normas técnicas aplicadas a segurança do trabalho

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Curso e Colégio Gabarito Curso Técnico em Segurança no Trabalho APOSTILA INTRODUÇÃO A SEGURANÇA NO TRABALHO PROFESSOR: Eng. Abraão Santos Silva

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INTRODUO A ENGENHARIA DE SEGURANA NO TRABALHO INTRODUO A ENGENHARIA DE SEGURANA NO TRABALHO Curso e Colgio GabaritoCurso Tcnico em Segurana no Trabalho

APOSTILA

INTRODUO A SEGURANA NO TRABALHO

PROFESSOR: Eng. Abrao Santos Silva Aracaju /SEFevereiro / 2015 SUMRIO CAPITULO 1 - ASPECTOS HUMANOS, SOCIAIS E ECONMICOS DA ENGENHARIA6 1.1 INTRODUO6 1.2 - PREVENO DE DOENAS PROFISSIONAIS7 1.3 - PREVENO DE ACIDENTES DE TRABALHO8 1.4 - SIGNIFICADO ECONMICO SOCIAL DAS DOENAS OCUPACIONAIS E ACIDENTES NO TRABALHO9 1.5 - HISTRICO10 CAPTULO 2 ACIDENTES DE TRABALHO15 2.1 EVOLUO DO ACIDENTE DE TRABALHO15 2.2 - ACIDENTE27 2.3 TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO28 2.4 CAUSAS DOS ACIDENTES29 A) FALTA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANA:30 B) RECUSA DO TRABALHADOR EM USAR O EPI:30 C) IMPRUDNCIA, IMPERCIA OU NEGLIGNCIA DO TRABALHADOR:30 E) FALTA DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO:31 Trabalho (SESMT)31 ANEXO 2 - NR-05 - Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA35 ANEXO 3 - NR - 05 - MAPA DE RISCOS58 F) ACIDENTES DE TRNSITO:71 G) FORA MAIOR, CASO FORTUITO:72 H) LCOOL, TABAGISMO E TXICOS:72 2.5 - EFEITOS DO ACIDENTE SOBRE O HOMEM74 2.6 - A SITUAO PREVIDENCIRIA E LEGAL DO ACIDENTADO74 2.7 - RESPONSABILIDADE CIVIL PELO ACIDENTE762.8 - LEGISLAO BSICA PREVENTIVA DE SEGURANA DO TRABALHO77CAPTULO 3 LEGISLAO853.1- HIERARQUIA DAS NORMAS JURDICAS:85 3.1.1 - PRIMEIRAS LEIS TRABALHISTAS:86 3.2 - ETAPAS DO INQURITO POLICIAL DE ACIDENTE DE TRABALHO COM MORTE:87 CAPTULO 4 - NORMALIZAO89 4.1- ORGANISMOS NORMATIVOS:89 4.1.1 - ISO - International Standart Organization89 4.1.2 - COPANT - Comisso Pan-americana de Normas Tcnicas89 4.1.3 - ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas90 4.2 - PREPARO DO PROJETO DE NORMA TCNICA:94 4.3 - TIPOS DE NORMAS TCNICAS:96 4.3.1- Procedimento (N) (NB):96 4.3.2 - Especificaes (E) (EB)96 4.3.3 - Metodologia (M) (MB)96 4.3.4 - Padronizao (P) (PB)96 4.3.5 - Outros tipos de Normas:96 4.4 ESTRUTURAS DAS NORMAS98 CAPITULO 5 - ANLISE E COMUNICAO DO ACIDENTE DE TRABALHO99 5.1 - COMUNICAO DE ACIDENTES:99 5.2 - FICHA DE ANLISE:100 5.3 - RELATRIO DO ACIDENTE DE TRABALHO:100 5.4 - FICHA ANALTICA E QUADRO ESTATSTICO:100 CAPITULO 6 - CADASTROS DE ACIDENTES102 6.1 - AVALIAO DOS RESULTADOS:102 6.2 - COEFICIENTES DE FREQNCIA (CF):102 6.3 - COEFICIENTE DE GRAVIDADE (CG):1036.4 - TABELA DE DIAS DEBITADOS:1046.5 - NDICE DE AVALIAO DA GRAVIDADE (IAG):1056.6 - AVALIAO DO SISTEMA CONVENCIONAL DE ANLISE DE ACIDENTES:105 CAPTULO 7 - CUSTO TOTAL DOS ACIDENTES108 CAPTULO 8 - PREVNO DE INCNDIOS133 8.1 - INTRODUO:133 8.2 - INCNDIO:133 8.2.1 - Causas dos Incndios133 8.2.2 - Como Apagar um Incndio134 8.3 - CLASSES DE FOGO:134 8.4 - DISPOSITIVOS DE COMBATE A INCNDIOS:134 8.4.1 - Sistema de alarme:134 8.4.2 - Rede de hidrantes:134 8.4.3 - Sistemas de Sprinklers:134 8.4.4 - Extintores (dispositivos portteis):135 CAPTULO 9 - VENTILAO INDUSTRIAL137 9.1 - DEFINIO137 9.2 - TIPOS DE VENTILAO137 9.2.1 - Insuflao e Exausto Naturais137 9.2.2 - Insuflao Mecnica e Exausto Natural137 9.2.3 - Insuflao Natural e Exausto Mecnica137 9.2.4 - Insuflao E Exausto Mecnica138 9.3 - PROPRIEDADES DO AR138 9.4- ALGUNS CONCEITOS DE FENMENOS DE TRANSPORTE139 9.4.1- Presso Esttica:139 9.4.2 - Presso de Velocidade:139 9.4.3 - Equao da Conservao de Energia1409.4.4 - Duto Circular Versus Duto Retangular1419.5 - VENTILAO GERAL DILUIDORA146

D) DEFEITO NOS EQUIPAMENTOS E MQUINAS COM OS QUAIS SE TRABALHA:30 ANEXO 1 - NR-04 - Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Organograma do Acidente de Trabalho........................................................................28 Figura 2 Embriaguez ..................................................................................................................73 Figura 3 Efeitos do acidente sobre o homem .............................................................................74 Figura 4 - Elaborao de uma norma.............................................................................................95 Figura 5 - Estrutura de uma norma................................................................................................98 Figura 6 - Grupo de leses.............................................................................................................99 Figura 7 - Comunicao de um acidente.....................................................................................101 Figura 10 - insuflao e exausto mecnica................................................................................138 CAPITULO 1 - ASPECTOS HUMANOS, SOCIAIS E ECONMICOS DA ENGENHARIA

1.1 INTRODUO Na Amrica Latina observa-se que os governos utilizam como principal recurso para sair da etapa de subdesenvolvimento um acelerado processo de industrializao em curto prazo. Embora este processo de industrializao traga inegveis benefcios econmicos, traduzidos em progressivos aumentos da renda per capita e da, melhores nveis de vida para a populao desses pases, necessrio se considerar conjuntamente com esses positivos benefcios econmicos, a agresso constante a que est exposto o homem em seus meios de trabalho e sua comunidade. De outra forma, deve entender-se que antieconmico buscar o desenvolvimento industrial de um pas, sem resolver as consequncias sanitrias e sociais que este traz consigo. Obtm-se um resultado final negativo, quando se verifica que o custo das enfermidades e acidentes, superam os novos bens produzidos. A engenharia de Segurana deve ter como responsabilidade primria a preveno de doenas ocupacionais (ou profissionais) e acidentes no trabalho. O pessoal mdico complementa a ao preventiva e de controle, nessas reas especficas. matria fundamental estudar o binmio homem-ambiente de trabalho, reconhecendo, avaliando e controlando os riscos que possam afetar a sade dos trabalhadores. Nesse sentido, ao considerar-se a preveno e reduo de riscos para a sade dos trabalhadores deve praticar-se o princpio estabelecido pela OIT ao declarar que: Segurana e Higiene no trabalho so conceitos individuais e devero ser tratados como dois aspectos de um mesmo problema, isto , o da proteo dos trabalhadores. Indubitavelmente, os programas de proteo para a sade dos trabalhadores devem condicionar-se a serem planejados levando em conta no s a preveno de acidentes e doenas profissionais, mas tambm a proteo, fomento e conservao da sade no sentido mais amplo como definido pela OMS: A sade um estado de completo bem estar fsico, mental e social, e no somente a ausncia de afeces ou enfermidades. Logo, a responsabilidade pela vida e sade dos trabalhadores est ligada ao trinmio Estado-Empresa-Trabalhador, j que os efeitos sobre a sade se manifestam nesses trs componentes. ASPECTO SOCIAL: Para ilustrar o efeito dos acidentes de trabalho sobre a sociedade, um exemplo dado a seguir. Supondo que um homem viva at os 60 anos, trabalhando dos 15 aos 50 anos (35 anos de trabalho). Quando criana ou aposentado sua produtividade negativa, enquanto sua produo de 10 unidades produtivas / ano no perodo em que trabalha. O consumo durante toda sua vida de 5 unidades produtivas / ano. Verificando-se o saldo de sua produo em toda sua vida tem-se: S = 35 x 10 - 60 x 5 = + 50 unidades produtivas / ano Supondo que este indivduo sofresse um acidente de trabalho aos 30 anos diminuindo sua produo para 5 unidades produtivas / ano, o saldo final seria: S = (30 - 15) x 10 + (50 - 30) x 5 - 60 x 5 = - 50 unidades produtivas / ano Destacam-se ainda outros problemas sociais decorrentes dos acidentes de trabalho, tais como: desemprego, a delinquncia, a mendicncia, etc. ASPECTO HUMANO: Para avaliar os danos causados ao ser humano devido aos acidentes de trabalho faz-se a seguinte pergunta: - Quanto vale a vida de um homem? So muitos os acidentes que levam a morte ou deixam sequelas que impossibilitam ou dificultam o retorno do homem ao trabalho, tendo como consequncia a desestruturao do ambiente familiar, onde tais infortnios repercutem por tempo indeterminado. Lembra-se aqui que o "homem a maior riqueza de uma nao". ASPECTO ECONMICO: O acidente de trabalho reduz significativamente a produo de uma empresa, alm de representar uma fonte de gastos como: remdios, transporte, mdico, etc. O prejuzo econmico decorre da paralisao do trabalho por tempo indeterminado, devido a impossibilidade de substituio do acidentado por um elemento treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influncia psicolgica negativa que atinge os demais trabalhadores e que interfere no ritmo normal do trabalho, levando sempre a uma grande queda da produo. O trabalhador tambm sofre com este prejuzo, apesar da assistncia e indenizaes recebidas atravs da Previdncia Social, pois isto no lhe garante necessariamente o mesmo padro de vida mantido at a ento. Aqui se encontra um bom motivo para se investir na preveno de acidentes de trabalho. 1.2 - PREVENO DE DOENAS PROFISSIONAIS fundamental prestar ateno apropriada limpeza, higiene e demais fatores que acondicionam os lugares de trabalho, para evitar as doenas profissionais. O estudo das doenas ocupacionais, suas causas e efeitos, levam a desenvolver tcnicas de preveno que junto podem produzir um maior bem-estar do trabalhador, e da, um aumento da produo. O controle das doenas ocupacionais compete primariamente ao pessoal de engenharia que, ao determinar a magnitude dos riscos, conhecer a toxicologia das substncias qumicas e os efeitos sobre a sade dos demais fatores que acondicionam o ambiente de trabalho, esto em posio adequada para aplicar os diversos mtodos e equipamentos de controle. O pessoal mdico ajuda, para um melhor xito, o controle das ditas doenas por meio de exames mdicos pr-admissionais, peridicos e de diagnstico precoce, pela seleo e colocao dos operrios de acordo com suas habilidades e adequao pessoal, pela educao e ensino de hbitos de higiene pessoal. Alm disso, necessrio contar com a cooperao das gerncias e dos trabalhadores para assegurar um contnuo interesse, superviso, inspeo e manuteno das prticas de controle. Em geral, o controle dos riscos para a sade dos trabalhadores obedece a uma srie de princpios bsicos. Na maioria dos casos um eficiente controle se pode obter ao aplicar uma combinao de medidas e em sua aplicao o denominador comum vem a ser a educao sanitria; fica implcito considerar tambm a boa operao e melhor manuteno dos componentes mecnicos selecionados. Entre os princpios bsicos utilizados na reduo dos riscos industriais, tem-se: ventilao geral, ventilao local exaustora, substituio de materiais, mudana de operaes e/ou processos, trmino de operaes, diviso de operaes, equipe de pessoal, manuteno, ordem e limpeza 1.3 - PREVENO DE ACIDENTES DE TRABALHO A preveno de acidentes o propsito primrio de um programa de segurana, permitindo a continuidade das operaes e a reduo dos custos de produo. Dessa forma, a preveno de acidentes industriais, no s um imperativo social e humano, como tambm um bom negcio. Como prevenir, significa impedir um evento, tomando medidas antecipadas, a anlise causal dos acidentes o mais importante passo na preveno dos mesmos. Est amplamente demonstrado, que os acidentes na indstria tm uma causa e podem ser prevenidos. As causas gerais dos acidentes so: As condies inseguras Equipamento defeituoso, falta de protetores, iluminao e ventilao inadequada, desordem e sujeira, falta de espao, falta de equipamento de proteo individual e/ou coletiva adequado, etc.

Os atos inseguros Negligncia, excesso de confiana, ignorncia, preocupaes alheias ao trabalho, imprudncia, impercia, falta de superviso, ordens mal entendidas ou mal executadas, temor, falta de cooperao, etc.

As atitudes inseguras Indiferena segurana, falta de interesse, etc.

As formas universais de sua preveno, uma vez conhecidas as causas mediante a anlise e investigao dos acidentes so: Engenharia Esta supe uma inspeo e reviso cuidadosa das condies inseguras. Alm disso, implica numa reviso dos processos e operaes que contribuem ao melhoramento da produo. Nesse aspecto interessante notar a importncia que tem as sugestes do pessoal mais experimentado.

Treinamento e educao Isto implica o conhecimento das regras de segurana, anlise de funo, o treinamento e desempenho da funo, instrues sobre primeiros socorros e preveno de incndios, conferncias aos supervisores, a educao profissional, a propaganda por meio de cartazes, sinais, avisos e quadros de segurana, concursos e campanhas organizadas, publicaes, etc.

Medidas disciplinares Constituem um ltimo recurso e no so bem aceitos. O problema no consiste em achar um culpado, mas modificar os atos inseguros e atitudes inseguras do pessoal, por meio de treinamento e propaganda para evitar acidentes. Em outras palavras, fundamental criar a mentalidade de segurana entre o pessoal.

Verifica-se que segurana no somente um problema pessoal (humano), mas que implica em engenharia, planejamento, produo, estatsticas, conhecimento das leis de compensaes e a habilidade de vender o programa gerncia e aos trabalhadores. 1.4 - SIGNIFICADO ECONMICO SOCIAL DAS DOENAS OCUPACIONAIS E ACIDENTES NO TRABALHO Os danos e custos que produzem os acidentes e doenas ocupacionais na indstria brasileira so de tal magnitude que as prprias indstrias devem compreender a necessidade de preveni-los. Antes dessa necessidade o governo estabelece a obrigatoriedade para que as empresas disponham de servios especializados em segurana, higiene e medicina do trabalho, com o propsito de evitar os acidentes e doenas ocupacionais e em consequncia as perdas que ocasionam. Sem dvida alguma, as doenas gerais oferecem um srio obstculo ao desenvolvimento socioeconmico de um pas, porque debilitam o trabalhador e restringem sua capacidade produtiva. Hoje, j sabe-se que um bom nmero de trabalhadores, por no disporem de adequadas condies de saneamento, precrias habitaes, com alimentao deficiente de protenas e vitaminas, com baixssima renda, com pouqussima ou nenhuma instruo em matria de higiene e expostos s doenas contagiosas, participam indubitavelmente do clssico crculo de Winslow, ou seja: a pobreza gera a doena e essa produz a pobreza. Outro aspecto fundamental que incide negativamente na economia do pas o fato de que os acidentes e doenas ocupacionais reduzem a capacidade de produo da fora mais valiosa de uma nao que a populao economicamente ativa, reduzindo-se a gerao de riqueza por incapacidade e/ou morte de um jovem trabalhador. Alguns pases criam leis dando aos trabalhadores compensaes monetrias pelo trabalho com txicos ou tarefas insalubres, ou lhes concedem jornadas reduzidas de trabalho, aumento de dias de frias, ou diminuio dos anos necessrios para a aposentadoria. Todas essas medidas no contribuem para a soluo dos problemas, afetam profundamente os custos e a produtividade ao subtrair uma quantidade enorme de jornadas de trabalho de pessoal experimentado. Prevenir ainda o melhor remdio. Segurana no Trabalho: a funo que tem por objetivo o estudo e a implementao de medidas que visam eliminar ou controlar os riscos existentes na execuo do trabalho, sejam eles relativos ao ambiente ou decorrentes de atitudes humanas, propiciando, dessa forma a eliminao dos acidentes ou, pelo menos, a reduo de sua frequncia e gravidade e consequentemente a manuteno e o aumento da condio produtiva. 1.5 - HISTRICO No Mundo Sculo XVI - George Bauer - levantamento sobre doenas e acidentes em trabalhadores de minas de ouro e prata (1556). 1700 - Mdico Bernardino Ramazzini - livro De Morbis Artificum Diatriba - relaciona cerca de 50 atividades profissionais com doenas - considerado o Pai da Medicina do Trabalho. 1760 - Incio da Revoluo Industrial (Inglaterra): Mulheres e crianas trabalhando em ambiente sem condies sanitrias (higiene em geral). Mquinas inseguras, ruidosas, iluminao e ventilao deficientes, etc. Inexistncia de limites por horas de trabalho acidentes. Estas condies no incio da revoluo industrial causavam doenas at contagiosas. Diante desse quadro dramtico, cria-se no Parlamento Britnico uma comisso de inqurito - Sir. Robert Peel. 1802 - Lei de Sade e Moral dos Aprendizes: 12 horas/dia, Proibia trabalho noturno, - Lavar as paredes 2 vezes / ano, - Obrigava uso de ventilao. 1819 - Leis Complementares, poucos avanos devido forte oposio dos empregadores. 1830 - Mdico Robert Bauer - aconselha industrial amigo contratar 1 mdico para diariamente visitar a fbrica. 1833 - Factory Act - 1a lei efetiva no campo de proteo ao trabalhador. Aplicava-se a todas as empresas txteis movidas ao vapor ou energia hidrulica. Proibia trabalho noturno aos menores de 18 anos. 12 horas / dia. 69 horas / semana. Fabricas precisam ter escolas frequentadas por todos os trabalhadores menores que 13 anos. Idade mnima para o trabalho: 9 anos. Um mdico devia atestar se o desenvolvimento fsico da criana correspondia a sua idade cronolgica. 1834 - Robert Bauer - nomeado Inspetor Mdico da fabricas. 1842 - Industrial James Smith (Esccia) - contrata 1 mdico para examinar os menores trabalhadores antes de sua admisso ao servio, examin-los periodicamente, orient-los em relao a problemas de sade prevenindo as doenas ocupacionais ou no. Surgia a funo especfica do Mdico de Fbrica. No Brasil Sculo XIX - engenhos de acar e caf. 1889 - 630 fbricas e 54000 empregados. 1907 - 3200 fbricas - 150000 empregados. (1o Rio de Janeiro, 2 o So Paulo). 1907, 1912, 1917, 1920 - greves por melhores condies de trabalho. 1918 - 1 a lei sobre acidentes no trabalho. DL No 3724 de 15/01/1918. 1919 - Marca a presena dos 1as indstrias Americanas. As greves culminam no cdigo sanitrio de So Paulo. Lei 13.493 de 05/03/1919 - alteraes no DL 3724 1923 - Inspetoria de higiene industrial e profissional - Ministrio do Interior e Justia (DL. 16300). 1934 - Inspetoria de higiene e segurana do trabalho - MTIC (Ministrio do trabalho, indstria e comrcio) - 2a lei de acidentes do trabalho. Lei 24.637 de 10/07/1934 - alteraes no DL 3724. 1941 - Surge a ABPA - Associao Brasileira para Preveno de Acidentes 1942 - Diviso de higiene e segurana do trabalho. 1943 - CLT - DL. 5452 de 01/05/43 - captulo V - higiene e segurana do trabalho. Guerra Mundial influencia na Industrializao (CSN, Petrobrs) 1944 - DL. 7036/ M.T. de 10/11/44 - lei de acidentes - SESI. Revoga a lei 3724 1949 -Standart Oil (fbrica) - cria 1o Servio de Previdncia de Acidentes. Dcada de 50: II Congresso Pan-americano de Medicina do Trabalho. I Congresso Nacional de CIPAS. 1953 - Portaria 155 - regulamenta CIPAS - Comisso Interna de Preveno de Acidentes. Dcada de 60: CONPAT - Congresso Nacional de Preveno de Acidentes. 1963 - criada a Fundacentro - subordinada secretaria de segurana e medicina do trabalho do M.T. 1967 - nova lei de acidentes do trabalho. Lei 293 de 28/02/67 revoga o DL 7036 (1944). Lei 5316 de 14/09/67 - Seguro de acidentes no permanecer s no campo privado. 1968 - Portaria 32 - CIPAs. Dcada de 70: 1972 - Portaria 3237 - Segurana, higiene e medicina do trabalho. 1975 - Portaria 3460 - Segurana e medicina do trabalho. 1976 - Lei de Acidentes No 6367 de 19/10/76 (DL. 79037 de 24/12/76). Revoga a lei 5316. O seguro feito obrigatoriamente pelo INPS. 1977 - Lei 6514 - reviso do captulo V, ttulo II da CLT. (DL 5452) 1978 - Lei No 83080 - Substitui e cancela 79037 (24/12/76) 1978 - Regulamentada a Lei 6514 - Portaria 3214 / MTb /78 Dcada de 80: 1983 - Portaria No 6 de 09/03/83 SSMT - MT - Alteraes da 3214. Alteraes da Nrs 1, 2, 3 e 6. 1988 - Portaria No 3067 de 12/04/88 - MT - Aprovao das normas regulamentadoras rurais - Segurana e Higiene do trabalho rural (art. 13 da lei 5889 de 08/06/73). Dcada de 90: 1991 - Lei 8213 - determina que o INSS cobre de empresas culpadas por acidentes de trabalho os benefcios pagos aos acidentados. 1992 Criao da FENATEST Federao Nacional dos Tcnicos de Segurana do Trabalho. Anos 2000: Criao de normas relativas ao uso das empresas do Perfil Profissiogrfico Previdencirio (PPP). Obs.: A empresa dever elaborar e manter atualizado perfil profissiogrfico previdencirio, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da resciso do contrato de trabalho ou do desligamento do cooperado, cpia autntica deste documento, sob pena de multa prevista no art. 283. Para fins de concesso de benefcios por incapacidade, a partir de 01/11/2003, a Percia Mdica do INSS poder solicitar empresa o PPP, com vista fundamentao do reconhecimento tcnico do nexo causal e para avaliao de potencial laborativo objetivando processo de reabilitao profissional.

CAPTULO 2 ACIDENTES DE TRABALHO 2.1 EVOLUO DO ACIDENTE DE TRABALHO No h notcias sobre a ocorrncia de acidentes do trabalho na poca em que o trabalho era meramente artesanal. De maneira anloga, as informaes so mnimas sobre os acidentes ocorridos atualmente nas indstrias de artesanato. Isso se verifica pelo fato do arteso pouco manusear mquinas, trabalhando basicamente com ferramentas e equipamentos de pequeno porte. O mesmo no acontece no sistema industrial, onde predomina a mquina e ferramentas de maior porte, onde os acidentes avolumam-se de maneira a preocupar trabalhadores, sindicatos e autoridades ligados ao setor trabalhista e previdencirio, e vrios segmentos da sociedade. Com o crescimento industrial, a proliferao de estabelecimentos empregatcios trouxe o consequente aumento dos acidentes. Nos EUA, em 1953, a previso de acidentes de trabalho por dia (mdia de 18 dias), assim se apresentava: Operrios mortos 62

Incapacitados permanentemente 350

Incapacitados temporariamente 7600

Total 8012

Na Itlia, s na indstria, ocorria anualmente, em 1976: Acidentes (inclusive doenas profissionais) 930000

Incapacidade permanente 40000

Total 970000

No Brasil, em 1972, a situao no foi melhor: Acidentes tpicos 1479318

Doenas do trabalho 2389

Acidentes de trajeto 23016

Total 1504723

Em 1976, somente no municpio de Osasco, na grande So Paulo, a situao era a seguinte: Empregados 150000

Acidentes 19732

Mortes 55

DISTRIBUIO DOS ACIDENTES DO TRABALHO PERFIL NAICONAL EM 1985 Dados da Revista CIPA nmero 106 em 1998 BRASIL

Acidentes Tpicos 1007864

Doena Profissional 3981

Acidentes no Trajeto 63320

EM SO PAULO

Acidentes Tpicos 476902

Doena Profissional 1822

Acidentes no Trajeto 24925

DISTRIBUIO DAS CONSEQUNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO PERFIL NACIONAL EM 1985 BRASIL

Simples Assistncia Mdica 152534

Incapacidade Temporria 904804

Incapacidade Permanente 27283

Mortes 4360

SO PAULO

Simples Assistncia Mdica 86798

Incapacidade Temporria 405384

Incapacidade Permanente 9429

Mortes 1234

No Brasil, em 1980, a situao foi (dados obtidos do Boletim Estatstico de Acidentes do Trabalho - BEAT): BRASIL

Acidentes Tpicos 1404531 (95,9%)

Doena Profissional 3713 (0,3%)

Acidentes no Trajeto 55967 (3,8%)

SO PAULO

Acidentes Tpicos 629182

Doena Profissional 1899

Acidentes no Trajeto 23334

Acidentes Segundo a consequncia para SO PAULO

Simples Assistncia Mdica 126143

Incapacidade Temporria 5380143

Incapacidade Permanente 9146

Mortes 1231

Evoluo dos acidentes do trabalho no Brasil - Acidentes liquidados segundo a consequncia. Tipos 1981 1982 1983 1984 1985

Assist. Mdica 166.613 140.123 124.134 131.179 152.534

Incapacid. Temp. 1.108.193 1.042.487 891.963 845.206 904.804

Incapacid. Perm. 29.921 31.816 30.166 28.628 27.283

Mortes 4.808 4.496 4.214 4.508 4.360

Total 1.309.535 1.218.922 1.050.477 1.009.516 1.088.981

Acidentes registrados segundo a classificao: Tipos 1981 1982 1983 1984 1985

Acidente tpico 1.215.539 1.117.832 943.110 901.238 1.007.864

Doena profissional 3.204 2.766 3.016 3.283 3.981

Acidente de trajeto 51.722 57.874 56.989 57.074 63.320

Total 1.270.465 1.178.472 1.003.115961.575 1.075.165

Massa segurada, percentagem de acidentes e custos por acidente: Ano Massa segurada * Acidentes do trabalho % Custo por acidente (CZ$)

1981 19.761.054 1.270.465 6,43 27,25

1982 20.057.468 1.178.472 5,88 64,49

1983 20.258.045 1.003.115 4,95 174,40

1984 20.260.438 961.575 4,74 694,13

1985 20.452.109 1.075.165 5,25 1.763,70

* Somente segurados cobertos pela Legislao acidentaria urbana. ESTATSTICAS DE ACIDENTES DE TRABALHO (1970-1999) Ano Trabalhadores Tpico Trajeto Doenas bitos Total

1970 7.284.022 1.199.672 14.502 5.937 2.232 1.220.111

1971 7.553.472 1.308.335 18.138 4.050 2.587 1.330.523

1972 8.148.987 1.479.318 23.389 2.016 2.854 1.504.723

1973 10.956.956 1.602.517 28.395 1.784 3.173 1.632.696

1974 11.537.024 1.756.649 38.273 1.839 3.833 1.796.761

1975 12.996.796 1.869.689 44.307 2.191 4.001 1.916.187

1976 14.945.489 1.692.833 48.394 2.598 3.900 1.743.825

1977 16.589.605 1.562.957 48.780 3.013 4.445 1.614.750

1978 16.638.799 1.497.934 48.511 5.016 4.342 1.551.461

1979 17.637.127 1.388.525 52.279 3.823 4.673 1.444.627

1980 18.686.355 1.404.531 55.967 3.713 4.824 1.464.211

1981 19.188.536 1.215.539 51.722 3.204 4.808 1.270.465

1982 19.476.362 1.117.832 57.874 2.766 4.496 1.178.472

1983 19.671.128 943.110 56.989 3.016 4.214 1.003.115

1984 19.673.915 901.238 57.054 3.233 4.508 961.525

1985 21.151.994 1.010.340 63.515 4.006 4.384 1.077.861

1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 4.578 1.207.859

1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 5.738 1.137.124

1988 23.661.579 926.356 60.202 5.025 4.616 991.583

1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 4.554 888.443

1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 5.355 693.572

1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 4.527 632.322

1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 3.516 532.514

1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 3.110 412.293

1994 23.667.241 350.210 22.824 15.270 3.129 388.304

1995 23.755.736 374.700 28.791 20.646 3.967 424.137

1996 23.838.312 325.870 34.696 34.889 4.488 395.455

1997 24.140.428 347.482 37.213 36.648 3.469 421.343

1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 3.793 414.341

1999 - 319.617 36.716 22.032 3.605 378.365

Total 546.600.455 30.039.5941.319.722 269.652 121.719 31.628.968

Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV. GRFICOS DOS ACIDENTES DE TRABALHO (1970-1999)

Obs: Enquanto o nmero de acidentes diminui, o nmero de mortes se mantm constante. Possivelmente, esse fato seja devido possibilidade de no haver registro sobre a ocorrncia de todos os acidentes, enquanto que a totalidade de mortes, obrigatoriamente, deve ser registrada. DADOS DE ACIDENTES DE TRABALHO NO ANO DE 2000 E 2001 Quantidade de Acidentes Registrados no Brasil Ano Tpico Trajeto Doena bitos Total

2000 304.963 39.300 19.605 3.094 363.868

2001 283.193 38.982 17.470 2.557 339.645

Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV. ACIDENTES DE TRABALHO POR REGIO NO BRASIL Ano 2000 Local Tpico Trajeto Doena Total

Norte 8.147 1.215 531 9.893

Nordeste 22.017 3.617 2.417 28.051

Sudeste 183.100 23.148 11.927 218.175

Sul 76.541 8.496 3.992 89.029

Centro-oeste 15.158 2.824 738 18.720

Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV.

Ano 2001 Local Tpico Trajeto Doena Total

NORTE 8.984 1.322 592 10.898

NORDESTE 20.751 3.612 2.491 26.854

SUDESTE 163.843 23.286 10.495 197.624

SUL 73.298 8.052 3.161 84.511

CENTROOESTE 16.317 2.710 731 19.758

Fonte: INSS/RIAS/SUB/CAT/DATAPREV.

TAXA DE ACIDENTES FATAIS POR 100 MIL TRABALHADORES a) NACIONAL: Fonte: OIT/MPAS b) INTERNACIONAL: Fonte: OIT/MPAS COMPARAO DE TAXAS DE ACIDENTES FATAIS ENTRE PAISES Os dados sobre a classificao de pases pela taxa acidentes de trabalho fatais no so muito confiveis, pois os dados no so completos. No se dispe de dados de pases potenciais como, por exemplo, a China. Outros tantos, como ndia e Paquisto, possuem dados parciais e ou referentes a apenas um tipo de atividade. Comparando-se as tabelas do MPAS com as da ILO, nota-se que alguns dados no tem o mesmo valor (Observao retirada do site: www.areaseg.com.br). ILO - International Labour Organization (OIT, em Ingls) MPAS Ministrio da Previdncia e Assistncia Social Pas Taxa Ano

Paquisto 86,001996

ndia 34,001997

El Salvador33,001998

Turquia 29,001997

Peru 18,601996

Brasil 17,202000

Equador 16,801994

Tailndia 15,401998

Malsia 15,001998

Singapura 14,201998

Mxico 12,001997

Fonte: OIT/MPAS Pontos a considerar: ndia - dados relativos minerao e explorao de pedreiras. Paquisto - dados relativos minerao e explorao de pedreiras. El Salvador - segundo o site da ILO a taxa de 36,6 em 1998. Singapura - o site da ILO, no mostra dados de 1998. Mostra 15,6 para 1997. * Malsia - o site da ILO, mostra 15,1 para a Malsia em 1998. Obs: Para dados mais completos veja http://laborsta.ilo.org, site de estatsticas da International Labor Organization (Organizao Internacional do Trabalho), DADOS DE ACIDENTES DE TRABALHO NA UNESP - CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA Alguns dados de acidentes de trabalho ocorridos na faculdade de engenharia, Unesp - Campus de Ilha Solteira so tambm apresentados, os quais foram obtidos nos ltimos 16 anos, no perodo entre 1987 a 2003: Total de Leses que Requereram Assistncia Mdica ou 1 Socorros62,93%27,58%9,49%1 SocorrosAssistncia MdicaSem Informaes

2.2 - ACIDENTE Acidente um acontecimento infeliz, casual ou no, fortuito, imprevisto, que resulta em ferimento, dano, runa. Acidente do Trabalho: toda leso corporal ou perturbao funcional que, no exerccio ou por motivo de trabalho, resultar de causa externa, sbita, imprevista ou fortuita, determinando a morte do empregado ou a sua incapacidade para o trabalho, total ou parcial, permanente ou temporria. 2.3 TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO Trs so as formas de acidentes: 1) Acidente tpico, 2) Acidente "in itinere" ou de trajeto, 3) Doenas profissionais. Figura 1 - Organograma do Acidente de Trabalho 1) Acidente Tpico: aquele que decorre diretamente do exerccio do trabalho, a servio da empresa, provocando leso corporal, perturbao funcional ou doena que cause a morte, a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho. 2) Acidente "in itinere ou de trajeto: aquele que ocorre no trajeto do empregado; o que decorre no de sua prestao laborial, no enquanto trabalha, mas no trajeto de e para o trabalho. o acidente de trabalho indireto. Podem ser: a) A viagem do empregado; b) No perodo das refeies ou descanso; c) A ao de terceiros, em certos casos. a) A viagem pode ser: Em viagem a servio da empresa, seja qual for ao meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do empregado. No percurso da residncia para o trabalho ou deste para aquele. b) No intervalo para refeies podem ocorrer acidentes como intoxicao pela alimentao fornecida pelo restaurante do local de trabalho, gua contaminada no refeitrio, queda no refeitrio, nas ocasies de satisfao das necessidades fisiolgicas no local de trabalho, etc. Alm de desabamento, inundao ou incndio. c) Nesta categoria incluem-se: Sabotagem e terrorismo praticado por terceiros, inclusive companheiros de trabalho, Ofensa fsica intencional, inclusive de terceiros, por motivo de disputa relacionada com o trabalho. Ato de imprudncia ou negligncia de terceiros, inclusive companheiro de trabalho Ato de pessoa privada da razo. 3) Doenas Profissionais: so as decorrentes das condies ou excepcionais em que o trabalho seja executado, desde que, diretamente relacionada com a atividade exercida, cause reduo da capacidade para o trabalho 2.4 CAUSAS DOS ACIDENTES A) FALTA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANA, B) RECUSA DO TRABALHADOR EM USAR O EQUIPAMENTO, C) IMPRUDNCIA, IMPERCIA OU NEGLIGNCIA DO TRABALHADOR, D) DEFEITO NOS EQUIPAMENTOS E MQUINAS COM OS QUAIS SE TRABALHA, E) FALTA DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO, F) ACIDENTES DE TRNSITO, G) FORA MAIOR, CASO FORTUITO, H) LCOOL, TABAGISMO E TXICOS A) FALTA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANA: De alto custo aquisitivo, nem todos os empregadores sondados mostram simpatia pelos equipamentos de proteo (preo e conceituao). Na filosofia destes, somente os empregados sob maior risco eventualmente utilizar-se-iam de reduzido nmero de equipamentos. Nos trabalhadores que labutam a curta distncia de uma fonte qualquer de risco, no observada a disponibilidade de equipamentos de segurana, apesar de receberem fagulhas, forte calor, odores causadores de mal estar, poeiras, etc. O argumento mais frequente para no usarem os equipamentos, de que estes trabalhadores no esto expostos a perigo. B) RECUSA DO TRABALHADOR EM USAR O EPI: culos pesados, mscaras, capacetes, roupas mais espessas que os de uso habitual, calados com reforos, luvas, etc, constituem o equipamento de segurana do trabalhador. No corpo seu peso bem superior ao da indumentria habitual. Alegando desconforto e at mesmo perda da agilidade para a execuo das tarefas, os trabalhadores mostram-se pouco interessados no uso de EPI (conscientizao). C) IMPRUDNCIA, IMPERCIA OU NEGLIGNCIA DO TRABALHADOR: O simples uso de equipamentos de segurana no resolve o problema, se no forem tomados certos cuidados no ambiente de trabalho. O comportamento do trabalhador fator determinante de grande nmero de acidentes. A imprudncia, a negligncia e a impercia, expem o prestador de servios a mais de um risco de acidente dirio. Imprudncia a prtica de um ato perigoso, realiza-se uma conduta que a cautela indica que no deve ser realizada. A imprudncia positiva, ou seja, o sujeito pratica uma ao. Negligncia a ausncia de precauo ou indiferena em relao ao ato realizado. A negligncia negativa, ou seja: o sujeito deixa de fazer algo, opondo-se imprudncia. A imprudncia e a negligncia so atitudes antnimas entre si. Impercia a falta de aptido para o exerccio de arte ou profisso. possvel que, em face da ausncia de conhecimento tcnico ou prtico, causem-se acidentes. D) DEFEITO NOS EQUIPAMENTOS E MQUINAS COM OS QUAIS SE TRABALHA: As instalaes da empregadora, e os equipamentos (mquinas manuais e fixas, ferramentas, etc) de limitada durao, podem apresentar defeitos no momento do uso, simplesmente deixar de funcionar, como tambm apresentar rupturas em seu corpo. Problemas que podem at mesmo, causar danos letais aos que estiverem trabalhando com eles no momento. A pouca percia, a falta de correta manuteno, o desgaste e a m qualidade podem ser fatores determinantes deste problema. E) FALTA DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO: Empregados e empregadores, em seu maior nmero, so constitudos de pessoas leigas em matria de segurana e medicina do trabalho. Sensvel ao problema estabeleceu o legislativo no artigo 200 da CLT (Consolidao das Leis do Trabalho) - DL. 5452 de 01/03/1943: Art. 200: Cabe ao Ministrio do Trabalho estabelecer disposies complementares s normas de que trata este captulo, tendo em vista as peculiaridades de cada setor de trabalho. Atendendo ao disposto na citada norma legal, foi baixada a portaria 3214, de 08 de junho de 1978, que estabelece as NRs - Normas Regulamentadoras de segurana e medicina do trabalho. So ao todo 28 NRs e atualmente acrescidas das NRRs (Normas Regulamentadoras Rurais). A NR-4 alterada pela portaria No 33/83, estabelece: ANEXO 1 - NR-4 - Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho (SESMT). 4.1) As empresas privadas e pblicas, os rgos pblicos de administrao direta e indireta e dos poderes legislativo e judicirio, que possuam empregados regidos pela CLT, mantero obrigatoriamente, servios especializados em Engenharia de Segurana de em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a sade e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. 4.2) O dimensionamento dos servios especializados em engenharia de segurana e em medicina do trabalho vincula-se gradao do risco da atividade principal e ao nmero total de empregados do estabelecimento constantes dos quadros I e II anexos, observados as excees previstas nesta NR. 4.2.1 - Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de 1000 empregados e situados no mesmo estado, territrio ou Distrito Federal no so considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsvel, a quem caber organizar os servios especializados em engenharia de segurana e em medicina do trabalho. 4.2.1.1 - Neste caso, os Engenheiros de Segurana do Trabalho, os Mdicos do Trabalho e os enfermeiros do trabalho podero ficar centralizados. 4.2.2 - As empresas que possuam mais de 50% de seus empregados em estabelecimento ou setor com atividade cuja gradao de risco seja de grau superior ao da atividade principal devero dimensionar os SESMT em funo do maior grau de risco, obedecido o disposto no quadro II desta NR. 4.2.3 - A empresa poder constituir SESMT centralizado para atender a um conjunto de estabelecimentos pertencente a ela, desde que a distncia a ser percorrida entre aquele em que se situa o servio e cada um dos demais estabelecimentos no ultrapasse a 5000 m, dimensionando-o em funo do total de empregados e do risco, de acordo com o quadro II anexo e o subitem 4.2.2. 4.3.3) O servio nico de engenharia e medicina dever possuir os profissionais especializados previstos no quadro II anexo, sendo permitido aos demais engenheiros e mdicos exercerem engenharia de segurana e medicina do trabalho, desde que habilitados e registrados conforme estabelece a NR-27. 4.4) Os Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho devero ser integrados por engenheiro de segurana do trabalho, mdico do trabalho, enfermeiro do trabalho, tcnico de segurana do trabalho e auxiliar do trabalho, obedecido o quadro II. 4.4.1 - Para fins desta norma regulamentadora, as empresas obrigadas a constituir SESMT, devero exigir dos profissionais que as integram, comprovao de que satisfazem os seguintes requisitos: a) Engenheiro de Segurana do Trabalho: engenheiro ou arquiteto portador de certificado de concluso de curso de especializao em engenharia de segurana do trabalho, em nvel de ps-graduao. b) Mdico do Trabalho: mdico portador de certificado de concluso de curso de especializao em medicina do trabalho, em nvel de ps-graduao, ou portador de certificado de residncia mdica em rea de concentrao em sade do trabalhador ou denominao equivalente, reconhecida pela comisso nacional de residncia mdica, do MEC, ambos ministrados por Universidade ou Faculdade que mantenha curso de graduao em Medicina. c) Enfermeiro do Trabalho: enfermeiro portador de certificado de concluso de curso de especializao em enfermagem do trabalho, em nvel de ps-graduao, ministrado por Universidade ou Faculdade que mantenha curso de graduao em enfermagem. d) Auxiliar de Enfermagem do Trabalho: auxiliar de enfermagem ou tcnico de enfermagem portador de certificado de concluso de curso de qualificao de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituio especializada reconhecida e autorizada pelo MEC. e) Tcnico de Segurana do Trabalho: tcnico portador de comprovao de registro profissional expedido pelo MEC. 4.4.2 - Os profissionais integrantes dos SESMT devero ser empregados da empresa, salvo os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15 (referente ao engenheiro e tcnico de segurana). 4.9) O engenheiro de segurana do trabalho, o mdico do trabalho e o enfermeiro do trabalho devero dedicar, no mnimo, 3 horas (tempo parcial) ou 6 horas (tempo integral) por dia para as atividades dos SESMT, de acordo com o estabelecido no quadro II anexo, respeitada a Legislao pertinente em vigor. QUADRO I - GRAU DE RISCO PARA AS ATIVIDADES

CDIGO ATIVIDADES GRAU DE RISCO

01.11-2 Cultivo de cereais 3

01.31-7 Cultivo de frutas ctricas 3

01.41-4 Criao de bovinos 3

05.11-8 Pesca 3

10.0 Extrao de carvo mineral 4

11.1 Extrao de petrleo e gs natural 4

13.10-2 Extrao de minrio de ferro 4

15.11-3 Abate de reses, preparao de produtos de carne 3

15.23-7 Produo de sucos de frutas e de legumes 3

15.32-6 Refino de leos vegetais 3

15.41-5 Preparao de leite 3

15.51-2 Beneficiamento de arroz e fabricao de produtos do arroz 3

17.21-6 Fiao de algodo 3

19.31-3 Fabricao de calados de couro 3

19.10-0 Curtimento e outras preparaes de couro 4

20.21-4 Fabricao de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada ou aglomerada 4

22.11-0 Edio e impresso de jornais 3

23.30-2 Elaborao de combustveis nucleares 4

24.61-9 Fabricao de inseticidas 3

26.30-1 Fabricao de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 4

27.11-1 Produo de laminados planos de ao 4

28.11-8 Fabricao de estruturas metlicas para edifcios, pontes, torres de transmisso, andaimes e outros fins 4

29.40-8 Fabricao de mquinas-ferramentas 3

29.71-8 Fabricao de armas de fogo e munies 4

30.21-0 Fabricao de computadores 3

31.15-5 Fabricao de motores eltricos 3

32.10-7 Fabricao de material eletrnico bsico 3

34.20-7 Fabricao de caminhes e nibus 3

35.31-9 Construo e montagem de aeronaves 4

40.10-0 Produo e distribuio de energia eltrica 3

45.21-7 Edificaes (residenciais, industriais, comerciais e de servios - inclusive ampliao e reformas completas 4

45.25-0 Montagens industriais 4

45.41-0 Instalaes eltricas 3

64.20-3 Telecomunicaes 2

80.30-0 Educao superior 2

Em seus itens, a NR-4 regulamenta o servio destes profissionais, suas relaes com o empregador e empregados. O objetivo desse profissional levar ao trabalhador os conhecimentos necessrios a preveno de acidentes. Nem sempre, porm estas empresas mantm estes servios especializados na preveno de acidentes, o que acaba redundando em total ignorncia das normas de segurana. A falta desses profissionais no mercado de trabalho, segundo alegam, acarreta a inobservncia destas normas e os benefcios. difcil o contato direto do engenheiro com todos os trabalhadores. Ciente disto, o legislativo que editou a CLT e a portaria 3214/78, determina o seguinte: ANEXO 2 - NR-5 - Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA 5.1) As empresas privadas e pblicas e os rgos governamentais que possuam empregados regidos pela CLT ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento, por estabelecimento, uma Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA. 5.2) A CIPA tem como objetivo observar e relatar condies de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir at eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos, discutir os acidentes ocorridos, encaminhando aos SESMT e empregador o resultado da discusso, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e, ainda, orientar os demais trabalhadores quanto a preveno de acidentes. 5.3) A CIPA ser composta de representantes do empregador e dos empregados de acordo com as propores mnimas estabelecidas no quadro I desta NR ou com aqueles estipulados em outras NRs. 5.3.1 - A composio da CIPA dever obedecer a critrios que permitam estar representada a maior parte dos setores do estabelecimento, no devendo faltar em qualquer hiptese, a representao dos setores que ofeream maior risco ou que apresentem maior nmero de acidentes. 5.3.4 - Os membros titulares da CIPA, designados pelo empregador, no podero ser reconduzidos para mais de dois mandatos consecutivos. 5.4) Organizada a CIPA, a mesma dever ser registrada no rgo regional do Ministrio do Trabalho - MTb, at 10 (dez) dias aps a eleio. QUADRO II DIMENSIONAMENTO DOS SESMT

Numero de Empregados no Estabelecimento

Grau de Risco Tcnicos 50 a 100 101 a 250 251 a 500 501 a 1000 1001 a 2000 2001 a 3500 3501 a 5000 >5000 p/ cada grupo de 4000 ou frao acima de 2000 **

1 Tec. Seg. Trab. 1 1 1 2 1

Eng. Seg. Trab. 1* 1 1*

Aux. Enf. Trab. 1 1 1

Enf. Trab. 1*

Mdico Trab 1* 1* 1 1*

2 Tec. Seg. Trab. 1 1 2 5 1

Eng. Seg. Trab. 1* 1 1 1*

Aux. Enf. Trab. 1 1 1 1

Enf. Trab. 1

Mdico Trab 1* 1* 1 1

3 Tec. Seg. Trab. 1 2 3 4 6 8 3

Eng. Seg. Trab. 1* 1 1 2 1

Aux. Enf. Trab. 1 2 1 1

Enf. Trab. 1

Mdico Trab 1* 1 1 3 1

4 Tec. Seg. Trab. 1 2 3 4 5 8 10 3

Eng. Seg. Trab. 1* 1* 1 1 2 3 1

Aux. Enf. Trab. 1 1 2 1 1

Enf. Trab. 1

Mdico Trab. 1* 1* 1 1 2 3 1

* Tempo parcial (mnimo de 3 horas). ** O dimensionamento total dever ser feito levando-se em considerao o dimensionamento da faixa de 3501 a 5000 mais o dimensionamento do (s) grupo (s) de 4000 ou frao de 2000. OBS.: Hospitais, ambulatrios, maternidades, casas de sade e repouso, clnicas e estabelecimentos similares com mais de 500 empregados devero contratar um enfermeiro do trabalho em tempo integral. 5.4.1 - O registro da CIPA ser feito mediante requerimento ao Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho Martimo, acompanhado de cpia dos atos da eleio e da instalao e posse, contendo o calendrio anual das reunies ordinrias da CIPA, constando dia, ms, hora e local de realizao dos mesmos. 5.5) Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, sero eleitos em escrutneo secreto. 5.5.6 - O mandato dos membros eleitos da CIPA ter a durao de 1 (um) ano, permitida uma reeleio A CIPA ter as seguintes atribuies: e) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, a SIPAT - Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho, o) elaborar, ouvidos os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento, o mapa de riscos, o qual dever ser refeito a cada gesto da CIPA. 5.27) Os membros titulares da CIPA representantes dos empregados no podero sofrer despedida arbitrria, entendendo-se como tal a que no se fundar em motivo disciplinar, tcnico econmico ou financeiro. 5.27.1 - Ocorrendo a despedida, caber ao empregador, em casos de reclamao Justia do Trabalho, comprovar a existncia de qualquer dos motivos mencionados no item 5.27, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. DIMENSIONAMENTO DA CIPA QUADRO I OBS.: Os membros efetivos e suplentes tero representantes dos Empregadores e Empregados. As atividades econmicas integrantes dos grupos esto especificadas por CNAE nos QUADROS II e III. Nos grupos C-18 e C-18a constituir CIPA por estabelecimento a partir de 70 trabalhadores e quando o estabelecimento possuir menos de 70 trabalhadores observar o dimensionamento descrito na NR 18 - subitem 18.33.1. QUADRO II Agrupamento de setores econmicos pela Classificao Nacional de Atividades Econmicas - CNAE, para dimensionamento de CIPA QUADRO III Relao da Classificao Nacional de Atividades Econmicas - CNAE, com correspondente agrupamento para dimensionamento de CIPA ANEXO 3 - NR - 05 - MAPA DE RISCOS Mapa de Risco: uma representao grfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuzos sade dos trabalhadores: acidentes e doenas ocupacionais. Tais fatores tm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, mquinas, ferramentas, instalaes, suprimentos, e espaos de trabalho) e a forma de organizao do trabalho (arranjo fsico, ritmo de trabalho, gesto e planejamento de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.) O mapa de risco estabelecido na Portaria 3214 de 08 de Julho de 1978, atravs do ANEXO IV da NR 5 - MAPA DE RISCOS. 1) O mapa de riscos tem como objetivos: a) Reunir as informaes necessrias para estabelecer o diagnstico da situao de segurana e sade no trabalho da empresa. b) Possibilitar, durante a sua elaborao a troca e divulgao de informaes entre os trabalhadores, bem como estimular sua participao nas atividades de preveno. 2) Etapas de elaborao do mapa de risco: a) Conhecer o processo de trabalho no local analisado: Os trabalhadores: nmero, sexo, idade, treinamento profissionais e de segurana e sade, jornada; Os instrumentos e materiais de trabalho; As atividades exercidas; O ambiente. b) Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificao da tabela I; c) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficcia: Medidas de proteo coletiva; Medidas de organizao do trabalho; Medidas de proteo individual; Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatrios, vestirios, armrios, bebedouro, refeitrio, rea de lazer. d) Identificar os indicadores de sade: Queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos; Acidentes de trabalho ocorridos; Doenas profissionais diagnosticadas; Causas mais frequentes de ausncia ao trabalho. e) Conhecer os levantamentos ambientais j realizados no local; f) Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando atravs de crculo: O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na tabela I; O nmero de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do crculo; A especificao do agente (por exemplo: qumico - slica, hexano, cido clordrico; ou ergonmico - repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada tambm dento do crculo; A intensidade do risco, de acordo com a percepo dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de crculos. 3) Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, dever ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visvel e de fcil acesso para os trabalhadores. 4) No caso das empresas da indstria da construo, o Mapa de Risco do estabelecimento dever ser realizado por etapa de execuo dos servios, devendo ser revisto sempre que um fato novo e superveniente, modificar a situao de riscos estabelecida. CLASSIFICAO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS. Grupo 1 Verde Grupo 2 Vermelho Grupo 3 Marrom Grupo 4 Amarelo Grupo 5 Azul

Riscos Fsicos Riscos Qumicos Riscos Biolgicos Riscos Ergonmicos Riscos de acidentes

Rudos Vibraes Radiaes ionizantes Radiaes no ionizantes Frio Calor Presses anormais Umidade Poeiras Fumos Nvoas Neblinas Gases Vapores Substncias, compostos ou produtos qumicos em geral Vrus Bactrias Protozorios Fungos Parasitas Bacilos Esforo fsico intenso Levantamento e transporte manual de peso Exigncia de postura inadequada Controle rgido de produtividade Imposio de ritmos excessivos Trabalho em turno e noturno Jornadas de trabalho prolongadas Monotonia e repetitividade Outras situaes causadoras de "Stress" fsico e/ou psquico Arranjo fsico inadequado Mquinas e equipamentos sem proteo Ferramentas inadequadas ou defeituosas Iluminao inadequada Eletricidade Probabilidade de incndio ou exploso Armazenamento inadequado Animais peonhentos Outras situaes de risco que

podero contribuir para a ocorrncia de acidentes

MAPAS DE RISCO IDEALIZADOS AO LONGO DO CURSO DE FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO Na sequncia so apresentados alguns exemplos de mapas de risco. Em particular, apresentado o mapa de risco da Oficina Mecnica, englobando tambm a rea de Soldagem, o Almoxarifado e a sala dos tcnicos, todos estes setores instalados no bloco M-1, do Departamento de Engenharia Mecnica da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira FEIS. MAPA DE RISCO DA OFICINA MECNICA Objetivos O presente trabalho tem por objetivo o levantamento de um mapa de riscos da Oficina Mecnica, englobando tambm a rea de Soldagem, o Almoxarifado e a sala dos tcnicos, todos estes instalados no bloco M-1 do Departamento de Engenharia Mecnica da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira FEIS. Descrio das atividades No local citado acima so desenvolvidas atividades de ensino, bem como servios de usinagem, montagem de equipamentos, soldagem, entre outras. rea da Oficina Descrio dos riscos Riscos Fsicos Rudos: Lixadeiras, Tornos, Retificadora manual, Guilhotina, Furadeiras, Plainas, Fresadoras. Calor: Devido ao ambiente possuir pouca ventilao natural. Radiaes no ionizantes: Solda eltrica, fornos, soldas de oxiacetileno. Riscos Qumicos Em solventes: Hidrocarbonetos alifticos e destilados de petrleo; Em Thinner: steres, cetona, hidrocarbonetos, glicoteres; Em graxas: leos minerais, sabo de ltio; Em aditivos: Antiferrugem, anticorrosivo, antioxidante; Gasolina, lcool, Diesel, leo lubrificante. Riscos Ergonmicos Levantamento de peso (eventualmente); Servios com postura inadequada (eventualmente). Riscos de acidentes Arranjo fsico inadequado (na rea de Soldagem); Iluminao inadequada; Manuseio de produtos qumicos e trabalhos com soldagem. Profissionais que atuam na seo Darci Alves Ribeiro Edvaldo Silva de Arajo Ronaldo Mascoli Equipamentos de proteo utilizados A seguir so listados os equipamentos de proteo (individual e coletiva) que devem ser utilizados por questo de segurana: culos; Aventais de amianto; Luvas de amianto; Perneiras; Mangotes; Protetor auricular; Mscara respiratria; Ventiladores. Caractersticas do ambiente Janelas com pouca ventilao natural; Ventiladores suficientes; Iluminao Insuficiente; Mobilirio e equipamentos em bom estado de conservao. rea de Soldagem Instrumentos e materiais utilizados Mquinas de solda convencional, Tig e Oxiacetileno; Equipamento poli-corte e esmeril; Armrio para guardar os EPIs; Equipamentos de proteo coletiva (ventiladores e exaustores). Atividades exercidas Soldagem; Pinturas. Caractersticas do ambiente Exaustores; Ventiladores; Iluminao insuficiente; Janelas; Arranjo fsico inadequado. Riscos Fsicos Radiaes no-ionizantes (solda eltrica, solda de oxiacetileno). Riscos Qumicos Solventes; Thinner; Graxas; Aditivos. Riscos Ergonmicos Levantamento e transporte de peso. Equipamentos de proteo individual fornecidos Mscaras para soldagem; culos; Protetor auricular; Luvas: Aventais; Mscaras respiratrias. Almoxarifado Atividades exercidas Armazenagem de materiais (metlicos e no metlicos), caixas de eletrodos, varetas de solda, latas de graxa, compressores, entre outros. Caractersticas do Ambiente Iluminao inadequada; Ventilao precria; Arranjo fsico inadequado; Entrada inadequada para a matria-prima; Limpeza precria; Mobilirio precrio. Riscos Fsicos Calor; Rudo proveniente da sala ao lado (oficina). Riscos Qumicos Tintas; Solventes; Gasolina; leos; Poeira; Graxa. Riscos Ergonmicos Manuseio de materiais pesados (barras, chapas e trilhos de ao, entre outros). Riscos de Acidentes Materiais cortantes; Iluminao inadequada. Equipamentos de proteo individual fornecidos Luvas; Aventais; Mscara respiratria. Sala dos Tcnicos Instrumentos e materiais utilizados Rgua; Esquadro; Paqumetro. Atividades exercidas Preparo das aulas; Projetos; Controle da sada e entrada de materiais. Uso de computador Caractersticas do Ambiente Janelas com pouca ventilao; Iluminao insuficiente; Ar condicionado. Riscos Ergonmicos Iluminao insuficiente. Sugestes de melhora do prdio M-1 (oficina mecnica) Melhorar a iluminao em geral, tanto do setor de trabalho, bem como iluminao localizada; Melhoria da ventilao: ventiladores, exaustores e natural; Construir um banheiro para os funcionrios no local de trabalho, pois o que utilizado fica localizado fora do setor; Colocar em local visvel uma caixa de primeiros socorros. Descrio dos riscos rea da Oficina Riscos Fsicos Rudos: Lixadeiras, Tornos, Retificadora manual, Guilhotina, Furadeiras, Plainas, Fresadoras. Calor: Devido ao ambiente possuir pouca ventilao natural. Radiaes no ionizantes: Solda eltrica, fornos, soldas de oxiacetileno. Riscos Qumicos Em solventes: Hidrocarbonetos alifticos e destilados de petrleo; Em Thinner: steres, cetona, hidrocarbonetos, glicoteres; Em graxas: leos minerais, sabo de ltio; Em aditivos: Antiferrugem, anticorrosivo, antioxidante; Gasolina, lcool, Diesel, leo lubrificante. Riscos Ergonmicos Levantamento de peso (eventualmente); Servios com postura inadequada (eventualmente). Riscos de acidentes Arranjo fsico inadequado (na rea de Soldagem); Iluminao inadequada; Manuseio de produtos qumicos e trabalhos com soldagem. rea de Soldagem Riscos Fsicos Radiaes no-ionizantes (solda eltrica, solda de oxiacetileno). Riscos Qumicos Solventes; Thinner; Graxas; Aditivos. Riscos Ergonmicos Levantamento e transporte de peso Almoxarifado Riscos Fsicos Calor; Rudo proveniente da sala ao lado (oficina). Riscos Qumicos Tintas; Solventes; Gasolina; leos; Poeira; Graxa. Riscos Ergonmicos Manuseio de materiais pesados (barras, chapas e trilhos de ao, entre outros). Riscos de Acidentes Materiais cortantes; Iluminao inadequada F) ACIDENTES DE TRNSITO: Os acidentes ocorridos com veculos automotivos podem ser colocados entre os de maior nmero de acidentes de trajeto. TABELA I - CLASSIFICAO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS. Grupo 1 Verde Grupo 2 Vermelho Grupo 3 Marrom Grupo 4 Amarelo Grupo 5 Azul

Riscos Fsicos Riscos Qumicos Riscos Biolgicos Riscos Ergonmicos Riscos de acidentes

Rudos Vibraes Radiaes ionizantes Radiaes no ionizantes Frio Calor Presses anormais Umidade Poeiras Fumos Nvoas Neblinas Gases Vapores Substncias, compostos ou produtos qumicos em geral Vrus Bactrias Protozorios Fungos Parasitas Bacilos Esforo fsico intenso Levantamento e transporte manual de peso Exigncia de postura inadequada Controle rgido de produtividade Imposio de ritmos excessivos Trabalho em turno e noturno Jornadas de trabalho prolongadas Monotonia e repetitividade Outras situaes causadoras de "Stress" fsico e/ou psquico Arranjo fsico inadequado Mquinas e equipamentos sem proteo Ferramentas inadequadas ou defeituosas Iluminao inadequada Eletricidade Probabilidade de incndio ou exploso Armazenamento inadequado Animais peonhentos Outras situaes de risco que podero contribuir para a ocorrncia de acidentes

Curso de direo defensiva: Foi desenvolvido nos EUA pela National Safety Council - Foi trazido para o Brasil em 1971 pelo SENAI. Objetiva o aperfeioamento profissional do motorista Direo Defensiva: dirigir de modo que se evitem acidentes, apesar das aes incorretas de terceiros e condies adversas. G) FORA MAIOR, CASO FORTUITO: Fora maior: o fato que no provm da essncia da explorao, mas se forma fora dela; um agente material ou humano irrompendo de fora para provocar o acidente. Caso fortuito: fator proveniente das prprias condies da explorao, ao que acrescentaremos o fator humano, no intelectual, quer por parte do patro, quer dos operrios. So fatores externos ao trabalhador com os quais ele no contribui, mas acaba vtima no acidente. H) LCOOL, TABAGISMO E TXICOS: Embriaguez: a intoxicao aguda e transitria causada pelo lcool, cujos efeitos podem progredir de uma ligeira excitao inicial, at ao estado de paralisia e coma. Fases da embriaguez: a) Excitao (euforia, loquacidade, diminuio da capacidade de autocrtica), b) Depresso (confuso mental, falta de coordenao motora, irritabilidade, disartria - dificuldade de articulao das palavras devido a perturbao do sistema nervoso central (centro nervoso)), c) Sono (o brio cai e dorme, havendo anestesia e relaxamento dos esfncteres, culminando com o estado de coma). A embriaguez pode ser: Completa: correspondente a segunda e terceira fase, Incompleta: correspondente a 1a fase. Tendo em vista o elemento subjetivo do agente em relao embriaguez, esta pode ser: - Caso fortuito, - Fora maior. Figura 2 Embriaguez Despojado da plenitude de sua capacidade de raciocnio, o embriagado expe-se aos riscos com menos responsabilidade que o habitual. De reflexos mais acelerados, porm menos sensvel, o etilizado nem sempre reage com as devidas cautelas. No s a embriaguez no servio prejudicial, a habitual pode levar o brio a gradativa perturbao de seu equilbrio fsico e mental, de forma a exp-lo aos perigos de seu ambiente de trabalho, mesmo que jamais tenha se apresentado embriagado em servio. Sensvel aos problemas do lcool no organismo humano, a legislao trabalhista cuidou do brio atravs da CLT: Art. 482 - Constituem justa causa para resciso do contrato de trabalho pelo empregador: Embriaguez habitual ou em servio. Alm dos problemas no trabalho, o lcool afeta o fgado e o crebro. Tabagismo (fumo): o tabagismo, pouco atacado, proibido em coletivos interurbanos no Estado de So Paulo (lei Estadual 110), porm pouco praticada, merece mais ateno. O tabaco no pulmo do trabalhador contribui para acentuar os problemas oriundos de poeiras e outros agentes que atacam os pulmes, contribuindo para a evoluo da doena, antecipando os seus efeitos malficos sobre o trabalhador. Txicos: os entorpecentes, de comrcio e consumo proibidos por lei, atuando de forma nociva sobre o organismo e mente do homem, podem lev-lo a expor-se a acidentes, de forma ainda mais perigosa que o lcool. 2.5 - EFEITOS DO ACIDENTE SOBRE O HOMEM Morte: o fim da vida animal ou vegetal. Logo, a morte do empregado constitui a inutilizao mais completa que pode sofrer a mquina humana de trabalho. Morte, assim, o momento em que cessam todos as funes vitais do corpo, e este deixa de existir, entrando em processo de decomposio. Extinto o homem, extingue-se o seu trabalho e o seu emprego. Incapacidade: a impossibilidade para se realizar determinadas tarefas. Ela pode ser: a) Incapacidade temporria total: a impossibilidade de o trabalhador realizar, por certo espao de tempo, quaisquer trabalhos. b) Incapacidade temporria parcial: a reduo, por certo espao de tempo, da capacidade de trabalho. Figura 3 Efeitos do acidente sobre o homem c) Incapacidade permanente total: a incapacitao, por toda a vida, para o trabalho. d) Incapacidade permanente parcial: a reduo, por toda a vida, da capacidade de trabalho. Acidente Fatal: quando provoca a morte do trabalhador. Acidente grave: quando provoca leses incapacitantes no trabalhador. OBS.: No se deve esquecer que, por menos leso que sofra o trabalhador, nada paga as dores, o sofrimento e angstia, at o diagnstico da leso. Ansiedades e incertezas acompanham o trabalhador at a sua volta ao servio, pois a aposentadoria por incapacidade nunca se busca. 2.6 - A SITUAO PREVIDENCIRIA E LEGAL DO ACIDENTADO Inicialmente, no cabia ao trabalhador acidentado, qualquer assistncia e/ou indenizao, o que o deixava ao completo desamparo, caso no tivesse formado patrimnio antes do acidente, salvo se provasse culpa ou dolo do empregador, o que alm de oneroso, era praticamente impossvel, pois acidentes ocorridos no ambiente de trabalho tinham por testemunhas os empregados deste mesmo empregador, os quais tinham os seus empregos a zelar. No Mundo: Leis mais humanas que davam solues mais prticas ao problema foram aparecendo. Em 1884, na Alemanha, instituiu-se a assistncia mdica s vtimas de acidentes de trabalho. Aps a guerra de 1914, surgiu a ideia da readaptao. Mais tarde, apareceram as instituies previdencirias. No Brasil: A primeira lei sobre o assunto foi a de 1919, e cuidava apenas da assistncia mdica e da indenizao. O DL. 7036 de 1944, foi a primeira norma legal a atender o acidentado em seus trs aspectos: assistncia, indenizao e reabilitao. O DL. 293/67 cuidou apenas da assistncia mdica, deixando para a CLT, a reabilitao e preveno do acidente de trabalho, com as alteraes previstas no DL. 229/67. A lei 5316/67 restabeleceu em parte as conquistas, atendendo inclusive a preveno de acidentes e a reabilitao profissional dos acidentados. Situao previdenciria atual: A atual Consolidao das Leis da Previdncia Social, instituda pelo Decreto 89312 de 23 de janeiro de 1984, que a reeditou, a partir do artigo 160 estabelece os benefcios ao acidentado. Ao assumir integral responsabilidade pelos benefcios ao acidentado, esta legislao exclui o empregador de quaisquer responsabilidades pelo acidente de trabalho, tornando-o imune a encargos de qualquer natureza, salvo em manter o emprego e as contribuies previdncia, e depsito do FGTS. Aqui comeam os problemas. Isento de nus quanto ao acidentado, o empregador no se preocupa com a integridade fsica e/ou psquica de seus empregados. Ocorrido o acidente, basta comunic-lo previdncia social, que a partir de ento, responsvel pela vtima. A estabilidade provisria cessa com a reabilitao do empregado e seu retorno ao servio, o qual poder ter seu contrato de trabalho unilateralmente rescindido, ainda que sem justa causa, uma vez que atualmente, com o advento do FGTS, institudo pela lei 5107, substitui a estabilidade do artigo 492 da CLT (Decreto Lei 5452, de 01/05/1943), pagando-lhe o pouco a que tem direito. OBS.: Cobrana prevista na lei 8213 de 1991. Ela determina que o INSS cobre de empresas culpadas por acidentes de trabalho os benefcios pagos a acidentados. 2.7 - RESPONSABILIDADE CIVIL PELO ACIDENTE A) PESSOAS FSICAS E JURDICAS DE DIREITO PRIVADO: O cdigo civil estabelece alguns casos em que o responsvel por acidentes civilmente responsvel por indenizao. Tais casos no se aplicam ao acidente do trabalho que est coberto pela Previdncia Social. A legislao civil prev - Cd. Civil art. 1518: "Os bens do responsvel pela ofensa ou violao dos direitos de outrem, ficam sujeitos reparao do dano causado". No artigo 1521 so tambm responsveis pela reparao civil: I) II) III) O patro...... por empregados. no exerccio do trabalho que lhes competir, ou por ocasio dele (art. 1522). Art. 1522 A - A responsabilidade estabelecida no artigo antecedente, No III, abrange as pessoas jurdicas que exeram explorao industrial. No difcil perceber que as indenizaes acima estabelecidas referem-se somente a terceiros, e no ao empregado, concluso que se pode tirar do artigo 1521, III, pois o patro responsabilizado pelo ato de seus empregados. O direito de terceiros poder ser violado no caso de acidentes de trabalho. Neste caso, o empregador responsvel pelos danos que os seus empregados causarem a terceiros; quanto ao empregado, este encaminhado aos cuidados do rgo previdencirio a que pertence. B) PESSOA JURDICA DE DIREITO PBLICO: O Poder Pblico no est isento de responsabilidades, em caso de acidentes de trabalho, quanto indenizao a terceiros. Cd. Civil art. 15: As pessoas jurdicas de direito pblico so civilmente responsveis por atos de seus representantes que nessa qualidade causem danos a terceiros.... Desta forma, se o acidente ocorrer com empregado do servio pblico, no exerccio de suas atividades, aquele tambm responsvel em relao a terceiros. No importa o regime jurdico do servidor, nem to pouco a forma de sua investidura, basta que seja agente do servio pblico. Os empregados so encaminhados ao rgo previdencirio prprio. Logo, os danos decorrentes de acidentes de trabalho que atingir terceiros, obriga os empregadores indenizao, na forma prescrita pelo Cdigo Civil, seja o empregador: pessoa fsica, pessoa jurdica de direito privado ou de direito pblico. Quanto aos empregados, estes devem ser encaminhados previdncia social. 2.8 - LEGISLAO BSICA PREVENTIVA DE SEGURANA DO TRABALHO A) CLT - CONSOLIDAO DAS LEIS DO TRABALHO: A legislao bsica preventiva em matria de Segurana e Medicina do Trabalho a prpria CLT, que em seu captulo V, com redao que lhe deu a lei 6514/77, regula o assunto da seguinte forma: a) Os cdigos de obras ou regulamentos sanitrios dos Estados e Municpios, e as convenes coletivas de trabalho, podem complementar a legislao existente, uma vez que a aplicao dessa no desobriga aqueles (art. 154); b) Competncia dos rgos de mbito nacional e dos DRT (art. 155/156); c) Incumbncia dos empregadores e empregados (art. 17/158); d) Delegao de competncia no tocante fiscalizao e orientao das disposies relativas a este assunto (art. 159); e) Obrigatoriedade de inspeo prvia dos estabelecimentos empregadores, com faculdade de o delegado Regional do Trabalho interditar ou embargar obras desses estabelecimentos (art. 160/161); f) Obrigatoriedade de manuteno de Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA (art. 162/165); g) Obrigatoriedade de fornecimento, por parte do empregador, gratuito ao empregado, de equipamento aprovado pelo Ministrio do Trabalho (art. 166/167); h) Obrigatoriedade de exame mdico gratuito por ocasio da admisso do empregado, bem como notificao compulsria das doenas profissionais (art. 168/169); i) As condies de segurana e higiene dos edifcios (art. 170/174); j) As condies de iluminao e conforto trmico destes (art. 175/178); k) As condies eltricas e proibio de manuseio desta por quem no for qualificado (art. 179/181); l) A instalao de dispositivos de segurana em mquinas e equipamentos, bem como a proibio de manuteno de mquinas em movimento (art. 184/185); m) Segurana em caldeiras, com obrigatoriedade de inspeo peridica (art. 187/188); n) Regula as atividades insalubres e perigosas, obriga ao pagamento de adicionais nestas categorias e advertncia aos empregados de que trabalham nestas condies (art. 189/197); o) Estabelece o limite de carga a ser transportado pelo homem, e a colocao de assentos quando necessrio (art. 198/199). B) NORMAS REGULAMENTADORAS: O artigo 200 estabelece algumas normas sobre a segurana em geral, mas seu captulo determina a regulamentao de toda a matria, o que foi feito pela Portaria 3214, que estabelece as 28 NRs, as quais, resumidamente, estabelecem o seguinte: NR1 - Disposies Gerais: Estabelece o campo de aplicao de todas as Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do Trabalho do Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigaes do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema especfico. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 154 a 159 da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT. NR2 - Inspeo Prvia: Estabelece as situaes em que as empresas devero solicitar ao MTB a realizao de inspeo prvia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realizao. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 160 da CLT. NR3 - Embargo ou Interdio: Estabelece as situaes em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisao de seus servios, mquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela fiscalizao trabalhista, na adoo de tais medidas punitivas no tocante Segurana e a Medicina do Trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 161 da CLT. NR4 - Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas pblicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a sade e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 162 da CLT. NR5 - Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade das empresas pblicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comisso constituda exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortnios laborais, atravs da apresentao de sugestes e recomendaes ao empregador para que melhore as condies de trabalho, eliminando as possveis causas de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 163 a 165 da CLT. NR6 - Equipamentos de Proteo Individual - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI's a que as empresas esto obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condies de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a sade e a integridade fsica dos trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 166 e 167 da CLT. NR7 - Programas de Controle Mdico de Sade Ocupacional: Estabelece a obrigatoriedade de elaborao e implementao, por parte de todos os empregadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoo e preservao da sade do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 168 e 169 da CLT. NR8 - Edificaes: Dispe sobre os requisitos tcnicos mnimos que devem ser observados nas edificaes para garantir segurana e conforto aos que nelas trabalham. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 170 a 174 da CLT. NR9 - Programas de Preveno de Riscos Ambientais: Estabelece a obrigatoriedade de elaborao e implementao, por parte de todos os empregadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Preveno de Riscos Ambientais - PPRA, visando preservao da sade e da integridade fsica dos trabalhadores, atravs da antecipao, reconhecimento, avaliao e consequente controle da ocorrncia de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em considerao a proteo do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 175 a 178 da CLT. NR10 - Instalaes e Servios em Eletricidade: Estabelece as condies mnimas exigveis para garantir a segurana dos empregados que trabalham em instalaes eltricas, em suas diversas etapas, incluindo elaborao de projetos, execuo, operao, manuteno, reforma e ampliao, assim como a segurana de usurios e de terceiros, em quaisquer das fases de gerao, transmisso, distribuio e consumo de energia eltrica, observando-se, para tanto, as normas tcnicas oficiais vigentes e, na falta destas, as normas tcnicas internacionais. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 179 a 181 da CLT. NR11- Transporte, Movimentao, Armazenagem e Manuseio de Materiais: Estabelece os requisitos de segurana a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, movimentao, armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecnica quanto manual, objetivando a preveno de infortnios laborais. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 182 e 183 da CLT. NR12 - Mquinas e Equipamentos: Estabelece as medidas prevencionistas de segurana e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relao instalao, operao e manuteno de mquinas e equipamentos, visando preveno de acidentes do trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 184 e 186 da CLT. NR13 - Caldeiras e Vasos de Presso: Estabelece todos os requisitos tcnicos-legais relativos instalao, operao e manuteno de caldeiras e vasos de presso, de modo a se prevenir a ocorrncia de acidentes do trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 187 e 188 da CLT. NR14 - Fornos: Estabelece as recomendaes tcnicos-legais pertinentes construo, operao e manuteno de fornos industriais nos ambientes de trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 187 da CLT. NR15 - Atividades e Operaes Insalubres: Descreve as atividades, operaes e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerncia, definindo, assim, as situaes que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterizao do exerccio insalubre, e tambm os meios de proteger os trabalhadores de tais exposies nocivas sua sade. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 189 e 192 da CLT. NR16 - Atividades e Operaes Perigosas: Regulamenta as atividades e as operaes legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendaes prevencionistas correspondentes. Especificamente no que diz respeito ao Anexo n 01: Atividades e Operaes Perigosas com Explosivos, e ao anexo n 02: Atividades e Operaes Perigosas com Inflamveis, tem a sua existncia jurdica assegurada atravs dos artigos 193 a 197 da CLT.A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico caracterizao da energia eltrica como sendo o 3 agente periculoso a Lei n 7.369 de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da rea de eletricidade. A portaria MTB n 3.393 de 17 de dezembro de 1987, numa atitude casustica e decorrente do famoso acidente com o Csio 137 em Goinia, veio a enquadrar as radiaes ionizantes, que j eram insalubres de grau mximo, como o 4 agente febriculoso, sendo controvertido legalmente tal enquadramento, na medida em que no existe lei autorizadora para tal. NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parmetros que permitam a adaptao das condies de trabalho s condies psicofisiolgicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um mximo de conforto, segurana e desempenho eficiente. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 198 e 199 da CLT. NR18 - Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo: Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organizao, que objetivem a implementao de medidas de controle e sistemas preventivos de segurana nos processos, nas condies e no meio ambiente de trabalho na indstria da construo civil. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso I da CLT. NR19 - Explosivos: Estabelece as disposies regulamentadoras acerca do depsito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteo da sade e integridade fsica dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso II da CLT. NR20 - Lquidos Combustveis e Inflamveis: Estabelece as disposies regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de lquidos combustveis e inflamveis, objetivando a proteo da sade e a integridade fsica dos trabalhadores m seus ambientes de trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso II da CLT. NR21 - Trabalho a Cu Aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a preveno de acidentes nas atividades desenvolvidas a cu aberto, tais como, em minas ao ar livre e em pedreiras. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso IV da CLT. NR22 - Segurana e Sade Ocupacional na Minerao: Estabelece mtodos de segurana a serem observados pelas empresas que desenvolvam trabalhos subterrneos de modo a proporcionar a seus empregados satisfatrias condies de Segurana e Medicina do Trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos 293 a 301 e o artigo 200 inciso III, todos da CLT. NR23 - Proteo Contra Incndios: Estabelece as medidas de proteo contra Incndios, estabelece as medidas de proteo contra incndio que devem dispor os locais de trabalho, visando preveno da sade e da integridade fsica dos trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso IV da CLT. NR24 - Condies Sanitrias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestirios, refeitrios, cozinhas, alojamentos e gua potvel, visando a higiene dos locais de trabalho e a proteo sade dos trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso VII da CLT. NR25 - Resduos Industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem observadas, pelas empresas, no destino final a ser dado aos resduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a sade e a integridade fsica dos trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso VII da CLT. NR26 - Sinalizao de Segurana: Estabelece a padronizao das cores a serem utilizadas como sinalizao de segurana nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a sade e a integridade fsica dos trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que d embasamento jurdico existncia desta NR, o artigo 200 inciso VIII da CLT. NR27 - Registro Profissional do Tcnico de Segurana do Trabalho no Ministrio do Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar exercer as funes de tcnico de segurana do trabalho, em especial no que diz respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao Ministrio do Trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, tem seu embasamento jurdico assegurado travs do artigo 3 da lei n 7.410 de 27 de novembro de 1985, regulamentado pelo artigo 7 do Decreto n 92.530 de 9 de abril de 1986. NR28 - Fiscalizao e Penalidades: Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalizao trabalhista de Segurana e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito concesso de prazos s empresas para no que diz respeito concesso de prazos s empresas para a correo das irregularidades tcnicas, como tambm, no que concerne ao procedimento de autuao por infrao s Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do Trabalho. A fundamentao legal, ordinria e especfica, tem a sua existncia jurdica assegurada, a nvel de legislao ordinria, atravs do artigo 201 da CLT, com as alteraes que lhe foram dadas pelo artigo 2 da Lei n 7.855 de 24 de outubro de 1989, que institui o Bnus do Tesouro Nacional - BTN, como valor monetrio a ser utilizado na cobrana de multas, e posteriormente, pelo artigo 1 da Lei n 8.383 de 30 de dezembro de 1991, especificamente no tocante instituio da Unidade Fiscal de Referncia -UFIR, como valor monetrio a ser utilizado na cobrana de multas em substituio ao BTN. NR29 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho Porturio: Tem por objetivo Regular a proteo obrigatria contra acidentes e doenas profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcanar as melhores condies possveis de segurana e sade aos trabalhadores porturios. As disposies contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores porturios em operaes tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exeram atividades nos portos organizados e instalaes porturias de uso privativo e retro porturias, situadas dentro ou fora da rea do porto organizado. A sua existncia jurdica est assegurada em nvel de legislao ordinria, atravs da Medida Provisria n 1.575-6, de 27/11/97, do artigo 200 da CLT, o Decreto n 99.534, de 19/09/90 que promulga a Conveno n 152 da OIT. NR30 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho Aquavirio: Aplicasse aos trabalhadores de toda embarcao comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de passageiros, na navegao martima de longo curso, na cabotagem, na navegao interior, no servio de reboque em alto-mar, bem como em plataformas martimas e fluviais, quando em deslocamento, e embarcaes de apoio martimo e porturio. A observncia desta Norma Regulamentadora no desobriga as empresas do cumprimento de outras disposies legais com relao matria e outras oriundas de convenes, acordos e contratos coletivos de trabalho. NR31 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho na Agricultura, Pecuria, Silvicultura, Explorao Florestal e Aquicultura: Estabelece os preceitos a serem observados na organizao e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatvel o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuria, silvicultura, explorao florestal e aquicultura com a segurana e sade e meio ambiente do trabalho. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973. NR32 - Segurana e Sade no Trabalho em Estabelecimentos de Sade: Tem por finalidade estabelecer as diretrizes bsicas para a implementao de medidas de proteo segurana e sade dos trabalhadores dos servios de sade, bem como daqueles que exercem atividades de promoo e assistncia sade em geral. NR33 - Segurana e Sade no Trabalho em Espaos Confinados: Tem como objetivo estabelecer os requisitos mnimos para identificao de espaos confinados e o reconhecimento, avaliao, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurana e sade dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaos. De que trata cada Norma Regulamentadora Rural (NRR): NRR1 - Disposies Gerais: Estabelece os deveres dos empregados e empregadores rurais no tocante preveno de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR2 - Servio Especializado em Preveno de Acidentes do Trabalho Rural - SEPATR: Estabelece a obrigatoriedade para que as empresas rurais, em funo do nmero de empregados que possuam, organizem e mantenham em funcionamento servios especializados em Segurana e Medicina do Trabalho, visando preveno de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais no meio rural. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR3 - Comisso Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho Rural - CIPATR: Estabelece para o empregador rural, a obrigatoriedade de organizar e manter em funcionamento uma Comisso Interna de Preveno de Acidentes. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR4 - Equipamento de Proteo Individual - EPI: Estabelece a obrigatoriedade para que os empregadores rurais forneam, gratuitamente, a seus empregados Equipamentos de Proteo Individual adequados ao risco e em perfeito estado de conservao, a fim de protege-los dos infortnios laborais. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR5 - Produtos Qumicos: Estabelece os preceitos de Segurana e Medicina do Trabalho rural a serem observados no manuseio de produtos qumicos, visando preveno de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais. A sua existncia jurdica assegurada por meio do artigo 13 da Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973. CAPTULO 3 LEGISLAO Em termos de Segurana e Medicina do Trabalho a Portaria 3214 de 08 de julho de 1978 a legislao bsica preventiva. Homero: "O trabalho o fruto do dio dos deuses para com os homens" Sneca: "Ao trabalhador o nico direito o suicdio" A lei de todas as leis a constituio Federal de um Pas. Isonomia (art. 5): Todos so iguais perante a lei, sem distino de sexo, raa, trabalho, credo religioso e convices polticas. Ser punido pela lei o preconceito de raa. Weimar (Alemanha) em 11 de agosto de 1819 deu um basta ao liberalismo, e o governo passou a ter influncia no destino da atividade liberal. Direito Natural: de vida Direito Positivo: dos homens (de autor) 3.1- HIERARQUIA DAS NORMAS JURDICAS: 1) LEIS CONSTITUCIONAIS (CONSTITUINTE) 2) LEIS ORDINRIAS (CONGRESSO) 3) DECRETO - LEI (EXECUTIVO) 4) DECRETO (EXECUTIVO) 5) REGULAMENTO (ADM.) 6) PORTARIA (ADM.) 7) REGIMENTO (ADM.) 8) SENTENA 9) PREJULGADOS (TRIBUNAL) LEIS CONSTITUCIONAIS (CONSTITUINTE): So as leis bsicas ou fundamentais (Constituio) que contm os preceitos gerais reguladores de uma associao poltica. A constituio a lei bsica de uma associao humana politicamente organizada. Leis Constitucionais Programticas: O trabalho uma obrigao social

No auto executveis: "O Salrio Famlia"

Executveis: proibido o trabalho de mulheres em atividades perigosas

LEIS ORDINRIAS (CONGRESSO): So as que ampliam, desenvolvem ou interpretam princpios consagrados na lei fundamental. Congresso elabora Executivo sanciona DECRETOS (EXECUTIVO): So frmulas de certos atos (determinao escrita) dos chefes de estado, como: para concesso de privilgios ou aprovao de contrato, previsto em lei, para nomeaes, promoes, demisses, aposentadorias, etc., de funcionrios pblicos. REGULAMENTO (ADMINISTRATIVO): So atos pelos quais o governo estabelece o modo de cumprir (regra, norma) uma lei ou decreto. PORTARIAS (ADMINISTRATIVO): So documentos de ato administrativo pelos quais umas autoridades pblicas (Ministros) praticam certos atos, tais como: nomeao, exonerao, licena e penas disciplinares dos funcionrios pblicos. ORDEM: o ato pelo qual se leva ao conhecimento do inferior as relaes da administrao superior. CIRCULARES: So instrues e ordens segundo as quais devem proceder os funcionrios pblicos. OFCIOS: So formulas usadas pelas autoridades pblicas quando se dirigem a seus superiores, aos seus iguais, ou aos funcionrios de elevada categoria. DESPACHOS: So decises proferidas pelas autoridades administrativas nas peties das partes ou nos processos administrativos REGIMENTO (ADMINISTRATIVO): Conjunto de normas que regem uma instituio. SENTENA: Julgamento proferido pelo Juiz. PREJULGADO (TRIBUNAL): uma deciso do tribunal. 3.1.1 - PRIMEIRAS LEIS TRABALHISTAS: a) Lei 62 de 05/06/1935 b)