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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará Página 1 de 55 ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS NORMA TÉCNICA N. O 001/2008 PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2010 (Incluidas alterações da Portaria GAB CMD 020/2010, de 10/02/2010)

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 001/2008

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2010

(Incluidas alterações da Portaria GAB CMD 020/2010, de 10/02/2010) 

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 001/2008

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos e Tabelas

1 OBJETIVO 1.1 Estabelecer os critérios para tramitação de documentos referentes à segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco no Estado do Ceará. 2 APLICAÇÃO 2.1 A presente Norma Técnica aplica-se aos processos de segurança contra incêndio e pânico adotados no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE). 2.2 Quando houver legislação municipal (Código de Obras) que exija medidas de segurança contra incêndio e pânico mais restritivas nas edificações que as preconizadas nesta Norma Técnica, deve ser adotada aquela legislação. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Forma de apresentação 4.1.1 As medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco devem ser apresentadas ao CBMCE para análise por meio do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSIP). 4.2 Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico 4.2.1 Critérios para apresentação de PSIP

4.2.1.1 O Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSIP) deve ser utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco com área total construída acima de 750m² e/ou mais de dois pavimentos.

4.2.1.2 O Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico Simplificado (PSIPS) deve ser utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco com área total construída de até 750m² e/ou até dois pavimentos.

4.2.1.3 Toda e qualquer edificação, independente da área total construída, destinada a reunião de público, unidade de combustível, venda e depósito de explosivos, portos, casas de fogos, eventos temporários, indústrias, teatros, cinemas, hotéis e construções temporárias em locais de difícil evacuação devem apresentar as medidas de segurança contra incêndio e pânico por meio de Projeto, conforme disposição desta Norma Técnica.

4.2.1.4 O Projeto Contra Incêndio e Pânico Simplificado é utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco com área construída de até 750 m² e/ou até dois pavimentos, nas condições abaixo:

a) edificação e áreas de risco na qual não se exija proteção por sistema hidráulico de combate a incêndio;

b) posto de serviço e abastecimento cuja área construída não ultrapasse 750 m², excetuada a área de cobertura exclusiva para atendimento de bomba de combustível.

c) locais de revenda de gases inflamáveis cuja proteção não exija sistemas fixos de combate a incêndio, devendo ser observado os afastamentos e demais condições de segurança exigidos por legislação específica;

d) locais com presença de inflamáveis com tanques ou vasos aéreos cuja proteção não exija sistemas fixos de combate a incêndio, devendo ser observado os afastamentos e demais condições de segurança exigidos por legislação específica;

e) locais de reunião de público cuja lotação não ultrapasse 100 (cem) pessoas e não exija sistema fixo de combate a incêndio;

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f) não é permitida a apresentação de PSIPS onde a edificação e áreas de risco haja a necessidade de comprovação da situação de separação entre edificações e áreas de risco.

4.2.2.1 O PSIP e o PSIPS devem ser compostos pelos seguintes documentos:

-Para o PSIP

a) cartão de identificação (anexo A);

b) pasta do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico;

c) Memorial Descritivo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (anexo B);

d) anotação de responsabilidade técnica (ART) do responsável técnico pela elaboração do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico , que deve ser juntada na via que permanecerá na Coordenadoria de Atividades Técnicas (CAT), com via do comprovante de recolhimento do respectivo emolumento;

e) planta das medidas de segurança contra incêndio, devidamente etiquetadas;

f) comprovante de recolhimento do emolumento referente ao serviço de análise de projetos.

g) documentos complementares, quando necessário.

-Para o PSIPS

a) formulário de segurança contra incêndio para PSIPS (anexo H);

b) documentos complementares, quando necessário.

4.2.2.1.1 Cartão de identificação 4.2.2.1.1.1 Ficha elaborada em papel A4 ou equivalente que contém os dados básicos da edificação e áreas de risco, com finalidade de controle do PSIP junto a CAT, conforme anexo A desta Norma Técnica. 4.2.2.1.1.2 O cartão de identificação deve ser afixado na parte frontal da pasta do PSIP, em via única. 4.2.2.1.2 Pasta do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico 4.2.2.1.2.1 Pasta suspensa, sem divisórias, com grampo, que acondiciona todos os documentos do PSIP.

4.2.2.1.3 Memorial Descritivo de Segurança Contra Incêndio e Pânico 4.2.2.1.3.1 Memorial descritivo dos cálculos realizados para dimensionamento dos sistemas de segurança contra incêndio e pânico e descrição de seus elementos constituintes, tais como hidrantes, chuveiros automáticos, central de GLP, laje de segurança, aparelhos extintores, controle de fumaça, saídas de emergência, dentre outros. 4.2.2.1.3.2 No desenvolvimento dos cálculos hidráulicos para as medidas de segurança de resfriamento deve ser levado em conta o desempenho dos equipamentos, utilizando as referências de vazão, pressão e perda de carga, sendo necessária a apresentação de catálogos. 4.2.2.1.4 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) 4.2.2.1.4.1 Deve ser apresentada pelo responsável técnico que elaborou o PSIP. 4.2.2.1.4.2 Todos os campos devem ser preenchidos e no campo “descrição das atividades profissionais contratadas” deve estar especificado o serviço pelo qual o profissional se responsabiliza. 4.2.2.1.4.3 A assinatura do contratante (proprietário ou responsável pelo uso) é facultativa. 4.2.2.1.4.4 Comprovante de recolhimento da taxa. 4.2.2.1.4.5 Deve ser apresentada em duas vias, sendo uma original. 4.2.2.1.5 Comprovante de recolhimento do emolumento referente ao serviço de análise de projetos 4.2.2.1.5.1 Deve ser apresentado pelo responsável técnico que elabora o PSIP. 4.2.2.1.5.2 A área total construída deve ser a mesma declarada na ART. 4.2.2.1.5.3 Deve ser apresentada em duas vias, sendo uma original. 4.2.2.1.6 Planta das medidas de segurança contra incêndio 4.2.2.1.6.1 Representação gráfica da edificação e áreas de risco, contendo informações por meio de

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legenda padronizada pelo CBMCE, contendo a localização das medidas de segurança contra incêndio, bem como os riscos existentes na edificação e áreas de risco, conforme descrito no item 4.2.3. 4.2.2.1.7 Documentos complementares 4.2.2.1.7.1 Documentos solicitados pela Coordenadoria de Atividades Técnicas a fim de subsidiar a análise do PSIP da edificação e áreas de risco, quando as características da mesma assim os exigirem. 4.2.3 Apresentação da planta das medidas de segurança contra incêndio 4.2.3.1 Deve ser apresentada da seguinte forma: a) ser elaborada no formato A4 (210 mm x 297 mm), A3 (297 mm x 420 mm), A2 (420 mm x 594 mm) ou A1 (594 mm x 840 mm); b) as escalas adotadas devem ser as estabelecidas em normas oficiais; c) adotar escala que permita a visualização das medidas de segurança contra incêndio; d) quando a planta de uma área construída ou área de risco não couber integralmente em escala reduzida em condições de legibilidade na folha “A1”, esta pode ser fracionada, contudo deve adotar numeração que indique onde está localizada tal área na planta de situação; e) a planta de situação deve estar em escala; f ) adotar os símbolos gráficos da norma técnica específica; g) seguir a forma de apresentação gráfica conforme padrão adotado por normas oficiais; h) é facultativa a apresentação da planta de fachada, porém, os detalhes de proteção estrutural, compartimentação vertical e escadas devem ser apresentados em planta de corte; i) deve ser etiquetada; j) a numeração da etiqueta deve ser a mesma da ART apresentada; l) quando o PSIP apresentar dificuldade para visualização das medidas de segurança contra incêndio alocados em um espaço da planta, devido à grande quantidade de elementos gráficos, deve ser feita linha de chamada em círculo com linha pontilhada com alocação dos símbolos exigidos. 4.2.4 Conteúdo da planta das medidas de segurança contra incêndio 4.2.4.1 Devem constar de todas as plantas os seguintes detalhes genéricos: 1) símbolos gráficos, conforme norma técnica específica, da localização das medidas de

segurança contra incêndio e pânico na planta baixa; 2) legenda de todas as medidas de segurança contra incêndio utilizadas no PSIP; 3) áreas construídas e áreas de risco com suas características, tais como: a) tanques de combustível (substância e capacidade); b) casa de caldeiras ou vasos sob pressão; c) dutos e aberturas que possibilitem a propagação de calor; d) cabinas de pintura; e) locais de armazenamento de recipientes contendo gases inflamáveis (capacidade do recipiente e quantidade armazenada); f) áreas com risco de explosão; g) centrais prediais de gases inflamáveis; h) depósitos de metais pirofóricos; i) depósito de produtos perigosos; j) outros riscos que necessitem de segurança contra incêndio e pânico específica; 4) quadro de situação da edificação e áreas de risco, indicando os logradouros que delimitam a quadra; 5) cotas dos desníveis em uma planta baixa, quando houver; 6) medidas de proteção passiva contra incêndio nas plantas de corte, tais como: dutos de ventilação da escada, degraus, corrimão, patamares, piso antiderrapante, distância verga-peitoril, escadas, antecâmaras, detalhes de estruturas e outros quando houver a exigência específica destes detalhes construtivos; 7) localização e independência do sistema elétrico em relação a chave geral de energia da edificação e áreas de risco sempre que a medida de segurança contra incêndio tiver seu funcionamento baseado em motores elétricos; 8) miniatura da implantação com hachuramento da área sempre que houver planta fracionada em mais de uma folha, conforme planta chave; 9) Os detalhes genéricos constantes do PSIP devem ser apresentados na primeira folha ou, nos casos em que tais detalhes não caibam nesta, devem constar nas próximas folhas, tais como: a) legenda; b) esquema vertical de incêndio/GLP/SPDA; c) quadro de localização da edificação e áreas de risco; d) detalhes de corrimãos e guarda-corpos; e) detalhes de degraus; f) detalhes do SPDA, capturas, conectores, descidas e aterramento; g) detalhe da ventilação efetiva da escada de segurança; h) detalhe do registro de recalque; i) nota sobre o sistema de sinalização adotado; j) esquema de bomba de incêndio;

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l) especificação dos chuveiros automáticos; m) demais detalhes conforme sistemas específicos; n) outros. 4.2.4.2 Detalhes específicos que devem constar na planta de acordo com a medida de segurança projetada para a edificação e áreas de risco: 4.2.4.2.1 Acesso de viatura na edificação e áreas de risco: a) largura e altura do portão de entrada e da via de acesso; b) indicação do peso suportado pela pavimentação da via em quilograma-força (kgf); c) localização da placa de advertência de desobstrução da via de acesso para emergência; d) indicação da altura mínima livre, quando for o caso; e) indicar o retorno para as vias de acesso com mais de 45 m de comprimento; f ) largura e comprimento da faixa de estacionamento; h) nota indicando que a faixa de estacionamento deve ficar livre de postes, painéis, árvores ou outro tipo de obstrução; i) localização da placa de proibição na faixa de estacionamento das viaturas do CBMCE. 4.2.4.2.2 Separação entre edificações: a) indicar a distância de outras edificações; b) indicar a ocupação; c) indicar a carga de incêndio; d) indicar as aberturas nas fachadas; e) indicar a fachada da edificação considerada para o cálculo de isolamento de risco; f) parede corta-fogo de isolamento de risco; 4.2.4.2.3 Saídas de emergências: a) detalhes de degraus; b) detalhes de corrimãos; c) detalhes de guarda-corpos; d) largura das escadas; e) detalhe da ventilação efetiva da escada de segurança (quando houver); f ) largura das portas das saídas de emergência; g) indicar barra antipânico (quando houver); h) casa de máquinas do elevador de emergência (quando houver exigência); i) antecâmaras de segurança (quando houver exigência); j) indicar a lotação do ambiente quando se tratar de local de reunião de público, individualizando a lotação por ambiente.

4.2.4.2.4 Dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição: a) larguras das escadas, acessos e portas das saídas de emergência; b) barra antipânico onde houver; c) corrimãos em escadas e rampas, inclusive os corrimãos centrais; d) dimensões da base e espelho dos degraus; e) porcentagem de inclinação das rampas; f ) as lotações dos ambientes; g) delimitação física da área de público em pé; h) dimensões dos camarotes (quando houver); i) dimensões das cadeiras fixas (dobráveis ou não) e o espaçamento entre as mesmas; j) indicar o revestimento do piso; l) indicar os equipamentos de som; m) localização do grupo moto-gerador; n) localização dos blocos autônomos; o) indicar a sinalização de piso. 4.2.4.2.5 Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco: a) indicar a carga de incêndio específica para as ocupações não listadas na norma técnica específica. 4.2.4.2.6 Controle de fumaça: a) entrada de ar (aberturas, grelhas, venezianas e insuflação mecânica); b) exaustões naturais (entradas, aberturas, grelhas, venezianas, clarabóias e alçapões); c) exaustores mecânicos; d) dutos e peças especiais; e) registro corta-fogo e fumaça; f ) localização dos pontos de acionamento alternativo do sistema; g) localização dos detectores de incêndio; h) localização da central de alarme/detecção de incêndio; i) localização da casa de máquinas dos insufladores e exaustores; j) localização da fonte de alimentação, quadros e comandos. 4.2.4.2.7 Iluminação de emergência: a) os pontos de iluminação de emergência; b) quando o sistema de iluminação de emergência for alimentado por grupo moto-gerador que não abranja todas as luminárias da edificação e áreas de risco, devem ser indicadas as luminárias a serem acionadas em caso de emergência; c) o reservatório de combustível do grupo moto-gerador e sua capacidade, bem como as dimensões do dique de contenção; d) o posicionamento da central do sistema; e) fonte alternativa de energia do sistema;

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f) quando o sistema for abrangido por grupo moto-gerador, deve constar em PSIP a abrangência, autonomia e sistema de automatização; g) duto de entrada, duto de saída, parede corta-fogo e porta corta-fogo da sala do grupo moto-gerador quando o mesmo estiver localizado em área com risco de captação de fumaça ou gases quentes provenientes de um incêndio; h) detalhe ou nota em planta da proteção dos dutos quando passarem por área de risco. 4.2.4.2.8 Sistema de detecção e alarme de incêndio: a) localização pontual dos detectores; b) os acionadores manuais de alarme de incêndio; c) os sinalizadores sonoros e visuais; d) central do sistema; e) painel repetidor (quando houver); f ) fonte alternativa de energia do sistema. 4.2.4.2.9 Sistema de sinalização de emergência: a) Deve ser lançada uma nota referenciando o atendimento do sistema de sinalização de emergência de acordo com a norma técnica específica. 4.2.4.2.10 Sistema de proteção por aparelhos extintores de incêndio: a) indicar as unidades extintoras; b) quando forem usadas unidades extintoras com capacidades diferentes de um mesmo agente, deve ser indicada a capacidade ao lado de cada símbolo. 4.2.4.2.11 Sistema de hidrantes para combate a incêndio: a) indicar os hidrantes; b) indicar o dispositivo responsável pelo acionamento no barrilete, quando o sistema de acionamento for automatizado, bem como, a localização do acionador manual alternativo da bomba de incêndio em local de supervisão predial, e com permanência humana constante; c) indicar o registro de recalque, bem como o detalhe que mostre suas condições de instalação; d) indicar o reservatório de incêndio e sua capacidade; e) indicar a bomba de incêndio principal e jockey (quando houver) com indicação de vazão e altura manomêtrica; f) deve constar a perspectiva isométrica do hidrante mais desfavorável (sem escala e com cotas); g) deve constar o detalhe da sucção quando o reservatório for subterrâneo ou ao nível do solo.

4.2.4.2.12 Sistema de chuveiros automáticos: a) localização das bombas do sistema com indicação da vazão e altura manomêtrica; b) a área de aplicação dos chuveiros hachurada para os respectivos riscos; c) os tipos de chuveiros especificados; d ) localização do painel de alarme; e) locais onde foram substituídos os chuveiros por detectores de incêndio; f) deve constar o esquema somente da tubulação envolvida no cálculo; g) toda a tubulação abrangida pelo cálculo deve ter seu diâmetro e comprimento cotado no esquema; h) devem ser apresentadas todas as tubulações de distribuição com respectivos diâmetros; i) devem ser indicados os pontos de chuveiros automáticos em toda a edificação e áreas de risco; j) localização do registro de recalque; l) indicar o dispositivo responsável pelo acionamento do sistema no barrilete, bem como a localização do acionador manual alternativo da bomba em local de supervisão predial com permanência humana constante; m) indicar a capacidade e localização do reservatório de incêndio. 4.2.4.2.13 Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) a) localização da central de GLP; b) indicar a capacidade dos cilindros, bem como a capacidade total da central; c) afastamentos das divisas de terrenos, áreas edificadas no mesmo lote e locais de risco; d) local de estacionamento do veículo abastecedor, quando o abastecimento for a granel; e) sistema de proteção da central; f) localização do botijão e das aberturas previstas para ventilação (caso de área interna em unidade habitacional quando permitido por norma técnica) e forma de instalação. 4.2.4.2.14 Fogos de artifício: a) croqui das edificações limítrofes (ocupação identificada) num raio de 100 m; b) detalhe em planta das espessuras das paredes, lajes de cobertura, telhados, pisos, dentre outros. 4.2.4.2.15 Hidrante urbano: a) posicionamento dos hidrantes em planta de situação; b) o raio de ação do hidrante mais próximo, caso não haja possibilidade técnica de implantação.

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4.2.5 Apresentação do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico junto ao CBMCE 4.2.5.1 O PSIP deve ser apresentado na Seção de Atendimento ao Público da Coordenadoria de Atividades Técnicas em no mínimo duas vias e no máximo quatro. 4.2.5.2 O interessado deve comparecer a CAT com o comprovante de recolhimento, junto à instituição bancária autorizada, do emolumento referente ao serviço de análise. 4.2.5.3 O recolhimento do emolumento realizado através de compensação bancária que apresentar irregularidades de quitação deve ter seu processo de análise interrompido. 4.2.5.4 O processo de análise deve ser reiniciado quando a irregularidade for sanada. 4.2.6 Prazos para análise 4.2.6.1 A CAT tem o prazo máximo de quinze dias úteis para analisar o PSIP. 4.2.6.2 Cada período de re-análise do PSIP tem o mesmo prazo para ser concluído. 4.2.6.3 A Seção de Atendimento ao Público deverá fornecer um protocolo de acompanhamento da análise que contenha um número seqüencial de entrada. 4.2.6.4 Deve ser observada pelo Núcleo de Análise a ordem cronológica do número seqüencial de entrada do projeto. 4.2.6.5 A ordem do item anterior pode ser alterada para o atendimento das ocupações ou atividades temporárias ou interesse da administração pública, conforme cada caso. 4.2.7 Substituição ou atualização do PSIP 4.2.7.1 Substituição do PSIP: 4.2.7.1.1 A edificação e áreas de risco que se enquadrar em uma das condições abaixo relacionadas, deve ser realizada a reformulação de seu PSIP: a) ampliação de área construída que implique o redimensionamento dos elementos das saídas de emergência, tais como tipo e quantidade de escadas, acessos, portas, rampas, lotação e outros;

b) ampliação de área construída que implique o redimensionamento do sistema hidráulico de segurança contra incêndio existente, tais como: pressão, vazão, potência da bomba de incêndio e reserva de incêndio; c) ampliação de área que implique a adoção de nova medida de segurança contra incêndio (a medida não era prevista anteriormente); d) a mudança de ocupação da edificação e áreas de risco com ou sem agravamento de risco que implique a ampliação das medidas de segurança contra incêndio existentes e/ou exigência de nova medida de segurança contra incêndio; e) a mudança de leiaute da edificação e áreas de risco que implique a adoção de nova medida de segurança ou torne ineficaz a medida de segurança prevista no PSIP existente; f) o aumento da altura da edificação e áreas de risco que implique a adoção de nova medida de segurança contra incêndio e/ou redimensionamento do sistema hidráulico de segurança contra incêndio existente e/ou rotas de fuga; g) sempre que, em decorrência de várias ampliações ou diversas alterações, houver acúmulo de plantas que dificultem a compreensão e o manuseio do PSIP por parte da CAT, a decisão para substituição do PSIP cabe ao chefe do Núcleo de Análise. 4.2.7.1.2 A via original do Certificado de Aprovação do Projeto (CAPSIP) deve ser recolhido pela CAT e emitido novo documento relativo ao projeto reformulado. 4.2.7.2 Atualização do PSIP: 4.2.7.2.1 É a complementação de informações ou alterações técnicas relativas ao PSIP aprovado, por meio de documentos encaminhados à CAT, via memorial descritivo, que ficam apensos ao PSIP. 4.2.7.2.2 São aceitas as modificações ou complementações desde que não se enquadrem nos casos previstos no item 4.2.7.1.1. 4.2.8 Disposições gerais para apresentação de PSIP 4.2.8.1 Cada medida de segurança contra incêndio deve ser dimensionada conforme o critério existente em norma técnica específica. 4.2.8.2 A medida de segurança contra incêndio não exigida ou dimensionada acima dos parâmetros normatizados deve ser orientada por escrito, pelo analista, ao proprietário ou

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responsável pelo uso, quanto a não obrigatoriedade daquela medida ou parte dela. 4.2.8.3 Devem ser adotados todos os modelos de documentos exemplificados nas normas técnicas para apresentação no PSIP, porém, é permitida a fotocópia e a reprodução por meios eletrônicos, dispensando símbolos e brasões neles contidos. 4.2.8.4 Todas as páginas dos documentos devem ser numeradas em ordem crescente, além de apresentarem a indicação da quantidade de páginas do documento ao lado da numeração. 4.2.8.5 Todas as páginas dos documentos onde não haja campo para assinatura devem ser rubricadas pelo responsável técnico e proprietário ou responsável pelo uso. 4.2.8.6 Quando for emitido laudo de irregularidades constatadas na análise do PSIP pela CAT, o interessado deve encaminhar resposta circunstanciada, item por item, por meio de carta resposta, esclarecendo as providências adotadas para que o PSIP possa ser re-analisado pelo Núcleo de Análises até a sua aprovação final. 4.2.8.7 O recolhimento do emolumento referente ao serviço de análise de projeto dá direito a realização de quantas re-análises forem necessárias dentro do período de um ano a contar da data de emissão do primeiro laudo de irregularidades. 4.2.8.8 A instalação das medidas de segurança contra incêndio e pânico somente deve ocorrer quando da emissão do Certificado de Aprovação do Projeto (CAPSIP). 4.2.8.9 Nos casos de extravio do protocolo de análise, o responsável técnico, proprietário ou responsável pelo uso deve encaminhar uma solicitação por escrito à CAT, esclarecendo o fato ocorrido, para consulta do processo. 4.2.9 Emissão do Certificado de Aprovação do Projeto do CBMCE 4.2.9.1 Após a realização da análise e aprovação do PSIP pelo analista, deve ser emitido pela CAT o respectivo Certificado de Aprovação do Projeto (CAPSIP). 4.2.9.2 A retirada do CAPSIP na Seção de Atendimento ao Público da CAT só é permitida com a apresentação do respectivo protocolo de análise.

4.2.9.3 Nos casos de extravio do protocolo de análise, o responsável técnico, proprietário ou responsável pelo uso deve encaminhar uma solicitação por escrito à CAT, esclarecendo o fato ocorrido, para consulta do processo. 4.2.9.4 O CAPSIP terá validade permanente, desde que não sofra nenhuma alteração que se enquadre no item 4.2.7.1.1. 4.2.9.5 Nos casos de extravio da primeira via do CAPSIP, deve o proprietário ou responsável pelo uso encaminhar uma solicitação por escrito à CAT, esclarecendo o fato ocorrido, onde o Núcleo de Análise deve emitir a fotocópia com autenticação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 4.2.9.6 A via original do CAPSIP deve ser devolvida ao Núcleo de Análise quando houver a necessidade de re-emissão do documento por mudança de dados apresentados erroneamente pelo interessado. 4.3 Procedimentos de vistoria 4.3.1 Solicitação de vistoria 4.3.1.1 A vistoria da CAT na edificação e áreas de risco é realizada mediante solicitação do proprietário, responsável pelo uso ou responsável técnico com a apresentação dos documentos constantes do item 4.3.5. 4.3.1.2 Qualquer pessoa munida dos documentos pré-estabelecidos pode protocolar a solicitação de vistoria da edificação e áreas de risco. 4.3.1.3 O interessado protocola o pedido de vistoria na Seção de Atendimento ao Público da CAT indicando o número do último PSIP aprovado. 4.3.1.4 Caso o interessado não saiba informar o número do PSIP, a CAT deve realizar a pesquisa pelo endereço. 4.3.1.5 É facultativa a assinatura da ART pelo contratante (proprietário ou responsável pelo uso) e obrigatória pelo responsável técnico. 4.3.1.6 Podem ser apresentadas cópias dos documentos especificados nos itens 4.3.5. 4.3.1.7 Deve ser recolhido o emolumento junto à instituição bancária autorizada de acordo com a área total construída do local a ser vistoriado.

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4.3.1.8 O pagamento do emolumento realizado através de compensação bancária que apresentar irregularidades de quitação deve ter seu processo de vistoria interrompido. 4.3.1.9 O processo de vistoria deve ser reiniciado quando a irregularidade for sanada. 4.3.1.10 Não é permitida vistoria para áreas parcialmente construídas. 4.3.1.11 Quando um PSIP englobar várias edificações que atendam aos critérios de risco isolado e que possuam medidas de segurança contra incêndio instaladas e independentes, e que não haja vínculo funcional ou produtivo, deve ser permitida a vistoria para áreas parciais desde que haja condição, de acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros e às respectivas guarnições, tais como condomínio de edifícios residenciais, condomínio de edifícios comerciais, condomínio de edifícios de escritórios, condomínio de edifícios industriais e condomínios de depósitos. 4.3.1.12 Após o recolhimento do respectivo emolumento, a CAT deve fornecer um protocolo de acompanhamento da vistoria que contenha um número seqüencial de entrada. 4.3.1.13 Deve ser observada pelo Núcleo de Vistorias a ordem cronológica do número seqüencial de entrada para a realização da vistoria. 4.3.1.14 Devido à peculiaridade do tipo de instalação ou ocupação, o Núcleo de Vistorias deve declinar do princípio da cronologia e realizar a vistoria para instalações e ocupações temporárias no menor prazo possível. 4.3.1.15 Para solicitação de vistorias, referentes ao PSIP para instalações e ocupações temporárias, o interessado deve solicitar a vistoria com antecedência mínima de dez dias antes da realização do evento. 4.3.2 Durante a vistoria 4.3.2.1 O responsável pela edificação e áreas de risco a ser vistoriada deve prover-se de pessoa habilitada com conhecimento do funcionamento das medidas de segurança contra incêndio para que possa manuseá-los quando da realização da vistoria.

4.3.2.2 Se durante a realização de vistoria for constatada uma ou mais das alterações constantes do item 4.2.7.1.1, tal fato deve implicar a apresentação de novo PSIP. 4.3.2.3 Se durante a realização de vistoria for constatada uma ou mais das alterações constantes do item 4.2.7.2, tal fato deve implicar a atualização do PSIP. 4.3.2.4 Nos casos de PSIP regido por legislação anterior, quando constatado em vistoria a existência de medidas de segurança contra incêndio instaladas na edificação e áreas de risco que não estejam previstas no PSIP original e que sejam possíveis de instalar no local, que atendam às exigências de segurança contra incêndio vigentes, deve ser emitido o Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico mediante a apresentação de termo de compromisso do proprietário, conforme Anexo C, para apresentação de novo PSIP atualizado de acordo com norma técnica específica. 4.3.2.5 No caso do item anterior, quando constatado em vistoria que as medidas de segurança contra incêndio instaladas conforme o PSIP não atendem as exigências de segurança contra incêndio vigentes à época, deve ser emitido o relatório de vistoria ao interessado comunicando as irregularidades. Neste caso não será emitido o Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico até o atendimento dos itens pendentes. 4.3.2.6 O PSIP aprovado anteriormente e que foi substituído por iniciativa do interessado somente para regularizar em planta as medidas de segurança contra incêndio que não constavam do projeto anterior, deve ser substituído. 4.3.2.7 No caso do item anterior, deve ser emitido novo Certificado de Aprovação do Projeto (CAPSIP). 4.3.2.8 Quando constatado em vistoria alguma irregularidade passível de substituição, o vistoriante deve encaminhar o PSIP ao Núcleo de Análise e notificar o responsável para que apresente novo PSIP na CAT. 4.3.2.9 A irregularidade ou a aprovação da vistoria deve ser anotada no relatório de vistoria, que deve ser deixado pelo vistoriante na edificação e áreas de risco com o acompanhante. 4.3.2.10 Quando ocorrer a necessidade do primeiro retorno da vistoria na edificação e áreas

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de risco devido às irregularidades constatadas em vistoria anterior, o interessado deve apresentar o último relatório de vistoria (original ou cópia) emitido pelo vistoriante. 4.3.2.11 Caso a solicitação do retorno de vistoria seja realizada diretamente na CAT, com a apresentação do relatório de irregularidades da vistoria (original ou cópia) ou o protocolo de vistoria, estes devem ser carimbados pelo Núcleo de Vistorias, comprovando a solicitação de nova vistoria. 4.3.2.12 O responsável apresentará suas argumentações por meio do formulário próprio, devidamente fundamentadas nas referências normativas, quando houver discordância do relatório emitido pelo vistoriante ou havendo necessidade de regularização de alguma pendência. 4.3.2.13 As medidas de segurança contra incêndio e pânico instaladas na edificação e áreas de risco e não previstas no PSIP não serão aceitas como medidas adicionais de segurança. 4.3.2.14 Em local de reunião de público, o responsável pelo uso e/ou proprietário deve manter, na entrada da edificação e áreas de risco, uma placa indicativa contendo a lotação máxima permitida. 4.3.3 Emissão do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico do CBMCE 4.3.3.1 Após a realização da vistoria na edificação e áreas de risco e aprovação pelo vistoriante, deve ser emitido pela CAT o respectivo Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico (CESIP). 4.3.3.2 A retirada do CESIP na Seção de Atendimento ao Público da CAT só é permitida com a apresentação do respectivo protocolo de vistoria. 4.3.3.3 Nos casos de extravio do protocolo de vistoria, o responsável técnico, proprietário ou responsável pelo uso deve encaminhar uma solicitação por escrito à CAT, esclarecendo o fato ocorrido, para consulta do processo. 4.3.3.4 Nos casos de extravio da primeira via do CESIP, desde que o prazo de validade não tenha expirado, deve o proprietário ou responsável pelo uso encaminhar uma solicitação por escrito à CAT, esclarecendo o fato ocorrido, onde o Núcleo

de Vistorias deve emitir a fotocópia com autenticação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 4.3.3.5 A via original do CESIP deve ser devolvida ao Núcleo de Vistorias quando houver a necessidade de nova emissão do documento por mudança de dados apresentados erroneamente pelo interessado. 4.3.3.6 O CESIP somente pode ser emitido para edificação e áreas de risco que tenha todas as medidas de segurança contra incêndio instaladas e em funcionamento, de acordo com o PSIP aprovado. 4.3.3.7 Após a emissão do CESIP para a edificação e áreas de risco, o responsável pelo uso e/ou proprietário deve manter o original ou cópia na entrada da edificação e áreas de risco em local visível ao público. 4.3.4 Cassação do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico do CBMCE 4.3.4.1 Quando constatado pela CAT que ocorreram alterações prejudiciais nas medidas de segurança contra incêndio da edificação e áreas de risco que possua CESIP com prazo de validade em vigência, deve ser instaurado o procedimento administrativo pelo Coordenador da CAT, verificando a necessidade ou não da cassação do CESIP. 4.3.4.2 Para a avaliação da irregularidade constatada na instalação ou funcionamento da medida de segurança contra incêndio deve ser levado em consideração a possibilidade da reparação imediata e ininterrupta pelo proprietário ou responsável pelo uso, respeitando a complexidade da medida de segurança. 4.3.4.3 Verificado que o proprietário e/ou responsável pelo uso da edificação e áreas de risco não tomou as providências necessárias para a reparação da irregularidade, a CAT deve emitir ofício ao interessado informando a cassação do CESIP. 4.3.4.4 O proprietário ou responsável pelo uso poderá recorrer do ato de cassação por meio de recurso junto à CAT. 4.3.4.5 Constatadas as alterações nas medidas de segurança contra incêndio e pânico, previstas no PSIP aprovado de acordo com a legislação pertinente, que venham a diminuir as condições de segurança da edificação e áreas de risco e

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que não foram sanadas no prazo estipulado pela CAT, deve ser providenciada a cassação do CESIP, publicando o ato no Diário Oficial do Estado. 4.3.4.6 A Prefeitura e o Ministério Público devem ser informados, por ofício, sobre o ato de cassação do CESIP, após a conclusão do procedimento. 4.3.5 Documentos necessários para a solicitação de vistoria de acordo com o risco e/ou medida de segurança existente na edificação e áreas de risco 4.3.5.1 Anotação de Responsabilidade Técnica: a) de instalação e/ou de manutenção das medidas de segurança contra incêndio (hidrantes, iluminação de emergência, alarme de incêndio, extintores, saídas de emergência, sinalização de emergência e compartimentação horizontal e vertical); b) de instalação e/ou de manutenção dos sistemas de utilização de gases inflamáveis; c) de instalação e/ou manutenção do grupo moto-gerador; d) de inspeção e/ou manutenção de vasos sob pressão; e) de instalação e/ou de manutenção dos sistemas de chuveiros automáticos; f) de instalação e/ou manutenção do sistema de detecção de incêndio; g) de instalação e/ou manutenção do sistema de controle de fumaça. 4.3.5.1.1 A Anotação de Responsabilidade Técnica deve ser emitida para os serviços específicos de instalação e/ou manutenção das medidas de segurança contra incêndio previstas na edificação e áreas de risco. 4.3.5.1.2 A Anotação de Responsabilidade Técnica de instalação é exigida quando da solicitação da primeira vistoria da edificação e áreas de risco. 4.3.5.1.3 A Anotação de Responsabilidade Técnica de manutenção é exigida quando da renovação do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros. 4.3.5.1.4 Pode ser emitida uma única ART, quando houver apenas um responsável técnico pelas medidas de segurança contra incêndio instaladas.

4.3.5.1.5 Podem ser emitidas várias ART desmembradas com as respectivas responsabilidades por medidas específicas, quando houver mais de um responsável técnico pelas medidas de segurança contra incêndio instaladas. 4.3.5.2 Atestado de brigada contra incêndio 4.3.5.2.1 Documento que atesta que os ocupantes da edificação receberam treinamentos teóricos e práticos de prevenção e combate a incêndio. 4.3.5.3 Plano de intervenção de incêndio (quando da renovação do CESIP) 4.3.5.3.1 Plano estabelecido em função dos riscos da edificação e áreas de risco para definir a melhor utilização dos recursos materiais e humanos em uma situação de emergência. 4.3.5.4 Termo de responsabilidade das saídas de emergência 4.3.5.4.1 Documento que atesta que as portas de saídas de emergência da edificação estão instaladas com sentido de abertura no fluxo da rota de fuga e permanecem abertas durante a realização do evento. 4.3.5.5. Atestado de abrangência do grupo moto-gerador 4.3.5.5.1 Documento que contém informações sobre a abrangência, autonomia e automatização. 4.3.5.6 Certificado de Aprovação do Projeto 4.3.5.6.1 Documento em via original ou autenticada. 4.3.5.7 Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 4.3.5.7.1 Documento em via original ou autenticada que contém informações da razão social, inscrição estadual ou municipal, dentre outras. 4.3.5.8 Comprovante de Recolhimento do Emolumento 4.3.5.8.1 Documento em via original ou via autenticada. 4.3.5.9 Notas Fiscais

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4.3.5.9.1 Conjunto de notas fiscais de compra de todos os equipamentos instalados, conforme projeto aprovado pelo Núcleo de Análise, constando o endereço da edificação. 4.3.6 Modelos 4.3.6.1 Atestado de brigada contra incêndio (anexo D). 4.3.6.2 Termo de responsabilidade das saídas de emergência (Anexo E). 4.3.6.3 Atestado de abrangência do grupo moto-gerador (Anexo F). 4.3.7 Prazo de validade do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico 4.3.7.1 O CESIP terá prazo de validade de 1 (um) ano. 4.3.7.2 Para PSIP de instalação e ocupação temporária, o prazo de validade do CESIP deve ser para o período da realização do evento e só deve ser válido para o endereço onde foi efetuada a vistoria. 4.3.7.3 Quando houver a necessidade de cancelar o CESIP emitido para retificação de dados, o prazo de validade do novo CESIP deve se restringir ao mesmo período de validade emitido no CESIP cancelado, mediante devolução da via original do documento. 4.3.8 Disposições gerais da vistoria 4.3.8.1 Para renovação do CESIP, o responsável deve solicitar nova vistoria a Coordenadoria de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 4.3.8.2 As alterações de dados referentes ao PSIP, que não impliquem a substituição, devem ser encaminhadas por meio de formulário próprio juntamente com cópias de documentos autenticadas que comprovem o teor da solicitação. 4.3.8.3 O interessado deve comparecer na Seção de Atendimento ao Público da CAT com o comprovante de recolhimento do emolumento referente ao serviço de vistoria. 4.3.8.4 O pagamento do emolumento de vistoria dá direito a realização de uma vistoria e de um retorno de vistoria, caso sejam constatadas irregularidades pelo vistoriante.

4.3.8.5 O prazo máximo para realização de vistoria pelo Núcleo de Vistorias é de trinta dias corridos. 4.3.8.6 O prazo máximo para solicitação de retorno de vistoria é de seis meses a contar da data de emissão do relatório de vistoria apontando as irregularidades. Após este prazo é exigido o recolhimento de novo emolumento. 4.3.8.7 As vistorias motivadas pela CAT são isentas de emolumentos. 4.3.8.8 Ficam dispensados do pagamento de emolumento: a) órgão da administração pública direta (municipal, estadual e federal); b) entidade filantrópica declarada oficialmente como de utilidade pública (asilo, creche, entre outros); c) outros que as legislações determinarem. 4.3.8.9 As entidades citadas no item 4.3.8.8 ficam dispensadas de pagamento de emolumento, devendo encaminhar o pedido por escrito à CAT solicitando tal dispensa. 4.3.8.10 Na vistoria, compete ao CBMCE a verificação das medidas de segurança contra incêndio previamente aprovadas, bem como seu funcionamento, não se responsabilizando pela instalação, manutenção ou utilização indevida. 4.3.8.11 O proprietário e/ou responsável pelo uso da edificação e áreas de risco é responsável pela manutenção e funcionamento das medidas de segurança contra incêndio sob pena de cassação do CESIP, sem prejuízo de outras sanções. 4.3.9 Solicitação de vistoria por autoridade pública 4.3.9.1 A solicitação de vistoria pode ser encaminhada ao CBMCE por autoridade da administração pública, via ofício, desde que tenha competência legal para tal. 4.3.9.2 A solicitação de vistoria deve ser feita via ofício com timbre do órgão público, contendo endereço da edificação e áreas de risco, endereço e telefone do órgão solicitante, motivação do pedido e identificação do funcionário público signatário. 4.3.9.3 A contar da data de entrada do ofício na CAT, o CBMCE deve responder nos prazos legais das requisições e as demais solicitações em trinta dias.

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4.4 Recursos 4.4.1 O proprietário, responsável técnico ou responsável pelo uso da edificação e áreas de risco poderá interpor recurso das decisões da CAT no prazo de trinta dias contados da data de conhecimento da decisão. 4.4.2 O recurso será dirigido ao Coordenador Atividades Técnicas. 4.4.3 Recebido o recurso, o Coordenador decidirá no prazo de trinta dias, contados da data de protocolo do recurso. 4.4.4 A decisão será publicada no Boletim do Comando Geral do CMBCE. 4.4.5 Caberá recurso, em última instância administrativa, a Câmara Técnica, no prazo de trinta dias, contados da data de publicação da decisão a que alude o item anterior. 4.4.6 A Câmara Técnica decidirá no prazo de dez dias, contados da data de protocolo. 4.4.7 A decisão será publicada no Boletim do Comando Geral do CBMCE. 4.4.8 Formulário próprio para atendimento 4.4.8.1 O Formulário próprio para atendimento deve ser utilizado nos seguintes casos: a) para solicitação de substituição e retificação do CESIP; b) para solicitação de retificação de dados do PSIP; c) para esclarecimento de dúvida quanto a procedimentos administrativos e técnicos; d) para solicitação de revisão de ato praticado pela CAT (relatórios de vistorias); e) para atualização de PSIP; f ) outras situações a critério da CAT. 4.4.8.2 O interessado quando do preenchimento do formulário deve propor questão específica sobre a aplicação da legislação, ficando vedado as perguntas genéricas que deixem a cargo da CAT quanto à busca da solução específica. 4.4.8.3 Durante a fase de análise do PSIP, quando da necessidade de responder ao Núcleo de Análise sobre qualquer irregularidade ou dúvida, a comunicação deve ser feita por carta resposta, anexada no interior do PSIP.

4.4.8.4 A solicitação do interessado pode ser feita conforme Anexo G ou modelo semelhante confeccionado com recursos da informática, datilografado ou manuscrito com letra de forma legível, em três vias, e pode ser acompanhado de documentos que elucidem a dúvida ou comprovem os argumentos apresentados. 4.4.8.5 Podem fazer uso do presente instrumento o proprietário, seu procurador ou o responsável técnico. 4.4.8.6 A contar da data do protocolo, a CAT deve responder no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, respeitando a ordem cronológica de entrada do pedido. 4.4.8.7 Em caso do formulário ser encaminhado para instância superior, o prazo para resposta fica prorrogado para trinta dias. 4.5 Cumprimento das medidas de segurança contra incêndio e pânico 4.5.1 Para fins de aplicação desta Norma Técnica, na mensuração da altura da edificação não serão considerados: a) os subsolos destinados exclusivamente a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias ou respectivas dependências sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana; b) pavimentos superiores destinados, exclusivamente, a áticos, casas de máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados; c) mezaninos cuja área não ultrapasse a 1/3 (um terço) da área do pavimento onde se situa; d) o pavimento superior da unidade “duplex” do último piso da edificação. 4.5.2 Para implementação das medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco que tiverem saída para mais de uma via pública, em níveis diferentes, prevalecerá a maior altura. 4.5.2.1 Para o dimensionamento das saídas de emergência, as alturas poderão ser tomadas de forma independente, em função de cada uma das saídas. 4.5.3 Em caso de uma única saída de emergência ao nível do logradouro, o cálculo de acessos (escadas) procederá de forma a considerar duas alturas distintas, uma acima e outra abaixo do nível de descarga, tendo por base sempre o piso do último pavimento habitável. 4.5.4 Para fins de aplicação desta Norma Técnica, no cálculo da área a ser protegida com

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as medidas de segurança contra incêndio, não serão computados: a) telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de utensílios, caixas d’água, tanques e outras instalações desde que não tenham área superior a 4 m2; b) platibandas; c) beirais de telhado até um metro de projeção; d) reservatórios de água; e) piscinas e assemelhados. 4.5.5 Para efeitos desta Norma Técnica, as edificações e áreas de risco serão classificadas da seguinte maneira: a) quanto à ocupação: de acordo com a Tabela 1 em anexo; b) quanto à altura: de acordo com a Tabela 2 em anexo; c) quanto à carga de incêndio: de acordo com a Tabela 3 em anexo. d) quanto aos requisitos mínimos de segurança: de acordo com as Tabela 4 e 5 em anexo. 4.5.5.1 Na implementação das medidas de segurança contra incêndio, as edificações e áreas de risco devem atender aos critérios contidos no item 4.5.5. 4.5.5.2 Consideram-se obrigatórias as exigências assinaladas com “X” nas tabelas anexas, devendo, ainda, serem observadas as ressalvas, em notas transcritas logo abaixo das tabelas. 4.5.5.3 Todas as medidas de segurança contra incêndio devem obedecer aos parâmetros estabelecidos nesta Norma Técnica, respeitando as exigências da Lei em vigor. 4.5.6 Além das exigências da presente Norma Técnica, as edificações e áreas de risco deverão atender a exigências da Norma Técnica específica, quando esta existir, para o sistema em questão. 4.5.6.1 Enquanto não for elaborada norma técnica específica, orientarão a elaboração do PSIP as NBR´s que tratarem das medidas de segurança contra incêndio e pânico requeridas para a edificação e áreas de risco. 4.5.7 O sistema de controle de fumaça será exigido: a) para edificações com altura superior a 60 (sessenta) metros, exceto para ocupações destinadas a residências, hotéis residenciais e “apart-hotéis”; b) para subsolos das edificações que possuírem ocupações distintas de estacionamento de veículos.

4.5.8 O Elevador de Emergência será exigido em todas as edificações com altura superior a 60 (sessenta) metros, exceto quando se tratar: a) das ocupações do Grupo A (residenciais), onde a exigência ocorrerá quando a altura for superior a 80 (oitenta) metros; b) das ocupações do Grupo H, divisão H-3 (hospitais e assemelhados), onde a exigência ocorrerá quando a altura for superior ou igual a 24 (vinte e quatro) metros. 4.5.9 A laje de Segurança será cobrada em todas as edificações com altura superior ou igual a 30 (trinta) metros, exceto quando se tratar: a) das edificações do Grupo A, subdivisão A-2, onde a exigência ocorrerá quando a altura for superior ou igual a 42 (quarenta e dois) metros. 4.5.10 O Hidrante urbano é dispositivo de uso exclusivo do Corpo de Bombeiros para abastecimento de viaturas em operações de extinção de incêndio, sendo, portanto, exigido nos seguintes casos: a) Edificações que possuam mais de trinta unidades de casas, apartamentos, leitos, celas, salas comerciais, salas de aulas e similares, dependendo da destinação da mesma, incluindo-se as vilas e condomínios residenciais, comerciais; b) Edificações industriais; c) Edificações acima de 3.000m2 de área construída, para municípios que possuam até 100.000 habitantes; d) Edificações acima de 4.500m2 de área construída, para municípios que possuam até 200.000 habitantes; e) Edificações acima de 6.000m2 de área construída, para municípios que possuam acima de 200.000 habitantes. 4.5.10.1 Poderá ser dispensada a instalação do hidrante urbano caso já exista uma outra unidade, pertencente a outra edificação, numa distância máxima de 600m da entrada principal da edificação que se deseja dispensá-lo. 4.5.10.2 Para efetivação do considerado no item anterior, na ocasião da obtenção do Certificado de Aprovação do Projeto (CAPSIP) deverá ser apresentado documentado comprobatório da existência (planta de locação e situação) e funcionamento do hidrante urbano, emitido pela companhia de água e esgoto, o quê deverá ser confirmado “in loco” para obtenção do Certificado de Conformidade.

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4.5.10.3 Todo o procedimento considerado nos itens anteriores é de inteira responsabilidade do interessado no processo, inclusive, a garantia de existência e funcionamento do hidrante urbano. 4.5.11 O Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas será exigido em todas as edificações com altura superior a 12m ou área superior a 750m2. 4.5.11.1 O aludido sistema poderá ser dispensado desde que haja comprovação por meio dos cálculos estabelecidos na NBR 5419. 4.5.11.2 Todos os depósitos de explosivos, independente da altura ou área, deverão ser protegidos por este sistema. 4.5.12 As edificações com as características abaixo descritas, serão analisadas particularmente por Comissão Técnica : a) comércio de explosivos (Grupo L) com área superior a 100m2 (cem metros quadrados); b) indústrias e depósitos de explosivos (Grupo L); c) ocupação do(s) subsolo(s) para outra finalidade que não seja a de estacionamento de veículos. 4.6 Disposições Finais 4.6.1 Fica instituída a Comissão Especial de Avaliação (CEA), a qual será presidida pelo Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará e composta por 2 (dois) representantes da própria Corporação, 2 (dois) representantes das administrações municipais, 2 (dois) representantes de entidades públicas ou privadas, ligadas às questões de segurança e incêndio, 2 (dois) representantes de universidades e outros representantes afins. 4.6.1.1 Caberá ao Comandante Geral do CBMCE a nomeação dos demais integrantes que compõem a CEA, a qual deverá reunir-se semestralmente em local apropriado, nas instalações do Comando Geral, podendo ser convocada extraordinariamente. 4.6.1.2 Competirá à Comissão a que alude o item anterior: a) avaliar as normas técnicas e os eventuais problemas ocorridos em sua aplicação; b) apresentar propostas de alteração das normas técnicas. 4.6.1.3 As propostas de alteração das normas técnicas deverão ser apreciadas pela Câmara Técnica e serão homologadas pelo Comandante do Geral do CBMCE, desde que sejam

consideradas convenientes e oportunas pela comissão e que atendam os objetivos da segurança contra incêndio e pânico no Estado do Ceará. 4.6.2 O exercício da função de bombeiro militar fiscal se divide em duas atividades operacionais complementares: a) a análise de projetos, exercida pelo analista de projetos; b) a vistoria técnica, exercida pelo vistoriante. 4.6.2.1 Á Coordenadoria de Atividades Técnicas incumbe o credenciamento de seus integrantes para o exercício da função de bombeiro militar fiscal por meio de cursos de habilitação e treinamentos. 4.6.2.2 O Coordenador da CAT indicará os oficiais e praças aptos ao exercício da função de bombeiro militar fiscal. 4.6.2.3 A nomeação de oficiais e praças para o exercício da função de bombeiro militar fiscal ocorrerá por ato do Comandante Geral. 4.6.3 As medidas de segurança contra incêndio e pânico devem ser projetadas e executadas por profissionais ou empresas credenciados junto à Coordenadoria de Atividades Técnicas. 4.6.4 Para a edificação ser considerada como existente é indispensável a apresentação de documentação comprobatória. 4.6.4.1 A apresentação do CAPSIP e do CESIP da edificação e áreas de risco é de responsabilidade do proprietário ou responsável pelo uso. 4.6.4.2 Nas edificações e áreas de risco já construídas é de inteira responsabilidade do proprietário ou do responsável pelo uso, a qualquer título: a) utilizar a edificação de acordo com o uso para o qual foi projetada; b) tomar as providências legais cabíveis para a adequação da edificação e áreas de risco às exigências desta norma, quando necessário. 4.6.5 Câmara Técnica 4.6.5.1 Os membros da Câmara Técnica serão nomeados por ato do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, sendo um total de 07(sete), devendo serem oficiais da ativa ou reserva, preferencialmente detentores de formação superior na área de engenharia.

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4.6.5.2 A Câmara Técnica é o instrumento administrativo em grau de recurso que funciona como instância superior de decisão de assunto relacionado ao serviço de segurança contra incêndio e pânico. 4.6.5.3 A Câmara Técnica é utilizável nas fases de análise, vistoria ou quando há necessidade de estudo de casos especiais como forma de garantir ao interessado a manutenção de exigências de futuro PSIP, a exemplo de: a) solicitação de isenção de medidas de segurança contra incêndio; b) utilização de normas internacionais; c) utilização de novos sistemas construtivos ou de novos conceitos de medidas de segurança contra incêndio;

d) casos em que o CAT não possua os instrumentos adequados para a avaliação em análise e/ou vistoria. 4.6.6 Além dos requisitos constantes desta Norma, quando se tratar de edificações ou de outra atividade diferenciada, o Corpo de Bombeiros militar do Estado do Ceará, poderá determinar outras medidas que, a seu critério, julgar convenientes à segurança contra incêndios, devendo a mesma ser analisada por Comissão Técnica, prevista neste regulamento.

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ANEXO A CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

 

CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO

Projeto de Segurança Contra Incêndio n.o _____/_____ Data de entrada na CAT: ____/____/____ Atendente: Rua: n.o Compl.: Bairro: Município: Proprietário ou responsável pelo uso: Fone: e-mail: Responsável técnico: CREA: Fone: e-mail:

Áreas Existente: m2 Construir: m2 Total: m2 Ocupação: Risco: _______ (_____ MJ/m2)  

TR

AM

ITA

ÇÃ

O D

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EM

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Nome: RG:

Assinatura: Fone:

EM

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Nome: RG:

Assinatura: Fone:

EM

____/____/____

Nome: RG:

Assinatura: Fone:

AP

RO

-V

AD

O

EM

____/____/____

Nome: RG:

Assinatura: Fone:

 

Aprovado em ____/____/____

________________________

Oficial Analista

________________________Chefe do Núcleo de Análise

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ANEXO B MEMORIAL DESCRITIVO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO DE CÁLCULO DO PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DA EDIFICAÇÂO E ÁREAS DE RISCO: Número da art do projeto: Classificação da edificação: Proprietário: Projetista: Classificação da atividade: Risco: Endereço: Área total construída*: Área total do terreno: Número de Pavimentos: Altura considerada: Altura total da edificação: Número de unidades por andar: Número de unidades comerciais: Número total de unidades: Descrição dos pavimentos: * Caso utilize separação de edificações, apresentar cálculos abaixo e descrever áreas individualizadas. DO ENQUADRAMENTO (indicar as medidas de segurança requeridas pela edificação e áreas de risco) DO ACESSO DE VIATURAS Largura da via interna: Altura da entrada principal: Especificar detalhes consideráveis e localização do acesso de viaturas. DA SEPARAÇÃO DE EDIFICAÇÕES Especificar detalhes consideráveis sobre separação, cálculos segundo norma técnica específica e apontar áreas de risco consideradas separadas. DA SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA Especificar detalhes consideráveis e localização da sinalização de emergência. DA ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

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Tipo de lâmpada: Potência (watt): Tensão de alimentação: Autonomia: Nível de iluminamento: Especificar detalhes consideráveis da iluminação de emergência. DOS SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME Localização da central: Especificar detalhes consideráveis dos sistemas de detecção e alarme. DOS APARELHOS EXTINTORES: Risco da edificação: A, B ou C Altura de instalação do extintor (metros):

DISTRIBUIÇÃO DOS APARELHOS EXTINTORES TIPO E CAPACIDADE EXTINTORA

LOCALIZAÇÃO CO2 PQS Pó ABC PAVIMENTOS * * *

RISCO ISOLADO * * * TOTAL * * *

* peso e capacidade extintora Especificar detalhes consideráveis sobre os aparelhos extintores e sinalização. DA SAÍDA DE EMERGÊNCIA Quanto a ocupação: Quanto à altura: Quanto as características construtivas: Área do maior pavimento (pavimento): Número de saídas: Tipo de escada: Especificar cálculo do dimensionamento das saídas de emergência; para locais de reunião de público especificar cálculo de público. Porta corta fogo: Dimensões: Janela da escada (caixilho fixo de vidro aramado): Janela de exaustão da antecâmara: Área dos dutos de ventilação: TRF dos elementos estruturais do duto: Altura do corrimão: especificar que deve ser de ambos os lados TRF dos elementos estruturais: Número de escadas: DO SISTEMA DE PROTEÇÃO POR HIDRANTES Tipo de material: Diâmetro da tubulação: especificar maior e menor trecho Localização do hidrante de recalque:

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Localização do hidrante urbano: DA CANALIZAÇÃO PREVENTIVA Tipo de material: Diâmetro da tubulação: especificar maior e menor trecho Localização do hidrante de recalque: Número total de caixas: Volumes da RTI (litros): especificar volume de HID + SPK Cálculo do consumo predial: Volume total da caixa: Dimensões da caixa: Altura do nível da RTI (metros): considerar volume de HID + SPK

DISTRIBUIÇÃO DAS CAIXAS DE INCÊNDIO: Especificar todos os pavimentos CAIXA DE INCÊNDIO/BLOCO MANGUEIRA 1½“

PAVIMENTOS TIPO QUANTIDADE QUANT POR CX COMPRIMENTO

TOTAL TIPO(1) - 70 X 45 X 17 cm TIPO(2) - 90 X 60 X 17 cm DO CÁLCULO DA BOMBA PARA HIDRANTES: Pressão mínima exigida: Pressão no requinte: Pressão máxima na canalização: Localização do hidrante de recalque: a) Cálculo da perda de carga

Sucção Expulsão Requinte Mangueira Perda de carga total

b) Cálculo da altura manométrica total c) Cálculo da bomba Especificação da bomba: Vazão (m3/h): Altura manométrica (m): DO HIDRANTE DE RECALQUE: Identificá-lo pelos lados interno e externo na cor vermelha e as letras “HID” no seu interior na cor branca. Obs.: Localizar o HR na entrada principal da edificação. DOS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (de acordo com as NBR 10.897):

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Tipo de material: Diâmetro da tubulação: especificar maior e menor trecho Localização do hidrante de recalque: Volumes da RTI (litros): especificar conforme norma Coloração da ampola Temperatura de acionamento Tipo: Letra de código = “h“ Tubulação: diâmetro variável em ferro galvanizado Afastamento vertical do spk ao teto: em laje lisa; em laje c/viga Afastamento vertical do spk ao forro:

DISTRIBUIÇÃO DOS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

LOCALIZAÇÃO QUANTIDADE

DIMENSIONAMENTO DOS SUB-RAMAIS E RAMAIS PARA RISCOS LEVE E ORDINÁRIO

NÚMERO DE SPRINKLERS DIÂMETRO DO TUBO 1 1” ou 3/4” 2 1” 3 1 ¼ “ 4 1 ¼ “ 5 1 ½ “ 10 2” 30 2 ½ “ 60 3”

até 100 4” DO CÁLCULO DA BOMBA PARA SPRINKLERS: Pressão mínima exigida: Pressão no bico: Pressão máxima na canalização: Localização do hidrante de recalque: a) Cálculo da perda de carga

Sucção Expulsão Perda de carga total

b) Cálculo da altura manométrica total c) Cálculo da bomba Especificação da bomba: Vazão (m3/h): Altura manométrica (m): DO HIDRANTE DE RECALQUE: Identificá-lo pelos lados interno e externo na cor amarela e as letras “SPK” no seu interior na cor preta.

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Obs.: Localizar o HR na entrada principal da edificação. DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Classificação: Nível de proteção: Classificação da estrutura: Tipo de estrutura: Área de exposição equivalente Cálculo da necessidade de SPDA: Segundo NBR 5419, quando desnecessário, comprovar com cálculo. DIMENSIONAMENTO DO SPDA: Tipo de captação: Largura da malha (gaiola): Raio de proteção (franklin): Altura do captor*: * Apresentar os cálculos de todas as hastes isoladas Espaçamento médio: Perímetro da coberta: Número de descidas: Material utilizado: Altura da proteção mecânica de PVC rígido: Tipo de aterramento: Material utilizado: Resistência do aterramento: DA CENTRAL DE GÁS: Tipo: Capacidade: Tubulação: TRF dos elementos estruturais: Distância a outra instalação: Especificar detalhes consideráveis da central de GLP e caso não faça utilização de GLP, inserir nota atestando o fato.

_______________________________________ Nome do projetista

Graduação CREA CE

ETIQUETA - ART

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ANEXO C TERMO DE COMPROMISSO DO PROPRIETÁRIO

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

TERMO DE COMPROMISSO DO PROPRIETÁRIO

Visando à concessão do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção

Contra Incêndio e Pânico (CESIP) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, a

edificação situada na __________________________________________________________,

n.o _________, bairro ______________________________________________ - município de

______________________________________/CE, que possui Projeto de Segurança Contra

Incêndio e Pânico (PSIP) aprovado nesse Corpo de Bombeiros Militar sob o n.o ____________,

ora desatualizado devido à não previsão em planta das medidas de segurança contra incêndio

e pânico exigidas na Tabela 4 da Norma Técnica n.o 001/2008.

Comprometo-me a substituir o atual PSIP acima descrito, nos moldes previstos

na Norma Técnica n.o 001/2008, prevendo as medidas de segurança contra incêndio e pânico

exigidas na mencionada Tabela 4 da norma em alusão.

_____________________________, ______ de ____________________ de _____

_______________________________

Nome

RG/CPF

Endereço

Proprietário/responsável pelo uso da edificação

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ANEXO D ATESTADO DE BRIGADA DE INCÊNDIO

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

ATESTADO DE BRIGADA DE INCÊNDIO

Atesto, para os devidos fins, que as pessoas abaixo relacionadas participaram

com bom aproveitamento do treinamento de “Brigada de Incêndio” ministrado na edificação

localizada ______________________________________________________, n.o _________,

bairro _____________________________________ - município de ___________________/CE

e estão aptas ao manuseio dos equipamentos de prevenção e combate a incêndio da

edificação:

NOME R.G. CPF

_____________________________, ______ de ____________________ de _____

_______________________________

Nome

RG/CPF

Registro CBMCE

Somente válido com a comprovação da capacitação técnica do signatário

(anexar cópia da credencial)

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ANEXO E TERMO DE RESPONSABILIDADE DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

TERMO DE RESPONSABILIDADE DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Visando à concessão do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção

Contra Incêndio e Pânico (CESIP) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará,

atestamos que as portas das saídas de emergência da edificação situada na

__________________________________________________________, n.o _________, bairro

________________________________ - município de ____________________________/CE,

que possui Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSIP) aprovado nesse Corpo de

Bombeiros Militar sob o n.o ____________, estão instaladas com sentido de abertura no fluxo

da rota de fuga e permanecem abertas durante a realização do evento.

Assumo toda a responsabilidade civil e criminal quanto à permanência das

portas abertas.

_____________________________, ______ de ____________________ de _____

_______________________________

Nome

RG/CPF

Endereço

Proprietário/responsável pelo uso da edificação

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ANEXO F TERMO DE ABRANGÊNCIA DO GRUPO MOTO-GERADOR

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TERMO DE ABRANGÊNCIA DO GRUPO MOTO-GERADOR

Eu, ____________________________________________________________,

registrado no Crea sob o n.o ___________, Visando à concessão do Certificado de

Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico (CESIP) do Corpo de

Bombeiros Militar do Estado do Ceará, atesto que o grupo moto-gerador existente na edificação

situada na ______________________________________________________, n.o _________,

bairro __________________________________ - município de _____________________/CE,

encontra-se instalado de acordo com as exigências da NBR 10.898, tendo as seguintes

características:

Motor (marca e modelo):

Potência:

Tensão:

Tipo de acionamento:

Combustível:

Capacidade do tanque:

Autonomia:

Abrangência:

_____________________________, ______ de ____________________ de _____

_______________________________

Nome do responsável técnico

Número da ART

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ANEXO G FORMULÁRIO PRÓPRIO PARA ATENDIMENTO

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FORMULÁRIO PRÓPRIO PARA ATENDIMENTO

Data: ____/____/____ Atendente: N.o:

Solicitante: Fone: e-mail: Proprietário Responsável pelo uso Responsável técnico Procurador Finalidade da consulta:

INFORMAÇÕES SOBRE A EDIFICAÇÃO E ÁREAS DE RISCO

Endereço:

Área (m2): Altura (m): Ocupação:

PSIP n.o: Vistoria n.o

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ANEXO H

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FORMULÁRIO DE SEGURANÇA PARA PROJETO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO SIMPLIFICADO

I. Identificação da Edificação e/ou Área de Risco       

Logradouro Público:     Nº   Complemento: 

Bairro:     Município:  UF: CE 

Proprietário:     E‐mail:  Fone: 

Responsável pelo Uso:     E‐mail:  Fone: 

Áreas(m2)  Existente:  A Construir:  Total: 

Detalhes  Altura(m):  nº de pav: ocupação do subsolo: 

Uso, divisão e descrição:     Risco(Mj/m2): 

2. Elementos Estruturais       

Estrutura portante(concreto, aço, madeira, outros):       

Estrutura de sustentação da cobertura(concreto, aço, madeira, outros):    

3. Forma da Apresentação  Protocolo (uso do Corpo de Bombeiros) 

           

Projeto Contra Incêndio e Pânico Simplificado       

           

4. Medidas de Segurança Contra Incêndio       

(   ) Controle de materiais de acabamento  (   ) Sinalização de Emergência 

(   ) Saídas de Emergência  (   ) Extintores    

(   ) Iluminação de Emergência       

5. Riscos Especiais          

(   ) Armazenamento de líquidos inflamáveis/combustíveis  (   ) Fogos de Artifício    

(   ) Gás Liquefeito de Petróleo  (   ) Vaso sob pressão(caldeira) 

(   ) Armazenamento de produtos perigosos  Outros(especificar)    

           

          

Ass: Proprietário ou Responsável pelo uso  Ass: Vistoriante do Corpo de Bombeiros 

VISTORIAS          

Protocolo nº  Data:  Atendente:    

Vistoriante:  Data:  Parecer:    

 

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TABELA 1 CLASSIFICAÇÕES E EXIGÊNCIAS EM EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO À

OCUPAÇÃO

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos

A Residencial

A-1 Habitação unifamiliar Casas térreas ou assobradadas (isoladas e não

isoladas).

A-2 Habitação multifamiliar Edifícios de apartamento em geral e condomínios

horizontais.

A-3 Habitação coletiva Pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros,

conventos, residências geriátricas.

B Serviço de

Hospedagem

B-1 Hotel e assemelhado Hotéis, motéis, pensões, hospedarias, pousadas, albergues, casas de cômodos e assemelhados.

B-2 Hotel residencial Hotéis e assemelhados com cozinha própria nos

apartamentos (incluem-se apart-hotéis, hotéis residenciais) e assemelhados.

C Comercial

C-1 Comércio com baixa carga de

incêndio Armarinhos de artigos de metal, louças, artigos

hospitalares e assemelhados.

C-2 Comércio com média e alta carga de

incêndio

Edifícios de lojas de departamentos, magazines, galerias comerciais, supermercados em geral,

mercados e assemelhados.

C-3 Shoppings centers Centro de compras em geral (shopping centers).

D Serviço

profissional

D-1 Local para prestação de serviço

profissional ou condução de negócios

Escritórios administrativos ou técnicos, instituições financeiras (que não estejam incluídas em D-2),

centros profissionais e assemelhados.

D-2 Agência bancária Agências bancárias e assemelhados.

D-3 Serviço de reparação (exceto os

classificados em G-4)

Lavanderias, assistência técnica, reparação e manutenção de aparelhos eletrodomésticos,

chaveiros, pintura de letreiros e outros.

D-4 Laboratório Laboratórios de análises clínicas sem internação,

laboratórios químicos, fotográficos e assemelhados.

E Educacional e cultura física

E-1 Escola em geral Escolas de ensino fundamental e médio, cursos

supletivos, pré-universitários, universitários e assemelhados.

E-2 Escola especial Escolas de artes e artesanato, escolas religiosas e

assemelhadas.

E-3 Espaço para cultura física

Locais de ensino e/ou práticas de artes marciais, ginástica (artística, dança, musculação e outros)

esportes coletivos (tênis, futebol e outros que não estejam incluídos em F-3), sauna, casas de

fisioterapia e assemelhados.

E-4 Centro de treinamento profissional Escolas profissionais em geral.

E-5 Pré-escola Creches, escolas maternais, jardins-de-infância.

E-6 Escola para portadores de

deficiências Escolas para excepcionais, deficientes visuais e

auditivos e assemelhados.

 

Page 31: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos

F Local de Reunião

de Público

F-1 Local onde há objeto de valor

inestimável Museus, centro de documentos históricos,

bibliotecas e assemelhados.

F-2 Local religioso e velório Igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas, templos,

cemitérios, crematórios, necrotérios, salas de funerais e assemelhados.

F-3 Centro esportivo e de exibição e

Locais de Diversão

Estádios, ginásios e piscinas com arquibancadas, rodeios, vaquejadas, autódromos, sambódromos, arenas em geral, academias, pista de patinação,

bingos, bilhares, tiros ao alvo, boliches e assemelhados.

F-4 Estação e terminal de passageiro Estações rodoferroviárias e marítimas, portos,

metrô, aeroportos, heliponto, estações de transbordo em geral e assemelhados.

F-5 Arte cênica e auditório Teatros em geral, cinemas, auditórios de estúdios

de rádio e televisão, auditórios em geral e assemelhados.

F-6 Clube social e Diversão Boates, clubes sociais, salões de baile, restaurantes

dançantes, clubes e assemelhados.

F-7 Construção provisória Circos, parques de diversão e/ou exposição,

micaretas, e assemelhados.

F-8 Local para refeição Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios,

cantinas e assemelhados.

F-9 Recreação pública Jardim zoológico, parques recreativos e

assemelhados (Edificações permanentes).

F-10 Exposição de objetos e animais Salões e salas de exposição de objetos e animais, show-room, galerias de arte, aquários, planetários,

e assemelhados (Edificações permanentes).

G Serviço

automotivo e assemelhados

G-1 Garagem sem acesso de público e

sem abastecimento Garagens automáticas.

G-2 Garagem com acesso de público e

sem abastecimento

Garagens coletivas sem automação, em geral, sem abastecimento (exceto veículos de carga e

coletivos).

G-3 Local dotado de abastecimento de

combustível Postos de abastecimento e serviço, garagens

(exceto veículos de carga e coletivos).

G-4 Serviço de conservação, manutenção

e reparos

Oficinas de conserto de veículos, borracharia. Oficinas e garagens de veículos de carga e coletivos, máquinas agrícolas e rodoviárias, retificadoras de motores e assemelhados.

G-5 Hangares Abrigos para aeronaves com ou sem abastecimento

H Serviço de saúde

e institucional

H-1 Hospital veterinário e assemelhados Hospitais, clínicas e consultórios veterinários e

assemelhados (inclui-se alojamento com ou sem adestramento)

H-2 Local onde pessoas requerem

cuidados especiais por limitações físicas ou mentais

Asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, hospitais psiquiátricos, reformatórios, tratamento de

dependentes de drogas, álcool e assemelhados (Todos sem celas).

H-3 Hospital e assemelhado Hospitais, casa de saúde, prontos-socorros, clínicas

com internação e assemelhados (todos com internação).

H-4 Repartição pública, edificações das

forças armadas e policiais

Edificações do Executivo, Legislativo e Judiciário, tribunais, cartórios, quartéis, centrais de polícia,

delegacias, postos policiais e assemelhados.

Page 32: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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H-5 Local onde a liberdade das pessoas

sofre restrições

Manicômio Judiciário, reformatórios, prisões em geral (casa de detenção, penitenciárias, presídios) e

instituições assemelhadas (todos com celas).

 

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos

H Serviço de saúde

e institucional H-6

Clínicas e consultórios médicos e odontológicos

Clínicas médicas, consultórios em geral, unidades de hemodiálise, ambulatórios, postos de

atendimento de urgência, postos de saúde e assemelhados (Todos sem internação).

I Indústria

I-1

Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados apresentam baixo potencial de incêndio. Locais

onde a carga de incêndio não chega a 300MJ/m2

Atividades que manipulam materiais com baixo risco de incêndio, tais como fábricas em geral, onde os processos não envolvem a utilização intensiva de materiais combustíveis (aço; aparelhos de rádio e som; armas; artigos de metal; gesso; esculturas de pedra; ferramentas; fotogravuras; jóias; relógios;

sabão; serralheria; suco de frutas; louças; metais; máquinas).

I-2

Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados apresentam médio potencial de incêndio. Locais com carga de incêndio entre 300 a

1.200MJ/m2

Atividades que manipulam materiais com médio risco de incêndio, tais como: artigos de vidro; automóveis, bebidas destiladas; instrumentos

musicais; móveis; alimentos marcenarias, fábricas de caixas e assemelhados.

I-3 Locais onde há alto risco de incêndio. Locais com carga de incêndio superior

a 1.200 MJ/m²

Fabricação de explosivos, atividades industriais que envolvam líquidos e gases inflamáveis, materiais oxidantes, destilarias, refinarias, ceras, espuma sintética, elevadores de grãos, tintas, borracha e

assemelhados.

J Depósito

J-1 Depósitos de material incombustível

Edificações sem processo industrial que armazenam tijolos, pedras, areias, cimentos, metais

e outros materiais incombustíveis. Todos sem embalagem.

J-2 Todo tipo de Depósito Depósitos com carga de incêndio até 300MJ/m2.

J-3 Todo tipo de Depósito Depósitos com carga de incêndio entre 300 a

1.200MJ/m2.

J-4 Todo tipo de Depósito Depósitos onde a carga de incêndio ultrapassa a

1.200MJ/m².

L Explosivos

L-1 Comércio Comércio em geral de fogos de artifício e

assemelhados.

L-2 Indústria Indústria de material explosivo.

L-3 Depósito Depósito de material explosivo.

M Especial

M-1 Túnel Túnel rodo ferroviário e marítimo, destinados a transporte de passageiros ou cargas diversas.

M-2 Tanques ou Parque de Tanques Edificação destinada a produção, manipulação,

armazenamento e distribuição de líquidos ou gases combustíveis e inflamáveis.

M-3 Central de comunicação e energia Central telefônica, centros de comunicação, centrais

de transmissão ou de distribuição de energia e assemelhados.

M-4 Propriedade em transformação Locais em construção ou demolição e

assemelhados.

M-5 Processamento de lixo Propriedade destinada ao processamento, reciclagem ou armazenamento de material

recusado/descartado.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará        Página 33 de 55 

M-6 Terra selvagem Floresta, reserva ecológica, parque florestal e

assemelhados.

M-7 Pátio de Containers Área aberta destinada a armazenamento de

containers.

TABELA 2

CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO À ALTURA

Tipo Denominação Altura

I edificação térrea um pavimento

II edificação de baixa altura H 6,00 m

III edificação medianamente baixa 6,00 m < H 12,00 m

IV edificação de média altura 12,00 m < H 24,00 m

V edificação medianamente alta 24,00 m < H 30,00 m

VI edificação alta H > 30,00 m

TABELA 3 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO À CARGA DE

INCÊNDIO

Risco Carga de Incêndio MJ/m²

Baixo até 300MJ/m²

Médio entre 300 e 1.200MJ/m²

Alto acima de 1.200MJ/m²

TABELA 4 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES COM ÁREA MENOR OU IGUAL A 750 M2 E/OU COM

MENOS DE DOIS PAVIMENTOS

Medidas de Segurança contra Incêndio

A, D, E e G

B C

F H

I e J

L

F2, F3, F4, F6, F7 e F8 F1 e F5 H1 e H4 H2 e H3 H5 L1

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X1 X² X1 X3 X1 X1 X1 X1 X1 X4

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X

Central de Gás X X X X X X X X X X

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NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Somente para as edificações com mais de 01 (um) pavimento. 2 – Estão isentos os motéis que não possuam corredores internos de serviços. 3 - Para as edificações com lotação superior a 50 (cinqüenta) pessoas e/ou com mais de 01 (um) pavimento. 4 – Luminárias à prova de explosão. NOTAS GENÉRICAS: a – Para a divisão M, ver tabelas e Normas Técnicas específicas; b – A Divisão L1 (Explosivos) está limitada à edificação térrea até 100 m2 (observar Norma Técnica especifica); e c – As Divisões L2 e L3 somente poderão ser analisadas mediante Câmara Técnica. d – As edificações da divisão A1 ficam isentas da presente exigência.

 

TABELA 5A EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DO GRUPO A COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2

E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO A – RESIDENCIAIS

Divisão Condomínios Residenciais (A-1), A-2 e A-3

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X1 X1 X1 X1 X1 X1

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Alarme de Incêndio X3 X3 X3 X3 X3 X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Central de Gás X X X X X X

Chuveiros Automáticos X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas. 2 – Edificações com carga de incêndio alta. 3 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 30m. NOTAS GENÉRICAS: a – O pavimento superior da unidade duplex do último piso da edificação não será computado para a altura da edificação.

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TABELA 5B

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DO GRUPO B COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO B – SERVIÇOS DE HOSPEDAGEM

Divisão B-1 e B-2

Medidas de Segurança Contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X7 X7 X7 X7 X7 X7

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X3 X3 X X X X

Detecção de Incêndio X4,5 X4,5 X4,5 X4,5 X X4

Alarme de Incêndio X6 X6 X6 X6 X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Pode ser substituído por sistema de chuveiros automáticos; 2 – Pode ser substituído por sistema de controle de fumaça e chuveiros automáticos, exceto para as selagens dos shafts e dutos deinstalações; 3 – Estão isentos os motéis que não possuam corredores internos de serviço; 4 – Os detectores de incêndio devem ser instalados em todos os quartos; 5 – Quando a edificação possuir Carga Incêndio Alta; 6 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m; 7 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio e vias internaspara circulação e estabelecimento de viaturas.

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TABELA 5C

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DO GRUPO C COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO C – COMERCIAIS

Divisão C-1, C-2 e C-3

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X7 X7 X7 X7 X7 X7

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Detecção de Incêndio X5 X5 X5 X5 X5 X

Alarme de Incêndio X8 X8 X8 X8 X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

Central de Gás X X X X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 5 – Somente para as áreas de depósitos superiores a 750m²; 7 – Recomendado para as vias de acesso e faixa de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio comercial; e 8 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m.

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TABELA 5D

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DO GRUPO D COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO D – SERVIÇOS PROFISSIONAIS

Divisão D-1; D-2; D-3 e D-4

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X4 X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X X X X X

Plano de Intervenção de Incêndio X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Detecção de Incêndio X

Alarme de Incêndio X5 X5 X5 X5 X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X

Controle de Fumaça X4

NOTAS ESPECÍFICAS: 4 – Recomendado; e 5 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m.

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TABELA 5E

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DO GRUPO E COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO E – EDUCACIONAL E CULTURAL

Divisão E-1; E-2; E-3; E-4; E-5 e E-6

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X3 X3 X3 X3 X3 X3

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Alarme de Incêndio X4 X4 X4 X4 X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X

NOTAS ESPECÍFICAS: 3 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulaçãoe estabelecimento de viaturas; 4 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m; NOTAS GENÉRICAS: a – Edificações destinadas a escolas que possuam alojamentos ou dormitórios devem ser protegidas pelo sistema de detecção de fumaça nos quartos. b – Os locais destinados a laboratórios devem ter proteção em função dos produtos utilizados.

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TABELA 5F.1 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-1, F-2 E F-8 COM ÁREA SUPERIOR A

750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-1 e F-8 F-2

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H

12

12 < H

24

24 < H

30 H > 30 Térrea H 6

6 < H

12

12 < H

24

24 < H

30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Alarme de Incêndio X4 X4 X4 X4 X X X4 X4 X4 X4 X X

Detecção de Incêndio X5,6 X5,6 X X X X X5 X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 3 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas; 4 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m; 5 – Quando a Carga Incêndio for Alta; e 6 – Somente para edificações do Grupo F-1.

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TABELA 5F.2

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-3, F-4 E F-9 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-3 e F-9 F-4

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X

Alarme de Incêndio

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 2 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas.

Page 41: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5F.3

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-5 E F-6 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-5 F-6

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X3 X3 X3 X X X X3 X3 X3 X X X

Alarme de Incêndio X4,6 X4,6 X X X X X4,6 X4,6 X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrante X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 3 – Somente para os locais como depósitos, escritórios, cozinhas, pisos técnicos, casa de máquinas e assemelhados, e nos locais de reunião onde houver teto e/ou forro falso com revestimento combustível; 4 – Somente para locais com público acima de 1000 pessoas; 5 – Recomendado; e 6 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m.

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TABELA 5F.4

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-7 E F-10 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-7 F-10

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X X

Alarme de Incêndio X5 X5 X5 X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X

NOTAS ESPECÍFÍCAS: 3 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas; 5 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m. NOTAS GENÉRICAS: a – A Divisão F-7 com altura superior a 6 metros, será submetida à Comissão Técnica para definição das medidas de Segurança contraincêndio.

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TABELA 5G.1

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO G-1 E G-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO G – SERVIÇOS AUTOMOTIVOS E ASSEMELHADOS

Divisão G-1 e G-2

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X3 X3 X3 X3 X3 X3

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Detecção de Incêndio X

Alarme de Incêndio X2 X2 X2 X2 X2

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 2 – Deve haver pelo menos um acionador manual, por pavimento, a no máximo 5 m da saída de emergência; 3 – Recomendado.

Page 44: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5G.2 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO G-3, G-4 E G-5 COM ÁREA SUPERIOR

A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO G – SERVIÇOS AUTOMOTIVOS E ASSEMELHADOS

Divisão G-3 G-4

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H

12

12 < H

24

24 < H

30 H > 30 Térrea H 6

6 < H

12

12 < H

24

24 < H

30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X X X

Alarme de Incêndio X2 X2 X2 X2 X2

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 2 – Deverá haver pelo menos um acionador manual, por pavimento, a no máximo 5 m da saída de emergência; 4 – Recomendado. NOTA GENÉRICA: a - As exigências acima referem-se às ocupações de divisões G-3 e G-4. A ocupação de divisão G-5 será analisada em Comissão Técnica.

Page 45: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5H.1

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO H-1 E H-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-1 H-2

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X5 X5 X5 X1 X1 X1

Alarme de Incêndio X2 X5 X5 X5 X2 X2 X2

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Os detectores deverão ser instalados em todos os quartos; 2 – Acionadores manuais serão obrigatórios nos corredores; 4 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulaçãoe estabelecimento de viaturas; e 5 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m.

Page 46: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5H.2 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO H-3 E H-4 COM ÁREA SUPERIOR A

750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-3 H-4

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X5 X5 X5 X5 X1 X1 X X

Alarme de Incêndio X5 X5 X5 X5 X2 X2 X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Os detectores deverão ser instalados em todos os quartos; 2 – Acionadores manuais serão obrigatórios nos corredores; 4 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas; e 5 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m.

Page 47: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5H.3

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO G-5 E H-6 COM ÁREA SUPERIOR A 750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-5 H-6

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação Quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X X X X X X X4 X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X1 X1 X1 X1 X1 X2 X2 X2

Alarme de Incêndio X4 X4 X4 X4 X X X2 X2 X2

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X2 X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Para a Divisão H-5, as prisões em geral (Casas de Detenção, Penitenciárias, Presídios, etc.) não será necessário detecçãoautomática de incêndio. Para os Manicômios Judiciários e assemelhados, prever detecção em todos os quartos; 2 – Caso haja internação na Divisão H-6 (clínica), a edificação será enquadrada como H-3; 4 – Recomendado.

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TABELA 5I.1

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO I-1 E I-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO I – INDUSTRIAIS

Divisão I-1 I-2

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X

Alarme de Incêndio X X X X X X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 2 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas.

Page 49: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará        Página 49 de 55 

TABELA 5I.2

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO I-3 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO I – INDUSTRIAIS

Divisão I-3

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 23 23 < H 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação X2 X2 X2 X2 X2 X2

Saídas de Emergência X X X X X X

Controle de Fumaça X X X

Plano de Intervenção de Incêndio X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X

Alarme de Incêndio X X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Pode ser substituído por sistema de chuveiros automáticos; e 2 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas.

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TABELA 5J.1

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO J-1 E J-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO J – DEPÓSITOS

Divisão J-1 J-2

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação Quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 23

23 < H 30

Acima de 30

Térrea H 66 < H 12

12 < H 23

23 < H 30

Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X

Alarme de Incêndio X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrante X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 3 – Recomendado de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas.

Page 51: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5J.2

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO J-3 E J-4 COM ÁREA SUPERIOR A 750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO J – DEPÓSITOS

Divisão J-3 J-4

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 23

23 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 23

23 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Controle de Fumaça X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X X X X

Alarme de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrante X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 2 – Recomendado de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação eestabelecimento de viaturas.

Page 52: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5L.1

Grupo de ocupação e uso GRUPO L – EXPLOSIVOS

Divisão L-1 (COMÉRCIO)

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12

NOTA GENÉRICA: A – Será permitida somente edificação com área até 100 m² - Vide Tabela 4.

TABELA 5M.1 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO M-1 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2

E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO M – ESPECIAIS

Divisão M-1 TÚNEL

Medidas de Segurança contra Incêndio

Extensão em metros (m)

Até 200 De 200 à 500 De 500 à 1000 Acima de 1000

Saídas de emergência X1 X1 X1 X1

Controle de fumaça em espaços comuns e amplos

X3 X3

Brigada de Incêndio X2 X2 X2 X2

Iluminação de Emergência X X X X

Sistema de Comunicação X X

Sistema Circuito de TV X

Extintores X X X

Hidrantes X4 X5 X5

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Considerar saídas como sendo passarelas laterais (corredores de circulação, com guarda-corpo em ambos os lados) com largura mínima de 1,00m; 2 – A brigada de incêndio deve ser pessoal treinado da Empresa responsável ou Administradora; 3 – Deve ser ligado a sistema automático de acionamento (ex. detector de incêndio); 4 – Rede de hidrante seca; e 5 – Rede de hidrante completa (bomba; reserva; mangueiras, etc.). NOTAS GENÉRICAS: a – Todos os túneis em paralelo devem ter interligação conforme Normas Técnicas Específicas; e b – Os túneis com extensão superior a 1000m devem ser submetidos a análise em Comissão Técnica, além das exigências acima.

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TABELA 5M.2

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO M-2 (QUALQUER ÁREA E ALTURA)

Grupo de ocupação e uso

GRUPO M – ESPECIAIS

Divisão M-2 – Líquidos e gases combustíveis e Inflamáveis

Medidas de Segurança contra Incêndio

Tanques ou cilindros Postos de

serviços ou abastecimentos

Produtos acondicionados

Líquidos até 20 m³ ou gases até

6.240kg

Líquidos acima de 20 m3 ou

gases acima de 6.240kg

Líquidos até 20 m3 ou gases até

6.240kg

Líquidos acima de 20 m3 ou

gases acima de 6.240kg

Acesso de Viatura na Edificação X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X

Brigada de Incêndio X X X X X

Iluminação de Emergência X1 X1,3 X3

Detecção de Incêndio X

Alarme de Incêndio X X

Sinalização de Emergência X X X X X

Extintores X X X X X

Hidrantes X X

Resfriamento X X

Espuma X2 X2

NOTAS ESPECÍFICAS: 1– Somente quando a área construída for superior a 750 m², excluídas as coberturas de bombas de combustível, desde que não sejam utilizadas para outros fins; 2 – Somente para líquidos inflamáveis e combustíveis, conforme Norma Técnica Específica; 3 – Luminárias à prova de explosão; e 4 – Recomendado de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação eestabelecimento de viaturas. NOTA GENÉRICA: a – deverão ser verificadas as exigências quanto ao armazenamento constantes nas Normas que tratam de armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis, comercialização e utilização de GLP e comercialização, utilização e distribuição de Gás Natural.

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TABELA 5M.3 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO M-3 COM ÁREA

SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO M – ESPECIAIS

Divisão M-3 – Centrais de Comunicação e Energia

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação Quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 23 23 < H 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação X2 X2 X2 X2 X2 X2

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X

Alarme de Incêndio X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

HidranteS X X X X X X

Chuveiros Automáticos X1 X1 X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – O sistema de chuveiros automáticos para a divisão M-3 pode ser substituído por sistema de gases, através de supressão total do ambiente; e 2 – Recomendado de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação eestabelecimento de viaturas.

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TABELA 5M.4

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO M-4, M-5, M-6 E M-7 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO M – ESPECIAIS

Divisão M-4 - M-5 - M-6 e M-7

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 23 23 < H 30 H > 30

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

NOTA GENÉRICA: a – Nas divisões M-5; M-6 e M-7, quando houver edificação (construção) com área superior a 750m², o processo deve ser analisado através de Comissão Técnica.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 002/2008

TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 002/2008 TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA DE

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexo

1. OBJETIVO Esta Norma Técnica padroniza os termos, símbolos e definições utilizados na legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 2. APLICAÇÃO Esta Norma Técnica se aplica a toda legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Ceará. 2.1. Os símbolos gráficos constantes nesta Norma Técnica se aplicam aos projetos de segurança contra incêndio. 2.2. Adota-se a NBR 14100/98 – Proteção contra incêndio – Símbolos gráficos para projetos, com as inclusões e adequações de exigências constantes nesta instrução. 3. DEFINIÇÕES Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se os seguintes termos e definições: 3.1. Abandono de edificação: Retirada organizada e segura da população usuária de uma edificação conduzida à via pública ou espaço aberto, ficando em local seguro. 3.2. Abertura desprotegida: Porta, janela ou qualquer outra abertura não dotada de vedação com o exigido índice de proteção ao fogo, ou qualquer parte da parede externa da edificação com índice de resistência ao fogo menor que o exigido para a face exposta da edificação. 3.3. Abrigo: Compartimento, embutido ou aparente, dotado de porta, destinado a armazenar mangueiras, esguichos, carretéis e outros

equipamentos de combate a incêndio, capaz de proteger contra intempéries e danos diversos. 3.4. Acesso: Caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento ou do setor, constituindo a rota de saída horizontal, para alcançar a escada ou rampa, área de refúgio ou descarga para saída do recinto do evento. Os acessos podem ser constituídos por corredores, passagens, vestíbulos, balcões, varandas e terraços. 3.5. Acompanhante: Pessoa com conhecimentos da operacionalidade dos sistemas e equipamentos de proteção contra incêndios instalados na edificação, que acompanha o Bombeiro Militar Fiscal, executando os testes necessários na vistoria. 3.6. Adutora: Canalização, geralmente de grande diâmetro, que tem como finalidade conduzir a água da Estação de Tratamento de Águas (ETA), até as redes de distribuição. 3.7. Afastamento horizontal entre aberturas: Distância mínima entre as aberturas nas fachadas (parede externa) dos setores compartimentados. 3.8. Agente extintor: Produto utilizado para extinguir o fogo. 3.9. Alambrado: Tela de arame ou outro material similar, com resistências mecânicas de 5000 N / m. 3.10. Alarme de incêndio: Dispositivo de acionamento automático e desligamento manual, destinado a alertar as pessoas sobre a existência de um incêndio no risco protegido. 3.11. Altura ascendente: Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção do parâmetro externo da parede da edificação, ao ponto mais baixo do nível do piso do pavimento mais baixo da edificação (subsolo). 3.12. Altura da edificação: Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao piso do último pavimento Habitável. 3.13. Altura Total da Edificação: é a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais alto da edificação. 3.14. Ampliação: Aumento da área construída da edificação. 3.15. Análise preliminar de risco: Estudo prévio sobre a existência de riscos, elaborado durante a concepção e o desenvolvimento de um projeto ou sistema.

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3.16. Análise: Ato de verificação das exigências das medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, no processo de segurança contra incêndio. 3.17. Andar: Volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou entre o pavimento e o nível superior a sua cobertura. 3.18. Anemômetro: Instrumento que realiza a medição da velocidade de gases. 3.19. Anemômetro de fio quente ou termo anemômetro: Tipo de anemômetro que opera associando o efeito de troca de calor convectiva no elemento sensor (fio quente) com a velocidade do ar que passa pelo mesmo. Possibilita realizar medições de valores baixos de velocidade, em geral com valores em torno de 0,1 m/s. 3.20. Antecâmara: Recinto que antecede a caixa da escada, com ventilação natural garantida por janela para o exterior, por dutos de entrada e saída de ar ou por ventilação forçada (pressurização). 3.21. Aplicação por espuma: Tipo I: utiliza aplicador que deposita a espuma suavemente na superfície do líquido, provocando o mínimo de submergência;Tipo II: Utiliza aplicadores que não depositam a espuma suavemente na superfície do líquido, mas que são projetados para reduzir a submergência e agitar a superfície do líquido;Tipo III: Utiliza equipamentos que aplicam a espuma por meio de jatos que atingem a superfície do líquido em queda livre. 3.22. Área construída ou edificada: Área da projeção da coberta de uma edificação. 3.23. 3.22.1. Não se enquadra na definição do item 3.22 desta NT, a área coberta ou projeção da mesma, quando esta for constituída de material metálico com pé direito de no mínimo 6m, sendo esta utilizada exclusivamente para proteção das ilhas de bombas em postos de gasolina. 3.24. Área construída total: Somatória de todas as áreas construídas de uma edificação. 3.25. Área construída parcial: Área da projeção da coberta de uma edificação, com risco isolado, conforme Norma Técnica n.° 09 – Separação entre Edificações. 3.26. Área de aberturas na fachada de uma edificação: Superfície aberta nas fachadas (janelas, portas, elementos de vedação), paredes, parapeitos e vergas que não apresentam resistência ao fogo, e pelas quais pode-se irradiar o incêndio. 3.27. Área de armazenagem: Local destinado a estocagem de fogos de artifício industrializado. 3.28. Área de armazenamento: Local contínuo destinado ao armazenamento de recipientes transportáveis de gás liqüefeito de petróleo (GLP), cheios, parcialmente utilizados e

vazios, compreendendo os corredores de inspeção, quando existirem. 3.29. Área de armazenamento especial: Área destinada ao armazenamento superior a 99.840 kg de GLP. Admissível somente em bases de GLP e deve ter seu processo analisado por Comissão Técnica. 3.30. Área de estacionamento: Local destinado ao estacionamento de helicópteros, localizado dentro dos limites do heliporto ou heliponto. 3.31. Área de estocagem: local destinado ao acondicionamento de fogos de artifícios industrializados, adotando-se como parâmetro a carga de incêndio de 1520 MJ /m³, admitindo-se acréscimo de 25%, totalizando 1900 MJ/m³. 3.32. Área de pavimento: Medida em metros quadrados, em qualquer pavimento de uma edificação, do espaço compreendido pelo perímetro interno das paredes externas e paredes corta fogo, e excluindo a área de antecâmara, e dos recintos fechados de escadas e rampas. 3.33. Área de pouso e decolagem de emergência para helicópteros: Local construído sobre edificações, cadastrado no Comando Aéreo Regional respectivo, que poderá ser utilizado para pousos e decolagens de Helicópteros, exclusivamente em casos de emergência ou de calamidade. 3.34. Área de pouso e decolagem: Local do Heliponto ou Heliporto, com dimensões definidas, onde o Helicóptero pousa e decola . 3.35. Área de pouso ocasional: Local de dimensões definidas, que pode ser usado, em caráter temporário, para pousos e decolagens de helicópteros mediante autorização prévia, específica e por prazo limitado, do respectivo órgão do Comando Aéreo Regional. 3.36. Área de refúgio para helipontos: Local ventilado, previamente delimitado, com acesso à escada de emergência, separado desta por porta corta-fogo e situado em helipontos elevados, próximo ao local de resgate de vítimas com uso de helicópteros para casos de impossibilidade de abandono da edificação pelas rotas de fuga previamente dimensionadas. 3.37. Área de refúgio: Local seguro que é utilizado temporariamente, acessado através das saídas de emergência de um setor ou setores. 3.38. Área de Risco: Ambiente externo à edificação que contém armazenamento de produtos inflamáveis, produtos combustíveis e/ou instalações elétricas e de gás. 3.39. Área de toque: Parte da área de pouso e decolagem, com dimensões definidas, na qual é recomendado o toque do helicóptero ao pousar.

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3.40. Área de venda: Local destinado a permanência de pessoas para escolha e compra de fogos de artifício. 3.41. Área do maior pavimento: Área do maior pavimento da edificação, excluindo-se o de descarga. 3.42. Áreas de produção: Locais onde se localizam poços de petróleo. 3.43. Armazém de líquidos inflamáveis: Construção destinada, exclusivamente a armazenagem de recipientes de líquidos inflamáveis. 3.44. Armazém de produtos acondicionados: Área coberta ou não, onde são acondicionados recipientes (tais como tambores, tonéis, latas, baldes, etc...) que contenham produtos ou materiais combustíveis ou produtos inflamáveis. 3.45. Aspersor: Dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos ou sob comando, para aplicação de agente extintor. 3.46. Atestado de brigada contra incêndio: Documento que atesta que os ocupantes da edificação receberam treinamentos teórico e prático de prevenção e combate a incêndio. 3.47. Ático: Parte do volume superior de uma edificação, destinada a abrigar máquinas, piso técnico de elevadores, caixas de água e circulação vertical. 3.48. Átrio (“Atrium”): Espaço amplo criado por um andar aberto ou conjuntos de andares abertos, conectando dois ou mais pavimentos cobertos, com fechamento na cobertura, excetuando-se os locais destinados a escada, escada rolante e “shafts” de hidráulica, eletricidade, ar condicionado e cabos de comunicação. 3.49. Autonomia do sistema: Tempo mínimo em que o sistema de iluminação de emergência assegura os níveis de iluminância exigidos. 3.50. Avisador: Dispositivo previsto para chamar a atenção de todas as pessoas dentro de uma área de perigo, controlado pela central. 3.51. Avisador sonoro: Dispositivo que emite sinais audíveis de alerta. 3.52. Avisador sonoro e visual: Dispositivo que emite sinais audíveis e visíveis de alerta combinados. 3.53. Avisador visual: Dispositivo que emite sinais visuais de alerta. 3.54. Bacia de contenção de óleo isolante: Dispositivo constituído por grelha, duto de coleta e dreno, preenchido com pedra britada, com a finalidade de coletar vazamentos de óleo isolante. 3.55. Bacia de contenção: Região delimitada por uma depressão do terreno ou diques destinada a conter integralmente o vazamento de produtos líquidos dos tanques.

3.56. Balcão ou sacada: Parte de pavimento da edificação em balanço em relação à parede externa do prédio, tendo, pelo menos, uma face aberta para o espaço livre exterior. 3.57. Barreiras de fumaça (“smoke barriers”): Membrana, tanto vertical quanto horizontal, tal como uma parede, andar ou teto, que é projetada e construída para restringir o movimento da fumaça. As barreiras de fumaça podem ter aberturas que são protegidas por dispositivos de fechamento automático ou por dutos de ar, adequados para controlar o movimento da fumaça. 3.58. Barreiras de proteção: Dispositivos que evitam a passagem de gases, chamas ou calor de um local ou instalação para outro contíguo. 3.59. Bocal ou nariz do degrau: Borda saliente do degrau sobre o espelho, arredondada inferiormente ou não. Nota: Se o degrau não possui bocal, a linha de concorrência dos planos do degrau e do espelho, neste caso obrigatoriamente inclinada, chama-se quina do degrau; a saliência do bocal ou da quina sobre o degrau imediatamente inferior não pode ser menor que 15 mm em projeção horizontal. 3.60. Bomba com motor a explosão: Equipamento para o combate a incêndio cuja força provém da explosão do combustível misturado com o ar. 3.61. Bomba com motor elétrico: Equipamento para combate a incêndio cuja força provém da eletricidade. 3.62. Bomba de pressurização (“jockey”): Dispositivo hidráulico centrífugo destinado a manter o sistema pressurizado em uma faixa preestabelecida. 3.63. Bomba de reforço: Dispositivo hidráulico destinado a fornecer água aos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos pelo reservatório elevado. 3.64. Bomba principal: Dispositivo hidráulico centrifugo destinado a recalcar água para os sistemas de combate a incêndio. 3.65. Bombeiro profissional civil: Pessoa pertencente a uma empresa especializada, ou da própria administração do estabelecimento, com dedicação exclusiva, que presta serviços de prevenção de incêndio e atendimento de emergência em edificações e eventos, e que tenha sido aprovado no curso de formação, de acordo com a norma específica. 3.66. Bombeiro público (Militar ou civil): Pessoa pertencente a uma corporação de atendimento às emergências públicas. 3.67. Bombeiro voluntário: Pessoa pertencente a uma organização não

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governamental que presta serviços de atendimento às emergências públicas. 3.68. Botijão: Recipiente transportável de gás liquefeito de petróleo (GLP), com capacidade nominal de até 13 kg de GLP. 3.69. Botijão portátil: Recipiente transportável de gás liquefeito de petróleo (GLP) com capacidade nominal de até 5 kg de GLP. 3.70. Botoeira “liga-desliga”: Acionador manual, do tipo liga-desliga, para bomba principal. 3.71. Brigada de incêndio: Grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono da edificação, combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida. 3.72. Camada de fumaça (“smoke layer”): Espessura acumulada de fumaça abaixo de uma barreira física ou térmica. 3.73. Câmara de espuma: Dispositivo dotado de selo de vapor destinado a conduzir a espuma para o interior do tanque de armazenamento de teto cônico. 3.74. Capacidade volumétrica: Capacidade total em volume de água que o recipiente pode comportar. 3.75. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem, contido apenas pelo equipamento de transportes, seja ele tanque, vaso, caçamba ou container. 3.76. Carga de incêndio: Soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos. 3.77. Carga de incêndio específica: Valor da carga de incêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, expresso em megajoule (MJ) por metro quadrado (m2). 3.78. Carretel axial: Dispositivo rígido destinado ao enrolamento de mangueiras semi-rígidas. 3.79. Causa: Origem de caráter humano ou material, relacionada com um acidente. 3.80. Central de alarme: Equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de detecção, convertê-los em indicações adequadas, comandar e controlar os demais componentes do sistema. 3.81. Central de gás: Área devidamente delimitada, que contém os recipientes transportáveis ou estacionário(s) e acessórios, destinados ao armazenamento de gás liquefeito de petróleo (GLP) para consumo. 3.82. Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio: Documento emitido pelo Corpo de Bombeiros

Militar do Estado do Ceará (CBMCE) certificando que, durante a vistoria, a edificação possua as condições de segurança contra incêndio, previstas pela legislação e constantes no processo, estabelecendo um período de revalidação. 3.83. Circulação de uso comum: Passagem que dá acesso à saída de mais de uma unidade autônoma, quarto de hotel ou assemelhado. 3.84. Cobertura: Elemento construtivo, localizado no topo da edificação, com a função de protegê-la da ação dos fenômenos naturais (chuva, calor, vento etc.). 3.85. Combate a incêndio: Conjunto de ações táticas destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com uso de equipamentos manuais ou automáticos. 3.86. Combustibilidade dos elementos de revestimento das fachadas das edificações: Característica de reação ao fogo dos materiais utilizados no revestimento das fachadas dos edifícios, que podem contribuir para a propagação e radiação do fogo, determinados nas normas técnicas em vigor. 3.87. Comércio de fogos de artifício no varejo: local destinado à venda de fogos de artifício de classes A e B, respeitando o Código do Consumidor, Código Civil, Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente e o R 104. 3.88. Comissão especial de avaliação (CEA): Grupo de pessoas qualificadas no campo da segurança contra incêndio, representativas de entidades públicas e privadas, com o objetivo de avaliar e propor alterações necessárias ao Código de Segurança Contra Incêndio. 3.89. Comissão técnica: Grupo de estudo do CBMCE, instituído pelo Comandante do Corpo de Bombeiros, com o objetivo de analisar e emitir pareceres relativos aos casos que necessitarem de soluções técnicas mais complexas ou apresentarem dúvidas quantos às exigências previstas na legislação. 3.90. Como construído (“as built”): Documentos, desenhos ou plantas do sistema, que correspondem exatamente ao que foi executado pelo instalador. 3.91. Compartimentação: Medidas de proteção passiva, constituídas de elementos de construção resistentes ao fogo, destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, interna ou externamente ao edifício, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos. 3.92. Compartimentação horizontal: Medida de proteção, constituída de elementos construtivos resistentes ao fogo, separando ambientes, de tal modo que o incêndio fique

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contido no local de origem e evite a sua propagação no plano horizontal. 3.93. Compartimentação vertical: Medida de proteção, constituída de elementos construtivos resistentes ao fogo, separando pavimentos consecutivos, de tal modo que o incêndio fique contido no local de origem e dificulte a sua propagação. 3.94. Compartimentar: Separar um ou mais locais do restante da edificação por intermédio de paredes resistentes ao fogo, portas, selos e “dampers” corta-fogo. 3.95. Compartimento: Parte de uma edificação, compreendendo um ou mais cômodos, espaços ou andares, construídos para evitar ou minimizar a propagação do incêndio de dentro para fora de seus limites. 3.96. Compensadores Sincronos: Equipamento que compensa reativos do sistema, trabalhando como carga quando o sistema está com a tensão alta, e trabalhando como gerador quando o sistema está com a tensão baixa. 3.97. Comunicação visual: Conjunto de informações visuais aplicadas em uma edificação, com a finalidade de orientar sua população, tais como: localização de ambientes, saídas, prestação de serviços e propagandas, não se tratando especificamente de sinalização de emergência. 3.98. Contêiner: Grande caixa metálica de dimensões e características padronizadas, para acondicionamento de carga geral a transportar, com a finalidade de facilitar o seu embarque, desembarque e transbordo entre diferentes meios de transporte. 3.99. Cor de contraste: Aquela que contrasta com a cor de segurança a fim de fazer com que a última se sobressaia. 3.100. Cor de segurança: Aquela para a qual é atribuída uma finalidade ou um significado específico de segurança ou saúde. 3.101. Corrimão: Barra, cano ou peça similar, com superfície lisa, arredondada e contínua, aplicada em áreas de escadas e rampas destinadas a servir de apoio para as pessoas durante o deslocamento. 3.102. Deflagração: fenômeno característico dos chamados baixos explosivos, que consiste na auto combustão de um corpo (composto de combustível, comburente e outros), em qualquer estado físico, o qual ocorre por camadas e a velocidades controladas (de alguns décimos de milímetros até quatrocentos metros por segundo. 3.103. Degrau: Conjunto de elementos de uma escada composta pela face horizontal conhecida como “piso”, destinado ao pisoteio e o espelho que é a parte vertical do degrau, que lhe define a altura.

3.104. Densidade populacional (d): Número de pessoas em uma área determinada (pessoas/m2). 3.105. Descarga: Parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro público ou área externa com acesso a este. 3.106. Deslizador de espuma: Dispositivo destinado a facilitar a aplicação suave da espuma sobre líquidos combustíveis armazenados em tanques. 3.107. Destravadores eletromagnéticos: Dispositivo de controle de abertura com travamento determinado pelo acionamento magnético, decorrente da passagem de corrente elétrica. 3.108. Detector automático de incêndio: Dispositivo que, quando sensibilizado por fenômenos físicos e/ou químicos, detecta princípios de incêndio podendo ser ativado, basicamente, por calor, chama ou fumaça. 3.109. Dispositivo de recalque: Registro para uso do Corpo de Bombeiros, que permite o recalque de água para o sistema, podendo ser dentro da propriedade quando o acesso do Corpo de Bombeiros estiver garantido. 3.110. Dispositivos de descarga: Equipamentos que aplicam a espuma sob forma de neblina e que aplicam o agente numa corrente compacta de baixa velocidade. Podem ser: Dispositivos que descarregam a espuma sob a forma de aspersão e terminam em um defletor ou uma calha que distribui a espuma; dispositivos que descarregam a espuma sob a forma de uma corrente compacta de baixa velocidade; podem ter ou não defletores ou calhas incluídos como partes integrantes do sistema. Estes dispositivos podem ter formas como as de tubos abertos, esguichos de fluxo direcional, ou pequenas câmaras de geração com bocas de saídas abertas. 3.111. Distância de segurança: Afastamento entre uma face exposta da edificação ou de um local compartimentado à divisão do lote, ao eixo da rua ou a uma linha imaginária entre duas edificações ou áreas compartimentadas do mesmo lote, medida perpendicularmente à face exposta da edificação. 3.112. Distância máxima horizontal de caminhamento: Afastamento máximo a ser percorrido pelo espectador para alcançar um acesso. 3.113. Distância mínima de segurança: Afastamento mínimo entre a área de armazenamento de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP) e outra instalação necessária para a segurança do usuário, do manipulador, de edificação e do público em geral, estabelecida a partir do limite de área de armazenamento.

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3.114. Distribuição de GNL a granel: Compreende as atividades de aquisição ou recepção, armazenamento, transvasamento, controle de qualidade e comercialização do gás natural liquefeito (GNL), por meio de transporte próprio ou contratado, podendo também exercer a atividade de liquefação de gás natural, que serão realizadas por pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no País. 3.115. Divisória ou tabique: Parede interna, baixa ou atingindo o teto, sem efeito estrutural e que, portanto, pode ser suprimida facilmente em caso de reforma. 3.116. Dosador: Equipamento destinado a misturar quantidades determinadas de “extrato formador” de espuma e água. 3.117. Duto de entrada de ar (DE): Espaço no interior da edificação, que conduza ar puro, coletado ao nível inferior desta, às escadas, antecâmaras ou acessos, exclusivamente, mantendo-os, com isso, devidamente ventilados e livres de fumaça em caso de incêndio. 3.118. Duto de saída de ar (DS): Espaço vertical no interior da edificação, que permite a saída, em qualquer pavimento, de gases e fumaça para o ar livre, acima da cobertura da edificação. 3.119. Duto “plenum”: Condição de dimensionamento do sistema de pressurização no qual se admite apenas um ponto de pressurização, dispensando-se o duto interno e/ou externo para pressurização. 3.120. Edificação: Área construída destinada a abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamento ou material. 3.121. Edificação aberta lateralmente: Edificação ou parte de edificação que, em cada pavimento: 3.122. tenha ventilação permanente em duas ou mais fachadas externas, providas por aberturas que possam ser consideradas uniformemente distribuídas e que tenham comprimentos em planta que somados atinjam pelo menos 40% do perímetro do edifício e áreas que somadas correspondam a pelo menos 20% da superfície total das fachadas externas; ou 3.123. tenha ventilação permanente em duas ou mais fachadas externas, provida por aberturas cujas áreas somadas correspondam a pelo menos 1/3 da superfície total das fachadas externas, e pelo menos 50% destas áreas abertas situadas em duas fachadas opostas. 3.124. Observação: Em qualquer caso, as áreas das aberturas nas laterais externas somadas devem possuir ventilação direta para o meio externo e devem corresponder a pelo menos 5% da área do piso no pavimento e as obstruções internas eventualmente existentes devem ter pelo

menos 20% de suas áreas abertas, com aberturas dispostas de forma a poderem ser consideradas uniformemente distribuídas, para permitir a ventilação. 3.125. Edificação destinada ao comércio de fogos de artifício no varejo: Local destinado ao armazenamento e venda de fogos de artifício e estampido industrializados. 3.126. Edificação em exposição: Construção que recebe a radiação de calor, convecção de gases quentes ou a transmissão direta de chama. 3.127. Edificação expositora: Construção na qual o incêndio está ocorrendo, responsável pela radiação de calor, convecção de gases quentes e ou transmissão direta de chamas. 3.128. Edificação principal: Construção que abriga a atividade principal sem a qual as demais edificações não teriam função. 3.129. Edificação térrea: Construção de um pavimento, podendo possuir mezaninos cuja somatória de áreas deve ser menor ou igual à terça parte da área do piso de pavimento. 3.130. Efeito chaminé (“Stack effect”): Fluxo de ar vertical dentro das edificações, causado pela diferença de temperatura interna e externa. 3.131. Efeito do sistema: Efeito causado pelo erro de projeto e/ou instalação com configurações inadequadas do sistema onde o ventilador está instalado, ocasionando redução do desempenho do ventilador em termos de vazão. 3.132. Elemento de compartimentação: Elemento de construção que compõe a compartimentação da edificação. 3.133. Elemento estrutural: Todo e qualquer elemento de construção do qual dependa a resistência e a estabilidade total ou parcial da edificação. 3.134. Embalagens: elemento ou conjunto de elementos destinados a envolver, conter ou proteger produtos durante sua movimentação, transporte, armazenamento, comercialização ou consumo. 3.135. Emergência: Situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio, decorrente de atividade humana ou fenômeno da natureza que obriga a uma rápida intervenção operacional. 3.136. Entrepiso: Conjunto de elementos de construção, com ou sem espaços vazios, compreendido entre a parte inferior do forro de um pavimento e a parte superior do piso do pavimento imediatamente superior. 3.137. EPI: Equipamentos de proteção individual. 3.138. EPI de nível “A”: É o nível máximo de proteção para todas as possíveis vias de intoxicação, sendo por inalação, ingestão ou absorção cutânea. Utiliza-se roupa encapsulada

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de proteção química, com proteção respiratória de pressão positiva. 3.139. EPI de nível “B”: É o nível de proteção intermediário, para exposições de produtos com possibilidade de respingos. Utiliza-se roupa de proteção química conforme especificação da tabela de compatibilidade da roupa. 3.140. EPI de nível “C”: É o nível mínimo necessário a qualquer tipo de acidente envolvendo produtos químicos. 3.141. EPR: Equipamentos de proteção respiratória. 3.142. Escada aberta: Escada não enclausurada por paredes e porta corta fogo. 3.143. Escada aberta externa (AE): Escada de emergência precedida de porta corta-fogo (PCF) no seu acesso, cuja projeção esteja fora do corpo principal da edificação, sendo dotada de guarda corpo ou gradil (Barreiras) e corrimãos em todas sua extensão (degraus e patamares), permitindo desta forma eficaz ventilação, propiciando um seguro abandono. 3.144. Escada à prova de fumaça pressurizada (PFP): Escada à prova de fumaça, cuja condição de estanqueidade à fumaça é obtida por intermédio de pressurização. 3.145. Escada enclausurada: Escada protegida com paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo. 3.146. Escada enclausurada à prova de fumaça (EPF): Escada cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaça em caso de incêndio. 3.147. Escada enclausurada protegida (EP): Escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por paredes resistentes ao fogo e dotada de portas corta-fogo. 3.148. Escada não enclausurada ou escada comum (NE): Escada que embora possa fazer parte de uma rota de saída, comunica-se diretamente com os demais ambientes como corredores, “halls” e outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo. 3.149. Escoamento (E): Número máximo de pessoas possíveis de abandonar um recinto dentro do tempo máximo de abandono. 3.150. Esguicho: Dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras, destinado a dar forma, direção e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato compacto. 3.151. Esguicho regulável: Acessório hidráulico que dá forma ao jato, permitindo o uso d’água em forma de chuveiro de alta velocidade.

3.152. Espaço confinado: Local onde a presença humana é apenas momentânea para prestação de um serviço de manutenção em máquinas, tubulações e sistemas. 3.153. Espaço livre exterior: Espaço externo à edificação para o qual abram seus vãos de ventilação e iluminação. Pode ser constituído por logradouro público ou pátio amplo. 3.154. Espaços comuns (“communicating space”): Espaços dentro de uma edificação com comunicação com espaços amplos adjacentes, nos quais a fumaça proveniente de um incêndio pode propagar-se livremente. Os espaços comuns podem permitir aberturas diretamente dentro dos espaços amplos ou podem conectar-se por meio de passagens abertas. 3.155. Espaços comuns e amplos (“large volume spaces”): Espaço descompartimentado, geralmente com dois ou mais pavimentos que se comunicam internamente, dentro do qual a fumaça proveniente de um incêndio, tanto no espaço amplo como no espaço comum, pode mover-se ou acumular-se sem restrições. Os átrios e shoppings cobertos são exemplos de espaços amplos. 3.156. Espaços separados (“separated spaces”): Espaços dentro de edificações que são isolados das áreas grandes por barreiras de fumaça, os quais não podem ser utilizados no suprimento de ar, visando restringir o movimento da fumaça. 3.157. Espuma mecânica: Agente extintor constituído por um aglomerado de bolhas produzidas por agitação da água com extrato formador de espuma (EFE) e ar. 3.158. Estação de carregamento: Instalação especialmente construída para carregamento de caminhões-tanques ou de vagões-tanques. 3.159. Estação fixa de emulsificação: Local onde se situam bombas, dosadores, válvulas e reservatórios de extrato formador de espuma. 3.160. Estação móvel de emulsificação: Veículo especificado para transporte de extrato formador de espuma (EFE) e o seu emulsionamento com a água. 3.161. Estado de flutuação: Condição em que a bateria de acumuladores elétricos recebe uma corrente necessária para a manutenção de sua capacidade nominal. 3.162. Estado de funcionamento do sistema: Condição na qual a(s) fonte(s) de energia alimenta(m), efetivamente, os dispositivos da iluminação de emergência. 3.163. Estado de repouso do sistema: Condição na qual o sistema foi inibido de iluminar propositadamente. Tanto inibido manualmente com religamento automático ou por meio de célula fotoelétrica, para conservar energia e

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manter a bateria em estado de carga para uso em emergência, quando do escurecimento da noite. 3.164. Estado de vigília do sistema: Condição em que a fonte de energia alternativa (sistema de iluminação de emergência) está pronta para entrar em funcionamento na falta ou na falha da rede elétrica da concessionária. 3.165. Exaustão: Princípio pelo qual os gases e produtos de combustão são retirados do interior do túnel. 3.166. Exercício simulado: Atividade prática realizada periodicamente para manter a brigada e os ocupantes das edificações com condições de enfrentar uma situação real de emergência. 3.167. Exercício simulado parcial: Atividade prática abrangendo apenas uma parte da planta, respeitando-se os turnos de trabalho. 3.168. Expedidor: Pessoa responsável pela contratação do embarque e transporte de logística envolvendo produtos perigosos expressos em nota fiscal ou conhecimento de transporte internacional. É responsável pela segurança veicular, compatibilidade entre os produtos e a identificação de seus riscos. 3.169. Explosivos: Substâncias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas. 3.170. Explosão em massa: aquela que afeta virtualmente toda a carga de maneira instantânea 3.171. Extintor de incêndio: Aparelho de acionamento manual, portátil ou sobre rodas, destinado a combater princípios de incêndio. 3.172. Fachada: Face de uma edificação constituída de vedos e aberturas, que emitirá ou receberá a propagação de um incêndio. 3.173. Fachada de acesso operacional: Face da edificação localizada ao longo de uma via pública ou privada com largura livre maior ou igual a 6 m, sem obstrução, possibilitando o acesso operacional dos equipamentos de combate e seu posicionamento em relação a ela. A fachada deve possuir pelo menos um meio de acesso ao interior do edifício e não ter obstáculos. 3.174. Faixa de estacionamento: Trecho das vias de acesso que se destina ao estacionamento e operação das viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE). 3.175. Fator de massividade (“fator de forma”) (m-1): Razão entre o perímetro exposto ao incêndio e a área da seção transversal de um perfil estrutural. 3.176. Filtro de partículas: Elemento destinado a realizar retenção de partículas existentes no escoamento de ar e que estão sendo arrastadas por este fluxo. 3.177. Fogos de artifício: são substâncias ou misturas concebidas para produzir um efeito, por calor, luz, som, gás ou fumaça, ou

combinação destes, como resultado das reações químicas exotérmicas, auto sustentáveis, caracterizada pela deflagração. São produtos controlados conforme o anexo I do R 104. 3.178. Fluxo (F): Número de pessoas que passam por unidade de tempo (pessoas/min) em um determinado meio de abandono, adotando-se para o cálculo do escoamento, fluxo igual a 88 pessoas por minuto (F=88), contemplando duas unidades de passagem. 3.179. Fluxo luminoso nominal: Fluxo luminoso medido após 2 min de funcionamento do sistema. 3.180. Fluxo luminoso residual: Fluxo luminoso medido após o tempo de autonomia garantida pelo fabricante no funcionamento do sistema. 3.181. Fogos de artifício e estampido: Artefato pirotécnico, que produz ruídos e efeitos luminosos. 3.182. Fonte de energia alternativa: Dispositivo destinado a fornecer energia elétrica ao(s) ponto(s) de luz de emergência na falta ou falha de alimentação na rede elétrica da concessionária. 3.183. Fumaça (“smoke”): Partículas de ar transportadas na forma sólida, líquida e gasosa, decorrente de um material submetido a pirólise ou combustão, que juntamente com a quantidade de ar que é conduzida, ou de qualquer outra forma, misturada formando uma massa. 3.184. Gás liquefeito de petróleo (GLP): Produto constituído de hidrocarbonetos com três ou quatro átomos de carbono (propano, propeno, butano, buteno), podendo apresentar-se em mistura entre si e com pequenas frações de outros hidrocarbonetos. 3.185. Gás natural liqüefeito (GNL): Fluido no estado líquido em condições criogênicas, composto predominantemente de metano e que pode conter quantidades mínimas de etano, propano, nitrogênio ou outros componentes normalmente encontrados no gás natural. 3.186. Gases limpos: Agentes extintores na forma de gás que não degradam a natureza e não afetam a camada de ozônio. São inodoros, incolores, maus condutores de eletricidade e não corrosivos. 3.187. Gerador de espuma: Equipamento que se destina a facilitar a mistura da solução com o ar para a formação de espuma. 3.188. Grelha de insuflamento: Dispositivo utilizado nas redes de distribuição de ar, posicionado no final de cada trecho. Este elemento terminal é utilizado para direcionar e/ou distribuir do modo adequado o fluxo de ar de determinado ambiente.

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3.189. Grupo moto-ventilador: Equipamento composto por motor elétrico e ventilador, com a finalidade de insulflar ar dentro de um corpo de escada de segurança para pressurizá-la e expulsar a possível entrada de fumaça. 3.190. Grupo moto-gerador: Equipamento cuja força provém da explosão do combustível misturado ao ar, com a finalidade de gerar energia elétrica. 3.191. Guarda ou guarda-corpo: Barreira protetora vertical, maciça ou não, delimitando a face lateral aberta da escada, rampa, patamar, terraço, balcão, galeria e assemelhado, servindo como proteção contra eventuais quedas de um nível para outro. 3.192. Heliponto: Área homologada ou registrada, ao nível do solo ou elevada, utilizada para pousos e decolagens de helicópteros. 3.193. Heliponto civil: Local destinado, em princípio, ao uso de helicópteros civis. 3.194. Heliponto elevado: Local instalado sobre edificações. 3.195. Heliponto militar: Local destinado ao uso de helicópteros militares. 3.196. Heliponto privado: Local destinado ao uso de helicópteros civis, de seu proprietário ou de pessoas por ele autorizadas, sendo vedada sua utilização em caráter comercial. 3.197. Heliponto público: Local destinado ao uso de helicópteros em geral. 3.198. Heliportos: Helipontos públicos dotados de instalações e facilidades para apoio de helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas, tais como: pátio de estacionamento, estação de passageiros, locais de abastecimento, equipamentos de manutenção etc. 3.199. Heliportos elevados: Heliportos localizados sobre edificações. 3.200. Hidrante: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios. 3.201. Hidrante de coluna: Aparelho ligado à rede pública de distribuição de água, que permite a adaptação de bombas e/ou mangueiras para o serviço de extinção de incêndios. 3.202. Hidrante de parede: Ponto de tomada de água instalado na rede particular, embutido em parede, podendo estar no interior de um abrigo de mangueira. 3.203. Hidrante para sistema de espuma: Equipamento destinado a alimentar com água ou solução de espuma as mangueiras para combate a incêndio. 3.204. Hidrante urbano: Ponto de tomada de água provido de dispositivo de manobra

(registro) e união de engate rápido, ligado à rede pública de abastecimento de água, podendo ser emergente (de coluna) ou subterrâneo (de piso). 3.205. Iluminação auxiliar: Iluminação destinada a permitir a continuação do trabalho, em caso de falha do sistema normal de iluminação. Por exemplo: centros médicos, aeroportos, metrô, etc. 3.206. Iluminação de ambiente ou aclaramento: Iluminação com intensidade suficiente para garantir a saída segura de todas as pessoas do local em caso de emergência. 3.207. Iluminação de balisamento: Sistema composto por símbolos iluminados que indicam a rota de fuga em caso de emergência. 3.208. Iluminação de balizamento ou de sinalização: Iluminação de sinalização com símbolos e/ou letras que indicam a rota de saída que pode ser utilizada neste momento. 3.209. Iluminação de emergência: Sistema que permite clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal. 3.210. Iluminação não permanente: Sistema no qual, as lâmpadas de iluminação de emergência não são alimentadas pela rede elétrica da concessionária e, só em caso de falta da fonte normal, são alimentadas automaticamente pela fonte de alimentação de energia alternativa. 3.211. Iluminação permanente: Sistema no qual, as lâmpadas de iluminação de emergência são alimentadas pela rede elétrica da concessionária, sendo comutadas automaticamente para a fonte de alimentação de energia alternativa em caso de falta e/ou falha da fonte normal. 3.212. Incêndio natural: Variação de temperatura que simula o incêndio real, em função da geometria, ventilação, características térmicas dos elementos de vedação e da carga de incêndio específica. 3.213. Incêndio-padrão: Elevação padronizada de temperatura em função do tempo, dada pela seguinte expressão:

θg=θo + 345 log (8t+1) onde: t é o tempo, expresso em minutos;

θo é a temperatura do ambiente antes do início do aquecimento em graus Celsius, geralmente tomada igual a 20º C; e

θg é a temperatura dos gases, em graus Celsius no instante t.

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3.214. Inibidor de vórtice: Acessório de tubulação destinado a eliminar o efeito do vórtice dentro de um reservatório. 3.215. Instalação: Toda montagem mecânica, hidráulica, elétrica, eletroeletrônica, ou outra, para fins de atividades de produção industrial, geração ou controle de energia, contenção ou distribuição de fluídos líquidos ou gasosos, ocupação de toda espécie, cuja montagem tenha caráter permanente ou temporária, que necessite de proteção contra incêndio previsto na legislação. 3.216. Instalação de gás liquefeito de petróleo (GLP): Sistema constituído de tubulações, acessórios e equipamentos que conduzem e utilizam o GLP para consumo, por meio da queima e/ou outro meio previsto e autorizado na legislação competente. 3.217. Instalações fixas de aplicação local: Dispositivos com suprimento de gás permanentemente conectados a uma tubulação que alimenta esguichos difusores distribuídos de maneira a descarregar o gás carbônico diretamente sobre o material que queima. Podem ser de comando automático ou manual. 3.218. Instalações fixas de mangotinhos: Dispositivo com suprimento fixo de gases compreendendo um ou mais cilindros que alimentam um mangotinho acondicionado em um carretel de alimentação axial, equipado na sua extremidade livre um esguicho difusor com válvula de comando manual de jato. Este equipamento é de comando manual. 3.219. Instalações industriais: Conjunto de equipamentos que não se enquadram como depósitos, postos de serviço ou refinarias, mas, onde líquidos inflamáveis são armazenados e processados. 3.220. Instalação interna: Conjunto de tubulações, medidores, reguladores, registros e aparelhos de utilização de gás, com os necessários complementos, destinado à condução e ao uso do gás no interior da edificação. 3.221. Instalações sob comando: O agente extintor fica armazenado em depósitos fixos e é conduzido através de tubulações rígidas até pontos táticos, onde existem válvulas terminais (difusores). Destes pontos, por meio da intervenção do homem, as tubulações são complementadas com mangotinhos até o local do foco de incêndio onde o agente é aplicado. 3.222. Instalações temporárias: Locais que não possuem características construtivas em caráter definitivo, podendo ser desmontadas e transferidas para outros locais. 3.223. Instalador: Pessoa física ou jurídica responsável pela execução da instalação do

sistema de proteção contra incêndio em uma edificação. 3.224. Interface da camada de fumaça (“smoke layer interface”): Limite teórico entre uma camada de fumaça e a fumaça provinda do ar externo (livre). Na prática, a interface da camada de fumaça é um limite efetivo dentro da zona de diminuição de impacto, que pode ter vários metros de espessura. Abaixo desse limite efetivo, a densidade da fumaça na zona de transição cai a zero. 3.225. Inundação total: Descarga de gases limpos, por meio de difusores fixos no interior do recinto que contém o equipamento protegido, de modo a permitir uma atmosfera inerte com uma concentração determinada de gás a ser atingida em tempo determinado. 3.226. Isolamento de riscos: Medidas de proteção passiva por meio de compartimentação (vedos fixos resistentes ao fogo) ou afastamentos entre blocos, destinados a evitar a propagação do fogo, calor e gases, entre os blocos isolados. 3.227. Itinerário: Trajeto a ser percorrido pelas guarnições do Corpo de Bombeiros na ida ou no regresso do atendimento de uma emergência, previamente estabelecido por meio de croqui. 3.228. Jato compacto: Tipo de jato de água caracterizado por linhas de corrente de escoamento paralelas, observado na extremidade do esguicho. 3.229. Jato de espuma de monitor (canhão): Jato de grande capacidade de esguicho, que está apoiado em posição e que pode ser dirigido por um homem. O fluxo de solução de 1200L/min ou mais pode ser usado. 3.230. Jato de fumaça sob o teto (“ceiling jet”): Fluxo de fumaça sob o teto, estendendo-se radialmente do ponto de choque da coluna de fogo contra o teto. Normalmente, a temperatura do jato de fumaça sob o teto será maior que a camada de fogo adjacente. 3.231. Jato de linha de mangueira: Jato de espuma de um esguicho que pode ser segurado e dirigido manualmente. A reação do esguicho usualmente limita o fluxo da solução a aproximadamente 1000L/min no máximo. 3.232. Laje de Segurança: Área de refúgio, localizada na coberta da edificação, com no mínimo 50m², interligada à Escada de Segurança, sendo proibido qualquer desnível ou ressalto e mantendo a condição de enclausuramento. 3.233. Lanço de escada: Sucessão ininterrupta de degraus entre dois patamares sucessivos. Nota: Um lanço de escada nunca pode ter menos de três degraus, nem subir altura superior a 3,70m.

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3.234. Largura do degrau (b): Distância entre o bocel do degrau e a projeção do bocel do degrau imediatamente superior, medida horizontalmente sobre a linha de percurso da escada. 3.235. Laudo: Peça na qual o profissional habilitado relata o que observou e dá as suas conclusões. 3.236. Laudo de Correção do Projeto Contra Incêndio - é o documento emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) indicando inobservâncias técnicas da legislação vigente no Projeto de Segurança Contra Incêndio. 3.237. Limite de área de armazenamento: Linha fixada pela fileira externa de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP), em um lote de recipientes, acrescida da largura do corredor de inspeção, quando este for exigido. 3.238. Limite do lote de recipientes: Linha fixada pela fileira externa de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP), em um lote de recipientes. 3.239. Linha de espuma: Tubulação ou linha de mangueiras destinada a conduzir a espuma. 3.240. Linha de percurso de uma escada: Linha imaginária sobre a qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimão, estando afastada 0,55m da borda livre da escada ou da parede. Nota: Sobre esta linha, todos os degraus possuem piso de largura igual, inclusive os degraus ingrauxidos nos locais em que a escada faz deflexão. Nas escadas de menos de 1.10 m de largura, a linha de percurso coincide com o eixo da escada, ficando, pois, mais perto da borda. 3.241. Linha de solução: Tubulação ou linha de mangueiras destinada a conduzir a solução de espuma mecânica. 3.242. Líquido combustível: Líquido que possui ponto de fulgor igual ou superior a 37,8 ºC, subdividido como segue:

a) Classe II: líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 37,8 ºC e inferior a 60 ºC;

b) Classe IIIA: líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 60 º C e inferior a 93,4 º C;

c) Classe IIIB: líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 93,4ºC.

3.243. Líquido inflamável: Líquido que possui ponto de fulgor inferior a 37,8 ºC, também conhecido como líquido Classe I, subdividindo-se em: 3.244. Classe IA: líquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8 ºC e ponto de ebulição abaixo de 37,8ºC;

3.245. Classe IB: líquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8 ºC e ponto de ebulição igual ou acima de 37,8ºC; 3.246. Classe IC: líquido com ponto de fulgor igual ou acima de 22,8 ºC e ponto de ebulição abaixo de 37,8 ºC. 3.247. Listagem confiável: Relação de dados e características de projeto de equipamentos ou dispositivos, publicada pelo fabricante e reconhecida por órgãos regulamentadores ou normativos, aceita pelo proprietário da instalação ou seu preposto legal designado. 3.248. Local de abastecimento: Área determinada pelo conjunto de veículo abastecedor, mangueira flexível de abastecimento e central de gás liquefeito de petróleo (GLP). 3.249. Local de risco: Área interna ou externa da edificação, onde haja a probabilidade de um perigo se materializar causando um dano. 3.250. Local de saída única: Condição de um pavimento da edificação, onde a saída é possível apenas em um sentido. 3.251. Loteamento: Parcelamento do solo com abertura de novos sistemas de circulação ou prolongamento, modificação ou ampliação dos existentes. 3.252. Lotes de recipientes: Conjunto de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP), sem que haja corredor de inspeção entre estes. 3.253. Maior risco: Aquele que possa existir oriundo de instalações projetadas ou existentes que requeira a maior demanda de água para o combate a incêndio. 3.254. Mangotinho: Ponto de tomada de água onde há uma simples saída contendo válvula de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semi-rígida, esguicho regulável e demais acessórios. 3.255. Mangueira de incêndio: Tubo flexível, fabricado com fios naturais ou artificiais, usado para canalizar água, solução ou espuma. 3.256. Mangueira flexível: Tubo flexível de material sintético com características comprovadas para uso do gás liquefeito de petróleo (GLP), podendo ou não possuir proteção metálica ou têxtil. 3.257. Manômetro: Instrumento que realiza a medição de pressões efetivas ou relativas. 3.258. Manômetro de líquido ajustável: Tipo de manômetro que permite a realização da avaliação da diferença de pressão entre dois ambientes por meio da comparação entre alturas de colunas de líquido dito manométrico. Permite o ajuste do valor inicial, antes do início da medição (ajuste do “zero”). 3.259. Manuseio de produtos controlados: trato com produto controlado com finalidade

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específica como, por exemplo, sua utilização manutenção, armazenamento e manipulação, em acordo com as condições legais exigidas. 3.260. Mapeamento de risco: Estudo desenvolvido pelo responsável por uma edificação em conjunto com o Corpo de Bombeiros, visando relacionar os meios humanos e materiais disponíveis por uma empresa, seguido da qualificação e otimização da capacidade de reação. 3.261. Materiais combustíveis: Produtos ou substâncias (não resistentes ao fogo) que sofrem ignição ou combustão quando sujeitos a calor. 3.262. Materiais de acabamento: Produtos ou substâncias que, não fazendo parte da estrutura principal, são agregados à mesma com fins de conforto, estética ou segurança. 3.263. Materiais fogo-retardantes: Produtos ou substâncias que, em seu processo químico, recebem tratamento para melhor se comportarem frente a ação do calor, ou ainda aqueles protegidos por produtos que dificultem a queima. 3.264. Materiais incombustíveis: Produtos ou substâncias que, submetidos `a ignição ou combustão, não apresentam rachaduras, derretimento, deformações excessivas e não desenvolvem elevada quantia de fumaça e gases. 3.265. Materiais semicombustíveis: Produtos ou substâncias que, submetidos `a ignição ou combustão, apresentam baixa taxa de queima e pouco desenvolvimento de fumaça. 3.266. Máximo enchimento: Volume máximo de gás liquefeito de petróleo (GLP) em estado líquido que um recipiente pode armazenar com segurança. 3.267. Medidas de segurança contra incêndio: Conjunto de dispositivos ou sistemas, a serem instalados nas edificações e áreas de risco, necessários para evitar o surgimento de um incêndio, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção e ainda propiciar a proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio. 3.268. Meio defensável (“tenable environment”): Meio no qual a fumaça e o calor estão limitados e restritos, visando preservar os ocupantes num nível que não exista ameaça de vida. 3.269. Memorial: Conceitos, premissas e etapas utilizados para definir, localizar, caracterizar e detalhar o projeto do sistema de hidrantes e mangotinhos de uma edificação, desde a concepção até a sua implantação e manutenção. É composto de parte descritiva, cálculos, ábacos e tabelas. 3.270. Mezanino: Pavimento que subdivide parcialmente um andar em dois andares. Será considerado andar o mezanino que possuir área

maior que um terço (1/3) da área do andar subdividido. 3.271. Módulo habitável: Contêiner adaptado, que recebeu portas e janelas, além de instalação elétrica e/ou hidráulica; empregado como escritório, sala de reuniões, sala de treinamento ou de aula, depósito, almoxarifado ou guarita. O módulo habitável pode ser formado por um ou mais contêineres conjugados, dispostos horizontalmente (afastados ou não entre si) ou verticalmente, havendo comunicação entre os módulos, através de portas, com ou sem emprego de escadas. 3.272. Monitor: Equipamento destinado a formar e orientar jatos de água ou espuma de grande volume e alcance. 3.273. Monitor fixo (Canhão): Equipamento que lança jato de espuma e está montado num suporte estacionário fixo ao nível do solo ou em elevação. O monitor pode ser alimentado com a solução mediante tubulação permanente ou mangueiras. 3.274. Monitor portátil (canhão): Equipamento que lança jato de espuma e encontra-se num suporte móvel ou sobre rodas, de modo que pode ser transportado para cena do incêndio. 3.275. Mudança de ocupação: Alteração de uso que motive a mudança de divisão da edificação e áreas de risco constante da tabela de classificações das ocupações prevista neste Regulamento. 3.276. Neblina de água: Jato de pequenas partículas d’água, produzido por esguichos especiais. 3.277. Nível de acesso: Ponto do terreno em que atravessa a projeção do parâmetro externo da parede do prédio, ao se entrar na edificação. Nota: É aplicado para a determinação da altura da edificação. 3.278. Nível de descarga: Nível no qual uma porta externa conduz a um local seguro no exterior. 3.279. Norma Técnica do Corpo de Bombeiros (NTCB): é o documento técnico elaborado pelo CBMCE que regulamenta as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco; 3.280. Ocupação: Atividade ou uso da edificação. 3.281. Ocupação mista: Edificação que abriga mais de um tipo de ocupação. 3.282. Ocupação predominante: Atividade ou uso principal exercido na edificação. 3.283. Ocupação temporária: Atividade desenvolvida de caráter temporário, tais como circos, feiras, espetáculos e parques de diversões.

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3.284. Ocupações temporárias em instalações permanentes: Instalações de caráter temporário e transitório, não definitivo em local com características de estrutura construtiva permanente, podendo ser anexadas ocupações temporárias. 3.285. Operação automática: Atividade que não depende de qualquer intervenção humana para determinar o funcionamento da instalação. 3.286. Operação de abastecimento: Atividade de transferência de gás liquefeito de petróleo (GLP) entre o veículo abastecedor e a central de GLP. 3.287. Operação manual: Atividade que depende da ação do elemento humano. 3.288. Operador: Profissional habilitado a executar a operação de transferência de gás liquefeito de petróleo (GLP) entre o veículo abastecedor e a central de GLP, podendo acumular a função de motorista, desde que reúna as habilitações necessárias. 3.289. Órgão competente: Órgão público, federal, estadual, municipal, ou ainda autarquias ou entidades por estes designadas capacitadas legalmente para determinar aspectos relevantes dos sistemas de proteção contra incêndio. 3.290. Parede corta-fogo: Elemento construtivo que, sob a ação do fogo, conserva suas características de resistência mecânica, é estanque à propagação da chama e proporciona um isolamento térmico durante um tempo de 02 (duas) de fogo. Considera-se parede de 0,25cm de espessura em alvenaria ou 0,15cm de espessura em concreto. 3.291. Passagem subterrânea: Obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de pedestres ou veículos. 3.292. Passarela: Obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres. 3.293. Pavimento: Plano de piso. 3.294. Pavimento de descarga: Parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro público ou área externa com acesso a este. 3.295. Pavimento em pilotis: Local edificado de uso comum, aberto em pelo menos três lados, devendo os lados abertos ficar afastados, no mínimo, 1,50 m das divisas. Considera-se, também, como tal, o local coberto, aberto em pelo menos duas faces opostas, cujo perímetro aberto tenha, no mínimo, 70% do perímetro total. 3.296. Percentual de aberturas em uma fachada: Relação entre a área total (edificações não compartimentadas) ou área parcial (edificações compartimentadas) da fachada de uma edificação, dividido pela área de aberturas existentes na mesma fachada.

3.297. Perigo: Propriedade de causar dano inerente a uma substância, a uma instalação ou a um procedimento. 3.298. Pesquisa de incêndio: Apuração das causas, desenvolvimento e conseqüências dos incêndios, mediante exame técnico das edificações, materiais e equipamentos, no local e/ou em laboratório especializado. 3.299. Pessoa habilitada: pessoa dotada de conhecimento técnico e treinada para comercializar fogos de artifício, devidamente treinada por órgão ou instituição similar; 3.300. Piso: Superfície superior do elemento construtivo horizontal sobre a qual haja previsão de estocagem de materiais ou onde os usuários da edificação tenham acesso irrestrito. 3.301. Pista de rolagem: Pista de dimensões definidas, destinada à rolagem de helicópteros entre área de pouso ou de decolagem e a área de estacionamento ou de serviços. 3.302. Planilha de levantamento de dados: Instrumento utilizado para a catalogação de todas as informações e dados da empresa, indispensável à elaboração de um PPI. 3.303. Plano de Auxílio Mútuo (PAM): Plano que tem por objetivo conjugar os esforços dos órgãos públicos (Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia etc) e brigadas de incêndio e de abandono das empresas privadas, em caso de sinistro. 3.304. Plano de intervenção de incêndio: Plano estabelecido em função dos riscos da edificação para definir a melhor utilização dos recursos materiais e humanos em uma situação de emergência. 3.305. Plano global de segurança: Integração de todas as medidas de prevenção contra incêndios e pânico que garantam a segurança efetiva das pessoas (aspecto humano) e do edifício, envolvendo as medidas de proteção ativa e passiva. 3.306. Plano particular de intervenção (PPI): Procedimento peculiar de atendimento de emergência em locais previamente definidos, elaborado por profissionais de grupo multidisciplinar (Engenheiros ou Técnicos que atuem na área de segurança de incêndio e ambiental), em conjunto com o Corpo de Bombeiros. 3.307. Planta de bombeiro: Representação gráfica da edificação, contendo informações através de legenda específica da localização, arranjo e previsão dos meios de segurança contra incêndio e riscos existentes. 3.308. Planta de risco: Mapa simplificado no formato A2, A3 ou A4, em escala padronizada, podendo ser em mais de uma folha, indicando:

a) principais riscos;

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b) paredes corta-fogo e de compartimentação;

c) hidrantes externos; d) número de pavimentos; e) registro de recalque; f) reserva de incêndio; g) armazenamento de produtos perigosos; h) vias de acesso às viaturas do Corpo de

Bombeiros; i) hidrantes públicos próximos da

edificação (se houver). 3.309. Planta: Desenho onde estão situadas uma única ou mais empresas, com uma única ou mais edificações. 3.310. Poço de instalação: Passagem essencialmente vertical deixada numa edificação com finalidade específica de facilitar a instalação de serviços tais como dutos de ar-condicionado, ventilação, tubulações hidráulico-sanitárias, eletrodutos, cabos, tubos de lixo, elevadores, monta-cargas, e outros. 3.311. Poço de sucção: Elemento construtivo do reservatório, destinado a maximizar a utilização do volume de água acumulado, bem como para evitar a entrada de impurezas no interior das tubulações. 3.312. Ponto de abastecimento: Ponto de interligação entre o engate de enchimento da mangueira de abastecimento e a válvula do recipiente que deve ser abastecido. 3.313. Ponto de luz: Dispositivo constituído de lâmpada(s) ou outros dispositivos de iluminação, invólucro(s) e/ou outros(s) componente(s) que têm a função de promover o aclaramento do ambiente ou a sinalização. 3.314. População: Número de pessoas para as quais uma edificação, ou parte dela, é projetada. 3.315. População fixa: Número de pessoas que permanece regularmente na edificação, considerando-se os turnos de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nestas condições. 3.316. População flutuante: Número de pessoas que não se enquadra no item de população fixa. Será sempre pelo número máximo diário de pessoas. 3.317. Porta corta-fogo (PCF): Dispositivo construtivo com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalado nas aberturas da parede de compartimentação, destinadas à circulação de pessoas e de equipamentos. 3.318. Posto de comando: Local fixo ou móvel, com representantes de todos os órgãos envolvidos no atendimento de uma emergência. 3.319. Posto de abastecimento e serviço: Atividade onde são abastecidos os tanques de combustível de motores de veículos.

3.320. PPI: Plano Particular de Intervenção. 3.321. Prevenção de incêndio: Conjunto de medidas que visam: evitar o incêndio; permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação e áreas de risco; dificultar a propagação do incêndio; proporcionar meios de controle e extinção do incêndio e permitir o acesso para as operações do Corpo de Bombeiros. 3.322. Processo de segurança contra incêndio: Documentação que contém os elementos formais exigidos pelo CBPMESP na apresentação das medidas de segurança contra incêndio de uma edificação e áreas de risco que devem ser projetadas para avaliação em análise técnica. 3.323. Produto controlado: produto que, devido ao seu poder de destruição ou outra propriedade, deva ter seu uso restrita a pessoas físicas e jurídicas legalmente habilitadas, capacitadas técnica, moral e psicologicamente, de modo a garantir a segurança social e militar do país. O controle é feito pelo exército ou polícia civil; 3.324. Produtos perigosos: Substâncias químicas com potencial lesivo à saúde humana e ao meio ambiente. 3.325. Profissional habilitado: Toda pessoa com formação em higiêne, segurança e medicina do Trabalho, devidamente registrado nos Conselhos Regionais competentes ou no Ministério do Trabalho e os militares das Forças Armadas, das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, com o 2° grau completo e que possuam especialização em prevenção e combate à incêndio (carga horária mínima de 60 horas), e técnicas de emergências médicas (carga horária mínima de 40 horas), conforme sua área de especialização. 3.326. Profissional legalmente habilitado: Pessoa física ou jurídica que goza do direito, segundo as leis vigentes, de prestar serviços especializados de proteção contra incêndio. 3.327. Profundidade de piso em subsolo: Profundidade medida em relação ao nível de descarga da edificação. 3.328. Projetista: Pessoa física ou jurídica responsável pela elaboração de todos os documentos de um projeto, assim como do memorial. 3.329. Projeto: Conjunto de peças gráficas e escritas, necessárias à definição das características principais do sistema de combate a incêndio, composto de plantas, seções, elevações, detalhes e perspectivas isométricas e, inclusive das especificações de materiais e equipamentos. 3.330. Propagação por condução: Decorrente do contato direto de chamas pela fachada ou pela cobertura (em colapso) de um incêndio em uma

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edificação, que se propaga para outra edificação contígua. 3.331. Propagação por convecção: Decorrente de gases quentes emitidos pelas aberturas existentes na fachada ou pela cobertura da edificação incendiada, que atingem a fachada da outra edificação adjacente. 3.332. Propagação por radiação térmica: Aquela emitida por um incêndio em uma edificação, que se propaga por radiação por meio de aberturas existentes na fachada, pela cobertura (em colapso), ou pela própria fachada (composta de material combustível) para uma outra edificação adjacente. 3.333. Quadro de áreas: Tabela que contém as áreas individualizadas das edificações e seus pavimentos. 3.334. Rampa: Parte construtiva inclinada de uma rota de saída, que se destina a unir dois níveis ou setores de um recinto de evento. 3.335. Recipiente estacionário: Recipiente fixo, com capacidade superior a 0,25 m³. 3.336. Recipiente transportável: Recipiente que pode ser transportado manualmente ou por qualquer outro meio. É considerado transportável para efeito de proteção contra incêndio o recipiente com volume máximo de 500 l. 3.337. Rede de alimentação: Conjunto de condutores elétricos, dutos e demais equipamentos empregados na transmissão de energia do sistema, inclusive a sua proteção. 3.338. Rede de detecção, sinalização e alarme: Conjunto de dispositivos de atuação automática destinados a detectar calor, fumaça ou chama e a atuar equipamentos de proteção e dispositivos de sinalização e alarme. 3.339. Rede de distribuição: Parte do sistema de abastecimento formado de tubulações e órgãos acessórios, destinada a colocar água potável à disposição dos consumidores, de forma contínua, em quantidade e pressão recomendada. 3.340. Rede elétrica da concessionária: Energia elétrica fornecida pela concessionária do município, a qual opera independente da vontade do usuário. 3.341. Refinaria: Unidade industrial na qual são produzidos líquidos inflamáveis, em escala comercial, a partir de petróleo, gasolina natural ou outras fontes de hidrocarbonetos. 3.342. Reforma: Alterações nas edificações e áreas de risco sem aumento de área construída. 3.343. Registro (“dumper”) de sobrepressão: Dispositivo que atua como regulador em ambiente que deva ser mantido em determinado nível de pressão, evitando que a pressão assuma valores maiores por onde ocorra escape do ar.

3.344. Registro de fluxo: Dispositivo com a função de direcionar o fluxo de ar, normalmente utilizado na saída dos grupos moto-ventiladores, quando utilizado duplicidade de equipamentos. 3.345. Registro de fumaça (“smoke damper”): Dispositivo utilizado no sistema de controle de fumaça, projetado para resistir à passagem de ar ou fumaça. Um registro de fumaça pode ser combinado, atendendo a requisitos de resistência a fogo e fumaça. 3.346. Registro de paragem: Dispositivo hidráulico manual, destinado a interrromper o fluxo de água das instalações hidráulicas de combate a incêndio em edificações. 3.347. Registro de recalque: Dispositivo hidráulico destinado a permitir a introdução de água proveniente de fontes externas, na instalação hidráulica de combate a incêndio das edificações. 3.348. Registros corta-fogo (“dampers”): Dispositivos construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nos dutos de ventilação e dutos de exaustão, que cruzam as paredes de compartimentação ou entrepisos. 3.349. Reserva de incêndio: Volume de água destinado exclusivamente ao combate a incêndio. 3.350. Reservatório ao nível do solo: Reserva de incêndio cujo fundo se encontra instalado no mesmo nível do terreno natural. 3.351. Reservatório de escorva: Reservatório de água com volume necessário para manter a tubulação de sucção da bomba de incêndio sempre cheia d’água. 3.352. Reservatório elevado: Reserva de incêndio cujo fundo se encontra instalado acima do nível do terreno natural com a tubulação formando uma coluna d’água. 3.353. Reservatório enterrado ou subterrâneo: Reserva de incêndio cuja parte superior encontra-se instalada abaixo do nível do terreno natural. 3.354. Reservatório semi-enterrado: Reserva de incêndio cujo fundo se encontra instalado abaixo do nível do terreno natural e com a parte superior acima do nível do terreno natural. 3.355. Resistência ao fogo: Propriedade de um elemento construtivo, de resistir à ação do fogo por um determinado período de tempo, mantendo sua integridade, estanqueidade e isolação e/ou características de vedação aos gases e chamas. 3.356. Responsável técnico: Profissional habilitado para elaboração e/ou execução de atividades relacionadas a segurança contra incêndio. Quando relacionado a fogos de artifício deve ser profissional com formação nas áreas de Engenharia Química, Engenharia de Minas ou Engenharia de Segurança.

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3.357. Risco: Propriedade de um perigo se materializar causando um dano. O risco é a relação entre a probabilidade e a conseqüência. O risco pode ser físico (ruídos, vibrações, radiações, pressões anormais, temperaturas extremas, umidade e iluminação deficiente). Pode ser químico (poeiras, fumos, vapores, gases, líquidos e neblinas provenientes de produtos químicos). Pode ainda ser biológico (vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos, parasitas e animais peçonhentos). 3.358. Risco iminente: Possibilidade de ocorrência de sinistro que requer ação imediata. 3.359. Risco isolado: Condição que possibilita isolar por todos os lados, por meio de equipamentos, pessoal de combate a incêndio ou por meios do extravasamento de produto para áreas externas ao risco. 3.360. Risco predominante: Maior risco determinado pela carga de incêndio dentre as ocupações, em função da área dos pavimentos. Nota 1: Ocorrendo equivalência na somatória da carga de incêndio, adotar-se-á para efeito da classificação do maior risco, a ocupação que possuir maior carga de incêndio pôr m². Nota 2:Ocorrendo concentração de público, prevalecerá como sendo o maior risco, para o dimensionamento das saídas de emergências. 3.361. Risco primário: Risco principal do produto de acordo com tabela do Decreto 96.044, de 18 de maio de 1988, Regulamento Federal para o transporte rodoviário de produtos perigosos. 3.362. Risco secundário: Risco subsidiário do produto de acordo com tabela do Decreto 96.044, 18 de maio de 1988, Regulamento Federal para o transporte rodoviário de produtos perigosos. 3.363. Rótulo: elemento que representa informações como, símbolos e/ou expressões emolduradas referentes à natureza, manuseio e identificação do produto. 3.364. Saída de emergência, rota de fuga, rota de saída ou saída: Caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, proporcionado por portas, corredores, “halls”, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída ou combinações desses, a ser percorrido pelo usuário em caso de emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço aberto (área de refúgio) com garantia de integridade física. 3.365. Saída horizontal: Passagem de um edifício para outro por meio de porta corta-fogo, vestíbulo, passagem coberta, passadiço ou balcão.

3.366. Saída única: Local em um setor do recinto de evento, onde a saída é possível apenas em um sentido. 3.367. Sapé, piaçava (ou piaçaba): Fibras vegetais de fácil combustão, de largo emprego na zona rural para cobertura de ranchos, no fabrico de vassouras e também utilizadas como cobertura de edificações destinadas à reunião de público, tais como bares, lanchonetes, restaurantes, casas de espetáculos etc. 3.368. Segurança contra incêndio: Conjunto de ações e recursos, internos e externos à edificação e áreas de risco, que permitam controlar a situação de incêndio. 3.369. Segurança: Compromisso a cerca da relativa proteção da exposição a riscos. 3.370. Selos corta-fogo: Dispositivos construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nas passagens de eletrodutos e tubulações que cruzam as paredes de compartimentação ou entrepisos. 3.371. Separação corta-fogo: Elemento de construção que funciona como barreira contra a propagação do fogo, avaliado conforme norma existente. 3.372. Separação de riscos de incêndio: Recursos que visam a separar fisicamente edificações ou equipamentos. Podem ser áreas livres, barreiras de proteção, anteparos e/ou paredes de material incombustível, com resistência mínima à exposição ao fogo de 2 horas. 3.373. Separação entre edificações: Distância segura entre cobertura e fachada de edificações adjacentes, que se caracteriza pela distância medida horizontalmente entre a cobertura de uma edificação e a fachada de outra. 3.374. Setor: Espaço delimitado por elementos construtivos que condicionam a circulação das pessoas para outras partes do recinto, permitindo ainda a lotação ordenada do local. 3.375. Severidade da exposição: Soma total da energia produzida com a evolução de um incêndio, que resulta na intensidade de uma exposição. 3.376. “Shaft”: Abertura existente na edificação, vertical ou horizontal, que permite a passagem e interligação de instalações elétricas, hidráulicas ou de demais outros dispositivos necessários. 3.377. “Shopping” coberto (“covered mall”): Espaço amplo criado por uma área coberta de pedestre em uma edificação agregando um número de ocupantes, tais como lojas de varejo, bares, entretenimento e diversão, escritórios ou outros usos similares, onde esses espaços ocupados são abertos permitindo comunicação direta com a área de pedestres.

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3.378. Simulado: Emprego técnico e tático dos meios disponíveis, realizados por pessoal especializado, em situação não real, visando o treinamento dos participantes. 3.379. Sinais visuais: Compreendem a combinação de símbolos, mensagens, formas geométricas, dimensões e cores. 3.380. Sinalização de emergência: Conjunto de sinais visuais que indicam, de forma rápida e eficaz, a existência, a localização e os procedimentos referentes a saídas de emergência, equipamentos de segurança contra incêndios e riscos potenciais de uma edificação ou áreas relacionadas a produtos perigosos. 3.381. Sinistro: Ocorrência de prejuízo ou dano, causado por incêndio, acidente, explosão, etc. 3.382. Sistema de aspersão de espuma: Sistema especial, ligado à fonte da solução produtora, estando equipado com aspersores de neblina para descarga e distribuição na área a ser protegida. 3.383. Sistema de carregamento: Dispositivo para o abastecimento de tanques de combustível de motores de veículos, que engloba uma ou mais unidades de abastecimento. 3.384. Sistema de chuveiros automáticos: Conjunto integrado de tubulações, acessórios, abastecimento de água, válvulas e dispositivos sensíveis à elevação de temperatura, de forma a processar água sobre o foco de incêndio em uma densidade adequada para extinguí-lo ou controlá-lo em seu estágio inicial. 3.385. Sistema de controle de fumaça (“smoke management system”): Um sistema projetado, que inclui todos os métodos isolados ou combinados, para modificar o movimento da fumaça. 3.386. Sistema de detecção e alarme: Conjunto de dispositivos que visa a identificar um princípio de incêndio, notificando sua ocorrência a uma central, que repassará este aviso a uma equipe de intervenção, ou determinará o alarme para a edificação, com o conseqüente abandono da área. 3.387. Sistemas de hidrantes ou de mangotinhos: Conjunto de dispositivos de combate a incêndio composto por reserva de incêndio, bombas de incêndio (quando necessário), rede de tubulação, hidrantes ou mangotinhos e outros acessórios descritos nesta norma. 3.388. Subestação atendida: Instalação operada localmente e que dispõe de pessoas permanentes ou estacionadas.

3.389. Subestação compacta: Instalação atendida ou não, localizada em região urbana, com os tipos descritos abaixo: 3.390. Subestação abrigada: Instalação total ou parcialmente abrigada, devido a fatores diversos, com limitação de área do empreendimento, aspectos econômicos e sociais. 3.391. Subestação subterrânea: instalações que se encontram situadas abaixo do nível do solo. 3.392. Subestação de uso múltiplo: Instalação localizada em uma única área compartilhada pelo proprietário e por terceiros. 3.393. Subestação de uso múltiplo: Instalação convencional, acrescida de outras edificações separadas e distanciadas entre si, de único proprietário. 3.394. Subestação elétrica convencional: Instalação de pátio se encontram ao ar livre, podendo os transformadores permanecer ou não enclausurados. 3.395. Subestação não-atendida: Instalação tele-controlada ou operada localmente por pessoas não permanentes ou não estacionadas. 3.396. Subsolo: Pavimento situado abaixo do perfil do terreno. Não será considerado subsolo o pavimento que possuir ventilação natural e tiver sua laje de cobertura acima de 1,20m do perfil do terreno. 3.397. Substância sujeita a combustão espontânea: substância sujeita a aquecimento espontânea nas condições normais de pressão e temperatura, de transportes ou estocagem, que se aquecem em contato com ar, sendo, capazes de se incendiarem. 3.398. Supervisão (“supervision”): Auto-teste do sistema de controle de fumaça, na qual o circuito de condutores ou dispositivos de função, são monitorados para acompanhar a falha ou integridade dos condutores e dos equipamentos que controlam o sistema. 3.399. Tanque: Reservatório cilíndrico para armazenar líquidos combustíveis ou inflamáveis. 3.400. Tanque atmosférico não refrigerado: Reservatório não equipado com sistema de refrigeração. 3.401. Tanque atmosférico refrigerado: Reservatório equipado com sistema de refrigeração, que visa a controlar a temperatura entre – 35ºC a – 40ºC de forma a manter o gás liquefeito de petróleo (GLP) em estado líquido sem a necessidade de pressurização. 3.402. Tanques de maior risco: Reservatório contendo líquidos combustíveis ou inflamáveis e que possui maior demanda de vazão de espuma mecânica.

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3.403. Tanque de teto cônico: Reservatório com teto soldado na parte superior do costado. 3.404. Tanque de teto flutuante: Reservatório cujo teto será diretamente apoiado na superfície do líquido no qual flutua. 3.405. Tanque vertical: Reservatório de base apoiada sobre o solo. 3.406. Taxa de aplicação: Vazão de solução de espuma a ser lançada sobre a área da superfície líquida em chamas. 3.407. Temperatura crítica: temperatura que causa o colapso no elemento estrutural. 3.408. Tempo de comutação: Intervalo de tempo entre a interrupção da alimentação da rede elétrica da concessionária e a entrada em funcionamento do sistema de iluminação de emergência. 3.409. Tempo máximo de abandono (t): Duração considerada para que todos os ocupantes do recinto consigam atingir o espaço livre exterior. 3.410. Tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF): Duração de resistência ao fogo dos elementos construtivos de uma edificação, estabelecida pelas normas. 3.411. Terraço: Local descoberto sobre uma edificação ou ao nível de um de seus pavimentos acima do pavimento térreo. 3.412. Teste: Verificação ou prova (fazer funcionar experimentalmente), para determinar a qualidade ou comportamento de um sistema de acordo com as condições estabelecidas na Instrução Técnica. 3.413. Torre de espuma: Equipamento portátil destinado a facilitar a aplicação da espuma em tanques. 3.414. Tráfego: conjunto de atos relacionados com o transporte de produtos controlados e compreende as fases de embarque, trânsito, desembarque e entrega. 3.415. Trajetórias de escape: Vazão de ar que sai dos ambientes pressurizados, definida no projeto do sistema, e é através deste fluxo de ar que são estabelecidas as trajetórias que serão percorridas pelo ar que gera a pressurização. 3.416. Tubo-luva de proteção: Dispositivo no interior do qual a tubulação de gás (GLP, nafta, natural ou outro similar) é montada, e cuja finalidade é diminuir o risco de um princípio de incêndio, próximo às juntas, soldas e conexões; atingir a proteção contra incêndio existente nos dutos de sucção e/ou pressurização, visando ainda ao não confinamento de gás em locais não ventilados. 3.417. Tubulação: Conjunto de tubos, conexões e outros acessórios destinados a conduzir água, desde a reserva de incêndio até os hidrantes ou mangotinhos.

3.418. Tubulação seca: Parte do sistema de hidrantes, que por condições específicas, fica permanentemente sem água no seu interior, sendo pressurizada por viatura de combate a incêndios. 3.419. Túnel rodoviário: Passagem horizontal construída embaixo da terra ou da água usado para o tráfego de automóveis. 3.420. Unidade autônoma: Parte da edificação vinculada a uma fração ideal de terreno, sujeita às limitações da lei, constituída de dependências e instalações de uso privativo e de parcela de dependências e instalações de uso comum da edificação, assinalada por designação especial numérica, para efeitos de identificação, nos termos da Lei Federal nº 4591, de 16 de dezembro de 1963. 3.421. Unidade de combustível: Postos de abastecimento de combustíveis, edificações destinadas a depósito e armazenamento de líquidos e gases inflamáveis e similares. 3.422. Unidade de passagem: Largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m. Nota: Capacidade de uma unidade de passagem é o número de pessoas que passa por esta unidade em 1,0 minuto. 3.423. Unidade de processamento: Estabelecimento ou parte de estabelecimento cujo objetivo principal é misturar, aquecer, separar ou processar, de outra forma, líquidos inflamáveis. Nesta definição não estão incluídas as refinarias, destilarias ou unidades químicas. 3.424. Válvula de retenção: Dispositivo hidráulico destinado a evitar o retorno da água para o reservatório. 3.425. Válvulas: Acessórios de tubulação destinado a controlar ou bloquear o fluxo de água no interior das tubulações. 3.426. Varanda: Parte da edificação, não em balanço, limitada pela parede perimetral do edifício, tendo pelo menos uma das faces aberta para o logradouro ou área de ventilação. 3.427. Vazamento: Vazão de ar que sai do ambiente e/ou da rede de dutos de modo não desejável causando perda de uma parcela do ar que é insuflado. 3.428. Vedadores corta-fogo: Dispositivos construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nas aberturas das paredes de compartimentação ou dos entrepisos, destinadas à passagem de instalações elétricas e hidráulicas etc. 3.429. Veículo abastecedor: Veículo especificamente homologado para transporte e transferência de gás liquefeito de petróleo (GLP) a granel.

Page 75: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará Página 20 de 21

3.430. Veículo transportador: Veículo que dispõe de tanque criogênico, especialmente projetado e utilizado para o transporte e transvasamento de gás natural liquefeito (GNL), construído e operado com observância do disposto em norma e devidamente certificado pelo INMETRO. 3.431. Veios: Dispositivos instalados no interior de curvas, bifurcações ou outros acessórios com a finalidade de direcionar o fluxo de ar, visando, também, à diminuição da perda de carga localizada. 3.432. Velocidade (v): Distância percorrida por uma pessoa em uma unidade de tempo. 3.433. Veneziana de tomada de ar: Dispositivo localizado em local fora do risco de contaminação por fumaça proveniente do incêndio e por partículas que proporcionam o suprimento de ar adequado para o sistema de pressurização. 3.434. Ventilação constante: Movimentação constante de ar em um ambiente. 3.435. Ventilação cruzada: Movimentação de ar, que se caracteriza por aberturas situadas em lados opostos das paredes de uma edificação, sendo uma localizada junto ao piso e a outra situada junto ao teto. 3.436. Via de acesso: Espaço destinado para as viaturas do CBMCE adentrarem no entorno à edificação, à área de risco e à faixa de estacionamento. 3.437. Via urbana: Espaços abertos destinados à circulação pública (tais como ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares), situados na área urbana e caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão. 3.438. Viaduto: Obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de terreno ou servir de passagem superior. 3.439. Vias de acesso para atendimento a emergências: Áreas ou locais definidos para passagem de pessoas, em casos de abandono de emergência, e/ou para transporte de equipamentos ou materiais para extinção de incêndios. 3.440. Vigas principais: Elementos estruturais ligados diretamente aos pilares ou a outros elementos estruturais que sejam essenciais à estabilidade do edifício como um todo. 3.441. Vistoria: Ato de verificar o cumprimento das exigências das medidas de segurança contra

incêndio nas edificações e áreas de risco, em inspeção no local. 3.442. Bombeiro Mlitar Fiscal: Servidor público militar, autorizado para o exercício do serviço de análise de projetos e vistorias do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 3.443. Vistoria periódica: Ato de verificar as edificações quanto aos Sistemas de Proteção Contra Incêndio e pânico por motivação qualquer. 3.444. Vítima: Pessoa ou animal que sofreu qualquer tipo de lesão ou dano. 4. Procedimentos 4.1. Os símbolos gráficos que devem constar nos projetos de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco são apresentadas no Anexo. 4.2. Os símbolos gráficos são compostos por uma forma geométrica básica, que define uma categoria de segurança contra incêndio e pânico e por um símbolo suplementar, que, quando colocado no interior da forma geométrica básica, define o significado específico do conjunto gráfico representado. 4.3. As dimensões dos símbolos devem estar em uma mesma escala, proporcional à escala de qualquer desenho do projeto. 4.3. Caso seja conveniente, a área na cor preta existente no interior de algum dos símbolos pode ser substituída por hachuras ou pode ser pontilhada. 4.4. Os símbolos podem ser suplementados por figuras detalhadas, números ou abreviaturas. 4.6. Os significados de todos os símbolos utilizados devem ser representados em uma legenda, de forma clara e de fácil identificação pelo leitor. 4.6.1. Não podem ser utilizados nos projetos de segurança símbolos diferentes dos referenciados na presente norma. Caso o projetista necessite de algum símbolo não apresentado no anexo, este deve contar em legenda.

Page 76: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará Página 21 de 21

ANEXO SÍMBOLOS GRÁFICOS

EXTINTOR DE PÓ

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO

EXTINTOR DE ÁGUA

EXTINTOR SOBRE RODAS OU CARRETA

HIDRANTE DE PAREDE

HIDRANTE URBANO

BLOCO AUTÔNOMO PARA ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

HIDRANTE SAÍDA DUPLA

Page 77: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

ESTADO DO CEARÁ

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 03/2011

Prevenção Contra Incêndio e Pânico em Estádios e Áreas Afins

(Dimensionamento de Lotação e Saídas de Emergência)

FORTALEZA – CEARÁ

Maio - 2011

Page 78: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

2

SUMÁRIO

1 Objetivo

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Área de acomodação do público – setores

6 Saídas (normais e de emergência)

7 Dimensionamento das saídas

8 Setores para espectadores em pé em

eventos esportivos em geral

9 Outras exigências

10 Edificações de caráter temporário

11 Edificações existentes

12 Da proteção contra incêndio

13 Prescrições diversas

14 Publicação

ANEXOS

A Exemplos de dimensionamento

B Figuras

Page 79: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

3

1 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos mínimos necessários

para a segurança contra incêndio e pânico em

centros esportivos, de eventos e de exibição,

em especial quanto à determinação da

população máxima e o dimensionamento das

saídas visando à proteção da vida, atendendo

a Lei nº 13.556, de 29 de dezembro de 2004

que dispõe sobre a prevenção contra incêndio

e pânico no Estado de Ceará.

2 APLICAÇÃO

2.1 Esta norma técnica se aplica às

edificações destinadas a reunião de público

enquadradas nas divisões F-3 e F-7 (estádios,

ginásios, rodeios, arenas, construções

provisórias para público, circos, arquibancadas

e similares), permanentes ou não, fechadas ou

abertas, cobertas ou ao ar livre.

2.2 Para edificações permanentes, com

lotação inferior a 2.500 pessoas, admite-se

que os parâmetros de saídas sejam

dimensionados conforme a norma técnica NT

05.

2.3 As normas técnicas NT 01 e NT 05

complementam o presente texto nos assuntos

não detalhados nesta norma técnica.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E

BIBLIOGRÁFICAS

3.1 Para compreensão desta Norma

Técnica é necessário consultar as seguintes

normas, levando em consideração todas as

suas atualizações e outras que vierem

substituí-las:

BRASIL. Decreto nº 6.795, de 16 de março de

2009. Regulamenta o art. 23 da Lei nº 10.671,

de 15 de maio de 2003.

BRASIL. Lei nº 10.671, de 15 de maio de

2003. Dispõe sobre o Estatuto de Defesa do

Torcedor e dá outras providências.

COELHO, Antônio Leça. Modelação

matemática do abandono de edifícios sujeitos

à ação de um incêndio. Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto,

Portugal. COTÉ, Ron. NFPA-101 - Life Safety

Code Handbook. 18.ed. Quincy: NFPA, 2000.

FIFA. Football Stadiums -Technical

recommendations and requirements. 4.ed.

FIFA: Zurich, 2007.

GUIDE TO SAFETY AT SPORTS GROUNDS

(Green Guide). 5.ed. United Kingdom, 2008.

Instrução Técnica nº 12/2010 - Corpo de

Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São

Paulo.

Instrução Técnica nº 37/2010 - Corpo de

Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais.

NBR 15219 - Plano de emergência contra

incêndio – Requisitos

NBR 15476 – Móveis plásticos - assentos

plásticos para estádios desportivos e lugares

públicos não cobertos.

NBR 15816 – Móveis plásticos - assentos

plásticos para estádios desportivos e lugares

públicos fechados.

NBR 5419 – Proteção de estruturas contra

descargas atmosféricas.

NBR 9050 – Adequação das edificações e do

imobiliário urbano à pessoa deficiente.

NBR 9077 – Saídas de emergência em

edificações

NBR 9441 - Execução de Sistemas de

Detecção e Alarme de Incêndio.

PORTUGAL- Decreto Regulamentar Nº10/01,

de 07/06/01.

NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa

tensão.

PORTUGAL. Decreto Regulamentar nº 34/95,

de 16 de dezembro de 1995. Regulamento das

Condições Técnicas e de Segurança dos

Page 80: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

4

Recintos de Espectáculos e Divertimentos

Públicos.

4 DEFINIÇÕES

4.1 Para entendimento desta norma técnica

aplicam-se as definições abaixo:

4.1.1 Acesso: caminho a ser percorrido pelos

usuários do pavimento ou do setor,

constituindo a rota de saída para se alcançar

uma escada, ou uma rampa, ou uma área de

refúgio, ou descarga para saída do recinto. Os

acessos podem ser constituídos por

corredores, passagens, vestíbulos, balcões,

varandas, terraços e similares.

4.1.2 Acesso lateral: é um corredor de

circulação paralelo às filas (fileiras) de

assentos ou arquibancadas, geralmente

possui piso plano ou levemente inclinado

(rampa). Ver Figura 1.

4.1.3 Acesso radial: é um corredor de

circulação que dá acesso direto na área de

acomodação dos espectadores (patamares

das arquibancadas), podendo ser inclinado

(rampa) ou com degraus. Deve ter largura

mínima de 1,20 m. Ver Figura 1.

4.1.4 Assento rebatível: mobiliário que

apresenta duas peças principais, encosto e

assento. A peça do assento possui

características retráteis, seja por contra de

peso ou de mola, permanecendo na posição

recolhida quando desocupada.

4.1.5 Arquibancada: série de assentos em

filas sucessivas, cada uma em plano mais

elevado que a outra, em forma de degraus, e

que se destina a dar melhor visibilidade aos

espectadores, em estádios, anfiteatros, circos,

auditórios, etc. Podem ser providas de

assentos (cadeiras ou poltronas) ou não. Há

também a modalidade de arquibancadas para

público em pé.

4.1.6 Barreiras: estruturas físicas destinadas

a impedir ou dificultar a livre circulação de

pessoas.

4.1.7 Barreiras antiesmagamento: barreiras

destinadas a evitar esmagamentos dos

espectadores, devido à pressão da multidão

aglomerada nas áreas de acomodação de

público em pé.

4.1.8 Bloco: agrupamento de assentos

preferencialmente localizados entre dois

acessos radiais ou entre um acesso radial e

uma barreira.

4.1.9 Descarga: parte da saída de

emergência que fica entre a escada ou a

rampa e a via pública ou área externa em

comunicação com a via pública. Pode ser

constituída por corredores ou átrios cobertos

ou a céu aberto.

4.1.10 Local de segurança: local fora da

edificação, no qual as pessoas estão sem

perigo imediato dos efeitos do fogo.

4.1.11 Local de relativa segurança: local

dentro de uma edificação ou estrutura onde,

por um período limitado de tempo, as pessoas

têm alguma proteção contra os efeitos do fogo

e da fumaça. Este local deve possuir

resistência ao fogo e elementos construtivos,

de acabamento e de revestimento

incombustíveis, proporcionando às pessoas

continuarem sua saída para um local de

segurança. Exemplos: escadas de segurança,

escadas abertas externas, corredores de

circulação (saída) ventilados (mínimo de 1/3

da lateral com ventilação permanente).

4.1.12 Plano de abandono: conjunto de

normas e ações visando à remoção rápida,

segura, de forma ordenada e eficiente de toda

a população fixa e flutuante da edificação em

caso de uma situação de sinistro.

4.1.13 Plano de emergência: documento

estabelecido em função dos riscos da

edificação, que encerra um conjunto de ações

Page 81: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

5

e procedimentos a serem adotados, visando à

proteção da vida, do meio ambiente e do

patrimônio, bem como a redução das

conseqüências de sinistros.

4.1.14 Posto de comando: local fixo ou móvel,

com representantes de todos os órgãos

envolvidos no atendimento de uma

emergência.

4.1.15 Sala de Comando e Controle: local

instalado em ponto estratégico que

proporcione visão geral de todo recinto

(setores de público, campo, quadra, arena

etc.), devidamente equipado com todos os

recursos de informação e de comunicação

disponíveis no local, destinado à coordenação

integrada das operações desenvolvidas pelos

órgãos de Defesa Civil e Segurança Pública

em situação de normalidade.

4.1.16 Setor: espaço delimitado para

acomodação dos espectadores, permitindo a

ocupação ordenada do recinto, definido por

um conjunto de blocos.

4.1.17 Taxa de fluxo (F): número de pessoas

que passam por minuto, por determinada

largura de saída (pessoas/minuto).

4.1.18 Tempo de saída: é o tempo no qual

todos os espectadores, em condições normais,

conseguem deixar a respectiva área de

acomodação (setor) e adentrarem em um local

seguro ou de relativa segurança. Nota: Não

inclui o tempo total necessário para percorrer a

circulação inteira de saída (do assento ao

exterior).

4.1.19 Túnel de acesso ou “vomitório”:

passagem coberta que interliga as áreas de

acomodação de público (arquibancadas) às

circulações de saída ou de entrada do recinto.

5 ÁREA DE ACOMODAÇÃO DO PÚBLICO

– SETORES

5.1 Generalidades

5.1.1 Os recintos para eventos desportivos

devem ser setorizados em função de suas

dimensões a fim de evitar-se que, em uma

situação de emergência, o movimento dos

ocupantes venha a saturar determinadas rotas

de fuga bem como possibilitar às equipes de

segurança, socorro e salvamento, condições

para executarem suas respectivas ações nos

diversos eventos.

5.1.2 Em todos os setores deve haver saídas

suficientes, em função da população existente,

sendo, no mínimo, duas alternativas de saída

de emergência, em lados distintos.

Recomenda-se que cada setor tenha lotação

máxima de 10.000 pessoas.

5.1.3 O projeto das arquibancadas deverá

prever a possibilidade de divisão física entre

setores, através de barreiras que possam ser

removidas, de forma que estes sejam providos

de todos os recursos (bares, sanitários,

atendimento médico, acessibilidade e outros) e

acessos e saídas independentes, atendendo

às prescrições desta norma técnica.

5.1.4 As rotas de fuga dos espectadores

devem ser independentes das rotas de fuga

dos atletas ou artistas que se apresentam no

recinto, contendo sinalização complementar de

balizamento conforme normas técnicas

pertinentes.

5.1.5 Os setores, os blocos, as fileiras e os

assentos dos espectadores (inclusive quando

o assento for no próprio patamar da

arquibancada) devem ser devidamente

numerados e identificados, com marcação fixa

e visível, devendo também as fileiras serem

identificadas nas laterais dos acessos radiais,

em cor contrastante com a superfície.

5.1.6 Os ingressos disponibilizados para o

evento devem conter a respectiva identificação

do portão, do setor, do bloco, da fila e da

numeração do assento.

Page 82: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

6

5.1.7 Somente são considerados lugares

destinados a espectadores, aqueles inseridos

dentro dos setores previamente estabelecidos

e com rotas de fuga definidas.

5.1.8 As arquibancadas para público em pé

devem ser dotadas de barreiras

antiesmagamento – ver Seção “Guarda-corpos

(barreiras) e corrimãos”.

5.2 Patamares (degraus) das

arquibancadas

5.2.1 O comprimento máximo e o número

máximo de assentos (cadeiras, poltronas) nas

filas das arquibancadas devem obedecer às

seguintes regras:

5.2.2 Para estádios e similares

(arquibancadas permanentes): 20 m, quando

houver acesso em ambas extremidades da

fila, e, 10 m, quando houver apenas um

corredor de acesso (ver Figura 1).

5.2.3 Para ginásios cobertos e similares

(locais internos) e para arquibancadas

provisórias (desmontáveis): 14 m, quando

houver acessos nas duas extremidades da fila,

e, 7 m, quando houver apenas um corredor de

acesso.

5.2.4 Os patamares (degraus) das

arquibancadas para público em pé (quando

permitido) devem possuir as seguintes

dimensões (ver Figura 2):

a. altura mínima de 0,15 m e máxima de

0,19 m;

b. largura mínima de 0,40 m.

5.2.5 Os patamares (degraus) das

arquibancadas para público sentado (cadeiras

individuais ou assentos numerados direto na

arquibancada, quando permitido) devem

possuir as seguintes dimensões:

a. largura mínima 0,80 m;

b. altura máxima de 0,57 m (ver Figura 3).

5.2.5.1 Para edificações existentes admite-

se patamares com largura mínima de 0,75 m,

desde que atendidos os seguintes requisitos:

a. caso as filas sejam equipadas com

cadeiras com assento rebatível ou não

possuam cadeiras (assentos

numerados direto na arquibancada), os

valores máximos de comprimento da

fila, previstos na Subseção 5.2.1,

deverão ser reduzidos em 25%;

b. caso as cadeiras sejam não-rebatíveis

(tipo concha) os comprimentos

máximos das filas, previstos na

Subseção 5.2.1, devem ser reduzidos

em 50%.

5.2.5.2 Para arquibancadas provisórias

(desmontáveis) ver Seção específica.

5.2.6 Quando os próprios patamares das

arquibancadas forem usados como degraus de

escada, recomenda-se que a altura destes

esteja entre 0,15 m a 0,19 m.

5.2.7 Para edificações a serem construídas,

não será admitida a previsão de espectadores

em pé.

5.3 Assentos

5.3.1 Os assentos individuais das

arquibancadas (cadeiras ou poltronas),

destinados aos espectadores devem ser

dimensionados conforme normas técnicas e

ter as seguintes características (ver Figuras 3

e 4):

a. possuir resistência mecânica suficiente

para os esforços solicitados;

b. serem constituídos com material

incombustível ou retardante ao fogo,

conforme normas vigentes;

c. cada assento deverá possuir, no

mínimo, 0,42 m de largura útil e deve

ser instalado, no mínimo, a cada 50 cm

entre seus eixos, medidos

centralizadamente;

d. ter espaçamento mínimo de 0,40 m

para circulação nas filas, entre a

Page 83: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

7

projeção dianteira de um assento de

uma fila e as costas do assento em

frente. Para edificações existentes

admite-se este espaçamento com 0,35

m (ver Figura 4);

e. ter encosto com altura mínima de

30cm;

f. serem afixados de forma a não permitir

sua remoção ou desprendimento de

partes sem auxílio de ferramentas.

5.3.2 Os estádios com público superior a

35.000 pessoas deverão adotar assentos

rebatíveis, exceto se o patamar possuir largura

igual ou superior a 1,10 m.

5.3.3 À frente das primeiras fileiras de

assentos dos setores de arquibancadas,

localizadas em cotas inferiores, deverá ser

mantida a distância mínima de 0,55 m para

circulação (ver Figura 4).

5.3.4 A altura mínima do guarda-corpo frontal

da arquibancada deverá ser de 1,10 m;

5.3.5 A altura mínima do guarda-corpo da

parte de trás da arquibancada deverá ser de

1,80m;

5.3.6 A altura mínima do guarda-corpo das

laterais da arquibancada deve atender à

Seção 6.4 – Guada-corpos, barreiras e

corrimãos.

5.4 Inclinações das arquibancadas

5.4.1 A inclinação máxima admitida para os

setores de arquibancada será de 37 graus

(medida entre a primeira fila e a última, tendo

como base a cota inferior dos degraus das

arquibancadas em relação à linha horizontal).

5.4.1.1 Nos setores de arquibancadas com

inclinação igual ou superior a 32 graus torna-

se obrigatória a instalação de barreiras

(guarda-corpos) na frente de cada fila de

assentos, com altura mínima de 0,70m do piso

e resistência mínima de 1,5 kN/m (Kilonewton

por metro). Ver Figuras 3 e 4.

5.4.1.2 Nos setores com arquibancadas para

público em pé, bem como nos setores com

assentos no próprio patamar da arquibancada

(quando permitido), a inclinação máxima deve

ser de 25 graus.

6 SAÍDAS (NORMAIS E DE EMERGÊNCIA)

6.1 Regras gerais (saídas horizontais e

verticais)

6.1.1 As saídas podem ser nominadas

didaticamente em:

a. acessos;

b. circulações de saídas horizontais e

verticais e respectivas portas, quando

houver;

c. escadas ou rampas;

d. descarga;

e. espaços livres no exterior.

6.1.2 É importante que se forneça, nos

recintos de grande aglomeração de pessoas,

circulações de saída capazes de comportar,

de forma segura, a passagem das pessoas

dentro de um período de tempo aceitável, e

evitar o congestionamento das saídas e o

estresse psicológico.

6.1.3 Os responsáveis pela edificação e pela

organização do evento devem garantir a

permanência de equipes habilitadas para

assegurar que as vias de saída estejam

planejadas para prover aos espectadores uma

circulação livre e desimpedida até que eles

consigam atingir a área externa da edificação,

devendo apresentar este planejamento no

Plano de Emergência. Assim, deve-se

assegurar que:

a. haja número suficiente de saídas em

posições adequadas (distribuídas de

forma uniforme);

Page 84: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

8

b. todas as áreas de circulações de saída

tenham larguras adequadas à

respectiva população;

c. as pessoas não tenham que percorrer

distâncias excessivas para sair do local

de assistência (acomodação), devendo

ser adotadas as rotas mais diretas

possíveis;

d. haja dispositivos que direcionem o fluxo

de pessoas que irão adentrar em uma

rota de fuga, conforme

dimensionamento da capacidade das

saídas e caminhamentos máximos;

e. todas as saídas tenham sinalização e

identificação adequadas, tanto em

condições normais como em

emergência.

6.1.4 Nas saídas, os elementos construtivos

e os materiais de acabamentos e de

revestimento devem ser incombustíveis.

6.1.5 O piso das áreas destinadas à saída do

público, além de ser incombustível, deverá

também ser executado em material

antiderrapante e conter sinalização

complementar de balizamento conforme

normas técnicas pertinentes.

6.1.6 As circulações não podem sofrer

estreitamento em suas larguras, no sentido da

saída do recinto, devendo, no mínimo, ser

mantida a mesma largura ou, no caso de

aumento de fluxo na circulação, deve-se

dimensionar para o novo número de pessoas.

6.1.7 As saídas devem possuir, no mínimo,

1,20 m de largura.

6.1.7.1 No caso de edificações existentes,

será admitida a largura mínima de 1,10m.

6.1.8 As saídas devem ser dimensionadas

em função da população de cada setor

considerado, sendo que deve haver, no

mínimo, duas opções (alternativas) de fuga,

em lados distintos, em cada setor.

6.1.9 Para recintos com previsão de público

igual ou superior a 2.500 pessoas, deverá ser

elaborado Plano de Emergência, devendo

constar as plantas ou croquis que estabeleçam

o “plano de abandono” de cada um dos

setores. Cópia do Plano de Emergência deve

ser mantida na sala de comando e controle do

recinto.

6.1.10 As saídas que não servem aos setores

de arquibancadas ou à platéia devem atender

aos parâmetros normativos pertinentes

adotados na NT 05. Ex: camarins, vestiários,

área de concentração dos atletas ou artistas,

administração, escritórios, sala de imprensa,

camarotes, locais fechados e outros.

6.1.11 Devem ser previstos espaços

adequados para portadores de necessidades

especiais, atendendo aos critérios descritos

nas normas técnicas pertinentes.

6.1.12 Toda circulação horizontal deve estar

livre de obstáculos e permitir o acesso rápido e

seguro do público às saídas verticais dos

respectivos pisos ou à área de descarga.

6.1.12.1 Vestiários, locais de venda, acessos

dos sanitários e outros locais de acúmulo de

pessoas devem distar, no mínimo, 5 m das

saídas (túneis, escadas, rampas e outros). Ver

Figura 14.

6.1.13 Os desníveis existentes nas saídas

horizontais devem ser vencidos por rampas de

inclinação não superior a 10% e patamar

horizontal de descanso a cada 10 m.

6.1.14 Nas barreiras ou alambrados que

separam a área do evento (arena, campo,

quadra, pista dentre outros) dos locais

acessíveis ao público devem ser previstas

passagens que permitam aos espectadores

sua utilização em caso de emergência,

mediante sistema de abertura nos dois

sentidos, acionado pelos componentes do

serviço de segurança ou da brigada de

Page 85: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

9

incêndio. Estas passagens devem ser

instaladas ao final de todos os acessos radiais.

6.1.14.1 As passagens (portões) de acesso ao

campo devem ser pintadas em cor amarela.

6.1.15 Os acessos radiais deverão ser na cor

amarela ou sinalizados com faixas amarelas

nas extremidades laterais, contrastantes com

a cor do piso (ver Figuras 3, 8 e 9).

6.1.15.1 As faixas previstas no item anterior

deverão possuir no mínimo 5,0 cm de largura

e serem contínuas até a barreira, portão ou

alambrado.

6.1.16 Quando houver mudanças de direção,

as paredes não devem ter cantos vivos.

6.1.17 As portas e os portões de saída do

público devem abrir sempre no sentido de fuga

das pessoas, e possuir largura dimensionada

para o abandono seguro da população do

recinto, porém, nunca inferior a 1,20 m.

6.1.18 As portas e portões de saída devem ser

providos de barras antipânico, não sendo

permitido qualquer tipo de travamento no

sentido de saída do recinto, exceto os portões

de acesso ao campo, que devem ser

devidamente monitorados pelo serviço de

segurança ou pela brigada de incêndio.

6.1.19 Nenhuma saída deve ser fechada de

modo que não possa ser facilmente e

imediatamente aberta em caso de emergência.

6.1.20 As saídas finais devem ser

monitoradas pessoalmente pela segurança ou

brigada, enquanto o recinto for utilizado pelo

público.

6.1.21 Todas as portas e portões de saída

final em uma via de saída normal devem abrir

no sentido do fluxo de saída e serem mantidos

na posição totalmente aberta, antes do fim do

evento. Ao abrir, não devem obstruir qualquer

tipo de circulação (corredores, escadas,

descarga etc.). O responsável pela segurança

deve verificar ou ser informado quando todas

as portas e portões das saídas finais estiverem

seguramente na posição aberta, com prazo

suficiente para garantir a saída segura do

público.

6.1.21.1 Deverão ser observadas medidas que

permitam a saída do público de torcidas

distintas, separadamente, devendo estas

saídas atenderem proporcionalmente ao

público a que se destinam, conforme

prescrições desta Norma Técnica.

6.1.22 Não devem existir peças plásticas em

fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças

e outros.

6.1.23 As catracas de acesso devem ser

reversíveis, para permitir a saída de alguém do

recinto, em caso de necessidade, a qualquer

momento, sendo que estes espaços não

poderão ser computados no cálculo das

saídas de emergência.

6.1.24 As catracas devem ser dimensionadas

para atender a todo o público e a seu acesso

em um tempo máximo de 1 hora com a devida

agilidade e atendimento aos procedimentos de

segurança. Para este cálculo, deve ser

considerada uma capacidade máxima de 660

espectadores por catraca por hora.

6.1.25 Ao lado das entradas devem ser

previstas portas ou portões destinados à saída

dos espectadores, dimensionados de acordo

com o estabelecido nesta norma técnica, com

as respectivas sinalizações, não podendo ser

obstruídos pela movimentação de entrada do

público ao recinto, devendo permanecer

sempre livres e prontos para utilização. Estas

saídas devem ser monitoradas pessoalmente

pelo serviço de segurança ou pela brigada de

incêndio.

6.1.26 É vedada a utilização de portas e

portões de correr ou de enrolar nas saídas.

6.1.27 As circulações devem ser iluminadas e

sinalizadas com indicação clara do sentido da

saída, de acordo com os parâmetros da NT

09.

Page 86: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

10

6.1.28 Todas as saídas (portas, portões)

devem ser claramente marcadas, nos dois

lados (interno e externo), com seus

respectivos números de identificação, para

facilitar o deslocamento rápido em caso de

emergência.

6.1.29 As portas e passagens nas circulações

devem ter altura mínima de 2,20 m para

edificações novas e de 2,00 m para as

existentes.

6.2 Saídas verticais - escadas ou rampas

6.2.1 Todos os tipos de escadas ou de

rampas deverão ter:

a. largura mínima de 1,20 m;

b. o piso dos degraus e patamares

revestidos por materiais incombustíveis

e antiderrapantes;

c. corrimäos contínuos em ambos os

lados, com altura entre 0,80m a 0,92m,

atendendo aos requisitos da Seção 6.4

– Guada-corpos, barreiras e corrimãos.

d. guarda-corpos com altura mínima de

1,10 m, atendendo aos requisitos da

Seção 6.4.

e. as escadas e rampas com 2,40 m de

largura ou mais devem possuir

corrimãos intermediários no máximo a

cada 1,80 m e no mínimo a cada 1,20

m (ver Figura 5);

f. as escadas devem ter lanço mínimo de

3 degraus.

6.2.2 As saídas verticais (escadas ou

rampas) devem ainda satisfazer as exigências

descritas a seguir:

6.2.2.1 Serem contínuas desde o piso ou

nível que atendem até o piso de descarga ou

nível de saída do recinto ou setor.

6.2.2.2 O lanço máximo, entre dois

patamares consecutivos, não deve ultrapassar

3,20 m de altura (rampas e escadas).

6.2.2.3 Para edificações existentes, caso

existam saliências ou um degrau de escada,

os quais sejam tecnicamente impossíveis de

serem corrigidos, estes deverão ser

sinalizados observando sinalização específica

conforme normas técnicas pertinentes.

6.2.2.4 Devem ser construídas em lances

retos e sua mudança de direção deve ocorrer

em patamar intermediário e plano.

6.2.2.5 Os patamares devem ter largura igual

à da escada ou da rampa e comprimento

conforme regras descritas abaixo:

a. quando houver mudança de direção na

escada ou na rampa, o comprimento

mínimo dos patamares deve ser igual à

largura da respectiva saída;

b. caso não haja mudança de direção, o

comprimento mínimo deve ser igual a

1,20m (exemplo: patamar entre dois

lanços na mesma direção).

6.2.2.6 Elevadores, elevadores de

emergência e escadas rolantes não podem ser

considerados como saídas de emergência.

6.2.2.7 Os degraus das escadas (exceto os

degraus dos acessos radiais) devem atender

aos seguintes requisitos:

a. altura dos espelhos dos degraus (h)

deve situar-se entre 0,15 m e 0,18 m,

ou seja, 0,15 m ≤ h ≤ 0,18 m, com

tolerância de 0,005 m (0,5 cm);

b. largura mínima das pisadas (b): 0,27 m;

c. o balanceamento dos degraus deve

atender a relação entre altura do

espelho (h) e a largura da pisada (b), a

saber: 0,63 ≤ (2h + b) ≤ 0,64 (m)

6.2.2.7.1 Os degraus dos acessos radiais,

nas arquibancadas, devem ser balanceados

em função da inclinação da arquibancada e

das dimensões dos patamares (ver Figura 3).

6.2.2.8 Em áreas de uso comum não são

admitidas escadas em leque, caracol ou

helicoidal;

6.2.2.9 O uso de rampas é obrigatório nos

Page 87: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

11

seguintes casos:

a. na descarga e acesso de elevadores

de emergência;

b. quando a altura a ser vencida não

permitir o dimensionamento equilibrado

dos degraus de uma escada;

c. para unir o nível externo ao nível do

saguão térreo das edificações para

acesso de deficientes físicos, conforme

normas técnicas pertinentes.

6.2.2.10 As rampas devem ser dotadas de

guarda-corpos de forma análoga às escadas.

6.2.2.11 As rampas não podem terminar em

degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e

sucedidas sempre por patamares planos.

6.2.2.12 Os patamares das rampas devem ser

sempre em nível, tendo comprimento mínimo

de 1,20 m, medidos na direção do trânsito,

sendo obrigatórios sempre que houver

mudança de direção.

6.2.2.13 As rampas podem suceder um lanço

de escada, no sentido descendente de saída,

mas não podem precedê-lo.

6.2.2.14 Não é permitida a colocação de

portas nas rampas (ou nas escadas), sendo

que estas devem estar situadas sempre em

patamares planos, com comprimento não

inferior à da folha da porta de cada lado do

vão.

6.2.2.15 As inclinações das rampas não

deverão exceder a 10% (1:10).

6.3 Descarga e espaços livres no

exterior.

6.3.1 Cuidados especiais devem ser

adotados pela organização do evento e pelas

autoridades competentes para que a descarga

do público tenha fluxo suficiente na área

externa, ao redor do recinto, para evitar-se

congestionamento nas circulações internas da

edificação, o que comprometeria as saídas do

recinto, mesmo que corretamente

dimensionadas. Dessa forma, medidas de

segurança devem ser adotadas para se evitar

a aglomeração de público nas descargas

externas do recinto, por exemplo: desvios de

trânsito nas vias próximas ao recinto, proibição

de “comércio” nas proximidades das saídas e

outros.

6.3.2 Nos acessos ao recinto devem ser

planejadas áreas de acúmulo de público

suficientemente dimensionadas para conter o

público com segurança, organizado em filas

antes de passar pelas catracas.

6.3.3 No dimensionamento da área de

descarga, devem ser consideradas todas as

saídas horizontais e verticais que para ela

convergirem.

6.3.4 As descargas devem atender aos

seguintes requisitos:

a. não serem utilizadas como

estacionamento de veículos de

qualquer natureza. Caso necessário,

deverão ser previstos divisores físicos

que impeçam tal utilização;

b. serem mantidas livres e desimpedidas,

não devendo ser dispostas

dependências que, pela sua natureza

ou sua utilização, possam provocar a

aglomeração de público, tais como

bares, pistas de dança, lojas de

“souvenirs” ou outras ocupações;

c. não serem utilizadas como depósito de

qualquer natureza;

d. serem distribuídas de forma

equidistante e dimensionadas de

maneira a atender o fluxo a elas

destinado e o respectivo caminhamento

máximo;

e. não possuir saliências, obstáculos ou

instalações que possam causar lesões

em caso de abandono de emergência.

6.4 Guarda-corpos, barreiras e corrimãos

Page 88: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

12

6.4.1 Toda saída deve ser protegida, de

ambos os lados, com corrimãos e guarda-

corpos contínuos, sempre que houver

qualquer desnível maior de 18 cm, a fim de se

evitar acidentes.

6.4.2 A altura das barreiras, internamente,

deve ser, no mínimo, de 1,10 m e sua

resistência mecânica varia de acordo com a

sua função e posicionamento (ver Figuras 6).

6.4.3 As arquibancadas cujas alturas em

relação ao piso de descarga sejam superiores

a 2,10 m devem possuir fechamento dos

encostos (guarda-costas) do último nível

superior de assentos, de forma idêntica aos

guarda-corpos, porém, com altura mínima de

1,80 m em relação a este nível (ver Figura 4).

6.4.4 O fechamento dos guarda-corpos deve

ser por meio de longarinas (barras horizontais)

ou, de preferência, balaústres (barras

verticais), ambos com vão máximo de 0,15 m,

devendo atender ainda aos mesmos

parâmetros da NT 05. Nota: somente deverão

ser utilizadas longarinas quando for inviável a

utilização de balaústres.

6.4.5 Os corrimãos deverão ser dotados em

ambos os lados das escadas (ou rampas),

devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm

acima do nível do piso, prolongando-se mais

0,30m nas extremidades, as quais deverão ser

voltadas para parede ou outra solução

alternativa, não possuindo quinas vivas ou

aberturas, reentrâncias e saliências que

permitam agarramento de roupas. Deve

atender também aos mesmos parâmetros da

NT 05.

6.4.6 Os corrimãos devem possuir as

terminações (extremidades) arredondadas ou

curvas.

6.4.7 Nos acessos radiais das

arquibancadas, quando houver acomodações

ou assentos em ambos os lados, os corrimãos

devem ser laterais (individuais por fila) ou

centrais, com altura entre 0,80 e 0,92 m e

resistência mínima de 2,0 kN/m (ver Figuras 6,

7 e 9).

6.4.7.1 Quando os corrimãos forem centrais

(ver Figuras 7 e 9), estes deverão ter

descontinuidades (intervalos) no mínimo a

cada 2 fileiras e no máximo a cada 4 fileiras de

assentos, visando facilitar o acesso aos

mesmos e permitir a passagem de um lado

para o outro.

6.4.7.1.1 Estes intervalos (aberturas) terão

uma largura livre correspondente à largura do

patamar.

6.4.8 As escadas com mais de 2,40 m de

largura, devem ser dotadas de corrimãos

centrais, formando canais de circulação (ver

Figura 5). Os lanços (canais) determinados

pelos corrimãos centrais deverão ter largura

mínima de 1,20 m e máximo 1,80m, com

aberturas de 60 cm no início e término dos

patamares e, neste caso, suas extremidades

devem ser dotadas de balaústres ou outros

dispositivos para evitar acidentes.

6.4.9 No perímetro de proteção dos túneis de

acesso (vomitórios), para compor a altura

mínima de 1,10 m, recomenda-se que até a

altura 0,90 m (90 cm) a guarda seja

confeccionada com concreto (ver Figura 8).

6.4.10 Os corrimãos devem ser construídos

para resistir a uma carga mínima de 900 N

(Newton) aplicada verticalmente de cima para

baixo e horizontalmente em ambos os

sentidos.

6.4.11 Nas escadas comuns (não

enclausuradas) e rampas não enclausuradas

pode-se dispensar o corrimão, desde que o

guarda-corpo atenda também aos preceitos do

corrimão, conforme a NT 05.

6.4.12 Para escadas de escoamento e

circulação de público com largura útil total

maior do que 3,6 m devem ser instaladas

barreiras retardantes antes da chegada às

Page 89: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

13

mesmas para um melhor controle e promoção

de um ritmo contínuo de público (ver Figura

12).

6.4.13 Barreiras antiesmagamentos (ver

Figuras 10 e 11) devem ser previstas nas

arquibancadas para público em pé, espaçadas

em função da inclinação e devem possuir os

seguintes requisitos:

a. serem contínuas entre os acessos

radiais;

b. terem alturas de 1,10 m (sendo

permitida uma tolerância de variação

de até 3%);

c. não possuírem pontas ou bordas

agudas. As bordas devem ser

arredondadas;

d. terem resistência mecânica e

distâncias entre barreiras conforme

Figura 10;

e. terem sua resistência e funcionalidade

testadas, por engenheiro habilitado,

antes de serem colocadas em uso,

sendo exigido laudo técnico específico

com recolhimento de ART do

profissional competente;

f. serem vistoriadas antes de cada

evento, devendo possuir manutenção

constante.

6.4.13.1 Para maiores informações sobre

dimensionamento de guardas e barreiras,

consultar o “Guide To Safety at Sports

Grounds” (“Green Guide” - ver Capítulo 3

desta NT).

7 DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS

7.1 Cálculo da população

7.1.1 As saídas de emergência são

dimensionadas em função da população

máxima no recinto e/ou setor do evento.

7.1.2 A lotação do recinto (população

máxima) deve ser calculada obedecendo-se

aos critérios abaixo descritos.

7.1.2.1 Arquibancadas com cadeiras ou

poltronas (rebatíveis ou não-rebatíveis):

número total de assentos demarcados

(observando-se os espaçamentos conforme

Seção 5.3 – Assentos).

7.1.2.2 Arquibancadas sem cadeiras ou

poltronas: na proporção de 0,5 m linear de

arquibancada por pessoa. Para cálculo da

capacidade de público do setor, nessas

condições, deverá ser adotada a fórmula:

P = (2 x).n, onde “P” é a população máxima,

“x” é a extensão da arquibancada em metros e

“n” o número de degraus da arquibancada.

7.1.2.3 No caso de camarotes que não

possuam cadeiras fixas, a densidade (D) será

de 2,5 pessoas por m² de área, excluindo-se

sanitários, copas e outros ambientes, caso

existam.

7.1.2.4 No caso de camarotes que possuam

mobiliários (cadeiras, poltronas, mesas), a

população será definida conforme o leiaute.

7.1.2.5 Para setores (ou áreas) de público

em pé: as áreas destinadas ao público em pé,

para fins de cálculo das dimensões das saídas

será utilizada a densidade (D) máxima de

público, devendo-se adotar o valor de 4

pessoas por metro quadrado da área útil

destinada aos espectadores (Dmáx. = 4

pessoas/m²), contudo, para fins de definição

da capacidade real máxima e disponibilização

de ingressos (lotação real), deverá ser

adotada a densidade (D) máxima de 3

pessoas/m² (fator de segurança e controle de

lotação).

7.1.2.6 A regra acima se aplica também

quando a área do gramado, do campo, da

pista, da quadra, da arena de rodeios e

similares for usada para acomodação dos

espectadores (público), devendo-se adotar,

Page 90: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

14

nestes locais, medidas de controle de acesso

rigorosas. Nesta situação específica, para

definição das saídas de emergência, deverá

ser adotado o tempo máximo de 5 minutos

para evacuação, até um local de relativa

segurança, independente da característica da

edificação (ver Seção 7.2 – Tempo de saída).

7.1.2.6.1 Para este tipo de uso, as

autoridades competentes devem ser

consultadas quanto às possíveis restrições.

7.1.2.6.2 O público desta área deverá ser

computado no dimensionamento das saídas

permanentes do recinto.

7.1.2.7 A organização dos setores, com as

respectivas lotações, deve ser devidamente

comprovada pelo responsável técnico, por

meio de memória de cálculo, sendo tais

informações essenciais para o

dimensionamento das rotas de fuga.

7.1.2.8 Nos setores de público em pé,

medidas de segurança devem ser adotadas,

pela organização do evento, para se evitar que

haja migração de determinadas áreas para

outras com melhor visibilidade do evento,

provocando assim uma saturação de alguns

pontos e esvaziamento de outros. Neste caso,

barreiras físicas e outros dispositivos eficazes

devem ser usados para se evitar a

superlotação de algum setor (ou área).

7.1.2.9 Para definição da lotação máxima e

disponibilização de ingressos de cada setor,

deverá ser considerada, para cada evento, a

necessidade de redução do público em função

da necessidade de divisão de setores por

parte das autoridades policiais, e possíveis

áreas de risco verificadas em vistoria.

7.1.2.10 Quando verificada, por autoridades

competentes, a necessidade de redução de

público em função do risco que o evento

oferece, poderá ser adotado o critério de

redução de público, utilizando-se para tal fim a

avaliação da redução do tempo necessário

para evacuação, em função deste risco.

7.1.2.11 É vedada a utilização das áreas de

circulação e rotas de saída para o cômputo do

público.

7.2 Tempo de saída

7.2.1 O tempo máximo de saída é usado, em

conjunto com a taxa de fluxo (F) para

determinar a capacidade do sistema de saída

da área de acomodação do público para um

local de segurança ou de relativa segurança

(ver Capítulo 4 – Definições). Nota: Não inclui,

assim, o tempo total necessário para percorrer

a circulação inteira de saída (do assento ao

exterior).

7.2.2 Nas áreas de arquibancadas externas

(baixo risco de incêndio), o tempo máximo de

saída, nos termos desta norma técnica, será

de 8 minutos (ver Figura 14). Caso a

arquibancada seja interna (local fechado), o

tempo máximo será de 6 minutos (ginásios

poliesportivos, estádios cobertos ou com

cobertura retrátil, por exemplo).

7.2.3 Nas áreas internas destinadas a usos

diversos, com presença de carga de incêndio

(por exemplo: museus, lojas, bibliotecas,

camarotes, cabines de imprensa, estúdios,

camarins, administração, subsolos,

estacionamentos, restaurantes, depósitos,

área de concentração dos atletas ou artistas e

outros), adotar tempo de saída de 2,5 minutos,

sendo necessária ainda, nestes locais, a

previsão de sistemas de chuveiros

automáticos e de detecção automática de

incêndio. Nota: A necessidade de chuveiros

automáticos e de detecção, bem como as

possíveis substituições por outras medidas de

segurança contra incêndio (quando

permitidas), atenderá as normas técnicas do

CBMCE.

7.2.4 Nas áreas de eventos temporários em

local aberto e no gramado, no campo, na

Page 91: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

15

arena, na pista, na quadra, e similares

(quando usados para o público), o tempo

máximo será de 5 minutos.

7.2.5 Em certas circunstâncias pode ser

necessário aplicar um tempo de egresso

menor do que o estabelecido, por exemplo, se

for constato pelos responsáveis, em

observação regular, que os espectadores

ficam agitados, frustrados ou estressados, em

menos tempo do que o período pré-estipulado

para a saída completa do setor.

7.2.6 Para os locais cuja construção consista

em materiais não-retardantes ao fogo, o tempo

máximo de saída não poderá ser superior a

2,5 minutos.

7.2.7 Para diminuir o tempo de saída, podem

ser adotadas medidas como limitar a lotação

no setor ou aumentar as saídas.

7.2.8 Distâncias máximas a serem

percorridas

Os critérios para se determinar as distâncias

máximas de percurso para o espectador,

partindo de seu assento ou posição, tendo em

vista o tempo máximo de saída da área de

acomodação e o risco à vida humana

decorrente da emergência, são os seguintes:

a. a distância máxima de percurso para

se alcançar um local de segurança ou

de relativa segurança não pode ser

superior a 60 metros (incluindo a

distância percorrida na fila de assentos

e nos acessos – radiais e laterais);

b. A distância máxima a ser percorrida

pelo espectador em setores de

arquibancadas para alcançar a entrada

do túnel de acesso (vomitório) não

poderá ser superior a 30 m (ver figura

15). Para estádios existentes, admite-

se o caminhamento máximo de 40

metros;

c. A distância máxima a ser percorrida

pelo espectador em setores de

arquibancadas para alcançar um

acesso radial (corredor) não pode ser

superior a 10 metros (ver figura 15);

d. Nos casos de eventos temporários em

locais abertos, a distância máxima a

ser percorrida por um espectador até

atingir uma saída não poderá ser

superior a 120 metros.

7.3 Dimensionamento das saídas de

emergência - parâmetros relativos ao

escoamento de pessoas (larguras dos

acessos e saídas)

7.3.1 Para dimensionar o abandono de uma

edificação, deve ser utilizada a taxa de fluxo

(F) que é o indicativo do número de pessoas

que passam por minuto por determinada

largura de saída (pessoas/minuto).

7.3.2 Siglas adotadas:

P = população (pessoas)

E = capacidade de escoamento (pessoas)

D = densidade (pessoas por m²)

F = taxa de fluxo (pessoas por minuto)

L = Largura (metro)

7.3.3 O dimensionamento das saídas será

em função da taxa de Fluxo (F) referente à

abertura considerada. Para fins de aplicação

desta Norma Técnica, as taxas de fluxo

máximas a serem consideradas são as

seguintes:

a. nas escadas e circulações com

degraus: 66 pessoas por minuto por

metro (ou 79 pessoas por minuto, para

uma largura de 1,20 m). Aceita-se para

edificações existentes, mediante

análise de Comissão Técnica,

conforme item específico tratado nesta

norma técnica, o valor de 73 pessoas

por minuto por metro;

Page 92: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

16

b. nas saídas horizontais (portas,

corredores) e rampas: 83 pessoas por

minuto por metro (ou 100 pessoas por

minuto, para uma largura de 1,20 m).

aceita-se para edificações existentes,

mediante análise de comissão técnica,

conforme item específico tratado nesta

norma técnica, o valor de 109 pessoas

por minuto por metro.

7.3.3.1 Para edificações cujos projetos já

tenham sido aceitos formalmente pelo Comitê

Organizador da Copa do Mundo da FIFA Brasil

2014, com a finalidade de atendimento à Copa

do Mundo de 2014, serão admitidas as taxas

de Fluxo (F) estabelecidas na 4ª edição do

“Guide to Safety at Sport Grounds (Green

Guide)”.

7.3.4 Caso o cálculo resulte em valor

fracionado adota-se o número inteiro

imediatamente inferior ou superior,

considerando sempre o arredondamento em

função da segurança (ex.: majoração das

larguras de saída e minoração da capacidade

de público).

8 Setores para espectadores em pé em

eventos esportivos em geral

8.1 Para as edificações a serem construídas

(estádios, ginásios, arenas e similares, usados

para eventos esportivos), não será admitida a

previsão de espectadores em pé.

8.2 Nas edificações existentes, a previsão

de lugares para espectadores em pé, não

poderá exceder a 20% da lotação total.

8.3 Não serão permitidos espectadores em

pé nas arquibancadas em edificações com

lotação superior a 5.000 pessoas.

8.4 Nas edificações que não possuam

arquibancadas, a lotação máxima de

espectadores em pé será de 1.000 pessoas.

9 OUTRAS EXIGÊNCIAS

9.1 Os elementos estruturais dos recintos

devem apresentar resistência mecânica

compatível com as ações e as solicitações a

que são sujeitos (conforme normas da ABNT),

bem como devem possuir resistência ao fogo

suficiente para o abandono seguro dos

ocupantes e para as ações de socorro,

conforme normas técnicas pertinentes.

9.1.1 A estabilidade estrutural da edificação

deve ser comprovada em laudo técnico

específico, emitido por profissional capacitado

e habilitado.

9.2 As áreas internas da edificação, como

áreas técnicas, depósitos, escritórios, museus,

lojas, camarotes, áreas VIP, sala de imprensa,

camarins, administração, subsolos,

estacionamentos, restaurantes, áreas de

concentração de atletas ou artistas, áreas de

instalação de geradores e outras áreas

similares devem ser compartimentadas das

áreas de público e circulações de saída com

elementos resistentes ao fogo. Esta

compartimentação poderá ser substituída por

instalação de sistema de chuveiros

automáticos.

9.3 Os dutos e “shafts” (horizontais ou

verticais) das instalações do recinto devem ser

devidamente selados quando atravessarem

qualquer elemento de construção (em especial

paredes e lajes), mantendo-se assim a

compartimentação dos espaços, o isolamento

dos locais e a proteção das circulações.

9.4 A reação ao fogo dos materiais

utilizados nos acabamentos, nos elementos de

decoração e no mobiliário deve ser controlada

para limitar o risco de deflagração e a

velocidade do desenvolvimento e propagação

do incêndio.

9.5 Os elementos estruturais das coberturas

devem possuir resistência ao fogo suficiente

Page 93: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

17

para o abandono seguro dos ocupantes e para

as ações de socorro, conforme normas

técnicas da ABNT e os materiais utilizados na

construção das mesmas deverão ser

incombustíveis ou de baixa propagação

(materiais retardantes ao fogo).

9.6 As instalações elétricas e o sistema de

proteção contra descargas atmosféricas

devem atender aos requisitos previstos,

respectivamente, na NBR 5410 (Instalações

elétricas de baixa tensão) e NBR 5419

(Proteção de estruturas contra descargas

atmosféricas).

9.7 Os subsolos que possuírem ocupações

distintas de estacionamento de veículos

(subsolos ocupados) devem atender às

exigências adicionais das normas técnicas do

CBMCE, principalmente quanto às medidas

de: controle de fumaça; chuveiros

automáticos; rotas de saída; detecção

automática de incêndio e compartimentação.

9.8 Sala de Comando e Controle

9.8.1 Na edificação deve-se prever uma sala

em local estratégico, que possa dar visão

completa de todo recinto (setores de público,

campo, quadra, arena e outros), devidamente

equipada com todos os recursos de

informação e de comunicação disponíveis no

local, incluindo controle de acesso.

9.8.2 Nesta sala deve-se interligar os

sistemas de monitoramento e de alarmes

(incêndio e segurança) existentes no recinto.

9.8.3 A Sala de Comando e Controle

funcionará como Posto de Comando Integrado

das operações desenvolvidas em situação de

normalidade, sendo que em caso de

emergência, deve-se avaliar o melhor local

para destinação do Posto de Comando.

9.8.4 Os recintos devem ser equipados com

sistema de sonorização, com possibilidade de

setorização e instalações que permitam

difundir, em caso de emergência, aviso de

abandono ao público e acionar os meios de

socorro para intervir em caso de incêndio ou

outras emergências.

9.8.5 Os equipamentos de sonorização

devem ser conectados a sistemas autônomos

de alimentação elétrica para que, no caso de

interrupção do fornecimento de energia, sejam

mantidos em funcionamento por período

mínimo de 120 minutos.

9.8.6 Antes do início de cada evento, o

público presente deve ser orientado quanto à

localização das saídas de emergência para

cada setor e sobre os sistemas de segurança

existentes.

9.8.7 O sistema de alarme e detecção

automática de incêndio, quando houver,

deverá ser setorizado e monitorado pela

central instalada na Sala de Comando e

Controle.

10 Edificações de caráter temporário

10.1 Além dos critérios estabelecidos nos

itens anteriores, as edificações cuja estrutura

seja de caráter temporário (desmontáveis)

devem atender ainda ao seguinte:

10.1.1 Os espaços vazios abaixo das

estruturas destinadas ao público

(arquibancadas, camarotes, e outros) não

podem ser utilizados como áreas úteis, tais

como depósitos de materiais diversos, áreas

de comércio, banheiros e outros, devendo ser

mantidos limpos e sem quaisquer materiais

combustíveis durante todo o período do

evento.

10.1.2 Os vãos (espelhos) entre os assentos

das arquibancadas que possuam alturas

superiores a 0,15 m devem ser fechados com

materiais de resistência mecânica análoga aos

guarda-corpos, de forma a impedir a

passagem de pessoas.

Page 94: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

18

10.1.3 Em ocupações temporárias

(desmontáveis) são aceitos pisos em madeira

na rota de fuga, desde que possuam

resistência mecânica compatível,

características antiderrapantes e sejam

afixados de forma a não permitir sua remoção

sem auxílio de ferramentas ou que permitam o

desprendimento de partes, bem como

mantenham a superfície plana, sem ressaltos

ou aberturas. Se montados por intermédio de

placas, estas devem ser afixadas de forma a

permanecerem alinhadas em um mesmo

plano.

10.1.4 Os circuitos elétricos e fiação do

sistema de iluminação de emergência devem

ser instalados em conformidade com a NT 09

e NBR 5410. Os disjuntores não podem ser

afixados sobre materiais combustíveis,

devendo ser instalados em local adequado e

fora do alcance do público.

10.1.5 Nos locais destinados aos

espectadores e rotas de fuga todas as fiações

e circuitos elétricos devem estar embutidos,

além de devidamente isolados.

10.1.6 Nas barreiras ou alambrados que

separam área do evento dos locais de público

devem ser previstas passagens que permitam

aos espectadores sua utilização em caso de

emergência, mediante sistema de abertura

acionado pelos componentes do serviço de

segurança ou da brigada de incêndio.

10.1.7 Em eventos realizados em pistas,

campos, praças e similares, com previsão de

público em pé, que possuam locais de

concentração de público acima de 10.000

pessoas, devem ser previstos corredores de

acesso aos componentes do serviço de

segurança ou da brigada de incêndio, com

largura mínima útil (livre e desimpedidas) de

2,50m.

10.1.7.1 Estes corredores de acesso deverão

ser previamente definidos pelas autoridades

competentes.

10.1.8 Nos corredores de acesso, todas as

fiações e circuitos elétricos devem estar

embutidos, além de devidamente isolados.

10.1.9 Os elementos estruturais dos recintos

devem apresentar resistência mecânica

compatível com as ações e solicitações a que

são sujeitos, considerando as cargas geradas

pela movimentação do público levando-se em

consideração a resistência e comportamento

do solo que receberá as cargas, prevendo-se,

inclusive, as ações das intempéries,

especialmente do vento.

10.1.10 Deverão ser apresentadas as

Anotações de Responsabilidade Técnica

(ART) referentes às estruturas provisórias

(palcos, arquibancadas, tendas, camarotes,

estruturas suspensas e outros), instalações

elétricas (iluminação, sonorização, grupo

moto-gerador e outros), equipamentos e

outros.

10.1.11 Os materiais utilizados nos

acabamentos, elementos de decoração,

coberturas flexíveis (lonas) e no mobiliário

principal devem ser especificados de forma a

restringir a propagação de fogo e o

desenvolvimento de fumaça, com a devida

comprovação por meio de documentação

pertinente.

10.1.12 Os elementos de suporte estrutural

das tendas ou outras coberturas flexíveis

devem possuir as mesmas características de

resistência e/ou retardo de fogo, de forma a

garantir a necessária evacuação do público.

10.1.13 Deverão ser garantidos dois acessos

de veículos de emergência com dimensões

mínimas de 4,00 metros de largura e 4,50

metros de altura até o espaço de concentração

de público (campo, arena ou outros), em lados

ou extremidades opostas, viabilizando a

remoção de vítimas.

Page 95: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

19

11 EDIFICAÇÕES EXISTENTES

11.1 As edificações que, pelas suas

características e inviabilidade técnica, não

permitam as adequações previstas nesta

norma técnica devem ser avaliadas por

comissão técnica composta por Oficiais do

Corpo de Bombeiros Militar, quanto à

exigência tecnicamente inviável, apresentando

medidas substitutivas (alternativas) ou

mitigadoras sugeridas.

11.2 O responsável técnico pelo pedido de

análise em comissão técnica deve apresentar

os argumentos quanto à impossibilidade do

atendimento dos requisitos desta norma

técnica, devidamente embasados

tecnicamente, e propor medidas alternativas,

de forma a garantir a segurança durante a

permanência e abandono das pessoas além

da intervenção do socorro público de maneira

rápida e segura em caso de emergência.

12 DA PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Os equipamentos de segurança contra

incêndio dos recintos devem ser projetados de

acordo com a Lei Estadual Nº 13.556, de 29

de dezembro de 2004 e respectivas Normas

Técnicas que dispõe sobre a prevenção contra

incêndio e pânico no Estado de Ceará.

12.1 Extintores de incêndio

12.1.1 A proteção por extintores de incêndio

é obrigatória em todos os eventos.

12.1.2 Nos locais administrativos, vestiários,

bares, restaurantes, museus, lojas, cabines de

rádios, camarotes, sala de imprensa,

estacionamentos cobertos e demais áreas

onde não há presença de espectadores, deve-

se atender às prescrições NT 04.

12.1.3 Nos locais de acesso de público, os

extintores poderão ser instalados em baterias,

em armários com chave mestra, nos locais de

acesso restrito ao Corpo de Bombeiros Militar,

à Brigada de Incêndio e ao pessoal de

segurança, atendendo:

a. O caminhamento (distância a percorrer)

máximo para alcançar uma bateria de

extintores deve ser de no máximo 35

m.

b. as áreas de acomodação do público

(arquibancadas, cadeiras, sociais e

similares) estão isentas da instalação

de extintores de incêndio e do

caminhamento previsto no item

anterior.

c. a quantidade, capacidade extintora,

instalação e classes de incêndio,

deverão atender à NT 04.

12.2 Hidrantes e Mangotinhos

12.2.1 A proteção por hidrantes, quando

necessária, deverá ser feita conforme

especificações da NT 06, admitindo-se as

adaptações abaixo:

a. Nos locais administrativos, vestiários,

bares, restaurantes, museus, lojas,

cabines de rádios, camarotes, sala de

imprensa, estacionamentos cobertos e

demais áreas onde não há presença de

espectadores, deverão atender às

prescrições da NT 06.

b. nos locais de acesso de público, os

hidrantes poderão ser instalados em

locais de acesso restrito ao corpo de

bombeiros militar e à brigada de

incêndio.

c. os responsáveis pelo evento deverão

colocar a disposição, no centro de

comando dos bombeiros, uma chave

mestra para abertura de todos os locais

de acesso restrito que contenham

equipamentos de combate a incêndio,

citados nos artigos anteriores e

disponibilizar funcionários que

possuam a cópia da chave, próximo

aos locais para sua abertura.

d. o caminhamento (distância a percorrer)

máximo para alcançar um hidrante

deve ser de 30 m;

Page 96: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

20

e. devem ser utilizados quatro lances de

mangueiras de quinze metros junto aos

hidrantes instalados nas circulações de

acesso às áreas de acomodação de

público (arquibancadas, cadeiras,

sociais e similares).

f. as áreas de acomodação do público

(arquibancadas, cadeiras, sociais e

similares) estão isentas da instalação

de hidrantes, devendo ser cobertas

pelos hidrantes instalados nas

circulações de acesso considerando-se

o caminhamento máximo de 60 m.

g. todas as demais características da

instalação de hidrantes e mangotinhos,

como reserva técnica, pressão, vazão,

tubulações, bombas, registros, válvulas

etc. deverão atender às prescrições da

NT 06.

12.3 Detecção e Alarme de Incêndio

12.3.1 A proteção por alarme será obrigatória

nos estádios com área construída acima de

750m² e/ou maior que 2 pavimentos, nos

locais de acesso de público, conforme

especificações abaixo:

a. Os acionadores manuais de alarme

deverão ser instalados junto aos

hidrantes.

b. os avisadores sonoros deverão ser

substituídos por sistema de som

audível em toda a área de circulação e

acomodação do público

(arquibancadas, cadeiras, sociais e

similares).

c. junto à central de alarme, na cabine de

comando, deverá ser instalado

microfone conectado ao sistema de

som do estádio.

d. todas as demais características de

instalação do sistema de alarme e

sonorização deverão atender o previsto

na NT 12 e NBR 9441 da ABNT.

e. quando necessária, a proteção por

detecção deverá ser instalada nos

locais administrativos, vestiários, bares,

restaurantes, museus, lojas, cabines de

rádios, camarotes, sala de imprensa,

estacionamentos cobertos e demais

áreas onde não há presença de

espectadores, atendendo às

prescrições da NT 12.

12.4 Iluminação de Emergência

12.4.1 A proteção pelo sistema de iluminação

de emergência é obrigatória em todos os

eventos, devendo atender às prescrições da

NT 09. É obrigatório do uso de gerador para

estádios e similares.

12.5 Sinalização de Emergência

12.5.1 A proteção pelo sistema de sinalização

de emergência é obrigatória em todos os

eventos.

12.5.2 Todas as sinalizações de rotas de

fuga, devem atender as prescrições das

normas técnicas da ABNT e deverão conter a

mensagem “S A Í D A” com pictograma

universal (fotoluminescente).

12.5.3 Para os eventos realizados em

construções provisórias poderá ser utilizada a

sinalização de saída através de faixas que

deverão atender as seguintes exigências:

a. Atender as dimensões mínimas

conforme normas técnicas da ABNT.

b. possuir iluminação própria garantida

em caso de emergência.

c. possuir fundo verde e a mensagem de

“s a í d a” com pictograma universal,

em cor fotoluminescente.

12.6 Central de GLP / GN

a. Nas edificações permanentes em que

houver a necessidade da utilização de

gás liquefeito de petróleo ou gás

natural, este deverá ser abastecido

através de central.

b. Não será permitido o abastecimento

nos horários de realização dos eventos

com acesso de público.

c. Os afastamentos e demais requisitos

deverão atender às prescrições

Page 97: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

21

pertinentes da NT 07, sendo que a

central deverá ser instalada em local

onde seja impedido o acesso de

público.

12.7 Acesso de viaturas

a. Deve-se prever no recinto acesso e

saída adequados aos serviços de

emergência, devidamente sinalizados,

obedecendo às prescrições pertinentes

da NT 10.

b. As vias de acesso e saída dos serviços

de emergência devem ser separadas

dos acessos e saídas usadas pelo

público.

c. Nos estádios, devem ser previstas, no

mínimo, 02 (duas) vias de acesso que

permitam o acesso ao campo.

12.8 Chuveiros Automáticos

12.8.1 A proteção pelo sistema de chuveiros

automáticos deve atender às prescrições da

NT 01 e NT 15.

12.8.2 Nas áreas internas destinadas a usos

diversos, com presença de carga de incêndio

(por exemplo: museus, lojas, bibliotecas,

camarotes, cabines de imprensa, estúdios,

camarins, administração, subsolos,

estacionamentos, restaurantes, depósitos,

área de concentração dos atletas ou artistas e

similares deverá ser previsto a proteção por

chuveiros automáticos.

13 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

13.1 Os estádios de futebol deverão ter

equipes de pronto atendimento a emergências

do tipo Brigadas de Incêndio, conforme

Portaria ou Norma Técnica do CBMCE.

13.2 O administrador do recinto, o gerente de

operações ou seu responsável legal, deverá

apresentar no Corpo de Bombeiros Militar um

Plano de emergência, contendo o Plano de

Abandono em Situações de Emergência.

13.3 Deverão ser fixados em todos os

setores, em locais visíveis dos estádios,

ginásios e similares, mapas indicando:

a. a localização atual do usuário;

b. as duas saídas de emergência mais

próximas;

c. o caminhamento para atingir estas

saídas;

d. telefones da sala de comando e

controle.

13.4 Deverão ser instaladas, em todos os

acessos de entrada do recinto placas

indicativas da capacidade total de público e

nas entradas dos setores, placas indicativas

da capacidade de público do respectivo setor,

conforme modelo constante da Figura 13.

13.5 Deverão ser garantidos dois acessos de

veículos de emergência junto ao campo, em

lados ou extremidades opostas, viabilizando a

remoção de vítimas.

13.6 Deverá ser reservada e devidamente

sinalizada, área destinada a viaturas de

emergência, com dimensões mínimas de

20,00 m de comprimento por 8,00 de largura,

na área adjacente ao estádio e próximo ao

portão que dá acesso ao campo.

13.7 Recomenda-se que seja reservada e

devidamente sinalizada, uma área para pouso

de aeronaves de emergência, com dimensões

mínimas de 30,00 x 30,00 m, observando o

prescrito nas normas técnicas pertinentes.

13.8 A iluminação do ambiente dos eventos

deverá ser mantida acesa até a saída total do

público, devendo seu desligamento ser

efetuado apenas após consulta aos

responsáveis pela segurança do evento.

13.9 É obrigatória a instalação de um grupo

moto gerador de energia para a manutenção

de todos os sistemas elétricos de segurança

(emergência).

Page 98: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

22

13.10 O atendimento às exigências contidas

nesta norma técnica não exime o responsável

pela edificação ou evento da responsabilidade

de atendimento a outras normas, legislações e

medidas de segurança específicas, como a

instalação de locais adequados para o

atendimento médico de urgência e o emprego

de pessoal qualificado para tal, dentre outras.

13.11 Devem ser instalados postos de

atendimento pré-hospitalar em pontos distintos

do recinto, atendendo às normas pertinentes.

13.12 O organizador do evento deverá estar

atento às recomendações das autoridades

federais, estaduais e municipais que poderão

evidenciar outras limitações em decorrência

dos efeitos dos impactos ambientais e urbanos

gerados pelo evento.

13.13 Em todos os eventos com áreas

delimitadas deverão ser instalados

mecanismos de controle de acesso de público

(catracas reversíveis ou outros dispositivos de

controle, desde que aprovados pelas

autoridades competentes), de forma a se

garantir a lotação prevista no projeto ficando

este controle sob a responsabilidade dos

organizadores do evento.

13.14 É vedada a realização de eventos, com

acesso franco em recintos com áreas

delimitadas, sem o devido controle de acesso

e lotação máxima.

13.15 Quando da ocorrência de tumultos na

área externa ou pressão para entrada nos

recintos onde estiverem sendo realizados

quaisquer eventos, não deve ser adotado o

procedimento de abertura dos portões de

forma a permitir o acesso de público.

14 PUBLICAÇÃO

14.1 As medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico contidas nesta norma

técnica passam a serem exigidas após 30 dias

da data de sua publicação oficial no Diário

Oficial do Estado do Ceará (DOE).

Page 99: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

23

ANEXO A (informativo)

Exemplos de dimensionamento de saídas

A.1 Estádio novo, com as todas as medidas de segurança descritas nesta NT, com previsão

de lotação (P) de 45.000 espectadores:

A.1.1 Para saídas horizontais (ex.: rampas; portas):

a. Taxa de Fluxo (F) nas saídas horizontais: F = 83 pessoas por minuto por metro.

b. Tempo (t) de saída dos setores: T = máximo de 8 minutos.

c. Capacidade de escoamento por metro (E): E = F x T = 83 x 8 = 664 pessoas por metro.

d. Cálculo da largura total (L), mínima, das saídas horizontais:

L = P ÷ E >>> L = 45.000 ÷ 664

L = 67,7 m >>> L = 68 m de larguras totais - distribuídos conforme esta NT.

A.1.2 Saídas verticais (escadas):

a. Fluxo (F) nas saídas verticais: F = 66 pessoas por minuto por metro

b. Tempo (T) de saída dos setores: T = máximo de 8 minutos.

c. Capacidade de escoamento por metro (E): E = F x T = 66 x 8 = 528 pessoas por metro.

d. Cálculo da largura total (L), mínima, das saídas verticais:

L = P ÷ E >>> L = 45.000 ÷ 528

L = 85,2 m >>> L = 86 m de largura totais - distribuídos conforme esta NT.

A.2 Estádio existente, com as todas as medidas de segurança descritas nesta NT.

Arquibancada para público sentado (assentos individuais) com dimensões de 20 metros

(frente) por 26,4 (lateral). Determinar a população desta arquibancada e a largura necessária

dos acessos radiais:

A.2.1 População (P):

a. largura (L) dos patamares: L = 0,80 m

b. quantidade de patamares (degraus) da arquibancada: (26,4 m ÷ 0,80 m) = 33 patamares

c. espaçamento mínimo entre assentos = 0,50 m

d. quantidade de assentos por patamar: (20 m ÷ 0,50 m) = 40 assentos

e. cálculo da população do setor: P = 33 patamares x 40 assentos = 1320 pessoas

A.2.2 Largura (L) dos acessos radiais:

a. fluxo (F) nos acessos radiais permitido para prédios existentes (mediante análise) e para os

estádios da COPA-2014: F = 73 pessoas por minuto por metro

b. tempo (T) de saída do setor = máximo de 8 minutos (estádio com todas medidas de

segurança)

c. capacidade de escoamento (E) por metro: E = F x T = 73 x 8 = 584 pessoas por metro

d. cálculo da largura total (l), mínima, dos acessos radiais deste bloco

L = P ÷ E >>> L = 1320 ÷ 584

L = 2,26 m >>> L = 2 acessos radiais de 1,20 m cada - distribuídos conforme esta NT

Page 100: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

24

ANEXO B – FIGURAS

Figura 1 - Detalhe do comprimento e número máximo de assentos

Largura Máxima10m

Largura Máxima20m

Acesso 1,20m AcessoLargura mínima

1,20m

Acesso lateral Acesso

Ace

sso

rad

ial

Ace

sso

rad

ial

Ace

sso

rad

ial

Acesso lateral Acesso

Área de atividade (evento)

B a

r r

e i

r a

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 101: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

25

Figura 2 - Detalhe de patamares para público em pé

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 102: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

26

Figura 3 - Detalhe das dimensões dos assentos e dos patamares das

arquibancadas

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 103: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

27

Figura 4 - Detalhe dos assentos nos patamares e guardas-corpos (barreiras)

alturamínima110 cm

larguramínima55 cm

Altura mínima:

Se H 2,10m = Altura = 1,10m

Se H 2,10m =Altura = 1,80m

1º Fileira

A

Nível doAssento

H

B

Nota:

Mínimo 40cm, para instalações esportivas novas.

Mínimo 35cm, para instalações esportivas existentes.

B

A

Mínimo 80cm - para instalações esportivas novas.

Mínimo 75cm, para instalações esportivas existentes.

Verificar outras variações e exigências no texto da norma.

Mín.70cm

Setores com inclinaçãosuperior ou igual a 32º

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 104: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

28

Figura 5 - Dimensões dos corrimãos e guarda-corpo das escadas

92cm

110cm

92cm

110cm

30 cm

Mín 1,20mMáx 1,80m

92 cm

Nota:

a) Verificar também os itens sobre guarda-corpos e corrimãos desta norma.

30 cm

Ver detalhe

92 cm

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 105: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

29

Figura 6 - Barreiras, guarda-corpos e corrimãos centrais: cargas de projeto, alturas e disposições

Guarda-corposnas escadas,perpendicularesou oblíquos àdireção domovimento depessoas.Altura: 1,10mCarga: 3,0 kN/m

Guarda-corpos ao lado dasescadas alinhados com adireção do movimento.Altura: 1,10mCarga: 2,0 kN/m

Guarda-corpos atrás dafileira dos assentos.Altura: 1,80m acima dosníveis dos assentos ouda arquibancada emnível mais elevado.Carga: 1,0 kN/m

Guarda-corpos adjacentes àfileira dos assentos.Altura: 1,10mCarga: 1,0 kN/m

Guarda-corpos a 55 cm(mínimo) da fileira dosassentos fixos ou daarquibancada em nível maisbaixo.Altura: 1,10mCarga: 1,5 kN/m

Guarda-corpos nos pésdos corredores.Altura: 1,10mCarga: 3,0 kN/m

Guarda-corpos lateraisalinhados paralelamentecom a direção domovimento de pessoas.Altura: 1,10mCarga: 2,0 kN/m

CAMPO DE JOGO

Corrimão Central nasescadas entre assentos.Altura: 80cm a 92cmCarga: 1.0 kN/m

ACESSOS

Corrimão auxiliar de apoio naentrada das fileiras.Altura: 80cm a 92cmCarga: 1,0 kN/m

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 106: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

30

Figura 7 - Corrimãos centrais e laterais

CORRIMÃOS

(Mín: 2 Fileiras - Máx: 4 Fileiras)

guarda-corpos

CORRIMÃO CENTRAL

CORRIMÃOS

CORRIMÃO LATERAL AUXILIAR

(1 fileira)ABERTURA

(1/2 fileira)

guarda-corpos

guarda-corpos guarda-corpos

gu

ard

a-co

rpo

sg

uar

da-

corp

os

guarda-corpos

guarda-corpos

gu

ard

a-co

rpo

s

guarda-corpos

guarda-corpos

gu

ard

a-co

rpo

s

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 107: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

31

Figura 8 - Perspectiva de vomitório padrão

Fonte: CBPMESP e ARENA

Page 108: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

32

Figura 9 - Perspectiva de corrimãos centrais e laterais

Fonte: CBPMESP e ARENA

Page 109: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

33

Figura 10 - Barreiras antiesmagamento – posição e resistência mecânica

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 110: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

34

Figura 11 - Barreiras antiesmagamento – contínuas e não-contínuas

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 111: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

35

Figura 12 - Barreiras retardantes (controle de velocidade)

A

B

A

B

ÁREA EXTERNA

Mínimo: 1,20m

C= Variável

ÁREA INTERNA DE CIRCULAÇÃO

Obstáculos:- De Concreto ou Metálico- Altura mínima de 1,10m

Notas:

- Largura mínima de A ou B deve ser 1,20m,

sendo somados A + B, não pode sersuperior a 3m de largura.

- Para efeito de cálculo de dimensionamento

dos obstáculos adotar a seguinte fórmula:

2 (A + B) = 2C / 3 OU (A + B)= C/3

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 112: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

36

Figura 13 - Sinalização de lotação

Fonte: IT-20/2004 do CBPMESP

Page 113: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

37

Figuras 14 - Saídas e escoamento do público

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 114: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

38

Figura 15 - Distâncias a percorrer e acessos

Largura máxima10 m

Largura máxima20 m

Largura Mínima1,20m

Largura Mínima1,20m

Largura Mínima1,20m

PAREDE OU DIVISA

ÁREA EXTERNA

CAMPO DE JOGO

Largura Mínima1,20m

Máxima distância até a entrada do "vomitório":

- 30m para edificações novas

- 40m para edificações existentes

"vomitório"

"vomitório"

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 115: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará Página 1 de 13

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 003/2008

DIMENSIONAMENTO DE LOTAÇÃO E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM CENTROS

ESPORTIVOS E DE EXIBIÇÃO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

Page 116: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 003/2008 DIMENSIONAMENTO DE LOTAÇÃO E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM CENTROS ESPORTIVOS

E DE EXIBIÇÃO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos (figuras)

1 OBJETIVO 1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para a determinação da população e o dimensionamento de saídas de emergência em centros esportivos e de exibição. 2 APLICAÇÃO 2.1 Todas as edificações enquadradas na divisão F-3, conforme Tabela 1 – Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto à Ocupação da Norma Técnica n.o 001/2008, permanentes ou não, fechadas ou abertas, cobertas ou ao ar livre, com área construída total maior que 10.000 m2 ou com população superior a 2.500 pessoas. 2.2 As edificações enquadradas na divisão F-3, conforme Tabela 1 – Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto à Ocupação da Norma Técnica n.o 001/2008, permanentes ou não, fechadas ou abertas, cobertas ou ao ar livre, com área construída total igual ou inferior a 10.000 m2 ou com população igual ou inferior a 2.500 pessoas, bem como as demais ocupações, devem atender aos requisitos da Norma Técnica nº 10 no tocante à lotação e dimensionamento das saídas de emergência. 2.3 Os critérios técnicos estabelecidos nesta Norma Técnica para o dimensionamento de saídas de emergência podem servir de subsídios para outras ocupações das divisões F-2, F-4, F-5, F-7 e F-10 com área construída total maior que 10.000 m2 ou com população superior 2.500 pessoas. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Saídas de Emergência

4.1.1 As saídas de emergência compreendem o seguinte: a) acesso ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas estruturas térreas; b) escadas ou rampas; c) descarga. 4.1.2 O piso das áreas destinadas à saída de emergência deverão ser sempre executados em material incombustível e antiderrapante. 4.1.3 Um recinto de evento deve ser setorizado em função de suas dimensões a fim de evitar-se que em uma situação de emergência o movimento dos ocupantes venha a saturar determinadas rotas de fuga, evitando-se o pânico. 4.1.4 Em todos os setores deve haver, no mínimo, duas alternativas de saída de emergência, sendo que as rotas de fuga dos espectadores devem ser independentes das rotas de fuga dos atletas ou artistas que se apresentam no recinto. 4.1.5 Recomenda-se que os setores sejam identificados por meio de cores diferenciadas e predominantes. 4.1.6 Os lugares dotados de assentos destinados a espectadores, bem como as filas por eles constituídas, devem ser numeradas, com a identificação fixa e visível. 4.1.7 Somente são considerados lugares destinados a espectadores aqueles inseridos dentro dos setores previamente estabelecidos e com rotas de fuga definidas. 4.1.8 Onde houver assentos destinados aos espectadores, estes devem ficar 0,45m acima do piso do pavimento e ter, pelo menos, 0,45m de largura por 0,45m de profundidade (ver Figuras 2 e 6). 4.1.9 As saídas de emergências que não servem aos setores de arquibancadas e platéias devem seguir os parâmetros da Norma Técnica n.º 10 (Ex: camarins, vestiários, área de concentração dos atletas ou artistas e outros).

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4.2 Saídas de emergência horizontais – acessos e portas 4.2.1 Os acessos horizontais às descargas ou às rotas de saídas de emergência verticais devem satisfazer as seguintes condições: a) possuir, no mínimo, 1,2m de largura. b) estar livres de obstáculos e permitir o acesso rápido e seguro do público às saídas de emergência verticais dos respectivos pisos ou à área de descarga. c) os desníveis existentes nas saídas de emergência horizontais devem ser vencidos por rampas de inclinação não superior a 10% e patamar horizontal de descanso a cada 10m. d) os acessos destinados aos portadores de deficiências devem observar ainda os demais critérios descritos na NBR 9.050. e) serem iluminados e sinalizados com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido e adotado nas normas técnicas específicas. f) quando houver mudanças de direção, as paredes não devem ter cantos vivos. 4.2.2 As arquibancadas que possuírem assentos fixos devem contar com um espaçamento de 30cm a 55cm para circulação entre eles, dependendo do tipo de assento e de sua fixação às arquibancadas (ver Figura 2). 4.2.2.1 À frente da primeira das fileiras de assentos fixos dos setores de arquibancadas localizadas em cotas inferiores deverá ser mantida a distância mínima de 55cm para circulação (ver Figura 4). 4.2.3 As portas de saída de emergência devem atender aos seguintes requisitos: a) abrir sempre no sentido de fuga; b) possuir largura dimensionada para evacuação segura da população do recinto e nunca inferior a 1,20m; c) ser providas de barras antipânico; d) não possuir peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros. 4.2.4 Em edificações existentes, nos termos da Norma Técnica n.o 01/2008, cujas portas de saída de emergência sejam do tipo basculante, de correr, de enrolar ou sanfonadas e houver impossibilidade técnica para sua adequação aos critérios estabelecidos nos itens 4.2.7.1 e 4.2.7.3 desta Norma Técnica, estas devem permanecer abertas e monitoradas pela segurança durante a realização do evento, mediante compromisso prévio e escrito do responsável pelo uso.

4.3 Acesso ou rotas de saídas de emergência verticais - escadas ou rampas 4.3.1 As saídas de emergência verticais devem ser contínuas desde o piso ou nível que atendem até o piso de descarga ou nível de saída do recinto ou setor. 4.3.2 As escadas devem ter lanço mínimo de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,7 m de altura. 4.3.3 As escadas deverão ser construídas em lances retos e sua mudança de direção deve ocorrer em patamar intermediário e plano. 4.3.4 Os patamares deverão ter largura igual à da escada e comprimento igual ou superior à sua largura, dado pela fórmula:

� � ��� � � � �

Onde: n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de escada reta, medido na direção do trânsito; h é altura do espelho e b a largura do pisante. 4.3.5 Elevadores e escadas rolantes não são aceitos como saídas de emergência, exceto os elevadores de emergência que atendam os requisitos da norma técnica especifica para este tipo de elevador. 4.3.6 Os degraus das escadas devem atender aos seguintes requisitos: a) altura dos espelhos dos degraus (h) deve situar-se entre 0,15m e 0,18m, ou seja, 0,15 ≤ h ≤ 0,18 m; b) largura mínima dos pisantes (b): 0,27m; c) o balanceamento dos degraus deve atender a relação entre altura do espelho (h) e a largura do pisante (b), a saber:

�, � � 2� � � � 0,65 ��

4.3.7 Em áreas de uso comum não são admitidas escadas em leque ou caracol. 4.3.8 O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos: a) na descarga e acesso de elevadores de emergência; b) quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada;

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c) para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações para acesso de deficientes físicos. 4.3.9 As rampas devem ser dotadas de guardas e corrimãos de forma análoga às escadas de saída de emergência. 4.3.10 As rampas não podem terminar em degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos. 4.3.11 Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo de 1,2 m, medidos na direção do trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,7 m. 4.3.12 As rampas podem suceder um lanço de escada, no sentido descendente de saída, mas não podem precedê-lo. 4.3.13 Não é permitida a colocação de portas em rampas, sendo que estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com comprimento não inferior à da folha da porta de cada lado do vão. 4.3.14 As inclinações das rampas não deverão exceder a 10% (1:10). 4.4 Descarga 4.4.1 A descarga, parte da saída de emergência que fica entre a escada e a via pública ou área externa em comunicação com a via pública pode ser constituída por corredores ou átrios cobertos ou a céu aberto. 4.4.2 As descargas devem ainda atender ao seguinte: a) não ser utilizável como estacionamento de veículos de qualquer natureza, sendo, quando necessário, dotadas de divisores físicos que impeçam tal utilização; b) ser mantida livre e desimpedida, não devendo ser dispostas dependências que, pela sua natureza ou sua utilização, possam provocar a aglomeração de público, tais como bares, pistas de dança, lojas de “souvenirs” ou outras ocupações; c) não ser utilizada como depósito de qualquer natureza; d) ser distribuídas de forma eqüidistante e de maneira a atender o fluxo a ela destinada e o respectivo caminhamento máximo.

4.4.3 No dimensionamento da área de descarga devem ser consideradas todas as saídas horizontais e verticais que para ela convergirem. 4.5 Guarda-corpo e corrimãos 4.5.1 Toda saída de emergência deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) continuas, sempre que houver qualquer desnível maior de 18cm, a fim de evitar quedas. 4.5.2 A altura das guardas, internamente, deve ser, no mínimo, de 1,1m e sua resistência mecânica varia de acordo com a sua função e posicionamento (ver Figuras 1 e 3). 4.5.3 As arquibancadas cujas alturas em relação ao piso de descarga sejam superiores a 3m devem possuir fechamento dos encostos (guarda-costas) do último nível superior de assentos, de forma idêntica aos guarda-corpos, porém com altura mínima de 1,8m em relação a este nível (ver Figura 4). 4.5.4 O fechamento dos guarda-corpos deve atender aos mesmos requisitos da Norma Técnica nº 05/2008. 4.5.5 Os corrimãos deverão ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80cm e 92cm acima do nível do piso atendendo também aos demais requisitos previstos na Norma Técnica nº 05/2008. 4.4.6 Escadas situadas nas laterais de arquibancadas poderão ser dotadas de corrimão em apenas um dos lados com os mesmos requisitos do item anterior. 4.4.7 As escadas centrais que servem os setores de arquibancadas e platéias, com mais de 2,2m de largura, devem ser dotadas de um corrimão central com barra dupla de apoio para as mãos, espaçados a intervalos de 1,2m, com os mesmos requisitos dos corrimãos centrais, com interrupções nos patamares para permitir o acesso e fluxo de pessoas entre setores adjacentes e, neste caso, suas extremidades devem ser dotadas de balaústres ou outros dispositivos para evitar acidentes. (ver Figura 5). 4.4.8 Os corrimãos devem ser construídos para resistir a uma carga de 900N/m aplicada verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos.

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4.5.9 Nas escadas comuns (tipo NE) e rampas não enclausuradas pode-se dispensar o corrimão, desde que o guarda-corpo atenda também aos preceitos do corrimão, conforme os itens 4.8.1.4, 4.8.2.3, 4.8.2.4. e 4.8.2.5 da Norma Técnica nº 05/2008. 4.6 Distâncias máximas a serem percorridas e tempo máximo de abandono 4.4.9 Os critérios para se determinar as distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refugio ou logradouro público), tendo em vista o risco à vida humana, decorrente da emergência são os seguintes: a) a distância máxima a ser percorrida pelo espectador, em setores de arquibancadas, para alcançar um acesso ou área de acumulação não pode ser superior a 20m, em recintos ao ar livre, e a 10m, em recintos cobertos (ver Figura 7); b) quando o abandono de área for em local fechado (delimitado por barreiras físicas) e ao ar livre e se fizer através de várias saídas, deverá ser observado, para fins de cálculo, o tempo máximo de abandono de 12min ou 240m de caminhamento até à escada/rampa ou à área de descarga; c) quando o abandono de área for em local fechado (delimitado por barreiras físicas) e coberto e se fizer através de várias saídas, deverá ser observado, para fins de cálculo, o tempo máximo de abandono de 6min ou 120m de caminhamento até à escada/rampa ou à área de descarga para ocupações da divisão F-3, e 3min ou 60m para as divisões F-2, F-4, F-5, F-7 e F-10. d) para os deficientes físicos deve ser atendida a NBR 9.050 que trata da acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos, bem como as legislações municipais pertinentes. 4.6.2 A velocidade de movimento de saída em situação de emergência nos centros esportivos e de exibição, para fins de dimensionamento, será de 20m/min, no máximo. 4.7 Cálculo da população 4.7.1 As saídas de emergência são dimensionadas em função da população máxima no recinto e/ou setor do evento. 4.7.2 Para as edificações, o cálculo da população máxima será determinado pelos itens abaixo, adotando-se o mais restritivo: a) a população do recinto do evento, como um todo, é calculada na proporção de 0,5m linear por

pessoa, quando sentada, ou por cadeira móvel existente, e de 4 (quatro) pessoas por m² em área plana quando em pé (ver Figura 6); b) a densidade (D) para público sentado, para fins de cálculo, é de 4 pessoas por m² (1pessoa/0,25 m2); c) no caso de camarotes que não possuam cadeiras fixas, a densidade (D), para fins de cálculo, é de 4 pessoas por m² da área bruta do camarote. 4.7.3 A organização dos setores existentes no recinto através da numeração dos lugares, instalação de cadeiras fixas e delimitação física das áreas destinadas a espectadores em pé, conforme os critérios estabelecidos nesta Norma Técnica e devidamente comprovados pelo responsável técnico, devem ser levadas em consideração para determinar com mais precisão a população que será considerada para o dimensionamento das rotas de fuga. 4.7.4 Outros métodos analíticos de cálculo de população, devidamente normalizados ou internacionalmente reconhecidos, podem ser aceitos, desde que sejam comprovados em estudo a ser apresentado pelo responsável técnico à Comissão Técnica do CBMCE. 4.8 Dimensionamento das saídas de emergência 4.8.1 Parâmetros relativos ao escoamento de pessoas (E): 4.8.1.1 Para dimensionar o abandono de uma edificação, deve ser utilizado o fluxo unitário (F) que é o indicativo do número de pessoas que passam por unidade de tempo (pessoas/minuto) pelas saídas de emergência, observada a fórmula:

� � � � � � �

Onde:F = Fluxo (dado em pessoas por minuto); V = Velocidade (dado em metros por minuto); D = Densidade (número de pessoas por metro quadrado); e L = Largura do caminho (dado em metros) 4.8.1.1.1 Público em pé a) Exemplo 1: considerando-se saída com 1,20m de largura, para determinado setor, na situação mais desfavorável, cujo tempo máximo de abandono adotado será 6min, permitirá um fluxo de:

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F = V x D x L, onde: V= 20m/min (velocidade máxima); Dmáx = 4pessoas/m2; L = 1,2m (largura da saída) F = 96 pessoas/min Levando-se em conta o tempo máximo de abandono de 6min, para aquela saída é possível escoar: E (escoamento) = t (tempo) x F (fluxo) E = 6 x 96 E = 576 pessoas por 1,20 m de saída 4.8.1.1.2 Público sentado a) Exemplo 2: considerando-se uma saída com 1,20m de largura para determinado setor, na situação mais desfavorável, cujo tempo máximo de abandono adotado será 12min, permitirá um fluxo de: F= V x D x L, onde: V= 20m/min (velocidade máxima); Dmáx = 1 pessoa/0,25 m2 (público sentado), ou seja, Dmáx = 4 pessoas/m2; L = 1,20 m (largura da saída) F = 96 pessoas/min. Levando-se em conta o tempo máximo de abandono de 12min para aquela saída, é possível escoar: E (escoamento) = t (tempo) x F (fluxo) E = 12 x 96 E = 1.152 pessoas por 1,2 m de saída 4.8.2 Cálculo da largura total (somatório das larguras) das saídas 4.8.2.1 A largura efetiva das saídas será calculada de forma a permitir um fluxo de 96 pessoas/min em 1,2 m de passagem, considerando-se a velocidade de 20m/min.

�� ��

� � 1,2

Onde: Lt = largura total das saídas; P = população da edificação; E = escoamento; 4.8.2.1.1 Determinação da largura total de saídas a) Exemplo 3: para o setor de uma edificação com população calculada em 15.000 pessoas, cujo tempo máximo de abandono adotado será 12min, a soma das larguras das saídas será de 15,63m, como demonstramos abaixo: P = 15.000 pessoas; E = 1.152 pessoas/min; Lt = (15.000/1.152) x 1,20

Lt = 15,63 m 4.9 Sistemas complementares 4.9.1 Os recintos devem ser equipados com meios técnicos e instalações que permitam difundir, em caso de emergência, aviso de abandono ao público e acionar os meios de socorro para intervir em caso de incêndios ou outros sinistros. 4.9.2 Os equipamentos de som amplificados devem ser conectados a sistemas autônomos de alimentação elétrica para que, no caso de interrupção do fornecimento de energia, sejam mantidos em funcionamento por período mínimo de 60 minutos. 4.9.2.1 Antes do início de cada evento, o público presente deve ser orientado através do sistema de som quanto à localização das saídas de emergência para cada setor e sobre os sistemas de segurança existentes. 4.9.3 Os difusores de alarme geral devem ser instalados em local seguro e fora do alcance do público. 4.9.4 Os sistemas de iluminação e sinalização de emergência, alarme e detecção de incêndio, extintores e hidrantes devem ser executados obedecendo aos critérios das respectivas normas técnicas. 4.9.5 Os elementos decorativos e demais materiais de acabamento devem ser dispostos de maneira a não criar obstáculos nas áreas de circulação e atender aos requisitos da norma técnicas específica. 4.9.6 A segurança estrutural deve atender aos requisitos da norma técnicas específica. 4.10 Edificações de caráter temporário 4.10.1 Além dos critérios estabelecidos nos itens anteriores, as edificações cuja estrutura seja de caráter temporário, caracterizadas conforme o disposto na Norma Técnica nº 01/2008, devem atender ainda ao seguinte: a) os espaços vazios abaixo das arquibancadas não podem ser utilizados como áreas úteis, tais como depósitos de materiais diversos, áreas de comércio, banheiros e outros, devendo ser mantidos limpos e sem quaisquer materiais combustíveis durante todo o período do evento. b) os vãos (espelhos) entre os assentos das arquibancadas que possuam alturas superiores a

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0,3m devem ser fechados com materiais de resistência mecânica análoga aos guarda-corpos, de forma a impedir a passagem de pessoas. c) em ocupações temporárias (desmontáveis) são aceitos pisos em madeira na rota de fuga, desde que possuam resistência mecânica compatível, características antiderrapantes e sejam afixados de forma a não permitir sua remoção sem auxílio de ferramentas. d) os circuitos elétricos e fiação do sistema de iluminação de emergência devem ser instalados em conformidade com a norma técnica específica e as demais instalações elétricas devem atender aos demais requisitos previstos na NBR 5.410. e) nos locais destinados aos espectadores e rotas de fuga, todas as fiações e circuitos elétricos devem estar embutidos, além de devidamente isolados. f) nas barreiras ou alambrados que separam a arena ou campo de jogo dos locais acessíveis ao público devem ser previstos acessos ou passagens que permitam aos espectadores sua utilização em caso de emergência, mediante sistema de abertura acionado pelos componentes do serviço de segurança ou da brigada de incêndio (ver Figura 7); f) os recintos devem ser servidos por, no mínimo, duas vias de acesso que permitam a aproximação, estacionamento e a manobra das viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará e atender aos demais requisitos preconizados na norma técnica específica. g) os elementos estruturais dos recintos devem apresentar resistência mecânica compatível com as ações e solicitações a que são sujeitos, prevendo-se inclusive as ações das intempéries, especialmente do vento.

h) as estruturas metálicas desmontáveis, de caráter temporário nos termos da Norma Técnica nº 01/2008, estão dispensadas de proteção passiva contra o fogo, devido às suas características construtivas e de montagem. i) os materiais utilizados nos acabamentos, elementos de decoração, coberturas flexíveis (lonas) e no mobiliário principal devem estar em conformidade com os requisitos da norma técnica específica, de forma a restringir a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça. j) os elementos de suporte estrutural das tendas ou outras coberturas flexíveis devem possuir as mesmas características de resistência e/ou retardo de fogo, de forma a garantir a necessária evacuação do público. 4.11 Edificações existentes 4.11.1 Os centros esportivos e de exibição considerados existentes nos termos da Norma Técnica n.o 01/2008 e que não permitam, pelas suas características, as adequações previstas nesta Norma Técnica, devem ser objetos de estudo para análise da Comissão Técnica do CBMCE no tocante à exigência tecnicamente inviável. 4.11.2 O responsável técnico pelo pedido de análise da Comissão Técnica deve apresentar as justificativas quanto à impossibilidade do atendimento dos requisitos desta Norma Técnica e propor medidas alternativas de forma a garantir a evacuação das pessoas e a intervenção do socorro de maneira rápida e segura em caso de sinistro.

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ANEXOS – FIGURAS

Figura 1 – Disposição dos guarda-corpos (posição, altura e resistência mecânica)

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Figura 2 – Detalhe de assentos

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Figura 3 – Detalhe de altura

Notas: a) O fechamento do guarda-corpo deve atender aos requisitos previstos na norma técnica específica; b) Verificar também o item 4.5.9 desta Norma Técnica.

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Figura 4 – Distâncias mínimas

Figura 5 – Tipos de guarda-corpos ou corrimãos

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Figura 6 – Detalhe de assentos

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Figura 7 – Distâncias a percorrer

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 004/2008

SISTEMA DE PROTEÇÃO POR APARELHOS EXTINTORES

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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NORMA TÉCNICA N° 004/2008 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR APARELHOS

EXTINTORES DE INCÊNDIO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece critérios para proteção contra incêndio em edificações e áreas de risco por meio de aparelhos extintores de incêndio. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica a todas as edificações e áreas de risco, com exceção das edificações residenciais unifamiliares. 2.2 Para os casos não previstos nesta Norma Técnica adota-se a NBR12.693 (Sistema de Proteção por Aparelho extintores de Incêndio). 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Capacidade extintora 4.1.1 A capacidade aparelho extintora mínima de cada tipo de aparelho extintor portátil, para que se constitua uma unidade aparelho extintora, deve ser: a) carga de água: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A; b) carga de espuma mecânica: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A : 10-B;

c) carga de dióxido de carbono (CO2): um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 5-B : C; d) carga de pó BC: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 20-B : C; e) carga de pó ABC – um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A : 20-B : C; f) carga de compostos halogenados: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 5-B : C. 4.1.1.1 A classificação acima deve ser exigida por ocasião da emissão do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico (CESIP) a partir da publicação desta Norma Técnica. 4.1.2 Os aparelhos extintores portáteis e sobre-rodas constantes dos projetos aprovados com data anterior à publicação desta Norma Técnica, quando reprovado por não ser possível fazer sua manutenção, devem ser substituídos, por aparelhos extintores que atendam aos itens 4.1.1 e 4.2.2.3, respectivamente. 4.1.3 O emprego dos aparelhos extintores segundo o risco, a área a ser protegida e a distância máxima a ser percorrida pelo operador, obedecerá as disposições da Tabela 1. Tabela 1 – Distribuição dos aparelhos extintores segundo risco, área e distância a ser percorrida

RISCO ÁREA (m2) DISTÂNCIA (m) BAIXO 500 20 MÉDIO 250 15 ALTO 150 10 4.1.4 Quando em uma edificação, for previsto, dentro de sua projeção, área destinada a estacionamento de veículos, esta área será classificada no maior risco, para efeito de dimensionamento da capacidade extintora e número de unidades empregadas no local. 4.2 Instalação e sinalização 4.2.1 Aparelhos extintores portáteis

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4.2.1.1 Quando os aparelhos extintores forem instalados em paredes ou divisórias, a altura de fixação do suporte deve ser de 1,60m do piso acabado. 4.2.1.2 Os aparelhos extintores não devem ser instalados em escadas e antecâmaras. 4.2.1.2.1 Devem estar desobstruídos, devidamente sinalizados e com boa visibilidade para que os possíveis operadores possam se familiarizar com sua localização. 4.2.1.2.2 Devem ser posicionados de modo que a possibilidade do fogo bloquear seu acesso seja a menor possível. 4.2.1.3 É permitida a instalação de aparelhos extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam, apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10m e 0,20m do piso. 4.2.1.4 Cada pavimento das edificações ou risco isolado deve possuir, no mínimo, duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C. 4.2.1.4.1 É permitida a instalação de duas unidades aparelho extintoras iguais de pó ABC. 4.2.1.4.2 O aparelho extintor de pó ABC poderá substituir qualquer tipo de aparelho extintor de classes específicas A, B e C dentro de uma edificação ou área de risco. 4.2.1.5 É permitida a instalação de uma única unidade extintora de pó ABC em edificações ou risco com área construída inferior a 50m2. 4.2.1.6 Os aparelhos extintores de incêndio devem ser adequados à classe de incêndio predominante dentro dá área de risco a ser protegida, de forma que sejam intercalados na proporção de dois aparelhos extintores para o risco predominante e um para a proteção do risco secundário. 4.2.1.7 São aceitos aparelhos extintores com acabamento externo em material cromado, latão, metal polido entre outros, desde que possuam marca de conformidade expedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação.

4.2.1.8 Quando os aparelhos extintores de incêndio forem instalados em abrigos embutido na parede ou divisória, além da sinalização, deve existir uma superfície transparente que possibilite a visualização do aparelho extintor no interior do abrigo. 4.2.1.9 As unidades extintoras devem ser as correspondentes a um só aparelho extintor, não sendo aceitas combinações de dois ou mais aparelho extintores, à exceção do aparelho extintor de espuma mecânica. 4.2.1.10 Em locais de riscos especiais devem ser instalados aparelhos extintores de incêndio que atendam ao item 4.1.1, sem prejuízo da proteção geral da edificação ou risco, tais como: a) casa de caldeira; b) casa de bombas; c) casa de força elétrica; d) casa de máquinas; e) galeria de transmissão; f) incinerador; g) elevador (casa de máquinas); h) ponte rolante; i) escada rolante (casa de máquinas); j) quadro de redução para baixa tensão; k) transformadores; l) contêineres de telefonia; m) outros que necessitam de proteção adequada. 4.2.1.10.1 Os aparelhos extintores serão localizados na parte externa do risco, devendo ser previstos aparelhos extintores internos sempre que julgado necessário. 4.2.1.10.2 Para proteção por aparelhos extintores de incêndio em instalações de líquidos inflamáveis e combustíveis, gás liquefeito de petróleo, gás natural e pátio de contêineres, devem ser seguidas as normas técnicas específicas. 4.2.1.10.3 Deve ser instalado, pelo menos, um aparelho extintor de incêndio a não mais de 5 m da entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos. 4.2.2 Aparelhos extintores sobre-rodas. 4.2.2.1 As distâncias máximas a serem percorridas pelo operador de aparelhos extintores sobre-rodas devem ser acrescidas da metade dos valores estabelecidos no item 4.1.3 desta Norma Técnica.

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4.2.2.2 Não é permitida a proteção de edificações ou áreas de risco unicamente por aparelhos extintores sobre-rodas, admitindo-se, no máximo, a proteção da metade da área total correspondente ao risco, considerando o complemento por aparelhos extintores portáteis, de forma alternada entre aparelhos extintores portáteis e sobre-rodas na área de risco. 4.2.2.3 As capacidades mínimas dos aparelhos extintores sobre-rodas devem ser: a) carga d’água – 10-A; b) carga de espuma mecânica – 6-A : 40-B; c) carga de dióxido de carbono – 10-B : C; d) carga de pó BC – 80-B : C; e) carga de pó ABC – 6-A : 80-B : C. 4.2.2.4 O emprego de aparelhos extintores sobre-rodas só é computado como proteção efetiva em locais que permita o livre acesso a todos os pontos, sem impedimento de portas estreitas, soleiras ou degraus no chão. 4.2.2.5 Os aparelhos extintores sobre-rodas devem ser localizados em pontos estratégicos e sua área de proteção deve ser restrita ao nível do piso que se encontram. 4.2.2.5.1 Os aparelhos extintores sobre-rodas devem, preferencialmente, situar-se em pontos centrais, em relação aos aparelhos extintores portáteis e aos limites da área de risco a proteger. 4.2.2.6 A proteção por aparelhos extintores sobre-rodas deve ser obrigatória nas edificações onde houver manipulação e/ou armazenamento de explosivos e líquidos inflamáveis ou combustíveis, exceto quando os reservatórios de inflamáveis/combustíveis forem enterrados. 4.2.2.7 Em locais de abastecimentos e/ou postos de abastecimento e serviços onde os tanques de combustíveis são enterrados, além dos aparelhos extintores instalados por percurso máximo e riscos específicos, deverão ser instaladas mais duas unidades extintoras portáteis de pó químico seco (pó ABC ou BC) ou espuma mecânica em local de fácil acesso, próximo ao setor de abastecimento do posto. 4.2.2.8 Para proteção de reservatórios de alimentação exclusiva de grupo moto-gerador, com capacidade máxima de 500 litros, serão

necessários dois aparelhos extintores portáteis (pó ABC ou pó BC ou espuma mecânica). 4.2.2.9 Os aparelhos extintores, em locais onde haja parques de tanques, poderão estar todos localizados e centralizados num abrigo sinalizado, a não mais de 150m do tanque mais desfavorável, desde que tenha condições técnicas de conduzir estes aparelhos extintores por veículo de emergência da própria edificação ou área de risco, caso não haja veículo de emergência a distância máxima entre o abrigo e o tanque mais desfavorável será de 50 m. Esta regra não se aplica nas áreas de transbordo ou manipulação de produtos inflamáveis ou combustíveis. 4.2.2.10 Nos pátios de contêineres, os aparelhos extintores poderão ser centralizados e localizados em abrigos sinalizados, no mínimo em dois pontos distintos e opostos da área externa de armazenamento de contêineres. 4.3 Certificação e validade/garantia 4.3.1 Os aparelhos extintores devem possuir marca de conformidade concedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação. 4.3.2 Para efeito de vistoria do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, o prazo de validade/garantia de funcionamento dos aparelhos extintores deve ser aquele estabelecido pelo fabricante e/ou pela empresa de manutenção certificada pelo Sistema Brasileiro de Certificação. 4.3.3 Os órgãos técnicos de vistoria do CBMCE podem, durante as vistorias, colher amostras para avaliação das condições de funcionamento dos aparelhos extintores, de acordo com esta Norma Técnica. 4.3.4 Para ensaio de funcionamento das amostras colhidas, devem ser convidadas as seguintes entidades: a) proprietário do aparelho extintor; b) empresa/fabricante que fez a última manutenção; c) organismo de Certificação de Produto constante do selo do Inmetro; d) Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial; e) Instituto de Pesos e Medidas.

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4.3.4.1 O ensaio deve ser feito em data pré-estabelecida e não deve ultrapassar trinta dias da data da coleta das amostras. 4.3.4.2 As amostras para ensaio devem ser compostas de três aparelhos extintores de cada tipo, escolhidos aleatoriamente entre todos existentes na edificação, os quais devem ser lacrados na presença da pessoa da edificação que estiver acompanhando a vistoria. 4.3.4.3 Os aparelhos extintores retirados para ensaio devem ser substituídos pelo CBMCE no ato da retirada, por aparelhos extintores do mesmo tipo e de capacidade igual ou superior, a fim de não deixar a edificação desprotegida. 4.3.4.4 O ensaio deve ser feito nos três aparelhos extintores de cada tipo, dos quais os três devem atender aos itens de desempenho estabelecidos nas NBRs específicas. 4.3.4.5 Os aparelhos extintores ensaiados devem ser recarregados com recurso proveniente da Taxa Anual de Segurança Contra Incêndio, cobrada pelo CBMCE, e devolvidos à edificação para substituir os que lá foram deixados. 4.3.4.6 As edificações que possuírem as amostras de aparelhos extintores reprovadas durante os ensaios, devem providenciar a manutenção ou substituição dos modelos dos aparelhos extintores reprovados. 4.3.4.6.1 Após este procedimento, devem ser coletadas novas amostras nos mesmos termos do ensaio anterior e solicitada nova vistoria. 4.3.4.7 Vencidos os trinta dias, se novo pedido de vistoria for feito, devem ser seguidos os procedimentos estabelecidos para a primeira vistoria. 4.4 Considerações Finais 4.4.1. Nas instalações industriais, depósitos, galpões, oficinas, mercados e similares, os locais onde os aparelhos extintores forem colocados terão uma área de 1m2 do piso, localizada abaixo do extintor, pintada em vermelho e, em hipótese alguma, poderá ser ocupada. 4.4.2. Quando o aparelho extintor estiver localizado em coluna, a sinalização deverá ser de

tal maneira que a mesma possa ser vista em todas as direções, com a repetição lateral da sinalização de emergência. 4.4.4. A comercialização de aparelhos extintores, no âmbito do Estado do Ceará, será autorizada pela Coordenadoria de Atividades Técnicas. 4.4.4.1 A Coordenadoria de Atividades Técnicas emitirá documentação específica para tal finalidade. 4.4.5. O funcionamento de empresas de fabricação, manutenção e recarga de aparelhos extintores fica condicionado à autorização da Coordenadoria de Atividades Técnicas, devendo as mesmas, obrigatoriamente, estarem devidamente cadastradas. 4.4.5.1 As empresas cadastradas junto à Coordenadoria de Atividades Técnicas deverão manter atualizados os pontos de venda e revenda de extintoras.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 005/2008

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 005/2008 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos (tabelas)

1 OBJETIVO 1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento das saídas de emergência, para que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio ou pânico, completamente protegida em sua integridade física, e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados à divisão F-3, com área superior a 10.000m² ou população total superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada a Norma Técnica nº /2008. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Classificação das edificações 4.1.1 Para os efeitos desta Norma Técnica, as edificações são classificadas: a) quanto à ocupação, de acordo com a Tabela 1 - Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto à Ocupação da Norma Técnica n.o 01/2008; b) Quanto à altura, dimensões em planta e características construtivas, de acordo, respectivamente, com as Tabelas 1, 2 e 3 desta Norma Técnica.

4.2 Componentes da saída de emergência 4.2.1 A saída de emergência compreende o seguinte: a) acessos; b) rotas de saídas horizontais, quando houver, e respectivas portas ou espaço livre exterior, nas edificações térreas; c) escadas ou rampas; d) descarga. 4.3 Cálculo da população 4.3.1 As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação. 4.3.2 A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da tabela 4, considerando sua ocupação dada na Tabela 1 - Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto à Ocupação da Norma Técnica n.o 01/2008. 4.3.3 Exclusivamente para o cálculo da população, devem ser incluídas nas áreas de pavimento: a) as áreas de terraços, sacadas, beirais e platibandas, excetuadas àquelas pertencentes às edificações dos grupos de ocupação A, B e H; b) as áreas totais cobertas das edificações F-3 e F-6, inclusive conchas e assemelhados; c) as áreas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de edificações dos grupos F-3, F-6 e F-7, quando, em razão de sua disposição em planta, esses lugares puderem, eventualmente, ser utilizados como arquibancadas. 4.3.4 Exclusivamente para o cálculo da população, as áreas de sanitários, corredores e elevadores nas ocupações D e E, bem como áreas de sanitários e elevadores nas ocupações C e F, são excluídas das áreas de pavimento. 4.4 Dimensionamento das saídas de emergência 4.4.1 Largura das saídas 4.4.1.1 A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por elas deva transitar, observados os seguintes critérios:

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a) os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que sirvam à população; b) as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída. 4.4.1.2 A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, é dada pela seguinte fórmula:

� ��

Onde: N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro. P = população, conforme coeficiente da Tabela 4 do anexo e critérios das seções 4.3 e 4.4.1.1. C = capacidade da unidade de passagem conforme Tabela 4 do anexo. 4.4.2 Larguras mínimas a serem adotadas As larguras mínimas das saídas de emergência, em qualquer caso, devem ser as seguintes: a) 1,2 m, para as ocupações em geral, ressalvando o disposto a seguir; b) 1,65 m, correspondente a três unidades de passagem de 55 cm, para as escadas, os acessos (corredores e passagens) e descarga, nas ocupações do grupo H, divisão H-2 e H-3; c) 1,65 m, correspondente a três unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos (corredores e passagens) e descarga, nas ocupações do grupo H, divisão H-2; d) 2,2 m, correspondente a quatro unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos às rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações do grupo H, divisão H-3. 4.4.3 Exigências adicionais sobre largura de saídas 4.4.3.1 A largura das saídas deve ser medida em sua parte mais estreita, não sendo admitidas saliências de alizares, pilares e outros, com dimensões maiores que as indicadas na Figura 1, e estas somente em saídas com largura superior a 1,2 m. 4.4.3.2 As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180º, em seu movimento de abrir, no sentido do trânsito de saída, não podem diminuir a largura efetiva destas em valor menor

que a metade (ver figura 2), sempre mantendo uma largura mínima livre de 1,2 m para as ocupações em geral e de 1,65 m para as divisões H-2 e H-3.

Figura 1 – Medida da largura em corredores e passagens

4.4.3.3 As portas que abrem no sentido do trânsito de saída, para dentro de rotas de saída, em ângulo de 90º, devem ficar em recessos de paredes, de forma a não reduzir a largura efetiva em valor maior que 0,1 m (ver figura 2).

Figura 2 – Abertura das portas no sentido de saída‘ 4.5 Acessos 4.5.1 Generalidades 4.5.1.1 Os acessos devem satisfazer às seguintes condições: a) permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes da edificação; b) permanecer desobstruídos em todos os pavimentos; c) ter larguras de acordo com o estabelecido no item 4.4; d) ter pé-direito mínimo de 2,5 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2 m; e) ser sinalizados e iluminados (iluminação de emergência de balizamento) com indicação clara do sentido da saída. 4.5.1.2 Os acessos devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis, divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias e

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outros, de forma permanente, mesmo quando o prédio esteja supostamente fora de uso. 4.5.2 Distâncias máximas a serem percorridas 4.5.2.1 As distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refúgio, escada comum de saída de emergência, protegida ou à prova de fumaça), tendo em vista o risco à vida humana decorrente do fogo e da fumaça, devem considerar: a) o acréscimo de risco quando a fuga é possível em apenas um sentido; b) o acréscimo de risco em função das características construtivas da edificação; c) a redução de risco em caso de proteção por chuveiros automáticos ou detectores; d) a redução de risco pela facilidade de saídas em edificações térreas. 4.5.2.2 As distâncias máximas a serem percorridas para atingir as portas de acesso às saídas das edificações e o acesso às escadas ou às portas das escadas (nos pavimentos) constam da Tabela 5 e devem ser consideradas a partir da porta de acesso da unidade autônoma mais distante, desde que o seu caminhamento interno não ultrapasse 10 m. 4.5.2.2.1 No caso das distâncias máximas a percorrer para as rotas de fuga que não forem definidas no projeto arquitetônico, como, por exemplo, escritórios de plano espacial aberto e galpões sem o arranjo físico interno (leiaute), devem ser consideradas as distâncias diretas comparadas aos limites da Tabela 5, nota c, reduzidas em 30% (trinta por cento). 4.5.2.3 Para uso da Tabela 5 devem ser consideradas as características construtivas da edificação, constante da Tabela 3, edificações classes X, Y e Z. 4.5.2.4 Em edificações térreas, pode ser considerada como saída, para efeito da distância máxima a ser percorrida, qualquer abertura, sem grades fixas, com peitoril, tanto interna como externamente, com altura máxima de 1,2 m, vão livre com área mínima de 1,2m² e nenhuma dimensão inferior a 1 m. 4.5.2.5 Edificações exclusivamente térreas dos grupos G-1, G-2, I-1, J-1 e J-2 terão suas distâncias máximas a serem percorridas acrescidas de 150% (cento e cinqüenta por cento); para divisões I-2, J-3

e J-4, essas distâncias poderão ser acrescidas de 100% (cem por cento) (ver nota “a” da Tabela 5), desde que em ambos os casos as ocupações possuam controle de fumaça. 4.5.2.5.1 Para as ocupações do grupo J-1 e J-2, poderá ser desconsiderado o dispositivo acima, desde que as ocupações sejam automatizadas e que a permanência humana seja transitória. 4.5.3 Número de saídas nos pavimentos 4.5.3.1 O número e o tipo de saídas exigido para os diversos tipos de ocupação, em função da altura, dimensões em planta e características construtivas de cada edificação, encontra-se na Tabela 6. 4.5.3.2 Havendo necessidade de acrescer escadas, estas devem ser do mesmo tipo que a exigida por esta Norma Técnica. 4.5.3.3 No caso de duas ou mais escadas de emergência, a distância mínima de trajeto entre as suas portas de acesso deve ser no mínimo 10m. 4.5.4 Portas de saídas de emergência 4.5.4.1 As portas das rotas de saídas e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas, em comunicação com os acessos e descargas, devem abrir no sentido do trânsito de saída (ver Figura 2). 4.5.4.2 A largura, vão livre ou “luz” das portas, comuns ou corta-fogo, utilizadas nas rotas de saída de emergências, devem ser dimensionadas como estabelecido no item 4.4, admitindo-se uma redução no vão de luz, isto é, no vão livre, das portas em até 75mm de cada lado (golas), para o contramarco e alizares. 4.5.4.2.1 As portas devem ter as seguintes dimensões mínimas de luz: a) 80 cm, valendo por uma unidade de passagem; b) 1 m, valendo por duas unidades de passagem; c) 1,5 m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem; d) 2 m, em duas folhas, valendo por quatro unidades de passagem. 4.5.4.2.1.1 Porta com dimensão maior que 1,2 m deverá ter duas folhas. 4.5.4.2.1.2 Porta com dimensão maior ou igual a 2,2 m exige coluna central.

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4.5.4.3 As portas das antecâmaras das escadas à prova de fumaça e das paredes corta-fogo devem ser do tipo corta-fogo (PCF), obedecendo à NBR 11.742, no que lhe for aplicável. 4.5.4.4 As portas das antecâmaras, escadas e outros devem ser providas de dispositivos mecânicos e automáticos, de modo a permanecerem fechadas, mas destrancadas no sentido do fluxo de saída, sendo admissível que se mantenham abertas desde que disponham de dispositivo de fechamento, quando necessário, conforme estabelecido na NBR 11.742. 4.5.4.5 Se as portas dividem corredores que constituem rotas de saída, devem: a) ter condições de reter a fumaça, ou seja, devem ser corta-fogo e a prova de fumaça conforme estabelecido na NBR 11.742 e ser providas de visor transparente de área mínima de 0,07 m², com altura mínima de 25 cm; b) abrir no sentido do fluxo de saída; c) abrir nos dois sentidos, caso o corredor possibilite saída nos dois sentidos. 4.5.4.6 Para as ocupações do grupo F, com capacidade acima de 100 pessoas, será obrigatória a instalação de barra antipânico nas portas de saídas de emergência, conforme NBR 11.785, das salas, das rotas de saída, das portas de comunicação com os acessos às escadas e descarga. 4.5.4.6.1 As ocupações de divisão F-2, térreas (com ou sem mezaninos), com área máxima construída de 1500m², podem ser dispensadas da exigência anterior, desde que haja compromisso do responsável pelo uso, através de termo de responsabilidade das saídas de emergência, assinado pelo proprietário ou responsável pelo uso, de que as portas permanecerão abertas durante a realização dos eventos, atentando para o item 4.5.4.1 desta Norma Técnica. 4.5.4.6.2 Nas rotas de fuga não se admite portas de enrolar ou de correr, exceto quando esta for utilizada somente como porta de segurança da edificação, devendo permanecer aberta durante todo o transcorrer dos eventos, desde que haja compromisso do responsável pelo uso, através de termo de responsabilidade das saídas de emergência.

4.5.4.6.2.1 Nesse caso, deve haver internamente portas de saídas, abrindo no sentido de fuga. 4.5.4.7 É vedada a utilização de peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros, nas portas dos seguintes locais: a) rotas de saídas; b) entrada em unidades autônomas; c) salas com capacidade acima de 50 pessoas. 4.5.4.8 A colocação de fechaduras com chave nas portas de acesso e descargas é permitida, desde que seja possível a abertura pelo lado interno, sem necessidade de chave, admitindo-se que a abertura pelo lado externo seja feita apenas por meio de chave, dispensando-se maçanetas, etc. 4.6 Rampas 4.6.1 Obrigatoriedade 4.6.1.1 O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos: a) para unir dois pavimentos de diferentes níveis em acesso a áreas de refúgio em edificações com ocupações dos grupos H-2 e H-3. b) na descarga e acesso de elevadores de emergência; c) quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada; d) para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações em que houver usuários de cadeiras de rodas (ver NBR 9.050). 4.6.2 Condições de atendimento 4.6.2.1 O dimensionamento das rampas deve obedecer ao estabelecido no item 4.4. 4.6.2.2 As rampas não podem terminar em degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos. 4.6.2.3 Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo de 1,20 m, medidos na direção do trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,7 m. 4.6.2.4 As rampas podem suceder um lanço de escada, no sentido descendente de saída, mas não podem precedê-lo.

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4.6.2.4.1 No caso de edificações dos grupos H2 e H3, as rampas não poderão suceder ao lanço de escada e vice-versa. 4.6.2.5 Não é permitida a colocação de portas em rampas; estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com largura não inferior à da folha da porta de cada lado do vão. 4.6.2.6 O piso das rampas deve ser antiderrapante, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e permanecer antiderrapante com o uso. 4.6.2.7 As rampas devem ser dotadas de guardas e corrimãos de forma análoga ao especificado no item 4.8. 4.6.2.8 As exigências de sinalização, iluminação, ausência de obstáculos e outros, dos acessos, aplicam-se, com as devidas alterações, às rampas. 4.6.2.9 Devem atender às condições estabelecidas nas alíneas a, b, c, d, e, f, g e h do item 4.7.1 desta Norma Técnica. 4.6.2.10 Devem ser classificadas, a exemplo das escadas, como NE, EP, PF seguindo para isso as condições específicas a cada uma delas estabelecidas nos itens 4.7.7, 4.7.8, 4.7.9, 4.7.10, 4.7.11, 4.7.12 e 4.7.13. 4.6.3 Declividade 4.6.3.1 A declividade máxima das rampas externas à edificação deve ser de 10% (1:10). 4.6.3.2 As declividades máximas das rampas internas devem ser de: a) 10%, isto é, 1:10, nas edificações de ocupações A, B, E, F e H; b) 12,5%, isto é, 1:8, quando o sentido de saída é na descida, nas edificações de ocupações D e G; sendo a saída em rampa ascendente, a inclinação máxima é de 10%; c) 12,5% (1:8), nas ocupações C, I e J. 4.6.3.3 Quando, em ocupações em que sejam admitidas rampas de mais de 10% em ambos os sentidos, o sentido da saída for ascendente, deve ser dado um acréscimo de 25% na largura calculada conforme o item 4.3.

4.7 Escadas 4.7.1 Generalidades 4.7.1.1 Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas ou não, as quais devem: a) ser constituídas com material estrutural e de compartimentação incombustível; b) oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais além da incombustibilidade, quando não enclausuradas; c) atender às condições específicas estabelecidas quanto aos materiais de acabamento e revestimento utilizados na escada; d) ser dotadas de guardas em seus lados abertos conforme item 4.8; e) ser dotadas de corrimãos em ambos os lados; f) atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas terminando obrigatoriamente no piso de descarga, não podendo ter comunicação direta com outro lanço na mesma prumada (ver Figura 3), devendo ter compartimentação, conforme a norma técnica específica na divisão entre os lanços ascendente e descendente em relação ao piso de descarga, exceto para escadas tipo NE (comum), onde deve ser acrescida a iluminação de emergência e sinalização de balizamento, indicando a rota de fuga e descarga;

Figura 3 – Segmentação das escadas no piso da descarga

g) ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o uso; h) quando houver exigência de duas ou mais escadas de emergência e estas ocuparem a mesma caixa de escada (volume), não será aceita comunicação entre si, devendo haver compartimentação entre ambas, de acordo com a norma técnica específica. Quando houver exigência

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de uma escada e for utilizado o recurso arquitetônico de construir 2 escadas em um único corpo, estas serão consideradas como uma única escada, quanto aos critérios de acesso, ventilação e iluminação; i) atender ao item 4.5.1.2. 4.7.2 Largura 4.7.2.1 As larguras das escadas devem atender aos seguintes requisitos: a) ser proporcionais ao número de pessoas que por elas devam transitar em caso de emergência, conforme item 4.4; b) ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que se podem projetar até 10cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas; c) ter, quando se desenvolver em lanços paralelos, espaço mínimo de 10cm entre lanços, para permitir localização de guarda ou fixação do corrimão. 4.7.3 Dimensionamento de degraus e patamares 4.7.3.1 Os degraus devem: a) ter altura h (ver Figura 4) compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 0,5 cm; b) ter largura b (ver Figura 4) dimensionada pela fórmula de Blondel:

63 � �2 � �� 64 �;

c) ser balanceados quando o lanço da escada for curvo (escada em leque) ou em espiral, quando se tratar de escadas não destinadas a saídas de emergências (ver item 4.7.5.1), caso em que a medida do degrau (largura do degrau) será feita segundo a linha de percurso e a parte mais estreita desses degraus engrauxidos não tenha menos de 15 cm (ver Figura 5) e 7 cm, respectivamente;

Figura 4 – Altura e largura dos degraus

d) ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais e, em lanços sucessivos de uma mesma escada, diferenças entre as alturas de degraus de, no máximo, 5 mm;

e) ter bocel (nariz) de 1,5 cm, no mínimo, ou, quando este inexistir, balanço da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com este mesmo valor mínimo (ver Figura 4). 4.7.3.2 O lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,7 m de altura.

Figura 5 – Escada com lanços curvos e degraus balanceados

4.7.3.3 O comprimento dos patamares deve ser (ver Figura 6): a) dado pela fórmula:

� � ��� � �� � � �

onde n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de escada reta, medido na direção do trânsito; b) no mínimo, igual à largura da escada quando há mudança de direção da escada sem degraus ingrauxidos, não se aplicando, nesse caso, a fórmula anterior. 4.7.3.4 Em ambos os lados de vão da porta, deve haver patamares com comprimento mínimo igual à largura da folha da porta. 4.7.4 Caixas das escadas 4.7.4.1 As paredes das caixas de escadas, das guardas, dos acessos e das descargas devem ter acabamento liso. 4.7.4.2 As caixas de escadas não podem ser utilizadas como depósitos, mesmo por curto espaço de tempo, nem para a localização de quaisquer móveis ou equipamentos, exceto os previstos especificamente nesta Norma Técnica.

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4.7.4.3 Nas caixas de escadas, não podem existir aberturas para tubulações de lixo, para passagem da rede elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para medidores de gás e assemelhados.

Figura 6 – Lanço mínimo e comprimento de patamar

4.7.4.4 As paredes das caixas de escadas enclausuradas devem garantir e possuir Tempo de Resistência ao Fogo por, no mínimo, 120 min. 4.7.4.5 Os pontos de fixação das escadas metálicas na caixa de escada devem possuir Tempo de Resistência ao Fogo de 120 min. 4.7.5 Escadas não destinadas a saídas de emergência 4.7.5.1 As escadas em leque, em espiral e de lances retos são consideradas como escadas secundárias, não destinadas a saídas de emergência, e devem: a) atender aos mezaninos e áreas privativos de qualquer edificação, desde que a população seja inferior a 20 pessoas, com altura da escada não superior a 3,7m; b) ter largura mínima de 80cm; c) ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, que permaneçam antiderrapantes com o uso; d) ser dotadas de corrimãos, atendendo ao prescrito no item 4.8, bastando, porém, apenas um corrimão nas escadas com até 1,1m de largura e dispensando-se corrimãos intermediários; e) ser dotadas de guardas em seus lados abertos, conforme item 4.8; f) atender ao prescrito no item 4.7.3 (dimensionamento dos degraus, conforme fórmula de Blondel, balanceamento e outros) e, nas escadas curvas (escadas em leque), dispensa-se a aplicação da fórmula dos patamares (4.7.3.3), bastando que o patamar tenha um mínimo de 80cm.

4.7.5.2 Admitem-se nas escadas secundárias, exclusivamente de serviço e não destinadas a saídas de emergência, as seguintes alturas máximas h dos degraus, respeitando, porém, sempre a fórmula de Blondel: a) ocupações A até G: h = 20cm; b) ocupações H: h = 19cm; c) ocupações I até M: h = 23cm. 4.7.6 Escadas em edificações em construção 4.7.6.1 Em edificações em construção, as escadas devem ser construídas concomitantemente com a execução da estrutura, permitindo a fácil evacuação da obra e o acesso dos bombeiros. 4.7.7 Escadas não enclausuradas ou escada comum (NE) 4.7.7.1 A escada comum (NE) deve atender aos requisitos dos itens 4.7.1 a 4.7.3, exceto o 4.7.3.1.c. 4.7.8 Escadas enclausuradas protegidas (EP) 4.7.8.1 As escadas enclausuradas protegidas (ver Figura 7) devem atender ao requisitos dos itens 4.7.1 a 4.7.4, exceto o 4.7.3.1.c, e: a) ter suas caixas isoladas por paredes resistentes a 2 h de fogo, no mínimo; b) ter as portas de acesso a esta caixa de escada do tipo corta-fogo (PCF), com resistência de 90 min de fogo; c) ser dotadas, em todos os pavimentos (exceto no da descarga, onde isto é facultativo), de janelas abrindo para o espaço livre exterior, atendendo ao previsto no item 4.7.8.2; d) ser dotadas de janela que permita a ventilação em seu término superior, com área mínima de 0,80m², devendo estar localizada na parede junto ao teto ou no máximo a 15cm deste, no término da escada. 4.7.8.2 As janelas das escadas protegidas devem: a) estar situadas junto ao teto ou, no máximo, a 15cm deste, estando o peitoril, no mínimo, a 1,1m acima do piso do patamar ou degrau adjacente e tendo largura mínima de 80cm, podendo ser aceitas na posição centralizada, acima dos lances de degraus, devendo pelo menos uma das faces da janela estar a no máximo 15 cm do teto; b) ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80m² em cada pavimento (ver Figura 8); c) ser dotadas de venezianas ou outro material que assegure a ventilação permanente, devendo distar

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pelo menos 3m, em projeção horizontal, de qualquer outra abertura, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou à divisa do lote, podendo essa distância ser reduzida para 2m para caso de aberturas instaladas em banheiros, vestiários ou áreas de serviço. A distância das venezianas pode ser reduzida para 1,4m, de outras aberturas, que estiverem no mesmo plano de parede e no mesmo nível; d) ser construídas em perfis metálicos reforçados, sendo vedado o uso de perfis ocos, chapa dobrada, madeira, plástico e outros; e) os caixilhos poderão ser do tipo basculante, junto ao teto, sendo vedados os tipos em eixo vertical e “máxiar”. Os caixilhos devem ser fixados na posição aberta.

Figura 7 - Escada enclausurada protegida 4.7.8.3 Na impossibilidade de colocação de janela na caixa da escada enclausurada protegida, conforme a alínea c do item 4.7.8.1, os corredores de acesso devem: a) ser ventiladas por janelas, abrindo para o espaço livre exterior, com área mínima de 0,80m², largura mínima de 0,80m, situadas junto ao teto ou, no mínimo, a 15 cm deste; ou, b) ter sua ligação com a caixa da escada por meio de antecâmaras ventiladas, executadas nos moldes do especificado no item 4.7.10 ou 4.7.12.

4.7.8.4 As escadas enclausuradas protegidas devem possuir ventilação permanentes inferior, com área de 1,20m² no mínimo, devendo ficar junto ao solo da caixa da escada podendo ser no piso do pavimento térreo ou no patamar intermediário entre o pavimento térreo e o pavimento imediatamente superior, que permita a entrada de ar puro, em condições análogas à tomada de ar dos dutos de ventilação (ver item 4.7.11). 4.7.9 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) 4.7.9.1 As escadas enclausuradas à prova de fumaça (ver Figuras 9, 10 e 11) devem atender ao estabelecido nos itens 4.7.1 a 4.7.4, exceto o 4.7.3.1.c, e: a) ter suas caixas enclausuradas por paredes resistentes a quatro horas de fogo; b) ter ingresso por antecâmaras ventiladas, terraços ou balcões, atendendo as primeiras ao prescrito no item 4.7.10 e os últimos no item 4.7.12; c) ser providas de portas corta-fogo (PCF) com resistência de 60min ao fogo. 4.7.9.2 A iluminação natural das caixas de escadas enclausuradas, recomendável mas não indispensável, quando houver, deve obedecer aos seguintes requisitos: a) ser obtida por abertura provida de caixilho de perfil metálico reforçado, provido de fecho acionável por chave ou ferramenta especial, devendo ser aberto somente para fins de manutenção ou emergência; b) este caixilho deve ser guarnecido com vidro aramado, transparente ou não, malha de 12,5 mm, com espessura mínima de 6,5 mm; c) em paredes dando para o exterior, sua área máxima não pode ultrapassar 0,5m²; em parede dando para antecâmara ou varanda, pode ser de até 1m²; d) havendo mais de uma abertura de iluminação, a distância entre elas não pode ser inferior a 0,5m e a soma de suas áreas não deve ultrapassar 10% da área da parede em que estiverem situadas. 4.7.10 Antecâmaras 4.7.10.1 As antecâmaras, para ingressos nas escadas enclausuradas (ver Figura 9), devem: a) ter comprimento mínimo de 1,8m; b) ter pé-direito mínimo de 2,5m; c) ser ventiladas por dutos de entrada e saída de ar, de acordo com os itens 4.7.11.2 a 4.7.11.4;

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d) ser dotadas de porta corta-fogo (PCF) na entrada e na comunicação da caixa da escada, com resistência de 60min de fogo cada; e) ter a abertura de entrada de ar do duto respectivo situada junto ao piso ou, no máximo, a 15 cm deste, com área mínima de 0,84m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; f) ter a abertura de saída de ar do duto respectivo situada junto ao teto ou no máximo, a 15 cm deste, com área mínima de 0,84m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; g) ter, entre as aberturas de entrada e de saída de ar, a distância vertical mínima de 2 m, medida eixo a eixo; h) ter a abertura de saída de ar situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3m, medida em planta, da porta de entrada da antecâmara, e a abertura de entrada de ar situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3m, medida em planta, da porta de entrada da escada; i) ter paredes resistentes ao fogo por no mínimo 120min;

j) as aberturas dos dutos de entrada e saída de ar das antecâmaras deverão ser guarnecidas por telas de arame, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm e malha com dimensões mínimas de 2,5cm por 2,5cm. 4.7.11 Dutos de ventilação natural 4.7.11.1 Os dutos de ventilação natural devem formar um sistema integrado: o duto de entrada de ar (DE) e o duto de saída de ar (DS) 4.7.11.2 Os dutos de saída de ar (gases e fumaça) devem: a) ter aberturas somente nas paredes que dão para as antecâmaras; b) ter secção mínima calculada pela seguinte expressão:

� � �, ��� � � onde: s = secção mínima em m² n = número de antecâmaras ventiladas pelo duto;

Figura 8 - Ventilação da escada enclausurada protegida e seu acesso

c) ter, em qualquer caso, área não inferior a 0,84m² e, quando de secção retangular, obedecer à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; d) elevar-se no mínimo 3m acima do eixo da abertura da antecâmara do último pavimento servido pelo eixo, devendo seu topo situar-se 1 m

acima de qualquer elemento construtivo existente sobre a cobertura; e) ter, quando não forem totalmente abertos no topo, aberturas de saída de ar com área efetiva superior ou igual a 1,5 vezes a área da secção do duto, guarnecidas ou não por venezianas ou equivalente, devendo essas aberturas ser dispostas

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em, pelo menos, duas faces opostas com área nunca inferior a 1m² cada uma, e se situarem em nível superior a qualquer elemento construtivo do prédio (reservatórios, casas de máquinas, cumeeiras, muretas e outros); f) não serem utilizados para a instalação de quaisquer equipamentos ou canalizações; g) ser fechados na base. 4.7.11.3 As paredes dos dutos de saídas de ar devem:

a) ser resistentes, no mínimo, a duas horas de fogo; b) ter isolamento térmico e inércia térmica equivalente, no mínimo, a uma parede de tijolos maciços, rebocada, de 15cm de espessura, quando atenderem a até 15 antecâmaras, e de 23cm de espessura, quando atenderem a mais de 15 antecâmaras; c) ter revestimento interno liso.

Figura 9 – Escada enclausurada à prova de fumaça com elevador de emergência (a posição deste é somente

exemplificativa) na antecâmara 4.7.11.4 Os dutos de entrada de ar devem: a) ter paredes resistentes ao fogo por duas horas, no mínimo; b) ter revestimento interno liso; c) atender às condições das alíneas “a” à “c” e “f” do item 4.7.11.2; d) ser totalmente fechados em sua extremidade superior; e) ter abertura em sua extremidade inferior ou junto ao teto do primeiro pavimento, possuindo acesso direto ao exterior; que assegure a captação de ar fresco respirável, devendo esta abertura ser guarnecidas por telas de arame, com espessura dos fios superior ou igual a 3mm e malha com dimensões mínimas de 2,5cm por 2,5cm; que não diminua a área efetiva de ventilação, isto é, sua secção deve ser aumentada para compensar a redução.

4.7.11.4.1 A abertura exigida na letra e, poderá ser projetada junto ao teto do primeiro pavimento que possua acesso direto ao exterior (Ex.: piso térreo). 4.7.11.5 A secção da parte horizontal inferior do duto de entrada de ar deve: a) ser, no mínimo, igual à do duto, em edificações com altura igual ou inferior a 30m; b) ser igual a 1,5 vezes a área da secção do trecho vertical do duto de entrada de ar, no caso de edificações com mais de 30m de altura. 4.7.11.6 A tomada de ar do duto de entrada de ar deve ficar, de preferência, ao nível do solo ou abaixo deste, longe de qualquer eventual fonte de fumaça em caso de incêndio. 4.7.11.7 As dimensões dos dutos dadas em 4.7.11.2 são as mínimas absolutas, aceitando-se

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mesmo recomendando o cálculo exato pela mecânica dos fluídos destas secções, em especial no caso da existência de subsolos e em prédios de

excepcional altura ou em locais sujeitos a ventos excepcionais.

Figura 10 - Exemplo de dutos de ventilação

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4.7.12 Escada enclausurada por balcões, varandas e terraços 4.7.12.1 Os balcões, varandas, terraços e assemelhados, para ingresso em escadas enclausuradas, devem atender aos seguintes requisitos: a) ser dotados de portas corta-fogo na entrada e na saída com resistência mínima de 60min. b) ter guarda de material incombustível e não vazada com altura mínima de 1,30m; c) ter piso praticamente em nível e desnível máximo de 30mm dos compartimentos internos do prédio e da caixa de escada enclausurada; d) em se tratando de terraço a céu aberto, não situado no último pavimento, o acesso deve ser protegido por marquise com largura mínima de 1,2m. 4.7.12.2 A distância horizontal entre o paramento externo das guardas dos balcões, varandas e terraços que sirvam para ingresso às escadas enclausuradas à prova de fumaça e qualquer outra abertura desprotegida do próprio prédio ou das divisas do lote deve ser, no mínimo, igual a um terço da altura da edificação, ressalvado o estabelecido no item 4.7.12.3, mas nunca a menos de 3m. 4.7.12.3 A distância estabelecida no item 4.7.12.2 pode ser reduzida à metade, isto é, a um sexto da altura, mas nunca a menos de 3m, quando: a) o prédio for dotado de chuveiros automáticos; b) o somatório das áreas das aberturas da parede fronteira à edificação considerada não ultrapassar um décimo da área total dessa parede; c) na edificação considerada não houver ocupações pertencentes aos grupos C ou I. 4.7.12.4 Será aceita uma distância de 1,20m, para qualquer altura da edificação, entre a abertura desprotegida do próprio prédio até o paramento externo do balcão, varanda ou terraço para o ingresso na escada enclausurada à prova de fumaça (PF), desde que entre elas seja interposta uma parede com TRF mínimo de 2 horas. (ver Figura 11) 4.7.12.5 Será aceita a ventilação no balcão da escada à prova de fumaça, através de janela com ventilação permanente, desde que: a) área efetiva mínima de ventilação seja de 1,5m²; b) as distâncias entre as aletas das aberturas das janelas tenham espaçamentos de no mínimo 0,15m;

c) as aletas possuam um ângulo de abertura de no mínimo 45 graus em relação ao plano vertical da janela; d) as antecâmaras deverão atender o item 4.7.10.1.a, b e c; e) ter altura de peitoril de 1,3m; f) ter distância de no mínimo 3m de outras aberturas em projeção horizontal, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou à divisa do lote, e no mesmo plano de parede; g) os pisos de balcão, varandas e terraços deverão ser antiderrapantes, conforme item 4.6.2.6. 4.7.13 Escadas à prova de fumaça pressurizada (PFP) 4.7.13.1 As escadas à prova de fumaça pressurizadas, ou escadas pressurizadas, podem sempre substituir as escadas enclausuradas protegidas (EP) e as escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF), devendo atender a todas as exigências da norma técnica específica.

Figura 11 – Escada enclausurada do tipo PF

ventilada por balcão 4.7.14 Escada aberta externa (AE) 4.7.14.1 As escadas abertas externas (ver Figuras 13 e 14) podem substituir os demais tipos de escadas e devem atender aos requisitos dos itens 4.7.1 a 4.7.3, 4.8.1.3 e 4.8.2, e: a) ter seu acesso provido de porta corta-fogo com resistência mínima de 90min; b) manter raio mínimo de escoamento exigido em função da largura da escada; c) atender tão somente aos pavimentos acima do piso de descarga, terminando obrigatoriamente neste, atendendo ao prescrito no item 4.11;

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d) entre a escada aberta e a fachada da edificação deverá ser interposta outra parede com TRF mínimo de duas horas; e) toda abertura desprotegida do próprio prédio até escada deverá ser mantida distância mínima de 3m quando a altura da edificação for inferior ou igual a 12m e de 8m quando a altura da edificação for superior a 12m;

Figura 12 – Escada aberta externa

f) a distância do paramento externo da escada aberta até o limite de outra edificação no mesmo terreno ou limite da propriedade deverá atender aos critérios adotados na norma técnica específica; g) a estrutura portante da escada aberta externa deverá ser construída em material incombustível, atendendo os critérios estabelecidos na norma técnica específica, TRF de duas horas; h) na existência de shafts, dutos ou outras aberturas verticais que tangenciam a projeção da escada aberta externa, tais aberturas deverão ser delimitadas por paredes estanques nos termos da norma técnica específica; i) será admitido esse tipo de escada até com altura de 23m. 4.8 Guardas e corrimãos 4.8.1 Guarda-corpos e balaustradas

4.8.1.1 Toda saída de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) contínuas, sempre que houver qualquer desnível maior de 19cm, para evitar quedas.

Figura 13 – Escada aberta externa

4.8.1.2 A altura das guardas, medida internamente, deve ser, no mínimo, de 1,05m ao longo dos patamares, escadas, corredores, mezaninos e outros (ver Figura 15), podendo ser reduzida para até 0,92 m nas escadas internas, quando medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus. 4.8.1.3 As alturas das guardas em escadas externas, de seus patamares, de balcões e assemelhados, devem ser de no mínimo 1,3m, medido como especificado no item 4.8.1.2. 4.8.1.4 As guardas constituídas por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto é, as guardas vazadas, devem: a) ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança laminados ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 15cm de diâmetro não possa passar por nenhuma abertura; b) ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas;

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c) ser constituídas por materiais não estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for o caso. Exceção: será feita as ocupações do grupo I e J para as escadas e saídas não emergenciais. 4.8.2 Corrimãos 4.8.2.1 Os corrimãos deverão ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80cm e 92cm acima do nível do piso, sendo em escadas, essa medida tomada verticalmente da forma especificada no item 4.8.1.2 (ver Figura 14). 4.8.2.2 Uma escada pode ter corrimãos em diversas alturas, além do corrimão principal na altura normal exigida; em escolas, jardins-de-infância e assemelhados, se for o caso, deve haver corrimãos nas alturas indicadas para os respectivos usuários, além do corrimão principal.

Figura 14 - Dimensões de guardas e corrimãos

4.8.2.3 Os corrimãos devem ser projetados de forma a poderem ser agarrados fácil e confortavelmente, permitindo um contínuo deslocamento da mão ao longo de toda a sua extensão, sem encontrar quaisquer obstruções, arestas ou soluções de continuidade. No caso de secção circular, seu diâmetro varia entre 38mm e 65mm (ver Figura 15). 4.8.2.4 Os corrimãos devem estar afastados 40mm, no mínimo, das paredes ou guardas às quais forem fixados. 4.8.2.5 Não são aceitáveis, em saídas de emergência, corrimãos constituídos por elementos com arestas vivas, tábuas largas e outros (ver Figura 15). 4.8.2.6 Para auxílio dos deficientes visuais, os corrimãos das escadas deverão ser contínuos, sem interrupção nos patamares, prolongando-se, sempre que for possível, pelo menos 0,2m do

início e término da escada com suas extremidades voltadas para a parede ou com solução alternativa. 4.8.3 Exigências estruturais 4.8.3.1 As guardas de alvenaria ou concreto, as grades de balaustradas, as paredes, as esquadrias, as divisórias leves e outros elementos de construção que envolvam as saídas de emergência devem ser projetados de forma a: a) resistir a cargas transmitidas por corrimãos nelas fixados ou calculadas para resistir a uma força horizontal de 730N/m aplicada a 1,05m de altura, adotando-se a condição que conduzir a maiores tensões (ver Figura 16); b) ter seus painéis, longarinas, balaústres e assemelhados calculados para resistir a uma carga horizontal de 1,20kPa aplicada à área bruta da guarda ou equivalente da qual façam parte; as reações devidas a esse carregamento não precisam ser adicionadas às cargas especificadas na alínea precedente (ver Figura 16). 4.8.3.2 Os corrimãos devem ser calculados para resistir a uma carga de 900N, aplicada em qualquer ponto deles, verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos.

Figura 15 - Pormenores de corrimãos

4.8.4 Corrimãos intermediários 4.8.4.1 Escadas com mais de 2,2m de largura devem ter corrimão intermediário, no máximo, a cada 1,8m. Os lanços determinados pelos corrimãos intermediários devem ter, no mínimo, 1,1m de largura, ressalvado o caso de escadas em ocupações dos tipos H-2 e H-3, utilizadas por pessoas muito idosas e deficientes físicos, que exijam máximo apoio com ambas as mãos em corrimãos, onde pode ser previsto, em escadas largas, uma unidade de passagem especial com 69cm entre corrimãos. 4.8.4.2 As extremidades dos corrimãos intermediários devem ser dotadas de balaústres ou outros dispositivos para evitar acidentes.

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4.8.4.3 Escadas externas de caráter monumental podem, excepcionalmente, ter apenas dois corrimãos laterais, independentemente de sua largura, quando forem utilizadas por grandes multidões.

Figura 16 – Pormenores construtivos da

instalação de guardas e as cargas a que elas devem resistir

4.9 Elevadores de emergência 4.9.1 Obrigatoriedade 4.9.1.1 É obrigatória a instalação de elevadores de emergência: a) em todas as edificações residenciais A-2 e A-3 com altura superior a 80m e nas demais ocupações com altura superior a 60 m, excetuadas as de classe de ocupação G-1, e em torres exclusivamente monumentais de ocupação F-2; b) nas ocupações institucionais H-2 e H-3, sempre que sua altura ultrapassar a 12m, em número igual ao das escadas de emergência. 4.9.2 Exigências 4.9.2.1 Enquanto não houver norma específica referente a elevadores de emergência, estes devem atender a todas as normas gerais de segurança previstas nas NBR 5.410 e NBR 7.192 e (ver Figura 9): a) ter sua caixa enclausurada por paredes resistentes a quatro horas de fogo, independente dos elevadores de uso comum; b) ter suas portas metálicas abrindo para antecâmara ventilada, nos termos do item 4.7.10, para varanda conforme o item 4.7.12, para hall

enclausurado e pressurizado, para patamar de escada pressurizada ou local análogo do ponto de vista de segurança contra fogo e fumaça; c) ter circuito de alimentação de energia elétrica com chave própria independente da chave geral do edifício, possuindo este circuito chave reversível no piso da descarga, que possibilite

que ele seja ligado a um gerador externo na falta de energia elétrica na rede pública; d) deve estar ligado a um grupo moto-gerador de emergência. 4.9.2.2 O painel de comando deve atender, ainda, às seguintes condições: a) estar localizado no pavimento da descarga; b) possuir chave de comando de reversão para permitir a volta do elevador a este piso, em caso de emergência; c) possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos carros no pavimento da descarga, anulando as chamas existentes, de modo que as respectivas portas permaneçam abertas, sem prejuízo do fechamento do vão do poço nos demais pavimentos; d) possuir duplo comando automático e manual reversível, mediante chamada apropriada. 4.9.2.3 Nas ocupações institucionais H-3, o elevador de emergência deve ter cabine com dimensões apropriadas para o transporte de maca. 4.9.2.4 As caixas de corrida (poço) e casas de máquinas dos elevadores de emergência devem ser enclausuradas e totalmente isoladas das caixas de corrida e casas de máquinas dos demais elevadores. A caixa de corrida (poço) deve ter abertura de ventilação permanente em sua parte superior, atendendo às condições estabelecidas na alínea d do item 4.7.8.1. 4.9.2.5 O elevador de emergência deve atender a todos os pavimentos do edifício, incluindo os localizados abaixo do pavimento de descarga com altura ascendente superior a 12m. 4.10 Área de refúgio 4.10.1 Conceituação e exigências 4.10.1.1 Área de refúgio é a parte de um pavimento separada por paredes corta-fogo e portas corta-fogo, tendo acesso direto, cada uma delas (a área de refúgio e o restante do pavimento), a pelo menos uma escada/rampa de emergência (ver Figura 17). 4.10.1.2 A estrutura dos prédios dotados de áreas de refúgio deve ter resistência conforme estabelecido em norma técnica específica. 4.10.1.2.1 As paredes que definem as áreas de refúgio devem apresentar resistência ao fogo conforme estabelecido em norma técnica específica.

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Figura 17 - Desenho esquemático da área de

refúgio 4.10.2 Obrigatoriedade 4.10.2.1 É obrigatória a existência de áreas de refúgio em todos os pavimentos nos seguintes casos: a) em edificações institucionais de ocupação E-5, E-6, H-2 e H-3 com altura superior a 12 m. Nesses casos a área mínima de refúgio de cada pavimento ficará restrita a 30% da área de cada pavimento; b) a existência de compartimentação de área no pavimento será aceita como área de refúgio, desde que tenha acesso direto às saídas de emergência (escadas ou rampas). 4.10.3 Hospitais e assemelhados 4.10.3.1 Em ocupações H-2 e H-3, as áreas de refúgio não devem ter áreas superiores a 2.000m². 4.10.3.2 Nessas ocupações H-2 e H-3, bem como nas ocupações E-6, a comunicação entre as áreas de refúgio e/ou entre essas áreas e saídas deve ser em nível ou, caso haja desníveis, em rampas, como especificado no item 4.6. 4.11 Descarga 4.11.1 Tipos 4.11.1.1 A descarga, parte da saída de emergência de uma edificação, que fica entre a escada e a via pública ou área externa em comunicação com a via pública, pode ser constituída por: a) corredor ou átrio enclausurado; b) área em pilotis; c) corredor a céu aberto. 4.11.1.2 O corredor ou átrio enclausurado que for utilizado como descarga deve: a) ter paredes resistentes ao fogo por tempo equivalente ao das paredes das escadas que a ele conduzirem;

b) ter pisos e paredes revestidos com materiais que atendam às condições da norma técnica específica; c) ter portas corta-fogo com resistência de 90min de fogo; quando a escada for à prova de fumaça ou quando a escada for enclausurada protegida; isolando-o de todo compartimento que com ele se comunique, tais como apartamentos, salas de medidores, restaurante e outros. 4.11.1.3 Admite-se que a descarga seja feita por meio de saguão ou hall térreo não enclausurado, desde que entre o final da descarga e a fachada ou alinhamento predial (passeio) mantenha-se um espaço livre para acesso ao exterior, atendendo-se às dimensões exigidas no item 4.11.2, sendo admitido nesse saguão ou hall elevadores, portaria, recepção, sala de espera, sala de estar e salão de festas (ver Figura 18). 4.11.1.4 A área em pilotis que servir como descarga deve: a) não ser utilizável como estacionamento de veículos de qualquer natureza, sendo, quando necessário, dotada de divisores físicos que impeçam tal utilização; b) Ser mantida livre e desimpedida, não podendo ser utilizada como depósito de qualquer natureza.

Figura 18 – Descarga através de hall térreo não

enclausurado

4.11.1.4.1 Não será exigida a letra a acima, nas edificações onde as escadas exigidas forem do tipo NE - escadas não enclausuradas e altura até 12m, desde que entre o acesso à escada e a área externa (fachada ou alinhamento predial) possua um espaço reservado e desimpedido, no mínimo com largura de 2,2m.

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4.11.1.5 O elevador de emergência pode estar ligado ao hall de descarga, desde que seja agregado à largura desta uma unidade de saída (0,55 m).

Figura 19 – Dimensionamento de corredores de

descarga 4.11.2 Dimensionamento 4.11.2.1 No dimensionamento da descarga, devem ser consideradas todas as saídas horizontais e verticais que para ela convergirem. 4.11.2.2 A largura das descargas não pode ser inferior: a) a 1,2m, nos prédios em geral, e a 1,65 e 2,2m, nas edificações classificadas com H-2 e H-3 por sua ocupação; b) à largura calculada conforme 4.4, considerando-se esta largura para cada segmento de descarga entre saídas de escadas (ver Figura 19), não sendo necessário que a descarga tenha, em toda a sua extensão, a soma das larguras das escadas que a ela concorrem. 4.11.3 Outros ambientes com acesso 4.11.3.1 Galerias comerciais (galerias de lojas) podem estar ligadas à descarga desde que seja feito por meio de antecâmara enclausurada e ventilada diretamente para o exterior ou através de dutos, dentro dos padrões estabelecidos para as escadas à prova de fumaça (PF), dotadas de duas portas corta-fogo P-60, conforme indicado na Figura 20. 4.12 Iluminação de emergência e sinalização de saída 4.12.1 Iluminação das rotas de saídas de emergência 4.12.1.1 As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou artificial em nível suficiente, de acordo com a NBR 5.413. Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente durante

o dia, é indispensável a iluminação artificial noturna. 4.12.2 Iluminação de emergência 4.12.2.1 A iluminação de emergência deve ser executada obedecendo ao estabelecido em norma técnica específica. 4.12.3 Sinalização de saídas de emergência 4.12.3.1 A sinalização de saída deve ser executada obedecendo ao estabelecido em norma técnica específica. 4.13 Acesso de guarnições de bombeiros na edificação e áreas de risco por meio de ponto de ancoragem 4.13.1 Considera-se ponto de ancoragem todo dispositivo destinado à ancoragem de cordas para a retirada de vítimas e acesso de bombeiros na edificação e áreas de risco.

Figura 20 - Acesso de galeria comercial à

descarga 4.13.2 Características do ponto de ancoragem: a) permitir a fixação de modo a não provocar a abrasão ou esforços de corte nas cordas; b) ser constituído de material que resista a esforços de tração de 3.000 quilogramas força (tubulação preferencialmente com diâmetro de 63mm ou vergalhão com diâmetro mínimo de 50mm); c) ser constituído de material que resista às intempéries; d) ser fixado em pelo menos 2 pontos com resistência igual ao exigido na letra b; e) a distância mínima entre o ponto de ancoragem e a projeção horizontal da fachada atendida deve ser de 1m.

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4.13.3 Exigências a) toda edificação com altura superior a 23m deve possuir pelo menos um ponto de ancoragem, destinado a atender cada fachada, localizado na última laje e com acesso fácil aos bombeiros e ocupantes da edificação; b) os pontos de ancoragem devem ser localizados de forma centralizada em relação às fachadas que visem a atender. 4.14 Acesso sem obstáculos 4.14.1 As rotas de saída destinadas ao uso de doentes e deficientes físicos, inclusive usuários de cadeiras de rodas, devem possuir rampas e elevadores de segurança ou outros dispositivos onde houver diferença de nível entre pavimentos. 4.14.2 Essas rotas devem permanecer livres de quaisquer obstáculos ou saliências nas paredes (móveis, extintores de incêndio e outros) e ter as larguras exigidas pela NBR 9.050. 4.15 Construções subterrâneas, subsolos e edificações sem janelas - Generalidades e conceituação 4.15.1 Construções subterrâneas ou subsolos 4.15.1.1 Para os efeitos desta Norma Técnica, consideram-se construções subterrâneas ou subsolos as edificações, ou parte delas, na qual o piso se ache abaixo do pavimento da descarga, ressalvando o especificado no item 4.15.1.2. 4.15.1.2 Não são considerados subsolos, para efeito de saídas de emergência, os pavimentos nas condições seguintes: a) o pavimento que for provido em pelo menos dois lados de, no mínimo, 2m² de aberturas inteiramente acima do solo a cada 15m lineares de parede periférica; b) estas aberturas tenham peitoril a não mais de 1,20m acima do piso interno e que não tenham medida alguma menor que 60cm (luz), de forma a permitir operações de salvamento provenientes do exterior; c) estas aberturas sejam de fácil manuseio, tanto do lado interno como externo, devendo ter identificação tanto internamente como externamente. 4.15.2 Edificações sem janelas 4.15.2.1 As edificações sem janelas são aquelas edificações, ou parte delas, que não possuem meios de acesso direto ao exterior, através de

suas paredes periféricas ou aberturas para ventilação ou salvamento, das janelas ou grades fixas existentes, ressalvados os casos descritos nos itens 4.15.2.2 e 4.15.2.3. 4.15.2.2 Uma edificação térrea (ver Tabela 1) ou porção dela não é considerada sem janelas quando: a) o pavimento tiver portas ao nível do solo, painel de acesso ou janelas espaçadas a não mais de 50m nas paredes exteriores; b) estas aberturas deve ter dimensões mínimas de 60cm x 60cm, obedecendo às alíneas a, b e c do item 4.15.1.2. 4.15.2.3 Uma edificação não-térrea (ver Tabela 1) não é considerada sem janelas quando: a) existirem acessos conforme a alínea a do item 4.15.2.2; b) todos os pavimentos acima do térreo tiverem aberturas de acesso ou janelas em dois lados do prédio, pelo menos, espaçados, no mínimo, 15m nestas paredes, obedecendo às alíneas b e c do item 4.15.1.2, com, no mínimo, 60cm de largura livre por 1,1m de altura livre. 4.15.3 Exigências especiais para construções subterrâneas subsolos e edificações sem janelas 4.15.3.1 As construções subterrâneas, subsolos e as edificações sem janelas, além das demais exigências desta Norma Técnica que lhes forem aplicáveis, considerando que, em áreas sem acesso direto ao exterior e sem janelas para permitir ventilação e auxílio de bombeiros, qualquer incêndio ou fumaça tende a provocar pânico; devem permitir a saída conveniente de seus usuários e atender às exigências abaixo: a) para subsolos com áreas de construção superior a 500m2 ou população total superior a 100 pessoas, ter no mínimo duas saídas de emergência, em lados opostos, com distância mínima de 10m entre elas, exceto para os subsolos destinados a estacionamento de veículos; b) quando, com acesso de público ou população superior a 50 pessoas, ter ao menos uma das saídas direta ao exterior, sem passagem pela descarga térrea, no caso de subsolo; c) é obrigatória a adoção de áreas de refúgio em subsolos com área superior a 500m², não destinados a garagem. Nesse caso a área de refúgio fica restrita a 30%, no mínimo, da área de cada pavimento. A existência de compartimentação de área no pavimento, será aceita como área de refúgio, desde que tenha

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acesso direto às saídas de emergência (escadas ou rampas); d) nos subsolos de edificações com exigência de escada tipo EP ou PF, com altura ascendente de até 12m, exige-se escada simplesmente enclausurada com PCF P-90. Alturas superiores a 12m, exige-se pressurização da escada; e) além das exigências acima, os subsolos e prédios sem janelas devem atender aos parâmetros estabelecidos em norma técnica que trate acerca do controle de fumaça. 5.16 Exigências para edificações construídas anterior a 11 de março de 1983 a) para edificações com ocupação residencial, grupo A - divisão A-2, aceita-se escada tipo NE, sendo que as portas de acesso às unidades autônomas (residências) não podem ter aberturas. Para edificações com altura superior a 12m, caso a escada possua uma ou mais faces voltadas para área aberta externa, deve-se manter uma ventilação permanente de no mínimo 0,50m² em uma das faces, em cada pavimento, devendo distar pelo menos 3m, em projeção horizontal, de qualquer outra abertura, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou à divisa do lote, podendo esta distância ser reduzida para 2m para caso de aberturas instaladas em banheiros, vestiários ou áreas de serviço. A distância das venezianas podem ser reduzidas para 1,4m de outras aberturas que estiverem no mesmo plano de parede e no mesmo nível; b) para as demais ocupações, com altura inferior a 12m, deve ser adotada a escada tipo comum (NE), e para aquelas com altura superior a 12m deve ser adotada a escada enclausurada com PCF P-90 e alvenaria resistente ao fogo. Caso a escada possua uma ou mais faces voltadas para área aberta externa, deve-se manter uma ventilação permanente de no mínimo 0,50m² em uma das faces, em cada pavimento, devendo distar pelo menos 3m, em projeção horizontal, de qualquer outra abertura, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou à divisa do lote, podendo esta distância ser reduzida para 2m para caso de aberturas instaladas em banheiros, vestiários ou áreas de serviço. A distância das venezianas podem ser reduzidas para 1,4m de outras aberturas que estiverem no mesmo plano de parede e no mesmo nível; c) as edificações que possuírem subsolos deverão ser isoladas do pavimento térreo, de modo a evitar a passagem de fumaça, gases ou calor aos demais pavimentos elevados; d) as distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refúgio, escada protegida), para todos os grupos de ocupação, serão acrescidas em 50%

da Tabela 5 desta Norma Técnica. Exceção será feita às edificações térreas dos grupos G-1, G-2, I-1, J-1 e J-2, que terão suas distâncias máximas a serem percorridas acrescidas em 100% da Tabela 5; e) Nos casos em que for comprovada tecnicamente a inviabilidade da adaptação, deverá o interessado propor medidas alternativas por meio de Comissão Técnica do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará; f) Quando o subsolo tiver outra ocupação que não a de estacionamento de veículos e possuir altura ascendente superior a 12m, a escada deve ser do tipo pressurizada (PF), devendo ser respeitado os projetos anteriormente aprovados junto ao CBMCE.

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ANEXOS – TABELAS

Tabela 1 – Classificação das edificações quanto à altura

Tabela 2 – Classificação das edificações quanto às suas dimensões em planta

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Tabela 3 – Classificação das edificações quanto às suas características construtivas

CÓDIGO TIPO ESPECIFICAÇÃO

X

Edificações em que o crescimento e a propagação do incêndio podem ser fáceis e onde a estabilidade pode ser ameaçada pelo incêndio.

Edifícios onde pelo menos duas das três condições estão presentes: a) Não possuam TRF, mesmo que existam condições de isenção; b) Não possuam compartimentação vertical completa, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção; c) Não possuam controle dos materiais de acabamento, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção

Y

Edificações onde um dos três eventos é provável:

a) rápido crescimento do incêndio; b) propagação vertical do incêndio;

c) colapso estrutural.

Edifícios onde apenas um das três condições está presente: a) Não possuam TRF, mesmo que existam condições de isenção; b) Não possuam compartimentação vertical completa, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção; c) Não possuam controle dos materiais de acabamento, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção.

Z

Edificações concebidas para limitar: a) rápido crescimento do incêndio; b) propagação vertical do incêndio;

c) colapso estrutural.

Edifícios onde nenhuma das três condições abaixo está presente: a) Não possuam TRF, mesmo que existam condições de isenção; b) Não possuam compartimentação vertical completa, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção; c) Não possuam controle dos materiais de acabamento, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção.

Nota: As edificações devem, preferencialmente, ser sempre projetadas e executadas conforme classificação do tipo Z.

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Tabela 4 – Dados para dimensionamento das saídas de emergência

NOTAS: (A) Os parâmetros dados nesta Tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população (ver seção 4.3). (B) As capacidades das unidades de passagem em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída descendente. Nos demais casos devem sofrer redução como abaixo especificado. Essas porcentagens de redução são cumulativas, quando for o caso: a) Lanços ascendentes de escadas, com degraus até 17cm de altura: redução de 10%; b) Lanços ascendentes de escada com degraus até 17,5cm de altura: redução de 15%; c) Lanços ascendentes de escadas com degraus até 18cm de altura: redução de 20%;

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d) Rampas ascendentes, declividade até 10%: redução de 1% por degrau percentual de inclinação (1% a 10%); e) Rampas ascendentes de mais de 10% (máximo: 12,5%): redução de 20%. (C) Em apartamentos de até dois dormitórios, a sala deve ser considerada como dormitório: em apartamentos maiores (três e mais dormitórios), as salas de costura, gabinetes e outras dependências que possam ser usadas como dormitórios (inclusive para empregadas) são considerados como tais. Em apartamentos mínimos, sem divisões em planta, considera-se uma pessoa para cada 6m² de área de pavimento. (D) Alojamento = dormitório coletivo, com mais de 10m². (E) Por “Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco; quando discriminado o tipo de área (por ex.: área do alojamento), é a área útil interna da dependência em questão. (F) Auditórios e assemelhados, em escolas, bem como salões de festas e centros de convenções em hotéis são considerados nos grupos de ocupação F5 ,F-6 e outros, conforme o caso. (G) As cozinhas e suas áreas de apoio, nas ocupações B, F-6 e F-8, têm sua ocupação admitida como no grupo D, isto é, uma pessoa por 7m² de área. (H) Em hospitais e clínicas com internamento (H-3), que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se à área calculada por leito, a área de pavimento correspondente ao ambulatório, na base de uma pessoa por 7m². (I) O símbolo “+” indica necessidade de consultar normas e regulamentos específicos (não cobertos por esta Norma Técnica). (J) A parte de atendimento ao público de comércio atacadista deve ser considerada como do grupo C. (L) Esta tabela se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados a divisão F-3, com área superior a 10.000m² ou população total superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada norma técnica específica.

Tabela 5 – Distâncias máximas a serem percorridas

NOTAS: a) Edificações exclusivamente térreas dos grupos G-1, G-2, I-1, J-1 e J-2, terão suas distâncias máximas a serem percorridas acrescidas de 150% e para as divisões I-2; J-3 e J-4, estas distâncias poderão ser acrescidas de 100%, desde que, em ambos os casos, as ocupações acima possuam controle de fumaça, de acordo com norma técnica específica.

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b) Esta tabela se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados à divisão F-3, com área superior a 10.000m² ou população total superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada norma técnica específica. c) Para que ocorram as distâncias previstas na Tabela 5 e notas acima, é necessária a apresentação do leiaute definido em planta baixa (salão aberto, sala de eventos, escritórios, escritórios panorâmicos, galpões e outros). Caso não seja apresentado o leiaute definido em planta baixa, as distâncias definidas acima serão reduzidas em 30% (trinta por cento).

Tabela 6 – Número mínimo de saídas e tipos de escadas de emergência por ocupação

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NOTAS: a) Para o uso desta tabela, devem ser consultadas as tabelas anteriores, onde são dados os significados dos códigos alfabéticos e alfanuméricos utilizados e mais as dos indicados a seguir; b) Abreviatura dos tipos de escada: NE = Escada não enclausurada (escada comum); EP = Escada enclausurada protegida (escada protegida); PF = Escada à prova de fumaça. c) Outros símbolos e abreviaturas usados nesta tabela: Tipo esc. = Tipo de escada; Gr. = Grupo de ocupação (uso) – conforme Tabela 1 do Regulamento de Segurança Contra Incêndio Div. = Subdivisão do grupo de ocupação – conforme Tabela 1 do Regulamento de Segurança Contra Incêndio Nota (1) = Em edificações de ocupação do grupo A – divisão A-2, área de pavimento “N” (menor ou igual a 750 m²), altura acima de 30 m, contudo não superior a 50 m, a escada poderá ser do tipo EP (Escada Enclausurada Protegida), sendo que acima desta altura (50m) permanece a escada do tipo PF (Escada Enclausurada à Prova de fumaça); + = Símbolo que indica necessidade de consultar Norma Técnica, normas ou regulamentos específicos (ocupação não coberta por essa Norma Técnica); - = Não se aplica. d) Para as ocupações do grupo F-3, onde o local tratar-se de recintos esportivos e/ou de espetáculos artístico cultural (exceto ginásios e piscinas com ou sem arquibancadas, academias e pista de patinação), deve ser consultada norma técnica específica; e) Grupo H-2 e H-3: Altura superior a 12 m = além das saídas de emergências por escadas (Tabela 6), deve possuir elevador de emergência (ver Figura 9) e áreas de refúgio (ver Figura 18). As áreas de refúgio quando situadas somente em alguns pavimentos de níveis diferentes deve ter seus acessos ligados por rampa (4.6.1.a). Para as edificações que possuam área de refúgio em todos os pavimentos (exceto pavimento térreo), não há necessidade de rampa interligando os diferentes níveis em acessos às áreas de refúgio. f) Havendo necessidade de duas ou mais escadas de segurança, uma delas poderá ser do tipo Aberta Externa (AE), atendendo ao item 4.7.14 desta Norma Técnica. g) A quantidade mínima de escadas previstas nesta tabela pode ser desconsiderada desde que a edificação possua até 36 m de altura e a(s) escada(s) proposta(s) atendam aos parâmetros de distância máxima a percorrer (Tabela 5) e quantidade mínima de unidades de passagem para a lotação prevista (Tabela 4). h) O número de escadas de emergência depende também do dimensionamento das saídas pelo cálculo da população (Tabela 4) e das distâncias a serem percorridas (Tabela 5). i) Para a divisão F-3, com área superior a 10.000m² ou população total superior a 2.500 pessoas, deve ser consultada norma técnica específica.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 006/2008

SISTEMA DE HIDRANTES PARA COMBATE A INCÊNDIO

FEVEREIRO/2010 (Incluidas alterações da Portaria GAB CMD 020/2010, de 10/02/2010) 

 

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 006/2008

SISTEMA DE HIDRANTES PARA COMBATE A INCÊNDIO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica fixa as condições necessárias exigíveis para dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio, bem como as características dos componentes do sistema de hidrantes para combate a incêndio. 2 APLICAÇÃO 2.1 Aplica-se às edificações e áreas de risco em que sejam necessárias as instalações de sistemas de hidrantes para combate a incêndio, de acordo com o previsto na Norma Técnica n.o 001/2008. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Requisitos Gerais 4.1.1 Os sistemas de combate a incêndio por hidrantes estão classificados em tipos I, II, III e IV, conforme especificado na Tabela 2. 4.1.2 Todos os parâmetros, ábacos, tabelas e outros recursos utilizados no projeto e no dimensionamento devem ser relacionados no memorial. 4.1.3 Não é admitida a referência a outro projeto para justificar a aplicação de qualquer informação no memorial. 4.2 Projeto

4.2.1 Deve ser constado no memorial cálculos e dimensionamentos referente ao sistema de hidrantes a ser instalado, além de uma perspectiva isométrica da tubulação (sem escala, com cotas e com os hidrantes numerados), conforme Norma Técnica n.o 001/2008. 4.2.2 O Núcleo de Análise de Projetos poderá solicitar documentos relativos ao sistema e hidrantes, se houver necessidade. 4.3 Recalque 4.3.1 Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivos de recalque, consistindo em um prolongamento de diâmetro no mínimo igual ao da tubulação principal, cujos engates devem ser compatíveis com junta de união tipo “engate rápido” com diâmetro nominal de 65mm. 4.3.2 Quando a vazão do sistema for superior a 1.000l/min, o dispositivo de recalque deve possuir um registro de recalque adicional com as mesmas características definidas em 5.3.1, sendo que o prolongamento da tubulação deve ter diâmetro no mínimo igual ou superior ao existente na tubulação de recalque do sistema. 4.3.3 O dispositivo de recalque, situado no passeio público correspondente à fachada principal da edificação, deve possuir as seguintes características (Figura 1): a) ser enterrado em caixa de alvenaria, com fundo permeável ou dreno; b) a tampa deve ser articulada e requadro em ferro fundido ou material similar, identificada pela palavra “INCÊNDIO”, com dimensões de 0,40m x 0,60m; c) estar afastada a 0,50m da guia do passeio; d) a introdução voltada para cima em ângulo de 45º e posicionada, no máximo, a 0,15m de profundidade em relação ao piso do passeio; e) o volante de manobra deve ser situado a no máximo 0,50m do nível do piso acabado; e f) a válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera, permitindo o fluxo de água nos dois sentidos e instalada de forma a garantir seu adequado manuseio. 4.3.4 A localização do dispositivo de recalque sempre deve permitir aproximação da viatura apropriada para o recalque da água, a partir do logradouro público, para o livre acesso dos bombeiros.

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4.3.5 É vedada a instalação do dispositivo de recalque em local que tenha circulação ou passagem de veículos.

FIGURA 1 – Dispositivo de recalque

4.4 Abrigo 4.4.1 As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas dentro dos abrigos de forma a permitir sua utilização com facilidade e rapidez. 4.4.2 Os abrigos podem ser construídos de materiais metálicos, pintados em vermelho, e sinalizados conforme norma técnica específica, devendo, também, possuir a inscrição “INCÊNDIO” em sua parte frontal. 4.4.3 Os abrigos devem possuir apoio ou fixação própria, independente da tubulação que abastece o hidrante. 4.4.4 O abrigo deve ter utilização exclusiva, conforme estabelecido nesta Norma Técnica. 4.4.5 Os abrigos dos sistemas de hidrantes não devem ser instalados a mais de 3 m da expedição da tubulação, devendo estar em local visível e de fácil acesso. 4.4.6 A porta do abrigo não pode ser trancada. 4.4.7 A tomada de água pode ser instalada dentro do abrigo, desde que não impeça a manobra ou a substituição de qualquer peça. 4.5 Válvulas de abertura para hidrantes 4.5.1 As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo angulares de diâmetro não inferior a 65mm (2 ½ “). 4.6 Requisitos específicos 4.6.1 Tipos de sistemas 4.6.1.1 Os tipos de sistemas previstos são dados na Tabela 2.

4.6.1.2 As vazões da Tabela 2 devem ser obtidas no requinte do esguicho acoplado à sua respectiva mangueira de incêndio. 4.6.1.3 Para cada ponto de hidrante são obrigatórios os materiais descritos na Tabela 4. 4.6.1.4 As vazões da Tabela 2 correspondem a: a) jato compacto de 13mm para sistema tipo I; b) jato compacto de 16mm para sistema tipo II; c) jato compacto de 19mm para sistema tipo III; d) jato compacto de 25mm para sistema tipo IV. 4.7 Distribuição dos Hidrantes 4.7.1 Os pontos de tomada de água devem ser posicionados: a) nas proximidades das portas externas, escadas e/ou acesso principal a ser protegido, a não mais de 5m; b) em posições centrais nas áreas protegidas, devendo atender ao item a) obrigatoriamente; c) fora das escadas ou antecâmaras de fumaça; e d) de 1,0 a 1,5m do piso acabado. 4.7.2 No caso de projetos que utilizem hidrantes externos, devem atender ao afastamento de no mínimo uma vez e meia a altura da parede externa da edificação a ser protegida. 7.7.2.1 Podem ser utilizados até 60m de mangueira de incêndio (em lances de 15m), desde que devidamente dimensionados por cálculo hidráulico. 7.7.2.2 Recomenda-se que sejam utilizadas mangueiras de incêndio de 65mm de diâmetro para redução da perda de carga, não sendo vetado o uso de mangueiras de 1 1/2” desde que hidraulicamente dimensionados para as pressões exigidas. 4.7.3 A utilização do sistema não deve comprometer a fuga dos ocupantes da edificação; portanto, deve ser projetado de tal forma que dê proteção em toda a edificação, sem que haja a necessidade de adentrar as escadas, antecâmaras ou outros locais determinados exclusivamente para servirem de rota de fuga dos ocupantes. 4.8. Dimensionamento do sistema 4.8.1 O dimensionamento deve consistir na determinação do caminhamento das tubulações, dos diâmetros dos acessórios e dos suportes, necessários e suficientes para garantir o funcionamento dos sistemas previstos nesta Norma Técnica. 4.8.2 Os hidrantes devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área a ser protegida seja alcançado por um esguicho (sistemas tipo I, II ou III) ou

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dois esguichos (sistema tipo IV), considerando-se o comprimento do lance de mangueira de 15m através de seu trajeto real e desconsiderando-se o alcance do jato de água. 4.8.3 O raio máximo de proteção de cada ponto de hidrante deverá ser, obrigatoriamente, de 30m, desconsiderando-se o alcance do jato de água. 4.8.4 Para o dimensionamento, deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais desfavoráveis considerados nos cálculos, para qualquer tipo de sistema especificado, considerando, em cada jato de água, no mínimo as vazões obtidas conforme a Tabela 2 e condições de 4.6.1.2. 4.8.5 Independente do procedimento de dimensionamento estabelecido, recomenda-se a utilização de esguichos reguláveis em função da melhor efetividade no combate ao incêndio, desde que seja atendida a vazão mínima para cada esguicho prescrita na Tabela 2 e alcance do jato, conforme itens 4.11.2.1 e 4.11.2.2. 4.8.6 O local mais desfavorável considerado nos cálculos deve ser aquele que proporciona menor pressão dinâmica no esguicho. 4.8.7 Nos casos de mais de um tipo de ocupação (ocupações mistas) na edificação (que requeira proteção por sistemas distintos), o dimensionamento dos sistemas deve ser feito para cada tipo de sistema individualmente ou dimensionado para atender o maior risco. 4.8.8 Cada sistema deve ser dimensionado de modo que as pressões dinâmicas nas entradas dos esguichos não ultrapassem o dobro daquela obtida no esguicho mais desfavorável considerado no cálculo. 4.8.8.1 Pode-se utilizar quaisquer dispositivos para redução de pressão, desde que comprovadas as suas adequações técnicas. 4.8.9 Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho em qualquer ponto não ultrapasse 100mca (1.000kPa). 4.8.9.1 Situações que requeiram pressões superiores à estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos componentes empregados e atendido o requisito especificado em 4.8.8 e 4.8.8.1. 4.8.10 O cálculo hidráulico da somatória de perda de carga nas tubulações deve ser executado por métodos adequados para este fim, sendo que os resultados alcançados têm que satisfazer a uma das seguintes equações apresentadas:

a) Darcy-Weisbach (“formula universal “) e fórmula geral para perdas de carga localizadas:

Onde: hf é a perda de carga, em metros de coluna d’água; f é o fator de atrito (diagramas de Moody e Hunter-Rouse); L é o comprimento da tubulação (tubos), em metros; D é o diâmetro interno, em metros; v é a velocidade do fluido, em metros por segundo; g é a aceleração da gravidade em metros por segundo, por segundo; k é a somatória dos coeficientes de perda de carga das singularidades (conexões). b) Hazen-Williams

Onde: hf é a perda de carga em metros de coluna d’água; Lt é o comprimento total, sendo a soma dos comprimentos da tubulação e dos comprimentos equivalentes das conexões; J é a perda de carga por atrito em metros por metros; Q é a vazão, em litros por minuto; C é o fator de Hazem Willians (ver Tabela 1) D é o diâmetro interno do tubo em milímetros. 4.8.11 A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não deve ser superior a 2 m/s (sucção negativa) ou 3 m/s (sucção positiva), a qual deve ser calculada pela equação:

Onde: v é a velocidade da água, em metros por segundo; Q é a vazão de água, em metros cúbicos por segundo; A é a área interna da tubulação, em metros quadrados. 4.8.11.1 Para o cálculo da área deve ser considerado o diâmetro interno da tubulação. 4.8.12 A velocidade máxima da água na tubulação não deve ser superior a 5m/s, cujo cálculo deve ser realizado conforme equação indicada em 4.8.11. 4.8.13 No sistema de malha ou anel fechado, deve existir válvulas de paragem, localizadas de tal maneira que pelo menos dois lados em uma malha que envolva quadras de processamento ou armazenamento,

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possam ficar em operação, no caso de rompimento ou bloqueio dos outros dois. 4.8.14 Para efeito de equilíbrio de pressão nos pontos de cálculos é admitida a variação máxima, positiva ou negativa, de 0,50mca (5,0kPa). 4.9. Reservatório e Reserva Técnica de Incêndio 4.9.1 A reserva técnica de incêndio deve ser prevista para permitir o primeiro combate durante determinado tempo. 4.9.2 O dimensionamento do volume de água da reserva técnica de incêndio deve obedecer os critérios da Tabela 3. 4.9.3 Pode ser admitida a alimentação de outros sistemas de proteção contra incêndio, sob comando ou automáticos, através da interligação das tubulações. 4.9.4 Deve ser previsto reservatório construído conforme o Anexo B. 4.9.5 O inibidor de vórtice e poço de sucção para reservatório elevado deve ser conforme o Anexo B. 4.9.6 O reservatório que também acumula água para consumo normal da edificação deve ser adequado para preservar a qualidade da água, conforme a NBR 5626/98. 4.9.7 As águas provenientes de fontes naturais tais como: lagos, rios, açudes etc devem ser captadas conforme descrito no Anexo B. 4.9.8 O reservatório pode ser subdividido desde que todas as unidades estejam ligadas diretamente à tubulação de sucção da bomba de incêndio. 4.9.8.1 As subdivisões devem ter no mínimo 4,5m3 de capacidade. 4.9.9 Não é permitida a utilização da reserva técnica de incêndio pelo emprego conjugado de reservatórios subterrâneos e elevados. 4.9.10 Os reservatórios devem ser dotados de meios que assegurem uma reserva efetiva e ofereçam condições seguras para inspeção. 4.10 Bombas de incêndio 4.10.1 A bomba de incêndio deve ser do tipo centrífuga, acionada por motor elétrico ou combustão. 4.10.2 As prescrições e recomendações encontram-se no anexo C.

4.10.3 No caso de ocupações mistas com uma bomba de incêndio principal, deve ser feito o dimensionamento de vazão da bomba e de reservatório para o maior risco e os esguichos e mangueiras podem ser previstos de acordo com os riscos específicos. 4.10.4 A altura manométrica total da bomba deve ser calculada para o hidrante mais desfavorável do sistema. 4.11 Componentes das instalações 4.11.1 Geral 4.11.1.1 Os componentes que não satisfaçam a todas as especificações das normas existentes ou às exigências dos órgãos competentes e entidades envolvidas devem ser submetidos a ensaios e verificações, a fim de obterem aceitação formal da utilização nas condições específicas da instalação, expedida pelos órgãos competentes. 4.11.1.2 Os componentes das instalações devem ser previstos em normas ou em especificações reconhecidas e aceitas pelos órgãos oficiais. 4.11.2 Esguichos 4.11.2.1 O alcance do jato compacto produzido por qualquer sistema adotado conforme Tabela 2 não deve ser inferior a 8m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato, com o jato paralelo ao solo. 4.11.2.2 O alcance do jato para esguicho regulável produzido por qualquer sistema adotado conforme Tabela 2 não deve ser inferior a 8m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato, com o jato paralelo ao solo com o esguicho regulado para jato compacto. 4.11.2.3 Os esguichos são dispositivos hidráulicos para lançamento de água através de mangueiras de incêndio, possibilitando a emissão do jato compacto quando não reguláveis, ou sendo reguláveis possibilitando a emissão de jato compacto ou neblina. 4.11.2.4 Devem ser construídos em latão ligas C-37700, C-46400 e C-48500 da ASMT B 283 para forjados ou C-83600, C-83800, C-84800 e C 86400 da ASTM B 584, liga 864 da ASMT B 30 para fundidos, ou bronze ASMT B 62, para fundidos. 4.11.2.4.1 Outros materiais podem ser utilizados, desde que comprovada a sua adequação técnica e aprovado pelo órgão competente.

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4.11.2.5 Os componentes de vedação devem ser em borracha, quando necessários, conforme ASTM D 2000. 4.11.2.6 O acionador do esguicho regulável, de alavanca ou de colar, deve permitir a modulação da conformação do jato e o fechamento total do fluxo. 4.11.2.7 Cada esguicho instalado deve ser adequado aos valores de pressão disponível e de vazão de água, no ponto de hidrante considerado, para proporcionar o seu perfeito funcionamento. 4.11.2.8 O adaptador tipo engate rápido para acoplamento das mangueiras deve obedecer ao item 4.11.4.1. 4.11.3 Mangueira de incêndio 4.11.3.1 A mangueira de incêndio para uso de hidrante deve atender às condições da NBR 11861/98. 4.11.3.2 O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um ponto de hidrante deve ser suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos que existem, considerando também toda a influência que a ocupação final é capaz de exercer, não excedendo os comprimentos máximos estabelecidos na Tabela 2. 4.11.3.3 Devem ser utilizadas somente mangueiras com lances de 15m. 4.11.4 Uniões/Engates 4.11.4.1 As uniões de engate rápido entre mangueiras de incêndio devem ser conforme a NBR 14349/99. 4.11.4.2 As dimensões e os materiais para a confecção dos adaptadores tipo engate rápido devem atender a NBR 14349/99. 4.11.5 Válvulas 4.11.5.1 Na ausência de normas brasileiras aplicáveis as válvulas, é recomendável que atendam aos requisitos da BS 5041 parte 1/87. 4.11.5.2 As roscas de entrada das válvulas devem ser de acordo com a NBR 6414/83 ou NBR 12912/93. 4.11.5.3 As roscas de saída das válvulas para acoplamento do engate rápido devem ser conforme a NBR 5667/80 ou ANSI/ASME B1.20.7 NH/98. 4.11.5.4 As válvulas devem satisfazer aos ensaios de estanqueidade pertinentes, especificados em A.1.1 e A.1.2 da BS 5041 PARTE 1/87.

4.11.5.5 É recomendada a instalação de válvulas de bloqueio adequadamente posicionadas, com objetivo de proporcionar manutenção em trechos da tubulação sem desativação do sistema. 4.11.6 Tubulações e conexões 4.11.6.1 A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a 65mm (2 ½ “). 4.11.6.2 Para as edificações do Grupo A pode ser utilizada tubulação com diâmetro nominal 50mm (2”) em cobre, tubo sem costura e exclusivamente para edificações de risco leve ou baixo e desde que comprovado tecnicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema, através de laudo de laboratório oficial competente. 4.11.6.3 Os drenos, recursos para simulação e ensaios, escorvas e outros dispositivos devem ser dimensionados conforme a aplicação. 4.11.6.4 As tubulações aparentes do sistema devem ser em cor vermelha. 4.11.6.5 Os trechos das tubulações do sistema, que passam em dutos verticais ou horizontais e que sejam visíveis através da porta de inspeção, devem ser em cor vermelha. 4.11.6.6 As tubulações destinadas à alimentação dos hidrantes não podem passar pelos poços de elevadores ou dutos de ventilação. 4.11.6.7 Todo e qualquer material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir ao efeito do calor e esforços mecânicos, mantendo seu funcionamento normal. 4.11.6.8 O meio de ligação entre os tubos, conexões e acessórios diversos deve garantir a estanqueidade e a estabilidade mecânica da junta e não deve sofrer comprometimento de desempenho, se for exposto ao fogo. 4.11.6.9 A tubulação deve ser fixada nos elementos estruturais da edificação por meio de suportes metálicos, conforme a NBR 10897/90, rígidos e espaçados em no máximo 4m, de modo que cada ponto de fixação resista a cinco vezes a massa do tubo cheio de água mais a carga de 100Kg. 4.11.6.10 Os materiais termoplásticos, na forma de tubos e conexões, somente devem ser utilizados enterrados a 0,60m, fora da projeção da edificação e satisfazendo a todos os requisitos de resistência à pressão interna e a esforços mecânicos necessários ao funcionamento da instalação.

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4.11.6.11 A tubulação enterrada com tipo de acoplamento ponta e bolsa deve ser provida de blocos de ancoragem em concreto nas mudanças de direção e abraçadeiras com tirantes nos acoplamentos conforme especificado na NBR 10897/90. 4.11.6.12 Os tubos de aço devem ser conforme as NBR 5580/93, NBR 5587/85 ou NBR 5590/95. 4.11.6.13 As conexões de ferro maleável devem ser conforme a NBR 6925/85 ou NBR 6943/93. 4.11.6.14 As conexões de aço devem ser conforme ASMT A 234/97. 4.11.6.15 Os tubos de cobre devem ser conforme a NBR 13206/94. 4.11.6.16 As conexões de cobre devem ser conforme a NBR 11720/94, utilizando solda capilar com material de enchimento BcuP-3, BcuP-4, de acordo com AWS A5.8/92 ou equivalentes. 4.11.6.16.1 Outros tipos de solda podem ser usados, desde que atendam o item 4.11.6.8. 4.11.6.17 Os tubos de PVC devem ser conforme as NBR 5647-1/99, NBR 5647-2/99, NBR 5647-3/99 e NBR 5647-4/99. 4.11.6.18 As conexões de PVC devem ser conforme a NBR 10351/88. 4.11.7 Instrumentos do sistema 4.11.7.1 Os instrumentos devem ser adequados ao trabalho a que se destinam, pelas suas características e localização no sistema, sendo especificados pelo projetista. 4.11.7.2 Os manômetros devem ser conforme a NBR 14105/98.

4.11.7.3 A pressão de acionamento a que podem estar submetidos os pressostatos corresponde a no máximo 70% da sua maior pressão de funcionamento. 4.12 Considerações Gerais 4.12.1 O dimensionamento do sistema de hidrantes, de acordo com o item 4.8, devem seguir os parâmetros definidos pela Tabela 3, conforme cada ocupação respectiva. 4.12.2 Quando o conjunto do sistema hidráulico de combate a incêndio for único (bombas de incêndio e tubulações), sendo utilizado para atender às condições do item 4.8.7, as bombas de incêndio devem atender aos maiores valores de pressão e de vazão dos cálculos obtidos, considerando a não simultaneidade de eventos. 4.12.3 Nas áreas de edificações, tais como tanque ou parque de tanques, onde seja necessária a proteção por sistemas de resfriamento e/ou de proteção por espuma, a rede de hidrantes pode possuir uma bomba de pressurização para completar a altura manométrica necessária, desde que alimentada por fonte alternativa de energia. 4.12.4 Para fins de dimensionamento da reserva técnica de incêndio para os casos do sistema de hidrantes, de resfriamento ou de espuma, o volume da reserva do sistema de hidrantes calculado para as condições do item 4.8.7 não é somado ao volume da reserva de água dos demais sistemas, caso as áreas de risco, tais como tanques isolados ou parques de tanques sejam separados das demais construções. 4.12.5 Os casos não contemplados nesta norma serão submetido à Câmara Técnica para decisão por meio de parecer técnico.

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ANEXO A – TABELAS

TABELA 1 – FATOR "C" DE HAZEN-WILLIAMS

TIPO DE TUBO FATOR "C"

Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno 100

Aço preto (sistema de tubo seco) 100

Aço preto (sistema de tubo molhado) 120

Galvanizado 120

Plástico 150

Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno de cimento 140

Cobre 150

Nota: 1) Os valores de "C" de Hazen Willians são válidos para tubos novos

TABELA 2 – TIPOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR HIDRANTE

TIPO ESGUICHO MANGUEIRAS DE INCÊNDIO NÚMERO

DE EXPEDIÇÕES

VAZÃO (l/min) E PRESSÃO (kgf/cm2) MINIMAS NO HIDRANTE

MAIS DESFAVORÁVEL DIÂMETRO

(mm) COMPRIMENTO

MÁXIMO (m)

I jato compacto

de 13 mm ou regulável 40 2x15(30) simples 150/0,4

II jato compacto

de 16 mm ou regulável 40 2x15(30) simples 250/1,0

III jato compacto

de 19 mm ou regulável 40 ou 65 2x15(30) simples 400/1,5

IV jato compacto

de 25 mm ou regulável 65 2x15(30) duplo 600/2,0

Nota: 1) Nos sistemas de hidrantes dimensionados por cálculo hidráulico total, as pressões acima são substituídas pelas pressões resultantes do cálculo. 2) As alturas estáticas de 4m, 10m , 15m e 20m respectivamente para os tipo I, II, III e IV torna facultativo o uso de pressurização mecânica.

TABELA 3 – VOLUME MÍNIMO DA RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO

ÁREA DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS

DE RISCO

CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

A-2, A-3, C-1, D-1(até 300 MJ/m2), D-2, D-3 (até 300 MJ/m2), D-4 (até 300 MJ/m2), E-1,

E-2, E-3, E-4, E-5, E-6, F-1 (até 300 MJ/m2),

F-2, F-3, F-4, F-8, G-1, G-2, G-3, G-4, H1, H-

2, H-3, H-5, H-6, I-1, J-1, J-2 e M-3

D-1 (acima de 300 MJ/m2), D-3 (acima de

300 MJ/m2), D-4 (acima de 300

MJ/m2); B-1; B-2; C-2 (acima de 300 até 800 MJ/m2), C-3, F-5, F-6,

F-7, F-9, H-4, I-2 (acima de 300 até 800

MJ/m2), J-2 e J-3 (acima de 300 até 800

MJ/m²)

C-2 (acima de 800 MJ/m2), F-1 (acima de 300 MJ/m²); F-10, G-5,

I-2 (acima de 800 MJ/m2), J-3 (acima de 800 MJ/m²), L-1 e M-1

I-3, J-4, L-2 e L-3

A < 2.500m2 RTI2 4,5m3 RTI3 7,5m3 RTI3 15m3 RTI3 22,5m3 2.500m2 > A > 5.000m2 RTI2 4,5m3 RTI3 7,5m3 RTI4 30m3 RTI4 45m3 5.000m2 > A > 10.000m2 RTI2 4,5m3 RTI3 7,5m3 RTI4 30m3 RTI5 45m3

10.000m2 > A > 20.000m2 RTI2 9m3 RTI3 15m3 RTI5 48m3 RTI5 72m3 20.000m2 > A > 50.000m2 RTI2 9m3 RTI3 15m3 RTI5 48m3 RTI5 72m3

A > 50.000m2 RTI2 9m3 RTI3 15m3 RTI5 48m3 RTI5 72m3

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Notas: 1) Os volumes acima devem ser acrescidos de 600 x n° de pontos de hidrantes para compor a RTI 2) Sistema de hidrantes para combate a incêndio tipo I 3) Sistema de hidrantes para combate a incêndio tipo II 4) Sistema de hidrantes para combate a incêndio tipo III 5) Sistema de hidrantes para combate a incêndio tipo IV

TABELA 4 – COMPONENTES PARA CADA HIDRANTE SIMPLES

MATERIAIS TIPOS DE SISTEMA

I II III IV

Abrigo Sim Sim Sim Sim

Mangueira de incêndio Sim Sim Sim Sim

Chaves para hidrantes (engate rápido) Sim Sim Sim Sim

Esguicho Sim Sim Sim Sim

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ANEXO B – RESERVATÓRIOS

B.1 Geral B.1.1 Quando o reservatório atender a outros abastecimentos, as tomadas de água destes devem ser instaladas de modo a garantir o volume que reserve a capacidade efetiva para o combate. B.1.2 A capacidade efetiva do reservatório deve ser mantida permanentemente. B.1.3 O reservatório deve ser construído em material que garanta a resistência ao fogo e resistência mecânica. B.1.4 O reservatório pode ser uma cisterna da edificação a ser protegida, desde que garantida a reserva efetiva permanentemente. B.1.5 O reservatório deve ser provido de sistemas de drenagem e ladrão conveniente dimensionados e independentes. B.1.6 É recomendado que a reposição da capacidade efetiva seja efetuada à razão de 1l/min por metro cúbico de reserva. B.2 Reservatório elevado (ação da gravidade) B.2.1 Quando o abastecimento é feito somente pela ação da gravidade, o reservatório elevado deve estar à altura suficiente para fornecer as vazões e pressões mínimas requeridas para cada sistema. Essa altura é considerada: a) do fundo de reservatório (quando a adução for feita na parte inferior do reservatório) até os hidrantes mais desfavoráveis considerados no cálculo; b) da face superior do tubo de adução (quando a adução for feita nas paredes laterais dos reservatórios) até os hidrantes mais desfavoráveis considerados no cálculo. B.2.2 Quando a altura do reservatório elevado não for suficiente para fornecer as vazões e pressões requeridas, para os pontos dos hidrantes mais desfavoráveis considerados no cálculo, deve-se utilizar uma bomba de reforço, em sistema “by pass”, para garantir as pressões e vazões mínimas para aqueles pontos. A instalação desta bomba deve atender ao Anexo C e demais itens desta Norma Técnica. B.2.3 A tubulação de descida do reservatório elevado para abastecer os sistemas de hidrantes deve ser provida de uma válvula de gaveta e uma válvula de retenção, considerando-se o sentido reservatório-

sistema. A válvula de retenção deve ter passagem livre, sentido reservatório-sistema. B.3 Reservatório ao nível do solo, semi- enterrado ou subterrâneo. B.3.1 Nestas condições, o abastecimento dos sistemas de hidrantes deve ser efetuado através de bombas fixas. O reservatório no nível do solo ou subterrâneo somente será usado após aprovação da câmara técnica do Corpo de Bombeiros. B.3.2 O reservatório deve conter uma capacidade efetiva, com o ponto de tomada da sucção da bomba principal localizado junto ao fundo deste, conforme ilustrado nas Figuras B.1 a B.3 e Tabela B.1.

Figura B.1 – Tomada superior de sucção para a bomba

principal B.3.3 Para o cálculo da capacidade efetiva, deve ser considerada como altura a distância entre o nível normal da água e o nível X da água, conforme as Figuras B.1 a B.3. B.3.4 O nível X é calculado como o mais baixo nível, antes de ser criado um vórtice com a bomba principal em plena carga, e deve ser determinado pela dimensão A da Tabela B.1. B.3.5 Quando o tudo de sucção D for dotado de um dispositivo anti-vórtice, pode-se desconsiderar a dimensão A da Tabela B.1.

TABELA B.1 – Dimensões de poços de sucção DIÂMETRO NOMINAL

DO TUBO DE SUCÇÃO (mm)

DIMENSÃO A (mm)

DIMENSÃO B (mm)

65 250 80 80 310 80

100 370 100 150 500 100 200 620 150 250 750 150

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B.3.6 Não se deve utilizar o dispositivo anti-vórtice quando a captação no reservatório de incêndio ocorrer em posição horizontal, conforme exemplos das Figuras B.1 e B.2.

Figura B.2 – Tomada lateral de sucção para a bomba principal B.3.7 Sempre que possível, o reservatório deve dispor de um poço de sucção como demonstrado nas Figuras B.1 a B.3, e com as dimensões mínimas A e B da Tabela B.1, respeitando, também, as distâncias mínimas com relação ao diâmetro D do tubo de sucção. B.3.8 Caso não seja previsto o poço de sucção, as dimensões mínimas A e B da Figura B.1, ainda assim deverão ser previstas, não computando- se como reserva técnica de incêndio, respeitando-se também as dimensões mínimas com relação ao diâmetro D do tubo de sucção;

Figura B.3 – Tomada inferior de sucção para a bomba principal B.3.9 No caso de reservatório ao nível do solo, semi- enterrado ou subterrâneo, deve-se atender aos requisitos de B.1.1 a B.1.6. B.3.10 O reservatório deve ter localização de fácil acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros.

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ANEXO C – BOMBAS DE INCÊNDIO

C.1 Geral C.1.1 Quando o abastecimento é feito por bomba de incêndio, deve possuir pelo menos uma bomba elétrica ou de combustão interna, devendo ser utilizada para este fim. C.1.1.1 Nas instalações industriais, quando o abastecimento é feito por bomba de incêndio, deve possuir uma bomba elétrica e uma movida com motor à explosão. C.1.1.2 As bombas deverão possuir as mesmas características de vazão e pressão. C.1.2 As dimensões das casas de bombas devem ser tais que permitam acesso em toda volta das bombas de incêndio e espaço suficiente para qualquer serviço de manutenção local, nas bombas de incêndio e no painel de comando, inclusive viabilidade de remoção completa de qualquer das bombas de incêndio. C.1.2.1 As casas de bombas quando estiverem em compartimento enterrado ou em barriletes, deverão possui acesso no mínimo através de escadas do tipo marinheiro, sendo que o barrilete deve possuir no mínimo 1,5m de pé direito. C.1.3 As bombas de incêndio devem ser utilizadas somente para o combate aos incêndios. C.1.4 As bombas de incêndio devem ser protegidas contra danos mecânicos, intempéries, agentes químicos, fogo ou umidade. C.1.5 As bombas principais devem ser diretamente acopladas por meio de luva elástica, sem interposição de correias e correntes, possuindo a montante uma válvula de paragem e a jusante uma válvula de retenção e outra de paragem. C.1.6 A automatização da bomba principal ou de reforço deve ser executada de maneira que, após o acionamento do hidrante, esta entre em funcionamento imediatamente. C.1.6.1 O desligamento deve ocorrer somente por meio manual, no próprio painel de comando, localizado na casa de bombas.

C.1.7 Quando a(s) bomba(s) de incêndio for(em) automatizada(s), deve ser previsto pelo menos um ponto de acionamento manual para a(s) mesma(s), instalado em local seguro e que permita fácil acesso. C.1.8 O funcionamento automático é indicado pela simples abertura de qualquer ponto de hidrante da instalação. C.1.9 As bombas de incêndio, devem atingir pleno regime em aproximadamente 30s após a sua partida. C.1.10 As bombas de incêndio, preferencialmente, devem ser instaladas em condição de sucção positiva. Esta condição é conseguida quando a linha do eixo da bomba se situa abaixo do nível X de água. Admite-se que a linha de centro do eixo da bomba se situe 2m acima do nível X de água ou a 1/3 da capacidade efetiva do reservatório,o que for menor, acima do que é considerada condição de sucção negativa (ver Figura C.1).

Figura C.1 – Condição positiva de sucção da bomba

de incêndio C.1.11 A capacidade das bombas principais, em vazão e pressão, é suficiente para manter a demanda do sistema de hidrantes, de acordo com os critérios adotados. C.1.11.1 Não é recomendada a instalação de bombas de incêndio com pressões superiores a 100mca (1MPa). C.1.12 Quando for necessário manter a rede do sistema de hidrantes devidamente pressurizada em uma faixa preestabelecida e, para compensar pequenas perdas de pressão, uma bomba de pressurização (jockey) deve ser instalada.

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C.1.12.1 A bomba de pressurização (jockey) deve ter vazão máxima de 20l/min. C.1.12.2 A pressão de operação da bomba de pressurização (jockey) instalada no sistema deve ser no mínimo de 5mca acima da pressão da bomba principal, medida sem vazão (shut-off). C.1.12.3 Recomenda-se que o diferencial de pressão entre os acionamentos seqüenciais das bombas seja de aproximadamente 10mca (100 kPa) C.1.13 As automatizações da bomba de pressurização (jockey) para ligá-la e desligá-la automaticamente, e da bomba principal para somente ligá-la automaticamente, devem ser feitos através de válvulas de fluxo ou pressostatos instalados conforme apresentado na Figura C.2 e ligados nos painéis de comando e chaves de partida dos motores de cada bomba. C.1.14 O painel de sinalização das bombas principal ou de reforço, elétrica ou de combustão interna, deve ser dotado de uma botoeira para ligar manualmente tais bombas, possuindo sinalização ótica e acústica, indicando pelo menos os seguintes eventos: C.1.14.1 Bomba elétrica: a) painel energizado; b) bomba em funcionamento; c) falta de fase; d) falta de energia no comando da partida. C. 1.14.2 Bomba de combustão interna:

a) painel energizado; b) bomba em funcionamento; c) baixa carga da bateria; d) chave na posição manual ou painel desligado. C.1.15 As bombas principais devem ser dotadas de manômetro para determinação da pressão em sua descarga. C.1.15.1 Nos casos em que foram instaladas em condição de sucção negativa, deverão também ser dotadas de manovacuômetro para determinação da pressão em sucção. C.1.16 As edificações que tenham áreas de risco destinadas à produção, manipulação, armazenamento, transferência e distribuição de gases e líquidos inflamáveis ou combustíveis, tendo a(s) bomba(s) de incêndio dos hidrantes atendendo a sistemas de resfriamento de líquidos e gases combustíveis ou inflamáveis e/ou sistemas de proteção por espuma, conforme item 4.9, é obrigatória a instalação de duas bombas de incêndio, sendo uma elétrica e a outra, movida com motor à explosão (não sujeita à automatização); ambas as bombas deverão possuir as mesmas características de vazão e pressão. C.2 Bombas de incêndio acopladas a motores elétricos C.2.1 As bombas de incêndio dos sistemas de hidrantes devem dispor de dispositivos para acionamento automático e manual.

Figura C.2 – Cavalete de automação das bombas principal e de pressurização

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C.2.2 O acionamento manual deve ser previsto no painel de controle, instalado na casa de máquinas. C.2.3 As bombas de incêndio não podem ser instaladas em salas que contenham qualquer outro tipo de máquina ou motor, exceto quando estes últimos se destinem a sistemas de proteção e combate a incêndio que utilizem a água como agente de combate. C.2.4 É permitida a instalação de bombas de incêndio com as sucções acima do nível de água, desde que atenda os seguintes requisitos (ver Figura C.3): a) ter a sua própria tubulação de sucção; b) ter a válvula de pé com crivo no extremo da tubulação de sucção; c) ter meios adequados que mantenham a tubulação de sucção sempre cheia de água; d) o volume do reservatório de escorva e o diâmetro da tubulação que abastece a bomba de incêndio

devem ser, para os sistemas tipo II e III, de no mínimo 200l e diâmetro de 19mm; e) o reservatório de escorva deve ter seu abastecimento por outro reservatório elevado e possuir de forma alternativa abastecimento pela rede pública de água da concessionária local. C.2.5 A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do consumo geral, de forma a permitir o desligamento geral da energia, sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba de incêndio (ver Figura C.4). C.2.6 Na falta de energia da concessionária, as bombas de incêndio acionadas por motor elétrico podem ser alimentadas por um gerador diesel, atendendo ao requisito de C.2.7.

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Figura C.3 – Esquema de instalação de bomba de incêndio com sucção acima do nível da água C.2.7 A entrada de força para a edificação a ser protegida deve ser dimensionada para suportar o funcionamento das bombas de incêndio em conjunto com os demais componentes elétricos da edificação, a plena carga.

Figura C.4 – Esquema de ligação elétrica para

acionamento da bomba de incêndio C.2.8 As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser sinalizadas com a inscrição “ALIMENTAÇÃO DA BOMBA DE INCÊNDIO – NÃO DESLIGUE”. C.2.9 Os fios elétricos de alimentação do motor das bombas de incêndio, quando dentro da área protegida pelo sistema de hidrantes devem ser protegidos contra danos mecânicos e químicos, fogo e umidade. C.2.10 Nos casos em que a bomba de reforço, conforme especificado em B.2.2, for automatizada por chave de fluxo, a instalação pode ser conforme esquematizado na figura C.5. C.2.11 A bomba de pressurização (jockey) pode ser sinalizada apenas com recurso ótico, indicando bomba em funcionamento. C.2.12 Cada bomba principal ou de reforço deve possuir uma placa de identificação com as seguintes características: a) nome do fabricante; b) número de série; c) modelo da bomba; d) vazão nominal;

e) pressão nominal; f) altura manométrica; g) rotações por minutos de regime; h) diâmetro do rotor. C.2.13 Os motores elétricos também devem ser caracterizados através de placa de identificação, exibindo: a) nome do fabricante; b) tipo; c) modelo; d) número de série; e) vazão nominal; f) potência, em CV; g) altura manométrica; h) rotações por minuto sob a tensão nominal; i) tensão de entrada em volts; j) corrente de funcionamento, ampéres; l) freqüência, em hertz.

Figura C.5 – Esquema de instalação de bomba de reforço abastecendo os pontos de hidrantes mais

desfavoráveis considerados no cálculo Legenda: 1 – Bomba de reforço 2 – Válvula – gaveta 3 – Válvula de retenção 4 – Chave de fl uxo com retardo 5 – Pontos de hidrantes /mangotinhos 6 – Registro de recalque 7 – Reservatório NA - Normalmente aberta

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NF - Normalmente fechada C.2.13 O painel de comando para proteção e partida automática do motor da bomba de incêndio deve ser selecionado de acordo com a potência em CV do motor . C.2.14 O sistema de partida deve ser do tipo magnético. C.2.15 O painel deve ser localizado o mais próximo possível do motor da bomba de incêndio e convenientemente protegido contra respingos de água e penetração de poeira. C.2.16 Todos os fios devem ser anilhados, de acordo com o diagrama elétrico correspondente. C.2.17 O período de aceleração do motor não deve exceder 10s. C.2.18 A partida do motor elétrico deve estar de acordo com a recomendações da NBR 5410/97 ou da concessionária local. C.2.19 O painel deve ser fornecido com os desenhos dimensionais, leiaute, diagrama elétrico, régua de bornes, diagrama elétrico interno e listagem dos materiais aplicados. C.2.20 O sistema de proteção dos motores elétricos deve ser conforme a NBR 5410/97. C.2.21 O alarme acústico do painel deve ser tal que, uma vez cancelado por botão de impulso, volte a funcionar normalmente quando surgir um novo evento. C.2.22 As bombas de incêndio com vazão nominal acima de 600l/min deverão dispor de um fluxo contínuo de água através de uma tubulação de 6mm ou placa de orifício de 6mm, derivada da voluta da bomba e com retorno preferencialmente para o reservatório ou tanque de escorva (ver Figura C.6), a fim de se evitar o superaquecimento das mesmas. C.3 Bombas acopladas a motores de combustão interna C.3.1 O motor a combustão deve ser instalado em ambiente cuja temperatura não seja, em qualquer hipótese, inferior à mínima recomendada pelo

fabricante, ou dotado de sistema de preaquecimento permanentemente ligado. C.3.1.1 São dotados de injeção direta de combustível por bomba injetora ou de ar comprimido, para a partida. C.3.1.2 São dotados de sistema de arrefecimento por ar ou água, não sendo permitido o emprego de ar comprimido. C.3.1.3 A aspiração de ar para combustão pode ser natural ou forçada (turbo). C.3.1.4 Dispõe de meios de operação manual, de preferência no próprio motor, o qual volta sempre à posição normal. C.3.1.5 Dispões de controlador de rotação, o qual deve manter a rotação nominal, tolerada uma faixa de +10%, seja qual for a carga.

Figura C.6 – Arrefecimento da bomba principal

elétrica C.3.2 As bombas de incêndio devem ter condição de operar a plena carga, no local onde forem instaladas, durante seis horas ininterruptas, sem apresentar quaisquer avarias. C.3.3 Os sistemas de refrigeração aceitáveis devem ser os descritos nos itens C.3.3.1 a C.3.3.4. C.3.3.1 A injeção direta de água, da bomba para o bloco do motor, de acordo com as especificações do fabricante. A saída de água de resfriamento deve passar no mínimo 15cm acima do bloco do

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motor e terminar em um ponto onde possa ser observada sua descarga. C.3.3.2 Por trocador de calor, vindo água fria diretamente da bomba específica para este fim, com pressões limitadas pelo fabricante do motor. A saída de água do trocador também deve ser posicionada conforme o item C.3.3.1. C.3.3.3 Por meio de radiador no próprio motor, sendo o ventilador acionado diretamente pelo motor ou por intermédio de correias, as quais devem ser múltiplas. C.3.3.4 Por meio de ventoinhas ou ventilador, acionado diretamente pelo motor ou por correias, as quais devem ser múltiplas. C.3.4 O escapamento dos gases do motor deve ser provido de silencioso, de acordo com as especificações do fabricante, sendo direcionados para serem expelidos fora da casa de bombas, sem chances de retornar ao seu interior. C.3.5 O tanque de combustível do motor deve ser montado de acordo com as especificações do fabricante e deve conter um volume de combustível suficiente para manter o conjunto moto-bomba operando a plena carga durante o tempo de no mínimo duas vezes o tempo de funcionamento dos abastecimentos de água, para cada sistema existente na edificação. C.3.5.1 Deve ser instalada sob o tanque uma bacia de contenção com volume mínimo de uma vez e meia a capacidade do tanque de combustível. C.3.6 Existindo mais de um motor a explosão, cada um deve ser dotado de seu próprio tanque de

combustível, com suas respectivas tubulações de alimentação para bomba injetora. C.3.7 O motor a explosão deve possuir uma placa de identificação com as seguintes características: a) nome do fabricante; b) tipo; c) modelo; d) número de série; e) potência em CV, considerando o regime contínuo de funcionamento; f) rotações por minuto nominal. C.3.8 Um painel de comando deve ser instalado no interior da casa de bombas, indicando bomba em funcionamento. C.3.9 As baterias do motor a explosão, localizadas na casa de bombas, devem ser mantidas carregadas por um sistema de flutuação automática, por meio de um carregamento duplo de baterias. C.3.10 O sistema de flutuação deve ser capaz de atender, independente, aos dois jogos de baterias (principal e reserva) C.3.11 O sistema de flutuação automática deve ser capaz de carregar uma bateria descarregada em até 24 h, sem que haja danos às suas placas, determinando ainda, por meio de amperímetros e voltímetros, o estado de carga de cada jogo de baterias. C.3.10 Nos casos em que houver apenas uma bomba de incêndio, por motor à explosão, o sistema de partida deve ser sempre automático.

 

 

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ANEXO D – CASOS DE ISENÇÃO DE SISTEMAS DE HIDRANTES

D.1 Podem ser considerados casos especiais de isenção de sistemas de hidrantes para combate a incêndio as áreas das edificações com as seguintes ocupações: D.1.1 Nas indústrias térreas, com áreas exclusivamente destinadas a processos industriais com carga de incêndio igual ou inferior a 200 MJ/m2, exceto para as indústrias destinadas a: artigos de bijouterias, artigos de tabaco, artigos defumados, produtos de adubo químico, vagões e transformadores. D.1.1.1 A isenção acima não se aplica às áreas de apoio superiores a 750 m², contíguas aos processos industriais, tais como escritórios, depósitos, almoxarifados, expedições, refeitórios e áreas similares. D.1.2 Depósitos de materiais incombustíveis, tais como: cimento, cal, metais, cerâmicas, agregados e água, desde que, quando embalados, a carga de incêndio calculada de acordo com a norma técnica específica não ultrapasse 100 MJ/m². D.1.3 Ginásios poliesportivos e piscinas cobertas, desde que não utilizados para outros eventos que não atividades esportivas e desde que as áreas de apoio não ultrapassem 750 m². D.1.4 Processos industriais com altos fornos onde o emprego de água seja desaconselhável. D.2 Fica isenta a instalação de pontos de hidrantes em edículas, mezaninos, escritórios em andar superior, porão e subsolo de até 150 m² ou nos pavimentos superiores de apartamentos “duplex” ou “triplex”, desde que o caminhamento máximo adotado seja o comprimento estabelecido na Tabela 2 desta Norma Técnica, e que o hidrante do pavimento mais próximo assegure sua proteção e o acesso aos locais citados não seja através de escada enclausurada. D.3 Fica isenta a instalação de pontos de hidrantes em zeladorias, localizadas nas coberturas de edifícios, com área inferior a 70 m², desde que o caminhamento máximo do hidrante seja o

estabelecido na Tabela 2 desta Norma Técnica e o hidrante do pavimento inferior assegure sua proteção.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 007/2008

MANIPULAÇÃO, ARMAZENAMENTO, COMERCIALIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE GÁS

LIQUEFEITO DE PETRÓLEO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 007/2008

MANIPULAÇÃO, ARMAZENAMENTO, COMERCIALIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE GÁS

LIQUEFEITO DE PETRÓLEO

SUMÁRIO

1. Objetivo 2. Aplicação 3. Definições 4. Procedimentos Anexos

1. OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece as condições necessárias para a proteção contra incêndio nos locais de manipulação, armazenamento, comercialização, utilização, central de GLP, instalação interna e sistema de abastecimento a granel de gás liquefeito de petróleo (GLP). 2. APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se nas edificações e áreas de riscos destinadas a: a) terminais de armazenamento de GLP; b) manipulação, armazenamento de recipientes estacionários, transportáveis e distribuição de GLP; c) armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, destinados à comercialização; d) central de GLP (recipientes transportáveis e estacionários) e abastecimento a granel; e) ocupações temporárias. 2.2 A localização da instalação destinada à manipulação, armazenamento, distribuição e revenda de GLP é regulamentada pela Lei de Uso e Ocupação do Solo de cada município do Estado do Ceará. 3. DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4. PROCEDIMENTOS 4.1 Bases de armazenamento e engarrafamento das distribuidoras, manipulação, armazenamento de recipientes estacionários, transportáveis e distribuição de GLP.

4.1.1 Para fins dos critérios de segurança na instalação e operação de terminais de GLP, adotam-se as normas brasileiras afins, a Portaria Nº 76/1966 (Conselho Nacional de Petróleo) e a NR-20/1978. 4.1.2. As unidades de processo destinadas a envasamento de recipientes (carrossel) devem ser providas de sistema fixo de resfriamento (nebulizadores tipo dilúvio). 4.1.2.1 Os locais destinados ao carregamento de veículos-tanque devem ser providos de sistema fixo de resfriamento, (nebulizadores ou canhão monitor) com válvula de acionamento à distância. 4.1.3 Os Tanques estacionários de GLP com volume acima de 500 litros devem possuir dispositivos de bloqueio de válvula automática (válvulas de excesso de fluxo). 4.1.3.1 Os Tanques estacionários destinados a envazamentos de recipientes devem possuir registro de fechamento por meio de controle com acionamento à distância para os casos de vazamento. 4.1.4 Os recipientes acima de 500 litros devem estar afastados de edificações e divisas de outra propriedade e entre tanques, conforme Tabela 1. Tabela 1 – Afastamento mínimo de segurança para

os tanques de armazenamento de GLP Capacidade

volumétrica (m3) Afastamento de edificações (m)

Afastamento mínimo entre tanques (m)

0,5 a 2 3 1

2,01 a 8 7,5 1

8,01 a 120 15 1,5

120,01 a 265 23 (*) 3

265,01 a 341 30 ¼ da soma dos diâmetros dos tanques adjacentes

341,01 a 454 38 ¼ da soma dos diâmetros dos tanques adjacentes

454,01 a 757 61 ¼ da soma dos diâmetros dos tanques adjacentes

757,01 a 3.785 91 ¼ da soma dos diâmetros dos tanques adjacentes

Maior que 3.785,01 120

¼ da soma dos diâmetros dos tanques adjacentes.

(*) O afastamento entre tanques de capacidade acima de 120 m3, não pode ser inferior a três metros.

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4.2 Armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, destinados à comercialização. 4.2.1 As áreas de armazenamento de recipientes transportáveis estão divididas em função da quantidade de GLP estocado. 4.2.1.1 São classificadas em classes que requerem afastamentos de segurança e devem atender a exigências conforme o Anexo A desta norma. 4.2.2 A instalação para armazenamento de recipientes transportáveis de GLP deve ter proteção específica por extintores de pó BC com sinalização vertical e sistema de hidrantes de acordo com a Tabela 2. Tabela 2 – Unidade e capacidade extintora de pó BC para armazenamento de recipientes transportáveis de GLP.

Armazenamento Extintor portátil Extintor sobre rodas

Classe Quantidade de GLP Quant. Capac. Quant. Capac.

I Até 520 Kg ou 40 botijões

2 20 BC - -

II Até 1.560 Kg

ou 120 botijões

3 20 BC - -

III Até 6.240 Kg

ou 480 botijões

6 20 BC - -

IV Até 12.480 Kg

ou 960 botijões

7 20 BC - -

V Até 24.960 Kg

ou 1920 botijões

8 20 BC - -

VI(*) Até 49.920 Kg

ou 3840 botijões

10 20 BC - -

VII(*) Até 99.840 Kg

Ou 7.680 botijões

12 20 BC 1 80 BC

Especial (*)

Mais de 99.840 Kg ou mais de 7.680

botijões

14 20 BC 2 80 BC

Obs1.: (*) Prever projeto de proteção contra incêndio e pânico com sistema de proteção por hidrantes para área de armazenamento acima de 24.960 Kg. Obs2.: Os extintores devem proteger um raio máximo de 10 metros.

4.2.3 Para as instalações de armazenamento transportáveis de GLP cheios, parcialmente utilizados ou vazios, devem-se exibir placas de advertências em lugares visíveis, a uma altura de 1,80 m, medida do piso acabado à base da placa, distribuídas ao longo do perímetro da área de armazenamento, com os seguintes dizeres: “PERIGO – INFLAMÁVEL”; “É EXPRESSAMENTE PROIBIDO FUMAR E USAR FOGO OU QUALQUER INSTRUMENTO QUE PRODUZA FAÍSCAS”, nas seguintes quantidades: a) uma placa, quando se tratar de Área de Armazenamento Classe I ou II;

b) duas placas, quando tratar-se de Área de Armazenamento Classe III ou IV; c) quatro placas, quando tratar-se de Área de Armazenamento Classe V; d) seis placas, quando tratar-se de Área de Armazenamento Classe VI e superiores. Obs.: As dimensões das placas devem ser tais que a uma distância mínima de 3,0 m seja possível a visualização e a identificação da sinalização. As placas devem estar distanciadas entre si em no máximo 15 m. 4.2.4 Na entrada do imóvel onde está (ão) localizada(s) a(s) área(s) de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, deve ser exibida placa que indique no mínimo a(s) classe(s) de armazenamento existente(s) e a capacidade de armazenamento de GLP, em quilogramas, de cada classe. 4.2.5 O local que armazene 5 (cinco) ou menos recipientes transportáveis de GLP, com capacidade nominal de até 13 kg de GLP cheios, parcialmente utilizados ou vazios para consumo próprio, devem ser observados os seguintes requisitos: a) possuir ventilação natural; b) estar protegido do sol, da chuva e da umidade; c) estar afastado de outros produtos inflamáveis, de fontes de calor e faíscas; d) estar afastado no mínimo 1,5 m de ralos, caixas de gordura e esgotos, bem como de galerias subterrâneas e similares. 4.2.6 A capacidade de armazenamento, em quilogramas de GLP, de uma área deve ser limitada pela soma da massa líquida total dos recipientes transportáveis cheios, parcialmente utilizados e vazios. 4.2.7 Os recipientes transportáveis de GLP devem ser armazenados sobre piso plano e nivelado, concretado ou pavimentado, de modo a permitir uma superfície que suporte carga e descarga, em local ventilado, ao ar livre, podendo ou não a (s) área (s) de armazenamento ser encoberta (s). 4.2.8 A área de armazenamento, quando coberta, deve ter no mínimo 2,60 m de pé-direito e possuir um espaço livre, permanente de no mínimo 1,20 m entre o topo da pilha de botijões cheios e a cobertura. A estrutura e a cobertura devem ser construídas com produto resistente ao fogo, tendo a cobertura menor resistência mecânica do que a estrutura que a suporta. 4.2.9 Não é permitida a armazenagem de outros materiais na área de armazenamento dos recipientes transportáveis de GLP, excetuando-se aqueles exigidos pela legislação vigente, tais como: balança, material para teste de vazamento, extintor (es) e placa (s). 4.2.10 A delimitação da área de armazenamento deve ser através de pintura no piso ou por meio de cerca de tela metálica, gradil metálico ou elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro material resistente ao fogo, para assegurar ampla ventilação. Para áreas de armazenamento superiores à classe II, também

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demarcar com pintura no piso, o local para os lotes de recipientes. 4.2.11 As áreas de armazenamento classes I, II e III, quando delimitadas por cerca de tela metálica, gradil metálico, elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro material resistente ao fogo, devem possuir acesso através de uma ou mais aberturas de no mínimo 1,20 m de largura e 2,10 m de altura, que abram de dentro para fora. As áreas de armazenamento classe IV ou superior, quando delimitadas pelos mesmos tipos de materiais citados neste item, devem possuir acesso através de duas ou mais aberturas de no mínimo 1,20 m de largura e 2,10 m de altura, que abram de dentro para fora e fiquem localizadas no mesmo lado nas extremidades ou em lados adjacentes ou opostos. 4.2.12 As áreas de armazenamento de qualquer classe, quando não delimitadas por cerca de tela metálica, gradil metálico, elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro material resistente ao fogo, devem estar situadas em imóveis cercados de muros ou qualquer outro tipo de cercamento. O imóvel deve possuir no mínimo uma abertura, com dimensões mínimas de 1,20 m de largura e 2,10 m de altura, abrindo de dentro para fora, para permitir a evasão de pessoas em caso de acidentes. Adicionalmente, o imóvel pode possuir outros acessos com dimensões quaisquer e com qualquer tipo de abertura, com passagens totalmente desobstruídas. 4.2.13 Não é permitida a circulação de pessoas estranhas ao manuseio dos recipientes transportáveis de GLP na área de armazenamento. 4.2.14 A distância máxima a ser percorrida, de qualquer ponto dentro da área de armazenamento, quando cercada, até uma das aberturas, não pode ser superior a 25 m, conforme ABNT NBR 9441. 4.2.15 Na área de armazenamento somente é permitido o empilhamento de recipientes transportáveis de GLP, com massa líquida igual ou inferior a 13 kg de GLP. 4.2.16 O armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, em pilhas, deve obedecer aos limites do Anexo B desta norma. 4.2.17 Recipientes de massa líquida superior a 13 kg devem obrigatoriamente ser armazenados na posição vertical, não podendo ser empilhados. 4.2.18 Os recipientes de GLP cheios, vazios ou parcialmente utilizados devem ser dispostos em lotes. Os lotes de recipientes cheios podem conter até 480 recipientes de massa líquida igual a 13 kg, em pilhas de até quatro unidades e os lotes de recipientes vazios ou parcialmente utilizados até 600 recipientes de massa líquida igual a 13 kg, em pilhas de até cinco unidades. Entre os lotes de recipientes e entre esses lotes e os limites da área de armazenamento deve haver corredores de circulação com no mínimo 1,00 m de largura. Somente as áreas de armazenamento classes I e II não necessitam de corredores de circulação.

4.2.19 Em postos de revenda de combustíveis e serviços, somente é permitida a instalação de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP cheios, parcialmente utilizados ou vazios das Classes I e II. 4.2.20 Acondicionar os recipientes transportáveis de GLP cheios, parcialmente cheios ou vazios na área de armazenamento em posição vertical com a válvula voltada para cima. 4.2.21 Armazenar os botijões vazios ou parcialmente utilizados separadamente dos cheios, permitindo-se aos vazios o empilhamento de até cinco unidades conforme Anexo B desta norma, observados os mesmos cuidados dispensados aos recipientes cheios de GLP. 4.2.22 Manter no local para todas as áreas de armazenamento, líquidos e materiais necessários para teste de vazamento de GLP. 4.2.23 As áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP e seu entorno até uma distância de 3,0 m, medidos a partir dos limites do lote de recipientes e do topo das pilhas de armazenamento, devem ser classificadas como área de risco, e os equipamentos elétricos instalados dentro desta área devem estar em conformidade com as ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 5418. 4.2.24 Parede resistente ao fogo em áreas de armazenamento transportáveis de GLP. 4.2.24.1 Com a construção de paredes resistentes ao fogo, as distâncias mínimas de segurança definidas no Anexo A desta norma, podem ser reduzidas pela metade. A distância da área de armazenamento às aberturas para captação de águas pluviais, canaletas, ralos, rebaixos ou similares deve ser de no mínimo 1,5 m. 4.2.24.2 As paredes resistentes ao fogo devem ser totalmente fechadas (sem aberturas) e construídas em alvenarias sólidas, concretos ou construção similar, com tempo de resistência ao fogo (TRF) mínimo de 2 (duas) horas, conforme ABNT NBR 10636. 4.2.24.3 As paredes resistentes ao fogo devem possuir no mínimo 2,6 m de altura. 4.2.24.4 As paredes resistentes ao fogo, quando existentes, devem ser construídas e posicionadas de maneira que se interponham entre o(s) recipiente(s) de GLP e o ponto considerado, isolando o risco entre estes e podendo reduzir pela metade os afastamentos constantes do Anexo A desta norma, observando sempre a garantia de ambiente ventilado. A distância mínima entre as paredes resistentes ao fogo e o limite dos lotes de recipientes é de 1,0 m. 4.2.24.5 As paredes resistentes ao fogo não podem ser construídas entre os lotes de recipientes.

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4.2.24.6 Quando a área de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP for parcialmente cercada por paredes resistentes ao fogo, essas não podem ser adjacentes e o comprimento total dessas paredes não deve ultrapassar 60% do perímetro da área de armazenamento, de forma a permitir ampla ventilação. 4.2.24.7 O comprimento total da parede resistente ao fogo deve ser igual ao comprimento do lado paralelo da área de armazenamento, acrescido de no mínimo 1 m ou no máximo de 3 m em cada extremidade. 4.2.24.8 Os muros de delimitação da propriedade, construídos conforme as especificações de paredes resistentes ao fogo podem ser considerados como tal, quando atenderem a todas as considerações estipuladas nesta Norma para este elemento, não considerando a limitação do item 4.2.24.7. 4.2.25 Veículos transportadores de recipientes de GLP e outros veículos de apoio. 4.2.25.1 Devem ter acesso restrito e controlado ao imóvel, podendo se aproximar da(s) área(s) de armazenamento para as operações de carga e/ou descarga, sendo obrigatório que durante essas operações o motor do veículo e seus equipamentos elétricos auxiliares (rádio etc.) estejam desligados e a com a chave de partida na ignição. 4.2.25.2 Quando os veículos necessitarem permanecer estacionados no interior do imóvel, não podem estar a uma distância menor do que 3,0 m, contada a partir do bocal de descarga do motor aos limites da (s) área (s) de armazenamento. 4.2.26 A fiscalização concernente às áreas de armazenamento de GLP será executada pelo Departamento Nacional de Combustíveis (atualmente Agência Nacional do Petróleo), nos termos do Decreto nº 1.021, de 27 de dezembro de 1993, e Decreto nº 1.501, de 24 de maio de 1995, e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, nos termos da presente Norma Técnica. 4.3 Central de GLP (recipientes transportáveis, estacionários e abastecimento a granel). 4.3.1 Os recipientes (transportáveis ou estacionários) devem ser situados no exterior das edificações, em locais ventilados, atendendo aos afastamentos de segurança, de acordo com a Tabela 3. 4.3.2 Os afastamentos constantes da Tabela 3 podem ser reduzidos pela metade, caso seja interposta uma parede, com resistência ao fogo por, no mínimo, duas horas, entre o recipiente e o ponto considerado, com altura mínima de 1,8m. 4.3.3 Os recipientes transportáveis também devem atender aos afastamentos mínimos em relação à

projeção das coberturas de edificações, constantes da Tabela 4. 4.3.4 Os recipientes estacionários devem atender aos afastamentos da projeção das edificações, constantes da Tabela 5. Tabela 3 – Afastamentos de recipientes transportáveis ou estacionários em relação a locais de risco.

Locais Afastamento (m)

Aberturas de dutos de esgoto, águas pluviais, poços, canaletas, ralos. 1,5

Materiais de fácil combustão 3

Fontes de ignição (inclusive estacionamento de veículos)

3

Depósitos de materiais inflamáveis ou comburentes

6

Depósito de hidrogênio 15

Redes elétricas 3

4.3.5 Os afastamentos constantes da Tabela 5 podem ser reduzidos pela metade, caso seja interposta uma parede, com resistência ao fogo por, no mínimo, duas horas, entre o recipiente e o ponto considerado, com altura mínima de 1,8m. Tabela 4 – Afastamentos de recipientes transportáveis em relação às projeções das edificações.

Quantidade de GLP (kg) Afastamento (m)

Até 540 (*) 0

A partir de 540 até 1080 1,5

A partir de 1080 até 2520 3,0

A partir de 2520 até 4000 7,5

(*) As paredes de limites de propriedades devem ser resistentes ao fogo por, no mínimo, 2 (duas) horas, com altura mínima de 1,80 m.

4.3.5.1 A central de GLP pode ser subdividida com a utilização de paredes divisórias resistentes ao fogo com TRF mínimo de 2h para enquadramento em outro nível de afastamento. 4.3.5.2 O número máximo de recipientes permitidos na central de GLP é de 6 (seis). 4.3.5.3 No caso de duas ou mais centrais de GLP em uma edificação, estas devem distar entre si em no mínimo 7,5m. 4.3.5.3 A central de GLP deve ter cobertura de material incombustível com o mesmo TRF das paredes.

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4.3.6 A central de GLP deve ter proteção específica por extintores de pó BC conforme Tabela 6. Tabela 5 – Afastamentos dos recipientes estacionários em relação às projeções das edificações.

Capacidade Volumétrica do tanque (m³) Afastamento (m)

Até 1 0

De 1,1 até 2 1,5

De 2,1 até 5,5 3

De 5,6 até 8,0 7,5

Acima de 8,0 Adotar Tabela 1

4.3.7 A central de GLP pode ser instalada em corredor que seja a única rota de fuga da edificação, desde que atenda aos afastamentos previstos na Tabela 3, acrescidos de 1,5m para passagem. 4.3.8 A instalação de central de GLP (recipientes transportáveis ou estacionários) é vedada sobre forros e terraços de coberturas, sendo obrigatória a sua instalação fora da projeção da edificação. Tabela 6: Unidade e capacidade extintora de pó B C, a ser instalado junto à central de GLP.

Central de GLP Extintor portátil Extintor sobre-rodas Quantidade de

GLP (Kg) n.o Cap. n.o Cap.

Até 270 1 20 B - 271 a 1.800 2 20 B -

Acima de 1.800 2 20 B 1 80 B 4.3.9 A central de GLP localizada junto à passagem de veículos deve possuir obstáculo de proteção mecânica com altura mínima de 0,6m situado à distância não inferior a 1 m com duas horas de resistência ao fogo. 4.3.10 Os recipientes de GLP não podem apresentar vazamentos, corrosão, amassamentos, danos por fogo ou outras evidências de condição insegura e devem apresentar bom estado de conservação das válvulas, conexões e acessórios. 4.4. Instalações internas de GLP: 4.4.1 As tubulações instaladas devem ser estanques e desobstruídas. 4.4.2 A instalação de gás coletiva deve ser provida de caixa com válvula redutora de 2° estágio e registro de corte, destinada ao uso individual de cada unidade e localizada fora da mesma, no pavimento da unidade a que atende. 4.4.3 A tubulação não pode ser considerada como elemento estrutural nem ser instalada interna a ele.

4.4.4 A tubulação da rede interna não pode passar no interior de: a) dutos de lixo, ar condicionado e águas pluviais; b) reservatório de água; c) dutos para incineradores de lixo; d) poços e elevadores; e) compartimentos de equipamentos elétricos; f) compartimentos destinados a dormitórios, exceto quando destinada à conexão de equipamento hermeticamente isolado; g) poços de ventilação capazes de confinar o gás proveniente de eventual vazamento; h) qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão formado pela estrutura ou alvenaria, ou por estas e o solo, sem a devida ventilação. Ressalvados os vazios construídos e preparados especificamente para esse fim (shafts), os quais devem conter apenas as tubulações de gás, líquidos não inflamáveis e demais acessórios, com ventilação permanente nas extremidades, sendo que estes vazios devem ser sempre visitáveis e previstos em área de ventilação permanente e garantida; i) qualquer tipo de forro falso ou compartilhamento não ventilado; j) locais de captação de ar para sistemas de ventilação; l) todo e qualquer local que propicie o acúmulo de gás vazado. 4.4.5 Proteção 4.4.5.1 A tubulação deverá ser embutida. 4.4.5.1.1 Excepcionalmente, mediante aprovação do Corpo de Bombeiros, poderá ser aparente. 4.4.5.1.2 Em locais que possam ocorrer choques mecânicos, as tubulações, quando aparentes, devem ser protegidas. 4.4.5.2 As válvulas e os reguladores de pressão devem ser instalados de modo a permanecerem protegidos contra danos físicos e permitir fácil acesso, conservação e substituição a qualquer tempo. 4.4.5.3 Na travessia de elementos estruturais, deve ser utilizado um tubo-luva, conforme o item 4.4.6.2. 4.4.5.4 É proibida a utilização de tubulações de gás como aterramento elétrico. 4.4.5.5 Quando o cruzamento de tubulações de gás e condutores elétricos for inevitável, deve-se colocar entre elas um material isolante elétrico. 4.4.6 Localização 4.4.6.1 As tubulações aparentes devem:

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a) ter as distâncias mínimas entre a tubulação de gás e condutores de eletricidade de 0,3m, se o condutor for protegido por conduite, e 0,5m, nos casos contrários; b) ter um afastamento das demais tubulações suficiente para ser realizada manutenção nas mesmas; c) ter afastamento de no mínimo 2m de pára-raios e seus respectivos pontos de aterramento, de acordo com a NBR 5419/93; d) em caso de superposição de tubulação, a tubulação de gás deve ficar abaixo das outras tubulações. 4.4.6.2. O tubo-luva quando for utilizado deve: a) ter no mínimo duas aberturas situadas nas suas extremidades, sendo que as duas devem ter saída para a projeção horizontal fora da edificação, em local seguro e protegido contra a entrada de água, animais e outros objetos estranhos. Opcionalmente, podem ser previstos dispositivos ou sistemas que garantam a exaustão de gás eventualmente vazado. b) nos casos em que não for possível a extremidade inferior estar fora da projeção horizontal, possuir abertura captada de algum ambiente permanentemente ventilado; c) no caso de dutos, manter um afastamento mínimo de 25mm entre a tubulação e as suas paredes internas; d) ter resistência mecânica adequada a possíveis esforços decorrentes das condições de uso; e) estar convenientemente protegido contra a corrosão; f) não apresentar vazamento em toda a sua extensão; g) ser executado com material incombustível e resistente à água; h) estar adequadamente suportado. 4.4.6.3 Recomenda-se o uso mínimo de conexões nas tubulações situadas no interior do tubo-luva. 4.4.6.4 Os abrigos de medidores de consumo de GLP devem possuir proteção por um extintor de pó BC. 4.5 Instalações de GLP com abastecimento a granel: 4.5.1 O caminhamento máximo da mangueira flexível deve ser de oito metros, entre o ponto de estacionamento do veículo abastecedor e a central de GLP. 4.5.2 É vedado que a mangueira flexível passe por: a) áreas internas às edificações, em locais sujeitos ao tráfego de veículos sobre a mangueira; b) nas proximidades de fontes de calor ou fontes de ignição como tubulações de vapor, fornos etc; c) em áreas sociais tais como hall, salões de festas, piscinas, play-grounds; d) próximo a aberturas no piso, como ralos, caixas de gordura, esgoto, bueiros, galerias subterrâneas e similares.

4.5.3 O abastecimento deve ser realizado no interior da área onde é descarregado o produto, devendo atender aos seguintes critérios: a) o estacionamento do veículo abastecedor deve ser em área aberta e ventilada, observando o correto posicionamento, desligamento, estabilização e aterramento, dentre outros procedimentos que se façam necessários; b) deverá haver espaço livre para manobra, estacionamento e escape rápido do veículo abastecedor; c) o veículo abastecedor não pode ficar posicionado de forma a interferir na rota de fuga das pessoas, devendo manter um afastamento mínimo de três metros dessa. 4.4.4 No impedimento de atendimento aos critérios do item acima, deve-se atender aos parágrafos 1º e 2º do artigo 4º da Portaria ANP nº 47, de 24 de março de 1999, respeitando-se o horário de menor fluxo de pessoas no local do abastecimento. 4.5.5 Deve haver comunicação ininterrupta entre os operadores durante a manobra de abastecimento, podendo ser visualmente ou por intermédio de aparelhos de comunicação, à prova de geração de energia que possa iniciar um incêndio. 4.5.6 Devem ser realizadas por, no mínimo, dois operadores com treinamento dirigido à operação de abastecimento das centrais de GLP e operação de veículos abastecedores. 4.5.7 O local de abastecimento deve ser sinalizado (proibição e alerta), impedindo a aproximação de pessoa não habilitada dentro de um raio mínimo de 3 metros a contar do ponto de abastecimento e do módulo de operação do veículo abastecedor (traseira do veículo abastecedor). 4.5.8 A pessoa jurídica autorizada a exercer a atividade de distribuição de GLP a granel, é responsável pelo procedimento de segurança nas operações de transvasamento, ficando obrigada a orientar os usuários do sistema quanto às normas de segurança a serem obedecidas. 4.5.9 As normas de segurança acima citadas referem-se ao correto posicionamento, desligamento, travamento e aterramento do veículo transportador, bem como do acionamento das luzes de alerta, sinalização por meio de cones e placas de advertências “PERIGO – PROIBIDO FUMAR”, e prevenção por extintores, dentre outros procedimentos que se façam necessários. 4.6 Gerais

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4.6.1 Os projetos pertinentes à instalação da central de GLP devem ser elaborados por profissional habilitado. 4.6.2 A área destinada para a central de GLP deve constar na planta baixa do projeto, indicando a quantidade, a disposição e a capacidade volumétrica de armazenagem, a forma de abastecimento e seu detalhamento, conforme Norma Técnica n.o 01/2008. 4.6.2.1 A central de GLP deve ser locada no pavimento térreo da edificação e distar 1m dos limites laterais e fundos da propriedade. 4.6.2.2 O acesso à central de GLP deve ser obrigatoriamente efetivado pelo interior da propriedade. 4.6.2.3 O caminhamento da tubulação de GLP, da central até os pontos de consumo, deve ser apresentado em todas as plantas de pavimento da edificação 4.6.3 A montagem e a manutenção das instalações de centrais e tubulações para GLP devem ser realizadas por profissionais qualificados. 4.6.4 A pressão de projeto para os recipientes, tubulações, acessórios e vaporizadores até o primeiro regulador de pressão é de 1,7 MPa. 4.6.5 Tubulações de fase líquida de GLP não podem passar no interior das edificações, exceto nos abrigos para recipientes e outros equipamentos pertencentes à central de GLP. 4.6.5.1 Somente é permitida a passagem de tubulações de GLP na fase líquida em interior de edificações para processos industriais específicos que utilizem o GLP na fase líquida. 4.6.7 As instalações de GLP devem permitir o reabastecimento dos recipientes sem a interrupção da alimentação do gás aos aparelhos de utilização. 4.6.8 Todo recipiente transportável deve possuir acessórios adequados para o manuseio e transporte. 4.6.8.1 Deve possuir base na sua parte inferior, permitindo assentamento estável em plano nivelado, evitando seu contato com o solo. 4.6.8.2 A base deve ser parte integrante do recipiente. 4.6.9 Não devem existir conexões na parte inferior de recipientes transportáveis. 4.6.9.1 Todas as válvulas e conexões devem ser localizadas na sua parte superior, protegidas contra impactos diretos durante transporte e manuseio.

4.6.9.2 Os protetores devem ser parte integrante do recipiente. 4.6.10 Recipientes com capacidade volumétrica total acima de 0,5m3 (aproximadamente 250Kg de capacidade de GLP) só podem ser transportados com no máximo 5% em volume de GLP. 4.6.11 Cada recipiente deve ser identificado em lugar visível e com gravações de forma permanente, conforme definido nos itens 4.6.11.1 e 4.6.11.2. 4.6.11.1 Para todos os recipientes estacionários: a) identificação da norma ou código de construção e ano de edição; b) nome do fabricante; c) capacidade total (em litros); d) pressão de projeto (em MPa); e) data de fabricação do recipiente; f) número de fabricação do recipiente; g) pressão de ensaio (em MPa); h) categoria do vaso de prevenção conforme NR-13 do Ministério do Trabbalho; i) área da superfície externa (em m2). 4.6.11.2 Para recipientes transportáveis, atender à NBR 8460. 4.6.12 Os recipientes de GLP não podem ser instalados uns sobre os outros, independente da posição de instalação. 4.6.13 O piso onde os recipientes são diretamente assentados deve ser de material incombustível e ter nível igual ou superior ao do piso circundante, não sendo permitida a instalação em rebaixos ou recessos. 4.6.14 O recipiente transportável não deve ser fixado ao local da instalação para que seja possível sua remoção, em situação de emergência, após o fechamento da válvula de serviço e desconexão ao coletor, não possuindo outros meios de ligação como prisioneiros, chumbadores, correntes, etc. 4.6.15 Não é permitida vegetação seca ou qualquer material combustível dentro da área delimitada para a central de GLP. 4.6.16 É recomendável que recipientes horizontais sejam instalados de forma que seus eixos longitudinais não fiquem direcionados a edificações, equipamentos importantes ou recipientes de armazenamento de produtos perigosos. 4.6.17 A parede resistente ao fogo deve ser totalmente fechada (sem aberturas) e construída em alvenaria sólida, concreto ou construção similar, com materiais e

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formas aprovadas, com tempo de resistência ao fogo (TRF) mínima de duas horas. 4.6.17.1 A parede resistente ao fogo deve possuir no mínimo 1,8m de altura ou estar na mesma altura do recipiente, o que for maior, e estar localizada entre 1m e 3m, medidos do ponto mais próximo do recipiente. 4.6.17.2 É recomendável a construção de somente uma parede resistente ao fogo, sendo permitido número total limitado a duas. 4.6.18 A central de GLP não deve estar localizada sob redes elétricas e deve atender às distâncias mínimas de sua projeção horizontal conforme Tabela 7. 4.6.19 A central de GLP deve possuir aberturas para ventilação natural de no mínimo 10% da planta baixa.

Tabela 7 – Afastamentos para redes elétricas Nível de tensão (kV) Distância mínima (m) Menor ou igual a 0,6 1,8

Entre 0,6 e 23 3 Maior que 23 7,5

4.6.20 A central de GLP que atender aos requisitos de ventilação e cobertura incombustível pode ser instalada sob rede de até 0,6kV.

4.6.21 A tubulação de condução do GLP deve ser realizada em tubo de cobre conforme NBR 13.206, classe A ou I. 4.6.22 A distribuidora somente poderá abastecer uma instalação centralizada após comprovar que os ensaios e testes foram realizados de acordo com as normas vigentes. 4.6.23 Não será permitida a utilização de GLP na forma de botijões e cilindros para o uso de “oxicorte, solda ou similar” em áreas internas às edificações. 4.6.24 No que não contrariar esta Norma Técnicas, os casos omissos serão orientados pelas disposições da NBR 13.523 e NBR 15.514 da ABNT.

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ANEXO A

AFASTAMENTOS DE SEGURANÇA PARA AS ÁREAS DE ARMAZENAMENTO DE RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS DE GLP

ANEXO B

EMPILHAMENTO DE RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS DE GLP

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 008/2008

CARGA DE INCÊNDIO NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 008/2008

CARGA DE INCÊNDIO NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece os valores característicos das cargas de incêndio das edificações e áreas de risco, conforme a ocupação e uso específico. 2 APLICAÇÃO 2.1 As cargas de incêndio constantes desta Norma Técnica aplicam-se às edificações e áreas de riscos para classificação do risco e determinação do nível de exigência das medidas de segurança contra incêndio. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Para determinação da carga de incêndio específica das edificações, aplica-se a tabela constante do Anexo A, sendo que para edificações destinadas a depósitos (Grupo “J”), explosivos (Grupo “L”) e ocupações especiais (Grupo “M”),aplica-se a metodologia constante do Anexo B. 4.1.1 Ocupações não listadas na tabela do Anexo A devem ter os valores da carga de incêndio específica determinados por similaridade. 4.1.2 Pode-se admitir a similaridade entre as edificações comerciais (grupo “C”) e industriais (grupo “I”). 4.2 O levantamento da carga de incêndio específica constante do Anexo B deve ser realizado em módulos

de no máximo 500m² de área de piso (espaço considerado). 4.2.1 Módulos maiores de 500m² podem ser utilizados quando o espaço analisado possuir materiais combustíveis com potenciais caloríficos semelhantes e uniformemente distribuídos. 4.2.2 A carga de incêndio específica do piso analisado deve ser tomada como sendo a média entre os dois módulos de maior valor. 4.3 Considerar que 1kg (um quilograma) de madeira equivale a 19 megajoules (MJ); 1cal equivale a 4,185 Joules (J); e 1BTU equivale a 252 calorias (cal).

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ANEXO A CLASSIFICAÇÃO DAS CLASSES DE INCÊNDIO ESPECÍFICAS POR OCUPAÇÃO1

OCUPAÇÃO/USO1 DESCRIÇÃO

1 DIVISÃO

1

CARGA DE INCÊNDIO (qfi) EM MJ/m2

Residencial

Alojamentos estudantis A-3 300

Apartamentos A-2 300

Casas térreas ou sobrados A-1 300

Pensionatos A-3 300

Serviços de Hospedagem

Hotéis B-1 500

Motéis B-1 500

Apart-hotéis B-2 300

Comercial Varejista, Loja

Açougue C –1 40

Antigüidades C –2 700

Aparelhos domésticos C –1 300

Armarinhos C -1 300

Armas C -1 300

Artigos de bijouteria, metal ou vidro C –1 300

Artigos de cera C -2 2100

Artigos de couro, borracha, esportivos C –2 800

Automóveis C –1 200

Bebidas destiladas C –2 700

Brinquedos C –2 500

Calçados C –2 500

Drogarias (incluindo depósitos) C –2 1000

Ferragens C –1 300

Floricultura C –1 80

Galeria de quadros C –1 200

Livrarias C –2 1000

Lojas de departamento ou centro de compras (Shoppings) C –2/ C –3 800

Máquinas de costura ou de escritório C –1 300

Materiais fotográficos C –1 300

Móveis C –2 400

Papelarias C –2 700

Perfumarias C –2 400

Produtos têxteis C –2 600

Relojoarias C –2 600

Supermercados C –2 400

Tapetes C –2 800

Tintas e vernizes C –2 1000

Verduras frescas C –1 200

Vinhos C –1 200

Vulcanização C –2 1000

Serviços Profissionais,

Pessoais e Técnicos

Agências bancárias D -2 300

Agências de correios D -1 400

Centrais telefônicas D -1 100

Cabeleireiros D -1 200

Copiadora D -1 400

Encadernadoras D -1 1000

Escritórios D -1 700

Estúdios de rádio ou de televisão ou de fotografia D -1 300

Laboratórios químicos D -4 500

Laboratórios (outros) D -4 300

Lavanderias D -3 300

Oficinas elétricas D -3 600

Oficinas hidráulicas ou mecânicas D -3 200

Pinturas D -3 500

Processamentos de dados D -1 400

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OCUPAÇÃO/USO DESCRIÇÃO DIVISÃO CARGA DE INCÊNDIO

(qfi) EM MJ/m2

Educacional e Cultura Física

Academias de ginástica e similares E-3 300 Pré-escolas e similares E-5 300 Creches e similares E-5 300 Escolas em geral E-1/E2/E4/E6 300

Locais de Reunião de

Público

Bibliotecas F-1 2000

Cinemas, teatros e similares F-5 600

Circos e assemelhados F -7 500

Centros esportivos e de exibição F-3 150

Clubes sociais, boates e similares F-6 600

Estações e terminais de passageiros F-4 200

Exposições F -10 Adotar Anexo B

Igrejas e templos F-2 200

Museus F-1 300

Restaurantes F-8 300

Serviços Automotivos e Assemelhados

Estacionamentos G-1/G-2 200

Oficinas de conserto de veículos e manutenção G-4 300

Postos de abastecimentos (tanque enterrado) G-3 300

Hangares G -5 200

Serviços de Saúde e Institucionais

Asilos H -2 350

Clínicas e consultórios médicos ou odontológicos. H -6 200

Hospitais em geral H-1/H-3 300

Presídios e similares H-5 100

Quartéis e similares H-4 450

Industrial

Aparelhos eletroeletrônicos, fotográficos, ópticos I - 2 400 Acessórios para automóveis I – 1 300 Acetileno I - 2 700 Alimentação I - 2 800 Artigos de borracha, coriça, couro, feltro, espuma I – 2 600 Artigos de argila, cerâmica ou porcelanas I – 1 200 Artigos de bijuteria I – 1 200 Artigos de cera I – 2 1000 Artigos de gesso I – 1 80 Artigos de mármore I – 1 40 Artigos de peles I – 2 500 Artigos de plásticos em geral I – 2 1000 Artigos de tabaco I – 1 200 Artigos de vidro I – 1 80 Automotiva e autopeças (exceto pintura) I – 1 300 Automotiva e autopeças (pintura) I – 2 500 Aviões I – 2 600 Balanças I – 1 300 Baterias I – 2 800 Bebidas destilada I – 2 500 Bebidas não alcóolicas I – 1 80 Bicicletas I – 1 200 Brinquedos I – 2 500 Café (inclusive torrefação) I – 2 400 Caixotes barris ou pallets de madeira I – 2 1000 Calçados I – 2 600 Carpintarias e marcenarias I – 2 800 Cera de polimento I – 3 2000 Cerâmica I – 1 200 Cereais I – 3 1700 Cervejarias I – 1 80 Chapas de aglomerado ou compensado I – 1 300 Chocolate I – 2 400 Cimento I – 1 40 Cobertores, tapetes I – 2 600 Colas I – 2 800 Colchões (exceto espuma) I – 2 500 Condimentos, conservas I – 1 40 Confeitarias I – 2 400 Congelados I – 2 800 Couro sintético I – 2 1000 Defumados I – 1 200

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OCUPAÇÃO/USO DESCRIÇÃO DIVISÃO CARGA DE INCÊNDIO

(qfi) EM MJ/m2

Industrial

Discos de música I – 2 600 Doces I – 2 800 Espumas I – 3 3000 Farinhas I – 3 2000 Feltros I – 2 600 Fermentos I – 2 800 Fiações I – 2 600 Fibras sintéticas I – 1 300 Fios elétricos I – 1 300 Flores artificiais I – 1 300 Fornos de secagem com grade de madeira I – 2 1000 Forragem I - 3 2000 Fundições de metal I – 1 40 Galpões de secagem com grade de madeira I – 2 400 Geladeiras I – 2 1000 Gelatinas I – 2 800 Gesso I – 1 80 Gorduras comestíveis I – 2 1000 Gráficas (empacotamento) I – 3 2000 Gráficas (produção) I – 2 400 Guarda-chuvas I – 1 300 Instrumentos musicais I – 2 600 Janelas e portas de madeira I – 2 800 Jóias I – 1 200 Laboratórios farmacêuticos I – 1 300 Laboratórios químicos I – 2 500 Lápis I – 2 600 Lâmpadas I – 1 40 Laticínios I – 1 200 Malharias I – 1 300 Máquinas de lavar de costura ou de escritório I – 1 300 Massas alimentícias I – 2 1000 Mastiques I – 2 1000 Materiais sintéticos ou plásticos I – 3 2000 Metalúrgica I – 1 200 Montagens de automóveis I – 1 300 Motocicletas I – 1 300 Motores elétricos I – 1 300 Móveis I – 2 600 Óleos comestíveis I – 2 1000 Padarias I – 2 1000 Papéis (acabamento) I – 2 500 Papéis (preparo de celulose) I – 1 80 Papéis (procedimento) I – 2 800 Papelões betuminados I – 3 2000 Papelões ondulados I – 2 800 Pedras I – 1 40 Perfumes I – 1 300 Pneus I – 2 700 Produtos adesivos I – 2 1000 Produtos de adubo químico I – 1 200 Produtos alimentícios (expedição) I – 2 1000 Produtos com ácido acético I – 1 200 Produtos com ácido carbônico I – 1 40 Produtos com ácido inorgânico I – 1 80 Produtos com albumina I – 3 2000 Produtos com alcatrão I – 2 800 Produtos com amido I – 3 2000 Produtos com soda I – 1 40 Produtos de limpeza I – 3 2000 Produtos graxos I – 1 1000 Produtos refratários I – 1 200 Rações I – 3 2000 Relógios I – 1 300 Resinas I – 3 3000 Roupas I – 2 500 Sabões I – 1 300 Sacos de papel I – 2 800 Sacos de juta I – 2 500

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OCUPAÇÃO/USO DESCRIÇÃO DIVISÃO CARGA DE INCÊNDIO

(qfi) EM MJ/m2

Industrial

Sorvetes I – 1 80 Sucos de fruta I – 1 200 Tapetes I – 2 600 Têxteis em geral I – 2 700 Tintas e solventes I – 3 4000 Tintas látex I – 2 800 Tintas não-inflámaveis I – 1 200 Transformadores I – 1 200 Tratamento de madeira I – 3 3000 Tratores I – 1 300 Vagões I – 1 200 Vassouras ou escovas I – 2 700 Velas de cera I – 3 1300 Vidros ou espelhos I – 1 200 Vinagres I – 1 80

Demais Usos Demais atividades não enquadradas acima Conforme Anexo B

Nota: 1) Para a classificação detalhada das ocupações (Divisão) consultar a tabela específica da Norma Técnica n.o 01/2008.

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ANEXO B MÉTODO PARA LEVANTAMENTO DA CARGA DE INCÊNDIO ESPECÍFICA

B.1 Os valores da carga de incêndio específica para as edificações destinadas a depósitos, explosivos e ocupações especiais podem ser determinadas pela seguinte expressão:

��� � ∑���

Onde: qfi - valor da carga de incêndio específica, em megajoule por metro quadrado de área de piso; Mi - massa total de cada componente i do material combustível, em quilograma. Esse valor não poderá ser excedido durante a vida útil da edificação exceto quando houver alteração de ocupação, ocasião em que Mi deverá ser reavaliado; Hi - potencial calorífico específico de cada componente i do material combustível, em megajoule por quilograma, conforme Tabela B.1; Af - área do piso do compartimento, em metro quadrado. B.2 O levantamento da carga de incêndio deverá ser realizado conforme item 4 desta Norma Técnica e seus subitens. Tabela B.1 – Valores do potencial calorífico específico

TIPO DE MATERIAL H (MJ/kg)

Acetona 30

Acrílico 28 Algodão 18 Benzeno 40

Borracha Espuma – 37

Tiras – 32

Celulose 16

C-Hexano 43 Couro 19

D-glucose 15 Epóxi 34 Etano 47

Etanol 26 Eteno 50 Etino 48

Fibra sintética 6,6 29 Grãos 17

Graxa, Lubrificante 41 Lã 23

Lixo de cozinha 18

Madeira 19 Metano 50

Metanol 19 Monóxido de carbono 10

N-Butano 45

N-Octano 44 N-Pentano 45

Palha 16 Papel 17

Petróleo 41

Poliacrilonitrico 30

TIPO DE MATERIAL H (MJ/kg)

Policarbonato 29

Poliéster 31 Poliestireno 39 Polietileno 44

Polimetilmetacrilico 24 Polioximetileno 15

Poliuretano 23 Polipropileno 43 Polivinilclorido 16

Propano 46 PVC 17

Resina melamínica 18

Seda 19

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 009/2008

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 009/2008

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica fixa as condições necessárias para o projeto e instalação do sistema de iluminação de emergência em edificações e áreas de risco. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica às edificações e áreas de risco onde o sistema de iluminação de emergência for exigido. 2.2 Adota-se a NBR 10898 naquilo que não contrariar o disposto nesta Norma Técnica. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Grupo moto-gerador 4.1.1 Deve-se garantir acesso controlado e desobstruído desde a área externa da edificação até o grupo moto-gerador. 4.1.2 No caso de grupo moto-gerador instalado em local confinado, para o seu perfeito funcionamento, deve ser garantido que a tomada de ar seja realizada sem o risco de se captar a fumaça oriunda de um incêndio. 4.1.3 Na condição acima descrita, o grupo moto-gerador deve ser instalado em compartimento resistente ao fogo por 2 h, com acesso protegido por PCF (P90).

4.1.4 Quando a tomada de ar externo for realizada por meio de duto, este deve ser construído ou protegido por material resistente ao fogo por 2 h. 4.2 Os componentes da fonte de energia centralizada de alimentação do sistema de iluminação de emergência, bem como seus comandos, devem ser instalados em local não acessível ao público, sem risco de incêndio, ventilado e que não ofereça risco de acidentes aos usuários. 4.3 No caso de instalação aparente, a tubulação e as caixas de passagem devem ser metálicas ou em PVC rígido antichama, conforme NBR 6150. 4.4 A distância máxima entre dois pontos de iluminação de aclaramento deve ser de 15m ponto a ponto. 4.4.1 Outro distanciamento entre pontos pode ser aceito, desde que atenda à NBR 10898. 4.5 As luminárias de aclaramento (ou de ambiente), quando instaladas a menos de 2,5m de altura e as luminárias de balizamento (ou de sinalização), devem ter tensão máxima de alimentação de 30V. 4.5.1 Na impossibilidade de reduzir a tensão de alimentação das luminárias, pode ser utilizado um interruptor diferencial de 30mA com disjuntor termomagnético de 10A. 4.6 Pode ser exigir que os equipamentos utilizados no sistema de iluminação de emergência sejam devidamente certificados por órgão competente. 4.6.1 A certificação deve ser comprovada por ocasião da vistoria. 4.7 A autonomia do bloco autônomo deve ser quatro horas. 4.8 O sistema de iluminação de emergência será elaborado de acordo com critérios estabelecidos na NBR 10.898, desde que não contrarie as adequações constantes desta Norma Técnica.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 010/2008

ACESSO DE VIATURAS NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2010

(Incluidas alterações da Portaria GAB CMD 020/2010, de 10/02/2010)

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 010/2008

ACESSO DE VIATURAS NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica fixa condições mínimas exigíveis para o acesso e estacionamento de viaturas do CBMCE nas edificações e áreas de risco, visando a disciplinar o seu emprego operacional na busca e salvamento de vítimas e no combate aos incêndios. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica aos condomínios residenciais, condomínios comerciais e condomínios industriais que tenham arruamento interno e que seja necessário o acesso de viaturas operacionais do CBMCE para a busca e salvamento de vítimas e o combate aos incêndios. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Condições gerais 4.1.1 Via de acesso e faixa de estacionamento 4.1.1.1 Características da via de acesso 4.1.1.1.1 Largura mínima de 6m. 4.1.1.1.2 Suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força. 4.1.1.1.3 Desobstrução em toda a largura e com altura livre mínima de 4,5m.

4.1.1.1.4 Quando o acesso for provido de portão, este deverá atender à largura mínima de 4m e altura mínima de 4,5, conforme Figura 1.

Figura 1 – Altura e largura mínimas de acesso à

edificação 4.1.1.1.5 As vias de acesso que excedam 45 m de comprimento devem possuir retorno circular (Figura 2), em formato de “Y” (Figura 3) ou em formato de “T” (Figura 4), respeitadas as medidas mínimas indicadas.

Figura 2 – Retorno circular

4.1.1.1.6 São aceitos outros tipos de acessos com retornos, que não os especificados acima, mas que garantam a entrada e a saída de viaturas, desde que atendam aos itens 4.1.1.1.1, 4.1.1.1.2, 4.1.1.1.3 e 4.1.1.1.4 desta Norma Técnica.

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Figura 3 – Retorno em “Y”

4.1.1.2 Características das faixas de estacionamento 4.1.1.2.1 Largura mínima de 8m. 4.1.1.2.2 Comprimento mínimo de 15m. 4.1.1.2.3 Suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força.

Figura 4 – Retorno em “T”

4.1.1.2.4 O desnível máximo da faixa de estacionamento não poderá ultrapassar o valor de 5%, tanto longitudinal quanto transversal, conforme Figuras 5 e 6.

Figura 5 – Desnível lateral

4.1.1.2.5 Deve existir pelo menos uma faixa de estacionamento paralela a uma das faces da edificação que possua aberturas (portas e ou janelas), conforme Figura 7. 4.1.1.2.6 Distância máxima da faixa de estacionamento até a face da edificação deve ser de 8m, medidas a partir de sua borda mais próxima. 4.1.1.2.7 A faixa de estacionamento deve estar livre de postes, painéis, árvores ou qualquer outro elemento que possa obstruir a operação das viaturas. 4.1.1.2.8 A faixa de estacionamento deve ser adequadamente sinalizada, com placas de proibido parar e estacionar e com sinalização de solo demarcadas com faixas amarelas e identificadas com as palavras “RESERVADO PARA VIATURAS DO CORPO DE BOMBEIROS”.

Figura 6 – Desnível longitudinal

4.2 Condições específicas 4.2.1 Edificações com altura menor ou igual a 12m 4.2.1.1 Quando a edificação principal estiver afastada mais de 20m da via pública, a contar do meio-fio, deve possuir via de acesso e faixa de estacionamento, excetuando-se as edificações que possuírem áreas das unidades habitacionais até 50m2. 4.2.1.2 A via de acesso deve atender ao disposto nos itens 4.1.1.1 e seus subitens.

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Figura 7 – Faixa de estacionamento

4.2.1.3 A faixa de estacionamento deve atender ao disposto nos itens 4.1.1.2 e seus subitens. 4.2.1.4 No caso da edificação possuir riscos isolados que ultrapassem 1.500m2, cada risco deve ser atendido pela via de acesso e ter pelo menos uma faixa de estacionamento. 4.2.2 Edificações com altura superior a 12m 4.2.2.1 No caso da edificação apresentar afastamento superior a 10m da via pública, esta deve possuir via de acesso e faixa de estacionamento. 4.2.2.2 A via de acesso deve atender ao disposto nos itens 4.1.1.1 e seus subitens. 4.2.1.3 A faixa de estacionamento deve atender ao disposto nos itens 4.1.1.2 e seus subitens. 4.2.1.4 No caso da edificação ser constituída de riscos isolados, cada risco deve ser atendido pela via de acesso e possuir pelo menos uma faixa de estacionamento. 4.2.3 Condomínio de residências unifamiliares 4.2.3.1 Deve possuir via de acesso atendendo ao disposto no item 4.1.1.1 e seus subitens, podendo esta exigência ser substituída por instalação de hidrante(s) externo(s), conectado(s) a tubulação seca interligada a hidrante de passeio situado na calçada da via pública.

4.2.4 Considerações Gerais 4.2.4.1 As edificações com área total construída acima de 750m² e/ou mais de dois pavimentos dotadas de alarme contra incêndio poderão ser isentas das exigências desta Norma Técnica. 4.2.4.2 As edificações multifamiliares, enquadradas como isentas de canalização preventiva poderão substituir as exigências desta Norma Técnica por instalação de hidrante(s) externo(s), conectado(s) a tubulação seca interligada a hidrante de passeio situado na calçada da via pública.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 011/2008

DESLOCAMENTO DE VIATURAS NA ZONA URBANA

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 011/2008

DESLOCAMENTO DE VIATURAS NA ZONA URBANA

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica fixa as condições mínimas exigíveis para o deslocamento de viaturas de bombeiros na zona urbana, visando a possibilitar o seu emprego operacional na busca e salvamento de vítimas e no combate aos incêndios. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica deve orientar a elaboração dos planos de urbanização dos municípios cearenses. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Via Urbana 4.1.1 Possuir largura mínima de 8m. 4.1.2 Suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força. 4.1.3 Altura livre mínima de 4,5m. 4.1.4 A via urbana que exceda 45m de comprimento deve possuir retorno circular (Figura 1), em formato de “Y” (Figura 2) ou em formato de “T” (Figura 3), respeitadas as medidas mínimas indicadas. 4.1.4.1 São aceitos outros tipos de retornos, que não os especificados acima, mas que garantam a entrada e a saída de viaturas, desde que atendam aos itens 4.1.1, 4.1.2 e 4.1.3.

4.2 Passagens subterrâneas e viadutos 4.2.1 Possuir largura mínima de 5m.

Figura 1 – Retorno circular

4.2.2 Suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força.

Figura 2 – Retorno em “Y”

4.2.3 Desobstrução em toda a largura e com altura livre mínima de 4,5m.

Figura 4 – Retorno em “T”

4.3.3 Passarelas 4.3.1 Possuir altura livre mínima de 4,5m.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 012/2008

SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 012/2008

SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme de incêndio em edificações e áreas de risco. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se a todas as edificações onde se exigem os sistemas de detecção e alarme de incêndio. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 O projeto de sistemas de detecção e alarme de incêndio deve conter os elementos necessários ao seu completo entendimento, cujos procedimentos para elaboração do PSIP devem atender à Norma Técnica nº 001/2008. 4.2 Os detalhes para execução gráfica do PSIP devem atender aos procedimentos exigidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, conforme norma técnica específica. 4.3 Todo sistema deve ter duas fontes de alimentação. 4.3.1 A principal é a rede de tensão alternada e a auxiliar é constituída por baterias ou “no-break”. 4.3.2 Quando a fonte de alimentação auxiliar for constituída por bateria de acumuladores ou “no-break”, esta deve ter autonomia mínima de 24 h em regime de supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser

de no mínimo 15min, para suprimento das indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para a evacuação da edificação. 4.3.3 Quando a alimentação auxiliar for por gerador, também deverá ter os mesmos parâmetros de autonomia mínima. 4.4 As centrais de detecção e alarme deverão ter dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos. 4.5 A central de alarme/detecção e o painel repetidor devem ficar em local onde haja constante vigilância humana e de fácil visualização. 4.6 A central deve acionar o alarme geral da edificação, que deve ser audível em toda edificação. 4.6.1 Em locais de grande concentração de pessoas, o alarme geral pode ser substituído por um sinal sonoro (pré-alarme) apenas na sala de segurança, junto à central, para evitar tumulto. 4.6.2 No entanto, a central deve possuir um temporizador para o acionamento posterior do alarme geral, com tempo de retardo de no máximo 2min, caso não sejam tomadas às ações necessárias para verifi car o pré-alarme da central. 4.6.3 Nesses tipos de locais, pode-se ainda optar por uma mensagem eletrônica automática de orientação de abandono, como pré-alarme, ao invés do alarme geral; sendo que só será aceita essa comunicação, desde que exista brigada de incêndio na edificação. 4.6.4 Mesmo com o pré-alarme na central de segurança, o alarme geral é obrigatório para toda a edificação. 4.7 A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior a 30m. 4.8 Preferencialmente, os acionadores manuais devem ser localizados junto aos hidrantes. 4.9 Nos edifícios com mais de um pavimento, deverá ser previsto pelo menos um acionador manual em cada pavimento.

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4.10 Os mezaninos estarão dispensados desta exigência, caso o acionador manual do piso principal dê cobertura/caminhamento para a área do mezanino, atendendo ao item 4.7. 4.11 Onde houver sistema de detecção instalado, será obrigatória a instalação de acionadores manuais, exceto para ocupações das divisões F6, onde o acionador manual é opcional, quando há sistema de detecção. 4.12 Nos locais onde, devido a sua atividade sonora intensa, não seja possível ouvir o alarme geral, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros. 4.13 Quando houver exigência de sistema de detecção para uma edificação, será obrigatória a instalação de detectores nos entreforros e entrepisos (pisos falsos) que contenham instalações com materiais combustíveis. 4.14 Os elementos de proteção contra calor que contenham a fiação do sistema deverão ter resistência mínima de 60min. 4.15 Os eletrodutos e a fiação devem atender aos itens 5.3.8.1 a 5.3.8.5 da NBR 9441/98. 4.16 Os acionadores manuais instalados na edificação devem obrigatoriamente conter a indicação de funcionamento (cor verde) e alarme (cor vermelha) indicando o funcionamento e supervisão do sistema, quando a central do sistema for do tipo convencional. 4.16.1 Quando a central for do tipo inteligente pode ser dispensada a presença dos leds nos acionadores, desde que haja um retorno do alarme, para a pessoa que acionou o dispositivo, informando que a central recebeu a identificação. 4.17 Nas centrais de detecção e/ou alarme é obrigatório conter um painel/esquema ilustrativo indicando a localização com identificação dos acionadores manuais ou detectores dispostos na área da edificação, respeitadas as características técnicas da central. Esse painel pode ser substituído por um display da central que indique a localização do acionamento. 4.18 Nos locais de reunião de público (casas de show, música, espetáculos, dança, discoteca, danceteria, salões de baile, etc.) onde se tem naturalmente uma situação acústica elevada, será obrigatória também a instalação de avisadores visuais, quando houver a exigência de sistema de detecção e alarme. 4.19 Em locais de ocupação de indústria e depósito com alto risco de propagação de incêndio, podem ser

acrescentados sistemas complementares de confirmação de indicação de alarme, tais como interfone, rede rádio, etc., devidamente sinalizados. 4.19.1 A distribuição segue o mesmo critério dos acionadores manuais. 4.20 A colocação de leds de alto brilho, para aviso visual sobre as saídas de emergência pode ser acrescentada à execução do sistema de alarme e detecção, nos locais onde a produção de fumaça seja esperada em grande quantidade. 4.21 Edifícios residenciais acima de 23m deverão ter, no sistema de interfone, dispositivo de alarme paralelo que emita som ao mesmo tempo para todos os apartamentos, com seqüência de 10 segundos e no mínimo 1min de duração. 4.21.1 As garagens de edifícios residenciais que se valerem do sistema de interfone como substituto do alarme devem possuir interfone devidamente sinalizado, bem como o dispositivo do item 4.21. 4.22 Edifícios com escada pressurizada poderão ter alarme setorizado alarmando conjuntamente o pavimento sinistrado e os dois outros contíguos acima e abaixo. 4.22.1 Após o abandono desses três pavimentos, tal procedimento deve se repetir em seqüência de alarme de três em três pavimentos, a contar dos mais elevados. 4.22.2 O intervalo de alarme entre o conjunto de três pavimentos deve ser de no máximo de 2min, não devendo o período total ultrapassar o tempo requerido de resistência ao fogo da estrutura. 4.23 Em locais em que a altura da cobertura do prédio prejudique o sensoriamento dos detectores, bem como naqueles pontos em que não se recomenda o uso de detectores sobre equipamentos, devem ser usados detectores com tecnologias, que atuem pelo princípio de detecção linear de absorção da luz (“beam detector”). 4.24 Deverá ser apresentado à Coordenadoria de Atividades Técnicas, quando do pedido de vistoria, anotação de responsabilidade técnica preenchida pelo responsável técnico pela instalação do sistema de detecção, garantindo que os detectores foram instalados de acordo com o prescrito na NBR 9441. 4.25 O sistema de detecção e alarme será elaborado de acordo com critérios estabelecidos na NBR 9.441, desde que não contrarie as adequações constantes desta Norma Técnica.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 013/2008

COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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NORMA TÉCNICA N° 013/2008

COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece os parâmetros da compartimentação horizontal e da compartimentação vertical, de forma a impedir a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal (compartimentação horizontal) e a propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos (compartimentação vertical). 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se todas as edificações onde são exigidas a compartimentação horizontal e acompartimentação vertical, conforme previsto na Norma Técnica n.o 001/2008, estabelecendo detalhamentos técnicos relativos à área de compartimentação. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Compartimentação horizontal 4.1.1 A compartimentação horizontal é constituída dos seguintes elementos construtivos: a) Paredes corta-fogo de compartimentação; b) Portas corta-fogo; c) Vedadores corta-fogo; d) Registros corta-fogo (dampers); e) Selos corta-fogo; f) Afastamento horizontal entre aberturas. 4.1.2 Características de construção

4.1.2.1 Para os ambientes compartimentados horizontalmente entre si, serão exigidos os seguintes requisitos: a) a parede corta-fogo de compartimentação deverá ser construída entre o piso e o teto devidamente vinculada à estrutura do edifício, com reforços estruturais adequados; b) no caso de edificações que possuem materiais construtivos combustíveis na cobertura (estrutura ou telhado), a parede corta-fogo de compartimentação deverá estender-se, no mínimo, a 1 m acima da linha de cobertura (telhado); c) as paredes mencionadas no item anterior devem ser dimensionadas estruturalmente de forma a não entrarem em colapso caso ocorra a ruína da cobertura do edifício do lado afetado pelo incêndio; d) as aberturas situadas na mesma fachada, em lados opostos da parede corta-fogo de compartimentação, devem ser afastadas horizontalmente entre si por trecho de parede com dois metros de extensão devidamente consolidada à parede corta-fogo de compartimentação e apresentando a mesma resistência ao fogo; e) a distância mencionada no item anterior poderá ser substituída por um prolongamento da parede corta-fogo de compartimentação, externo à edificação, com extensão mínima de 0,9m; f) a resistência ao fogo da parede corta-fogo de compartimentação, no que tange aos panos de alvenaria ou de painéis pré-moldados fechando o espaço entre os elementos estruturais, deve ser determinada por meio da NBR 10636; já a resistência ao fogo dos seus elementos estruturais deve ser dimensionada para situação de incêndio; g) as aberturas situadas em fachadas paralelas ou ortogonais, pertencentes a áreas de compartimentação horizontal distintas dos edifícios devem estar distanciadas de forma a evitar a propagação do incêndio por radiação térmica; para isso devem ser consideradas as condições de dimensionamento estabelecidas na norma técnica específica; h) as distâncias requeridas no item anterior podem ser suprimidas caso as aberturas sejam protegidas por portas ou vedadores corta-fogo ou vidros corta-fogo, estes atendendo às condições da NBR 14925 e apresentando resistência ao fogo conforme as condições do item 4.1.4.2 desta Norma Técnica; i) cada setor compartimentado deverá possuir facilidade de acesso para alcançar as saídas de emergência, que permita o abandono rápido das pessoas (ver Figura 1).

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4.1.2.2 A compartimentação horizontal deve ser compatibilizada com o atendimento da norma técnica específica, de forma que cada área compartimentada seja dotada de saídas para o exterior da edificação e áreas adjacentes (ver Figura 1).

Figura 1 – Compartimentação horizontal

4.1.3 Proteção das aberturas nas paredes corta-fogo de compartimentação 4.1.3.1 As aberturas existentes nas paredes corta-fogo de compartimentação devem ser devidamente protegidas por elementos corta-fogo de forma a não serem comprometidas suas características de resistência ao fogo. 4.1.3.2 Portas corta-fogo 4.1.3.2.1 As portas destinadas à vedação de aberturas em paredes corta-fogo de compartimentação devem ser do tipo corta-fogo, sendo aplicáveis as seguintes condições:

a) as portas corta-fogo devem atender ao disposto na norma NBR 11742 para saída de emergência e NBR 11711 para compartimentação em ambientes comerciais e industriais; b) na situação de compartimentação de áreas de edificações comerciais e industriais são aceitas também portas corta-fogo de acordo com a norma NBR 11742, desde que as dimensões máximas especificadas nesta norma sejam respeitadas; c) quando houver necessidade de passagem entre ambientes compartimentados providos de portas de acordo com a NBR 11711, devem ser instaladas adicionalmente portas de acordo com a NBR 11742 (ver Figura 1). 4.1.3.3 Vedadores corta-fogo 4.1.3.3.1 As aberturas nas paredes corta-fogo de compartimentação de passagem exclusivas de materiais devem ser protegidas por vedadores corta-fogo atendendo às seguintes condições: a) os vedadores corta-fogo devem atender ao disposto na norma NBR 11711; b) caso a classe de ocupação não se refira a edifícios industriais ou depósitos, o fechamento automático dos vedadores deve ser comandado por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 9441; c) quando o fechamento for comandado por sistema de detecção automática de incêndio, o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema e deve ser prevista a possibilidade de fechamento dos dispositivos de forma manual na central do sistema; d) na impossibilidade de serem utilizados vedadores corta-fogo, pela existência de obstáculos na abertura, representados, por exemplo, por esteiras transportadoras, pode-se utilizar alternativamente a proteção por cortina d’água, desde que a área da abertura não ultrapasse 1,5m2, atendendo aos parâmetros das normas técnicas específicas. 4.1.3.4 Selos corta-fogo 4.1.3.4.1 Quaisquer aberturas existentes nas paredes corta-fogo de compartimentação destinadas à passagem de instalações elétricas, hidrossanitárias, telefônicas e outros que permitam a comunicação direta entre áreas compartimentadas devem ser seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo atendendo às seguintes condições: a) devem ser ensaiadas para caracterização da resistência ao fogo seguindo os procedimentos da NBR 6479; b) os tubos plásticos de diâmetro interno superior a 40mm devem receber proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo em um dos lados da parede;

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c) a destruição da instalação do lado afetado pelo fogo não deve promover a destruição da selagem. 4.1.3.5 Registros corta-fogo (dumpers) 4.1.3.5.1 Quando dutos de ventilação, ar-condicionado ou exaustão atravessarem paredes corta-fogo de compartimentação, além da adequada selagem corta-fogo da abertura em torno dos dutos, devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados à parede corta-fogo de compartimentação. 4.1.3.5.2 As seguintes condições devem ser atendidas: a) os registros corta-fogo devem ser ensaiados para caracterização da resistência ao fogo seguindo os procedimentos da NBR 6479; b) os registros corta-fogo devem ser dotados de acionamentos automáticos comandados por meio de fusíveis bimetálicos ou por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 9441; c) no caso da classe de ocupação não se referir aos edifícios industriais ou depósitos, o fechamento automático dos registros deve ser comandado por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 9441; d) quando o fechamento for comandado por sistema de detecção automática de fumaça, o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema e o fechamento dos dispositivos deve poder ser efetuado por decisão humana na central do sistema; e) a falha do dispositivo de acionamento do registro corta-fogo deve se dar na posição de segurança, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve determinar automaticamente o fechamento do registro; f) os dutos de ventilação, ar-condicionado e/ou exaustão, que não possam ser dotados de registros cortafogo, devem ser dotados de proteção em toda a extensão (de ambos os lados das paredes), garantindo resistência ao fogo igual a das paredes. 4.1.4 Características de resistência ao fogo 4.1.4.1 No interior da edificação, as áreas de compartimentação horizontal devem ser separadas por paredes corta-fogo de compartimentação, devendo atender aos tempos requeridos de resistência ao fogo (TRF), conforme norma técnica específica. 4.1.4.2 Os elementos de proteção das aberturas existentes nas paredes corta-fogo de compartimentação podem apresentar TRF de 30min menor que a resistência das paredes corta-fogo de compartimentação, porém nunca inferior a 60min. 4.1.5 Condições especiais da compartimentação horizontal

4.1.5.1 A compartimentação horizontal está dispensada nas áreas destinadas exclusivamente a estacionamento de veículos. 4.1.5.2 Em subsolos não destinados exclusivamente ao estacionamento de veículos, a área de compartimentação será de 500 m2. 4.1.5.2.1 Áreas superiores a 500 m2 deverão possuir medidas de proteção analisadas pela Câmara Técnica. 4.1.5.3 As paredes divisórias entre unidades autônomas e entre unidades e as áreas comuns, para as ocupações dos grupos A (A2 e A3), B, E e H (H2, H3, H5 e H6) devem possuir requisitos mínimos de resistência ao fogo, de acordo com o prescrito na norma técnica específica. 4.1.5.3.1 O mesmo se aplica às portas das unidades autônomas que dão acesso aos corredores e/ou hall de entrada, que devem também ter os requisitos de resistência ao fogo conforme o prescrito na norma técnica específica. 4.1.5.3.2 São consideradas unidades autônomas, para efeito desta Norma Técnica, os apartamentos residenciais, os quartos de hotéis, motéis e flats, as salas de aula, as enfermarias e quartos de hospital, as celas de presídios e assemelhados. 4.1.5.4 Em complementação aos sistemas de proteção, os subsolos deverão possuir aberturas de ventilação adequadas ao exterior, que permitam realizar a exaustão de gases e fumaça do ambiente. 4.2 Compartimentação vertical 4.2.1 A compartimentação vertical é constituída dos seguintes elementos construtivos: a) entrepisos corta-fogo; b) enclausuramento de escadas por meio de parede corta-fogo de compartimentação; c) enclausuramento de elevadores e monta-carga, poços para outras finalidades por meio de porta pára-chama; d) selos corta-fogo; e) registros corta-fogo (dumpers); f) vedadores corta-fogo; g) os elementos construtivos corta-fogo/pára-chama de separação vertical entre pavimentos consecutivos; h) selagem perimetral corta-fogo. 4.2.2 Características de construção 4.2.2.1 Compartimentação vertical na envoltória do edifício

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4.2.2.1.1 As seguintes condições devem ser atendidas pelas fachadas, com intuito de dificultar a propagação vertical do incêndio pelo exterior dos edifícios: a) deve existir separação na fachada entre aberturas de pavimentos consecutivos, que podem se constituir de vigas e/ou parapeito ou prolongamento dos entrepisos, além do alinhamento da fachada; b) quando a separação for provida por meio de vigas e/ou parapeitos, estes devem apresentar altura mínima de 1,2m separando aberturas de pavimentos consecutivos (ver Figura 2);

Figura 2 – Compartimentação vertical

c) quando a separação for provida por meio dos prolongamentos dos entrepisos, as abas devem projetar-se, no mínimo, 0,9 m além do plano externo da fachada (Figura 3 – Anexo A desta IT); d) os elementos de separação entre aberturas de pavimentos consecutivos e as fachadas cegas devem ser consolidadas de forma adequada aos entrepisos, de forma a não comprometer a resistência ao fogo destes elementos; e) as fachadas pré-moldadas devem ter seus elementos de fixação devidamente protegidos contra a ação do incêndio e as frestas com as vigas e/ou lajes devidamente seladas, de forma a garantir a resistência ao fogo do conjunto; f) os materiais transparentes ou translúcidos das janelas devem ser incombustíveis, exceção feita aos vidros laminados; a incombustibilidade desses materiais deve ser determinada em ensaio utilizando-se o método ISO 1182. 4.2.2.1.1 Nas edificações com fachadas totalmente envidraçadas ou “fachadas-cortina” são exigidas as seguintes condições:

a) os caixilhos e os componentes transparentes ou translúcidos devem ser compostos por materiais incombustíveis, exceção feita aos vidros laminados; a incombustibilidade desses materiais devem ser determinada em ensaios utilizando-se o método ISO 1182; b) devem ser previstos atrás destas fachadas, elementos de separação, ou seja, instalados parapeitos, vigas ou prolongamentos dos entrepisos, de acordo com o item 4.2.2.1 desta Norma Técnica; c) as frestas ou as aberturas entre a “fachada-cortina” e os elementos de separação devem ser vedados com selos corta-fogo em todo perímetro; tais selos devem ser fixados aos elementos de separação de modo que sejam estruturalmente independentes dos caixilhos da fachada; d) os selos corta-fogo perimetrais indicados no item anterior deverão ser detalhados em projeto atendendo os requisitos da Norma Técnica nº 001/2008.

Figura 3 – Compartimentação vertical (entrepiso)

4.2.2.2 Compartimentação vertical no interior dos edifícios 4.2.2.2.1 A compartimentação vertical no interior dos edifícios é provida por meio de entrepisos, cuja resistência ao fogo não deve ser comprometida pelas transposições que intercomunicam pavimentos. 4.2.2.2.2 Os entrepisos podem ser compostos por lajes de concreto armado ou protendido ou por composição de outros materiais que garantam a separação física dos pavimentos. 4.2.2.2.3 A resistência ao fogo dos entrepisos deve ser determinada por meio de ensaio segundo a NBR 5628

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ou dimensionada de acordo com norma brasileira pertinente. 4.2.2.2.4 Deve atender às seguintes condições: a) no interior da edificação, todas as aberturas no entrepiso destinadas às passagens das instalações de serviços devem ser vedadas por selos corta-fogo; tais selos podem ser substituídos por paredes corta-fogo de compartimentação cegas posicionadas entre piso e teto; b) as aberturas existentes nos entrepisos, devem ser protegidas por vedadores corta-fogo, construídas e instaladas de acordo com NBR 11711; c) os poços destinados a elevadores, monta-carga e outras finalidades devem ser constituídos por paredes corta-fogo de compartimentação, devidamente consolidadas de forma adequada às lajes dos pavimentos, com resistência ao fogo. d) suas aberturas devem ser protegidas por vedadores pára-chamas os quais devem apresentar resistência ao fogo igual às das paredes; e) as escadas devem ser enclausuradas por meio paredes corta-fogo de compartimentação e portas corta-fogo, as quais devem atender aos requisitos da norma técnica específica; f) no caso de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão que atravessarem as lajes, além da selagem da passagem destes equipamentos, devem existir registros corta-fogo, devidamente ancorados à laje. g) Caso esses registros não possam ser instalados, toda tubulação deve estar protegida de forma a apresentar resistência ao fogo conforme requisitos da norma técnica específica. 4.2.2.3 Entrepisos 4.2.2.3.1 Os entrepisos devem enquadrar-se na categoria compartimentação e podem ser compostos por lajes de concreto armado ou protendido ou por composição de materiais que garantam a separação física de pavimentos no interior dos edifícios. 4.2.2.3.2 As aberturas existentes nos entrepisos devem ser devidamente protegidas por elementos corta-fogo de forma a não serem comprometidas suas características de resistência ao fogo. 4.2.2.3.3 Escadas 4.2.2.3.3.1 As escadas devem ser enclausuradas por meio de paredes corta-fogo de compartimentação e portas corta-fogo, atendendo às seguintes condições: a) a resistência ao fogo da parede de compartimentação, no que tange aos panos de alvenaria ou de painéis pré-moldados fechando o espaço entre os elementos estruturais, deve ser determinada por meio da NBR 10636, já a resistência ao fogo dos seus elementos estruturais deve ser

dimensionada para situação de incêndio, seguindo-se as orientações contidas na norma técnica específica; b) as portas corta-fogo de ingresso nas escadas e entre as antecâmaras e a escada devem atender ao disposto na NBR 11742; c) as portas corta-fogo utilizadas para enclausuramento das escadas devem ser construídas integralmente com materiais incombustíveis, caracterizados de acordo com o método ISO 1182, exceção feita à pintura de acabamento; d) as portas corta-fogo das escadas devem permanecer fechadas, mas não trancadas; e) nos pavimentos de descarga, os trechos das escadas que provém do subsolo ou dos pavimentos elevados devem ser enclausurados de maneira equivalente a todos os outros pavimentos; f) a exigência de resistência ao fogo das paredes de enclausuramento da escada também se aplica às antecâmaras quando estas existirem. 4.2.2.3.4 Elevadores 4.2.2.3.4.1 Os poços destinados a elevadores devem ser constituídos por paredes corta-fogo de compartimentação devidamente consolidadas aos entrepisos. 4.2.2.3.4.2 As portas de andares dos elevadores devem ser classificadas como pára-chamas. 4.2.2.3.4.3 As seguintes condições devem ser adicionalmente consideradas: a) devem ser atendidas as condições estabelecidas no item 4.2.2.3.3.1; b) as portas de andares dos elevadores não devem permanecer abertas em razão da presença da cabine nem abrir em razão do dano provocado pelo calor aos contatos elétricos que comandam sua abertura; c) as portas pára-chamas, conforme item anterior, podem ser substituídas pelo enclausuramento dos halls

de acesso aos elevadores, por meio de paredes e portas corta-fogo; d) as portas corta-fogo mencionadas no item anterior devem fechar automaticamente em caso de incêndio, comandadas por sistema de detecção automática de fumaça devendo atender ao disposto na NBR 11742 e as disposições constantes do item 4.2.2.3.3.1; e) uma outra alternativa às portas pára-chamas de andar constitui-se de enclausuramento dos halls dos elevadores, por meio de portas retráteis corta-fogo, mantidas permanentemente abertas e comandadas por sistema de detecção automática de fumaça, de acordo com a NBR 9441, fechando automaticamente em caso de incêndio e atendendo ainda ao disposto no item 5.2.2.3.3.1; f) as portas mencionadas no item anterior não devem estar incluídas nas rotas de fuga;

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g) as portas retráteis corta-fogo também devem ser abertas ou fechadas no local de sua instalação, manual ou mecanicamente, requerendo na primeira situação um esforço máximo de 130N; h) o enclausuramento dos halls dos elevadores permitirá a disposição do elevador de emergência em seu interior; i) as portas de andar de elevadores e as portas de enclausuramento dos halls devem ser ensaiadas para a caracterização da resistência ao fogo seguindo-se os procedimentos da NBR 6479. 4.2.2.3.5 Monta-cargas 4.2.2.3.5.1 Os poços destinados à monta-carga devem ser constituídos por paredes corta-fogo de compartimentação devidamente consolidadas aos entrepisos. 4.2.2.3.5.2 As portas de andar devem ser classificadas como pára-chamas. 4.2.2.3.5.3 As seguintes condições devem ainda ser consideradas: a) devem ser atendidas as condições estabelecidas no item 4.2.2.3.3.1; b) as portas de andar do monta-carga não devem permanecer abertas em razão de presença da cabine nem abrir em razão do dano provocado pelo calor aos contatos elétricos que comandam sua abertura; c) as portas mencionadas devem ser ensaiadas seguindo-se os procedimentos da NBR 6479; d) alternativamente às portas pára-chamas do montacarga, os halls de acesso aos elevadores devem ser enclausurados conforme as condições estabelecidas no item 4.2.2.3.4. 4.2.2.3.6 Prumadas das instalações de serviço 4.2.2.3.6.1 Quaisquer aberturas existentes nos entrepisos destinadas à passagem de instalação elétrica, hidrossanitárias, telefônicas e outras, que permitam a comunicação direta entre os pavimentos de um edifício, devem ser seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo atendendo às seguintes condições: a) devem ser ensaiadas para a caracterização da resistência ao fogo seguindo-se os procedimentos da NBR 6479; b) os tubos plásticos com diâmetro interno superior a 40mm devem receber proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo abaixo do entrepiso; c) a destruição da instalação do lado afetado pelo fogo não deve promover a destruição da selagem. 4.2.2.3.7 Aberturas de passagem de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão

4.2.2.3.7.1 Quando dutos de ventilação, ar-condicionado ou exaustão atravessarem os entrepisos, além da adequada selagem corta-fogo da abertura em torno do duto, devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados aos entrepisos e atendidas as condições estabelecidas no item 4.1.3.5. 4.2.2.3.7.2 Caso os dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão não possam ser dotados de registros corta-fogo na transposição dos entrepisos, devem ser dotados de proteção em toda a extensão, garantindo a adequada resistência ao fogo. 4.2.2.3.7.3 Nesse caso, as derivações existentes nos pavimentos devem ser protegidas por registros corta-fogo, cujo acionamento deve atender às condições estabelecidas no item 4.1.3.5. 4.2.2.3.8 Aberturas de passagem de materiais 4.2.2.3.8.1 As aberturas nos entrepisos de passagem exclusiva de materiais devem ser protegidas por vedadores corta-fogo, atendendo às condições estabelecidas no item 4.1.3.3. 4.2.2.3.9 Átrios 4.2.2.3.9.1 Os átrios devem ser entendidos como espaços no interior de edifícios que interferem na compartimentação horizontal ou vertical, devendo atender a uma série de condições para não facilitarem a propagação do incêndio. 4.2.2.3.9.2 A condição básica a ser atendida por qualquer átrio é a seguinte: a) cada átrio deve fazer parte exclusivamente de uma única prumada de áreas de compartimentação horizontal, ou seja, as áreas distintas de compartimentação horizontal não devem intercomunicar-se através do átrio nos pavimentos. 4.2.2.3.9.3 Para que a existência do átrio não afete a compartimentação vertical, é necessário que as seguintes condições adicionais sejam atendidas: a) compartimentação do átrio deve ser feita em todos os pavimentos servidos em seu perímetro interno ou no perímetro da área de circulação que o rodeia em cada pavimento; b) os elementos de compartimentação do átrio devem apresentar resistência ao fogo, podendo, inclusive, constituírem-se por paredes corta-fogo de compartimentação, vidros corta-fogo e vedadores cortafogo; c) as paredes corta-fogo de compartimentação devem atender às condições estabelecidas no item 4.2.2.3.3.1; d) os vedadores corta-fogo podem ser retráteis, de correr ou de deslocamento horizontal, devendo ser

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compostos integralmente por materiais incombustíveis; se os vedadores apresentarem fechamento automático, comandado por sistema de detecção automática de fumaça, devem estar de acordo com a NBR 9441; quanto à resistência ao fogo, devem estar caracterizados através dos procedimentos de ensaio da NBR 6479; e) as condições de fechamento dos vedadores mencionados no item anterior devem ser tais que não ofereçam risco de provocar acidentes e ferimentos nas pessoas. 4.2.2.3.10 Prumadas enclausuradas 4.2.2.3.10.1 As prumadas totalmente enclausuradas por onde passam as instalações de serviço, como esgoto e águas pluviais, não necessitam ser seladas desde que as paredes sejam corta-fogo e as derivações das instalações que as transpassam sejam devidamente seladas. 4.2.2.3.10.2 As paredes de enclausuramento devem atender ao disposto no item 4.2.2.3.3.1. 4.2.2.3.11 Prumadas de ventilação permanente 4.2.2.3.11.1 Os dutos de ventilação permanentes de banheiro e similares devem atender às seguintes condições para que não comprometam a compartimentação vertical dos edifícios: a) devem ser integralmente compostos por materiais incombustíveis; b) cada prumada de ventilação deve fazer parte, exclusivamente, de uma única prumada de áreas de compartimentação horizontal, ou seja, as áreas distintas de compartimentação horizontal não devem intercomunicar-se através dos dutos de ventilação permanente; c) a prumada de ventilação permanente deve ser compartimentada em relação às demais áreas da edificação não destinadas a banheiros ou similares por meio de paredes e portas corta-fogo; d) alternativamente ao disposto na alínea “c” deste item, cada derivação das prumadas deve ser protegida por registro corta-fogo, cujo acionamento deve atender às condições estabelecidas no item 4.1.3.5; e) as paredes que compõem estas prumadas devem atender ao disposto no item 4.2.2.3.3.1. 4.2.3 Características de resistência ao fogo 4.2.3.1 Os entrepisos devem atender aos TRRF, conforme estabelecido em norma técnica específica. 4.2.3.2 Os elementos de proteção das transposições nos entrepisos (selagens corta-fogo) e os elementos de compartimentação vertical na envoltória do edifício,

incluindo as fachadas sem aberturas (cegas), devem atender aos TRRF conforme norma técnica específica. 4.2.3.2.1 Portas e vedadores corta-fogo podem apresentar TRRF de 30 min menor que as paredes, porém nunca inferior a 60 min. 4.2.3.3 Como exceção às regras estabelecidas em 4.2.3.1, 4.2.3.2 e 4.2.3.2.1 tem-se o seguinte: a) as paredes de enclausuramento das escadas e elevadores de segurança, constituídas pelo sistema estrutural das compartimentações e vedações das caixas, dutos e antecâmaras, devem atender, no mínimo, ao TRRF igual ao estabelecido na norma técnica específica, porém, não podendo ser inferior a 180min; b) as selagens das prumadas das instalações de serviço e os registros protegendo aberturas de passagem de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão e prumada de ventilação permanente devem apresentar, no mínimo, os tempos requeridos de resistência ao fogo conforme norma técnica específica, porém nunca inferior a 60min; c) as portas corta-fogo de ingresso nas escadas em cada pavimento devem apresentar resistência mínima ao fogo de 90min quando forem únicas (escadas sem antecâmaras) e de 60min quando a escada for dotada de antecâmara; d) os dutos de ventilação, ar condicionado ou exaustão, quando não podem ser dotados de registros corta-fogo na transposição dos entrepisos devem ser protegidos em toda a extensão de forma a garantir a resistência mínima ao fogo de 120min, porém nunca inferior ao TRRF estabelecido na norma técnica específica; e) as paredes e registros corta-fogo tratadas em 4.2.2.3.11 (prumadas de ventilação permanente) devem apresentar resistência mínima ao fogo de, respectivamente, 60min e 30min. 4.3 Áreas máximas de compartimentação 4.3.1 Para o estabelecimento das áreas máximas de compartimentação horizontal deve-se atender aos valores estabelecidos no Anexo A. 4.4 Não será considerada a compartimentação vertical nos casos de interligação de pavimentos consecutivos (nos pisos acima do térreo), por intermédio de átrios, escadas, rampas de circulação ou escadas rolantes, desde que o somatório de áreas desses pavimentos não ultrapasse os valores estabelecidos para a compartimentação horizontal, conforme Anexo A, limitando-se no máximo a três pavimentos consecutivos. 4.5 As escadas, rampas destinadas à circulação de pessoas, dutos e shafts de instalações dos subsolos

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devem ser compartimentados integralmente em relação ao piso térreo, piso de descarga e demais pisos elevados. 4.6 Recomenda-se que as áreas descobertas destinadas ao armazenamento de produtos combustíveis possuam afastamentos dos limites da propriedade, bem como corredores internos que proporcionem o fracionamento do risco, de forma a dificultar a propagação do fogo e facilitar as operações de combate a incêndio.

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ANEXO A

Tabela de área máxima de compartimentação GRUPO

TIPO TIPOS DE EDIFICAÇÕES

I II III IV V VI

DENOMINAÇÃO Edificação

térrea Edificação

baixa

Edificação de baixa-média

altura

Edificação de média altura

Edificação medianamente

alta Edificação alta

ALTURA Um pavimento H ≤ 6m 6m < H ≤ 12m 12m < H ≤ 24m 24m < H ≤ 30m H > 30m A-1, A-2, A-3 −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) B-1, B-2 −(4) 5.000 4.000 3.000 2.000 1.500 C-1, C-2 5.000(1) 3.000(1) 2.000 2.000 1.500 1.500 C-3 5.000(1) 2.500(1) 1.500 1.000 2.000 2.000 D-1, D-2, D-3, D-4 5.000 2.500(1) 1.500 1.000 800 800 E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6 −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) F-1, F-2, F-3, F-4, F-9 −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) F-5, F-6, F-8 −(4) −(4) −(4) 2.000 1.000 800 F-7 −(4) −(4) CT CT CT CT F-10 5.000(1) 2.500(1) 1.500 1.000 1.000 800 G-1, G-2, G-3 −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) G-4 10.000 5.000 3.000 2.000 1.000 1.000 G-5 CT CT CT CT CT CT H-1, H-2, H-4, H-5, H-6(2) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) H-3 −(4) −(4) −(4) 2.000 1.500 1.000 I-1, I-2 −(4) 10.000 5.000 3.000 2.000 1.500 I-3 7.500(1) 5.000 3.000 1.500 1.000 800 J-1 −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) J-2 10.000(1) 5.000 3.000 1.500(1) 1.500 1.000 J-3 7.500(1) 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 J-4 4.000(1) 2.500 2.000 2.000 1.500 1.000 L-1 100 CT CT CT CT CT L-2, L-3 CT CT CT CT CT CT M-1 CT CT CT CT CT CT M-2 1.000 500 CT CT CT CT M-3 5.000 3.000 2.000 1.000 CT CT M-4, M-5, M-6, M-7 750 CT CT CT CT CT NOTAS: (1) A área de compartimentação pode ser aumentada em 100% caso haja sistema de detecção de fumaça e controle de fumaça, conforme normas técnicas específicas. (2) A edificação destinada a clínica com internação (H-6) será enquadrada como H-3. (3) CT – Câmara Técnica (4) As edificações estão dispensadas da compartimentação horizontal, mantendo a compartimentação vertical.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 014/2008

FOGOS DE ARTIFÍCIO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 014/2008

FOGOS DE ARTIFÍCIO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece as condições necessárias de segurança contra incêndios e explosões em edificações destinadas ao comércio de fogos de artifício no varejo, em razão de sua periculosidade, bem como evitar o risco de injúrias à vida (mutilações, deformações, intoxicações, queimaduras, traumas graves, fatos incapacitantes e óbitos) pela utilização inadequada de fogos de artifício, danos que invalidem a reutilização da edificação, de edifícios vizinhos e a recuperação do meio ambiente. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se às edificações destinadas ao comércio varejista de fogos de artifício. 2.2 As classes C e D, conforme artigo 112, § 1º, incisos III e IV; § 4º, incisos I e II, do R-105, face ao risco que representam e restrições quanto ao uso, em área urbana, não são objeto desta Norma Técnica. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Classificação 4.1.1 Considera-se a classificação de fogos de artifício, para fins desta Norma Técnica, conforme o estabelecido no Decreto Federal n° 3.665, de 21 de novembro de 2000, R 105, art. 112, incisos I e II. 4.1.1.1 “Classe A” a) fogos de vista, sem estampido;

b) fogos de estampido que contenham até 0,2 gramas de pólvora por peça. 4.1.1.2 “Classe B” a) os fogos de estampido que contenham até 0,25g de pólvora, por peça; b) foguetes com ou sem flecha, de apito ou de lágrimas, sem bomba; c) “pots-à-feu”, “morteirinhos de jardim”, “serpentes voadoras” e outros equiparáveis. 4.2 Características das edificações 4.2.1 Somente são permitidas instalações para venda de fogos de artifícios para classes A e B nos seguintes locais: a) edificações até 100m2; b) lojas térreas, sem pavimentos superiores. 4.2.2 Não são permitidas instalações para venda de fogos de artifícios para classes A e B nos locais de reunião de público. 4.2.3 Às edificações de comércio varejista de fogos de artifício, aplicam-se os seguintes requisitos: a) apresentar PSIP independente de área construída; b) possuir entradas distintas; c) iluminação de emergência; d) extintores; e) sinalização de emergência; f) sistema de proteção contra descarga atmosférica e aterramento; g) pisos antifaiscantes; h) todas as “saídas” devem ser dimensionadas e sinalizadas conforme norma técnica respectiva; i) as instalações elétricas devem ser a prova de explosão e executadas de acordo com a NBR 5410/97. j) o local deverá ter prévia aquiescência da prefeitura municipal, apresentado em documentação expedida pela pelo órgão municipal. 4.3 Afastamentos de outras edificações 4.3.1 Distância de 100 metros: a) estabelecimento de ensino de qualquer espécie, em qualquer nível; b) hospitais, maternidades, sanatórios, prontos-socorros, postos de saúde, casas de saúde, casas de repouso, creches e assemelhados; c) cinemas, teatros, casas de espetáculos, estádios de futebol, praças de esportes públicos ou particulares, templos religiosos, galerias comerciais, mercados, supermercados, shopping center e similares, feiras de

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qualquer espécie, bem como qualquer outro local de concentração de público; d) terminais e/ou pontos de parada de meios de transporte público (ônibus, trens, metrô etc.); e) repartições públicas; f) locais temporários de concentração de público. 4.3.2 Distância de 200 metros: a) posto de serviços em geral, fábricas e depósitos de explosivos, inflamáveis e/ou combustíveis líquidos e/ou gasosos, terminais de abastecimento de gás liquefeito de petróleo e similares. 4.4 Da estocagem 4.4.1 A estocagem de fogos de artifício em áreas urbanas obedecerá aos critérios abaixo, devendo ser ventilado e seco, protegido contra elevações bruscas de temperatura, e umidade que possam influir na degradação dos produtos: a) apresentar à CAT a lista com os artifícios pirotécnicos a explosão estocados na loja; b) será permitido o estoque de no máximo quatro unidades de cada artifício pirotécnico. 4.4.1.1 Produtos com validade prescrita deverão cumprir exigências do R 105. 4.4.2 A distância do empilhamento ao teto fica limitada em 1m. 4.4.3 Proibição de estocagem 4.4.3.1 Fica vedada a estocagem de pólvora ou fogos de estampido com fogos de artifício não explosivo. 4.4.4 De produtos a granel 4.4.4.1 Fica proibida a estocagem e comercialização de fogos de artifício a granel, seja de qualquer natureza e de qualquer tipo de embalagem (exemplos: sacos de papel, de ráfia, plástico e estopa). 4.4.4.2 Os fogos de artifício somente poderão ser expostos à venda devidamente acondicionados e com rótulos explicativos de seu efeito e de seu manejo e, onde estejam discriminadas sua denominação usual, sua classificação e procedência. 4.4.4.3 Fica proibida a existência de qualquer fonte de calor na área de venda. 4.5 Do manuseio 4.5.1 Fica proibida a manipulação, embalagem, montagem, desmanche ou qualquer outra alteração das características iniciais de fabricação do produto.

4.6 Da documentação 4.6.1 Deverão ser apresentados junto com o PSIP os seguintes documentos: a) autorização da administração municipal, para o comércio de fogos de artifício; b) memorial ou laudo descritivo de construção assinado por engenheiro responsável pela edificação e respectiva anotação de responsabilidade técnica; c) quadro em local visível na loja, que cite os artigos do Código do Consumidor sobre o limite de idade para compra de fogos de artifícios. 5. PRESCRIÇÕES DIVERSAS 5.1 Mostruário 5.1.1 A exposição de material fica limitada às caixas vazias, catálogos ou fotos dos produtos. 5.2 Fica reconhecida a ASSOBRAPI – Associação Brasileira de Pirotecnia, como entidade de direito privado que poderá prestar serviços de formação de pessoal técnico, assessoria e responsabilidade técnica pelos respectivos engenheiros habilitados na área de engenharia química, de minas ou de segurança. 5.2.1 A formação de pessoal técnico habilitado poderá ser feita por outra instituição, desde que comprovada competência e reconhecida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 5.3 Os estabelecimentos comerciais deverão providenciar anualmente o CESIP, atestando a regularidade dos equipamentos de prevenção e combate a incêndio. 5.4 Os estabelecimentos que se dispuserem a realizar shows pirotécnicos, deverão, para isso apresentar cópia da identidade do encarregado de fogo, responsável pela queima junto à CAT. 5.5. Os shows pirotécnicos, de qualquer monta serão permitidos, desde que solicitado vistoria técnica no local do evento com antecedência de no mínimo de cinco dias úteis. 5.5.1 Para cada show pirotécnico deverá haver um profissional responsável. 5.5.2 Os seguintes documentos acompanharão esta solicitação: a) cópia do registro atualizado do encarregado de fogo, responsável pela queima; b) declaração de responsabilidade, por parte do encarregado de fogo, de que possui ciência desta

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Norma Técnica e que todos os itens de segurança serão cumpridos; c) documento formalizado informando o “nome fantasia”, razão social, CNPJ, nome e CRQ do responsável técnico pela fabricação e número de registro no Exército Brasileiro, da indústria fabricante dos fogos de artifício que serão utilizados; d) croqui, com assinatura do encarregado de fogo, do que será realizado no evento, contendo os seguintes itens: i. classe e quantidade de fogos de artifício a serem

utilizados; ii. detalhamento gráfico da disposição dos fogos,

separando-os por tipo e diâmetro interno dos dispositivos;

iii. distância de redes elétricas, estacionamentos, veículos, edificações, reservas ecológicas e quaisquer outras áreas que possam ser sensíveis a ação dos fogos de artifício;

iv. quantidade estimada de público; v. divisão do público estimado em blocos com no

máximo 50 x 100m e estabelecimento das vias internas para casos de emergência.

e) não haverá permissão de show pirotécnico em local onde seja previsto a presença de grande quantidade de público; f) a queima no mar deverá ter a prévia aquiescência do órgão próprio de fiscalização da marinha; g) apresentar a liberação de órgãos diversos quando assim a queima o requerer; h) distanciamento da zona de queima ao público presente; i) os dispositivos de solo deverão estar localizados conforme Tabela 1.

Tabela 1 – Distancia de segurança DIÂMETRO INTERNO DO

DISPOSITIVO DISTÂNCIA DE SEGURANÇA

1” (25mm) 38 metros 2” (50mm) 75 metros 3” (75mm) 112 metros 4” (100mm) 150 metros 5” (125mm) 185 metros 6” (150mm) 225 metros 7” (175mm) 262 metros 8” (200mm) 300 metros

10” (250mm) 375 metros

5.5.3 Para dispositivos com diâmetro interno acima de 10” (250mm) deverá ser feita uma análise de risco por parte do responsável pelo evento, a qual deverá ser submetida a avaliação e aprovação do CBMCE. 5.5.4 A distância de segurança utilizada para escolas, creches, hospitais, depósitos de inflamáveis, penitenciárias e estabelecimentos de reabilitação de menores infratores deverá ser no mínimo duas vezes maior que o disposto na tabela do item de afastamento de edificações.

5.6 Das construções provisórias 5.6.1 As barracas de vendas de fogos a varejo, não poderão ter área superior a 12m2 e só poderão funcionar no período autorizado. 5.6.2 O local deverá ter prévia aquiescência da prefeitura municipal. 5.6.3 As barracas devem possuir extintores de acordo com a área a proteger.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 015/2008

SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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NORMA TÉCNICA N° 015/2008

SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece as condições a serem atendidas pelas edificações e áreas de risco em que seja necessária a instalação do sistema de chuveiros automáticos, de acordo com o previsto na Norma Técnica n.o 001/2008. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se a todas as edificações e áreas de risco onde for exigida a instalação do sistema de chuveiros automáticos. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 O sistema de proteção por chuveiros automáticos será elaborado de acordo com critérios estabelecidos na NBR 10.897 e na NBR 13.792, desde que não contrarie as adequações constantes desta Norma Técnica. 4.2 A classificação do risco, área de operação, tabelas e demais parâmetros técnicos deverão seguir os critérios contidos nas normas brasileiras citadas. 4.3 Para fins de apresentação do projeto junto à Coordenadoria de Atividades Técnicas, além do atendimento dos critérios definidos nas normas técnicas específicas, deverá ser apresentado o esquema isométrico da área de operação e caminhamento da tubulação até o abastecimento de água.

4.4 Nas edificações onde houver exigência da instalação do sistema de chuveiros automáticos, deve-se atender a todas as áreas comuns da edificação. 4.4.1 Nas edificações existentes, onde não exista exigência do sistema de chuveiros automáticos ou quando este for proposto como solução técnica alternativa, pode ser utilizada a instalação parcial, atendendo às demais exigências previstas nas normas técnicas oficiais. 4.5 A critério do projetista, a instalação de chuveiros automáticos em casa de máquinas, subestações, casa de bombas de incêndio, sala de gerador e similares, onde haja exclusivamente equipamentos elétricos energizados, pode ser substituída pela instalação de detectores, ligados ao sistema de alarme do prédio ou ao alarme do sistema de chuveiros automáticos. 4.6 A substituição do item acima fica limitada a compartimentos com área máxima de 200m². 4.7 Nos casos de edificações com ocupação mista, a reserva de incêndio deve ser calculada em função da vazão de risco mais grave e do tempo de funcionamento do risco predominante. 4.8 O dimensionamento do sistema pode ser feito por tabelas, tabelas e cálculo hidráulico ou cálculo total, de acordo com a norma adotada. 4.9 Nos casos em que hidrantes são instalados em conjunto com o sistema de chuveiros automáticos, devem ser garantidas as vazões e pressões mínimas exigidas, sendo somadas as reservas efetivas de água para o combate a incêndios, e que atendam aos requisitos técnicos previstos nas normas técnicas específicas. 4.9.1 As tubulações para hidrantes devem ser conectadas às tubulações principais de forma que estejam em condições de operar quando o sistema de chuveiros automáticos estiver em manutenção. 4.10 Quando não houver necessidade da instalação de mais do que uma válvula de governo e sendo a reserva efetiva, situada acima do pavimento mais elevado, a instalação desta válvula de governo pode ser dispensada, substituindo-se por válvula de retenção instalada na expedição da bomba e chave de fluxo para acionamento do alarme, de modo que atenda às funções da válvula de governo e alarme.

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4.11 O gongo hidráulico, normalmente presente nas válvulas de governo e alarme, pode ser substituído pelo alarme elétrico, interligando a mesma ao sistema de alarme principal da edificação, de forma a avisar quando passar água no sistema a partir do funcionamento de um único chuveiro. 4.12. O circuito do alarme de que trata o item anterior deverá ser supervisionado. 4.13 O registro de recalque para chuveiros automáticos deve conter sinalização e indicação claras, de forma a ser diferenciado do recalque do sistema de hidrantes. 4.14 Não são aceitas placas de orifício para balanceamento do sistema de chuveiros automáticos. 4.15 Quando for necessária a redução de pressão, em sistemas conjugados ou não, deverão ser utilizadas válvulas redutoras de pressão, aprovadas para o uso em instalações de proteção contra incêndios. 4.16 A tabela 1 apresenta as condições mínimas de funcionamento do sistema de chuveiros automáticos para cada classe de risco de ocupação.

Tabela 1 – Condições mínimas de funcionamento do sistema de chuveiros automáticos

Classificação dos riscos

Requisitos de abastecimento de água para sistema de chuveiros automáticos elaborados

por tabela ou cálculo hidráulico

Pressões e vazões mínimas na válvula de alarme e/ou

chave detectora de fluxo de água

Tempo mínimo de

operação para determinar a capacidade efetiva (min)

Pressões (kPa)

Vazões (L/min)

Risco leve 110 600 30

Risco ordinário (grupo I)

110 900 60

Risco ordinário (grupo II) 110 1.300 60

Risco ordinário (grupo III)

250 2.250 60

Risco extraordinário 350 3.000 90

Notas: 1) Nas pressões acima, é adicionada a pressão estática entre a válvula-alarme e/ou chave detectora de fluxo d´água e o chuveiro mais elevado. 2) Nas vazões acima, não estão incluídas vazões do sistema de hidrantes. 3) Nos sistemas de chuveiros dimensionados por cálculo hidráulico total, as pressões acima são substituídas pelas pressões resultantes do cálculo.

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ANEXO A

PASSOS BÁSICOS PARA CÁLCULOS HIDRÁULICOS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

A.1 A técnica de projeto hidráulico pode ser resumida em 15 passos básicos. Esses passos podem ser usados como um guia para o projeto do sistema ou como um “check list” para a análise do projeto. A.2 Os 15 passos são os seguintes: Passo 1: Identificar a ocupação ou o risco a ser protegido. Passo 2: Determinar o tamanho da área de aplicação dos chuveiros automáticos. Passo 3: Determinar a densidade de projeto exigida. Passo 4: Estabelecer o número de chuveiros contidos na área de cálculo. Passo 5: Determinar o formato da área de cálculo. Passo 6: Calcular a vazão mínima exigida para o primeiro chuveiro. Passo 7: Calcular a pressão mínima exigida para o primeiro chuveiro. Passo 8: Calcular a perda de carga entre o primeiro e o segundo chuveiro. Passo 9: Calcular a vazão do segundo chuveiro. Passo 10: Repetir os passos 9 e 10 para os chuveiros seguintes até que todos os chuveiros do ramal estejam calculados. Passo 11: Se a área de cálculo se estender até o outro lado do subgeral, os passos 6 até 10 são repetidos para o lado oposto. Os ramais que cruzam deverão ser balanceados com a mais alta pressão de demanda. Passo 12: Calcular o fator K para a primeira subida, com fatores adicionais calculados para as linhas desiguais. Passo 13: Repetir os passos 8 e 9 para as subidas (ao invés de chuveiros) até que todas as subidas da área de cálculo tenham sido calculadas. Passo 14: Computar a perda de carga no ponto de abastecimento com as compensações devido a desníveis geométricos, válvulas e acessórios e diferença de materiais da tubulação enterrada.

Passo 15: Comparar a vazão calculada com o suprimento de água disponível.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 016/2008

COBERTAS COMBUSTÍVEIS

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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NORMA TÉCNICA N° 016/2008 COBERTAS COMBUSTÍVEIS

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece as condições mínimas de segurança para edificações que tenham suas coberturas construídas com fibras de sapé, piaçava e similares. 2 APLICAÇÃO 2.1 A presente Norma Técnica aplica-se às edificações que tenham cobertas construídas com fibras de sapé, piaçava e similares. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Instalações elétricas 4.1.1 As instalações elétricas devem ser projetadas e executadas segundo normas técnicas oficiais. 4.1.2 A fiação e os componentes da instalação elétrica devem ser corretamente dimensionados para evitar superaquecimentos e curto-circuitos que possam inflamar as fibras vegetais. 4.1.3 A fiação que não estiver embutida em alvenaria ou concreto deve estar totalmente protegida por eletrodutos metálicos. 4.2 Fontes de calor 4.2.1 As fontes de calor que podem inflamar as fibras combustíveis devem ser isoladas e mantidas à distância mínima de 5 m.

4.2.2 Fogões, fornos, churrasqueiras e similares devem estar no interior de compartimentos com piso, paredes e cobertura incombustíveis. 4.2.3 As saídas de chaminés, coifas e congêneres devem também estar à distância mínima de 2 m de qualquer parte da cobertura combustível e nunca acima de sua projeção, de forma a evitar que fagulhas ou gases quentes sejam conduzidos para a cobertura combustível. (Figura 1)

Figura 1 – Afastamentos de coifas e chaminés da

coberta combustível 4.2.4 Depósitos de combustíveis como gás liquefeito de petróleo (GLP) devem estar fora da projeção da cobertura e distante pelo menos a 3m do seu alinhamento (Figura 2), respeitando também os parâmetros da norma técnica específica.

Figura 2 – Afastamentos da coberta combustível

de central de gás liquefeito de petróleo 4.3 Afastamentos 4.3.1 As edificações de cobertura de sapé devem ter isolamento de risco conforme norma técnica específica. 4.3.2 Manter distância mínima de 100 m de depósitos ou de postos de abastecimento de combustíveis, gases inflamáveis (como o gás

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liquefeito de petróleo) e fábricas ou revendas de explosivos ou fogos de artifício. 4.4 Saídas 4.4.1 As saídas devem ser mantidas livres e desimpedidas, de acesso facilitado, de forma que os ocupantes não tenham dificuldade em abandonar a edificação em caso de sinistro. 4.4.2 As portas de saída não devem estar alinhadas em uma única parede; e, preferencialmente, em lados opostos. 4.4.3 A largura das saídas, corredores, escadas ou rampas será calculada tomando como base 0,01 m por pessoa. 4.4.3.1 O valor mínimo da largura das saídas é 2m. 4.4.3.2 Para o cálculo do número de pessoas, adotar a área ocupada por pessoa como sendo 0,50 m2 (área construída). 4.4.4 No caso em que a população total, incluindo clientes e funcionários, for superior a 50 pessoas, será obrigatória a instalação de sistema de iluminação de emergência, projetado e executado segundo normas técnicas oficiais, bem como barras anti-pânico nas saídas de emergência. 4.4.5 A distância máxima a ser percorrida para a saída da edificação nunca poderá ser superior a 15m. 4.4.6 Devem ser previstos acessos e saídas para deficientes físicos, segundo a NBR 9050/94. 4.5 Pessoal treinado 4.5.1 Todos os funcionários, independentemente da área construída, devem possuir treinamento teórico e prático de técnicas de prevenção e combate a incêndios, conforme norma técnica de específica. 4.5.2 Todos os funcionários treinados deverão compor a brigada contra incêndio da edificação. 4.6 Medidas de segurança contra incêndios 4.6.1 Para as edificações com área construída total, independentemente da área de cobertura,

até 200 m2, serão exigidos projeto de segurança contra incêndio e pânico, extintores portáteis, sinalização e saídas. 4.6.2 Para as edificações com área construída superior a 200 m2, independentemente da área de cobertura combustível, serão exigidos os seguintes sistemas: a) projeto de segurança contra incêndio e pânico; b) extintores portáteis e/ou sobre-rodas; c) sinalização; d) rotas de fuga e saídas de emergência; e) proteção passiva nas fibras vegetais, acima e abaixo da cobertura, para o tempo de resistência ao fogo de 60 minutos; 4.6.3 Edificações de área superior a 750 m2, além das medidas de segurança exigidas em 4.6.2, deverão ainda contar com sistema de hidrantes e alarme manual, sendo dispensados os extintores sobre-rodas. 4.6.4 O sistema de aspersão de água que visa manter as fibras permanentemente úmidas ou destinadas ao próprio combate das chamas, sem prejuízo das demais medidas constantes desta norma, deve ser projetado para edificações com área de coberta superior a 200m2. 4.6.4.1 Quando a área da coberta for superior a 750m2 o sistema de aspersão deve possuir temporizador com intervalos máximos de uma hora de acionamento. 4.7 Disposições gerais 4.7.1 As edificações enquadradas nesta norma devem possuir, no máximo, dois pavimentos (térreo e primeiro andar). 4.7.1.2 Não são permitidos subsolos. 4.7.2 Chapas metálicas, abaixo da cobertura combustível, podem ser empregadas sem prejuízo às demais medidas de proteção contra incêndio acima definidas. 4.7.3 Edificações de área superior a 900 m2 devem ser submetidas à análise prévia da Câmara Técnica do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará para a utilização das cobertas previstas nesta norma.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 001/2008

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2010

(Incluidas alterações da Portaria GAB CMD 020/2010, de 10/02/2010) 

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NORMA TÉCNICA N° 001/2008

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos e Tabelas

1 OBJETIVO 1.1 Estabelecer os critérios para tramitação de documentos referentes à segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco no Estado do Ceará. 2 APLICAÇÃO 2.1 A presente Norma Técnica aplica-se aos processos de segurança contra incêndio e pânico adotados no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE). 2.2 Quando houver legislação municipal (Código de Obras) que exija medidas de segurança contra incêndio e pânico mais restritivas nas edificações que as preconizadas nesta Norma Técnica, deve ser adotada aquela legislação. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Forma de apresentação 4.1.1 As medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco devem ser apresentadas ao CBMCE para análise por meio do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSIP). 4.2 Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico 4.2.1 Critérios para apresentação de PSIP

4.2.1.1 O Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSIP) deve ser utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco com área total construída acima de 750m² e/ou mais de dois pavimentos.

4.2.1.2 O Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico Simplificado (PSIPS) deve ser utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco com área total construída de até 750m² e/ou até dois pavimentos.

4.2.1.3 Toda e qualquer edificação, independente da área total construída, destinada a reunião de público, unidade de combustível, venda e depósito de explosivos, portos, casas de fogos, eventos temporários, indústrias, teatros, cinemas, hotéis e construções temporárias em locais de difícil evacuação devem apresentar as medidas de segurança contra incêndio e pânico por meio de Projeto, conforme disposição desta Norma Técnica.

4.2.1.4 O Projeto Contra Incêndio e Pânico Simplificado é utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco com área construída de até 750 m² e/ou até dois pavimentos, nas condições abaixo:

a) edificação e áreas de risco na qual não se exija proteção por sistema hidráulico de combate a incêndio;

b) posto de serviço e abastecimento cuja área construída não ultrapasse 750 m², excetuada a área de cobertura exclusiva para atendimento de bomba de combustível.

c) locais de revenda de gases inflamáveis cuja proteção não exija sistemas fixos de combate a incêndio, devendo ser observado os afastamentos e demais condições de segurança exigidos por legislação específica;

d) locais com presença de inflamáveis com tanques ou vasos aéreos cuja proteção não exija sistemas fixos de combate a incêndio, devendo ser observado os afastamentos e demais condições de segurança exigidos por legislação específica;

e) locais de reunião de público cuja lotação não ultrapasse 100 (cem) pessoas e não exija sistema fixo de combate a incêndio;

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f) não é permitida a apresentação de PSIPS onde a edificação e áreas de risco haja a necessidade de comprovação da situação de separação entre edificações e áreas de risco.

4.2.2.1 O PSIP e o PSIPS devem ser compostos pelos seguintes documentos:

-Para o PSIP

a) cartão de identificação (anexo A);

b) pasta do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico;

c) Memorial Descritivo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (anexo B);

d) anotação de responsabilidade técnica (ART) do responsável técnico pela elaboração do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico , que deve ser juntada na via que permanecerá na Coordenadoria de Atividades Técnicas (CAT), com via do comprovante de recolhimento do respectivo emolumento;

e) planta das medidas de segurança contra incêndio, devidamente etiquetadas;

f) comprovante de recolhimento do emolumento referente ao serviço de análise de projetos.

g) documentos complementares, quando necessário.

-Para o PSIPS

a) formulário de segurança contra incêndio para PSIPS (anexo H);

b) documentos complementares, quando necessário.

4.2.2.1.1 Cartão de identificação 4.2.2.1.1.1 Ficha elaborada em papel A4 ou equivalente que contém os dados básicos da edificação e áreas de risco, com finalidade de controle do PSIP junto a CAT, conforme anexo A desta Norma Técnica. 4.2.2.1.1.2 O cartão de identificação deve ser afixado na parte frontal da pasta do PSIP, em via única. 4.2.2.1.2 Pasta do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico 4.2.2.1.2.1 Pasta suspensa, sem divisórias, com grampo, que acondiciona todos os documentos do PSIP.

4.2.2.1.3 Memorial Descritivo de Segurança Contra Incêndio e Pânico 4.2.2.1.3.1 Memorial descritivo dos cálculos realizados para dimensionamento dos sistemas de segurança contra incêndio e pânico e descrição de seus elementos constituintes, tais como hidrantes, chuveiros automáticos, central de GLP, laje de segurança, aparelhos extintores, controle de fumaça, saídas de emergência, dentre outros. 4.2.2.1.3.2 No desenvolvimento dos cálculos hidráulicos para as medidas de segurança de resfriamento deve ser levado em conta o desempenho dos equipamentos, utilizando as referências de vazão, pressão e perda de carga, sendo necessária a apresentação de catálogos. 4.2.2.1.4 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) 4.2.2.1.4.1 Deve ser apresentada pelo responsável técnico que elaborou o PSIP. 4.2.2.1.4.2 Todos os campos devem ser preenchidos e no campo “descrição das atividades profissionais contratadas” deve estar especificado o serviço pelo qual o profissional se responsabiliza. 4.2.2.1.4.3 A assinatura do contratante (proprietário ou responsável pelo uso) é facultativa. 4.2.2.1.4.4 Comprovante de recolhimento da taxa. 4.2.2.1.4.5 Deve ser apresentada em duas vias, sendo uma original. 4.2.2.1.5 Comprovante de recolhimento do emolumento referente ao serviço de análise de projetos 4.2.2.1.5.1 Deve ser apresentado pelo responsável técnico que elabora o PSIP. 4.2.2.1.5.2 A área total construída deve ser a mesma declarada na ART. 4.2.2.1.5.3 Deve ser apresentada em duas vias, sendo uma original. 4.2.2.1.6 Planta das medidas de segurança contra incêndio 4.2.2.1.6.1 Representação gráfica da edificação e áreas de risco, contendo informações por meio de

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legenda padronizada pelo CBMCE, contendo a localização das medidas de segurança contra incêndio, bem como os riscos existentes na edificação e áreas de risco, conforme descrito no item 4.2.3. 4.2.2.1.7 Documentos complementares 4.2.2.1.7.1 Documentos solicitados pela Coordenadoria de Atividades Técnicas a fim de subsidiar a análise do PSIP da edificação e áreas de risco, quando as características da mesma assim os exigirem. 4.2.3 Apresentação da planta das medidas de segurança contra incêndio 4.2.3.1 Deve ser apresentada da seguinte forma: a) ser elaborada no formato A4 (210 mm x 297 mm), A3 (297 mm x 420 mm), A2 (420 mm x 594 mm) ou A1 (594 mm x 840 mm); b) as escalas adotadas devem ser as estabelecidas em normas oficiais; c) adotar escala que permita a visualização das medidas de segurança contra incêndio; d) quando a planta de uma área construída ou área de risco não couber integralmente em escala reduzida em condições de legibilidade na folha “A1”, esta pode ser fracionada, contudo deve adotar numeração que indique onde está localizada tal área na planta de situação; e) a planta de situação deve estar em escala; f ) adotar os símbolos gráficos da norma técnica específica; g) seguir a forma de apresentação gráfica conforme padrão adotado por normas oficiais; h) é facultativa a apresentação da planta de fachada, porém, os detalhes de proteção estrutural, compartimentação vertical e escadas devem ser apresentados em planta de corte; i) deve ser etiquetada; j) a numeração da etiqueta deve ser a mesma da ART apresentada; l) quando o PSIP apresentar dificuldade para visualização das medidas de segurança contra incêndio alocados em um espaço da planta, devido à grande quantidade de elementos gráficos, deve ser feita linha de chamada em círculo com linha pontilhada com alocação dos símbolos exigidos. 4.2.4 Conteúdo da planta das medidas de segurança contra incêndio 4.2.4.1 Devem constar de todas as plantas os seguintes detalhes genéricos: 1) símbolos gráficos, conforme norma técnica específica, da localização das medidas de

segurança contra incêndio e pânico na planta baixa; 2) legenda de todas as medidas de segurança contra incêndio utilizadas no PSIP; 3) áreas construídas e áreas de risco com suas características, tais como: a) tanques de combustível (substância e capacidade); b) casa de caldeiras ou vasos sob pressão; c) dutos e aberturas que possibilitem a propagação de calor; d) cabinas de pintura; e) locais de armazenamento de recipientes contendo gases inflamáveis (capacidade do recipiente e quantidade armazenada); f) áreas com risco de explosão; g) centrais prediais de gases inflamáveis; h) depósitos de metais pirofóricos; i) depósito de produtos perigosos; j) outros riscos que necessitem de segurança contra incêndio e pânico específica; 4) quadro de situação da edificação e áreas de risco, indicando os logradouros que delimitam a quadra; 5) cotas dos desníveis em uma planta baixa, quando houver; 6) medidas de proteção passiva contra incêndio nas plantas de corte, tais como: dutos de ventilação da escada, degraus, corrimão, patamares, piso antiderrapante, distância verga-peitoril, escadas, antecâmaras, detalhes de estruturas e outros quando houver a exigência específica destes detalhes construtivos; 7) localização e independência do sistema elétrico em relação a chave geral de energia da edificação e áreas de risco sempre que a medida de segurança contra incêndio tiver seu funcionamento baseado em motores elétricos; 8) miniatura da implantação com hachuramento da área sempre que houver planta fracionada em mais de uma folha, conforme planta chave; 9) Os detalhes genéricos constantes do PSIP devem ser apresentados na primeira folha ou, nos casos em que tais detalhes não caibam nesta, devem constar nas próximas folhas, tais como: a) legenda; b) esquema vertical de incêndio/GLP/SPDA; c) quadro de localização da edificação e áreas de risco; d) detalhes de corrimãos e guarda-corpos; e) detalhes de degraus; f) detalhes do SPDA, capturas, conectores, descidas e aterramento; g) detalhe da ventilação efetiva da escada de segurança; h) detalhe do registro de recalque; i) nota sobre o sistema de sinalização adotado; j) esquema de bomba de incêndio;

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l) especificação dos chuveiros automáticos; m) demais detalhes conforme sistemas específicos; n) outros. 4.2.4.2 Detalhes específicos que devem constar na planta de acordo com a medida de segurança projetada para a edificação e áreas de risco: 4.2.4.2.1 Acesso de viatura na edificação e áreas de risco: a) largura e altura do portão de entrada e da via de acesso; b) indicação do peso suportado pela pavimentação da via em quilograma-força (kgf); c) localização da placa de advertência de desobstrução da via de acesso para emergência; d) indicação da altura mínima livre, quando for o caso; e) indicar o retorno para as vias de acesso com mais de 45 m de comprimento; f ) largura e comprimento da faixa de estacionamento; h) nota indicando que a faixa de estacionamento deve ficar livre de postes, painéis, árvores ou outro tipo de obstrução; i) localização da placa de proibição na faixa de estacionamento das viaturas do CBMCE. 4.2.4.2.2 Separação entre edificações: a) indicar a distância de outras edificações; b) indicar a ocupação; c) indicar a carga de incêndio; d) indicar as aberturas nas fachadas; e) indicar a fachada da edificação considerada para o cálculo de isolamento de risco; f) parede corta-fogo de isolamento de risco; 4.2.4.2.3 Saídas de emergências: a) detalhes de degraus; b) detalhes de corrimãos; c) detalhes de guarda-corpos; d) largura das escadas; e) detalhe da ventilação efetiva da escada de segurança (quando houver); f ) largura das portas das saídas de emergência; g) indicar barra antipânico (quando houver); h) casa de máquinas do elevador de emergência (quando houver exigência); i) antecâmaras de segurança (quando houver exigência); j) indicar a lotação do ambiente quando se tratar de local de reunião de público, individualizando a lotação por ambiente.

4.2.4.2.4 Dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição: a) larguras das escadas, acessos e portas das saídas de emergência; b) barra antipânico onde houver; c) corrimãos em escadas e rampas, inclusive os corrimãos centrais; d) dimensões da base e espelho dos degraus; e) porcentagem de inclinação das rampas; f ) as lotações dos ambientes; g) delimitação física da área de público em pé; h) dimensões dos camarotes (quando houver); i) dimensões das cadeiras fixas (dobráveis ou não) e o espaçamento entre as mesmas; j) indicar o revestimento do piso; l) indicar os equipamentos de som; m) localização do grupo moto-gerador; n) localização dos blocos autônomos; o) indicar a sinalização de piso. 4.2.4.2.5 Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco: a) indicar a carga de incêndio específica para as ocupações não listadas na norma técnica específica. 4.2.4.2.6 Controle de fumaça: a) entrada de ar (aberturas, grelhas, venezianas e insuflação mecânica); b) exaustões naturais (entradas, aberturas, grelhas, venezianas, clarabóias e alçapões); c) exaustores mecânicos; d) dutos e peças especiais; e) registro corta-fogo e fumaça; f ) localização dos pontos de acionamento alternativo do sistema; g) localização dos detectores de incêndio; h) localização da central de alarme/detecção de incêndio; i) localização da casa de máquinas dos insufladores e exaustores; j) localização da fonte de alimentação, quadros e comandos. 4.2.4.2.7 Iluminação de emergência: a) os pontos de iluminação de emergência; b) quando o sistema de iluminação de emergência for alimentado por grupo moto-gerador que não abranja todas as luminárias da edificação e áreas de risco, devem ser indicadas as luminárias a serem acionadas em caso de emergência; c) o reservatório de combustível do grupo moto-gerador e sua capacidade, bem como as dimensões do dique de contenção; d) o posicionamento da central do sistema; e) fonte alternativa de energia do sistema;

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f) quando o sistema for abrangido por grupo moto-gerador, deve constar em PSIP a abrangência, autonomia e sistema de automatização; g) duto de entrada, duto de saída, parede corta-fogo e porta corta-fogo da sala do grupo moto-gerador quando o mesmo estiver localizado em área com risco de captação de fumaça ou gases quentes provenientes de um incêndio; h) detalhe ou nota em planta da proteção dos dutos quando passarem por área de risco. 4.2.4.2.8 Sistema de detecção e alarme de incêndio: a) localização pontual dos detectores; b) os acionadores manuais de alarme de incêndio; c) os sinalizadores sonoros e visuais; d) central do sistema; e) painel repetidor (quando houver); f ) fonte alternativa de energia do sistema. 4.2.4.2.9 Sistema de sinalização de emergência: a) Deve ser lançada uma nota referenciando o atendimento do sistema de sinalização de emergência de acordo com a norma técnica específica. 4.2.4.2.10 Sistema de proteção por aparelhos extintores de incêndio: a) indicar as unidades extintoras; b) quando forem usadas unidades extintoras com capacidades diferentes de um mesmo agente, deve ser indicada a capacidade ao lado de cada símbolo. 4.2.4.2.11 Sistema de hidrantes para combate a incêndio: a) indicar os hidrantes; b) indicar o dispositivo responsável pelo acionamento no barrilete, quando o sistema de acionamento for automatizado, bem como, a localização do acionador manual alternativo da bomba de incêndio em local de supervisão predial, e com permanência humana constante; c) indicar o registro de recalque, bem como o detalhe que mostre suas condições de instalação; d) indicar o reservatório de incêndio e sua capacidade; e) indicar a bomba de incêndio principal e jockey (quando houver) com indicação de vazão e altura manomêtrica; f) deve constar a perspectiva isométrica do hidrante mais desfavorável (sem escala e com cotas); g) deve constar o detalhe da sucção quando o reservatório for subterrâneo ou ao nível do solo.

4.2.4.2.12 Sistema de chuveiros automáticos: a) localização das bombas do sistema com indicação da vazão e altura manomêtrica; b) a área de aplicação dos chuveiros hachurada para os respectivos riscos; c) os tipos de chuveiros especificados; d ) localização do painel de alarme; e) locais onde foram substituídos os chuveiros por detectores de incêndio; f) deve constar o esquema somente da tubulação envolvida no cálculo; g) toda a tubulação abrangida pelo cálculo deve ter seu diâmetro e comprimento cotado no esquema; h) devem ser apresentadas todas as tubulações de distribuição com respectivos diâmetros; i) devem ser indicados os pontos de chuveiros automáticos em toda a edificação e áreas de risco; j) localização do registro de recalque; l) indicar o dispositivo responsável pelo acionamento do sistema no barrilete, bem como a localização do acionador manual alternativo da bomba em local de supervisão predial com permanência humana constante; m) indicar a capacidade e localização do reservatório de incêndio. 4.2.4.2.13 Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) a) localização da central de GLP; b) indicar a capacidade dos cilindros, bem como a capacidade total da central; c) afastamentos das divisas de terrenos, áreas edificadas no mesmo lote e locais de risco; d) local de estacionamento do veículo abastecedor, quando o abastecimento for a granel; e) sistema de proteção da central; f) localização do botijão e das aberturas previstas para ventilação (caso de área interna em unidade habitacional quando permitido por norma técnica) e forma de instalação. 4.2.4.2.14 Fogos de artifício: a) croqui das edificações limítrofes (ocupação identificada) num raio de 100 m; b) detalhe em planta das espessuras das paredes, lajes de cobertura, telhados, pisos, dentre outros. 4.2.4.2.15 Hidrante urbano: a) posicionamento dos hidrantes em planta de situação; b) o raio de ação do hidrante mais próximo, caso não haja possibilidade técnica de implantação.

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4.2.5 Apresentação do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico junto ao CBMCE 4.2.5.1 O PSIP deve ser apresentado na Seção de Atendimento ao Público da Coordenadoria de Atividades Técnicas em no mínimo duas vias e no máximo quatro. 4.2.5.2 O interessado deve comparecer a CAT com o comprovante de recolhimento, junto à instituição bancária autorizada, do emolumento referente ao serviço de análise. 4.2.5.3 O recolhimento do emolumento realizado através de compensação bancária que apresentar irregularidades de quitação deve ter seu processo de análise interrompido. 4.2.5.4 O processo de análise deve ser reiniciado quando a irregularidade for sanada. 4.2.6 Prazos para análise 4.2.6.1 A CAT tem o prazo máximo de quinze dias úteis para analisar o PSIP. 4.2.6.2 Cada período de re-análise do PSIP tem o mesmo prazo para ser concluído. 4.2.6.3 A Seção de Atendimento ao Público deverá fornecer um protocolo de acompanhamento da análise que contenha um número seqüencial de entrada. 4.2.6.4 Deve ser observada pelo Núcleo de Análise a ordem cronológica do número seqüencial de entrada do projeto. 4.2.6.5 A ordem do item anterior pode ser alterada para o atendimento das ocupações ou atividades temporárias ou interesse da administração pública, conforme cada caso. 4.2.7 Substituição ou atualização do PSIP 4.2.7.1 Substituição do PSIP: 4.2.7.1.1 A edificação e áreas de risco que se enquadrar em uma das condições abaixo relacionadas, deve ser realizada a reformulação de seu PSIP: a) ampliação de área construída que implique o redimensionamento dos elementos das saídas de emergência, tais como tipo e quantidade de escadas, acessos, portas, rampas, lotação e outros;

b) ampliação de área construída que implique o redimensionamento do sistema hidráulico de segurança contra incêndio existente, tais como: pressão, vazão, potência da bomba de incêndio e reserva de incêndio; c) ampliação de área que implique a adoção de nova medida de segurança contra incêndio (a medida não era prevista anteriormente); d) a mudança de ocupação da edificação e áreas de risco com ou sem agravamento de risco que implique a ampliação das medidas de segurança contra incêndio existentes e/ou exigência de nova medida de segurança contra incêndio; e) a mudança de leiaute da edificação e áreas de risco que implique a adoção de nova medida de segurança ou torne ineficaz a medida de segurança prevista no PSIP existente; f) o aumento da altura da edificação e áreas de risco que implique a adoção de nova medida de segurança contra incêndio e/ou redimensionamento do sistema hidráulico de segurança contra incêndio existente e/ou rotas de fuga; g) sempre que, em decorrência de várias ampliações ou diversas alterações, houver acúmulo de plantas que dificultem a compreensão e o manuseio do PSIP por parte da CAT, a decisão para substituição do PSIP cabe ao chefe do Núcleo de Análise. 4.2.7.1.2 A via original do Certificado de Aprovação do Projeto (CAPSIP) deve ser recolhido pela CAT e emitido novo documento relativo ao projeto reformulado. 4.2.7.2 Atualização do PSIP: 4.2.7.2.1 É a complementação de informações ou alterações técnicas relativas ao PSIP aprovado, por meio de documentos encaminhados à CAT, via memorial descritivo, que ficam apensos ao PSIP. 4.2.7.2.2 São aceitas as modificações ou complementações desde que não se enquadrem nos casos previstos no item 4.2.7.1.1. 4.2.8 Disposições gerais para apresentação de PSIP 4.2.8.1 Cada medida de segurança contra incêndio deve ser dimensionada conforme o critério existente em norma técnica específica. 4.2.8.2 A medida de segurança contra incêndio não exigida ou dimensionada acima dos parâmetros normatizados deve ser orientada por escrito, pelo analista, ao proprietário ou

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responsável pelo uso, quanto a não obrigatoriedade daquela medida ou parte dela. 4.2.8.3 Devem ser adotados todos os modelos de documentos exemplificados nas normas técnicas para apresentação no PSIP, porém, é permitida a fotocópia e a reprodução por meios eletrônicos, dispensando símbolos e brasões neles contidos. 4.2.8.4 Todas as páginas dos documentos devem ser numeradas em ordem crescente, além de apresentarem a indicação da quantidade de páginas do documento ao lado da numeração. 4.2.8.5 Todas as páginas dos documentos onde não haja campo para assinatura devem ser rubricadas pelo responsável técnico e proprietário ou responsável pelo uso. 4.2.8.6 Quando for emitido laudo de irregularidades constatadas na análise do PSIP pela CAT, o interessado deve encaminhar resposta circunstanciada, item por item, por meio de carta resposta, esclarecendo as providências adotadas para que o PSIP possa ser re-analisado pelo Núcleo de Análises até a sua aprovação final. 4.2.8.7 O recolhimento do emolumento referente ao serviço de análise de projeto dá direito a realização de quantas re-análises forem necessárias dentro do período de um ano a contar da data de emissão do primeiro laudo de irregularidades. 4.2.8.8 A instalação das medidas de segurança contra incêndio e pânico somente deve ocorrer quando da emissão do Certificado de Aprovação do Projeto (CAPSIP). 4.2.8.9 Nos casos de extravio do protocolo de análise, o responsável técnico, proprietário ou responsável pelo uso deve encaminhar uma solicitação por escrito à CAT, esclarecendo o fato ocorrido, para consulta do processo. 4.2.9 Emissão do Certificado de Aprovação do Projeto do CBMCE 4.2.9.1 Após a realização da análise e aprovação do PSIP pelo analista, deve ser emitido pela CAT o respectivo Certificado de Aprovação do Projeto (CAPSIP). 4.2.9.2 A retirada do CAPSIP na Seção de Atendimento ao Público da CAT só é permitida com a apresentação do respectivo protocolo de análise.

4.2.9.3 Nos casos de extravio do protocolo de análise, o responsável técnico, proprietário ou responsável pelo uso deve encaminhar uma solicitação por escrito à CAT, esclarecendo o fato ocorrido, para consulta do processo. 4.2.9.4 O CAPSIP terá validade permanente, desde que não sofra nenhuma alteração que se enquadre no item 4.2.7.1.1. 4.2.9.5 Nos casos de extravio da primeira via do CAPSIP, deve o proprietário ou responsável pelo uso encaminhar uma solicitação por escrito à CAT, esclarecendo o fato ocorrido, onde o Núcleo de Análise deve emitir a fotocópia com autenticação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 4.2.9.6 A via original do CAPSIP deve ser devolvida ao Núcleo de Análise quando houver a necessidade de re-emissão do documento por mudança de dados apresentados erroneamente pelo interessado. 4.3 Procedimentos de vistoria 4.3.1 Solicitação de vistoria 4.3.1.1 A vistoria da CAT na edificação e áreas de risco é realizada mediante solicitação do proprietário, responsável pelo uso ou responsável técnico com a apresentação dos documentos constantes do item 4.3.5. 4.3.1.2 Qualquer pessoa munida dos documentos pré-estabelecidos pode protocolar a solicitação de vistoria da edificação e áreas de risco. 4.3.1.3 O interessado protocola o pedido de vistoria na Seção de Atendimento ao Público da CAT indicando o número do último PSIP aprovado. 4.3.1.4 Caso o interessado não saiba informar o número do PSIP, a CAT deve realizar a pesquisa pelo endereço. 4.3.1.5 É facultativa a assinatura da ART pelo contratante (proprietário ou responsável pelo uso) e obrigatória pelo responsável técnico. 4.3.1.6 Podem ser apresentadas cópias dos documentos especificados nos itens 4.3.5. 4.3.1.7 Deve ser recolhido o emolumento junto à instituição bancária autorizada de acordo com a área total construída do local a ser vistoriado.

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4.3.1.8 O pagamento do emolumento realizado através de compensação bancária que apresentar irregularidades de quitação deve ter seu processo de vistoria interrompido. 4.3.1.9 O processo de vistoria deve ser reiniciado quando a irregularidade for sanada. 4.3.1.10 Não é permitida vistoria para áreas parcialmente construídas. 4.3.1.11 Quando um PSIP englobar várias edificações que atendam aos critérios de risco isolado e que possuam medidas de segurança contra incêndio instaladas e independentes, e que não haja vínculo funcional ou produtivo, deve ser permitida a vistoria para áreas parciais desde que haja condição, de acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros e às respectivas guarnições, tais como condomínio de edifícios residenciais, condomínio de edifícios comerciais, condomínio de edifícios de escritórios, condomínio de edifícios industriais e condomínios de depósitos. 4.3.1.12 Após o recolhimento do respectivo emolumento, a CAT deve fornecer um protocolo de acompanhamento da vistoria que contenha um número seqüencial de entrada. 4.3.1.13 Deve ser observada pelo Núcleo de Vistorias a ordem cronológica do número seqüencial de entrada para a realização da vistoria. 4.3.1.14 Devido à peculiaridade do tipo de instalação ou ocupação, o Núcleo de Vistorias deve declinar do princípio da cronologia e realizar a vistoria para instalações e ocupações temporárias no menor prazo possível. 4.3.1.15 Para solicitação de vistorias, referentes ao PSIP para instalações e ocupações temporárias, o interessado deve solicitar a vistoria com antecedência mínima de dez dias antes da realização do evento. 4.3.2 Durante a vistoria 4.3.2.1 O responsável pela edificação e áreas de risco a ser vistoriada deve prover-se de pessoa habilitada com conhecimento do funcionamento das medidas de segurança contra incêndio para que possa manuseá-los quando da realização da vistoria.

4.3.2.2 Se durante a realização de vistoria for constatada uma ou mais das alterações constantes do item 4.2.7.1.1, tal fato deve implicar a apresentação de novo PSIP. 4.3.2.3 Se durante a realização de vistoria for constatada uma ou mais das alterações constantes do item 4.2.7.2, tal fato deve implicar a atualização do PSIP. 4.3.2.4 Nos casos de PSIP regido por legislação anterior, quando constatado em vistoria a existência de medidas de segurança contra incêndio instaladas na edificação e áreas de risco que não estejam previstas no PSIP original e que sejam possíveis de instalar no local, que atendam às exigências de segurança contra incêndio vigentes, deve ser emitido o Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico mediante a apresentação de termo de compromisso do proprietário, conforme Anexo C, para apresentação de novo PSIP atualizado de acordo com norma técnica específica. 4.3.2.5 No caso do item anterior, quando constatado em vistoria que as medidas de segurança contra incêndio instaladas conforme o PSIP não atendem as exigências de segurança contra incêndio vigentes à época, deve ser emitido o relatório de vistoria ao interessado comunicando as irregularidades. Neste caso não será emitido o Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico até o atendimento dos itens pendentes. 4.3.2.6 O PSIP aprovado anteriormente e que foi substituído por iniciativa do interessado somente para regularizar em planta as medidas de segurança contra incêndio que não constavam do projeto anterior, deve ser substituído. 4.3.2.7 No caso do item anterior, deve ser emitido novo Certificado de Aprovação do Projeto (CAPSIP). 4.3.2.8 Quando constatado em vistoria alguma irregularidade passível de substituição, o vistoriante deve encaminhar o PSIP ao Núcleo de Análise e notificar o responsável para que apresente novo PSIP na CAT. 4.3.2.9 A irregularidade ou a aprovação da vistoria deve ser anotada no relatório de vistoria, que deve ser deixado pelo vistoriante na edificação e áreas de risco com o acompanhante. 4.3.2.10 Quando ocorrer a necessidade do primeiro retorno da vistoria na edificação e áreas

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de risco devido às irregularidades constatadas em vistoria anterior, o interessado deve apresentar o último relatório de vistoria (original ou cópia) emitido pelo vistoriante. 4.3.2.11 Caso a solicitação do retorno de vistoria seja realizada diretamente na CAT, com a apresentação do relatório de irregularidades da vistoria (original ou cópia) ou o protocolo de vistoria, estes devem ser carimbados pelo Núcleo de Vistorias, comprovando a solicitação de nova vistoria. 4.3.2.12 O responsável apresentará suas argumentações por meio do formulário próprio, devidamente fundamentadas nas referências normativas, quando houver discordância do relatório emitido pelo vistoriante ou havendo necessidade de regularização de alguma pendência. 4.3.2.13 As medidas de segurança contra incêndio e pânico instaladas na edificação e áreas de risco e não previstas no PSIP não serão aceitas como medidas adicionais de segurança. 4.3.2.14 Em local de reunião de público, o responsável pelo uso e/ou proprietário deve manter, na entrada da edificação e áreas de risco, uma placa indicativa contendo a lotação máxima permitida. 4.3.3 Emissão do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico do CBMCE 4.3.3.1 Após a realização da vistoria na edificação e áreas de risco e aprovação pelo vistoriante, deve ser emitido pela CAT o respectivo Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico (CESIP). 4.3.3.2 A retirada do CESIP na Seção de Atendimento ao Público da CAT só é permitida com a apresentação do respectivo protocolo de vistoria. 4.3.3.3 Nos casos de extravio do protocolo de vistoria, o responsável técnico, proprietário ou responsável pelo uso deve encaminhar uma solicitação por escrito à CAT, esclarecendo o fato ocorrido, para consulta do processo. 4.3.3.4 Nos casos de extravio da primeira via do CESIP, desde que o prazo de validade não tenha expirado, deve o proprietário ou responsável pelo uso encaminhar uma solicitação por escrito à CAT, esclarecendo o fato ocorrido, onde o Núcleo

de Vistorias deve emitir a fotocópia com autenticação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 4.3.3.5 A via original do CESIP deve ser devolvida ao Núcleo de Vistorias quando houver a necessidade de nova emissão do documento por mudança de dados apresentados erroneamente pelo interessado. 4.3.3.6 O CESIP somente pode ser emitido para edificação e áreas de risco que tenha todas as medidas de segurança contra incêndio instaladas e em funcionamento, de acordo com o PSIP aprovado. 4.3.3.7 Após a emissão do CESIP para a edificação e áreas de risco, o responsável pelo uso e/ou proprietário deve manter o original ou cópia na entrada da edificação e áreas de risco em local visível ao público. 4.3.4 Cassação do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico do CBMCE 4.3.4.1 Quando constatado pela CAT que ocorreram alterações prejudiciais nas medidas de segurança contra incêndio da edificação e áreas de risco que possua CESIP com prazo de validade em vigência, deve ser instaurado o procedimento administrativo pelo Coordenador da CAT, verificando a necessidade ou não da cassação do CESIP. 4.3.4.2 Para a avaliação da irregularidade constatada na instalação ou funcionamento da medida de segurança contra incêndio deve ser levado em consideração a possibilidade da reparação imediata e ininterrupta pelo proprietário ou responsável pelo uso, respeitando a complexidade da medida de segurança. 4.3.4.3 Verificado que o proprietário e/ou responsável pelo uso da edificação e áreas de risco não tomou as providências necessárias para a reparação da irregularidade, a CAT deve emitir ofício ao interessado informando a cassação do CESIP. 4.3.4.4 O proprietário ou responsável pelo uso poderá recorrer do ato de cassação por meio de recurso junto à CAT. 4.3.4.5 Constatadas as alterações nas medidas de segurança contra incêndio e pânico, previstas no PSIP aprovado de acordo com a legislação pertinente, que venham a diminuir as condições de segurança da edificação e áreas de risco e

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que não foram sanadas no prazo estipulado pela CAT, deve ser providenciada a cassação do CESIP, publicando o ato no Diário Oficial do Estado. 4.3.4.6 A Prefeitura e o Ministério Público devem ser informados, por ofício, sobre o ato de cassação do CESIP, após a conclusão do procedimento. 4.3.5 Documentos necessários para a solicitação de vistoria de acordo com o risco e/ou medida de segurança existente na edificação e áreas de risco 4.3.5.1 Anotação de Responsabilidade Técnica: a) de instalação e/ou de manutenção das medidas de segurança contra incêndio (hidrantes, iluminação de emergência, alarme de incêndio, extintores, saídas de emergência, sinalização de emergência e compartimentação horizontal e vertical); b) de instalação e/ou de manutenção dos sistemas de utilização de gases inflamáveis; c) de instalação e/ou manutenção do grupo moto-gerador; d) de inspeção e/ou manutenção de vasos sob pressão; e) de instalação e/ou de manutenção dos sistemas de chuveiros automáticos; f) de instalação e/ou manutenção do sistema de detecção de incêndio; g) de instalação e/ou manutenção do sistema de controle de fumaça. 4.3.5.1.1 A Anotação de Responsabilidade Técnica deve ser emitida para os serviços específicos de instalação e/ou manutenção das medidas de segurança contra incêndio previstas na edificação e áreas de risco. 4.3.5.1.2 A Anotação de Responsabilidade Técnica de instalação é exigida quando da solicitação da primeira vistoria da edificação e áreas de risco. 4.3.5.1.3 A Anotação de Responsabilidade Técnica de manutenção é exigida quando da renovação do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros. 4.3.5.1.4 Pode ser emitida uma única ART, quando houver apenas um responsável técnico pelas medidas de segurança contra incêndio instaladas.

4.3.5.1.5 Podem ser emitidas várias ART desmembradas com as respectivas responsabilidades por medidas específicas, quando houver mais de um responsável técnico pelas medidas de segurança contra incêndio instaladas. 4.3.5.2 Atestado de brigada contra incêndio 4.3.5.2.1 Documento que atesta que os ocupantes da edificação receberam treinamentos teóricos e práticos de prevenção e combate a incêndio. 4.3.5.3 Plano de intervenção de incêndio (quando da renovação do CESIP) 4.3.5.3.1 Plano estabelecido em função dos riscos da edificação e áreas de risco para definir a melhor utilização dos recursos materiais e humanos em uma situação de emergência. 4.3.5.4 Termo de responsabilidade das saídas de emergência 4.3.5.4.1 Documento que atesta que as portas de saídas de emergência da edificação estão instaladas com sentido de abertura no fluxo da rota de fuga e permanecem abertas durante a realização do evento. 4.3.5.5. Atestado de abrangência do grupo moto-gerador 4.3.5.5.1 Documento que contém informações sobre a abrangência, autonomia e automatização. 4.3.5.6 Certificado de Aprovação do Projeto 4.3.5.6.1 Documento em via original ou autenticada. 4.3.5.7 Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 4.3.5.7.1 Documento em via original ou autenticada que contém informações da razão social, inscrição estadual ou municipal, dentre outras. 4.3.5.8 Comprovante de Recolhimento do Emolumento 4.3.5.8.1 Documento em via original ou via autenticada. 4.3.5.9 Notas Fiscais

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4.3.5.9.1 Conjunto de notas fiscais de compra de todos os equipamentos instalados, conforme projeto aprovado pelo Núcleo de Análise, constando o endereço da edificação. 4.3.6 Modelos 4.3.6.1 Atestado de brigada contra incêndio (anexo D). 4.3.6.2 Termo de responsabilidade das saídas de emergência (Anexo E). 4.3.6.3 Atestado de abrangência do grupo moto-gerador (Anexo F). 4.3.7 Prazo de validade do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico 4.3.7.1 O CESIP terá prazo de validade de 1 (um) ano. 4.3.7.2 Para PSIP de instalação e ocupação temporária, o prazo de validade do CESIP deve ser para o período da realização do evento e só deve ser válido para o endereço onde foi efetuada a vistoria. 4.3.7.3 Quando houver a necessidade de cancelar o CESIP emitido para retificação de dados, o prazo de validade do novo CESIP deve se restringir ao mesmo período de validade emitido no CESIP cancelado, mediante devolução da via original do documento. 4.3.8 Disposições gerais da vistoria 4.3.8.1 Para renovação do CESIP, o responsável deve solicitar nova vistoria a Coordenadoria de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 4.3.8.2 As alterações de dados referentes ao PSIP, que não impliquem a substituição, devem ser encaminhadas por meio de formulário próprio juntamente com cópias de documentos autenticadas que comprovem o teor da solicitação. 4.3.8.3 O interessado deve comparecer na Seção de Atendimento ao Público da CAT com o comprovante de recolhimento do emolumento referente ao serviço de vistoria. 4.3.8.4 O pagamento do emolumento de vistoria dá direito a realização de uma vistoria e de um retorno de vistoria, caso sejam constatadas irregularidades pelo vistoriante.

4.3.8.5 O prazo máximo para realização de vistoria pelo Núcleo de Vistorias é de trinta dias corridos. 4.3.8.6 O prazo máximo para solicitação de retorno de vistoria é de seis meses a contar da data de emissão do relatório de vistoria apontando as irregularidades. Após este prazo é exigido o recolhimento de novo emolumento. 4.3.8.7 As vistorias motivadas pela CAT são isentas de emolumentos. 4.3.8.8 Ficam dispensados do pagamento de emolumento: a) órgão da administração pública direta (municipal, estadual e federal); b) entidade filantrópica declarada oficialmente como de utilidade pública (asilo, creche, entre outros); c) outros que as legislações determinarem. 4.3.8.9 As entidades citadas no item 4.3.8.8 ficam dispensadas de pagamento de emolumento, devendo encaminhar o pedido por escrito à CAT solicitando tal dispensa. 4.3.8.10 Na vistoria, compete ao CBMCE a verificação das medidas de segurança contra incêndio previamente aprovadas, bem como seu funcionamento, não se responsabilizando pela instalação, manutenção ou utilização indevida. 4.3.8.11 O proprietário e/ou responsável pelo uso da edificação e áreas de risco é responsável pela manutenção e funcionamento das medidas de segurança contra incêndio sob pena de cassação do CESIP, sem prejuízo de outras sanções. 4.3.9 Solicitação de vistoria por autoridade pública 4.3.9.1 A solicitação de vistoria pode ser encaminhada ao CBMCE por autoridade da administração pública, via ofício, desde que tenha competência legal para tal. 4.3.9.2 A solicitação de vistoria deve ser feita via ofício com timbre do órgão público, contendo endereço da edificação e áreas de risco, endereço e telefone do órgão solicitante, motivação do pedido e identificação do funcionário público signatário. 4.3.9.3 A contar da data de entrada do ofício na CAT, o CBMCE deve responder nos prazos legais das requisições e as demais solicitações em trinta dias.

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4.4 Recursos 4.4.1 O proprietário, responsável técnico ou responsável pelo uso da edificação e áreas de risco poderá interpor recurso das decisões da CAT no prazo de trinta dias contados da data de conhecimento da decisão. 4.4.2 O recurso será dirigido ao Coordenador Atividades Técnicas. 4.4.3 Recebido o recurso, o Coordenador decidirá no prazo de trinta dias, contados da data de protocolo do recurso. 4.4.4 A decisão será publicada no Boletim do Comando Geral do CMBCE. 4.4.5 Caberá recurso, em última instância administrativa, a Câmara Técnica, no prazo de trinta dias, contados da data de publicação da decisão a que alude o item anterior. 4.4.6 A Câmara Técnica decidirá no prazo de dez dias, contados da data de protocolo. 4.4.7 A decisão será publicada no Boletim do Comando Geral do CBMCE. 4.4.8 Formulário próprio para atendimento 4.4.8.1 O Formulário próprio para atendimento deve ser utilizado nos seguintes casos: a) para solicitação de substituição e retificação do CESIP; b) para solicitação de retificação de dados do PSIP; c) para esclarecimento de dúvida quanto a procedimentos administrativos e técnicos; d) para solicitação de revisão de ato praticado pela CAT (relatórios de vistorias); e) para atualização de PSIP; f ) outras situações a critério da CAT. 4.4.8.2 O interessado quando do preenchimento do formulário deve propor questão específica sobre a aplicação da legislação, ficando vedado as perguntas genéricas que deixem a cargo da CAT quanto à busca da solução específica. 4.4.8.3 Durante a fase de análise do PSIP, quando da necessidade de responder ao Núcleo de Análise sobre qualquer irregularidade ou dúvida, a comunicação deve ser feita por carta resposta, anexada no interior do PSIP.

4.4.8.4 A solicitação do interessado pode ser feita conforme Anexo G ou modelo semelhante confeccionado com recursos da informática, datilografado ou manuscrito com letra de forma legível, em três vias, e pode ser acompanhado de documentos que elucidem a dúvida ou comprovem os argumentos apresentados. 4.4.8.5 Podem fazer uso do presente instrumento o proprietário, seu procurador ou o responsável técnico. 4.4.8.6 A contar da data do protocolo, a CAT deve responder no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, respeitando a ordem cronológica de entrada do pedido. 4.4.8.7 Em caso do formulário ser encaminhado para instância superior, o prazo para resposta fica prorrogado para trinta dias. 4.5 Cumprimento das medidas de segurança contra incêndio e pânico 4.5.1 Para fins de aplicação desta Norma Técnica, na mensuração da altura da edificação não serão considerados: a) os subsolos destinados exclusivamente a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias ou respectivas dependências sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana; b) pavimentos superiores destinados, exclusivamente, a áticos, casas de máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados; c) mezaninos cuja área não ultrapasse a 1/3 (um terço) da área do pavimento onde se situa; d) o pavimento superior da unidade “duplex” do último piso da edificação. 4.5.2 Para implementação das medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco que tiverem saída para mais de uma via pública, em níveis diferentes, prevalecerá a maior altura. 4.5.2.1 Para o dimensionamento das saídas de emergência, as alturas poderão ser tomadas de forma independente, em função de cada uma das saídas. 4.5.3 Em caso de uma única saída de emergência ao nível do logradouro, o cálculo de acessos (escadas) procederá de forma a considerar duas alturas distintas, uma acima e outra abaixo do nível de descarga, tendo por base sempre o piso do último pavimento habitável. 4.5.4 Para fins de aplicação desta Norma Técnica, no cálculo da área a ser protegida com

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as medidas de segurança contra incêndio, não serão computados: a) telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de utensílios, caixas d’água, tanques e outras instalações desde que não tenham área superior a 4 m2; b) platibandas; c) beirais de telhado até um metro de projeção; d) reservatórios de água; e) piscinas e assemelhados. 4.5.5 Para efeitos desta Norma Técnica, as edificações e áreas de risco serão classificadas da seguinte maneira: a) quanto à ocupação: de acordo com a Tabela 1 em anexo; b) quanto à altura: de acordo com a Tabela 2 em anexo; c) quanto à carga de incêndio: de acordo com a Tabela 3 em anexo. d) quanto aos requisitos mínimos de segurança: de acordo com as Tabela 4 e 5 em anexo. 4.5.5.1 Na implementação das medidas de segurança contra incêndio, as edificações e áreas de risco devem atender aos critérios contidos no item 4.5.5. 4.5.5.2 Consideram-se obrigatórias as exigências assinaladas com “X” nas tabelas anexas, devendo, ainda, serem observadas as ressalvas, em notas transcritas logo abaixo das tabelas. 4.5.5.3 Todas as medidas de segurança contra incêndio devem obedecer aos parâmetros estabelecidos nesta Norma Técnica, respeitando as exigências da Lei em vigor. 4.5.6 Além das exigências da presente Norma Técnica, as edificações e áreas de risco deverão atender a exigências da Norma Técnica específica, quando esta existir, para o sistema em questão. 4.5.6.1 Enquanto não for elaborada norma técnica específica, orientarão a elaboração do PSIP as NBR´s que tratarem das medidas de segurança contra incêndio e pânico requeridas para a edificação e áreas de risco. 4.5.7 O sistema de controle de fumaça será exigido: a) para edificações com altura superior a 60 (sessenta) metros, exceto para ocupações destinadas a residências, hotéis residenciais e “apart-hotéis”; b) para subsolos das edificações que possuírem ocupações distintas de estacionamento de veículos.

4.5.8 O Elevador de Emergência será exigido em todas as edificações com altura superior a 60 (sessenta) metros, exceto quando se tratar: a) das ocupações do Grupo A (residenciais), onde a exigência ocorrerá quando a altura for superior a 80 (oitenta) metros; b) das ocupações do Grupo H, divisão H-3 (hospitais e assemelhados), onde a exigência ocorrerá quando a altura for superior ou igual a 24 (vinte e quatro) metros. 4.5.9 A laje de Segurança será cobrada em todas as edificações com altura superior ou igual a 30 (trinta) metros, exceto quando se tratar: a) das edificações do Grupo A, subdivisão A-2, onde a exigência ocorrerá quando a altura for superior ou igual a 42 (quarenta e dois) metros. 4.5.10 O Hidrante urbano é dispositivo de uso exclusivo do Corpo de Bombeiros para abastecimento de viaturas em operações de extinção de incêndio, sendo, portanto, exigido nos seguintes casos: a) Edificações que possuam mais de trinta unidades de casas, apartamentos, leitos, celas, salas comerciais, salas de aulas e similares, dependendo da destinação da mesma, incluindo-se as vilas e condomínios residenciais, comerciais; b) Edificações industriais; c) Edificações acima de 3.000m2 de área construída, para municípios que possuam até 100.000 habitantes; d) Edificações acima de 4.500m2 de área construída, para municípios que possuam até 200.000 habitantes; e) Edificações acima de 6.000m2 de área construída, para municípios que possuam acima de 200.000 habitantes. 4.5.10.1 Poderá ser dispensada a instalação do hidrante urbano caso já exista uma outra unidade, pertencente a outra edificação, numa distância máxima de 600m da entrada principal da edificação que se deseja dispensá-lo. 4.5.10.2 Para efetivação do considerado no item anterior, na ocasião da obtenção do Certificado de Aprovação do Projeto (CAPSIP) deverá ser apresentado documentado comprobatório da existência (planta de locação e situação) e funcionamento do hidrante urbano, emitido pela companhia de água e esgoto, o quê deverá ser confirmado “in loco” para obtenção do Certificado de Conformidade.

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4.5.10.3 Todo o procedimento considerado nos itens anteriores é de inteira responsabilidade do interessado no processo, inclusive, a garantia de existência e funcionamento do hidrante urbano. 4.5.11 O Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas será exigido em todas as edificações com altura superior a 12m ou área superior a 750m2. 4.5.11.1 O aludido sistema poderá ser dispensado desde que haja comprovação por meio dos cálculos estabelecidos na NBR 5419. 4.5.11.2 Todos os depósitos de explosivos, independente da altura ou área, deverão ser protegidos por este sistema. 4.5.12 As edificações com as características abaixo descritas, serão analisadas particularmente por Comissão Técnica : a) comércio de explosivos (Grupo L) com área superior a 100m2 (cem metros quadrados); b) indústrias e depósitos de explosivos (Grupo L); c) ocupação do(s) subsolo(s) para outra finalidade que não seja a de estacionamento de veículos. 4.6 Disposições Finais 4.6.1 Fica instituída a Comissão Especial de Avaliação (CEA), a qual será presidida pelo Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará e composta por 2 (dois) representantes da própria Corporação, 2 (dois) representantes das administrações municipais, 2 (dois) representantes de entidades públicas ou privadas, ligadas às questões de segurança e incêndio, 2 (dois) representantes de universidades e outros representantes afins. 4.6.1.1 Caberá ao Comandante Geral do CBMCE a nomeação dos demais integrantes que compõem a CEA, a qual deverá reunir-se semestralmente em local apropriado, nas instalações do Comando Geral, podendo ser convocada extraordinariamente. 4.6.1.2 Competirá à Comissão a que alude o item anterior: a) avaliar as normas técnicas e os eventuais problemas ocorridos em sua aplicação; b) apresentar propostas de alteração das normas técnicas. 4.6.1.3 As propostas de alteração das normas técnicas deverão ser apreciadas pela Câmara Técnica e serão homologadas pelo Comandante do Geral do CBMCE, desde que sejam

consideradas convenientes e oportunas pela comissão e que atendam os objetivos da segurança contra incêndio e pânico no Estado do Ceará. 4.6.2 O exercício da função de bombeiro militar fiscal se divide em duas atividades operacionais complementares: a) a análise de projetos, exercida pelo analista de projetos; b) a vistoria técnica, exercida pelo vistoriante. 4.6.2.1 Á Coordenadoria de Atividades Técnicas incumbe o credenciamento de seus integrantes para o exercício da função de bombeiro militar fiscal por meio de cursos de habilitação e treinamentos. 4.6.2.2 O Coordenador da CAT indicará os oficiais e praças aptos ao exercício da função de bombeiro militar fiscal. 4.6.2.3 A nomeação de oficiais e praças para o exercício da função de bombeiro militar fiscal ocorrerá por ato do Comandante Geral. 4.6.3 As medidas de segurança contra incêndio e pânico devem ser projetadas e executadas por profissionais ou empresas credenciados junto à Coordenadoria de Atividades Técnicas. 4.6.4 Para a edificação ser considerada como existente é indispensável a apresentação de documentação comprobatória. 4.6.4.1 A apresentação do CAPSIP e do CESIP da edificação e áreas de risco é de responsabilidade do proprietário ou responsável pelo uso. 4.6.4.2 Nas edificações e áreas de risco já construídas é de inteira responsabilidade do proprietário ou do responsável pelo uso, a qualquer título: a) utilizar a edificação de acordo com o uso para o qual foi projetada; b) tomar as providências legais cabíveis para a adequação da edificação e áreas de risco às exigências desta norma, quando necessário. 4.6.5 Câmara Técnica 4.6.5.1 Os membros da Câmara Técnica serão nomeados por ato do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, sendo um total de 07(sete), devendo serem oficiais da ativa ou reserva, preferencialmente detentores de formação superior na área de engenharia.

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4.6.5.2 A Câmara Técnica é o instrumento administrativo em grau de recurso que funciona como instância superior de decisão de assunto relacionado ao serviço de segurança contra incêndio e pânico. 4.6.5.3 A Câmara Técnica é utilizável nas fases de análise, vistoria ou quando há necessidade de estudo de casos especiais como forma de garantir ao interessado a manutenção de exigências de futuro PSIP, a exemplo de: a) solicitação de isenção de medidas de segurança contra incêndio; b) utilização de normas internacionais; c) utilização de novos sistemas construtivos ou de novos conceitos de medidas de segurança contra incêndio;

d) casos em que o CAT não possua os instrumentos adequados para a avaliação em análise e/ou vistoria. 4.6.6 Além dos requisitos constantes desta Norma, quando se tratar de edificações ou de outra atividade diferenciada, o Corpo de Bombeiros militar do Estado do Ceará, poderá determinar outras medidas que, a seu critério, julgar convenientes à segurança contra incêndios, devendo a mesma ser analisada por Comissão Técnica, prevista neste regulamento.

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ANEXO A CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

 

CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO

Projeto de Segurança Contra Incêndio n.o _____/_____ Data de entrada na CAT: ____/____/____ Atendente: Rua: n.o Compl.: Bairro: Município: Proprietário ou responsável pelo uso: Fone: e-mail: Responsável técnico: CREA: Fone: e-mail:

Áreas Existente: m2 Construir: m2 Total: m2 Ocupação: Risco: _______ (_____ MJ/m2)  

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Nome: RG:

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EM

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Nome: RG:

Assinatura: Fone:

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RO

-V

AD

O

EM

____/____/____

Nome: RG:

Assinatura: Fone:

 

Aprovado em ____/____/____

________________________

Oficial Analista

________________________Chefe do Núcleo de Análise

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ANEXO B MEMORIAL DESCRITIVO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO DE CÁLCULO DO PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DA EDIFICAÇÂO E ÁREAS DE RISCO: Número da art do projeto: Classificação da edificação: Proprietário: Projetista: Classificação da atividade: Risco: Endereço: Área total construída*: Área total do terreno: Número de Pavimentos: Altura considerada: Altura total da edificação: Número de unidades por andar: Número de unidades comerciais: Número total de unidades: Descrição dos pavimentos: * Caso utilize separação de edificações, apresentar cálculos abaixo e descrever áreas individualizadas. DO ENQUADRAMENTO (indicar as medidas de segurança requeridas pela edificação e áreas de risco) DO ACESSO DE VIATURAS Largura da via interna: Altura da entrada principal: Especificar detalhes consideráveis e localização do acesso de viaturas. DA SEPARAÇÃO DE EDIFICAÇÕES Especificar detalhes consideráveis sobre separação, cálculos segundo norma técnica específica e apontar áreas de risco consideradas separadas. DA SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA Especificar detalhes consideráveis e localização da sinalização de emergência. DA ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

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Tipo de lâmpada: Potência (watt): Tensão de alimentação: Autonomia: Nível de iluminamento: Especificar detalhes consideráveis da iluminação de emergência. DOS SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME Localização da central: Especificar detalhes consideráveis dos sistemas de detecção e alarme. DOS APARELHOS EXTINTORES: Risco da edificação: A, B ou C Altura de instalação do extintor (metros):

DISTRIBUIÇÃO DOS APARELHOS EXTINTORES TIPO E CAPACIDADE EXTINTORA

LOCALIZAÇÃO CO2 PQS Pó ABC PAVIMENTOS * * *

RISCO ISOLADO * * * TOTAL * * *

* peso e capacidade extintora Especificar detalhes consideráveis sobre os aparelhos extintores e sinalização. DA SAÍDA DE EMERGÊNCIA Quanto a ocupação: Quanto à altura: Quanto as características construtivas: Área do maior pavimento (pavimento): Número de saídas: Tipo de escada: Especificar cálculo do dimensionamento das saídas de emergência; para locais de reunião de público especificar cálculo de público. Porta corta fogo: Dimensões: Janela da escada (caixilho fixo de vidro aramado): Janela de exaustão da antecâmara: Área dos dutos de ventilação: TRF dos elementos estruturais do duto: Altura do corrimão: especificar que deve ser de ambos os lados TRF dos elementos estruturais: Número de escadas: DO SISTEMA DE PROTEÇÃO POR HIDRANTES Tipo de material: Diâmetro da tubulação: especificar maior e menor trecho Localização do hidrante de recalque:

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Localização do hidrante urbano: DA CANALIZAÇÃO PREVENTIVA Tipo de material: Diâmetro da tubulação: especificar maior e menor trecho Localização do hidrante de recalque: Número total de caixas: Volumes da RTI (litros): especificar volume de HID + SPK Cálculo do consumo predial: Volume total da caixa: Dimensões da caixa: Altura do nível da RTI (metros): considerar volume de HID + SPK

DISTRIBUIÇÃO DAS CAIXAS DE INCÊNDIO: Especificar todos os pavimentos CAIXA DE INCÊNDIO/BLOCO MANGUEIRA 1½“

PAVIMENTOS TIPO QUANTIDADE QUANT POR CX COMPRIMENTO

TOTAL TIPO(1) - 70 X 45 X 17 cm TIPO(2) - 90 X 60 X 17 cm DO CÁLCULO DA BOMBA PARA HIDRANTES: Pressão mínima exigida: Pressão no requinte: Pressão máxima na canalização: Localização do hidrante de recalque: a) Cálculo da perda de carga

Sucção Expulsão Requinte Mangueira Perda de carga total

b) Cálculo da altura manométrica total c) Cálculo da bomba Especificação da bomba: Vazão (m3/h): Altura manométrica (m): DO HIDRANTE DE RECALQUE: Identificá-lo pelos lados interno e externo na cor vermelha e as letras “HID” no seu interior na cor branca. Obs.: Localizar o HR na entrada principal da edificação. DOS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (de acordo com as NBR 10.897):

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará        Página 21 de 55 

Tipo de material: Diâmetro da tubulação: especificar maior e menor trecho Localização do hidrante de recalque: Volumes da RTI (litros): especificar conforme norma Coloração da ampola Temperatura de acionamento Tipo: Letra de código = “h“ Tubulação: diâmetro variável em ferro galvanizado Afastamento vertical do spk ao teto: em laje lisa; em laje c/viga Afastamento vertical do spk ao forro:

DISTRIBUIÇÃO DOS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

LOCALIZAÇÃO QUANTIDADE

DIMENSIONAMENTO DOS SUB-RAMAIS E RAMAIS PARA RISCOS LEVE E ORDINÁRIO

NÚMERO DE SPRINKLERS DIÂMETRO DO TUBO 1 1” ou 3/4” 2 1” 3 1 ¼ “ 4 1 ¼ “ 5 1 ½ “ 10 2” 30 2 ½ “ 60 3”

até 100 4” DO CÁLCULO DA BOMBA PARA SPRINKLERS: Pressão mínima exigida: Pressão no bico: Pressão máxima na canalização: Localização do hidrante de recalque: a) Cálculo da perda de carga

Sucção Expulsão Perda de carga total

b) Cálculo da altura manométrica total c) Cálculo da bomba Especificação da bomba: Vazão (m3/h): Altura manométrica (m): DO HIDRANTE DE RECALQUE: Identificá-lo pelos lados interno e externo na cor amarela e as letras “SPK” no seu interior na cor preta.

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Obs.: Localizar o HR na entrada principal da edificação. DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Classificação: Nível de proteção: Classificação da estrutura: Tipo de estrutura: Área de exposição equivalente Cálculo da necessidade de SPDA: Segundo NBR 5419, quando desnecessário, comprovar com cálculo. DIMENSIONAMENTO DO SPDA: Tipo de captação: Largura da malha (gaiola): Raio de proteção (franklin): Altura do captor*: * Apresentar os cálculos de todas as hastes isoladas Espaçamento médio: Perímetro da coberta: Número de descidas: Material utilizado: Altura da proteção mecânica de PVC rígido: Tipo de aterramento: Material utilizado: Resistência do aterramento: DA CENTRAL DE GÁS: Tipo: Capacidade: Tubulação: TRF dos elementos estruturais: Distância a outra instalação: Especificar detalhes consideráveis da central de GLP e caso não faça utilização de GLP, inserir nota atestando o fato.

_______________________________________ Nome do projetista

Graduação CREA CE

ETIQUETA - ART

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ANEXO C TERMO DE COMPROMISSO DO PROPRIETÁRIO

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

TERMO DE COMPROMISSO DO PROPRIETÁRIO

Visando à concessão do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção

Contra Incêndio e Pânico (CESIP) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, a

edificação situada na __________________________________________________________,

n.o _________, bairro ______________________________________________ - município de

______________________________________/CE, que possui Projeto de Segurança Contra

Incêndio e Pânico (PSIP) aprovado nesse Corpo de Bombeiros Militar sob o n.o ____________,

ora desatualizado devido à não previsão em planta das medidas de segurança contra incêndio

e pânico exigidas na Tabela 4 da Norma Técnica n.o 001/2008.

Comprometo-me a substituir o atual PSIP acima descrito, nos moldes previstos

na Norma Técnica n.o 001/2008, prevendo as medidas de segurança contra incêndio e pânico

exigidas na mencionada Tabela 4 da norma em alusão.

_____________________________, ______ de ____________________ de _____

_______________________________

Nome

RG/CPF

Endereço

Proprietário/responsável pelo uso da edificação

Page 249: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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ANEXO D ATESTADO DE BRIGADA DE INCÊNDIO

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

ATESTADO DE BRIGADA DE INCÊNDIO

Atesto, para os devidos fins, que as pessoas abaixo relacionadas participaram

com bom aproveitamento do treinamento de “Brigada de Incêndio” ministrado na edificação

localizada ______________________________________________________, n.o _________,

bairro _____________________________________ - município de ___________________/CE

e estão aptas ao manuseio dos equipamentos de prevenção e combate a incêndio da

edificação:

NOME R.G. CPF

_____________________________, ______ de ____________________ de _____

_______________________________

Nome

RG/CPF

Registro CBMCE

Somente válido com a comprovação da capacitação técnica do signatário

(anexar cópia da credencial)

Page 250: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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ANEXO E TERMO DE RESPONSABILIDADE DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

TERMO DE RESPONSABILIDADE DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Visando à concessão do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção

Contra Incêndio e Pânico (CESIP) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará,

atestamos que as portas das saídas de emergência da edificação situada na

__________________________________________________________, n.o _________, bairro

________________________________ - município de ____________________________/CE,

que possui Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSIP) aprovado nesse Corpo de

Bombeiros Militar sob o n.o ____________, estão instaladas com sentido de abertura no fluxo

da rota de fuga e permanecem abertas durante a realização do evento.

Assumo toda a responsabilidade civil e criminal quanto à permanência das

portas abertas.

_____________________________, ______ de ____________________ de _____

_______________________________

Nome

RG/CPF

Endereço

Proprietário/responsável pelo uso da edificação

Page 251: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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ANEXO F TERMO DE ABRANGÊNCIA DO GRUPO MOTO-GERADOR

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

TERMO DE ABRANGÊNCIA DO GRUPO MOTO-GERADOR

Eu, ____________________________________________________________,

registrado no Crea sob o n.o ___________, Visando à concessão do Certificado de

Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico (CESIP) do Corpo de

Bombeiros Militar do Estado do Ceará, atesto que o grupo moto-gerador existente na edificação

situada na ______________________________________________________, n.o _________,

bairro __________________________________ - município de _____________________/CE,

encontra-se instalado de acordo com as exigências da NBR 10.898, tendo as seguintes

características:

Motor (marca e modelo):

Potência:

Tensão:

Tipo de acionamento:

Combustível:

Capacidade do tanque:

Autonomia:

Abrangência:

_____________________________, ______ de ____________________ de _____

_______________________________

Nome do responsável técnico

Número da ART

Page 252: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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Page 253: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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ANEXO G FORMULÁRIO PRÓPRIO PARA ATENDIMENTO

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

FORMULÁRIO PRÓPRIO PARA ATENDIMENTO

Data: ____/____/____ Atendente: N.o:

Solicitante: Fone: e-mail: Proprietário Responsável pelo uso Responsável técnico Procurador Finalidade da consulta:

INFORMAÇÕES SOBRE A EDIFICAÇÃO E ÁREAS DE RISCO

Endereço:

Área (m2): Altura (m): Ocupação:

PSIP n.o: Vistoria n.o

Page 254: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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ANEXO H

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

FORMULÁRIO DE SEGURANÇA PARA PROJETO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO SIMPLIFICADO

I. Identificação da Edificação e/ou Área de Risco       

Logradouro Público:     Nº   Complemento: 

Bairro:     Município:  UF: CE 

Proprietário:     E‐mail:  Fone: 

Responsável pelo Uso:     E‐mail:  Fone: 

Áreas(m2)  Existente:  A Construir:  Total: 

Detalhes  Altura(m):  nº de pav: ocupação do subsolo: 

Uso, divisão e descrição:     Risco(Mj/m2): 

2. Elementos Estruturais       

Estrutura portante(concreto, aço, madeira, outros):       

Estrutura de sustentação da cobertura(concreto, aço, madeira, outros):    

3. Forma da Apresentação  Protocolo (uso do Corpo de Bombeiros) 

           

Projeto Contra Incêndio e Pânico Simplificado       

           

4. Medidas de Segurança Contra Incêndio       

(   ) Controle de materiais de acabamento  (   ) Sinalização de Emergência 

(   ) Saídas de Emergência  (   ) Extintores    

(   ) Iluminação de Emergência       

5. Riscos Especiais          

(   ) Armazenamento de líquidos inflamáveis/combustíveis  (   ) Fogos de Artifício    

(   ) Gás Liquefeito de Petróleo  (   ) Vaso sob pressão(caldeira) 

(   ) Armazenamento de produtos perigosos  Outros(especificar)    

           

          

Ass: Proprietário ou Responsável pelo uso  Ass: Vistoriante do Corpo de Bombeiros 

VISTORIAS          

Protocolo nº  Data:  Atendente:    

Vistoriante:  Data:  Parecer:    

 

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TABELA 1 CLASSIFICAÇÕES E EXIGÊNCIAS EM EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO À

OCUPAÇÃO

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos

A Residencial

A-1 Habitação unifamiliar Casas térreas ou assobradadas (isoladas e não

isoladas).

A-2 Habitação multifamiliar Edifícios de apartamento em geral e condomínios

horizontais.

A-3 Habitação coletiva Pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros,

conventos, residências geriátricas.

B Serviço de

Hospedagem

B-1 Hotel e assemelhado Hotéis, motéis, pensões, hospedarias, pousadas, albergues, casas de cômodos e assemelhados.

B-2 Hotel residencial Hotéis e assemelhados com cozinha própria nos

apartamentos (incluem-se apart-hotéis, hotéis residenciais) e assemelhados.

C Comercial

C-1 Comércio com baixa carga de

incêndio Armarinhos de artigos de metal, louças, artigos

hospitalares e assemelhados.

C-2 Comércio com média e alta carga de

incêndio

Edifícios de lojas de departamentos, magazines, galerias comerciais, supermercados em geral,

mercados e assemelhados.

C-3 Shoppings centers Centro de compras em geral (shopping centers).

D Serviço

profissional

D-1 Local para prestação de serviço

profissional ou condução de negócios

Escritórios administrativos ou técnicos, instituições financeiras (que não estejam incluídas em D-2),

centros profissionais e assemelhados.

D-2 Agência bancária Agências bancárias e assemelhados.

D-3 Serviço de reparação (exceto os

classificados em G-4)

Lavanderias, assistência técnica, reparação e manutenção de aparelhos eletrodomésticos,

chaveiros, pintura de letreiros e outros.

D-4 Laboratório Laboratórios de análises clínicas sem internação,

laboratórios químicos, fotográficos e assemelhados.

E Educacional e cultura física

E-1 Escola em geral Escolas de ensino fundamental e médio, cursos

supletivos, pré-universitários, universitários e assemelhados.

E-2 Escola especial Escolas de artes e artesanato, escolas religiosas e

assemelhadas.

E-3 Espaço para cultura física

Locais de ensino e/ou práticas de artes marciais, ginástica (artística, dança, musculação e outros)

esportes coletivos (tênis, futebol e outros que não estejam incluídos em F-3), sauna, casas de

fisioterapia e assemelhados.

E-4 Centro de treinamento profissional Escolas profissionais em geral.

E-5 Pré-escola Creches, escolas maternais, jardins-de-infância.

E-6 Escola para portadores de

deficiências Escolas para excepcionais, deficientes visuais e

auditivos e assemelhados.

 

Page 256: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará        Página 31 de 55 

 

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos

F Local de Reunião

de Público

F-1 Local onde há objeto de valor

inestimável Museus, centro de documentos históricos,

bibliotecas e assemelhados.

F-2 Local religioso e velório Igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas, templos,

cemitérios, crematórios, necrotérios, salas de funerais e assemelhados.

F-3 Centro esportivo e de exibição e

Locais de Diversão

Estádios, ginásios e piscinas com arquibancadas, rodeios, vaquejadas, autódromos, sambódromos, arenas em geral, academias, pista de patinação,

bingos, bilhares, tiros ao alvo, boliches e assemelhados.

F-4 Estação e terminal de passageiro Estações rodoferroviárias e marítimas, portos,

metrô, aeroportos, heliponto, estações de transbordo em geral e assemelhados.

F-5 Arte cênica e auditório Teatros em geral, cinemas, auditórios de estúdios

de rádio e televisão, auditórios em geral e assemelhados.

F-6 Clube social e Diversão Boates, clubes sociais, salões de baile, restaurantes

dançantes, clubes e assemelhados.

F-7 Construção provisória Circos, parques de diversão e/ou exposição,

micaretas, e assemelhados.

F-8 Local para refeição Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios,

cantinas e assemelhados.

F-9 Recreação pública Jardim zoológico, parques recreativos e

assemelhados (Edificações permanentes).

F-10 Exposição de objetos e animais Salões e salas de exposição de objetos e animais, show-room, galerias de arte, aquários, planetários,

e assemelhados (Edificações permanentes).

G Serviço

automotivo e assemelhados

G-1 Garagem sem acesso de público e

sem abastecimento Garagens automáticas.

G-2 Garagem com acesso de público e

sem abastecimento

Garagens coletivas sem automação, em geral, sem abastecimento (exceto veículos de carga e

coletivos).

G-3 Local dotado de abastecimento de

combustível Postos de abastecimento e serviço, garagens

(exceto veículos de carga e coletivos).

G-4 Serviço de conservação, manutenção

e reparos

Oficinas de conserto de veículos, borracharia. Oficinas e garagens de veículos de carga e coletivos, máquinas agrícolas e rodoviárias, retificadoras de motores e assemelhados.

G-5 Hangares Abrigos para aeronaves com ou sem abastecimento

H Serviço de saúde

e institucional

H-1 Hospital veterinário e assemelhados Hospitais, clínicas e consultórios veterinários e

assemelhados (inclui-se alojamento com ou sem adestramento)

H-2 Local onde pessoas requerem

cuidados especiais por limitações físicas ou mentais

Asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, hospitais psiquiátricos, reformatórios, tratamento de

dependentes de drogas, álcool e assemelhados (Todos sem celas).

H-3 Hospital e assemelhado Hospitais, casa de saúde, prontos-socorros, clínicas

com internação e assemelhados (todos com internação).

H-4 Repartição pública, edificações das

forças armadas e policiais

Edificações do Executivo, Legislativo e Judiciário, tribunais, cartórios, quartéis, centrais de polícia,

delegacias, postos policiais e assemelhados.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará        Página 32 de 55 

H-5 Local onde a liberdade das pessoas

sofre restrições

Manicômio Judiciário, reformatórios, prisões em geral (casa de detenção, penitenciárias, presídios) e

instituições assemelhadas (todos com celas).

 

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos

H Serviço de saúde

e institucional H-6

Clínicas e consultórios médicos e odontológicos

Clínicas médicas, consultórios em geral, unidades de hemodiálise, ambulatórios, postos de

atendimento de urgência, postos de saúde e assemelhados (Todos sem internação).

I Indústria

I-1

Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados apresentam baixo potencial de incêndio. Locais

onde a carga de incêndio não chega a 300MJ/m2

Atividades que manipulam materiais com baixo risco de incêndio, tais como fábricas em geral, onde os processos não envolvem a utilização intensiva de materiais combustíveis (aço; aparelhos de rádio e som; armas; artigos de metal; gesso; esculturas de pedra; ferramentas; fotogravuras; jóias; relógios;

sabão; serralheria; suco de frutas; louças; metais; máquinas).

I-2

Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados apresentam médio potencial de incêndio. Locais com carga de incêndio entre 300 a

1.200MJ/m2

Atividades que manipulam materiais com médio risco de incêndio, tais como: artigos de vidro; automóveis, bebidas destiladas; instrumentos

musicais; móveis; alimentos marcenarias, fábricas de caixas e assemelhados.

I-3 Locais onde há alto risco de incêndio. Locais com carga de incêndio superior

a 1.200 MJ/m²

Fabricação de explosivos, atividades industriais que envolvam líquidos e gases inflamáveis, materiais oxidantes, destilarias, refinarias, ceras, espuma sintética, elevadores de grãos, tintas, borracha e

assemelhados.

J Depósito

J-1 Depósitos de material incombustível

Edificações sem processo industrial que armazenam tijolos, pedras, areias, cimentos, metais

e outros materiais incombustíveis. Todos sem embalagem.

J-2 Todo tipo de Depósito Depósitos com carga de incêndio até 300MJ/m2.

J-3 Todo tipo de Depósito Depósitos com carga de incêndio entre 300 a

1.200MJ/m2.

J-4 Todo tipo de Depósito Depósitos onde a carga de incêndio ultrapassa a

1.200MJ/m².

L Explosivos

L-1 Comércio Comércio em geral de fogos de artifício e

assemelhados.

L-2 Indústria Indústria de material explosivo.

L-3 Depósito Depósito de material explosivo.

M Especial

M-1 Túnel Túnel rodo ferroviário e marítimo, destinados a transporte de passageiros ou cargas diversas.

M-2 Tanques ou Parque de Tanques Edificação destinada a produção, manipulação,

armazenamento e distribuição de líquidos ou gases combustíveis e inflamáveis.

M-3 Central de comunicação e energia Central telefônica, centros de comunicação, centrais

de transmissão ou de distribuição de energia e assemelhados.

M-4 Propriedade em transformação Locais em construção ou demolição e

assemelhados.

M-5 Processamento de lixo Propriedade destinada ao processamento, reciclagem ou armazenamento de material

recusado/descartado.

Page 258: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará        Página 33 de 55 

M-6 Terra selvagem Floresta, reserva ecológica, parque florestal e

assemelhados.

M-7 Pátio de Containers Área aberta destinada a armazenamento de

containers.

TABELA 2

CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO À ALTURA

Tipo Denominação Altura

I edificação térrea um pavimento

II edificação de baixa altura H 6,00 m

III edificação medianamente baixa 6,00 m < H 12,00 m

IV edificação de média altura 12,00 m < H 24,00 m

V edificação medianamente alta 24,00 m < H 30,00 m

VI edificação alta H > 30,00 m

TABELA 3 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO À CARGA DE

INCÊNDIO

Risco Carga de Incêndio MJ/m²

Baixo até 300MJ/m²

Médio entre 300 e 1.200MJ/m²

Alto acima de 1.200MJ/m²

TABELA 4 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES COM ÁREA MENOR OU IGUAL A 750 M2 E/OU COM

MENOS DE DOIS PAVIMENTOS

Medidas de Segurança contra Incêndio

A, D, E e G

B C

F H

I e J

L

F2, F3, F4, F6, F7 e F8 F1 e F5 H1 e H4 H2 e H3 H5 L1

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X1 X² X1 X3 X1 X1 X1 X1 X1 X4

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X

Central de Gás X X X X X X X X X X

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará        Página 34 de 55 

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Somente para as edificações com mais de 01 (um) pavimento. 2 – Estão isentos os motéis que não possuam corredores internos de serviços. 3 - Para as edificações com lotação superior a 50 (cinqüenta) pessoas e/ou com mais de 01 (um) pavimento. 4 – Luminárias à prova de explosão. NOTAS GENÉRICAS: a – Para a divisão M, ver tabelas e Normas Técnicas específicas; b – A Divisão L1 (Explosivos) está limitada à edificação térrea até 100 m2 (observar Norma Técnica especifica); e c – As Divisões L2 e L3 somente poderão ser analisadas mediante Câmara Técnica. d – As edificações da divisão A1 ficam isentas da presente exigência.

 

TABELA 5A EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DO GRUPO A COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2

E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO A – RESIDENCIAIS

Divisão Condomínios Residenciais (A-1), A-2 e A-3

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X1 X1 X1 X1 X1 X1

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Alarme de Incêndio X3 X3 X3 X3 X3 X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Central de Gás X X X X X X

Chuveiros Automáticos X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas. 2 – Edificações com carga de incêndio alta. 3 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 30m. NOTAS GENÉRICAS: a – O pavimento superior da unidade duplex do último piso da edificação não será computado para a altura da edificação.

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TABELA 5B

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DO GRUPO B COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO B – SERVIÇOS DE HOSPEDAGEM

Divisão B-1 e B-2

Medidas de Segurança Contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X7 X7 X7 X7 X7 X7

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X3 X3 X X X X

Detecção de Incêndio X4,5 X4,5 X4,5 X4,5 X X4

Alarme de Incêndio X6 X6 X6 X6 X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Pode ser substituído por sistema de chuveiros automáticos; 2 – Pode ser substituído por sistema de controle de fumaça e chuveiros automáticos, exceto para as selagens dos shafts e dutos deinstalações; 3 – Estão isentos os motéis que não possuam corredores internos de serviço; 4 – Os detectores de incêndio devem ser instalados em todos os quartos; 5 – Quando a edificação possuir Carga Incêndio Alta; 6 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m; 7 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio e vias internaspara circulação e estabelecimento de viaturas.

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TABELA 5C

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DO GRUPO C COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO C – COMERCIAIS

Divisão C-1, C-2 e C-3

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X7 X7 X7 X7 X7 X7

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Detecção de Incêndio X5 X5 X5 X5 X5 X

Alarme de Incêndio X8 X8 X8 X8 X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

Central de Gás X X X X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 5 – Somente para as áreas de depósitos superiores a 750m²; 7 – Recomendado para as vias de acesso e faixa de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio comercial; e 8 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m.

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TABELA 5D

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DO GRUPO D COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO D – SERVIÇOS PROFISSIONAIS

Divisão D-1; D-2; D-3 e D-4

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X4 X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X X X X X

Plano de Intervenção de Incêndio X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Detecção de Incêndio X

Alarme de Incêndio X5 X5 X5 X5 X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X

Controle de Fumaça X4

NOTAS ESPECÍFICAS: 4 – Recomendado; e 5 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m.

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TABELA 5E

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DO GRUPO E COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO E – EDUCACIONAL E CULTURAL

Divisão E-1; E-2; E-3; E-4; E-5 e E-6

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X3 X3 X3 X3 X3 X3

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Alarme de Incêndio X4 X4 X4 X4 X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X

NOTAS ESPECÍFICAS: 3 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulaçãoe estabelecimento de viaturas; 4 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m; NOTAS GENÉRICAS: a – Edificações destinadas a escolas que possuam alojamentos ou dormitórios devem ser protegidas pelo sistema de detecção de fumaça nos quartos. b – Os locais destinados a laboratórios devem ter proteção em função dos produtos utilizados.

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TABELA 5F.1 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-1, F-2 E F-8 COM ÁREA SUPERIOR A

750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-1 e F-8 F-2

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H

12

12 < H

24

24 < H

30 H > 30 Térrea H 6

6 < H

12

12 < H

24

24 < H

30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Alarme de Incêndio X4 X4 X4 X4 X X X4 X4 X4 X4 X X

Detecção de Incêndio X5,6 X5,6 X X X X X5 X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 3 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas; 4 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m; 5 – Quando a Carga Incêndio for Alta; e 6 – Somente para edificações do Grupo F-1.

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TABELA 5F.2

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-3, F-4 E F-9 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-3 e F-9 F-4

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X

Alarme de Incêndio

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 2 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas.

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TABELA 5F.3

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-5 E F-6 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-5 F-6

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5 X5

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X3 X3 X3 X X X X3 X3 X3 X X X

Alarme de Incêndio X4,6 X4,6 X X X X X4,6 X4,6 X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrante X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 3 – Somente para os locais como depósitos, escritórios, cozinhas, pisos técnicos, casa de máquinas e assemelhados, e nos locais de reunião onde houver teto e/ou forro falso com revestimento combustível; 4 – Somente para locais com público acima de 1000 pessoas; 5 – Recomendado; e 6 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m.

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TABELA 5F.4

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-7 E F-10 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-7 F-10

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X X

Alarme de Incêndio X5 X5 X5 X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X

NOTAS ESPECÍFÍCAS: 3 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas; 5 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m. NOTAS GENÉRICAS: a – A Divisão F-7 com altura superior a 6 metros, será submetida à Comissão Técnica para definição das medidas de Segurança contraincêndio.

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TABELA 5G.1

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO G-1 E G-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO G – SERVIÇOS AUTOMOTIVOS E ASSEMELHADOS

Divisão G-1 e G-2

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 24 24 < H 30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X3 X3 X3 X3 X3 X3

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Detecção de Incêndio X

Alarme de Incêndio X2 X2 X2 X2 X2

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 2 – Deve haver pelo menos um acionador manual, por pavimento, a no máximo 5 m da saída de emergência; 3 – Recomendado.

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TABELA 5G.2 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO G-3, G-4 E G-5 COM ÁREA SUPERIOR

A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO G – SERVIÇOS AUTOMOTIVOS E ASSEMELHADOS

Divisão G-3 G-4

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H

12

12 < H

24

24 < H

30 H > 30 Térrea H 6

6 < H

12

12 < H

24

24 < H

30 H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X X X

Alarme de Incêndio X2 X2 X2 X2 X2

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 2 – Deverá haver pelo menos um acionador manual, por pavimento, a no máximo 5 m da saída de emergência; 4 – Recomendado. NOTA GENÉRICA: a - As exigências acima referem-se às ocupações de divisões G-3 e G-4. A ocupação de divisão G-5 será analisada em Comissão Técnica.

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TABELA 5H.1

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO H-1 E H-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-1 H-2

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X5 X5 X5 X1 X1 X1

Alarme de Incêndio X2 X5 X5 X5 X2 X2 X2

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Os detectores deverão ser instalados em todos os quartos; 2 – Acionadores manuais serão obrigatórios nos corredores; 4 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulaçãoe estabelecimento de viaturas; e 5 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m.

Page 271: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5H.2 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO H-3 E H-4 COM ÁREA SUPERIOR A

750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-3 H-4

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X5 X5 X5 X5 X1 X1 X X

Alarme de Incêndio X5 X5 X5 X5 X2 X2 X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Os detectores deverão ser instalados em todos os quartos; 2 – Acionadores manuais serão obrigatórios nos corredores; 4 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas; e 5 – Quando a distância a ser percorrida até uma saída que possibilite escape da edificação for maior que 20m.

Page 272: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5H.3

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO G-5 E H-6 COM ÁREA SUPERIOR A 750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-5 H-6

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação Quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X X X X X X X4 X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X1 X1 X1 X1 X1 X2 X2 X2

Alarme de Incêndio X4 X4 X4 X4 X X X2 X2 X2

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X2 X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Para a Divisão H-5, as prisões em geral (Casas de Detenção, Penitenciárias, Presídios, etc.) não será necessário detecçãoautomática de incêndio. Para os Manicômios Judiciários e assemelhados, prever detecção em todos os quartos; 2 – Caso haja internação na Divisão H-6 (clínica), a edificação será enquadrada como H-3; 4 – Recomendado.

Page 273: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5I.1

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO I-1 E I-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO I – INDUSTRIAIS

Divisão I-1 I-2

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 24

24 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X

Alarme de Incêndio X X X X X X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrantes X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 2 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas.

Page 274: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5I.2

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO I-3 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO I – INDUSTRIAIS

Divisão I-3

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 23 23 < H 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação X2 X2 X2 X2 X2 X2

Saídas de Emergência X X X X X X

Controle de Fumaça X X X

Plano de Intervenção de Incêndio X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X

Alarme de Incêndio X X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

Hidrantes X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Pode ser substituído por sistema de chuveiros automáticos; e 2 – Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas.

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TABELA 5J.1

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO J-1 E J-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO J – DEPÓSITOS

Divisão J-1 J-2

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação Quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 23

23 < H 30

Acima de 30

Térrea H 66 < H 12

12 < H 23

23 < H 30

Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3 X3

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X

Alarme de Incêndio X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrante X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 3 – Recomendado de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação e estabelecimento de viaturas.

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TABELA 5J.2

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO J-3 E J-4 COM ÁREA SUPERIOR A 750M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO J – DEPÓSITOS

Divisão J-3 J-4

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros) Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 66 < H 12

12 < H 23

23 < H 30

H > 30 Térrea H 66 < H 12

12 < H 23

23 < H 30

H > 30

Acesso de Viatura na Edificação X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2 X2

Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X X

Controle de Fumaça X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X X X X

Alarme de Incêndio X X X X X X X X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X X

Extintores X X X X X X X X X X X X

Hidrante X X X X X X X X X X X X

Chuveiros Automáticos X X X X

NOTAS ESPECÍFICAS: 2 – Recomendado de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação eestabelecimento de viaturas.

Page 277: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

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TABELA 5L.1

Grupo de ocupação e uso GRUPO L – EXPLOSIVOS

Divisão L-1 (COMÉRCIO)

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12

NOTA GENÉRICA: A – Será permitida somente edificação com área até 100 m² - Vide Tabela 4.

TABELA 5M.1 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO M-1 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2

E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso

GRUPO M – ESPECIAIS

Divisão M-1 TÚNEL

Medidas de Segurança contra Incêndio

Extensão em metros (m)

Até 200 De 200 à 500 De 500 à 1000 Acima de 1000

Saídas de emergência X1 X1 X1 X1

Controle de fumaça em espaços comuns e amplos

X3 X3

Brigada de Incêndio X2 X2 X2 X2

Iluminação de Emergência X X X X

Sistema de Comunicação X X

Sistema Circuito de TV X

Extintores X X X

Hidrantes X4 X5 X5

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – Considerar saídas como sendo passarelas laterais (corredores de circulação, com guarda-corpo em ambos os lados) com largura mínima de 1,00m; 2 – A brigada de incêndio deve ser pessoal treinado da Empresa responsável ou Administradora; 3 – Deve ser ligado a sistema automático de acionamento (ex. detector de incêndio); 4 – Rede de hidrante seca; e 5 – Rede de hidrante completa (bomba; reserva; mangueiras, etc.). NOTAS GENÉRICAS: a – Todos os túneis em paralelo devem ter interligação conforme Normas Técnicas Específicas; e b – Os túneis com extensão superior a 1000m devem ser submetidos a análise em Comissão Técnica, além das exigências acima.

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TABELA 5M.2

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO M-2 (QUALQUER ÁREA E ALTURA)

Grupo de ocupação e uso

GRUPO M – ESPECIAIS

Divisão M-2 – Líquidos e gases combustíveis e Inflamáveis

Medidas de Segurança contra Incêndio

Tanques ou cilindros Postos de

serviços ou abastecimentos

Produtos acondicionados

Líquidos até 20 m³ ou gases até

6.240kg

Líquidos acima de 20 m3 ou

gases acima de 6.240kg

Líquidos até 20 m3 ou gases até

6.240kg

Líquidos acima de 20 m3 ou

gases acima de 6.240kg

Acesso de Viatura na Edificação X4 X4 X4 X4 X4

Saídas de Emergência X X

Brigada de Incêndio X X X X X

Iluminação de Emergência X1 X1,3 X3

Detecção de Incêndio X

Alarme de Incêndio X X

Sinalização de Emergência X X X X X

Extintores X X X X X

Hidrantes X X

Resfriamento X X

Espuma X2 X2

NOTAS ESPECÍFICAS: 1– Somente quando a área construída for superior a 750 m², excluídas as coberturas de bombas de combustível, desde que não sejam utilizadas para outros fins; 2 – Somente para líquidos inflamáveis e combustíveis, conforme Norma Técnica Específica; 3 – Luminárias à prova de explosão; e 4 – Recomendado de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação eestabelecimento de viaturas. NOTA GENÉRICA: a – deverão ser verificadas as exigências quanto ao armazenamento constantes nas Normas que tratam de armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis, comercialização e utilização de GLP e comercialização, utilização e distribuição de Gás Natural.

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TABELA 5M.3 EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO M-3 COM ÁREA

SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO M – ESPECIAIS

Divisão M-3 – Centrais de Comunicação e Energia

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação Quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 23 23 < H 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação X2 X2 X2 X2 X2 X2

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Iluminação de Emergência X X X X X X

Detecção de Incêndio X X X

Alarme de Incêndio X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

HidranteS X X X X X X

Chuveiros Automáticos X1 X1 X

NOTAS ESPECÍFICAS: 1 – O sistema de chuveiros automáticos para a divisão M-3 pode ser substituído por sistema de gases, através de supressão total do ambiente; e 2 – Recomendado de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso e vias internas para circulação eestabelecimento de viaturas.

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TABELA 5M.4

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO M-4, M-5, M-6 E M-7 COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 E/OU COM MAIS DE DOIS PAVIMENTOS

Grupo de ocupação e uso GRUPO M – ESPECIAIS

Divisão M-4 - M-5 - M-6 e M-7

Medidas de Segurança contra Incêndio

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H 6 6 < H 12 12 < H 23 23 < H 30 H > 30

Saídas de Emergência X X X X X X

Brigada de Incêndio X X X X X X

Sinalização de Emergência X X X X X X

Extintores X X X X X X

NOTA GENÉRICA: a – Nas divisões M-5; M-6 e M-7, quando houver edificação (construção) com área superior a 750m², o processo deve ser analisado através de Comissão Técnica.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 002/2008

TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 002/2008 TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA DE

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexo

1. OBJETIVO Esta Norma Técnica padroniza os termos, símbolos e definições utilizados na legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 2. APLICAÇÃO Esta Norma Técnica se aplica a toda legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Ceará. 2.1. Os símbolos gráficos constantes nesta Norma Técnica se aplicam aos projetos de segurança contra incêndio. 2.2. Adota-se a NBR 14100/98 – Proteção contra incêndio – Símbolos gráficos para projetos, com as inclusões e adequações de exigências constantes nesta instrução. 3. DEFINIÇÕES Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se os seguintes termos e definições: 3.1. Abandono de edificação: Retirada organizada e segura da população usuária de uma edificação conduzida à via pública ou espaço aberto, ficando em local seguro. 3.2. Abertura desprotegida: Porta, janela ou qualquer outra abertura não dotada de vedação com o exigido índice de proteção ao fogo, ou qualquer parte da parede externa da edificação com índice de resistência ao fogo menor que o exigido para a face exposta da edificação. 3.3. Abrigo: Compartimento, embutido ou aparente, dotado de porta, destinado a armazenar mangueiras, esguichos, carretéis e outros

equipamentos de combate a incêndio, capaz de proteger contra intempéries e danos diversos. 3.4. Acesso: Caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento ou do setor, constituindo a rota de saída horizontal, para alcançar a escada ou rampa, área de refúgio ou descarga para saída do recinto do evento. Os acessos podem ser constituídos por corredores, passagens, vestíbulos, balcões, varandas e terraços. 3.5. Acompanhante: Pessoa com conhecimentos da operacionalidade dos sistemas e equipamentos de proteção contra incêndios instalados na edificação, que acompanha o Bombeiro Militar Fiscal, executando os testes necessários na vistoria. 3.6. Adutora: Canalização, geralmente de grande diâmetro, que tem como finalidade conduzir a água da Estação de Tratamento de Águas (ETA), até as redes de distribuição. 3.7. Afastamento horizontal entre aberturas: Distância mínima entre as aberturas nas fachadas (parede externa) dos setores compartimentados. 3.8. Agente extintor: Produto utilizado para extinguir o fogo. 3.9. Alambrado: Tela de arame ou outro material similar, com resistências mecânicas de 5000 N / m. 3.10. Alarme de incêndio: Dispositivo de acionamento automático e desligamento manual, destinado a alertar as pessoas sobre a existência de um incêndio no risco protegido. 3.11. Altura ascendente: Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção do parâmetro externo da parede da edificação, ao ponto mais baixo do nível do piso do pavimento mais baixo da edificação (subsolo). 3.12. Altura da edificação: Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao piso do último pavimento Habitável. 3.13. Altura Total da Edificação: é a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais alto da edificação. 3.14. Ampliação: Aumento da área construída da edificação. 3.15. Análise preliminar de risco: Estudo prévio sobre a existência de riscos, elaborado durante a concepção e o desenvolvimento de um projeto ou sistema.

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3.16. Análise: Ato de verificação das exigências das medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, no processo de segurança contra incêndio. 3.17. Andar: Volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou entre o pavimento e o nível superior a sua cobertura. 3.18. Anemômetro: Instrumento que realiza a medição da velocidade de gases. 3.19. Anemômetro de fio quente ou termo anemômetro: Tipo de anemômetro que opera associando o efeito de troca de calor convectiva no elemento sensor (fio quente) com a velocidade do ar que passa pelo mesmo. Possibilita realizar medições de valores baixos de velocidade, em geral com valores em torno de 0,1 m/s. 3.20. Antecâmara: Recinto que antecede a caixa da escada, com ventilação natural garantida por janela para o exterior, por dutos de entrada e saída de ar ou por ventilação forçada (pressurização). 3.21. Aplicação por espuma: Tipo I: utiliza aplicador que deposita a espuma suavemente na superfície do líquido, provocando o mínimo de submergência;Tipo II: Utiliza aplicadores que não depositam a espuma suavemente na superfície do líquido, mas que são projetados para reduzir a submergência e agitar a superfície do líquido;Tipo III: Utiliza equipamentos que aplicam a espuma por meio de jatos que atingem a superfície do líquido em queda livre. 3.22. Área construída ou edificada: Área da projeção da coberta de uma edificação. 3.23. 3.22.1. Não se enquadra na definição do item 3.22 desta NT, a área coberta ou projeção da mesma, quando esta for constituída de material metálico com pé direito de no mínimo 6m, sendo esta utilizada exclusivamente para proteção das ilhas de bombas em postos de gasolina. 3.24. Área construída total: Somatória de todas as áreas construídas de uma edificação. 3.25. Área construída parcial: Área da projeção da coberta de uma edificação, com risco isolado, conforme Norma Técnica n.° 09 – Separação entre Edificações. 3.26. Área de aberturas na fachada de uma edificação: Superfície aberta nas fachadas (janelas, portas, elementos de vedação), paredes, parapeitos e vergas que não apresentam resistência ao fogo, e pelas quais pode-se irradiar o incêndio. 3.27. Área de armazenagem: Local destinado a estocagem de fogos de artifício industrializado. 3.28. Área de armazenamento: Local contínuo destinado ao armazenamento de recipientes transportáveis de gás liqüefeito de petróleo (GLP), cheios, parcialmente utilizados e

vazios, compreendendo os corredores de inspeção, quando existirem. 3.29. Área de armazenamento especial: Área destinada ao armazenamento superior a 99.840 kg de GLP. Admissível somente em bases de GLP e deve ter seu processo analisado por Comissão Técnica. 3.30. Área de estacionamento: Local destinado ao estacionamento de helicópteros, localizado dentro dos limites do heliporto ou heliponto. 3.31. Área de estocagem: local destinado ao acondicionamento de fogos de artifícios industrializados, adotando-se como parâmetro a carga de incêndio de 1520 MJ /m³, admitindo-se acréscimo de 25%, totalizando 1900 MJ/m³. 3.32. Área de pavimento: Medida em metros quadrados, em qualquer pavimento de uma edificação, do espaço compreendido pelo perímetro interno das paredes externas e paredes corta fogo, e excluindo a área de antecâmara, e dos recintos fechados de escadas e rampas. 3.33. Área de pouso e decolagem de emergência para helicópteros: Local construído sobre edificações, cadastrado no Comando Aéreo Regional respectivo, que poderá ser utilizado para pousos e decolagens de Helicópteros, exclusivamente em casos de emergência ou de calamidade. 3.34. Área de pouso e decolagem: Local do Heliponto ou Heliporto, com dimensões definidas, onde o Helicóptero pousa e decola . 3.35. Área de pouso ocasional: Local de dimensões definidas, que pode ser usado, em caráter temporário, para pousos e decolagens de helicópteros mediante autorização prévia, específica e por prazo limitado, do respectivo órgão do Comando Aéreo Regional. 3.36. Área de refúgio para helipontos: Local ventilado, previamente delimitado, com acesso à escada de emergência, separado desta por porta corta-fogo e situado em helipontos elevados, próximo ao local de resgate de vítimas com uso de helicópteros para casos de impossibilidade de abandono da edificação pelas rotas de fuga previamente dimensionadas. 3.37. Área de refúgio: Local seguro que é utilizado temporariamente, acessado através das saídas de emergência de um setor ou setores. 3.38. Área de Risco: Ambiente externo à edificação que contém armazenamento de produtos inflamáveis, produtos combustíveis e/ou instalações elétricas e de gás. 3.39. Área de toque: Parte da área de pouso e decolagem, com dimensões definidas, na qual é recomendado o toque do helicóptero ao pousar.

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3.40. Área de venda: Local destinado a permanência de pessoas para escolha e compra de fogos de artifício. 3.41. Área do maior pavimento: Área do maior pavimento da edificação, excluindo-se o de descarga. 3.42. Áreas de produção: Locais onde se localizam poços de petróleo. 3.43. Armazém de líquidos inflamáveis: Construção destinada, exclusivamente a armazenagem de recipientes de líquidos inflamáveis. 3.44. Armazém de produtos acondicionados: Área coberta ou não, onde são acondicionados recipientes (tais como tambores, tonéis, latas, baldes, etc...) que contenham produtos ou materiais combustíveis ou produtos inflamáveis. 3.45. Aspersor: Dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos ou sob comando, para aplicação de agente extintor. 3.46. Atestado de brigada contra incêndio: Documento que atesta que os ocupantes da edificação receberam treinamentos teórico e prático de prevenção e combate a incêndio. 3.47. Ático: Parte do volume superior de uma edificação, destinada a abrigar máquinas, piso técnico de elevadores, caixas de água e circulação vertical. 3.48. Átrio (“Atrium”): Espaço amplo criado por um andar aberto ou conjuntos de andares abertos, conectando dois ou mais pavimentos cobertos, com fechamento na cobertura, excetuando-se os locais destinados a escada, escada rolante e “shafts” de hidráulica, eletricidade, ar condicionado e cabos de comunicação. 3.49. Autonomia do sistema: Tempo mínimo em que o sistema de iluminação de emergência assegura os níveis de iluminância exigidos. 3.50. Avisador: Dispositivo previsto para chamar a atenção de todas as pessoas dentro de uma área de perigo, controlado pela central. 3.51. Avisador sonoro: Dispositivo que emite sinais audíveis de alerta. 3.52. Avisador sonoro e visual: Dispositivo que emite sinais audíveis e visíveis de alerta combinados. 3.53. Avisador visual: Dispositivo que emite sinais visuais de alerta. 3.54. Bacia de contenção de óleo isolante: Dispositivo constituído por grelha, duto de coleta e dreno, preenchido com pedra britada, com a finalidade de coletar vazamentos de óleo isolante. 3.55. Bacia de contenção: Região delimitada por uma depressão do terreno ou diques destinada a conter integralmente o vazamento de produtos líquidos dos tanques.

3.56. Balcão ou sacada: Parte de pavimento da edificação em balanço em relação à parede externa do prédio, tendo, pelo menos, uma face aberta para o espaço livre exterior. 3.57. Barreiras de fumaça (“smoke barriers”): Membrana, tanto vertical quanto horizontal, tal como uma parede, andar ou teto, que é projetada e construída para restringir o movimento da fumaça. As barreiras de fumaça podem ter aberturas que são protegidas por dispositivos de fechamento automático ou por dutos de ar, adequados para controlar o movimento da fumaça. 3.58. Barreiras de proteção: Dispositivos que evitam a passagem de gases, chamas ou calor de um local ou instalação para outro contíguo. 3.59. Bocal ou nariz do degrau: Borda saliente do degrau sobre o espelho, arredondada inferiormente ou não. Nota: Se o degrau não possui bocal, a linha de concorrência dos planos do degrau e do espelho, neste caso obrigatoriamente inclinada, chama-se quina do degrau; a saliência do bocal ou da quina sobre o degrau imediatamente inferior não pode ser menor que 15 mm em projeção horizontal. 3.60. Bomba com motor a explosão: Equipamento para o combate a incêndio cuja força provém da explosão do combustível misturado com o ar. 3.61. Bomba com motor elétrico: Equipamento para combate a incêndio cuja força provém da eletricidade. 3.62. Bomba de pressurização (“jockey”): Dispositivo hidráulico centrífugo destinado a manter o sistema pressurizado em uma faixa preestabelecida. 3.63. Bomba de reforço: Dispositivo hidráulico destinado a fornecer água aos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos pelo reservatório elevado. 3.64. Bomba principal: Dispositivo hidráulico centrifugo destinado a recalcar água para os sistemas de combate a incêndio. 3.65. Bombeiro profissional civil: Pessoa pertencente a uma empresa especializada, ou da própria administração do estabelecimento, com dedicação exclusiva, que presta serviços de prevenção de incêndio e atendimento de emergência em edificações e eventos, e que tenha sido aprovado no curso de formação, de acordo com a norma específica. 3.66. Bombeiro público (Militar ou civil): Pessoa pertencente a uma corporação de atendimento às emergências públicas. 3.67. Bombeiro voluntário: Pessoa pertencente a uma organização não

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governamental que presta serviços de atendimento às emergências públicas. 3.68. Botijão: Recipiente transportável de gás liquefeito de petróleo (GLP), com capacidade nominal de até 13 kg de GLP. 3.69. Botijão portátil: Recipiente transportável de gás liquefeito de petróleo (GLP) com capacidade nominal de até 5 kg de GLP. 3.70. Botoeira “liga-desliga”: Acionador manual, do tipo liga-desliga, para bomba principal. 3.71. Brigada de incêndio: Grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono da edificação, combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida. 3.72. Camada de fumaça (“smoke layer”): Espessura acumulada de fumaça abaixo de uma barreira física ou térmica. 3.73. Câmara de espuma: Dispositivo dotado de selo de vapor destinado a conduzir a espuma para o interior do tanque de armazenamento de teto cônico. 3.74. Capacidade volumétrica: Capacidade total em volume de água que o recipiente pode comportar. 3.75. Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem, contido apenas pelo equipamento de transportes, seja ele tanque, vaso, caçamba ou container. 3.76. Carga de incêndio: Soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos. 3.77. Carga de incêndio específica: Valor da carga de incêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, expresso em megajoule (MJ) por metro quadrado (m2). 3.78. Carretel axial: Dispositivo rígido destinado ao enrolamento de mangueiras semi-rígidas. 3.79. Causa: Origem de caráter humano ou material, relacionada com um acidente. 3.80. Central de alarme: Equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de detecção, convertê-los em indicações adequadas, comandar e controlar os demais componentes do sistema. 3.81. Central de gás: Área devidamente delimitada, que contém os recipientes transportáveis ou estacionário(s) e acessórios, destinados ao armazenamento de gás liquefeito de petróleo (GLP) para consumo. 3.82. Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio: Documento emitido pelo Corpo de Bombeiros

Militar do Estado do Ceará (CBMCE) certificando que, durante a vistoria, a edificação possua as condições de segurança contra incêndio, previstas pela legislação e constantes no processo, estabelecendo um período de revalidação. 3.83. Circulação de uso comum: Passagem que dá acesso à saída de mais de uma unidade autônoma, quarto de hotel ou assemelhado. 3.84. Cobertura: Elemento construtivo, localizado no topo da edificação, com a função de protegê-la da ação dos fenômenos naturais (chuva, calor, vento etc.). 3.85. Combate a incêndio: Conjunto de ações táticas destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com uso de equipamentos manuais ou automáticos. 3.86. Combustibilidade dos elementos de revestimento das fachadas das edificações: Característica de reação ao fogo dos materiais utilizados no revestimento das fachadas dos edifícios, que podem contribuir para a propagação e radiação do fogo, determinados nas normas técnicas em vigor. 3.87. Comércio de fogos de artifício no varejo: local destinado à venda de fogos de artifício de classes A e B, respeitando o Código do Consumidor, Código Civil, Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente e o R 104. 3.88. Comissão especial de avaliação (CEA): Grupo de pessoas qualificadas no campo da segurança contra incêndio, representativas de entidades públicas e privadas, com o objetivo de avaliar e propor alterações necessárias ao Código de Segurança Contra Incêndio. 3.89. Comissão técnica: Grupo de estudo do CBMCE, instituído pelo Comandante do Corpo de Bombeiros, com o objetivo de analisar e emitir pareceres relativos aos casos que necessitarem de soluções técnicas mais complexas ou apresentarem dúvidas quantos às exigências previstas na legislação. 3.90. Como construído (“as built”): Documentos, desenhos ou plantas do sistema, que correspondem exatamente ao que foi executado pelo instalador. 3.91. Compartimentação: Medidas de proteção passiva, constituídas de elementos de construção resistentes ao fogo, destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, interna ou externamente ao edifício, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos. 3.92. Compartimentação horizontal: Medida de proteção, constituída de elementos construtivos resistentes ao fogo, separando ambientes, de tal modo que o incêndio fique

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contido no local de origem e evite a sua propagação no plano horizontal. 3.93. Compartimentação vertical: Medida de proteção, constituída de elementos construtivos resistentes ao fogo, separando pavimentos consecutivos, de tal modo que o incêndio fique contido no local de origem e dificulte a sua propagação. 3.94. Compartimentar: Separar um ou mais locais do restante da edificação por intermédio de paredes resistentes ao fogo, portas, selos e “dampers” corta-fogo. 3.95. Compartimento: Parte de uma edificação, compreendendo um ou mais cômodos, espaços ou andares, construídos para evitar ou minimizar a propagação do incêndio de dentro para fora de seus limites. 3.96. Compensadores Sincronos: Equipamento que compensa reativos do sistema, trabalhando como carga quando o sistema está com a tensão alta, e trabalhando como gerador quando o sistema está com a tensão baixa. 3.97. Comunicação visual: Conjunto de informações visuais aplicadas em uma edificação, com a finalidade de orientar sua população, tais como: localização de ambientes, saídas, prestação de serviços e propagandas, não se tratando especificamente de sinalização de emergência. 3.98. Contêiner: Grande caixa metálica de dimensões e características padronizadas, para acondicionamento de carga geral a transportar, com a finalidade de facilitar o seu embarque, desembarque e transbordo entre diferentes meios de transporte. 3.99. Cor de contraste: Aquela que contrasta com a cor de segurança a fim de fazer com que a última se sobressaia. 3.100. Cor de segurança: Aquela para a qual é atribuída uma finalidade ou um significado específico de segurança ou saúde. 3.101. Corrimão: Barra, cano ou peça similar, com superfície lisa, arredondada e contínua, aplicada em áreas de escadas e rampas destinadas a servir de apoio para as pessoas durante o deslocamento. 3.102. Deflagração: fenômeno característico dos chamados baixos explosivos, que consiste na auto combustão de um corpo (composto de combustível, comburente e outros), em qualquer estado físico, o qual ocorre por camadas e a velocidades controladas (de alguns décimos de milímetros até quatrocentos metros por segundo. 3.103. Degrau: Conjunto de elementos de uma escada composta pela face horizontal conhecida como “piso”, destinado ao pisoteio e o espelho que é a parte vertical do degrau, que lhe define a altura.

3.104. Densidade populacional (d): Número de pessoas em uma área determinada (pessoas/m2). 3.105. Descarga: Parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro público ou área externa com acesso a este. 3.106. Deslizador de espuma: Dispositivo destinado a facilitar a aplicação suave da espuma sobre líquidos combustíveis armazenados em tanques. 3.107. Destravadores eletromagnéticos: Dispositivo de controle de abertura com travamento determinado pelo acionamento magnético, decorrente da passagem de corrente elétrica. 3.108. Detector automático de incêndio: Dispositivo que, quando sensibilizado por fenômenos físicos e/ou químicos, detecta princípios de incêndio podendo ser ativado, basicamente, por calor, chama ou fumaça. 3.109. Dispositivo de recalque: Registro para uso do Corpo de Bombeiros, que permite o recalque de água para o sistema, podendo ser dentro da propriedade quando o acesso do Corpo de Bombeiros estiver garantido. 3.110. Dispositivos de descarga: Equipamentos que aplicam a espuma sob forma de neblina e que aplicam o agente numa corrente compacta de baixa velocidade. Podem ser: Dispositivos que descarregam a espuma sob a forma de aspersão e terminam em um defletor ou uma calha que distribui a espuma; dispositivos que descarregam a espuma sob a forma de uma corrente compacta de baixa velocidade; podem ter ou não defletores ou calhas incluídos como partes integrantes do sistema. Estes dispositivos podem ter formas como as de tubos abertos, esguichos de fluxo direcional, ou pequenas câmaras de geração com bocas de saídas abertas. 3.111. Distância de segurança: Afastamento entre uma face exposta da edificação ou de um local compartimentado à divisão do lote, ao eixo da rua ou a uma linha imaginária entre duas edificações ou áreas compartimentadas do mesmo lote, medida perpendicularmente à face exposta da edificação. 3.112. Distância máxima horizontal de caminhamento: Afastamento máximo a ser percorrido pelo espectador para alcançar um acesso. 3.113. Distância mínima de segurança: Afastamento mínimo entre a área de armazenamento de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP) e outra instalação necessária para a segurança do usuário, do manipulador, de edificação e do público em geral, estabelecida a partir do limite de área de armazenamento.

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3.114. Distribuição de GNL a granel: Compreende as atividades de aquisição ou recepção, armazenamento, transvasamento, controle de qualidade e comercialização do gás natural liquefeito (GNL), por meio de transporte próprio ou contratado, podendo também exercer a atividade de liquefação de gás natural, que serão realizadas por pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no País. 3.115. Divisória ou tabique: Parede interna, baixa ou atingindo o teto, sem efeito estrutural e que, portanto, pode ser suprimida facilmente em caso de reforma. 3.116. Dosador: Equipamento destinado a misturar quantidades determinadas de “extrato formador” de espuma e água. 3.117. Duto de entrada de ar (DE): Espaço no interior da edificação, que conduza ar puro, coletado ao nível inferior desta, às escadas, antecâmaras ou acessos, exclusivamente, mantendo-os, com isso, devidamente ventilados e livres de fumaça em caso de incêndio. 3.118. Duto de saída de ar (DS): Espaço vertical no interior da edificação, que permite a saída, em qualquer pavimento, de gases e fumaça para o ar livre, acima da cobertura da edificação. 3.119. Duto “plenum”: Condição de dimensionamento do sistema de pressurização no qual se admite apenas um ponto de pressurização, dispensando-se o duto interno e/ou externo para pressurização. 3.120. Edificação: Área construída destinada a abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamento ou material. 3.121. Edificação aberta lateralmente: Edificação ou parte de edificação que, em cada pavimento: 3.122. tenha ventilação permanente em duas ou mais fachadas externas, providas por aberturas que possam ser consideradas uniformemente distribuídas e que tenham comprimentos em planta que somados atinjam pelo menos 40% do perímetro do edifício e áreas que somadas correspondam a pelo menos 20% da superfície total das fachadas externas; ou 3.123. tenha ventilação permanente em duas ou mais fachadas externas, provida por aberturas cujas áreas somadas correspondam a pelo menos 1/3 da superfície total das fachadas externas, e pelo menos 50% destas áreas abertas situadas em duas fachadas opostas. 3.124. Observação: Em qualquer caso, as áreas das aberturas nas laterais externas somadas devem possuir ventilação direta para o meio externo e devem corresponder a pelo menos 5% da área do piso no pavimento e as obstruções internas eventualmente existentes devem ter pelo

menos 20% de suas áreas abertas, com aberturas dispostas de forma a poderem ser consideradas uniformemente distribuídas, para permitir a ventilação. 3.125. Edificação destinada ao comércio de fogos de artifício no varejo: Local destinado ao armazenamento e venda de fogos de artifício e estampido industrializados. 3.126. Edificação em exposição: Construção que recebe a radiação de calor, convecção de gases quentes ou a transmissão direta de chama. 3.127. Edificação expositora: Construção na qual o incêndio está ocorrendo, responsável pela radiação de calor, convecção de gases quentes e ou transmissão direta de chamas. 3.128. Edificação principal: Construção que abriga a atividade principal sem a qual as demais edificações não teriam função. 3.129. Edificação térrea: Construção de um pavimento, podendo possuir mezaninos cuja somatória de áreas deve ser menor ou igual à terça parte da área do piso de pavimento. 3.130. Efeito chaminé (“Stack effect”): Fluxo de ar vertical dentro das edificações, causado pela diferença de temperatura interna e externa. 3.131. Efeito do sistema: Efeito causado pelo erro de projeto e/ou instalação com configurações inadequadas do sistema onde o ventilador está instalado, ocasionando redução do desempenho do ventilador em termos de vazão. 3.132. Elemento de compartimentação: Elemento de construção que compõe a compartimentação da edificação. 3.133. Elemento estrutural: Todo e qualquer elemento de construção do qual dependa a resistência e a estabilidade total ou parcial da edificação. 3.134. Embalagens: elemento ou conjunto de elementos destinados a envolver, conter ou proteger produtos durante sua movimentação, transporte, armazenamento, comercialização ou consumo. 3.135. Emergência: Situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio, decorrente de atividade humana ou fenômeno da natureza que obriga a uma rápida intervenção operacional. 3.136. Entrepiso: Conjunto de elementos de construção, com ou sem espaços vazios, compreendido entre a parte inferior do forro de um pavimento e a parte superior do piso do pavimento imediatamente superior. 3.137. EPI: Equipamentos de proteção individual. 3.138. EPI de nível “A”: É o nível máximo de proteção para todas as possíveis vias de intoxicação, sendo por inalação, ingestão ou absorção cutânea. Utiliza-se roupa encapsulada

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de proteção química, com proteção respiratória de pressão positiva. 3.139. EPI de nível “B”: É o nível de proteção intermediário, para exposições de produtos com possibilidade de respingos. Utiliza-se roupa de proteção química conforme especificação da tabela de compatibilidade da roupa. 3.140. EPI de nível “C”: É o nível mínimo necessário a qualquer tipo de acidente envolvendo produtos químicos. 3.141. EPR: Equipamentos de proteção respiratória. 3.142. Escada aberta: Escada não enclausurada por paredes e porta corta fogo. 3.143. Escada aberta externa (AE): Escada de emergência precedida de porta corta-fogo (PCF) no seu acesso, cuja projeção esteja fora do corpo principal da edificação, sendo dotada de guarda corpo ou gradil (Barreiras) e corrimãos em todas sua extensão (degraus e patamares), permitindo desta forma eficaz ventilação, propiciando um seguro abandono. 3.144. Escada à prova de fumaça pressurizada (PFP): Escada à prova de fumaça, cuja condição de estanqueidade à fumaça é obtida por intermédio de pressurização. 3.145. Escada enclausurada: Escada protegida com paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo. 3.146. Escada enclausurada à prova de fumaça (EPF): Escada cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaça em caso de incêndio. 3.147. Escada enclausurada protegida (EP): Escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por paredes resistentes ao fogo e dotada de portas corta-fogo. 3.148. Escada não enclausurada ou escada comum (NE): Escada que embora possa fazer parte de uma rota de saída, comunica-se diretamente com os demais ambientes como corredores, “halls” e outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo. 3.149. Escoamento (E): Número máximo de pessoas possíveis de abandonar um recinto dentro do tempo máximo de abandono. 3.150. Esguicho: Dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras, destinado a dar forma, direção e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato compacto. 3.151. Esguicho regulável: Acessório hidráulico que dá forma ao jato, permitindo o uso d’água em forma de chuveiro de alta velocidade.

3.152. Espaço confinado: Local onde a presença humana é apenas momentânea para prestação de um serviço de manutenção em máquinas, tubulações e sistemas. 3.153. Espaço livre exterior: Espaço externo à edificação para o qual abram seus vãos de ventilação e iluminação. Pode ser constituído por logradouro público ou pátio amplo. 3.154. Espaços comuns (“communicating space”): Espaços dentro de uma edificação com comunicação com espaços amplos adjacentes, nos quais a fumaça proveniente de um incêndio pode propagar-se livremente. Os espaços comuns podem permitir aberturas diretamente dentro dos espaços amplos ou podem conectar-se por meio de passagens abertas. 3.155. Espaços comuns e amplos (“large volume spaces”): Espaço descompartimentado, geralmente com dois ou mais pavimentos que se comunicam internamente, dentro do qual a fumaça proveniente de um incêndio, tanto no espaço amplo como no espaço comum, pode mover-se ou acumular-se sem restrições. Os átrios e shoppings cobertos são exemplos de espaços amplos. 3.156. Espaços separados (“separated spaces”): Espaços dentro de edificações que são isolados das áreas grandes por barreiras de fumaça, os quais não podem ser utilizados no suprimento de ar, visando restringir o movimento da fumaça. 3.157. Espuma mecânica: Agente extintor constituído por um aglomerado de bolhas produzidas por agitação da água com extrato formador de espuma (EFE) e ar. 3.158. Estação de carregamento: Instalação especialmente construída para carregamento de caminhões-tanques ou de vagões-tanques. 3.159. Estação fixa de emulsificação: Local onde se situam bombas, dosadores, válvulas e reservatórios de extrato formador de espuma. 3.160. Estação móvel de emulsificação: Veículo especificado para transporte de extrato formador de espuma (EFE) e o seu emulsionamento com a água. 3.161. Estado de flutuação: Condição em que a bateria de acumuladores elétricos recebe uma corrente necessária para a manutenção de sua capacidade nominal. 3.162. Estado de funcionamento do sistema: Condição na qual a(s) fonte(s) de energia alimenta(m), efetivamente, os dispositivos da iluminação de emergência. 3.163. Estado de repouso do sistema: Condição na qual o sistema foi inibido de iluminar propositadamente. Tanto inibido manualmente com religamento automático ou por meio de célula fotoelétrica, para conservar energia e

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manter a bateria em estado de carga para uso em emergência, quando do escurecimento da noite. 3.164. Estado de vigília do sistema: Condição em que a fonte de energia alternativa (sistema de iluminação de emergência) está pronta para entrar em funcionamento na falta ou na falha da rede elétrica da concessionária. 3.165. Exaustão: Princípio pelo qual os gases e produtos de combustão são retirados do interior do túnel. 3.166. Exercício simulado: Atividade prática realizada periodicamente para manter a brigada e os ocupantes das edificações com condições de enfrentar uma situação real de emergência. 3.167. Exercício simulado parcial: Atividade prática abrangendo apenas uma parte da planta, respeitando-se os turnos de trabalho. 3.168. Expedidor: Pessoa responsável pela contratação do embarque e transporte de logística envolvendo produtos perigosos expressos em nota fiscal ou conhecimento de transporte internacional. É responsável pela segurança veicular, compatibilidade entre os produtos e a identificação de seus riscos. 3.169. Explosivos: Substâncias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas. 3.170. Explosão em massa: aquela que afeta virtualmente toda a carga de maneira instantânea 3.171. Extintor de incêndio: Aparelho de acionamento manual, portátil ou sobre rodas, destinado a combater princípios de incêndio. 3.172. Fachada: Face de uma edificação constituída de vedos e aberturas, que emitirá ou receberá a propagação de um incêndio. 3.173. Fachada de acesso operacional: Face da edificação localizada ao longo de uma via pública ou privada com largura livre maior ou igual a 6 m, sem obstrução, possibilitando o acesso operacional dos equipamentos de combate e seu posicionamento em relação a ela. A fachada deve possuir pelo menos um meio de acesso ao interior do edifício e não ter obstáculos. 3.174. Faixa de estacionamento: Trecho das vias de acesso que se destina ao estacionamento e operação das viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE). 3.175. Fator de massividade (“fator de forma”) (m-1): Razão entre o perímetro exposto ao incêndio e a área da seção transversal de um perfil estrutural. 3.176. Filtro de partículas: Elemento destinado a realizar retenção de partículas existentes no escoamento de ar e que estão sendo arrastadas por este fluxo. 3.177. Fogos de artifício: são substâncias ou misturas concebidas para produzir um efeito, por calor, luz, som, gás ou fumaça, ou

combinação destes, como resultado das reações químicas exotérmicas, auto sustentáveis, caracterizada pela deflagração. São produtos controlados conforme o anexo I do R 104. 3.178. Fluxo (F): Número de pessoas que passam por unidade de tempo (pessoas/min) em um determinado meio de abandono, adotando-se para o cálculo do escoamento, fluxo igual a 88 pessoas por minuto (F=88), contemplando duas unidades de passagem. 3.179. Fluxo luminoso nominal: Fluxo luminoso medido após 2 min de funcionamento do sistema. 3.180. Fluxo luminoso residual: Fluxo luminoso medido após o tempo de autonomia garantida pelo fabricante no funcionamento do sistema. 3.181. Fogos de artifício e estampido: Artefato pirotécnico, que produz ruídos e efeitos luminosos. 3.182. Fonte de energia alternativa: Dispositivo destinado a fornecer energia elétrica ao(s) ponto(s) de luz de emergência na falta ou falha de alimentação na rede elétrica da concessionária. 3.183. Fumaça (“smoke”): Partículas de ar transportadas na forma sólida, líquida e gasosa, decorrente de um material submetido a pirólise ou combustão, que juntamente com a quantidade de ar que é conduzida, ou de qualquer outra forma, misturada formando uma massa. 3.184. Gás liquefeito de petróleo (GLP): Produto constituído de hidrocarbonetos com três ou quatro átomos de carbono (propano, propeno, butano, buteno), podendo apresentar-se em mistura entre si e com pequenas frações de outros hidrocarbonetos. 3.185. Gás natural liqüefeito (GNL): Fluido no estado líquido em condições criogênicas, composto predominantemente de metano e que pode conter quantidades mínimas de etano, propano, nitrogênio ou outros componentes normalmente encontrados no gás natural. 3.186. Gases limpos: Agentes extintores na forma de gás que não degradam a natureza e não afetam a camada de ozônio. São inodoros, incolores, maus condutores de eletricidade e não corrosivos. 3.187. Gerador de espuma: Equipamento que se destina a facilitar a mistura da solução com o ar para a formação de espuma. 3.188. Grelha de insuflamento: Dispositivo utilizado nas redes de distribuição de ar, posicionado no final de cada trecho. Este elemento terminal é utilizado para direcionar e/ou distribuir do modo adequado o fluxo de ar de determinado ambiente.

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3.189. Grupo moto-ventilador: Equipamento composto por motor elétrico e ventilador, com a finalidade de insulflar ar dentro de um corpo de escada de segurança para pressurizá-la e expulsar a possível entrada de fumaça. 3.190. Grupo moto-gerador: Equipamento cuja força provém da explosão do combustível misturado ao ar, com a finalidade de gerar energia elétrica. 3.191. Guarda ou guarda-corpo: Barreira protetora vertical, maciça ou não, delimitando a face lateral aberta da escada, rampa, patamar, terraço, balcão, galeria e assemelhado, servindo como proteção contra eventuais quedas de um nível para outro. 3.192. Heliponto: Área homologada ou registrada, ao nível do solo ou elevada, utilizada para pousos e decolagens de helicópteros. 3.193. Heliponto civil: Local destinado, em princípio, ao uso de helicópteros civis. 3.194. Heliponto elevado: Local instalado sobre edificações. 3.195. Heliponto militar: Local destinado ao uso de helicópteros militares. 3.196. Heliponto privado: Local destinado ao uso de helicópteros civis, de seu proprietário ou de pessoas por ele autorizadas, sendo vedada sua utilização em caráter comercial. 3.197. Heliponto público: Local destinado ao uso de helicópteros em geral. 3.198. Heliportos: Helipontos públicos dotados de instalações e facilidades para apoio de helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas, tais como: pátio de estacionamento, estação de passageiros, locais de abastecimento, equipamentos de manutenção etc. 3.199. Heliportos elevados: Heliportos localizados sobre edificações. 3.200. Hidrante: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios. 3.201. Hidrante de coluna: Aparelho ligado à rede pública de distribuição de água, que permite a adaptação de bombas e/ou mangueiras para o serviço de extinção de incêndios. 3.202. Hidrante de parede: Ponto de tomada de água instalado na rede particular, embutido em parede, podendo estar no interior de um abrigo de mangueira. 3.203. Hidrante para sistema de espuma: Equipamento destinado a alimentar com água ou solução de espuma as mangueiras para combate a incêndio. 3.204. Hidrante urbano: Ponto de tomada de água provido de dispositivo de manobra

(registro) e união de engate rápido, ligado à rede pública de abastecimento de água, podendo ser emergente (de coluna) ou subterrâneo (de piso). 3.205. Iluminação auxiliar: Iluminação destinada a permitir a continuação do trabalho, em caso de falha do sistema normal de iluminação. Por exemplo: centros médicos, aeroportos, metrô, etc. 3.206. Iluminação de ambiente ou aclaramento: Iluminação com intensidade suficiente para garantir a saída segura de todas as pessoas do local em caso de emergência. 3.207. Iluminação de balisamento: Sistema composto por símbolos iluminados que indicam a rota de fuga em caso de emergência. 3.208. Iluminação de balizamento ou de sinalização: Iluminação de sinalização com símbolos e/ou letras que indicam a rota de saída que pode ser utilizada neste momento. 3.209. Iluminação de emergência: Sistema que permite clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal. 3.210. Iluminação não permanente: Sistema no qual, as lâmpadas de iluminação de emergência não são alimentadas pela rede elétrica da concessionária e, só em caso de falta da fonte normal, são alimentadas automaticamente pela fonte de alimentação de energia alternativa. 3.211. Iluminação permanente: Sistema no qual, as lâmpadas de iluminação de emergência são alimentadas pela rede elétrica da concessionária, sendo comutadas automaticamente para a fonte de alimentação de energia alternativa em caso de falta e/ou falha da fonte normal. 3.212. Incêndio natural: Variação de temperatura que simula o incêndio real, em função da geometria, ventilação, características térmicas dos elementos de vedação e da carga de incêndio específica. 3.213. Incêndio-padrão: Elevação padronizada de temperatura em função do tempo, dada pela seguinte expressão:

θg=θo + 345 log (8t+1) onde: t é o tempo, expresso em minutos;

θo é a temperatura do ambiente antes do início do aquecimento em graus Celsius, geralmente tomada igual a 20º C; e

θg é a temperatura dos gases, em graus Celsius no instante t.

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3.214. Inibidor de vórtice: Acessório de tubulação destinado a eliminar o efeito do vórtice dentro de um reservatório. 3.215. Instalação: Toda montagem mecânica, hidráulica, elétrica, eletroeletrônica, ou outra, para fins de atividades de produção industrial, geração ou controle de energia, contenção ou distribuição de fluídos líquidos ou gasosos, ocupação de toda espécie, cuja montagem tenha caráter permanente ou temporária, que necessite de proteção contra incêndio previsto na legislação. 3.216. Instalação de gás liquefeito de petróleo (GLP): Sistema constituído de tubulações, acessórios e equipamentos que conduzem e utilizam o GLP para consumo, por meio da queima e/ou outro meio previsto e autorizado na legislação competente. 3.217. Instalações fixas de aplicação local: Dispositivos com suprimento de gás permanentemente conectados a uma tubulação que alimenta esguichos difusores distribuídos de maneira a descarregar o gás carbônico diretamente sobre o material que queima. Podem ser de comando automático ou manual. 3.218. Instalações fixas de mangotinhos: Dispositivo com suprimento fixo de gases compreendendo um ou mais cilindros que alimentam um mangotinho acondicionado em um carretel de alimentação axial, equipado na sua extremidade livre um esguicho difusor com válvula de comando manual de jato. Este equipamento é de comando manual. 3.219. Instalações industriais: Conjunto de equipamentos que não se enquadram como depósitos, postos de serviço ou refinarias, mas, onde líquidos inflamáveis são armazenados e processados. 3.220. Instalação interna: Conjunto de tubulações, medidores, reguladores, registros e aparelhos de utilização de gás, com os necessários complementos, destinado à condução e ao uso do gás no interior da edificação. 3.221. Instalações sob comando: O agente extintor fica armazenado em depósitos fixos e é conduzido através de tubulações rígidas até pontos táticos, onde existem válvulas terminais (difusores). Destes pontos, por meio da intervenção do homem, as tubulações são complementadas com mangotinhos até o local do foco de incêndio onde o agente é aplicado. 3.222. Instalações temporárias: Locais que não possuem características construtivas em caráter definitivo, podendo ser desmontadas e transferidas para outros locais. 3.223. Instalador: Pessoa física ou jurídica responsável pela execução da instalação do

sistema de proteção contra incêndio em uma edificação. 3.224. Interface da camada de fumaça (“smoke layer interface”): Limite teórico entre uma camada de fumaça e a fumaça provinda do ar externo (livre). Na prática, a interface da camada de fumaça é um limite efetivo dentro da zona de diminuição de impacto, que pode ter vários metros de espessura. Abaixo desse limite efetivo, a densidade da fumaça na zona de transição cai a zero. 3.225. Inundação total: Descarga de gases limpos, por meio de difusores fixos no interior do recinto que contém o equipamento protegido, de modo a permitir uma atmosfera inerte com uma concentração determinada de gás a ser atingida em tempo determinado. 3.226. Isolamento de riscos: Medidas de proteção passiva por meio de compartimentação (vedos fixos resistentes ao fogo) ou afastamentos entre blocos, destinados a evitar a propagação do fogo, calor e gases, entre os blocos isolados. 3.227. Itinerário: Trajeto a ser percorrido pelas guarnições do Corpo de Bombeiros na ida ou no regresso do atendimento de uma emergência, previamente estabelecido por meio de croqui. 3.228. Jato compacto: Tipo de jato de água caracterizado por linhas de corrente de escoamento paralelas, observado na extremidade do esguicho. 3.229. Jato de espuma de monitor (canhão): Jato de grande capacidade de esguicho, que está apoiado em posição e que pode ser dirigido por um homem. O fluxo de solução de 1200L/min ou mais pode ser usado. 3.230. Jato de fumaça sob o teto (“ceiling jet”): Fluxo de fumaça sob o teto, estendendo-se radialmente do ponto de choque da coluna de fogo contra o teto. Normalmente, a temperatura do jato de fumaça sob o teto será maior que a camada de fogo adjacente. 3.231. Jato de linha de mangueira: Jato de espuma de um esguicho que pode ser segurado e dirigido manualmente. A reação do esguicho usualmente limita o fluxo da solução a aproximadamente 1000L/min no máximo. 3.232. Laje de Segurança: Área de refúgio, localizada na coberta da edificação, com no mínimo 50m², interligada à Escada de Segurança, sendo proibido qualquer desnível ou ressalto e mantendo a condição de enclausuramento. 3.233. Lanço de escada: Sucessão ininterrupta de degraus entre dois patamares sucessivos. Nota: Um lanço de escada nunca pode ter menos de três degraus, nem subir altura superior a 3,70m.

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3.234. Largura do degrau (b): Distância entre o bocel do degrau e a projeção do bocel do degrau imediatamente superior, medida horizontalmente sobre a linha de percurso da escada. 3.235. Laudo: Peça na qual o profissional habilitado relata o que observou e dá as suas conclusões. 3.236. Laudo de Correção do Projeto Contra Incêndio - é o documento emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) indicando inobservâncias técnicas da legislação vigente no Projeto de Segurança Contra Incêndio. 3.237. Limite de área de armazenamento: Linha fixada pela fileira externa de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP), em um lote de recipientes, acrescida da largura do corredor de inspeção, quando este for exigido. 3.238. Limite do lote de recipientes: Linha fixada pela fileira externa de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP), em um lote de recipientes. 3.239. Linha de espuma: Tubulação ou linha de mangueiras destinada a conduzir a espuma. 3.240. Linha de percurso de uma escada: Linha imaginária sobre a qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimão, estando afastada 0,55m da borda livre da escada ou da parede. Nota: Sobre esta linha, todos os degraus possuem piso de largura igual, inclusive os degraus ingrauxidos nos locais em que a escada faz deflexão. Nas escadas de menos de 1.10 m de largura, a linha de percurso coincide com o eixo da escada, ficando, pois, mais perto da borda. 3.241. Linha de solução: Tubulação ou linha de mangueiras destinada a conduzir a solução de espuma mecânica. 3.242. Líquido combustível: Líquido que possui ponto de fulgor igual ou superior a 37,8 ºC, subdividido como segue:

a) Classe II: líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 37,8 ºC e inferior a 60 ºC;

b) Classe IIIA: líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 60 º C e inferior a 93,4 º C;

c) Classe IIIB: líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 93,4ºC.

3.243. Líquido inflamável: Líquido que possui ponto de fulgor inferior a 37,8 ºC, também conhecido como líquido Classe I, subdividindo-se em: 3.244. Classe IA: líquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8 ºC e ponto de ebulição abaixo de 37,8ºC;

3.245. Classe IB: líquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8 ºC e ponto de ebulição igual ou acima de 37,8ºC; 3.246. Classe IC: líquido com ponto de fulgor igual ou acima de 22,8 ºC e ponto de ebulição abaixo de 37,8 ºC. 3.247. Listagem confiável: Relação de dados e características de projeto de equipamentos ou dispositivos, publicada pelo fabricante e reconhecida por órgãos regulamentadores ou normativos, aceita pelo proprietário da instalação ou seu preposto legal designado. 3.248. Local de abastecimento: Área determinada pelo conjunto de veículo abastecedor, mangueira flexível de abastecimento e central de gás liquefeito de petróleo (GLP). 3.249. Local de risco: Área interna ou externa da edificação, onde haja a probabilidade de um perigo se materializar causando um dano. 3.250. Local de saída única: Condição de um pavimento da edificação, onde a saída é possível apenas em um sentido. 3.251. Loteamento: Parcelamento do solo com abertura de novos sistemas de circulação ou prolongamento, modificação ou ampliação dos existentes. 3.252. Lotes de recipientes: Conjunto de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP), sem que haja corredor de inspeção entre estes. 3.253. Maior risco: Aquele que possa existir oriundo de instalações projetadas ou existentes que requeira a maior demanda de água para o combate a incêndio. 3.254. Mangotinho: Ponto de tomada de água onde há uma simples saída contendo válvula de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semi-rígida, esguicho regulável e demais acessórios. 3.255. Mangueira de incêndio: Tubo flexível, fabricado com fios naturais ou artificiais, usado para canalizar água, solução ou espuma. 3.256. Mangueira flexível: Tubo flexível de material sintético com características comprovadas para uso do gás liquefeito de petróleo (GLP), podendo ou não possuir proteção metálica ou têxtil. 3.257. Manômetro: Instrumento que realiza a medição de pressões efetivas ou relativas. 3.258. Manômetro de líquido ajustável: Tipo de manômetro que permite a realização da avaliação da diferença de pressão entre dois ambientes por meio da comparação entre alturas de colunas de líquido dito manométrico. Permite o ajuste do valor inicial, antes do início da medição (ajuste do “zero”). 3.259. Manuseio de produtos controlados: trato com produto controlado com finalidade

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específica como, por exemplo, sua utilização manutenção, armazenamento e manipulação, em acordo com as condições legais exigidas. 3.260. Mapeamento de risco: Estudo desenvolvido pelo responsável por uma edificação em conjunto com o Corpo de Bombeiros, visando relacionar os meios humanos e materiais disponíveis por uma empresa, seguido da qualificação e otimização da capacidade de reação. 3.261. Materiais combustíveis: Produtos ou substâncias (não resistentes ao fogo) que sofrem ignição ou combustão quando sujeitos a calor. 3.262. Materiais de acabamento: Produtos ou substâncias que, não fazendo parte da estrutura principal, são agregados à mesma com fins de conforto, estética ou segurança. 3.263. Materiais fogo-retardantes: Produtos ou substâncias que, em seu processo químico, recebem tratamento para melhor se comportarem frente a ação do calor, ou ainda aqueles protegidos por produtos que dificultem a queima. 3.264. Materiais incombustíveis: Produtos ou substâncias que, submetidos `a ignição ou combustão, não apresentam rachaduras, derretimento, deformações excessivas e não desenvolvem elevada quantia de fumaça e gases. 3.265. Materiais semicombustíveis: Produtos ou substâncias que, submetidos `a ignição ou combustão, apresentam baixa taxa de queima e pouco desenvolvimento de fumaça. 3.266. Máximo enchimento: Volume máximo de gás liquefeito de petróleo (GLP) em estado líquido que um recipiente pode armazenar com segurança. 3.267. Medidas de segurança contra incêndio: Conjunto de dispositivos ou sistemas, a serem instalados nas edificações e áreas de risco, necessários para evitar o surgimento de um incêndio, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção e ainda propiciar a proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio. 3.268. Meio defensável (“tenable environment”): Meio no qual a fumaça e o calor estão limitados e restritos, visando preservar os ocupantes num nível que não exista ameaça de vida. 3.269. Memorial: Conceitos, premissas e etapas utilizados para definir, localizar, caracterizar e detalhar o projeto do sistema de hidrantes e mangotinhos de uma edificação, desde a concepção até a sua implantação e manutenção. É composto de parte descritiva, cálculos, ábacos e tabelas. 3.270. Mezanino: Pavimento que subdivide parcialmente um andar em dois andares. Será considerado andar o mezanino que possuir área

maior que um terço (1/3) da área do andar subdividido. 3.271. Módulo habitável: Contêiner adaptado, que recebeu portas e janelas, além de instalação elétrica e/ou hidráulica; empregado como escritório, sala de reuniões, sala de treinamento ou de aula, depósito, almoxarifado ou guarita. O módulo habitável pode ser formado por um ou mais contêineres conjugados, dispostos horizontalmente (afastados ou não entre si) ou verticalmente, havendo comunicação entre os módulos, através de portas, com ou sem emprego de escadas. 3.272. Monitor: Equipamento destinado a formar e orientar jatos de água ou espuma de grande volume e alcance. 3.273. Monitor fixo (Canhão): Equipamento que lança jato de espuma e está montado num suporte estacionário fixo ao nível do solo ou em elevação. O monitor pode ser alimentado com a solução mediante tubulação permanente ou mangueiras. 3.274. Monitor portátil (canhão): Equipamento que lança jato de espuma e encontra-se num suporte móvel ou sobre rodas, de modo que pode ser transportado para cena do incêndio. 3.275. Mudança de ocupação: Alteração de uso que motive a mudança de divisão da edificação e áreas de risco constante da tabela de classificações das ocupações prevista neste Regulamento. 3.276. Neblina de água: Jato de pequenas partículas d’água, produzido por esguichos especiais. 3.277. Nível de acesso: Ponto do terreno em que atravessa a projeção do parâmetro externo da parede do prédio, ao se entrar na edificação. Nota: É aplicado para a determinação da altura da edificação. 3.278. Nível de descarga: Nível no qual uma porta externa conduz a um local seguro no exterior. 3.279. Norma Técnica do Corpo de Bombeiros (NTCB): é o documento técnico elaborado pelo CBMCE que regulamenta as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco; 3.280. Ocupação: Atividade ou uso da edificação. 3.281. Ocupação mista: Edificação que abriga mais de um tipo de ocupação. 3.282. Ocupação predominante: Atividade ou uso principal exercido na edificação. 3.283. Ocupação temporária: Atividade desenvolvida de caráter temporário, tais como circos, feiras, espetáculos e parques de diversões.

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3.284. Ocupações temporárias em instalações permanentes: Instalações de caráter temporário e transitório, não definitivo em local com características de estrutura construtiva permanente, podendo ser anexadas ocupações temporárias. 3.285. Operação automática: Atividade que não depende de qualquer intervenção humana para determinar o funcionamento da instalação. 3.286. Operação de abastecimento: Atividade de transferência de gás liquefeito de petróleo (GLP) entre o veículo abastecedor e a central de GLP. 3.287. Operação manual: Atividade que depende da ação do elemento humano. 3.288. Operador: Profissional habilitado a executar a operação de transferência de gás liquefeito de petróleo (GLP) entre o veículo abastecedor e a central de GLP, podendo acumular a função de motorista, desde que reúna as habilitações necessárias. 3.289. Órgão competente: Órgão público, federal, estadual, municipal, ou ainda autarquias ou entidades por estes designadas capacitadas legalmente para determinar aspectos relevantes dos sistemas de proteção contra incêndio. 3.290. Parede corta-fogo: Elemento construtivo que, sob a ação do fogo, conserva suas características de resistência mecânica, é estanque à propagação da chama e proporciona um isolamento térmico durante um tempo de 02 (duas) de fogo. Considera-se parede de 0,25cm de espessura em alvenaria ou 0,15cm de espessura em concreto. 3.291. Passagem subterrânea: Obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de pedestres ou veículos. 3.292. Passarela: Obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres. 3.293. Pavimento: Plano de piso. 3.294. Pavimento de descarga: Parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro público ou área externa com acesso a este. 3.295. Pavimento em pilotis: Local edificado de uso comum, aberto em pelo menos três lados, devendo os lados abertos ficar afastados, no mínimo, 1,50 m das divisas. Considera-se, também, como tal, o local coberto, aberto em pelo menos duas faces opostas, cujo perímetro aberto tenha, no mínimo, 70% do perímetro total. 3.296. Percentual de aberturas em uma fachada: Relação entre a área total (edificações não compartimentadas) ou área parcial (edificações compartimentadas) da fachada de uma edificação, dividido pela área de aberturas existentes na mesma fachada.

3.297. Perigo: Propriedade de causar dano inerente a uma substância, a uma instalação ou a um procedimento. 3.298. Pesquisa de incêndio: Apuração das causas, desenvolvimento e conseqüências dos incêndios, mediante exame técnico das edificações, materiais e equipamentos, no local e/ou em laboratório especializado. 3.299. Pessoa habilitada: pessoa dotada de conhecimento técnico e treinada para comercializar fogos de artifício, devidamente treinada por órgão ou instituição similar; 3.300. Piso: Superfície superior do elemento construtivo horizontal sobre a qual haja previsão de estocagem de materiais ou onde os usuários da edificação tenham acesso irrestrito. 3.301. Pista de rolagem: Pista de dimensões definidas, destinada à rolagem de helicópteros entre área de pouso ou de decolagem e a área de estacionamento ou de serviços. 3.302. Planilha de levantamento de dados: Instrumento utilizado para a catalogação de todas as informações e dados da empresa, indispensável à elaboração de um PPI. 3.303. Plano de Auxílio Mútuo (PAM): Plano que tem por objetivo conjugar os esforços dos órgãos públicos (Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia etc) e brigadas de incêndio e de abandono das empresas privadas, em caso de sinistro. 3.304. Plano de intervenção de incêndio: Plano estabelecido em função dos riscos da edificação para definir a melhor utilização dos recursos materiais e humanos em uma situação de emergência. 3.305. Plano global de segurança: Integração de todas as medidas de prevenção contra incêndios e pânico que garantam a segurança efetiva das pessoas (aspecto humano) e do edifício, envolvendo as medidas de proteção ativa e passiva. 3.306. Plano particular de intervenção (PPI): Procedimento peculiar de atendimento de emergência em locais previamente definidos, elaborado por profissionais de grupo multidisciplinar (Engenheiros ou Técnicos que atuem na área de segurança de incêndio e ambiental), em conjunto com o Corpo de Bombeiros. 3.307. Planta de bombeiro: Representação gráfica da edificação, contendo informações através de legenda específica da localização, arranjo e previsão dos meios de segurança contra incêndio e riscos existentes. 3.308. Planta de risco: Mapa simplificado no formato A2, A3 ou A4, em escala padronizada, podendo ser em mais de uma folha, indicando:

a) principais riscos;

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b) paredes corta-fogo e de compartimentação;

c) hidrantes externos; d) número de pavimentos; e) registro de recalque; f) reserva de incêndio; g) armazenamento de produtos perigosos; h) vias de acesso às viaturas do Corpo de

Bombeiros; i) hidrantes públicos próximos da

edificação (se houver). 3.309. Planta: Desenho onde estão situadas uma única ou mais empresas, com uma única ou mais edificações. 3.310. Poço de instalação: Passagem essencialmente vertical deixada numa edificação com finalidade específica de facilitar a instalação de serviços tais como dutos de ar-condicionado, ventilação, tubulações hidráulico-sanitárias, eletrodutos, cabos, tubos de lixo, elevadores, monta-cargas, e outros. 3.311. Poço de sucção: Elemento construtivo do reservatório, destinado a maximizar a utilização do volume de água acumulado, bem como para evitar a entrada de impurezas no interior das tubulações. 3.312. Ponto de abastecimento: Ponto de interligação entre o engate de enchimento da mangueira de abastecimento e a válvula do recipiente que deve ser abastecido. 3.313. Ponto de luz: Dispositivo constituído de lâmpada(s) ou outros dispositivos de iluminação, invólucro(s) e/ou outros(s) componente(s) que têm a função de promover o aclaramento do ambiente ou a sinalização. 3.314. População: Número de pessoas para as quais uma edificação, ou parte dela, é projetada. 3.315. População fixa: Número de pessoas que permanece regularmente na edificação, considerando-se os turnos de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nestas condições. 3.316. População flutuante: Número de pessoas que não se enquadra no item de população fixa. Será sempre pelo número máximo diário de pessoas. 3.317. Porta corta-fogo (PCF): Dispositivo construtivo com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalado nas aberturas da parede de compartimentação, destinadas à circulação de pessoas e de equipamentos. 3.318. Posto de comando: Local fixo ou móvel, com representantes de todos os órgãos envolvidos no atendimento de uma emergência. 3.319. Posto de abastecimento e serviço: Atividade onde são abastecidos os tanques de combustível de motores de veículos.

3.320. PPI: Plano Particular de Intervenção. 3.321. Prevenção de incêndio: Conjunto de medidas que visam: evitar o incêndio; permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação e áreas de risco; dificultar a propagação do incêndio; proporcionar meios de controle e extinção do incêndio e permitir o acesso para as operações do Corpo de Bombeiros. 3.322. Processo de segurança contra incêndio: Documentação que contém os elementos formais exigidos pelo CBPMESP na apresentação das medidas de segurança contra incêndio de uma edificação e áreas de risco que devem ser projetadas para avaliação em análise técnica. 3.323. Produto controlado: produto que, devido ao seu poder de destruição ou outra propriedade, deva ter seu uso restrita a pessoas físicas e jurídicas legalmente habilitadas, capacitadas técnica, moral e psicologicamente, de modo a garantir a segurança social e militar do país. O controle é feito pelo exército ou polícia civil; 3.324. Produtos perigosos: Substâncias químicas com potencial lesivo à saúde humana e ao meio ambiente. 3.325. Profissional habilitado: Toda pessoa com formação em higiêne, segurança e medicina do Trabalho, devidamente registrado nos Conselhos Regionais competentes ou no Ministério do Trabalho e os militares das Forças Armadas, das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, com o 2° grau completo e que possuam especialização em prevenção e combate à incêndio (carga horária mínima de 60 horas), e técnicas de emergências médicas (carga horária mínima de 40 horas), conforme sua área de especialização. 3.326. Profissional legalmente habilitado: Pessoa física ou jurídica que goza do direito, segundo as leis vigentes, de prestar serviços especializados de proteção contra incêndio. 3.327. Profundidade de piso em subsolo: Profundidade medida em relação ao nível de descarga da edificação. 3.328. Projetista: Pessoa física ou jurídica responsável pela elaboração de todos os documentos de um projeto, assim como do memorial. 3.329. Projeto: Conjunto de peças gráficas e escritas, necessárias à definição das características principais do sistema de combate a incêndio, composto de plantas, seções, elevações, detalhes e perspectivas isométricas e, inclusive das especificações de materiais e equipamentos. 3.330. Propagação por condução: Decorrente do contato direto de chamas pela fachada ou pela cobertura (em colapso) de um incêndio em uma

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edificação, que se propaga para outra edificação contígua. 3.331. Propagação por convecção: Decorrente de gases quentes emitidos pelas aberturas existentes na fachada ou pela cobertura da edificação incendiada, que atingem a fachada da outra edificação adjacente. 3.332. Propagação por radiação térmica: Aquela emitida por um incêndio em uma edificação, que se propaga por radiação por meio de aberturas existentes na fachada, pela cobertura (em colapso), ou pela própria fachada (composta de material combustível) para uma outra edificação adjacente. 3.333. Quadro de áreas: Tabela que contém as áreas individualizadas das edificações e seus pavimentos. 3.334. Rampa: Parte construtiva inclinada de uma rota de saída, que se destina a unir dois níveis ou setores de um recinto de evento. 3.335. Recipiente estacionário: Recipiente fixo, com capacidade superior a 0,25 m³. 3.336. Recipiente transportável: Recipiente que pode ser transportado manualmente ou por qualquer outro meio. É considerado transportável para efeito de proteção contra incêndio o recipiente com volume máximo de 500 l. 3.337. Rede de alimentação: Conjunto de condutores elétricos, dutos e demais equipamentos empregados na transmissão de energia do sistema, inclusive a sua proteção. 3.338. Rede de detecção, sinalização e alarme: Conjunto de dispositivos de atuação automática destinados a detectar calor, fumaça ou chama e a atuar equipamentos de proteção e dispositivos de sinalização e alarme. 3.339. Rede de distribuição: Parte do sistema de abastecimento formado de tubulações e órgãos acessórios, destinada a colocar água potável à disposição dos consumidores, de forma contínua, em quantidade e pressão recomendada. 3.340. Rede elétrica da concessionária: Energia elétrica fornecida pela concessionária do município, a qual opera independente da vontade do usuário. 3.341. Refinaria: Unidade industrial na qual são produzidos líquidos inflamáveis, em escala comercial, a partir de petróleo, gasolina natural ou outras fontes de hidrocarbonetos. 3.342. Reforma: Alterações nas edificações e áreas de risco sem aumento de área construída. 3.343. Registro (“dumper”) de sobrepressão: Dispositivo que atua como regulador em ambiente que deva ser mantido em determinado nível de pressão, evitando que a pressão assuma valores maiores por onde ocorra escape do ar.

3.344. Registro de fluxo: Dispositivo com a função de direcionar o fluxo de ar, normalmente utilizado na saída dos grupos moto-ventiladores, quando utilizado duplicidade de equipamentos. 3.345. Registro de fumaça (“smoke damper”): Dispositivo utilizado no sistema de controle de fumaça, projetado para resistir à passagem de ar ou fumaça. Um registro de fumaça pode ser combinado, atendendo a requisitos de resistência a fogo e fumaça. 3.346. Registro de paragem: Dispositivo hidráulico manual, destinado a interrromper o fluxo de água das instalações hidráulicas de combate a incêndio em edificações. 3.347. Registro de recalque: Dispositivo hidráulico destinado a permitir a introdução de água proveniente de fontes externas, na instalação hidráulica de combate a incêndio das edificações. 3.348. Registros corta-fogo (“dampers”): Dispositivos construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nos dutos de ventilação e dutos de exaustão, que cruzam as paredes de compartimentação ou entrepisos. 3.349. Reserva de incêndio: Volume de água destinado exclusivamente ao combate a incêndio. 3.350. Reservatório ao nível do solo: Reserva de incêndio cujo fundo se encontra instalado no mesmo nível do terreno natural. 3.351. Reservatório de escorva: Reservatório de água com volume necessário para manter a tubulação de sucção da bomba de incêndio sempre cheia d’água. 3.352. Reservatório elevado: Reserva de incêndio cujo fundo se encontra instalado acima do nível do terreno natural com a tubulação formando uma coluna d’água. 3.353. Reservatório enterrado ou subterrâneo: Reserva de incêndio cuja parte superior encontra-se instalada abaixo do nível do terreno natural. 3.354. Reservatório semi-enterrado: Reserva de incêndio cujo fundo se encontra instalado abaixo do nível do terreno natural e com a parte superior acima do nível do terreno natural. 3.355. Resistência ao fogo: Propriedade de um elemento construtivo, de resistir à ação do fogo por um determinado período de tempo, mantendo sua integridade, estanqueidade e isolação e/ou características de vedação aos gases e chamas. 3.356. Responsável técnico: Profissional habilitado para elaboração e/ou execução de atividades relacionadas a segurança contra incêndio. Quando relacionado a fogos de artifício deve ser profissional com formação nas áreas de Engenharia Química, Engenharia de Minas ou Engenharia de Segurança.

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3.357. Risco: Propriedade de um perigo se materializar causando um dano. O risco é a relação entre a probabilidade e a conseqüência. O risco pode ser físico (ruídos, vibrações, radiações, pressões anormais, temperaturas extremas, umidade e iluminação deficiente). Pode ser químico (poeiras, fumos, vapores, gases, líquidos e neblinas provenientes de produtos químicos). Pode ainda ser biológico (vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos, parasitas e animais peçonhentos). 3.358. Risco iminente: Possibilidade de ocorrência de sinistro que requer ação imediata. 3.359. Risco isolado: Condição que possibilita isolar por todos os lados, por meio de equipamentos, pessoal de combate a incêndio ou por meios do extravasamento de produto para áreas externas ao risco. 3.360. Risco predominante: Maior risco determinado pela carga de incêndio dentre as ocupações, em função da área dos pavimentos. Nota 1: Ocorrendo equivalência na somatória da carga de incêndio, adotar-se-á para efeito da classificação do maior risco, a ocupação que possuir maior carga de incêndio pôr m². Nota 2:Ocorrendo concentração de público, prevalecerá como sendo o maior risco, para o dimensionamento das saídas de emergências. 3.361. Risco primário: Risco principal do produto de acordo com tabela do Decreto 96.044, de 18 de maio de 1988, Regulamento Federal para o transporte rodoviário de produtos perigosos. 3.362. Risco secundário: Risco subsidiário do produto de acordo com tabela do Decreto 96.044, 18 de maio de 1988, Regulamento Federal para o transporte rodoviário de produtos perigosos. 3.363. Rótulo: elemento que representa informações como, símbolos e/ou expressões emolduradas referentes à natureza, manuseio e identificação do produto. 3.364. Saída de emergência, rota de fuga, rota de saída ou saída: Caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, proporcionado por portas, corredores, “halls”, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída ou combinações desses, a ser percorrido pelo usuário em caso de emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço aberto (área de refúgio) com garantia de integridade física. 3.365. Saída horizontal: Passagem de um edifício para outro por meio de porta corta-fogo, vestíbulo, passagem coberta, passadiço ou balcão.

3.366. Saída única: Local em um setor do recinto de evento, onde a saída é possível apenas em um sentido. 3.367. Sapé, piaçava (ou piaçaba): Fibras vegetais de fácil combustão, de largo emprego na zona rural para cobertura de ranchos, no fabrico de vassouras e também utilizadas como cobertura de edificações destinadas à reunião de público, tais como bares, lanchonetes, restaurantes, casas de espetáculos etc. 3.368. Segurança contra incêndio: Conjunto de ações e recursos, internos e externos à edificação e áreas de risco, que permitam controlar a situação de incêndio. 3.369. Segurança: Compromisso a cerca da relativa proteção da exposição a riscos. 3.370. Selos corta-fogo: Dispositivos construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nas passagens de eletrodutos e tubulações que cruzam as paredes de compartimentação ou entrepisos. 3.371. Separação corta-fogo: Elemento de construção que funciona como barreira contra a propagação do fogo, avaliado conforme norma existente. 3.372. Separação de riscos de incêndio: Recursos que visam a separar fisicamente edificações ou equipamentos. Podem ser áreas livres, barreiras de proteção, anteparos e/ou paredes de material incombustível, com resistência mínima à exposição ao fogo de 2 horas. 3.373. Separação entre edificações: Distância segura entre cobertura e fachada de edificações adjacentes, que se caracteriza pela distância medida horizontalmente entre a cobertura de uma edificação e a fachada de outra. 3.374. Setor: Espaço delimitado por elementos construtivos que condicionam a circulação das pessoas para outras partes do recinto, permitindo ainda a lotação ordenada do local. 3.375. Severidade da exposição: Soma total da energia produzida com a evolução de um incêndio, que resulta na intensidade de uma exposição. 3.376. “Shaft”: Abertura existente na edificação, vertical ou horizontal, que permite a passagem e interligação de instalações elétricas, hidráulicas ou de demais outros dispositivos necessários. 3.377. “Shopping” coberto (“covered mall”): Espaço amplo criado por uma área coberta de pedestre em uma edificação agregando um número de ocupantes, tais como lojas de varejo, bares, entretenimento e diversão, escritórios ou outros usos similares, onde esses espaços ocupados são abertos permitindo comunicação direta com a área de pedestres.

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3.378. Simulado: Emprego técnico e tático dos meios disponíveis, realizados por pessoal especializado, em situação não real, visando o treinamento dos participantes. 3.379. Sinais visuais: Compreendem a combinação de símbolos, mensagens, formas geométricas, dimensões e cores. 3.380. Sinalização de emergência: Conjunto de sinais visuais que indicam, de forma rápida e eficaz, a existência, a localização e os procedimentos referentes a saídas de emergência, equipamentos de segurança contra incêndios e riscos potenciais de uma edificação ou áreas relacionadas a produtos perigosos. 3.381. Sinistro: Ocorrência de prejuízo ou dano, causado por incêndio, acidente, explosão, etc. 3.382. Sistema de aspersão de espuma: Sistema especial, ligado à fonte da solução produtora, estando equipado com aspersores de neblina para descarga e distribuição na área a ser protegida. 3.383. Sistema de carregamento: Dispositivo para o abastecimento de tanques de combustível de motores de veículos, que engloba uma ou mais unidades de abastecimento. 3.384. Sistema de chuveiros automáticos: Conjunto integrado de tubulações, acessórios, abastecimento de água, válvulas e dispositivos sensíveis à elevação de temperatura, de forma a processar água sobre o foco de incêndio em uma densidade adequada para extinguí-lo ou controlá-lo em seu estágio inicial. 3.385. Sistema de controle de fumaça (“smoke management system”): Um sistema projetado, que inclui todos os métodos isolados ou combinados, para modificar o movimento da fumaça. 3.386. Sistema de detecção e alarme: Conjunto de dispositivos que visa a identificar um princípio de incêndio, notificando sua ocorrência a uma central, que repassará este aviso a uma equipe de intervenção, ou determinará o alarme para a edificação, com o conseqüente abandono da área. 3.387. Sistemas de hidrantes ou de mangotinhos: Conjunto de dispositivos de combate a incêndio composto por reserva de incêndio, bombas de incêndio (quando necessário), rede de tubulação, hidrantes ou mangotinhos e outros acessórios descritos nesta norma. 3.388. Subestação atendida: Instalação operada localmente e que dispõe de pessoas permanentes ou estacionadas.

3.389. Subestação compacta: Instalação atendida ou não, localizada em região urbana, com os tipos descritos abaixo: 3.390. Subestação abrigada: Instalação total ou parcialmente abrigada, devido a fatores diversos, com limitação de área do empreendimento, aspectos econômicos e sociais. 3.391. Subestação subterrânea: instalações que se encontram situadas abaixo do nível do solo. 3.392. Subestação de uso múltiplo: Instalação localizada em uma única área compartilhada pelo proprietário e por terceiros. 3.393. Subestação de uso múltiplo: Instalação convencional, acrescida de outras edificações separadas e distanciadas entre si, de único proprietário. 3.394. Subestação elétrica convencional: Instalação de pátio se encontram ao ar livre, podendo os transformadores permanecer ou não enclausurados. 3.395. Subestação não-atendida: Instalação tele-controlada ou operada localmente por pessoas não permanentes ou não estacionadas. 3.396. Subsolo: Pavimento situado abaixo do perfil do terreno. Não será considerado subsolo o pavimento que possuir ventilação natural e tiver sua laje de cobertura acima de 1,20m do perfil do terreno. 3.397. Substância sujeita a combustão espontânea: substância sujeita a aquecimento espontânea nas condições normais de pressão e temperatura, de transportes ou estocagem, que se aquecem em contato com ar, sendo, capazes de se incendiarem. 3.398. Supervisão (“supervision”): Auto-teste do sistema de controle de fumaça, na qual o circuito de condutores ou dispositivos de função, são monitorados para acompanhar a falha ou integridade dos condutores e dos equipamentos que controlam o sistema. 3.399. Tanque: Reservatório cilíndrico para armazenar líquidos combustíveis ou inflamáveis. 3.400. Tanque atmosférico não refrigerado: Reservatório não equipado com sistema de refrigeração. 3.401. Tanque atmosférico refrigerado: Reservatório equipado com sistema de refrigeração, que visa a controlar a temperatura entre – 35ºC a – 40ºC de forma a manter o gás liquefeito de petróleo (GLP) em estado líquido sem a necessidade de pressurização. 3.402. Tanques de maior risco: Reservatório contendo líquidos combustíveis ou inflamáveis e que possui maior demanda de vazão de espuma mecânica.

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3.403. Tanque de teto cônico: Reservatório com teto soldado na parte superior do costado. 3.404. Tanque de teto flutuante: Reservatório cujo teto será diretamente apoiado na superfície do líquido no qual flutua. 3.405. Tanque vertical: Reservatório de base apoiada sobre o solo. 3.406. Taxa de aplicação: Vazão de solução de espuma a ser lançada sobre a área da superfície líquida em chamas. 3.407. Temperatura crítica: temperatura que causa o colapso no elemento estrutural. 3.408. Tempo de comutação: Intervalo de tempo entre a interrupção da alimentação da rede elétrica da concessionária e a entrada em funcionamento do sistema de iluminação de emergência. 3.409. Tempo máximo de abandono (t): Duração considerada para que todos os ocupantes do recinto consigam atingir o espaço livre exterior. 3.410. Tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF): Duração de resistência ao fogo dos elementos construtivos de uma edificação, estabelecida pelas normas. 3.411. Terraço: Local descoberto sobre uma edificação ou ao nível de um de seus pavimentos acima do pavimento térreo. 3.412. Teste: Verificação ou prova (fazer funcionar experimentalmente), para determinar a qualidade ou comportamento de um sistema de acordo com as condições estabelecidas na Instrução Técnica. 3.413. Torre de espuma: Equipamento portátil destinado a facilitar a aplicação da espuma em tanques. 3.414. Tráfego: conjunto de atos relacionados com o transporte de produtos controlados e compreende as fases de embarque, trânsito, desembarque e entrega. 3.415. Trajetórias de escape: Vazão de ar que sai dos ambientes pressurizados, definida no projeto do sistema, e é através deste fluxo de ar que são estabelecidas as trajetórias que serão percorridas pelo ar que gera a pressurização. 3.416. Tubo-luva de proteção: Dispositivo no interior do qual a tubulação de gás (GLP, nafta, natural ou outro similar) é montada, e cuja finalidade é diminuir o risco de um princípio de incêndio, próximo às juntas, soldas e conexões; atingir a proteção contra incêndio existente nos dutos de sucção e/ou pressurização, visando ainda ao não confinamento de gás em locais não ventilados. 3.417. Tubulação: Conjunto de tubos, conexões e outros acessórios destinados a conduzir água, desde a reserva de incêndio até os hidrantes ou mangotinhos.

3.418. Tubulação seca: Parte do sistema de hidrantes, que por condições específicas, fica permanentemente sem água no seu interior, sendo pressurizada por viatura de combate a incêndios. 3.419. Túnel rodoviário: Passagem horizontal construída embaixo da terra ou da água usado para o tráfego de automóveis. 3.420. Unidade autônoma: Parte da edificação vinculada a uma fração ideal de terreno, sujeita às limitações da lei, constituída de dependências e instalações de uso privativo e de parcela de dependências e instalações de uso comum da edificação, assinalada por designação especial numérica, para efeitos de identificação, nos termos da Lei Federal nº 4591, de 16 de dezembro de 1963. 3.421. Unidade de combustível: Postos de abastecimento de combustíveis, edificações destinadas a depósito e armazenamento de líquidos e gases inflamáveis e similares. 3.422. Unidade de passagem: Largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m. Nota: Capacidade de uma unidade de passagem é o número de pessoas que passa por esta unidade em 1,0 minuto. 3.423. Unidade de processamento: Estabelecimento ou parte de estabelecimento cujo objetivo principal é misturar, aquecer, separar ou processar, de outra forma, líquidos inflamáveis. Nesta definição não estão incluídas as refinarias, destilarias ou unidades químicas. 3.424. Válvula de retenção: Dispositivo hidráulico destinado a evitar o retorno da água para o reservatório. 3.425. Válvulas: Acessórios de tubulação destinado a controlar ou bloquear o fluxo de água no interior das tubulações. 3.426. Varanda: Parte da edificação, não em balanço, limitada pela parede perimetral do edifício, tendo pelo menos uma das faces aberta para o logradouro ou área de ventilação. 3.427. Vazamento: Vazão de ar que sai do ambiente e/ou da rede de dutos de modo não desejável causando perda de uma parcela do ar que é insuflado. 3.428. Vedadores corta-fogo: Dispositivos construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nas aberturas das paredes de compartimentação ou dos entrepisos, destinadas à passagem de instalações elétricas e hidráulicas etc. 3.429. Veículo abastecedor: Veículo especificamente homologado para transporte e transferência de gás liquefeito de petróleo (GLP) a granel.

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3.430. Veículo transportador: Veículo que dispõe de tanque criogênico, especialmente projetado e utilizado para o transporte e transvasamento de gás natural liquefeito (GNL), construído e operado com observância do disposto em norma e devidamente certificado pelo INMETRO. 3.431. Veios: Dispositivos instalados no interior de curvas, bifurcações ou outros acessórios com a finalidade de direcionar o fluxo de ar, visando, também, à diminuição da perda de carga localizada. 3.432. Velocidade (v): Distância percorrida por uma pessoa em uma unidade de tempo. 3.433. Veneziana de tomada de ar: Dispositivo localizado em local fora do risco de contaminação por fumaça proveniente do incêndio e por partículas que proporcionam o suprimento de ar adequado para o sistema de pressurização. 3.434. Ventilação constante: Movimentação constante de ar em um ambiente. 3.435. Ventilação cruzada: Movimentação de ar, que se caracteriza por aberturas situadas em lados opostos das paredes de uma edificação, sendo uma localizada junto ao piso e a outra situada junto ao teto. 3.436. Via de acesso: Espaço destinado para as viaturas do CBMCE adentrarem no entorno à edificação, à área de risco e à faixa de estacionamento. 3.437. Via urbana: Espaços abertos destinados à circulação pública (tais como ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares), situados na área urbana e caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão. 3.438. Viaduto: Obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de terreno ou servir de passagem superior. 3.439. Vias de acesso para atendimento a emergências: Áreas ou locais definidos para passagem de pessoas, em casos de abandono de emergência, e/ou para transporte de equipamentos ou materiais para extinção de incêndios. 3.440. Vigas principais: Elementos estruturais ligados diretamente aos pilares ou a outros elementos estruturais que sejam essenciais à estabilidade do edifício como um todo. 3.441. Vistoria: Ato de verificar o cumprimento das exigências das medidas de segurança contra

incêndio nas edificações e áreas de risco, em inspeção no local. 3.442. Bombeiro Mlitar Fiscal: Servidor público militar, autorizado para o exercício do serviço de análise de projetos e vistorias do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 3.443. Vistoria periódica: Ato de verificar as edificações quanto aos Sistemas de Proteção Contra Incêndio e pânico por motivação qualquer. 3.444. Vítima: Pessoa ou animal que sofreu qualquer tipo de lesão ou dano. 4. Procedimentos 4.1. Os símbolos gráficos que devem constar nos projetos de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco são apresentadas no Anexo. 4.2. Os símbolos gráficos são compostos por uma forma geométrica básica, que define uma categoria de segurança contra incêndio e pânico e por um símbolo suplementar, que, quando colocado no interior da forma geométrica básica, define o significado específico do conjunto gráfico representado. 4.3. As dimensões dos símbolos devem estar em uma mesma escala, proporcional à escala de qualquer desenho do projeto. 4.3. Caso seja conveniente, a área na cor preta existente no interior de algum dos símbolos pode ser substituída por hachuras ou pode ser pontilhada. 4.4. Os símbolos podem ser suplementados por figuras detalhadas, números ou abreviaturas. 4.6. Os significados de todos os símbolos utilizados devem ser representados em uma legenda, de forma clara e de fácil identificação pelo leitor. 4.6.1. Não podem ser utilizados nos projetos de segurança símbolos diferentes dos referenciados na presente norma. Caso o projetista necessite de algum símbolo não apresentado no anexo, este deve contar em legenda.

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ANEXO SÍMBOLOS GRÁFICOS

EXTINTOR DE PÓ

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO

EXTINTOR DE ÁGUA

EXTINTOR SOBRE RODAS OU CARRETA

HIDRANTE DE PAREDE

HIDRANTE URBANO

BLOCO AUTÔNOMO PARA ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

HIDRANTE SAÍDA DUPLA

Page 302: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

ESTADO DO CEARÁ

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 03/2011

Prevenção Contra Incêndio e Pânico em Estádios e Áreas Afins

(Dimensionamento de Lotação e Saídas de Emergência)

FORTALEZA – CEARÁ

Maio - 2011

Page 303: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

2

SUMÁRIO

1 Objetivo

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Definições

5 Área de acomodação do público – setores

6 Saídas (normais e de emergência)

7 Dimensionamento das saídas

8 Setores para espectadores em pé em

eventos esportivos em geral

9 Outras exigências

10 Edificações de caráter temporário

11 Edificações existentes

12 Da proteção contra incêndio

13 Prescrições diversas

14 Publicação

ANEXOS

A Exemplos de dimensionamento

B Figuras

Page 304: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

3

1 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos mínimos necessários

para a segurança contra incêndio e pânico em

centros esportivos, de eventos e de exibição,

em especial quanto à determinação da

população máxima e o dimensionamento das

saídas visando à proteção da vida, atendendo

a Lei nº 13.556, de 29 de dezembro de 2004

que dispõe sobre a prevenção contra incêndio

e pânico no Estado de Ceará.

2 APLICAÇÃO

2.1 Esta norma técnica se aplica às

edificações destinadas a reunião de público

enquadradas nas divisões F-3 e F-7 (estádios,

ginásios, rodeios, arenas, construções

provisórias para público, circos, arquibancadas

e similares), permanentes ou não, fechadas ou

abertas, cobertas ou ao ar livre.

2.2 Para edificações permanentes, com

lotação inferior a 2.500 pessoas, admite-se

que os parâmetros de saídas sejam

dimensionados conforme a norma técnica NT

05.

2.3 As normas técnicas NT 01 e NT 05

complementam o presente texto nos assuntos

não detalhados nesta norma técnica.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E

BIBLIOGRÁFICAS

3.1 Para compreensão desta Norma

Técnica é necessário consultar as seguintes

normas, levando em consideração todas as

suas atualizações e outras que vierem

substituí-las:

BRASIL. Decreto nº 6.795, de 16 de março de

2009. Regulamenta o art. 23 da Lei nº 10.671,

de 15 de maio de 2003.

BRASIL. Lei nº 10.671, de 15 de maio de

2003. Dispõe sobre o Estatuto de Defesa do

Torcedor e dá outras providências.

COELHO, Antônio Leça. Modelação

matemática do abandono de edifícios sujeitos

à ação de um incêndio. Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto,

Portugal. COTÉ, Ron. NFPA-101 - Life Safety

Code Handbook. 18.ed. Quincy: NFPA, 2000.

FIFA. Football Stadiums -Technical

recommendations and requirements. 4.ed.

FIFA: Zurich, 2007.

GUIDE TO SAFETY AT SPORTS GROUNDS

(Green Guide). 5.ed. United Kingdom, 2008.

Instrução Técnica nº 12/2010 - Corpo de

Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São

Paulo.

Instrução Técnica nº 37/2010 - Corpo de

Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais.

NBR 15219 - Plano de emergência contra

incêndio – Requisitos

NBR 15476 – Móveis plásticos - assentos

plásticos para estádios desportivos e lugares

públicos não cobertos.

NBR 15816 – Móveis plásticos - assentos

plásticos para estádios desportivos e lugares

públicos fechados.

NBR 5419 – Proteção de estruturas contra

descargas atmosféricas.

NBR 9050 – Adequação das edificações e do

imobiliário urbano à pessoa deficiente.

NBR 9077 – Saídas de emergência em

edificações

NBR 9441 - Execução de Sistemas de

Detecção e Alarme de Incêndio.

PORTUGAL- Decreto Regulamentar Nº10/01,

de 07/06/01.

NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa

tensão.

PORTUGAL. Decreto Regulamentar nº 34/95,

de 16 de dezembro de 1995. Regulamento das

Condições Técnicas e de Segurança dos

Page 305: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

4

Recintos de Espectáculos e Divertimentos

Públicos.

4 DEFINIÇÕES

4.1 Para entendimento desta norma técnica

aplicam-se as definições abaixo:

4.1.1 Acesso: caminho a ser percorrido pelos

usuários do pavimento ou do setor,

constituindo a rota de saída para se alcançar

uma escada, ou uma rampa, ou uma área de

refúgio, ou descarga para saída do recinto. Os

acessos podem ser constituídos por

corredores, passagens, vestíbulos, balcões,

varandas, terraços e similares.

4.1.2 Acesso lateral: é um corredor de

circulação paralelo às filas (fileiras) de

assentos ou arquibancadas, geralmente

possui piso plano ou levemente inclinado

(rampa). Ver Figura 1.

4.1.3 Acesso radial: é um corredor de

circulação que dá acesso direto na área de

acomodação dos espectadores (patamares

das arquibancadas), podendo ser inclinado

(rampa) ou com degraus. Deve ter largura

mínima de 1,20 m. Ver Figura 1.

4.1.4 Assento rebatível: mobiliário que

apresenta duas peças principais, encosto e

assento. A peça do assento possui

características retráteis, seja por contra de

peso ou de mola, permanecendo na posição

recolhida quando desocupada.

4.1.5 Arquibancada: série de assentos em

filas sucessivas, cada uma em plano mais

elevado que a outra, em forma de degraus, e

que se destina a dar melhor visibilidade aos

espectadores, em estádios, anfiteatros, circos,

auditórios, etc. Podem ser providas de

assentos (cadeiras ou poltronas) ou não. Há

também a modalidade de arquibancadas para

público em pé.

4.1.6 Barreiras: estruturas físicas destinadas

a impedir ou dificultar a livre circulação de

pessoas.

4.1.7 Barreiras antiesmagamento: barreiras

destinadas a evitar esmagamentos dos

espectadores, devido à pressão da multidão

aglomerada nas áreas de acomodação de

público em pé.

4.1.8 Bloco: agrupamento de assentos

preferencialmente localizados entre dois

acessos radiais ou entre um acesso radial e

uma barreira.

4.1.9 Descarga: parte da saída de

emergência que fica entre a escada ou a

rampa e a via pública ou área externa em

comunicação com a via pública. Pode ser

constituída por corredores ou átrios cobertos

ou a céu aberto.

4.1.10 Local de segurança: local fora da

edificação, no qual as pessoas estão sem

perigo imediato dos efeitos do fogo.

4.1.11 Local de relativa segurança: local

dentro de uma edificação ou estrutura onde,

por um período limitado de tempo, as pessoas

têm alguma proteção contra os efeitos do fogo

e da fumaça. Este local deve possuir

resistência ao fogo e elementos construtivos,

de acabamento e de revestimento

incombustíveis, proporcionando às pessoas

continuarem sua saída para um local de

segurança. Exemplos: escadas de segurança,

escadas abertas externas, corredores de

circulação (saída) ventilados (mínimo de 1/3

da lateral com ventilação permanente).

4.1.12 Plano de abandono: conjunto de

normas e ações visando à remoção rápida,

segura, de forma ordenada e eficiente de toda

a população fixa e flutuante da edificação em

caso de uma situação de sinistro.

4.1.13 Plano de emergência: documento

estabelecido em função dos riscos da

edificação, que encerra um conjunto de ações

Page 306: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

5

e procedimentos a serem adotados, visando à

proteção da vida, do meio ambiente e do

patrimônio, bem como a redução das

conseqüências de sinistros.

4.1.14 Posto de comando: local fixo ou móvel,

com representantes de todos os órgãos

envolvidos no atendimento de uma

emergência.

4.1.15 Sala de Comando e Controle: local

instalado em ponto estratégico que

proporcione visão geral de todo recinto

(setores de público, campo, quadra, arena

etc.), devidamente equipado com todos os

recursos de informação e de comunicação

disponíveis no local, destinado à coordenação

integrada das operações desenvolvidas pelos

órgãos de Defesa Civil e Segurança Pública

em situação de normalidade.

4.1.16 Setor: espaço delimitado para

acomodação dos espectadores, permitindo a

ocupação ordenada do recinto, definido por

um conjunto de blocos.

4.1.17 Taxa de fluxo (F): número de pessoas

que passam por minuto, por determinada

largura de saída (pessoas/minuto).

4.1.18 Tempo de saída: é o tempo no qual

todos os espectadores, em condições normais,

conseguem deixar a respectiva área de

acomodação (setor) e adentrarem em um local

seguro ou de relativa segurança. Nota: Não

inclui o tempo total necessário para percorrer a

circulação inteira de saída (do assento ao

exterior).

4.1.19 Túnel de acesso ou “vomitório”:

passagem coberta que interliga as áreas de

acomodação de público (arquibancadas) às

circulações de saída ou de entrada do recinto.

5 ÁREA DE ACOMODAÇÃO DO PÚBLICO

– SETORES

5.1 Generalidades

5.1.1 Os recintos para eventos desportivos

devem ser setorizados em função de suas

dimensões a fim de evitar-se que, em uma

situação de emergência, o movimento dos

ocupantes venha a saturar determinadas rotas

de fuga bem como possibilitar às equipes de

segurança, socorro e salvamento, condições

para executarem suas respectivas ações nos

diversos eventos.

5.1.2 Em todos os setores deve haver saídas

suficientes, em função da população existente,

sendo, no mínimo, duas alternativas de saída

de emergência, em lados distintos.

Recomenda-se que cada setor tenha lotação

máxima de 10.000 pessoas.

5.1.3 O projeto das arquibancadas deverá

prever a possibilidade de divisão física entre

setores, através de barreiras que possam ser

removidas, de forma que estes sejam providos

de todos os recursos (bares, sanitários,

atendimento médico, acessibilidade e outros) e

acessos e saídas independentes, atendendo

às prescrições desta norma técnica.

5.1.4 As rotas de fuga dos espectadores

devem ser independentes das rotas de fuga

dos atletas ou artistas que se apresentam no

recinto, contendo sinalização complementar de

balizamento conforme normas técnicas

pertinentes.

5.1.5 Os setores, os blocos, as fileiras e os

assentos dos espectadores (inclusive quando

o assento for no próprio patamar da

arquibancada) devem ser devidamente

numerados e identificados, com marcação fixa

e visível, devendo também as fileiras serem

identificadas nas laterais dos acessos radiais,

em cor contrastante com a superfície.

5.1.6 Os ingressos disponibilizados para o

evento devem conter a respectiva identificação

do portão, do setor, do bloco, da fila e da

numeração do assento.

Page 307: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

6

5.1.7 Somente são considerados lugares

destinados a espectadores, aqueles inseridos

dentro dos setores previamente estabelecidos

e com rotas de fuga definidas.

5.1.8 As arquibancadas para público em pé

devem ser dotadas de barreiras

antiesmagamento – ver Seção “Guarda-corpos

(barreiras) e corrimãos”.

5.2 Patamares (degraus) das

arquibancadas

5.2.1 O comprimento máximo e o número

máximo de assentos (cadeiras, poltronas) nas

filas das arquibancadas devem obedecer às

seguintes regras:

5.2.2 Para estádios e similares

(arquibancadas permanentes): 20 m, quando

houver acesso em ambas extremidades da

fila, e, 10 m, quando houver apenas um

corredor de acesso (ver Figura 1).

5.2.3 Para ginásios cobertos e similares

(locais internos) e para arquibancadas

provisórias (desmontáveis): 14 m, quando

houver acessos nas duas extremidades da fila,

e, 7 m, quando houver apenas um corredor de

acesso.

5.2.4 Os patamares (degraus) das

arquibancadas para público em pé (quando

permitido) devem possuir as seguintes

dimensões (ver Figura 2):

a. altura mínima de 0,15 m e máxima de

0,19 m;

b. largura mínima de 0,40 m.

5.2.5 Os patamares (degraus) das

arquibancadas para público sentado (cadeiras

individuais ou assentos numerados direto na

arquibancada, quando permitido) devem

possuir as seguintes dimensões:

a. largura mínima 0,80 m;

b. altura máxima de 0,57 m (ver Figura 3).

5.2.5.1 Para edificações existentes admite-

se patamares com largura mínima de 0,75 m,

desde que atendidos os seguintes requisitos:

a. caso as filas sejam equipadas com

cadeiras com assento rebatível ou não

possuam cadeiras (assentos

numerados direto na arquibancada), os

valores máximos de comprimento da

fila, previstos na Subseção 5.2.1,

deverão ser reduzidos em 25%;

b. caso as cadeiras sejam não-rebatíveis

(tipo concha) os comprimentos

máximos das filas, previstos na

Subseção 5.2.1, devem ser reduzidos

em 50%.

5.2.5.2 Para arquibancadas provisórias

(desmontáveis) ver Seção específica.

5.2.6 Quando os próprios patamares das

arquibancadas forem usados como degraus de

escada, recomenda-se que a altura destes

esteja entre 0,15 m a 0,19 m.

5.2.7 Para edificações a serem construídas,

não será admitida a previsão de espectadores

em pé.

5.3 Assentos

5.3.1 Os assentos individuais das

arquibancadas (cadeiras ou poltronas),

destinados aos espectadores devem ser

dimensionados conforme normas técnicas e

ter as seguintes características (ver Figuras 3

e 4):

a. possuir resistência mecânica suficiente

para os esforços solicitados;

b. serem constituídos com material

incombustível ou retardante ao fogo,

conforme normas vigentes;

c. cada assento deverá possuir, no

mínimo, 0,42 m de largura útil e deve

ser instalado, no mínimo, a cada 50 cm

entre seus eixos, medidos

centralizadamente;

d. ter espaçamento mínimo de 0,40 m

para circulação nas filas, entre a

Page 308: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

7

projeção dianteira de um assento de

uma fila e as costas do assento em

frente. Para edificações existentes

admite-se este espaçamento com 0,35

m (ver Figura 4);

e. ter encosto com altura mínima de

30cm;

f. serem afixados de forma a não permitir

sua remoção ou desprendimento de

partes sem auxílio de ferramentas.

5.3.2 Os estádios com público superior a

35.000 pessoas deverão adotar assentos

rebatíveis, exceto se o patamar possuir largura

igual ou superior a 1,10 m.

5.3.3 À frente das primeiras fileiras de

assentos dos setores de arquibancadas,

localizadas em cotas inferiores, deverá ser

mantida a distância mínima de 0,55 m para

circulação (ver Figura 4).

5.3.4 A altura mínima do guarda-corpo frontal

da arquibancada deverá ser de 1,10 m;

5.3.5 A altura mínima do guarda-corpo da

parte de trás da arquibancada deverá ser de

1,80m;

5.3.6 A altura mínima do guarda-corpo das

laterais da arquibancada deve atender à

Seção 6.4 – Guada-corpos, barreiras e

corrimãos.

5.4 Inclinações das arquibancadas

5.4.1 A inclinação máxima admitida para os

setores de arquibancada será de 37 graus

(medida entre a primeira fila e a última, tendo

como base a cota inferior dos degraus das

arquibancadas em relação à linha horizontal).

5.4.1.1 Nos setores de arquibancadas com

inclinação igual ou superior a 32 graus torna-

se obrigatória a instalação de barreiras

(guarda-corpos) na frente de cada fila de

assentos, com altura mínima de 0,70m do piso

e resistência mínima de 1,5 kN/m (Kilonewton

por metro). Ver Figuras 3 e 4.

5.4.1.2 Nos setores com arquibancadas para

público em pé, bem como nos setores com

assentos no próprio patamar da arquibancada

(quando permitido), a inclinação máxima deve

ser de 25 graus.

6 SAÍDAS (NORMAIS E DE EMERGÊNCIA)

6.1 Regras gerais (saídas horizontais e

verticais)

6.1.1 As saídas podem ser nominadas

didaticamente em:

a. acessos;

b. circulações de saídas horizontais e

verticais e respectivas portas, quando

houver;

c. escadas ou rampas;

d. descarga;

e. espaços livres no exterior.

6.1.2 É importante que se forneça, nos

recintos de grande aglomeração de pessoas,

circulações de saída capazes de comportar,

de forma segura, a passagem das pessoas

dentro de um período de tempo aceitável, e

evitar o congestionamento das saídas e o

estresse psicológico.

6.1.3 Os responsáveis pela edificação e pela

organização do evento devem garantir a

permanência de equipes habilitadas para

assegurar que as vias de saída estejam

planejadas para prover aos espectadores uma

circulação livre e desimpedida até que eles

consigam atingir a área externa da edificação,

devendo apresentar este planejamento no

Plano de Emergência. Assim, deve-se

assegurar que:

a. haja número suficiente de saídas em

posições adequadas (distribuídas de

forma uniforme);

Page 309: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

8

b. todas as áreas de circulações de saída

tenham larguras adequadas à

respectiva população;

c. as pessoas não tenham que percorrer

distâncias excessivas para sair do local

de assistência (acomodação), devendo

ser adotadas as rotas mais diretas

possíveis;

d. haja dispositivos que direcionem o fluxo

de pessoas que irão adentrar em uma

rota de fuga, conforme

dimensionamento da capacidade das

saídas e caminhamentos máximos;

e. todas as saídas tenham sinalização e

identificação adequadas, tanto em

condições normais como em

emergência.

6.1.4 Nas saídas, os elementos construtivos

e os materiais de acabamentos e de

revestimento devem ser incombustíveis.

6.1.5 O piso das áreas destinadas à saída do

público, além de ser incombustível, deverá

também ser executado em material

antiderrapante e conter sinalização

complementar de balizamento conforme

normas técnicas pertinentes.

6.1.6 As circulações não podem sofrer

estreitamento em suas larguras, no sentido da

saída do recinto, devendo, no mínimo, ser

mantida a mesma largura ou, no caso de

aumento de fluxo na circulação, deve-se

dimensionar para o novo número de pessoas.

6.1.7 As saídas devem possuir, no mínimo,

1,20 m de largura.

6.1.7.1 No caso de edificações existentes,

será admitida a largura mínima de 1,10m.

6.1.8 As saídas devem ser dimensionadas

em função da população de cada setor

considerado, sendo que deve haver, no

mínimo, duas opções (alternativas) de fuga,

em lados distintos, em cada setor.

6.1.9 Para recintos com previsão de público

igual ou superior a 2.500 pessoas, deverá ser

elaborado Plano de Emergência, devendo

constar as plantas ou croquis que estabeleçam

o “plano de abandono” de cada um dos

setores. Cópia do Plano de Emergência deve

ser mantida na sala de comando e controle do

recinto.

6.1.10 As saídas que não servem aos setores

de arquibancadas ou à platéia devem atender

aos parâmetros normativos pertinentes

adotados na NT 05. Ex: camarins, vestiários,

área de concentração dos atletas ou artistas,

administração, escritórios, sala de imprensa,

camarotes, locais fechados e outros.

6.1.11 Devem ser previstos espaços

adequados para portadores de necessidades

especiais, atendendo aos critérios descritos

nas normas técnicas pertinentes.

6.1.12 Toda circulação horizontal deve estar

livre de obstáculos e permitir o acesso rápido e

seguro do público às saídas verticais dos

respectivos pisos ou à área de descarga.

6.1.12.1 Vestiários, locais de venda, acessos

dos sanitários e outros locais de acúmulo de

pessoas devem distar, no mínimo, 5 m das

saídas (túneis, escadas, rampas e outros). Ver

Figura 14.

6.1.13 Os desníveis existentes nas saídas

horizontais devem ser vencidos por rampas de

inclinação não superior a 10% e patamar

horizontal de descanso a cada 10 m.

6.1.14 Nas barreiras ou alambrados que

separam a área do evento (arena, campo,

quadra, pista dentre outros) dos locais

acessíveis ao público devem ser previstas

passagens que permitam aos espectadores

sua utilização em caso de emergência,

mediante sistema de abertura nos dois

sentidos, acionado pelos componentes do

serviço de segurança ou da brigada de

Page 310: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

9

incêndio. Estas passagens devem ser

instaladas ao final de todos os acessos radiais.

6.1.14.1 As passagens (portões) de acesso ao

campo devem ser pintadas em cor amarela.

6.1.15 Os acessos radiais deverão ser na cor

amarela ou sinalizados com faixas amarelas

nas extremidades laterais, contrastantes com

a cor do piso (ver Figuras 3, 8 e 9).

6.1.15.1 As faixas previstas no item anterior

deverão possuir no mínimo 5,0 cm de largura

e serem contínuas até a barreira, portão ou

alambrado.

6.1.16 Quando houver mudanças de direção,

as paredes não devem ter cantos vivos.

6.1.17 As portas e os portões de saída do

público devem abrir sempre no sentido de fuga

das pessoas, e possuir largura dimensionada

para o abandono seguro da população do

recinto, porém, nunca inferior a 1,20 m.

6.1.18 As portas e portões de saída devem ser

providos de barras antipânico, não sendo

permitido qualquer tipo de travamento no

sentido de saída do recinto, exceto os portões

de acesso ao campo, que devem ser

devidamente monitorados pelo serviço de

segurança ou pela brigada de incêndio.

6.1.19 Nenhuma saída deve ser fechada de

modo que não possa ser facilmente e

imediatamente aberta em caso de emergência.

6.1.20 As saídas finais devem ser

monitoradas pessoalmente pela segurança ou

brigada, enquanto o recinto for utilizado pelo

público.

6.1.21 Todas as portas e portões de saída

final em uma via de saída normal devem abrir

no sentido do fluxo de saída e serem mantidos

na posição totalmente aberta, antes do fim do

evento. Ao abrir, não devem obstruir qualquer

tipo de circulação (corredores, escadas,

descarga etc.). O responsável pela segurança

deve verificar ou ser informado quando todas

as portas e portões das saídas finais estiverem

seguramente na posição aberta, com prazo

suficiente para garantir a saída segura do

público.

6.1.21.1 Deverão ser observadas medidas que

permitam a saída do público de torcidas

distintas, separadamente, devendo estas

saídas atenderem proporcionalmente ao

público a que se destinam, conforme

prescrições desta Norma Técnica.

6.1.22 Não devem existir peças plásticas em

fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças

e outros.

6.1.23 As catracas de acesso devem ser

reversíveis, para permitir a saída de alguém do

recinto, em caso de necessidade, a qualquer

momento, sendo que estes espaços não

poderão ser computados no cálculo das

saídas de emergência.

6.1.24 As catracas devem ser dimensionadas

para atender a todo o público e a seu acesso

em um tempo máximo de 1 hora com a devida

agilidade e atendimento aos procedimentos de

segurança. Para este cálculo, deve ser

considerada uma capacidade máxima de 660

espectadores por catraca por hora.

6.1.25 Ao lado das entradas devem ser

previstas portas ou portões destinados à saída

dos espectadores, dimensionados de acordo

com o estabelecido nesta norma técnica, com

as respectivas sinalizações, não podendo ser

obstruídos pela movimentação de entrada do

público ao recinto, devendo permanecer

sempre livres e prontos para utilização. Estas

saídas devem ser monitoradas pessoalmente

pelo serviço de segurança ou pela brigada de

incêndio.

6.1.26 É vedada a utilização de portas e

portões de correr ou de enrolar nas saídas.

6.1.27 As circulações devem ser iluminadas e

sinalizadas com indicação clara do sentido da

saída, de acordo com os parâmetros da NT

09.

Page 311: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

10

6.1.28 Todas as saídas (portas, portões)

devem ser claramente marcadas, nos dois

lados (interno e externo), com seus

respectivos números de identificação, para

facilitar o deslocamento rápido em caso de

emergência.

6.1.29 As portas e passagens nas circulações

devem ter altura mínima de 2,20 m para

edificações novas e de 2,00 m para as

existentes.

6.2 Saídas verticais - escadas ou rampas

6.2.1 Todos os tipos de escadas ou de

rampas deverão ter:

a. largura mínima de 1,20 m;

b. o piso dos degraus e patamares

revestidos por materiais incombustíveis

e antiderrapantes;

c. corrimäos contínuos em ambos os

lados, com altura entre 0,80m a 0,92m,

atendendo aos requisitos da Seção 6.4

– Guada-corpos, barreiras e corrimãos.

d. guarda-corpos com altura mínima de

1,10 m, atendendo aos requisitos da

Seção 6.4.

e. as escadas e rampas com 2,40 m de

largura ou mais devem possuir

corrimãos intermediários no máximo a

cada 1,80 m e no mínimo a cada 1,20

m (ver Figura 5);

f. as escadas devem ter lanço mínimo de

3 degraus.

6.2.2 As saídas verticais (escadas ou

rampas) devem ainda satisfazer as exigências

descritas a seguir:

6.2.2.1 Serem contínuas desde o piso ou

nível que atendem até o piso de descarga ou

nível de saída do recinto ou setor.

6.2.2.2 O lanço máximo, entre dois

patamares consecutivos, não deve ultrapassar

3,20 m de altura (rampas e escadas).

6.2.2.3 Para edificações existentes, caso

existam saliências ou um degrau de escada,

os quais sejam tecnicamente impossíveis de

serem corrigidos, estes deverão ser

sinalizados observando sinalização específica

conforme normas técnicas pertinentes.

6.2.2.4 Devem ser construídas em lances

retos e sua mudança de direção deve ocorrer

em patamar intermediário e plano.

6.2.2.5 Os patamares devem ter largura igual

à da escada ou da rampa e comprimento

conforme regras descritas abaixo:

a. quando houver mudança de direção na

escada ou na rampa, o comprimento

mínimo dos patamares deve ser igual à

largura da respectiva saída;

b. caso não haja mudança de direção, o

comprimento mínimo deve ser igual a

1,20m (exemplo: patamar entre dois

lanços na mesma direção).

6.2.2.6 Elevadores, elevadores de

emergência e escadas rolantes não podem ser

considerados como saídas de emergência.

6.2.2.7 Os degraus das escadas (exceto os

degraus dos acessos radiais) devem atender

aos seguintes requisitos:

a. altura dos espelhos dos degraus (h)

deve situar-se entre 0,15 m e 0,18 m,

ou seja, 0,15 m ≤ h ≤ 0,18 m, com

tolerância de 0,005 m (0,5 cm);

b. largura mínima das pisadas (b): 0,27 m;

c. o balanceamento dos degraus deve

atender a relação entre altura do

espelho (h) e a largura da pisada (b), a

saber: 0,63 ≤ (2h + b) ≤ 0,64 (m)

6.2.2.7.1 Os degraus dos acessos radiais,

nas arquibancadas, devem ser balanceados

em função da inclinação da arquibancada e

das dimensões dos patamares (ver Figura 3).

6.2.2.8 Em áreas de uso comum não são

admitidas escadas em leque, caracol ou

helicoidal;

6.2.2.9 O uso de rampas é obrigatório nos

Page 312: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

11

seguintes casos:

a. na descarga e acesso de elevadores

de emergência;

b. quando a altura a ser vencida não

permitir o dimensionamento equilibrado

dos degraus de uma escada;

c. para unir o nível externo ao nível do

saguão térreo das edificações para

acesso de deficientes físicos, conforme

normas técnicas pertinentes.

6.2.2.10 As rampas devem ser dotadas de

guarda-corpos de forma análoga às escadas.

6.2.2.11 As rampas não podem terminar em

degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e

sucedidas sempre por patamares planos.

6.2.2.12 Os patamares das rampas devem ser

sempre em nível, tendo comprimento mínimo

de 1,20 m, medidos na direção do trânsito,

sendo obrigatórios sempre que houver

mudança de direção.

6.2.2.13 As rampas podem suceder um lanço

de escada, no sentido descendente de saída,

mas não podem precedê-lo.

6.2.2.14 Não é permitida a colocação de

portas nas rampas (ou nas escadas), sendo

que estas devem estar situadas sempre em

patamares planos, com comprimento não

inferior à da folha da porta de cada lado do

vão.

6.2.2.15 As inclinações das rampas não

deverão exceder a 10% (1:10).

6.3 Descarga e espaços livres no

exterior.

6.3.1 Cuidados especiais devem ser

adotados pela organização do evento e pelas

autoridades competentes para que a descarga

do público tenha fluxo suficiente na área

externa, ao redor do recinto, para evitar-se

congestionamento nas circulações internas da

edificação, o que comprometeria as saídas do

recinto, mesmo que corretamente

dimensionadas. Dessa forma, medidas de

segurança devem ser adotadas para se evitar

a aglomeração de público nas descargas

externas do recinto, por exemplo: desvios de

trânsito nas vias próximas ao recinto, proibição

de “comércio” nas proximidades das saídas e

outros.

6.3.2 Nos acessos ao recinto devem ser

planejadas áreas de acúmulo de público

suficientemente dimensionadas para conter o

público com segurança, organizado em filas

antes de passar pelas catracas.

6.3.3 No dimensionamento da área de

descarga, devem ser consideradas todas as

saídas horizontais e verticais que para ela

convergirem.

6.3.4 As descargas devem atender aos

seguintes requisitos:

a. não serem utilizadas como

estacionamento de veículos de

qualquer natureza. Caso necessário,

deverão ser previstos divisores físicos

que impeçam tal utilização;

b. serem mantidas livres e desimpedidas,

não devendo ser dispostas

dependências que, pela sua natureza

ou sua utilização, possam provocar a

aglomeração de público, tais como

bares, pistas de dança, lojas de

“souvenirs” ou outras ocupações;

c. não serem utilizadas como depósito de

qualquer natureza;

d. serem distribuídas de forma

equidistante e dimensionadas de

maneira a atender o fluxo a elas

destinado e o respectivo caminhamento

máximo;

e. não possuir saliências, obstáculos ou

instalações que possam causar lesões

em caso de abandono de emergência.

6.4 Guarda-corpos, barreiras e corrimãos

Page 313: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

12

6.4.1 Toda saída deve ser protegida, de

ambos os lados, com corrimãos e guarda-

corpos contínuos, sempre que houver

qualquer desnível maior de 18 cm, a fim de se

evitar acidentes.

6.4.2 A altura das barreiras, internamente,

deve ser, no mínimo, de 1,10 m e sua

resistência mecânica varia de acordo com a

sua função e posicionamento (ver Figuras 6).

6.4.3 As arquibancadas cujas alturas em

relação ao piso de descarga sejam superiores

a 2,10 m devem possuir fechamento dos

encostos (guarda-costas) do último nível

superior de assentos, de forma idêntica aos

guarda-corpos, porém, com altura mínima de

1,80 m em relação a este nível (ver Figura 4).

6.4.4 O fechamento dos guarda-corpos deve

ser por meio de longarinas (barras horizontais)

ou, de preferência, balaústres (barras

verticais), ambos com vão máximo de 0,15 m,

devendo atender ainda aos mesmos

parâmetros da NT 05. Nota: somente deverão

ser utilizadas longarinas quando for inviável a

utilização de balaústres.

6.4.5 Os corrimãos deverão ser dotados em

ambos os lados das escadas (ou rampas),

devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm

acima do nível do piso, prolongando-se mais

0,30m nas extremidades, as quais deverão ser

voltadas para parede ou outra solução

alternativa, não possuindo quinas vivas ou

aberturas, reentrâncias e saliências que

permitam agarramento de roupas. Deve

atender também aos mesmos parâmetros da

NT 05.

6.4.6 Os corrimãos devem possuir as

terminações (extremidades) arredondadas ou

curvas.

6.4.7 Nos acessos radiais das

arquibancadas, quando houver acomodações

ou assentos em ambos os lados, os corrimãos

devem ser laterais (individuais por fila) ou

centrais, com altura entre 0,80 e 0,92 m e

resistência mínima de 2,0 kN/m (ver Figuras 6,

7 e 9).

6.4.7.1 Quando os corrimãos forem centrais

(ver Figuras 7 e 9), estes deverão ter

descontinuidades (intervalos) no mínimo a

cada 2 fileiras e no máximo a cada 4 fileiras de

assentos, visando facilitar o acesso aos

mesmos e permitir a passagem de um lado

para o outro.

6.4.7.1.1 Estes intervalos (aberturas) terão

uma largura livre correspondente à largura do

patamar.

6.4.8 As escadas com mais de 2,40 m de

largura, devem ser dotadas de corrimãos

centrais, formando canais de circulação (ver

Figura 5). Os lanços (canais) determinados

pelos corrimãos centrais deverão ter largura

mínima de 1,20 m e máximo 1,80m, com

aberturas de 60 cm no início e término dos

patamares e, neste caso, suas extremidades

devem ser dotadas de balaústres ou outros

dispositivos para evitar acidentes.

6.4.9 No perímetro de proteção dos túneis de

acesso (vomitórios), para compor a altura

mínima de 1,10 m, recomenda-se que até a

altura 0,90 m (90 cm) a guarda seja

confeccionada com concreto (ver Figura 8).

6.4.10 Os corrimãos devem ser construídos

para resistir a uma carga mínima de 900 N

(Newton) aplicada verticalmente de cima para

baixo e horizontalmente em ambos os

sentidos.

6.4.11 Nas escadas comuns (não

enclausuradas) e rampas não enclausuradas

pode-se dispensar o corrimão, desde que o

guarda-corpo atenda também aos preceitos do

corrimão, conforme a NT 05.

6.4.12 Para escadas de escoamento e

circulação de público com largura útil total

maior do que 3,6 m devem ser instaladas

barreiras retardantes antes da chegada às

Page 314: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

13

mesmas para um melhor controle e promoção

de um ritmo contínuo de público (ver Figura

12).

6.4.13 Barreiras antiesmagamentos (ver

Figuras 10 e 11) devem ser previstas nas

arquibancadas para público em pé, espaçadas

em função da inclinação e devem possuir os

seguintes requisitos:

a. serem contínuas entre os acessos

radiais;

b. terem alturas de 1,10 m (sendo

permitida uma tolerância de variação

de até 3%);

c. não possuírem pontas ou bordas

agudas. As bordas devem ser

arredondadas;

d. terem resistência mecânica e

distâncias entre barreiras conforme

Figura 10;

e. terem sua resistência e funcionalidade

testadas, por engenheiro habilitado,

antes de serem colocadas em uso,

sendo exigido laudo técnico específico

com recolhimento de ART do

profissional competente;

f. serem vistoriadas antes de cada

evento, devendo possuir manutenção

constante.

6.4.13.1 Para maiores informações sobre

dimensionamento de guardas e barreiras,

consultar o “Guide To Safety at Sports

Grounds” (“Green Guide” - ver Capítulo 3

desta NT).

7 DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS

7.1 Cálculo da população

7.1.1 As saídas de emergência são

dimensionadas em função da população

máxima no recinto e/ou setor do evento.

7.1.2 A lotação do recinto (população

máxima) deve ser calculada obedecendo-se

aos critérios abaixo descritos.

7.1.2.1 Arquibancadas com cadeiras ou

poltronas (rebatíveis ou não-rebatíveis):

número total de assentos demarcados

(observando-se os espaçamentos conforme

Seção 5.3 – Assentos).

7.1.2.2 Arquibancadas sem cadeiras ou

poltronas: na proporção de 0,5 m linear de

arquibancada por pessoa. Para cálculo da

capacidade de público do setor, nessas

condições, deverá ser adotada a fórmula:

P = (2 x).n, onde “P” é a população máxima,

“x” é a extensão da arquibancada em metros e

“n” o número de degraus da arquibancada.

7.1.2.3 No caso de camarotes que não

possuam cadeiras fixas, a densidade (D) será

de 2,5 pessoas por m² de área, excluindo-se

sanitários, copas e outros ambientes, caso

existam.

7.1.2.4 No caso de camarotes que possuam

mobiliários (cadeiras, poltronas, mesas), a

população será definida conforme o leiaute.

7.1.2.5 Para setores (ou áreas) de público

em pé: as áreas destinadas ao público em pé,

para fins de cálculo das dimensões das saídas

será utilizada a densidade (D) máxima de

público, devendo-se adotar o valor de 4

pessoas por metro quadrado da área útil

destinada aos espectadores (Dmáx. = 4

pessoas/m²), contudo, para fins de definição

da capacidade real máxima e disponibilização

de ingressos (lotação real), deverá ser

adotada a densidade (D) máxima de 3

pessoas/m² (fator de segurança e controle de

lotação).

7.1.2.6 A regra acima se aplica também

quando a área do gramado, do campo, da

pista, da quadra, da arena de rodeios e

similares for usada para acomodação dos

espectadores (público), devendo-se adotar,

Page 315: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

14

nestes locais, medidas de controle de acesso

rigorosas. Nesta situação específica, para

definição das saídas de emergência, deverá

ser adotado o tempo máximo de 5 minutos

para evacuação, até um local de relativa

segurança, independente da característica da

edificação (ver Seção 7.2 – Tempo de saída).

7.1.2.6.1 Para este tipo de uso, as

autoridades competentes devem ser

consultadas quanto às possíveis restrições.

7.1.2.6.2 O público desta área deverá ser

computado no dimensionamento das saídas

permanentes do recinto.

7.1.2.7 A organização dos setores, com as

respectivas lotações, deve ser devidamente

comprovada pelo responsável técnico, por

meio de memória de cálculo, sendo tais

informações essenciais para o

dimensionamento das rotas de fuga.

7.1.2.8 Nos setores de público em pé,

medidas de segurança devem ser adotadas,

pela organização do evento, para se evitar que

haja migração de determinadas áreas para

outras com melhor visibilidade do evento,

provocando assim uma saturação de alguns

pontos e esvaziamento de outros. Neste caso,

barreiras físicas e outros dispositivos eficazes

devem ser usados para se evitar a

superlotação de algum setor (ou área).

7.1.2.9 Para definição da lotação máxima e

disponibilização de ingressos de cada setor,

deverá ser considerada, para cada evento, a

necessidade de redução do público em função

da necessidade de divisão de setores por

parte das autoridades policiais, e possíveis

áreas de risco verificadas em vistoria.

7.1.2.10 Quando verificada, por autoridades

competentes, a necessidade de redução de

público em função do risco que o evento

oferece, poderá ser adotado o critério de

redução de público, utilizando-se para tal fim a

avaliação da redução do tempo necessário

para evacuação, em função deste risco.

7.1.2.11 É vedada a utilização das áreas de

circulação e rotas de saída para o cômputo do

público.

7.2 Tempo de saída

7.2.1 O tempo máximo de saída é usado, em

conjunto com a taxa de fluxo (F) para

determinar a capacidade do sistema de saída

da área de acomodação do público para um

local de segurança ou de relativa segurança

(ver Capítulo 4 – Definições). Nota: Não inclui,

assim, o tempo total necessário para percorrer

a circulação inteira de saída (do assento ao

exterior).

7.2.2 Nas áreas de arquibancadas externas

(baixo risco de incêndio), o tempo máximo de

saída, nos termos desta norma técnica, será

de 8 minutos (ver Figura 14). Caso a

arquibancada seja interna (local fechado), o

tempo máximo será de 6 minutos (ginásios

poliesportivos, estádios cobertos ou com

cobertura retrátil, por exemplo).

7.2.3 Nas áreas internas destinadas a usos

diversos, com presença de carga de incêndio

(por exemplo: museus, lojas, bibliotecas,

camarotes, cabines de imprensa, estúdios,

camarins, administração, subsolos,

estacionamentos, restaurantes, depósitos,

área de concentração dos atletas ou artistas e

outros), adotar tempo de saída de 2,5 minutos,

sendo necessária ainda, nestes locais, a

previsão de sistemas de chuveiros

automáticos e de detecção automática de

incêndio. Nota: A necessidade de chuveiros

automáticos e de detecção, bem como as

possíveis substituições por outras medidas de

segurança contra incêndio (quando

permitidas), atenderá as normas técnicas do

CBMCE.

7.2.4 Nas áreas de eventos temporários em

local aberto e no gramado, no campo, na

Page 316: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

15

arena, na pista, na quadra, e similares

(quando usados para o público), o tempo

máximo será de 5 minutos.

7.2.5 Em certas circunstâncias pode ser

necessário aplicar um tempo de egresso

menor do que o estabelecido, por exemplo, se

for constato pelos responsáveis, em

observação regular, que os espectadores

ficam agitados, frustrados ou estressados, em

menos tempo do que o período pré-estipulado

para a saída completa do setor.

7.2.6 Para os locais cuja construção consista

em materiais não-retardantes ao fogo, o tempo

máximo de saída não poderá ser superior a

2,5 minutos.

7.2.7 Para diminuir o tempo de saída, podem

ser adotadas medidas como limitar a lotação

no setor ou aumentar as saídas.

7.2.8 Distâncias máximas a serem

percorridas

Os critérios para se determinar as distâncias

máximas de percurso para o espectador,

partindo de seu assento ou posição, tendo em

vista o tempo máximo de saída da área de

acomodação e o risco à vida humana

decorrente da emergência, são os seguintes:

a. a distância máxima de percurso para

se alcançar um local de segurança ou

de relativa segurança não pode ser

superior a 60 metros (incluindo a

distância percorrida na fila de assentos

e nos acessos – radiais e laterais);

b. A distância máxima a ser percorrida

pelo espectador em setores de

arquibancadas para alcançar a entrada

do túnel de acesso (vomitório) não

poderá ser superior a 30 m (ver figura

15). Para estádios existentes, admite-

se o caminhamento máximo de 40

metros;

c. A distância máxima a ser percorrida

pelo espectador em setores de

arquibancadas para alcançar um

acesso radial (corredor) não pode ser

superior a 10 metros (ver figura 15);

d. Nos casos de eventos temporários em

locais abertos, a distância máxima a

ser percorrida por um espectador até

atingir uma saída não poderá ser

superior a 120 metros.

7.3 Dimensionamento das saídas de

emergência - parâmetros relativos ao

escoamento de pessoas (larguras dos

acessos e saídas)

7.3.1 Para dimensionar o abandono de uma

edificação, deve ser utilizada a taxa de fluxo

(F) que é o indicativo do número de pessoas

que passam por minuto por determinada

largura de saída (pessoas/minuto).

7.3.2 Siglas adotadas:

P = população (pessoas)

E = capacidade de escoamento (pessoas)

D = densidade (pessoas por m²)

F = taxa de fluxo (pessoas por minuto)

L = Largura (metro)

7.3.3 O dimensionamento das saídas será

em função da taxa de Fluxo (F) referente à

abertura considerada. Para fins de aplicação

desta Norma Técnica, as taxas de fluxo

máximas a serem consideradas são as

seguintes:

a. nas escadas e circulações com

degraus: 66 pessoas por minuto por

metro (ou 79 pessoas por minuto, para

uma largura de 1,20 m). Aceita-se para

edificações existentes, mediante

análise de Comissão Técnica,

conforme item específico tratado nesta

norma técnica, o valor de 73 pessoas

por minuto por metro;

Page 317: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

16

b. nas saídas horizontais (portas,

corredores) e rampas: 83 pessoas por

minuto por metro (ou 100 pessoas por

minuto, para uma largura de 1,20 m).

aceita-se para edificações existentes,

mediante análise de comissão técnica,

conforme item específico tratado nesta

norma técnica, o valor de 109 pessoas

por minuto por metro.

7.3.3.1 Para edificações cujos projetos já

tenham sido aceitos formalmente pelo Comitê

Organizador da Copa do Mundo da FIFA Brasil

2014, com a finalidade de atendimento à Copa

do Mundo de 2014, serão admitidas as taxas

de Fluxo (F) estabelecidas na 4ª edição do

“Guide to Safety at Sport Grounds (Green

Guide)”.

7.3.4 Caso o cálculo resulte em valor

fracionado adota-se o número inteiro

imediatamente inferior ou superior,

considerando sempre o arredondamento em

função da segurança (ex.: majoração das

larguras de saída e minoração da capacidade

de público).

8 Setores para espectadores em pé em

eventos esportivos em geral

8.1 Para as edificações a serem construídas

(estádios, ginásios, arenas e similares, usados

para eventos esportivos), não será admitida a

previsão de espectadores em pé.

8.2 Nas edificações existentes, a previsão

de lugares para espectadores em pé, não

poderá exceder a 20% da lotação total.

8.3 Não serão permitidos espectadores em

pé nas arquibancadas em edificações com

lotação superior a 5.000 pessoas.

8.4 Nas edificações que não possuam

arquibancadas, a lotação máxima de

espectadores em pé será de 1.000 pessoas.

9 OUTRAS EXIGÊNCIAS

9.1 Os elementos estruturais dos recintos

devem apresentar resistência mecânica

compatível com as ações e as solicitações a

que são sujeitos (conforme normas da ABNT),

bem como devem possuir resistência ao fogo

suficiente para o abandono seguro dos

ocupantes e para as ações de socorro,

conforme normas técnicas pertinentes.

9.1.1 A estabilidade estrutural da edificação

deve ser comprovada em laudo técnico

específico, emitido por profissional capacitado

e habilitado.

9.2 As áreas internas da edificação, como

áreas técnicas, depósitos, escritórios, museus,

lojas, camarotes, áreas VIP, sala de imprensa,

camarins, administração, subsolos,

estacionamentos, restaurantes, áreas de

concentração de atletas ou artistas, áreas de

instalação de geradores e outras áreas

similares devem ser compartimentadas das

áreas de público e circulações de saída com

elementos resistentes ao fogo. Esta

compartimentação poderá ser substituída por

instalação de sistema de chuveiros

automáticos.

9.3 Os dutos e “shafts” (horizontais ou

verticais) das instalações do recinto devem ser

devidamente selados quando atravessarem

qualquer elemento de construção (em especial

paredes e lajes), mantendo-se assim a

compartimentação dos espaços, o isolamento

dos locais e a proteção das circulações.

9.4 A reação ao fogo dos materiais

utilizados nos acabamentos, nos elementos de

decoração e no mobiliário deve ser controlada

para limitar o risco de deflagração e a

velocidade do desenvolvimento e propagação

do incêndio.

9.5 Os elementos estruturais das coberturas

devem possuir resistência ao fogo suficiente

Page 318: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

17

para o abandono seguro dos ocupantes e para

as ações de socorro, conforme normas

técnicas da ABNT e os materiais utilizados na

construção das mesmas deverão ser

incombustíveis ou de baixa propagação

(materiais retardantes ao fogo).

9.6 As instalações elétricas e o sistema de

proteção contra descargas atmosféricas

devem atender aos requisitos previstos,

respectivamente, na NBR 5410 (Instalações

elétricas de baixa tensão) e NBR 5419

(Proteção de estruturas contra descargas

atmosféricas).

9.7 Os subsolos que possuírem ocupações

distintas de estacionamento de veículos

(subsolos ocupados) devem atender às

exigências adicionais das normas técnicas do

CBMCE, principalmente quanto às medidas

de: controle de fumaça; chuveiros

automáticos; rotas de saída; detecção

automática de incêndio e compartimentação.

9.8 Sala de Comando e Controle

9.8.1 Na edificação deve-se prever uma sala

em local estratégico, que possa dar visão

completa de todo recinto (setores de público,

campo, quadra, arena e outros), devidamente

equipada com todos os recursos de

informação e de comunicação disponíveis no

local, incluindo controle de acesso.

9.8.2 Nesta sala deve-se interligar os

sistemas de monitoramento e de alarmes

(incêndio e segurança) existentes no recinto.

9.8.3 A Sala de Comando e Controle

funcionará como Posto de Comando Integrado

das operações desenvolvidas em situação de

normalidade, sendo que em caso de

emergência, deve-se avaliar o melhor local

para destinação do Posto de Comando.

9.8.4 Os recintos devem ser equipados com

sistema de sonorização, com possibilidade de

setorização e instalações que permitam

difundir, em caso de emergência, aviso de

abandono ao público e acionar os meios de

socorro para intervir em caso de incêndio ou

outras emergências.

9.8.5 Os equipamentos de sonorização

devem ser conectados a sistemas autônomos

de alimentação elétrica para que, no caso de

interrupção do fornecimento de energia, sejam

mantidos em funcionamento por período

mínimo de 120 minutos.

9.8.6 Antes do início de cada evento, o

público presente deve ser orientado quanto à

localização das saídas de emergência para

cada setor e sobre os sistemas de segurança

existentes.

9.8.7 O sistema de alarme e detecção

automática de incêndio, quando houver,

deverá ser setorizado e monitorado pela

central instalada na Sala de Comando e

Controle.

10 Edificações de caráter temporário

10.1 Além dos critérios estabelecidos nos

itens anteriores, as edificações cuja estrutura

seja de caráter temporário (desmontáveis)

devem atender ainda ao seguinte:

10.1.1 Os espaços vazios abaixo das

estruturas destinadas ao público

(arquibancadas, camarotes, e outros) não

podem ser utilizados como áreas úteis, tais

como depósitos de materiais diversos, áreas

de comércio, banheiros e outros, devendo ser

mantidos limpos e sem quaisquer materiais

combustíveis durante todo o período do

evento.

10.1.2 Os vãos (espelhos) entre os assentos

das arquibancadas que possuam alturas

superiores a 0,15 m devem ser fechados com

materiais de resistência mecânica análoga aos

guarda-corpos, de forma a impedir a

passagem de pessoas.

Page 319: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

18

10.1.3 Em ocupações temporárias

(desmontáveis) são aceitos pisos em madeira

na rota de fuga, desde que possuam

resistência mecânica compatível,

características antiderrapantes e sejam

afixados de forma a não permitir sua remoção

sem auxílio de ferramentas ou que permitam o

desprendimento de partes, bem como

mantenham a superfície plana, sem ressaltos

ou aberturas. Se montados por intermédio de

placas, estas devem ser afixadas de forma a

permanecerem alinhadas em um mesmo

plano.

10.1.4 Os circuitos elétricos e fiação do

sistema de iluminação de emergência devem

ser instalados em conformidade com a NT 09

e NBR 5410. Os disjuntores não podem ser

afixados sobre materiais combustíveis,

devendo ser instalados em local adequado e

fora do alcance do público.

10.1.5 Nos locais destinados aos

espectadores e rotas de fuga todas as fiações

e circuitos elétricos devem estar embutidos,

além de devidamente isolados.

10.1.6 Nas barreiras ou alambrados que

separam área do evento dos locais de público

devem ser previstas passagens que permitam

aos espectadores sua utilização em caso de

emergência, mediante sistema de abertura

acionado pelos componentes do serviço de

segurança ou da brigada de incêndio.

10.1.7 Em eventos realizados em pistas,

campos, praças e similares, com previsão de

público em pé, que possuam locais de

concentração de público acima de 10.000

pessoas, devem ser previstos corredores de

acesso aos componentes do serviço de

segurança ou da brigada de incêndio, com

largura mínima útil (livre e desimpedidas) de

2,50m.

10.1.7.1 Estes corredores de acesso deverão

ser previamente definidos pelas autoridades

competentes.

10.1.8 Nos corredores de acesso, todas as

fiações e circuitos elétricos devem estar

embutidos, além de devidamente isolados.

10.1.9 Os elementos estruturais dos recintos

devem apresentar resistência mecânica

compatível com as ações e solicitações a que

são sujeitos, considerando as cargas geradas

pela movimentação do público levando-se em

consideração a resistência e comportamento

do solo que receberá as cargas, prevendo-se,

inclusive, as ações das intempéries,

especialmente do vento.

10.1.10 Deverão ser apresentadas as

Anotações de Responsabilidade Técnica

(ART) referentes às estruturas provisórias

(palcos, arquibancadas, tendas, camarotes,

estruturas suspensas e outros), instalações

elétricas (iluminação, sonorização, grupo

moto-gerador e outros), equipamentos e

outros.

10.1.11 Os materiais utilizados nos

acabamentos, elementos de decoração,

coberturas flexíveis (lonas) e no mobiliário

principal devem ser especificados de forma a

restringir a propagação de fogo e o

desenvolvimento de fumaça, com a devida

comprovação por meio de documentação

pertinente.

10.1.12 Os elementos de suporte estrutural

das tendas ou outras coberturas flexíveis

devem possuir as mesmas características de

resistência e/ou retardo de fogo, de forma a

garantir a necessária evacuação do público.

10.1.13 Deverão ser garantidos dois acessos

de veículos de emergência com dimensões

mínimas de 4,00 metros de largura e 4,50

metros de altura até o espaço de concentração

de público (campo, arena ou outros), em lados

ou extremidades opostas, viabilizando a

remoção de vítimas.

Page 320: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

19

11 EDIFICAÇÕES EXISTENTES

11.1 As edificações que, pelas suas

características e inviabilidade técnica, não

permitam as adequações previstas nesta

norma técnica devem ser avaliadas por

comissão técnica composta por Oficiais do

Corpo de Bombeiros Militar, quanto à

exigência tecnicamente inviável, apresentando

medidas substitutivas (alternativas) ou

mitigadoras sugeridas.

11.2 O responsável técnico pelo pedido de

análise em comissão técnica deve apresentar

os argumentos quanto à impossibilidade do

atendimento dos requisitos desta norma

técnica, devidamente embasados

tecnicamente, e propor medidas alternativas,

de forma a garantir a segurança durante a

permanência e abandono das pessoas além

da intervenção do socorro público de maneira

rápida e segura em caso de emergência.

12 DA PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Os equipamentos de segurança contra

incêndio dos recintos devem ser projetados de

acordo com a Lei Estadual Nº 13.556, de 29

de dezembro de 2004 e respectivas Normas

Técnicas que dispõe sobre a prevenção contra

incêndio e pânico no Estado de Ceará.

12.1 Extintores de incêndio

12.1.1 A proteção por extintores de incêndio

é obrigatória em todos os eventos.

12.1.2 Nos locais administrativos, vestiários,

bares, restaurantes, museus, lojas, cabines de

rádios, camarotes, sala de imprensa,

estacionamentos cobertos e demais áreas

onde não há presença de espectadores, deve-

se atender às prescrições NT 04.

12.1.3 Nos locais de acesso de público, os

extintores poderão ser instalados em baterias,

em armários com chave mestra, nos locais de

acesso restrito ao Corpo de Bombeiros Militar,

à Brigada de Incêndio e ao pessoal de

segurança, atendendo:

a. O caminhamento (distância a percorrer)

máximo para alcançar uma bateria de

extintores deve ser de no máximo 35

m.

b. as áreas de acomodação do público

(arquibancadas, cadeiras, sociais e

similares) estão isentas da instalação

de extintores de incêndio e do

caminhamento previsto no item

anterior.

c. a quantidade, capacidade extintora,

instalação e classes de incêndio,

deverão atender à NT 04.

12.2 Hidrantes e Mangotinhos

12.2.1 A proteção por hidrantes, quando

necessária, deverá ser feita conforme

especificações da NT 06, admitindo-se as

adaptações abaixo:

a. Nos locais administrativos, vestiários,

bares, restaurantes, museus, lojas,

cabines de rádios, camarotes, sala de

imprensa, estacionamentos cobertos e

demais áreas onde não há presença de

espectadores, deverão atender às

prescrições da NT 06.

b. nos locais de acesso de público, os

hidrantes poderão ser instalados em

locais de acesso restrito ao corpo de

bombeiros militar e à brigada de

incêndio.

c. os responsáveis pelo evento deverão

colocar a disposição, no centro de

comando dos bombeiros, uma chave

mestra para abertura de todos os locais

de acesso restrito que contenham

equipamentos de combate a incêndio,

citados nos artigos anteriores e

disponibilizar funcionários que

possuam a cópia da chave, próximo

aos locais para sua abertura.

d. o caminhamento (distância a percorrer)

máximo para alcançar um hidrante

deve ser de 30 m;

Page 321: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

20

e. devem ser utilizados quatro lances de

mangueiras de quinze metros junto aos

hidrantes instalados nas circulações de

acesso às áreas de acomodação de

público (arquibancadas, cadeiras,

sociais e similares).

f. as áreas de acomodação do público

(arquibancadas, cadeiras, sociais e

similares) estão isentas da instalação

de hidrantes, devendo ser cobertas

pelos hidrantes instalados nas

circulações de acesso considerando-se

o caminhamento máximo de 60 m.

g. todas as demais características da

instalação de hidrantes e mangotinhos,

como reserva técnica, pressão, vazão,

tubulações, bombas, registros, válvulas

etc. deverão atender às prescrições da

NT 06.

12.3 Detecção e Alarme de Incêndio

12.3.1 A proteção por alarme será obrigatória

nos estádios com área construída acima de

750m² e/ou maior que 2 pavimentos, nos

locais de acesso de público, conforme

especificações abaixo:

a. Os acionadores manuais de alarme

deverão ser instalados junto aos

hidrantes.

b. os avisadores sonoros deverão ser

substituídos por sistema de som

audível em toda a área de circulação e

acomodação do público

(arquibancadas, cadeiras, sociais e

similares).

c. junto à central de alarme, na cabine de

comando, deverá ser instalado

microfone conectado ao sistema de

som do estádio.

d. todas as demais características de

instalação do sistema de alarme e

sonorização deverão atender o previsto

na NT 12 e NBR 9441 da ABNT.

e. quando necessária, a proteção por

detecção deverá ser instalada nos

locais administrativos, vestiários, bares,

restaurantes, museus, lojas, cabines de

rádios, camarotes, sala de imprensa,

estacionamentos cobertos e demais

áreas onde não há presença de

espectadores, atendendo às

prescrições da NT 12.

12.4 Iluminação de Emergência

12.4.1 A proteção pelo sistema de iluminação

de emergência é obrigatória em todos os

eventos, devendo atender às prescrições da

NT 09. É obrigatório do uso de gerador para

estádios e similares.

12.5 Sinalização de Emergência

12.5.1 A proteção pelo sistema de sinalização

de emergência é obrigatória em todos os

eventos.

12.5.2 Todas as sinalizações de rotas de

fuga, devem atender as prescrições das

normas técnicas da ABNT e deverão conter a

mensagem “S A Í D A” com pictograma

universal (fotoluminescente).

12.5.3 Para os eventos realizados em

construções provisórias poderá ser utilizada a

sinalização de saída através de faixas que

deverão atender as seguintes exigências:

a. Atender as dimensões mínimas

conforme normas técnicas da ABNT.

b. possuir iluminação própria garantida

em caso de emergência.

c. possuir fundo verde e a mensagem de

“s a í d a” com pictograma universal,

em cor fotoluminescente.

12.6 Central de GLP / GN

a. Nas edificações permanentes em que

houver a necessidade da utilização de

gás liquefeito de petróleo ou gás

natural, este deverá ser abastecido

através de central.

b. Não será permitido o abastecimento

nos horários de realização dos eventos

com acesso de público.

c. Os afastamentos e demais requisitos

deverão atender às prescrições

Page 322: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

21

pertinentes da NT 07, sendo que a

central deverá ser instalada em local

onde seja impedido o acesso de

público.

12.7 Acesso de viaturas

a. Deve-se prever no recinto acesso e

saída adequados aos serviços de

emergência, devidamente sinalizados,

obedecendo às prescrições pertinentes

da NT 10.

b. As vias de acesso e saída dos serviços

de emergência devem ser separadas

dos acessos e saídas usadas pelo

público.

c. Nos estádios, devem ser previstas, no

mínimo, 02 (duas) vias de acesso que

permitam o acesso ao campo.

12.8 Chuveiros Automáticos

12.8.1 A proteção pelo sistema de chuveiros

automáticos deve atender às prescrições da

NT 01 e NT 15.

12.8.2 Nas áreas internas destinadas a usos

diversos, com presença de carga de incêndio

(por exemplo: museus, lojas, bibliotecas,

camarotes, cabines de imprensa, estúdios,

camarins, administração, subsolos,

estacionamentos, restaurantes, depósitos,

área de concentração dos atletas ou artistas e

similares deverá ser previsto a proteção por

chuveiros automáticos.

13 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

13.1 Os estádios de futebol deverão ter

equipes de pronto atendimento a emergências

do tipo Brigadas de Incêndio, conforme

Portaria ou Norma Técnica do CBMCE.

13.2 O administrador do recinto, o gerente de

operações ou seu responsável legal, deverá

apresentar no Corpo de Bombeiros Militar um

Plano de emergência, contendo o Plano de

Abandono em Situações de Emergência.

13.3 Deverão ser fixados em todos os

setores, em locais visíveis dos estádios,

ginásios e similares, mapas indicando:

a. a localização atual do usuário;

b. as duas saídas de emergência mais

próximas;

c. o caminhamento para atingir estas

saídas;

d. telefones da sala de comando e

controle.

13.4 Deverão ser instaladas, em todos os

acessos de entrada do recinto placas

indicativas da capacidade total de público e

nas entradas dos setores, placas indicativas

da capacidade de público do respectivo setor,

conforme modelo constante da Figura 13.

13.5 Deverão ser garantidos dois acessos de

veículos de emergência junto ao campo, em

lados ou extremidades opostas, viabilizando a

remoção de vítimas.

13.6 Deverá ser reservada e devidamente

sinalizada, área destinada a viaturas de

emergência, com dimensões mínimas de

20,00 m de comprimento por 8,00 de largura,

na área adjacente ao estádio e próximo ao

portão que dá acesso ao campo.

13.7 Recomenda-se que seja reservada e

devidamente sinalizada, uma área para pouso

de aeronaves de emergência, com dimensões

mínimas de 30,00 x 30,00 m, observando o

prescrito nas normas técnicas pertinentes.

13.8 A iluminação do ambiente dos eventos

deverá ser mantida acesa até a saída total do

público, devendo seu desligamento ser

efetuado apenas após consulta aos

responsáveis pela segurança do evento.

13.9 É obrigatória a instalação de um grupo

moto gerador de energia para a manutenção

de todos os sistemas elétricos de segurança

(emergência).

Page 323: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

22

13.10 O atendimento às exigências contidas

nesta norma técnica não exime o responsável

pela edificação ou evento da responsabilidade

de atendimento a outras normas, legislações e

medidas de segurança específicas, como a

instalação de locais adequados para o

atendimento médico de urgência e o emprego

de pessoal qualificado para tal, dentre outras.

13.11 Devem ser instalados postos de

atendimento pré-hospitalar em pontos distintos

do recinto, atendendo às normas pertinentes.

13.12 O organizador do evento deverá estar

atento às recomendações das autoridades

federais, estaduais e municipais que poderão

evidenciar outras limitações em decorrência

dos efeitos dos impactos ambientais e urbanos

gerados pelo evento.

13.13 Em todos os eventos com áreas

delimitadas deverão ser instalados

mecanismos de controle de acesso de público

(catracas reversíveis ou outros dispositivos de

controle, desde que aprovados pelas

autoridades competentes), de forma a se

garantir a lotação prevista no projeto ficando

este controle sob a responsabilidade dos

organizadores do evento.

13.14 É vedada a realização de eventos, com

acesso franco em recintos com áreas

delimitadas, sem o devido controle de acesso

e lotação máxima.

13.15 Quando da ocorrência de tumultos na

área externa ou pressão para entrada nos

recintos onde estiverem sendo realizados

quaisquer eventos, não deve ser adotado o

procedimento de abertura dos portões de

forma a permitir o acesso de público.

14 PUBLICAÇÃO

14.1 As medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico contidas nesta norma

técnica passam a serem exigidas após 30 dias

da data de sua publicação oficial no Diário

Oficial do Estado do Ceará (DOE).

Page 324: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

23

ANEXO A (informativo)

Exemplos de dimensionamento de saídas

A.1 Estádio novo, com as todas as medidas de segurança descritas nesta NT, com previsão

de lotação (P) de 45.000 espectadores:

A.1.1 Para saídas horizontais (ex.: rampas; portas):

a. Taxa de Fluxo (F) nas saídas horizontais: F = 83 pessoas por minuto por metro.

b. Tempo (t) de saída dos setores: T = máximo de 8 minutos.

c. Capacidade de escoamento por metro (E): E = F x T = 83 x 8 = 664 pessoas por metro.

d. Cálculo da largura total (L), mínima, das saídas horizontais:

L = P ÷ E >>> L = 45.000 ÷ 664

L = 67,7 m >>> L = 68 m de larguras totais - distribuídos conforme esta NT.

A.1.2 Saídas verticais (escadas):

a. Fluxo (F) nas saídas verticais: F = 66 pessoas por minuto por metro

b. Tempo (T) de saída dos setores: T = máximo de 8 minutos.

c. Capacidade de escoamento por metro (E): E = F x T = 66 x 8 = 528 pessoas por metro.

d. Cálculo da largura total (L), mínima, das saídas verticais:

L = P ÷ E >>> L = 45.000 ÷ 528

L = 85,2 m >>> L = 86 m de largura totais - distribuídos conforme esta NT.

A.2 Estádio existente, com as todas as medidas de segurança descritas nesta NT.

Arquibancada para público sentado (assentos individuais) com dimensões de 20 metros

(frente) por 26,4 (lateral). Determinar a população desta arquibancada e a largura necessária

dos acessos radiais:

A.2.1 População (P):

a. largura (L) dos patamares: L = 0,80 m

b. quantidade de patamares (degraus) da arquibancada: (26,4 m ÷ 0,80 m) = 33 patamares

c. espaçamento mínimo entre assentos = 0,50 m

d. quantidade de assentos por patamar: (20 m ÷ 0,50 m) = 40 assentos

e. cálculo da população do setor: P = 33 patamares x 40 assentos = 1320 pessoas

A.2.2 Largura (L) dos acessos radiais:

a. fluxo (F) nos acessos radiais permitido para prédios existentes (mediante análise) e para os

estádios da COPA-2014: F = 73 pessoas por minuto por metro

b. tempo (T) de saída do setor = máximo de 8 minutos (estádio com todas medidas de

segurança)

c. capacidade de escoamento (E) por metro: E = F x T = 73 x 8 = 584 pessoas por metro

d. cálculo da largura total (l), mínima, dos acessos radiais deste bloco

L = P ÷ E >>> L = 1320 ÷ 584

L = 2,26 m >>> L = 2 acessos radiais de 1,20 m cada - distribuídos conforme esta NT

Page 325: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

24

ANEXO B – FIGURAS

Figura 1 - Detalhe do comprimento e número máximo de assentos

Largura Máxima10m

Largura Máxima20m

Acesso 1,20m AcessoLargura mínima

1,20m

Acesso lateral Acesso

Ace

sso

rad

ial

Ace

sso

rad

ial

Ace

sso

rad

ial

Acesso lateral Acesso

Área de atividade (evento)

B a

r r

e i

r a

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 326: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

25

Figura 2 - Detalhe de patamares para público em pé

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 327: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

26

Figura 3 - Detalhe das dimensões dos assentos e dos patamares das

arquibancadas

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 328: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

27

Figura 4 - Detalhe dos assentos nos patamares e guardas-corpos (barreiras)

alturamínima110 cm

larguramínima55 cm

Altura mínima:

Se H 2,10m = Altura = 1,10m

Se H 2,10m =Altura = 1,80m

1º Fileira

A

Nível doAssento

H

B

Nota:

Mínimo 40cm, para instalações esportivas novas.

Mínimo 35cm, para instalações esportivas existentes.

B

A

Mínimo 80cm - para instalações esportivas novas.

Mínimo 75cm, para instalações esportivas existentes.

Verificar outras variações e exigências no texto da norma.

Mín.70cm

Setores com inclinaçãosuperior ou igual a 32º

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 329: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

28

Figura 5 - Dimensões dos corrimãos e guarda-corpo das escadas

92cm

110cm

92cm

110cm

30 cm

Mín 1,20mMáx 1,80m

92 cm

Nota:

a) Verificar também os itens sobre guarda-corpos e corrimãos desta norma.

30 cm

Ver detalhe

92 cm

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 330: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

29

Figura 6 - Barreiras, guarda-corpos e corrimãos centrais: cargas de projeto, alturas e disposições

Guarda-corposnas escadas,perpendicularesou oblíquos àdireção domovimento depessoas.Altura: 1,10mCarga: 3,0 kN/m

Guarda-corpos ao lado dasescadas alinhados com adireção do movimento.Altura: 1,10mCarga: 2,0 kN/m

Guarda-corpos atrás dafileira dos assentos.Altura: 1,80m acima dosníveis dos assentos ouda arquibancada emnível mais elevado.Carga: 1,0 kN/m

Guarda-corpos adjacentes àfileira dos assentos.Altura: 1,10mCarga: 1,0 kN/m

Guarda-corpos a 55 cm(mínimo) da fileira dosassentos fixos ou daarquibancada em nível maisbaixo.Altura: 1,10mCarga: 1,5 kN/m

Guarda-corpos nos pésdos corredores.Altura: 1,10mCarga: 3,0 kN/m

Guarda-corpos lateraisalinhados paralelamentecom a direção domovimento de pessoas.Altura: 1,10mCarga: 2,0 kN/m

CAMPO DE JOGO

Corrimão Central nasescadas entre assentos.Altura: 80cm a 92cmCarga: 1.0 kN/m

ACESSOS

Corrimão auxiliar de apoio naentrada das fileiras.Altura: 80cm a 92cmCarga: 1,0 kN/m

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 331: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

30

Figura 7 - Corrimãos centrais e laterais

CORRIMÃOS

(Mín: 2 Fileiras - Máx: 4 Fileiras)

guarda-corpos

CORRIMÃO CENTRAL

CORRIMÃOS

CORRIMÃO LATERAL AUXILIAR

(1 fileira)ABERTURA

(1/2 fileira)

guarda-corpos

guarda-corpos guarda-corpos

gu

ard

a-co

rpo

sg

uar

da-

corp

os

guarda-corpos

guarda-corpos

gu

ard

a-co

rpo

s

guarda-corpos

guarda-corpos

gu

ard

a-co

rpo

s

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 332: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

31

Figura 8 - Perspectiva de vomitório padrão

Fonte: CBPMESP e ARENA

Page 333: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

32

Figura 9 - Perspectiva de corrimãos centrais e laterais

Fonte: CBPMESP e ARENA

Page 334: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

33

Figura 10 - Barreiras antiesmagamento – posição e resistência mecânica

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 335: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

34

Figura 11 - Barreiras antiesmagamento – contínuas e não-contínuas

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 336: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

35

Figura 12 - Barreiras retardantes (controle de velocidade)

A

B

A

B

ÁREA EXTERNA

Mínimo: 1,20m

C= Variável

ÁREA INTERNA DE CIRCULAÇÃO

Obstáculos:- De Concreto ou Metálico- Altura mínima de 1,10m

Notas:

- Largura mínima de A ou B deve ser 1,20m,

sendo somados A + B, não pode sersuperior a 3m de largura.

- Para efeito de cálculo de dimensionamento

dos obstáculos adotar a seguinte fórmula:

2 (A + B) = 2C / 3 OU (A + B)= C/3

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 337: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

36

Figura 13 - Sinalização de lotação

Fonte: IT-20/2004 do CBPMESP

Page 338: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

37

Figuras 14 - Saídas e escoamento do público

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 339: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

38

Figura 15 - Distâncias a percorrer e acessos

Largura máxima10 m

Largura máxima20 m

Largura Mínima1,20m

Largura Mínima1,20m

Largura Mínima1,20m

PAREDE OU DIVISA

ÁREA EXTERNA

CAMPO DE JOGO

Largura Mínima1,20m

Máxima distância até a entrada do "vomitório":

- 30m para edificações novas

- 40m para edificações existentes

"vomitório"

"vomitório"

Fonte: CBPMESP e ARENA, com base no “Green Guide”

Page 340: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará Página 1 de 13

ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 003/2008

DIMENSIONAMENTO DE LOTAÇÃO E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM CENTROS

ESPORTIVOS E DE EXIBIÇÃO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

Page 341: Normas Técnicas - Corpo de Bombeiros Ceará

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará Página 2 de 13

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 003/2008 DIMENSIONAMENTO DE LOTAÇÃO E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM CENTROS ESPORTIVOS

E DE EXIBIÇÃO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos (figuras)

1 OBJETIVO 1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para a determinação da população e o dimensionamento de saídas de emergência em centros esportivos e de exibição. 2 APLICAÇÃO 2.1 Todas as edificações enquadradas na divisão F-3, conforme Tabela 1 – Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto à Ocupação da Norma Técnica n.o 001/2008, permanentes ou não, fechadas ou abertas, cobertas ou ao ar livre, com área construída total maior que 10.000 m2 ou com população superior a 2.500 pessoas. 2.2 As edificações enquadradas na divisão F-3, conforme Tabela 1 – Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto à Ocupação da Norma Técnica n.o 001/2008, permanentes ou não, fechadas ou abertas, cobertas ou ao ar livre, com área construída total igual ou inferior a 10.000 m2 ou com população igual ou inferior a 2.500 pessoas, bem como as demais ocupações, devem atender aos requisitos da Norma Técnica nº 10 no tocante à lotação e dimensionamento das saídas de emergência. 2.3 Os critérios técnicos estabelecidos nesta Norma Técnica para o dimensionamento de saídas de emergência podem servir de subsídios para outras ocupações das divisões F-2, F-4, F-5, F-7 e F-10 com área construída total maior que 10.000 m2 ou com população superior 2.500 pessoas. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Saídas de Emergência

4.1.1 As saídas de emergência compreendem o seguinte: a) acesso ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas estruturas térreas; b) escadas ou rampas; c) descarga. 4.1.2 O piso das áreas destinadas à saída de emergência deverão ser sempre executados em material incombustível e antiderrapante. 4.1.3 Um recinto de evento deve ser setorizado em função de suas dimensões a fim de evitar-se que em uma situação de emergência o movimento dos ocupantes venha a saturar determinadas rotas de fuga, evitando-se o pânico. 4.1.4 Em todos os setores deve haver, no mínimo, duas alternativas de saída de emergência, sendo que as rotas de fuga dos espectadores devem ser independentes das rotas de fuga dos atletas ou artistas que se apresentam no recinto. 4.1.5 Recomenda-se que os setores sejam identificados por meio de cores diferenciadas e predominantes. 4.1.6 Os lugares dotados de assentos destinados a espectadores, bem como as filas por eles constituídas, devem ser numeradas, com a identificação fixa e visível. 4.1.7 Somente são considerados lugares destinados a espectadores aqueles inseridos dentro dos setores previamente estabelecidos e com rotas de fuga definidas. 4.1.8 Onde houver assentos destinados aos espectadores, estes devem ficar 0,45m acima do piso do pavimento e ter, pelo menos, 0,45m de largura por 0,45m de profundidade (ver Figuras 2 e 6). 4.1.9 As saídas de emergências que não servem aos setores de arquibancadas e platéias devem seguir os parâmetros da Norma Técnica n.º 10 (Ex: camarins, vestiários, área de concentração dos atletas ou artistas e outros).

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará Página 3 de 13

4.2 Saídas de emergência horizontais – acessos e portas 4.2.1 Os acessos horizontais às descargas ou às rotas de saídas de emergência verticais devem satisfazer as seguintes condições: a) possuir, no mínimo, 1,2m de largura. b) estar livres de obstáculos e permitir o acesso rápido e seguro do público às saídas de emergência verticais dos respectivos pisos ou à área de descarga. c) os desníveis existentes nas saídas de emergência horizontais devem ser vencidos por rampas de inclinação não superior a 10% e patamar horizontal de descanso a cada 10m. d) os acessos destinados aos portadores de deficiências devem observar ainda os demais critérios descritos na NBR 9.050. e) serem iluminados e sinalizados com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido e adotado nas normas técnicas específicas. f) quando houver mudanças de direção, as paredes não devem ter cantos vivos. 4.2.2 As arquibancadas que possuírem assentos fixos devem contar com um espaçamento de 30cm a 55cm para circulação entre eles, dependendo do tipo de assento e de sua fixação às arquibancadas (ver Figura 2). 4.2.2.1 À frente da primeira das fileiras de assentos fixos dos setores de arquibancadas localizadas em cotas inferiores deverá ser mantida a distância mínima de 55cm para circulação (ver Figura 4). 4.2.3 As portas de saída de emergência devem atender aos seguintes requisitos: a) abrir sempre no sentido de fuga; b) possuir largura dimensionada para evacuação segura da população do recinto e nunca inferior a 1,20m; c) ser providas de barras antipânico; d) não possuir peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros. 4.2.4 Em edificações existentes, nos termos da Norma Técnica n.o 01/2008, cujas portas de saída de emergência sejam do tipo basculante, de correr, de enrolar ou sanfonadas e houver impossibilidade técnica para sua adequação aos critérios estabelecidos nos itens 4.2.7.1 e 4.2.7.3 desta Norma Técnica, estas devem permanecer abertas e monitoradas pela segurança durante a realização do evento, mediante compromisso prévio e escrito do responsável pelo uso.

4.3 Acesso ou rotas de saídas de emergência verticais - escadas ou rampas 4.3.1 As saídas de emergência verticais devem ser contínuas desde o piso ou nível que atendem até o piso de descarga ou nível de saída do recinto ou setor. 4.3.2 As escadas devem ter lanço mínimo de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,7 m de altura. 4.3.3 As escadas deverão ser construídas em lances retos e sua mudança de direção deve ocorrer em patamar intermediário e plano. 4.3.4 Os patamares deverão ter largura igual à da escada e comprimento igual ou superior à sua largura, dado pela fórmula:

� � ��� � � � �

Onde: n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de escada reta, medido na direção do trânsito; h é altura do espelho e b a largura do pisante. 4.3.5 Elevadores e escadas rolantes não são aceitos como saídas de emergência, exceto os elevadores de emergência que atendam os requisitos da norma técnica especifica para este tipo de elevador. 4.3.6 Os degraus das escadas devem atender aos seguintes requisitos: a) altura dos espelhos dos degraus (h) deve situar-se entre 0,15m e 0,18m, ou seja, 0,15 ≤ h ≤ 0,18 m; b) largura mínima dos pisantes (b): 0,27m; c) o balanceamento dos degraus deve atender a relação entre altura do espelho (h) e a largura do pisante (b), a saber:

�, � � 2� � � � 0,65 ��

4.3.7 Em áreas de uso comum não são admitidas escadas em leque ou caracol. 4.3.8 O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos: a) na descarga e acesso de elevadores de emergência; b) quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada;

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c) para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações para acesso de deficientes físicos. 4.3.9 As rampas devem ser dotadas de guardas e corrimãos de forma análoga às escadas de saída de emergência. 4.3.10 As rampas não podem terminar em degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos. 4.3.11 Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo de 1,2 m, medidos na direção do trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,7 m. 4.3.12 As rampas podem suceder um lanço de escada, no sentido descendente de saída, mas não podem precedê-lo. 4.3.13 Não é permitida a colocação de portas em rampas, sendo que estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com comprimento não inferior à da folha da porta de cada lado do vão. 4.3.14 As inclinações das rampas não deverão exceder a 10% (1:10). 4.4 Descarga 4.4.1 A descarga, parte da saída de emergência que fica entre a escada e a via pública ou área externa em comunicação com a via pública pode ser constituída por corredores ou átrios cobertos ou a céu aberto. 4.4.2 As descargas devem ainda atender ao seguinte: a) não ser utilizável como estacionamento de veículos de qualquer natureza, sendo, quando necessário, dotadas de divisores físicos que impeçam tal utilização; b) ser mantida livre e desimpedida, não devendo ser dispostas dependências que, pela sua natureza ou sua utilização, possam provocar a aglomeração de público, tais como bares, pistas de dança, lojas de “souvenirs” ou outras ocupações; c) não ser utilizada como depósito de qualquer natureza; d) ser distribuídas de forma eqüidistante e de maneira a atender o fluxo a ela destinada e o respectivo caminhamento máximo.

4.4.3 No dimensionamento da área de descarga devem ser consideradas todas as saídas horizontais e verticais que para ela convergirem. 4.5 Guarda-corpo e corrimãos 4.5.1 Toda saída de emergência deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) continuas, sempre que houver qualquer desnível maior de 18cm, a fim de evitar quedas. 4.5.2 A altura das guardas, internamente, deve ser, no mínimo, de 1,1m e sua resistência mecânica varia de acordo com a sua função e posicionamento (ver Figuras 1 e 3). 4.5.3 As arquibancadas cujas alturas em relação ao piso de descarga sejam superiores a 3m devem possuir fechamento dos encostos (guarda-costas) do último nível superior de assentos, de forma idêntica aos guarda-corpos, porém com altura mínima de 1,8m em relação a este nível (ver Figura 4). 4.5.4 O fechamento dos guarda-corpos deve atender aos mesmos requisitos da Norma Técnica nº 05/2008. 4.5.5 Os corrimãos deverão ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80cm e 92cm acima do nível do piso atendendo também aos demais requisitos previstos na Norma Técnica nº 05/2008. 4.4.6 Escadas situadas nas laterais de arquibancadas poderão ser dotadas de corrimão em apenas um dos lados com os mesmos requisitos do item anterior. 4.4.7 As escadas centrais que servem os setores de arquibancadas e platéias, com mais de 2,2m de largura, devem ser dotadas de um corrimão central com barra dupla de apoio para as mãos, espaçados a intervalos de 1,2m, com os mesmos requisitos dos corrimãos centrais, com interrupções nos patamares para permitir o acesso e fluxo de pessoas entre setores adjacentes e, neste caso, suas extremidades devem ser dotadas de balaústres ou outros dispositivos para evitar acidentes. (ver Figura 5). 4.4.8 Os corrimãos devem ser construídos para resistir a uma carga de 900N/m aplicada verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos.

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4.5.9 Nas escadas comuns (tipo NE) e rampas não enclausuradas pode-se dispensar o corrimão, desde que o guarda-corpo atenda também aos preceitos do corrimão, conforme os itens 4.8.1.4, 4.8.2.3, 4.8.2.4. e 4.8.2.5 da Norma Técnica nº 05/2008. 4.6 Distâncias máximas a serem percorridas e tempo máximo de abandono 4.4.9 Os critérios para se determinar as distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refugio ou logradouro público), tendo em vista o risco à vida humana, decorrente da emergência são os seguintes: a) a distância máxima a ser percorrida pelo espectador, em setores de arquibancadas, para alcançar um acesso ou área de acumulação não pode ser superior a 20m, em recintos ao ar livre, e a 10m, em recintos cobertos (ver Figura 7); b) quando o abandono de área for em local fechado (delimitado por barreiras físicas) e ao ar livre e se fizer através de várias saídas, deverá ser observado, para fins de cálculo, o tempo máximo de abandono de 12min ou 240m de caminhamento até à escada/rampa ou à área de descarga; c) quando o abandono de área for em local fechado (delimitado por barreiras físicas) e coberto e se fizer através de várias saídas, deverá ser observado, para fins de cálculo, o tempo máximo de abandono de 6min ou 120m de caminhamento até à escada/rampa ou à área de descarga para ocupações da divisão F-3, e 3min ou 60m para as divisões F-2, F-4, F-5, F-7 e F-10. d) para os deficientes físicos deve ser atendida a NBR 9.050 que trata da acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos, bem como as legislações municipais pertinentes. 4.6.2 A velocidade de movimento de saída em situação de emergência nos centros esportivos e de exibição, para fins de dimensionamento, será de 20m/min, no máximo. 4.7 Cálculo da população 4.7.1 As saídas de emergência são dimensionadas em função da população máxima no recinto e/ou setor do evento. 4.7.2 Para as edificações, o cálculo da população máxima será determinado pelos itens abaixo, adotando-se o mais restritivo: a) a população do recinto do evento, como um todo, é calculada na proporção de 0,5m linear por

pessoa, quando sentada, ou por cadeira móvel existente, e de 4 (quatro) pessoas por m² em área plana quando em pé (ver Figura 6); b) a densidade (D) para público sentado, para fins de cálculo, é de 4 pessoas por m² (1pessoa/0,25 m2); c) no caso de camarotes que não possuam cadeiras fixas, a densidade (D), para fins de cálculo, é de 4 pessoas por m² da área bruta do camarote. 4.7.3 A organização dos setores existentes no recinto através da numeração dos lugares, instalação de cadeiras fixas e delimitação física das áreas destinadas a espectadores em pé, conforme os critérios estabelecidos nesta Norma Técnica e devidamente comprovados pelo responsável técnico, devem ser levadas em consideração para determinar com mais precisão a população que será considerada para o dimensionamento das rotas de fuga. 4.7.4 Outros métodos analíticos de cálculo de população, devidamente normalizados ou internacionalmente reconhecidos, podem ser aceitos, desde que sejam comprovados em estudo a ser apresentado pelo responsável técnico à Comissão Técnica do CBMCE. 4.8 Dimensionamento das saídas de emergência 4.8.1 Parâmetros relativos ao escoamento de pessoas (E): 4.8.1.1 Para dimensionar o abandono de uma edificação, deve ser utilizado o fluxo unitário (F) que é o indicativo do número de pessoas que passam por unidade de tempo (pessoas/minuto) pelas saídas de emergência, observada a fórmula:

� � � � � � �

Onde:F = Fluxo (dado em pessoas por minuto); V = Velocidade (dado em metros por minuto); D = Densidade (número de pessoas por metro quadrado); e L = Largura do caminho (dado em metros) 4.8.1.1.1 Público em pé a) Exemplo 1: considerando-se saída com 1,20m de largura, para determinado setor, na situação mais desfavorável, cujo tempo máximo de abandono adotado será 6min, permitirá um fluxo de:

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F = V x D x L, onde: V= 20m/min (velocidade máxima); Dmáx = 4pessoas/m2; L = 1,2m (largura da saída) F = 96 pessoas/min Levando-se em conta o tempo máximo de abandono de 6min, para aquela saída é possível escoar: E (escoamento) = t (tempo) x F (fluxo) E = 6 x 96 E = 576 pessoas por 1,20 m de saída 4.8.1.1.2 Público sentado a) Exemplo 2: considerando-se uma saída com 1,20m de largura para determinado setor, na situação mais desfavorável, cujo tempo máximo de abandono adotado será 12min, permitirá um fluxo de: F= V x D x L, onde: V= 20m/min (velocidade máxima); Dmáx = 1 pessoa/0,25 m2 (público sentado), ou seja, Dmáx = 4 pessoas/m2; L = 1,20 m (largura da saída) F = 96 pessoas/min. Levando-se em conta o tempo máximo de abandono de 12min para aquela saída, é possível escoar: E (escoamento) = t (tempo) x F (fluxo) E = 12 x 96 E = 1.152 pessoas por 1,2 m de saída 4.8.2 Cálculo da largura total (somatório das larguras) das saídas 4.8.2.1 A largura efetiva das saídas será calculada de forma a permitir um fluxo de 96 pessoas/min em 1,2 m de passagem, considerando-se a velocidade de 20m/min.

�� ��

� � 1,2

Onde: Lt = largura total das saídas; P = população da edificação; E = escoamento; 4.8.2.1.1 Determinação da largura total de saídas a) Exemplo 3: para o setor de uma edificação com população calculada em 15.000 pessoas, cujo tempo máximo de abandono adotado será 12min, a soma das larguras das saídas será de 15,63m, como demonstramos abaixo: P = 15.000 pessoas; E = 1.152 pessoas/min; Lt = (15.000/1.152) x 1,20

Lt = 15,63 m 4.9 Sistemas complementares 4.9.1 Os recintos devem ser equipados com meios técnicos e instalações que permitam difundir, em caso de emergência, aviso de abandono ao público e acionar os meios de socorro para intervir em caso de incêndios ou outros sinistros. 4.9.2 Os equipamentos de som amplificados devem ser conectados a sistemas autônomos de alimentação elétrica para que, no caso de interrupção do fornecimento de energia, sejam mantidos em funcionamento por período mínimo de 60 minutos. 4.9.2.1 Antes do início de cada evento, o público presente deve ser orientado através do sistema de som quanto à localização das saídas de emergência para cada setor e sobre os sistemas de segurança existentes. 4.9.3 Os difusores de alarme geral devem ser instalados em local seguro e fora do alcance do público. 4.9.4 Os sistemas de iluminação e sinalização de emergência, alarme e detecção de incêndio, extintores e hidrantes devem ser executados obedecendo aos critérios das respectivas normas técnicas. 4.9.5 Os elementos decorativos e demais materiais de acabamento devem ser dispostos de maneira a não criar obstáculos nas áreas de circulação e atender aos requisitos da norma técnicas específica. 4.9.6 A segurança estrutural deve atender aos requisitos da norma técnicas específica. 4.10 Edificações de caráter temporário 4.10.1 Além dos critérios estabelecidos nos itens anteriores, as edificações cuja estrutura seja de caráter temporário, caracterizadas conforme o disposto na Norma Técnica nº 01/2008, devem atender ainda ao seguinte: a) os espaços vazios abaixo das arquibancadas não podem ser utilizados como áreas úteis, tais como depósitos de materiais diversos, áreas de comércio, banheiros e outros, devendo ser mantidos limpos e sem quaisquer materiais combustíveis durante todo o período do evento. b) os vãos (espelhos) entre os assentos das arquibancadas que possuam alturas superiores a

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0,3m devem ser fechados com materiais de resistência mecânica análoga aos guarda-corpos, de forma a impedir a passagem de pessoas. c) em ocupações temporárias (desmontáveis) são aceitos pisos em madeira na rota de fuga, desde que possuam resistência mecânica compatível, características antiderrapantes e sejam afixados de forma a não permitir sua remoção sem auxílio de ferramentas. d) os circuitos elétricos e fiação do sistema de iluminação de emergência devem ser instalados em conformidade com a norma técnica específica e as demais instalações elétricas devem atender aos demais requisitos previstos na NBR 5.410. e) nos locais destinados aos espectadores e rotas de fuga, todas as fiações e circuitos elétricos devem estar embutidos, além de devidamente isolados. f) nas barreiras ou alambrados que separam a arena ou campo de jogo dos locais acessíveis ao público devem ser previstos acessos ou passagens que permitam aos espectadores sua utilização em caso de emergência, mediante sistema de abertura acionado pelos componentes do serviço de segurança ou da brigada de incêndio (ver Figura 7); f) os recintos devem ser servidos por, no mínimo, duas vias de acesso que permitam a aproximação, estacionamento e a manobra das viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará e atender aos demais requisitos preconizados na norma técnica específica. g) os elementos estruturais dos recintos devem apresentar resistência mecânica compatível com as ações e solicitações a que são sujeitos, prevendo-se inclusive as ações das intempéries, especialmente do vento.

h) as estruturas metálicas desmontáveis, de caráter temporário nos termos da Norma Técnica nº 01/2008, estão dispensadas de proteção passiva contra o fogo, devido às suas características construtivas e de montagem. i) os materiais utilizados nos acabamentos, elementos de decoração, coberturas flexíveis (lonas) e no mobiliário principal devem estar em conformidade com os requisitos da norma técnica específica, de forma a restringir a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça. j) os elementos de suporte estrutural das tendas ou outras coberturas flexíveis devem possuir as mesmas características de resistência e/ou retardo de fogo, de forma a garantir a necessária evacuação do público. 4.11 Edificações existentes 4.11.1 Os centros esportivos e de exibição considerados existentes nos termos da Norma Técnica n.o 01/2008 e que não permitam, pelas suas características, as adequações previstas nesta Norma Técnica, devem ser objetos de estudo para análise da Comissão Técnica do CBMCE no tocante à exigência tecnicamente inviável. 4.11.2 O responsável técnico pelo pedido de análise da Comissão Técnica deve apresentar as justificativas quanto à impossibilidade do atendimento dos requisitos desta Norma Técnica e propor medidas alternativas de forma a garantir a evacuação das pessoas e a intervenção do socorro de maneira rápida e segura em caso de sinistro.

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ANEXOS – FIGURAS

Figura 1 – Disposição dos guarda-corpos (posição, altura e resistência mecânica)

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Figura 2 – Detalhe de assentos

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Figura 3 – Detalhe de altura

Notas: a) O fechamento do guarda-corpo deve atender aos requisitos previstos na norma técnica específica; b) Verificar também o item 4.5.9 desta Norma Técnica.

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Figura 4 – Distâncias mínimas

Figura 5 – Tipos de guarda-corpos ou corrimãos

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Figura 6 – Detalhe de assentos

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Figura 7 – Distâncias a percorrer

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 004/2008

SISTEMA DE PROTEÇÃO POR APARELHOS EXTINTORES

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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NORMA TÉCNICA N° 004/2008 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR APARELHOS

EXTINTORES DE INCÊNDIO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece critérios para proteção contra incêndio em edificações e áreas de risco por meio de aparelhos extintores de incêndio. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica a todas as edificações e áreas de risco, com exceção das edificações residenciais unifamiliares. 2.2 Para os casos não previstos nesta Norma Técnica adota-se a NBR12.693 (Sistema de Proteção por Aparelho extintores de Incêndio). 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Capacidade extintora 4.1.1 A capacidade aparelho extintora mínima de cada tipo de aparelho extintor portátil, para que se constitua uma unidade aparelho extintora, deve ser: a) carga de água: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A; b) carga de espuma mecânica: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A : 10-B;

c) carga de dióxido de carbono (CO2): um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 5-B : C; d) carga de pó BC: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 20-B : C; e) carga de pó ABC – um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A : 20-B : C; f) carga de compostos halogenados: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 5-B : C. 4.1.1.1 A classificação acima deve ser exigida por ocasião da emissão do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico (CESIP) a partir da publicação desta Norma Técnica. 4.1.2 Os aparelhos extintores portáteis e sobre-rodas constantes dos projetos aprovados com data anterior à publicação desta Norma Técnica, quando reprovado por não ser possível fazer sua manutenção, devem ser substituídos, por aparelhos extintores que atendam aos itens 4.1.1 e 4.2.2.3, respectivamente. 4.1.3 O emprego dos aparelhos extintores segundo o risco, a área a ser protegida e a distância máxima a ser percorrida pelo operador, obedecerá as disposições da Tabela 1. Tabela 1 – Distribuição dos aparelhos extintores segundo risco, área e distância a ser percorrida

RISCO ÁREA (m2) DISTÂNCIA (m) BAIXO 500 20 MÉDIO 250 15 ALTO 150 10 4.1.4 Quando em uma edificação, for previsto, dentro de sua projeção, área destinada a estacionamento de veículos, esta área será classificada no maior risco, para efeito de dimensionamento da capacidade extintora e número de unidades empregadas no local. 4.2 Instalação e sinalização 4.2.1 Aparelhos extintores portáteis

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4.2.1.1 Quando os aparelhos extintores forem instalados em paredes ou divisórias, a altura de fixação do suporte deve ser de 1,60m do piso acabado. 4.2.1.2 Os aparelhos extintores não devem ser instalados em escadas e antecâmaras. 4.2.1.2.1 Devem estar desobstruídos, devidamente sinalizados e com boa visibilidade para que os possíveis operadores possam se familiarizar com sua localização. 4.2.1.2.2 Devem ser posicionados de modo que a possibilidade do fogo bloquear seu acesso seja a menor possível. 4.2.1.3 É permitida a instalação de aparelhos extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam, apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10m e 0,20m do piso. 4.2.1.4 Cada pavimento das edificações ou risco isolado deve possuir, no mínimo, duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C. 4.2.1.4.1 É permitida a instalação de duas unidades aparelho extintoras iguais de pó ABC. 4.2.1.4.2 O aparelho extintor de pó ABC poderá substituir qualquer tipo de aparelho extintor de classes específicas A, B e C dentro de uma edificação ou área de risco. 4.2.1.5 É permitida a instalação de uma única unidade extintora de pó ABC em edificações ou risco com área construída inferior a 50m2. 4.2.1.6 Os aparelhos extintores de incêndio devem ser adequados à classe de incêndio predominante dentro dá área de risco a ser protegida, de forma que sejam intercalados na proporção de dois aparelhos extintores para o risco predominante e um para a proteção do risco secundário. 4.2.1.7 São aceitos aparelhos extintores com acabamento externo em material cromado, latão, metal polido entre outros, desde que possuam marca de conformidade expedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação.

4.2.1.8 Quando os aparelhos extintores de incêndio forem instalados em abrigos embutido na parede ou divisória, além da sinalização, deve existir uma superfície transparente que possibilite a visualização do aparelho extintor no interior do abrigo. 4.2.1.9 As unidades extintoras devem ser as correspondentes a um só aparelho extintor, não sendo aceitas combinações de dois ou mais aparelho extintores, à exceção do aparelho extintor de espuma mecânica. 4.2.1.10 Em locais de riscos especiais devem ser instalados aparelhos extintores de incêndio que atendam ao item 4.1.1, sem prejuízo da proteção geral da edificação ou risco, tais como: a) casa de caldeira; b) casa de bombas; c) casa de força elétrica; d) casa de máquinas; e) galeria de transmissão; f) incinerador; g) elevador (casa de máquinas); h) ponte rolante; i) escada rolante (casa de máquinas); j) quadro de redução para baixa tensão; k) transformadores; l) contêineres de telefonia; m) outros que necessitam de proteção adequada. 4.2.1.10.1 Os aparelhos extintores serão localizados na parte externa do risco, devendo ser previstos aparelhos extintores internos sempre que julgado necessário. 4.2.1.10.2 Para proteção por aparelhos extintores de incêndio em instalações de líquidos inflamáveis e combustíveis, gás liquefeito de petróleo, gás natural e pátio de contêineres, devem ser seguidas as normas técnicas específicas. 4.2.1.10.3 Deve ser instalado, pelo menos, um aparelho extintor de incêndio a não mais de 5 m da entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos. 4.2.2 Aparelhos extintores sobre-rodas. 4.2.2.1 As distâncias máximas a serem percorridas pelo operador de aparelhos extintores sobre-rodas devem ser acrescidas da metade dos valores estabelecidos no item 4.1.3 desta Norma Técnica.

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4.2.2.2 Não é permitida a proteção de edificações ou áreas de risco unicamente por aparelhos extintores sobre-rodas, admitindo-se, no máximo, a proteção da metade da área total correspondente ao risco, considerando o complemento por aparelhos extintores portáteis, de forma alternada entre aparelhos extintores portáteis e sobre-rodas na área de risco. 4.2.2.3 As capacidades mínimas dos aparelhos extintores sobre-rodas devem ser: a) carga d’água – 10-A; b) carga de espuma mecânica – 6-A : 40-B; c) carga de dióxido de carbono – 10-B : C; d) carga de pó BC – 80-B : C; e) carga de pó ABC – 6-A : 80-B : C. 4.2.2.4 O emprego de aparelhos extintores sobre-rodas só é computado como proteção efetiva em locais que permita o livre acesso a todos os pontos, sem impedimento de portas estreitas, soleiras ou degraus no chão. 4.2.2.5 Os aparelhos extintores sobre-rodas devem ser localizados em pontos estratégicos e sua área de proteção deve ser restrita ao nível do piso que se encontram. 4.2.2.5.1 Os aparelhos extintores sobre-rodas devem, preferencialmente, situar-se em pontos centrais, em relação aos aparelhos extintores portáteis e aos limites da área de risco a proteger. 4.2.2.6 A proteção por aparelhos extintores sobre-rodas deve ser obrigatória nas edificações onde houver manipulação e/ou armazenamento de explosivos e líquidos inflamáveis ou combustíveis, exceto quando os reservatórios de inflamáveis/combustíveis forem enterrados. 4.2.2.7 Em locais de abastecimentos e/ou postos de abastecimento e serviços onde os tanques de combustíveis são enterrados, além dos aparelhos extintores instalados por percurso máximo e riscos específicos, deverão ser instaladas mais duas unidades extintoras portáteis de pó químico seco (pó ABC ou BC) ou espuma mecânica em local de fácil acesso, próximo ao setor de abastecimento do posto. 4.2.2.8 Para proteção de reservatórios de alimentação exclusiva de grupo moto-gerador, com capacidade máxima de 500 litros, serão

necessários dois aparelhos extintores portáteis (pó ABC ou pó BC ou espuma mecânica). 4.2.2.9 Os aparelhos extintores, em locais onde haja parques de tanques, poderão estar todos localizados e centralizados num abrigo sinalizado, a não mais de 150m do tanque mais desfavorável, desde que tenha condições técnicas de conduzir estes aparelhos extintores por veículo de emergência da própria edificação ou área de risco, caso não haja veículo de emergência a distância máxima entre o abrigo e o tanque mais desfavorável será de 50 m. Esta regra não se aplica nas áreas de transbordo ou manipulação de produtos inflamáveis ou combustíveis. 4.2.2.10 Nos pátios de contêineres, os aparelhos extintores poderão ser centralizados e localizados em abrigos sinalizados, no mínimo em dois pontos distintos e opostos da área externa de armazenamento de contêineres. 4.3 Certificação e validade/garantia 4.3.1 Os aparelhos extintores devem possuir marca de conformidade concedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação. 4.3.2 Para efeito de vistoria do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, o prazo de validade/garantia de funcionamento dos aparelhos extintores deve ser aquele estabelecido pelo fabricante e/ou pela empresa de manutenção certificada pelo Sistema Brasileiro de Certificação. 4.3.3 Os órgãos técnicos de vistoria do CBMCE podem, durante as vistorias, colher amostras para avaliação das condições de funcionamento dos aparelhos extintores, de acordo com esta Norma Técnica. 4.3.4 Para ensaio de funcionamento das amostras colhidas, devem ser convidadas as seguintes entidades: a) proprietário do aparelho extintor; b) empresa/fabricante que fez a última manutenção; c) organismo de Certificação de Produto constante do selo do Inmetro; d) Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial; e) Instituto de Pesos e Medidas.

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4.3.4.1 O ensaio deve ser feito em data pré-estabelecida e não deve ultrapassar trinta dias da data da coleta das amostras. 4.3.4.2 As amostras para ensaio devem ser compostas de três aparelhos extintores de cada tipo, escolhidos aleatoriamente entre todos existentes na edificação, os quais devem ser lacrados na presença da pessoa da edificação que estiver acompanhando a vistoria. 4.3.4.3 Os aparelhos extintores retirados para ensaio devem ser substituídos pelo CBMCE no ato da retirada, por aparelhos extintores do mesmo tipo e de capacidade igual ou superior, a fim de não deixar a edificação desprotegida. 4.3.4.4 O ensaio deve ser feito nos três aparelhos extintores de cada tipo, dos quais os três devem atender aos itens de desempenho estabelecidos nas NBRs específicas. 4.3.4.5 Os aparelhos extintores ensaiados devem ser recarregados com recurso proveniente da Taxa Anual de Segurança Contra Incêndio, cobrada pelo CBMCE, e devolvidos à edificação para substituir os que lá foram deixados. 4.3.4.6 As edificações que possuírem as amostras de aparelhos extintores reprovadas durante os ensaios, devem providenciar a manutenção ou substituição dos modelos dos aparelhos extintores reprovados. 4.3.4.6.1 Após este procedimento, devem ser coletadas novas amostras nos mesmos termos do ensaio anterior e solicitada nova vistoria. 4.3.4.7 Vencidos os trinta dias, se novo pedido de vistoria for feito, devem ser seguidos os procedimentos estabelecidos para a primeira vistoria. 4.4 Considerações Finais 4.4.1. Nas instalações industriais, depósitos, galpões, oficinas, mercados e similares, os locais onde os aparelhos extintores forem colocados terão uma área de 1m2 do piso, localizada abaixo do extintor, pintada em vermelho e, em hipótese alguma, poderá ser ocupada. 4.4.2. Quando o aparelho extintor estiver localizado em coluna, a sinalização deverá ser de

tal maneira que a mesma possa ser vista em todas as direções, com a repetição lateral da sinalização de emergência. 4.4.4. A comercialização de aparelhos extintores, no âmbito do Estado do Ceará, será autorizada pela Coordenadoria de Atividades Técnicas. 4.4.4.1 A Coordenadoria de Atividades Técnicas emitirá documentação específica para tal finalidade. 4.4.5. O funcionamento de empresas de fabricação, manutenção e recarga de aparelhos extintores fica condicionado à autorização da Coordenadoria de Atividades Técnicas, devendo as mesmas, obrigatoriamente, estarem devidamente cadastradas. 4.4.5.1 As empresas cadastradas junto à Coordenadoria de Atividades Técnicas deverão manter atualizados os pontos de venda e revenda de extintoras.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 004/2008

SISTEMA DE PROTEÇÃO POR APARELHOS EXTINTORES

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 004/2008 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR APARELHOS

EXTINTORES DE INCÊNDIO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece critérios para proteção contra incêndio em edificações e áreas de risco por meio de aparelhos extintores de incêndio. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica a todas as edificações e áreas de risco, com exceção das edificações residenciais unifamiliares. 2.2 Para os casos não previstos nesta Norma Técnica adota-se a NBR12.693 (Sistema de Proteção por Aparelho extintores de Incêndio). 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Capacidade extintora 4.1.1 A capacidade aparelho extintora mínima de cada tipo de aparelho extintor portátil, para que se constitua uma unidade aparelho extintora, deve ser: a) carga de água: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A; b) carga de espuma mecânica: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A : 10-B;

c) carga de dióxido de carbono (CO2): um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 5-B : C; d) carga de pó BC: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 20-B : C; e) carga de pó ABC – um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A : 20-B : C; f) carga de compostos halogenados: um aparelho extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 5-B : C. 4.1.1.1 A classificação acima deve ser exigida por ocasião da emissão do Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção Contra Incêndio e Pânico (CESIP) a partir da publicação desta Norma Técnica. 4.1.2 Os aparelhos extintores portáteis e sobre-rodas constantes dos projetos aprovados com data anterior à publicação desta Norma Técnica, quando reprovado por não ser possível fazer sua manutenção, devem ser substituídos, por aparelhos extintores que atendam aos itens 4.1.1 e 4.2.2.3, respectivamente. 4.1.3 O emprego dos aparelhos extintores segundo o risco, a área a ser protegida e a distância máxima a ser percorrida pelo operador, obedecerá as disposições da Tabela 1. Tabela 1 – Distribuição dos aparelhos extintores segundo risco, área e distância a ser percorrida

RISCO ÁREA (m2) DISTÂNCIA (m) BAIXO 500 20 MÉDIO 250 15 ALTO 150 10 4.1.4 Quando em uma edificação, for previsto, dentro de sua projeção, área destinada a estacionamento de veículos, esta área será classificada no maior risco, para efeito de dimensionamento da capacidade extintora e número de unidades empregadas no local. 4.2 Instalação e sinalização 4.2.1 Aparelhos extintores portáteis

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4.2.1.1 Quando os aparelhos extintores forem instalados em paredes ou divisórias, a altura de fixação do suporte deve ser de 1,60m do piso acabado. 4.2.1.2 Os aparelhos extintores não devem ser instalados em escadas e antecâmaras. 4.2.1.2.1 Devem estar desobstruídos, devidamente sinalizados e com boa visibilidade para que os possíveis operadores possam se familiarizar com sua localização. 4.2.1.2.2 Devem ser posicionados de modo que a possibilidade do fogo bloquear seu acesso seja a menor possível. 4.2.1.3 É permitida a instalação de aparelhos extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam, apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10m e 0,20m do piso. 4.2.1.4 Cada pavimento das edificações ou risco isolado deve possuir, no mínimo, duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C. 4.2.1.4.1 É permitida a instalação de duas unidades aparelho extintoras iguais de pó ABC. 4.2.1.4.2 O aparelho extintor de pó ABC poderá substituir qualquer tipo de aparelho extintor de classes específicas A, B e C dentro de uma edificação ou área de risco. 4.2.1.5 É permitida a instalação de uma única unidade extintora de pó ABC em edificações ou risco com área construída inferior a 50m2. 4.2.1.6 Os aparelhos extintores de incêndio devem ser adequados à classe de incêndio predominante dentro dá área de risco a ser protegida, de forma que sejam intercalados na proporção de dois aparelhos extintores para o risco predominante e um para a proteção do risco secundário. 4.2.1.7 São aceitos aparelhos extintores com acabamento externo em material cromado, latão, metal polido entre outros, desde que possuam marca de conformidade expedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação.

4.2.1.8 Quando os aparelhos extintores de incêndio forem instalados em abrigos embutido na parede ou divisória, além da sinalização, deve existir uma superfície transparente que possibilite a visualização do aparelho extintor no interior do abrigo. 4.2.1.9 As unidades extintoras devem ser as correspondentes a um só aparelho extintor, não sendo aceitas combinações de dois ou mais aparelho extintores, à exceção do aparelho extintor de espuma mecânica. 4.2.1.10 Em locais de riscos especiais devem ser instalados aparelhos extintores de incêndio que atendam ao item 4.1.1, sem prejuízo da proteção geral da edificação ou risco, tais como: a) casa de caldeira; b) casa de bombas; c) casa de força elétrica; d) casa de máquinas; e) galeria de transmissão; f) incinerador; g) elevador (casa de máquinas); h) ponte rolante; i) escada rolante (casa de máquinas); j) quadro de redução para baixa tensão; k) transformadores; l) contêineres de telefonia; m) outros que necessitam de proteção adequada. 4.2.1.10.1 Os aparelhos extintores serão localizados na parte externa do risco, devendo ser previstos aparelhos extintores internos sempre que julgado necessário. 4.2.1.10.2 Para proteção por aparelhos extintores de incêndio em instalações de líquidos inflamáveis e combustíveis, gás liquefeito de petróleo, gás natural e pátio de contêineres, devem ser seguidas as normas técnicas específicas. 4.2.1.10.3 Deve ser instalado, pelo menos, um aparelho extintor de incêndio a não mais de 5 m da entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos. 4.2.2 Aparelhos extintores sobre-rodas. 4.2.2.1 As distâncias máximas a serem percorridas pelo operador de aparelhos extintores sobre-rodas devem ser acrescidas da metade dos valores estabelecidos no item 4.1.3 desta Norma Técnica.

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4.2.2.2 Não é permitida a proteção de edificações ou áreas de risco unicamente por aparelhos extintores sobre-rodas, admitindo-se, no máximo, a proteção da metade da área total correspondente ao risco, considerando o complemento por aparelhos extintores portáteis, de forma alternada entre aparelhos extintores portáteis e sobre-rodas na área de risco. 4.2.2.3 As capacidades mínimas dos aparelhos extintores sobre-rodas devem ser: a) carga d’água – 10-A; b) carga de espuma mecânica – 6-A : 40-B; c) carga de dióxido de carbono – 10-B : C; d) carga de pó BC – 80-B : C; e) carga de pó ABC – 6-A : 80-B : C. 4.2.2.4 O emprego de aparelhos extintores sobre-rodas só é computado como proteção efetiva em locais que permita o livre acesso a todos os pontos, sem impedimento de portas estreitas, soleiras ou degraus no chão. 4.2.2.5 Os aparelhos extintores sobre-rodas devem ser localizados em pontos estratégicos e sua área de proteção deve ser restrita ao nível do piso que se encontram. 4.2.2.5.1 Os aparelhos extintores sobre-rodas devem, preferencialmente, situar-se em pontos centrais, em relação aos aparelhos extintores portáteis e aos limites da área de risco a proteger. 4.2.2.6 A proteção por aparelhos extintores sobre-rodas deve ser obrigatória nas edificações onde houver manipulação e/ou armazenamento de explosivos e líquidos inflamáveis ou combustíveis, exceto quando os reservatórios de inflamáveis/combustíveis forem enterrados. 4.2.2.7 Em locais de abastecimentos e/ou postos de abastecimento e serviços onde os tanques de combustíveis são enterrados, além dos aparelhos extintores instalados por percurso máximo e riscos específicos, deverão ser instaladas mais duas unidades extintoras portáteis de pó químico seco (pó ABC ou BC) ou espuma mecânica em local de fácil acesso, próximo ao setor de abastecimento do posto. 4.2.2.8 Para proteção de reservatórios de alimentação exclusiva de grupo moto-gerador, com capacidade máxima de 500 litros, serão

necessários dois aparelhos extintores portáteis (pó ABC ou pó BC ou espuma mecânica). 4.2.2.9 Os aparelhos extintores, em locais onde haja parques de tanques, poderão estar todos localizados e centralizados num abrigo sinalizado, a não mais de 150m do tanque mais desfavorável, desde que tenha condições técnicas de conduzir estes aparelhos extintores por veículo de emergência da própria edificação ou área de risco, caso não haja veículo de emergência a distância máxima entre o abrigo e o tanque mais desfavorável será de 50 m. Esta regra não se aplica nas áreas de transbordo ou manipulação de produtos inflamáveis ou combustíveis. 4.2.2.10 Nos pátios de contêineres, os aparelhos extintores poderão ser centralizados e localizados em abrigos sinalizados, no mínimo em dois pontos distintos e opostos da área externa de armazenamento de contêineres. 4.3 Certificação e validade/garantia 4.3.1 Os aparelhos extintores devem possuir marca de conformidade concedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação. 4.3.2 Para efeito de vistoria do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, o prazo de validade/garantia de funcionamento dos aparelhos extintores deve ser aquele estabelecido pelo fabricante e/ou pela empresa de manutenção certificada pelo Sistema Brasileiro de Certificação. 4.3.3 Os órgãos técnicos de vistoria do CBMCE podem, durante as vistorias, colher amostras para avaliação das condições de funcionamento dos aparelhos extintores, de acordo com esta Norma Técnica. 4.3.4 Para ensaio de funcionamento das amostras colhidas, devem ser convidadas as seguintes entidades: a) proprietário do aparelho extintor; b) empresa/fabricante que fez a última manutenção; c) organismo de Certificação de Produto constante do selo do Inmetro; d) Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial; e) Instituto de Pesos e Medidas.

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4.3.4.1 O ensaio deve ser feito em data pré-estabelecida e não deve ultrapassar trinta dias da data da coleta das amostras. 4.3.4.2 As amostras para ensaio devem ser compostas de três aparelhos extintores de cada tipo, escolhidos aleatoriamente entre todos existentes na edificação, os quais devem ser lacrados na presença da pessoa da edificação que estiver acompanhando a vistoria. 4.3.4.3 Os aparelhos extintores retirados para ensaio devem ser substituídos pelo CBMCE no ato da retirada, por aparelhos extintores do mesmo tipo e de capacidade igual ou superior, a fim de não deixar a edificação desprotegida. 4.3.4.4 O ensaio deve ser feito nos três aparelhos extintores de cada tipo, dos quais os três devem atender aos itens de desempenho estabelecidos nas NBRs específicas. 4.3.4.5 Os aparelhos extintores ensaiados devem ser recarregados com recurso proveniente da Taxa Anual de Segurança Contra Incêndio, cobrada pelo CBMCE, e devolvidos à edificação para substituir os que lá foram deixados. 4.3.4.6 As edificações que possuírem as amostras de aparelhos extintores reprovadas durante os ensaios, devem providenciar a manutenção ou substituição dos modelos dos aparelhos extintores reprovados. 4.3.4.6.1 Após este procedimento, devem ser coletadas novas amostras nos mesmos termos do ensaio anterior e solicitada nova vistoria. 4.3.4.7 Vencidos os trinta dias, se novo pedido de vistoria for feito, devem ser seguidos os procedimentos estabelecidos para a primeira vistoria. 4.4 Considerações Finais 4.4.1. Nas instalações industriais, depósitos, galpões, oficinas, mercados e similares, os locais onde os aparelhos extintores forem colocados terão uma área de 1m2 do piso, localizada abaixo do extintor, pintada em vermelho e, em hipótese alguma, poderá ser ocupada. 4.4.2. Quando o aparelho extintor estiver localizado em coluna, a sinalização deverá ser de

tal maneira que a mesma possa ser vista em todas as direções, com a repetição lateral da sinalização de emergência. 4.4.4. A comercialização de aparelhos extintores, no âmbito do Estado do Ceará, será autorizada pela Coordenadoria de Atividades Técnicas. 4.4.4.1 A Coordenadoria de Atividades Técnicas emitirá documentação específica para tal finalidade. 4.4.5. O funcionamento de empresas de fabricação, manutenção e recarga de aparelhos extintores fica condicionado à autorização da Coordenadoria de Atividades Técnicas, devendo as mesmas, obrigatoriamente, estarem devidamente cadastradas. 4.4.5.1 As empresas cadastradas junto à Coordenadoria de Atividades Técnicas deverão manter atualizados os pontos de venda e revenda de extintoras.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 005/2008

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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NORMA TÉCNICA N° 005/2008 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos (tabelas)

1 OBJETIVO 1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento das saídas de emergência, para que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio ou pânico, completamente protegida em sua integridade física, e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados à divisão F-3, com área superior a 10.000m² ou população total superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada a Norma Técnica nº /2008. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Classificação das edificações 4.1.1 Para os efeitos desta Norma Técnica, as edificações são classificadas: a) quanto à ocupação, de acordo com a Tabela 1 - Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto à Ocupação da Norma Técnica n.o 01/2008; b) Quanto à altura, dimensões em planta e características construtivas, de acordo, respectivamente, com as Tabelas 1, 2 e 3 desta Norma Técnica.

4.2 Componentes da saída de emergência 4.2.1 A saída de emergência compreende o seguinte: a) acessos; b) rotas de saídas horizontais, quando houver, e respectivas portas ou espaço livre exterior, nas edificações térreas; c) escadas ou rampas; d) descarga. 4.3 Cálculo da população 4.3.1 As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação. 4.3.2 A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da tabela 4, considerando sua ocupação dada na Tabela 1 - Classificação das Edificações e Áreas de Risco quanto à Ocupação da Norma Técnica n.o 01/2008. 4.3.3 Exclusivamente para o cálculo da população, devem ser incluídas nas áreas de pavimento: a) as áreas de terraços, sacadas, beirais e platibandas, excetuadas àquelas pertencentes às edificações dos grupos de ocupação A, B e H; b) as áreas totais cobertas das edificações F-3 e F-6, inclusive conchas e assemelhados; c) as áreas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de edificações dos grupos F-3, F-6 e F-7, quando, em razão de sua disposição em planta, esses lugares puderem, eventualmente, ser utilizados como arquibancadas. 4.3.4 Exclusivamente para o cálculo da população, as áreas de sanitários, corredores e elevadores nas ocupações D e E, bem como áreas de sanitários e elevadores nas ocupações C e F, são excluídas das áreas de pavimento. 4.4 Dimensionamento das saídas de emergência 4.4.1 Largura das saídas 4.4.1.1 A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por elas deva transitar, observados os seguintes critérios:

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a) os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que sirvam à população; b) as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída. 4.4.1.2 A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, é dada pela seguinte fórmula:

� ��

Onde: N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro. P = população, conforme coeficiente da Tabela 4 do anexo e critérios das seções 4.3 e 4.4.1.1. C = capacidade da unidade de passagem conforme Tabela 4 do anexo. 4.4.2 Larguras mínimas a serem adotadas As larguras mínimas das saídas de emergência, em qualquer caso, devem ser as seguintes: a) 1,2 m, para as ocupações em geral, ressalvando o disposto a seguir; b) 1,65 m, correspondente a três unidades de passagem de 55 cm, para as escadas, os acessos (corredores e passagens) e descarga, nas ocupações do grupo H, divisão H-2 e H-3; c) 1,65 m, correspondente a três unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos (corredores e passagens) e descarga, nas ocupações do grupo H, divisão H-2; d) 2,2 m, correspondente a quatro unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos às rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações do grupo H, divisão H-3. 4.4.3 Exigências adicionais sobre largura de saídas 4.4.3.1 A largura das saídas deve ser medida em sua parte mais estreita, não sendo admitidas saliências de alizares, pilares e outros, com dimensões maiores que as indicadas na Figura 1, e estas somente em saídas com largura superior a 1,2 m. 4.4.3.2 As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180º, em seu movimento de abrir, no sentido do trânsito de saída, não podem diminuir a largura efetiva destas em valor menor

que a metade (ver figura 2), sempre mantendo uma largura mínima livre de 1,2 m para as ocupações em geral e de 1,65 m para as divisões H-2 e H-3.

Figura 1 – Medida da largura em corredores e passagens

4.4.3.3 As portas que abrem no sentido do trânsito de saída, para dentro de rotas de saída, em ângulo de 90º, devem ficar em recessos de paredes, de forma a não reduzir a largura efetiva em valor maior que 0,1 m (ver figura 2).

Figura 2 – Abertura das portas no sentido de saída‘ 4.5 Acessos 4.5.1 Generalidades 4.5.1.1 Os acessos devem satisfazer às seguintes condições: a) permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes da edificação; b) permanecer desobstruídos em todos os pavimentos; c) ter larguras de acordo com o estabelecido no item 4.4; d) ter pé-direito mínimo de 2,5 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2 m; e) ser sinalizados e iluminados (iluminação de emergência de balizamento) com indicação clara do sentido da saída. 4.5.1.2 Os acessos devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis, divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias e

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outros, de forma permanente, mesmo quando o prédio esteja supostamente fora de uso. 4.5.2 Distâncias máximas a serem percorridas 4.5.2.1 As distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refúgio, escada comum de saída de emergência, protegida ou à prova de fumaça), tendo em vista o risco à vida humana decorrente do fogo e da fumaça, devem considerar: a) o acréscimo de risco quando a fuga é possível em apenas um sentido; b) o acréscimo de risco em função das características construtivas da edificação; c) a redução de risco em caso de proteção por chuveiros automáticos ou detectores; d) a redução de risco pela facilidade de saídas em edificações térreas. 4.5.2.2 As distâncias máximas a serem percorridas para atingir as portas de acesso às saídas das edificações e o acesso às escadas ou às portas das escadas (nos pavimentos) constam da Tabela 5 e devem ser consideradas a partir da porta de acesso da unidade autônoma mais distante, desde que o seu caminhamento interno não ultrapasse 10 m. 4.5.2.2.1 No caso das distâncias máximas a percorrer para as rotas de fuga que não forem definidas no projeto arquitetônico, como, por exemplo, escritórios de plano espacial aberto e galpões sem o arranjo físico interno (leiaute), devem ser consideradas as distâncias diretas comparadas aos limites da Tabela 5, nota c, reduzidas em 30% (trinta por cento). 4.5.2.3 Para uso da Tabela 5 devem ser consideradas as características construtivas da edificação, constante da Tabela 3, edificações classes X, Y e Z. 4.5.2.4 Em edificações térreas, pode ser considerada como saída, para efeito da distância máxima a ser percorrida, qualquer abertura, sem grades fixas, com peitoril, tanto interna como externamente, com altura máxima de 1,2 m, vão livre com área mínima de 1,2m² e nenhuma dimensão inferior a 1 m. 4.5.2.5 Edificações exclusivamente térreas dos grupos G-1, G-2, I-1, J-1 e J-2 terão suas distâncias máximas a serem percorridas acrescidas de 150% (cento e cinqüenta por cento); para divisões I-2, J-3

e J-4, essas distâncias poderão ser acrescidas de 100% (cem por cento) (ver nota “a” da Tabela 5), desde que em ambos os casos as ocupações possuam controle de fumaça. 4.5.2.5.1 Para as ocupações do grupo J-1 e J-2, poderá ser desconsiderado o dispositivo acima, desde que as ocupações sejam automatizadas e que a permanência humana seja transitória. 4.5.3 Número de saídas nos pavimentos 4.5.3.1 O número e o tipo de saídas exigido para os diversos tipos de ocupação, em função da altura, dimensões em planta e características construtivas de cada edificação, encontra-se na Tabela 6. 4.5.3.2 Havendo necessidade de acrescer escadas, estas devem ser do mesmo tipo que a exigida por esta Norma Técnica. 4.5.3.3 No caso de duas ou mais escadas de emergência, a distância mínima de trajeto entre as suas portas de acesso deve ser no mínimo 10m. 4.5.4 Portas de saídas de emergência 4.5.4.1 As portas das rotas de saídas e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas, em comunicação com os acessos e descargas, devem abrir no sentido do trânsito de saída (ver Figura 2). 4.5.4.2 A largura, vão livre ou “luz” das portas, comuns ou corta-fogo, utilizadas nas rotas de saída de emergências, devem ser dimensionadas como estabelecido no item 4.4, admitindo-se uma redução no vão de luz, isto é, no vão livre, das portas em até 75mm de cada lado (golas), para o contramarco e alizares. 4.5.4.2.1 As portas devem ter as seguintes dimensões mínimas de luz: a) 80 cm, valendo por uma unidade de passagem; b) 1 m, valendo por duas unidades de passagem; c) 1,5 m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem; d) 2 m, em duas folhas, valendo por quatro unidades de passagem. 4.5.4.2.1.1 Porta com dimensão maior que 1,2 m deverá ter duas folhas. 4.5.4.2.1.2 Porta com dimensão maior ou igual a 2,2 m exige coluna central.

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4.5.4.3 As portas das antecâmaras das escadas à prova de fumaça e das paredes corta-fogo devem ser do tipo corta-fogo (PCF), obedecendo à NBR 11.742, no que lhe for aplicável. 4.5.4.4 As portas das antecâmaras, escadas e outros devem ser providas de dispositivos mecânicos e automáticos, de modo a permanecerem fechadas, mas destrancadas no sentido do fluxo de saída, sendo admissível que se mantenham abertas desde que disponham de dispositivo de fechamento, quando necessário, conforme estabelecido na NBR 11.742. 4.5.4.5 Se as portas dividem corredores que constituem rotas de saída, devem: a) ter condições de reter a fumaça, ou seja, devem ser corta-fogo e a prova de fumaça conforme estabelecido na NBR 11.742 e ser providas de visor transparente de área mínima de 0,07 m², com altura mínima de 25 cm; b) abrir no sentido do fluxo de saída; c) abrir nos dois sentidos, caso o corredor possibilite saída nos dois sentidos. 4.5.4.6 Para as ocupações do grupo F, com capacidade acima de 100 pessoas, será obrigatória a instalação de barra antipânico nas portas de saídas de emergência, conforme NBR 11.785, das salas, das rotas de saída, das portas de comunicação com os acessos às escadas e descarga. 4.5.4.6.1 As ocupações de divisão F-2, térreas (com ou sem mezaninos), com área máxima construída de 1500m², podem ser dispensadas da exigência anterior, desde que haja compromisso do responsável pelo uso, através de termo de responsabilidade das saídas de emergência, assinado pelo proprietário ou responsável pelo uso, de que as portas permanecerão abertas durante a realização dos eventos, atentando para o item 4.5.4.1 desta Norma Técnica. 4.5.4.6.2 Nas rotas de fuga não se admite portas de enrolar ou de correr, exceto quando esta for utilizada somente como porta de segurança da edificação, devendo permanecer aberta durante todo o transcorrer dos eventos, desde que haja compromisso do responsável pelo uso, através de termo de responsabilidade das saídas de emergência.

4.5.4.6.2.1 Nesse caso, deve haver internamente portas de saídas, abrindo no sentido de fuga. 4.5.4.7 É vedada a utilização de peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros, nas portas dos seguintes locais: a) rotas de saídas; b) entrada em unidades autônomas; c) salas com capacidade acima de 50 pessoas. 4.5.4.8 A colocação de fechaduras com chave nas portas de acesso e descargas é permitida, desde que seja possível a abertura pelo lado interno, sem necessidade de chave, admitindo-se que a abertura pelo lado externo seja feita apenas por meio de chave, dispensando-se maçanetas, etc. 4.6 Rampas 4.6.1 Obrigatoriedade 4.6.1.1 O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos: a) para unir dois pavimentos de diferentes níveis em acesso a áreas de refúgio em edificações com ocupações dos grupos H-2 e H-3. b) na descarga e acesso de elevadores de emergência; c) quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada; d) para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações em que houver usuários de cadeiras de rodas (ver NBR 9.050). 4.6.2 Condições de atendimento 4.6.2.1 O dimensionamento das rampas deve obedecer ao estabelecido no item 4.4. 4.6.2.2 As rampas não podem terminar em degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos. 4.6.2.3 Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo de 1,20 m, medidos na direção do trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,7 m. 4.6.2.4 As rampas podem suceder um lanço de escada, no sentido descendente de saída, mas não podem precedê-lo.

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4.6.2.4.1 No caso de edificações dos grupos H2 e H3, as rampas não poderão suceder ao lanço de escada e vice-versa. 4.6.2.5 Não é permitida a colocação de portas em rampas; estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com largura não inferior à da folha da porta de cada lado do vão. 4.6.2.6 O piso das rampas deve ser antiderrapante, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e permanecer antiderrapante com o uso. 4.6.2.7 As rampas devem ser dotadas de guardas e corrimãos de forma análoga ao especificado no item 4.8. 4.6.2.8 As exigências de sinalização, iluminação, ausência de obstáculos e outros, dos acessos, aplicam-se, com as devidas alterações, às rampas. 4.6.2.9 Devem atender às condições estabelecidas nas alíneas a, b, c, d, e, f, g e h do item 4.7.1 desta Norma Técnica. 4.6.2.10 Devem ser classificadas, a exemplo das escadas, como NE, EP, PF seguindo para isso as condições específicas a cada uma delas estabelecidas nos itens 4.7.7, 4.7.8, 4.7.9, 4.7.10, 4.7.11, 4.7.12 e 4.7.13. 4.6.3 Declividade 4.6.3.1 A declividade máxima das rampas externas à edificação deve ser de 10% (1:10). 4.6.3.2 As declividades máximas das rampas internas devem ser de: a) 10%, isto é, 1:10, nas edificações de ocupações A, B, E, F e H; b) 12,5%, isto é, 1:8, quando o sentido de saída é na descida, nas edificações de ocupações D e G; sendo a saída em rampa ascendente, a inclinação máxima é de 10%; c) 12,5% (1:8), nas ocupações C, I e J. 4.6.3.3 Quando, em ocupações em que sejam admitidas rampas de mais de 10% em ambos os sentidos, o sentido da saída for ascendente, deve ser dado um acréscimo de 25% na largura calculada conforme o item 4.3.

4.7 Escadas 4.7.1 Generalidades 4.7.1.1 Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas ou não, as quais devem: a) ser constituídas com material estrutural e de compartimentação incombustível; b) oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais além da incombustibilidade, quando não enclausuradas; c) atender às condições específicas estabelecidas quanto aos materiais de acabamento e revestimento utilizados na escada; d) ser dotadas de guardas em seus lados abertos conforme item 4.8; e) ser dotadas de corrimãos em ambos os lados; f) atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas terminando obrigatoriamente no piso de descarga, não podendo ter comunicação direta com outro lanço na mesma prumada (ver Figura 3), devendo ter compartimentação, conforme a norma técnica específica na divisão entre os lanços ascendente e descendente em relação ao piso de descarga, exceto para escadas tipo NE (comum), onde deve ser acrescida a iluminação de emergência e sinalização de balizamento, indicando a rota de fuga e descarga;

Figura 3 – Segmentação das escadas no piso da descarga

g) ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o uso; h) quando houver exigência de duas ou mais escadas de emergência e estas ocuparem a mesma caixa de escada (volume), não será aceita comunicação entre si, devendo haver compartimentação entre ambas, de acordo com a norma técnica específica. Quando houver exigência

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de uma escada e for utilizado o recurso arquitetônico de construir 2 escadas em um único corpo, estas serão consideradas como uma única escada, quanto aos critérios de acesso, ventilação e iluminação; i) atender ao item 4.5.1.2. 4.7.2 Largura 4.7.2.1 As larguras das escadas devem atender aos seguintes requisitos: a) ser proporcionais ao número de pessoas que por elas devam transitar em caso de emergência, conforme item 4.4; b) ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que se podem projetar até 10cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas; c) ter, quando se desenvolver em lanços paralelos, espaço mínimo de 10cm entre lanços, para permitir localização de guarda ou fixação do corrimão. 4.7.3 Dimensionamento de degraus e patamares 4.7.3.1 Os degraus devem: a) ter altura h (ver Figura 4) compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 0,5 cm; b) ter largura b (ver Figura 4) dimensionada pela fórmula de Blondel:

63 � �2 � �� 64 �;

c) ser balanceados quando o lanço da escada for curvo (escada em leque) ou em espiral, quando se tratar de escadas não destinadas a saídas de emergências (ver item 4.7.5.1), caso em que a medida do degrau (largura do degrau) será feita segundo a linha de percurso e a parte mais estreita desses degraus engrauxidos não tenha menos de 15 cm (ver Figura 5) e 7 cm, respectivamente;

Figura 4 – Altura e largura dos degraus

d) ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais e, em lanços sucessivos de uma mesma escada, diferenças entre as alturas de degraus de, no máximo, 5 mm;

e) ter bocel (nariz) de 1,5 cm, no mínimo, ou, quando este inexistir, balanço da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com este mesmo valor mínimo (ver Figura 4). 4.7.3.2 O lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,7 m de altura.

Figura 5 – Escada com lanços curvos e degraus balanceados

4.7.3.3 O comprimento dos patamares deve ser (ver Figura 6): a) dado pela fórmula:

� � ��� � �� � � �

onde n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de escada reta, medido na direção do trânsito; b) no mínimo, igual à largura da escada quando há mudança de direção da escada sem degraus ingrauxidos, não se aplicando, nesse caso, a fórmula anterior. 4.7.3.4 Em ambos os lados de vão da porta, deve haver patamares com comprimento mínimo igual à largura da folha da porta. 4.7.4 Caixas das escadas 4.7.4.1 As paredes das caixas de escadas, das guardas, dos acessos e das descargas devem ter acabamento liso. 4.7.4.2 As caixas de escadas não podem ser utilizadas como depósitos, mesmo por curto espaço de tempo, nem para a localização de quaisquer móveis ou equipamentos, exceto os previstos especificamente nesta Norma Técnica.

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4.7.4.3 Nas caixas de escadas, não podem existir aberturas para tubulações de lixo, para passagem da rede elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para medidores de gás e assemelhados.

Figura 6 – Lanço mínimo e comprimento de patamar

4.7.4.4 As paredes das caixas de escadas enclausuradas devem garantir e possuir Tempo de Resistência ao Fogo por, no mínimo, 120 min. 4.7.4.5 Os pontos de fixação das escadas metálicas na caixa de escada devem possuir Tempo de Resistência ao Fogo de 120 min. 4.7.5 Escadas não destinadas a saídas de emergência 4.7.5.1 As escadas em leque, em espiral e de lances retos são consideradas como escadas secundárias, não destinadas a saídas de emergência, e devem: a) atender aos mezaninos e áreas privativos de qualquer edificação, desde que a população seja inferior a 20 pessoas, com altura da escada não superior a 3,7m; b) ter largura mínima de 80cm; c) ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, que permaneçam antiderrapantes com o uso; d) ser dotadas de corrimãos, atendendo ao prescrito no item 4.8, bastando, porém, apenas um corrimão nas escadas com até 1,1m de largura e dispensando-se corrimãos intermediários; e) ser dotadas de guardas em seus lados abertos, conforme item 4.8; f) atender ao prescrito no item 4.7.3 (dimensionamento dos degraus, conforme fórmula de Blondel, balanceamento e outros) e, nas escadas curvas (escadas em leque), dispensa-se a aplicação da fórmula dos patamares (4.7.3.3), bastando que o patamar tenha um mínimo de 80cm.

4.7.5.2 Admitem-se nas escadas secundárias, exclusivamente de serviço e não destinadas a saídas de emergência, as seguintes alturas máximas h dos degraus, respeitando, porém, sempre a fórmula de Blondel: a) ocupações A até G: h = 20cm; b) ocupações H: h = 19cm; c) ocupações I até M: h = 23cm. 4.7.6 Escadas em edificações em construção 4.7.6.1 Em edificações em construção, as escadas devem ser construídas concomitantemente com a execução da estrutura, permitindo a fácil evacuação da obra e o acesso dos bombeiros. 4.7.7 Escadas não enclausuradas ou escada comum (NE) 4.7.7.1 A escada comum (NE) deve atender aos requisitos dos itens 4.7.1 a 4.7.3, exceto o 4.7.3.1.c. 4.7.8 Escadas enclausuradas protegidas (EP) 4.7.8.1 As escadas enclausuradas protegidas (ver Figura 7) devem atender ao requisitos dos itens 4.7.1 a 4.7.4, exceto o 4.7.3.1.c, e: a) ter suas caixas isoladas por paredes resistentes a 2 h de fogo, no mínimo; b) ter as portas de acesso a esta caixa de escada do tipo corta-fogo (PCF), com resistência de 90 min de fogo; c) ser dotadas, em todos os pavimentos (exceto no da descarga, onde isto é facultativo), de janelas abrindo para o espaço livre exterior, atendendo ao previsto no item 4.7.8.2; d) ser dotadas de janela que permita a ventilação em seu término superior, com área mínima de 0,80m², devendo estar localizada na parede junto ao teto ou no máximo a 15cm deste, no término da escada. 4.7.8.2 As janelas das escadas protegidas devem: a) estar situadas junto ao teto ou, no máximo, a 15cm deste, estando o peitoril, no mínimo, a 1,1m acima do piso do patamar ou degrau adjacente e tendo largura mínima de 80cm, podendo ser aceitas na posição centralizada, acima dos lances de degraus, devendo pelo menos uma das faces da janela estar a no máximo 15 cm do teto; b) ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80m² em cada pavimento (ver Figura 8); c) ser dotadas de venezianas ou outro material que assegure a ventilação permanente, devendo distar

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pelo menos 3m, em projeção horizontal, de qualquer outra abertura, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou à divisa do lote, podendo essa distância ser reduzida para 2m para caso de aberturas instaladas em banheiros, vestiários ou áreas de serviço. A distância das venezianas pode ser reduzida para 1,4m, de outras aberturas, que estiverem no mesmo plano de parede e no mesmo nível; d) ser construídas em perfis metálicos reforçados, sendo vedado o uso de perfis ocos, chapa dobrada, madeira, plástico e outros; e) os caixilhos poderão ser do tipo basculante, junto ao teto, sendo vedados os tipos em eixo vertical e “máxiar”. Os caixilhos devem ser fixados na posição aberta.

Figura 7 - Escada enclausurada protegida 4.7.8.3 Na impossibilidade de colocação de janela na caixa da escada enclausurada protegida, conforme a alínea c do item 4.7.8.1, os corredores de acesso devem: a) ser ventiladas por janelas, abrindo para o espaço livre exterior, com área mínima de 0,80m², largura mínima de 0,80m, situadas junto ao teto ou, no mínimo, a 15 cm deste; ou, b) ter sua ligação com a caixa da escada por meio de antecâmaras ventiladas, executadas nos moldes do especificado no item 4.7.10 ou 4.7.12.

4.7.8.4 As escadas enclausuradas protegidas devem possuir ventilação permanentes inferior, com área de 1,20m² no mínimo, devendo ficar junto ao solo da caixa da escada podendo ser no piso do pavimento térreo ou no patamar intermediário entre o pavimento térreo e o pavimento imediatamente superior, que permita a entrada de ar puro, em condições análogas à tomada de ar dos dutos de ventilação (ver item 4.7.11). 4.7.9 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) 4.7.9.1 As escadas enclausuradas à prova de fumaça (ver Figuras 9, 10 e 11) devem atender ao estabelecido nos itens 4.7.1 a 4.7.4, exceto o 4.7.3.1.c, e: a) ter suas caixas enclausuradas por paredes resistentes a quatro horas de fogo; b) ter ingresso por antecâmaras ventiladas, terraços ou balcões, atendendo as primeiras ao prescrito no item 4.7.10 e os últimos no item 4.7.12; c) ser providas de portas corta-fogo (PCF) com resistência de 60min ao fogo. 4.7.9.2 A iluminação natural das caixas de escadas enclausuradas, recomendável mas não indispensável, quando houver, deve obedecer aos seguintes requisitos: a) ser obtida por abertura provida de caixilho de perfil metálico reforçado, provido de fecho acionável por chave ou ferramenta especial, devendo ser aberto somente para fins de manutenção ou emergência; b) este caixilho deve ser guarnecido com vidro aramado, transparente ou não, malha de 12,5 mm, com espessura mínima de 6,5 mm; c) em paredes dando para o exterior, sua área máxima não pode ultrapassar 0,5m²; em parede dando para antecâmara ou varanda, pode ser de até 1m²; d) havendo mais de uma abertura de iluminação, a distância entre elas não pode ser inferior a 0,5m e a soma de suas áreas não deve ultrapassar 10% da área da parede em que estiverem situadas. 4.7.10 Antecâmaras 4.7.10.1 As antecâmaras, para ingressos nas escadas enclausuradas (ver Figura 9), devem: a) ter comprimento mínimo de 1,8m; b) ter pé-direito mínimo de 2,5m; c) ser ventiladas por dutos de entrada e saída de ar, de acordo com os itens 4.7.11.2 a 4.7.11.4;

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d) ser dotadas de porta corta-fogo (PCF) na entrada e na comunicação da caixa da escada, com resistência de 60min de fogo cada; e) ter a abertura de entrada de ar do duto respectivo situada junto ao piso ou, no máximo, a 15 cm deste, com área mínima de 0,84m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; f) ter a abertura de saída de ar do duto respectivo situada junto ao teto ou no máximo, a 15 cm deste, com área mínima de 0,84m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; g) ter, entre as aberturas de entrada e de saída de ar, a distância vertical mínima de 2 m, medida eixo a eixo; h) ter a abertura de saída de ar situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3m, medida em planta, da porta de entrada da antecâmara, e a abertura de entrada de ar situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3m, medida em planta, da porta de entrada da escada; i) ter paredes resistentes ao fogo por no mínimo 120min;

j) as aberturas dos dutos de entrada e saída de ar das antecâmaras deverão ser guarnecidas por telas de arame, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm e malha com dimensões mínimas de 2,5cm por 2,5cm. 4.7.11 Dutos de ventilação natural 4.7.11.1 Os dutos de ventilação natural devem formar um sistema integrado: o duto de entrada de ar (DE) e o duto de saída de ar (DS) 4.7.11.2 Os dutos de saída de ar (gases e fumaça) devem: a) ter aberturas somente nas paredes que dão para as antecâmaras; b) ter secção mínima calculada pela seguinte expressão:

� � �, ��� � � onde: s = secção mínima em m² n = número de antecâmaras ventiladas pelo duto;

Figura 8 - Ventilação da escada enclausurada protegida e seu acesso

c) ter, em qualquer caso, área não inferior a 0,84m² e, quando de secção retangular, obedecer à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; d) elevar-se no mínimo 3m acima do eixo da abertura da antecâmara do último pavimento servido pelo eixo, devendo seu topo situar-se 1 m

acima de qualquer elemento construtivo existente sobre a cobertura; e) ter, quando não forem totalmente abertos no topo, aberturas de saída de ar com área efetiva superior ou igual a 1,5 vezes a área da secção do duto, guarnecidas ou não por venezianas ou equivalente, devendo essas aberturas ser dispostas

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em, pelo menos, duas faces opostas com área nunca inferior a 1m² cada uma, e se situarem em nível superior a qualquer elemento construtivo do prédio (reservatórios, casas de máquinas, cumeeiras, muretas e outros); f) não serem utilizados para a instalação de quaisquer equipamentos ou canalizações; g) ser fechados na base. 4.7.11.3 As paredes dos dutos de saídas de ar devem:

a) ser resistentes, no mínimo, a duas horas de fogo; b) ter isolamento térmico e inércia térmica equivalente, no mínimo, a uma parede de tijolos maciços, rebocada, de 15cm de espessura, quando atenderem a até 15 antecâmaras, e de 23cm de espessura, quando atenderem a mais de 15 antecâmaras; c) ter revestimento interno liso.

Figura 9 – Escada enclausurada à prova de fumaça com elevador de emergência (a posição deste é somente

exemplificativa) na antecâmara 4.7.11.4 Os dutos de entrada de ar devem: a) ter paredes resistentes ao fogo por duas horas, no mínimo; b) ter revestimento interno liso; c) atender às condições das alíneas “a” à “c” e “f” do item 4.7.11.2; d) ser totalmente fechados em sua extremidade superior; e) ter abertura em sua extremidade inferior ou junto ao teto do primeiro pavimento, possuindo acesso direto ao exterior; que assegure a captação de ar fresco respirável, devendo esta abertura ser guarnecidas por telas de arame, com espessura dos fios superior ou igual a 3mm e malha com dimensões mínimas de 2,5cm por 2,5cm; que não diminua a área efetiva de ventilação, isto é, sua secção deve ser aumentada para compensar a redução.

4.7.11.4.1 A abertura exigida na letra e, poderá ser projetada junto ao teto do primeiro pavimento que possua acesso direto ao exterior (Ex.: piso térreo). 4.7.11.5 A secção da parte horizontal inferior do duto de entrada de ar deve: a) ser, no mínimo, igual à do duto, em edificações com altura igual ou inferior a 30m; b) ser igual a 1,5 vezes a área da secção do trecho vertical do duto de entrada de ar, no caso de edificações com mais de 30m de altura. 4.7.11.6 A tomada de ar do duto de entrada de ar deve ficar, de preferência, ao nível do solo ou abaixo deste, longe de qualquer eventual fonte de fumaça em caso de incêndio. 4.7.11.7 As dimensões dos dutos dadas em 4.7.11.2 são as mínimas absolutas, aceitando-se

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mesmo recomendando o cálculo exato pela mecânica dos fluídos destas secções, em especial no caso da existência de subsolos e em prédios de

excepcional altura ou em locais sujeitos a ventos excepcionais.

Figura 10 - Exemplo de dutos de ventilação

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4.7.12 Escada enclausurada por balcões, varandas e terraços 4.7.12.1 Os balcões, varandas, terraços e assemelhados, para ingresso em escadas enclausuradas, devem atender aos seguintes requisitos: a) ser dotados de portas corta-fogo na entrada e na saída com resistência mínima de 60min. b) ter guarda de material incombustível e não vazada com altura mínima de 1,30m; c) ter piso praticamente em nível e desnível máximo de 30mm dos compartimentos internos do prédio e da caixa de escada enclausurada; d) em se tratando de terraço a céu aberto, não situado no último pavimento, o acesso deve ser protegido por marquise com largura mínima de 1,2m. 4.7.12.2 A distância horizontal entre o paramento externo das guardas dos balcões, varandas e terraços que sirvam para ingresso às escadas enclausuradas à prova de fumaça e qualquer outra abertura desprotegida do próprio prédio ou das divisas do lote deve ser, no mínimo, igual a um terço da altura da edificação, ressalvado o estabelecido no item 4.7.12.3, mas nunca a menos de 3m. 4.7.12.3 A distância estabelecida no item 4.7.12.2 pode ser reduzida à metade, isto é, a um sexto da altura, mas nunca a menos de 3m, quando: a) o prédio for dotado de chuveiros automáticos; b) o somatório das áreas das aberturas da parede fronteira à edificação considerada não ultrapassar um décimo da área total dessa parede; c) na edificação considerada não houver ocupações pertencentes aos grupos C ou I. 4.7.12.4 Será aceita uma distância de 1,20m, para qualquer altura da edificação, entre a abertura desprotegida do próprio prédio até o paramento externo do balcão, varanda ou terraço para o ingresso na escada enclausurada à prova de fumaça (PF), desde que entre elas seja interposta uma parede com TRF mínimo de 2 horas. (ver Figura 11) 4.7.12.5 Será aceita a ventilação no balcão da escada à prova de fumaça, através de janela com ventilação permanente, desde que: a) área efetiva mínima de ventilação seja de 1,5m²; b) as distâncias entre as aletas das aberturas das janelas tenham espaçamentos de no mínimo 0,15m;

c) as aletas possuam um ângulo de abertura de no mínimo 45 graus em relação ao plano vertical da janela; d) as antecâmaras deverão atender o item 4.7.10.1.a, b e c; e) ter altura de peitoril de 1,3m; f) ter distância de no mínimo 3m de outras aberturas em projeção horizontal, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou à divisa do lote, e no mesmo plano de parede; g) os pisos de balcão, varandas e terraços deverão ser antiderrapantes, conforme item 4.6.2.6. 4.7.13 Escadas à prova de fumaça pressurizada (PFP) 4.7.13.1 As escadas à prova de fumaça pressurizadas, ou escadas pressurizadas, podem sempre substituir as escadas enclausuradas protegidas (EP) e as escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF), devendo atender a todas as exigências da norma técnica específica.

Figura 11 – Escada enclausurada do tipo PF

ventilada por balcão 4.7.14 Escada aberta externa (AE) 4.7.14.1 As escadas abertas externas (ver Figuras 13 e 14) podem substituir os demais tipos de escadas e devem atender aos requisitos dos itens 4.7.1 a 4.7.3, 4.8.1.3 e 4.8.2, e: a) ter seu acesso provido de porta corta-fogo com resistência mínima de 90min; b) manter raio mínimo de escoamento exigido em função da largura da escada; c) atender tão somente aos pavimentos acima do piso de descarga, terminando obrigatoriamente neste, atendendo ao prescrito no item 4.11;

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d) entre a escada aberta e a fachada da edificação deverá ser interposta outra parede com TRF mínimo de duas horas; e) toda abertura desprotegida do próprio prédio até escada deverá ser mantida distância mínima de 3m quando a altura da edificação for inferior ou igual a 12m e de 8m quando a altura da edificação for superior a 12m;

Figura 12 – Escada aberta externa

f) a distância do paramento externo da escada aberta até o limite de outra edificação no mesmo terreno ou limite da propriedade deverá atender aos critérios adotados na norma técnica específica; g) a estrutura portante da escada aberta externa deverá ser construída em material incombustível, atendendo os critérios estabelecidos na norma técnica específica, TRF de duas horas; h) na existência de shafts, dutos ou outras aberturas verticais que tangenciam a projeção da escada aberta externa, tais aberturas deverão ser delimitadas por paredes estanques nos termos da norma técnica específica; i) será admitido esse tipo de escada até com altura de 23m. 4.8 Guardas e corrimãos 4.8.1 Guarda-corpos e balaustradas

4.8.1.1 Toda saída de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) contínuas, sempre que houver qualquer desnível maior de 19cm, para evitar quedas.

Figura 13 – Escada aberta externa

4.8.1.2 A altura das guardas, medida internamente, deve ser, no mínimo, de 1,05m ao longo dos patamares, escadas, corredores, mezaninos e outros (ver Figura 15), podendo ser reduzida para até 0,92 m nas escadas internas, quando medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus. 4.8.1.3 As alturas das guardas em escadas externas, de seus patamares, de balcões e assemelhados, devem ser de no mínimo 1,3m, medido como especificado no item 4.8.1.2. 4.8.1.4 As guardas constituídas por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto é, as guardas vazadas, devem: a) ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança laminados ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 15cm de diâmetro não possa passar por nenhuma abertura; b) ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas;

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c) ser constituídas por materiais não estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for o caso. Exceção: será feita as ocupações do grupo I e J para as escadas e saídas não emergenciais. 4.8.2 Corrimãos 4.8.2.1 Os corrimãos deverão ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80cm e 92cm acima do nível do piso, sendo em escadas, essa medida tomada verticalmente da forma especificada no item 4.8.1.2 (ver Figura 14). 4.8.2.2 Uma escada pode ter corrimãos em diversas alturas, além do corrimão principal na altura normal exigida; em escolas, jardins-de-infância e assemelhados, se for o caso, deve haver corrimãos nas alturas indicadas para os respectivos usuários, além do corrimão principal.

Figura 14 - Dimensões de guardas e corrimãos

4.8.2.3 Os corrimãos devem ser projetados de forma a poderem ser agarrados fácil e confortavelmente, permitindo um contínuo deslocamento da mão ao longo de toda a sua extensão, sem encontrar quaisquer obstruções, arestas ou soluções de continuidade. No caso de secção circular, seu diâmetro varia entre 38mm e 65mm (ver Figura 15). 4.8.2.4 Os corrimãos devem estar afastados 40mm, no mínimo, das paredes ou guardas às quais forem fixados. 4.8.2.5 Não são aceitáveis, em saídas de emergência, corrimãos constituídos por elementos com arestas vivas, tábuas largas e outros (ver Figura 15). 4.8.2.6 Para auxílio dos deficientes visuais, os corrimãos das escadas deverão ser contínuos, sem interrupção nos patamares, prolongando-se, sempre que for possível, pelo menos 0,2m do

início e término da escada com suas extremidades voltadas para a parede ou com solução alternativa. 4.8.3 Exigências estruturais 4.8.3.1 As guardas de alvenaria ou concreto, as grades de balaustradas, as paredes, as esquadrias, as divisórias leves e outros elementos de construção que envolvam as saídas de emergência devem ser projetados de forma a: a) resistir a cargas transmitidas por corrimãos nelas fixados ou calculadas para resistir a uma força horizontal de 730N/m aplicada a 1,05m de altura, adotando-se a condição que conduzir a maiores tensões (ver Figura 16); b) ter seus painéis, longarinas, balaústres e assemelhados calculados para resistir a uma carga horizontal de 1,20kPa aplicada à área bruta da guarda ou equivalente da qual façam parte; as reações devidas a esse carregamento não precisam ser adicionadas às cargas especificadas na alínea precedente (ver Figura 16). 4.8.3.2 Os corrimãos devem ser calculados para resistir a uma carga de 900N, aplicada em qualquer ponto deles, verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos.

Figura 15 - Pormenores de corrimãos

4.8.4 Corrimãos intermediários 4.8.4.1 Escadas com mais de 2,2m de largura devem ter corrimão intermediário, no máximo, a cada 1,8m. Os lanços determinados pelos corrimãos intermediários devem ter, no mínimo, 1,1m de largura, ressalvado o caso de escadas em ocupações dos tipos H-2 e H-3, utilizadas por pessoas muito idosas e deficientes físicos, que exijam máximo apoio com ambas as mãos em corrimãos, onde pode ser previsto, em escadas largas, uma unidade de passagem especial com 69cm entre corrimãos. 4.8.4.2 As extremidades dos corrimãos intermediários devem ser dotadas de balaústres ou outros dispositivos para evitar acidentes.

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4.8.4.3 Escadas externas de caráter monumental podem, excepcionalmente, ter apenas dois corrimãos laterais, independentemente de sua largura, quando forem utilizadas por grandes multidões.

Figura 16 – Pormenores construtivos da

instalação de guardas e as cargas a que elas devem resistir

4.9 Elevadores de emergência 4.9.1 Obrigatoriedade 4.9.1.1 É obrigatória a instalação de elevadores de emergência: a) em todas as edificações residenciais A-2 e A-3 com altura superior a 80m e nas demais ocupações com altura superior a 60 m, excetuadas as de classe de ocupação G-1, e em torres exclusivamente monumentais de ocupação F-2; b) nas ocupações institucionais H-2 e H-3, sempre que sua altura ultrapassar a 12m, em número igual ao das escadas de emergência. 4.9.2 Exigências 4.9.2.1 Enquanto não houver norma específica referente a elevadores de emergência, estes devem atender a todas as normas gerais de segurança previstas nas NBR 5.410 e NBR 7.192 e (ver Figura 9): a) ter sua caixa enclausurada por paredes resistentes a quatro horas de fogo, independente dos elevadores de uso comum; b) ter suas portas metálicas abrindo para antecâmara ventilada, nos termos do item 4.7.10, para varanda conforme o item 4.7.12, para hall

enclausurado e pressurizado, para patamar de escada pressurizada ou local análogo do ponto de vista de segurança contra fogo e fumaça; c) ter circuito de alimentação de energia elétrica com chave própria independente da chave geral do edifício, possuindo este circuito chave reversível no piso da descarga, que possibilite

que ele seja ligado a um gerador externo na falta de energia elétrica na rede pública; d) deve estar ligado a um grupo moto-gerador de emergência. 4.9.2.2 O painel de comando deve atender, ainda, às seguintes condições: a) estar localizado no pavimento da descarga; b) possuir chave de comando de reversão para permitir a volta do elevador a este piso, em caso de emergência; c) possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos carros no pavimento da descarga, anulando as chamas existentes, de modo que as respectivas portas permaneçam abertas, sem prejuízo do fechamento do vão do poço nos demais pavimentos; d) possuir duplo comando automático e manual reversível, mediante chamada apropriada. 4.9.2.3 Nas ocupações institucionais H-3, o elevador de emergência deve ter cabine com dimensões apropriadas para o transporte de maca. 4.9.2.4 As caixas de corrida (poço) e casas de máquinas dos elevadores de emergência devem ser enclausuradas e totalmente isoladas das caixas de corrida e casas de máquinas dos demais elevadores. A caixa de corrida (poço) deve ter abertura de ventilação permanente em sua parte superior, atendendo às condições estabelecidas na alínea d do item 4.7.8.1. 4.9.2.5 O elevador de emergência deve atender a todos os pavimentos do edifício, incluindo os localizados abaixo do pavimento de descarga com altura ascendente superior a 12m. 4.10 Área de refúgio 4.10.1 Conceituação e exigências 4.10.1.1 Área de refúgio é a parte de um pavimento separada por paredes corta-fogo e portas corta-fogo, tendo acesso direto, cada uma delas (a área de refúgio e o restante do pavimento), a pelo menos uma escada/rampa de emergência (ver Figura 17). 4.10.1.2 A estrutura dos prédios dotados de áreas de refúgio deve ter resistência conforme estabelecido em norma técnica específica. 4.10.1.2.1 As paredes que definem as áreas de refúgio devem apresentar resistência ao fogo conforme estabelecido em norma técnica específica.

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Figura 17 - Desenho esquemático da área de

refúgio 4.10.2 Obrigatoriedade 4.10.2.1 É obrigatória a existência de áreas de refúgio em todos os pavimentos nos seguintes casos: a) em edificações institucionais de ocupação E-5, E-6, H-2 e H-3 com altura superior a 12 m. Nesses casos a área mínima de refúgio de cada pavimento ficará restrita a 30% da área de cada pavimento; b) a existência de compartimentação de área no pavimento será aceita como área de refúgio, desde que tenha acesso direto às saídas de emergência (escadas ou rampas). 4.10.3 Hospitais e assemelhados 4.10.3.1 Em ocupações H-2 e H-3, as áreas de refúgio não devem ter áreas superiores a 2.000m². 4.10.3.2 Nessas ocupações H-2 e H-3, bem como nas ocupações E-6, a comunicação entre as áreas de refúgio e/ou entre essas áreas e saídas deve ser em nível ou, caso haja desníveis, em rampas, como especificado no item 4.6. 4.11 Descarga 4.11.1 Tipos 4.11.1.1 A descarga, parte da saída de emergência de uma edificação, que fica entre a escada e a via pública ou área externa em comunicação com a via pública, pode ser constituída por: a) corredor ou átrio enclausurado; b) área em pilotis; c) corredor a céu aberto. 4.11.1.2 O corredor ou átrio enclausurado que for utilizado como descarga deve: a) ter paredes resistentes ao fogo por tempo equivalente ao das paredes das escadas que a ele conduzirem;

b) ter pisos e paredes revestidos com materiais que atendam às condições da norma técnica específica; c) ter portas corta-fogo com resistência de 90min de fogo; quando a escada for à prova de fumaça ou quando a escada for enclausurada protegida; isolando-o de todo compartimento que com ele se comunique, tais como apartamentos, salas de medidores, restaurante e outros. 4.11.1.3 Admite-se que a descarga seja feita por meio de saguão ou hall térreo não enclausurado, desde que entre o final da descarga e a fachada ou alinhamento predial (passeio) mantenha-se um espaço livre para acesso ao exterior, atendendo-se às dimensões exigidas no item 4.11.2, sendo admitido nesse saguão ou hall elevadores, portaria, recepção, sala de espera, sala de estar e salão de festas (ver Figura 18). 4.11.1.4 A área em pilotis que servir como descarga deve: a) não ser utilizável como estacionamento de veículos de qualquer natureza, sendo, quando necessário, dotada de divisores físicos que impeçam tal utilização; b) Ser mantida livre e desimpedida, não podendo ser utilizada como depósito de qualquer natureza.

Figura 18 – Descarga através de hall térreo não

enclausurado

4.11.1.4.1 Não será exigida a letra a acima, nas edificações onde as escadas exigidas forem do tipo NE - escadas não enclausuradas e altura até 12m, desde que entre o acesso à escada e a área externa (fachada ou alinhamento predial) possua um espaço reservado e desimpedido, no mínimo com largura de 2,2m.

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4.11.1.5 O elevador de emergência pode estar ligado ao hall de descarga, desde que seja agregado à largura desta uma unidade de saída (0,55 m).

Figura 19 – Dimensionamento de corredores de

descarga 4.11.2 Dimensionamento 4.11.2.1 No dimensionamento da descarga, devem ser consideradas todas as saídas horizontais e verticais que para ela convergirem. 4.11.2.2 A largura das descargas não pode ser inferior: a) a 1,2m, nos prédios em geral, e a 1,65 e 2,2m, nas edificações classificadas com H-2 e H-3 por sua ocupação; b) à largura calculada conforme 4.4, considerando-se esta largura para cada segmento de descarga entre saídas de escadas (ver Figura 19), não sendo necessário que a descarga tenha, em toda a sua extensão, a soma das larguras das escadas que a ela concorrem. 4.11.3 Outros ambientes com acesso 4.11.3.1 Galerias comerciais (galerias de lojas) podem estar ligadas à descarga desde que seja feito por meio de antecâmara enclausurada e ventilada diretamente para o exterior ou através de dutos, dentro dos padrões estabelecidos para as escadas à prova de fumaça (PF), dotadas de duas portas corta-fogo P-60, conforme indicado na Figura 20. 4.12 Iluminação de emergência e sinalização de saída 4.12.1 Iluminação das rotas de saídas de emergência 4.12.1.1 As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou artificial em nível suficiente, de acordo com a NBR 5.413. Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente durante

o dia, é indispensável a iluminação artificial noturna. 4.12.2 Iluminação de emergência 4.12.2.1 A iluminação de emergência deve ser executada obedecendo ao estabelecido em norma técnica específica. 4.12.3 Sinalização de saídas de emergência 4.12.3.1 A sinalização de saída deve ser executada obedecendo ao estabelecido em norma técnica específica. 4.13 Acesso de guarnições de bombeiros na edificação e áreas de risco por meio de ponto de ancoragem 4.13.1 Considera-se ponto de ancoragem todo dispositivo destinado à ancoragem de cordas para a retirada de vítimas e acesso de bombeiros na edificação e áreas de risco.

Figura 20 - Acesso de galeria comercial à

descarga 4.13.2 Características do ponto de ancoragem: a) permitir a fixação de modo a não provocar a abrasão ou esforços de corte nas cordas; b) ser constituído de material que resista a esforços de tração de 3.000 quilogramas força (tubulação preferencialmente com diâmetro de 63mm ou vergalhão com diâmetro mínimo de 50mm); c) ser constituído de material que resista às intempéries; d) ser fixado em pelo menos 2 pontos com resistência igual ao exigido na letra b; e) a distância mínima entre o ponto de ancoragem e a projeção horizontal da fachada atendida deve ser de 1m.

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4.13.3 Exigências a) toda edificação com altura superior a 23m deve possuir pelo menos um ponto de ancoragem, destinado a atender cada fachada, localizado na última laje e com acesso fácil aos bombeiros e ocupantes da edificação; b) os pontos de ancoragem devem ser localizados de forma centralizada em relação às fachadas que visem a atender. 4.14 Acesso sem obstáculos 4.14.1 As rotas de saída destinadas ao uso de doentes e deficientes físicos, inclusive usuários de cadeiras de rodas, devem possuir rampas e elevadores de segurança ou outros dispositivos onde houver diferença de nível entre pavimentos. 4.14.2 Essas rotas devem permanecer livres de quaisquer obstáculos ou saliências nas paredes (móveis, extintores de incêndio e outros) e ter as larguras exigidas pela NBR 9.050. 4.15 Construções subterrâneas, subsolos e edificações sem janelas - Generalidades e conceituação 4.15.1 Construções subterrâneas ou subsolos 4.15.1.1 Para os efeitos desta Norma Técnica, consideram-se construções subterrâneas ou subsolos as edificações, ou parte delas, na qual o piso se ache abaixo do pavimento da descarga, ressalvando o especificado no item 4.15.1.2. 4.15.1.2 Não são considerados subsolos, para efeito de saídas de emergência, os pavimentos nas condições seguintes: a) o pavimento que for provido em pelo menos dois lados de, no mínimo, 2m² de aberturas inteiramente acima do solo a cada 15m lineares de parede periférica; b) estas aberturas tenham peitoril a não mais de 1,20m acima do piso interno e que não tenham medida alguma menor que 60cm (luz), de forma a permitir operações de salvamento provenientes do exterior; c) estas aberturas sejam de fácil manuseio, tanto do lado interno como externo, devendo ter identificação tanto internamente como externamente. 4.15.2 Edificações sem janelas 4.15.2.1 As edificações sem janelas são aquelas edificações, ou parte delas, que não possuem meios de acesso direto ao exterior, através de

suas paredes periféricas ou aberturas para ventilação ou salvamento, das janelas ou grades fixas existentes, ressalvados os casos descritos nos itens 4.15.2.2 e 4.15.2.3. 4.15.2.2 Uma edificação térrea (ver Tabela 1) ou porção dela não é considerada sem janelas quando: a) o pavimento tiver portas ao nível do solo, painel de acesso ou janelas espaçadas a não mais de 50m nas paredes exteriores; b) estas aberturas deve ter dimensões mínimas de 60cm x 60cm, obedecendo às alíneas a, b e c do item 4.15.1.2. 4.15.2.3 Uma edificação não-térrea (ver Tabela 1) não é considerada sem janelas quando: a) existirem acessos conforme a alínea a do item 4.15.2.2; b) todos os pavimentos acima do térreo tiverem aberturas de acesso ou janelas em dois lados do prédio, pelo menos, espaçados, no mínimo, 15m nestas paredes, obedecendo às alíneas b e c do item 4.15.1.2, com, no mínimo, 60cm de largura livre por 1,1m de altura livre. 4.15.3 Exigências especiais para construções subterrâneas subsolos e edificações sem janelas 4.15.3.1 As construções subterrâneas, subsolos e as edificações sem janelas, além das demais exigências desta Norma Técnica que lhes forem aplicáveis, considerando que, em áreas sem acesso direto ao exterior e sem janelas para permitir ventilação e auxílio de bombeiros, qualquer incêndio ou fumaça tende a provocar pânico; devem permitir a saída conveniente de seus usuários e atender às exigências abaixo: a) para subsolos com áreas de construção superior a 500m2 ou população total superior a 100 pessoas, ter no mínimo duas saídas de emergência, em lados opostos, com distância mínima de 10m entre elas, exceto para os subsolos destinados a estacionamento de veículos; b) quando, com acesso de público ou população superior a 50 pessoas, ter ao menos uma das saídas direta ao exterior, sem passagem pela descarga térrea, no caso de subsolo; c) é obrigatória a adoção de áreas de refúgio em subsolos com área superior a 500m², não destinados a garagem. Nesse caso a área de refúgio fica restrita a 30%, no mínimo, da área de cada pavimento. A existência de compartimentação de área no pavimento, será aceita como área de refúgio, desde que tenha

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acesso direto às saídas de emergência (escadas ou rampas); d) nos subsolos de edificações com exigência de escada tipo EP ou PF, com altura ascendente de até 12m, exige-se escada simplesmente enclausurada com PCF P-90. Alturas superiores a 12m, exige-se pressurização da escada; e) além das exigências acima, os subsolos e prédios sem janelas devem atender aos parâmetros estabelecidos em norma técnica que trate acerca do controle de fumaça. 5.16 Exigências para edificações construídas anterior a 11 de março de 1983 a) para edificações com ocupação residencial, grupo A - divisão A-2, aceita-se escada tipo NE, sendo que as portas de acesso às unidades autônomas (residências) não podem ter aberturas. Para edificações com altura superior a 12m, caso a escada possua uma ou mais faces voltadas para área aberta externa, deve-se manter uma ventilação permanente de no mínimo 0,50m² em uma das faces, em cada pavimento, devendo distar pelo menos 3m, em projeção horizontal, de qualquer outra abertura, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou à divisa do lote, podendo esta distância ser reduzida para 2m para caso de aberturas instaladas em banheiros, vestiários ou áreas de serviço. A distância das venezianas podem ser reduzidas para 1,4m de outras aberturas que estiverem no mesmo plano de parede e no mesmo nível; b) para as demais ocupações, com altura inferior a 12m, deve ser adotada a escada tipo comum (NE), e para aquelas com altura superior a 12m deve ser adotada a escada enclausurada com PCF P-90 e alvenaria resistente ao fogo. Caso a escada possua uma ou mais faces voltadas para área aberta externa, deve-se manter uma ventilação permanente de no mínimo 0,50m² em uma das faces, em cada pavimento, devendo distar pelo menos 3m, em projeção horizontal, de qualquer outra abertura, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou à divisa do lote, podendo esta distância ser reduzida para 2m para caso de aberturas instaladas em banheiros, vestiários ou áreas de serviço. A distância das venezianas podem ser reduzidas para 1,4m de outras aberturas que estiverem no mesmo plano de parede e no mesmo nível; c) as edificações que possuírem subsolos deverão ser isoladas do pavimento térreo, de modo a evitar a passagem de fumaça, gases ou calor aos demais pavimentos elevados; d) as distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refúgio, escada protegida), para todos os grupos de ocupação, serão acrescidas em 50%

da Tabela 5 desta Norma Técnica. Exceção será feita às edificações térreas dos grupos G-1, G-2, I-1, J-1 e J-2, que terão suas distâncias máximas a serem percorridas acrescidas em 100% da Tabela 5; e) Nos casos em que for comprovada tecnicamente a inviabilidade da adaptação, deverá o interessado propor medidas alternativas por meio de Comissão Técnica do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará; f) Quando o subsolo tiver outra ocupação que não a de estacionamento de veículos e possuir altura ascendente superior a 12m, a escada deve ser do tipo pressurizada (PF), devendo ser respeitado os projetos anteriormente aprovados junto ao CBMCE.

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ANEXOS – TABELAS

Tabela 1 – Classificação das edificações quanto à altura

Tabela 2 – Classificação das edificações quanto às suas dimensões em planta

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Tabela 3 – Classificação das edificações quanto às suas características construtivas

CÓDIGO TIPO ESPECIFICAÇÃO

X

Edificações em que o crescimento e a propagação do incêndio podem ser fáceis e onde a estabilidade pode ser ameaçada pelo incêndio.

Edifícios onde pelo menos duas das três condições estão presentes: a) Não possuam TRF, mesmo que existam condições de isenção; b) Não possuam compartimentação vertical completa, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção; c) Não possuam controle dos materiais de acabamento, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção

Y

Edificações onde um dos três eventos é provável:

a) rápido crescimento do incêndio; b) propagação vertical do incêndio;

c) colapso estrutural.

Edifícios onde apenas um das três condições está presente: a) Não possuam TRF, mesmo que existam condições de isenção; b) Não possuam compartimentação vertical completa, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção; c) Não possuam controle dos materiais de acabamento, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção.

Z

Edificações concebidas para limitar: a) rápido crescimento do incêndio; b) propagação vertical do incêndio;

c) colapso estrutural.

Edifícios onde nenhuma das três condições abaixo está presente: a) Não possuam TRF, mesmo que existam condições de isenção; b) Não possuam compartimentação vertical completa, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção; c) Não possuam controle dos materiais de acabamento, de acordo com norma técnica específica, mesmo que existam condições de isenção.

Nota: As edificações devem, preferencialmente, ser sempre projetadas e executadas conforme classificação do tipo Z.

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Tabela 4 – Dados para dimensionamento das saídas de emergência

NOTAS: (A) Os parâmetros dados nesta Tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população (ver seção 4.3). (B) As capacidades das unidades de passagem em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída descendente. Nos demais casos devem sofrer redução como abaixo especificado. Essas porcentagens de redução são cumulativas, quando for o caso: a) Lanços ascendentes de escadas, com degraus até 17cm de altura: redução de 10%; b) Lanços ascendentes de escada com degraus até 17,5cm de altura: redução de 15%; c) Lanços ascendentes de escadas com degraus até 18cm de altura: redução de 20%;

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d) Rampas ascendentes, declividade até 10%: redução de 1% por degrau percentual de inclinação (1% a 10%); e) Rampas ascendentes de mais de 10% (máximo: 12,5%): redução de 20%. (C) Em apartamentos de até dois dormitórios, a sala deve ser considerada como dormitório: em apartamentos maiores (três e mais dormitórios), as salas de costura, gabinetes e outras dependências que possam ser usadas como dormitórios (inclusive para empregadas) são considerados como tais. Em apartamentos mínimos, sem divisões em planta, considera-se uma pessoa para cada 6m² de área de pavimento. (D) Alojamento = dormitório coletivo, com mais de 10m². (E) Por “Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco; quando discriminado o tipo de área (por ex.: área do alojamento), é a área útil interna da dependência em questão. (F) Auditórios e assemelhados, em escolas, bem como salões de festas e centros de convenções em hotéis são considerados nos grupos de ocupação F5 ,F-6 e outros, conforme o caso. (G) As cozinhas e suas áreas de apoio, nas ocupações B, F-6 e F-8, têm sua ocupação admitida como no grupo D, isto é, uma pessoa por 7m² de área. (H) Em hospitais e clínicas com internamento (H-3), que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se à área calculada por leito, a área de pavimento correspondente ao ambulatório, na base de uma pessoa por 7m². (I) O símbolo “+” indica necessidade de consultar normas e regulamentos específicos (não cobertos por esta Norma Técnica). (J) A parte de atendimento ao público de comércio atacadista deve ser considerada como do grupo C. (L) Esta tabela se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados a divisão F-3, com área superior a 10.000m² ou população total superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada norma técnica específica.

Tabela 5 – Distâncias máximas a serem percorridas

NOTAS: a) Edificações exclusivamente térreas dos grupos G-1, G-2, I-1, J-1 e J-2, terão suas distâncias máximas a serem percorridas acrescidas de 150% e para as divisões I-2; J-3 e J-4, estas distâncias poderão ser acrescidas de 100%, desde que, em ambos os casos, as ocupações acima possuam controle de fumaça, de acordo com norma técnica específica.

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b) Esta tabela se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados à divisão F-3, com área superior a 10.000m² ou população total superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada norma técnica específica. c) Para que ocorram as distâncias previstas na Tabela 5 e notas acima, é necessária a apresentação do leiaute definido em planta baixa (salão aberto, sala de eventos, escritórios, escritórios panorâmicos, galpões e outros). Caso não seja apresentado o leiaute definido em planta baixa, as distâncias definidas acima serão reduzidas em 30% (trinta por cento).

Tabela 6 – Número mínimo de saídas e tipos de escadas de emergência por ocupação

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NOTAS: a) Para o uso desta tabela, devem ser consultadas as tabelas anteriores, onde são dados os significados dos códigos alfabéticos e alfanuméricos utilizados e mais as dos indicados a seguir; b) Abreviatura dos tipos de escada: NE = Escada não enclausurada (escada comum); EP = Escada enclausurada protegida (escada protegida); PF = Escada à prova de fumaça. c) Outros símbolos e abreviaturas usados nesta tabela: Tipo esc. = Tipo de escada; Gr. = Grupo de ocupação (uso) – conforme Tabela 1 do Regulamento de Segurança Contra Incêndio Div. = Subdivisão do grupo de ocupação – conforme Tabela 1 do Regulamento de Segurança Contra Incêndio Nota (1) = Em edificações de ocupação do grupo A – divisão A-2, área de pavimento “N” (menor ou igual a 750 m²), altura acima de 30 m, contudo não superior a 50 m, a escada poderá ser do tipo EP (Escada Enclausurada Protegida), sendo que acima desta altura (50m) permanece a escada do tipo PF (Escada Enclausurada à Prova de fumaça); + = Símbolo que indica necessidade de consultar Norma Técnica, normas ou regulamentos específicos (ocupação não coberta por essa Norma Técnica); - = Não se aplica. d) Para as ocupações do grupo F-3, onde o local tratar-se de recintos esportivos e/ou de espetáculos artístico cultural (exceto ginásios e piscinas com ou sem arquibancadas, academias e pista de patinação), deve ser consultada norma técnica específica; e) Grupo H-2 e H-3: Altura superior a 12 m = além das saídas de emergências por escadas (Tabela 6), deve possuir elevador de emergência (ver Figura 9) e áreas de refúgio (ver Figura 18). As áreas de refúgio quando situadas somente em alguns pavimentos de níveis diferentes deve ter seus acessos ligados por rampa (4.6.1.a). Para as edificações que possuam área de refúgio em todos os pavimentos (exceto pavimento térreo), não há necessidade de rampa interligando os diferentes níveis em acessos às áreas de refúgio. f) Havendo necessidade de duas ou mais escadas de segurança, uma delas poderá ser do tipo Aberta Externa (AE), atendendo ao item 4.7.14 desta Norma Técnica. g) A quantidade mínima de escadas previstas nesta tabela pode ser desconsiderada desde que a edificação possua até 36 m de altura e a(s) escada(s) proposta(s) atendam aos parâmetros de distância máxima a percorrer (Tabela 5) e quantidade mínima de unidades de passagem para a lotação prevista (Tabela 4). h) O número de escadas de emergência depende também do dimensionamento das saídas pelo cálculo da população (Tabela 4) e das distâncias a serem percorridas (Tabela 5). i) Para a divisão F-3, com área superior a 10.000m² ou população total superior a 2.500 pessoas, deve ser consultada norma técnica específica.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 006/2008

SISTEMA DE HIDRANTES PARA COMBATE A INCÊNDIO

FEVEREIRO/2010 (Incluidas alterações da Portaria GAB CMD 020/2010, de 10/02/2010) 

 

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 006/2008

SISTEMA DE HIDRANTES PARA COMBATE A INCÊNDIO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica fixa as condições necessárias exigíveis para dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio, bem como as características dos componentes do sistema de hidrantes para combate a incêndio. 2 APLICAÇÃO 2.1 Aplica-se às edificações e áreas de risco em que sejam necessárias as instalações de sistemas de hidrantes para combate a incêndio, de acordo com o previsto na Norma Técnica n.o 001/2008. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Requisitos Gerais 4.1.1 Os sistemas de combate a incêndio por hidrantes estão classificados em tipos I, II, III e IV, conforme especificado na Tabela 2. 4.1.2 Todos os parâmetros, ábacos, tabelas e outros recursos utilizados no projeto e no dimensionamento devem ser relacionados no memorial. 4.1.3 Não é admitida a referência a outro projeto para justificar a aplicação de qualquer informação no memorial. 4.2 Projeto

4.2.1 Deve ser constado no memorial cálculos e dimensionamentos referente ao sistema de hidrantes a ser instalado, além de uma perspectiva isométrica da tubulação (sem escala, com cotas e com os hidrantes numerados), conforme Norma Técnica n.o 001/2008. 4.2.2 O Núcleo de Análise de Projetos poderá solicitar documentos relativos ao sistema e hidrantes, se houver necessidade. 4.3 Recalque 4.3.1 Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivos de recalque, consistindo em um prolongamento de diâmetro no mínimo igual ao da tubulação principal, cujos engates devem ser compatíveis com junta de união tipo “engate rápido” com diâmetro nominal de 65mm. 4.3.2 Quando a vazão do sistema for superior a 1.000l/min, o dispositivo de recalque deve possuir um registro de recalque adicional com as mesmas características definidas em 5.3.1, sendo que o prolongamento da tubulação deve ter diâmetro no mínimo igual ou superior ao existente na tubulação de recalque do sistema. 4.3.3 O dispositivo de recalque, situado no passeio público correspondente à fachada principal da edificação, deve possuir as seguintes características (Figura 1): a) ser enterrado em caixa de alvenaria, com fundo permeável ou dreno; b) a tampa deve ser articulada e requadro em ferro fundido ou material similar, identificada pela palavra “INCÊNDIO”, com dimensões de 0,40m x 0,60m; c) estar afastada a 0,50m da guia do passeio; d) a introdução voltada para cima em ângulo de 45º e posicionada, no máximo, a 0,15m de profundidade em relação ao piso do passeio; e) o volante de manobra deve ser situado a no máximo 0,50m do nível do piso acabado; e f) a válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera, permitindo o fluxo de água nos dois sentidos e instalada de forma a garantir seu adequado manuseio. 4.3.4 A localização do dispositivo de recalque sempre deve permitir aproximação da viatura apropriada para o recalque da água, a partir do logradouro público, para o livre acesso dos bombeiros.

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4.3.5 É vedada a instalação do dispositivo de recalque em local que tenha circulação ou passagem de veículos.

FIGURA 1 – Dispositivo de recalque

4.4 Abrigo 4.4.1 As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas dentro dos abrigos de forma a permitir sua utilização com facilidade e rapidez. 4.4.2 Os abrigos podem ser construídos de materiais metálicos, pintados em vermelho, e sinalizados conforme norma técnica específica, devendo, também, possuir a inscrição “INCÊNDIO” em sua parte frontal. 4.4.3 Os abrigos devem possuir apoio ou fixação própria, independente da tubulação que abastece o hidrante. 4.4.4 O abrigo deve ter utilização exclusiva, conforme estabelecido nesta Norma Técnica. 4.4.5 Os abrigos dos sistemas de hidrantes não devem ser instalados a mais de 3 m da expedição da tubulação, devendo estar em local visível e de fácil acesso. 4.4.6 A porta do abrigo não pode ser trancada. 4.4.7 A tomada de água pode ser instalada dentro do abrigo, desde que não impeça a manobra ou a substituição de qualquer peça. 4.5 Válvulas de abertura para hidrantes 4.5.1 As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo angulares de diâmetro não inferior a 65mm (2 ½ “). 4.6 Requisitos específicos 4.6.1 Tipos de sistemas 4.6.1.1 Os tipos de sistemas previstos são dados na Tabela 2.

4.6.1.2 As vazões da Tabela 2 devem ser obtidas no requinte do esguicho acoplado à sua respectiva mangueira de incêndio. 4.6.1.3 Para cada ponto de hidrante são obrigatórios os materiais descritos na Tabela 4. 4.6.1.4 As vazões da Tabela 2 correspondem a: a) jato compacto de 13mm para sistema tipo I; b) jato compacto de 16mm para sistema tipo II; c) jato compacto de 19mm para sistema tipo III; d) jato compacto de 25mm para sistema tipo IV. 4.7 Distribuição dos Hidrantes 4.7.1 Os pontos de tomada de água devem ser posicionados: a) nas proximidades das portas externas, escadas e/ou acesso principal a ser protegido, a não mais de 5m; b) em posições centrais nas áreas protegidas, devendo atender ao item a) obrigatoriamente; c) fora das escadas ou antecâmaras de fumaça; e d) de 1,0 a 1,5m do piso acabado. 4.7.2 No caso de projetos que utilizem hidrantes externos, devem atender ao afastamento de no mínimo uma vez e meia a altura da parede externa da edificação a ser protegida. 7.7.2.1 Podem ser utilizados até 60m de mangueira de incêndio (em lances de 15m), desde que devidamente dimensionados por cálculo hidráulico. 7.7.2.2 Recomenda-se que sejam utilizadas mangueiras de incêndio de 65mm de diâmetro para redução da perda de carga, não sendo vetado o uso de mangueiras de 1 1/2” desde que hidraulicamente dimensionados para as pressões exigidas. 4.7.3 A utilização do sistema não deve comprometer a fuga dos ocupantes da edificação; portanto, deve ser projetado de tal forma que dê proteção em toda a edificação, sem que haja a necessidade de adentrar as escadas, antecâmaras ou outros locais determinados exclusivamente para servirem de rota de fuga dos ocupantes. 4.8. Dimensionamento do sistema 4.8.1 O dimensionamento deve consistir na determinação do caminhamento das tubulações, dos diâmetros dos acessórios e dos suportes, necessários e suficientes para garantir o funcionamento dos sistemas previstos nesta Norma Técnica. 4.8.2 Os hidrantes devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área a ser protegida seja alcançado por um esguicho (sistemas tipo I, II ou III) ou

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dois esguichos (sistema tipo IV), considerando-se o comprimento do lance de mangueira de 15m através de seu trajeto real e desconsiderando-se o alcance do jato de água. 4.8.3 O raio máximo de proteção de cada ponto de hidrante deverá ser, obrigatoriamente, de 30m, desconsiderando-se o alcance do jato de água. 4.8.4 Para o dimensionamento, deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais desfavoráveis considerados nos cálculos, para qualquer tipo de sistema especificado, considerando, em cada jato de água, no mínimo as vazões obtidas conforme a Tabela 2 e condições de 4.6.1.2. 4.8.5 Independente do procedimento de dimensionamento estabelecido, recomenda-se a utilização de esguichos reguláveis em função da melhor efetividade no combate ao incêndio, desde que seja atendida a vazão mínima para cada esguicho prescrita na Tabela 2 e alcance do jato, conforme itens 4.11.2.1 e 4.11.2.2. 4.8.6 O local mais desfavorável considerado nos cálculos deve ser aquele que proporciona menor pressão dinâmica no esguicho. 4.8.7 Nos casos de mais de um tipo de ocupação (ocupações mistas) na edificação (que requeira proteção por sistemas distintos), o dimensionamento dos sistemas deve ser feito para cada tipo de sistema individualmente ou dimensionado para atender o maior risco. 4.8.8 Cada sistema deve ser dimensionado de modo que as pressões dinâmicas nas entradas dos esguichos não ultrapassem o dobro daquela obtida no esguicho mais desfavorável considerado no cálculo. 4.8.8.1 Pode-se utilizar quaisquer dispositivos para redução de pressão, desde que comprovadas as suas adequações técnicas. 4.8.9 Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho em qualquer ponto não ultrapasse 100mca (1.000kPa). 4.8.9.1 Situações que requeiram pressões superiores à estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos componentes empregados e atendido o requisito especificado em 4.8.8 e 4.8.8.1. 4.8.10 O cálculo hidráulico da somatória de perda de carga nas tubulações deve ser executado por métodos adequados para este fim, sendo que os resultados alcançados têm que satisfazer a uma das seguintes equações apresentadas:

a) Darcy-Weisbach (“formula universal “) e fórmula geral para perdas de carga localizadas:

Onde: hf é a perda de carga, em metros de coluna d’água; f é o fator de atrito (diagramas de Moody e Hunter-Rouse); L é o comprimento da tubulação (tubos), em metros; D é o diâmetro interno, em metros; v é a velocidade do fluido, em metros por segundo; g é a aceleração da gravidade em metros por segundo, por segundo; k é a somatória dos coeficientes de perda de carga das singularidades (conexões). b) Hazen-Williams

Onde: hf é a perda de carga em metros de coluna d’água; Lt é o comprimento total, sendo a soma dos comprimentos da tubulação e dos comprimentos equivalentes das conexões; J é a perda de carga por atrito em metros por metros; Q é a vazão, em litros por minuto; C é o fator de Hazem Willians (ver Tabela 1) D é o diâmetro interno do tubo em milímetros. 4.8.11 A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não deve ser superior a 2 m/s (sucção negativa) ou 3 m/s (sucção positiva), a qual deve ser calculada pela equação:

Onde: v é a velocidade da água, em metros por segundo; Q é a vazão de água, em metros cúbicos por segundo; A é a área interna da tubulação, em metros quadrados. 4.8.11.1 Para o cálculo da área deve ser considerado o diâmetro interno da tubulação. 4.8.12 A velocidade máxima da água na tubulação não deve ser superior a 5m/s, cujo cálculo deve ser realizado conforme equação indicada em 4.8.11. 4.8.13 No sistema de malha ou anel fechado, deve existir válvulas de paragem, localizadas de tal maneira que pelo menos dois lados em uma malha que envolva quadras de processamento ou armazenamento,

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possam ficar em operação, no caso de rompimento ou bloqueio dos outros dois. 4.8.14 Para efeito de equilíbrio de pressão nos pontos de cálculos é admitida a variação máxima, positiva ou negativa, de 0,50mca (5,0kPa). 4.9. Reservatório e Reserva Técnica de Incêndio 4.9.1 A reserva técnica de incêndio deve ser prevista para permitir o primeiro combate durante determinado tempo. 4.9.2 O dimensionamento do volume de água da reserva técnica de incêndio deve obedecer os critérios da Tabela 3. 4.9.3 Pode ser admitida a alimentação de outros sistemas de proteção contra incêndio, sob comando ou automáticos, através da interligação das tubulações. 4.9.4 Deve ser previsto reservatório construído conforme o Anexo B. 4.9.5 O inibidor de vórtice e poço de sucção para reservatório elevado deve ser conforme o Anexo B. 4.9.6 O reservatório que também acumula água para consumo normal da edificação deve ser adequado para preservar a qualidade da água, conforme a NBR 5626/98. 4.9.7 As águas provenientes de fontes naturais tais como: lagos, rios, açudes etc devem ser captadas conforme descrito no Anexo B. 4.9.8 O reservatório pode ser subdividido desde que todas as unidades estejam ligadas diretamente à tubulação de sucção da bomba de incêndio. 4.9.8.1 As subdivisões devem ter no mínimo 4,5m3 de capacidade. 4.9.9 Não é permitida a utilização da reserva técnica de incêndio pelo emprego conjugado de reservatórios subterrâneos e elevados. 4.9.10 Os reservatórios devem ser dotados de meios que assegurem uma reserva efetiva e ofereçam condições seguras para inspeção. 4.10 Bombas de incêndio 4.10.1 A bomba de incêndio deve ser do tipo centrífuga, acionada por motor elétrico ou combustão. 4.10.2 As prescrições e recomendações encontram-se no anexo C.

4.10.3 No caso de ocupações mistas com uma bomba de incêndio principal, deve ser feito o dimensionamento de vazão da bomba e de reservatório para o maior risco e os esguichos e mangueiras podem ser previstos de acordo com os riscos específicos. 4.10.4 A altura manométrica total da bomba deve ser calculada para o hidrante mais desfavorável do sistema. 4.11 Componentes das instalações 4.11.1 Geral 4.11.1.1 Os componentes que não satisfaçam a todas as especificações das normas existentes ou às exigências dos órgãos competentes e entidades envolvidas devem ser submetidos a ensaios e verificações, a fim de obterem aceitação formal da utilização nas condições específicas da instalação, expedida pelos órgãos competentes. 4.11.1.2 Os componentes das instalações devem ser previstos em normas ou em especificações reconhecidas e aceitas pelos órgãos oficiais. 4.11.2 Esguichos 4.11.2.1 O alcance do jato compacto produzido por qualquer sistema adotado conforme Tabela 2 não deve ser inferior a 8m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato, com o jato paralelo ao solo. 4.11.2.2 O alcance do jato para esguicho regulável produzido por qualquer sistema adotado conforme Tabela 2 não deve ser inferior a 8m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato, com o jato paralelo ao solo com o esguicho regulado para jato compacto. 4.11.2.3 Os esguichos são dispositivos hidráulicos para lançamento de água através de mangueiras de incêndio, possibilitando a emissão do jato compacto quando não reguláveis, ou sendo reguláveis possibilitando a emissão de jato compacto ou neblina. 4.11.2.4 Devem ser construídos em latão ligas C-37700, C-46400 e C-48500 da ASMT B 283 para forjados ou C-83600, C-83800, C-84800 e C 86400 da ASTM B 584, liga 864 da ASMT B 30 para fundidos, ou bronze ASMT B 62, para fundidos. 4.11.2.4.1 Outros materiais podem ser utilizados, desde que comprovada a sua adequação técnica e aprovado pelo órgão competente.

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4.11.2.5 Os componentes de vedação devem ser em borracha, quando necessários, conforme ASTM D 2000. 4.11.2.6 O acionador do esguicho regulável, de alavanca ou de colar, deve permitir a modulação da conformação do jato e o fechamento total do fluxo. 4.11.2.7 Cada esguicho instalado deve ser adequado aos valores de pressão disponível e de vazão de água, no ponto de hidrante considerado, para proporcionar o seu perfeito funcionamento. 4.11.2.8 O adaptador tipo engate rápido para acoplamento das mangueiras deve obedecer ao item 4.11.4.1. 4.11.3 Mangueira de incêndio 4.11.3.1 A mangueira de incêndio para uso de hidrante deve atender às condições da NBR 11861/98. 4.11.3.2 O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um ponto de hidrante deve ser suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos que existem, considerando também toda a influência que a ocupação final é capaz de exercer, não excedendo os comprimentos máximos estabelecidos na Tabela 2. 4.11.3.3 Devem ser utilizadas somente mangueiras com lances de 15m. 4.11.4 Uniões/Engates 4.11.4.1 As uniões de engate rápido entre mangueiras de incêndio devem ser conforme a NBR 14349/99. 4.11.4.2 As dimensões e os materiais para a confecção dos adaptadores tipo engate rápido devem atender a NBR 14349/99. 4.11.5 Válvulas 4.11.5.1 Na ausência de normas brasileiras aplicáveis as válvulas, é recomendável que atendam aos requisitos da BS 5041 parte 1/87. 4.11.5.2 As roscas de entrada das válvulas devem ser de acordo com a NBR 6414/83 ou NBR 12912/93. 4.11.5.3 As roscas de saída das válvulas para acoplamento do engate rápido devem ser conforme a NBR 5667/80 ou ANSI/ASME B1.20.7 NH/98. 4.11.5.4 As válvulas devem satisfazer aos ensaios de estanqueidade pertinentes, especificados em A.1.1 e A.1.2 da BS 5041 PARTE 1/87.

4.11.5.5 É recomendada a instalação de válvulas de bloqueio adequadamente posicionadas, com objetivo de proporcionar manutenção em trechos da tubulação sem desativação do sistema. 4.11.6 Tubulações e conexões 4.11.6.1 A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a 65mm (2 ½ “). 4.11.6.2 Para as edificações do Grupo A pode ser utilizada tubulação com diâmetro nominal 50mm (2”) em cobre, tubo sem costura e exclusivamente para edificações de risco leve ou baixo e desde que comprovado tecnicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema, através de laudo de laboratório oficial competente. 4.11.6.3 Os drenos, recursos para simulação e ensaios, escorvas e outros dispositivos devem ser dimensionados conforme a aplicação. 4.11.6.4 As tubulações aparentes do sistema devem ser em cor vermelha. 4.11.6.5 Os trechos das tubulações do sistema, que passam em dutos verticais ou horizontais e que sejam visíveis através da porta de inspeção, devem ser em cor vermelha. 4.11.6.6 As tubulações destinadas à alimentação dos hidrantes não podem passar pelos poços de elevadores ou dutos de ventilação. 4.11.6.7 Todo e qualquer material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir ao efeito do calor e esforços mecânicos, mantendo seu funcionamento normal. 4.11.6.8 O meio de ligação entre os tubos, conexões e acessórios diversos deve garantir a estanqueidade e a estabilidade mecânica da junta e não deve sofrer comprometimento de desempenho, se for exposto ao fogo. 4.11.6.9 A tubulação deve ser fixada nos elementos estruturais da edificação por meio de suportes metálicos, conforme a NBR 10897/90, rígidos e espaçados em no máximo 4m, de modo que cada ponto de fixação resista a cinco vezes a massa do tubo cheio de água mais a carga de 100Kg. 4.11.6.10 Os materiais termoplásticos, na forma de tubos e conexões, somente devem ser utilizados enterrados a 0,60m, fora da projeção da edificação e satisfazendo a todos os requisitos de resistência à pressão interna e a esforços mecânicos necessários ao funcionamento da instalação.

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4.11.6.11 A tubulação enterrada com tipo de acoplamento ponta e bolsa deve ser provida de blocos de ancoragem em concreto nas mudanças de direção e abraçadeiras com tirantes nos acoplamentos conforme especificado na NBR 10897/90. 4.11.6.12 Os tubos de aço devem ser conforme as NBR 5580/93, NBR 5587/85 ou NBR 5590/95. 4.11.6.13 As conexões de ferro maleável devem ser conforme a NBR 6925/85 ou NBR 6943/93. 4.11.6.14 As conexões de aço devem ser conforme ASMT A 234/97. 4.11.6.15 Os tubos de cobre devem ser conforme a NBR 13206/94. 4.11.6.16 As conexões de cobre devem ser conforme a NBR 11720/94, utilizando solda capilar com material de enchimento BcuP-3, BcuP-4, de acordo com AWS A5.8/92 ou equivalentes. 4.11.6.16.1 Outros tipos de solda podem ser usados, desde que atendam o item 4.11.6.8. 4.11.6.17 Os tubos de PVC devem ser conforme as NBR 5647-1/99, NBR 5647-2/99, NBR 5647-3/99 e NBR 5647-4/99. 4.11.6.18 As conexões de PVC devem ser conforme a NBR 10351/88. 4.11.7 Instrumentos do sistema 4.11.7.1 Os instrumentos devem ser adequados ao trabalho a que se destinam, pelas suas características e localização no sistema, sendo especificados pelo projetista. 4.11.7.2 Os manômetros devem ser conforme a NBR 14105/98.

4.11.7.3 A pressão de acionamento a que podem estar submetidos os pressostatos corresponde a no máximo 70% da sua maior pressão de funcionamento. 4.12 Considerações Gerais 4.12.1 O dimensionamento do sistema de hidrantes, de acordo com o item 4.8, devem seguir os parâmetros definidos pela Tabela 3, conforme cada ocupação respectiva. 4.12.2 Quando o conjunto do sistema hidráulico de combate a incêndio for único (bombas de incêndio e tubulações), sendo utilizado para atender às condições do item 4.8.7, as bombas de incêndio devem atender aos maiores valores de pressão e de vazão dos cálculos obtidos, considerando a não simultaneidade de eventos. 4.12.3 Nas áreas de edificações, tais como tanque ou parque de tanques, onde seja necessária a proteção por sistemas de resfriamento e/ou de proteção por espuma, a rede de hidrantes pode possuir uma bomba de pressurização para completar a altura manométrica necessária, desde que alimentada por fonte alternativa de energia. 4.12.4 Para fins de dimensionamento da reserva técnica de incêndio para os casos do sistema de hidrantes, de resfriamento ou de espuma, o volume da reserva do sistema de hidrantes calculado para as condições do item 4.8.7 não é somado ao volume da reserva de água dos demais sistemas, caso as áreas de risco, tais como tanques isolados ou parques de tanques sejam separados das demais construções. 4.12.5 Os casos não contemplados nesta norma serão submetido à Câmara Técnica para decisão por meio de parecer técnico.

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ANEXO A – TABELAS

TABELA 1 – FATOR "C" DE HAZEN-WILLIAMS

TIPO DE TUBO FATOR "C"

Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno 100

Aço preto (sistema de tubo seco) 100

Aço preto (sistema de tubo molhado) 120

Galvanizado 120

Plástico 150

Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno de cimento 140

Cobre 150

Nota: 1) Os valores de "C" de Hazen Willians são válidos para tubos novos

TABELA 2 – TIPOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR HIDRANTE

TIPO ESGUICHO MANGUEIRAS DE INCÊNDIO NÚMERO

DE EXPEDIÇÕES

VAZÃO (l/min) E PRESSÃO (kgf/cm2) MINIMAS NO HIDRANTE

MAIS DESFAVORÁVEL DIÂMETRO

(mm) COMPRIMENTO

MÁXIMO (m)

I jato compacto

de 13 mm ou regulável 40 2x15(30) simples 150/0,4

II jato compacto

de 16 mm ou regulável 40 2x15(30) simples 250/1,0

III jato compacto

de 19 mm ou regulável 40 ou 65 2x15(30) simples 400/1,5

IV jato compacto

de 25 mm ou regulável 65 2x15(30) duplo 600/2,0

Nota: 1) Nos sistemas de hidrantes dimensionados por cálculo hidráulico total, as pressões acima são substituídas pelas pressões resultantes do cálculo. 2) As alturas estáticas de 4m, 10m , 15m e 20m respectivamente para os tipo I, II, III e IV torna facultativo o uso de pressurização mecânica.

TABELA 3 – VOLUME MÍNIMO DA RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO

ÁREA DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS

DE RISCO

CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

A-2, A-3, C-1, D-1(até 300 MJ/m2), D-2, D-3 (até 300 MJ/m2), D-4 (até 300 MJ/m2), E-1,

E-2, E-3, E-4, E-5, E-6, F-1 (até 300 MJ/m2),

F-2, F-3, F-4, F-8, G-1, G-2, G-3, G-4, H1, H-

2, H-3, H-5, H-6, I-1, J-1, J-2 e M-3

D-1 (acima de 300 MJ/m2), D-3 (acima de

300 MJ/m2), D-4 (acima de 300

MJ/m2); B-1; B-2; C-2 (acima de 300 até 800 MJ/m2), C-3, F-5, F-6,

F-7, F-9, H-4, I-2 (acima de 300 até 800

MJ/m2), J-2 e J-3 (acima de 300 até 800

MJ/m²)

C-2 (acima de 800 MJ/m2), F-1 (acima de 300 MJ/m²); F-10, G-5,

I-2 (acima de 800 MJ/m2), J-3 (acima de 800 MJ/m²), L-1 e M-1

I-3, J-4, L-2 e L-3

A < 2.500m2 RTI2 4,5m3 RTI3 7,5m3 RTI3 15m3 RTI3 22,5m3 2.500m2 > A > 5.000m2 RTI2 4,5m3 RTI3 7,5m3 RTI4 30m3 RTI4 45m3 5.000m2 > A > 10.000m2 RTI2 4,5m3 RTI3 7,5m3 RTI4 30m3 RTI5 45m3

10.000m2 > A > 20.000m2 RTI2 9m3 RTI3 15m3 RTI5 48m3 RTI5 72m3 20.000m2 > A > 50.000m2 RTI2 9m3 RTI3 15m3 RTI5 48m3 RTI5 72m3

A > 50.000m2 RTI2 9m3 RTI3 15m3 RTI5 48m3 RTI5 72m3

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Notas: 1) Os volumes acima devem ser acrescidos de 600 x n° de pontos de hidrantes para compor a RTI 2) Sistema de hidrantes para combate a incêndio tipo I 3) Sistema de hidrantes para combate a incêndio tipo II 4) Sistema de hidrantes para combate a incêndio tipo III 5) Sistema de hidrantes para combate a incêndio tipo IV

TABELA 4 – COMPONENTES PARA CADA HIDRANTE SIMPLES

MATERIAIS TIPOS DE SISTEMA

I II III IV

Abrigo Sim Sim Sim Sim

Mangueira de incêndio Sim Sim Sim Sim

Chaves para hidrantes (engate rápido) Sim Sim Sim Sim

Esguicho Sim Sim Sim Sim

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ANEXO B – RESERVATÓRIOS

B.1 Geral B.1.1 Quando o reservatório atender a outros abastecimentos, as tomadas de água destes devem ser instaladas de modo a garantir o volume que reserve a capacidade efetiva para o combate. B.1.2 A capacidade efetiva do reservatório deve ser mantida permanentemente. B.1.3 O reservatório deve ser construído em material que garanta a resistência ao fogo e resistência mecânica. B.1.4 O reservatório pode ser uma cisterna da edificação a ser protegida, desde que garantida a reserva efetiva permanentemente. B.1.5 O reservatório deve ser provido de sistemas de drenagem e ladrão conveniente dimensionados e independentes. B.1.6 É recomendado que a reposição da capacidade efetiva seja efetuada à razão de 1l/min por metro cúbico de reserva. B.2 Reservatório elevado (ação da gravidade) B.2.1 Quando o abastecimento é feito somente pela ação da gravidade, o reservatório elevado deve estar à altura suficiente para fornecer as vazões e pressões mínimas requeridas para cada sistema. Essa altura é considerada: a) do fundo de reservatório (quando a adução for feita na parte inferior do reservatório) até os hidrantes mais desfavoráveis considerados no cálculo; b) da face superior do tubo de adução (quando a adução for feita nas paredes laterais dos reservatórios) até os hidrantes mais desfavoráveis considerados no cálculo. B.2.2 Quando a altura do reservatório elevado não for suficiente para fornecer as vazões e pressões requeridas, para os pontos dos hidrantes mais desfavoráveis considerados no cálculo, deve-se utilizar uma bomba de reforço, em sistema “by pass”, para garantir as pressões e vazões mínimas para aqueles pontos. A instalação desta bomba deve atender ao Anexo C e demais itens desta Norma Técnica. B.2.3 A tubulação de descida do reservatório elevado para abastecer os sistemas de hidrantes deve ser provida de uma válvula de gaveta e uma válvula de retenção, considerando-se o sentido reservatório-

sistema. A válvula de retenção deve ter passagem livre, sentido reservatório-sistema. B.3 Reservatório ao nível do solo, semi- enterrado ou subterrâneo. B.3.1 Nestas condições, o abastecimento dos sistemas de hidrantes deve ser efetuado através de bombas fixas. O reservatório no nível do solo ou subterrâneo somente será usado após aprovação da câmara técnica do Corpo de Bombeiros. B.3.2 O reservatório deve conter uma capacidade efetiva, com o ponto de tomada da sucção da bomba principal localizado junto ao fundo deste, conforme ilustrado nas Figuras B.1 a B.3 e Tabela B.1.

Figura B.1 – Tomada superior de sucção para a bomba

principal B.3.3 Para o cálculo da capacidade efetiva, deve ser considerada como altura a distância entre o nível normal da água e o nível X da água, conforme as Figuras B.1 a B.3. B.3.4 O nível X é calculado como o mais baixo nível, antes de ser criado um vórtice com a bomba principal em plena carga, e deve ser determinado pela dimensão A da Tabela B.1. B.3.5 Quando o tudo de sucção D for dotado de um dispositivo anti-vórtice, pode-se desconsiderar a dimensão A da Tabela B.1.

TABELA B.1 – Dimensões de poços de sucção DIÂMETRO NOMINAL

DO TUBO DE SUCÇÃO (mm)

DIMENSÃO A (mm)

DIMENSÃO B (mm)

65 250 80 80 310 80

100 370 100 150 500 100 200 620 150 250 750 150

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B.3.6 Não se deve utilizar o dispositivo anti-vórtice quando a captação no reservatório de incêndio ocorrer em posição horizontal, conforme exemplos das Figuras B.1 e B.2.

Figura B.2 – Tomada lateral de sucção para a bomba principal B.3.7 Sempre que possível, o reservatório deve dispor de um poço de sucção como demonstrado nas Figuras B.1 a B.3, e com as dimensões mínimas A e B da Tabela B.1, respeitando, também, as distâncias mínimas com relação ao diâmetro D do tubo de sucção. B.3.8 Caso não seja previsto o poço de sucção, as dimensões mínimas A e B da Figura B.1, ainda assim deverão ser previstas, não computando- se como reserva técnica de incêndio, respeitando-se também as dimensões mínimas com relação ao diâmetro D do tubo de sucção;

Figura B.3 – Tomada inferior de sucção para a bomba principal B.3.9 No caso de reservatório ao nível do solo, semi- enterrado ou subterrâneo, deve-se atender aos requisitos de B.1.1 a B.1.6. B.3.10 O reservatório deve ter localização de fácil acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros.

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ANEXO C – BOMBAS DE INCÊNDIO

C.1 Geral C.1.1 Quando o abastecimento é feito por bomba de incêndio, deve possuir pelo menos uma bomba elétrica ou de combustão interna, devendo ser utilizada para este fim. C.1.1.1 Nas instalações industriais, quando o abastecimento é feito por bomba de incêndio, deve possuir uma bomba elétrica e uma movida com motor à explosão. C.1.1.2 As bombas deverão possuir as mesmas características de vazão e pressão. C.1.2 As dimensões das casas de bombas devem ser tais que permitam acesso em toda volta das bombas de incêndio e espaço suficiente para qualquer serviço de manutenção local, nas bombas de incêndio e no painel de comando, inclusive viabilidade de remoção completa de qualquer das bombas de incêndio. C.1.2.1 As casas de bombas quando estiverem em compartimento enterrado ou em barriletes, deverão possui acesso no mínimo através de escadas do tipo marinheiro, sendo que o barrilete deve possuir no mínimo 1,5m de pé direito. C.1.3 As bombas de incêndio devem ser utilizadas somente para o combate aos incêndios. C.1.4 As bombas de incêndio devem ser protegidas contra danos mecânicos, intempéries, agentes químicos, fogo ou umidade. C.1.5 As bombas principais devem ser diretamente acopladas por meio de luva elástica, sem interposição de correias e correntes, possuindo a montante uma válvula de paragem e a jusante uma válvula de retenção e outra de paragem. C.1.6 A automatização da bomba principal ou de reforço deve ser executada de maneira que, após o acionamento do hidrante, esta entre em funcionamento imediatamente. C.1.6.1 O desligamento deve ocorrer somente por meio manual, no próprio painel de comando, localizado na casa de bombas.

C.1.7 Quando a(s) bomba(s) de incêndio for(em) automatizada(s), deve ser previsto pelo menos um ponto de acionamento manual para a(s) mesma(s), instalado em local seguro e que permita fácil acesso. C.1.8 O funcionamento automático é indicado pela simples abertura de qualquer ponto de hidrante da instalação. C.1.9 As bombas de incêndio, devem atingir pleno regime em aproximadamente 30s após a sua partida. C.1.10 As bombas de incêndio, preferencialmente, devem ser instaladas em condição de sucção positiva. Esta condição é conseguida quando a linha do eixo da bomba se situa abaixo do nível X de água. Admite-se que a linha de centro do eixo da bomba se situe 2m acima do nível X de água ou a 1/3 da capacidade efetiva do reservatório,o que for menor, acima do que é considerada condição de sucção negativa (ver Figura C.1).

Figura C.1 – Condição positiva de sucção da bomba

de incêndio C.1.11 A capacidade das bombas principais, em vazão e pressão, é suficiente para manter a demanda do sistema de hidrantes, de acordo com os critérios adotados. C.1.11.1 Não é recomendada a instalação de bombas de incêndio com pressões superiores a 100mca (1MPa). C.1.12 Quando for necessário manter a rede do sistema de hidrantes devidamente pressurizada em uma faixa preestabelecida e, para compensar pequenas perdas de pressão, uma bomba de pressurização (jockey) deve ser instalada.

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C.1.12.1 A bomba de pressurização (jockey) deve ter vazão máxima de 20l/min. C.1.12.2 A pressão de operação da bomba de pressurização (jockey) instalada no sistema deve ser no mínimo de 5mca acima da pressão da bomba principal, medida sem vazão (shut-off). C.1.12.3 Recomenda-se que o diferencial de pressão entre os acionamentos seqüenciais das bombas seja de aproximadamente 10mca (100 kPa) C.1.13 As automatizações da bomba de pressurização (jockey) para ligá-la e desligá-la automaticamente, e da bomba principal para somente ligá-la automaticamente, devem ser feitos através de válvulas de fluxo ou pressostatos instalados conforme apresentado na Figura C.2 e ligados nos painéis de comando e chaves de partida dos motores de cada bomba. C.1.14 O painel de sinalização das bombas principal ou de reforço, elétrica ou de combustão interna, deve ser dotado de uma botoeira para ligar manualmente tais bombas, possuindo sinalização ótica e acústica, indicando pelo menos os seguintes eventos: C.1.14.1 Bomba elétrica: a) painel energizado; b) bomba em funcionamento; c) falta de fase; d) falta de energia no comando da partida. C. 1.14.2 Bomba de combustão interna:

a) painel energizado; b) bomba em funcionamento; c) baixa carga da bateria; d) chave na posição manual ou painel desligado. C.1.15 As bombas principais devem ser dotadas de manômetro para determinação da pressão em sua descarga. C.1.15.1 Nos casos em que foram instaladas em condição de sucção negativa, deverão também ser dotadas de manovacuômetro para determinação da pressão em sucção. C.1.16 As edificações que tenham áreas de risco destinadas à produção, manipulação, armazenamento, transferência e distribuição de gases e líquidos inflamáveis ou combustíveis, tendo a(s) bomba(s) de incêndio dos hidrantes atendendo a sistemas de resfriamento de líquidos e gases combustíveis ou inflamáveis e/ou sistemas de proteção por espuma, conforme item 4.9, é obrigatória a instalação de duas bombas de incêndio, sendo uma elétrica e a outra, movida com motor à explosão (não sujeita à automatização); ambas as bombas deverão possuir as mesmas características de vazão e pressão. C.2 Bombas de incêndio acopladas a motores elétricos C.2.1 As bombas de incêndio dos sistemas de hidrantes devem dispor de dispositivos para acionamento automático e manual.

Figura C.2 – Cavalete de automação das bombas principal e de pressurização

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C.2.2 O acionamento manual deve ser previsto no painel de controle, instalado na casa de máquinas. C.2.3 As bombas de incêndio não podem ser instaladas em salas que contenham qualquer outro tipo de máquina ou motor, exceto quando estes últimos se destinem a sistemas de proteção e combate a incêndio que utilizem a água como agente de combate. C.2.4 É permitida a instalação de bombas de incêndio com as sucções acima do nível de água, desde que atenda os seguintes requisitos (ver Figura C.3): a) ter a sua própria tubulação de sucção; b) ter a válvula de pé com crivo no extremo da tubulação de sucção; c) ter meios adequados que mantenham a tubulação de sucção sempre cheia de água; d) o volume do reservatório de escorva e o diâmetro da tubulação que abastece a bomba de incêndio

devem ser, para os sistemas tipo II e III, de no mínimo 200l e diâmetro de 19mm; e) o reservatório de escorva deve ter seu abastecimento por outro reservatório elevado e possuir de forma alternativa abastecimento pela rede pública de água da concessionária local. C.2.5 A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do consumo geral, de forma a permitir o desligamento geral da energia, sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba de incêndio (ver Figura C.4). C.2.6 Na falta de energia da concessionária, as bombas de incêndio acionadas por motor elétrico podem ser alimentadas por um gerador diesel, atendendo ao requisito de C.2.7.

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Figura C.3 – Esquema de instalação de bomba de incêndio com sucção acima do nível da água C.2.7 A entrada de força para a edificação a ser protegida deve ser dimensionada para suportar o funcionamento das bombas de incêndio em conjunto com os demais componentes elétricos da edificação, a plena carga.

Figura C.4 – Esquema de ligação elétrica para

acionamento da bomba de incêndio C.2.8 As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser sinalizadas com a inscrição “ALIMENTAÇÃO DA BOMBA DE INCÊNDIO – NÃO DESLIGUE”. C.2.9 Os fios elétricos de alimentação do motor das bombas de incêndio, quando dentro da área protegida pelo sistema de hidrantes devem ser protegidos contra danos mecânicos e químicos, fogo e umidade. C.2.10 Nos casos em que a bomba de reforço, conforme especificado em B.2.2, for automatizada por chave de fluxo, a instalação pode ser conforme esquematizado na figura C.5. C.2.11 A bomba de pressurização (jockey) pode ser sinalizada apenas com recurso ótico, indicando bomba em funcionamento. C.2.12 Cada bomba principal ou de reforço deve possuir uma placa de identificação com as seguintes características: a) nome do fabricante; b) número de série; c) modelo da bomba; d) vazão nominal;

e) pressão nominal; f) altura manométrica; g) rotações por minutos de regime; h) diâmetro do rotor. C.2.13 Os motores elétricos também devem ser caracterizados através de placa de identificação, exibindo: a) nome do fabricante; b) tipo; c) modelo; d) número de série; e) vazão nominal; f) potência, em CV; g) altura manométrica; h) rotações por minuto sob a tensão nominal; i) tensão de entrada em volts; j) corrente de funcionamento, ampéres; l) freqüência, em hertz.

Figura C.5 – Esquema de instalação de bomba de reforço abastecendo os pontos de hidrantes mais

desfavoráveis considerados no cálculo Legenda: 1 – Bomba de reforço 2 – Válvula – gaveta 3 – Válvula de retenção 4 – Chave de fl uxo com retardo 5 – Pontos de hidrantes /mangotinhos 6 – Registro de recalque 7 – Reservatório NA - Normalmente aberta

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NF - Normalmente fechada C.2.13 O painel de comando para proteção e partida automática do motor da bomba de incêndio deve ser selecionado de acordo com a potência em CV do motor . C.2.14 O sistema de partida deve ser do tipo magnético. C.2.15 O painel deve ser localizado o mais próximo possível do motor da bomba de incêndio e convenientemente protegido contra respingos de água e penetração de poeira. C.2.16 Todos os fios devem ser anilhados, de acordo com o diagrama elétrico correspondente. C.2.17 O período de aceleração do motor não deve exceder 10s. C.2.18 A partida do motor elétrico deve estar de acordo com a recomendações da NBR 5410/97 ou da concessionária local. C.2.19 O painel deve ser fornecido com os desenhos dimensionais, leiaute, diagrama elétrico, régua de bornes, diagrama elétrico interno e listagem dos materiais aplicados. C.2.20 O sistema de proteção dos motores elétricos deve ser conforme a NBR 5410/97. C.2.21 O alarme acústico do painel deve ser tal que, uma vez cancelado por botão de impulso, volte a funcionar normalmente quando surgir um novo evento. C.2.22 As bombas de incêndio com vazão nominal acima de 600l/min deverão dispor de um fluxo contínuo de água através de uma tubulação de 6mm ou placa de orifício de 6mm, derivada da voluta da bomba e com retorno preferencialmente para o reservatório ou tanque de escorva (ver Figura C.6), a fim de se evitar o superaquecimento das mesmas. C.3 Bombas acopladas a motores de combustão interna C.3.1 O motor a combustão deve ser instalado em ambiente cuja temperatura não seja, em qualquer hipótese, inferior à mínima recomendada pelo

fabricante, ou dotado de sistema de preaquecimento permanentemente ligado. C.3.1.1 São dotados de injeção direta de combustível por bomba injetora ou de ar comprimido, para a partida. C.3.1.2 São dotados de sistema de arrefecimento por ar ou água, não sendo permitido o emprego de ar comprimido. C.3.1.3 A aspiração de ar para combustão pode ser natural ou forçada (turbo). C.3.1.4 Dispõe de meios de operação manual, de preferência no próprio motor, o qual volta sempre à posição normal. C.3.1.5 Dispões de controlador de rotação, o qual deve manter a rotação nominal, tolerada uma faixa de +10%, seja qual for a carga.

Figura C.6 – Arrefecimento da bomba principal

elétrica C.3.2 As bombas de incêndio devem ter condição de operar a plena carga, no local onde forem instaladas, durante seis horas ininterruptas, sem apresentar quaisquer avarias. C.3.3 Os sistemas de refrigeração aceitáveis devem ser os descritos nos itens C.3.3.1 a C.3.3.4. C.3.3.1 A injeção direta de água, da bomba para o bloco do motor, de acordo com as especificações do fabricante. A saída de água de resfriamento deve passar no mínimo 15cm acima do bloco do

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motor e terminar em um ponto onde possa ser observada sua descarga. C.3.3.2 Por trocador de calor, vindo água fria diretamente da bomba específica para este fim, com pressões limitadas pelo fabricante do motor. A saída de água do trocador também deve ser posicionada conforme o item C.3.3.1. C.3.3.3 Por meio de radiador no próprio motor, sendo o ventilador acionado diretamente pelo motor ou por intermédio de correias, as quais devem ser múltiplas. C.3.3.4 Por meio de ventoinhas ou ventilador, acionado diretamente pelo motor ou por correias, as quais devem ser múltiplas. C.3.4 O escapamento dos gases do motor deve ser provido de silencioso, de acordo com as especificações do fabricante, sendo direcionados para serem expelidos fora da casa de bombas, sem chances de retornar ao seu interior. C.3.5 O tanque de combustível do motor deve ser montado de acordo com as especificações do fabricante e deve conter um volume de combustível suficiente para manter o conjunto moto-bomba operando a plena carga durante o tempo de no mínimo duas vezes o tempo de funcionamento dos abastecimentos de água, para cada sistema existente na edificação. C.3.5.1 Deve ser instalada sob o tanque uma bacia de contenção com volume mínimo de uma vez e meia a capacidade do tanque de combustível. C.3.6 Existindo mais de um motor a explosão, cada um deve ser dotado de seu próprio tanque de

combustível, com suas respectivas tubulações de alimentação para bomba injetora. C.3.7 O motor a explosão deve possuir uma placa de identificação com as seguintes características: a) nome do fabricante; b) tipo; c) modelo; d) número de série; e) potência em CV, considerando o regime contínuo de funcionamento; f) rotações por minuto nominal. C.3.8 Um painel de comando deve ser instalado no interior da casa de bombas, indicando bomba em funcionamento. C.3.9 As baterias do motor a explosão, localizadas na casa de bombas, devem ser mantidas carregadas por um sistema de flutuação automática, por meio de um carregamento duplo de baterias. C.3.10 O sistema de flutuação deve ser capaz de atender, independente, aos dois jogos de baterias (principal e reserva) C.3.11 O sistema de flutuação automática deve ser capaz de carregar uma bateria descarregada em até 24 h, sem que haja danos às suas placas, determinando ainda, por meio de amperímetros e voltímetros, o estado de carga de cada jogo de baterias. C.3.10 Nos casos em que houver apenas uma bomba de incêndio, por motor à explosão, o sistema de partida deve ser sempre automático.

 

 

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ANEXO D – CASOS DE ISENÇÃO DE SISTEMAS DE HIDRANTES

D.1 Podem ser considerados casos especiais de isenção de sistemas de hidrantes para combate a incêndio as áreas das edificações com as seguintes ocupações: D.1.1 Nas indústrias térreas, com áreas exclusivamente destinadas a processos industriais com carga de incêndio igual ou inferior a 200 MJ/m2, exceto para as indústrias destinadas a: artigos de bijouterias, artigos de tabaco, artigos defumados, produtos de adubo químico, vagões e transformadores. D.1.1.1 A isenção acima não se aplica às áreas de apoio superiores a 750 m², contíguas aos processos industriais, tais como escritórios, depósitos, almoxarifados, expedições, refeitórios e áreas similares. D.1.2 Depósitos de materiais incombustíveis, tais como: cimento, cal, metais, cerâmicas, agregados e água, desde que, quando embalados, a carga de incêndio calculada de acordo com a norma técnica específica não ultrapasse 100 MJ/m². D.1.3 Ginásios poliesportivos e piscinas cobertas, desde que não utilizados para outros eventos que não atividades esportivas e desde que as áreas de apoio não ultrapassem 750 m². D.1.4 Processos industriais com altos fornos onde o emprego de água seja desaconselhável. D.2 Fica isenta a instalação de pontos de hidrantes em edículas, mezaninos, escritórios em andar superior, porão e subsolo de até 150 m² ou nos pavimentos superiores de apartamentos “duplex” ou “triplex”, desde que o caminhamento máximo adotado seja o comprimento estabelecido na Tabela 2 desta Norma Técnica, e que o hidrante do pavimento mais próximo assegure sua proteção e o acesso aos locais citados não seja através de escada enclausurada. D.3 Fica isenta a instalação de pontos de hidrantes em zeladorias, localizadas nas coberturas de edifícios, com área inferior a 70 m², desde que o caminhamento máximo do hidrante seja o

estabelecido na Tabela 2 desta Norma Técnica e o hidrante do pavimento inferior assegure sua proteção.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 007/2008

MANIPULAÇÃO, ARMAZENAMENTO, COMERCIALIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE GÁS

LIQUEFEITO DE PETRÓLEO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 007/2008

MANIPULAÇÃO, ARMAZENAMENTO, COMERCIALIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE GÁS

LIQUEFEITO DE PETRÓLEO

SUMÁRIO

1. Objetivo 2. Aplicação 3. Definições 4. Procedimentos Anexos

1. OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece as condições necessárias para a proteção contra incêndio nos locais de manipulação, armazenamento, comercialização, utilização, central de GLP, instalação interna e sistema de abastecimento a granel de gás liquefeito de petróleo (GLP). 2. APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se nas edificações e áreas de riscos destinadas a: a) terminais de armazenamento de GLP; b) manipulação, armazenamento de recipientes estacionários, transportáveis e distribuição de GLP; c) armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, destinados à comercialização; d) central de GLP (recipientes transportáveis e estacionários) e abastecimento a granel; e) ocupações temporárias. 2.2 A localização da instalação destinada à manipulação, armazenamento, distribuição e revenda de GLP é regulamentada pela Lei de Uso e Ocupação do Solo de cada município do Estado do Ceará. 3. DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4. PROCEDIMENTOS 4.1 Bases de armazenamento e engarrafamento das distribuidoras, manipulação, armazenamento de recipientes estacionários, transportáveis e distribuição de GLP.

4.1.1 Para fins dos critérios de segurança na instalação e operação de terminais de GLP, adotam-se as normas brasileiras afins, a Portaria Nº 76/1966 (Conselho Nacional de Petróleo) e a NR-20/1978. 4.1.2. As unidades de processo destinadas a envasamento de recipientes (carrossel) devem ser providas de sistema fixo de resfriamento (nebulizadores tipo dilúvio). 4.1.2.1 Os locais destinados ao carregamento de veículos-tanque devem ser providos de sistema fixo de resfriamento, (nebulizadores ou canhão monitor) com válvula de acionamento à distância. 4.1.3 Os Tanques estacionários de GLP com volume acima de 500 litros devem possuir dispositivos de bloqueio de válvula automática (válvulas de excesso de fluxo). 4.1.3.1 Os Tanques estacionários destinados a envazamentos de recipientes devem possuir registro de fechamento por meio de controle com acionamento à distância para os casos de vazamento. 4.1.4 Os recipientes acima de 500 litros devem estar afastados de edificações e divisas de outra propriedade e entre tanques, conforme Tabela 1. Tabela 1 – Afastamento mínimo de segurança para

os tanques de armazenamento de GLP Capacidade

volumétrica (m3) Afastamento de edificações (m)

Afastamento mínimo entre tanques (m)

0,5 a 2 3 1

2,01 a 8 7,5 1

8,01 a 120 15 1,5

120,01 a 265 23 (*) 3

265,01 a 341 30 ¼ da soma dos diâmetros dos tanques adjacentes

341,01 a 454 38 ¼ da soma dos diâmetros dos tanques adjacentes

454,01 a 757 61 ¼ da soma dos diâmetros dos tanques adjacentes

757,01 a 3.785 91 ¼ da soma dos diâmetros dos tanques adjacentes

Maior que 3.785,01 120

¼ da soma dos diâmetros dos tanques adjacentes.

(*) O afastamento entre tanques de capacidade acima de 120 m3, não pode ser inferior a três metros.

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4.2 Armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, destinados à comercialização. 4.2.1 As áreas de armazenamento de recipientes transportáveis estão divididas em função da quantidade de GLP estocado. 4.2.1.1 São classificadas em classes que requerem afastamentos de segurança e devem atender a exigências conforme o Anexo A desta norma. 4.2.2 A instalação para armazenamento de recipientes transportáveis de GLP deve ter proteção específica por extintores de pó BC com sinalização vertical e sistema de hidrantes de acordo com a Tabela 2. Tabela 2 – Unidade e capacidade extintora de pó BC para armazenamento de recipientes transportáveis de GLP.

Armazenamento Extintor portátil Extintor sobre rodas

Classe Quantidade de GLP Quant. Capac. Quant. Capac.

I Até 520 Kg ou 40 botijões

2 20 BC - -

II Até 1.560 Kg

ou 120 botijões

3 20 BC - -

III Até 6.240 Kg

ou 480 botijões

6 20 BC - -

IV Até 12.480 Kg

ou 960 botijões

7 20 BC - -

V Até 24.960 Kg

ou 1920 botijões

8 20 BC - -

VI(*) Até 49.920 Kg

ou 3840 botijões

10 20 BC - -

VII(*) Até 99.840 Kg

Ou 7.680 botijões

12 20 BC 1 80 BC

Especial (*)

Mais de 99.840 Kg ou mais de 7.680

botijões

14 20 BC 2 80 BC

Obs1.: (*) Prever projeto de proteção contra incêndio e pânico com sistema de proteção por hidrantes para área de armazenamento acima de 24.960 Kg. Obs2.: Os extintores devem proteger um raio máximo de 10 metros.

4.2.3 Para as instalações de armazenamento transportáveis de GLP cheios, parcialmente utilizados ou vazios, devem-se exibir placas de advertências em lugares visíveis, a uma altura de 1,80 m, medida do piso acabado à base da placa, distribuídas ao longo do perímetro da área de armazenamento, com os seguintes dizeres: “PERIGO – INFLAMÁVEL”; “É EXPRESSAMENTE PROIBIDO FUMAR E USAR FOGO OU QUALQUER INSTRUMENTO QUE PRODUZA FAÍSCAS”, nas seguintes quantidades: a) uma placa, quando se tratar de Área de Armazenamento Classe I ou II;

b) duas placas, quando tratar-se de Área de Armazenamento Classe III ou IV; c) quatro placas, quando tratar-se de Área de Armazenamento Classe V; d) seis placas, quando tratar-se de Área de Armazenamento Classe VI e superiores. Obs.: As dimensões das placas devem ser tais que a uma distância mínima de 3,0 m seja possível a visualização e a identificação da sinalização. As placas devem estar distanciadas entre si em no máximo 15 m. 4.2.4 Na entrada do imóvel onde está (ão) localizada(s) a(s) área(s) de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, deve ser exibida placa que indique no mínimo a(s) classe(s) de armazenamento existente(s) e a capacidade de armazenamento de GLP, em quilogramas, de cada classe. 4.2.5 O local que armazene 5 (cinco) ou menos recipientes transportáveis de GLP, com capacidade nominal de até 13 kg de GLP cheios, parcialmente utilizados ou vazios para consumo próprio, devem ser observados os seguintes requisitos: a) possuir ventilação natural; b) estar protegido do sol, da chuva e da umidade; c) estar afastado de outros produtos inflamáveis, de fontes de calor e faíscas; d) estar afastado no mínimo 1,5 m de ralos, caixas de gordura e esgotos, bem como de galerias subterrâneas e similares. 4.2.6 A capacidade de armazenamento, em quilogramas de GLP, de uma área deve ser limitada pela soma da massa líquida total dos recipientes transportáveis cheios, parcialmente utilizados e vazios. 4.2.7 Os recipientes transportáveis de GLP devem ser armazenados sobre piso plano e nivelado, concretado ou pavimentado, de modo a permitir uma superfície que suporte carga e descarga, em local ventilado, ao ar livre, podendo ou não a (s) área (s) de armazenamento ser encoberta (s). 4.2.8 A área de armazenamento, quando coberta, deve ter no mínimo 2,60 m de pé-direito e possuir um espaço livre, permanente de no mínimo 1,20 m entre o topo da pilha de botijões cheios e a cobertura. A estrutura e a cobertura devem ser construídas com produto resistente ao fogo, tendo a cobertura menor resistência mecânica do que a estrutura que a suporta. 4.2.9 Não é permitida a armazenagem de outros materiais na área de armazenamento dos recipientes transportáveis de GLP, excetuando-se aqueles exigidos pela legislação vigente, tais como: balança, material para teste de vazamento, extintor (es) e placa (s). 4.2.10 A delimitação da área de armazenamento deve ser através de pintura no piso ou por meio de cerca de tela metálica, gradil metálico ou elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro material resistente ao fogo, para assegurar ampla ventilação. Para áreas de armazenamento superiores à classe II, também

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demarcar com pintura no piso, o local para os lotes de recipientes. 4.2.11 As áreas de armazenamento classes I, II e III, quando delimitadas por cerca de tela metálica, gradil metálico, elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro material resistente ao fogo, devem possuir acesso através de uma ou mais aberturas de no mínimo 1,20 m de largura e 2,10 m de altura, que abram de dentro para fora. As áreas de armazenamento classe IV ou superior, quando delimitadas pelos mesmos tipos de materiais citados neste item, devem possuir acesso através de duas ou mais aberturas de no mínimo 1,20 m de largura e 2,10 m de altura, que abram de dentro para fora e fiquem localizadas no mesmo lado nas extremidades ou em lados adjacentes ou opostos. 4.2.12 As áreas de armazenamento de qualquer classe, quando não delimitadas por cerca de tela metálica, gradil metálico, elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro material resistente ao fogo, devem estar situadas em imóveis cercados de muros ou qualquer outro tipo de cercamento. O imóvel deve possuir no mínimo uma abertura, com dimensões mínimas de 1,20 m de largura e 2,10 m de altura, abrindo de dentro para fora, para permitir a evasão de pessoas em caso de acidentes. Adicionalmente, o imóvel pode possuir outros acessos com dimensões quaisquer e com qualquer tipo de abertura, com passagens totalmente desobstruídas. 4.2.13 Não é permitida a circulação de pessoas estranhas ao manuseio dos recipientes transportáveis de GLP na área de armazenamento. 4.2.14 A distância máxima a ser percorrida, de qualquer ponto dentro da área de armazenamento, quando cercada, até uma das aberturas, não pode ser superior a 25 m, conforme ABNT NBR 9441. 4.2.15 Na área de armazenamento somente é permitido o empilhamento de recipientes transportáveis de GLP, com massa líquida igual ou inferior a 13 kg de GLP. 4.2.16 O armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, em pilhas, deve obedecer aos limites do Anexo B desta norma. 4.2.17 Recipientes de massa líquida superior a 13 kg devem obrigatoriamente ser armazenados na posição vertical, não podendo ser empilhados. 4.2.18 Os recipientes de GLP cheios, vazios ou parcialmente utilizados devem ser dispostos em lotes. Os lotes de recipientes cheios podem conter até 480 recipientes de massa líquida igual a 13 kg, em pilhas de até quatro unidades e os lotes de recipientes vazios ou parcialmente utilizados até 600 recipientes de massa líquida igual a 13 kg, em pilhas de até cinco unidades. Entre os lotes de recipientes e entre esses lotes e os limites da área de armazenamento deve haver corredores de circulação com no mínimo 1,00 m de largura. Somente as áreas de armazenamento classes I e II não necessitam de corredores de circulação.

4.2.19 Em postos de revenda de combustíveis e serviços, somente é permitida a instalação de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP cheios, parcialmente utilizados ou vazios das Classes I e II. 4.2.20 Acondicionar os recipientes transportáveis de GLP cheios, parcialmente cheios ou vazios na área de armazenamento em posição vertical com a válvula voltada para cima. 4.2.21 Armazenar os botijões vazios ou parcialmente utilizados separadamente dos cheios, permitindo-se aos vazios o empilhamento de até cinco unidades conforme Anexo B desta norma, observados os mesmos cuidados dispensados aos recipientes cheios de GLP. 4.2.22 Manter no local para todas as áreas de armazenamento, líquidos e materiais necessários para teste de vazamento de GLP. 4.2.23 As áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP e seu entorno até uma distância de 3,0 m, medidos a partir dos limites do lote de recipientes e do topo das pilhas de armazenamento, devem ser classificadas como área de risco, e os equipamentos elétricos instalados dentro desta área devem estar em conformidade com as ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 5418. 4.2.24 Parede resistente ao fogo em áreas de armazenamento transportáveis de GLP. 4.2.24.1 Com a construção de paredes resistentes ao fogo, as distâncias mínimas de segurança definidas no Anexo A desta norma, podem ser reduzidas pela metade. A distância da área de armazenamento às aberturas para captação de águas pluviais, canaletas, ralos, rebaixos ou similares deve ser de no mínimo 1,5 m. 4.2.24.2 As paredes resistentes ao fogo devem ser totalmente fechadas (sem aberturas) e construídas em alvenarias sólidas, concretos ou construção similar, com tempo de resistência ao fogo (TRF) mínimo de 2 (duas) horas, conforme ABNT NBR 10636. 4.2.24.3 As paredes resistentes ao fogo devem possuir no mínimo 2,6 m de altura. 4.2.24.4 As paredes resistentes ao fogo, quando existentes, devem ser construídas e posicionadas de maneira que se interponham entre o(s) recipiente(s) de GLP e o ponto considerado, isolando o risco entre estes e podendo reduzir pela metade os afastamentos constantes do Anexo A desta norma, observando sempre a garantia de ambiente ventilado. A distância mínima entre as paredes resistentes ao fogo e o limite dos lotes de recipientes é de 1,0 m. 4.2.24.5 As paredes resistentes ao fogo não podem ser construídas entre os lotes de recipientes.

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4.2.24.6 Quando a área de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP for parcialmente cercada por paredes resistentes ao fogo, essas não podem ser adjacentes e o comprimento total dessas paredes não deve ultrapassar 60% do perímetro da área de armazenamento, de forma a permitir ampla ventilação. 4.2.24.7 O comprimento total da parede resistente ao fogo deve ser igual ao comprimento do lado paralelo da área de armazenamento, acrescido de no mínimo 1 m ou no máximo de 3 m em cada extremidade. 4.2.24.8 Os muros de delimitação da propriedade, construídos conforme as especificações de paredes resistentes ao fogo podem ser considerados como tal, quando atenderem a todas as considerações estipuladas nesta Norma para este elemento, não considerando a limitação do item 4.2.24.7. 4.2.25 Veículos transportadores de recipientes de GLP e outros veículos de apoio. 4.2.25.1 Devem ter acesso restrito e controlado ao imóvel, podendo se aproximar da(s) área(s) de armazenamento para as operações de carga e/ou descarga, sendo obrigatório que durante essas operações o motor do veículo e seus equipamentos elétricos auxiliares (rádio etc.) estejam desligados e a com a chave de partida na ignição. 4.2.25.2 Quando os veículos necessitarem permanecer estacionados no interior do imóvel, não podem estar a uma distância menor do que 3,0 m, contada a partir do bocal de descarga do motor aos limites da (s) área (s) de armazenamento. 4.2.26 A fiscalização concernente às áreas de armazenamento de GLP será executada pelo Departamento Nacional de Combustíveis (atualmente Agência Nacional do Petróleo), nos termos do Decreto nº 1.021, de 27 de dezembro de 1993, e Decreto nº 1.501, de 24 de maio de 1995, e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, nos termos da presente Norma Técnica. 4.3 Central de GLP (recipientes transportáveis, estacionários e abastecimento a granel). 4.3.1 Os recipientes (transportáveis ou estacionários) devem ser situados no exterior das edificações, em locais ventilados, atendendo aos afastamentos de segurança, de acordo com a Tabela 3. 4.3.2 Os afastamentos constantes da Tabela 3 podem ser reduzidos pela metade, caso seja interposta uma parede, com resistência ao fogo por, no mínimo, duas horas, entre o recipiente e o ponto considerado, com altura mínima de 1,8m. 4.3.3 Os recipientes transportáveis também devem atender aos afastamentos mínimos em relação à

projeção das coberturas de edificações, constantes da Tabela 4. 4.3.4 Os recipientes estacionários devem atender aos afastamentos da projeção das edificações, constantes da Tabela 5. Tabela 3 – Afastamentos de recipientes transportáveis ou estacionários em relação a locais de risco.

Locais Afastamento (m)

Aberturas de dutos de esgoto, águas pluviais, poços, canaletas, ralos. 1,5

Materiais de fácil combustão 3

Fontes de ignição (inclusive estacionamento de veículos)

3

Depósitos de materiais inflamáveis ou comburentes

6

Depósito de hidrogênio 15

Redes elétricas 3

4.3.5 Os afastamentos constantes da Tabela 5 podem ser reduzidos pela metade, caso seja interposta uma parede, com resistência ao fogo por, no mínimo, duas horas, entre o recipiente e o ponto considerado, com altura mínima de 1,8m. Tabela 4 – Afastamentos de recipientes transportáveis em relação às projeções das edificações.

Quantidade de GLP (kg) Afastamento (m)

Até 540 (*) 0

A partir de 540 até 1080 1,5

A partir de 1080 até 2520 3,0

A partir de 2520 até 4000 7,5

(*) As paredes de limites de propriedades devem ser resistentes ao fogo por, no mínimo, 2 (duas) horas, com altura mínima de 1,80 m.

4.3.5.1 A central de GLP pode ser subdividida com a utilização de paredes divisórias resistentes ao fogo com TRF mínimo de 2h para enquadramento em outro nível de afastamento. 4.3.5.2 O número máximo de recipientes permitidos na central de GLP é de 6 (seis). 4.3.5.3 No caso de duas ou mais centrais de GLP em uma edificação, estas devem distar entre si em no mínimo 7,5m. 4.3.5.3 A central de GLP deve ter cobertura de material incombustível com o mesmo TRF das paredes.

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4.3.6 A central de GLP deve ter proteção específica por extintores de pó BC conforme Tabela 6. Tabela 5 – Afastamentos dos recipientes estacionários em relação às projeções das edificações.

Capacidade Volumétrica do tanque (m³) Afastamento (m)

Até 1 0

De 1,1 até 2 1,5

De 2,1 até 5,5 3

De 5,6 até 8,0 7,5

Acima de 8,0 Adotar Tabela 1

4.3.7 A central de GLP pode ser instalada em corredor que seja a única rota de fuga da edificação, desde que atenda aos afastamentos previstos na Tabela 3, acrescidos de 1,5m para passagem. 4.3.8 A instalação de central de GLP (recipientes transportáveis ou estacionários) é vedada sobre forros e terraços de coberturas, sendo obrigatória a sua instalação fora da projeção da edificação. Tabela 6: Unidade e capacidade extintora de pó B C, a ser instalado junto à central de GLP.

Central de GLP Extintor portátil Extintor sobre-rodas Quantidade de

GLP (Kg) n.o Cap. n.o Cap.

Até 270 1 20 B - 271 a 1.800 2 20 B -

Acima de 1.800 2 20 B 1 80 B 4.3.9 A central de GLP localizada junto à passagem de veículos deve possuir obstáculo de proteção mecânica com altura mínima de 0,6m situado à distância não inferior a 1 m com duas horas de resistência ao fogo. 4.3.10 Os recipientes de GLP não podem apresentar vazamentos, corrosão, amassamentos, danos por fogo ou outras evidências de condição insegura e devem apresentar bom estado de conservação das válvulas, conexões e acessórios. 4.4. Instalações internas de GLP: 4.4.1 As tubulações instaladas devem ser estanques e desobstruídas. 4.4.2 A instalação de gás coletiva deve ser provida de caixa com válvula redutora de 2° estágio e registro de corte, destinada ao uso individual de cada unidade e localizada fora da mesma, no pavimento da unidade a que atende. 4.4.3 A tubulação não pode ser considerada como elemento estrutural nem ser instalada interna a ele.

4.4.4 A tubulação da rede interna não pode passar no interior de: a) dutos de lixo, ar condicionado e águas pluviais; b) reservatório de água; c) dutos para incineradores de lixo; d) poços e elevadores; e) compartimentos de equipamentos elétricos; f) compartimentos destinados a dormitórios, exceto quando destinada à conexão de equipamento hermeticamente isolado; g) poços de ventilação capazes de confinar o gás proveniente de eventual vazamento; h) qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão formado pela estrutura ou alvenaria, ou por estas e o solo, sem a devida ventilação. Ressalvados os vazios construídos e preparados especificamente para esse fim (shafts), os quais devem conter apenas as tubulações de gás, líquidos não inflamáveis e demais acessórios, com ventilação permanente nas extremidades, sendo que estes vazios devem ser sempre visitáveis e previstos em área de ventilação permanente e garantida; i) qualquer tipo de forro falso ou compartilhamento não ventilado; j) locais de captação de ar para sistemas de ventilação; l) todo e qualquer local que propicie o acúmulo de gás vazado. 4.4.5 Proteção 4.4.5.1 A tubulação deverá ser embutida. 4.4.5.1.1 Excepcionalmente, mediante aprovação do Corpo de Bombeiros, poderá ser aparente. 4.4.5.1.2 Em locais que possam ocorrer choques mecânicos, as tubulações, quando aparentes, devem ser protegidas. 4.4.5.2 As válvulas e os reguladores de pressão devem ser instalados de modo a permanecerem protegidos contra danos físicos e permitir fácil acesso, conservação e substituição a qualquer tempo. 4.4.5.3 Na travessia de elementos estruturais, deve ser utilizado um tubo-luva, conforme o item 4.4.6.2. 4.4.5.4 É proibida a utilização de tubulações de gás como aterramento elétrico. 4.4.5.5 Quando o cruzamento de tubulações de gás e condutores elétricos for inevitável, deve-se colocar entre elas um material isolante elétrico. 4.4.6 Localização 4.4.6.1 As tubulações aparentes devem:

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a) ter as distâncias mínimas entre a tubulação de gás e condutores de eletricidade de 0,3m, se o condutor for protegido por conduite, e 0,5m, nos casos contrários; b) ter um afastamento das demais tubulações suficiente para ser realizada manutenção nas mesmas; c) ter afastamento de no mínimo 2m de pára-raios e seus respectivos pontos de aterramento, de acordo com a NBR 5419/93; d) em caso de superposição de tubulação, a tubulação de gás deve ficar abaixo das outras tubulações. 4.4.6.2. O tubo-luva quando for utilizado deve: a) ter no mínimo duas aberturas situadas nas suas extremidades, sendo que as duas devem ter saída para a projeção horizontal fora da edificação, em local seguro e protegido contra a entrada de água, animais e outros objetos estranhos. Opcionalmente, podem ser previstos dispositivos ou sistemas que garantam a exaustão de gás eventualmente vazado. b) nos casos em que não for possível a extremidade inferior estar fora da projeção horizontal, possuir abertura captada de algum ambiente permanentemente ventilado; c) no caso de dutos, manter um afastamento mínimo de 25mm entre a tubulação e as suas paredes internas; d) ter resistência mecânica adequada a possíveis esforços decorrentes das condições de uso; e) estar convenientemente protegido contra a corrosão; f) não apresentar vazamento em toda a sua extensão; g) ser executado com material incombustível e resistente à água; h) estar adequadamente suportado. 4.4.6.3 Recomenda-se o uso mínimo de conexões nas tubulações situadas no interior do tubo-luva. 4.4.6.4 Os abrigos de medidores de consumo de GLP devem possuir proteção por um extintor de pó BC. 4.5 Instalações de GLP com abastecimento a granel: 4.5.1 O caminhamento máximo da mangueira flexível deve ser de oito metros, entre o ponto de estacionamento do veículo abastecedor e a central de GLP. 4.5.2 É vedado que a mangueira flexível passe por: a) áreas internas às edificações, em locais sujeitos ao tráfego de veículos sobre a mangueira; b) nas proximidades de fontes de calor ou fontes de ignição como tubulações de vapor, fornos etc; c) em áreas sociais tais como hall, salões de festas, piscinas, play-grounds; d) próximo a aberturas no piso, como ralos, caixas de gordura, esgoto, bueiros, galerias subterrâneas e similares.

4.5.3 O abastecimento deve ser realizado no interior da área onde é descarregado o produto, devendo atender aos seguintes critérios: a) o estacionamento do veículo abastecedor deve ser em área aberta e ventilada, observando o correto posicionamento, desligamento, estabilização e aterramento, dentre outros procedimentos que se façam necessários; b) deverá haver espaço livre para manobra, estacionamento e escape rápido do veículo abastecedor; c) o veículo abastecedor não pode ficar posicionado de forma a interferir na rota de fuga das pessoas, devendo manter um afastamento mínimo de três metros dessa. 4.4.4 No impedimento de atendimento aos critérios do item acima, deve-se atender aos parágrafos 1º e 2º do artigo 4º da Portaria ANP nº 47, de 24 de março de 1999, respeitando-se o horário de menor fluxo de pessoas no local do abastecimento. 4.5.5 Deve haver comunicação ininterrupta entre os operadores durante a manobra de abastecimento, podendo ser visualmente ou por intermédio de aparelhos de comunicação, à prova de geração de energia que possa iniciar um incêndio. 4.5.6 Devem ser realizadas por, no mínimo, dois operadores com treinamento dirigido à operação de abastecimento das centrais de GLP e operação de veículos abastecedores. 4.5.7 O local de abastecimento deve ser sinalizado (proibição e alerta), impedindo a aproximação de pessoa não habilitada dentro de um raio mínimo de 3 metros a contar do ponto de abastecimento e do módulo de operação do veículo abastecedor (traseira do veículo abastecedor). 4.5.8 A pessoa jurídica autorizada a exercer a atividade de distribuição de GLP a granel, é responsável pelo procedimento de segurança nas operações de transvasamento, ficando obrigada a orientar os usuários do sistema quanto às normas de segurança a serem obedecidas. 4.5.9 As normas de segurança acima citadas referem-se ao correto posicionamento, desligamento, travamento e aterramento do veículo transportador, bem como do acionamento das luzes de alerta, sinalização por meio de cones e placas de advertências “PERIGO – PROIBIDO FUMAR”, e prevenção por extintores, dentre outros procedimentos que se façam necessários. 4.6 Gerais

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4.6.1 Os projetos pertinentes à instalação da central de GLP devem ser elaborados por profissional habilitado. 4.6.2 A área destinada para a central de GLP deve constar na planta baixa do projeto, indicando a quantidade, a disposição e a capacidade volumétrica de armazenagem, a forma de abastecimento e seu detalhamento, conforme Norma Técnica n.o 01/2008. 4.6.2.1 A central de GLP deve ser locada no pavimento térreo da edificação e distar 1m dos limites laterais e fundos da propriedade. 4.6.2.2 O acesso à central de GLP deve ser obrigatoriamente efetivado pelo interior da propriedade. 4.6.2.3 O caminhamento da tubulação de GLP, da central até os pontos de consumo, deve ser apresentado em todas as plantas de pavimento da edificação 4.6.3 A montagem e a manutenção das instalações de centrais e tubulações para GLP devem ser realizadas por profissionais qualificados. 4.6.4 A pressão de projeto para os recipientes, tubulações, acessórios e vaporizadores até o primeiro regulador de pressão é de 1,7 MPa. 4.6.5 Tubulações de fase líquida de GLP não podem passar no interior das edificações, exceto nos abrigos para recipientes e outros equipamentos pertencentes à central de GLP. 4.6.5.1 Somente é permitida a passagem de tubulações de GLP na fase líquida em interior de edificações para processos industriais específicos que utilizem o GLP na fase líquida. 4.6.7 As instalações de GLP devem permitir o reabastecimento dos recipientes sem a interrupção da alimentação do gás aos aparelhos de utilização. 4.6.8 Todo recipiente transportável deve possuir acessórios adequados para o manuseio e transporte. 4.6.8.1 Deve possuir base na sua parte inferior, permitindo assentamento estável em plano nivelado, evitando seu contato com o solo. 4.6.8.2 A base deve ser parte integrante do recipiente. 4.6.9 Não devem existir conexões na parte inferior de recipientes transportáveis. 4.6.9.1 Todas as válvulas e conexões devem ser localizadas na sua parte superior, protegidas contra impactos diretos durante transporte e manuseio.

4.6.9.2 Os protetores devem ser parte integrante do recipiente. 4.6.10 Recipientes com capacidade volumétrica total acima de 0,5m3 (aproximadamente 250Kg de capacidade de GLP) só podem ser transportados com no máximo 5% em volume de GLP. 4.6.11 Cada recipiente deve ser identificado em lugar visível e com gravações de forma permanente, conforme definido nos itens 4.6.11.1 e 4.6.11.2. 4.6.11.1 Para todos os recipientes estacionários: a) identificação da norma ou código de construção e ano de edição; b) nome do fabricante; c) capacidade total (em litros); d) pressão de projeto (em MPa); e) data de fabricação do recipiente; f) número de fabricação do recipiente; g) pressão de ensaio (em MPa); h) categoria do vaso de prevenção conforme NR-13 do Ministério do Trabbalho; i) área da superfície externa (em m2). 4.6.11.2 Para recipientes transportáveis, atender à NBR 8460. 4.6.12 Os recipientes de GLP não podem ser instalados uns sobre os outros, independente da posição de instalação. 4.6.13 O piso onde os recipientes são diretamente assentados deve ser de material incombustível e ter nível igual ou superior ao do piso circundante, não sendo permitida a instalação em rebaixos ou recessos. 4.6.14 O recipiente transportável não deve ser fixado ao local da instalação para que seja possível sua remoção, em situação de emergência, após o fechamento da válvula de serviço e desconexão ao coletor, não possuindo outros meios de ligação como prisioneiros, chumbadores, correntes, etc. 4.6.15 Não é permitida vegetação seca ou qualquer material combustível dentro da área delimitada para a central de GLP. 4.6.16 É recomendável que recipientes horizontais sejam instalados de forma que seus eixos longitudinais não fiquem direcionados a edificações, equipamentos importantes ou recipientes de armazenamento de produtos perigosos. 4.6.17 A parede resistente ao fogo deve ser totalmente fechada (sem aberturas) e construída em alvenaria sólida, concreto ou construção similar, com materiais e

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formas aprovadas, com tempo de resistência ao fogo (TRF) mínima de duas horas. 4.6.17.1 A parede resistente ao fogo deve possuir no mínimo 1,8m de altura ou estar na mesma altura do recipiente, o que for maior, e estar localizada entre 1m e 3m, medidos do ponto mais próximo do recipiente. 4.6.17.2 É recomendável a construção de somente uma parede resistente ao fogo, sendo permitido número total limitado a duas. 4.6.18 A central de GLP não deve estar localizada sob redes elétricas e deve atender às distâncias mínimas de sua projeção horizontal conforme Tabela 7. 4.6.19 A central de GLP deve possuir aberturas para ventilação natural de no mínimo 10% da planta baixa.

Tabela 7 – Afastamentos para redes elétricas Nível de tensão (kV) Distância mínima (m) Menor ou igual a 0,6 1,8

Entre 0,6 e 23 3 Maior que 23 7,5

4.6.20 A central de GLP que atender aos requisitos de ventilação e cobertura incombustível pode ser instalada sob rede de até 0,6kV.

4.6.21 A tubulação de condução do GLP deve ser realizada em tubo de cobre conforme NBR 13.206, classe A ou I. 4.6.22 A distribuidora somente poderá abastecer uma instalação centralizada após comprovar que os ensaios e testes foram realizados de acordo com as normas vigentes. 4.6.23 Não será permitida a utilização de GLP na forma de botijões e cilindros para o uso de “oxicorte, solda ou similar” em áreas internas às edificações. 4.6.24 No que não contrariar esta Norma Técnicas, os casos omissos serão orientados pelas disposições da NBR 13.523 e NBR 15.514 da ABNT.

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ANEXO A

AFASTAMENTOS DE SEGURANÇA PARA AS ÁREAS DE ARMAZENAMENTO DE RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS DE GLP

ANEXO B

EMPILHAMENTO DE RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS DE GLP

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 008/2008

CARGA DE INCÊNDIO NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 008/2008

CARGA DE INCÊNDIO NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece os valores característicos das cargas de incêndio das edificações e áreas de risco, conforme a ocupação e uso específico. 2 APLICAÇÃO 2.1 As cargas de incêndio constantes desta Norma Técnica aplicam-se às edificações e áreas de riscos para classificação do risco e determinação do nível de exigência das medidas de segurança contra incêndio. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Para determinação da carga de incêndio específica das edificações, aplica-se a tabela constante do Anexo A, sendo que para edificações destinadas a depósitos (Grupo “J”), explosivos (Grupo “L”) e ocupações especiais (Grupo “M”),aplica-se a metodologia constante do Anexo B. 4.1.1 Ocupações não listadas na tabela do Anexo A devem ter os valores da carga de incêndio específica determinados por similaridade. 4.1.2 Pode-se admitir a similaridade entre as edificações comerciais (grupo “C”) e industriais (grupo “I”). 4.2 O levantamento da carga de incêndio específica constante do Anexo B deve ser realizado em módulos

de no máximo 500m² de área de piso (espaço considerado). 4.2.1 Módulos maiores de 500m² podem ser utilizados quando o espaço analisado possuir materiais combustíveis com potenciais caloríficos semelhantes e uniformemente distribuídos. 4.2.2 A carga de incêndio específica do piso analisado deve ser tomada como sendo a média entre os dois módulos de maior valor. 4.3 Considerar que 1kg (um quilograma) de madeira equivale a 19 megajoules (MJ); 1cal equivale a 4,185 Joules (J); e 1BTU equivale a 252 calorias (cal).

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ANEXO A CLASSIFICAÇÃO DAS CLASSES DE INCÊNDIO ESPECÍFICAS POR OCUPAÇÃO1

OCUPAÇÃO/USO1 DESCRIÇÃO

1 DIVISÃO

1

CARGA DE INCÊNDIO (qfi) EM MJ/m2

Residencial

Alojamentos estudantis A-3 300

Apartamentos A-2 300

Casas térreas ou sobrados A-1 300

Pensionatos A-3 300

Serviços de Hospedagem

Hotéis B-1 500

Motéis B-1 500

Apart-hotéis B-2 300

Comercial Varejista, Loja

Açougue C –1 40

Antigüidades C –2 700

Aparelhos domésticos C –1 300

Armarinhos C -1 300

Armas C -1 300

Artigos de bijouteria, metal ou vidro C –1 300

Artigos de cera C -2 2100

Artigos de couro, borracha, esportivos C –2 800

Automóveis C –1 200

Bebidas destiladas C –2 700

Brinquedos C –2 500

Calçados C –2 500

Drogarias (incluindo depósitos) C –2 1000

Ferragens C –1 300

Floricultura C –1 80

Galeria de quadros C –1 200

Livrarias C –2 1000

Lojas de departamento ou centro de compras (Shoppings) C –2/ C –3 800

Máquinas de costura ou de escritório C –1 300

Materiais fotográficos C –1 300

Móveis C –2 400

Papelarias C –2 700

Perfumarias C –2 400

Produtos têxteis C –2 600

Relojoarias C –2 600

Supermercados C –2 400

Tapetes C –2 800

Tintas e vernizes C –2 1000

Verduras frescas C –1 200

Vinhos C –1 200

Vulcanização C –2 1000

Serviços Profissionais,

Pessoais e Técnicos

Agências bancárias D -2 300

Agências de correios D -1 400

Centrais telefônicas D -1 100

Cabeleireiros D -1 200

Copiadora D -1 400

Encadernadoras D -1 1000

Escritórios D -1 700

Estúdios de rádio ou de televisão ou de fotografia D -1 300

Laboratórios químicos D -4 500

Laboratórios (outros) D -4 300

Lavanderias D -3 300

Oficinas elétricas D -3 600

Oficinas hidráulicas ou mecânicas D -3 200

Pinturas D -3 500

Processamentos de dados D -1 400

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OCUPAÇÃO/USO DESCRIÇÃO DIVISÃO CARGA DE INCÊNDIO

(qfi) EM MJ/m2

Educacional e Cultura Física

Academias de ginástica e similares E-3 300 Pré-escolas e similares E-5 300 Creches e similares E-5 300 Escolas em geral E-1/E2/E4/E6 300

Locais de Reunião de

Público

Bibliotecas F-1 2000

Cinemas, teatros e similares F-5 600

Circos e assemelhados F -7 500

Centros esportivos e de exibição F-3 150

Clubes sociais, boates e similares F-6 600

Estações e terminais de passageiros F-4 200

Exposições F -10 Adotar Anexo B

Igrejas e templos F-2 200

Museus F-1 300

Restaurantes F-8 300

Serviços Automotivos e Assemelhados

Estacionamentos G-1/G-2 200

Oficinas de conserto de veículos e manutenção G-4 300

Postos de abastecimentos (tanque enterrado) G-3 300

Hangares G -5 200

Serviços de Saúde e Institucionais

Asilos H -2 350

Clínicas e consultórios médicos ou odontológicos. H -6 200

Hospitais em geral H-1/H-3 300

Presídios e similares H-5 100

Quartéis e similares H-4 450

Industrial

Aparelhos eletroeletrônicos, fotográficos, ópticos I - 2 400 Acessórios para automóveis I – 1 300 Acetileno I - 2 700 Alimentação I - 2 800 Artigos de borracha, coriça, couro, feltro, espuma I – 2 600 Artigos de argila, cerâmica ou porcelanas I – 1 200 Artigos de bijuteria I – 1 200 Artigos de cera I – 2 1000 Artigos de gesso I – 1 80 Artigos de mármore I – 1 40 Artigos de peles I – 2 500 Artigos de plásticos em geral I – 2 1000 Artigos de tabaco I – 1 200 Artigos de vidro I – 1 80 Automotiva e autopeças (exceto pintura) I – 1 300 Automotiva e autopeças (pintura) I – 2 500 Aviões I – 2 600 Balanças I – 1 300 Baterias I – 2 800 Bebidas destilada I – 2 500 Bebidas não alcóolicas I – 1 80 Bicicletas I – 1 200 Brinquedos I – 2 500 Café (inclusive torrefação) I – 2 400 Caixotes barris ou pallets de madeira I – 2 1000 Calçados I – 2 600 Carpintarias e marcenarias I – 2 800 Cera de polimento I – 3 2000 Cerâmica I – 1 200 Cereais I – 3 1700 Cervejarias I – 1 80 Chapas de aglomerado ou compensado I – 1 300 Chocolate I – 2 400 Cimento I – 1 40 Cobertores, tapetes I – 2 600 Colas I – 2 800 Colchões (exceto espuma) I – 2 500 Condimentos, conservas I – 1 40 Confeitarias I – 2 400 Congelados I – 2 800 Couro sintético I – 2 1000 Defumados I – 1 200

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará Página 5 de 7

OCUPAÇÃO/USO DESCRIÇÃO DIVISÃO CARGA DE INCÊNDIO

(qfi) EM MJ/m2

Industrial

Discos de música I – 2 600 Doces I – 2 800 Espumas I – 3 3000 Farinhas I – 3 2000 Feltros I – 2 600 Fermentos I – 2 800 Fiações I – 2 600 Fibras sintéticas I – 1 300 Fios elétricos I – 1 300 Flores artificiais I – 1 300 Fornos de secagem com grade de madeira I – 2 1000 Forragem I - 3 2000 Fundições de metal I – 1 40 Galpões de secagem com grade de madeira I – 2 400 Geladeiras I – 2 1000 Gelatinas I – 2 800 Gesso I – 1 80 Gorduras comestíveis I – 2 1000 Gráficas (empacotamento) I – 3 2000 Gráficas (produção) I – 2 400 Guarda-chuvas I – 1 300 Instrumentos musicais I – 2 600 Janelas e portas de madeira I – 2 800 Jóias I – 1 200 Laboratórios farmacêuticos I – 1 300 Laboratórios químicos I – 2 500 Lápis I – 2 600 Lâmpadas I – 1 40 Laticínios I – 1 200 Malharias I – 1 300 Máquinas de lavar de costura ou de escritório I – 1 300 Massas alimentícias I – 2 1000 Mastiques I – 2 1000 Materiais sintéticos ou plásticos I – 3 2000 Metalúrgica I – 1 200 Montagens de automóveis I – 1 300 Motocicletas I – 1 300 Motores elétricos I – 1 300 Móveis I – 2 600 Óleos comestíveis I – 2 1000 Padarias I – 2 1000 Papéis (acabamento) I – 2 500 Papéis (preparo de celulose) I – 1 80 Papéis (procedimento) I – 2 800 Papelões betuminados I – 3 2000 Papelões ondulados I – 2 800 Pedras I – 1 40 Perfumes I – 1 300 Pneus I – 2 700 Produtos adesivos I – 2 1000 Produtos de adubo químico I – 1 200 Produtos alimentícios (expedição) I – 2 1000 Produtos com ácido acético I – 1 200 Produtos com ácido carbônico I – 1 40 Produtos com ácido inorgânico I – 1 80 Produtos com albumina I – 3 2000 Produtos com alcatrão I – 2 800 Produtos com amido I – 3 2000 Produtos com soda I – 1 40 Produtos de limpeza I – 3 2000 Produtos graxos I – 1 1000 Produtos refratários I – 1 200 Rações I – 3 2000 Relógios I – 1 300 Resinas I – 3 3000 Roupas I – 2 500 Sabões I – 1 300 Sacos de papel I – 2 800 Sacos de juta I – 2 500

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OCUPAÇÃO/USO DESCRIÇÃO DIVISÃO CARGA DE INCÊNDIO

(qfi) EM MJ/m2

Industrial

Sorvetes I – 1 80 Sucos de fruta I – 1 200 Tapetes I – 2 600 Têxteis em geral I – 2 700 Tintas e solventes I – 3 4000 Tintas látex I – 2 800 Tintas não-inflámaveis I – 1 200 Transformadores I – 1 200 Tratamento de madeira I – 3 3000 Tratores I – 1 300 Vagões I – 1 200 Vassouras ou escovas I – 2 700 Velas de cera I – 3 1300 Vidros ou espelhos I – 1 200 Vinagres I – 1 80

Demais Usos Demais atividades não enquadradas acima Conforme Anexo B

Nota: 1) Para a classificação detalhada das ocupações (Divisão) consultar a tabela específica da Norma Técnica n.o 01/2008.

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ANEXO B MÉTODO PARA LEVANTAMENTO DA CARGA DE INCÊNDIO ESPECÍFICA

B.1 Os valores da carga de incêndio específica para as edificações destinadas a depósitos, explosivos e ocupações especiais podem ser determinadas pela seguinte expressão:

��� � ∑���

Onde: qfi - valor da carga de incêndio específica, em megajoule por metro quadrado de área de piso; Mi - massa total de cada componente i do material combustível, em quilograma. Esse valor não poderá ser excedido durante a vida útil da edificação exceto quando houver alteração de ocupação, ocasião em que Mi deverá ser reavaliado; Hi - potencial calorífico específico de cada componente i do material combustível, em megajoule por quilograma, conforme Tabela B.1; Af - área do piso do compartimento, em metro quadrado. B.2 O levantamento da carga de incêndio deverá ser realizado conforme item 4 desta Norma Técnica e seus subitens. Tabela B.1 – Valores do potencial calorífico específico

TIPO DE MATERIAL H (MJ/kg)

Acetona 30

Acrílico 28 Algodão 18 Benzeno 40

Borracha Espuma – 37

Tiras – 32

Celulose 16

C-Hexano 43 Couro 19

D-glucose 15 Epóxi 34 Etano 47

Etanol 26 Eteno 50 Etino 48

Fibra sintética 6,6 29 Grãos 17

Graxa, Lubrificante 41 Lã 23

Lixo de cozinha 18

Madeira 19 Metano 50

Metanol 19 Monóxido de carbono 10

N-Butano 45

N-Octano 44 N-Pentano 45

Palha 16 Papel 17

Petróleo 41

Poliacrilonitrico 30

TIPO DE MATERIAL H (MJ/kg)

Policarbonato 29

Poliéster 31 Poliestireno 39 Polietileno 44

Polimetilmetacrilico 24 Polioximetileno 15

Poliuretano 23 Polipropileno 43 Polivinilclorido 16

Propano 46 PVC 17

Resina melamínica 18

Seda 19

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 009/2008

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 009/2008

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica fixa as condições necessárias para o projeto e instalação do sistema de iluminação de emergência em edificações e áreas de risco. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica às edificações e áreas de risco onde o sistema de iluminação de emergência for exigido. 2.2 Adota-se a NBR 10898 naquilo que não contrariar o disposto nesta Norma Técnica. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Grupo moto-gerador 4.1.1 Deve-se garantir acesso controlado e desobstruído desde a área externa da edificação até o grupo moto-gerador. 4.1.2 No caso de grupo moto-gerador instalado em local confinado, para o seu perfeito funcionamento, deve ser garantido que a tomada de ar seja realizada sem o risco de se captar a fumaça oriunda de um incêndio. 4.1.3 Na condição acima descrita, o grupo moto-gerador deve ser instalado em compartimento resistente ao fogo por 2 h, com acesso protegido por PCF (P90).

4.1.4 Quando a tomada de ar externo for realizada por meio de duto, este deve ser construído ou protegido por material resistente ao fogo por 2 h. 4.2 Os componentes da fonte de energia centralizada de alimentação do sistema de iluminação de emergência, bem como seus comandos, devem ser instalados em local não acessível ao público, sem risco de incêndio, ventilado e que não ofereça risco de acidentes aos usuários. 4.3 No caso de instalação aparente, a tubulação e as caixas de passagem devem ser metálicas ou em PVC rígido antichama, conforme NBR 6150. 4.4 A distância máxima entre dois pontos de iluminação de aclaramento deve ser de 15m ponto a ponto. 4.4.1 Outro distanciamento entre pontos pode ser aceito, desde que atenda à NBR 10898. 4.5 As luminárias de aclaramento (ou de ambiente), quando instaladas a menos de 2,5m de altura e as luminárias de balizamento (ou de sinalização), devem ter tensão máxima de alimentação de 30V. 4.5.1 Na impossibilidade de reduzir a tensão de alimentação das luminárias, pode ser utilizado um interruptor diferencial de 30mA com disjuntor termomagnético de 10A. 4.6 Pode ser exigir que os equipamentos utilizados no sistema de iluminação de emergência sejam devidamente certificados por órgão competente. 4.6.1 A certificação deve ser comprovada por ocasião da vistoria. 4.7 A autonomia do bloco autônomo deve ser quatro horas. 4.8 O sistema de iluminação de emergência será elaborado de acordo com critérios estabelecidos na NBR 10.898, desde que não contrarie as adequações constantes desta Norma Técnica.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 010/2008

ACESSO DE VIATURAS NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2010

(Incluidas alterações da Portaria GAB CMD 020/2010, de 10/02/2010)

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 010/2008

ACESSO DE VIATURAS NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica fixa condições mínimas exigíveis para o acesso e estacionamento de viaturas do CBMCE nas edificações e áreas de risco, visando a disciplinar o seu emprego operacional na busca e salvamento de vítimas e no combate aos incêndios. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica aos condomínios residenciais, condomínios comerciais e condomínios industriais que tenham arruamento interno e que seja necessário o acesso de viaturas operacionais do CBMCE para a busca e salvamento de vítimas e o combate aos incêndios. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Condições gerais 4.1.1 Via de acesso e faixa de estacionamento 4.1.1.1 Características da via de acesso 4.1.1.1.1 Largura mínima de 6m. 4.1.1.1.2 Suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força. 4.1.1.1.3 Desobstrução em toda a largura e com altura livre mínima de 4,5m.

4.1.1.1.4 Quando o acesso for provido de portão, este deverá atender à largura mínima de 4m e altura mínima de 4,5, conforme Figura 1.

Figura 1 – Altura e largura mínimas de acesso à

edificação 4.1.1.1.5 As vias de acesso que excedam 45 m de comprimento devem possuir retorno circular (Figura 2), em formato de “Y” (Figura 3) ou em formato de “T” (Figura 4), respeitadas as medidas mínimas indicadas.

Figura 2 – Retorno circular

4.1.1.1.6 São aceitos outros tipos de acessos com retornos, que não os especificados acima, mas que garantam a entrada e a saída de viaturas, desde que atendam aos itens 4.1.1.1.1, 4.1.1.1.2, 4.1.1.1.3 e 4.1.1.1.4 desta Norma Técnica.

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Figura 3 – Retorno em “Y”

4.1.1.2 Características das faixas de estacionamento 4.1.1.2.1 Largura mínima de 8m. 4.1.1.2.2 Comprimento mínimo de 15m. 4.1.1.2.3 Suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força.

Figura 4 – Retorno em “T”

4.1.1.2.4 O desnível máximo da faixa de estacionamento não poderá ultrapassar o valor de 5%, tanto longitudinal quanto transversal, conforme Figuras 5 e 6.

Figura 5 – Desnível lateral

4.1.1.2.5 Deve existir pelo menos uma faixa de estacionamento paralela a uma das faces da edificação que possua aberturas (portas e ou janelas), conforme Figura 7. 4.1.1.2.6 Distância máxima da faixa de estacionamento até a face da edificação deve ser de 8m, medidas a partir de sua borda mais próxima. 4.1.1.2.7 A faixa de estacionamento deve estar livre de postes, painéis, árvores ou qualquer outro elemento que possa obstruir a operação das viaturas. 4.1.1.2.8 A faixa de estacionamento deve ser adequadamente sinalizada, com placas de proibido parar e estacionar e com sinalização de solo demarcadas com faixas amarelas e identificadas com as palavras “RESERVADO PARA VIATURAS DO CORPO DE BOMBEIROS”.

Figura 6 – Desnível longitudinal

4.2 Condições específicas 4.2.1 Edificações com altura menor ou igual a 12m 4.2.1.1 Quando a edificação principal estiver afastada mais de 20m da via pública, a contar do meio-fio, deve possuir via de acesso e faixa de estacionamento, excetuando-se as edificações que possuírem áreas das unidades habitacionais até 50m2. 4.2.1.2 A via de acesso deve atender ao disposto nos itens 4.1.1.1 e seus subitens.

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Figura 7 – Faixa de estacionamento

4.2.1.3 A faixa de estacionamento deve atender ao disposto nos itens 4.1.1.2 e seus subitens. 4.2.1.4 No caso da edificação possuir riscos isolados que ultrapassem 1.500m2, cada risco deve ser atendido pela via de acesso e ter pelo menos uma faixa de estacionamento. 4.2.2 Edificações com altura superior a 12m 4.2.2.1 No caso da edificação apresentar afastamento superior a 10m da via pública, esta deve possuir via de acesso e faixa de estacionamento. 4.2.2.2 A via de acesso deve atender ao disposto nos itens 4.1.1.1 e seus subitens. 4.2.1.3 A faixa de estacionamento deve atender ao disposto nos itens 4.1.1.2 e seus subitens. 4.2.1.4 No caso da edificação ser constituída de riscos isolados, cada risco deve ser atendido pela via de acesso e possuir pelo menos uma faixa de estacionamento. 4.2.3 Condomínio de residências unifamiliares 4.2.3.1 Deve possuir via de acesso atendendo ao disposto no item 4.1.1.1 e seus subitens, podendo esta exigência ser substituída por instalação de hidrante(s) externo(s), conectado(s) a tubulação seca interligada a hidrante de passeio situado na calçada da via pública.

4.2.4 Considerações Gerais 4.2.4.1 As edificações com área total construída acima de 750m² e/ou mais de dois pavimentos dotadas de alarme contra incêndio poderão ser isentas das exigências desta Norma Técnica. 4.2.4.2 As edificações multifamiliares, enquadradas como isentas de canalização preventiva poderão substituir as exigências desta Norma Técnica por instalação de hidrante(s) externo(s), conectado(s) a tubulação seca interligada a hidrante de passeio situado na calçada da via pública.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 011/2008

DESLOCAMENTO DE VIATURAS NA ZONA URBANA

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 011/2008

DESLOCAMENTO DE VIATURAS NA ZONA URBANA

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica fixa as condições mínimas exigíveis para o deslocamento de viaturas de bombeiros na zona urbana, visando a possibilitar o seu emprego operacional na busca e salvamento de vítimas e no combate aos incêndios. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica deve orientar a elaboração dos planos de urbanização dos municípios cearenses. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Via Urbana 4.1.1 Possuir largura mínima de 8m. 4.1.2 Suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força. 4.1.3 Altura livre mínima de 4,5m. 4.1.4 A via urbana que exceda 45m de comprimento deve possuir retorno circular (Figura 1), em formato de “Y” (Figura 2) ou em formato de “T” (Figura 3), respeitadas as medidas mínimas indicadas. 4.1.4.1 São aceitos outros tipos de retornos, que não os especificados acima, mas que garantam a entrada e a saída de viaturas, desde que atendam aos itens 4.1.1, 4.1.2 e 4.1.3.

4.2 Passagens subterrâneas e viadutos 4.2.1 Possuir largura mínima de 5m.

Figura 1 – Retorno circular

4.2.2 Suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força.

Figura 2 – Retorno em “Y”

4.2.3 Desobstrução em toda a largura e com altura livre mínima de 4,5m.

Figura 4 – Retorno em “T”

4.3.3 Passarelas 4.3.1 Possuir altura livre mínima de 4,5m.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 012/2008

SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 012/2008

SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme de incêndio em edificações e áreas de risco. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se a todas as edificações onde se exigem os sistemas de detecção e alarme de incêndio. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 O projeto de sistemas de detecção e alarme de incêndio deve conter os elementos necessários ao seu completo entendimento, cujos procedimentos para elaboração do PSIP devem atender à Norma Técnica nº 001/2008. 4.2 Os detalhes para execução gráfica do PSIP devem atender aos procedimentos exigidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, conforme norma técnica específica. 4.3 Todo sistema deve ter duas fontes de alimentação. 4.3.1 A principal é a rede de tensão alternada e a auxiliar é constituída por baterias ou “no-break”. 4.3.2 Quando a fonte de alimentação auxiliar for constituída por bateria de acumuladores ou “no-break”, esta deve ter autonomia mínima de 24 h em regime de supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser

de no mínimo 15min, para suprimento das indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para a evacuação da edificação. 4.3.3 Quando a alimentação auxiliar for por gerador, também deverá ter os mesmos parâmetros de autonomia mínima. 4.4 As centrais de detecção e alarme deverão ter dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos. 4.5 A central de alarme/detecção e o painel repetidor devem ficar em local onde haja constante vigilância humana e de fácil visualização. 4.6 A central deve acionar o alarme geral da edificação, que deve ser audível em toda edificação. 4.6.1 Em locais de grande concentração de pessoas, o alarme geral pode ser substituído por um sinal sonoro (pré-alarme) apenas na sala de segurança, junto à central, para evitar tumulto. 4.6.2 No entanto, a central deve possuir um temporizador para o acionamento posterior do alarme geral, com tempo de retardo de no máximo 2min, caso não sejam tomadas às ações necessárias para verifi car o pré-alarme da central. 4.6.3 Nesses tipos de locais, pode-se ainda optar por uma mensagem eletrônica automática de orientação de abandono, como pré-alarme, ao invés do alarme geral; sendo que só será aceita essa comunicação, desde que exista brigada de incêndio na edificação. 4.6.4 Mesmo com o pré-alarme na central de segurança, o alarme geral é obrigatório para toda a edificação. 4.7 A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior a 30m. 4.8 Preferencialmente, os acionadores manuais devem ser localizados junto aos hidrantes. 4.9 Nos edifícios com mais de um pavimento, deverá ser previsto pelo menos um acionador manual em cada pavimento.

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4.10 Os mezaninos estarão dispensados desta exigência, caso o acionador manual do piso principal dê cobertura/caminhamento para a área do mezanino, atendendo ao item 4.7. 4.11 Onde houver sistema de detecção instalado, será obrigatória a instalação de acionadores manuais, exceto para ocupações das divisões F6, onde o acionador manual é opcional, quando há sistema de detecção. 4.12 Nos locais onde, devido a sua atividade sonora intensa, não seja possível ouvir o alarme geral, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros. 4.13 Quando houver exigência de sistema de detecção para uma edificação, será obrigatória a instalação de detectores nos entreforros e entrepisos (pisos falsos) que contenham instalações com materiais combustíveis. 4.14 Os elementos de proteção contra calor que contenham a fiação do sistema deverão ter resistência mínima de 60min. 4.15 Os eletrodutos e a fiação devem atender aos itens 5.3.8.1 a 5.3.8.5 da NBR 9441/98. 4.16 Os acionadores manuais instalados na edificação devem obrigatoriamente conter a indicação de funcionamento (cor verde) e alarme (cor vermelha) indicando o funcionamento e supervisão do sistema, quando a central do sistema for do tipo convencional. 4.16.1 Quando a central for do tipo inteligente pode ser dispensada a presença dos leds nos acionadores, desde que haja um retorno do alarme, para a pessoa que acionou o dispositivo, informando que a central recebeu a identificação. 4.17 Nas centrais de detecção e/ou alarme é obrigatório conter um painel/esquema ilustrativo indicando a localização com identificação dos acionadores manuais ou detectores dispostos na área da edificação, respeitadas as características técnicas da central. Esse painel pode ser substituído por um display da central que indique a localização do acionamento. 4.18 Nos locais de reunião de público (casas de show, música, espetáculos, dança, discoteca, danceteria, salões de baile, etc.) onde se tem naturalmente uma situação acústica elevada, será obrigatória também a instalação de avisadores visuais, quando houver a exigência de sistema de detecção e alarme. 4.19 Em locais de ocupação de indústria e depósito com alto risco de propagação de incêndio, podem ser

acrescentados sistemas complementares de confirmação de indicação de alarme, tais como interfone, rede rádio, etc., devidamente sinalizados. 4.19.1 A distribuição segue o mesmo critério dos acionadores manuais. 4.20 A colocação de leds de alto brilho, para aviso visual sobre as saídas de emergência pode ser acrescentada à execução do sistema de alarme e detecção, nos locais onde a produção de fumaça seja esperada em grande quantidade. 4.21 Edifícios residenciais acima de 23m deverão ter, no sistema de interfone, dispositivo de alarme paralelo que emita som ao mesmo tempo para todos os apartamentos, com seqüência de 10 segundos e no mínimo 1min de duração. 4.21.1 As garagens de edifícios residenciais que se valerem do sistema de interfone como substituto do alarme devem possuir interfone devidamente sinalizado, bem como o dispositivo do item 4.21. 4.22 Edifícios com escada pressurizada poderão ter alarme setorizado alarmando conjuntamente o pavimento sinistrado e os dois outros contíguos acima e abaixo. 4.22.1 Após o abandono desses três pavimentos, tal procedimento deve se repetir em seqüência de alarme de três em três pavimentos, a contar dos mais elevados. 4.22.2 O intervalo de alarme entre o conjunto de três pavimentos deve ser de no máximo de 2min, não devendo o período total ultrapassar o tempo requerido de resistência ao fogo da estrutura. 4.23 Em locais em que a altura da cobertura do prédio prejudique o sensoriamento dos detectores, bem como naqueles pontos em que não se recomenda o uso de detectores sobre equipamentos, devem ser usados detectores com tecnologias, que atuem pelo princípio de detecção linear de absorção da luz (“beam detector”). 4.24 Deverá ser apresentado à Coordenadoria de Atividades Técnicas, quando do pedido de vistoria, anotação de responsabilidade técnica preenchida pelo responsável técnico pela instalação do sistema de detecção, garantindo que os detectores foram instalados de acordo com o prescrito na NBR 9441. 4.25 O sistema de detecção e alarme será elaborado de acordo com critérios estabelecidos na NBR 9.441, desde que não contrarie as adequações constantes desta Norma Técnica.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 013/2008

COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 013/2008

COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece os parâmetros da compartimentação horizontal e da compartimentação vertical, de forma a impedir a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal (compartimentação horizontal) e a propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos (compartimentação vertical). 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se todas as edificações onde são exigidas a compartimentação horizontal e acompartimentação vertical, conforme previsto na Norma Técnica n.o 001/2008, estabelecendo detalhamentos técnicos relativos à área de compartimentação. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Compartimentação horizontal 4.1.1 A compartimentação horizontal é constituída dos seguintes elementos construtivos: a) Paredes corta-fogo de compartimentação; b) Portas corta-fogo; c) Vedadores corta-fogo; d) Registros corta-fogo (dampers); e) Selos corta-fogo; f) Afastamento horizontal entre aberturas. 4.1.2 Características de construção

4.1.2.1 Para os ambientes compartimentados horizontalmente entre si, serão exigidos os seguintes requisitos: a) a parede corta-fogo de compartimentação deverá ser construída entre o piso e o teto devidamente vinculada à estrutura do edifício, com reforços estruturais adequados; b) no caso de edificações que possuem materiais construtivos combustíveis na cobertura (estrutura ou telhado), a parede corta-fogo de compartimentação deverá estender-se, no mínimo, a 1 m acima da linha de cobertura (telhado); c) as paredes mencionadas no item anterior devem ser dimensionadas estruturalmente de forma a não entrarem em colapso caso ocorra a ruína da cobertura do edifício do lado afetado pelo incêndio; d) as aberturas situadas na mesma fachada, em lados opostos da parede corta-fogo de compartimentação, devem ser afastadas horizontalmente entre si por trecho de parede com dois metros de extensão devidamente consolidada à parede corta-fogo de compartimentação e apresentando a mesma resistência ao fogo; e) a distância mencionada no item anterior poderá ser substituída por um prolongamento da parede corta-fogo de compartimentação, externo à edificação, com extensão mínima de 0,9m; f) a resistência ao fogo da parede corta-fogo de compartimentação, no que tange aos panos de alvenaria ou de painéis pré-moldados fechando o espaço entre os elementos estruturais, deve ser determinada por meio da NBR 10636; já a resistência ao fogo dos seus elementos estruturais deve ser dimensionada para situação de incêndio; g) as aberturas situadas em fachadas paralelas ou ortogonais, pertencentes a áreas de compartimentação horizontal distintas dos edifícios devem estar distanciadas de forma a evitar a propagação do incêndio por radiação térmica; para isso devem ser consideradas as condições de dimensionamento estabelecidas na norma técnica específica; h) as distâncias requeridas no item anterior podem ser suprimidas caso as aberturas sejam protegidas por portas ou vedadores corta-fogo ou vidros corta-fogo, estes atendendo às condições da NBR 14925 e apresentando resistência ao fogo conforme as condições do item 4.1.4.2 desta Norma Técnica; i) cada setor compartimentado deverá possuir facilidade de acesso para alcançar as saídas de emergência, que permita o abandono rápido das pessoas (ver Figura 1).

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4.1.2.2 A compartimentação horizontal deve ser compatibilizada com o atendimento da norma técnica específica, de forma que cada área compartimentada seja dotada de saídas para o exterior da edificação e áreas adjacentes (ver Figura 1).

Figura 1 – Compartimentação horizontal

4.1.3 Proteção das aberturas nas paredes corta-fogo de compartimentação 4.1.3.1 As aberturas existentes nas paredes corta-fogo de compartimentação devem ser devidamente protegidas por elementos corta-fogo de forma a não serem comprometidas suas características de resistência ao fogo. 4.1.3.2 Portas corta-fogo 4.1.3.2.1 As portas destinadas à vedação de aberturas em paredes corta-fogo de compartimentação devem ser do tipo corta-fogo, sendo aplicáveis as seguintes condições:

a) as portas corta-fogo devem atender ao disposto na norma NBR 11742 para saída de emergência e NBR 11711 para compartimentação em ambientes comerciais e industriais; b) na situação de compartimentação de áreas de edificações comerciais e industriais são aceitas também portas corta-fogo de acordo com a norma NBR 11742, desde que as dimensões máximas especificadas nesta norma sejam respeitadas; c) quando houver necessidade de passagem entre ambientes compartimentados providos de portas de acordo com a NBR 11711, devem ser instaladas adicionalmente portas de acordo com a NBR 11742 (ver Figura 1). 4.1.3.3 Vedadores corta-fogo 4.1.3.3.1 As aberturas nas paredes corta-fogo de compartimentação de passagem exclusivas de materiais devem ser protegidas por vedadores corta-fogo atendendo às seguintes condições: a) os vedadores corta-fogo devem atender ao disposto na norma NBR 11711; b) caso a classe de ocupação não se refira a edifícios industriais ou depósitos, o fechamento automático dos vedadores deve ser comandado por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 9441; c) quando o fechamento for comandado por sistema de detecção automática de incêndio, o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema e deve ser prevista a possibilidade de fechamento dos dispositivos de forma manual na central do sistema; d) na impossibilidade de serem utilizados vedadores corta-fogo, pela existência de obstáculos na abertura, representados, por exemplo, por esteiras transportadoras, pode-se utilizar alternativamente a proteção por cortina d’água, desde que a área da abertura não ultrapasse 1,5m2, atendendo aos parâmetros das normas técnicas específicas. 4.1.3.4 Selos corta-fogo 4.1.3.4.1 Quaisquer aberturas existentes nas paredes corta-fogo de compartimentação destinadas à passagem de instalações elétricas, hidrossanitárias, telefônicas e outros que permitam a comunicação direta entre áreas compartimentadas devem ser seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo atendendo às seguintes condições: a) devem ser ensaiadas para caracterização da resistência ao fogo seguindo os procedimentos da NBR 6479; b) os tubos plásticos de diâmetro interno superior a 40mm devem receber proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo em um dos lados da parede;

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c) a destruição da instalação do lado afetado pelo fogo não deve promover a destruição da selagem. 4.1.3.5 Registros corta-fogo (dumpers) 4.1.3.5.1 Quando dutos de ventilação, ar-condicionado ou exaustão atravessarem paredes corta-fogo de compartimentação, além da adequada selagem corta-fogo da abertura em torno dos dutos, devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados à parede corta-fogo de compartimentação. 4.1.3.5.2 As seguintes condições devem ser atendidas: a) os registros corta-fogo devem ser ensaiados para caracterização da resistência ao fogo seguindo os procedimentos da NBR 6479; b) os registros corta-fogo devem ser dotados de acionamentos automáticos comandados por meio de fusíveis bimetálicos ou por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 9441; c) no caso da classe de ocupação não se referir aos edifícios industriais ou depósitos, o fechamento automático dos registros deve ser comandado por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 9441; d) quando o fechamento for comandado por sistema de detecção automática de fumaça, o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema e o fechamento dos dispositivos deve poder ser efetuado por decisão humana na central do sistema; e) a falha do dispositivo de acionamento do registro corta-fogo deve se dar na posição de segurança, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve determinar automaticamente o fechamento do registro; f) os dutos de ventilação, ar-condicionado e/ou exaustão, que não possam ser dotados de registros cortafogo, devem ser dotados de proteção em toda a extensão (de ambos os lados das paredes), garantindo resistência ao fogo igual a das paredes. 4.1.4 Características de resistência ao fogo 4.1.4.1 No interior da edificação, as áreas de compartimentação horizontal devem ser separadas por paredes corta-fogo de compartimentação, devendo atender aos tempos requeridos de resistência ao fogo (TRF), conforme norma técnica específica. 4.1.4.2 Os elementos de proteção das aberturas existentes nas paredes corta-fogo de compartimentação podem apresentar TRF de 30min menor que a resistência das paredes corta-fogo de compartimentação, porém nunca inferior a 60min. 4.1.5 Condições especiais da compartimentação horizontal

4.1.5.1 A compartimentação horizontal está dispensada nas áreas destinadas exclusivamente a estacionamento de veículos. 4.1.5.2 Em subsolos não destinados exclusivamente ao estacionamento de veículos, a área de compartimentação será de 500 m2. 4.1.5.2.1 Áreas superiores a 500 m2 deverão possuir medidas de proteção analisadas pela Câmara Técnica. 4.1.5.3 As paredes divisórias entre unidades autônomas e entre unidades e as áreas comuns, para as ocupações dos grupos A (A2 e A3), B, E e H (H2, H3, H5 e H6) devem possuir requisitos mínimos de resistência ao fogo, de acordo com o prescrito na norma técnica específica. 4.1.5.3.1 O mesmo se aplica às portas das unidades autônomas que dão acesso aos corredores e/ou hall de entrada, que devem também ter os requisitos de resistência ao fogo conforme o prescrito na norma técnica específica. 4.1.5.3.2 São consideradas unidades autônomas, para efeito desta Norma Técnica, os apartamentos residenciais, os quartos de hotéis, motéis e flats, as salas de aula, as enfermarias e quartos de hospital, as celas de presídios e assemelhados. 4.1.5.4 Em complementação aos sistemas de proteção, os subsolos deverão possuir aberturas de ventilação adequadas ao exterior, que permitam realizar a exaustão de gases e fumaça do ambiente. 4.2 Compartimentação vertical 4.2.1 A compartimentação vertical é constituída dos seguintes elementos construtivos: a) entrepisos corta-fogo; b) enclausuramento de escadas por meio de parede corta-fogo de compartimentação; c) enclausuramento de elevadores e monta-carga, poços para outras finalidades por meio de porta pára-chama; d) selos corta-fogo; e) registros corta-fogo (dumpers); f) vedadores corta-fogo; g) os elementos construtivos corta-fogo/pára-chama de separação vertical entre pavimentos consecutivos; h) selagem perimetral corta-fogo. 4.2.2 Características de construção 4.2.2.1 Compartimentação vertical na envoltória do edifício

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4.2.2.1.1 As seguintes condições devem ser atendidas pelas fachadas, com intuito de dificultar a propagação vertical do incêndio pelo exterior dos edifícios: a) deve existir separação na fachada entre aberturas de pavimentos consecutivos, que podem se constituir de vigas e/ou parapeito ou prolongamento dos entrepisos, além do alinhamento da fachada; b) quando a separação for provida por meio de vigas e/ou parapeitos, estes devem apresentar altura mínima de 1,2m separando aberturas de pavimentos consecutivos (ver Figura 2);

Figura 2 – Compartimentação vertical

c) quando a separação for provida por meio dos prolongamentos dos entrepisos, as abas devem projetar-se, no mínimo, 0,9 m além do plano externo da fachada (Figura 3 – Anexo A desta IT); d) os elementos de separação entre aberturas de pavimentos consecutivos e as fachadas cegas devem ser consolidadas de forma adequada aos entrepisos, de forma a não comprometer a resistência ao fogo destes elementos; e) as fachadas pré-moldadas devem ter seus elementos de fixação devidamente protegidos contra a ação do incêndio e as frestas com as vigas e/ou lajes devidamente seladas, de forma a garantir a resistência ao fogo do conjunto; f) os materiais transparentes ou translúcidos das janelas devem ser incombustíveis, exceção feita aos vidros laminados; a incombustibilidade desses materiais deve ser determinada em ensaio utilizando-se o método ISO 1182. 4.2.2.1.1 Nas edificações com fachadas totalmente envidraçadas ou “fachadas-cortina” são exigidas as seguintes condições:

a) os caixilhos e os componentes transparentes ou translúcidos devem ser compostos por materiais incombustíveis, exceção feita aos vidros laminados; a incombustibilidade desses materiais devem ser determinada em ensaios utilizando-se o método ISO 1182; b) devem ser previstos atrás destas fachadas, elementos de separação, ou seja, instalados parapeitos, vigas ou prolongamentos dos entrepisos, de acordo com o item 4.2.2.1 desta Norma Técnica; c) as frestas ou as aberturas entre a “fachada-cortina” e os elementos de separação devem ser vedados com selos corta-fogo em todo perímetro; tais selos devem ser fixados aos elementos de separação de modo que sejam estruturalmente independentes dos caixilhos da fachada; d) os selos corta-fogo perimetrais indicados no item anterior deverão ser detalhados em projeto atendendo os requisitos da Norma Técnica nº 001/2008.

Figura 3 – Compartimentação vertical (entrepiso)

4.2.2.2 Compartimentação vertical no interior dos edifícios 4.2.2.2.1 A compartimentação vertical no interior dos edifícios é provida por meio de entrepisos, cuja resistência ao fogo não deve ser comprometida pelas transposições que intercomunicam pavimentos. 4.2.2.2.2 Os entrepisos podem ser compostos por lajes de concreto armado ou protendido ou por composição de outros materiais que garantam a separação física dos pavimentos. 4.2.2.2.3 A resistência ao fogo dos entrepisos deve ser determinada por meio de ensaio segundo a NBR 5628

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ou dimensionada de acordo com norma brasileira pertinente. 4.2.2.2.4 Deve atender às seguintes condições: a) no interior da edificação, todas as aberturas no entrepiso destinadas às passagens das instalações de serviços devem ser vedadas por selos corta-fogo; tais selos podem ser substituídos por paredes corta-fogo de compartimentação cegas posicionadas entre piso e teto; b) as aberturas existentes nos entrepisos, devem ser protegidas por vedadores corta-fogo, construídas e instaladas de acordo com NBR 11711; c) os poços destinados a elevadores, monta-carga e outras finalidades devem ser constituídos por paredes corta-fogo de compartimentação, devidamente consolidadas de forma adequada às lajes dos pavimentos, com resistência ao fogo. d) suas aberturas devem ser protegidas por vedadores pára-chamas os quais devem apresentar resistência ao fogo igual às das paredes; e) as escadas devem ser enclausuradas por meio paredes corta-fogo de compartimentação e portas corta-fogo, as quais devem atender aos requisitos da norma técnica específica; f) no caso de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão que atravessarem as lajes, além da selagem da passagem destes equipamentos, devem existir registros corta-fogo, devidamente ancorados à laje. g) Caso esses registros não possam ser instalados, toda tubulação deve estar protegida de forma a apresentar resistência ao fogo conforme requisitos da norma técnica específica. 4.2.2.3 Entrepisos 4.2.2.3.1 Os entrepisos devem enquadrar-se na categoria compartimentação e podem ser compostos por lajes de concreto armado ou protendido ou por composição de materiais que garantam a separação física de pavimentos no interior dos edifícios. 4.2.2.3.2 As aberturas existentes nos entrepisos devem ser devidamente protegidas por elementos corta-fogo de forma a não serem comprometidas suas características de resistência ao fogo. 4.2.2.3.3 Escadas 4.2.2.3.3.1 As escadas devem ser enclausuradas por meio de paredes corta-fogo de compartimentação e portas corta-fogo, atendendo às seguintes condições: a) a resistência ao fogo da parede de compartimentação, no que tange aos panos de alvenaria ou de painéis pré-moldados fechando o espaço entre os elementos estruturais, deve ser determinada por meio da NBR 10636, já a resistência ao fogo dos seus elementos estruturais deve ser

dimensionada para situação de incêndio, seguindo-se as orientações contidas na norma técnica específica; b) as portas corta-fogo de ingresso nas escadas e entre as antecâmaras e a escada devem atender ao disposto na NBR 11742; c) as portas corta-fogo utilizadas para enclausuramento das escadas devem ser construídas integralmente com materiais incombustíveis, caracterizados de acordo com o método ISO 1182, exceção feita à pintura de acabamento; d) as portas corta-fogo das escadas devem permanecer fechadas, mas não trancadas; e) nos pavimentos de descarga, os trechos das escadas que provém do subsolo ou dos pavimentos elevados devem ser enclausurados de maneira equivalente a todos os outros pavimentos; f) a exigência de resistência ao fogo das paredes de enclausuramento da escada também se aplica às antecâmaras quando estas existirem. 4.2.2.3.4 Elevadores 4.2.2.3.4.1 Os poços destinados a elevadores devem ser constituídos por paredes corta-fogo de compartimentação devidamente consolidadas aos entrepisos. 4.2.2.3.4.2 As portas de andares dos elevadores devem ser classificadas como pára-chamas. 4.2.2.3.4.3 As seguintes condições devem ser adicionalmente consideradas: a) devem ser atendidas as condições estabelecidas no item 4.2.2.3.3.1; b) as portas de andares dos elevadores não devem permanecer abertas em razão da presença da cabine nem abrir em razão do dano provocado pelo calor aos contatos elétricos que comandam sua abertura; c) as portas pára-chamas, conforme item anterior, podem ser substituídas pelo enclausuramento dos halls

de acesso aos elevadores, por meio de paredes e portas corta-fogo; d) as portas corta-fogo mencionadas no item anterior devem fechar automaticamente em caso de incêndio, comandadas por sistema de detecção automática de fumaça devendo atender ao disposto na NBR 11742 e as disposições constantes do item 4.2.2.3.3.1; e) uma outra alternativa às portas pára-chamas de andar constitui-se de enclausuramento dos halls dos elevadores, por meio de portas retráteis corta-fogo, mantidas permanentemente abertas e comandadas por sistema de detecção automática de fumaça, de acordo com a NBR 9441, fechando automaticamente em caso de incêndio e atendendo ainda ao disposto no item 5.2.2.3.3.1; f) as portas mencionadas no item anterior não devem estar incluídas nas rotas de fuga;

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g) as portas retráteis corta-fogo também devem ser abertas ou fechadas no local de sua instalação, manual ou mecanicamente, requerendo na primeira situação um esforço máximo de 130N; h) o enclausuramento dos halls dos elevadores permitirá a disposição do elevador de emergência em seu interior; i) as portas de andar de elevadores e as portas de enclausuramento dos halls devem ser ensaiadas para a caracterização da resistência ao fogo seguindo-se os procedimentos da NBR 6479. 4.2.2.3.5 Monta-cargas 4.2.2.3.5.1 Os poços destinados à monta-carga devem ser constituídos por paredes corta-fogo de compartimentação devidamente consolidadas aos entrepisos. 4.2.2.3.5.2 As portas de andar devem ser classificadas como pára-chamas. 4.2.2.3.5.3 As seguintes condições devem ainda ser consideradas: a) devem ser atendidas as condições estabelecidas no item 4.2.2.3.3.1; b) as portas de andar do monta-carga não devem permanecer abertas em razão de presença da cabine nem abrir em razão do dano provocado pelo calor aos contatos elétricos que comandam sua abertura; c) as portas mencionadas devem ser ensaiadas seguindo-se os procedimentos da NBR 6479; d) alternativamente às portas pára-chamas do montacarga, os halls de acesso aos elevadores devem ser enclausurados conforme as condições estabelecidas no item 4.2.2.3.4. 4.2.2.3.6 Prumadas das instalações de serviço 4.2.2.3.6.1 Quaisquer aberturas existentes nos entrepisos destinadas à passagem de instalação elétrica, hidrossanitárias, telefônicas e outras, que permitam a comunicação direta entre os pavimentos de um edifício, devem ser seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo atendendo às seguintes condições: a) devem ser ensaiadas para a caracterização da resistência ao fogo seguindo-se os procedimentos da NBR 6479; b) os tubos plásticos com diâmetro interno superior a 40mm devem receber proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo abaixo do entrepiso; c) a destruição da instalação do lado afetado pelo fogo não deve promover a destruição da selagem. 4.2.2.3.7 Aberturas de passagem de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão

4.2.2.3.7.1 Quando dutos de ventilação, ar-condicionado ou exaustão atravessarem os entrepisos, além da adequada selagem corta-fogo da abertura em torno do duto, devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados aos entrepisos e atendidas as condições estabelecidas no item 4.1.3.5. 4.2.2.3.7.2 Caso os dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão não possam ser dotados de registros corta-fogo na transposição dos entrepisos, devem ser dotados de proteção em toda a extensão, garantindo a adequada resistência ao fogo. 4.2.2.3.7.3 Nesse caso, as derivações existentes nos pavimentos devem ser protegidas por registros corta-fogo, cujo acionamento deve atender às condições estabelecidas no item 4.1.3.5. 4.2.2.3.8 Aberturas de passagem de materiais 4.2.2.3.8.1 As aberturas nos entrepisos de passagem exclusiva de materiais devem ser protegidas por vedadores corta-fogo, atendendo às condições estabelecidas no item 4.1.3.3. 4.2.2.3.9 Átrios 4.2.2.3.9.1 Os átrios devem ser entendidos como espaços no interior de edifícios que interferem na compartimentação horizontal ou vertical, devendo atender a uma série de condições para não facilitarem a propagação do incêndio. 4.2.2.3.9.2 A condição básica a ser atendida por qualquer átrio é a seguinte: a) cada átrio deve fazer parte exclusivamente de uma única prumada de áreas de compartimentação horizontal, ou seja, as áreas distintas de compartimentação horizontal não devem intercomunicar-se através do átrio nos pavimentos. 4.2.2.3.9.3 Para que a existência do átrio não afete a compartimentação vertical, é necessário que as seguintes condições adicionais sejam atendidas: a) compartimentação do átrio deve ser feita em todos os pavimentos servidos em seu perímetro interno ou no perímetro da área de circulação que o rodeia em cada pavimento; b) os elementos de compartimentação do átrio devem apresentar resistência ao fogo, podendo, inclusive, constituírem-se por paredes corta-fogo de compartimentação, vidros corta-fogo e vedadores cortafogo; c) as paredes corta-fogo de compartimentação devem atender às condições estabelecidas no item 4.2.2.3.3.1; d) os vedadores corta-fogo podem ser retráteis, de correr ou de deslocamento horizontal, devendo ser

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compostos integralmente por materiais incombustíveis; se os vedadores apresentarem fechamento automático, comandado por sistema de detecção automática de fumaça, devem estar de acordo com a NBR 9441; quanto à resistência ao fogo, devem estar caracterizados através dos procedimentos de ensaio da NBR 6479; e) as condições de fechamento dos vedadores mencionados no item anterior devem ser tais que não ofereçam risco de provocar acidentes e ferimentos nas pessoas. 4.2.2.3.10 Prumadas enclausuradas 4.2.2.3.10.1 As prumadas totalmente enclausuradas por onde passam as instalações de serviço, como esgoto e águas pluviais, não necessitam ser seladas desde que as paredes sejam corta-fogo e as derivações das instalações que as transpassam sejam devidamente seladas. 4.2.2.3.10.2 As paredes de enclausuramento devem atender ao disposto no item 4.2.2.3.3.1. 4.2.2.3.11 Prumadas de ventilação permanente 4.2.2.3.11.1 Os dutos de ventilação permanentes de banheiro e similares devem atender às seguintes condições para que não comprometam a compartimentação vertical dos edifícios: a) devem ser integralmente compostos por materiais incombustíveis; b) cada prumada de ventilação deve fazer parte, exclusivamente, de uma única prumada de áreas de compartimentação horizontal, ou seja, as áreas distintas de compartimentação horizontal não devem intercomunicar-se através dos dutos de ventilação permanente; c) a prumada de ventilação permanente deve ser compartimentada em relação às demais áreas da edificação não destinadas a banheiros ou similares por meio de paredes e portas corta-fogo; d) alternativamente ao disposto na alínea “c” deste item, cada derivação das prumadas deve ser protegida por registro corta-fogo, cujo acionamento deve atender às condições estabelecidas no item 4.1.3.5; e) as paredes que compõem estas prumadas devem atender ao disposto no item 4.2.2.3.3.1. 4.2.3 Características de resistência ao fogo 4.2.3.1 Os entrepisos devem atender aos TRRF, conforme estabelecido em norma técnica específica. 4.2.3.2 Os elementos de proteção das transposições nos entrepisos (selagens corta-fogo) e os elementos de compartimentação vertical na envoltória do edifício,

incluindo as fachadas sem aberturas (cegas), devem atender aos TRRF conforme norma técnica específica. 4.2.3.2.1 Portas e vedadores corta-fogo podem apresentar TRRF de 30 min menor que as paredes, porém nunca inferior a 60 min. 4.2.3.3 Como exceção às regras estabelecidas em 4.2.3.1, 4.2.3.2 e 4.2.3.2.1 tem-se o seguinte: a) as paredes de enclausuramento das escadas e elevadores de segurança, constituídas pelo sistema estrutural das compartimentações e vedações das caixas, dutos e antecâmaras, devem atender, no mínimo, ao TRRF igual ao estabelecido na norma técnica específica, porém, não podendo ser inferior a 180min; b) as selagens das prumadas das instalações de serviço e os registros protegendo aberturas de passagem de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão e prumada de ventilação permanente devem apresentar, no mínimo, os tempos requeridos de resistência ao fogo conforme norma técnica específica, porém nunca inferior a 60min; c) as portas corta-fogo de ingresso nas escadas em cada pavimento devem apresentar resistência mínima ao fogo de 90min quando forem únicas (escadas sem antecâmaras) e de 60min quando a escada for dotada de antecâmara; d) os dutos de ventilação, ar condicionado ou exaustão, quando não podem ser dotados de registros corta-fogo na transposição dos entrepisos devem ser protegidos em toda a extensão de forma a garantir a resistência mínima ao fogo de 120min, porém nunca inferior ao TRRF estabelecido na norma técnica específica; e) as paredes e registros corta-fogo tratadas em 4.2.2.3.11 (prumadas de ventilação permanente) devem apresentar resistência mínima ao fogo de, respectivamente, 60min e 30min. 4.3 Áreas máximas de compartimentação 4.3.1 Para o estabelecimento das áreas máximas de compartimentação horizontal deve-se atender aos valores estabelecidos no Anexo A. 4.4 Não será considerada a compartimentação vertical nos casos de interligação de pavimentos consecutivos (nos pisos acima do térreo), por intermédio de átrios, escadas, rampas de circulação ou escadas rolantes, desde que o somatório de áreas desses pavimentos não ultrapasse os valores estabelecidos para a compartimentação horizontal, conforme Anexo A, limitando-se no máximo a três pavimentos consecutivos. 4.5 As escadas, rampas destinadas à circulação de pessoas, dutos e shafts de instalações dos subsolos

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devem ser compartimentados integralmente em relação ao piso térreo, piso de descarga e demais pisos elevados. 4.6 Recomenda-se que as áreas descobertas destinadas ao armazenamento de produtos combustíveis possuam afastamentos dos limites da propriedade, bem como corredores internos que proporcionem o fracionamento do risco, de forma a dificultar a propagação do fogo e facilitar as operações de combate a incêndio.

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ANEXO A

Tabela de área máxima de compartimentação GRUPO

TIPO TIPOS DE EDIFICAÇÕES

I II III IV V VI

DENOMINAÇÃO Edificação

térrea Edificação

baixa

Edificação de baixa-média

altura

Edificação de média altura

Edificação medianamente

alta Edificação alta

ALTURA Um pavimento H ≤ 6m 6m < H ≤ 12m 12m < H ≤ 24m 24m < H ≤ 30m H > 30m A-1, A-2, A-3 −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) B-1, B-2 −(4) 5.000 4.000 3.000 2.000 1.500 C-1, C-2 5.000(1) 3.000(1) 2.000 2.000 1.500 1.500 C-3 5.000(1) 2.500(1) 1.500 1.000 2.000 2.000 D-1, D-2, D-3, D-4 5.000 2.500(1) 1.500 1.000 800 800 E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6 −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) F-1, F-2, F-3, F-4, F-9 −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) F-5, F-6, F-8 −(4) −(4) −(4) 2.000 1.000 800 F-7 −(4) −(4) CT CT CT CT F-10 5.000(1) 2.500(1) 1.500 1.000 1.000 800 G-1, G-2, G-3 −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) G-4 10.000 5.000 3.000 2.000 1.000 1.000 G-5 CT CT CT CT CT CT H-1, H-2, H-4, H-5, H-6(2) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) H-3 −(4) −(4) −(4) 2.000 1.500 1.000 I-1, I-2 −(4) 10.000 5.000 3.000 2.000 1.500 I-3 7.500(1) 5.000 3.000 1.500 1.000 800 J-1 −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) −(4) J-2 10.000(1) 5.000 3.000 1.500(1) 1.500 1.000 J-3 7.500(1) 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 J-4 4.000(1) 2.500 2.000 2.000 1.500 1.000 L-1 100 CT CT CT CT CT L-2, L-3 CT CT CT CT CT CT M-1 CT CT CT CT CT CT M-2 1.000 500 CT CT CT CT M-3 5.000 3.000 2.000 1.000 CT CT M-4, M-5, M-6, M-7 750 CT CT CT CT CT NOTAS: (1) A área de compartimentação pode ser aumentada em 100% caso haja sistema de detecção de fumaça e controle de fumaça, conforme normas técnicas específicas. (2) A edificação destinada a clínica com internação (H-6) será enquadrada como H-3. (3) CT – Câmara Técnica (4) As edificações estão dispensadas da compartimentação horizontal, mantendo a compartimentação vertical.

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ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 014/2008

FOGOS DE ARTIFÍCIO

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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NORMA TÉCNICA N° 014/2008

FOGOS DE ARTIFÍCIO

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece as condições necessárias de segurança contra incêndios e explosões em edificações destinadas ao comércio de fogos de artifício no varejo, em razão de sua periculosidade, bem como evitar o risco de injúrias à vida (mutilações, deformações, intoxicações, queimaduras, traumas graves, fatos incapacitantes e óbitos) pela utilização inadequada de fogos de artifício, danos que invalidem a reutilização da edificação, de edifícios vizinhos e a recuperação do meio ambiente. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se às edificações destinadas ao comércio varejista de fogos de artifício. 2.2 As classes C e D, conforme artigo 112, § 1º, incisos III e IV; § 4º, incisos I e II, do R-105, face ao risco que representam e restrições quanto ao uso, em área urbana, não são objeto desta Norma Técnica. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Classificação 4.1.1 Considera-se a classificação de fogos de artifício, para fins desta Norma Técnica, conforme o estabelecido no Decreto Federal n° 3.665, de 21 de novembro de 2000, R 105, art. 112, incisos I e II. 4.1.1.1 “Classe A” a) fogos de vista, sem estampido;

b) fogos de estampido que contenham até 0,2 gramas de pólvora por peça. 4.1.1.2 “Classe B” a) os fogos de estampido que contenham até 0,25g de pólvora, por peça; b) foguetes com ou sem flecha, de apito ou de lágrimas, sem bomba; c) “pots-à-feu”, “morteirinhos de jardim”, “serpentes voadoras” e outros equiparáveis. 4.2 Características das edificações 4.2.1 Somente são permitidas instalações para venda de fogos de artifícios para classes A e B nos seguintes locais: a) edificações até 100m2; b) lojas térreas, sem pavimentos superiores. 4.2.2 Não são permitidas instalações para venda de fogos de artifícios para classes A e B nos locais de reunião de público. 4.2.3 Às edificações de comércio varejista de fogos de artifício, aplicam-se os seguintes requisitos: a) apresentar PSIP independente de área construída; b) possuir entradas distintas; c) iluminação de emergência; d) extintores; e) sinalização de emergência; f) sistema de proteção contra descarga atmosférica e aterramento; g) pisos antifaiscantes; h) todas as “saídas” devem ser dimensionadas e sinalizadas conforme norma técnica respectiva; i) as instalações elétricas devem ser a prova de explosão e executadas de acordo com a NBR 5410/97. j) o local deverá ter prévia aquiescência da prefeitura municipal, apresentado em documentação expedida pela pelo órgão municipal. 4.3 Afastamentos de outras edificações 4.3.1 Distância de 100 metros: a) estabelecimento de ensino de qualquer espécie, em qualquer nível; b) hospitais, maternidades, sanatórios, prontos-socorros, postos de saúde, casas de saúde, casas de repouso, creches e assemelhados; c) cinemas, teatros, casas de espetáculos, estádios de futebol, praças de esportes públicos ou particulares, templos religiosos, galerias comerciais, mercados, supermercados, shopping center e similares, feiras de

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qualquer espécie, bem como qualquer outro local de concentração de público; d) terminais e/ou pontos de parada de meios de transporte público (ônibus, trens, metrô etc.); e) repartições públicas; f) locais temporários de concentração de público. 4.3.2 Distância de 200 metros: a) posto de serviços em geral, fábricas e depósitos de explosivos, inflamáveis e/ou combustíveis líquidos e/ou gasosos, terminais de abastecimento de gás liquefeito de petróleo e similares. 4.4 Da estocagem 4.4.1 A estocagem de fogos de artifício em áreas urbanas obedecerá aos critérios abaixo, devendo ser ventilado e seco, protegido contra elevações bruscas de temperatura, e umidade que possam influir na degradação dos produtos: a) apresentar à CAT a lista com os artifícios pirotécnicos a explosão estocados na loja; b) será permitido o estoque de no máximo quatro unidades de cada artifício pirotécnico. 4.4.1.1 Produtos com validade prescrita deverão cumprir exigências do R 105. 4.4.2 A distância do empilhamento ao teto fica limitada em 1m. 4.4.3 Proibição de estocagem 4.4.3.1 Fica vedada a estocagem de pólvora ou fogos de estampido com fogos de artifício não explosivo. 4.4.4 De produtos a granel 4.4.4.1 Fica proibida a estocagem e comercialização de fogos de artifício a granel, seja de qualquer natureza e de qualquer tipo de embalagem (exemplos: sacos de papel, de ráfia, plástico e estopa). 4.4.4.2 Os fogos de artifício somente poderão ser expostos à venda devidamente acondicionados e com rótulos explicativos de seu efeito e de seu manejo e, onde estejam discriminadas sua denominação usual, sua classificação e procedência. 4.4.4.3 Fica proibida a existência de qualquer fonte de calor na área de venda. 4.5 Do manuseio 4.5.1 Fica proibida a manipulação, embalagem, montagem, desmanche ou qualquer outra alteração das características iniciais de fabricação do produto.

4.6 Da documentação 4.6.1 Deverão ser apresentados junto com o PSIP os seguintes documentos: a) autorização da administração municipal, para o comércio de fogos de artifício; b) memorial ou laudo descritivo de construção assinado por engenheiro responsável pela edificação e respectiva anotação de responsabilidade técnica; c) quadro em local visível na loja, que cite os artigos do Código do Consumidor sobre o limite de idade para compra de fogos de artifícios. 5. PRESCRIÇÕES DIVERSAS 5.1 Mostruário 5.1.1 A exposição de material fica limitada às caixas vazias, catálogos ou fotos dos produtos. 5.2 Fica reconhecida a ASSOBRAPI – Associação Brasileira de Pirotecnia, como entidade de direito privado que poderá prestar serviços de formação de pessoal técnico, assessoria e responsabilidade técnica pelos respectivos engenheiros habilitados na área de engenharia química, de minas ou de segurança. 5.2.1 A formação de pessoal técnico habilitado poderá ser feita por outra instituição, desde que comprovada competência e reconhecida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. 5.3 Os estabelecimentos comerciais deverão providenciar anualmente o CESIP, atestando a regularidade dos equipamentos de prevenção e combate a incêndio. 5.4 Os estabelecimentos que se dispuserem a realizar shows pirotécnicos, deverão, para isso apresentar cópia da identidade do encarregado de fogo, responsável pela queima junto à CAT. 5.5. Os shows pirotécnicos, de qualquer monta serão permitidos, desde que solicitado vistoria técnica no local do evento com antecedência de no mínimo de cinco dias úteis. 5.5.1 Para cada show pirotécnico deverá haver um profissional responsável. 5.5.2 Os seguintes documentos acompanharão esta solicitação: a) cópia do registro atualizado do encarregado de fogo, responsável pela queima; b) declaração de responsabilidade, por parte do encarregado de fogo, de que possui ciência desta

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Norma Técnica e que todos os itens de segurança serão cumpridos; c) documento formalizado informando o “nome fantasia”, razão social, CNPJ, nome e CRQ do responsável técnico pela fabricação e número de registro no Exército Brasileiro, da indústria fabricante dos fogos de artifício que serão utilizados; d) croqui, com assinatura do encarregado de fogo, do que será realizado no evento, contendo os seguintes itens: i. classe e quantidade de fogos de artifício a serem

utilizados; ii. detalhamento gráfico da disposição dos fogos,

separando-os por tipo e diâmetro interno dos dispositivos;

iii. distância de redes elétricas, estacionamentos, veículos, edificações, reservas ecológicas e quaisquer outras áreas que possam ser sensíveis a ação dos fogos de artifício;

iv. quantidade estimada de público; v. divisão do público estimado em blocos com no

máximo 50 x 100m e estabelecimento das vias internas para casos de emergência.

e) não haverá permissão de show pirotécnico em local onde seja previsto a presença de grande quantidade de público; f) a queima no mar deverá ter a prévia aquiescência do órgão próprio de fiscalização da marinha; g) apresentar a liberação de órgãos diversos quando assim a queima o requerer; h) distanciamento da zona de queima ao público presente; i) os dispositivos de solo deverão estar localizados conforme Tabela 1.

Tabela 1 – Distancia de segurança DIÂMETRO INTERNO DO

DISPOSITIVO DISTÂNCIA DE SEGURANÇA

1” (25mm) 38 metros 2” (50mm) 75 metros 3” (75mm) 112 metros 4” (100mm) 150 metros 5” (125mm) 185 metros 6” (150mm) 225 metros 7” (175mm) 262 metros 8” (200mm) 300 metros

10” (250mm) 375 metros

5.5.3 Para dispositivos com diâmetro interno acima de 10” (250mm) deverá ser feita uma análise de risco por parte do responsável pelo evento, a qual deverá ser submetida a avaliação e aprovação do CBMCE. 5.5.4 A distância de segurança utilizada para escolas, creches, hospitais, depósitos de inflamáveis, penitenciárias e estabelecimentos de reabilitação de menores infratores deverá ser no mínimo duas vezes maior que o disposto na tabela do item de afastamento de edificações.

5.6 Das construções provisórias 5.6.1 As barracas de vendas de fogos a varejo, não poderão ter área superior a 12m2 e só poderão funcionar no período autorizado. 5.6.2 O local deverá ter prévia aquiescência da prefeitura municipal. 5.6.3 As barracas devem possuir extintores de acordo com a área a proteger.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 015/2008

SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO CEARÁ

NORMA TÉCNICA N° 015/2008

SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece as condições a serem atendidas pelas edificações e áreas de risco em que seja necessária a instalação do sistema de chuveiros automáticos, de acordo com o previsto na Norma Técnica n.o 001/2008. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se a todas as edificações e áreas de risco onde for exigida a instalação do sistema de chuveiros automáticos. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 O sistema de proteção por chuveiros automáticos será elaborado de acordo com critérios estabelecidos na NBR 10.897 e na NBR 13.792, desde que não contrarie as adequações constantes desta Norma Técnica. 4.2 A classificação do risco, área de operação, tabelas e demais parâmetros técnicos deverão seguir os critérios contidos nas normas brasileiras citadas. 4.3 Para fins de apresentação do projeto junto à Coordenadoria de Atividades Técnicas, além do atendimento dos critérios definidos nas normas técnicas específicas, deverá ser apresentado o esquema isométrico da área de operação e caminhamento da tubulação até o abastecimento de água.

4.4 Nas edificações onde houver exigência da instalação do sistema de chuveiros automáticos, deve-se atender a todas as áreas comuns da edificação. 4.4.1 Nas edificações existentes, onde não exista exigência do sistema de chuveiros automáticos ou quando este for proposto como solução técnica alternativa, pode ser utilizada a instalação parcial, atendendo às demais exigências previstas nas normas técnicas oficiais. 4.5 A critério do projetista, a instalação de chuveiros automáticos em casa de máquinas, subestações, casa de bombas de incêndio, sala de gerador e similares, onde haja exclusivamente equipamentos elétricos energizados, pode ser substituída pela instalação de detectores, ligados ao sistema de alarme do prédio ou ao alarme do sistema de chuveiros automáticos. 4.6 A substituição do item acima fica limitada a compartimentos com área máxima de 200m². 4.7 Nos casos de edificações com ocupação mista, a reserva de incêndio deve ser calculada em função da vazão de risco mais grave e do tempo de funcionamento do risco predominante. 4.8 O dimensionamento do sistema pode ser feito por tabelas, tabelas e cálculo hidráulico ou cálculo total, de acordo com a norma adotada. 4.9 Nos casos em que hidrantes são instalados em conjunto com o sistema de chuveiros automáticos, devem ser garantidas as vazões e pressões mínimas exigidas, sendo somadas as reservas efetivas de água para o combate a incêndios, e que atendam aos requisitos técnicos previstos nas normas técnicas específicas. 4.9.1 As tubulações para hidrantes devem ser conectadas às tubulações principais de forma que estejam em condições de operar quando o sistema de chuveiros automáticos estiver em manutenção. 4.10 Quando não houver necessidade da instalação de mais do que uma válvula de governo e sendo a reserva efetiva, situada acima do pavimento mais elevado, a instalação desta válvula de governo pode ser dispensada, substituindo-se por válvula de retenção instalada na expedição da bomba e chave de fluxo para acionamento do alarme, de modo que atenda às funções da válvula de governo e alarme.

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4.11 O gongo hidráulico, normalmente presente nas válvulas de governo e alarme, pode ser substituído pelo alarme elétrico, interligando a mesma ao sistema de alarme principal da edificação, de forma a avisar quando passar água no sistema a partir do funcionamento de um único chuveiro. 4.12. O circuito do alarme de que trata o item anterior deverá ser supervisionado. 4.13 O registro de recalque para chuveiros automáticos deve conter sinalização e indicação claras, de forma a ser diferenciado do recalque do sistema de hidrantes. 4.14 Não são aceitas placas de orifício para balanceamento do sistema de chuveiros automáticos. 4.15 Quando for necessária a redução de pressão, em sistemas conjugados ou não, deverão ser utilizadas válvulas redutoras de pressão, aprovadas para o uso em instalações de proteção contra incêndios. 4.16 A tabela 1 apresenta as condições mínimas de funcionamento do sistema de chuveiros automáticos para cada classe de risco de ocupação.

Tabela 1 – Condições mínimas de funcionamento do sistema de chuveiros automáticos

Classificação dos riscos

Requisitos de abastecimento de água para sistema de chuveiros automáticos elaborados

por tabela ou cálculo hidráulico

Pressões e vazões mínimas na válvula de alarme e/ou

chave detectora de fluxo de água

Tempo mínimo de

operação para determinar a capacidade efetiva (min)

Pressões (kPa)

Vazões (L/min)

Risco leve 110 600 30

Risco ordinário (grupo I)

110 900 60

Risco ordinário (grupo II) 110 1.300 60

Risco ordinário (grupo III)

250 2.250 60

Risco extraordinário 350 3.000 90

Notas: 1) Nas pressões acima, é adicionada a pressão estática entre a válvula-alarme e/ou chave detectora de fluxo d´água e o chuveiro mais elevado. 2) Nas vazões acima, não estão incluídas vazões do sistema de hidrantes. 3) Nos sistemas de chuveiros dimensionados por cálculo hidráulico total, as pressões acima são substituídas pelas pressões resultantes do cálculo.

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ANEXO A

PASSOS BÁSICOS PARA CÁLCULOS HIDRÁULICOS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

A.1 A técnica de projeto hidráulico pode ser resumida em 15 passos básicos. Esses passos podem ser usados como um guia para o projeto do sistema ou como um “check list” para a análise do projeto. A.2 Os 15 passos são os seguintes: Passo 1: Identificar a ocupação ou o risco a ser protegido. Passo 2: Determinar o tamanho da área de aplicação dos chuveiros automáticos. Passo 3: Determinar a densidade de projeto exigida. Passo 4: Estabelecer o número de chuveiros contidos na área de cálculo. Passo 5: Determinar o formato da área de cálculo. Passo 6: Calcular a vazão mínima exigida para o primeiro chuveiro. Passo 7: Calcular a pressão mínima exigida para o primeiro chuveiro. Passo 8: Calcular a perda de carga entre o primeiro e o segundo chuveiro. Passo 9: Calcular a vazão do segundo chuveiro. Passo 10: Repetir os passos 9 e 10 para os chuveiros seguintes até que todos os chuveiros do ramal estejam calculados. Passo 11: Se a área de cálculo se estender até o outro lado do subgeral, os passos 6 até 10 são repetidos para o lado oposto. Os ramais que cruzam deverão ser balanceados com a mais alta pressão de demanda. Passo 12: Calcular o fator K para a primeira subida, com fatores adicionais calculados para as linhas desiguais. Passo 13: Repetir os passos 8 e 9 para as subidas (ao invés de chuveiros) até que todas as subidas da área de cálculo tenham sido calculadas. Passo 14: Computar a perda de carga no ponto de abastecimento com as compensações devido a desníveis geométricos, válvulas e acessórios e diferença de materiais da tubulação enterrada.

Passo 15: Comparar a vazão calculada com o suprimento de água disponível.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COORDENADORIA DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA N.O 016/2008

COBERTAS COMBUSTÍVEIS

FORTALEZA – CEARÁ FEVEREIRO/2008

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NORMA TÉCNICA N° 016/2008 COBERTAS COMBUSTÍVEIS

SUMÁRIO

1 Objetivo 2 Aplicação 3 Definições 4 Procedimentos Anexos

1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece as condições mínimas de segurança para edificações que tenham suas coberturas construídas com fibras de sapé, piaçava e similares. 2 APLICAÇÃO 2.1 A presente Norma Técnica aplica-se às edificações que tenham cobertas construídas com fibras de sapé, piaçava e similares. 3 DEFINIÇÕES 3.1 Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da Norma Técnica nº 002/2008 – Terminologia e Simbologia de Proteção Contra Incêndio. 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Instalações elétricas 4.1.1 As instalações elétricas devem ser projetadas e executadas segundo normas técnicas oficiais. 4.1.2 A fiação e os componentes da instalação elétrica devem ser corretamente dimensionados para evitar superaquecimentos e curto-circuitos que possam inflamar as fibras vegetais. 4.1.3 A fiação que não estiver embutida em alvenaria ou concreto deve estar totalmente protegida por eletrodutos metálicos. 4.2 Fontes de calor 4.2.1 As fontes de calor que podem inflamar as fibras combustíveis devem ser isoladas e mantidas à distância mínima de 5 m.

4.2.2 Fogões, fornos, churrasqueiras e similares devem estar no interior de compartimentos com piso, paredes e cobertura incombustíveis. 4.2.3 As saídas de chaminés, coifas e congêneres devem também estar à distância mínima de 2 m de qualquer parte da cobertura combustível e nunca acima de sua projeção, de forma a evitar que fagulhas ou gases quentes sejam conduzidos para a cobertura combustível. (Figura 1)

Figura 1 – Afastamentos de coifas e chaminés da

coberta combustível 4.2.4 Depósitos de combustíveis como gás liquefeito de petróleo (GLP) devem estar fora da projeção da cobertura e distante pelo menos a 3m do seu alinhamento (Figura 2), respeitando também os parâmetros da norma técnica específica.

Figura 2 – Afastamentos da coberta combustível

de central de gás liquefeito de petróleo 4.3 Afastamentos 4.3.1 As edificações de cobertura de sapé devem ter isolamento de risco conforme norma técnica específica. 4.3.2 Manter distância mínima de 100 m de depósitos ou de postos de abastecimento de combustíveis, gases inflamáveis (como o gás

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará Página 3 de 3

liquefeito de petróleo) e fábricas ou revendas de explosivos ou fogos de artifício. 4.4 Saídas 4.4.1 As saídas devem ser mantidas livres e desimpedidas, de acesso facilitado, de forma que os ocupantes não tenham dificuldade em abandonar a edificação em caso de sinistro. 4.4.2 As portas de saída não devem estar alinhadas em uma única parede; e, preferencialmente, em lados opostos. 4.4.3 A largura das saídas, corredores, escadas ou rampas será calculada tomando como base 0,01 m por pessoa. 4.4.3.1 O valor mínimo da largura das saídas é 2m. 4.4.3.2 Para o cálculo do número de pessoas, adotar a área ocupada por pessoa como sendo 0,50 m2 (área construída). 4.4.4 No caso em que a população total, incluindo clientes e funcionários, for superior a 50 pessoas, será obrigatória a instalação de sistema de iluminação de emergência, projetado e executado segundo normas técnicas oficiais, bem como barras anti-pânico nas saídas de emergência. 4.4.5 A distância máxima a ser percorrida para a saída da edificação nunca poderá ser superior a 15m. 4.4.6 Devem ser previstos acessos e saídas para deficientes físicos, segundo a NBR 9050/94. 4.5 Pessoal treinado 4.5.1 Todos os funcionários, independentemente da área construída, devem possuir treinamento teórico e prático de técnicas de prevenção e combate a incêndios, conforme norma técnica de específica. 4.5.2 Todos os funcionários treinados deverão compor a brigada contra incêndio da edificação. 4.6 Medidas de segurança contra incêndios 4.6.1 Para as edificações com área construída total, independentemente da área de cobertura,

até 200 m2, serão exigidos projeto de segurança contra incêndio e pânico, extintores portáteis, sinalização e saídas. 4.6.2 Para as edificações com área construída superior a 200 m2, independentemente da área de cobertura combustível, serão exigidos os seguintes sistemas: a) projeto de segurança contra incêndio e pânico; b) extintores portáteis e/ou sobre-rodas; c) sinalização; d) rotas de fuga e saídas de emergência; e) proteção passiva nas fibras vegetais, acima e abaixo da cobertura, para o tempo de resistência ao fogo de 60 minutos; 4.6.3 Edificações de área superior a 750 m2, além das medidas de segurança exigidas em 4.6.2, deverão ainda contar com sistema de hidrantes e alarme manual, sendo dispensados os extintores sobre-rodas. 4.6.4 O sistema de aspersão de água que visa manter as fibras permanentemente úmidas ou destinadas ao próprio combate das chamas, sem prejuízo das demais medidas constantes desta norma, deve ser projetado para edificações com área de coberta superior a 200m2. 4.6.4.1 Quando a área da coberta for superior a 750m2 o sistema de aspersão deve possuir temporizador com intervalos máximos de uma hora de acionamento. 4.7 Disposições gerais 4.7.1 As edificações enquadradas nesta norma devem possuir, no máximo, dois pavimentos (térreo e primeiro andar). 4.7.1.2 Não são permitidos subsolos. 4.7.2 Chapas metálicas, abaixo da cobertura combustível, podem ser empregadas sem prejuízo às demais medidas de proteção contra incêndio acima definidas. 4.7.3 Edificações de área superior a 900 m2 devem ser submetidas à análise prévia da Câmara Técnica do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará para a utilização das cobertas previstas nesta norma.