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NORMAS TCNICAS SOBRE PERCIAS MDICAS NO EXRCITO

EXRCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO-GERAL DO PESSOAL DIRETORIA DE SADE 2009

1 EDIO

NDICE Pginas Folha de Rosto ndice

VOLUME 1 DISPOSIES PRELIMINARES 1.1 - Finalidade........................................................................................................................ 1.2 -Premissas Bsicas............................................................................................................. 1.3 - Aplicao ......................................................................................................................... 1.4 - Conceituao.................................................................................................................... 1.5 - O Agente Mdico Pericial................................................................................................ 1.6 - Estrutura do Sistema Mdico-Pericial do Exrcito.......................................................... 1.7 - Elementos de Execuo da Atividade Mdico Pericial.................................................... 1.8 - Exame Mdico Pericial.................................................................................................... 1.9 - Das Finalidades................................................................................................................ 1.10 - Da Validade das Inspees............................................................................................. 1.11 - Do Encaminhamento e Identificao e da Convocao................................................. 1.12 - Do Consentimento.......................................................................................................... 1.13 - Dos Pareceres e Observaes......................................................................................... 1.14 - Do Sistema Informatizado de Percias Mdica (SIPMED)............................................ 1.15 - Da Documentao Pericial............................................................................................. 1.16 - Das Sesses.................................................................................................................... 1.17 - Da Comunicao de Inspeo........................................................................................ 1.18 - Do Livro-Ata de Inspeo de Sade.............................................................................. 1.19 - Da Cpia de Ata de Inspeo de Sade.......................................................................... 1.20 - Da Ficha Registro de Dados de Inspeo de Sade....................................................... 1.21 - Instalaes e Equipamentos........................................................................................... 1-1 1-1 1-1 1-1 1-4 1-5 1-7 1-11 1-12 1-12 1-12 1-14 1-15 1-15 1-17 1-18 1-18 1-18 1-18 1-18 1-19

VOLUME II - DAS INSPEES DE SADE PARA INGRESSO NO SERVIO ATIVO 2.1 - Ingresso no Servio Ativo e nos Colgios Militares................................................... 2.2 - Ingresso no Servio Pblico em Geral ....................................................................... 2-1 2-2

VOLUME III DAS INSPEES PARA SADA DO SERVIO ATIVO 3.1 Sada do Servio Ativo do Exrcito............................................................................... 3.2 Sada do Servio Pblico em Geral............................................................................... 3-1 3-3

VOLUME IV DAS INSPEES DE ROTINA NO SERVIO ATIVO 4.1 - Controle Peridico de Sade.do Pessoal Militar.............................................................. 4.2 - Controle Peridico de Sade do Pessoal Civil................................................................. 4.3 - Matrcula em Cursos........................................................................................................ 4.4 Verificao de Aptido Fsica e Mental........................................................................... 4.5 Prorrogao de Tempo de Servio................................................................................... 4.6 Inspeo de Sade para Constatao de Gravidez.......................................................... VOLUME V DAS INSPEES PARA FINS DE JUSTIA E DISCIPLINA 5.1 Justia e Disciplina............................................................................................................... 5.2 Justia e Processo Administrativo de Servidor Civil........................................................... 5-1 5-2 4-1 4-2 4-3 4-4 4-5 4-7

VOLUME VI DAS INSPEES DE SADE PARA CONCESSO DE BENEFCIOS LEGAIS 6.1 - Concesso ou Reviso do Auxlio-Invalidez........................................................................... 6.2 - Reviso de Reforma para Retorno ao Servio Ativo.............................................................. 6.3 - Integralizao de Proventos de Servidor Civil........................................................................ 6.4 - Habilitao Penso Especial pela Viva de Militar ou de Servidor Civil............................ 6.5 Habilitao Penso de Ex-combatente por Beneficirio Invlido....................................... 6.6 Habilitao ao Salrio-Famlia de Servidor Civil possuidor de Beneficirio Invlido.......... 6.7 Habilitao Penso Militar/Civil por Beneficirio Invlido................................................ 6.8 Concesso e Reviso da Iseno de Recolhimento do Imposto de Renda............................. 6.9 Reforma de Militar da Reserva Remunerada......................................................................... 6.10 Melhoria de Reforma........................................................................................................... 6.11 Melhoria de Penso.............................................................................................................. 6.12 Proventos de Posto ou Graduao Superior.......................................................................... 6-1 6-2 6-3 6-4 6-5 6-5 6-6 6-7 6-8 6-9 6-11 6-12

VOLUME VII DAS INSPEES DE SADE PARA CONCESSO DE BENEFCIOS ASSISTENCIAIS

7.1 Mudana de Prprio Nacional Residencial por Motivo de Sade.......................................... 7.2 Tratamento no Exterior........................................................................................................... 7.3 Movimentao por Motivo de Sade..................................................................................... 7.4 Licena para Tratamento de Sade de Pessoa da Famlia...................................................... 7.5 Comprovao de Necessidades Educativas Especiais............................................................

7-1 7-1 7-3 7-5 7-6

VOLUME VIII DAS INSPEES DE SADE PARA FINS ADMINISTRATIVOS 8.1 Reintegrao, Reverso, Readaptao, Redistribuio, e Remoo de Servidor Civil......... 8.2 Aplicao de Teste de Aptido Fsica Alternativo................................................................. 8.3 Avaliao de Tripulantes Envolvidos em Acidente Aeronutico........................................... 8-1 8-3 8-4

VOLUME IX DAS INSPEES DE SADE PARA EXECUO DE ATIVIDADES ESPECIAIS (37 fl) 9.1- Atividade de Aviao............................................................................................................. 9.2- Mergulho de Combate........................................................................................................... 9.3 Para-quedismo...................................................................................................................... 9.4 Operaes na Selva.............................................................................................................. 9.5 Operaes Especiais e Aes de Comando.......................................................................... 9.6 Misses no Exterior.............................................................................................................. 9.7 Designao de Militar Inativo para o Servio Ativo ou Prestao de Tarefa....................... VOLUME X DAS INSPEES DE SADE PARA VERIFICAO DE NEXO CAUSAL 10.1 Atestado de Origem............................................................................................................ 10.2 Inqurito Sanitrio de Origem............................................................................................ 10.3 Verificao de Nexo Causal Post-mortem...................................................................... 10.4 Estabelecimento de Nexo Causal em Doenas Profissionais e do Trabalho ..................... 10-1 10-4 10-7 10-9 9-1 9-17 9-24 9-27 9-31 9-35 9-36

VOLUME XI DOENAS RELACIONADAS AO TRABALHO 11.1 Doenas Infecciosas e Parasitrias...................................................................................... 11.2 Neoplasias (Tumores).......................................................................................................... 11.3 Doenas do Sangue e dos rgos Hematopoticos............................................................. 11.4 Doenas Endcrinas, Nutricionais e Metablicas............................................................... 11.5 Transtornos Mentais e do Comportamento.......................................................................... 11-1 11-2 11-3 11-4 11-5

11.6 Doenas do Sistema Nervoso.............................................................................................. 11.7 Doenas do Olho e Anexos..................................................................................................

11-8 11-9

11.8 Doenas do Ouvido............................................................................................................. 11-10 11.9 Doenas do Sistema Circulatrio........................................................................................ 11-11 11.10 Doenas do Sistema Respiratrio...................................................................................... 11-12 11.11 Doenas do Sistema Digestivo.......................................................................................... 11-13 11.12 Doenas da Pele e do Tecido Subcutneo......................................................................... 11-14 11.13 Doenas do Sistema Osteomuscular e do Tecido Conjuntivo........................................... 11-16 11.14 Doenas do Sistema Gnito-urinrio................................................................................. 11-18

VOLUME XII DAS INSPEES DE SADE PARA TRMINO DE INCAPACIDADE TEMPORRIA E DE RESTRIES 12.1 Trmino de Incapacidade Temporria e de Restries de Militares................................. 12.2 - Trmino de Incapacidade Temporria e de Restries de Servidores Civis..................... 12-1 12-4

VOLUME XIII DAS INSPEES DE SADE DE MILITARES REGIDOS PELO REGULAMENTO DA LEI DO SERVIO MILITAR (RLSM) - PERMANNCIA E SADA DO SERVIOS ATIVO DE MILITARES TEMPORRIOS 13.1 - Finalidade............................................................................................................................ 13.2 - Conceitos Relevantes.......................................................................................................... 13.3 Formas de Concluso Pericial............................................................................................ 13.4 Observao........................................................................................................................ 13-1 13-1 13-2 13-8

VOLUME XIV DOENCAS ESPECIFICADAS EM LEI 14.1 Alienao Mental.................................................................................................................. 14.2 Cardiopatia Grave............................................................................................................... 14.3 Cegueira.............................................................................................................................. 14.4 Espondilite Anquilosante..................................................................................................... 14.5 - Estados Avanados da Doena de Paget (Ostete Deformante)........................................... 14.6 Hansenase........................................................................................................................... 14.7 Mal de Parkinson (Doena de Parkinson) .......................................................................... 14.8 Nefropatias Graves.............................................................................................................. 14.9 Neoplasias Malignas........................................................................................................... 14-1 14-5 14-22 14-24 14-25 14-26 14-30 14-32 14-34

14.10 Paralisia Irreversvel e Incapacitante................................................................................. 14.11 Pnfigos............................................................................................................................. 14.12 Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (SIDA/AIDS)................................................. 14.13 Tuberculose Ativa.............................................................................................................. 14.14 Hepatopatias Graves.......................................................................................................... 14.15 Contaminao por Radiao..............................................................................................

14-55 14-56 14-57 14-60 14-63 14-67

VOLUME XV PROCEDIMENTOS TCNICOS PARA HOMOLOGAO, REESTUDO E INSPEO DE SADE EM GRAU DE RECURSO E REVISO 15.1 Homologao de Ato Pericial.............................................................................................. 15.2 - Reestudos............................................................................................................................. 15.3 Inspeo de Sade em Grau de Recurso (ISGRcs)............................................................. 15.4 Inspeo de Sade em Grau de Reviso (ISGRev)............................................................. VOLUME XVI DISPOSIES FINAIS 16.1 Das Responsabilidades dos Agentes Mdicos Periciais...................................................... 16.2 Das Responsabilidades dos Inspecionados......................................................................... 16.3 Das Revises desta Norma Tcnica.................................................................................... 16.4 Do Arquivo e da Coleta de Dados....................................................................................... 16.5 Da Legislao Bsica.......................................................................................................... 16.6 Bibliografia.......................................................................................................................... 16.7 Das Recomendaes.................................................................................... 16-1 16-1 16-1 16-1 16-2 16-4 16-5 15-1 15-3 15-4 15-6

ANEXOS

Anexo A Quadro Sinptico da Validade das Inspees de Sade Anexo B Modelo de Ofcio de Apresentao para Inspeo de Sade de Militares. Anexo C Modelo de Ofcio de Convocao Anexo D Modelo de Termo de Consentimento Anexo E Modelo de Cpia de Ata de Inspeo de Sade Anexo F Modelo de Comunicao de Inspeo Anexo G Modelo de Ficha de Registro de Dados de Inspecionado Anexo H Modelo de Pedido de Laudo ou Exame Especializado

Anexo I-1 Modelo de Parecer Tcnico para homologao pela Diretoria de Sade Anexo I-2 Modelo de Parecer Tcnico para homologao por Regio Militar Anexo J Sugesto de planta baixa para local de funcionamento da Seo de Percia Mdica Anexo K Causas de Incapacidade para Matrcula na AMAN, EsPCEx e nos Cursos de Formao de Sargentos. Anexo L Modelo de Termo de Cientificao de Resultado de Inspeo de Sade para Ingresso Anexo M Exames Complementares necessrios para as diversas Finalidades de Inspeo de Sade Anexo N Quesitos a serem respondidos na Percia Mdica de Servidor Civil para ser submetido a Processo Administrativo Anexo O Tabela para caracterizao de cuidados de enfermagem e hospitalizao Anexo P Quadro Sinptico de Doenas Especificadas em Lei e sua relao com a Legislao Anexo Q Extrato da Ficha de Informaes para Tratamento de Sade no Exterior Anexo R Mapa de Climas do Brasil Anexo S Modelo de Ficha para Inspeo de Gestantes saudveis Anexo T Modelo de Carto de Sade para Aeronavegantes Anexo U Causas de Incapacidade em Inspees de Sade para Atividade Area Anexo V Modelo de Atestado de Origem Anexo W Grupo de Atividades para Restries de Capacidade Laborativa Anexo X Modelo para formatao do Inqurito Sanitrio de Origem Anexo Y - Roteiro para Anamnese Ocupacional Anexo Z Guia de Acompanhamento Mdico para Atividade Pericial Anexo AA Perodos Mximos de Dispensa e Concesso de Licenas a serem aplicados aos Inspecionados em Relao as Patologias mais Comuns constatadas em Militares e Servidores Civis no mbito do Exrcito Anexo AB Modelo de Ofcio de Apresentao para Inspeo de Sade de Servidor Civil Anexo AC Modelo de Cpia de Ata Homologatria Anexo AD Modelo de Relatrio de De cujus para Melhoria de Penso Anexo AE Modelo de Relatrio para Verificao de Nexo Causal Post-Mortem

VOLUME I DISPOSIES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE A presente publicao visa a orientar tcnica e administrativamente os integrantes do Sistema Pericial do Exrcito Brasileiro e estabelecer os processos que regulam a atividade tcnica das percias mdicas no Servio de Sade do Exrcito Brasileiro. 1.2 PREMISSAS BSICAS 1.2.1 A atividade mdico-pericial do Exrcito abrange a emisso de parecer tcnico conclusivo na avaliao da incapacidade laborativa, em face de situaes previstas em lei e nos regulamentos militares, bem como a concesso de benefcios indenizatrios e assistenciais institudos em leis. 1.2.2. A execuo dos atos periciais est a cargo dos mdicos militares e civis pertencentes ao Servio de Sade do Exrcito, neste caso denominados Agentes MdicoPericiais (AMP), sob a superviso direta dos Chefes de Seo de Sade Regional (Ch SSR). 1.2.3 No pronunciamento sobre matria mdico-pericial, os AMP manifestar-se-o sobre o assunto, respondendo aos quesitos estabelecidos por dispositivos legais ou solicitados por autoridade competente e pela emisso de pareceres tcnicos. 1.2.4 A realizao de exames mdico-periciais, bem como a reviso da concluso, de competncia exclusiva do Sistema de Percias Mdicas do Exrcito. 1.2.5 Os atos mdico-periciais implicam, sempre, em manifestao de natureza mdicolegal destinada a produzir efeito no campo administrativo, passvel de contestao por reviso ou recurso no mbito do Exrcito Brasileiro. 1.3 APLICAO A presente norma, de atendimento obrigatrio, aplica-se s diversas categorias listadas no art 2 da Seo II do Captulo I das Instrues Gerais para as Percias Mdicas no Exrcito (IG 30-11), aprovadas pela Port n 566, de 13 Ago 09, do Comandante do Exrcito. 1.4 CONCEITUAO 1.4.1 AGENTE MDICO-PERICIAL (AMP) - profissional legalmente habilitado e nomeado por autoridade competente que executa, isoladamente ou integrando uma junta de inspeo de sade, os atos mdico-periciais. 1.4.2 COMUNICAO DE INSPEO - documento oficial, exarado por AMP, entregue ao inspecionado ou seu representante legal, informando a data em que ocorreu o ato pericial. 1.4.3 CONFERNCIA MDICA - reunio de trs ou mais mdicos especialistas para apreciar e debater sobre a condio nosolgica especfica de determinado paciente, incluindo

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o diagnstico, o tratamento e o prognstico da patologia encontrada, com a finalidade de esclarecer e subsidiar o parecer mdico-pericial a ser prolatado por AMP. 1.4.4 CONTROLE PERIDICO DE SADE inspeo de sade que visa a verificar se o militar ou servidor civil, j pertencente ao efetivo do Exrcito, preenche os requisitos de sade necessrios ao desempenho tcnico-profissional e militar, bem como evidenciar qualquer alterao precoce na higidez do inspecionado, com finalidade preventiva. 1.4.5 CONVOCAO - ato pelo qual os brasileiros so chamados para a prestao do Servio Militar, quer inicial, quer sob outra forma ou fase. 1.4.6 CONVOCAO PARA INSPEO - documento oficial, emitido por AMP, solicitando comparecimento para inspeo de sade. 1.4.7 DEPENDENTE - pessoa legalmente habilitada, cuja condio de dependncia est prevista no Estatuto dos Militares ou em outros instrumentos que a lei indicar. 1.4.8 DESINCORPORAO - ato de excluso do militar do servio ativo de uma Fora Armada. 1.4.9 DESLIGAMENTO - ato de desvinculao do militar de uma Organizao Militar. 1.4.10 ENGAJAMENTO - prorrogao voluntria do tempo de servio do incorporado. 1.4.11 EXCLUSO - ato pelo qual o militar deixa de integrar uma Organizao Militar. 1.4.12 HOMOLOGAO - ato legal previsto na legislao mdico-pericial com a finalidade de revisar, em ltima instncia, os aspectos formais, a legalidade e a correo dos pareceres exarados por mdico perito ou por junta de inspeo de sade. A homologao final dos atos mdico-periciais no mbito do Exrcito privativa de oficial-general mdico do Servio de Sade. 1.4.13 INCLUSO - ato pelo qual o convocado, voluntrio ou reservista, passa a integrar uma Organizao militar. 1.4.14 INCORPORAO - ato de incluso do convocado ou voluntrio em Organizao Militar da Ativa, bem como em certos rgos de Formao de Reserva. 1.4.15 ISENTO DO SERVIO MILITAR - brasileiro que, por sua condio moral (em tempo de paz), fsica ou mental, dispensado das obrigaes do Servio Militar, em carter permanente ou enquanto persistir essa condio. 1.4.16 INSPEO DE SADE - percia mdica ou mdico-legal, de interesse do Exrcito, realizada por AMP, por determinao formal de autoridade competente, com finalidade especfica definida nestas Normas, destinada a verificar o estado de sade fsica ou mental do inspecionado.

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1.4.17 INSPEO DE SADE EM GRAU DE RECURSO - procedimento que faculta ao inspecionado requerer a realizao de nova inspeo de sade com a mesma finalidade, por AMP de instncia superior quele que exarou o parecer recorrido. 1.4.18 INSPEO DE SADE EM GRAU REVISIONAL - meio que dispe a administrao militar para solicitar nova inspeo por AMP de instncia superior quele que exarou o parecer a ser revisado. 1.4.19 LAUDO MDICO-PERICIAL representado pela cpia da Ata de Inspeo de Sade (AIS), extrada do Livro-Registro de Atas de Inspeo de Sade, sendo a pea mdico-legal bsica constitutiva dos atos e processos periciais, devendo conter o diagnstico completo e o parecer conclusivo, prolatados de acordo com a legislao em vigor. 1.4.20 LICENCIAMENTO - ato de excluso do militar do servio ativo de uma Fora Armada, aps o trmino do tempo de Servio Militar inicial, com a sua incluso na reserva. 1.4.21 MATRCULA - ato de admisso do convocado ou voluntrio em rgo de Formao de Reserva, bem como em certas organizaes Militares da Ativa - Escola, Centro ou Curso de Formao. 1.4.22 MILITAR - membro das Foras Armadas que, em razo de sua destinao constitucional, forma uma categoria especial de servidor da Ptria. 1.4.23 MILITAR TEMPORRIO - militar incorporado s Foras Armadas para prestao de servio militar nas modalidades e prazos previstos na legislao. 1.4.24 PROMOO - ato pelo qual o militar tem acesso aos postos e/ou graduaes na hierarquia militar. 1.4.25 PENSO - rendimento percebido pelo dependente de militar, de servidor civil, de ex-combatente ou de anistiado poltico falecidos ou assim considerados. 1.4.26 PENSIONISTA - beneficirio de penso de militar, de servidor civil, de excombatente ou de anistiado poltico falecidos ou assim considerados. 1.4.27 QUESITO MDICO-LEGAL - indagao feita pela autoridade ou pela Lei, que deve ser respondida por AMP. 1.4.28 REENGAJAMENTO - prorrogao do tempo de servio, uma vez terminado o engajamento. 1.4.29 REESTUDO - ao que visa correo de erros materiais ou quanto forma da ata, sem produzir mudana quanto ao mrito do parecer exarado. 1.4.30 REINCLUSO - ato pelo qual o reservista ou desertor passa a reintegrar uma Organizao Militar. 1.4.31 REINCORPORAO - ato de reincluso do reservista ou isento, em determinadas condies, em Organizao Militar da Ativa, bem como em certos rgos de Formao de Reserva.

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1.4.32 REVERSO - ato pelo qual o militar agregado retorna ao respectivo Corpo, Quadro, Arma ou Servio to logo cesse o motivo que determinou sua agregao. 1.4.33 SERVIDOR CIVIL - servidor pblico da Unio, lotado e em exerccio no Comando do Exrcito, que ocupa cargo efetivo ou em comisso. 1.4.34 VERIFICAO DE APTIDO FSICA E MENTAL - exame mdico-pericial solicitado por autoridade competente, com a finalidade de avaliar a capacidade laborativa do inspecionado para o desempenho de atividade, cargo ou funo no Exrcito. 1.5 O AGENTE MDICO-PERICIAL (AMP) 1.5.1 O AMP E SUA RELAO COM O INSPECIONADO H que se distinguir a posio do mdico que examina a pessoa, mdico-assistente, com o objetivo de trat-la e a do mdico que a examina na qualidade de perito (AMP). Enquanto o paciente escolhe seu mdico livre e espontaneamente, o inspecionado, ao contrrio, encaminhado por autoridade competente a comparecer diante de um perito ou junta de peritos para verificar se o seu estado de sade, as seqelas da sua doena ou leso e o comprometimento de sua capacidade laboral so enquadrados pela legislao, com vistas obteno de um direito. O paciente tem todo o interesse de informar ao seu mdico-assistente sobre os seus sintomas e como surgiram, tendo a convico de que somente assim o mdico poder chegar a um diagnstico correto e ao tratamento adequado. O mesmo, na maioria das vezes, no ocorre nas percias. Nestas, o inspecionado busca um resultado que lhe seja favorvel. Para tanto, presta somente as informaes que possam conduzir ao resultado pretendido, sendo usual a omisso e a distoro de fatos ou sintomas importantes para a concluso pericial. Na relao mdico-paciente h um clima de mtua confiana, enquanto na relao pericial, ocorre exatamente o contrrio, acrescido do fato de que o inspecionado no ter qualquer benefcio teraputico ou de alvio para os seus males. O perito no deve ser afetado pelo inspecionado em nenhum sentido, devendo ser neutro para julgar os fatos e ter como norte o que prescreve a lei. Isso no significa falta de cortesia, ateno ou tratamento educado por parte do perito. 1.5.2 O AMP E SUA RELAO COM A INSTITUIO (EB) No exerccio da funo pericial, a relao perito-inspecionado diferente da relao mdico-paciente observada no exerccio da funo assistencial. Sua atuao exercida em funo do interesse pblico, que o da lei. Quando o mdico estiver exercendo a atividade pericial, no se pode pretender que, como perito, deixe de revelar o que souber em decorrncia do exame ou de informao do inspecionado. O AMP ao proceder a um exame para fins de licena, ou concesso de benefcios, tem a obrigao de comunicar aos setores prprios da instituio as informaes necessrias que permitam a aplicao da legislao pertinente. 1.5.3 COMPORTAMENTO DESEJVEL

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1.5.1.1 Evitar concluses intuitivas e precipitadas. 1.5.1.2 Falar pouco e em tom srio. 1.5.1.3 Ser modesto e ter pouca vaidade. 1.5.1.4 Manter o segredo exigido. 1.5.1.5 Ter autoridade para ser acreditado. 1.5.1.6 Ser livre para agir com iseno. 1.5.1.7 No aceitar a intromisso de ningum. 1.5.1.8 Ser honesto e ter vida pessoal correta. 1.5.1.9 Ter coragem para decidir. 1.5.1.10 Ter competncia profissional para ser respeitado. 1.6 ESTRUTURA DO SISTEMA MDICO-PERICIAL DO EXRCITO O Sistema de Percias Mdicas do Exrcito Brasileiro, integrante do Servio de Sade do Exrcito, o responsvel pelo controle e verificao do estado de higidez do pessoal militar e civil em servio ativo, inativo e a ser selecionado para ingresso no Exrcito. 1.6.1 CONSTITUIO O Sistema de Percias Mdicas constitudo por rgos de direo, responsveis pelo gerenciamento e controle das atividades e por rgos de execuo, representados pelas Juntas de Inspeo de Sade (JIS) e por Mdicos Peritos (MP), que funcionam como Agentes Mdico-Periciais (AMP), organizados segundo o princpio da hierarquia funcional, com a seguinte precedncia: 1.6.1.1 RGOS DE DIREO a. Departamento-Geral do Pessoal; b. Diretoria de Sade do Exrcito; e c. Regio Militar. 1.6.1.2 RGOS DE EXECUO a. Junta de Inspeo de Sade Especial Revisional (JISE/Rev); b. Junta de Inspeo de Sade de Recurso (JISR); c. Juntas de Inspeo de Sade Especiais (JISE); d. Mdico Perito de Guarnio (MPGu); e e. Mdico Perito de Organizao Militar (MPOM).

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1.6.2 ATRIBUIES 1.6.2.1 DO DEPARTAMENTO-GERAL DO PESSOAL (DGP) a. baixar diretrizes sobre a atividade mdico-pericial no mbito do Exrcito, em consonncia com as diretrizes emanadas do Comandante do Exrcito; b. adotar as medidas necessrias execuo das atividades de percias mdicas no mbito do Exrcito; c. aprovar instrues reguladoras referentes s percias mdicas no mbito do Exrcito; d. implementar, manter e atualizar o Sistema Informatizado de Percias Mdicas do Exrcito (SIPMED); e. determinar inspeo de sade em grau revisional por JISE/Rev; e f. dirimir dvidas decorrentes das presentes Normas. 1.6.2.2 DA DIRETORIA DE SADE (D Sau) a. propor ao Chefe do Departamento-Geral do Pessoal as modificaes da legislao atinente s percias mdicas, quando necessrio; b. coletar dados, analisar, apresentar propostas e coordenar a implementao de medidas que visem ao aprimoramento das atividades relacionadas s percias mdicas no mbito do Exrcito; c. elaborar normas tcnicas, propor reestudos, emitir pareceres tcnicos, homologar atos periciais e assessorar o chefe do DGP no deferimento de requerimentos para inspees de sade de carter revisional em ltima instncia; d. emitir pareceres tcnicos pertinentes atividade mdico-pericial, quando solicitada; e. orientar, tecnicamente, os integrantes do Sistema de Percias Mdicas do Exrcito, visando unidade de doutrina nos procedimentos mdico-periciais; f. homologar, em ltima instncia, as percias mdicas realizadas pelos AMP; g. propor a composio e orientar tecnicamente os trabalhos das JISE/Rev que devam atuar como AMP nos casos de inspeo de sade em carter revisional, em atendimento determinao do DGP; e h. assessorar o DGP na aplicao destas Normas, conforme for determinado. 1.6.2.3 DAS REGIES MILITARES a. coletar dados, analisar e encaminhar Diretoria de Sade propostas visando ao aprimoramento da atividade pericial, principalmente no tocante s peculiaridades da RM;

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b. deferir os requerimentos para realizao de inspees de sade em grau recursal e revisional; c. auditar, continuadamente, os atos periciais realizados pelos agentes mdico-periciais no mbito regional, mediante emprego sistemtico do SIPMED; d. propor o reestudo e emitir pareceres tcnicos sobre os atos mdicopericiais executados pelos agentes mdico-periciais jurisdicionados na regio militar; e. registrar todos os procedimentos relacionados atividade pericial no SIPMED; f. nomear os AMP, coerente com as necessidades e peculiaridades da regio militar; g. propor a reciclagem dos AMP, conforme regulamentado em norma tcnica, sempre que ocorrer percentual anormal de pareceres incorretos ou falta de documentos que motivem a restituio dos processos; h. fiscalizar os horrios de trabalho e cumprimento dos prazos de tramitao de documentos produzidos pelos AMP; i. realizar visitas de inspeo e orientao aos AMP sediados na rea regional; j. realizar reunies com os AMP da rea regional para avaliao geral dos trabalhos; k. encaminhar Diretoria de Sade as percias mdicas que devam ser homologadas por aquele rgo Tcnico-Normativo; e l. controlar as licenas para tratamento de sade, com perodos superiores aos estabelecidos no Anexo XII destas Normas, providenciando sua publicao em boletim regional. 1.7 ELEMENTOS DE EXECUO DA ATIVIDADE MDICO PERICIAL 1.7.1 MDICO PERITO DE ORGANIZAO MILITAR (MPOM) 1.7.1.1 DESCRIO O MPOM o AMP de carter permanente da OM. A atividade exercida por mdico militar do EB, designado em Boletim Interno da OM a que pertence, com os meios necessrios fornecidos pela prpria OM. 1.7.1.2 ATRIBUIES: a. Controle Peridico de Sade do Pessoal Militar e Civil; b. Verificao de Aptido Fsica e Mental; c. Prorrogao do Tempo de Servio;

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d. Concesso de Licenas para Tratamento de Sade prpria e suas prorrogaes at o mximo de trinta dias, consecutivos ou no, por ano; e. Concesso de Licenas para Tratamento de Sade de pessoa da famlia e suas prorrogaes at o mximo de trinta dias, consecutivos ou no, por ano; f. Licenciamento; g. Desincorporao; e h. Reincluso de desertor. 1.7.1.2.1 As inspees para as finalidades previstas nas letras c, e, f e g de militares portadores de Documento Sanitrio de Origem (DSO), ou que possuam em suas alteraes registro de acidente em servio ou baixa hospitalar, no sero realizadas pelo MPOM, mas encaminhadas para o Mdico Perito de Guarnio (MPGu). 1.7.1.2.2 O MPOM poder, mediante justificativa, encaminhar outros casos para inspeo pelo MPGu. 1.7.2 MDICO PERITO DE GUARNIO (MPGu) 1.7.2.1 DESCRIO O MPGu o AMP de carter permanente da Guarnio Militar. A atividade exercida por mdico militar de carreira do EB, preferencialmente integrante de Organizao Militar de Sade da Guarnio (hospital, policlnica ou posto mdico de guarnio), designado em Boletim Regional pelo Comandante da Regio Militar a quem estiver jurisdicionada a Guarnio Militar. O MPGu exercer a atividade pericial nas instalaes da OMS, quando existir, com os recursos fornecidos pelo seu Chefe ou Diretor. Nas guarnies que no possuam OMS, o oficial mdico de carreira de uma OM da guarnio poder ser, alm de MPOM, o MPGu, desde que nomeado pelo Comandante da RM a quem estiver jurisdicionada a Guarnio Militar. O Comandante da Regio Militar, considerando a demanda, poder nomear mais de um MPGu na mesma guarnio, os quais podero utilizar as mesmas instalaes ou no, podendo atuar em horrios concomitantes ou no. Em situaes especiais, mediante solicitao justificada do Comandante da Guarnio Militar Regio Militar, o MPGu poder atuar nas instalaes de uma OM, mesmo a guarnio possuindo OMS. 1.7.2.2 ATRIBUIES Ao MPGu compete inspecionar militares e civis encaminhados por autoridade competente para todas as finalidades previstas nestas normas, includas aquelas em que o MPOM encontra-se impedido. No caso de militares que exeram atividades de aviao, as inspees sero realizadas por MPGu qualificados em Medicina de Aviao, que devem servir, preferencialmente, nas OM de Aviao do Exrcito.

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1.7.3 JUNTA DE INSPEO DE SADE ESPECIAL (JISE) 1.7.3.1 DESCRIO a. A JISE o AMP constitudo pela reunio formal de trs (03) ou mais mdicos militares ou civis do EB, com nmero impar de integrantes e o nmero de militares de carreira superior ao de militares temporrios e civis, designados em Boletim Regional pelo Comandante da Regio Militar, para exercerem, em carter temporrio e em grupo, funes periciais especificadas no Boletim de designao. b. A presidncia das JISE privativa de Oficial Mdico de Carreira em servio ativo, sendo na sucesso hierrquica, os demais integrantes designados Membros e o Oficial Mdico de Carreira de menor hierarquia designado Secretrio. c. Na falta de nmero suficiente de mdicos do EB para compor a JISE, podero ser includos mdico militar de outra Fora ou mdico civil, desde que o nmero de mdicos do EB seja superior ao somatrio dos demais. Os mdicos de outras Foras ou civis somente podero atuar como membros. d. As JISE funcionaro nos Hospitais Gerais vinculados s Regies Militares, podendo, a critrio do Comando da RM, funcionar em outros locais, satisfeitas as condies para seu funcionamento. e. As JISE devero funcionar com a presena da totalidade de seus componentes e as decises sero tomadas por maioria de votos, pronunciando-se o Presidente por ltimo. Se algum integrante no concordar com o parecer, poder declarar voto vencido. O voto vencido ser justificado no LIVRO REGISTRO DE IS no local destinado s consideraes finais da JISE. Na cpia de ata de IS, ao lado do nome do integrante que discordou do parecer, ser lanada, entre parntesis, a expresso voto vencido. 1.7.3.2 ATRIBUIES A JISE o AMP destinado a efetuar IS especficas, definidas pela autoridade competente que determinou a instaurao da JISE. 1.7.4 JUNTA DE INSPEO DE SADE DE RECURSOS (JISR) 1.7.4.1 DESCRIO a. A JISR a reunio formal de trs (03) mdicos militares ou civis do EB, sendo no mnimo dois (2) militares de carreira, designados em Boletim Regional pelo Comandante da Regio Militar, para exercerem em carter permanente e em grupo, determinadas funes periciais. A presidncia das JISR privativa de Oficial Mdico de Carreira em Servio Ativo, sendo na sucesso hierrquica, os demais integrantes designados como Vogal e Secretrio. b. Na falta de nmero suficiente de mdicos do EB para compor a JISR, poder ser includo um mdico militar de outra Fora Armada. Os mdicos de outras Foras e civis somente podero atuar como vogais. c. As JISR funcionaro nos Hospitais Gerais vinculados s Regies Militares, podendo, a critrio do Comando da RM, funcionar em Hospitais de Guarnio.

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d. Os integrantes de uma JISR no podem participar, simultaneamente, de outras juntas, ou atuarem como MPOM e MPGu. e. As decises das JISR sero tomadas por maioria de votos, pronunciando-se o Presidente por ltimo. Se algum integrante no concordar com o parecer poder declarar voto vencido. O voto vencido ser justificado no LIVRO REGISTRO DE IS no local destinado s consideraes finais da JISR. Na cpia de ata de IS, ao lado do nome do integrante que discordou do parecer, ser lanada, entre parntesis, a expresso voto vencido. Poder haver somente um voto vencido. 1.7.4.2 ATRIBUIES JISR compete: a. realizar inspees de sade em grau de reviso, em primeira instncia, de IS realizada por MPOM, MPGu ou JISE, por determinao da administrao militar; b. realizar inspees de sade em grau de recurso, em primeira instncia, de inspeo realizada por MPOM, MPGu ou JISE, por solicitao fundamentada do inspecionado; e c. homologar as IS realizadas por MPGu em inspecionados militares ou civis portadores de doenas especificadas em lei, quando esta necessidade estiver prevista em dispositivos legais. 1.7.4.2.1 A inspeo de sade revisional ou recursal, em primeira instncia, de inspeo para atividade de aviao ser realizada por JISR com respaldo obrigatrio em laudo especializado, solicitado pela prpria JISR e emitido por especialista em Medicina de Aviao sem qualquer participao na inspeo revisada ou recorrida. 1.7.5 JUNTAS DE INSPEO DE SADE ESPECIAL REVISIONAL (JISE/Rev) 1.7.5.1 DESCRIO a. A JISE/Rev a reunio formal de trs (03) ou mais mdicos militares ou civis do EB, sendo o nmero de mdicos de carreira maior que os demais, nomeados em Boletim do DGP, por proposta da D Sau ou nos Boletins Regionais aps consulta D Sau, para exercerem, em carter temporrio e em grupo, funes periciais especificadas no boletim de nomeao. b. A presidncia das JISE/Rev privativa de Oficial Mdico de Carreira em servio ativo, sendo na sucesso hierrquica, os demais integrantes designados Membros e o Oficial Mdico de Carreira de menor hierarquia designado Secretrio. c. As JISE/Rev funcionaro em local a ser designado no boletim de nomeao. d. Os integrantes de uma JISE/Rev no podem participar, simultaneamente, de outras juntas, ou atuarem como MPOM e MPGu. 1.7.5.1.1 As decises das JISE/Rev sero tomadas por maioria de votos, pronunciando-se o Presidente por ltimo. Se algum componente no concordar com o laudo

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poder declarar voto vencido. O voto vencido ser justificado no LIVRO REGISTRO DE IS no local destinado s consideraes finais da JISE/Rev. Na cpia de ata de IS, ao lado do nome do integrante que discordou do parecer, ser lanada, entre parntesis, a expresso voto vencido. 1.7.5.2 ATRIBUIES JISE/Rev compete: a. realizar inspees de sade em grau de reviso, de IS realizada por JISR, por determinao da administrao militar; b. realizar inspees de sade em grau de recurso, em segunda instncia, por solicitao fundamentada do inspecionado por JISR e deferida pela autoridade competente da administrao militar. 1.7.5.2.1 A inspeo de sade revisional ou recursal, em segunda instncia, de inspeo para atividade de aviao ser realizada por JISE/Rev que tenha em sua composio especialista em Medicina de Aviao, no podendo ser aquele que tenha atuado, anteriormente, como MPGu ou integrando JISR. 1.8 EXAME MDICO PERICIAL 1.8.1 CARACTERSTICAS DO EXAME MDICO Ao contrrio do exame mdico assistencial, no exame pericial o inspecionado no escolhe o mdico que proceder ao exame. Dessa forma, o inspecionado comparecer a um exame que, em geral, no escolheu fazer, realizado por interesse de um terceiro, em cumprimento a normas legais ou para o esclarecimento de uma autoridade, muitas vezes trazendo consigo uma carga de preconceito formada pela percepo negativa de conhecidos que se submeteram a esse tipo de exame. O perito, no ato da percia, est sujeito a ter sobre si a projeo de uma srie de fantasias, pois representa para o inspecionado uma autoridade que est ausente. E ainda pior, se h uma expectativa de direito que s poder se concretizar aps o resultado da percia, o perito poder ainda representar naquele momento o maior entrave concretizao dessa expectativa, aumentando ainda mais a resistncia do inspecionado a fornecer informaes fidedignas, ou pelo menos aquelas que ele imagina poder prejudic-lo na percia. sabido que o perito no pode ter compromisso com qualquer das partes envolvidas, mas apenas com os fatos observados na percia. A forma de registro dos dados observados no exame difere do exame mdico assistencial, uma vez que toda percia tem um objetivo especfico e os dados de interesse so aqueles que atendem a esse objetivo. Quanto ao resultado, diferentemente do exame assistencial, ser pblico, com nvel de publicidade diverso, dependendo do tipo e finalidade da percia realizada. 1.8.2 CARACTERSTICAS DA PESSOA EXAMINADA

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A primeira diferena est no nome. Em medicina assistencial o paciente e na pericial, o inspecionado ou periciado (inspecionando ou periciando, dependendo do momento do relato da percia). O inspecionado nunca deve ser chamado de paciente, para evitar alguma confuso com possibilidade de parcialidade da percia. Outra diferena est no grau de envolvimento com o exame. Na medicina assistencial o paciente tem todo o interesse de informar o mais correta e completamente possvel, pois daquele exame pode depender a recuperao de algo que j perdeu (a sade, o bem-estar, tempo de vida, etc.), ou a possibilidade de evitar a perda de algo, se o exame de carter preventivo. A relao mdico-paciente idealmente caracterizada por uma relao de empatia, na qual o paciente deposita em seu mdico toda a confiana. J na percia, dependendo da percepo do risco de no obter algo que deseja ou que considera ser direito seu, o inspecionado pode tentar uma interferncia ativa no exame, escondendo dados ou fatos, falseando ou inventando queixas, desenvolvendo quadros na forma que imagina serem suficientes para garantir o que deseja. uma caracterstica do exame pericial a desconfiana e a resistncia por parte do periciado. O mdico, em lugar de se irritar ou incomodar com esse fato, deve saber se utilizar dessa caracterstica do comportamento do inspecionado para obter informaes que lhe sejam relevantes. 1.8.3 DESTINO DO RESULTADO DO EXAME No exame mdico assistencial, o destino do exame o prprio paciente e, eventualmente, seus familiares, com a finalidade de tratamento. J no exame pericial, seu destino so autoridades judiciais ou administrativas com a finalidade de prestar esclarecimento sobre assunto afeto rea mdica, visando decises em mbito judicial ou administrativo. 1.9 DAS FINALIDADES 1.9.1 A inspeo de sade tem por finalidade avaliar a integridade fsica e psquica do inspecionado, a fim de emitir um determinado parecer que subsidie tomada de deciso sobre direito pleiteado ou situao apresentada por autoridade competente. 1.9.2 As finalidades das inspees de sade so aquelas constantes dos diversos Volumes destas Normas. 1.10 DA VALIDADE DAS INSPEES As inspees de sade tero seu prazo de validade estabelecido conforme a finalidade e esto definidas no Anexo A. 1.11 DO ENCAMINHAMENTO E IDENTIFICAO E DA CONVOCAO 1.11.1 DO ENCAMINHAMENTO E IDENTIFICAO DO INSPECIONADO 1.11.1.1 O encaminhamento para Inspeo de Sade (IS) far-se-, obrigatoriamente, mediante ofcio emitido pelos Comandantes/Chefes/Diretores das OM de subordinao ou vinculao do inspecionado ou seu representante legal, contendo os seguintes dados, pertinentes a cada categoria de inspecionado:

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a. Finalidade da Inspeo; b. Identificao do Inspecionado: 1) Nome; 2) Nr da Identidade; 3) Endereo; 4) Nr do CPF; 5) Prec CP; 6) Data de Nascimento; 7) Filiao; e 8) Endereo eletrnico (facultativo). c. Situao Funcional: 1) Categoria do inspecionado; 2) Posto/Graduao; 3) Data de Praa; 4) Data da ltima Promoo; 5) Data Provvel do Licenciamento ou Trmino do Reengajamento; 6) Incio/ Trmino de LTS; e 7) Funo exercida. 1.11.1.2 Os militares e servidores civis ativos que necessitarem de inspeo de sade devero ser encaminhados, obrigatoriamente, ao AMP mais prximo do local onde estiverem servindo. 1.11.1.3 Os militares e servidores civis na inatividade, os pensionistas e dependentes sero encaminhados ao AMP mais prximo de sua residncia. 1.11.1.4 Caber a realizao do ato mdico-pericial no local em que se encontrar o inspecionando, quando este estiver impossibilitado de se locomover. 1.11.1.5 Cabe ao comandante da Regio Militar a autorizao e demais providncias necessrias para viabilizar o deslocamento de AMP para uma guarnio fora de sua sede, para a realizao de inspeo de sade. 1.11.1.6 O encaminhamento para IS de inspecionado residente fora da guarnio sede do AMP de competncia do Cmt da Gu de origem do inspecionado e do Cmt de RM,

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nas guarnies sede de RM, devendo ser observado o contido na Seo II, do Cap V, da Portaria n 215 DGP, de 01 Set 2009 (IRPMEx). 1.11.1.7 O modelo de ofcio de apresentao o constante do Anexo B destas Normas. 1.11.2 DA CONVOCAO 1.11.2.1 A convocao do inspecionando ser realizada mediante ofcio, de acordo com o modelo previsto no Anexo C destas Normas, que poder ser entregue pessoalmente, com registro de recebimento de prprio punho pelo inspecionado/representante legal ou mediante uso da via postal, com Aviso de Recebimento (AR). Em ambos os casos dever conter os seguintes dados: a. Identificao do AMP; b. Local e horrio de funcionamento do AMP; c. Data do agendamento do atendimento; d. Endereo completo e telefone de contato do AMP; e. Outras informaes julgadas necessrias pelo AMP, tais como tipo de documentao mdica a ser portada. 1.11.2.2 O documento de convocao deve ser expedido com antecedncia mnima de 07 (sete) a data do agendamento do atendimento; 1.11.2.3 A extino do processo, caso exista, ou a absteno da realizao da inspeo pelo AMP, ocorrer aps o vencimento do prazo estipulado pela terceira convocao, sem o comparecimento do inspecionando. 1.11.2.4 O prazo mximo de convocaes sucessivas no poder exceder trinta dias da primeira ltima convocao. 1.11.2.5 Vencido o prazo previsto no item anterior, o AMP dever encerrar o procedimento no SIPMED declarando o motivo pelo qual deixou de ser realizada a inspeo e restituir o processo fsico, se houver, autoridade que determinou a inspeo. 1.11.2.6 A critrio justificado do AMP, poder deixar de ser agendado o atendimento, quando o expediente de encaminhamento, previsto no item 1 acima, no contiver as informaes mnimas necessrias para o agendamento e para realizao do subseqente ato pericial, devendo tal fato ser informado pelo AMP, mediante ofcio, autoridade que solicitou a IS. 1.12 DO CONSENTIMENTO 1.12.1 O consentimento livre e esclarecido consiste em um documento em que o inspecionado ou o seu procurador legal, livres de vcios (simulao, fraude ou erro), dependncia, subordinao ou intimidao, d anuncia, aps ter recebido informaes completas e adequadas, de que o(s) processo(s) mdico-pericial (ais) gerado(s) pelo seu pleito ou pela Administrao Pblica conter (ao) documentao nosolgica e exames

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complementares sobre seu estado de sade, bem como permite a emisso de diagnstico alfanumrico ou por extenso, conforme o previsto na Classificao Internacional de Doenas (CID) em vigor; resguardadas as recomendaes ticas vigentes. 1.12.2 O modelo de Termo de Consentimento o constante do Anexo D. 1.13 DOS PARECERES E OBSERVAES Os pareceres e as observaes emitidas pelos AMP obedecero aos modelos previstos nestas normas e contidos no SIPMED. 1.14 DO SISTEMA INFORMATIZADO DE PERCIA MDICA (SIPMED) O Sistema Informatizado de Percias Mdicas um sistema de prestao de servios atravs da Internet, desenvolvido para atender na rea de sade, fornecendo informaes necessrias para padronizar os procedimentos relativos s atividades mdico-periciais do Exrcito Brasileiro, definidas na legislao vigente. 1.14.1 DAS ABREVIATURAS E SIGLAS No texto do SIPMED empregar-se-o as abreviaturas e siglas estabelecidas do Manual de Campanha C 21-30. As palavras ou grupo de palavras no constantes das abreviaturas e siglas sero escritos por extenso. 1.14.2 DO ACESSO O SIPMED dispe de dois endereos eletrnicos para acesso: http://dsau.dgp.eb.mil.br/, acesso pela pgina inicial da Diretoria de Sade e www2.dgp.eb.mil.br, acesso pela pgina inicial da Diviso de Oramento, Finanas e Auditoria (DIORFA) do DGP. 1.14.3 DOS NVEIS DE ACESSO a. O SIPMED est organizado em trs nveis de acesso: Gerencial (D Sau), Regional (RM) e Operacional (MPOM, MPGu e JIS). b. Os comandantes, chefes e diretores de OM/OMS, nos diversos nveis, tero acesso aos relatrios estatsticos, disponibilizados pelo sistema, resguardados os princpios do sigilo mdico. c. Para acessar os diferentes nveis do sistema, a Seo de Sade Regional far o cadastro e atualizao das senhas, conforme previsto no Manual do SIPMED. 1.14.4 DA SEGURANA a. A segurana das informaes no SIPMED , inicialmente, dada pela estruturao por nveis de acesso ao sistema. A cada nvel dado acesso de forma independente. b. Os militares e servidores civis que tratam com assuntos sigilosos ou de natureza sensvel so responsveis pela segurana dos mesmos e esto sujeitos s regras referentes ao

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sigilo profissional, em razo do ofcio, da legislao vigente, do Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal e do Estatuto dos Militares. 1.14.5 DAS MENSAGENS ELETRNICAS O SIPMED dispe de servio de mensagem eletrnica para rpida comunicao entre os trs nveis do Sistema, via Internet, a fim de facilitar e simplificar o gerenciamento do trmite de informaes. 1.14.6 DOS RELATRIOS a. O SIPMED disponibiliza relatrios estratgicos, gerenciais e avaliar o desempenho das OM a que pertencer o AMP no tocante s percias mdicas realizadas pelos AMP. b. O relatrio estratgico registra os mapas demonstrativos, estatsticos e pareceres tcnicos das inspees de sade realizadas pelo Agente Mdico-Pericial (AMP). c. O relatrio gerencial registra diversas informaes como: composio dos vrios tipos de AMP, agendamento prvio para inspeo de sade pelos MPGu, JISR, JISE e JISE/Rev, livro registro de atas de inspeo de sade, parecer tcnico, cadastro de inspecionados e registro das situaes periciais em exigncia dos vrios AMP. 1.14.7 DO ARQUIVO DE DOCUMENTOS DO SIPMED a. O Livro Registro de Atas de Inspeo de Sade produzido ao trmino da sesso ser impresso, carimbado e assinado pelos membros da entidade mdico-pericial para ser arquivado por tempo indeterminado. b. A Ficha Registro de Dados de Inspeo (FiRDI) ao trmino da sesso ser impressa e assinada pelo AMP para ser arquivada pelo prazo mnimo de 20 (vinte) anos para a preservao da FiRDI do inspecionado em suporte de papel. c. A FiRDI ser de guarda permanente, considerando a evoluo tecnolgica, para as fichas arquivadas eletronicamente em meio ptico, microfilmado ou digitalizado. d. A FiRDI deve conter, obrigatoriamente, os dados de identificao completa do inspecionado, sua histria clnica e outros dados nosolgicos que esclaream e respaldem o parecer do AMP, como transcrio sinttica de dados importantes contidos nos resultados de exames especializados, se houver. 1.14.8 DOCUMENTOS ORIGINRIOS DO SISTEMA O SIPMED disponibiliza os seguintes documentos via on-line em formulrios prprios e padronizados de acordo com a legislao em vigor: a. livro registro de atas de inspeo de sade; b. cpia de atas de inspeo de sade; c. comunicao de inspeo;

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d. comunicao de agendamento; e. ficha registro de dados do inspecionado; e f. parecer tcnico. 1.14.9 DO AGENDAMENTO a. O agendamento prvio realizado, obrigatoriamente, pela secretaria do AMP, com antecedncia mnima de 24 horas e mxima de 30 dias. b. Em casos de imperiosa necessidade e mediante justificativa verbal, apresentada pelo AMP, a inspeo de sade poder ser realizada na mesma data, com autorizao e liberao pela regio militar. 1.15 DA DOCUMENTAO PERICIAL 1.15.1 So documentos mdico-periciais: a. Documentos Sanitrios de Origem em tempo de paz (DSO): 1) Atestado de Origem (AO); e 2) Inqurito Sanitrio de Origem (ISO). b. Cpia da Ata de Inspeo de Sade (AIS); c. Comunicao de Inspeo; d. Ficha Registro de Dados de Inspeo de Sade; e. Livro Registro de Atas de Inspeo de Sade; e f. Parecer Tcnico de Inspeo de Sade. 1.15.2 So utilizados pelos agentes mdicos periciais os seguintes modelos de documentos: a. Atestado de Origem Anexo V; b. Cpia de Ata de Inspeo de Sade Anexo E; c. Comunicao de Inspeo Anexo F; d. Ficha Registro de Dados de Inspeo Anexo G; e. Guia de Acompanhamento de Tratamento Anexo Z; f. Inqurito Sanitrio de Origem Anexo X; g. Mapas estatsticos produzidos no SIPMED; h. Pedido de Laudo Especializado ou Exame Anexo H; e

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i. Parecer Tcnico de Inspeo de Sade Anexo I. 1.16 DAS SESSES 1.16.1 As sesses sero abertas pelo AMP no incio do expediente, com a conferncia dos registros de agendamento para aquela sesso e encerradas pela aposio da assinatura dos AMP no Livro-Ata. 1.16.2 As sesses sero numeradas com trs dgitos e seqenciais, dentro do ano civil (Ex: sesso n 001/2009). 1.17 DA COMUNICAO DE INSPEO 1.17.1 A comunicao de inspeo o documento de emisso obrigatria pelo AMP, onde deve constar o nome e a identidade o inspecionado, a finalidade da inspeo e a data de sua realizao. 1.17.2 A comunicao de inspeo dever ser entregue ao impreterivelmente, aps a realizao do ato pericial. inspecionado,

1.17.3 Caso o inspecionado no possua documento de identidade, dever ser lanado o nmero de identidade do responsvel pelo inspecionado, no sendo possvel atender esta disposio, no poder ocorrer o ato pericial. 1.17.4 O modelo da Comunicao de Inspeo est definido pelo Anexo F e deve ser confeccionado e emitido pelo SIPMED. 1.18 DO LIVRO-ATA DE INSPEO DE SADE O Livro-Ata dever ser impresso aps os prazos previstos para auditoria pela SSR, e assinado pelos AMP, devendo constar sob a assinatura os seguintes dados: a. nome completo por extenso; b. posto; c. nmero da identidade militar; e d. nmero de registro no conselho regional de sua especialidade. 1.19 DA CPIA DE ATA DE INSPEO DE SADE 1.19.1 A cpia da ata ser impressa depois de decorridos os prazos de auditoria das SSR e assinada pelo MPOM, MPGu e Secretrio ou Presidente de JIS. 1.19.2 O modelo de cpia de ata o constante do Anexo E. 1.20 DA FICHA REGISTRO DE DADOS DE INSPEO (FiRDI) 1.20.1 A ficha de registro de dados de inspeo (FiRDI) consiste na compilao de informaes nosolgicas do inspecionado, com registros progressivos e ordenados cronologicamente, que nos permitem acompanhar a progresso sanitria do inspecionado.

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1.20.2 A FiRDI deve conter obrigatoriamente os dados de identificao completa do inspecionado, sua histria clnica e outros dados que esclaream e respaldem o parecer do AMP, como transcrio sinttica de dados importantes contidos nos resultados de exames especializados, se houver. 1.20.3 A cada inspeo do indivduo no Sistema Informatizado de Percias Mdicas, gerada uma FiRDI. 1.20.4 O modelo da FiRDI o constante do Anexo G. 1.21 INSTALAES E EQUIPAMENTOS 1.21.1 INSTALAES 1.21.1.1 As atividades mdico-periciais devem se desenvolver, preferencialmente, no interior das Organizaes Militares de Sade ou em reas anexas, utilizando-se de instalaes reservadas para esse fim. 1.21.1.2 Quando funcionar nas demais organizaes militares, o comandante/chefe ou diretor dever providenciar para que as instalaes sejam adequadas execuo dos atos mdicos periciais. 1.21.1.3 As instalaes destinadas execuo das atividades mdico-periciais devem atender aos padres de arejamento e luminosidade, possurem sinalizao adequada para a orientao dos inspecionados e uma rea de recepo onde os mesmos possam aguardar sentados chamada para o exame, com facilidades como banheiros masculino e feminino e bebedouro de gua. 1.21.1.4 Alm do setor de recepo, as instalaes devem contemplar uma rea administrativa para os trabalhos de secretaria e uma rea tcnica para a realizao dos exames mdico-periciais, devendo, se possvel, o acesso dos AMP estar segregado das reas de acesso dos inspecionados. 1.21.1.5 As instalaes devem ser de fcil acesso para os inspecionados, inclusive para deficientes e idosos, o piso deve ser de material resistente, no escorregadio, lavvel e de acordo com as condies climticas da regio. 1.21.1.6 As paredes e o teto devem ser revestidas com material de fcil conservao, durveis e sem aspereza; as divisrias devem possuir cores claras, material leve e removvel que facilite as modificaes necessrias para a adaptao ou expanso dos setores; a aerao e iluminao, se possvel, naturais; as instalao eltricas planejadas e dimensionadas para ligar todos os equipamentos tcnicos dos consultrios mdicos, da rea de recepo e da rea administrativa. 1.21.1.7 Devero ser previstas instalaes sanitrias masculinas e femininas para os peritos e os auxiliares administrativos, independentes das destinadas aos inspecionados. 1.21.2 MOBILIRIO E EQUIPAMENTOS RECOMENDVEIS 1.21.2.1 Para os consultrios mdicos: a. escrivaninha;

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b. cadeira giratria; c. mesa de exame clnico com o respectivo colchonete; d. escadinha para a mesa de exame clnico; e. cadeira comum para o examinado; f. armrio guarda-roupa com chave e cabide; g. cesta de papis; h. porta-toalhas; i. lavatrio; j. lenis (de preferncia descartveis); k. escova para as mos; l. ventilador ou aparelho de ar condicionado; m. balana antropomtrica; n. esfigmomanmetro; o. estetoscpio; p. negatoscpio; q. termmetro clnico; r. lanterna; s. martelo de Babinsky ou de Dejerine; t. fita mtrica; u. rgua milimetrada transparente; v. abaixadores de lngua descartveis; x. escala de Snellen para a aferio da acuidade visual; y. prancheta para avaliao de daltonismo; e w. aparelho para a aferio da fora muscular. 1.21.2.2 Para a recepo: a. ventilador tipo comercial ou aparelho de ar condicionado; b. bebedouro;

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c. cadeiras ou bancos em nmero suficiente; e d. aparelho emissor de senhas com chamada sonora, se for o caso. 1.21.2.3 Todas as instalaes do setor de percias mdicas devem possuir ramais telefnicos. 1.21.3 INFORMTICA A recepo, os consultrios mdicos e o setor de administrao devem possuir, no mnimo, um computador para o AMP, a recepo e a administrao, permitindo o acesso em tempo real ao SIPMED, o que facilitar e agilizar os procedimentos administrativos e tcnicos do setor de percias mdicas. 1.21.4 DIRETORES DA RESPONSABILIDADE DOS COMANDANTES, CHEFES E

a. responsabilidade do diretor da OMS ou do Comandante/Chefe/Diretor das demais OM, prover os meios necessrios para o bom funcionamento do setor de percias mdicas. b. O Comandante/Chefe/Diretor, sempre que possvel, dever mobiliar os setores de percias mdicas de sua OM/OMS, com militares do servio de sade e, excepcionalmente, de outras qualificao militar, para auxiliar os trabalhos dos AMP. c. O Anexo J s presentes normas apresenta uma proposta de planta baixa para os setores de percia mdica das OMS e OM.

VOLUME II DAS INSPEES DE SADE PARA INGRESSO NO SERVIO ATIVO

2.1 INGRESSO NO SERVIO ATIVO DO EXRCITO E NOS COLGIOS MILITARES 2.1.1 DEFINIO Inspeo de sade (IS) para ingresso no servio ativo do Exrcito Brasileiro e nos Colgios Militares a percia de seleo inicial que visa verificar se os candidatos preenchem os padres psicofsicos de aptido para a carreira militar no Exrcito Brasileiro e ingresso nos Colgios Militares. So consideradas: a. IS para admisso e matrcula nas escolas de formao; e b. IS para admisso nos Colgios Militares. 2.1.2 COMPETNCIA Os AMP competentes para realizar as inspees de sade, em primeira instncia, para estas finalidades so o MPGu e as JISE. 2.1.3 PROCEDIMENTO PERICIAL 2.1.3.1 Os AMP devero realizar a inspeo de sade dos candidatos ao ingresso no servio ativo, de acordo com as condies de inaptido descritas no Edital de cada concurso, orientados pelos parmetros estabelecidos nos Anexo K destas Normas. 2.1.3.2 O candidato dever comparecer ao local previsto para seleo psicofsica portando o comprovante de inscrio e documento oficial com fotografia. A identificao do candidato dever ser verificada em todas as fases do processo pericial. 2.1.3.3 Todas as etapas do processo pericial so presenciais, devendo o parecer ser comunicado ao candidato pelo AMP, que dever esclarecer ao interessado, o motivo de uma eventual inaptido. Nessa oportunidade, o candidato dever assinar o formulrio previsto no Anexo L, comprovando a cincia do parecer exarado; 2.1.3.4 Os candidatos que porventura no comparecerem ao AMP na data marcada para divulgao do resultado de suas IS, bem como em qualquer outra fase do processo pericial, devero ser considerados desistentes, sendo tal fato registrado na sua Ficha de Registro de Dados de Inspeo (FiRDI); 2.1.3.5 As candidatas, antes da realizao da IS, devero ser submetidas realizao de Teste Imunolgico para deteco de Gravidez (TIG). A confirmao de gestao, em qualquer etapa do processo pericial, implicar em seu cancelamento imediato, sem emisso do parecer. Nessa oportunidade, o AMP dever informar tal fato ao rgo responsvel pelo concurso, por meio de mensagem. Tais candidatas devero ser reapresentadas, pelo referido rgo, para realizarem nova IS no ano seguinte ou conforme determinado no Edital do Concurso, se poca do resultado final do seu concurso, estiverem

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classificadas dentro do nmero de vagas; 2.1.3.6 Os candidatos considerados inaptos para ingresso podero requerer IS em grau de recurso em at cinco dias a contar da data da divulgao do resultado das IS ou de acordo com o fixado no Edital do concurso e conforme preconizado no Volume XV desta Norma; 2.1.3.7 Os candidatos que obtiverem deferimento de seus recursos tero suas IS agendadas pela JISR. Aqueles que no comparecerem na data e hora marcadas para realizao da IS em grau de recurso sero considerados desistentes, sendo tal fato registrado na sua Ficha Registro de Dados de Inspeo (FiRDI); 2.1.4 PADRES PSICOFSICOS E EXAMES COMPLEMENTARES Esto relacionados, respectivamente, nos Anexos K e M. 2.1.5 FORMAS DE CONCLUSO PERICIAL a. Apto para ingresso no ........................; e b. Inapto para ingresso no ...................; 2.2 INGRESSO NO SERVIO PBLICO EM GERAL 2.2.1 DEFINIO Inspeo de sade (IS) para ingresso no servio pblico em geral a percia de seleo inicial que visa verificar se os candidatos apresentam condies clnico-funcionais que preencham os requisitos exigidos para cumprir com eficincia as funes inerentes ao cargo e as condies mnimas para o desempenho de suas atividades profissionais. 2.2.2 COMPETNCIA Os AMP competentes para realizar as inspees de sade, em primeira instncia, para estas finalidades so o MPGu e as JISE. 2.2.3 PROCEDIMENTO PERICIAL 2.2.3.1 Os AMP devero realizar a inspeo de sade dos candidatos a ingresso no servio pblico em geral em cargo efetivo procedendo a exames clnicos e biomtricos orientados para as funes que o candidato ir exercer ou o que for fixado em Edital prprio do concurso. No h, portanto, padres especficos a serem exigidos. 2.2.3.2 Para tal percia, o AMP deve avaliar a aptido fsica e mental do candidato e, pormenorizadamente, os rgos diretamente relacionados s exigncias do cargo (anamnese e exame fsico orientados). 2.2.3.3 Nesta percia, alm dos exames bsicos solicitados para ingresso previstos no Anexo M, destas Normas, poder o AMP lanar mo de outros para comprovar, ou no, potenciais doenas incapacitantes ou que possam ser agravadas pelo exerccio da funo; e 2.2.3.4 No caso de inspeo de sade de ingresso de candidato portador de

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deficincia fsica, os AMP devero verificar detalhadamente os graus de deficincia dos rgos e sistemas acometidos e anot-los na FiRDI para futuras anlises de incapacidade. 2.2.4 FORMAS DE CONCLUSO PERICIAL a. Apto para ingresso no Servio Pblico em Geral; e b. Inapto para ingresso no Servio Pblico em Geral.

VOLUME III DAS INSPEES DE SADE PARA SADA DO SERVIO ATIVO

3.1 SADA DO SERVIO ATIVO DO EXRCITO 3.1.1 DEFINIO a. Inspeo de sade (IS) para deixar o servio ativo a percia mdica que visa estabelecer as condies psicofsicas atuais e as eventuais repercusses de doenas e/ou acidentes ocorridos no perodo de servio ativo do inspecionado, que possam comprometer seu estado sanitrio. b. So realizadas para as seguintes finalidades: 1) demisso do servio ativo; 2) reforma ex-officio; 3) licenciamento; 4) desincorporao; 5) trmino de designao para o servio ativo; e 6) excluso a bem da disciplina. c. O disposto neste Volume aplica-se apenas aos militares de carreira. A sada do servio ativo de militares temporrios est prevista no Volume XIII destas Normas. 3.1.2 COMPETNCIA O AMP competente para proceder a esta IS em primeira instncia o MPGu. 3.1.3 PROCEDIMENTOS a. Os AMP devero proceder aos exames clnicos dos inspecionados e, alm de lanar os registros mdicos disponveis, com nfase para a existncia de Documento Sanitrio de Origem (DSO), verificando a presena do exame de controle do AO, e realiz-lo caso este no tenha sido concludo. b. A afirmativa de que a doena tem relao de causa e efeito com o servio somente ser possvel caso exista DSO concludo, que deve ser apresentado pelo inspecionado ao AMP. c. Considera-se Incapaz Definitivamente para o Sv Atv Ex o militar que apresente, no momento da IS, indcios de leso, doena ou defeito fsico incurvel e impeditivo ao exerccio das funes militares ou que para sua cura total ou parcial, ou para reabilitao para qualquer funo especfica, necessite de prazo superior a 36 meses contnuos. 3.1.4 EXAMES COMPLEMENTARES NECESSRIOS

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Os exames complementares necessrios so os mesmos previstos para o controle peridico de sade, constantes do Anexo M, mesmo nos casos de incapacidade definitiva para o servio ativo. 3.1.5 FORMAS DE CONCLUSO As formas de concluso a serem usadas so as seguintes: a. "Apto para sada do servio ativo do Exrcito"; b. "Apto para dispensa de tarefas no servio ativo". Essa forma ser usada para militares da reserva ou reformados que completarem o perodo de designao para o servio ativo. c. "Incapaz temporariamente para sada do servio ativo (por at seis meses). Para os casos de militares portadores de doenas que possam gerar incapacidade definitiva, porm com quadro ainda no definido. Se houver necessidade de LTSP ou restries, explicit-las na AIS, observando o contido no Volume XII, com as respectivas duraes. Ao trmino do perodo acima estipulado, o militar ser obrigatoriamente submetido nova IS, ocasio em que ser exarado o parecer definitivo, se possvel; d. Incapaz definitivamente para o servio do Exrcito. (No ) invlido. Para os casos em que houver incapacidade definitiva; e. Quando o AMP julgar o militar invlido dever complementar o parecer com a expresso: Necessita (No necessita) de cuidados permanentes de enfermagem ou hospitalizao, caracterizada conforme a tabela constante do Anexo O. f. Sendo o militar portador de DSO e constatada, na inspeo, presena de qualquer diagnstico, dever constar do parecer uma das seguintes expresses: 1) H relao de causa e efeito entre o acidente sofrido e as condies mrbidas atuais expressas pelos seguintes diagnsticos: ____ (citar os diagnsticos).; ou 2) No h relao de causa e efeito entre o acidente sofrido e as condies mrbidas atuais, expressas pelos seguintes diagnsticos: ______ (citar os diagnsticos). H (No h) vestgios anatmicos ou funcionais do acidente sofrido. 3.1.6 OBSERVAES Havendo incapacidade definitiva o AMP dever lanar, no campo Observaes, a expresso: A incapacidade ou invalidez est enquadrada no inciso I (ou II, ou III, ou IV, ou V ou VI) do Art. 108 da Lei 6.880, de 09 Dez 80. O enquadramento supracitado refere-se aos seguintes incisos do Art 108, da Lei 6.880/80: 1) O inciso I - ferimento recebido em campanha ou na manuteno da ordem pblica; 2) O inciso II - enfermidade contrada em campanha ou na manuteno da ordem pblica, ou enfermidade cuja causa eficiente decorra de uma dessas situaes;

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3) O inciso III - acidente em servio; 4) O inciso IV - doena, molstia ou enfermidade adquirida em tempo de paz, com relao de causa e efeito a condies inerentes ao servio; 5) O inciso V - tuberculose ativa, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pnfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (SIDA/AIDS) e outras molstias que a lei indicar com base nas concluses da medicina especializada; e 6) O inciso VI acidente ou doena, molstia ou enfermidade, sem relao de causa e efeito com o servio. 3.2 SADA DO SERVIO PBLICO EM GERAL 3.2.1 DEFINIO a. Inspeo de sade (IS) para deixar o Servio Pblico em Geral a percia mdica que visa estabelecer as condies psicofsicas atuais e as eventuais repercusses de doenas e/ou acidentes ocorridos no perodo de atividade do inspecionado. b. So realizadas para as seguintes finalidades: 1) demisso do servio pblico; 2) exonerao do servio pblico; e 3) aposentadoria por invalidez. 3.2.2 COMPETNCIA O AMP competente para proceder a esta IS em primeira instncia o MPGu. 3.2.3 PROCEDIMENTOS a. Os AMP devero proceder aos exames clnicos dos inspecionados, alm de registrar os dados mdicos disponveis. b. A afirmativa de que a doena tem relao de causa e efeito com o servio somente ser possvel caso exista DSO concludo, que deve ser apresentado pelo inspecionado ao AMP. c. Considera-se invlido para o Servio Pblico Geral, o servidor civil que, no momento da inspeo de sade, apresente indcios de leso, doena ou defeito fsico incurvel e impeditivo ao exerccio de suas funes, insusceptvel de reabilitao ou readaptao funcional num prazo igual ou superior a vinte e quatro meses contnuos, no sendo obrigatrio que a doena invalidante conste do art.186 da lei n. 8.112/90. As JS devero estar atentas para esse prazo no ser ultrapassado. 3.2.4 EXAMES COMPLEMENTARES NECESSRIOS

VOLUME III das Normas Tcnicas sobre Percias Mdicas no Exrcito.........................Fl n 4

Os exames complementares exigidos so os mesmos previstos para controle peridico de sade, constantes do Anexo M, mesmo nos casos de invalidez para o servio pblico em geral. 3.2.5 FORMAS DE CONCLUSO As formas de concluso a serem utilizadas so as seguintes: a. "Apto para sada do servio pblico"; b. "Incapaz temporariamente para deixar o servio ativo (por at seis meses). Para os casos de servidores portadores de doenas que possam gerar incapacidade definitiva, porm com quadro ainda no definido. Se houver necessidade de LTS ou restries, explicitlas na AIS, observando o constante do Volume XII, com as respectivas duraes. Ao trmino do perodo acima estipulado, o servidor ser obrigatoriamente submetido nova IS, ocasio em que ser exarado o parecer definitivo, se possvel; c. Invlido para o servio pblico em geral. Para os casos em que houver invalidez; d. Se o servidor for portador de DSO e constatada, na inspeo, presena de qualquer diagnstico, dever constar do parecer uma das seguintes expresses: 1) H relao de causa e efeito entre o acidente sofrido e as condies mrbidas atuais expressas pelos seguintes diagnsticos: ____ (citar os diagnsticos).; ou 2) No h relao de causa e efeito entre o acidente sofrido e as condies mrbidas atuais, expressas pelos seguintes diagnsticos: ______ (citar os diagnsticos). H (No h) vestgios anatmicos ou funcionais do acidente sofrido. 3.2.6 OBSERVAES Havendo invalidez, o AMP dever lanar, no campo Observaes, a expresso: A invalidez (ou no ) decorrente de doena especificada no 1 do Art. 186, da Lei 8.112, de 11 Dez 90.

VOLUME IV DAS INSPEES DE SADE DE ROTINA NO SERVIO ATIVO

4.1 CONTROLE PERIDICO DE SADE (CPS) DO PESSOAL MILITAR 4.1.1 DEFINIO So inspees de sade (IS) que visam verificar se o pessoal j pertencente aos efetivos do Comando do Exrcito preenche os requisitos de sade necessrios ao desempenho profissional e militar, bem como evidenciar qualquer doena inicial, com finalidade preventiva, incluindo-se neste volume a os militares inativos designados para funes na ativa. 4.1.2 COMPETNCIA a. So competentes para efetuar estas inspees de sade, em primeira instncia os MPOM e MPGu. b. Para o Controle Peridico de Sade dos militares que estejam exercendo atividades especiais, observar o previsto no Volume IX destas Normas. 4.1.3 PERIODICIDADE O controle peridico de sade do pessoal militar ter a seguinte periodicidade: a. trienal para todos os militares em servio ativo, inclusive aqueles que forem portadores de restries por tempo indeterminado (Volume XII Restries funcionais); b. anual para os militares que exercem atividades especiais previstas no Volume IX destas Normas, manipuladores de explosivos, portadores assintomticos do HIV e, em cumprimento aos subitens 26.4 e 26.6 da seo 9 da Portaria Normativa n 1.174, de 5 de setembro de 2006, do Ministrio da Defesa, para os portadores de neoplasia maligna, sem critrio de incapacidade, durante os cinco primeiros anos a partir do laudo de aptido para o Sv Atv Ex. c. semestral para aqueles que operam com radiaes ionizantes e terapia antineoplsica; e para taifeiros e pessoal de rancho. 4.1.4 PROCEDIMENTOS a. Os casos de militares portadores de deficincias funcionais permanentes no incapacitantes, que necessitem de restries por tempo indeterminado (exemplo: hipertenso arterial, hrnia discal, etc), depois de completado o prazo mximo de 36 meses consecutivos de restries, devero ser submetidos a controle peridico anual por MPGu. b. A Inspeo de Sade do Controle Peridico de Sade (IS/CPS) ter validade, tambm, para promoo, passagem para a reserva remunerada, inscrio e matrcula em cursos e misso no exterior, dentro de sua validade, ressalvados os casos com exigncias especficas previstas em Lei, editais ou normas.

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4.1.5 PADRES PSICOFSICOS E EXAMES COMPLEMENTARES a. os padres de sade para o controle peridico so, basicamente, os mesmos de ingresso, com a atenuante do desgaste fisiolgico normal em decorrncia da idade, bem como maior tolerncia nos ndices mencionados no Anexo K. A avaliao pericial, diante de uma deficincia encontrada no militar, deve considerar o prognstico, a possibilidade de recuperao, o tempo de servio, a especialidade, o grau hierrquico, bem como a repercusso nas atribuies do militar. Quanto mais precocemente na carreira forem detectadas causas de incapacidade, melhores sero as chances do militar readaptar-se funcionalmente. Os exames complementares relativos ao Controle Peridico de Sade so os constantes do Anexo M; b. nos casos de IS para o pessoal que manuseia explosivos, especial ateno dever ser prestada s patologias oculares, incluindo a realizao de fundoscopia e a pr-existncia de cirurgias refrativas, o que incapacitaria o militar para esta funo (vide Anexo M); e c. nos casos de IS para o pessoal que manipula e administra terapia antineoplsica so obrigatrios, alm dos constantes do Anexo M, os seguintes exames: hepatograma, acuidade visual e fundoscopia (investigar possvel neurite ptica) e dosagem de beta-HCG (para mulheres em idade frtil). 4.1.6 FORMAS DE CONCLUSO PERICIAL 4.1.6.1 MILITARES EM GERAL a. Apto para o servio do Exrcito; e b. nos casos de incapacidade parcial ou total, temporria ou definitiva, verificada nas IS, devero ser adotados as concluses estabelecidos no Volume XII destas Normas. 4.1.6.2 OPERADORES DE FONTES DE RADIAO IONIZANTE, MANIPULADORES DE EXPLOSIVOS E ATIVIDADE DE TERAPIA ANTINEOPLSICA a. Apto para (a finalidade a que se destina); b. Incapaz temporariamente por ___ meses (para a finalidade a que se destina) estando apto para o servio do Exrcito (com restries, se necessrio); ou c. Incapaz definitivamente para (finalidade a que se destina), por doena (ou leso) com (ou sem) relao de causa e efeito como servio (fundamentado em DSO), estando apto para o servio do Exrcito, (com restries, se necessrio). 4.2 CONTROLE PERIDICO DE SADE DO PESSOAL CIVIL 4.2.1 CONCEITUAO a percia mdica destinada a verificar o estado de sanidade fsica e mental do servidor civil, ao longo do tempo de servio. 4.2.2 PERIODICIDADE

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Tem constncia definida, sendo semestral para os servidores expostos aos raios X e irradiao ionizante ou que desempenham atividades perigosas ou insalubres e bienal para os servidores que desempenham atividades administrativas. 4.2.3 COMPETNCIA So competentes para realizar a IS para controle peridico de sade do pessoal civil, em primeira instncia, os MPOM e MPGu. Os MPOM so impedidos de realizar IS de CPS dos servidores civis que estejam exercendo funes insalubres (Port 3.214, do Ministrio do Trabalho, de 08 Jul 1978). 4.2.4 FORMAS DE CONCLUSO PERICIAL 4.2.4.1 NOS CASOS DE APTIDO a. Apto para o Servio Pblico em Geral; b. Apto(a) para ................................. (discriminar a atividade ou operao insalubre); c. Apto(a) para ................................ (discriminar a atividade ou operao insalubre), devendo manter-se sob controle ambulatorial (quando portador de doena com ou sem relao de causa e efeito com o servio, mas no incapacitante). 4.2.4.2 NOS CASOS DE INCAPACIDADE a. Incapaz temporariamente para o Servio Pblico em Geral. Necessita de ____ dias de afastamento do servio para realizar seu tratamento.; b. Incapaz temporariamente para ..........................(discriminar a atividade ou operao insalubre), por ............. dias, podendo exercer atividades no insalubres; c. Incapaz definitivamente para .......................... (discriminar a atividade ou operao insalubre), devendo ser designado para outra funo; e d. Invlido para o Servio Pblico em Geral. 4.3 MATRCULA EM CURSOS 4.3.1 DEFINIO Inspeo de sade (IS) para matrcula em cursos de carreira a percia mdica que visa verificar se os inspecionados preenchem os requisitos de sade necessrios para freqentar os referidos cursos. 4.3.2 COMPETNCIA So competentes para proceder a estas IS, os MPGu e as JISE. 4.3.3 PROCEDIMENTOS Os AMP devero realizar estas IS, obedecendo aos padres e ndices exigidos para

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cada curso, e constantes da portaria de criao ou funcionamento do referido curso. 4.3.4 PADRES NECESSRIOS PSICOFSICOS E EXAMES COMPLEMENTARES

Os padres psicofsicos exigidos so, basicamente, os mesmos previstos para controle peridico de sade, observando a faixa etria e respeitando-se as peculiaridades de cada curso, observado o previsto no Anexo K. Para exames complementares, vide o Anexo M. 4.3.5 FORMAS DE CONCLUSO PERICIAL 4.3.5.1 NOS CASOS DE APTIDO Apto para matrcula no curso de ........................ (especificar o curso). 4.3.5.2 NOS CASOS DE INCAPACIDADE Inapto para matrcula no curso de........................ (especificar o curso); 4.4 VERIFICAO DE APTIDO FSICA E MENTAL (VAFM) 4.4.1 CONCEITUAO a percia mdica realizada para avaliar o estado de sade fsica e/ou mental dos militares j pertencentes ao efetivo do Comando do Exrcito, toda vez que houver alteraes do estado sanitrio do militar, buscando verificar se os mesmos preenchem os requisitos de sade necessrios ao desempenho profissional e militar, bem como evidenciar qualquer doena inicial, com finalidade preventiva. So consideradas alteraes do estado sanitrio, as situaes decorrentes de: a. acidente em servio/ou no; b. acidente fora de servio; c. doena decorrente do servio/ou no; d. trmino de Licena Gestante; e. a cada 30 (trinta) dias consecutivos de internao hospitalar; e d. alta hospitalar. 4.4.2 COMPETNCIA So competentes para efetuar estas inspees de sade, em primeira instncia, os MPOM e os MPGu. 4.4.3 FORMAS DE CONCLUSO PERICIAL 4.4.3.1 PARA MILITARES REGIDOS PELA LEI DO SERVIO MILITAR (MILITAR TEMPORRIO)

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As inspees para esta categoria esto reguladas no Volume XIII destas Normas. 4.4.3.2 PARA MILITARES DE CARREIRA a. Apto para o servio do Exrcito; b. Apto para o servio do Exrcito, com restries; c. Incapaz temporariamente para o servio do Exrcito. Necessita _______ dias de afastamento para tratamento de sade (at no mximo 30); e d. Incapaz definitivamente para o servio do Exrcito. No invlido; e. Incapaz definitivamente para o servio do Exrcito. invlido. No necessita de cuidados de enfermagem e/ou hospitalizao; e f. Incapaz definitivamente para o servio do Exrcito. invlido. Necessita de cuidados de enfermagem e/ou hospitalizao. A incapacidade est enquadrada no inciso ____ do art. 108 da Lei 6.880/80. O enquadramento supracitado refere-se aos seguintes incisos do Art 108, da Lei 6.880/80: 1) O inciso I - ferimento recebido em campanha ou na manuteno da ordem pblica; 2) O inciso II - enfermidade contrada em campanha ou na manuteno da ordem pblica, ou enfermidade cuja causa eficiente decorra de uma dessas situaes; 3) O inciso III - acidente em servio; 4) O inciso IV - doena, molstia ou enfermidade adquirida em tempo de paz, com relao de causa e efeito a condies inerentes ao servio; 5) O inciso V - tuberculose ativa, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pnfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (SIDA/AIDS) e outras molstias que a lei indicar com base nas concluses da medicina especializada; e 6) O inciso VI acidente ou doena, molstia ou enfermidade, sem relao de causa e efeito com o servio. 4.4.4 PROCEDIMENTOS A inspeo de sade para VAFM produzir efeitos em todas as reas administrativas, tero validade para todas as necessidades administrativas que no exijam regulamentao especfica (Promoo, Prorrogao do tempo de servio, Licenciamento, Desincorporao, Anulao da incorporao), por um perodo de um ano. 4.5 PRORROGAO DO TEMPO DE SERVIO

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4.5.1 CONCEITUAO a avaliao do estado de sade fsica e/ou mental dos militares de carreira ainda sem estabilidade assegurada, realizada quando da prorrogao do tempo de servio. 4.5.2 COMPETNCIA So competentes para efetuar estas inspees de sade, em primeira instncia, os MPOM e os MPGu. 4.5.3 FORMAS DE CONCLUSO PERICIAL a. Apto para o servio do Exrcito; b. Apto para o servio do Exrcito, com restries; c. Incapaz temporariamente para o servio do Exrcito. Necessita de ______ dias de afastamento total do servio e instruo para realizar seu tratamento, a contar de ___/___/____; e d. Incapaz definitivamente para o servio do Exrcito. No invlido; e. Incapaz definitivamente para o servio do Exrcito. invlido. No necessita de cuidados de enfermagem e/ou hospitalizao; e f. Incapaz definitivamente para o servio do Exrcito. invlido. Necessita de cuidados de enfermagem e/ou hospitalizao. A incapacidade est enquadrada no inciso ____ do art. 108 da Lei 6.880/80. O enquadramento supracitado refere-se aos seguintes incisos do Art 108, da Lei 6.880/80: 1) O inciso I - ferimento recebido em campanha ou na manuteno da ordem pblica; 2) O inciso II - enfermidade contrada em campanha ou na manuteno da ordem pblica, ou enfermidade cuja causa eficiente decorra de uma dessas situaes; 3) O inciso III - acidente em servio; 4) O inciso IV - doena, molstia ou enfermidade adquirida em tempo de paz, com relao de causa e efeito a condies inerentes ao servio; 5) O inciso V - tuberculose ativa, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pnfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (SIDA/AIDS) e outras molstias que a lei indicar com base nas concluses da medicina especializada; e 6) O inciso VI acidente ou doena, molstia ou enfermidade, sem relao de causa e efeito com o servio. 4.5.4 PROCEDIMENTOS

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a. o parecer "Apto para o Servio do Exrcito" aplica-se ao inspecionado possuidor de perfeitas condies de sanidade fsica e mental, ou portadores de doenas ou leses compatveis com o servio do Exrcito; b. quando o parecer Apto para o servio do Exrcito, com restries for usado, o campo Observaes da cpia de Ata dever trazer especificado qual o tipo de restrio e por quanto tempo (at o mximo de 90 dias a cada inspeo), devendo ser observado o contido no Anexo W; c. o parecer Incapaz temporariamente para o servio do Exrcito aplica-se ao militar doente ou lesionado, passvel de recuperao, e que se encontra temporariamente impossibilitado de exercer suas atividades laborativas em virtude de seu estado sanitrio, implicando na imediata concesso de Licena para Tratamento de Sade Prpria (LTSP); d. sempre que for reconhecida a incapacidade fsica temporria para o servio do Exrcito, de inspecionado pertencente a outra guarnio, o AMP dever complementar o parecer com a expresso pode viajar" ou "no pode viajar; e. o parecer Apto para o servio do Exrcito, com restries, observado o contido no Anexo W, deve ser aplicado especificamente nos casos de: 1) portadores assintomticos do vrus HIV; 2) portadores de doenas especificadas em lei, passveis de cura ou controle; 3) portadores de seqelas traumticas pequenas; 4) portadores de prteses auditivas, oculares e outras, desde que as respectivas funes estejam dentro dos limites aceitveis; ou 5) militares que necessitem realizar teste de aptido fsica (TAF) alternativo. 4.6 INSPEO DE SADE PARA CONSTATAO DE GRAVIDEZ 4.6.1 DEFINIO a percia mdica que oficializa, administrativamente, a gravidez da militar ou servidora civil, visando assegurar condies laborativas adequadas preservao da higidez materno-fetal. 4.6.2 COMPETNCIA Os AMP competentes para proceder a essa IS, em primeira instncia, so os MPOM e os MPGu. 4.6.3 PROCEDIMENTOS a. A IS para constatao de gravidez realizada em decorrncia da apresentao, pela militar ou servidora civil, de exame que comprove o estado gestacional; b. Aps essa IS inicial, no caber realizao de nova IS por AMP, no caso de gestantes saudveis que estejam normalmente desempenhando suas atividades.

VOLUME IV das Normas Tcnicas sobre Percias Mdicas no Exrcito.........................Fl n 8

c. Quando for observado algum grau de deficincia funcional, patologias decorrentes do estado gestacional ou potenciais riscos higidez materno-fetal, a gestante dever ser encaminhada para IS para Verificao de Aptido Fsica e Mental (VAFM), observando-se as disposies do item 4.4 destas Normas. d. Na inspeo para constatao de gravidez dever ser utilizado o Anexo S, em trs vias. Uma via ser anexada FiRDI da inspecionada, uma ser entregue a gestante, mediante recibo, a qual ser apresentada na Seo de Pessoal de sua OM e a