normas brasileiras de contabilidade

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  • 1PRINCPIOS FUNDAMENTAIS E NORMAS BRASILEIRAS

    DE CONTABILIDADE

    2003

    Conselho Federal de Contabilidade

  • 2FICHA CATALOGRFICA

    EDITORCONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADESAS Quadra 5 - Bloco J - Ed. CFCTelefone (61) 314-9600 - Fax (61) 322-2033 - www.cfc.org.brBraslia - DFCEP 70070-920

    Tiragem: 80.000 exemplaresDiagramao: Departamento de Comunicao Social do CFCReviso: Andra Ribas S. de Azevedo

    C755dConselho Federal de Contabilidade

    Princpios fundamentais e normas brasileiras decontabilidade/ Conselho Federal de Contabilidade. Braslia: CFC, 2003.

    202p.

    1.Contabilidade - Normas - Brasil. I. Ttulo.

    CDU - 657.1(81)(083.74)Ficha Catalogrfica elaborada pela Bibliotecria Lcia Helena Alves de Figueiredo - CRB 1/1.401

  • 3APRESENTAO

    O livro que agora lhe chega s mos um passo importante rumo a umameta arduamente perseguida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) epor todas as entidades preocupadas com o aperfeioamento da Contabilidadeenquanto ferramenta de insero do Brasil na economia mundial. Estamosfalando da harmonizao das Normas Contbeis Brasileiras com as normasinternacionais.

    Essa necessidade se mostra, a cada dia, mais inadivel, dada ainterdependncia econmica dos pases. O fenmeno da globalizao tornouirreversvel a adoo de normas contbeis que sejam aceitas mundialmente.Tal providncia, alm de facilitar as transaes comerciais entre empresas egovernos, garante transparncia nas negociaes.

    Pelo lado do profissional, podemos esperar que a implantao de normascontbeis harmnicas traga maior segurana na realizao de procedimentosimportantes como percias, auditorias e preparao de demonstraesfinanceiras.

    Nesta nova edio, os Princpios Fundamentais de Contabilidade foidesmembrado em dois volumes, abordando normais gerais e de auditoria epercia. A proposta tornar a consulta fcil e direcionada. Os dois livros trazemas ltimas resolues referentes a cada um dos temas e o resultado doesforo do Grupo de Trabalho das Normas Brasileiras de Contabilidade queconta, para isso, com a participao efetiva do Instituto dos AuditoresIndependentes do Brasil (Ibracon).

    Agradeo o esforo desses profissionais dedicados e preocupados emcontribuir com o aprimoramento da Contabilidade brasileira e tenho certeza deque a leitura desta publicao lhe ser til e agradvel.

    Contador Alcedino Gomes BarbosaPresidente do Conselho Federal de Contabilidade

  • 4

  • 5Constituio e Finalidades .......................................................................13

    Grupo de Trabalho ...................................................................................15

    Palavras do Coordenador do Grupo de Trabalho e dos Grupos de Estudosdas Normas Brasileiras de Contabilidade ..................................................... 23

    PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE

    Resoluo CFC n 750, de 29-12-93, publicada no DOU em31-12-93, republicada no dia 7-2-94, que revoga a ResoluoCFC n 530, de 23-10-81, publicada no DOU em 26-1-82.Aprova os Princpios Fundamentais de Contabilidade...............25

    Resoluo CFC n 774, de 16-12-94, publicada no DOU em18-1-95.......................................................................................31Aprova o Apndice Resoluo sobre os PrincpiosFundamentais de Contabilidade dispostos na ResoluoCFC n 750, de 29-12-93, publicada no DOU em 31-12-93e republicada no dia 7-2-94..............................................................32

    Resoluo CFC n 900, de 22-3-01, publicada no DOU em3-4-01 e retificada no DOU de 3-10-01.Dispe sobre o Princpio da Atualizao Monetria...................54

    Resoluo CFC n 803, de 10-10-96, publicada no DOUem 20-11-96, que revoga a Resoluo CFC n 290, de 4-9-70,publicada no DOU em 29-10-70.....................................................56Aprova o Cdigo de tica Profissional do Contabilista- CEPC.......................................................................................57

    Resoluo CFC n 819, de 10-11-97, publicada no DOUem 13-10-98; retificao publicada em 29-01-98.Restabelece o instituto do recurso ex-officio na rea doprocesso tico. Altera o pargrafo 2 do artigo 13,do CEPC. Revoga a Resoluo CFC n 677-90.............................64Ofcio-circular CJU/CFC n 2226/97 - Recursoex-officio na rea de processo tico.........................................66

    CDIGO DE TICA PROFISSIONAL DO CONTABILISTA

    PFC

    PFC

    PFC

    CEPC

    CEPC

    SUMRIO

  • 6NBCT - NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE TCNICAS

    Resoluo CFC n 785, de 28-7-95, publicada no DOUem 1-8-95.................................................................................77Aprova a normatizao Das Caractersticas daInformao Contbil..................................................................78

    Da Escriturao Contbil

    2.1 - Resoluo CFC n 563, de 28-10-83, publicada noDOU em 30-12-83, alterada pela Resoluo CFC n 790, de 13-12-95, publicada no DOU em 30-12-95, e pelaResoluo CFC n 848, de 16-6-99, publicada no DOUem 12-7-99. Alterada pela Resoluo CFC n 790, de13-12-95. Dispe sobre alterao do item 2.1.5.4 daNBCT 2.1 - Das Formalidades da Escriturao Contbil,aprovada pela Resoluo CFC n 563, de 28 deoutubro de 1983 ........................................................................81Aprova o item 2.1 - Das Formalidades da EscrituraoContbil......................................................................................82

    2.2 - Resoluo CFC n 597, de 14-6-85, publicada no DOUem 29-7-85................................................................................84Aprova o item 2.2 - Da Documentao Contbil..........................85

    2.3 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalho dasNBCsTema: Da Temporalidade dos Documentos

    2.4 - Resoluo CFC n 596, de 14-6-85, publicada no

    NBC T 1

    NBC T 2

    Resoluo CFC n 751, de 29-12-93, publicada no DOU em31-12-93, republicada em 7-2-94, alterada pela ResoluoCFC n 875, de 23-3-00, e retificada no DOU em 24-3-00.Revoga a Resoluo CFC n711, de 25-7-91, publicada noDOU em 6-8-91, que revogou a Resoluo CFC n 635, de22-9-98, publicada no DOU em 26-1-82, que revogou oinciso V e o item 1 do inciso VI da Resoluo CFC n 321,de 14-4-72,publicada no DOU em 11-5-72. Alterada pelaResoluo n 935, de 24-5-02, publicada no DOUem 11-6-02. Retificada no DOU em 18 e 20-6-02 - Dispesobre as Normas Brasileiras de Contabilidade ........................69

    NBC

    NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

  • 7DOU em 29-7-85.........................................................................86Aprova o item 2.4 - Da Retificao de Lanamentos....................87

    2.5 - Resoluo CFC n 612, de 17-12-85, publicada noDOU em 21-1-86.........................................................................88Aprova o item 2.5 - Das Contas de Compensao........................89

    2.6 - Resoluo CFC n 684, de 14-12-90, publicada noDOU em 27-8-91........................................................................90Aprova o item 2.6 - Da Escriturao Contbil das Filiais............91

    2.7 - Resoluo CFC n 685, de 14-12-90, publicada noDOU em 27-8-91 e republicada em 12-3-99..................................92Aprova o item 2.7 - Do Balancete...............................................93

    NBC T 3

    NBC T 4

    Conceito, Contedo, Estrutura e Nomenclatura dasDemonstraes Contbeis

    Resoluo CFC n 686, de 14-12-90, publicada no DOUem 27-8-91 e alterada pela Resoluo CFC no 847/99, de16-6-99, publicada no DOU em 8-7-99. Alterada pelaResoluo CFC n 887, de 9-10-00. Dispe sobre aalterao do item 3.5.1 da NBC T3 - Conceito, Contedo,Estrutura e Nomenclatura das Demonstraes Contbeis,aprovada pela Resoluo n 847, de 16-6-99...............................94Aprova os itens:

    3.1 - Das Disposies Gerais....................................................963.2 - Do Balano Patrimonial...................................................963.3 - Da Demonstrao do Resultado.......................................1003.4 - Da Demontrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados...1013.5 - Da Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido...1023.6 - Da Demonstrao das Origens e Aplicaesde Recursos...........................................................................103

    Da Avaliao Patrimonial

    Resoluo CFC n 732, de 22-10-92, publicada no DOUem 5-11-92 e alterada pela Resoluo CFC n 846, de25-5-99, publicada no DOU em 28-5-99.......................................105Aprova os itens:

    4.1 - Disposies Gerais..........................................................1064.2 - Ativo...............................................................................1064.3 - Passivo...........................................................................109

  • 8NBC T 5

    NBC T 6

    NBC T 7

    NBC T 8

    NBC T 9

    NBC T 10

    Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalho das NBCsTema: Da Atualizao Monetria

    Da Divulgao das Demonstraes Contbeis

    Resoluo CFC n 737, de 27-11-92, publicada no DOUem 11-12-92.............................................................................111Aprova os itens:

    6.1 - Da Forma de Apresentao...............................................1126.2 - Do Contedo das Notas Explicativas.................................1136.3 - Das Republicaes.............................................................114

    Da Converso da Moeda Estrangeira nas Demonstraes Contbeis

    Resoluo CFC n 912, de 9-10-01, publicada no DOUem 11-10-01 e republicada no DOU em 25-10-01..........................115Aprova a normatizao da Converso da MoedaEstrangeira nas Demonstraes Contbeis.............................116

    Resoluo CFC n 937, de 24-4-02, publicada no DOUem 11-6-02 e retificada no DOU em 20-6-02..................................118Aprova a normatizao Das Demonstraes ContbeisConsolidadas.............................................................................120

    Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalho das NBCsTema: Da Fuso, Incorporao, Ciso, Transformaoe Liquidao de Entidades

    Dos Aspectos Contbeis Especficos em Entidades Diversas

    10.1 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalhodas NBCsTema: Empreendimentos de Execuo a Longo Prazo

    10.2 - Resoluo CFC n 921, de 13-2-01, publicadano DOU em 3-1-02.....................................................................126Aprova o item 10.2 - Arrendamento Mercantil...............................127

    10.3 - Resoluo CFC n 913, de 9-10-01, publicada noDOU em 11-10-01......................................................................132Aprova o item 10.3 - Consrcio de Vendas..................................133

  • 910.4 - Resoluo CFC n 837, de 22-2-99, publicadano DOU em 25-2-99 e republicada em 2-3-99, e retificadano DOU em 22-10-99...................................................................136Aprova o item 10.4 - Fundaes.................................................138

    10.5 - Resoluo CFC n 963, de 16-5-03, publicada no DOU em 4-6-03 .. 141Aprova o item 10.5 - Entidades Imobilirias..................................142

    10.6 - Resoluo CFC n 956, de 21-2-03, publicada no DOU em11-3-03.......................................................................................146Aprova o item 10.6 - Entidades Hoteleiras...................................147

    10.7 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalhodas NBCsTema: Entidades Hospitalares

    10.8 - Resoluo CFC n 920, de 19-12-01, publicada noDOU em 3-1-02 e republicada no DOU em 9-1-02.........................149Aprova o item 10.8 - Entidades Cooperativas...............................150

    10.9 - Resoluo CFC n 876, de 18-4-00, publicada noDOU em 20-4-00........................................................................155Aprova o item 10.9 - Entidades Financeiras...................................156

    10.10 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalhodas NBCsTema: Entidades de Seguro Comercial e Previdncia Privada

    10.11 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalhodas NBCsTema: Entidades Concessionrias do Servio Pblico

    10.12 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalhodas NBCsTema: Entidades Pblicas da Administrao Direta

    10.13 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalhodas NBCsTema: Entidades Pblicas da Administrao Indireta

    10.14 - Resoluo CFC n 909, de 8-8-01, publicada noDOU em 15-9-01 e republicada no DOU em 26-9-01.....................162Aprova o item 10.14 - Entidades Agropecurias........................163

  • 10

    10.15 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalhodas NBCsTema: Entidades em Conta de Participao

    10.16 - Resoluo CFC n 922, de 13-12-01, publicada noDOU em 3-1-02..........................................................................168Aprova o item 10.16 - Entidades que recebemSubvenes, Contribuies, Auxlios e Doaes...................170

    10.17 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalhodas NBCsTema: Entidades que Recebem Subsdios e Incentivos Fiscais

    10.18 - Resoluo CFC n 838, de 22-2-99, publicadano DOU em 25-2-99, republicada em 2-3-99, retificadano DOU em 22-10-99 e alterada pela Resoluo CFC n852, de 13-8-99, publicada no DOU em 25-8-99............................173Aprova o item 10.18 - Entidades Sindicais eAssociaes de Classe...........................................................175

    10.19 - Resoluo CFC n 877, de 18-4-00, publicadano DOU em 20-4-00 e alterada pelas Resoluo CFC n926, de 19-12-01, publicada no DOU em 3-1-02, e pelaResoluo CFC n 966, de 16-5-03, publicada noDOU em 4-6-03.......................................................................178Aprova o item 10.19 - Entidades Sem Finalidadesde Lucros................................................................................180

    10.20 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalhodas NBCsTema: Consrcios de Empresas

    10.21 - Resoluo CFC n 944, de 30-8-02, publicadano DOU em 10-9-02....................................................................183Aprova o item 10.21 - Entidades Cooperativas Operadorasde Planos de Assistncia Sade.........................................185

    IT - Interpretao Tcnica

    10.21 - IT - 01 - Resoluo n 958, de 14-3-03, publicada no DOU em22-4-03...................................................................................191Aprova a NBCT 10.21-IT-01- Regulamentao do item 10.21.1.4 ....... 192

    10.21 - IT - 02 - Resoluo n 959, de 4-3-03, publicada no DOU em22-4-03......................................................................................195

  • 11

    Aprova a NBCT 10.21-IT-01- Regulamentao do item 10.21.1.4 -Demostrao de Sobras e Perdas .......................................... 196

    10.22 - Em estudo e elaborao no Grupo de Trabalhodas NBCsTema: Entidades de Futebol Profissional

  • 12

  • 13

    CRIAO DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE E DOSCONSELHOS REGIONAIS

    CONSTITUIO E FINALIDADES

    O Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais, atual-mente existentes em 27 Estados da Federao, so entidades de fiscalizaodo exerccio profissional, criadas por meio do Decreto-Lei n 9.295, de 27 demaio de 1946.

    Cada um desses rgos constitudo de dois teros (2/3) de Contadores eum tero (1/3) de Tcnicos em Contabilidade, denominados Conselheiros, e queso escolhidos da seguinte forma:

    a) no Conselho Federal, mediante votao secreta e pessoal de um Col-gio Eleitoral, integrado por um representante de cada CRC; e

    b) nos Conselhos Regionais, mediante voto secreto, pessoal, direto e obri-gatrio de todos os Contadores e Tcnicos em Contabilidade com registro emvigor e em situao regular para o exerccio da profisso contbil.

    A durao do mandato dos Conselheiros de 4 (quatro) anos e a renovaode diretoria feita de dois em dois, em eleies que ocorrem sempre nos anosde final mpar.

    Os Conselhos Regionais de Contabilidade, hierarquicamente subordinadosao Conselho Federal de Contabilidade, tm como finalidades precpuas: fiscali-zar o exerccio da profisso contbil e efetuar o registro dos profissionais daContabilidade e das empresas de servios contbeis.

    Sua fora de ao se concentra no profissional que executa ou exploraatividades contbeis, bem como na empresa por ele integrada, no sentido demant-lo dentro dos padres legais, tcnicos e ticos estatudos como ineren-tes sua atividade; portanto, a natureza dos Regionais de Contabilidade defiscalizao da profisso contbil.

    De acordo com o Regimento Interno, compete aos Conselhos Regionais,entre outras atribuies:

    - fiscalizar, pelos rgos prprios, o exerccio da profisso de contabilista,impedindo e punindo as infraes, cumprindo-lhe examinar livros e documentosde terceiros quando necessrio instruo processual e representar s autori-dades competentes sobre os fatos que apurar e cuja soluo no seja de suaalada;

    - processar, organizar, manter, baixar, revigorar e cancelar os registros de

  • 14

    Contador, Tcnico em Contabilidade e organizao contbil; assim como con-ceder e expedir o certificado de cadastrado;

    - examinar e julgar as reclamaes e representaes escritas, sobre osservios de registro e infraes dos dispositivos legais, relativos ao exerccio daprofisso de contabilista;

    - eleger os membros do Conselho Diretor e dos demais rgos de Delibe-rao Coletiva, bem como o representante no Colgio Eleitoral de que trata oartigo 11 do Estatuto dos Conselhos;

    - aprovar o oramento anual dos Conselhos Regionais e respectivas modi-ficaes, submetendo-os homologao do CFC;

    - elaborar e aprovar resolues sobre assuntos de seu peculiar interesse,submetendo-as homologao do CFC quando a matria disciplinada tiver im-plicao ou reflexos no mbito federal;

    - adotar e promover, dentro do mbito de sua competncia e jurisdio,todas as medidas necessrias realizao de suas finalidades;

    - cooperar com os rgos do Governo do Estado no estudo e soluo dosproblemas referentes profisso de contabilista, encaminhando ao CFC os as-suntos da alada Federal;

    - deliberar sobre as decises das Cmaras;

    - julgar relatrio, contas e demonstraes contbeis apresentadas peloPresidente, aps parecer da Cmara de Controle Interno, antes de envi-las aoConselho Federal de Contabilidade;

    - julgar infraes e aplicar penalidades previstas no Estatuto dos Conse-lhos, em atos normativos baixados pelo CFC;

    - incentivar e contribuir para o aprimoramento tcnico, cientfico e culturaldos contabilistas e da sociedade em geral.

  • 15

    GRUPO DE TRABALHO

    O Grupo de Trabalho foi criado para realizar estudos sobre as NormasBrasileiras de Contabilidade, incluindo as Interpretaes e ComunicadosTcnicos. Seus membros so nomeados pela Presidncia do Conselho Federalde Contabilidade, mediante Portaria especfica:

    Portaria CFC n 8/81 - Gesto: Contador Nilo Antonio Gazire.Coordenador: Contador Joo Verner Juenemann.Membros: Contadores Alberto Almada Rodrigues (CFC), Dulo Taranto (CFC),Olivio Koliver (CFC) e Victor Coleta (CFC).

    Portaria CFC n 4/82 - Gesto: Contador Joo Verner Juenemann.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contadores Alberto Almada Rodrigues (CFC), Dulo Taranto (CFC),Mrcio Franzolin (CFC), Olivio Koliver (CFC), Srgio Aprobatto (CFC) e Srgiode Iudcibus (CFC). Tcnicos em Contabilidade Jofre Botom (CFC) e MrioOswaldo Fetter (CFC).

    Portaria CFC n 3/83 - Gesto: Contador Joo Verner Juenemann.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Tcnico em Contabilidade Jofre Botom (CFC).

    Portaria CFC n 38/83 - Gesto: Contador Joo Verner Juenemann.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Mrio Oswaldo Fetter (CFC), substituindo o Tcnico em ContabilidadeJofre Botom.

    Portaria CFC n 29/85 - Gesto: Contador Joo Verner Juenemann.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Tcnico em Contabilidade Walmor Figueiredo Mauzer (CFC),substituindo o Tcnico em Contabilidade Mrio Oswaldo Fetter.

    Portaria CFC n 9/90 - Substituindo a Portaria CFC n 4/82. Gesto: ContadorIvan Carlos Gatti.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Antonio Carlos Nasi (CFC), Antonio Luiz Sarno (CFC), GeorgeSebastio Guerra Leone (CFC), Hugo Rocha Braga (CFC), Luiz Carlos Vaini(CFC), Luiz Francisco Serra (Ibracon), Olivio Koliver (CFC) e Taiki Hirashima(Ibracon).

    Portaria CFC n 6/92 - Gesto: Contador Ivan Carlos Gatti.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Ariovaldo Guello (Ibracon).

  • 16

    Portaria CFC n 13/92 - Gesto: Contador Ivan Carlos Gatti.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Indica o Contador Ynel Alves de Camargo para a Coordenao-Geral de todosos Grupos de Estudos criados pelo Conselho Federal de Contabilidade.

    Portaria CFC n 1/94 - Substituindo a Portaria CFC n 9/90. Gesto: ContadorJos Maria Martins Mendes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Antonio Carlos Nasi (CFC), Antonio Carlos de Santana (Ibracon),George Sebastio Guerra Leone (CFC), Hugo Rocha Braga (CFC), Luiz CarlosVaini (CFC), Luiz Francisco Serra (Ibracon) e Olivio Koliver (CFC).

    Portaria CFC n 26/96 - Gesto: Contador Jos Maria Martins MendesCoordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Antonio Carlos Nasi (CFC), Antonio Carlos de Santana (Ibracon),Edilton Jos da Rocha (CFC), Hugo Rocha Braga (CFC), Jos Antonio de Godoy(CFC), Jos Xavier Cunha (CFC) e Solindo Medeiros e Silva (CFC).

    Portaria CFC n 41/96 - Gesto: Contador Jos Maria Martins MendesCoordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contadores Jorge Katsumi Niyama e Hlio Jos Corazza (BancoCentral do Brasil).

    Portaria CFC n 47/96 - Gesto: Contador Jos Maria Martins MendesCoordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contador Paulo Csar da Costa Mendes (Superintendncia de SegurosPrivados).

    Portaria CFC n 11/97 - Gesto: Contador Jos Maria Martins MendesCoordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contador Mrio Martins Villas (Ibracon).

    Portaria CFC n 18/97 - Gesto: Contador Jos Maria Martins MendesCoordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contadores Antonio Carlos de Santana (Comisso de Valores Mobilirios),Jorge Katsumi Niyama (Banco Central do Brasil), Jos Lucas de Mello (Ibracon) ePaulo Csar da Costa Mendes (Superintendncia de Seguros Privados).

    Portaria CFC n 13/98 - Substituindo a Portaria CFC n 1/94. Gesto: ContadorJos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contadores Ana Maria Elorrieta (Ibracon), Antonio Carlos de Santana(Comisso de Valores Mobilirios), Antonio Carlos Nasi (CFC) , Antonio LuizSarno (CFC), Ariovaldo Guello (Ibracon), Domingos Poubel de Castro (CFC),George Sebastio Guerra Leone (CFC), Luiz Francisco Serra (CFC), Isaltino

  • 17

    Alves da Cruz (Secretaria do Tesouro Nacional), Jorge Katsumi Niyama (CFC),Mrcio Martins Villas (Ibracon), Olivio Koliver (CFC) e Paulo Csar da CostaMendes (Superintendncia de Seguros Privados).

    Portaria CFC n 25/98 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contador Lucius Maia Arajo (Secretaria Federal de Controle)

    Portaria CFC n 26/98 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contador Alexandre Guilherme Guimares de Andrade (Secretariada Receita Federal).

    Portaria CFC n 27/98 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contadores Hlio Jos Corazza e Alvir Alberto Hoffmann (BancoCentral do Brasil).

    Portaria CFC n 34/98 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contadores Ilse Maria Beuren e Carlos Maurcio Vieira, sendo osuplente (Ministrio da Educao e do Deporto).

    Portaria CFC n 43/98 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contador Amaro Luiz de Oliveira Gomes e Leonardo Vergara, sendosuplente (Banco Central do Brasil).

    Portaria CFC n 44/98 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contador Amaro Luiz de Oliveira Gomes e Leonardo Vergara, sendosuplente (Banco Central do Brasil).

    Portaria CFC n 15/99 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contador Paulo Emlio Teixeira Barbosa (Secretaira Federal deControle), substituindo o Contador Lucius Maia Arajo.

    Portaria CFC n 16/99 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contador Carlos Henrique de Paula Prata, suplente do Contador PauloCsar da Costa Mendes (Superintendncia de Seguros Privados).

    Portaria CFC n 30/99 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.

  • 18

    Membros: Contador Jos Aparecido Trindade (Instituto Nacional do Seguro Social).

    Portaria CFC n 31/99 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contador Marzio Martins Costa, suplente do Contador Paulo EmlioTeixeira Barbosa (Secretaria Federal de Controle).

    Portaria CFC n 10/00 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contadores George Sebastio Guerra Leone , Luiz Francisco Serra,Hlio Jos Corazza, Jorge Katsumi Niyama e Jos Antonio de Godoy, peloConselho Federal de Contabilidade; Amaro Luiz de Oliveira Gomes (efetivo) eLeonardo Vergara (suplente), pelo Banco Central do Brasil; Antonio Carlos deSantana (efetivo) e Jos Carlos de Bezerra da Silva (suplente), pela Comissode Valores Mobilirios; Ana Maria Elorrieta, Ariovaldo Guello, Mrcio MartinsVillas e Plnio Biscalchin, pelo Instituto Brasileiro de Contadores; Jos AparecidoTrindade, pelo Instituto Nacional do Seguro Social; e Carlos Maurcio Vieira(suplente), pelo Ministrio da Educao; Rubens Roriz da Silva (efetivo) e Renildade Almeida Moura (suplente), pela Secretaria Federal de Controle; AlexandreGuilherme Guimares de Andrade, pela Secretaria da Receita Federal; WanderLuiz (efetivo) e Brbara Vernica Dias Mgero Viana (suplente), pela Secretariado Tesouro Nacional; Paulo Csar da Costa Mendes (efetivo) e Carlos Henriqueda Paula Prata (suplente), pela Superintendncia de Seguros Privados.

    Portaria: CFC n 11/00 - Gesto: Jos Serafim AbrantesCoordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contadores Andr Faria Lebarbenchon, Antonio Carlos Morais daSilva, Carlos Edgar de Magalhes Valmrbida, Marcelo Alcides Carvalho Gomese Klber Marruaz da Silva.

    Portaria CFC n 12/00 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contadores Acy Castrillon Ferreira, Heraldo da Costa Reis, Lino Martinsda Silva e Marcos Vincius Mendes Bastos.

    Portaria CFC n 19/00 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contador Carlos Maurcio Vieira (efetivo) e o Contador Edson DiasPineiro (suplente), pelo Ministrio da Educao.

    Portaria CFC n 10-01 - Gesto: Contador Jos Serafim Abrantes.Coordenador: Contador Ynel Alves de Camargo.Membros: Contadores George Sebastio Guerra Leone , Ynel Alves de Camargo,Hlio Jos Corazza, Jos Antonio de Godoy, Klber Marruaz da Silva e LuizFrancisco Serra, do Conselho Federal de Contabilidade; Amaro Luiz de Oliveira

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    Gomes (efetivo) e Leonardo Vergara (suplente), pelo Banco Central do Brasil;Antonio Carlos de Santana (efetivo) e Jos Carlos de Bezerra da Silva (suplente),pela Comisso de Valores Mobilirios; Ana Maria Elorrieta e Plnio Biscalchin,peloInstituto Brasileiro de Contadores; Jos Aparecido Trindade, pelo Instituto Nacionaldo Seguro Social; e Carlos Maurcio Vieira (efetivo) e Edson Dias Pineiro(suplente), pelo Ministrio da Educao; Rubens Roriz da Silva (efetivo) e Renildade Almeida Moura (suplente), pela Secretaria Federal de Controle; AlexandreGuilherme Guimares de Andrade, pela Secretaria da Receita Federal; WanderLuiz (efetivo) e Brbara Vernica Dias Mgero Viana (suplente), pela Secretariado Tesouro Nacional; Alexandre Guilherme Guimares de Andrade, pela Secretariada Receita Federal, e Paulo Csar da Costa Mendes pela Superintendncia deSeguros Privados.

    Portaria CFC n 09-01 - Gesto: Contador Jos Serafim AbrantesCoordenador Operacional: Contador Ynel Alves de CamargoMembros: Contadores Andr Faria Lebarbenchon, Antonio Carlos Marais daSilva, Carlos Edgar Magalhes Valmrbida, Nelson Aguiar Rocha e Valdez LuizPalombro Alberto.

    Portaria CFC n 31-02 - Gesto: Contador Alcedino Gomes BarbosaCoordenador Operacional: Jos Antonio de GodoyMembros: George Sebastio Guerra Leone, Hlio Jos Corazza, Jorge KatsumiNiyama, Luiz Francisco Serra, Luiz Gustavo Cordeiro da Silva e Rogrio CostaRokemback, pelo Conselho Federal de Contabilidade; Amaro Luiz de OliveiraGomes (efetivo) e Leonardo de Vergara (suplente), pelo Banco Ce ntral do Brasil;Antnio Carlos de Santana (efetivo) e Jos Carlos Bezerra da Silva (suplente),pelo Comisso de Valores Mobilirios; Ana Maria Elorrieta, Mrcio Martins Villase Plnio Biscalchin, pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; JosAparecido Trindade, pelo Instituto Nacional de Seguro Social; Carlos MaurcioVieira (efetivo) e Edson Dias Pinheiro (suplente), pelo Ministrio da Educao edo Desporto; Renilda de Almeida Moura (efetiva) e Jos Marcelo Castro deCarvalho (suplente), pela Secretaria Federal de Controle; Valria Christina MacedoDaruich (efetivo) e guida Gonalves da Silva (suplente), pela Secretaria doTesouro Nacional; Alexandre Guilherme Guimares de Andrade, pela Secretariada Receita Federal; Paulo Csar da Costa Mendes, pela Superintendncia deSeguros Privados. ( alterada pela Portaria n 51/02)

    Portaria CFC n 33-02 - Gesto: Contador Alcedino Gomes BarbosaCoordenador: Jos Antonio de GodoyMembros: Contadores Andr Faria Lebarbenchon, Antonio Carlos Morais daSilva, Carlos Edgar de Magalhes Valmrbida, Edson Piedade Campos, LilianPrado Caldeira, Kleber Marruaz da Silva e Martinho Maurcio Gomes de Ornelas.

    Portaria CFC n 35-02 - Gesto: Contador Alcedino Gomes BarbosaCoordenador: Jos Antonio de Godoy

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    Membros: Contadores Acy Castrillon Ferreira, Heraldo da Costa Reis, LinoMartins da Silva, Marcio Jos Ceregatti, Jos Monteiro Alves, Marcos VinciusMendes Bastos e Zulmir ivnio Breda.

    Portaria CFC n 36-02 - Gesto: Contador Alcedino Gomes BarbosaCoordenador: Jos Antonio de GodoyMembros: Adeildo Osrio de Oliveira, Domingos Xavier Teixeira, Jos AparecidoMaion, Marco Antonio Muzilli e Nelson Mitimasa Jinzenji, pelo Conselho Federalde Contabilidade; Ariovaldo Guello, Cludio Gonalo Longo, Edison Arisa Pereirae Francisco Papells Filho pela Ibracon.

    Para temas de alta especializao, como por exemplo, Auditoria, Perciae rea Pblica, o relator deixa de ser um dos membros do Grupo de Trabalho.Neste caso, por portaria da Presidncia, constitudo um Grupo de Estudoformado por especialistas no tema a ser desenvolvido, que ficam com a relatoria.O tema em questo discutido e aprovado pelo Grupo de Trabalho, com aspresenas dos relatores.

    Atual Composio dos Grupos:

    Grupo de Estudos sobre Normas Tcnicas e Profissionais :Coordenador Operacional: Jos Antonio de GodoyMembros: George Sebastio Guerra Leone, Hlio Jos Corazza, Jorge KatsumiNiyama, Luiz Francisco Serra, Luiz Gustavo Cordeiro da Silva e Rogrio CostaRokemback, pelo Conselho Federal de Contabilidade; Amaro Luiz de OliveiraGomes (efetivo) e Luciano Marcos Souza de Carvalho (suplente), pelo BancoCentral do Brasil; Antnio Carlos de Santana (efetivo) e Jos Carlos Bezerra daSilva (suplente), pelo Comisso de Valores Mobilirios; Ana Maria Elorrieta,Mrcio Martins Villas e Plnio Biscalchin, pelo Instituto dos AuditoresIndependentes do Brasil; Jos Aparecido Trindade, pelo Instituto Nacional deSeguro Social; Carlos Maurcio Vieira (efetivo) e Edson Dias Pinheiro (suplente),pelo Ministrio da Educao e do Desporto; Renilda de Almeida Moura (efetiva)e Jos Marcelo Castro de Carvalho (suplente), pela Secretaria Federal de Controle;Valria Christina Macedo Daruich (efetivo) e guida Gonalves da Silva (suplente),pela Secretaria do Tesouro Nacional; Alexandre Guilherme Guimares de Andrade,pela Secretaria da Receita Federal; Paulo Csar da Costa Mendes, pelaSuperintendncia de Seguros Privados.

    Grupo de Estudos de Percia Contbil:Coordenador Operacional: Jos Antonio de GodoyMembros: Contadores Andr Faria Lebarbenchon, Antonio Carlos Morais daSilva, Carlos Edgar de Magalhes Valmrbida, Edson Piedade Campos, LilianPrado Caldeira, Kleber Marruaz da Silva, Rainoldo Uessler e Sebastio EdisonCinelli.

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    Grupo de Estudo voltado rea Pblica:Coordenador Operacional: Jos Antonio de GodoyMembros: Contadores Acy Castrillon Ferreira, Heraldo da Costa Reis, LinoMartins da Silva, Marcio Jos Ceregatti, Jos Monteiro Alves e Zulmir IvnioBreda.

    Grupo de Estudo para Auditoria:Coordenador Operacional: Jos Antonio de GodoyMembros: Adeildo Osrio de Oliveira, Domingos Xavier Teixeira, Jos AparecidoMaion, Marco Antonio Muzilli e Nelson Mitimasa Jinzenji, pelo Conselho Federalde Contabilidade; Ariovaldo Guello, Cludio Gonalo Longo, Edison Arisa Pereirae Francisco Papells Filho pelo Ibracon.

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    PALAVRAS DO COORDENADORDO GRUPO DE TRABALHO E DOS GRUPOS DE ESTUDOS

    DAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

    As Normas Brasileiras de Contabilidade, quer sejam as Tcnicas ouProfissionais, para se apresentarem no seu volume e contedo atualmenteexistentes, sempre contaram com a participao de contabilistas que sedispuseram a repartir com a profisso contbil parte de seu tempo, que seriadedicado atividade profissional ou de lazer, pois nada surge do ar, apareceespontaneamente, mas sim do esforo e dedicao de pessoas.

    Como bem enfatizou o Contador Ynel Alves de Camargo, O poder dopensamento unido de certo nmero de pessoas muito maior que a soma deseus pensamentos separados. Este, um contabilista de primeira grandeza,que tenho a honra e a responsabilidade de dar continuidade ao seu trabalho nacoordenao dos Grupos de Trabalho e de Estudos das Normas Brasileiras deContabilidade do Conselho Federal de Contabilidade.

    Estamos hoje trabalhando e nos dedicando diretamente reviso eelaborao das Normas Brasileiras de Contabilidade e suas InterpretaesTcnicas. Somos mais de cinqenta profissionais, representando a maioriados estados brasileiros, que nas suas pesquisas e propostas consultam ouparticipam de discusses com grande nmero de contabilistas annimos, pormatuantes para a profisso contbil.

    Este esprito pblico para com a profisso e com o Pas deve ser enaltecidoe incentivado, pois, se queremos uma profisso forte, respeitada e qualificada,cada um de ns tem a responsabilidade de dedicar parte do seu tempo para oengrandecimento desta, e uma das formas contribuir com sugestes paraque os participantes do Grupo de Trabalho e dos Grupos de Estudo das NormasBrasileiras de Contabilidade possam melhor desempenhar suas funes.

    O Conselho Federal de Contabilidade tem a responsabilidade de editarnormas que devam ser cumpridas por todos os contabilistas, tendo sepreocupado e exercido o seu papel de normatizar os procedimentos contbeisgerais e especficos para algumas reas de atuao do contabilista e setoresque se diferenciam da regra geral, destacando Auditoria, Percia, rea Pblica,dentre outros.

    O Grupo de Trabalho das Normas Brasileiras de Contabilidade, atualmente,tem representantes de grande nmero de reas de atuao dos contabilistas,representando vrias entidades e organismos pblicos e privados, destacando-se o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil Ibracon, Banco Centraldo Brasil, Comisso de Valores Mobilirios CVM, Instituto Nacional de SeguroSocial INSS, Ministrio da Educao, Secretaria Federal de Controle, Secretariada Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Superintendncia de segurosPrivados e profissionais atuantes nas reas de Auditoria, Percia, Pblica, etc.

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    O Grupo de Trabalho das Normas Brasileiras de Contabilidade tem comocompromisso a elaborao das Normas Tcnicas que se alinhem s NormasInternacionais, na busca da harmonizao, de forma a permitir ao Brasil, cadavez mais, se inserir no chamado mercado globalizado, onde as DemonstraesContbeis de cada pas tm maior ou menor credibilidade, proporcionalmenteaos ajustes que se fizerem necessrios quando a entidade tiver que submet-las aos mercados e organismos financiadores internacionais.

    Entretanto, com preocupao da harmonizao, no podemos deixar delevar em considerao que tais mecanismos no podem nem devem confrontaros Princpios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras deContabilidade.

    Quero deixar, antecipadamente, registrado o grande trabalho que oscontabilistas que compem os grupos e aqueles que forem chamados acontribuir desenvolvero para a profisso, e conclamamos aqueles que tmdisposio para se juntar a ns que se apresente, pois precisamos de maisprofissionais com disposio de trabalho.

    Contador Jos Antonio de GodoyCoordenador do Grupo de Trabalho e dos Grupos de Estudos

    das Normas Brasileiras de Contabilidade

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    RESOLUO CFC N. 750/93

    Dispe sobre os Princpios Fundamentaisde Contabilidade.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suasatribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO que a evoluo da ltima dcada na rea da CinciaContbil reclama a atualizao substantiva e adjetiva dos Princpios Fundamentaisde Contabilidade a que se refere a Resoluo CFC n 530/81.

    RESOLVE:

    CAPTULO IDOS PRINCPIOS E DE SUA OBSERVNCIA

    Art. 1 Constituem PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE (P.F.C.)os enunciados por esta Resoluo.

    1 A observncia dos Princpios Fundamentais de Contabilidade obrigatriano exerccio da profisso e constitui condio de legitimidade das NormasBrasileiras de Contabilidade (NBC).

    2 Na aplicao dos Princpios Fundamentais de Contabilidade h situaesconcretas, a essncia das transaes deve prevalecer sobre seus aspectosformais.

    CAPTULO IIDA CONCEITUAO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAO

    Art. 2 Os Princpios Fundamentais de Contabilidade representam a essnciadas doutrinas e teorias relativas Cincia da Contabilidade, consoante oentendimento predominante nos universos cientfico e profissional de nosso Pas.Concernem, pois, Contabilidade no seu sentido mais amplo de cincia social,cujo objeto o Patrimnio das Entidades.

    Art. 3 So Princpios Fundamentais de Contabilidade:

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    I) o da ENTIDADE;

    II) o da CONTINUIDADE;

    III) o da OPORTUNIDADE;

    IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

    V) o da ATUALIZAO MONETRIA;

    VI) o da COMPETNCIA e

    VII) o da PRUDNCIA.

    SEO IO PRINCPIO DA ENTIDADE

    Art. 4 O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio como objeto daContabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciaode um Patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes,independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, umasociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem finslucrativos. Por conseqncia, nesta acepo, o patrimnio no se confunde comaqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio.

    Pargrafo nico. O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no verdadeira. A soma ou agregao contbil de patrimnios autnomos no resultaem nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmico-contbil.

    SEO IIO PRINCPIO DA CONTINUIDADE

    Art. 5 A CONTINUIDADE ou no da ENTIDADE, bem como sua vida definida ouprovvel, devem ser consideradas quando da classificao e avaliao dasmutaes patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

    1 A CONTINUIDADE influencia o valor econmico dos ativos e, em muitoscasos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinoda ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsvel.

  • 27

    2 A observncia do Princpio da CONTINUIDADE indispensvel corretaaplicao do Princpio da COMPETNCIA, por efeito de se relacionar direta-mente quantificao dos componentes patrimoniais e formao do resulta-do, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geraode resultado.

    SEO IIIO PRINCPIO DA OPORTUNIDADE

    Art. 6 O Princpio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, tempestividade e integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes,determinando que este seja feito de imediato e com a extenso correta,independentemente das causas que as originaram.

    Pargrafo nico. Como resultado da observncia do Princpio daOPORTUNIDADE:

    I desde que tecnicamente estimvel, o registro das variaes patrimoniais deveser feito mesmo na hiptese de somente existir razovel certeza de sua ocorrncia;

    II o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplandoos aspectos fsicos e monetrios;

    III o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variaes ocorridasno patrimnio da ENTIDADE, em um perodo de tempo determinado, basenecessria para gerar informaes teis ao processo decisrio da gesto.

    SEO IVO PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

    Art. 7 Os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valoresoriginais das transaes com o mundo exterior, expressos a valor presente namoeda do Pas, que sero mantidos na avaliao das variaes patrimoniaisposteriores, inclusive quando configurarem agregaes ou decomposies nointerior da ENTIDADE.

    Pargrafo nico. Do Princpio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:

    I a avaliao dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valoresde entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agen-tes externos ou da imposio destes;

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    II uma vez integrado no patrimnio, o bem, direito ou obrigao no podero teralterados seus valores intrnsecos, admitindo-se, to-somente, sua decomposioem elementos e/ou sua agregao, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;

    III o valor original ser mantido enquanto o componente permanecer como partedo patrimnio, inclusive quando da sada deste;

    IV os Princpios da ATUALIZAO MONETRIA e do REGISTRO PELO VA-LOR ORIGINAL so compatveis entre si e complementares, dado que o primeiroapenas atualiza e mantm atualizado o valor de entrada;

    V o uso da moeda do Pas na traduo do valor dos componentes patrimoniaisconstitui imperativo de homogeneizao quantitativa dos mesmos.

    SEO VO PRINCPIO DA ATUALIZAO MONETRIA

    Art. 8 Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacional devem serreconhecidos nos registros contbeis atravs do ajustamento da expresso for-mal dos valores dos componentes patrimoniais.

    Pargrafo nico. So resultantes da adoo do Princpio da ATUALIZAOMONETRIA:

    I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, no representaunidade constante em termos do poder aquisitivo;

    II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores das transaesoriginais (art. 7), necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional,a fim de que permaneam substantivamente corretos os valores dos componentespatrimoniais e, por conseqncia, o do patrimnio lquido;

    III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas, to-somente, oajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicaode indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivoda moeda nacional em um dado perodo.

    SEO VIO PRINCPIO DA COMPETNCIA

    Art. 9 As receitas e as despesas devem ser includas na apurao do resultado

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    do perodo em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando secorrelacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

    1 O Princpio da COMPETNCIA determina quando as alteraes no ativo ouno passivo resultam em aumento ou diminuio no patrimnio lquido, estabele-cendo diretrizes para classificao das mutaes patrimoniais, resultantes daobservncia do Princpio da OPORTUNIDADE.

    2 O reconhecimento simultneo das receitas e despesas, quando correlatas, conseqncia natural do respeito ao perodo em que ocorrer sua gerao.

    3 As receitas consideram-se realizadas:

    I nas transaes com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ouassumirem compromisso firme de efetiv-lo, quer pela investidura na proprieda-de de bens anteriormente pertencentes ENTIDADE, quer pela fruio de servi-os por esta prestados;

    II quando da extino, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja omotivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual oumaior;

    III pela gerao natural de novos ativos independentemente da interveno deterceiros;

    IV no recebimento efetivo de doaes e subvenes.

    4 Consideram-se incorridas as despesas:

    I quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferncia desua propriedade para terceiro;

    II pela diminuio ou extino do valor econmico de um ativo;

    III pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

    SEO VIIO PRINCPIO DA PRUDNCIA

    Art. 10 O Princpio da PRUDNCIA determina a adoo do menor valor para oscomponentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que seapresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaespatrimoniais que alterem o patrimnio lquido.

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    1 O Princpio da PRUDNCIA impe a escolha da hiptese de que resultemenor patrimnio lquido, quando se apresentarem opes igualmente aceitveisdiante dos demais Princpios Fundamentais de Contabilidade.

    2 Observado o disposto no art. 7, o Princpio da PRUDNCIA somente seaplica s mutaes posteriores, constituindo-se ordenamento indispensvel correta aplicao do Princpio da COMPETNCIA.

    3 A aplicao do Princpio da PRUDNCIA ganha nfase quando, para definiodos valores relativos s variaes patrimoniais, devem ser feitas estimativas queenvolvem incertezas de grau varivel.

    Art. 11 A inobservncia dos Princpios Fundamentais de Contabilidade constituiinfrao nas alneas c, d e e do art. 27 do Decreto-Lei n. 9.295, de 27 demaio de 1946 e, quando aplicvel, ao Cdigo de tica Profissional do Contabilista.

    Art. 12 Revogada a Resoluo CFC n. 530/81, esta Resoluo entra em vigora partir de 1 de janeiro de 1994.

    Braslia, 29 de dezembro de 1993.

    Contador IVAN CARLOS GATTIPresidente

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    RESOLUO CFC N. 774/94

    Aprova o Apndice Resoluo sobre osPrincpios Fundamentais de Contabilidade.

    O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suasatribuies legais e regimentais,

    CONSIDERANDO a convenincia de um maior esclarecimento sobre ocontedo e abrangncia dos Princpios Fundamentais de Contabilidade;

    RESOLVE:

    Art. 1 Aprovar o Apndice Resoluo sobre os Princpios Fundamentaisde Contabilidade (em anexo).

    Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua assinatura.

    Braslia, 16 de dezembro de 1994.

    Contador JOS MARIA MARTINS MENDESPresidente

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    MINUTA DO APNDICE RESOLUO SOBRE OS PRINCPIOSFUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE

    INTRODUO AO APNDICE

    Os Princpios Fundamentais de Contabilidade, aprovados pela ResoluoCFC n. 750/93, de 29 de dezembro de 1993, requerem, para o seu amploentendimento pelos usurios da informao contbil e para a perfeitacompreenso pelos profissionais da contabilidade, um grau de detalhamentoque no possvel abranger nos prprios enunciados.

    O Apndice aos Princpios Fundamentais de Contabilidade, contendocomentrios sobre o contedo dos enunciados, uma forma adequada de melhorcompreenso sobre to importante assunto.

    O objetivo, portanto, explicitar e toda explicitao simplesesclarecimento.

    1 A CONTABILIDADE COMO CONHECIMENTO

    1.1 A Contabilidade como Cincia Social

    A Contabilidade possui objeto prprio o Patrimnio das Entidades econsiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condiesde generalidade, certeza e busca das causas, em nvel qualitativo semelhantes demais cincias sociais. A Resoluo alicera-se na premissa de que aContabilidade uma Cincia Social com plena fundamentao epistemolgica.Por conseqncia, todas as demais classificaes mtodo, conjunto deprocedimentos, tcnica, sistema, arte, para citarmos as mais correntes referem-se a simples facetas ou aspectos da Contabilidade, usualmente concernentes sua aplicao prtica, na soluo de questes concretas.

    1.2 O Patrimnio objeto da Contabilidade

    O objeto delimita o campo de abrangncia de uma cincia, tanto nas cinciasformais quanto nas factuais, das quais fazem parte as cincias sociais. NaContabilidade, o objeto sempre o PATRIMNIO de uma Entidade, definido comoum conjunto de bens, direitos e obrigaes para informais, ou a uma sociedadeou instituio de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, quepode, ou no, incluir o lucro. O essencial que o patrimnio disponha de autonomiaem relao aos demais patrimnios existentes, o que significa que a Entidade

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    dele pode dispor livremente, claro que nos limite estabelecidos pela ordem jurdicae, sob certo aspecto, da racionalidade econmica e administrativa.

    O Patrimnio tambm objeto de outras cincias sociais por exemplo,da Economia, da Administrao e do Direito que, entretanto, o estudam sobngulos diversos daquele da Contabilidade, que o estuda nos seus aspectosquantitativos e qualitativos. A Contabilidade busca, primordialmente, apreender,no sentido mais amplo possvel, e entender as mutaes sofridas pelo Patrimnio,tendo em mira, muitas vezes, uma viso prospectiva de possveis variaes. Asmutaes tanto podem decorrer da ao do homem, quanto, embora quase sempresecundariamente, dos efeitos da natureza sobre o patrimnio.

    Por aspecto qualitativo do patrimnio entende-se a natureza dos elementosque o compem como dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moeda,mquinas, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. A delimitao qualitativadesce, em verdade, at o grau de particularizao que permita a perfeitacompreenso do componente patrimonial. Assim, quando falamos em mquinas,ainda estamos a empregar um substantivo coletivo, cuja expresso poder ser demuita utilidade, em determinadas anlises. Mas a Contabilidade, quando aplicadaa um patrimnio particular, no se limitar s mquinas como categoria, mas,dependendo das necessidades de controle poder descer a cada mquina emparticular e, mais ainda, aos seus pormenores de forma que sua caracterizaoevite a confuso com quaisquer outras mquinas, mesmo de tipo idntico.

    O atributo quantitativo refere-se expresso dos componentes patrimoniaisem valores, o que demanda que a Contabilidade assuma posio sobre o queseja Valor, porquanto os conceitos sobre a matria so extremamente variados.

    Do Patrimnio deriva o conceito de Patrimnio Lquido, mediante a equaoconsiderada como bsica na Contabilidade:

    (Bens + Direitos) (Obrigaes) = Patrimnio Lquido

    Quando o resultado da equao negativo, convenciona-se denomin-lode Passivo a Descoberto.

    O Patrimnio Lquido no uma dvida da Entidade para com seus sciosou acionistas, pois estes no emprestam recursos para que ela possa ter vidaprpria, mas, sim, os entregam, para que com eles forme o Patrimnio da Entidade.

    O conhecimento que a Contabilidade tem do seu objeto est em constantedesenvolvimento, como, alis, ocorre nas demais cincias em relao aosrespectivos objetos. Por esta razo, deve-se aceitar como natural o fato daexistncia de possveis componentes do patrimnio cuja apreenso ou avaliaose apresenta difcil ou invivel em determinado momento.

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    1.3 Os Princpios Fundamentais de Contabilidade

    Os Princpios Fundamentais de Contabilidade representam o ncleo centralda prpria Contabilidade, na sua condio de cincia social a ela inerente. Osprincpios constituem sempre as vigas-mestras de uma cincia, revestindo-sedos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em qualquercircunstncia. No caso da Contabilidade, presente seu objeto, seus PrincpiosFundamentais de Contabilidade valem para todos os patrimnios,independentemente das Entidades a que pertencem, as finalidades para as quaisso usados, a forma jurdica da qual esto revestidos, sua localizao,expressividade e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem da condiode autonomia em relao aos demais patrimnios existentes.

    Nos princpios cientficos jamais pode haver hierarquizao formal, dadoque eles so os elementos predominantes na constituio de um corpo orgnico,proposies que se colocam no incio de uma deduo, e so deduzidos deoutras dentro do sistema. Nas cincias sociais, os princpios se colocam comaxiomas, premissas universais e verdadeiras, assim admitidas sem necessidadede demonstrao, ultrapassando, pois a condio de simples conceitos.

    O atributo da universalidade permite concluir que os princpios no exigiramadjetivao, pois sempre, por definio, se referem Cincia da Contabilidadeno seu todo. Dessa forma, o qualificativo fundamentais visa, to-somente, aenfatizar sua magna condio. Esta igualmente elimina a possibilidade deexistncia de princpios identificados, nos seus enunciados, com tcnicas ouprocedimentos especficos, com o resultado obtido na aplicao dos princpiospropriamente ditos a um patrimnio particularizado. Assim, no podem existirprincpios relativos aos registros, s demonstraes ou terminologia contbeis,mas somente ao objeto desta, o Patrimnio. Os princpios, na condio deverdades primeiras de uma cincia, jamais sero diretivas de natureza operacional,caracterstica essencial das normas expresses de direito positivo, que apartir dos princpios, estabelecem ordenamentos sobre o como fazer, isto ,tcnicas, procedimentos, mtodos, critrios etc., tanto nos aspectos substantivos,quanto nos formais. Dessa maneira, alcana-se um todo organicamente integrado,em que, com base nas verdades gerais, se chega ao detalhe aplicado, mantidasa harmonia e coerncia do conjunto.

    Os princpios simplesmente so e, portanto, preexistem s normas,fundamentando e justificando a ao, enquanto aquelas a dirigem na prtica. Nocaso brasileiro, os princpios esto obrigatoriamente presentes na formulaodas Normas Brasileiras de Contabilidade, verdadeiros pilares do sistema denormas, que estabelecer regras sobre a apreenso, o registro, relato,demonstrao e anlise das variaes sofridas pelo patrimnio, buscandodescobrir suas causas, de forma a possibilitar a feitura de prospeces sobre aEntidade e no podem sofrer qualquer restrio na sua observncia.

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    Os princpios refletem o estgio em que se encontra a Cincia daContabilidade, isto , a essncia dos conhecimentos, doutrinas e teorias quecontam com o respaldo da maioria dos estudiosos da Contabilidade. evidenteque, em muitos aspectos, no h como se falar em unanimidade de entendimento,mas at em desacordo sobre muitos temas terico-doutrinrios. Temos umanica cincia, mas diversas doutrinas. Entretanto, cumpre ressaltar que talsituao tambm ocorre nas demais cincias sociais e, muitas vezes, at mesmonas cincias ditas exatas.

    Em termos de contedo, os princpios dizem respeito caracterizao daEntidade e do patrimnio, avaliao dos componentes deste e ao reconhecimentodas mutaes e dos seus efeitos diante do Patrimnio Lquido. Como os princpiosalcanam o patrimnio na sua globalidade, sua observncia nos procedimentosaplicados resultar automaticamente em informaes de utilidade para decisessobre situaes concretas. Esta a razo pela qual os objetivos pragmticos daContabilidade so caracterizados pela palavra informao.

    1.4 Dos objetivos da Contabilidade

    A existncia de objetivos especficos no essencial caracterizao deuma cincia, pois, caso o fosse, inexistiria a cincia pura, aquela que se concentra,to-somente, no seu objeto. Alis, na prpria rea contbil, encontramos muitospesquisadores cuja obra no apresenta qualquer escopo pragmtico, concentrando-se na Contabilidade como cincia. De qualquer forma, como j vimos, no hqualquer dificuldade na delimitao dos objetivos da Contabilidade no terrenocientfico, a partir do seu objeto, que o Patrimnio, por estarem concentrados nacorreta representao deste e nas causas das suas mutaes.

    O objeto cientfico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentaodo Patrimnio e na apreenso e anlise das causas das suas mutaes. J sobtica pragmtica, a aplicao da Contabilidade a uma Entidade particularizadabusca prover os usurios com informaes sobre aspectos de natureza econmica,financeira e fsica do Patrimnio da Entidade e suas mutaes, o que compreenderegistros, demonstraes, anlises, diagnsticos e prognsticos, expressos soba forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios.

    O tema, to claro no quadrante cientfico, comporta comentrios maisminuciosos quando direcionado aos objetivos concretos perseguidos na aplicaoda Contabilidade a uma Entidade em particular. Adentramos, no caso, o terrenooperacional, regulado pelas normas. Assim, ouve-se com freqncia dizer queum dos objetivos da Contabilidade o acompanhamento da evoluo econmicae financeira de uma Entidade. No caso, o adjetivo econmico empregadopara designar o processo de formao de resultado, isto , as mutaesquantitativo-qualitativas do patrimnio, as que alteram o valor do PatrimnioLquido, para mais ou para menos, corretamente conhecidas como receitas e

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    despesas. J os aspectos qualificados como financeiros concernem, em ltimainstncia, aos fluxos de caixa.

    Cumpre tambm ressaltar que, na realizao do objetivo central daContabilidade, defrontamo-nos, muitas vezes, com situaes nas quais osaspectos jurdico-formais das transaes ainda no esto completa ousuficientemente dilucidados. Nesses casos, deve-se considerar o efeito maisprovvel das mutaes sobre o patrimnio, quantitativa e qualitativamente,concedendo-se prevalncia substncia das transaes.

    1.5 Das informaes geradas pela Contabilidade

    De forma geral, no mbito dos profissionais e usurios da Contabilidade,os objetivos desta, quando aplicada a uma Entidade particularizada, soidentificados com a gerao de informaes, a serem utilizadas pordeterminados usurios em decises que buscam a realizao de interessese objetivos prprios. A preciso das informaes demandadas pelos usuriose o prprio desenvolvimento de aplicaes prticas da Contabilidade,dependero, sempre, da observncia dos seus Princpios, cuja aplicao soluo de situaes concretas dever considerar o contexto econmico,tecnolgico, institucional e social em que os procedimentos sero aplicados.Isso significa, com grande freqncia, o uso de projees sobre os contextosem causa, o que muitos denominam de viso prospectiva nas aplicaescontbeis.

    As informaes quantitativas que a Contabilidade produz, quando aplicadaa uma Entidade, devem possibilitar ao usurio avaliar a situao e as tendnciasdesta, com o menor grau de dificuldade possvel. Devem pois, permitir ao usurio,como partcipe do mundo econmico:

    - observar e avaliar o comportamento;- comparar seus resultados com os de outros perodos ou Entidades;- avaliar seus resultados luz dos objetivos estabelecidos;- projetar seu futuro nos marcos polticos, sociais e econmicos em quese insere.

    E tudo isso, para que o usurio possa planejar suas prprias operaes.

    Os requisitos referidos levam concluso de que deve haver consistncianos procedimentos que a Entidade utiliza em diferentes perodos e, tanto quantopossvel, tambm entre Entidades distintas que pertenam a um mesmomercado, de forma que o usurio possa extrair tendncias quanto vida de umaEntidade e sua posio em face das demais Entidades ou mesmo do mercadocomo um todo. Tal desiderato extremamente incentivado pelo sistema formal

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    de normas, cuja coerncia estrutural garantida pela observncia dos PrincpiosFundamentais de Contabilidade e seus ordenamentos aplicados.Evidentemente o preceito em anlise, conhecido por consistncia, noconstitui princpio da Contabilidade, mas regra tcnico-comportamental. Tantoisso verdade que procedimentos aplicados, mesmo fixados como norma,podem ser alterados em funo das necessidades dos usurios ou mesmoda qualidade dos resultados da sua aplicao, enquanto que os princpiosque os fundamentam permanecem inalterados.

    1.6 Dos Usurios da Contabilidade

    Os usurios tanto podem ser internos como externos e, mais ainda, cominteresses diversificados, razo pela qual as informaes geradas pela Entidadedevem ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a avaliao dasua situao patrimonial e das mutaes sofridas pelo seu patrimnio, permitindoa realizao de inferncias sobre o seu futuro.

    Os usurios internos incluem os administradores de todos os nveis, queusualmente se valem de informaes mais aprofundadas e especficas acercada Entidade, notadamente aquelas relativas ao seu ciclo operacional. J osusurios externos concentram suas atenes, de forma geral, em aspectosmais genricos, expressos nas demonstraes contbeis.

    Em pases com um ativo mercado de capitais, assume importncia mpara existncia de informaes corretas, oportunas, suficientes e inteligveis sobreo patrimnio das Entidades e suas mutaes, com vista adequada avaliaode riscos e oportunidades por parte dos investidores, sempre interessados nasegurana dos seus investimentos e em retornos compensadores em relaos demais aplicaes. A qualidade dessas informaes deve ser asseguradapelo sistema de normas alicerado nos Princpios Fundamentais, o que torna aContabilidade um verdadeiro catalisador do mercado de aes.

    O tema vital e, por conseqncia, deve-se manter vigilncia sobre ograu em que os objetivos gerais da Contabilidade aplicada a uma atividadeparticularizada esto sendo alcanados. O entendimento das informaes pelosprprios usurios pode lev-los concluso da necessidade de valer-se dostrabalhos de profissionais da Contabilidade.

    2. COMENTRIOS AOS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE

    A Resoluo CFC n 750/93 dispe sobre os Princpios Fundamentais deContabilidade, elencando-os em seu art. 3 e conceituando-os nos seus artigosquarto ao dez.

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    2.1 O princpio da entidade

    Art. 4 O Princpio da ENTIDADE reconhece o Patrimnio como objetoda Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade dadiferenciao de um Patrimnio particular no universo dos patrimniosexistentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto depessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade,com ou sem fins lucrativos. Por conseqncia, nesta acepo, o patrimniono se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso desociedade ou instituio.

    Pargrafo nico O PATRIMNIO pertence ENTIDADE, mas a recproca no verdadeira. A soma ou agregao contbil de patrimnios autnomos no resultaem nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econmico-contbil.

    2.1.1 A autonomia patrimonial

    O cerne do Princpio da ENTIDADE est na autonomia do patrimnio a elapertencente. O Princpio em exame afirma que o patrimnio deve revestir-se doatributo de autonomia em relao a todos os outros Patrimnios existentes,pertencendo a uma Entidade, no sentido de sujeito suscetvel aquisio de direitose obrigaes. A autonomia tem por corolrio o fato de que o patrimnio de umaEntidade jamais pode confundir-se com aqueles dos seus scios ou proprietrios.Por conseqncia, a Entidade poder ser desde uma pessoa fsica, ou qualquertipo de sociedade, instituio ou mesmo conjuntos de pessoas, tais como:

    - famlias;- empresas;- governos, nas diferentes esferas do poder;- sociedades beneficentes, religiosas, culturais, esportivas, de lazer, tcnicas;- sociedades cooperativas;- fundos de investimento e outras modalidades afins.

    No caso de sociedades, no importa que sejam sociedades de fato ouque estejam revestidas de forma jurdica, embora esta ltima circunstnciaseja a mais usual.

    O Patrimnio, na sua condio de objeto da Contabilidade, , no mnimo,aquele juridicamente formalizado como pertencente Entidade, com ajustesquantitativos e qualitativos realizados em consonncia com os princpios daprpria contabilidade. A garantia jurdica da propriedade, embora por vezes susciteinterrogaes de parte daqueles que no situam a autonomia patrimonial nocerne do Princpio da Entidade, indissocivel desse princpio, pois a nicaforma de caracterizao do direito ao exerccio de poder sobre o mesmoPatrimnio, vlida perante terceiros. Cumpre ressaltar que, sem autonomia

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    patrimonial fundada na propriedade, os demais Princpios Fundamentais perdemo seu sentido, pois passariam a referir-se a um universo de limites imprecisos.

    A autonomia patrimonial apresenta sentido unvoco. Por conseqncia, opatrimnio pode ser decomposto em partes segundo os mais variados critrios,tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Mas nenhuma classificao,mesmo que dirigida sob tica setorial, resultar em novas Entidades. Carece,pois, de sentido, a idia de que as divises ou departamentos de uma entidadepossam constituir novas Entidades, ou microentidades, precisamente porquesempre lhes faltar o atributo da autonomia. A nica circunstncia em que podersurgir nova Entidade, ser aquela em que a propriedade de parte do patrimnio deuma Entidade, for transferida para outra unidade, eventualmente at criada naquelemomento. Mas, no caso, teremos um novo patrimnio autnomo, pertencente aoutra Entidade. Na contabilidade aplicada, especialmente nas reas de custos ede oramento, trabalha-se, muitas vezes, com controles divisionais, que podemser extraordinariamente teis, porm no significam a criao de novas Entidades,precisamente pela ausncia de autonomia patrimonial.

    2.1.2 Da soma ou da agregao de patrimnios

    O Patrimnio da Entidade apresenta corolrio de notvel importncia,notadamente pelas suas repercusses de natureza prtica: as somas eagregaes de patrimnios de diferentes Entidades no resultam em novaEntidade. Tal fato assume especial relevo por abranger as demonstraescontbeis consolidadas de Entidades pertencentes a um mesmo grupoeconmico, isto , de um conjunto de Entidades sob controle nico.

    A razo bsica a de que as Entidades cujas demonstraes contbeisso consolidadas mantm sua autonomia patrimonial, pois seus Patrimniospermanecem de sua propriedade. Como no h transferncia de propriedade,no pode haver formao de novo patrimnio, condio primeira da existnciajurdica de uma Entidade. O segundo ponto a ser considerado o de que aconsolidao se refere s demonstraes contbeis, mantendo-se aobservncia dos Princpios Fundamentais de Contabilidade no mbito dasEntidades consolidadas, resultando em uma unidade de natureza econmico-contbil, em que os qualificativos ressaltam os dois aspectos de maior relevo:o atributo de controle econmico e a fundamentao contbil da suaestruturao.

    As demonstraes contbeis consolidadas, apresentando a posiopatrimonial e financeira, resultado das operaes, as origens e aplicaes derecursos ou os fluxos financeiros de um conjunto de Entidades sob controlenico so peas contbeis de grande valor informativo para determinados usurios,embora isso no elimine o fato de que outras informaes possam ser obtidasnas demonstraes que foram consolidadas.

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    2.2 O princpio da continuidade

    Art. 5 A CONTINUIDADE ou no da ENTIDADE, bem como sua vidadefinida ou provvel, devem ser consideradas quando da classificao e avaliaodas mutaes patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

    1 A CONTINUIDADE influencia o valor econmico dos ativos e, em muitoscasos, o valor de vencimento dos passivos, especialmente quando a extinoda ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsvel.

    2 A observncia do Princpio da CONTINUIDADE indispensvel corretaaplicao do Princpio da COMPETNCIA, por efeito de se relacionar diretamente quantificao dos componentes patrimoniais e formao do resultado, e de seconstituir dado importante para aferir a capacidade futura de gerao de resultado.

    2.2.1 Aspectos conceituais

    O Princpio da CONTINUIDADE afirma que o patrimnio da Entidade, nasua composio qualitativa e quantitativa, depende das condies em queprovavelmente se desenvolvero as operaes da Entidade. A suspenso dassuas atividades podem provocar efeitos na utilidade de determinados ativos,com a perda, at mesmo integral, de seu valor. A queda no nvel de ocupaopode tambm provocar efeitos semelhantes.

    A modificao no estado de coisas citado pode ocorrer por diversas causas,entre as quais ressaltam as seguintes:

    a) modificaes na conjuntura econmica que provoquem alteraes naamplitude do mercado em que atua a Entidade. Exemplo neste sentido aqueda de poder aquisitivo da populao, que provoca reduo no consumo debens, o que, sua vez, resulta na reduo do grau de ocupao de muitasEntidades;

    b) mudanas de poltica governamental, como, por exemplo, na rea cambial,influenciando diretamente o volume das exportaes de determinados ramoseconmicos, com efeito direto nos nveis de produo de determinadas Entidades;

    c) problemas internos das prprias Entidades, consubstanciados emenvelhecimento tecnolgico dos seus processos ou produtos, superao mercadolgicadestes, exigncia de proteo ambiental, falta de capital, falta de liquidez, incapacidadeadministrativa, dissenes entre os controladores da Entidade e outras causasquaisquer que levem a Entidade a perder suas condies de competitividade, sendogradativamente alijada do mercado;

    d) causas naturais ou fortuitas que afetem a manuteno da Entidade no

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    mercado, tais como inundaes, incndios, ausncia de materiais primriospor quebras de safras.

    A situao-limite na aplicao do Princpio da CONTINUIDADE aquela emque h a completa cessao das atividades da Entidade. Nessa situao,determinados ativos, como, por exemplo, os valores diferidos, deixaro de ostentartal condio, passando condio de despesas, em face da impossibilidade desua recuperao mediante as atividades operacionais usualmente dirigidas geraode receitas. Mas at mesmo ativos materiais, como estoques, ferramentas oumquinas, podem ter seu valor modificado substancialmente. As causas da limitaoda vida da Entidade no influenciam o conceito da continuidade; entretanto, comoconstituem informao de interesse para muitos usurios, quase sempre so dedivulgao obrigatria, segundo norma especfica. No caso de provvel cessaoda vida da Entidade, tambm o passivo afetado, pois, alm do registro dasexigibilidades, com fundamentao jurdica, tambm devem ser contemplados osprovveis desembolsos futuros, advindos da extino em si.

    Na condio de Princpio, em que avulta o atributo da universalidade, acontinuidade aplica-se no somente situao de cessao integral dasatividades da Entidade, classificada como situao-limite no pargrafo anterior,mas tambm queles casos em que h modificao no volume de operaes,de forma a afetar o valor de alguns componentes patrimoniais, obrigando aoajuste destes, de maneira a ficarem registrados por valores lquidos de realizao.

    Princpio da Continuidade, semelhana do da Prudncia, est intimamenteligado com o da Competncia, formando-se uma espcie de trilogia. A razo simples: a continuidade, como j vimos, diz respeito diretamente ao valoreconmico dos bens, ou seja, ao fato de um ativo manter-se nesta condio outransformar-se, total ou parcialmente, em despesa. Mas a continuidade tambmalcana a representao quantitativa e qualitativa do patrimnio de outras maneiras,especialmente quando h previso de encerramento das atividades da Entidade,com o vencimento antecipado ou o surgimento de exigibilidades. Nesta ltimacircunstncia, sua ligao ser com o Princpio da Oportunidade.

    2.2.2 O Princpio da Continuidade e a entidade em marcha

    A denominao Princpio da Continuidade, como tambm a de entidadeem marcha, ou going concern, encontrada em muitos sistemas de normasno exterior e tambm na literatura contbil estrangeira. Embora o Princpio daContinuidade tambm parta do pressuposto de que a Entidade deva concretizarseus objetivos continuamente o que nem sempre significa a gerao de riquezano sentido material , no se fundamenta na idia de Entidade em movimento.

    O motivo extremamente singelo, pois uma Entidade com suas atividadesreduzidas ou suspensas temporariamente continuar a ser objeto da

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    Contabilidade enquanto dispuser de patrimnio. Isso permanece verdade no casode a Entidade suspender definitivamente suas atividades. O que haver, to-somente, a reapreciao dos componentes patrimoniais, quantitativa equalitativamente, precisamente em razo dos ditames do Princpio daContinuidade. A normalidade ou no das operaes, bem como a vida limitadaou indeterminada, no alcanam o objeto da Contabilidade, o patrimnio, mas,to-somente, sua composio e valor, isto , a delimitao quantitativa e qualitativados bens, direitos e obrigaes.

    O prprio uso da receita como parmetro na formao de juzo sobre a situaode normalidade da Entidade, embora vlido na maioria das Entidades, no pode seruniversal, pois, em muitas delas, a razo de ser no a receita, tampouco o resultado.

    2.3 O princpio da oportunidade

    Art. 6 O Princpio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, tempestividade e integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes,determinando que este seja feito de imediato e com a extenso correta,independentemente das causas que as originaram.

    Pargrafo nico. Como resultado da observncia do Princpio daOPORTUNIDADE:

    I desde que tecnicamente estimvel, o registro das variaes patrimoniais deveser feito mesmo na hiptese de somente existir razovel certeza de sua ocorrncia;

    II o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplandoos aspectos fsicos e monetrios;

    III o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variaes ocorridasno patrimnio da ENTIDADE, em um perodo de tempo determinado, basenecessria para gerar informaes teis ao processo decisrio da gesto.

    2.3.1 Aspectos conceituais

    O Princpio da OPORTUNIDADE exige a apreenso, o registro e o relatode todas as variaes sofridas pelo patrimnio de uma Entidade, no momentoem que elas ocorrerem. Cumprido tal preceito, chega-se ao acervo mximo dedados primrios sobre o patrimnio, fonte de todos os relatos, demonstraes eanlises posteriores, ou seja, o Princpio da Oportunidade a base indispensvel fidedignidade das informaes sobre o patrimnio da Entidade, relativas a umdeterminado perodo e com o emprego de quaisquer procedimentos tcnicos. o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas denominam derepresentao fiel pela informao, ou seja, que esta espelhe com preciso e

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    objetividade as transaes e eventos a que concerne. Tal tributo , outrossim,exigvel em qualquer circunstncia, a comear sempre nos registros contbeis,embora as normas tendem a enfatiz-lo nas demonstraes contbeis.

    O Princpio da Oportunidade deve ser observado, como j foi dito, sempreque haja variao patrimonial, cujas origens principais so, de forma geral, asseguintes:

    a) transaes realizadas com outras Entidades, formalizadas medianteacordo de vontades, independentemente da forma ou da documentao desuporte, como compra ou venda de bens e servios;

    b) eventos de origem externa, de ocorrncia alheia vontade daadministrao, mas com efeitos sobre o Patrimnio, como modificaes nastaxas de cmbio, quebras de clientes, efeitos de catstrofes naturais, etc.;

    c) movimentos internos que modificam predominantemente a estruturaqualitativa do Patrimnio, como a transformao de materiais em produtossemifabricados ou destes em produtos prontos, mas tambm a estruturaquantitativo-qualitativa, como no sucateamento de bens inservveis.

    O Princpio da OPORTUNIDADE abarca dois aspectos distintos, mascomplementares: a integridade e a tempestividade, razo pela qual muitos autorespreferem denomin-lo de Princpio da UNIVERSALIDADE.

    O Princpio da OPORTUNIDADE tem sido confundido algumas vezes,com o da COMPETNCIA, embora os dois apresentem contedosmanifestamente diversos. Na oportunidade, o objetivo est na completeza daapreenso das variaes do seu oportuno reconhecimento, enquanto, nacompetncia, o fulcro est na qualificao das variaes diante do PatrimnioLquido, isto , na deciso sobre se estas o alteram ou no. Em sntese, noprimeiro caso, temos o conhecimento da variao, e, na competncia, adeterminao de sua natureza.

    2.3.2 A integridade das variaes

    A integridade diz respeito necessidade de as variaes seremreconhecidas na sua totalidade, isto , sem qualquer falta ou excesso. Concerne,pois, completeza da apreenso, que no admite a excluso de quaisquervariaes monetariamente quantificveis. Como as variaes incluem elementosquantitativos e qualitativos, bem como os aspectos fsicos pertinentes, e aindaque a avaliao regida por princpios prprios, a integridade diz respeitofundamentalmente s variaes em si. Tal fato no elimina a necessidade doreconhecimento destas, mesmo nos casos em que no h certeza definitiva dasua ocorrncia, mas somente alto grau de possibilidade. Bons exemplos neste

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    sentido fornecem as depreciaes, pois a vida til de um bem ser sempre umahiptese, mais ou menos fundada tecnicamente, porquanto dependente de diversosfatores de ocorrncia aleatria. Naturalmente, pressupe-se que, na hiptese douso de estimativas, estas tenham fundamentao estatstica e econmica suficientes.

    2.3.3 A tempestividade do registro

    A tempestividade obriga a que as variaes sejam registradas no momento emque ocorrerem, mesmo na hiptese de alguma incerteza, na forma relatada no itemanterior. Sem o registro no momento da ocorrncia, ficaro incompletos os registrossobre o patrimnio at aquele momento, e, em decorrncia, insuficientes quaisquerdemonstraes ou relatos, e falseadas as concluses, diagnsticos e prognsticos.

    2.4 O princpio do registro pelo valor original

    Art. 7 Os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valoresoriginais das transaes com o mundo exterior, expressos a valor presente na moedado Pas, que sero mantidos na avaliao das variaes patrimoniais posteriores,inclusive quando configurarem agregaes ou decomposies no interior da Entidade.

    Pargrafo nico. Do Princpio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:

    I a avaliao dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valoresde entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com osagentes externos ou da imposio destes;

    II uma vez integrados no patrimnio, o bem, direito ou obrigao no podero teralterados seus valores intrnsecos, admitindo-se, to-somente, sua decomposioem elementos e/ou sua agregao, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;

    III o valor original ser mantido enquanto o componente permanecer comoparte do patrimnio, inclusive quando da sada deste;

    IV os Princpios da ATUALIZAO MONETRIA e do REGISTRO PELO VALORORIGINAL so compatveis entre si e complementares, dado que o primeiroapenas atualiza e mantm atualizado o valor de entrada;

    V o uso da moeda do Pas na traduo do valor dos componentes patrimoniaisconstitui imperativo de homogeneizao quantitativa dos mesmos.

    2.4.1 Os elementos essenciais do Princpio

    O Princpio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ordena que oscomponentes do patrimnio tenham seu registro inicial efetuado pelos valores

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    ocorridos na data das transaes havidas com o mundo exterior Entidade,estabelecendo, pois, a viga-mestra da avaliao patrimonial: a determinao dovalor monetrio de um componente do patrimnio.

    Ao adotar a idia de que a avaliao deva ser realizada com fundamentono valor de entrada, o Princpio consagra o uso dos valores monetriosdecorrentes do consenso entre os agentes econmicos externos e a Entidade contabilmente, outras Entidades ou da imposio destes. No importa, pois,se o preo resultou de livre negociao em condies de razovel igualdadeentre as partes, ou de imposio de uma delas, em vista da sua posio desuperioridade. Generalizando, o nvel dos preos pode derivar de quaisquer dassituaes estudadas na anlise microeconmica.

    Pressupe-se que o valor de troca, aquele decorrente da transao,configure o valor econmico dos ativos no momento da sua ocorrncia.Naturalmente, se, com o passar do tempo, houver a modificao do valor emcausa, seja por que razo for, os ajustes sero realizados, mas ao abrigo doPrincpio da Competncia. Os ajustes somente sero para menos, em razo daessncia do prprio Princpio.

    A rigorosa observncia do princpio em comentrio do mais altointeresse da sociedade como todo e, especificamente, do mercado de capitais,por resultar na unificao da metodologia de avaliao, fator essencial nacomparabilidade dos dados, relatos e demonstraes contbeis e,conseqentemente, na qualidade da informao gerada, impossibilitandocritrios alternativos de avaliao.

    No caso de doaes recebidas pela Entidade, tambm existe a transaocom o mundo exterior e, mais ainda, com efeito quantitativo e qualitativo sobre opatrimnio. Como a doao resulta em inegvel aumento do Patrimnio Lquido,cabe o registro pelo valor efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento,segundo o valor de mercado. Mantm-se, no caso, intocado o princpio em exame,com a nica diferena em relao s situaes usuais: uma das partes envolvidas caso daquela representativa do mundo externo abre mo da contraprestao,que se transforma em aumento do Patrimnio Lquido da Entidade recebedorada doao. Acessoriamente, pode-se lembrar que o fato de o ativo ter-se originadode doao, no repercute na sua capacidade futura de contribuir realizaodos objetivos da Entidade.

    2.4.2 A expresso em moeda nacional

    A expresso do valor dos componentes patrimoniais em moeda nacionaldecorre da necessidade de homogeneizao quantitativa do registro do patrimnioe das suas mutaes, a fim de se obter a necessria comparabilidade e sepossibilitarem agrupamentos de valores. Ademais, este aspecto particular, no

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    mbito do Princpio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL, visa a afirmar aprevalncia da moeda do Pas e, conseqentemente, o registro somente nela. Ocorolrio o de que quaisquer transaes em moeda estrangeira devem sertransformadas em moeda nacional no momento do seu registro.

    2.4.3 A manuteno dos valores originais nas variaes internas

    O Princpio em anlise, como no poderia ser diferente, em termos lgicos,mantm-se plenamente nas variaes patrimoniais que ocorrem no interior daEntidade, quando acontece a agregao ou a decomposio de valores. Osagregados de valores cuja expresso mais usual so os estoques de produtossemifabricados e prontos, os servios em andamento ou terminados, as culturasem formao, etc. representam, quantitativamente, o somatrio de inmerasvariaes patrimoniais qualitativas, formando conjuntos de valores constitudoscom base em valores atinentes a insumos de materiais, depreciaes, mo-de-obra, encargos sociais, energia, servios de terceiros, tributos, e outros, classesde insumos que, em verdade, representam a consumpo de ativos, comoestoques, equipamentos ou, diretamente, recursos pecunirios. Os agregadosso, pois, ativos resultantes da transformao de outros ativos, e, em algunscasos, deixam logo tal condio, como aqueles referentes a funes como asde administrao geral, comercializao no Pas, exportao e outras.

    A formao dos agregados implica o uso de decomposies, comoacontece no caso das depreciaes geradas por uma mquina em particular: atransao com o mundo exterior resultou na ativao da mquina, mas aconsumpo desta dar-se- gradativamente, ao longo do tempo, mediante asdepreciaes. Todavia estas, mesmo quando relativas a um espao curto detempo um ms, por hiptese , normalmente so alocadas a diversoscomponentes do patrimnio, como, por exemplo, a diferentes peas emfabricao.

    Os fatos mencionados comprovam a importncia do princpio em examena Contabilidade aplicada rea de custos, por constituir-se na diretiva principalde avaliao das variaes que ocorrem no ciclo operacional interno dasEntidades, em que no existe propriamente a criao de valores, mas a simplesredistribuio de valores originais.

    Finalmente, cabe ressaltar que os valores originais devem ser ajustados,segundo a sua perda de valor econmico. Porm, mesmo tal ajuste no implica,em essncia, modificao do valor original.

    2.5 O princpio da atualizao monetria

    Art. 8 Os efeitos da alterao do poder aquisitivo da moeda nacional

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    devem ser reconhecidos nos registros contbeis atravs do ajustamento daexpresso formal dos valores dos componentes patrimoniais.

    Pargrafo nico So resultantes da adoo do Princpio da ATUALIZAOMONETRIA:

    I a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, no representaunidade constante em termos do poder aquisitivo;

    II para que a avaliao do patrimnio possa manter os valores das transaesoriginais (art. 7), necessrio atualizar sua expresso formal em moeda nacional,a fim de que permaneam substantivamente corretos os valores dos componentespatrimoniais e, por conseqncia, o do patrimnio lquido;

    III a atualizao monetria no representa nova avaliao, mas, to-somente,o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicaode indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variao do poder aquisitivoda moeda nacional em um dado perodo.

    2.5.1 Aspectos conceituais

    O Princpio da ATUALIZAO MONETRIA existe em funo do fato de quea moeda embora universalmente aceita como medida de valor no representaunidade constante de poder aquisitivo. Por conseqncia, sua expresso formaldeve ser ajustada, a fim de que permaneam substantivamente corretos isto ,segundo as transaes originais os valores dos componentes patrimoniais e, viade decorrncia, o Patrimnio Lquido. Como se observa, o Princpio em causaconstitui seguimento lgico daquele do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL, poispreceitua o ajuste formal dos valores fixados segundo este, buscando a manutenoda substncia original, sem que isso implique qualquer modalidade de reavaliao.

    Em diversas oportunidades no passado, o princpio foi denominado decorreo monetria, expresso inadequada, pois ele no estabelece qualquercorreo de valor, mas apenas atualiza o que, em tese, no deveria ter variado:o poder aquisitivo da moeda. Esta , alis, a razo pela qual o princpio, quandoaplicado prtica, se manifesta por meio de ndice que expressa a modificaoda capacidade geral de compra da moeda, e no da variao particular do preode um bem determinado.

    O princpio diz respeito, dada sua condio de universalidade, a todos oscomponentes patrimoniais e suas mutaes, e no somente s demonstraescontbeis, que representam apenas uma das modalidades de expresso concretada Contabilidade, aplicada a uma entidade em particular. Mas, como asdemonstraes contbeis so, em geral, a forma mais usual de comunicaoentre a Entidade e o usurio, as normas contbeis aliceradas no princpio em

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    exame contm sempre ordenamentos sobre como deve ser realizado o ajuste, oindexador utilizado e a periodicidade de aplicao.

    2.5.2 Dos indexadores da atualizao

    A atualizao monetria deve ser realizada mediante o emprego de meios inexadores, moedas referenciais, reais ou no que reflitam a variao apontadapor ndice geral de preos da economia brasileira. A utilizao de um nicoparmetro de carter geral e de forma uniforme por todas as Entidades indispensvel, a fim de que sejam possveis comparaes vlidas entre elas.

    O uso de indexador nico, embora indispensvel, no resolve inteiramenteo problema da atualizao monetria, pois no alcana a questo da fidedignidadede que se reveste o dito indexador, na expresso do poder aquisitivo da moeda.Todavia, no caso, no se trata de questo atinente aos Princpios Contbeis,mas de problema pertencente Cincia Econmica, no campo terico-doutrinrio,e poltica, em termos aplicados.

    2.6 O princpio da competncia

    Art. 9 As receitas e as despesas devem ser includas na apurao doresultado do perodo em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando secorrelacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

    1 O Princpio da COMPETNCIA determina quando as alteraes no ativo ouno passivo resultam em aumento ou diminuio no patrimnio lquido,estabelecendo diretrizes para classificao das mutaes patrimoniais,resultantes da observncia do Princpio da OPORTUNIDADE.

    2 O reconhecimento simultneo das receitas e despesas, quando correlatas, conseqncia natural do respeito ao perodo em que ocorrer sua gerao.

    3 As receitas consideram-se realizadas:

    I nas transaes com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ouassumirem compromisso firme de efetiv-lo, quer pela investidura na propriedadede bens anteriormente pertencentes entidade, quer pela fruio de serviospor esta prestados;

    II quando da extino, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja omotivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

    III - pela gerao natural de novos ativos independentemente da interveno deterceiros;

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    componente deixa de integrar o patrimnio, para transformar-se em elementomodificador do Patrimnio Lquido. Da confrontao entre o valor final dosaumentos do Patrimnio Lquido usualmente denominados receitas e dassuas diminuies normalmente chamadas de despesas, emerge o conceitode resultado do perodo: positivo, se as receitas forem maiores do que asdespesas; ou negativo, quando ocorrer o contrrio.

    Observa-se que o Princpio da Competncia no est relacionado comrecebimentos ou pagamentos