norma técnica sabesp nts 147

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Norma Técnica SABESP NTS 147 Esquema de pintura para equipamentos e materiais em aço-carbono ou ferro fundido novos sujeitos a ambientes úmidos e quimicamente agressivos S U M Á R I O 1 OBJETIVO........................................................ ................................................................ .1 2 APLICABILIDADE ................................................. ............................................................1 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES....................1 4 ESQUEMA DE PINTURA......................................................... .........................................2 5 PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO ...................................................... ...........................2 6 RECOMENDAÇÕES GERAIS.......................................................... .................................2 7 RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS .................................................... ............................3 7.1 Recomendações para soldas e para frestas que não podem ser abertas.............3 7.2 Recomendação para frestas que podem ser abertas como flanges, placas de fixação de estruturas e equipamentos em pisos.............................................................4 8 INSPEÇÃO........................................................ ................................................................ 5 Norma Técnica SABESP NTS 147 : 2001

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Norma Tcnica SABESP NTS 147

Norma Tcnica SABESP NTS 147

Esquema de pintura para equipamentos e materiais em ao-carbono ou ferro fundido novos sujeitos a ambientes midos e quimicamente agressivos

S U M R I O

1 OBJETIVO.........................................................................................................................1

2 APLICABILIDADE .............................................................................................................1

3 REFERNCIAS NORMATIVAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES....................1

4 ESQUEMA DE PINTURA..................................................................................................2

5 PROCEDIMENTO DE APLICAO .................................................................................2

6 RECOMENDAES GERAIS...........................................................................................2

7 RECOMENDAES ESPECFICAS ................................................................................3

7.1 Recomendaes para soldas e para frestas que no podem ser abertas.............3

7.2 Recomendao para frestas que podem ser abertas como flanges, placas de

fixao de estruturas e equipamentos em pisos.............................................................4

8 INSPEO........................................................................................................................5

Norma Tcnica SABESP NTS 147 : 2001

08/05/01 1

Esquema de pintura para equipamentos e materiais em aocarbono

ou ferro fundido novos sujeitos a ambientes midos e

quimicamente agressivos

1 OBJETIVO

Especificar o esquema de pintura adequado para aplicao em equipamentos e/ou

componentes confeccionados em ao-carbono ou ferro fundido novos sujeitos a

ambientes midos e quimicamente agressivos.

Sero apresentados tambm os cuidados necessrios no preparo da superfcie a ser

pintada e o procedimento de pintura adequado.

2 APLICABILIDADE

Este esquema de pintura adequado para ser utilizado em equipamentos e/ou

componentes confeccionados em ao-carbono ou ferro fundido novos instalados em

ambientes midos e quimicamente agressivos, podendo ou no estar sujeitos a raios

solares, tais como:

- todos os equipamentos e estruturas instalados nas galerias subterrneas, que so

muito midas e altamente contaminadas com cloroaminas;

- extintor e dosador de cal;

- equipamentos instalados prximos a tanques e tubulaes que conduzem cloreto

frrico;

- salas de clorao;

- castelos, manoplas, vlvulas em geral, filtros, medidores de vazo, cavaletes, suporte

de comportas, bombas, motores, base dos motores, reduo do recalque, flanges,

tubulaes, exaustores, guarda-corpos, pontes rolantes, pedestais, caixas de comando,

tampas, bocais de inspeo, tubos, suportes dos tubos e outros equipamentos metlicos

auxiliares que esto sujeitos aos vapores e gases emanados pelo esgoto. Este esquema

de pintura no se aplica em equipamentos imersos ou semi-imersos no esgoto.

3 REFERNCIAS NORMATIVAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

As normas e/ou documentos relacionados a seguir contm informaes complementares

a esta Norma.

NTS 039:1999 Tintas Medio de espessura de pelcula seca

NTS 041:1999 Inspeo de aderncia em revestimentos anticorrosivos -

Procedimento

NTS 085:2001 - Preparo de superfcies metlicas para pintura -

Procedimento

NTS 140:2001 - Tinta poliuretano - Especificao

NTS 141:2001 - Tinta epxi alcatro de hulha epxi amina - Especificao

NTS 142:2001 - Tinta de fundo epxi modificado de alta espessura -

Especificao

NTS 143:2001 - Tinta de acabamento epxi modificado de alta espessura -

Especificao

SIS 055900:1998 - Pictorial Surface Preparation Standards for Painting Steel

Surface

NTS 147 : 2001 Norma Tcnica SABESP

2 08/05/01

4 ESQUEMA DE PINTURA

O esquema de pintura, para aplicao em materiais e/ou componentes confeccionados

em ao-carbono ou ferro fundido novos e sujeitos a ambientes midos e quimicamente

agressivos, est apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 - Esquema de pintura recomendado

Tipo da tinta Nmero de Espessura (m)

demos por demo final

Tinta de fundo Epxi modificado de

fundo

1 125 125

Tinta intermediria ou

de acabamento

Epxi modificado de

acabamento

2 125 250

Tinta de acabamento* Poliuretano 2 35 70

Espessura total para equipamentos no-expostos a raios solares 375

Espessura total para equipamentos expostos a raios solares 445

Obs.: * A aplicao de duas demos de poliuretano recomendada apenas para equipamentos e

componentes expostos a raios solares. No caso de equipamentos abrigados, dispensa-se sua aplicao.

5 PROCEDIMENTO DE APLICAO

Antes da execuo do esquema de pintura, deve-se observar as recomendaes

contidas nos itens 6 e 7, atentando-se aos procedimentos adequados para pintura de

frestas e soldas.

Em caso de dvidas durante a limpeza da superfcie para pintura, recomenda-se

consultar a NTS 085 - Preparo de superfcies metlicas para pintura.

A seguir, est apresentada a seqncia para preparo da superfcie e execuo desse

esquema de pintura:

- Se for verificada a presena de leos e graxas, esfregar a superfcie contaminada com

panos limpos embebidos em xilol ou em outro solvente aromtico no-oleoso.

- Jatear ao metal quase branco, padro de limpeza Sa2 (norma SIS 055900:1998).

- Limpar a superfcie jateada com ar comprimido seco.

- Fazer uma limpeza final com uso de solventes, de maneira a eliminar qualquer

oleosidade residual.

- Caso necessrio, secar a superfcie com auxlio de jato de ar limpo e seco.

- Aplicar uma demo de tinta epxi modificado de fundo com 125 m de espessura de

pelcula seca.

- Aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura entre demos.

- Aplicar duas demos de tinta epxi modificado de acabamento com 125 m de

espessura de pelcula seca por demo. As cores da tinta de fundo e de acabamento

devem ser diferentes para que o aplicador saiba de maneira inequvoca se a tinta anterior

j foi aplicada em todas as partes.

- Caso o equipamento ou componente fique exposto a raios solares, aplicar duas

demos de tinta poliuretano com 35 m de pelcula seca por demo, de cor diferente da

tinta epxi modificado de acabamento para que o aplicador saiba de maneira inequvoca

se cada demo j foi aplicada em todas as partes.

6 RECOMENDAES GERAIS

- Todas as etapas de preparao de superfcie e da aplicao da tinta devem ser

acompanhadas por profissionais treinados. Se o preparo da superfcie no for observado

Norma Tcnica SABESP NTS 147 : 2001

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rigorosamente, a execuo do esquema de pintura ficar comprometido, mesmo que a

tinta seja de excelente qualidade.

- Amostras de tinta devem ser submetidas a ensaios especficos indicados nas

respectivas normas (item 3). Os ensaios devem ser realizados tanto na tinta lquida como

na pelcula seca. Os resultados obtidos devem ser comparados com os especificados. A

no-concordncia dos resultados com os requisitos mnimos indicados deve ser motivo

de rejeio.

- Amostras da tinta lquida devem ser analisadas por espectrofotometria na regio do

infravermelho para identificao da resina. A no-constatao do tipo de resina

especificado deve ser motivo de rejeio.

- Toda superfcie preparada para pintura deve receber a camada de tinta de fundo na

mesma jornada. Assim sendo, no se deve realizar a preparo da superfcie em um dia

para aplicar a tinta de fundo no dia seguinte. Quando o tempo para repintura for

ultrapassado, deve-se fazer um lixamento leve de toda superfcie para quebra de brilho,

antes da aplicao da tinta.

- Se aps preparada a superfcie, o trabalho de pintura no for realizado na mesma

jornada e se houver a presena de sais no ambiente (por exemplo: maresia), deve-se

limpar as superfcies previamente preparadas com muita gua ou, no mnimo, com pano

umedecido com gua. Caso no haja a presena de sais no ambiente, dispensa-se a

limpeza com gua.

- Vedaes por meio de soldagem devem ser realizadas antes da aplicao da pintura.

- As superfcies usinadas de flanges e conexes devem ser protegidas do jateamento

abrasivo. Esta proteo pode ser feita atravs de um tampo de madeira ou similar.

- O jateamento, prximo superfcie com pintura recente, s pode ser feito quando a

tinta estiver seca ao toque.

- Antes da aplicao da tinta de fundo, a superfcie que sofreu jateamento abrasivo deve

ser inspecionada quanto a pontos de corroso, graxa, umidade e outros materiais

estranhos.

- Toda superfcie, antes da aplicao de cada demo de tinta, deve sofrer um processo

de limpeza por meio de escova ou vassoura de plo, jato de ar ou pano mido para

remoo de poeira.

- Nenhuma tinta deve ser aplicada se a temperatura ambiente for inferior a 5C.

- A temperatura mnima do substrato deve estar 3C acima do ponto de orvalho.

- Nenhuma tinta deve ser aplicada em tempo de chuva, nevoeiro, ou quando a umidade

relativa do ar for superior a 85%.

7 RECOMENDAES ESPECFICAS

7.1 Recomendaes para soldas e para frestas que no podem ser abertas

Durante a execuo do esquema de pintura em componentes que possuam soldas ou

frestas que no podem ser abertas, recomenda-se adotar o seguinte procedimento:

- remover todo leo e graxa, pelo emprego de gua com detergente ou de solventes;

- remover todos os produtos de corroso vermelha mediante a utilizao de escovas de

ao, lixas ou raspadores manuais, at alcanar o grau de preparo especificado;

- limpar a superfcie, de toda poeira e impurezas provenientes da limpeza com

ferramentas manuais, com jato de ar seco ou com aspirador;

- limpar as superfcies lixadas com bastante gua ou, no mnimo, com pano umedecido

com gua;

- limpar a superfcie com solvente, de maneira a remover qualquer oleosidade residual;

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- caso necessrio, secar a superfcie com auxlio de jato de ar limpo e seco; aplicar,

trincha, uma demo da tinta epxi modificado de fundo;

- aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura;

- vedar as frestas ou a porosidade das soldas com massa base de poliuretano;

- aguardar o tempo de cura recomendado pelo fabricante;

- aplicar, trincha, uma camada de tinta epxi modificado de acabamento;

- aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura;

- aplicar mais uma demo de tinta epxi modificado de acabamento de cor diferente da

anterior para que o aplicador saiba de maneira inequvoca se a segunda demo j foi

aplicada em todas as partes;

- caso o equipamento ou componente fique exposto a raios solares, aplicar duas

demos de tinta poliuretano com 35 m de pelcula seca por demo, de cor diferente da

tinta epxi modificado de acabamento.

7.2 Recomendao para frestas que podem ser abertas como flanges, placas de

fixao de estruturas e equipamentos em pisos

Durante a execuo do esquema de pintura em componentes que possuam frestas que

podem ser abertas tais como flanges, placas de fixao de estruturas e equipamentos em

pisos, recomenda-se:

- retirar os elementos de fixao;

- remover todo leo e graxa da superfcie a ser pintada pelo emprego de gua com

detergente ou de solventes;

- remover todos os produtos de corroso vermelha mediante a utilizao de escovas de

ao, lixas ou raspadores manuais, at alcanar o grau de preparo especificado;

- limpar a superfcie, de toda poeira e impurezas provenientes da limpeza com

ferramentas manuais, com jato de ar seco ou com aspirador;

- limpar as superfcies lixadas com bastante gua ou, no mnimo, com pano umedecido

com gua;

- limpar a superfcie com solvente, de maneira a remover qualquer oleosidade residual;

- caso necessrio, secar a superfcie com auxlio de jato de ar limpo e seco;

- aplicar, trincha, uma demo da tinta epxi modificado de fundo;

- aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura;

- aplicar uma demo de tinta de alcatro de hulha epxi amina com 150 m de pelcula

seca;

Obs.: esta camada se destina proteo dos efeitos do atrito de contato e das operaes de montagem e

desmontagem.

- aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura;

- montar novamente os componente com os elementos de fixao;

- vedar as frestas com massa base de poliuretano;

- aguardar o tempo de cura recomendado pelo fabricante;

- aplicar trincha uma camada de tinta epxi modificado de acabamento;

- aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para repintura;

- aplicar mais uma demo de tinta epxi modificado de acabamento de cor diferente da

anterior para que o aplicador saiba de maneira inequvoca se a segunda demo j foi

aplicada em todas as partes;

- caso o equipamento ou componente fique exposto a raios solares, aplicar duas

demos de tinta poliuretano com 35 m de pelcula seca por demo, de cor diferente da

tinta epxi modificado de acabamento.

Norma Tcnica SABESP NTS 147 : 2001

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8 INSPEO

- Aps terminada a execuo do esquema de pintura, a superfcie pintada deve

apresentar-se uniforme em toda sua extenso.

- A espessura da camada total aplicada deve ser verificada segundo a norma NTS

039:1999 - Tintas - Medio de espessura de pelcula seca. A espessura da pelcula

seca deve corresponder, no mnimo, espessura total especificada na Tabela1.

- A aderncia da pintura deve ser verificada segundo a norma NTS 041:1999 Inspeo

de aderncia em revestimentos anticorrosivos. A tinta aplicada deve apresentar um grau

mnimo de aderncia X1Y1.

- Se durante a inspeo visual forem observados pontos de destacamento, formao de

bolhas ou qualquer outro tipo de defeito na superfcie pintada, a tinta deve ser retirada e o

trabalho, refeito.

Esquema de pintura para equipamentos e materiais em ao-carbono ou ferro

fundido novos sujeitos a ambientes midos e quimicamente agressivos

Consideraes finais:

1) Esta norma tcnica, como qualquer outra, um documento dinmico, podendo ser

alterada ou ampliada sempre que for necessrio. Sugestes e comentrios devem

ser enviados Diviso de Normas Tcnicas - TDGN.

2) Tomaram parte na elaborao desta Norma:

REA UNIDADE DE

TRABALHO NOME

T TDDP Airton Checoni David

T TDDP Pedro Jorge Chama Neto

T TDGN Maria Clia Goulart

IPT Consultor Sidney Oswaldo Pagotto Jnior

IPT Consultora Zehbour Panossian

NTS 147 : 2001 Norma Tcnica SABESP

08/05/01

Sabesp - Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo

Diretoria Tcnica e Meio Ambiente - T

Superintendncia de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnolgico - TD

Diviso de Normas Tcnicas - TDGN

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900

So Paulo - SP - Brasil

Telefone: (011) 3030-4839 / FAX: (011) 3814-6323

E-MAIL: [email protected]

- Palavras-chave: tinta, revestimento, tratamento de superfcie

- 05 pginas

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