09) e VICENTE LAMOUNIER (NEM, dia 16/09), os nossos parabéns, o carinho e muitos beijos de Silvana, Graziele, Kellen, Breno, Raimundo e Petrus. Amamos vocês!

Parabéns à FER-NANDINHA, que comemorou seu 6º aniversário dia 26/08, ao lado do grande guerreiro pai/mãe Pepito, do irmão Luan, da ma-drinha Glória e de amigos queridos.

Ao amigo ARMANDO GRE-CO, todo o nosso carinho e gratidão pela ajuda nos momentos mais difíceis. Você tem sido como um anjo, encaminhando as pessoas menos favorecidas para tra-tamentos de saúde em Belo Horizonte. Muito obrigado. Geraldo Miguel e família.

Aos queridos aniversariantes D. ANTÔNIA (dia 10/09) e VICENTE LAMOUNIER (NEM, dia 16/09), os nossos parabéns, o carinho e muitos beijos de Silvana, Graziele, Kellen, Breno, Raimundo e Petrus. Amamos vocês!

Obrigada à Equi-pe Amaral, que idealizou e fez com que esse momento acontecesse.

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Se alguém te fere, desculpa e esquece, lembrando que o espinho dilacera porque não tem a contextura da flor. (Emmanuel )

NATÁLIA CAROLINAHoje, 12/08, você está co-lhendo a 11ª rosa em seu jardim. E olhe que é só o começo, nesse enorme jar-dim �orido. Parabéns pelo seu dia e por ser essa criança tão especial. Felicidades! De seus pais Adriana e Mar-quinho.

ROGÉRIO Parabéns pelo seu ani-versário, dia 13/09,e pelo exemplo de vida e companhei-rismo. Que você continue sendo esse �lho maravilhoso!Abraços de sua mãe Iracema, seus irmãos Nilson, Nelson, Neide e Zoraíde.

HELLEN. Você é uma pessoa abençoada por Deus, pois tem um carisma que

conquista a todos que cruzam o seu caminho. Por isso tantos amigos

e familiares querem lhe dar um abraço e parabéns pelo seu

aniversário, dia 25/09. Seja sempre essa pessoa linda que amamos. Beijos de sua mãe Cássia, João, Rafael.

JOÃO CARLOSTodas as palavras do mundo não são capazes de descre-ver o amor que sentimos por você. Parabéns pelo seu aniversário, dia 29/09. Que Deus o abençoe e ilumine sua vida. São os votos de sua esposa Adriana, seu �lho Sérgio e

de toda sua família.

SÉRGIO AUGUSTOParabéns pelo seu aniver-sário, dia 18/09. Que Deus o ilumine sempre. Que você continue sendo esta benção em nossas vidas. São os votos de sua mãe Adriana, seu pai João Car-los e de toda sua família. Amamos você!

MARIANA Há 3 anos, você nasceu e encheu nossas vidas de alegria. Agrade-cemos ao Papai do Céu por você existir e ser essa m e n i n a t ã o maravilhosa. Parabéns pelo seu aniversário, dia 17/09. Que o Menino Jesus a ilumine e abençoe hoje e sempre. Beijos da mamãe Andréia e do Pa-pai Bode.

LORENA NAYARANeste dia

1º, que o sol brilhe com toda

intensidade e que as estrelas

transmitam muita luz sobre você, para que todos os outros

dias da sua existência sejam

de profundos signi�cados.

Parabéns pela passagem dos seus 15 anos. Seus pais, Ro-

berto e Lúcia, e sua irmã Larissa.

HUGOParabéns pelo seu aniver-sário dia 13/09. Mesmo mo-rando longe de nós, em Bra-sília, você sempre está em nossos corações. Amamos você! Muitas felicidades e um beijo carinhoso de seus tios Leila e Agustinho, sua avó e primos.

CÉSAR Dia 10 de setembro, você completa 9 anos de vida. Esta data é especial demais para todos nós, que o ama-mos muito! Que Deus o abençoe sempre! Beijos damamãe Leila, papai Agusti-nho, irmão João Pedro, avós e tios.

LUÍSAChegou seu 2º aniversário!Viver cada dia a seu lado,Nos dá a certeza de que a vida é mais forte.Viver cada dia a seu lado,Nos faz sentir que a esperança é companheiraDo homem por onde quer que ele vá.Viver cada dia a seu lado, Nos faz reconhecer que a alegria é um bemQue passa de Pai para �lho.Viver cada dia a seu ladoNos mostra que o amor é o que sobreviveDepois que tudo perdemos.Viver cada dia a seu lado, Nos credencia a dizer que a alma da criança,É a maior enciclopédia de ensinamentos.Viver cada dia a seu lado,Nos faz reconhecer que nossa evoluçãoComo seres imortais depende de VOCÊ!

“Voe livre e feliz, além de aniversários e através do sempre!”

Mamãe Poliana, Papai Marcílio e toda sua família.

09/09/2006

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Em matéria de felicidade só se possui aquela que se dá. (Emmanuel )