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Norma Técnica Interna SABESP NTS 063 VÁLVULAS DE GAVETA ÚNICA DE FERRO FUNDIDO NODULAR Especificação e Método de Ensaio São Paulo Revisão 1 - Novembro 2000

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Norma Técnica Interna SABESPNTS 063

VÁLVULAS DE GAVETA ÚNICA DE FERROFUNDIDO NODULAR

Especificação e Método de Ensaio

São PauloRevisão 1 - Novembro 2000

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NTS 063 : 2000 / Revisão 1 Norma Técnica Interna SABESP

29/11/2000

S U M Á R I O1 OBJETIVO..........................................................................................................................1

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS.........................................................................................1

3 DEFINIÇÕES......................................................................................................................1

4 CLASSIFICAÇÃO..............................................................................................................2

4.1 Tipo de extremidade......................................................................................................2

4.2 Distância entre faces.....................................................................................................2

4.3 Tipo de acionamento.....................................................................................................2

5 REQUISITOS GERAIS.......................................................................................................2

5.1 Marcações ......................................................................................................................2

5.2 Operação ........................................................................................................................2

5.3 Pressão e temperatura de trabalho.............................................................................2

5.4 Passagem da válvula.....................................................................................................2

5.5 Entrega............................................................................................................................2

5.6 Intercambiabilidade.......................................................................................................2

5.7 Reposição.......................................................................................................................3

6 REQUISITOS ESPECÍFICOS............................................................................................3

6.1 Materiais .........................................................................................................................3

6.2 Características construtivas ........................................................................................3

7 ENSAIOS PARA VÁLVULA DE GAVETA........................................................................5

7.1 Ensaio Hidrostático.......................................................................................................5

7.2 Ensaio de protótipo.......................................................................................................6

7.3 Ensaios de recebimento...............................................................................................7

7.4 Torque de manobra.......................................................................................................7

8 INSPEÇÃO.........................................................................................................................7

8.1 Inspeção por amostragem ...........................................................................................8

8.2 Aceitação........................................................................................................................8

ANEXO A...............................................................................................................................9

ANEXO B.............................................................................................................................10

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Norma Técnica Interna SABESP NTS 063 : 2000 / Revisão 1

29/11/2000 1

VÁLVULAS DE GAVETA ÚNICA DE FERRO FUNDIDO NODULAR

1 OBJETIVO

Estabelecer os tipos, dimensões,tolerâncias e exigências mínimas para ofornecimento à Sabesp de válvulas comobturador do tipo gaveta, com carcaçade ferro fundido nodular, com haste nãoascendente, para uso geral no bloqueiode fluxo de água.Esta norma se aplica a válvulas depressão nominal PN 16, com corpochato para os diâmetros DN 50, 60, 75,80, 100, 125, 150 e 200; e corpo ovalpara os diâmetros nominais DN 250 e300.

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Esta norma é uma revisão do documentonormativo 0100-052-S5/R.1 de 30 dedezembro de 1981, substituindo-o parauso interno da companhia.

São utilizados elementos dosdocumentos normativos listados aseguir, que devem ser considerados emsuas versões mais recentes sempre quenecessário e conforme citados no texto.

NTS 036 – Qualificação de produtos emateriais para revestimento

ABNT – EB-362 – Sistema declassificação de materiais elastoméricosvulcanizados para aplicações gerais

NBR 5425 (antiga ABNT NB-309/01) –Guia para inspeção por amostragem nocontrole e certificação da qualidadeNBR 5426 – Planos de amostragem eprocedimentos na inspeção por atributos

NBR 5647 – Tubos de PVC rígido paraadutoras e redes de água

NBR 5668 – Rosca métrica trapezoidal –ISO

NBR 6916 (antiga ABNT-P-EB-585) –Ferro fundido nodular ou ferro fundidocom grafita esferoidal

NBR 7674 – Junta elástica para tubos econexões de ferro fundido dúctil

NBR 7675 – Conexões de ferro fundidodúctilASTM B161 - Standard Specification forNickel Seamless Pipe and TubeNBR 10285 – Válvulas - TerminologiaNBR 12430 - Válvula-gaveta de ferrofundido nodularNBR 13747 – Junta elástica para tubos econexões de ferro fundido dúctil – TipoJE2GSISO 2531 – Ductile iron pipes, fitings andaccessories for pressure pipe-linesISO 5752 – Metal valves for use inflanged pipe system, face to face andcentre to face dimensions

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta norma, aplicam-seas definições da norma NBR 10285, e asabaixo relacionadas:DEFOFO

Tubo plástico compatível com sistemaponta e bolsa de ferro fundido.Diâmetro nominal (DN)É um número que serve para classificarem dimensões os elementos detubulações, válvulas e acessórios, quecorresponde, aproximadamente, aodiâmetro interno da válvula emmilímetros. O diâmetro nominal não deveser objeto de medição, nem ser utilizadopara cálculos.Pressão nominal (PN)

É a máxima pressão, especificada embar, a que as válvulas e demaiselementos de tubulações podem sersubmetidos em serviço contínuo, nascondições de temperatura de operação.Pressão de trabalho (P)

É a máxima pressão na qual a válvulapode ser utilizada.Pressão de ensaio (Pt)É a pressão na qual as válvulas devemser ensaiadas.

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Válvulas com Qualificação

São as válvulas que possuem ocertificado de qualificação técnica daSabesp.

4 CLASSIFICAÇÃO

Para os efeitos desta norma, as válvulasde gaveta podem ser classificadasquanto ao tipo de extremidades,distância entre faces e tipo deacionamento.

4.1 Tipo de extremidade

Quanto ao tipo de extremidade, asválvulas de gaveta classificam-se em:a) Válvulas com bolsas para tubulações

de ferro fundido ou PVC DEFOFO;b) Válvulas com bolsas para tubulações

de PVC;c) Válvulas com flanges.

4.2 Distância entre faces

Quanto a distância entre faces, asválvulas de gaveta classificam-se em:a) Corpo curto (série 14 da norma ISO

5752);b) Corpo longo (série 15 da norma ISO

5752).

4.3 Tipo de acionamento

Quanto ao tipo de acionamento, asválvulas de gaveta classificam-se em:Válvulas com acionamento através devolante ou de cabeçote, com ou semmecanismo de redução.Válvulas de acionamento comandadoatravés de sistemas eletromecânicoshidráulicos ou pneumáticos.

5 REQUISITOS GERAIS

5.1 Marcações

As válvulas devem trazer marcado nocorpo, em alto relevo, o que segue:- Diâmetro nominal (DN);- Pressão nominal (PN);- Designação internacional padroni-

zada do ferro fundido nodular SG;

- Nome ou marca de identificação dofabricante da válvula e da fundição;

- Série métrica à qual pertence, chata(MC) ou oval (MO).

Simbolização do ano de fabricação, ecódigo que permita no mínimo arastreabilidade do fundido.

5.2 Operação

O fechamento das válvulas deve se darquando a haste é girada no sentidohorário.O fabricante deve indicar em suadocumentação o número de voltas aefetuar para seu fechamento ouabertura.A concepção da válvula deve permitir aadaptação de um acionamentocomandado. No volante devem constar setasindicativas dos sentidos de abertura efechamento da válvula.

5.3 Pressão e temperatura de trabalho

A máxima temperatura de trabalho dasválvulas é de 60 ºC.A máxima pressão de trabalho é de 1,6MPa, para as válvulas operando comfluidos a temperatura de até 60 ºC.

5.4 Passagem da válvula

As válvulas devem apresentar passagemplena quando totalmente abertas.

5.5 Entrega

As válvulas devem ser entregues naposição fechada, dispostas e embaladasde modo a prevenir danos.

5.6 Intercambiabilidade

As peças componentes das válvulasdeverão ser intercambiáveis para ummesmo fabricante e um mesmodiâmetro. A intercambiabilidade deverápersistir ao longo do tempo.

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5.7 Reposição

Os fabricantes deverão garantir estoquepara reposição de qualquer componenteda válvula.

6 REQUISITOS ESPECÍFICOS

6.1 Materiais

Os materiais empregados na fabricaçãodos componentes das válvulas, devematender ao especificado na tabela 1.Tabela 1 - Materiais

Nº DENOMINAÇÃO MATERIAL01 Corpo02 Tampa03 Câmara da gaxeta04 Obturador (cunha)05 Preme gaxeta

Ferro fundido comgrafita esferoidal(nodular) FE-42012da NBR 6916

04 Cunha maciça06 Anel da cunha07 Anel do corpo08 Porca de manobra

Bronze fundido liga10 da ABNT EB-161(ASTM B-62)

09 Haste (incluindo oanel)

Aço inoxidável – AISI– 410 (ABNT-410)

10 Parafuso e porcado corpo

11 Parafuso do premegaxeta

Aço carbono ABNT1020: galvanizadopor imersão conf.ASTM A 153 grau C

12 Gaxeta

Anel de borrachasintética grafitadaCordão de amiantografitado trançadoTeflon

13 Junta de câmarade gaxeta

14 Junta do corpo

Elastômero ABNT –EB 362 ou ASTM D2000 4AA 610 A 13B 13 e A 14

6.2 Características construtivas

6.2.1 Obturador e anéis de vedaçãoO obturador da válvula (cunha ougaveta) e os seus anéis de vedaçãopodem ser de materiais fundidos,forjados ou laminados. Os obturadoresdas válvulas de diâmetros DN 50, 60 e75 devem ser maciços.O obturador deve ser guiadolateralmente, e as superfícies metálicasde vedação devem ser retificadas demodo a permitir um perfeito contato. Oajuste do obturador com os anéis deveser tal que permita vedação comdesgaste homogêneo das superfícies.Os anéis de vedação devem ser fixadosao corpo através de processos de

prensagem, martelagem ourosqueamento.6.2.2 HasteA haste deve ser do tipo nãoascendente, fabricada em uma únicapeça, com a superfície de contato com agaxeta usinada, com acabamentosuperficial adequado ao tipo deengaxetamento empregado.O diâmetro mínimo da haste deve serconforme a tabela 2, medido na partecilíndrica lisa.Tabela 2 - Diâmetro de haste (da)

DN (mm) Sériemétrica

da (mm)

50 Chata 1860 Chata 1875 Chata 2180 Chata 21100 Chata 21125 Chata 24150 Chata 24200 Chata 27250 Oval 36,5300 Oval 42,5

A rosca da haste deve ser trapezoidal,tipo ACME, conforme a NBR 5868, comdiâmetro nominal equivalente aodiâmetro mínimo indicado na tabela 2,com folga suficiente para permitir fácilabertura quando submetida à pressão detrabalho.No ato de entrega das válvulas, devemser fornecidas as características dasroscas das hastes e dos parafusosutilizados.6.2.3 Porca de manobraA porca de manobra deve acoplar-se aoobturador com um certo grau deliberdade, de modo a permitir que estese ajuste perfeitamente à sede. Esteacoplamento não deve permitir, noentanto, que o obturador se solte daporca.A porca de manobra deve ter alturamínima de 1,5 vezes o diâmetro dahaste.

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6.2.4 Câmara de gaxetaA câmara de gaxeta deve apresentarprofundidade suficiente para permitirestanqueidade e possibilitar reaperto,quando for necessário. Essaprofundidade deve ser, no mínimo, iguala 1,5 vezes o diâmetro da haste.6.2.5 Preme gaxetaA altura útil do preme gaxeta deve ser nomínimo igual a 1,5 vezes o diâmetro dahaste.6.2.6 Volante e cabeçoteOs volantes e cabeçotes ilustrados nafigura 1 devem ter as dimensões E, F eG dadas na tabela 3.

E

G

F

F

E

GC

A

B

A = 27mmB = 32 mmC = 50 mmFigura 1 – Volante e cabeçoteTabela 3 - Dimensões de encaixe dovolante e do cabeçote

DIMENSÕES (mm)DN(mm) E F G

50 12 14 2360 12 14 23

75 15 18 28

80 15 18 28100 15 18 28

125 15 18 28

150 15 18 28200 17 20 30

250 26 31 45

300 30 36 55

6.2.7 Válvula com flangesA distância entre as faces dos flangesdeve ser conforme a tabela 4.As dimensões e tolerâncias dos flangesdevem ser conforme a norma NBR 7675.Para os DN 60, 80 e 125 devem serconforme a norma ISO 2531.As faces dos flanges devem estarcontidas em planos perpendiculares aoeixo longitudinal da válvula.Devem ser fornecidos junto com asválvulas todos os acessóriosnecessários para sua montagem, taiscomo: vedações, parafusos, porcas earruelas.Tabela 4 – Distância entre as faces dosflanges (L)

L (mm)DN(mm) CHATA OVAL

50 150 ±2 -

60 150 ±2 -

75 180 ±2 -

80 180 ±2 -

100 190 ±2 -

125 200 ±2 -

150 210 ±2 -

200 230 ±2 -

250 - 450 ±2

300 - 500 ±3

6.2.8 Válvula com BolsasAs dimensões das bolsas devemobedecer às normas ABNT NBR 7674 eNBR 13747, para tubulações de ferrofundido, e NBR 5647 para tubulações dePVC rígido.6.2.9 Torque de manobraO torque a ser aplicado na haste daválvula para a sua abertura, estando aválvula totalmente fechada e a gavetasob pressão diferencial igual à pressãomáxima de trabalho, não pode atingirvalores superiores aos indicados natabela 5.

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Tabela 5 - Torque máximo de manobra (T)

DN (mm) T (N x m)

50 6060 7575 7580 75100 100125 125150 150200 200250 250300 300

A força máxima para abertura da válvula,a ser aplicada no volante, deve ser de400 N. A gaveta deve estar na posiçãofechada e sob pressão diferencial igual àpressão de trabalho.6.2.10 Espessuras mínimas de paredeAs espessuras mínimas de parede docorpo e da tampa da válvula devem serconforme especificado na tabela 6.Tabela 6 - Espessura mínima de parededo corpo e da tampa (e)

ESPESSURA MÍNIMA (e) ( mm)DN (mm) Série métrica

chataSérie métrica

oval50 6,0 -60 6,0 -75 7,0 -80 7,0 -100 7,0 -125 10,0 -150 10,0 -200 11,0 -250 - 10,0300 - 11,0

6.2.11 PinturaA pintura das válvulas deve serexecutada com os materiais descritos aseguir:♦ Pintura interna:Tinta epoxi amida de alta espessura.Exige-se certificado de atoxicidade paracontato com a água potável.Espessura: 150µm medida na películaseca, aplicada em duas demãos de75µm.

♦ Pintura externa:A pintura externa deve-se constituir dasmesmas tintas e camadas descritas paraa pintura interna.A qualificação do sistema de pinturadeve ser conforme a norma NTS 036.

7 ENSAIOS PARA VÁLVULA DEGAVETA

7.1 Ensaio Hidrostático

Todas as válvulas devem ser ensaiadaspelo fabricante com água, nas pressõesindicadas na tabela 7.Tabela 7 - Pressões de ensaio hidrostático

Pressão de ensaio(MPa)

DiâmetroNominal DN

Pressãode

trabalho(MPa)

Corpo Sede

50 a 200(chata)

250 a 300(oval)

1,6 2,4 1,6

As pressões do ensaio hidrostáticodevem ser atingidas gradativamente,não sendo admitida a presença de ar nointerior da válvula durante o ensaio.A duração mínima do ensaio do corpo eda sede deve ser conforme a tabela 8.Tabela 8 - Duração mínima dos ensaios

DN (mm) Corpo (seg.) Sede (seg.)50 – 75 30 30

100 – 150 60 60200 – 300 120 120

7.1.1 Ensaio hidrostático do corpoO ensaio hidrostático do corpo deve serrealizado antes da aplicação da pintura,com as extremidades da válvulafechadas e o obturador na posiçãoaberta.Durante o ensaio não são admitidosvazamentos ou exsudações.

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7.1.2 Ensaio de estanqueidade dasede

O ensaio de estanqueidade da sededeve ser realizado após a aplicação dapintura final da válvula.Com a válvula presa por umaextremidade e a outra aberta parainspeção, aplicar a pressão estabelecidana tabela 7 alternadamente em cadalado da sede, não se admitindo a suaprensagem.A pressão deste ensaio deve seratingida gradativamente, sem nenhumchoque hidráulico, não sendo admitida apresença de ar no interior da válvuladurante o ensaio.Neste ensaio admite-se um vazamentomáximo de 0,4 mL/h x DN, considerandoDN como um número adimensional.O torque de fechamento capaz degarantir estanqueidade deve atingir, nomáximo, os valores fixados na tabela 5.O torque de abertura deve atingir, nomáximo, os valores fixados na tabela 5,estando a válvula sob pressãodiferencial igual à pressão máxima detrabalho.

7.2 Ensaio de protótipo

O ensaio de protótipo deve ser realizadopara a qualificação da válvula e do seufabricante junto à Sabesp. Deve serrealizado, no mínimo uma vez por ano,ou sempre que for feita uma modificaçãosubstancial na sua concepção, no seuprojeto ou no processo de fabricação,por exemplo: forma dimensões etolerâncias do conjunto ou de qualquercomponente, supressão ou adição deelementos constituintes da válvula,modificações de materiais, de usinageme acabamento, do processo e máquinasutilizadas na fabricação.Os ensaios deverão ser feitos napresença da Sabesp ou em laboratóriospor ela reconhecidos.Assim sendo, o certificado dequalificação será dado com base em umdesenho certificado entregue à Sabesppara que se possam comprovar

modificações posteriores, bem como noscertificados e fornecedores das matériasprimas e das tintas.O ensaio de protótipo consiste de:a) ensaio de resistência ao uso;b) ensaio hidrodinâmico.7.2.1 Ensaio de resistência ao uso

A válvula deve ser projetada parasuportar o torque especificado na tabela9, aplicado em sua haste, sem redutor.Tabela 9 – Torque de resistência (TR)

DN (mm) TR (N x m)50 25060 25075 25080 250

100 250125 300150 300200 400250 500300 600

A válvula deve ser montada de maneiraa se aplicar na gaveta a pressão detrabalho definida na tabela 7.Aplicar progressivamente na haste daválvula em posição de fechamento total,o torque de ensaio de resistência dadona tabela 9, de modo a verificar aresistência das peças que compõem aválvula.Aplicar o mesmo torque em posição deabertura total, neste caso, sem pressão.Não será admitida nenhuma deformaçãopermanente na válvula ou em qualquercomponente desta.Em seguida, realizar os ensaioshidrostáticos (corpo e sede) conformeespecificado no item 7.1.Para o ensaio de protótipo, não énecessária a pintura da válvula.Os vazamentos pela sede devem serinferiores ou no máximo iguais ao valordefinido no item 7.1.2.7.2.2 Ensaio hidrodinâmico

Devem ser ensaiadas 3 válvulas paracada diâmetro fabricado.

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A válvula deve ser instalada em umatubulação que simule seu futurofuncionamento, de forma que o eixolongitudinal da haste permaneça navertical.A vazão mínima de água através daválvula deve ser conforme estabelecidona tabela 10, estando a válvula abertasob pressão mínima de 80% da pressãode trabalho.Tabela 10 - Vazões mínimas para o ensaiohidrodinâmico (Qh)DN (mm) Qh (l/s)

50 1,560 1,575 2,280 2,5

100 3,9125 6,1150 8,8200 15,7250 24,5300 35,3

Exige-se neste ensaio a realização de300 ciclos completos de abertura efechamento da válvula.Na posição fechada, a válvula devesuportar uma pressão diferencial nagaveta igual à de trabalho. Na posiçãoaberta admite-se pressão mínima de80% da pressão de trabalho.Os torques de abertura e fechamento noensaio hidrodinâmico devem ser osindicados pelo fabricante, e limitados aosvalores estabelecidos na tabela 5.Durante todo o ensaio, não sãoadmitidos vazamentos ou exsudações,rupturas de peças ou qualquer outrodefeito que comprometa o bomdesempenho da válvula.O ensaio hidrodinâmico deve serinterrompido após os 300 ciclos naposição de válvula fechada paraverificação de vazamentos na sede.Nesta condição admite-se umvazamento máximo de 10 mL/h x DN.

7.3 Ensaios de recebimento

Para o recebimento das válvulas, devemser realizados os seguintes ensaios:7.3.1 Válvulas com qualificação

- exame visual (sem aplicação depintura)

- exame dimensional- ensaio hidrostático (corpo e sede)

conforme 7.1- ensaio de pintura (aderência e

espessura da película seca de tinta)7.3.2 Válvulas sem qualificação

- ensaio do protótipo conforme o item7.2

- ensaios constantes no item 7.3.1

7.4 Torque de manobra

A critério da Sabesp, sempre que sejulgar necessário, será verificado otorque de manobra.O torque de manobra na haste daválvula sem redutor pode atingir, nomáximo, os valores estabelecidos natabela 5, estando a válvula na posiçãofechada e sob pressão diferencial igual àpressão máxima de trabalho.O volante deve ser dimensionado deforma a possibilitar a manobra com umaforça máxima de 400 N, estando aválvula na posição fechada e sobpressão diferencial igual à pressãomáxima de trabalho.

8 INSPEÇÃO

Todos os lotes de válvulas compradasde acordo com esta norma devem serinspecionadas pela Sabesp.A inspeção deve ser realizada no localde fabricação da válvula, a menos queseja estabelecido de outra maneira.O inspetor da Sabesp deve ter livreacesso a todos os locais, documentos einstrumentos relacionados com ainspeção.

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8.1 Inspeção por amostragem

Para lotes de até 25 unidades, ainspeção será realizada em todas aspeças.Para lotes maiores que 25 unidades ainspeção será feita por amostragemconforme estabelecido na tabela 11.Cada lote deve ser constituído deválvulas de um único diâmetro e tipo deacionamento, fabricadas essencialmentesob as mesmas condições e no mesmoperíodo.Deve ser retirado do lote de válvulasapresentado para a realização dosensaios previstos em 7.3.1 umaquantidade definida pela tabela 11(conforme NBR 5426 NQA 0,65 - Planosimples normal - Nível II).As válvulas a serem ensaiadas serãoescolhidas pela Sabesp.

8.2 Aceitação

O lote deve ser aceito caso o número deválvulas submetidos aos ensaios

apresente não conformidades emnúmero igual ou inferior ao número deaceitação estabelecido na tabela 11.O lote deve ser rejeitado caso o númerode válvulas submetidas aos ensaiosapresente não conformidades emnúmero igual ou superior ao número derejeição estabelecido na tabela 11.Tabela 11 - Amostragem

Lote Amostra Aceitar Rejeitar

26 a 50 8 0 1

51 a 90 13 0 1

91 a 150 20 0 1

151 a 280 32 0 1

281 a 500 50 1 2

501 a 1200 80 1 2

1201 a 3200 125 2 3

3201 a 10000 200 3 4

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ANEXO A

FOLHA DE DADOS

A Lista abaixo destina-se a orientar o devido preenchimento da descrição da válvula degaveta requerida no edital ou pedido de compra. Devem ser citados:

01. O número e título desta norma;

02. Diâmetro nominal;

03. Pressão nominal;

04. Tipo de extremidade: flange ou bolsa;

05. Tipo de acionamento: volante ou cabeçote;

06. Cor externa;

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ANEXO B

Pos. Denominação

1 Corpo2 Tampa

3 Câmara da gaxeta4 Obturador (cunha ou gaveta)

5 Preme gaxeta6 Anel de vedação do obturador

7 Anel de vedação do corpo8 Porca de manobra

9 Haste10 Parafuso e porca

11 Parafuso e porca do preme gaxeta

12 Gaxeta13 Junta da câmara da gaxeta

14 Junta do corpo15 Cabeçote

Desenho Ilustrativo

15

1153

12

13

2

14

10

9

84

6

7

1

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VÁLVULAS DE GAVETA ÚNICA DE FERRO FUNDIDO NODULAR

Considerações finais:

1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendoser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentáriosdevem ser enviados à Divisão de Normalização Técnica - TDSN;

2) Esta norma é uma revisão do documento normativo 0100-052-S5/R.1 de 30 dedezembro de 1981,elaborada pela comissão de estudos CE-09 com base nanorma ABNT NBR 12430.

3) Tomaram parte na elaboração desta norma:

ÁREA UNIDADE DETRABALHO

NOME

A AGMM Luiz Jorge R. AlmeidaA AASM Sílvio Bicudo OrtizI IPO Walter Jorge MichaluateI IPOT Oscar Tomio Sato

M MPOD Gilberto Alves MartinsT TDP Alex CuryT TDSN Airton Checoni DavidT TSTE Marcos Wanderley Nóbrega

Page 14: Norma Técnica Interna SABESP NTS · PDF fileconexões de ferro fundido dúctil NBR 7675 – Conexões de ferro fundido dúctil ASTM B161 - Standard Specification for Nickel Seamless

NTS 063 : 2000 / Revisão 1 Norma Técnica Interna SABESP

29/11/2000

Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São PauloDiretoria Técnica e Meio Ambiente - TSuperintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - TDDepartamento de Serviços Tecnológicos e Acervo - TDSDivisão de Normalização Técnica - TDSN

Rua Dr. Carlos Alberto do Espírito Santo, 105 - CEP 05429-100São Paulo - SP - BrasilTelefone: (011) 3030-4839 / FAX: (011) 3030-4091E-MAIL : [email protected]

- Palavras Chave:- registro; válvula de gaveta; ferro fundido; ferro fundido dúctil

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