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4º TRIMESTRE • 2010 • Nº 293 Nossas crenças ponto a ponto

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Pai • Filho • Espírito Santo • Bíblia Sagrada • Criação do mundo • Criação do ser humano • Queda e restauração do ser humano • Jesus

Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão • Justificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírito Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batismo

por imersão • Ceia do Senhor • Lava pés • Sã doutrina • Abstinência • Temperança • Lei dos dez mandamentos e sua vigência • Verdadeiro dia de descanso • Distinção das leis • Manutenção da obra: dízimos e ofertas • Submissão às autoridades e liberdade de consciência • Casamento, lar e

família • Igreja • Mortalidade da alma • Dia da crucificação e ressurreição de Jesus • Segunda vinda de Cristo • Ressurreições dos mortos • Milênio • Juízo final • Origem e extinção do mal • Nova terra – o lar dos remidos

• Pai • Filho • Espírito Santo • Bíblia Sagrada • Criação do mundo • Criação do ser humano • Queda e restauração do ser humano • Jesus

Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão • Justificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírito Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batismo

por imersão • Ceia do Senhor • Lava pés • Sã doutrina • Abstinência • Temperança • Lei dos dez mandamentos e sua vigência • Verdadeiro dia de descanso • Distinção das leis • Manutenção da obra: dízimos e ofertas • Submissão às autoridades e liberdade de consciência • Casamento, lar e

família • Igreja • Mortalidade da alma • Dia da crucificação e ressurreição de Jesus • Segunda vinda de Cristo • Ressurreições dos mortos • Milênio • Juízo final • Origem e extinção do mal • Nova terra – o lar dos remidos •

Pai • Filho • Espírito Santo • Bíblia Sagrada • Criação do mundo • Criação do ser humano • Queda e restauração do ser humano • Jesus

Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão • Justificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírito Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batismo

por imersão • Ceia do Senhor • Lava pés • Sã doutrina • Abstinência • Temperança • Lei dos dez mandamentos e sua vigência • Verdadeiro dia de descanso • Distinção das leis • Manutenção da obra: dízimos e ofertas • Submissão às autoridades e liberdade de consciência • Casamento, lar e

família • Igreja • Mortalidade da alma • Dia da crucificação e ressurreição de Jesus • Segunda vinda de Cristo • Ressurreições dos mortos • Milênio • Juízo final • Origem e extinção do mal • Nova terra – o lar dos remidos

• Pai • Filho • Espírito Santo • Bíblia Sagrada • Criação do mundo • Criação do ser humano • Queda e restauração do ser humano • Jesus

Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão • Justificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírito Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batismo

por imersão • Ceia do Senhor • Lava pés • Sã doutrina • Abstinência • Temperança • Lei dos dez mandamentos e sua vigência • Verdadeiro dia de descanso • Distinção das leis • Manutenção da obra: dízimos e ofertas • Submissão às autoridades e liberdade de consciência • Casamento, lar e

família • Igreja • Mortalidade da alma • Dia da crucificação e ressurreição de Jesus • Segunda vinda de Cristo • Ressurreições dos mortos • Milênio • Juízo final • Origem e extinção do mal • Nova terra – o lar dos remidos •

4º TRIMESTRE • 2010 • Nº 293

Nossas crenças ponto a ponto

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MISSÃO DA ESCOLA BÍBLICA

Transformar as pessoas em discípulas de Cristo, através do ensino e da prática da palavra de Deus.

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Copyright © 2010 – Igreja Adventista da PromessaRevista para estudos na Escola Bíblica. É proibida a reprodução parcial

ou total sem autorização da Igreja Adventista da Promessa.

REDAÇÃO

Jornalista responsável Pr. Elias Pitombeira de Toledo MTb. 24.465

Redação e preparação Alan K. Pereira Rocha, Edney Rodrigues Brito, Eleilton Wil-liam de Souza Freitas, Fernando dos Santos Duarte, Genilson S. da Silva, Jailton Sousa Silva, Valdeci Nunes de Oliveira, Virginia Ronchete David.

Revisão de textos Eudoxiana Canto Melo

Editoração Farol Editora

EXPEDIENTE

REDAÇÃO – Rua Boa Vista, 314 – 6º andar – Conj. A – Centro – São Paulo – SP – CEP 01014-030Fone: (11) 3119-6457 – Fax: (11) 3107-2544 – www.portaliap.com – [email protected]

REVISTA PARA ESTUDOS NAS ESCOLAS BÍBLICAS4º TRIMESTRE – 2010 – Nº 293

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

Diretor Genilson S. da Silva

Conselho Editorial Adelmilson Júlio Pereira Aléssio Gomes de Oliveira Edney Rodrigues Brito Genilson S. da Silva Gilberto Fernandes Coêlho José Lima de Farias Filho Manoel Pereira Brito Otoniel Alves de Oliveira Sebastião Lino Simão Valdeci Nunes de Oliveira

de originais

Capa Marco Murta

Seleção de hinos Silvana A. de Matos Rocha

Leituras diárias Alan K. Pereira Rocha

Atendimento e tráfego Geni Ferreira Lima Fone: (11) 2955-5141

Assinaturas Informações na página 112

Impressão

Gráfica Regente Av. Paranavaí, 1146 – Maringá, PR Fone: (44) 3366-7000

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SUMÁRIO

Nossas crenças ponto a ponto

ABREVIATURAS 4

APRESENTAÇÃO 5

1 No Pai No Filho No Espírito Santo

6

2Na Bíblia Sagrada Na criação do mundo Na criação do ser humano

13

3Na queda e na restauração do ser humanoEm Jesus Cristo: Salvador e Mediador da humanidadeNa regeneração

21

4Na conversãoNa justificaçãoNa adoção

29

5Na santificaçãoNa preservaçãoNo batismo no Espírito Santo

37

6Nos dons espirituaisNa oração e sua eficáciaNa cura divina

46

7No batismo por imersãoNo lava-pésNa ceia do Senhor

54

8Na sã doutrinaNa abstinênciaNa temperança

62

9Na lei dos dez mandamentos e sua vigênciaNo verdadeiro dia de descanso Na distinção das leis

69

10Na manutenção da obra: dízimos e ofertasNa submissão às autoridades e liberdade de consciênciaNo casamento, no lar e na família

77

11Na igreja de CristoNa mortalidade da almaNo dia da morte e da ressurreição de Jesus

86

12Na segunda vinda de CristoNas ressurreiçõesNo milênio

95

13No juízo finalNa extinção do malNa nova terra, lar dos remidos

102

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ABREVIATURAS DE LIVROS DA BÍBLIAUTILIZADAS NAS LIÇÕES

ABREVIATURAS DE TRADUÇÕES E VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS NAS LIÇÕES

ANTIGO TESTAMENTOGênesis GnÊxodo ExLevítico LvNúmeros Nm Deuteronômio DtJosué JsJuízes JzRute Rt 1 Samuel 1 Sm 2 Samuel 2 Sm1 Reis 1 Re2 Reis 2 Re1 Crônicas 1 Cr 2 Crônicas 2 CrEsdras Ed Neemias NeEster EtJó JóSalmos SlProvérbios PvEclesiastes EcCantares CtIsaías IsJeremias JrLamentações LmEzequiel Ez Daniel DnOséias OsJoel JlAmós AmObadias Ob Jonas JnMiquéias MqNaum NaHabacuque HcSofonias SfAgeu AgZacarias ZcMalaquias Ml

NOVO TESTAMENTOMateus MtMarcos McLucas LcJoão JoAtos AtRomanos Rm1 Coríntios 1 Co2 Coríntios 2 CoGálatas Gl Efésios EfFilipenses Fp Colossenses Cl 1 Tessalonicenses 1 Ts 2 Tessalonicenses 2 Ts1 Timóteo 1 Tm2 Timóteo 2 TmTito TtFilemon FmHebreus HbTiago Tg1 Pedro 1 Pe2 Pedro 2 Pe1 João 1 Jo2 João 2 Jo3 João 3 JoJudas JdApocalipse Ap

ARA – Almeida Revista e AtualizadaARC – Almeida Revista e CorrigidaAS21 – Almeida Século 21ECA – Edição Contemporânea de AlmeidaNVI – Nova Versão Internacional

KJA –Tradução King James AtualizadaBV – Bíblia VivaBJ – Bíblia de JerusalémTEB – Tradução Ecumênica da BíbliaNTLH – Nova Tradução na Ling. de Hoje

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APRESENTAÇÃO

Pela graça de Deus, chega até você a última série de lições de 2010, que tem por título: O que cremos: as nossas crenças ponto a ponto. Ela traz uma visão geral das doutrinas bíblicas cridas por nós. Estas precisam ser cada vez mais conhecidas por você.

Para não ser como criança, empurrado por qualquer vento de ensina-mentos de pessoas falsas, você precisa conhecer bem o que cremos. Para não se tornar alguém que ensina alguma doutrina diferente, você precisa conhecer bem o que cremos. Para não deixar de dar atenção ao verdadei-ro ensinamento, você precisa conhecer bem o que cremos. Para ser capaz de perceber o erro dos que são contra o ensinamento verdadeiro, você precisa conhecer bem o que cremos.

Para falar e viver de acordo com o que convém à sã doutrina, você precisa conhecer bem o que cremos. Para continuar obedecendo de todo o coração às verdades que estão nos ensinos que recebeu, você precisa conhecer bem o que cremos. Para admoestar pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, você precisa conhecer bem o que cremos. Para poder identificar os que promovem escândalos contra a doutrina que aprendeu, você precisa conhecer bem o que cremos.

Para não viver segundo preceitos e doutrinas dos homens, você pre-cisa conhecer bem o que cremos. Para não estar entre os que apostatam da fé, você precisa conhecer bem o que cremos. Para não dar atenção a espíritos enganadores e a ensinamentos que vêm de demônios, você precisa conhecer bem o que cremos. Para não ser levado pelos erros de pessoas imorais, você precisa conhecer bem o que cremos.

Para salvar tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem, você precisa conhecer bem o que cremos. Enfim, para continuar crescendo na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, você precisa conhecer bem o que cremos.

Glória a ele, agora e para sempre! Amém!

Pr. Genilson S. da SilvaDiretor do Departamento de Educação Cristã

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6 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010

TEXTO BÁSICO: Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (Mt 28:19)

INTRODUÇÃO: Na lição desta semana, primeira de uma nova série de lições bíblicas, que tem por título: O que cremos: nossas crenças ponto a ponto, veremos alguns aspectos relacionados às três pessoas da triunida-de divina: o Pai, o Filho e o Espírito. A palavra “triunidade” não aparece nas Escrituras, mas foi criada para expressar uma verdade encontrada em toda a Bíblia: a de que Deus subsiste eternamente em três pessoas distintas e co-iguais. Todas elas são, igual e plenamente, divinas; no entanto, existe um único Deus (Dt 6:4; Tg 2:19). Nosso objetivo, aqui, é mostrar, através da Bíblia, a nossa crença sobre cada uma das pessoas da triunidade.

I. A NOSSA CRENÇA SOBRE O PAI

Começaremos a nossa abordagem tratando sobre o Pai. É difícil per-cebermos a distinção entre as pessoas da triunidade no Antigo Testa-

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Domingo, 26 de setembro .............Mt 28:19Segunda, 27 .....................................Mt 3:16-17Terça, 28 ................................................... Jo 1:1-3Quarta, 29 ..............................................Gn 1:1-2Quinta, 30 ................................................At 5:3-4Sexta, 1 de outubro ........................2 Co 13:13Sábado, 2 ..................................................Ef 4:4-6

Mostrar ao estudante da Escola Bíblica a nossa crença sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

2 OUT 2010

1Hinos sugeridos: BJ 50 / BJ 203

No Pai No Filho No Espírito Santo

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mento, que, de forma inquestionável, enfatiza um Deus único. Contudo, essa distinção existe. Encontramos algumas alusões às três pessoas que compõem a triunidade.1 Quando somadas à revelação posterior do Novo Testamento, essas alusões do Antigo Testamento permitem-nos enten-der corretamente a natureza do Deus Triúno. Isso acontece no que diz respeito à pessoa do Pai, por exemplo. Deus é chamado de Pai, em al-guns textos do Antigo Testamento (cf. Dt 32:6; 2 Sm 7:14; Sl 68:8, 89:26; Is 63:16, 64:8; Jr 3:4, 19; Ml 1:6, 2:10).

A designação “Pai” não era muito comum para se referir a Deus, no An-tigo Testamento, principalmente para não confundir o Deus de Israel com os deuses tidos como progenitores pelos pagãos.2 No Novo Testamento, entretanto, as referências bíblicas à pessoa do Pai são numerosíssimas: mais de 200 (cf. Mt 5:16, 6:9, 26:53; At 1:4; Rm 1:7; Gl 1:3; Ef 6:23, etc.). Quando so-mamos os textos do Antigo Testamento à revelação do Novo Testamento, descobrimos que o Pai é uma das pessoas da triunidade. Todos esses textos bíblicos revelam-nos informações preciosas e importantes sobre a pessoa do Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Pd 1:3). Veremos algumas delas.

A Bíblia afirma, e, por isso, cremos que o Pai é divino, isto é, ele é Deus: Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação (Jo 6:27 – grifo nosso – cf. 2 Co 1:2; Ef 4:6; 1 Pd 1:2-3). Se o Pai é Deus, consequentemente, é, também, eterno (Sl 90:2). Deus, o Pai, existe antes de todas as coisas. Não foi gerado e nem criado; sempre existiu e sempre existirá. O passado, o presente e o futuro são, igualmente, conhecidos por ele, que observa to-dos os acontecimentos como um todo interrelacionado. A Bíblia diz que ele é eternamente bendito (2 Co 11:31); nos deu uma eterna consolação (2 Ts 2:16). Também nos diz que a vida eterna que nos foi manifesta estava com o Pai (2 Jo 1:2). Ele é perfeito (Mt 5:48) e, em seu ser, não há mudan-ça ou sombra de variação (Tg 1:17).

As Escrituras também mostram que o Pai é onisciente (1 Pd 1:2; Mt 6:4, 6, 18). Além disso, Deus Pai é mencionado como Senhor soberano de toda a criação: ... para nós há um só Deus, o Pai, de quem todas as coisas procedem e para quem vivemos (1 Co 8:6). Tudo vem dele e é para ele que vivemos. Da mesma forma, o Pai também é o sustentador do universo; está presente e ativo na sua criação. Ele criou o mundo, mas não o aban-donou a sua própria sorte; antes, intervém na história do universo. É o Pai que está no céu quem faz nascer o sol sobre maus e bons e faz chover

1. Ryrie (2004:59-60).2. Severa (1999:92).

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sobre justos e injustos (Mt 5:45). É ele quem alimenta as aves do céu (Mt 6:26) e sabe das nossas necessidades básicas (v. 32).

O Pai não é um mero poder ou mesmo uma influência impessoal. Pelo contrário, é um ser pessoal, que possui a capacidade de raciocinar, sentir e almejar: Preocupa-se com os desfavorecidos (Sl 68:5); perdoa pecados (Mt 6:15; Mc 11:25); tem vontade própria (Mt 7:21; 18:19; Lc 12:32; 22:42; Jo 6:40; Gl 1:4); responde orações (Lc 11:13; 12:30-32); é sobre todos, por todos e está em todos (Ef 4:6). As Sagradas Escrituras também afirmam que o Pai é o responsável pelo planejamento da obra da redenção (Ef 1:3-6). Lembramos que, em todas as obras relacionadas ao Pai, existe a co-participação do Filho e do Espírito Santo.

Em vista dessas considerações a respeito do Pai, concluímos que, já que ele é o nosso criador e sustentador, com toda certeza, precisamos depender dele, em todos os momentos da nossa vida. Nós fomos cria-dos para a sua glória. De forma semelhante, por intermédio do plano de redenção e eleição, projetado e planejado pelo Pai, alcançamos salvação e vida eterna em Cristo Jesus. Que cada um de nós aprenda a confiar e obedecer a esse Deus que tanto nos ama, que está assentado no trono (Ap 3:21), que é e sempre será Pai de misericórdias, Deus de toda consola-ção (2 Co 1:3). Ao nosso Deus e Pai seja dada a glória (Fp 4:20).

01. ApóslerMt28:19eaintrodução,responda:Oquesignificadizerque Deus é um ser Triúno?

02. Leia Jo 6:27; 2 Co 1:3; Ef 4:6 e responda: Qual a verdade que estes textos ensinam sobre a pessoa do Pai?

03. Façaaleiturade1Pd1:2;1Co8:6;Mt6:26-32ecomentecomaclasseoquemaisestestextosnosensinamsobreapessoadoPai.

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II. A NOSSA CRENÇA SOBRE O FILHO

Reconhecer a divindade de Jesus Cristo é imprescindível, no que con-cerne à doutrina da triunidade. Nós cremos que Jesus é plenamente Deus. Na Bíblia Sagrada, há diversos textos que asseguram, de maneira explí-cita, a divindade de Cristo, como, por exemplo, João 1:1: No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Mais adiante, João narra a declaração de Tomé a Jesus: Senhor meu e Deus meu (Jo 20:28). O apóstolo Paulo também declara que Jesus é o grande Deus: ... aguardan-do a bendita esperança e manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo (Tt 2:13 cf. Rm 9:5). Pedro, de igual forma, reconhe-ceu a divindade de Cristo: ... nosso Deus e Salvador Jesus Cristo (2 Pd 1:1).

Dessa forma, negar que Cristo é Deus é negar completamente o que diz a Bíblia Sagrada, já que vários textos bíblicos asseguram a divindade de Jesus Cristo, bem como seus atributos divinos, os mesmos do Pai e do Espírito Santo (cf. Jo 1:1, 8:58, 17:5; Fp 2:5-6; Cl 1:17; Hb 13:8; 1 Jo 1:1). Jesus não tem começo, nem término, nem sucessão de momentos em seu próprio ser. Ele é eterno. Outra prerrogativa divina também atribuída a Jesus é a autoridade para perdoar pecados (Mc 2:5-7, 10).

Do mesmo modo, a Bíblia mostra que Jesus esteve presente e ativo na criação de todas as coisas (Jo 1:3). Esses são apenas alguns dos muitos atributos divinos que a Escritura aplica a Cristo. Além da natureza divina, Jesus veio ao mundo como ser humano, com todas as limitações que o homem possui: fome, sede, frio e cansaço, por exemplo. Sobre isso, a Bí-blia assegura: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai (Jo 1:14). Em outro texto, lemos: Eu mesmo o vi com meus próprios olhos e o ouvi falar. Eu toquei nele com as minhas próprias mãos (1 Jo 1:1 – BV).

Deus se fez gente para identificar-se com o ser humano. O Verbo en-carnado enfrentou os mesmos dilemas que nós enfrentamos; sentiu o que sentimos: compaixão (Mt 9:36), ira (Mc 3:5), angústia (Jo 12:27), re-jeição (Mt 26:69-74). Ele também derramou lágrimas (Jo 11:35); sentiu medo (Lc 22:42), cansaço (Jo 4:6), teve sede (Jo 19:28), fome (Mt 4:2). A grande diferença de Cristo com relação a nós é que, quando esteve aqui, ele não pecou. O autor de Hebreus diz que ele foi tentado em todas as coisas em semelhança de nós, mas sem pecado (Hb 4:15). Mesmo tendo

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passado por todo tipo de tentação, como nós também enfrentamos, Je-sus não cometeu pecado algum.

Jesus Cristo era plena e verdadeiramente Deus e plena e verdadeira-mente homem. Por sabermos que ele era e é Deus, podemos confiar no seu amor, na sua misericórdia e no seu cuidado. Além disso, sua fideli-dade constante é uma boa razão para que nossas ansiedades e preocu-pações sejam colocadas diante do Filho. Já por sabermos que ele viveu como homem, podemos ter a certeza de que, aqui, ele enfrentou dificul-dades e tentações, como também nós enfrentamos. Ele nos entende. Isso nos dá força para seguirmos sempre avante, em direção ao nosso alvo maior, que, nada mais é do que um dia nos encontrarmos com ele: Jesus Cristo, o autor e consumador da fé.

04. Leiaoprimeiroparágrafodocomentárioanterioreresponda:QuetextobíblicopodemosusarpararprovarqueJesuséDeus?

05. QualatributoequaisobrasdivinasaBíbliaconfereaoFilho,indicandoqueeleéDeus,nosseguintestextos:Hb13:8;Mc2:10;Jo1:3.

06. ApóslerJo1:14e1Jo1:1,comenteoqueessestextosdizemsobreaencarnaçãodeJesus?Essaverdadelhedáconforto?Porquê?

III. A NOSSA CRENÇA SOBRE O ESPÍRITO SANTO

Depois de estudarmos um pouco mais a respeito do Pai e do Filho, atentaremos para o Espírito Santo. Nós cremos que ele é Deus. Não podemos confundi-lo com uma energia, um poder ou uma força. Nos dias atuais, existe muita confusão em torno do Espírito Santo. Muitos o estão tratando como se ele fosse apenas um poder, que fica, constan-

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temente, à disposição dos crentes, o que não é verdade. A Bíblia mostra que o Espírito Santo é uma pessoa divina.

O Espírito Santo é um ser pessoal – assim como o Pai e o Filho o são –, e não simplesmente uma força impessoal e ativa de Deus. Por ser uma pessoa, o Espírito Santo tem intelecto (1 Co 2:10-11), vontade (1 Co 12:11) e sentimentos (Ef 4:30). Da mesma forma, a Bíblia atribui a ele atos pessoais, como: ensinar (Lc 12:12), guiar (At 8:29), falar e escolher (At 13:2), interceder (Rm 8:26) e convencer (Jo 16:8). O próprio fato de ele ser descrito como Consolador (função que somente uma pessoa pode executar) também demonstra o caráter pessoal do Espírito Santo.

Com relação a sua deidade, um dos textos mais claros a esse respeito se encontra no livro de Atos. No capítulo 5, versículo 3, na pergunta de Pedro a Ananias, ele afirma: ... por que encheu Satanás teu coração, para que mentis-por que encheu Satanás teu coração, para que mentis- mentis-ses ao Espírito Santo. E, no versículo 4, o apóstolo completa: ... não mentiste aos homens, mas a Deus. Portanto, fica claramente evidenciada, nestes ver-sículos, a deidade do Espírito Santo. As Escrituras tratam como próprias dele várias qualidades que só são empregadas com relação a Deus, tais como: eternidade, onipresença, onisciência, onipotência, liberdade, santidade, etc.

Ainda com relação a esse aspecto, as Escrituras apontam que o Espí-rito Santo participou da criação dos céus e da terra (Gn 1:2), sendo, da mesma maneira, responsável pela regeneração dos crentes (Jo 3:5-7; Tt 3:5), operando, também, na conversão das vidas a Cristo Jesus (Jo 16:7-8). Além disso, a própria encarnação milagrosa de Jesus é atribuída, dire-tamente, a uma ação do Espírito Santo (Mt 1:20). Outra ação do Espírito Santo, de extrema importância para nós, é a inspiração das Escrituras, que são a revelação especial de Deus (2 Tm 3:16).

Outra obra importante do Espírito Santo é a que diz respeito à for-mação e à expansão da igreja de Cristo. Durante todo o decorrer do livro de Atos, nós o vemos claramente guiando e dirigindo a igreja. É ele quem dá o testemunho de Jesus e aumenta o nosso conhecimento a respeito do Salvador. As Sagradas Escrituras asseguram que o Espírito Santo guia a igreja sempre na verdade, livrando-a do erro e impulsio-nando o corpo de Cristo na sublime tarefa da proclamação do evange-lho da salvação: ... mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra (At 1:8).

Como crentes em Jesus, tenhamos a certeza de que o Espírito Santo habita em nossas vidas (1 Co 3:16). Ele é o nosso Guia e o Consola-dor prometido pelo Filho para estar sempre conosco, em todos os

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momentos. Além disso, podemos ter a certeza absoluta de que é o Espírito Santo quem nos capacita com dons e talentos para servirmos à igreja, que é o corpo de Cristo na terra. Por fim, ele nos impulsiona a testemunhar do amor do Pai, demonstrado por meio de Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador.

07. Como podemos provar que o Espírito Santo é um ser pessoal e não uma força? Baseie-se em 1 Co 2:10-11, 12:11; Ef 4:30 e nos dois primeirosparágrafosdocomentárioanterior.

08. LeiaAt5:3-4eresposta:Oqueestetextocomprovaclaramentesobre a pessoa do Espírito Santo?

09. Combasenostrêsúltimosparágrafosdocomentário,comentecomaclassealgumasdasobrasrealizadaspeloEspíritoSanto.

CONCLUSÃO: A Bíblia Sagrada é categórica, ao afirmar que existe

somente um único Deus, e clara, ao mostrar que esse Deus, poderoso e único, subsiste eternamente, por meio de três pessoas distintas e co-iguais: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Nós cremos assim! Deus é um em sua essência. Essa essência é única e indivisível; não está frag-mentada. Pai, Filho e Espírito Santo possuem a totalidade da essência divina. Esse Deus ama e cuida de cada um de nós. Por isso, podemos ter a convicção de que não estamos sós e nem desamparados, porque ele sempre está conosco. Deus nos cerca por trás e por diante, sendo impossível fugir da sua presença (Sl 139:1).

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TEXTO BÁSICO: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça. (2 Tm 3:16)

INTRODUÇÃO: Nesta lição, estudaremos a doutrina sobre a Bíblia Sa-grada, sobre a criação do mundo e a criação do ser humano. Estas três verdades são essenciais, pois são os meios que Deus utiliza para revelar-se à humanidade. Deus permite ao homem conhecê-lo por intermédio de sua criação e das Sagradas Escrituras. A Bíblia Sagrada é a maior fonte de conhecimento dada ao homem cuja finalidade é conduzi-lo à salva-ção. E as criações do mundo e do ser humano ocupam um lugar proe-minente na apresentação que a Bíblia faz de Deus. Estudemos estes três pontos fundamentais da nossa fé.

I. A NOSSA CRENÇA SOBRE A BÍBLIA SAGRADA

Nós cremos na Bíblia Sagrada. A Bíblia é um conjunto de 66 livros

(39 são do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento), que foram

9 OUT 2010

2Mostrar a nossa crença na Bíblia Sagrada, na criação do mundo e na criação do homem.

Domingo, 3 de outubro: .............Sl 119:105Segunda, 4: ................................2 Tm 3:16-17Terça, 5: ..................................................Hb 4:12Quarta, 6: ..............................................Sl 33:6,9Quinta, 7: ...............................................Ap 4:11Sexta, 8: ...........................................Gn 1:26-27Sábado, 9: ................................................ Is 43:7

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Na Bíblia Sagrada Na criação do mundo Na criação do ser humano

Hinos sugeridos: BJ 202 / BJ 33

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escritos por cerca de 40 autores em um período de 1500 anos, aproxi-madamente. Para nós, ela é a palavra de Deus. Antes de tudo, precisa-mos entender o conceito de revelação. Revelação é um ato divino pelo qual Deus se dá a conhecer de modo redentor à humanidade decaída1. Isso ele faz, entre outras formas, por intermédio da sua palavra escrita. Deus providenciou para que ela fosse escrita porque, de outro modo, o homem não buscaria conhecê-lo (Rm 3:11).

É necessário sabermos que a Bíblia Sagrada é inspirada por Deus. Isso quer dizer que tudo o que foi escrito e compilado originou-se pela in-fluência divina sobre os escritores, e esta tinha o intuito de preservá-los de erros para que eles registrassem de forma fidedigna a revelação divi-na.2 Alguns autores bíblicos, como, por exemplo, Moisés, basearam sua composição na tradição oral e escrita, e outros textos surgiram de uma vasta pesquisa história e pesquisa de campo, como fez Lucas (Lc 1:1-4); outros, ainda, foram relatos de vivências. Mas isso em nenhum momento os eximiu da inspiração divina.

Nós cremos que a inspiração é dinâmica, ou seja, o Espírito Santo coordenou todo o processo da escrita bíblica. Sendo assim, os auto-res, com suas singularidades, escreveram os textos de acordo com seus perfis. Amós, por exemplo, era um boiadeiro; Moisés, um homem que cresceu na corte egípcia; Lucas, um médico; Paulo, um erudito. Essa re-alidade diversa promoveu um compêndio com estilos diferentes, mas com um resultado coeso e confiável, em que não há contradição. Deus usou as aptidões pessoais, como capacidade de pesquisa, raciocínio e arte para expressar sua vontade.

Há dois tipos de evidência sobre a inspiração: a interna e a externa. A interna provém da própria Bíblia (2 Tm 3:16; 2 Pe 1:12a). Os autores do Antigo Testamento sabiam que escreviam a palavra de Deus (Dn 4:2). E Jesus atestou sua veracidade (Mt 5:17-20). A evidência externa é obser-vada através da exatidão bíblica (não contém absurdos), da unidade (a despeito de vários autores, que viveram em diferentes épocas e culturas), da circulação (livro mais vendido e traduzido da história), da atemporali-dade (livro mais antigo, contudo é atual), da preservação (ao longo dos anos em face da perseguição) e, por fim, das profecias cumpridas.3

1. Lima (2006:14)2. Idem, p. 173. Pearlman (2009:34)

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A inspiração da Bíblia é completa e não parcial (2 Tm 3:16). A ela são atribuídas mais algumas características como: inerrância, pois tudo o que diz é absolutamente verdadeiro e livre de erros (Sl 119:142, 160); autori-dade, porque é a própria palavra de Deus; clareza, porque, mesmo que algumas passagens exijam maior diligência para serem entendidas, ela concede a todas as pessoas o direito de ler, interpretar e compreender; suficiência, pois contém informações adequadas para encaminhar à sal-vação e à edificação (Sl 19:7-8), e importância, no sentido de que ela é necessária, porque informa acerca de Deus.4

Sendo assim, espera-se que os cristãos se dediquem ao estudo, com reverência e afinco. O aprimoramento no relacionamento com Deus exi-ge uma vida devocional que consiste no estudo diário da Bíblia. Mas como proceder com a leitura? O estudo não deve ser feito aleatoriamen-te, mas de forma sistemática. Sugerimos o seguinte modelo: ore, reflita, memorize e pratique.5 Peça ao Espírito Santo que o ilumine, a fim de compreendê-la (2 Tm 2:7). É Deus quem dá o entendimento, mas nossa função é refletir sobre o que o texto original quis dizer e sobre sua apli-cação. Leia, releia e decore. Lembre-se: Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes (Tg 1:22).

01. Apartirdaleituradoprimeirotópico,responda:Oqueéinspiração?

02. QuaissãoosdoistiposdeevidênciasdainspiraçãodaBíblia? Dêexemplos.

03. CiteascaracterísticasdaBíbliaecomente.

4. Cheung (2008:35)5. Stoot (2004:176)

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II. A NOSSA CRENÇA SOBRE A CRIAÇÃO DO MUNDO

Nós cremos que Deus criou o mundo. Os dois primeiros capítulos de Gênesis registram a criação. Este é um livro histórico, que contém infor-mações sobre fatos. Portanto, não é composto por linguagem figurada ou poética, mas factual. Em Gênesis 1:1, lemos que Deus criou o céu e a terra, e a palavra hebraica usada para Deus neste texto é Elohim. Esta é uma palavra para se referir à divindade, e sua forma é plural.6 Por esse motivo, cremos que a criação foi executada pela Trindade, ou seja, houve a partici-pação do Pai (Sl 102:25), do Filho (Cl 1:17-18) e do Espírito Santo (Jó 33:4).

No princípio, nada existia além de Deus, pois somente ele é eterno. Não havia nenhuma matéria preexistente que fosse visível e pudesse ser moldada (Hb 11:3). Concluímos, então, que Deus formou o mundo a par-tir do nada. Ele conferiu forma a tudo que existe, e o fez sem esforços. O instrumento utilizado na criação foi sua voz (Gn 1). Deus disse: Haja, e tudo passou a existir.7 A partir desse ato, entendemos algumas verdades: Deus simplesmente ordena que situações aconteçam, e, imediatamente, elas acontecem. A criação é uma ação da vontade divina, não do acaso. Contudo, não podemos confundir a criação com o próprio Deus.

Sendo Gênesis um livro histórico, podemos ter a convicção de que o cosmos citado no primeiro capítulo foi criado em seis dias literais. A pa-lavra usada na passagem bíblica para dia (no hebraico, yowm) tem a ideia de um dia de 24 horas. O que certifica isso, além do uso do numeral à sua frente (ex. primeiro dia), é o fato de que o relato diz que cada um dos dias da criação tinha tarde e manhã.8 A criação do sábado e o fato de ser o dia ordenado por Deus para o descanso também corroboram essa verdade. Os textos de Êxodo 20:11, 31:17 declaram que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo.

Deus é o Criador de tudo o que existe, tanto as coisas inanimadas quanto as animadas. O seu propósito, ao criá-las, era de que o glorificas-sem. A criação inanimada faz um discurso silencioso acerca da grandeza e do poder divinos: Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Sl 19:1-4, 146-150). E a humanidade o

6. Ryrie (2004:208)7. Dagg (2003:90)8. Lima (2006:154)

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glorifica cumprindo o plano divino para ela: ... e os que criei para minha glória (Is 43:7; cf. Ef 1:12; Cl 1:16). Qualquer pessoa pode compreender o caráter divino através das obras de suas mãos.

Deus se revela através da criação: Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas (Rm 1:20). Por meio delas, compre-endemos que Deus é soberano e controla todo o universo (Jó 38-39; Sl 147:4,8,9, 15-20). Também o vemos projetando e executando com exce-lência (Gn 1:31). A criação é dependente dele para subsistir (Cl 1:17). Só o Criador tem capacidade e sabedoria para sustentar todo o universo.

Ao findar de cada dia, Deus avaliou sua criação e a aprovou: ... e viu Deus que isso era bom (Gn 1:4,10,12,18,21). A tudo o que criou, conferiu valor inestimável, pois tudo fez parte de seu plano bem traçado e finali-zado com excelência. Sendo assim, cada parte da criação ocupa um lugar singular que Deus determinou. Tudo o que ele criou é imprescindível. Ele se agradou da sua criação e a ama. Portanto, nós também devemos pres-tar-lhe consideração. Como podemos fazer isso? Preservando tudo o que o Senhor soberano fez. Não destrua a criação, mas cuide dela.

04. LeiaGênesis1:1ecomenteaatuaçãodaTrindadenacriaçãodomundo.

05. LeiaedigaqualfoioinstrumentoqueDeusutilizounacriaçãodomundo. O que isso revela?

06. LeiaRomanos1:20eresponda:OqueDeusrevelaacercadesimesmo,atravésdacriação?Digaqualfoioseupropósitoaocriaromundo.

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III. A NOSSA CRENÇA SOBRE A CRIAÇÃO DO SER HUMANO

Nós cremos que Deus criou o ser humano. Esta criação foi um ato consciente de Deus e não um processo evolutivo da natureza. Esse mo-mento, bem como tudo o que fora criado antes, partiu de um prévio planejamento da Trindade. No sexto dia, Deus (elohim) disse: Façamos o homem à nossa imagem conforme a nossa semelhança (Gn 1:26a). Nessa frase, o verbo e o sujeito, conforme aprendemos anteriormente, estão no plural. Essa é uma evidência da atuação da Trindade. No final desse ver-sículo, a Trindade delimitou o projeto da criação e declarou quais seriam suas caracterísitcas e seus propósitos.

O primeiro relato da criação do ser humano (Gn 1:26-28) enfatiza o propósito da criação. Nesse texto, Deus declara que o homem deveria ser fecundo e se multiplicar, e ainda lhe deu o poder de dominar sobre as demais criaturas. Deus também deu ao homem algumas funções, como: cultivar a terra, cuidar do jardim e nomear os animais (Gn 2:15,19,20). Para mostrar o valor que atribui ao homem, Deus lhe concedeu a capaci-dade de governar a Terra (Sl 8:5-8). O homem ocupa uma posição privi-legiada, e isso implica responsabilidade sobre as demais obras de Deus.

No segundo relato (Gn 2:4-25), a Bíblia esclarece detalhes da consti-tuição do homem e da mulher. Essa constituição envolveu dois aspec-tos: a utilização de materiais inorgânicos e o sopro de fôlego de vida (Gn 2:7). O nome do primeiro homem, Adão, no hebraico, faz parte de um jogo de palavras, que significam: “tirado da terra”.9 Eva, da mesma forma, foi formada por Deus a partir de materiais preexistentes (costela do homem). Mas o que tornou Adão e Eva seres viventes foi o fôlego de vida, que lhes foi entregue através do sopro divino. É somente Deus quem concede a vida ao ser humano (Ec 12:7).

Outra característica do ser humano é a imagem e semelhança de Deus. Essas palavras são as traduções do hebraico tselem e demuth, que sig-nificam imagem moldada e similaridade, respectivamente.10 Com isso, entendemos que o homem herdou de Deus não a aparência física, mas as facetas de sua personalidade e cognição, ou seja, pensamentos, emo-ções e arbítrio, bem como natureza espiritual, com o intuito de conhecê-

9. González (2008:99)10. Ryrie (2004:218)

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lo (Os 6:3a) e adorá-lo (Sl 95:6). A criação do homem difere de todo o restante da criação, pois ele é obra das mãos de Deus e possuí capacida-de para ter um relacionamento com ele.

A mulher foi criada após o homem, mas tem as mesmas característi-cas inerentes a este. Logo, tem o mesmo valor e posição perante Deus (Gl 3:28). Ela veio a existir com uma finalidade específica: suprir a carên-cia afetiva e física do homem. A função da mulher é ser uma auxiliadora idônea. Entendemos, assim, que o companheirismo, a ajuda mútua e o relacionamento conjugal são, portanto, propósito de Deus na criação da mulher. O relacionamento de ambos deve refletir o relacionamento de Deus com seu povo e de Cristo com a sua noiva, a igreja (Ef 5:24-33).11

Quando Deus criou o ser humano, tinha propósitos pré-estabele-cidos. Ele teria capacidade de refletir, de escolher, bem como aptidão para interagir com outros seres humanos e, especialmente, com Deus. A intenção de Deus era que o homem o conhecesse, amasse e lhe obe-decesse. Cumpriremos exatamente nosso papel como humanos, quan-do exercermos nossas funções segundo o propósito de Deus para nós. Devemos seguir o exemplo de humanidade vivida por Jesus Cristo. Ele tinha comunhão com o Pai (Jo 17), obedeceu perfeitamente à vontade de Deus (Lc 22:42) e mostrou o seu amor aos demais homens (Mt 9:36; Jo 13:1).12 Procuremos imitá-lo.

07. LeiaGn1:26ecomenteaparticipaçãodaTrindadenacriaçãodoserhumano.

08. Leia Gn 1:26-28, 2:15,19-23 e diga qual o propósito de Deus na criaçãodohomemedamulher.

11. Severa (1999:170)12. Erickson (1997:223)

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09. ExpliqueasimplicaçõesdeoserhumanosercriadoàimagemesemelhançadeDeus.

CONCLUSÃO: Aprendemos que a Bíblia Sagrada é a palavra de Deus, que ele usa para revelar-se à humanidade. Aprendemos que Deus criou o mundo e o ser humano. Nesta lição, compreendemos que Deus revela sua soberania e sua grandeza através da palavra e da cria-ção. Sendo assim, nossa atitude deve ser louvá-lo por seus atributos. Nosso louvor é evidenciado não somente pelo discurso, mas também por atitudes que o glorifiquem (Mt 5:16). Que vivamos de forma digna para sermos chamados “criação de Deus”. Reconheça os atributos de Deus revelados mediante suas obras e, em coro com toda a criação, renda louvores ao Senhor (Sl 150:6).

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Na queda e na restauração do ser humano Em Jesus Cristo: Salvador e Mediador da humanidade Na regeneração

TEXTO BÁSICO: Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu úni-co Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. (Jo 3:16 – NTLH)

INTRODUÇÃO: Que o ser humano é pecador e mortal, todos sabe-mos. A nossa imperfeição é evidente, quando falamos, pensamos ou pra-ticamos aquilo que é contra os princípios morais ensinados pela Bíblia. Contudo, acreditamos piamente, pela palavra de Deus, na restauração, na regeneração e na salvação da raça humana, mediante a um único ato de amor e misericórdia: o sacrifício vicário de Jesus. Esse evento torna-se o “marco zero” da nossa vida, quando aceitamos Jesus como o nosso Se-nhor, ou seja, antes dele, éramos criaturas dilaceradas pela queda. Mas, depois da intervenção de Cristo em nossa história, as coisas mudaram. Hoje, temos perspectiva de vida. Vejamos, portanto, as razões da nossa crença nos seguintes pontos de fé.

16 OUT 2010

3Hinos sugeridos: BJ 31 / BJ 346

Ensinar ao estudante que o ser humano, apesar de ter caído por praticar o pecado, é alvo da restauração, pela morte de Jesus Cristo, que é o nosso Salvador e Mediador, e que somos vivificados, através da regeneração.

Domingo, 10 de outubro:........ Gn 2:16-17Segunda, 11:.......................................Gn 3:1-6Terça, 12:....................................... Rm 5:12-15Quarta, 13:............................................ At 4:12Quinta, 14:.......................................1 Tm 2:4-5Sexta, 15:............................................... Jo 3:1-8Sábado, 16:....................................... 2 Co 5:17

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

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I. A NOSSA CRENÇA SOBRE A QUEDA E A RESTAURAÇÃO DO SER HUMANO

O livre arbítrio é uma bênção proporcionada por Deus aos seres hu-manos. É um sinal de que somos livres para escolher que caminho trilhar. É das escolhas que dependem o sucesso ou fracasso das pessoas. Desse modo, a queda do ser humano surgiu de uma escolha mal feita. Quanto a este triste fato, devemos considerar três aspectos. Em primeiro lugar, a ordem direcionada: ... não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:17). Deus foi claro e objetivo com homem e a mulher, quanto a sua ordem (Gn 3:3). Desobedecer-lhe implicaria pecado e, consequen-temente, tragédias presentes e futuras. Estava, portanto, muito explícita a melhor decisão a ser tomada por ambos.

Em segundo lugar, vemos a desobediência consumada: o alerta de Deus quanto aos perigos do pecado não impediu que o casal caís-se na lábia sedutora do diabo, que lhes prometeu uma embalagem de vida com conteúdo de morte, uma falsa independência e uma ilusória exaltação (Gn 3:4,5). Uma proposta sedutora, porém, falsa, despertou na mulher a cobiça da carne, dos olhos e a soberba da vida (Gn 3:6). A humanidade estava a um passo da maior derrota da sua história. O que poderia ser evitado tornou-se inevitável: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer (...) tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu (3:6). Assim, a queda tornou-se uma triste realidade.

Em terceiro lugar, vemos a consequência desastrosa: o pecado deixou o seu “vírus” em nosso corpo: a morte. Ela se tornou universal (Rm 5:12). A imortalidade, antes, certa e desfrutada, foi extinta (Gn 3:19). Agora, o homem teria de encarar o fato de que, mais cedo ou mais tarde, morre-ria fisicamente, pois já se encontrava morto espiritual e moralmente, ou seja, já era escravo do pecado e, portanto, não mais deixaria de pecar. O pecado, inevitavelmente, afasta as pessoas de Deus (Is 52:9). A desobedi-ência humana trouxe crise ao mundo, gerou impactos terríveis nas áreas emocional, espiritual e relacional das pessoas, bem como nos aspectos físico e ecológico (Gn 3:17-18).

Porém, apesar da ofensa humana ao Criador – o pecado, por si só, constitui-se grave ofensa a Deus, e mesmo havendo ciência de que o ser humano era digno de nada menos que a morte, surgiram dos lábios

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amorosos do Pai palavras de esperança e restauração: Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3:15). “O Novo Testamento dá boa autorização para ver-se aqui o protevangelium, o primeiro vislum-bre do Evangelho”.1 O descendente da mulher, Cristo, é a “luz no fim do túnel”; é a nossa garantia de vida diante da morte.

A Bíblia compara os dois personagens mais influentes da humanidade: Adão (o homem que caiu) e Jesus (o homem que restaurou). O primei-ro trouxe-nos ofensa e morte; o segundo, porém, presenteou-nos com perdão e abundância de vida (Rm 5:14-15); aquele nos trouxe a amarga condenação, mas este nos justificou através da sua morte (Rm 5:17,19). Isso significa que não estamos sozinhos no mundo. O pecado pode até nos afastar da comunhão de Deus, mas não do amor dele (Rm 8:38-39). Cristo é a nossa garantia de que um dia, de uma vez por todas, seremos livres do pecado e da morte (1 Co 15:53).

Isto é fato: a humanidade pecou e caiu. Por mais inteligentes, bondo-sos, compreensivos e cuidadosos que possamos ser, não estamos isen-tos de pecar. Os nossos pensamentos podem, em fração de segundos, voltar-se para aquilo que é profano, ímpio, repreensível. É isso mesmo. Podemos cair em tentação. Todavia, se isso acontecer, temos, ao nosso lado, Jesus Cristo, aquele que nos restaura. Ele tem poder e autoridade para nos purificar de todo pecado, através do seu sangue (1 Jo 1:7). Há esperança para os que caíram! Há vida no vale da sombra da morte. Há perdão diante do pecado.

01.LeiaGn2:17,ocomentárioanterioreresponda:QualfoiaordemdirecionadaporDeusaoserhumano?

02.ApóslerGn3:6,8,19;Rm5:12eocomentárioanterior,comentesobreadesobediênciaconsumadaesuasconsequências.

1. Kidner (1967:66).

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03.Apósaqueda,quepromessafezDeusparaahumanidade?Baseie-seemGn3:15;Rm5:14-15enocomentárioanterior.

II. A NOSSA CRENÇA SOBRE JESUS CRISTO:SALVADOR E MEDIADOR DA HUMANIDADE

Alguém tinha de pagar o preço. Era essa a condição para que a hu-manidade fosse reconciliada com Deus e, desse modo, fosse livre da sua ira. Sendo que o ser humano, através da sua transgressão à ordem di-vina, contraiu uma enorme dívida diante do Senhor, somente uma pes-soa imaculada, sem pecado algum, poderia quitá-la. Literalmente, ainda estava para nascer um homem assim! Não havia nenhum ser humano justo capaz de pagar a nossa dívida (Rm 3:10). É aí que Jesus se mani-festa amorosamente por meio da sua encarnação, ou seja, tornando-se homem, sem pecado.

Observando o tópico anterior, constatamos a evidente necessidade humana de um Salvador. Desde o momento em que caímos, o pecado tornou-se o nosso senhor, e nós, seus escravos (Rm 6:20). Se não fosse a intervenção salvífica de Cristo em nossa história, estaríamos eternamente condenados à morte (Rm 6:23). O Eterno, então, tornou-se mortal. Deus se fez homem e, como tal, encarou a arrogância e a maldade humana, como também a vergonha da cruz (Fp 2:7-8). Por sua morte, fomos libertos e salvos. Hoje, somos escravos não mais do pecado, mas de Deus (Rm 6:18).

O texto de Atos 4:12 nos evidencia a singularidade do Salvador: E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. Os dois negativos (nenhum outro e nenhum outro nome) proclamam a singularidade positiva do nome de Jesus. Sua morte e sua ressurreição, sua exaltação e sua autoridade fazem dele o único Salvador. Ninguém mais, dentre os homens, possui tais qualificações, a não ser Jesus Cristo, o Salvador da humanidade.2 Ele é a razão e a certeza da nossa salvação.

2. Stott (2008:107)

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Jesus Cristo, além de Salvador, é também o nosso mediador (1 Tm 2:5,6). “Um mediador é um intermediário, a pessoa que se acha no meio, que efetua a reconciliação entre duas partes em rivalidade”.3 A inimizade, portanto, foi extinta por meio de Cristo. Ele nos livrou de padecermos pela ira de Deus (Rm 5:8-10). Quem faz o papel de intermediário entre duas partes, deve agir de modo flexível. No Antigo Testamento, não ha-via um árbitro com condições de intervir na mediação entre Deus e nós (Jó 9:33). No entanto, no Novo Testamento, Jesus se mostra o perfeito mediador pelo fato de ser tanto Deus quanto homem (Jo 1:1,14). Logo, tem autoridade para intervir entre as partes em questão.

Antes do sacrifício salvífico de Cristo, o sumo sacerdote fazia a função de mediador entre Deus e os homens, por meio de sacrifícios. Porém, tanto o sumo sacerdote quanto os sacrifícios para remissão de pecados eram imperfeitos (Hb 9:13). O texto de 1 Tm 2:5 decla-ra que o Jesus homem é o mediador. Por essa razão, ele se tornou o perfeito sumo sacerdote da humanidade, pois era necessário que fosse semelhante a nós. “Em Hebreus 2.17, Jesus é descrito como um sumo sacerdote que representa o homem diante de Deus, desvia a ira de Deus, cura o coração quebrantado, ergue o caído e ministra às necessidades do seu povo”.4

Não há mais separação entre nós e Deus. Sem merecer, fomos salvos e reconciliados pelo sacrifício vicário de Cristo! Se você está em Cristo, não haverá condenação para a sua vida (Rm 8:1). Você foi salvo mediante o sangue dele! Os muros de separação que havia entre Deus e você foram destruídos! Até mesmo o véu do templo, que separava o lugar santo do santíssimo, se rasgou em dois de alto a baixo (Mt 15:38), abrindo-lhe caminho, a fim de que você tenha livre acesso ao Pai. Agora, temos paz com Deus por Jesus Cristo (Rm 5:1). Alegre-se: temos um Salvador e Me-diador ao nosso lado! Louvado seja Deus!

04.LeiaRm3:10,6:23,osegundocomentárioecomentesobreanecessidadehumanadeumSalvador.

3. Stott (2004:67)4. Kistemaker (2003:113)

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05.FalesobreasingularidadedeJesuscomoSalvador,baseando-seemAt4:12enosegundocomentário.

06.Apósler1Tm2:5,6;Hb2:17eosegundocomentário,responda:Qualafunçãodeummediador?PorqueJesuséoúnicocapacitadoaexercertalfunçãoentreDeusenós?

III. A NOSSA CRENÇA SOBRE A REGENERAÇÃO

Em seu diálogo com Nicodemos, Jesus expressa a grande importância do novo nascimento, ao afirmar: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo (Jo 3:3). Regeneração e novo nascimento têm o mesmo significado. Portanto, podemos definir a regeneração como sendo um ato único de Deus, através do qual ele nos concede nova vida espiritual. Jesus deixa claro que o ato de nascer de novo é uma necessidade humana (Jo 3:7). O texto de Efésios 2:1 é enfático ao declarar: Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados. É isso mesmo que você leu: estávamos mortos! A regeneração é uma questão de vida ou morte para o pecador.

Desde o dia em que Adão pecou, a humanidade tornou-se escrava de uma natureza perversa, que denominamos “natureza pecaminosa”. Esta é a causadora do distanciamento das pessoas em relação a Deus. Não é à toa que Paulo se refere a essa natureza da seguinte maneira: Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? (Rm 7:24). Se ela tende a nos dominar, como enfrentá-la? Por meio da regeneração! Ela nos é a garantia de que podemos servir a Deus, apesar de existir em nós a natureza pecaminosa e que, apesar de estarmos na presença do pecado, não mais somos dominados por ele.

Porém, devemos questionar: podemos regenerar a nós mesmos? Somos nós os agentes da regeneração? A resposta é não. Não somos capacitados

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a efetuar a regeneração. O agente dessa obra divina é o Espírito Santo (Jo 3:6). É certo que a salvação foi um plano do Pai, havendo sido consumada pelo Filho (Jo 3:16). Contudo, é o Espírito Santo quem nos convence do pe-cado (Jo 16:8), capacitando-nos a responder positivamente ao chamado do evangelho de Cristo (2 Co 12:3). Logo, a nossa participação na regeneração é somente passiva, ou seja, sofremos a ação regeneradora do Espírito Santo.

O principal instrumento usado por Deus na regeneração é a palavra, conforme afirma Pedro, em sua primeira carta: Vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente (1:23 – grifo nosso). Através da pregação da palavra, o pecador torna-se alvo da ação regeneradora do Espírito Santo, de modo que, por ouvir a pregação, a fé vem ao seu coração (Rm 10:17). A pregação da palavra é o primeiro passo rumo à vivificação espiritual do pecador, pois, quando regenerado, ele se torna uma nova criatura e tudo se faz novo em sua vida (2 Co 5:17).

Mesmo sendo a regeneração uma obra realizada no interior do ser hu-mano pelo Espírito Santo, seus resultados são manifestos através de uma nova maneira de viver da pessoa regenerada. Dessa forma, ficará evidente a mudança de caráter (2 Co 5:17), de mente (Rm 12:2) e de coração (Ez 36:26). Quem é regenerado, não mais se mostra dominado pelo pecado (1 Jo 3:9). Antes, luta contra ele porque recebe forças para crescer na santifi-cação pessoal (ver lição 5). O misericordioso ato da regeneração produz em nós o desejo de termos maior cumplicidade com Cristo e sermos fiéis a ele.

Veja que verdade emocionante: Não estamos mais mortos espiritual-mente (Ef 2:5). Fomos agraciados com a dádiva divina da regeneração, ou seja, somos novas criaturas. Um dia, o Espírito Santo nos convenceu, por meio da palavra, de que éramos completamente perdidos. Ele mesmo nos regenerou e, hoje, somos filhos de Deus (Jo 1:12). Agora, andamos em novidade de vida (Rm 6:4). Antes, éramos cegos de entendimento, mas, hoje, enxergamos o mundo pela ótica espiritual. A falsa ilusão do mundo já não prende a nossa mente, porque a verdade do evangelho nos libertou e cativou o nosso coração (Jo 8:32).

07.LeiaJo3:3;Ef2:5,oterceirocomentárioeresponda:Oqueéregeneração?Porqueétãonecessáriaparaossereshumanos?

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08.ApóslerJo3:6,1Pd1:23eoterceirocomentário,responda:Quemé o agente da regeneração e através de qual instrumento ela é realizada?

09.Leia2Co5:17;Rm12:2;1Jo3:9,oterceirocomentárioeresponda:Quais os resultados da regeneração?

CONCLUSÃO: Neste estudo, analisamos três doutrinas fundamentais, pelas quais direcionamos a nossa fé. Esteja certo de que realmente caí-mos e, por ser esta uma verdade, carecemos da intervenção redentora de Jesus. Apesar de não termos mérito algum, ele não hesitou em dar a sua vida por nossa vida, tornando-se, portanto, o nosso Salvador e Media-dor! Em nossa condição de homens e mulheres caídos, ele nos concedeu uma nova chance: a de nascer de novo! O milagre da regeneração acon-teceu e é uma obra realizada pelo Espírito Santo em nós!

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Na conversão Na justificação Na adoção

23 OUT 2010

4Hinos sugeridos: BJ 339 / BJ 27

Levar o estudante da Bíblia a entender a conversão, a justificação e a adoção, três importantes componentes do processo da salvação.

Domingo, 17 de outubro: ................. Jr 17:9Segunda, 18: ................................2 Co 7:9-10Terça, 19: ......................................Rm 10:14-17Quarta, 20: .........................................Rm 5:1-2Quinta, 21: ......................................... 2 Co 5:21Sexta, 22: ...............................................Ef 2:1-5Sábado, 23: ...................................Rm 8:13-16

TEXTO BÁSICO: Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. (2 Co 5:17)

INTRODUÇÃO: Nada é tão precioso quanto o fato de uma pessoa que estava nas garras do pecado ser salva em Cristo. Sem dúvida, a salvação é o maior de todos os milagres! Embora nem percebamos, ao nos rendermos a Cristo, um turbilhão de boas coisas está acontecendo no plano espiritual. Esse é o processo de salvação, em que Deus realiza uma sequência de ações poderosas e nós temos apenas uma ínfima participação. Na semana passa-da, já introduzimos esse assunto, e, hoje, vamos estudar mais três compo-nentes desse processo: a conversão, a justificação e a adoção.

I. A NOSSA CRENÇA SOBRE A CONVERSÃO

Nas palavras de Jesus, ninguém pode entrar no reino dos céus sem se converter (cf. Mt 18.3). E nós cremos nisso. Mas por que a conversão é tão necessária? Porque diz a Bíblia: Enganoso é o coração, mais do que

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

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todas as coisas, e desesperadamente corrupto (Jr 17:9). O coração humano foi corrompido pelo pecado e todos nós carregamos em nossa alma uma doença. Sabe que doença é essa? É a natureza pecaminosa, ou seja, uma inclinação natural para o pecado, um desejo incontrolável pelo lixo deste mundo e um maléfico prazer em fazer o que é errado.

Desde a queda, lá no Éden, todos, homens e mulheres, já nascem com essa terrível natureza. Com ela, é impossível ao ser humano gostar de coisas espirituais, tais como: ler e meditar na palavra de Deus, orar, obe-decer e servir a Jesus. É isso mesmo: Impossível! Olhe o que diz a Bíblia: Será que o etíope pode mudar a sua pele? Ou o leopardo as suas pintas? Assim também vocês são incapazes de fazer o bem, vocês, que estão acos-tumados a praticar o mal (Jr 13:23 – NVI). Essa é a condição de todas as pessoas do mundo (cf. Rm 3:23). Por isso, precisamos de uma conversão de natureza e de caminho.

A palavra “conversão” é a tradução do termo grego epistrofe, que sig-nifica “mudança, retorno ou volta”.1 Essa palavra representa a atitude do pecador de render-se à proposta de Cristo. E ela está estritamente ligada a dois elementos fundamentais: o arrependimento e a fé. Conversão é a ação de abandonar o pecado em arrependimento e voltar-se para Cristo em fé. Evidentemente, sem se arrepender e sem crer no evangelho, o pe-cador não tem como voltar-se para Deus. Isso concorda com as palavras do Mestre: O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas! (Mc 1:14b).

A palavra arrependimento é uma tradução do termo grego metanoia, que significa, literalmente, “transformação de mente” ou “mudança de opi-nião”. Este era um termo militar, usado nas marchas. Quando um coman-dante queria que os seus soldados mudassem de direção, gritava: Meta-noia! Na vida cristã, acontece quando o pecador, convencido pelo Espírito Santo (cf. Jo 16:8-11), percebe que está no caminho errado. Contudo, é bom que se diga que essa palavra, no original, além de sugerir mudança de direção, também era uma convocação para “andar em outra direção”. Metanoia significa mudar de direção, tanto para trás quanto para frente.

Essa palavra implica uma transformação radical de coração e vida, uma verdadeira reviravolta. Segundo a Bíblia, esse tipo de arrependimento não é igual ao remorso, mas é a verdadeira e profunda tristeza pelo pecado, que é seguida pelo desejo e empenho por mudanças (cf. 2 Co 7:9-10).

1. Brown (1981:496).

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Assim, arrepender-se é o mesmo que virar as costas para o pecado. Esse é um passo importante para a salvação! Contudo, ele só terá resultados efetivos se for acompanhado da fé em Jesus como Salvador. Se, pelo ar-em Jesus como Salvador. Se, pelo ar-rependimento, viramos as costas para o pecado, pela fé, confiamos que Cristo é capaz de nos perdoar, e, assim, passamos a caminhar em sua direção. Mas como a fé nasce em nós? Paulo é explícito, quando diz: A fé vem pelo ouvir (Rm 10:17). Ela nasce através da pregação do evangelho!

Deste modo, conversão é o fruto da junção entre o arrependimento e a fé. É a resposta positiva à mensagem do evangelho! Sobre isso, Paulo ponderou: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? (Rm 10:14). A conclusão é óbvia: Sem pregação, não há conversão! Muitas pessoas estão a caminho do abismo e Deus deseja salvá-las. Para isso, ele conta conosco e propõe uma parceria nessa obra. Nós pregamos e ele convence o pecador. Logo, não podemos nos calar, pois muitas pessoas podem ser convertidas através da pregação do evangelho.

01. Leia Jr 17:9, 13:23; Rm 3:23; Mt 18:3 e responda: Por que todo ser humanoprecisadeconversão?

02.Combasenocomentário,explique:Oqueéconversão?Comoalcançamosessabênção?

03.Aoler2Co7:9-10;Rm10:14-17,vemosqueaconversãoestárelacionadaadoiselementos:oarrependimentoeafé.Expliqueessesdoiselementos.Qualaimportânciadaevangelizaçãonesseprocesso?

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II. A NOSSA CRENÇA SOBRE A JUSTIFICAÇÃO

Cremos também que outro componente do processo de salvação é a jus-tificação. Pensemos um pouco sobre isso. De que maneira o ser humano, pe-cador e cheio de falhas, pode ser aceito na presença de Deus, um ser infinita-mente santo e perfeitamente justo? A única maneira de sermos aceitos diante dele é sendo limpos dos nossos pecados. Mas como isso é possível? Pelo sacrifício de Jesus, quando o recebemos como Senhor e Salvador da nossa vida, Deus nos perdoa e somos declarados justos. Então, a justificação é o ato de Deus declarar que, aos seus olhos, os pecadores são justos.2

Como pode Deus declarar inocente uma pessoa que é culpada? Não estaria ele cometendo uma injustiça? A resposta é não, pois ele nos justi-fica mediante o sacrifício de seu Filho na cruz do Calvário. Esse foi o preço de nosso resgate. A Escritura nos afirma que o salário do pecado é a morte (Rm 6:23) e, pelo fato de o Senhor ser justo, todo ser humano deveria rece-ber a condenação prevista, ou seja, se há pecado, deve haver morte. Esse é o preço, pois, sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados (Hb 9:22). Por isso, Jesus Cristo, o justo, morreu no lugar dos injustos.

Na cruz, houve uma troca de papéis: Cristo morreu a nossa morte para vivermos a vida que era dele por direito! Ele, de forma voluntária, entregou-se para cumprir a condenação e pagar a pena que era nossa. É com base nisso que somos justificados. Note o que diz a palavra de Deus: Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus (2 Co 5:21). Assim sendo, a justificação é o ato de o Senhor declarar, com base na morte substitutiva de seu Filho, que todo pecador que o recebe por Salvador tem os pecados cancelados e a condenação anulada.

A justificação tem quatro características fundamentais que nos ajudam a entendê-la. Em primeiro lugar, a justificação é uma obra instantânea. Não ocorre pouco a pouco. É imediata e completa. Quando o pecador se rende a Cristo, ele é logo justificado de seus pecados diante de Deus. Em segundo lugar, a justificação é um ato “legal”. Ela lembra o que acontece nos tribunais, quando o juiz pronuncia a sentença. No caso da justificação, somos os réus e Deus é o juiz. Quando ele nos justifica, está nos declarando inocentes.

Pela fé, Jesus nos leva diante do soberano do universo para ouvirmos a nossa sentença, e ele nos diz: “Com base na morte de meu Filho na cruz,

2. Erickson (1997:408).

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declaro que o réu é inocente!” Em terceiro lugar, a justificação é uma ação gra-ciosa, ou seja, nós a recebemos pela graça, pois é algo que não merecemos. Não é uma conquista nossa, visto que não temos condições, por nós mesmos, de nos justificar. Assim afirmou Isaías: Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia (Is 64:6). Por isso, somos justificados pela fé em Jesus e não pelas obras (cf. Rm 3:20; 11:6; Tt 3:4-7).

Em quarto lugar, a justificação é um feito poderoso. Quem a executou foi o próprio Deus. Não é um ato humano, mas algo que provém do Altíssimo. Ele é o idealizador e o executor desse feito. Essa verdade nos enche de segurança. Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? (Rm 8:33-34). A resposta é óbvia: Ninguém! Deus nos justificou poderosamente. Foi ele quem nos salvou e nos perdoou. É o Senhor quem nos garante a vitória sobre o pecado e a morte. Não precisamos temer as acusações do inimi-go, pois aquele que é infinitamente mais poderoso está do nosso lado. Ele é justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus (Rm 3:26).

04.LeiaRm5:1-2eresponda:Dequemaneiraoserhumano,pecadorecheiodefalhas,podeseraceitonapresençadeDeus,queésantoejusto?Oqueéjustificação?

05. Após ler Rm 6:23; 2 Co 5:21, responda: De que maneira Deus pode declararinocenteumapessoaculpada,semcometerumainjustiça?QualfoiomeiousadoporDeusparanosjustificar?

06.Identifiqueecomentecomosdemaisalunosasquatrocaracterísticasfundamentaisdajustificaçãoapresentadasnocomentárioanterior.

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III. A NOSSA CRENÇA SOBRE A ADOÇÃO

Cremos que, além de nos justificar, isto é, declarar-nos inocentes, Deus nos adota como filhos seus! De fato, embora um juiz humano venha a inocentar o réu, seguramente, não fará dele um filho, mas é exatamente isso que Deus faz conosco. Após nos perdoar, ele mesmo nos torna membros da família dele (Ef 2:19b – NTLH). Por causa do pecado, éramos por natureza filhos da desobediência e filhos da ira (Ef 2:1,3). Mas Deus, por meio do seu grande amor com que nos amou, nos deu vida junto com Cristo, que através da sua morte, nos garantiu o acesso a ele. Assim o relacionamento de Pai e filho, que fora perdi-do, foi plenamente restaurado (Jo 1:12).

Você já parou para pensar na profundidade desse ensino bíblico? O que significa ser adotado por alguém? Por um lado: a adoção é um gesto amoroso e gracioso. A razão da adoção pode ser vista de modo claro, em 1 Jo 3:1, que afirma: Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Não foi por seus próprios méritos que a pessoa foi adotada, mas por causa da soberana e graciosa vontade de Deus, através de Cristo. Adoção é, portanto, um dom gratuito oferecido a pessoas que não o merecem. Ela vem unicamente da graça de Deus.

Vemos um exemplo disso nos diversos casais que, num gesto de amor, adotam crianças órfãs ou abandonadas pelos pais biológicos. Esse é um singelo ato de amor e graça. Em relação a nós, o Pai celeste não é dife-rente, pois a Bíblia nos diz: Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus (1 Jo 3:1). Por outro lado, adoção é uma ação jurídica, ou seja, somos legalmente adotados por Deus. Em Gálatas 4, versículos 4 e 5, lemos: Deus enviou seu Filho (...), a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. Quando o apóstolo Paulo escreveu essas palavras, havia um procedimento da lei romana muito interessante e bastante comum naquela época.

Segundo essa lei, o filho adotado, em certa ocasião, deveria ser for-malmente apresentado e reconhecido, diante da sociedade, numa ceri-mônia pública. Era assim que passava a desfrutar de todos os privilégios de um filho legítimo e tornava-se um verdadeiro herdeiro daquele que

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o adotara.3 Tendo isso em mente, Paulo concluiu: Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8:17). Desta maneira, podemos concluir que a adoção é um ato afetuoso e legal da parte Deus, por meio do qual ele nos torna membros de sua família, fazendo de nós seus filhos.4

É maravilhoso sabermos que muito tempo antes de nos converter, por causa do seu amor por nós, Deus já havia resolvido que nos tornaria seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois este era o seu deleite e a sua vontade (Ef 1:5 – NTLH). O Soberano desejou e planejou a nossa adoção. Que imenso privilégio! O Espírito Santo, que habita em nós, testifica em nos-so coração e produz em nosso interior a certeza de que somos filhos de Deus. É por meio dele que clamamos: Aba, Pai (cf. Rm 8:13-16).

Os benefícios e as implicações de termos sido espiritualmente adotados são maravilhosos e inúmeros:5 Sendo filhos do Rei, podemos entrar sem receio na sala do trono para nos aproximar e conversar com ele. Temos seu contínuo perdão (Dt 5:10; Sl 103:8-14), seu cuidado (Mt 6:25-34), sua sábia e cuidadosa provisão (Lc 11:1-13), sua benéfica correção (Hb 12:5-11; Pv 3:11, 12) e o seu ilimitado amor. Diante de tantos benefícios, nosso desafio é viver nesse mundo como filhos de Deus, de forma que o nome de nosso Pai seja honrado por meio de nossa vida (Ml 1:6; Ef 5:1,8; 1 Pd 1:14).

07.Combasenoprimeiroparágrafodocomentárioanterior,responda:

O que é adoção? Por que a doutrina da adoção mostra ainda mais a bondade e o amor de Deus por nós?

08.LeiaGn3:8-10;Ef2:1-5;Jo1:12eresponda:PorqueénecessárioqueDeusnosadotecomoseusfilhos?Qualfoiomeiousadoporele para nos adotar?

3. Richards (2008:406).4. Grudem (1999:615).5. Erickson (1997:414).

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09.Apósler1Jo3:1;Rm8:13-16,comenteoporquêdeaadoçãosertantoumgestoamorosoquantoumaaçãojurídica.QuaissãoosprivilégioseasresponsabilidadesdosfilhosdeDeus?

CONCLUSÃO: Com certeza, a salvação é o maior de todos os mila-gres que o ser humano pode desfrutar nesta vida. É maravilhoso ver um pecador ser transformado pelo poder do evangelho; virar as costas para o pecado em arrependimento e voltar-se para Cristo em fé, na conversão; ser perdoado dos seus pecados, declarado justo aos olhos de Deus, através da justificação, e adotado por Deus como filho, para desfrutar da amizade e da comunhão paternal. Por que Deus faz tudo isso? Ele ama muito cada um de nós e provou isso por diversas vezes.

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Na santificaçãoNa preservação No batismo no Espírito Santo

30 OUT 2010

5Hinos sugeridos: BJ 12 / BJ 76

Mostrar ao estudante da Bíblia Sagrada a nossa crença sobre a santificação, sobre a preservação e sobre o batismo no Espírito Santo.

Domingo, 24 de outubro: .....1 Pd 1:15-16Segunda, 25: .......................................2 Co 7:1Terça, 26: .................................................Fp 2:12Quarta, 27: ..........................................Hb 2:1-4Quinta, 28: .............................................Ap 2:10Sexta, 29: ........................................... Jl 2:28-29Sábado, 30: ......................................At 2:33,39

TEXTO BÁSICO: ... é preciso que prestemos maior atenção ao que te-mos ouvido, (...) como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? (Hb 2:1, 3).

INTRODUÇÃO: A pergunta do autor de Hebreus é séria: Como es-caparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? (2:3). A dou-trina da salvação precisa ser cuidadosamente entendida. Não podemos desprezá-la, pois é necessário guardar mais cuidadosamente as coisas que temos ouvido (Hb 2:1). Nas duas lições anteriores, vimos a nossa crença sobre os primeiros atos que ocorrem na nossa salvação: a regeneração, a conversão, a justificação e a adoção. Nesta lição, estudaremos sobre mais dois: a santificação e a preservação. Além destes, veremos, também, a nossa crença sobre o batismo no Espírito Santo, uma obra adicional do Espírito que pode acontecer na vida do crente.

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

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38 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010

I. A NOSSA CRENÇA SOBRE A SANTIFICAÇÃO

Nós cremos na santificação, conforme apresentada na Bíblia Sagrada. Entendemos, fundamentados em Hebreus, que, sem ela, ninguém verá o Senhor (Hb 12:14). Acreditamos que a santificação é posicional e processu-al. Posicional porque é uma realidade, uma posição do crente em Jesus. Nós somos “santos”. Esta é nossa posição. É assim que Deus nos vê. Por isso os autores do Novo Testamento chamam os crentes em Jesus de “santos” (2 Co 1:1; Fp 1:1; Cl 1:1). O substantivo grego traduzido por “santo” é hagios, que significa, literalmente, “separado da condição ou uso comum”.

Nós somos santos, não porque adquirimos uma posição elevada de espiritualidade, mas porque, ao recebemos Cristo como Senhor, fomos “separados” do nosso antigo modo de viver para um novo estilo de vida orientado por padrões estabelecidos por Deus. Tudo o que Cristo fez por nós, na cruz, nos garante essa posição. Por causa dele, fomos santificados (1 Co 1:2). Ele é a nossa “santificação” (1 Co 1:30). Antes, éramos pro-fanos desesperançados; agora, somos “santos”, cheios de perspectiva. É importante lembrarmos que a palavra “santo” sempre é usada no Novo Testamento no plural, nunca no singular. Ninguém é chamado de “santo” individualmente. Este não é um título pessoal, mas um termo usado, algu-mas vezes, para descrever a posição do crente nascido de novo.1

Se você é nascido de novo, posicionalmente, você é santo, isto é, você foi separado. Antes de receber a Cristo, vivia de um jeito; depois desse dia, tudo mudou. Fomos separados para viver de outra maneira. Neste sentido, afirmamos, também, que a santificação é processual: A Bíblia diz: ... desen-volvei a vossa salvação com temor e tremor (Fp 2:12). Na regeneração, co-meça a nossa caminhada, mas ainda não estamos totalmente prontos; há um longo caminho a percorrer, até que cheguemos à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4:13). Vista como um processo, podemos definir a santificação como a obra que o Espírito Santo desenvolve em nós, dia-a-dia, para nos afastar cada vez mais do pecado e nos tornar cada vez mais parecidos com Cristo em nosso viver diário.

Este conceito pode até parecer estar em conflito com o primeiro; mas não está. Eles são complementares. Apesar de sermos posicionalmente santos, não somos completamente santos; estamos em processo. Embora

1. Wilkinson (2002:45).

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não sejamos mais escravos do pecado (Rm 6:18), ele insiste em perma-necer em nós. Ao mesmo tempo em que o Novo Testamento chama os cristãos de santos (1 Pd 2:9; 2 Pd 1:21; 3:2), exorta-os: Sede vós também santos (1 Pd 1:15). Uma coisa é ser chamado de “santo”; outra coisa é viver como “santo”. Este é o desafio apresentado pela palavra de Deus: ... aper-feiçoando a santidade no temor de Deus (2 Co 7:1b – AS21). É triste quando os chamados santos vivem de forma indigna. Precisamos viver de acordo com nossa posição! O pecado não é mais senhor da nossa vida (Rm 6:14).

No processo de santificação, nossa base é a palavra de Deus e nosso alvo é Jesus (Fp 3:13-16). Vivenciamos o processo olhando para ele (Hb 12:1-2). Um dia, seremos como ele é (1 Jo 3:2). Atualmente, mesmo que não pequemos habitualmente (1 Jo 3:6), ainda pecamos. Porém, temos o Espírito Santo que habita em nós (1 Co 3:16, 6:19). Ele é o agente da santificação pessoal, e nos ajuda a mantê-la diariamente (cf. 2 Ts 2:13; Gl 5:16-18,22; Rm 8:14). Não estamos sozinhos neste processo! Até o dia da segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação, quando estaremos para sempre livres da presença do pecado, o Senhor estará ao nosso lado, aperfeiçoando a boa obra que começou em nós um dia (Fp 1:6).

É lamentável observar pessoas que se dizem evangélicas não viverem o evangelho. Ao invés de praticarem as propostas das Escrituras, conti-nuam a se ajustar aos desejos que tinham nos tempos passados. Nós cre-mos e pregamos a necessidade imperiosa de uma vida de santificação: Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santificação (1 Ts 4:7). Santifiquemo-nos em tudo: intelecto, emoções, vontade, cor-po, enfim, em toda a nossa maneira de viver (1 Pd 1:15). Cresçamos em santidade, sem nunca nos gloriarmos em nossa santidade, mas na cruz de Cristo; sem nunca esquecermos que “o mais santo dos santos nunca é algo mais do que um pecador justificado e jamais se considera de qualquer outra forma”.2

01. Leia 2 Co 1:1; Fp 1:1; 1 Co 1:2,30 e responda: Como os autores do NovoTestamentochamamoscrentesemJesus?Porqueelessãochamadosassim?

2. Packer (2010:102).

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40 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010

02.QueaspectodasantificaçãopessoaléabordadonostextosdeFp2:12;1Pd1:15;2Co7:1?Qualéodesafiodestestextos?

03.Paraqueos“santos”cresçamcadadiamaisnoprocessodesantificação,qualdeveseroseualvo?Quemosajudanesseprocesso?Paraapoiarsuaresposta,leiaHb12:1-2;2Ts2:13; Rm 8:14.

II. A NOSSA CRENÇA SOBRE A PRESERVAÇÃO

Nós cremos na doutrina da preservação. Entendemos que a salvação pode ser perdida, e, por isso, deve ser preservada. Não ensinamos que “uma vez salvo, sempre salvo”, independentemente do que façamos. Na justificação, fomos livres da penalidade do pecado. Na santificação, es-tamos sendo livres do poder do pecado. Na glorificação, estaremos para sempre livres da presença do pecado. A palavra de Deus é clara, quando diz: Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos (Hb 2:1 – NVI – grifo nosso).

A palavra “desviemos”, utilizada pelo autor de Hebreus, era usada para descrever um rio que corria fora do curso, também indicava algo que fugia da memória da pessoa ou um anel que escapava do dedo. No texto em questão, tem o sentido de “achar-se no estado de desvio”.3 Se o cristão não atentar constantemente às verdades do evangelho, pode achar-se nesse estado. A mensagem deste texto é clara: um cris-tão convertido pode, sim, se desviar. A salvação é um bem espiritual adquirido pela fé em Jesus Cristo. E este bem, mais do que qualquer outro que já recebemos, precisa ser bem conservado. Por isso, o ver-

3. Rienecker; Rogers (1995:495).

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sículo seguinte questiona: Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? (v. 3).

Além do autor de Hebreus, Jesus também alertou seus discípulos sobre o perigo de serem desviados (Mt 24:3-14). Será que ele faria esse alerta, se não fosse possível que isso acontecesse? É claro que não! Para Jesus, perseverança da parte do crente é uma virtude necessária com relação à salvação: Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo (Mt 24:13, 10:22; Mc 13:13; Jo 8:31-32; Ap 2:10). Não haverá vitória final, se, da parte do crente, não houver perseverança. Esse é o ensino claro de Jesus. Do contrário, a expressão “aquele que perseverar até o fim” não faria sentido algum. Em Apocalipse, ele, igualmente, alertou a igreja de Filadélfia: ... con-serva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap 3:11). A coroa é símbolo da nossa salvação, do nosso prêmio final (2 Tm 4:8; Ap 2:10).

Esse símbolo foi tirado do atletismo, pois a coroa era o prêmio dado aos atletas que se sagravam campeões, ao final das competições. Jesus o usa para se referir a nossa corrida cristã rumo ao prêmio celestial. Como lemos, esta coroa pode ser “tomada” de nós. Esta é uma clara advertência quanto a fracassar na corrida da fé. Para que isto não ocorra, precisamos “conservar” o que temos, isto é, precisamos continuar leais até o fim para sermos vencedores. A igreja de Filadélfia era fiel a palavra (3:10) e deveria permanecer assim, até o fim! Neste texto, observamos claramente que a proteção divina – eu te guardarei (3:10a) – e o empenho humano – Con-serva o que tens (3:11a) – vão lado a lado.4 Deus deseja nos salvar, mas, reciprocamente, devemos desejar isso e viver a santificação.

Em Colossenses, existem, também, duas expressões muito claras, quanto à possibilidade de o crente perder a salvação: ... agora, porém, vos reconciliou (...) para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouviste (1:22-23 – grifo nosso). Segundo este texto, aquele que foi reconciliado pode não permanecer na fé – “se é que permaneceis” – e se afastar da esperança do evangelho que ouviu – “não vos deixando afastar”. O livre arbítrio não é destruído no momento em que uma pessoa aceita a Jesus;5 o risco da apostasia é real, se o crente não perseverar, preservando, assim, a sua salvação (cf. Hb 6:4-11).

Por estas razões, nós acreditamos e pregamos que é preciso preservar a salvação! Nós fomos salvos por Cristo, não podemos mais viver delibe-

4. Hendriksen (2001:108).5. Howard at ali (2006:313).

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radamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, pois, se assim o fizermos, já não resta mais sacrifício pelos pecados (Hb 10:26). Portanto, corramos com perseverança a carreira que Deus pôs diante de nós (Hb 12:1 – BV). Vale a pena insistir até o fim! Te-mos diante de nós um prêmio durável (1 Co 9:25), uma pátria celestial (Fp 3:20) e um corpo glorioso (Fp 3:21). Diante disso, o conselho bíblico é: todo o que tem nele essa esperança purifica a si mesmo, assim como ele é puro (1 Jo 3:3). Preservemos a nossa coroa!

04.LeiaHb2:1ecomentesobreosentidodapalavra“desviemos”,presentenesteversículo.Qualéaclaramensagemdestetexto?

05.Ocristãodevepreservarasuasalvaçãoou“umavezsalvo,sempresalvo”?OqueJesusensinousobreisso?LeiaMt24:13;Mc13:13; Ap 3:11.

06. Após ler Cl 1:22-23, responda: O livre arbítrio é destruído quando umapessoaaceitaJesus?Sendoassim,oquedevemosfazer?(Hb12:1; Ap 2:10).

III. A NOSSA CRENÇA SOBRE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

Nós cremos no Batismo no Espírito Santo. Entendemos que a Bíblia Sagrada é clara, quando diz que o Espírito Santo habita dentro de cada crente em Jesus. Esta verdade foi profetizada no Antigo Testamento (Ez 36:27) e confirmada no Novo (1 Co 6:19). Então, o batismo no Espírito,

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conforme ensinamos, é uma obra adicional do já presente Espírito Santo. Esta obra não é a regeneração, pois os discípulos já eram nascidos de novo quando o receberam. Também não é a santificação, que, como vi-mos, está ligada à separação do crente para Deus e é um processo diário. Ela não é, do mesmo modo, uma recompensa por serviços prestados a Deus. Quem a recebeu não é superior a quem não a recebeu.

O verbo “batizar” significa, literalmente, “mergulhar”, “submergir”. A pessoa que é batizada no Espírito Santo passa por uma experiência espi-ritual intensa; sua vida é submersa no poder do Espírito! Jesus compara este evento com um “revestimento”: ... ficai na cidade até que do alto sejais revestidos de poder (Lc 24:49). Os crentes que são batizados no Es-pírito Santo são vestidos de poder sobrenatural. Na profecia de Joel 2:28, o sentido da palavra “derramarei” faz referência a algo vindo do céu em grande quantidade. O batismo no Espírito Santo vem do céu! Desce “do alto” (Lc 24:49), é um presente divino, um dom celestial.

Esse grande derramar do Espírito foi anunciado pelos profetas no Antigo Testamento (cf. Is 32:15, 44:3; Ez 39:29; Jl 2:28-29). João Batista, quando iniciou o seu ministério, fez uma referência direta ao batismo no Espírito Santo profetizando este evento, que ocorreria num futuro próximo: Eu, na verdade, vos batizo com água (...) ele vos batizará no Espírito Santo (Mt 3:11; Mc 1:8; Lc 3:16; Jo 1:33). Jesus também, antes de ser elevado aos céus, confirmou: ... vós sereis batizados no Espírito San-to, não muito depois destes dias (At 1:5). E assim como ele disse, poucos dias depois, por ocasião da festa do dia de Pentecostes, registrada em Atos capítulo 2: ... todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas (v. 4).

O apóstolo Pedro, ao se referir a esta ocorrência, confirmou ser a rea-lização das profecias sobre o derramamento do Espírito (At 2:16). Disse, de igual forma, que a promessa do batismo no Espírito Santo originou-se em Deus e é executada por Jesus (cf. At 2:33). É o Cristo exaltado quem envia esta bênção à terra: ... exaltado pela destra de Deus (...), derramou isto que agora vedes e ouvis (At 2:33b). É Jesus quem batiza pessoas no Espírito Santo. Essa promessa não está restrita a um grupo seleto; está disponível a todos: ... derramarei meu Espírito sobre toda carne (Jl 2:28), a promessa diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a todos quantos Deus, nosso Senhor, chamar (At 2:39). Todos podem buscar e pedir a Deus esta dádiva celeste!

E de que maneira podemos saber se uma pessoa foi batizada no Es-pírito Santo? A Bíblia apresenta uma evidência que comprova esse fato.

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O livro de Atos registra alguns casos de pessoas que receberam esta promessa e, em todos eles, um sinal exterior e imediato se seguiu: o falar em outras línguas. Esta é a prova de que uma pessoa foi batizada. Foi assim em Atos 2:1-4, quando os 120 estavam reunidos em oração. Foi assim na casa de Cornélio (At 10:44-46), quando o Espírito foi der-ramado pela primeira vez sobre os gentios, e quando eles foram batiza-dos no Espírito Santo (At 11:15-16). Foi assim em Atos 19, cerca de vinte anos depois do que aconteceu em Atos 2, quando um pequeno grupo de discípulos que haviam sido batizados segundo o batismo de João recebeu o Espírito Santo (vv. 1-7). Em todos esses casos, a evidência apresentada é o falar em outras línguas.

É importante lembrarmos que, de acordo com a nossa crença, as lín-guas que servem de evidência para o batismo no Espírito não são hu-manas, das nações, mas celestiais (1 Co 14:2). Não são aprendidas em escolas; são concedidas pelo Espírito Santo, conforme sua vontade (At 2:4). A experiência de ser batizado no Espírito Santo é uma das mais importantes e maravilhosas que um cristão pode vivenciar, todavia, não acreditamos que alguém possa ser batizado sem propósito. O objetivo do batismo no Espírito Santo é a capacitação do discípulo de Cristo para a proclamação do evangelho (At 1:8). Então, procuremos essa dádiva com sabedoria, desejemo-la com sinceridade e busquemo-la com per-severança! Creiamos: ... todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate abrir-se-lhe-a (Lc 11:10).

07.ApóslerLc24:49;At1:4-5eosdoisprimeirosparágrafosdocomentárioanterior,responda:OqueéobatismonoEspíritoSanto?

08.DequemaneirapodemossaberseumapessoafoibatizadanoEspírito Santo? Leia At 2:1-4, 10:44-46, 11:15-16, 19:1-6 para embasar sua resposta.

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09.LeiaJl2:28;Mt3:11;At2:33,39ecomentesobreoqueestestextosdizemarespeitodaorigem,doexecutoredaextensãodapromessa do batismo no Espírito Santo.

CONCLUSÃO: A santificação, a preservação e o batismo no Espírito Santo são doutrinas bíblicas e, por isso, fazem parte da nossa crença. Diante disso, finalizamos esta lição pedindo a Deus que fortaleça o nosso coração para sermos irrepreensíveis em santidade, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos (1 Ts 3:13). Que ele nos ajude a perseverar, prosseguindo para o alvo, a fim de ganhar o prê-mio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus (Fp 3:14), e que ele, de acordo com a sua soberana vontade, continue fazendo com que o Espírito Santo nos revista de poder, assim como foi com os apóstolos (At 11:15-16). Que assim seja!

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Nos dons espirituais Na oração e sua eficácia Na cura divina

TEXTO BÁSICO: Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. (Cl 3:1)

INTRODUÇÃO: A igreja de Cristo tem uma importância incalculável. Ela é alvo do amor de Deus, que deu o seu filho único para salvá-la (Jo 3:16). Ela é um corpo cuja cabeça é Cristo (1 Co 12:27; Ef 4:15). Portanto, não há dúvida de que, em meio a um mundo desordenado, o Senhor trabalha em prol da edificação do seu povo, através dos dons espiritu-ais. Num tempo em que a descrença domina muitas mentes cegas pelo deus deste século (2 Co 4:4), a oração da igreja não perdeu a eficácia, pois o Deus que a ouve e a atende é o mesmo! Assim, por meio dela, po-demos buscar em Deus a cura para todas as nossas doenças. Vejamos, portanto, o que a Bíblia nos ensina.

6 NOV 2010

6Hinos sugeridos: BJ 25 / BJ 84

Mostrar ao estudante o que a Bíblia ensina sobre os dons espirituais, a oração e sua eficácia e a cura divina.

Domingo, 31 de outubro:....... 1 Co 12:1-6Segunda, 1 de novembro:.....1 Co 12:7-11Terça, 2:............................................. Rm 12:4-8Quarta, 3:......................................... Tg 5:16-18Quinta, 4:.............................................. Sl 136:1Sexta, 5:............................................. Sl 103:1-3Sábado, 6:................................... Mc 16:16-18

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

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I. A NOSSA CRENÇA SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS

À semelhança das demais doutrinas defendidas pela Bíblia, a doutrina que trata dos “dons espirituais” é fundamental e não deve ser menospre-zada nem excluída pela igreja de Deus desta geração. Não é à toa que Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, reserva dois capítulos de sua primei-ra carta aos Coríntios para se referir a ela, a saber: os capítulos 12 e 14. É, principalmente, sobre esses dois capítulos que a nossa crença sobre os dons espirituais é fundamentada.

Paulo começa frisando o seu desejo no sentido de que a igreja busque conhecer mais profundamente acerca dos dons espirituais (1 Co 12:1). Mas o que são dons espirituais? A expressão “dons espirituais”, que apa-rece no início de 1 Co 12:1, é uma tradução da palavra grega pneuma-tikos, que significa, literalmente, coisas provenientes do Espírito Santo. Os dons são espirituais porque são provenientes do Espírito Santo. Em outras palavras, isso quer dizer que ele é a fonte ou a origem dos dons espirituais. Mas Paulo não trata apenas da origem dos dons espirituais. Ele trata, também, da variedade, da distribuição e da finalidade destes.

Quanto à variedade dos dons, 1 Co 12:4a afirma: Há variedades de dons. Os dons não são uniformes, mas diversificados. A Bíblia NVI tra-duz esse texto do seguinte modo: Há diferentes tipos de dons. A palavra variedades significa que a igreja de Cristo revela unidade em diver-sidade.1 Em outras palavras, a igreja é um só corpo (Ef 1:22-23), mas com diferentes membros que possuem capacitações espirituais diver-sas. Porém, apesar da habilidade que nos foi concedida para servir de maneiras distintas, não podemos desviar do foco mais importante: ... o Espírito é o mesmo (1 Co 12:4).

Após analisarmos a variedade, vejamos quem distribui os dons. 1 Co-ríntios 12:11 declara: Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, como quer (grifo nosso). Sem dúvida, o Espírito Santo é soberano no ato da distribui-ção dos dons. Desse modo, o ser humano jamais deverá se ensoberbe-cer, quando possuir um ou mais dons, visto que tais capacitações são de proveniência divina. O versículo 4 indica que o Espírito Santo é o agente.

1. Kistemaker (2004:579).

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Por ser soberano, ele concede os dons a todos os crentes, individual-mente (1 Co12:11). “Ninguém na comunidade cristã recebe todos os dons e ninguém é destituído de dom”.2 No corpo de Cristo, não há exclusão de pes-soas quanto à sua condição financeira, etnia, influência, etc. Todos podem ser agraciados com as dádivas do Espírito, pois o Senhor não faz acepção de pessoas (Rm 2:11). É importante também atentarmos para outro aspecto dos dons. Além de serem variados e concedidos pelo Espírito Santo, eles têm uma finalidade, ou seja, não são liberados desordenadamente.

Logo, quanto a sua finalidade, a Bíblia descreve: A manifestação do Espírito é dada a cada um para benefício comum (1 Co 12:7). O sentido do texto não trata de benefício individual, mas geral. Embora uma pes-soa seja agraciada com um ou mais dons, todos os membros do corpo de Cristo são igualmente beneficiados. A que benefício Paulo se refere? À edificação do corpo de Cristo (I Co 14:12; Ef 4:12). Com tais palavras, o apóstolo tinha a intenção de enfatizar a unidade da igreja (1 Co 12:25). Uma igreja edificada possui mais condições de servir a Deus adequada-mente, em razão da maturidade espiritual adquirida.

Os dons são úteis à igreja de Cristo. São diversificados, presenteados pelo Espírito e indispensáveis no processo da nossa edificação espiritual. Sabendo disso, Paulo afirma: ... procurai, com zelo, os melhores dons. Isso significa que devemos desejar “ardentemente” os dons! Quando se deseja, se busca. O Es-pírito Santo proporciona os dons conforme a sua soberana vontade. No en-tanto, é nosso dever buscá-los. Porém, não devemos buscá-los com o intuito de satisfazer o nosso ego. Os dons são para benefício comum! Que o Senhor nos forneça os seus dons, para que, em unidade, sejamos edificados nele.

01.Apósler1Co12:1eocomentárioanterior,expliqueosignificadoda expressão “dons espirituais”.

02.Leia1Co12:4a,ocomentárioanteriorecomentesobreavariedadedos dons.

2. Kistemaker (2004:591)

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03.Leia1Co12:7,11,ocomentárioanterioreresponda:Quemdistribuiosdons?Qualafinalidadedeles?

II. A NOSSA CRENÇA SOBRE A ORAÇÃO E SUA EFICÁCIA

A oração é um aspecto fundamental no exercício da vida cristã. Na Bíblia, há uma diversidade de textos que deixam subtendida a função primordial da oração (Jó 22:27; Jr 29:12; Mt 6:9). Tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos, ela é vista, em várias situações, como um meio pelo qual as pessoas conversam com Deus no sentido de alcançarem perdão (1 Rs 8:30), cura (2 Cr 7:14), consolo (Is 12:1), bênçãos materiais e espirituais (Mt 6:11-13a), o batismo no Espírito Santo (At 8:15), etc. Sen-do a oração uma doutrina clara e importante das Escrituras, analisemos alguns princípios relacionados a ela.

Primeiro: A oração precisa ser um modo de vida. Jesus fez menção dela aos discípulos não como uma opção, mas como uma ordem. O texto é claro: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação (Mt 26:41a). Quem vigia e ora, preserva a própria vida do mal. Vigiar é estar alerta, atento. Orar, por sua vez, é o ato de dialogar com o Criador, expressando-lhe as alegrias, sofrimentos, angústias, dúvidas, vontades e gratidão (Cl 4:2). A ordem de Cristo quanto à oração tem algum sentido? Com certeza, sim. A parte b de Mt 26:41 declara: ... a carne é fraca. Aqui, ele expressa a fragilidade humana.

Em razão dessa fragilidade, bem como da necessidade que o ser humano tem de preservar a comunhão com Deus, a prática da oração deve ser encarada de modo disciplinado, à semelhança de Daniel, que orava três vezes ao dia (Dn 6:10), e de Davi, que tinha o hábito de orar à tarde, pela manhã e ao meio-dia (Sl 55:17). Segundo: A oração pre-cisa ter conteúdo bíblico. A oração deve ser equipada com adoração,

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exaltando-se o caráter e a soberania de Deus (Sl 136:1; Mt 6:9); súplica, expondo-lhe nossas necessidades; intercessão, apresentando-lhe o so-frimento alheio (1 Tm 2:1), e confissão, admitindo, diante dele, os nos-sos delitos e pecados (Mt 6:12).

Terceiro: A oração precisa ser perseverante. Com apenas três “palavri-nhas”, Paulo exorta os cristãos de Tessalônica: ... orai sem cessar (1 Ts 5:17). Aqueles irmãos não deveriam parar de orar, mas insistir nessa prática o tempo todo. Aos irmãos de Colossos, ele escreve: Perseverai na oração, vi-giando com ações de graças (Cl 4:2). O verbo perseverar (gr. proskarterein) indica atitude de persistência e determinação na oração, enfatizando o sen-tido de não desanimar (Lc 11:5-13), nem ficar cansado (Lc 18:1-8).3 Logo, quem age dessa maneira demonstra verdadeira fé.

A eficácia da oração nos é garantida pelas palavras de Jesus: Por isso vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis (Mc 11:24 – grifo nosso). É importante entendermos que a oração não tem poder em si mesma, mas a sua eficiência depende, exclusivamente, do poder divino. ... para Deus tudo é possível (Mt 19:26). É ele quem efetua, por sua vontade, tanto o querer como o realizar (Fp 2:13). É importante também que se diga que os benefícios da oração se estendem a aspectos físicos (At 14:8-11), psicológicos (Fp 4:6-7) e espirituais (Sl 66:18). Deus se importa não com partes, mas com a totalidade do nosso ser (Sl 103:1).

No seu ensino acerca da oração, Jesus explica aos discípulos que no ato de orar, não pode haver insubmissão, pois eles deveriam dizer: ... faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu (Mt 6:10b). Seguindo esse princípio, podemos afirmar que tudo o que pedirmos certamente receberemos, desde que a vontade de Deus esteja em evidência. Isso explica, por exemplo, o porquê de muitas vezes não obtermos respostas às nossas súplicas. Tiago alerta: Pedis e não recebereis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites (Tg 4:3). Esteja certo de que esse princípio é válido para os crentes de hoje. Portanto, ore, busque a res-posta do Senhor, sem se esquecer de lhe pedir: Seja feita a tua vontade!

04.LeiaDn6:10;Sl55:17;Mt26:41,osegundocomentárioeresponda:Por que devemos tornar a oração um modo de vida? Como isso pode ser feito?

3. Martin (1984:136)

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05.ApóslerSl136:1;Mt6:9,12;1Tm2:1,osegundocomentário,

comentesobreoconteúdodaoração.

06.Baseando-seemMc11:24;Cl4:2enosegundocomentário,responda:Porqueaoraçãoprecisaserperseverante?Quegarantiatemosdasuaeficácia?

III. A NOSSA CRENÇA SOBRE A CURA DIVINA

À semelhança da morte, as doenças vieram à existência em virtude da entrada do pecado no mundo, através da desobediência de Adão e Eva. Desde então, ficamos suscetíveis ao sofrimento provocado pela dor, pela fadiga, pelo estresse, etc. (Gn 3:16,17,19). A presença da doença no mun-do está relacionada ao pecado de Adão e Eva. Porém, algumas pessoas podem adoecer por causa de uma provação divina. A doença de Jó nos ensina isso (Jó 2:3-7). Outras pessoas podem ficar doentes por causa de uma punição divina (2 Cr 26:17-20). Há, ainda, certas doenças que são consequências de pecados pessoais (Jo 5:14).

Entretanto, não se deve afirmar que, em todos os casos, a enfermidade é consequência do pecado que se comete. Foi isso que Jesus enfatizou, ao ser questionado a respeito da cegueira de um homem que ele havia curado: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus (Jo 9:3). As pessoas podem ser vítimas tanto de doenças físicas quanto de emocionais e espirituais. Logo, o doente não

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só anseia como também precisa de cura. A boa notícia consiste no fato de que o nosso Deus é o Deus que cura, não apenas alguns, mas todos os tipos de doenças (Sl 103:3).

Assim como a Bíblia traz à tona a existência do pecado, da doença e da morte, ela também evidencia a realidade da cura divina. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos registram vários casos de curas divinas. Eis alguns exemplos: Nm 12:12-15; 2 Sm 24:25; 2 Rs 5:1-15 20:1-11; Jó 42:10-13; Mt 8:3,16, 9:35; Mc 1:31; Lc 7:21; At 3:7, 5:16, 9:34, 14:10. Deve-se afir-mar, porém, que Deus não curou todos os doentes. Ele curou Ezequias (2 Rs 20:5), mas não curou Eliseu (2 Rs 13:14). Ele curou o pai de Públio, por meio de Paulo (At 28:8), mas não curou o próprio Paulo, apesar de ele ter orado três vezes pela cura (2 Co 12:7-9).

Por que Deus não curou esses dois homens? Não foi por falta de po-der, mas por não ser o seu propósito fazê-lo. Nem toda cura está dentro da vontade divina. Deus é soberano. Ele faz o que lhe agrada, e não o que nos agrada. Devemos respeitar a soberania divina em nossas ora-ções por cura. E por falar em orações por cura, jamais devemos deixar de orar pela cura divina de uma doença. A oração não deve ser o último recurso a ser utilizado, mas o primeiro. A Bíblia afirma: E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados (Tg 5:15). Além da oração, a Bíblia ensina que o do-ente pode pedir a unção (Tg 5:14).

Ao curar alguém, Deus sempre tem um propósito. A Bíblia nos mostra alguns desses propósitos. A cura pode ser efetuada para a manifestação das obras de Deus (Jo 9:3), o cumprimento da palavra e da vontade dele (Mt 8:16,17; Mc 3:1-5) e o testemunho do poder do Senhor, pelos seres humanos (Mc 5:19). Observe que todos os textos bíblicos citados em confirmação aos propósitos da cura estão relacionados às pessoas, isto é, indicam o cuidado de Deus em relação a elas. São sinais da sua infinita misericórdia para conosco (Lm 3:22, 23).

Há cura em meio à dor. Por mais que, aos nossos olhos, a enfermidade pareça ser irreparável e incurável, podemos estar certos de que Deus tem poder para efetuar milagres! A promessa dele continua em vigor: ... e eu tirarei do meio de ti as enfermidades (Êx 23:25b). A promessa de cura, portanto, não é apenas para o povo da antiguidade, mas também para nós! Deus continua o mesmo, pois não muda e nem varia de posição (Tg 1:17). Logo, se você estiver enfrentando uma doença física, emocional ou espiritual, confie nele e busque a sua cura, pois ele, pela sua soberania, pode restaurar a sua saúde.

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07.ApóslerGn3:16,17,19;Jó2:3-7;Jo5:14eoterceirocomentário,responda: Qual a origem das doenças? Por quais motivos as pessoaspodemadoecer?

08.LeiaMt8:3,16;2Co12:7-9,oterceirocomentárioeresponda:Porquenemtodasaspessoassãocuradasdedeterminadasdoenças?

09.ApóslerJo9:3;Mc3:1-5,5:19;Tg1:17eoterceirocomentário,responda:Quaisospropósitosdacuradivina?Elapodeserrealizadanosdiasatuais?

CONCLUSÃO: Hoje, estudamos três doutrinas fundamentais da Bíblia, que devem ser observadas, fielmente, pela igreja de Cristo. Logo, você aprendeu, dentre outras coisas, que os dons do Espírito Santo continuam sendo manifestados por ele à igreja do Senhor na atualidade. A eficácia da oração é visível em nossas vidas e o Deus da cura continua a operar milagres no tempo e do modo correto, ou seja, não há incapacitado que ele não possa capacitar, não há oração que ele não possa responder e não há enfermidade que ele não possa curar. Toda glória a ele!

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54 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010

No batismo por imersão No lava-pés Na ceia do Senhor

13 NOV 2010

7Hinos sugeridos: BJ 57 / BJ 110

Levar o estudante da Escola Bíblica a entender o significado e a importância das três ordenanças que Cristo estabeleceu a sua igreja: o batismo por imersão, o lava-pés e a ceia do Senhor.

Domingo, 7 de novembro:.... Mt 28:18-20Segunda, 8:................................. Mc 16:15-16Terça, 9:............................................... Rm 6:3-5Quarta, 10:.................................... Lc 22:19-23Quinta, 11:.................................1 Co 11:23-26Sexta, 12:............................................ Jo 13:2-5Sábado, 13:................................... Jo 13:14-17

TEXTO BÁSICO: Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também (...). Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes. (Jo 13:15,17)

INTRODUÇÃO: Na medida em que a igreja evangeliza e ganha almas para Cristo, ela precisa praticar e levar esses novos conversos a pratica-rem as orientações do Mestre. Ao novo convertido, é ensinado sobre o batismo: a sua forma, o melhor tempo para ser batizado e os requisitos necessários ao batizando. Ele aprende também a respeito do lava-pés, sua importância e significado, e sobre a ceia do Senhor: quando, como e quem deve participar dela, e os benefícios conferidos ao comungante fiel. Na lição de hoje, relembraremos essas três cerimônias festivas cele-bradas pelo povo de Deus da Nova Aliança: o batismo, o lava-pés e a ceia do Senhor. São três ordenanças de Cristo a sua igreja e que devem ser praticadas por todos os cristãos.

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

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I. A NOSSA CRENÇA SOBRE O BATISMO POR IMERSÃO

O batismo cristão instituído pelo Mestre estava intimamente ligado ao batismo feito por João Batista. Este sempre relacionava o batismo ao arrependimento dos pecados, em virtude de o reino de Deus estar pró-ximo (Mt 3:2,7-12). E Jesus reconheceu a autoridade conferida por Deus a esse profeta (Mt 21:25) e a importância da cerimônia que ele realizava. A prova disso é que Cristo foi batizado por João (Mt 3:13-17), mostrando que se identificava com os pecadores, mesmo não tendo pecado algum. De fato, ele não necessitava ser batizado, mas deu esta explicação: ... porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça (Mt 3:15). Tal atitude nos serve de exemplo.

Sabemos que, ainda no início de seu ministério terreno, Jesus auto-rizou seus discípulos a batizarem (Jo 3:22; 4:22). E após a ressurreição, ordenou-lhes sair pelo mundo inteiro evangelizando e batizando os que aceitassem as boas novas (Mt 28:18-19). A partir daí, e em todo o Novo Testamento, observa-se a igreja em pleno cumprimento dessa ordem. A igreja primitiva não concebia a ideia de alguém se converter a Cristo e ficar sem o batismo. Por isso, depois do sermão de Pedro, no dia de Pentecoste, quase três mil pessoas aceitaram a fé e foram batizadas (At 2:38-41). Perceba que, no livro de Atos, o batismo tem lugar de destaque (At 2:38,41, 8:12,13,36, 9:18, 10:48, 16:15,33, 18:8, 19:5).

Tanto o batismo de João quanto o que foi ordenado por Jesus estão relacionados à mudança de vida (Lc 3:7-14; Jo 1:23; Mt 3:7-8). Na Bíblia, o batismo está associado a arrependimento e perdão (At 2:38, 22:16). Mas é bom que se diga: o batismo não perdoa nem salva ninguém. A salva-ção é pela fé no sacrifício de Cristo. Contudo, o batismo deve ser sempre precedido pelo arrependimento e pela conversão (At 8:36-38). Ele é a demonstração externa daquilo que já ocorreu em nosso interior. Esse ato evidencia a decisão pessoal de alguém em seguir a Cristo.

A palavra “batismo”, em seu sentido original, significa “mergulhar” ou “imergir”.1 Há quem, equivocadamente, faça o batismo por aspersão ou por efusão, isto é, borrifando ou derramando água sobre o batizando. Sobre isso, vale dizer o seguinte: na língua grega, existem palavras específicas para

1. Moulton (2007:70).

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“aspergir” e para “derramar”, mas, em momento algum, essas palavras são usadas em relação ao batismo.2 O batismo bíblico é sempre por imersão em água. E essa maneira de realizá-lo representa três fatos espirituais: a morte, o sepultamento e a ressurreição (Rm 6:1-4). O crente morre para o mundo, é sepultado e ressuscitado para uma nova vida com Deus e para Deus.

De acordo com Bíblia, o batismo deve ser ministrado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28:19). Biblicamente, sabemos também que não é correto batizar crianças, pois, para uma pessoa ser batizada, é preciso ter a capacidade de exercer fé de forma consciente (Mc 16:16) e produzir frutos dignos de arrependimento (Lc 3:8). O batismo é o símbolo da mudança ocorrida na vida do pecador. Nele, o cristão torna pública sua fé em Cristo (1 Pe 3:21; At 8:37) e reconhece o senhorio de Jesus em todas as áreas de seu viver. Esse ato tem a ver com a união do crente com seu Senhor ressurreto. É demonstração da disposição de viver submisso a Jesus e à sua santa palavra.

O batismo de um novo convertido deve ser motivo de alegria para toda a igreja. É mais uma vida que foi resgata e que, conscientemente, dá teste-munho público de sua fé. Se você ainda não é batizado nas águas, não fique indeciso; a vida com Cristo é garantia infalível de vida eterna. Renuncie o mundo e não deixe nada ficar entre você e Jesus. Peça para ser batizado na próxima oportunidade. Mas você, que já é batizado, sabe que os não são salvos precisam ser evangelizados, para serem batizados. O que você pode fazer para ajudar essas pessoas a encontrarem o caminho para a vida eterna?

01. Com base em Mt 3:11-17, responda: Se o batismo nas águas era paraarrependimento,Jesusprecisavaserbatizado?PorqueeledeixouqueJoãoobatizasse?

02.Leiaocomentário,Mt28:19;Rm6:1-4efalesobreaformacorretadeserealizarobatismo.Emquenomeeledeveserministrado?Porqueelesimbolizatambém:morte,sepultamentoeressurreição?

2. Ryrie (2004:492).

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26, 27 e 28 de novembro de 2010Estância Árvore da Vida – Sumaré, SP

Informações no site: www.portaliap.com.br

Um dever do consagrado, um direito do membro

46ª AssembleiaGeralEncarte especial

Confira, nas próximas três páginas, informações sobre a programação do sábado, ficha de inscrição

e procedimentos para sua participação.

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O AMOR DO PAI E A SALVAÇÃO DOS FILHOS

O AMOR DO PAI E A COMUNHÃO DOS FILHOS

O AMOR DO PAI E A IMPERFEIÇÃO DOS FILHOS

Um dever do consagrado, um direito do membro

46ª AssembleiaGeral

O amor do PaiVejam como é grande o amor do Pai por nós! O seu amor

é tão grande que somos chamados de filhos de Deus e somos, de fato, seus filhos.

(I Jo 3:1 – NTLH)

Sábado especial • 27/11/2010

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Informações: (11) 3119-6457

E-mail: [email protected]

www.portaliap.com.br

O AMOR DO PAI E A SALVAÇÃO DOS FILHOS

O AMOR DO PAI E A COMUNHÃO DOS FILHOS

O AMOR DO PAI E A IMPERFEIÇÃO DOS FILHOS

“Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela para a santificar”.Efésios 5:25b e 26a

PROJETO

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Para quaisquer informações adicionais, entrar em contato com a Secretaria GeralTelefone: (11) 3119-6457, falar com Irma Velázquez - E-mail: [email protected]

FICHA DE INSCRIÇÃO

Nome:

Endereço:

Bairro: Cidade: UF:

Cep: Fone: ( )

E-mail:

Idade: Pastor ( ) Presbítero ( ) Diácono ( ) Membro ( )

Região ou Setor a que pertence:

FORMA DE PAGAMENTO (Assinale a opção desejada)

INSCRIÇÃO PARA 3 DIAS – R$ 225,00 1 X R$ 225,00 com cheque para até o dia 12/11

2 X R$ 113,00 com cheque para os dias 13/10 e 12/11

INSCRIÇÃO PARA 2 DIAS – R$ 160,00 1 X R$ 160,00 com cheque para até o dia 12/11

2 X R$ 80,00 com cheque para os dias 13/10 e 12/11

INSCRIÇÃO PARA 1 DIA – R$ 90,00 1 X R$ 90,00 com cheque para até o dia 12/11

2 X R$ 45,00 com cheque para os dias 13/10 e 12/11

IMPORTANTE:

APÓS O DIA 12/11/2010,A INSCRIÇÃO SERÁ EFETUADA SOMENTE NO LOCAL, COM REAJUSTE:

3 DIAS – R$ 280,002 DIAS – R$ 210,001 DIA – R$ 110,00

PROCEDIMENTO

Preencha todos os campos da ficha acima, assinalando a opção de pagamento desejada, de acordo com a quantidade de dias de sua participação. Deposite o valor equivalente a sua escolha no banco BRADESCO, Ag. 99-0 – C/C 300259-4; destaque a ficha de inscrição (devidamente preenchida); anexe cópia do comprovante do pagamento ou cheques preenchidos, nominais à IAP, e remeta-os, via correio, para: Secretaria Geral da IAP – Rua Boa Vista, 314 – 6º andar – Conj. A – Centro – São Paulo, SP – CEP 01014-030. Você também pode enviar sua solicitação de inscrição via fax: (11) 3119-6458.

Um dever do consagrado, um direito do membro

46ª AssembleiaGeral

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03.ApóslerLc3:8;Mc16:16;At2:38,8:36-38,responda:Oqueoatodobatismorepresentanavidadocristão?Oqueseesperadequemdesejaserbatizado?

II. A NOSSA CRENÇA SOBRE O LAVA-PÉS

O costume de lavar os pés era antigo (cf. Gn 18:4). Sendo as sandálias de couro o único tipo de calçado usado naquelas estradas empoeiradas, imagine como ficavam os pés dos viajantes. Lavar os pés era demons-tração de boas vindas ao visitante. Esse costume, bastante conhecido e praticado nos dias de Jesus (Lc 7:44), era realizado pelos escravos menos qualificados da casa. O anfitrião, embora não lavasse os pés dos visi-tantes, geralmente era quem tomava as providências nesse sentido.3 Na realidade, por ser um trabalho humilhante, ninguém estava disposto a fazê-lo voluntariamente.

Jesus sabia que era chegada a hora de despedir-se de seus discípulos (Jo 13:1), mas sabia, também, que, no coração deles, havia o sentimento de competição. Há pouco haviam discutido para saber quem dentre eles era o maior (Mt 20:28). Não poderiam continuar assim, para o seu bem e para o futuro da igreja. Ao invés de ensinar com palavras para dissuadi-los do espí-rito competitivo, Jesus lhes ministrou uma aula que jamais seria esquecida. Devido aos recursos usados pelo Mestre, eles puderam ouvi-lo, ver o que ele fez e, depois, experimentar, na prática, o que haviam aprendido.

O grande ensino do lava-pés é a humildade. “Alguém disse bem que humildade não é pensar em si mesmo como alguém inferior; antes, a verdadeira humildade é esquecer-se a si mesmo”.4 Jesus ensinou que, para superar a crise relacional presente e futura, era preciso humildade (Lc 22:24-27). Seu ensino não era teórico, mas prático. Ele tomou a ini-ciativa e demonstrou humildade, fazendo o serviço mais humilhante, o trabalho dos escravos inferiores. Lá estava a vasilha com água, a bacia,

3. Hendriksen (2004:604).4. Wiersbe (2006:444).

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a toalha; porém, ninguém tomou a iniciativa de lavar os pés de Jesus e dos demais companheiros.

Naquele cenáculo, não havia nenhum escravo. Pedir a um dos discípu-los para lavar os pés dos outros poderia parecer um insulto. Então, Jesus tirou sua túnica, cingiu-se com uma toalha de linho, pôs água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos. A demonstração de humilda-de, mais uma vez, começaria com ele mesmo. Mais uma vez, ele estava sendo o exemplo vivo do tipo de atitude humilde de que a humanidade precisa. Sendo Senhor de tudo, Jesus se fez escravo de todos. Sendo superior a todos, assumiu a postura de servo humilde; dispôs-se a fazer o que ninguém queria fazer.

No entanto, Pedro, impulsivo como sempre (Mt 16:21-23, 17:1-8), não entendendo a lição, afirmou: Nunca me lavarás os pés (Jo 13:8a), ao que Jesus respondeu: Se eu não te lavar, não tens parte comigo (Jo 13:8b). O ter-mo grego traduzido como “parte” é meros, e tem o sentido de participa-ção ou uma porção de algo. Sem essa prática, Pedro não teria participação com Cristo. Depois de ter lavado os pés de seus seguidores, Jesus tirou as lições necessárias e ordenou-lhes que também lavassem os pés uns dos outros, acrescentando: ... eu vos dei o exemplo para que, assim como eu vos fiz, façais vós também (Jo 13:14-15). Por isso, cremos que o lava-pés é uma ordenança de Cristo a sua igreja e deve ser praticado por todos os cristãos.

A arrogância é uma das características da sociedade atual. Em oposição a tal postura, Jesus ensinou que a nobreza do cristianis-mo consiste em servir. Ele ensinou que aquele que serve, é mais importante do que o que é servido; aquele que quer ter a primazia, deve se colocar à disposição dos demais, como servo. Cristo digni-ficou seus discípulos, quando lhes apresentou a lição da humildade e do serviço. Ao praticar o lava-pés, o crente é levado a relembrar a necessidade de viver humildemente e de ser servo dos demais. A lição da humildade é muito atual e necessária. A igreja precisa dela, desesperadamente.

04.Baseie-senocomentárioanterioreemGn18:3-4;Jo13:2-10ediscorrasobreoatodelavarospés.Porquefazê-loeraconsideradoumtrabalhohumilhante?

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05.LeiaLc9:46-48,22:24-27eresponda:PorquefoinecessárioqueJesusensinasseumaliçãotãofortesobrehumildadeeserviçocristãoaosseusdiscípulos?

06.Tendoporbaseocomentárioanterior,Jo13:12-17;Fp2:5-8,responda: O que Jesus quer nos ensinar, através do ato do lava-pés?Porquetodocristãodevepraticaressacerimônia?

III. A NOSSA CRENÇA SOBRE A CEIA DO SENHOR

Entendemos que a ceia do Senhor é outra valiosíssima ordenança de Cristo a sua igreja. Essa celebração é, sem dúvida, a principal expressão litúrgica da comunhão entre os seguidores de Jesus. Foi Paulo quem a chamou de a ceia do Senhor (cf. 1 Co 11:20), indicando tratar-se de um banquete ou um jantar especial de comunhão, oferecido por Jesus aos seus discípulos, que deve ser realizado sempre na presença dele.5 Nela, é o próprio Senhor quem nos convida a nos assentarmos ao seu lado, em sua mesa, para ter comunhão com ele e com os demais irmãos.

A Bíblia nos garante que a primeira ceia do Senhor foi realizada pelo próprio Mestre, que explicou o significado dessa cerimônia e ordenou a sua prática aos cristãos (Mt 26:26-30; Mc 14:22-26; Lc 22:14-23). Jesus a realizou naquela noite angustiante que antecedeu a sua crucificação. Ele sabia que, em seguida, seria preso e morto, como oferta a Deus, para expiação dos pecados dos homens. Jesus cumpriria sua missão na terra e entregaria a maior dádiva de Deus à humanidade, isto é, a salvação. Ele não queria que seus seguidores esquecessem isso. Para tanto, instituiu a ceia do Senhor como um “memorial” para que isso nunca ocorresse.

5. Stott (2004:195).

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A ceia do Senhor é composta por dois elementos extremamente sim-ples; porém, profundamente significativos: o pão e o vinho. Eles são em-blemas, ou seja, são itens simbólicos que compõem a celebração e que foram claramente explanados por Jesus. Ele tomou o pão e, depois de ter dado graças e partindo-o, deu aos discípulos, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim (Lc 22:19). Em seguida, fez o mesmo com o cálice e disse: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós (Lc 22:20). Logo, o pão representa o seu corpo, que foi partido, e o vinho relembra o seu sangue, que foi der-ramado para a salvação do homem.

Nos textos bíblicos que tratam da ceia do Senhor, encontramos, em destaque, dois propósitos para ela. O primeiro é a recordação. O próprio Cristo diz: ... façam isso em memória de mim (1 Co 11:24,25). Celebramos a ceia, principalmente para lembrar o que o Senhor fez por nós, na cruz. O segundo propósito é a comunhão (cf. 1 Co 10:16-17). Essa cerimônia é muito mais do que uma reunião de crentes: é uma festa espiritual, em que temos comunhão com Deus e com os irmãos. Por isso, participar desse ajuntamento confere benefícios à vida do crente, pois a ceia do Senhor alimenta espiritualmente o cristão e o mantém em harmonia e comunhão com seu Senhor. Também renova sua fé e sua esperança. As bênçãos conferidas pela morte de Cristo são assimiladas pelo crente, quando este come o pão e bebe o vinho.

A Bíblia recomenda que, antes de participar da mesa do Senhor, o crente precisa fazer um auto exame: Examine-se, pois, o homem a si mesmo (1 Co 11:28). O objetivo deste exame não é para que o crente se exclua dessa celebração, mas, sim, para que coma do pão, e beba do cálice (cf. 1 Co 11:28). O exame é necessário para que o cristão não participe da ceia do Senhor indignamente. “Participar da ceia indigna-mente é assentar-se à mesa de forma leviana e irrefletida”.6 O crente precisa esquadrinhar seu coração, num exame minucioso, e confessar os pecados a Deus. Precisa também refletir sobre o significado da mor-te de Cristo e, com essa compreensão, sentar-se à mesa para desfrutar dela com reverência e seriedade.

Quando você participou da ceia do Senhor pela última vez? Quando será a próxima ceia, em sua igreja? Não permita que aconteçam períodos longos entre uma e outra ceia. Mantenha em dia a reflexão sobre estas

6. Lopes (2008:218).

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verdades reconciliadoras e restauradoras. Não fuja da ceia por causa do pecado. Corra do pecado para Deus e não de Deus para o pecado.7 Exa-mine-se e participe. O exame sincero e bíblico produzirá a consciência de nossa indignidade. Só assim nos refugiaremos em Cristo, e ele nos tornará dignos de participarmos da sua mesa.

07.Leiaocomentárioanterior,Mt26:26-30;Mc14:22-26;1Co11:20eresponda:OqueéaceiadoSenhor?Expliqueosignificadodopãoedovinho?

08.Combaseem1Co10:16-17,11:24-25;Lc22:19-20,responda:QuaissãoosdoisprincipaispropósitosdaceiadoSenhor?Quebenefíciossãoconferidosaosquedelaparticipam?

09.Apóslerocomentárioanteriore1Co11:28,responda:Quetodocristãodevefazer,aoparticipardaceiadoSenhor?

CONCLUSÃO: É maravilhoso fazer parte da igreja de Cristo; aliás, é indispensável a todo cristão estar envolvido com a igreja. Nela, o crente aprende e pode ensinar; é batizado e ajuda outros a chegarem ao ba-tismo; aprende e pratica a cerimônia da humildade e cresce na prática do servir; ainda renova a sua comunhão com o Senhor e com os irmãos, através da ceia, na qual é abençoado, por se assentar à mesa do Senhor, pois se alimenta do pão e do vinho e se fortalece, na certeza da transfor-mação e da ressurreição, no último dia.

7. Idem, p. 216.

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Na sã doutrina Na abstinência Na temperança

20 NOV 2010

8Hinos sugeridos: BJ 193 / BJ 189

Apresentar o ensino da Bíblia sobre a sã doutrina, a abstinência e a temperança.

Domingo, 14 de novembro:...... 1 Tm 4:16Segunda, 15:........................................... Os 4:6Terça, 16:................................................ 2 Jo 1:9Quarta, 17:.................................... Lv 11:45-47Quinta, 18:......................................... Dt 14:2-3Sexta, 19:............................................ Gl 5:2-22Sábado, 20:........................................... Cl 4:5-6

TEXTO BÁSICO: Mas damos graças a Deus porque vocês, que antes eram escravos do pecado, agora já obedecem de todo o coração às verda-des que estão nos ensinamentos que receberam. (Rm 6:17 – NTLH).

INTRODUÇÃO: A lição de hoje, assim como as outras desta série, que trata das nossas crenças, contém três partes. A primeira mostra, à luz da palavra de Deus, o que é sã doutrina e quais devem ser as nossas atitudes para com ela. A segunda ensina que há diferentes tipos de carnes: há as puras e há as impuras; há carnes próprias e há carnes impróprias para o consumo humano. A terceira parte, enfim, afirma que, quando estivermos à mesa para nos alimentar, deve-mos sempre cultivar a temperança. Vamos, então, à primeira parte.

I. A NOSSA CRENÇA SOBRE A SÃ DOUTRINA

A expressão sã doutrina é bíblica. Ela ocorre quatro vezes, no Novo Testamento, exclusivamente nas epístolas pastorais: 1 Tm 1:10, 2 Tm 4:3 e Tt 1:9, 2:1. A palavra “sã”, no grego, hugiaino, de onde também provém a

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

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nossa palavra “higiene”, descreve, no seu sentido literal, aquilo ou aquele que está com plena saúde. Ela é aplicada em relação à “doutrina” (1 Tm 1:10; 2 Tm 4:3; Tt 1:9, 2:1), às “palavras” (1 Tm 6:3; 2 Tm 1:13), à “fé” (Tt 1:13, 2:2) e à “linguagem” (Tt 2:8). A palavra “doutrina”, que aparece em 1 Tm 4:1,6,13,16, 5:17, 6:1,3; 2 Tm 3:10,16; Tt 2:7,10, por sua vez, é a tradução de didaskalia, que se refere àquilo que é ensinado por alguém.

A sã doutrina, então, é um conjunto bem definido de ensinamentos, “in-teiramente” sadios e limpos, que têm por base única as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tm 6:3). Esta sã doutrina deve ser ingerida: alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina (1 Tm 4:6). O verbo “alimentar” (gr. entrepho), aqui, aponta para um processo contínuo. Além de fortificar-se na graça (2 Tm 2:1), o crente em Jesus deve nutrir-se pesso-almente com as palavras da genuína doutrina, não de vez em quando, mas constantemente, estudando-a de maneira voluntária e cuidadosa.

A sã doutrina deve ser cuidada: Tem cuidado (...) da doutrina (1 Tm 4:16). Ter cuidado (gr. epecho) tem o sentido de fixar firmemente a aten-ção sobre. Quem ensina, deve dedicar atenção ao que ensina, para não ensinar o que não deve (Cl 2:22; 1 Tm 4:1; 2 Tm 4:4; Hb 13:9; 2 Pd 2:1). Por falta dessa atenção, muitos se perdem e fazem outros se perderem na fé (1 Tm 1:6, 6:21; 2 Tm 1:18; 3:13). Esta sã doutrina deve ser guarda-da: guarda o que te foi confiado (1 Tm 6:20a). “Guardar” (gr. phulasso) é manter o olhar sobre alguma coisa para que não escape ou pereça. O que foi confiado designa algo de grande valor.

A doutrina de Deus (Tt 2:10), que é de um valor inestimável, nos foi entregue para ser guardada íntegra, mediante a assistência do Espírito Santo que em nós habita (2 Tm 1:14). Em nada devemos colaborar para a corrupção da sua pureza ou para a diminuição da sua perfeição, muito menos deixar que outros o façam. Esta sã doutrina deve ser transmitida: E o que de minha parte ouviste (...), isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros (2 Tm 2:2). A doutrina do Senhor (At 13:12) deve ser guardada, mas não aprisionada. Transmiti-la sem dis-torções a pessoas confiáveis é obrigatório.

A doutrina de Cristo (2 Jo 9), que nos alcançou e nos abençoou, pre-cisa alcançar e abençoar aos que vierem depois de nós, isto é, a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar (At 2:39b – ARC). Enfim, esta sã doutrina deve ser seguida: Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensi-no (2 Tm 3:10a). A palavra grega equivalente ao verbo seguir (gr. parako-loutheo), neste texto, tem um significado especial e intenso: refere-se a uma entrega total da mente e da vida à instrução recebida. É abraçar

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apertadamente o puro ensino, crer nele, absorvê-lo, internalizá-lo na alma e viver de acordo com ele.

Você já reparou o quanto os crentes em Jesus desta nossa época, de um modo geral, estão cada vez mais resistentes a permanecerem naquilo que aprenderam? Percebe-se que muitos deles não observam mais a mesma crença por muito tempo. Não são como os novos convertidos de Jerusalém, que perseveravam na doutrina dos apóstolos (At 2:42a). Lembram mais os atenienses que de outra coisa não cuidavam senão dizer ou ouvir as últimas novidades (At 17:21b). Mas quanto a você, continue firme nas verdades que aprendeu e em que creu de todo o coração (2 Tm 3:14a – NTLH). Agindo assim, você salvará tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem (1 Tm 4:16b – NVI).

01.Combasenoquevocêleunocomentárioanterior,responda:Qualosignificadodaspalavras“sã”e“doutrina”?

02.Vocêacaboudeverosignificadodaspalavras“sã”e“doutrina”separadamente. Agora, explique o que é a “sã doutrina”.

03.Combasenosparágrafosacima,expliqueoquesignificadizerqueasãdoutrinadeveseringerida,cuidada,guardada,transmitidaeseguida por nós.

II. A NOSSA CRENÇA SOBRE A ABSTINÊNCIA

Vamos começar por Gênesis, o livro dos começos. Logo depois de terem sido criados por Deus, Adão e Eva ouviram uma instrução relacionada aos

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alimentos que deveriam consumir: Para vocês se alimentarem, eu lhes dou todas as plantas que produzem sementes e todas as árvores que dão frutas (Gn 1:29 – NTLH). A alimentação de ambos deveria ser apenas de origem vegetal. Nessa ocasião, as aves, os peixes e todos os outros animais já haviam sido criados pelo Senhor (Gn 1:20-25), mas a carne deles não foi mencionada nem autorizada como alimento.

Adão e Eva podiam se alimentar livremente das frutas de todas as árvo-res permitidas. Agora, você deve estar se perguntando: “Mas havia alguma árvore proibida?” Sim, havia. Por causa de uma clara e forte ordem de Deus (Gn 2:16a), eles tinham de se abster dos frutos de apenas uma árvo-re: a do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:17a). Se comessem destes, certamente morreriam (Gn 2:17b). Isso é muito interessante. A doutrina bíblica da abstinência não foi instituída por Deus ao ser humano após a queda deste, mas antes dela, quando ele ainda vivia no jardim do Éden!

Adão e Eva, como se sabe, não permaneceram abstinentes. O diabo, assim como faz hoje, lançou dúvidas e incertezas sobre a proibição divina (Gn 3:1-4), e os seduziu a comerem do que não deveriam comer (Gn 3:6). O pecado, então, entrou e se alastrou no mundo (Gn 6:5). Vendo isso, com pesar, Deus optou por destruir, por meio de um dilúvio universal, os seres vivos de sobre a face da terra (Gn 6:6-7). Ele, porém, não iria acabar com todas as pessoas e com todos os animais. Deus quis livrar Noé, sua mulher, seus filhos e suas noras (Gn 6:18, 7:7). Poupou também representantes de todas as espécies de animais, incluindo répteis e aves (Gn 6:19-20).

Mas observa-se que a quantidade de animais puros, que Deus fez vir até Noé para ser posta na arca, era maior do que a quantidade de animais impuros (Gn 7:2). Guarde isto: Essa é a primeira referência a animais puros e impuros da Bíblia. E quem a faz é o próprio Deus, bem antes de o povo de Israel existir. Logo depois do dilúvio, por ordem de Deus, a alimentação do ser humano deixou de ser apenas de origem vegetal: passou a ser também de origem animal. Mas nem todos os tipos de carnes seriam próprios para o consumo humano: só as carnes dos animais puros, que já eram utilizados em sacrifícios. Por isso, o seu número tinha que ser maior.

A doutrina bíblica da abstinência começa em Gênesis, mas não termina em Gênesis. Ela alcança o povo de Israel. Após a saída deste do Egito, Deus voltou a tratar a respeito dela. Primeiramente, nós o vemos formalizando-a, em Lv 11 e, posteriormente, o vemos relembrado-a, em Dt 14. Pois bem, para que o seu povo, dessa época e de outras, fosse santo (Lv 11:44-46; Dt 14:1-3), o Deus Santo, soberanamente, classificou, caracterizou e denomi-nou os animais que poderiam ser usados como alimento pelo seu povo.

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Mas o tempo não alterou essa distinção. Alguns séculos depois, vemos que a distinção divina de animais limpos e imundos continuava vigorando.

Além do próprio Jesus (Mt 13:48), Pedro (At 10:14, 11:8), Paulo (1 Tm 4:3) e João (Ap 18:2) revelam essa realidade, pelo que disseram e escreveram. Isso faz sentido. Deus é tão santo no presente quanto o foi outrora. Ele não se torna menos santo com o passar do tempo. O padrão de Deus para o seu povo de hoje é o mesmo. Ele exige culto (Rm 12:1) e vida (1 Pd 1:5) santos, assim como exigiu do seu povo de outra época. A doutrina bíblica da abstinência, também associada à santidade, continua válida para nós, que vivemos neste século, e para todos que viverão nos séculos seguintes.

04.CombaseemGn7:2,8,desdequandoosanimaissãoclassificadoscomopuroseimpuros?

05.Quaisanimaissãoimpuroseimprópriosparaonossoconsumo?Leia Lv 11 e Dt 14.

06.Queprovastemosdeque,naépocadoNovoTestamento,osanimaiscontinuavamclassificadoscomopuroseimpurose,portanto, impróprios para alimento?

III. A NOSSA CRENÇA SOBRE A TEMPERANÇA

Vimos que os alimentos de origem vegetal e animal nos foram da-dos por Deus (Gn 1:29, 9:3). São realmente dádivas e presentes divinos! Quando os consumirmos, devemos demonstrar gratidão. Mas não ape-

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nas isso. Também devemos demonstrar temperança, isto é, moderação ao consumi-los. A palavra temperança não aparece nenhuma vez no Antigo Testamento. A palavra não, mas o conceito, sim. Lemos, em Pv 23:1-2: ... quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti; mete uma faca à tua garganta, se és homem glutão.

O conceito de temperança é encontrado na expressão mete uma faca à tua garganta, que, na NTLH, está assim: controle-se. Vai nessa mesma linha a Bíblia Viva: Não exagere na comida, controle o seu apetite! Esse mesmo conceito é evidente, em Pv 25:16: Achaste mel? Come apenas o que te basta, para que não te fartes dele e venhas a vomitá-lo. O termo “basta” tem o sentido de suficiência (hb. day). Comer o que basta é, então, comer apenas o suficiente ou, como está na Bíblia Viva, um pouco de cada vez. Como diz um ditado africano “quando há mel demais, ele se torna amargo”.

No Novo Testamento, além do conceito, temos também a palavra tem-perança propriamente dita, que aparece em At 24:25, Gl 5:22 e 2 Pd 1:6, na versão Almeida Revista e Corrigida da Bíblia.1 Temperança é uma tradução da palavra grega “egkratéia”, que, em outras versões bíblicas, é traduzida por domínio próprio. No seu sentido literal, essa palavra significa “repri-mir com mão firme”2. Referia-se a toda forma de autocontrole e autodisci-plina que um atleta tinha que exercer sobre os apetites do seu corpo para alcançar o prêmio nos jogos gregos (1 Co 9:25).

Antes de vencer os outros, o atleta tinha de vencer a si mesmo. No seu sentido espiritual, a palavra significa conduzir-se temperadamente em todos os aspectos da vida, e não apenas em questões ligadas ao consumo de alimentos. É um dos nove aspectos do fruto que o Espírito Santo produz em nós, quando andamos debaixo da sua direção (Gl 5:16, 22-23a). É uma das sete qualidades que, com toda diligência, devemos associar, generosamente, à fé preciosa que alcançamos pela justiça de Deus, para sermos espiritualmente eficientes e produtivos (2 Pd 1:1, 5-8).

Sem temperança, a pessoa se alimenta aquém ou além do que con-vém. Vive nos extremos. Com o passar do tempo, isso pode causar-lhe inúmeros prejuízos, tanto físicos quanto emocionais, espirituais, relacio-nais, profissionais e financeiros. A saúde fica abalada. O corpo já não tem mais a mesma disposição de antes. A auto estima, que é a noção de valor próprio, fica baixa. Por estar fora da vontade de Deus, a pessoa se sente culpada. Os contatos sociais são evitados. Há uma busca pelo isolamen-

1. Ela ocorre também em Rm 12:3, mas a palavra grega é “sophroneo”, e não “egkratéia”. 2. Pfeiffer & Harrison (1983:158).

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to. A concentração e o rendimento no período de trabalho diminuem. Gasta-se muito com medicação, tratamentos, supermercado.

De todas as áreas da nossa vida, a mais difícil de se exercer a temperança talvez seja a da alimentação. É difícil, mas não é impossível, pois, ao nosso dispor, temos o Espírito Santo, que nos assiste em nossas fraquezas (Rm 8:26). Com a ajuda dele, podemos dominar qualquer coisa que nos domine, em qualquer área da nossa vida, inclusive na área da alimentação. Se ele nos dominar, não perderemos, mas ganharemos o domínio próprio.

07.Alémdegratidão,oquemaisdevehaver,quandoestivermosàmesa nos alimentando do que Deus nos permite?

08. De que modo o Antigo e o Novo Testamentos nos ensinam sobre o exercíciodatemperançaemrelaçãoàalimentação?

09.Queprejuízossãocausadospelaausênciadetemperançaduranteasrefeições?

CONCLUSÃO: Alimentemo-nos, frequentemente, da sã doutrina, isto é, da doutrina que não foi corrompida pelos falsos mestres, nem con-taminada pelos falsos ensinos. Ela é muito valiosa! Cuidemos dela com atenção total! Não deixemos de guardá-la, transmiti-la e segui-la. Conti-nuemos abstendo-nos de comer das carnes que Deus, que, de eternida-de a eternidade, é santo e que nos chamou para sermos santos em tudo, soberanamente nos proíbe, em sua palavra imutável, e comamos, com temperança, daquelas que ele nos permite. Que tudo seja recebido com uma oração de agradecimento! Amém!

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27 NOV 2010

9Hinos sugeridos: BJ 296 / BJ 216

Apresentar o ensino bíblico sobre a lei dos dez mandamentos e sua vigência, o verdadeiro dia de descanso e a distinção das leis.

Domingo, 21 de novembro: ....Mt 5:17-20Segunda, 22: .......................................Rm 7:12Terça, 23: ............................................1 Jo 2:3-7Quarta, 24: ...................................... Êx 20:8-11Quinta, 25: ...................................... Is 58:13-14Sexta, 26: ......................................Êx 24:3-4,12Sábado, 27: ...................................Lc 16:16-17

TEXTO BÁSICO: A lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom. (Rm 7:12)

INTRODUÇÃO: Após salvá-lo da destruição (Êx 12:21-30) e livrá-lo da escravidão (Êx 12:31-42), por meio de sua graça e seu poder, Deus ainda guiou o seu povo até o Sinai (Êx 19:2b). Ali, houve a entrega das suas leis para este povo liberto e redimido. As suas leis são, portanto, desde a sua origem, firmemente assentadas num con-texto de graça. A graça, portanto, antecede as leis de Deus. Estas não são um meio de justificação, isto é, não são um meio pelo qual os não salvos tentam alcançar o favor divino, mas, sim, uma norma de vida dada pelo Redentor aos já salvos pela graça, de modo que saibam como viver para agradá-lo. Vejamos o que a palavra de Deus nos ensina sobre a natureza e aplicação dessas leis divinas.

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Na lei dos dez mandamentos e sua vigência No verdadeiro dia de descanso Na distinção das leis

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I. A NOSSA CRENÇA SOBRE A LEI DOS DEZ MANDAMENTOS E SUA VIGÊNCIA

Nesta parte da lição, vamos ter uma visão geral sobre a lei dos dez man-damentos. No texto hebraico, os dez mandamentos são chamados de “dez palavras” (hb. `eser dabar). Mas o único texto que se refere a eles assim é o de Êx 34:28, na versão Almeida Revista e Atualizada. Eles são de autoria divina. Não são cópias de normas morais criadas e usadas no Egito ou em outras nações. Não são, de modo algum, uma obra de seres humanos: são uma obra inédita do próprio Deus. Foram proferidos pela boca de Deus (Êx 20:1; Dt 10:4) e escritos pelo dedo de Deus (Êx 31:18; Dt 4:13).

Ao todo, os dez mandamentos (Êx 20:3-17) somam, na versão Almeida Revista e Atualizada, cerca de 282 palavras. Mas nem todos os dividem da mesma maneira. Alguns fundem o primeiro (v. 3) e o segundo (v. 4) mandamentos em um só e dividem o décimo (v. 17) em dois. Outros fazem do versículo 2 o primeiro mandamento e dos versículos 3 a 6, o segundo. Nós, porém, adotamos a mais antiga divisão, a mesma que a igreja do primeiro século apoiava e adotava, a que torna o versículo 3 o primeiro mandamento e os versículos 4 a 6, o segundo.

Olhando para o conteúdo dos dez mandamentos, notamos que, dos dez, apenas dois não se iniciam com “não”: o quarto e o quinto. Dos dez, os dois maiores, em número de palavras e de versículos, são o segundo, que trata de imagem (Êx 20:4-6), e o quarto, que trata do sábado (Êx 20:8-11). O segundo tem 76 palavras e o quarto, 100. Em número de versículos, o segundo tem 3 e o quarto, 4. Dos 15 versículos e das 282 palavras dos dez mandamentos, 26 por cento dos versículos e 35 por cento das palavras tratam apenas do quarto.

Os quatro primeiros mandamentos – Não terás outros deuses diante de mim (v. 3), não farás para ti imagem de escultura (v. 4a), não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão (v. 7a) e lembra-te do sábado, para o santificar (v. 8) – mostram a relação apropriada do salvo pela graça de Deus com o Deus da graça. Os seis últimos – honra teu pai e tua mãe (v. 12a), não matarás (v. 13), não adulterarás (v. 14), não furtarás (v. 15), não dirás falso testemunho (v. 16) e não cobiçarás (v. 17a) – mostram como devem ser as relações humanas de quem foi salvo pela graça.

A validade dos dez mandamentos é contínua e a sua aplicação é universal. Eles valem para todos os tempos e devem ser pessoalmente obedecidos por

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todos que forem justificados gratuitamente, mediante a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Quem foi salvo pela graça de Deus, portanto, não está livre de obedecer à lei de Deus. O salvo, na verdade, veio a receber a graça (...) para a obediência por fé (Rm 1:5). O primeiro desejo de Deus é que a pessoa salva seja, por meio da graça, obediente aos seus mandamentos. E obedecer-lhes não é, evidentemente, uma nova escravidão, mas uma prova de que a velha escravidão foi superada. A obediência à lei do Senhor produz liberdade real.

A obediência aos mandamentos de Deus conduz à vida. Pode-se dizer que um dos propósitos da lei de Deus é este: guiar quem a observa à vida verdadeira. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos enfatizam esse propósito. O que muda é apenas a natureza da vida. A vida ofere-cida aos obedientes, no Antigo Testamento, é retratada mais no sentido físico (Dt 4:1, 5:33, 8:1). Já no Novo Testamento, o sentido é mais espiritu-al, isto é, vida eterna (Mt 19:16; Jo 12:50; Rm 7:10). Ignorar a lei de Deus significa morte, mas guardá-la, realmente, significa vida.

01. Com base em Êx 20:2 e na introdução, responda: Antes de entregar formalmente as suas leis ao seu povo, no monte Sinai, o que Deus fezantes?

02. Leia Êx 20:1, 31:18 e responda: O que esses dois textos da palavra deDeusnosensinamsobreaautoriadosdezmandamentos?

03. Oquepodemosdizersobreoconteúdo,aaplicaçãoeavalidadedosdezmandamentos?Baseie-senocomentárioanterior.

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II. A NOSSA CRENÇA SOBRE O VERDADEIRO DIA DE DESCANSO

Por seis dias, vemos Deus criando o mundo e tudo o que nele existe: Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército (Gn 2:1). O sétimo dia, porém, foi um dia de não criar nada. A Bíblia mostra que Deus (...) descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito (Gn 2:2b). Indica, ainda, que Deus abençoou (...) o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera (Gn 2:3). Em Gn 1:22, Deus abençoou os animais. Em Gn 1:28, Deus abençoou Adão e Eva. Aqui, em Gn 2:3, Deus abençoou um dia, o sétimo.

Tudo que havia sido criado por Deus era muito bom, mas não fora considerado santo. Só o sétimo dia foi santificado por Deus! Deus san-tificou o sétimo dia estabelecendo com ele uma relação especial. Deus o reservou para que aqueles que foram criados a sua imagem aprofun-dassem a sua relação com ele. Em Gn 1:15, lemos que Senhor Deus pôs o homem no jardim do Éden, para cuidar dele e nele fazer plantações.1 Ele fazia isso todos os dias, menos no sétimo dia. Neste dia, podemos ima-ginar o homem guardando as suas ferramentas, interrompendo as suas atividades e, então, entrando em comunhão pessoal e profunda com o seu Criador e Senhor.

Mas ocorreu a queda, que alterou a existência humana em inúmeros aspectos, mas, sobretudo, no aspecto espiritual. Ao invés de buscar a Deus, Adão e Eva, e os que vieram a partir deles, passaram a fugir dele sempre. Queriam a todo custo evitar a face de Deus, bem como o culto vivo e alegre a ele. Tentaram, então, tomar para si o dia que era do Se-nhor e para o Senhor. Deus, porém, não alterou a sua obra. Não anulou o seu sábado. Não fechou a porta para o culto que deveria acontecer no seu santo dia. O seu sábado iria continuar válido.

Muitos anos depois, quando os que faziam parte do seu povo, já sal-vos pela graça de Deus, estavam diante do monte Sinai, o Senhor afir-mou que o seu santo dia, que estava em vigor desde o jardim do Éden, deveria ser continuamente lembrado (Êx 20:8; Ne 9:14a) e guardado (Dt 5:12). Ele ordenou a completa cessação de todos os trabalhos nesse dia (Êx 20:9-10). Então, no tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho (Gl

1. Nova Tradução da Linguagem de Hoje.

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4:4 – NTLH), que, por ser Deus (Jo 1:1), tinha poder para anular e alterar o dia de descanso. Um mandamento instituído por Deus só pode ser anu-lado por Deus. Mas ele, mesmo sendo Senhor do sábado, não anulou o sábado, que foi criado para o bem do ser humano (Mc 2:27-28).

Pouco antes de partir, Jesus disse aos doze que ainda tinha muita coi-sa para dizer-lhes, mas não podia fazê-lo, porque eles não iriam aguentar. Contudo, garantiu que o Espírito da Verdade, que, de igual modo, é Deus, os guiaria em toda verdade, quando viesse. Ele veio e, como Jesus disse, guiou-os em toda verdade. O Novo Testamento é fruto dessa ação do Espí-rito Santo. Mas não há, em seus 27 livros, um versículo sequer fazendo refe-rência, implícita ou explicita, à anulação ou substituição do dia de descanso. A igreja, logo, não tem autoridade para alterar o que Deus não alterou.

Uma vez que o verdadeiro dia de descanso foi instituído no Éden e entregue, primeiramente, a Adão e Eva, então, sem dúvida alguma, foi entregue por Deus para toda a espécie humana, e continua válido, uma vez que não foi revogado nem por Cristo nem pelo Espírito Santo. So-mos tão obrigados a observá-lo como o eram os que serviram a Deus na antiguidade. Nesse dia santo, não devemos cuidar dos nossos próprios negócios e interesses. Desde o pôr-do-sol da sexta, preparemo-nos, ade-quadamente, para receber, com alegria e louvor, o dia que o Senhor, com amor, estabeleceu para o nosso bem e dos nossos irmãos.

04. O que Gn 2:1-3 nos ensina sobre o sábado, o verdadeiro dia de descanso?LeiaoprimeiroeosegundoparágrafosdoitemII.

05. Dequemodoaquedaafetouaobservânciadoverdadeirodiadedescanso?ComoDeusreagiuaisso?LeiaGn3eoterceiroequartoparágrafos.

06. Porqueosábado,comoverdadeirodiadedescanso,éumainstituição divina permanente e universal?

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III. A NOSSA CRENÇA SOBRE A DISTINÇÃO DAS LEIS

Além das leis morais, duas outras foram formalmente instituídas por Deus, no monte Sinai: as leis rituais e as civis. Vamos considerar e exem-plificar cada uma delas, separadamente. Como nação, o povo de Israel não podia se portar de qualquer maneira. Para reger a sua vida, havia leis que diziam quais eram os seus direitos e os seus deveres. Que leis eram essas? As leis civis. Alguém que fosse muito pobre, entre o povo de Israel, podia por-se à venda. Mas o senhor que o comprasse poderia desfrutar dos seus serviços escravos só por seis anos, não por período ilimitado. O sétimo ano seria o ano da sua libertação, quando o seu senhor teria a obrigação legal de libertá-lo gratuitamente.

Mas, se, por esse tempo, o tal escravo viesse a casar-se com uma das escravas de seu senhor e com ela tivesse filhos, por ocasião da sua saída, não poderia levá-los consigo: teria de partir sozinho (Êx 21:1-4). Essa lei tinha como objetivo estipular os direitos e os deveres de ambas as partes. As leis rituais ou cerimoniais diziam como as cerimônias e os sa-crifícios deveriam ser preparados e apresentados ao Senhor. Uma dessas leis estabelecia, por exemplo, quando e como as três grandes festas – a dos Pães Asmos, a da Sega e a da Colheita – deveriam ser celebradas pelos filhos de Israel. Determinavam, inclusive, a maneira correta de se oferecerem os sacrifícios nessas ocasiões (Êx 21:14-19).

As leis morais, reveladas nos dez mandamentos, apontam os deveres e as obrigações daqueles que se encontram no caminho da santificação, trilhado, pouco a pouco, em parceria com o Espírito Santo. Estas leis mo-rais permanecem válidas para o povo de Deus dos dias de hoje. Mas o mesmo não pode ser dito acerca das outras leis, civis e rituais. Estas tam-bém provêm de Deus, mas se distinguem das morais, principalmente, no que diz respeito ao período de vigência e ao público a que se destinam.

As leis rituais, em especial, que apontavam para a obra do Messias que haveria de vir, perderam, definitivamente, a sua validade e a sua aplicação com a morte de Cristo. Quem mais o Espírito Santo inspirou para mostrar que Deus cumpriu plenamente em Cristo as leis rituais, em todos os seus aspectos e detalhes, foi o apóstolo Paulo. Ele registrou, em Ef 2:15, que Cris-to aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças (grifo nosso). Jesus “aboliu” (do grego katargeo) ou tornou ineficaz, fez inú-til, exauriu, anulou, apagou, pôs de lado, deu fim aos preceitos cerimoniais.

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Ainda escreveu, em Cl 2:14, que Deus tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz (grifo nos-so). Isso significa, dentre muitas outras coisas, que, desde então, os pais não estão mais sob a obrigação de circuncidar seus meninos, quando estes completam oito dias de nascidos. Também não há mais a necessi-dade de se celebrar a Páscoa. Mas o mesmo Espírito Santo que inspirou o apóstolo Paulo para revelar a suspensão das leis cerimoniais inspirou-o, também, para mostrar a validade das leis morais de Deus: ... por conse-guinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom (Rm 7:12).

Numa de suas cartas aos Coríntios, Paulo frisou que a circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus (1 Co 7:19). A lei que permanece vigente para a nossa e para todas as épocas é a lei moral de Deus. O escritor da Epístola aos Hebreus, outro que também enfatiza a suspensão, por Cristo, das exigências cerimoniais (Hb 9:1-10, 10:1-14), declara que o Espírito Santo coloca a lei moral de Deus no coração dos crentes para que possam amá-la e cumpri-la debaixo da graça de Cristo: Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei (Hb 10:14).

07. Além da lei moral, que duas outras leis foram dadas por Deus ao povodeIsrael?Alémdemencioná-las,exemplifique-as.

08. Com base em Ef 2:15; Cl 2:14, responda: O que o Novo Testamento ensinasobreasleiscerimoniais?Elasestãoemvigor,hoje?

09. Leia Rm 7:12; 1 Co 7:19; Hb 10:15-16 e responda: O que esses textos nos ensinam sobre a validade da lei moral de Deus?

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CONCLUSÃO: A lição de hoje nos mostrou que Cristo cumpriu a parte cerimonial da lei, na sua morte na cruz. Assim, as determinações cerimo-niais da lei de Deus não estão mais em vigor. Não temos mais a obriga-ção de obedecer-lhes. Não obstante, o aspecto moral da lei Deus, os dez mandamentos, não mudou e nem vai mudar em nenhum sentido, nem no que diz respeito ao sábado, o verdadeiro dia de descanso. Visto que o caráter de Deus é imutável, é lógico pensar que, uma vez que a lei moral revela o caráter de Deus, ela permanece totalmente válida para a igreja de hoje. Diante disso, felizes os que guardam os mandamentos de Deus e lhe obedecem de todo o coração (Sl 119:2 – NTLH). Amém.

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TEXTO BÁSICO: Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. (Ef 5:15-16).

INTRODUÇÃO: Deus estabeleceu três instituições no mundo:1 a fa-mília (Gn 9:1-7; Ef 5:18-6:4), o governo (Gn 9:1-17; Rm13:1-7) e a igreja (M 16:16-19; At 2). É muito bom que o cristão entenda a importância de cada uma delas no plano soberano de Deus e que também saiba que papel deve desempenhar em cada uma delas. Pois bem, as doutrinas que iremos estudar hoje estão diretamente ligadas a essas três instituições. Com relação à igreja, vamos tratar sobre a manutenção da obra através dos dízimos e das ofertas. Pertinente ao governo, trataremos da submis-são às autoridades. E, por fim, a respeito da família, discorreremos sobre a preservação do casamento e do lar cristão.

1. Wiersbe (2006:724).

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Domingo, 28 de novembro ........... Pv 3:9-10Segunda, 29 ........................................Ml 3:8-12Terça, 30 ..................................................Dt 16:17Quarta, 1 de dezembro.................1 Tm 2:1-2Quinta, 2 ................................................Hb 13:17Sexta, 3 ...............................................Gn 2:18-24Sábado, 4 ................................................. Sl 127:1

Levar o aluno a refletir sobre três pontos de nossa fé que tratam de deveres de todo cristão: a manutenção da obra através dos dízimos e das ofertas, a submis-são às autoridades e a preserva-ção da família.

4 DEZ 2010

10Hinos sugeridos: BJ 315 / BJ 11

Na manutenção da obra: dízimos e ofertas Na submissão às autoridades e liberdade de consciência No casamento, no lar e na família

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78 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010

I. A NOSSA CRENÇA SOBRE A MANUTENÇÃO DA OBRA: DÍZIMOS E OFERTAS

Cremos que existem duas práticas bíblicas que foram estabelecidas por Deus como meio de manutenção de sua obra aqui na terra: os dí-zimos e as ofertas. Tanto a Bíblia quanto a história testemunham que a igreja de Cristo sempre foi amparada financeiramente pelas contri-buições de seus membros. São esses subsídios que têm permitido que ela cumpra sua missão no mundo. Entretanto, dízimos e ofertas não são compromissos que temos com a igreja, mas, sim, com o Senhor da igreja. Portanto, é fundamental conhecermos os ensinos e princípios bíblicos que regem as contribuições do cristão. Por isso, vamos rapida-mente examinar essas duas práticas.

Para começarmos, vamos ver o que a Bíblia ensina sobre os dízimos. A palavra “dízimo” significa a décima parte ou dez por cento de um todo que deveria ser consagrado e entregue ao Senhor.2 Foi Deus, o Criador, quem ordenou: ... todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor (Lv 27:31). E, posteriormente, confirmou sua ordem, dizendo: Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro (Ml 3:10a). O dízimo não é uma invenção da igreja atual, é um princípio estabelecido pelo Criador. Não deve ser encarado como uma doação à igreja, mas como um ato de adoração e gratidão por tudo que Deus nos concede. Nem é opcional, é um dever de todo crente.3

A Bíblia está repleta de referências sobre dízimo. Ela nos mostra que esse ato é anterior ao monte Sinai (Gn 14:20) e está presente tanto no Antigo (Ne 12:44; Pv 3:9-10; Ml 3:8-12) quanto no Novo Testamento (Mt 23:23; Hb 7:8). Há três princípios bíblicos relacionados a esse ato. Primeiro: o reconhe-cimento de que tudo pertence a Deus (Sl 24:1). Segundo: a gratidão a Deus pela sua generosidade (Gn 28:20-22); por isso, o dízimo não é sobra, mas primícia (Pv 3:9). Terceiro: a destinação do dízimo é para a manutenção da obra de Deus (Ml 3:10b). Sonegar o dízimo é algo muito sério. É infidelida-de e roubo contra o próprio Deus! Por outro lado, dizimar é um gesto de fé que resulta em bênçãos, principalmente espirituais.

2. Davis (1987:164).3. Lopes (2005:80).

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Agora, veremos o que a Bíblia ensina sobre as ofertas. Outra maneira de honrarmos a Deus é entregando-lhe as ofertas. Diferentemente dos dízimos, elas são presentes que entregamos a Deus e somos nós que es-colhemos o valor. Enquanto dizimar é um dever determinado pelo Cria-dor, ofertar é um ato natural de agradecimento. As ofertas são sempre voluntárias! Quanto ao critério para trazer a oferta, foi assim ensinado a Israel: Cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o Senhor, seu Deus, lhe houver concedido (Dt 16:17). No Novo Testamento, o ato de contribuir é considerado um privilégio que Deus nos concede. É a graça de participar da assistência aos santos (2 Co 8:4).

Na segunda carta de Paulo aos Corintos, nos capítulos 8 e 9, encontra-mos importantes orientações sobre as ofertas. Primeira: as ofertas devem ser espontâneas (2 Co 8:8). Segunda: as ofertas devem ser proporcionais, ou seja, deve-se ofertar de acordo com as bênçãos recebidas e segun-do as posses (2 Co 8:11). Terceira: as ofertas devem ser planejadas. Disse Paulo: ... julguei conveniente recomendar aos irmãos que me precedessem entre vós e preparassem de antemão a vossa dádiva já anunciada (2 Co 9:5a). Se não planejarmos o que vamos ofertar, nossas ofertas serão sem-pre mirradas e impróprias.

A quarta orientação é esta: as ofertas devem ser generosas. Paulo com-pleta dizendo: ... para que esteja pronta como expressão de generosidade e não de avareza (2 Co 9:5b). A quinta é: as ofertas devem ser agradáveis. Precisamos nos sentir bem quando contribuímos. Se a oferta é um pre-sente, não podemos oferecê-la com pesar no coração. Diz-nos o texto: ... não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem doa com alegria (2 Co 9:7b). Amém! Os dízimos e as ofertas são igualmente atos de gratidão ao Senhor. Portanto, faça as suas contribuições não pensan-do no que você vai receber, mas no seu amor a Deus, como gratidão a ele, desejando agradar-lhe, não querendo que sua obra fique desampa-rada. Essa é a motivação correta para dizimar e ofertar.

01.LeiaLv27:31;Ml3:9-10;Pv3:9-10ecomenteoquenóscremossobredízimo.Quaissãoostrêsprincípiosbíblicosrelacionadosaesse gesto?

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80 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010

02. Após ler Dt 16:17; 2 Co 8:4-11, 9:1-7 e responda: O que a Bíblia ensina sobre as ofertas?

03.Combasenocomentárioanterior,responda:Qualéamotivaçãocorretaparadizimareofertar?

II. A NOSSA CRENÇA SOBRE A SUBMISSÃO ÀS AUTORIDADES E A LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA

Com base na palavra de Deus, acreditamos que todo cristão deve obedecer e se submeter às autoridades governamentais e às leis do país em que vive (Mt 22:21; Tt 3:1). O apóstolo Paulo foi quem melhor ex-planou essa questão. Em Romanos, capítulo 13, versículos 1 a 7, ele nos mostra dois motivos pelos quais o cristão deve se sujeitar às autorida-des. O primeiro motivo é a procedência do poder dos governantes. Disse ele: Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus (Rm 13:1). A base para tal afirmação é a certeza de que Deus é Soberano.

A Bíblia nos garante que o Senhor domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer (Dn 4:25). É ele quem coloca os reis no trono e os tira de lá (Dn 2:21), ou seja, o poder que os governantes possuem vem de Deus. Foi por isso que Jesus, em seu julgamento, assegurou a Pilatos: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado (Jo 19:11). A instrução de Paulo caminha na mesma direção. Para esse apóstolo, o estado ou o governo é uma instituição divina4 e quem se opõe a ele,

4. Stott (2000:412).

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está se opondo ao próprio Deus (cf. Rm 13:2). Portanto, o cristão deve se submeter às leis do Estado.

O outro motivo é a finalidade do poder dos governantes. Conforme Romanos 13, nos versículos 3 e 4, Deus constituiu o Estado para cumprir dois objetivos: O primeiro é promover o bem através do estímulo (v.3) e o segundo é coibir o mal por meio da punição (v.4). A lógica bíblica para isso é a seguinte: o Altíssimo é quem governa o mundo, e ele também o faz através das autoridades, ou seja, os governantes são instrumentos para promover a justiça e executar os desígnios de Deus. O apóstolo explica que todos os líderes do povo exercem uma missão divina: São ministros de Deus (Rm 13:4,6). O Senhor instituiu os governos dos ho-mens para manter a ordem no mundo. Quem se rebela contra eles, está promovendo a desordem e patrocinando o caos.

O autor sagrado conclui o ensino com as seguintes palavras: Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, impos-to; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra (Rm 13:7). Suas pala-vras concordam com as do Mestre Jesus, que dizia: Dai a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus (Mt 22:21). Assim, todo crente em Cristo deve se submeter ao Estado e honrar seus representantes (1 Pd 2:17), precisa pagar os seus impostos (Rm 13:6-7), deve orar pelos líderes da nação e pelo bem-estar do povo (1 Tm 2:1-2) e ser um bom cidadão que exerce seus direitos e cumpre seus deveres na sociedade em que vive.

Esse mesmo princípio bíblico de submissão e obediência aplica-se tam-bém às autoridades eclesiásticas: os líderes e consagrados da igreja de Cris-to, especialmente os pastores. Eles são lembrados na Bíblia como dignos de respeito e admiração (1 Ts 5:12-13). Escrito está: Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês (Hb 13:17 - NVI). Contudo, diante do que foi dito até aqui, é importante que se diga que ne-nhuma dessas autoridades é absoluta e inquestionável. Por exemplo, se um pastor está ensinando algo contrário à palavra de Deus, não devemos nos submeter a esse ensino. O mesmo deve ser feito com relação ao governo.

Se as autoridades do país deixam de cumprir o que Deus lhes designou, exigindo o que Deus proíbe ou proibindo o que Deus ordena, então, nosso dever é resistir e não nos sujeitar. A isso, damos o nome de “liberdade de consciência”. 5 Foi o que fizeram Daniel e seus amigos (Dn 4 e 6), preferindo morrer a contrariar a fé.6 Assim também agiram os apóstolos e mártires da

5. Lopes (2010:426).6. Stott (2000:415).

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igreja primitiva, que, com ousadia, afirmavam: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5:29). Com isso em mente, cada um de nós, independentemente da posição que ocupa, na igreja ou fora dela, deve se sujeitar e respeitar as autoridades da nação e as autoridades eclesiásticas.

04.LeiaRm13:1-7,ocomentárioanterioreexpliqueosmotivosparasermossubmissosàsautoridadesdanação.Quaisosdeveresdocristãoperanteasociedade?Baseie-seem1Tm2:1-2;Mt22:21 e 1 Pd 2:17.

05. Após ler Hb 13:17; 1 Ts 5:12-13, responda: Quem são as autoridadeseclesiásticas?Porquedevemosnossubmeteraelas?

06.CombasenocomentárioanterioreemAt5:29;Dn3:13-18,6:10,responda:Oqueéanossaliberdadedeconsciência?Atéonde deve ir nossa submissão aos governantes? A autoridade deles é absoluta?

III. A NOSSA CRENÇA SOBRE OCASAMENTO, O LAR E A FAMÍLIA

Nós cremos também na importância da família! Ela é a instituição mais singular e admirável do mundo. É impossível existir sociedade jus-ta e igrejas fortes sem famílias estruturadas, pois a família é base de tudo: se ela estiver bem, a sociedade e igreja também estarão bem.

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Mas, para família ter êxito, é necessário que tenhamos o devido cuida-do com o casamento e o lar. Segundo a Bíblia, o casamento foi ideia de Deus (Gn 2:18-24). Ele disse: Não é bom que o homem esteja só (Gn 2:18a), e, em seguida, providenciou a Adão uma companheira. O alvo do Criador era a construção de um lar, mas tudo começou com a união daquele casal. Sabemos que o casamento é o único meio legítimo de se construir um lar. É o alicerce de uma família estruturada.

Se quisermos famílias segundo os propósitos de Deus, precisamos de casamentos segundo os propósitos de Deus. Para tanto, é sempre válido lembrarmos o que a Escritura ensina a respeito do matrimônio. No con-ceito bíblico, casamento é a união de duas pessoas de sexos diferentes, que se comprometem, diante da lei, a viverem juntas, uma para a outra, na condição de marido e mulher, até que a morte os separe. Em Gênesis 2, versículo 24, descobrimos que o casamento idealizado por Deus é heteros-sexual, monogâmico, exclusivo, indissolúvel, público e físico. Tendo posto isso, passemos agora a observar os papéis de cada membro da família.

Em Efésios 5:18 a 6:1-4, Paulo aponta o caminho estabelecido pelo Senhor para o sucesso do lar cristão. Aqui, o dever de cada membro é cuidadosamente delineado. Em primeiro lugar, ele se dirige às esposas e mostra que a mulher e o homem não são diferentes em valor ou dig-nidade. Contudo, no casamento, a mulher tem um papel diferente do homem. Ela deve ser submissa ao marido (Ef 5:22). O verbo “submeter” significa “organizar sob comando de um líder”. Aponta para a necessi-dade de uma organização estrutural na família. O corpo não sobrevive sem a cabeça, mas também não pode ter duas cabeças, pois isso é anormal. Assim é a família. Por isso, Deus decidiu colocar o marido como “cabeça”, isto é, como “líder” da família (Ef 5:23).

Em segundo lugar, o ensino é direcionado aos maridos: ... amai vossa mulher como também Cristo amou a igreja (Ef 5:25a). Que padrão mag-nífico! O homem deve amar sua esposa conforme Jesus amou a igreja e fez tudo por ela, a ponto de morrer para salvá-la. Esse amor é per-sistente, sacrificial, santificador e romântico (cf. Ef 5:25-33). Em terceiro lugar, temos as instruções aos filhos: ... obedecei a vossos pais no Senhor (Ef 6:1). Paulo explica que o filho deve obedecer e honrar a seus pais porque isso é justo (v.1); também porque é um mandamento de Deus (v. 2a) e, por fim, porque isso abençoa sua vida: Terá uma vida longa e cheia de bênçãos (Ef 6:3 - BV).

Em quarto lugar, Paulo aconselha os pais dizendo: ... não provo-queis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação

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do Senhor (Ef 6:4). Segundo esse versículo, é do pai e da mãe o dever de educar, disciplinar e encorajar os filhos. Eles devem criá-los para a glória de Deus. Esses são os segredos revelados pelo apóstolo para termos um lar abençoado, cheio de paz e de felicidade. Entretanto, de todo esse ensino, algo salta ao nosso olhar. Antes de qualquer palavra sobre a família, o autor sagrado faz um apelo aos membros dela. Ele exclama: Enchei-vos do Espírito! (Ef 5:18).

A mensagem que podemos extrair dessa frase é a seguinte: sem a presença do Espírito Santo na vida dos membros da família, não há êxi-to familiar. Sem o poder de Deus, a família será derrotada. Foi o que o salmista disse: Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam (Sl 127:1). Então, que os esposos e esposas, pais e filhos sejam todos cheios do Espírito de Deus. Sendo assim, o fruto do Espírito se manifesta na vida de nossos familiares e promove diálogo sincero, respeito mútuo e constante perdão. É por isso que o lar cristão é o lugar mais agradável da face da terra.

07.Qualéaimportânciadafamíliaparaaigrejaeparaasociedade?Porqueprecisamospreservarocasamentoparaafamíliairbem?OqueaBíbliaensinasobreomatrimônio?Baseie-seemGn2:18-24eHb13:4.

08. Leia Ef 5:22-33 e responda: Quais são os papéis e deveres do maridoedamulhernolarcristão?

09.LeiaEf6:1-4ecomentecomodeveserorelacionamentoentreospaisefilhos.EdepoiscombaseemEf5:18falesobreovalordapresença do Espírito Santo na vida dos membros da família.

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CONCLUSÃO: Estudamos hoje mais três importantes pontos de nossa fé. Vimos que devemos entregar os dízimos e as ofertas como expressão de gratidão a Deus. Eles são necessários para a manutenção da igreja. Depois, estudamos sobre a submissão às autoridades constituídas, tanto da nação, quanto da igreja. Vimos, também, que essa submissão não é absoluta e irrestrita, pois, antes de agradar aos homens, o cristão deve agradar a Deus. E, por fim, examinamos a importância da família e relem-bramos que precisamos ter o devido cuidado com o casamento e o lar cristão. Que o Senhor nos ajude a praticar esse aprendizado.

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Na igreja de CristoNa mortalidade da alma No dia da morte e da ressurreição de Jesus

TEXTO BÁSICO: Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade. (1 Tm 3:14-15)

INTRODUÇÃO: Em sua primeira carta ao jovem pastor Timóteo, Paulo apresenta uma importante tarefa da igreja, quando a chama de coluna e baluarte da verdade (1 Tm 3:15b). Entenda-se verdade, aqui, como uma referência à fé cristã. De acordo com este texto bíblico, é a igreja quem a protege e preserva. Ela não é a origem da verdade, porque não foi a igreja quem a criou. Todavia, sustenta, proclama e confirma as verdades ensinadas e reveladas pelo Senhor. Pois bem, conforme veremos nesta lição, este é apenas um dos muitos ensinos bíblicos sobre a igreja de Cristo. Além deste assunto, também apre-sentaremos a nossa crença sobre a mortalidade da alma e sobre o dia da morte e da ressurreição de Cristo.

11 DEZ 2010

11Hinos sugeridos: BJ 188 / BJ 371

Mostrar ao estudante das Escrituras a nossa crença sobre a igreja, a mortalidade da alma e o dia da morte e da ressurreição de Jesus.

Domingo, 5 de dezembro:.... Mt 16:17-19Segunda, 6:............................................ Cl 1:18Terça, 7:............................................. Ef 4:11-13Quarta, 8:................................................. Gn 2:7Quinta, 9:............................................ Ec 9:5-10Sexta, 10:............................................. Mt 12:40Sábado, 11:...................................... Mt 28:1-7

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

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I. A NOSSA CRENÇA SOBRE A IGREJA DE CRISTO

Nós cremos na igreja. As Escrituras a chamam de corpo de Cristo (1 Co 11:3; Ef 5:23), lavoura (1 Co 3:6-9), edifício (1 Co 3:10-13), noiva (Ap 19:7-8), família (Ef 3:14-15), templo (2 Co 6:16). A igreja é a co-munidade dos santos, a reunião do povo de Deus e o próprio povo de Deus. É o conjunto dos verdadeiros cristãos de todos os tempos; os que se arrependeram e foram perdoados, justificados e adotados mediante a fé em Jesus. Reúne pessoas de todas as raças, de todas as distâncias, de todas as nacionalidades, de todas as culturas, de todos os gostos e propensões, de todas as cores, de todas as camadas da sociedade, de todos os temperamentos.

Na Bíblia, a primeira pessoa a usar o termo “igreja” foi o próprio Je-sus, quando disse: ... edificarei a minha igreja (Mt 16:18 – grifo nosso). Essa palavra, do grego ekklesia, significa, literalmente: “chamados para fora”, e indica, em sua língua de origem, uma assembleia ou um ajun-tamento de pessoas para tratar de algum assunto de interesse comum. Ekklesia se deriva do termo grego Ek-kaleo, que era empregado para a convocação do exército para reunir-se.1 A maneira com que Jesus apli-cou a palavra “igreja” no texto citado, tendo os discípulos ao seu redor, nos dá uma ideia do que ele pensava ser igreja: “um grupo de pessoas que se reúne em torno dele”. E é assim mesmo que deve ser; afinal, Cristo é o centro da igreja.

Onde está Cristo, aí está a verdadeira igreja. Ele é o edificador dela: edificarei (Mt 16:18a). A igreja não foi erguida por homens, mas por Cris-to, que a ergueu com propósitos. Com base na Bíblia Sagrada, podemos enumerar, pelo menos, cinco respostas à pergunta: Para que a igreja exis-te? Primeira e principal: Ela existe para adorar a Deus (At 2:47; 9:31; 1 Pd 4:11). Segunda: Ela existe para anunciar o salvador (Mc 16:15). Terceira: Ela existe para aparelhar os santos (Mt 28:19-20; Cl 1:28). Quarta: Ela exis-te para amparar o necessitado (1 Jo 3:17-18; Gl 6:10). Quinta: Ela existe para alimentar a esperança (1 Co 15:19; Fp 3:20; 1 Pd 1:17; Hb 10:37). A igreja não pode priorizar mais um aspecto de sua missão do que outro. Todos são importantes e devem ser desenvolvidos com equilíbrio.

1. Brow, ed. (1982:393).

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Quanto aos consagrados da igreja, cremos que o Novo Testamento só apresenta dois tipos de consagração: a dos presbíteros e a dos diá-conos. Ambos eram consagrados com a imposição das mãos (cf. 1 Tm 5:22; At 6:6). As qualificações para os candidatos que desejam servir a Deus em sua igreja, como presbíteros ou diáconos, estão alistadas em 1 Timóteo 3:1-13, e devem ser levadas em conta. Presbíteros e diáco-nos faziam parte da liderança da igreja primitiva (cf. Fp 1:1), e, por isso, fazem parte da liderança entre nós, promessistas.

Nós cremos, também, que não existe, em nenhum lugar deste mun-do, uma igreja perfeita. Todas as igrejas genuinamente de Cristo Jesus estão em processo de santificação. A Bíblia diz que foi por isso que ele se entregou por ela, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepre-ensível (Ef 5:27-28). Hoje, a igreja está na terra, lutando contra o pecado; é perseguida, manchada, mas, um dia, será vista como ela é: nada me-nos do que a “Noiva de Cristo”, bela e gloriosa! É com este objetivo que Cristo tem trabalhado e continua trabalhando na igreja. Até que este dia chegue, ela deve continuar crescendo, tornando-se irrepreensível em santidade diante de nosso Deus e Pai (1 Ts 3:13).

Jesus é o proprietário da igreja. Ele disse: minha igreja (Mt 16:18b). Não podemos associar o nome da igreja ao de uma pessoa humana, por mais célebre que seja esta pessoa. Jesus é a cabeça da igreja. Somente ele deve ser honrado pelo que fez e continua a fazer por ela e através dela. Além de ser o proprietário, Jesus também é o pro-tetor da igreja. Por esta razão, pôde dizer: ... as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16:18c). Por isso, a igreja é forte, não em si mesma, mas em Cristo! Ela vive neste mundo de modo digno de sua vocação, mas não tem cidade permanente aqui (Hb 13:14); sua pátria está nos céus, de onde também aguarda o Salvador (Fp 3:20). Que futuro glorioso!

01.LeiaMt16:18,osdoisprimeirosparágrafosdocomentárioanterioreresponda:Oqueéigreja?Oqueestapalavrasignifica?

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02.Baseie-senoterceiroequartoparágrafosdocomentárioanteriorecomentesobreopropósitoeosconsagradosdaigrejadeCristo.

03. Existe, em algum lugar deste mundo, uma igreja perfeita? Leia Ef5:25b-27;1Ts3:12-13edigacomqueobjetivoJesustemtrabalhadoecontinuarátrabalhandonaigreja.Enquantoessedianãochega,qualdevesernossoalvo?

II. A NOSSA CRENÇA SOBRE A MORTALIDADE DA ALMA

Nós cremos na mortalidade da alma. Entendemos que é claro o ensino bíblico de que o ser humano não tem uma alma, mas é uma alma. Sendo assim, quando morre, sua alma também morre. Ela não é separável do corpo e imortal, como alguns pensam e como defi-nem os dicionaristas. No livro de Gênesis, lemos: Então formou o Se-nhor Deus o homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (2:7). Este texto é muito direto no que diz respeito à constituição humana. O homem é visto de forma total. Em primeiro lugar, podemos dizer que ele tem um aspecto físico e material em sua constituição: ... formado do pó da terra. O pó da terra foi o que Deus usou para formar o corpo físico dos seres humanos.

Em segundo lugar, o ser humano, de igual modo, possui o fôlego de vida, que representa a parte imaterial do seu ser, chamada tam-bém de espírito (Jó 33:4). Ele foi formado do pó da terra e, depois, o Senhor soprou em suas narinas o fôlego de vida. Quando o fôlego de vida entrou em contato com o corpo físico do ser humano, formado do pó da terra, o resultado foi: ... o homem passou a ser alma vivente

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(2:7). Poeira do chão mais o sopro divino são iguais a um ser vivo.2 Então, a “alma” nada mais é do que a totalidade do ser, segundo as Escrituras. A fusão entre corpo e espírito, resultou num ser vivo, numa alma.

Não acreditamos, por isso, que os seres humanos sejam entida-des dicotômicas, composto de corpo e alma, nem que sejam uma entidade tricotômica, ou seja, com três partes distintas: corpo, alma e espírito. A Bíblia enxerga o ser humano de forma monística, isto é, como uma unidade. Ele é uma alma, um ser total. Vários são os textos bíblicos que evidenciam essa verdade. No Antigo Testamento, lemos: Com setenta almas, teus pais desceram ao Egito (Dt 10:22; cf. Ez 18:4; Ex 12:4; 30:15-16, etc.). No Novo Testamento, também encon-tramos: ... naquele dia agregaram-se quase três mil almas (At 2:41; cf. Mt 16:26; Jo 10:11; At 2:46; 1 Pd 2:25; 3:20). Em todos esses casos, a “alma” se refere ao ser total.

No plano original, homem e mulher foram feitos para viver eterna-mente, mas o pecado mudou isso (Gn 2:16-17; 3:19). A morte entrou no mundo como consequência e punição pelo pecado. Com exceção dos justos que estiverem vivos por ocasião do retorno de Cristo (1 Co 15:51-52), todos irão morrer! Que homem há, que viva e não veja a mor-te? (Sl 89:48). A morte é o fim natural da vida humana. Biblicamente, ela ocorre no momento da separação entre o corpo e o espírito (Ec 12:7; Sl 104:29; Tg 2:26). Então, da mesma maneira que a fusão corpo com o espírito resulta num ser vivo, a separação de ambos resulta num ser morto, uma alma morta. Sem dúvida nenhuma, podemos afirmar que a alma morre (Ez 18:4, 20, 33:9; Pv 19:16).

De acordo com a lógica bíblica, um corpo sem respiração ou fôlego de vida, não é uma pessoa, é um defunto. Essa dissolução é antinatu-ral. Deus nos criou para sermos eternos. É por isso que sentimos e nos entristecemos diante de um cadáver. Não é à toa que o salmista diz: O Senhor vê com pesar3 a morte dos seus fiéis (Sl 116:15 - NVI). Não era para ser assim no plano original de Deus, mas o pecado ocasionou isso. Depois que morre, o ser humano permanece inconsciente por tempo indeterminado, aguardando o dia da ressurreição (Dn 12:2). A Bíblia

2. Merrill (2009:180).3. Algumas versões trazem: “preciosa é”. A ideia de “preciosa” é que “custa muito caro, ou:

é custoso para Deus ver um servo seu morrer. O livramento do salmista da morte deixa isso claro (vv. 3, 8).

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compara a morte com um sono (Dt 31:16; Jó 7:21; 1 Co 15:6; 1 Ts 4:13 e etc.). Sono é cessação de atividade.

Quando uma pessoa morre, cessam suas atividades. Não existe vida humana extracorpórea. Como já foi dito, a Bíblia enxerga o ser humano em sua totalidade, e, quando ele morre, vai à sepultura em sua totalida-de (Jó 33:14, 18; Ec 9:5, 10; Sl 146:4). Jesus disse que é dos sepulcros que os mortos ressurgirão (Jo 5:28). É por isso que a morte também pode ser comparada com uma encruzilhada. Depois dela, não existe segunda chance: ou iremos ressuscitar para vida eterna, ou iremos ressuscitar para a morte eterna (Dn 12:2). Não percamos mais tempo: ... vivamos neste mundo de maneira sóbria, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus (Tt 2:12-13 – AS21).

04.LeiaGn2:7,ocomentárioanterioreresponda:Oqueestetextodizsobreaconstituiçãodoserhumano?EmquesentidoDt10:22eAt2:41sereferemàpalavra“alma”?Nóstemosumaalma?

05.LeiaGn3:19;Sl89:48eresponda:Comaentradadopecado,qualacertezaquetodosnóstemos?LeiatambémEc12:7;Sl104:29;Tg2:26eexpliqueoqueéamorteequandoacontece.Baseie-setambémnocomentário.

06.LeiaDt31:16;1Co15:6;Jó33:14,18;Ec9:5;Jo5:28;Dn12:2eresponda:ComoqueaBíbliacomparaamorte?Oqueissonosensina?Quandooserhumanomorre,qualoseudestino?Atéquandoeleficanesseestado?

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92 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010

III. A NOSSA CRENÇA SOBRE O DIA DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

Nós cremos que Jesus foi crucificado no dia 14 de abibe, numa quarta-feira, e ressuscitou no dia 17 de abibe, no sábado, momentos antes do pôr-do-sol. É muito claro pela leitura dos evangelhos que Jesus foi traído e preso na mesma noite em que ceou com seus discípulos. O evangelho de João diz sobre essa noite: Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai... (13:1). Noutra versão, lemos: Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa (NTLH). Nes-sa noite, Jesus foi traído, preso e julgado pelo Sinédrio (cf. Mt 26:47-75; Mc 14:43-72; Lc 22:47-71; Jo 18:1-27), e, ao amanhecer, levado diante de Pila-tos para também ser julgado (cf. Mc 15:1-15; Lc 23:1-25; Jo 18:28-19:16).

Na manhã desse mesmo dia, por volta da hora terceira (nove da manhã), ele foi crucificado (cf. Mt 27:32-56; Mc 15:21-41; Lc 23:33-49; Jo 19:17-37). De acordo com João 19:14, este era o dia da preparação da Páscoa. Essa informação é importantíssima. O dia chamado de “preparação da Pás-coa” era o dia em que os cordeiros eram levados até o templo para serem mortos,4 a fim de serem comidos à noite. A páscoa era a primeira festa do calendário judaico. Era celebrada todo ano, dia catorze do primeiro mês [abibe], ao entardecer (Lv 23:5). E, exatamente nesse dia, os cordeiros eram mortos. Então, se Jesus morreu no dia em que os cordeiros eram sacrifi-cados, morreu no dia 14 de abibe, por ocasião da celebração da Páscoa.

No dia de sua morte, houve trevas sobre toda a terra, desde a hora sexta até a hora nona (Mt 26:45). Jesus entregou o seu espírito por volta da hora nona - três da tarde (Mt 27:46-50). Horas depois, no cair da tarde deste mesmo dia, 14 de abibe, foi sepultado, conforme dizem os evange-lhos (cf. Mt 27:57-60; Mc 15:42-46). Então, guarde esta informação: Jesus foi sepultado pouco antes do pôr-do-sol do dia 14 de abibe. A nossa per-gunta agora é: Quanto tempo ele permaneceu no sepulcro? Deixemos que ele mesmo responda. No evangelho de Mateus, temos uma declara-ção bastante enfática de Jesus neste sentido: ... assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra (Mt 12:40 – grifo nosso).

Jesus deixou bem claro que, depois de sepultado, ficaria três dias e três noites no coração da terra. Atente para o quanto ele foi específico: “três dias

4. Daniel-Rops (1983:230).

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e três noites”. Sendo assim, levando em conta que ele foi sepultado antes do pôr-do-sol do dia 14 de abibe, deveria ressuscitar, também, antes do pôr-do-sol do dia 17 de abibe, em cumprimento de sua palavra. E assim foi. Cristo esteve morto por três dias e três noites inteiras. No final do sábado, quando as mulheres foram ao sepulcro de Jesus, ele já havia ressuscitado (Mt 28:1, 6). E, se ele ressuscitou no sábado, momentos antes do pôr-do-sol, para ter fica-do três dias e três noites no coração da terra, temos de concordar que ele foi colocado no túmulo em uma quarta-feira, momentos antes do pôr-do-sol.5

Mas, se o dia da morte de Jesus caiu numa quarta-feira, como explicar o fato de os evangelhos dizerem que este dia era a véspera do sábado? (Mc 15:42; Lc 23:55). A véspera do sábado não é a sexta-feira? É aqui que muitos se complicam. Precisamos entender de que sábado estes textos estão falando, pois não se trata do sábado de uma semana regular, mas de um especial, por causa das festividades pascais. Veja o que o evangelho de João diz: ... era grande o dia daquele sábado (Jo 19:31). A Almeida Século 21 diz: ... aquele sábado era especial. Na NVI, lemos: ... seria um sábado espe-cialmente sagrado. Este sábado, “especialmente sagrado”, correspondia ao dia 15 de abibe, dia depois da Páscoa, o primeiro da Festa dos Pães Asmos, dia de santa convocação: nenhuma obra servil era feita (Lv 23:4-8).

No calendário judaico, alguns dias de festa e de repouso eram con-siderados sábados, sem, necessariamente, cair num sábado semanal, o sétimo dia da semana (cf. Lv 23:24, 32).6 Este é o caso do dia 15 de abibe, dia seguinte à morte de Jesus. Podemos constatar isso, também, ao com-pararmos os textos de Mc 16:1 e Lc 23:56. Um texto diz que as mulheres compraram as essências para ungirem o corpo de Jesus depois do sába-do, enquanto que o outro diz que elas fizeram isso antes deste dia. Não acreditamos que estes textos sejam contraditórios. Eles apenas atestam o fato de que, nesta semana, houve dois sábados: o cerimonial do dia 15 de abibe, que caiu numa quinta-feira (elas compraram as essências de-pois dele) e o semanal do sétimo dia (elas descansaram nele, conforme o mandamento). Enfim, a morte de Jesus na quarta-feira e a sua ressurrei-ção no sábado são a única possibilidade bíblica. Saber que Jesus ficou no sepulcro exatamente três dias e três noites, como ele havia dito (Mt 28:6), eleva a nossa confiança a seu respeito. Sua palavra é verdadeira. Ele é fiel. Cumpre o que diz. Confiemos sempre nele!

5. Basta fazermos a conta: 1ª Noite: De quarta para quinta. 1º Dia: Quinta. 2ª Noite: De quinta para sexta. 2º Dia: Sexta. 3ª Noite: De sexta para sábado. 3 º Dia: Sábado.

6. Vaux (2003:512).

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07. Leia Jo 13:1, 19:14; Mt 26:45-50 e responda: Qual foi o dia da mortedeJesus?Odiachamadode“preparaçãodaPáscoa”eraodiaemqueocordeiroeramorto:Emquediadomêsistoacontecia,deacordocomLv23:5?

08.LeiaMt27:57-60,28:1,12:40,Mc15:42-46eresponda:EmquediaJesusfoicolocadonosepulcro?Quantosdiaseledeveriapermanecerali?Quandoressuscitou?Emquediasdasemanacaíramsuamorteesuaressurreição?

09.SeodiadamortedeJesuscaiunumaquarta-feira,comoexplicarofatodeosevangelhosdizeremqueessediaeraavésperadosábado?Baseie-senosdoisúltimosparágrafosdocomentárioeemMc15:42;Lc23:55-56.

CONCLUSÃO: Finalizamos recapitulando e enfatizando três verdades centrais desta lição. A primeira, sobre a igreja. Ela é o conjunto de todos os verdadeiros cristãos, de todos os tempos e lugares, os que se arrependeram e foram perdoados, justificados e adotados mediante a fé em Jesus. A segun-da, sobre a mortalidade da alma. Na Bíblia, o ser humano é visto como um todo: ele não tem uma alma, mas é uma alma. Desta forma, quando morre, sua alma também morre e ele é levado em sua totalidade à sepultura, onde aguarda, de forma inconsciente, o dia da ressurreição, ou para a vida eterna ou para a morte eterna. A terceira e última, sobre o dia da morte e da ressur-reição de Jesus. Ele morreu numa quarta-feira, dia 14 de abibe; foi sepultado e ficou três dias e três noites inteiras no túmulo; foi colocado ali na quarta, momentos antes do pôr-do-sol e ressuscitou no sábado, dia 17 de abibe, momentos antes do pôr-do-sol. Seguindo a verdade em amor, continuemos a crescer em tudo naquele que é o cabeça, Cristo (Ef 4:15). Amém!

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Na segunda vinda de Cristo Nas ressurreições No milênio

TEXTO BÁSICO: Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com a voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Mas os outros mortos não reviveram até que os mil anos se acabaram (1 Ts 4:16; Ap 20:5).

INTRODUÇÃO: Na lição da semana passada, estudamos a respeito da igreja, da mortalidade humana, da morte e da ressurreição de Jesus. A lição de hoje mostra a nossa crença sobre a segunda vinda de Cristo, as ressurreições e o milênio, e a próxima lição, a última desta série, vai mostrar a nossa crença sobre o juízo final, a origem e a extinção do mal e a nova terra, o lar dos remidos. Ambas são de natureza escatológica, ou seja, tratam das últimas coisas ou do porvir. Uma vez que cremos no advento de Cristo, esses assuntos são muito especiais e valiosos para nós. Vamos estudá-los com atenção.

18 DEZ 2010

12Hinos sugeridos: BJ 191 / BJ 63

Apresentar ao estudante da palavra de Deus a nossa crença sobre a segunda vinda de Cristo, as ressurreições e o milênio.

Domingo, 12 de dezembro:..... At 1:10-11Segunda, 13:............................... Mt 24:42-44Terça, 14:........................................ 2 Pd 3:9-13Quarta,15:...................................... Ap 2:10-11Quinta, 16:................................... 1 Ts 4:15-17Sexta, 17:............................................ Jo 14:1-3Sábado, 18:...................................... Ap 20:1-2

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

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I. A NOSSA CRENÇA SOBRE A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Embora seja menor a ênfase dada à doutrina da vinda de Jesus Cristo, no Antigo Testamento, é nesta parte das Escrituras que essa doutrina tem o seu início. Leia, por favor, na sua Bíblia Is 25:9; Dn 7:13; Zc 14:5b, e Ml 3:2-3. Já no Novo Testamento, a doutrina sobre a vinda de Jesus Cristo não se limita a uns poucos textos. Ela é, na verdade, largamente ensinada. É men-cionada, de maneira explícita, nesta parte das Escrituras, por cerca de 300 vezes. Só o apóstolo Paulo refere-se a ela por cerca de 50 vezes. É, sem dúvida alguma, a doutrina mais ensinada pelos últimos 26 livros da Bíblia! Durante o seu ministério público, Jesus se referiu a sua volta muitas vezes. Em seu grande sermão sobre o final dos tempos, ele trata desse assunto com frequência e clareza (Mt 24:17, 30, 37, 39, 42, 44). Os evan-gelhos de Marcos, Lucas e João também registram os ensinos de Jesus acerca da sua segunda vinda (Mc 13:26; Lc 21:27; Jo 14:3). Mas não foi só o Senhor Jesus quem falou da sua segunda vinda. No momento da sua ascensão ao céu, dois anjos declararam: Varões galileus, porque estais olhando para céu? Esse Jesus que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir (At:1:11).

Paulo, Tiago, Pedro, João e Judas também fizeram declarações inspira-das e profundas sobre a segunda vinda de Cristo. Eis algumas delas para que você veja na sua própria Bíblia: 1 Ts 4:15,16; 2 Ts 1:7, 10; Tt 2:13; Tg 5:7-8; 1 Pd 1:7; 2 Pd 1:16, 3:4, 12; 1 Jo 2:28; Jd 14. E as principais palavras utilizadas no Novo Testamento para se referir a essa vinda são: parousia (Mt 24:3; 1 Ts 2:19), que significa presença; apocalipsis (1 Co 1:7; 2 Ts 1:7), que significa revelação, e epifaneia (T 2:13; 2 Tm 4:8), usada no Novo Tes-tamento para designar o aparecimento de uma divindade.

Mas como será a segunda vinda de Cristo? Nós cremos que será literal (At 1:10, 11), pessoal (Jo 14:3; 1Ts 4:16a), visível (Mt 24:30a; Ap 1:7), glo-riosa (Mt 16:27; 24:30b; Cl 3:4) e súbita (Mt 24:44). Quando vai ocorrer? A data da volta de Cristo já está certa, mas Deus não a revelou em sua palavra. Jesus, em certa ocasião, afirmou que nem ele sabia a data da sua volta. Ele deixou claro, durante a sua encarnação, que apenas o Pai sabe o tempo exato desse evento. Disse, ainda, que não nos compete saber esta data, que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade (At 1:7).

Tendo em vista o retorno certo do Senhor, devemos ter uma atitude

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de espera, vigilância e trabalho. Uma vez que não sabemos quando se dará o seu retorno, é essencial que estejamos sempre alerta quanto a essa possibilidade (Mt 24:42, 44). Não sabemos por quanto tempo ain-da teremos de esperar pela volta de Cristo. Esse tempo pode ser curto, mas também pode ser longo. Quer seja curto, quer seja longo, devemos seguir o exemplo das virgens prudentes (Mt 25:1-13). A espera vigilante, contudo, não significa ociosidade. Trabalhar é preciso, tanto espiritual (Mt 25:14-30) quanto materialmente (2 Ts 3:6-13).

01. Como base no primeiro parágrafo, responda: A segunda vinda deJesusCristoconstituiumadasmaisimportantesdoutrinasdaBíblia.Ondeestãoasraízesdessadoutrina?

02. Além do próprio Jesus, quem mais falou da sua segunda vinda? Resumidamente, explique o que eles disseram. Baseie-se no segundoenoterceiroparágrafos.

03. Como e quando será a segunda vinda de Cristo e quais devem ser asnossasatitudesemrelaçãoaisso?Leiaostextosbíblicoscitadosno quarto e no quinto parágrafos.

II. A NOSSA CRENÇA SOBRE AS RESSURREIÇÕES

A ressurreição consiste no ato de fazer reviver aquele que já morreu. Constitui uma das principais doutrinas da Bíblia. É uma das atribuições de Deus: só ele tem o poder para fazer isso (1 Sm 2:6). Esta doutrina, assim

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como a da segunda vinda de Cristo, tem também a sua raiz no Antigo Testamento (Jó 19:25-27; Sl 16:8-11, 49:14-15, 73:24; Is 26:19; Dn 12:2). No Novo Testamento, tanto Jesus quanto os apóstolos ensinaram sobre essa doutrina de modo muito claro. Veja, por favor: Mt 16:21; Mc 10:34; Lc 9:22; Jo 6:39-40; At 2:24,32; 1 Co 15:3-4,20-24,35-50; 2 Co 5:1-4; 1 Ts 4:13-14.

Nós cremos em duas ressurreições: a dos justos e a dos injustos (Dn 12:2; Jo 5:28-29). Essas duas ressurreições distinguem-se também quan-to ao tempo e aos propósitos. Cada uma delas ocorrerá no seu próprio tempo. A primeira marcará o início da bem-aventurança para os salvos. A segunda, por sua vez, marcará o início da desventura para os não-salvos. A Escritura afirma que há uma ordem: os que são de Cristo, res-suscitarão por ocasião da sua vinda (1 Co 15:33; 1 Ts 4:16), e os que não são de Cristo, mil anos depois da ressurreição dos justos (Ap 20:5).

Como se dará a ressurreição dos justos? Assim está escrito: Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (1 Ts 4:16). Diz mais: Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a ultima trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão in-corruptíveis (1 Co 15:52). Nesse dia, a natureza corruptível e mortal dos justos se tornará incorruptível e imortal (1 Co 15:53-54).

No dia da ressurreição dos justos, cumprir-se-á uma das profecias de Malaquias: Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; e en-tre o que serve a Deus, e o que não o serve (Ml 3:17-18). Uma das grandes diferenças se manifestará, quando os não salvos mortos não ressuscitarem e os não salvos vivos morrerem (Jr 25:33; Ap 6:12-17). Então, o mesmo dia que será de alegria e regozijo para uns, será de tristeza, desapontamento e vergonha para outros (Dn 12:2). Lamentamos que, mesmo sabendo disso, muitos crentes estejam agindo com descaso e negligência (Lc 21:24).

Os textos que usamos como embasamento da nossa crença na doutri-na da ressurreição anulam qualquer argumento que lhes seja contrário. A defesa dessa doutrina feita pelo apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios (15:4-8), por exemplo, é incontestável, porque ele viu Cristo ressuscitado. Por isso, podia afirmar: Ora, se se prega que Cristo ressusci-tou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? (...) Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem (1 Co 15:13-19).

À vista de tudo o que foi dito, não há porque duvidar da ressurreição dos mortos, até porque, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e tam-

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bém é vã a vossa fé (1 Co 15:13,14,17). Portanto, esforcemo-nos como Paulo, para ver se, de alguma forma, possamos alcançá-la (Fp 3:11). E não apenas a ressurreição, mas a primeira ressurreição (Ap 20:6), a dos justos (Lc 14:14).

04. Tendo por base Dn 12:2; Jo 5:28-29; 1 Co 15:13; Ap 20:5, responda: Oqueéressurreição?QuantasressurreiçõessãomencionadasnasEscriturasequandocadaumadelasocorrerá?

05. Após ler 1 Ts 4:16; Mt 24:31; 1 Co 15:51-53, responda: Como se dará a ressurreição dos justos?

06. Leia 1 Co 15:13-20 e responda: Que argumentos usou o apóstolo Pauloparajustificararessurreiçãodossalvos?

III. A NOSSA CRENÇA SOBRE O MILÊNIO

Nestas rápidas considerações sobre o Milênio, começaremos tratando das controvérsias que este assunto envolve. Há, pelo menos, quatro posi-ções diferentes a respeito dessa doutrina: Os Amilenistas, os Pós-milenis-tas, os Pré-milenistas históricos e os Pré-milenistas dispensacionalistas. Os Amilenistas não acreditam na literalidade desse período. Entendem-no como um longo período, sem número de anos determinado, que co-meçou no início da Era Cristã e deverá estender-se até a volta de Jesus, e se refere à habitação de Cristo no coração dos crentes.

Os Pós-milenistas são pela opinião de que o milênio será na terra e acontecerá antes da segunda vinda de Jesus Cristo. Será um período de

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paz e prosperidade material e espiritual, segundo crêem. Os Pré-milenis-tas históricos entendem que o milênio acontecerá por ocasião da volta de Cristo, mas será na terra. Os Pré-milenistas dispensacionalistas têm alguma semelhança com os Pré-milenistas históricos, mas dividem a vin-da de Cristo em dois momentos: No primeiro, ele arrebatará a igreja; no segundo (sete anos depois do primeiro), ele arrebatará aqueles que se converteram durante os sete anos.

Entendem ainda os Pré-milenistas dispensacionalistas que, nos sete anos já referidos, ocorrerá “a grande tribulação”, sendo que a segunda metade dessa semana de anos será marcada pelo reinado do anticristo, conforme interpretam Dn 9:26-27. Esse período, dizem, corresponde à última das setenta semanas mencionadas em Dn 9:26-27. Durante esse tempo, os judeus, agora convencidos de que Jesus é mesmo o Messias que esperavam, e, com eles, muitos gentios, se converterão em massa. Jesus, então, restaurará o povo de Israel e estabelecerá o milênio na ter-ra, onde passará a reinar a partir de Jerusalém.

Nós, porém, cremos que o milênio terá início com a segunda vinda de Cristo e não será na terra, mas no céu. Foi para o céu, o lugar onde Deus está (Mt 6:9), que Jesus prometeu levar seus seguidores. Veja, em sua Bíblia, Jo 14:1-3; 1 Ts 4:17; Ap 20:6. A Escritura não deixa dúvidas quanto ao tempo da primeira ressurreição. Ela acontecerá por ocasião da volta de Jesus (1 Co 15:33). É só a partir daí que os salvos começa-rão a reinar com Cristo (Ap 20:6). Primeiramente, durante o milênio, no céu, e, depois disto, na terra (Ap 21:1-2), onde o próprio Deus morará com os salvos (Ap 21:3).

Cremos que, no início do milênio, Satanás será aprisionado e assim ficará, durante todo esse tempo (Ap 20:1-2). A Escritura diz que ele foi lançado no abismo. Porém, mesmo não sendo acorrentado e confina-do a um espaço geográfico qualquer, ele estará circunstancialmente impedido de executar seus maldosos planos, porque não contará com mais ninguém na terra a quem possa influenciar, porque, depois da volta do Senhor, a terra estará desolada e completamente vazia (Is 24:1). Após o retorno de Cristo, os salvos estarão com ele no céu; os não salvos mortos não ressuscitarão (Ap 20:5), e os não salvos vivos morrerão (Jr 25:33).

Mil anos no céu é o tempo de paz e de descanso que Deus reser-vou para aqueles que aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salva-dor e a ele permaneceram leais até ao fim. E este é apenas o começo da eternidade. A Escritura afirma que os salvos serão sacerdotes de

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Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos (Ap 20:4, última parte). Vivamos, pois, de tal maneira que, quer pela ressurreição, quer pela transformação, possamos alcançar esse tempo de bem-aventurança. E não nos esqueçamos: Só aqueles que permanecerem fiéis serão poupados e salvos naquele dia.

07.Leia1Ts4:15-17;1Co15:51-52;Ap20:1-2,ocomentáriosobreomilênioeresponda:Antesdoestabelecimentodesseperíodo,queacontecimentosligadosàvoltadeCristoocorrerãonaterra?

08.Combasenoquartoparágrafodocomentárioanteriorenostextosbíblicosqueofundamentam,responda:Ondeseráomilênio?

09.Combasenocomentário,falesobreadesolaçãodaterraesobreaprisão de satanás.

CONCLUSÃO: Vamos recapitular o que vimos nesta lição. Sobre a segunda vinda de Cristo, vimos que será de modo literal, pessoal, vi-sível, glorioso e súbito. Sobre as ressurreições, vimos que haverá duas ressurreições: a dos justos e a dos injustos. Elas, porém, não ocorrerão ao mesmo tempo. A primeira ocorrerá por ocasião da segunda vinda de Cristo. A segunda, só depois do milênio. Sobre o milênio, vimos que ele terá início com a segunda vinda de Cristo e será no céu, não na terra. Nesse tempo, a terra estará vazia e o diabo, preso. Este período será apenas o início da eternidade.

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102 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010

No juízo final Na extinção do mal Na nova terra, lar dos remidos

25 DEZ 2010

13Hinos sugeridos: BJ 215 / BJ 403

Apresentar a nossa crença sobre o juízo final, a extinção do mal e a nova terra, o lar dos remidos.

Domingo, 19 de dezembro:.......... Hb 9:27Segunda, 20:........................... Hb Jo 5:22-24Terça, 21:..........................................Ap 20:7-10Quarta,22:.................................... Ap 20:12-15Quinta, 23:........................................ Ap 21:1-5Sexta, 24:....................................... Rm 8:18-21Sábado, 25:...................................... Ap 22:3-5

TEXTO BÁSICO: E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, con-forme o que se achava escrito nos livros. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo. (Ap 20:12b,15)

INTRODUÇÃO: A lição de hoje é a última desta série que mostrou uma visão geral das nossas crenças, ponto a ponto. Por serem vários os pontos vistos, não há como citá-los aqui. Mas, talvez, você ainda deva se lembrar da maior parte deles, senão de todos. Cremos que este trimestre foi tanto um trimestre de recapitulação quanto de conhecimento da nossa doutrina. Num tempo de tantos ventos de doutrinas, precisamos conhecer bem a nossa, para não sermos levados por eles. Vamos, agora, aos últimos pontos da nossa crença: juízo final, extinção do mal e nova terra, lar dos remidos.

I. A NOSSA CRENÇA SOBRE O JUÍZO FINAL

A Bíblia ensina que o juízo ocorre logo depois da morte física da pessoa: E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez,

LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

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vindo, depois disto, o juízo (Hb 9:27 – grifo nosso). Tão logo morre, a pessoa já é, de imediato, julgada inocente ou culpada pelo justo Juiz. Se morreu com Cristo, é inocentada. Desde então, a coroa da justiça lhe está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, lhe dará naquele dia (2 Tm 4:8a). Se ela morreu sem Cristo? É condenada, porque não creu no nome do único Filho de Deus (Jo 3:18). Ninguém escapa desse juízo divino (Ec 12:14).

Todos conhecerão o resultado concreto desse julgamento permanen-te e irrevogável, em momentos diferentes: os justos ressuscitados e os transformados, antes do início do milênio, e os ímpios, logo depois do final deste. Após o fim dos mil anos, todos os ímpios serão ressuscitados e postos em pé diante do trono (Ap 20:12a). Então, se [abrirão] livros. Ain-da outro livro, o Livro da Vida, [será] aberto (Ap 20:12b).

O Senhor, então, dirá a cada ímpio o porquê de o seu nome não estar no Livro da Vida. Nesta ocasião, tentando justificar o injustifi-cável, muitos (...) hão de dizer: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? (Mt 7:22). Tais alega-ções, de modo algum, alterarão a decisão divina! O Juiz de todos lhes dirá explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade (Mt 7:23).

Os nomes dos não salvos não estarão no Livro da Vida. E todo aquele que não estiver inscrito neste livro será lançado para dentro do lago de fogo (Ap 20:15). Sendo assim, além de anunciar-lhes a sentença, que será conhecida pelos anjos e pelos salvos, o Senhor a executará: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus an-jos (Mt 25:41). Por terem rejeitado o Filho de Deus e a vida que ele veio trazer, os ímpios (...) perecerão, e os inimigos do Senhor serão como o viço das pastagens; serão aniquilados e se desfarão em fumaça (Sl 37:20, ARA).

Mas quem será o Juiz? Jesus Cristo é o Juiz (2 Tm 4:1). O Novo Tes-tamento ensina que o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo [o trabalho de] julgamento (Jo 5:22). Para julgar, Cristo usará a sua própria palavra, que é, na verdade, a própria palavra de Deus (Jo 12:49). Sobre esta questão, ele mesmo afirmou: Quem (...) não recebe as minhas pa-lavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia (Jo 12:48). Dessa forma, o único modo de não entrar em condenação é escutar e obedecer às palavras de Cristo (Mt 7:24-25).

Agora, vale a pena frisar que, desse juízo final, farão parte os ímpios, não os justos, pois, para os que estão em Cristo, não há nenhuma sentença de condenação (Rm 8:1). Além disso, nessa época, estes já terão tomado

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parte da primeira ressurreição (Jo 5:24) e passado mil anos com o Senhor, nos céus (Ap 20:5b), quando também receberam autoridade de julgar (Ap 20:4). Que o Senhor nos ajude a estar dentre os justos, naquele dia, dentre aqueles que ouvirão: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo (Mt 25:34).

01. Fundamentando-se em Hb 9:27 e no primeiro parágrafo, responda: Oqueessetextoensinasobreojuízodivinoeaquemeleseaplica?

02.Quandoosímpiostomarãoconhecimentodosresultadosconcretosdojuízodivinoocorrido?Vejaosegundo,oterceiroeoquartoparágrafosdotópicoanterior.

03. Leia Ap 20:11-14; Jo 5:22,24, 12:48, o quinto e o sexto parágrafos e responda:Emqueestarábaseadoessejuízofinal?Quemopresidiráequemsomenteserásalvodacondenação?

II. A NOSSA CRENÇA SOBRE A EXTINÇÃO DO MAL

As Escrituras dão como origem do mal a rebelião de um anjo que ocorreu no céu, numa época anterior ao pecado de Adão. Rebelando-se contra Deus, este anjo acabou por influenciar a terça parte dos anjos, com os quais foi expulso do céu por Deus (2 Pd 2:4; Jd 6), vindo para a terra. Aqui, já no Éden, Satanás enganou o primeiro casal, que também se tornou pecador, bem como toda a sua descendência (Rm 5:12). Esta-beleceu-se, assim, o conflito entre o bem e o mal (Gn 3:15).

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Antes de irmos adiante, vale a pena lembrar que os seres angelicais, que, agora, são maus, foram criados por Deus como anjos bons (Gn 1:31). Eles eram bons, mas eram também livres. Livres tanto para obedecer quanto para desobedecer a Deus. E foi a desobediência que os tornou maus. Na verdade, não apenas os anjos, mas tudo que Deus criou era bom. O primei-ro capítulo de Gênesis afirma isso cinco vezes (1:10, 12, 18, 25, 31). Foram as quedas (a dos seres angelicais e a dos seres humanos) que trouxeram caos. O que fez os anjos caírem? A sua exaltação diante de Deus e a sua aspiração à autoridade suprema (Ez 28:2,12-17; Is 14:4,12-15).

O mal, representado por Satanás e seus seguidores, uma vez estabelecido na terra, passou a operar através dos séculos, tendo como objetivo dificultar e destruir a obra de Deus. Ele faz isso especialmente tentando as pessoas. Jesus Cristo teve de lutar contra essas forças do mal (Mt 4:1-11) e seus após-tolos nos advertiram a respeito delas (Ef 6:10-17). São seres poderosos, ar-dilosos e influentes, mas a sua atuação é sempre limitada pela soberania de Deus (Jó 1:1; Mt 12:29; Ap 20:2). Além do mais, sendo fortalecidos no Senhor e na força do seu poder (Ef 6:11), podemos resistir-lhes firmemente.

A nossa luta contra essas hostes da maldade não é uma luta sem fim. O príncipe deste mundo já está julgado (Jo 16:11b). E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás (Rm 16:20a). Ele já reservou um dia em que há de punir com severo casti-go, não somente ele, mas também a besta, o falso profeta, a morte, o inferno e todos aqueles que seguem suas orientações. A Bíblia ensina que isso irá ocorrer depois do milênio, como nos mostra, muito cla-ramente, o capítulo 20, versículos 7 a 10 e 14 a 15. Ela diz que Deus os lançará para dentro do lago de fogo.

Mas não se deve ver, nesse lago, um lugar de tortura eterna. Deus não os torturará interminavelmente. A Bíblia ensina que, para punir aqueles que pecam, ele utiliza não a tortura, mas a morte (Lv 10:1-2; At 5:1-10). E isso é assim desde que ocorreu o primeiro pecado. A tortura não com-bina com a justiça de Deus, um dos seus atributos. Sendo assim, Deus não os atormentará eternamente, mas os aniquilará, isto é, os destruirá totalmente. Isso significa que o mal não é eterno, porque teve princípio; e tudo que tem princípio tem fim.

O Deus que nos deu uma nova vida nos dará novos céus e nova terra, nos quais habita justiça (2 Pe 3:13b, grifo nosso), e não mais existirão o diabo, o falso profeta, a besta, a morte, o inferno, o ímpio. Sendo assim, não se atormente por causa daquele que anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar (1 Pd 5:8b). Seja apenas vigilan-

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te e resistente (1 Pd 5:8a – 9b). De igual modo, não se indigne por causa dos malfeitores, nem tenha inveja dos que praticam a iniquidade (Sl 37:1), pois eles dentro em breve definharão como a relva e murcharão como a erva verde (Sl 37:2). Apenas confie no Senhor e faça o bem (Sl 37:3).

04. Com base em 2 Pd 2:4 e Jd 6, responda: O que a palavra de Deus ensina sobre a origem do mal? Leia também o primeiro parágrafo dotópicoanterior.

05.LeiaaEz28:2,12-17;Is14:4,12-15,osegundoeoterceiroparágrafoseresponda:Oquelevouosanjosacaírem?Comentetambémsobreorepresentantedosanjoscaídos.

06. Após ler Ap 20:7-10,14-15, o quarto e o quinto parágrafos, responda:Quandoecomoocorreráaextinçãodomal?

III. A NOSSA CRENÇA SOBRE A NOVA TERRA, LAR DOS REMIDOS

Após os que se opõem a Deus serem aniquilados, haverá um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passarão (Ap 21:1): ... aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas (Ap 21:5). Então, a muito antiga promessa divina de renovação do presente sistema de coisas se cumprirá plenamente (2 Pd 3:1-13). Esta terra, que fora amaldiçoada por Deus e sujeita por ele à vaidade (Rm 8:20), no princípio, em razão do pecado do ser humano, agora, será renovada e purificada de toda impureza e totalmente redimida do cativeiro da corrupção (Rm 8:21).

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No céu, os salvos permanecerão apenas mil anos, como vimos na li-ção anterior. Mas, na nova terra, viverá a grande multidão dos que foram comprados pelo sangue de Cristo, que ninguém pode enumerar e que procedem de todas as nações, tribos, povos e línguas. Os salvos viverão na nova terra, não por algum tempo, mas para sempre, porque esta se tornará a sua eterna morada. Por esse tempo, a cidade santa, a nova Je-rusalém, já terá descido do céu, da parte de Deus, para se tornar a sede do perfeito governo de Deus, aqui na terra (Ap 21:9-10).

Os salvos em Cristo, então, terão perfeita e profunda comunhão com Deus, pois este habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mes-mo estará com eles (Ap 21:3), num relacionamento próximo e afetuoso. A presença de Deus com o seu povo não será interrompida como é hoje, por causa do pecado (Is 59:2), mas vai habitar e comungar com eles continuamente. Contudo, o livro do Apocalipse não revela apenas o que haverá na nova terra: também revela o que não haverá ali. Por serem tão claras, não vamos comentá-las, mas apenas transcrevê-las, logo a seguir.

Em Ap 7:17, lemos: Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum. No mesmo livro (21:4), o apóstolo João diz: A morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. No capítulo 21, versículo 27, também lemos: Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que prati-ca abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cor-deiro. Encontramos outra referência, no capítulo 22, versículo 3a: Nunca mais haverá qualquer maldição; e no versículo 5: Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.

Os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no Senhor pos-suirão a terra (Sl 37:9). Eles se deleitarão na abundância de paz (Sl 37:11b). É verdade que, neste mundo, por causa de Cristo, o seu amado Senhor, sofrem muito (Mt 5:11-12). Mas porque estão certos de que os sofrimen-tos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser re-velada (Rm 8:18) a eles, não perdem o ânimo nem a alegria. Ainda que sejam desgastados por fora, por dentro, renovam-se, dia após dia, porque entendem que a pequena e passageira aflição que sofrem vai trazer-lhes uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento (2 Co 4:17).

Pouco tempo antes de sua morte, Jesus afirmou: Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar (Jo 14:2). Ele disse mais: E, quando eu for e vos pre-parar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde

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eu estou, estejais vós também (Jo 14:3). Procuremos, pois, viver com fidelidade e santidade, para que sejamos achados prontos para ir com Cristo à casa do Pai, quando ele voltar para nos buscar. Que coisa ma-ravilhosa será morar na casa do Pai!

07.LeiaAp21:1,5,oprimeiroeosegundoparágrafosdotópicoanterioreresponda:Apósaextinçãodomal,oqueDeusfarácomoscéuseaterraqueagoraexistem?

08.ApóslerAp21:3eoterceiroparágrafo,responda:ComoseráacomunhãodossalvosporCristocomDeusnanovaterra?

09.DeacordocomoensinodolivrodeApocalipse,oquenãohaveránessa nova terra? Leia o quarto parágrafo.

CONCLUSÃO: Com esta lição, chegamos ao final dessa série, como já fora dito. Hoje, vimos, à luz da palavra de Deus, que nenhum ser hu-mano escapará do julgamento divino, que o mal e todos aqueles que o promoveram serão extintos e que a terra, depois de purificada, será o lar final dos remidos, por toda a eternidade. Mas o nosso anseio é que, no novo ano que está às portas, você prossiga em estudar as nossas doutrinas bíblicas, a fim de que esteja completamente preparado para defendê-las e transmiti-las diante de quem quer que seja. Amém!

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26, 27 e 28 de novembro de 2010Estância Árvore da Vida – Sumaré, SP

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