norma técnica sabesp nts 149

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Norma Técnica SABESP NTS 149 Esquema de pintura para equipamentos e materiais em aço-carbono ou ferro fundido, pintados e sujeitos a ambientes úmidos e quimicamente agressivos S U M Á R I O 1 OBJETIVO........................................................ ................................................................ .1 2 APLICABILIDADE ................................................. ............................................................1 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES....................1 4 ESQUEMA DE PINTURA......................................................... .........................................2 5 PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO ...................................................... ...........................2 6 RECOMENDAÇÕES GERAIS.......................................................... .................................3 7 RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS .................................................... ............................4 7.1 Recomendações para soldas e para frestas que não podem ser abertas.............4 7.2 Recomendação para frestas que podem ser abertas como flanges, placas de fixação de estruturas e equipamentos em pisos.............................................................4 8 INSPEÇÃO........................................................ ................................................................ 5 Norma Técnica SABESP NTS 149 : 2001 08/05/01 1

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Page 1: Norma Técnica SABESP NTS 149

Norma Técnica SABESP NTS 149Esquema de pintura para equipamentos emateriais em aço-carbono ou ferro fundido,pintados e sujeitos a ambientes úmidos equimicamente agressivos S U M Á R I O1 OBJETIVO.........................................................................................................................12 APLICABILIDADE .............................................................................................................13 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES....................14 ESQUEMA DE PINTURA..................................................................................................25 PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO .................................................................................26 RECOMENDAÇÕES GERAIS...........................................................................................37 RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS ................................................................................47.1 Recomendações para soldas e para frestas que não podem ser abertas.............47.2 Recomendação para frestas que podem ser abertas como flanges, placas defixação de estruturas e equipamentos em pisos.............................................................48 INSPEÇÃO........................................................................................................................5Norma Técnica SABESP NTS 149 : 200108/05/01 1Esquema de pintura para equipamentos e materiais em açocarbonoou ferro fundido, pintados e sujeitos a ambientesúmidos e quimicamente agressivos1 OBJETIVOEspecificar o esquema de pintura adequado para aplicação em equipamentos ecomponentes confeccionados em aço-carbono ou ferro fundido, pintados e sujeitos aambientes úmidos e quimicamente agressivos.Serão apresentados também os cuidados necessários no preparo da superfície a serpintada e o procedimento de pintura adequado.2 APLICABILIDADEEste esquema de pintura é adequado para ser utilizado em equipamentos e/oucomponentes confeccionados em aço-carbono zincado ou ferro fundido pintados que

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apresentam corrosão vermelha. Caso estejam pintados com tinta alquídica, esta deve sertotalmente removida utilizando-se solvente pastoso. Uma alternativa à remoção é aaplicação de uma camada de tinta conversora sobre ela, desde que a tinta alquídicaesteja bem aderida e envelhecida há pelo menos três meses.Obs. 1: Tintas conversoras são tintas à base de resina epóxi com baixo teor de solventes, que podem serutilizadas sobre tinta alquídica bem aderida e com um envelhecimento mínimo de três meses.Este esquema é recomendado para ser aplicado em equipamentos e/ou componentesque ficam instalados em ambientes úmidos e agressivos, podendo ou não estar sujeitos araios solares, tais como:- equipamentos e estruturas instalados nas galerias subterrâneas, que são muitoúmidas e altamente contaminadas com cloroaminas;- extintor e dosador de cal;- equipamentos instalados próximos a tanques e tubulações que conduzem cloretoférrico;- salas de cloração;- castelos, manoplas, válvulas em geral, filtros, medidores de vazão, cavaletes, suportede comportas, bombas, motores, base dos motores, redução do recalque, flanges,tubulações, exaustores, guarda-corpos, pontes rolantes, pedestais, caixas de comando,tampas, bocais de inspeção, tubos, suportes dos tubos e outros equipamentos metálicosauxiliares que estão sujeitos aos vapores e gases emanados pelo esgoto. Este esquemade pintura não se aplica em equipamentos imersos ou semi-imersos no esgoto.3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARESAs normas e/ou documentos relacionados a seguir contêm informações complementaresa esta Norma:NTS 039:1999 - Tintas – Medição de espessura de película secaNTS 041:1999 - Inspeção de aderência em revestimentos anticorrosivosNTS 085:2001 - Preparo de superfícies metálicas para pintura -ProcedimentoNTS 136:2001 - Tinta epóxi mastic – EspecificaçãoNTS 140:2001 - Tinta poliuretano – EspecificaçãoNTS 142:2001 - Tinta de fundo epóxi modificado de alta espessura –EspecificaçãoNTS 149 : 2001 Norma Técnica SABESP2 08/05/01NTS 143:2001 - Tinta de acabamento epóxi modificado de alta espessura –EspecificaçãoNBR 6323:1990 Aço ou ferro fundido – Revestimento de zinco por imersão aquenteSIS 055900:1998 - “Pictorial Surface Preparation Standards for Painting SteelSurface”4 ESQUEMA DE PINTURA

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O esquema de pintura, para aplicação em materiais e/ou componentes confeccionadosem aço-carbono (zincado ou não) ou ferro fundido pintados que apresentam corrosãovermelha e estão instalados em ambientes úmidos e quimicamente agressivos, estáapresentado na Tabela 1.Tabela 1 - Esquema de pintura recomendadoTipo da tinta Número de Espessura (m)demãospor demão finalTinta de fundo Epóxi mastic 1 100 100Tinta intermediária oude acabamentoEpóxi modificado deacabamento2 125 250Tinta de acabamento* Poliuretano 2 35 70Espessura total para equipamentos não-expostos a raios solares 350Espessura total para equipamentos expostos a raios solares 420Obs.: * A aplicação de duas demãos de poliuretano é recomendada apenas para equipamentos ecomponentes expostos a raios solares. No caso de equipamentos abrigados, dispensa-se sua aplicação.5 PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃOAntes da aplicação do esquema de pintura, deve-se observar as recomendaçõescontidas nos itens 6 e 7, atentando-se aos procedimentos adequados para pintura defrestas e soldas.Em caso de dúvidas durante a limpeza da superfície para pintura, recomenda-seconsultar a NTS 085 - Preparo de superfícies metálicas para pintura.A seguir, está apresentada a seqüência para aplicação deste esquema de pintura:- se for verificada a presença de óleos e graxas, esfregar a superfície contaminada companos limpos embebidos em xilol ou em outro solvente aromático não-oleoso.- lixar as regiões que apresentam corrosão vermelha do substrato de aço até à remoçãoda coloração avermelhada.- caso a superfície já esteja pintada, as regiões em que se verifica dano da camada detinta devem ser lixadas até à remoção das películas soltas de tinta. Continuar o lixamentopara arredondar as bordas da película de tinta que permaneceu. Finalmente deve-se lixarlevemente toda a superfície pintada, para quebra de brilho.Obs. 2: Caso esteja pintada com tinta alquídica, esta deve ser totalmente removida utilizando-se solventepastoso. Uma alternativa à remoção da tinta alquídica é a aplicação de uma camada de tintaconversora sobre ela, desde que a tinta alquídica esteja bem aderida e envelhecida há pelo menostrês meses. Após a aplicação da tinta conversora, deve-se aguardar o tempo de secagemrecomendado pelo fabricante da tinta e prosseguir normalmente o preparo da superfície.- Limpar a superfície lixada com ar comprimido seco.- Fazer uma limpeza final das regiões de exposição do substrato com uso de solventes,de maneira a eliminar qualquer oleosidade residual presente na superfície.- Caso necessário, secar a superfície com auxílio de jato de ar limpo e seco.Norma Técnica SABESP NTS 149 : 2001

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08/05/01 3Nas regiões de exposição do substrato, aplicar uma demão de tinta de fundo epóxi masticcom 100 m de espessura de película seca.- Aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura entre demãos.- Aplicar uma demão de epóxi modificado de acabamento nas regiões reparadas, com125 m de película seca, em uma cor diferente da segunda demão a ser aplicada. Ascores devem ser diferentes para que o aplicador saiba de maneira inequívoca se asegunda demão já foi aplicada em todas as partes.- Aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura entre as demãos.- Limpar a superfície da tinta antiga com diluente da tinta epóxi, de maneira a eliminarqualquer oleosidade residual e melhorar a ancoragem da tinta a ser aplicada.- Aplicar mais uma demão de tinta epóxi modificado de acabamento com 125 m deespessura de película seca por demão. As cores da tinta de fundo e de acabamentodevem ser diferentes para que o aplicador saiba de maneira inequívoca se a tinta anteriorjá foi aplicada em todas as partes.- Caso o equipamento ou componente fique exposto a raios solares, aplicar duasdemãos de tinta poliuretano com 35 m de película seca por demão, de cor diferente datinta epóxi modificado de acabamento para que o aplicador saiba de maneira inequívocase cada demão já foi aplicada em todas as partes.6 RECOMENDAÇÕES GERAIS- Todas as etapas de preparação de superfície e da aplicação da tinta devem seracompanhadas por profissionais treinados. Se o preparo da superfície não for observadorigorosamente, a execução do esquema de pintura ficará comprometida, mesmo que atinta seja de excelente qualidade.- Amostras de tinta devem ser submetidas a ensaios específicos indicados nasrespectivas normas (item 3). Os ensaios devem ser realizados tanto na tinta líquida comona película seca. Os resultados obtidos devem ser comparados com os especificados. Adiscordância dos resultados com os requisitos mínimos indicados deve ser motivo derejeição.- Amostras da tinta líquida devem ser analisadas por espectrofotometria na região doinfravermelho para identificação da resina. A não-constatação do tipo de resinaespecificado deve ser motivo de rejeição.- Toda superfície preparada para pintura deve receber a camada de tinta de fundo namesma jornada. Assim sendo, não se deve realizar a preparação de superfície em um diapara aplicar a tinta de fundo no dia seguinte. Quando o tempo para repintura forultrapassado, deve-se fazer um lixamento leve de toda superfície para quebra de brilho,antes da aplicação da tinta.- Se após preparada a superfície o trabalho de pintura não for realizado na mesmajornada e se houver a presença de sais no ambiente (por exemplo: maresia), deve-se

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limpar as superfícies anteriormente preparadas utilizando muita água ou, no mínimo, compano umedecido em água. Caso não haja a presença de sais no ambiente, dispensa-se alimpeza com água.- Vedações por meio de soldagem devem ser realizadas antes da aplicação da pintura.- Toda superfície, antes da aplicação de cada demão de tinta, deve sofrer um processode limpeza por meio de escova ou vassoura de pêlo, jato de ar ou pano úmido pararemoção de poeira.- Nenhuma tinta deve ser aplicada se a temperatura ambiente for inferior a 5C.- A temperatura mínima do substrato deve estar 3C acima do ponto de orvalho.Nenhuma tinta deve ser aplicada em tempo de chuva, nevoeiro, ou quando a umidaderelativa do ar for superior a 85%.NTS 149 : 2001 Norma Técnica SABESP4 08/05/017 RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS7.1 Recomendações para soldas e para frestas que não podem ser abertasDurante a execução do esquema de pintura em componentes que possuam soldas oufrestas que não podem ser abertas, recomenda-se adotar o seguinte procedimento:- remover todo óleo e graxa, pelo emprego de água com detergente ou de solventes;- remover todos os produtos de corrosão vermelha mediante a utilização de escovas deaço, lixas ou raspadores manuais, até alcançar o grau de preparo especificado;- limpar a superfície de toda poeira e impurezas provenientes da limpeza comferramentas manuais com jato de ar seco ou com aspirador;- limpar as superfícies lixadas com água abundante ou, no mínimo, com panoumedecido em água;- limpar a superfície com solvente, de maneira a remover qualquer oleosidade residual;- caso necessário, secar a superfície com auxílio de jato de ar limpo e seco;- aplicar, à trincha, uma demão da tinta epóxi mastic;- aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura;- vedar as frestas ou a porosidade das soldas com massa à base de poliuretano;- aguardar o tempo de cura recomendado pelo fabricante;- aplicar, à trincha, uma camada de tinta epóxi modificado de acabamento;- aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura;- aplicar mais uma demão de tinta epóxi modificado de acabamento, de cor diferente daanterior para que o aplicador saiba de maneira inequívoca se a segunda demão já foiaplicada em todas as partes;- caso o equipamento ou componente fique exposto a raios solares, aplicar duasdemãos de tinta poliuretano com 35 m de película seca por demão, de cor diferente datinta epóxi modificado de acabamento.7.2 Recomendação para frestas que podem ser abertas como flanges, placas defixação de estruturas e equipamentos em pisos

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Durante a execução do esquema de pintura em componentes que possuam frestas quepodem ser abertas tais como flanges, placas de fixação de estruturas e equipamentos empisos, recomenda-se:- retirar os elementos de fixação;- remover todo óleo e graxa da superfície a ser pintada pelo emprego de água comdetergente ou de solventes;- remover todos os produtos de corrosão vermelha mediante a utilização de escovas deaço, lixas ou raspadores manuais, até alcançar o grau de preparação especificado;- limpar a superfície de toda poeira e impurezas provenientes da limpeza comferramentas manuais com jato de ar seco ou com aspirador;- limpar as superfícies lixadas com água abundante ou, no mínimo, com panoumedecido em água;- limpar a superfície com solvente, de maneira a remover qualquer oleosidade residual;- caso necessário, secar a superfície com auxílio de jato de ar limpo e seco;- aplicar, à trincha, uma demão da tinta epóxi mastic;- aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura;- aplicar uma demão de tinta de alcatrão de hulha epóxi-amina com 150 m de películaseca;Obs. 3: esta camada se destina à proteção dos efeitos do atrito de contato e das operações de montagem edesmontagem.Norma Técnica SABESP NTS 149 : 200108/05/01 5- aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura;- montar novamente os componente com os elementos de fixação;- vedar as frestas com massa à base de poliuretano;- aguardar o tempo de cura recomendado pelo fabricante;- aplicar, à trincha, uma camada de tinta epóxi modificado de acabamento ;- aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura;- aplicar mais uma demão de tinta epóxi modificado de acabamento de cor diferente daanterior para que o aplicador saiba de maneira inequívoca se a segunda demão já foiaplicada em todas as partes;- caso o equipamento ou componente fique exposto a raios solares, aplicar duasdemãos de tinta poliuretano com 35 m de película seca por demão, de cor diferente datinta epóxi modificado de acabamento.8 INSPEÇÃO- Após terminada a execução do esquema de pintura, a superfície pintada deveapresentar-se uniforme em toda sua extensão.- A espessura da camada total aplicada deve ser verificada segundo a norma NTS039:1999 - “Tintas - Medição de espessura de película seca”. A espessura da películaseca deve corresponder, no mínimo, à espessura total especificada na Tabela 1.- A aderência do esquema de pintura deve ser verificada segundo a norma NTS041:1999 - “Inspeção de aderência em revestimentos anti-corrosivos”. A tinta aplicada

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deve apresentar um grau mínimo de aderência X1Y1.- Se durante a inspeção visual forem observados pontos de destacamento, formação debolhas ou qualquer outro tipo de defeito na superfície pintada, a tinta deve ser retirada e otrabalho, refeito.Esquema de pintura para equipamentos e materiais em aço-carbono ou ferrofundido, pintados e sujeitos a ambientes úmidos e quimicamente agressivosConsiderações finais:1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo seralterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem serenviados à Divisão de Normas Técnicas - TDGN.2) Tomaram parte na elaboração desta Norma:ÁREA UNIDADE DETRABALHONOMET TDDP Airton Checoni DavidT TDDP Pedro Jorge Chama NetoT TDGN Maria Célia GoulartIPT Consultor Sidney Oswaldo Pagotto JúniorIPT Consultora Zehbour PanossianNTS 149 : 2001 Norma Técnica SABESP08/05/01Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São PauloDiretoria Técnica e Meio Ambiente - TSuperintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - TDDivisão de Normas Técnicas - TDGNRua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900São Paulo - SP - BrasilTelefone: (011) 3030-4839 / FAX: (011) 3814-6323E-MAIL: [email protected] Palavras-chave: tinta, revestimento, tratamento de superfície05 páginas