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ANEXO À RESOLUÇÃO N.º 385, DE 5 DE OUTUBRO 2004

NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE ACUMULADORES CHUMBO-ÁCIDO ESTACIONÁRIOS VENTILADOS

1. Objetivo Esta Norma estabelece os requisitos mínimos a serem verificados na avaliação da conformidade dos acumuladores chumbo-ácido estacionários ventilados utilizados como fonte de energia elétrica para efeito de certificação e homologação junto à Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel. 2. Abrangência Esta Norma se aplica aos acumuladores chumbo-ácido estacionários ventilados, utilizados no Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC e no Serviço Móvel Pessoal – SMP. 3. Referências Para fins desta norma, são adotadas as seguintes referências: I – NBR 6179 – Chumbo refinado – Especificação; II – NBR 14197 – Acumulador chumbo – ácido estacionário ventilado – Especificação; III – Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos para Telecomunicações, aprovado pela Resolução Nº 242, de 30 de novembro de 2000. 4. Definições Para os fins a que se destina esta norma, aplicam-se as seguintes definições: I – Acumulador Chumbo-Ácido: acumulador elétrico no qual os materiais ativos são o chumbo e seus compostos e o eletrólito uma solução aquosa de ácido sulfúrico; II – Acumulador Chumbo-Ácido Estacionário Ventilado: acumulador chumbo-ácido com livre escape de gases e que permite a reposição de água; III – Acumulador Chumbo-Ácido Regulado por Válvula: acumulador chumbo-ácido fechado, que tem como princípio de funcionamento o ciclo do oxigênio, apresenta eletrólito imobilizado e dispõe de uma válvula reguladora para escape de gases, quando a pressão interna do acumulador exceder a um valor pré-determinado; IV – Acumulador Chumbo-Ácido Regulado por Válvula com Eletrólito Absorvido: acumulador chumbo-ácido regulado por válvula, que apresenta o eletrólito, constituído por uma solução aquosa de ácido sulfúrico, absorvido no separador; V – Acumulador Chumbo-Ácido Regulado por Válvula com Eletrólito na Forma de Gel: acumulador chumbo-ácido regulado por válvula, o qual apresenta o eletrólito imobilizado na forma de um gel, constituído por uma solução aquosa de ácido sulfúrico e uma matriz gelificante; VI – Acumulador Elétrico: dispositivo capaz de transformar energia química em energia elétrica e vice-versa, em reações quase completamente reversíveis, destinado a armazenar sob forma de energia química a energia elétrica que lhe tenha sido fornecida, restituindo a mesma em condições determinadas; VII – Acumulador Estacionário: acumulador que, por natureza do serviço, funciona imóvel, permanentemente conectado a uma fonte de corrente contínua; VIII – Autodescarga: descarga proveniente de processos eletroquímicos internos do acumulador; IX – Bateria: conjunto de elementos interligados eletricamente;

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X – Capacidade em Ampère-hora (Ah): produto da corrente, em Ampère, pelo tempo, em hora, corrigido para a temperatura de referência, fornecido pelo acumulador em determinado regime de descarga, até atingir a tensão final de descarga; XI – Capacidade Especificada: capacidade em Ampère-hora definida para um determinado regime de descarga, podendo ser o nominal ou o indicado; XII – Capacidade Indicada (Ci): capacidade em Ampère-hora definida para um regime de descarga diferente do nominal, em corrente constante à temperatura de referência (25°C), até a tensão final de 1,75 V por elemento; XIII – Capacidade Nominal (C10): capacidade em Ampère-hora definida para um regime de descarga de 10 horas, em corrente constante à temperatura de referência (25°C), até a tensão final de 1,75 V por elemento; XIV – Capacidade Real em Regime Nominal (Cr10): capacidade em Ampère-hora obtida ao final de uma série de descargas com corrente de descarga numericamente igual C10 dividido por 10, a temperatura de referência (25°C), até a tensão final de 1,75 V por elemento; XV – Capacidade Real em Regime Diferente do Nominal (Cri): capacidade em Ampère-hora obtida ao final de uma série de descargas com corrente de descarga diferente do valor nominal, à temperatura de referência (25°C), até a tensão final de 1,75 V por elemento; XVI – Carga de um Acumulador: operação pela qual ocorre a conversão de energia elétrica em energia química dentro do acumulador; XVII – Carga de Flutuação: carga aplicada visando compensar as perdas por autodescarga, mantendo-o no estado de plena carga; XVIII – Carga com Tensão Constante: carga realizada mantendo-se limitada a tensão na fonte de corrente contínua; XIX – Circuito Aberto: condição na qual o elemento ou monobloco ou bateria encontra-se desconectado de circuito externo, não havendo circulação de corrente entre pólos ou terminais; XX – Coeficiente de Temperatura para a Capacidade: constante utilizada para corrigir à temperatura de referência, o valor da capacidade obtida à uma determinada temperatura; XXI – Corrente de Carga: corrente fornecida ao acumulador no processo de carga; XXII – Corrente de Descarga: corrente fornecida pelo acumulador quando o mesmo está em descarga; XXIII – Descarga de um Acumulador: operação pela qual a energia química armazenada é convertida em energia elétrica alimentando um circuito externo; XXIV – Elemento: conjunto constituído de dois grupos de placas de polaridades opostas, isolados entre si por meio de separadores e/ou distanciadores, imersos no eletrólito dentro do vaso que os contém. O mesmo que acumulador elétrico; XXV – Eletrólito: solução aquosa de ácido sulfúrico imobilizada na forma de um gel ou absorvida nos separadores; XXVI – Família de Acumuladores: conjunto de modelos de acumuladores constituídos pelo mesmo tipo de placas, considerando as suas características físicas e elétricas, diferenciando apenas no tamanho do vaso e quantidade de placas empregadas; XXVII – Instante Final de Descarga: instante em que um elemento atinge a tensão final de descarga especificada; XXVIII – Monobloco: conjunto de dois ou mais elementos interligados eletricamente, montados em um único vaso, em compartimentos separados com eletrólito independente; XXIX – Placa: conjunto constituído pelas grades e matéria ativa; XXX – Plena Carga: estado do elemento quando atinge as condições do instante final de carga; XXXI – Regime de Descarga: condição de descarga de um acumulador, definido por uma corrente necessária para que seja atingida a tensão final de descarga, em tempo e condições especificados; XXXII – Regime de Flutuação: condição em que o elemento ou bateria é mantido a uma carga de flutuação contínua; XXXIII – Tampa: peça de cobertura do vaso fixada ao mesmo, com aberturas para a passagem dos pólos e colocação de válvula;

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XXXIV – Temperatura Ambiente: temperatura do local onde está instalado o elemento ou bateria; XXXV – Temperatura do Elemento: valor da temperatura obtida na superfície do elemento; XXXVI – Temperatura Média Anual: valor da média ponderada da temperatura do local de instalação do elemento ou bateria no período de 12 meses; XXXVII – Temperatura Média de Descarga: média das temperaturas dos elementos durante a descarga; XXXVIII – Temperatura de Referência: temperatura à qual devem ser referidos os valores medidos. Para os acumuladores estacionários a temperatura de referência é de 25°C; XXXIX – Tensão de Circuito Aberto: tensão existente entre os pólos de um elemento em circuito aberto; XL – Tensão Final de Descarga: tensão na qual se considera o elemento tecnicamente descarregado para um determinado regime de descarga; XLI – Tensão de Flutuação: tensão acima da tensão de circuito aberto, estabelecida para elemento carregado, acrescida apenas do necessário para compensar as perdas por autodescarga, mantendo o elemento carregado. Para este tipo de acumulador, é utilizada também como tensão de recarga; XLII – Tensão Nominal de um Elemento: valor de tensão que caracteriza o tipo de acumulador. Para elemento chumbo-ácido a tensão nominal é de 2 V; XLIII – Válvula: dispositivo destinado a permitir a liberação de gases formado no interior do acumulador, dificultando a saída de partículas do eletrólito arrastadas durante o processo de carga e impedindo a entrada de impurezas no mesmo. Esta válvula pode apresentar características de segurança, evitando a penetração de gases e explosão do elemento; XLIV – Válvula Reguladora: dispositivo do elemento/monobloco que permite o escape de gases quando a pressão interna atinge um valor pré-determinado, impedindo, entretanto, a entrada de ar; XLV – Vaso: recipiente que contém os grupos de placas, seus separadores e/ou distanciadores e o eletrólito; XLVI – Vida Útil de um Acumulador: intervalo de tempo entre o início de operação e o instante no qual sua capacidade atinge a 80% do valor da capacidade nominal, nas condições normais de operação; XLVII – Vida Útil Projetada: vida útil de um acumulador, baseada nas suas características de projeto, fabricação e aplicação. 5. Características Gerais 5.1 Os acumuladores descritos nesta Norma, em função do regime de descarga, são classificados como: a) Média intensidade de descarga: corresponde a tempos de descarga maiores que 1 hora até 20 horas, aplicados aos sistemas de telecomunicações e devem atender às seguintes capacidades (em Ah) para C10 / 1,75 V / 25ºC: 50 a 2500; b) Alta intensidade de descarga: corresponde a tempos de descarga iguais ou menores que 1 hora, aplicados a sistemas de partida de grupos motor-gerador e a sistemas de energia ininterrupta (UPS); c) Baixa intensidade de descarga: corresponde a tempos de descarga superiores a 20 horas, aplicados aos sistemas de telecomunicações que utilizam painéis fotovoltaicos. 5.2 A vida útil projetada para os acumuladores objeto desta Norma deve ser superior a 10 anos, em regime de flutuação, a temperatura de 25ºC. 5.3 Todos os materiais poliméricos utilizados devem apresentar resistência mecânica compatível com a aplicação, serem inertes em relação ao eletrólito, devendo apresentar estabilidade química frente ao ácido e/ou material ativo e estabilidade dimensional frente à variação de temperatura. Os vasos, quando submetidos ao ensaio de revelação da tensão residual de moldagem, não devem apresentar micro-trincas ou rachaduras.

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5.4 As válvulas devem conter material que permita a liberação de gases e impeça a entrada de impurezas e faíscas no interior do acumulador, atuando como um dispositivo antiexplosão. 5.5 Os elementos ou monoblocos não podem apresentar vazamento de eletrólito ou gás na junção pólo/tampa e em qualquer ponto da junção tampa/vaso. Não devem sofrer danos em sua integridade física quando submetidos ao ensaio de estanqueidade. 5.6 Os acumuladores não devem apresentar qualquer componente utilizado previamente em outros acumuladores. O chumbo utilizado como matéria prima na fabricação do material ativo deve ser de grau extra, conforme especificado na NBR 6179: 1986. Admite-se para o caso do Bismuto um teor máximo de 0,015% e para Prata de 0,002%. O chumbo reciclado pode ser utilizado. 5.7 Os separadores devem ser de material microporoso com estabilidade química frente ao eletrólito e/ou material ativo, e estabilidade dimensional frente à variação de temperatura. 5.8 O eletrólito deve ser uma solução de ácido sulfúrico em água deionizada e/ou destilada. 5.9 As interligações (barras e cabos), porcas e parafusos devem ser protegidos contra a oxidação do meio ambiente. 5.10 Os vasos devem ser de material plástico transparente, de modo a permitir toda a visualização de seu interior, ter resistência mecânica compatível; e estar sem trincas. A indicação dos níveis máximo e mínimo do eletrólito deve ser gravada ou afixada nos vasos de modo indelével. 5.11 O selante e/ou adesivo, caso utilizado na fabricação dos acumuladores, deve ser inerte e ter características de resistência ao eletrólito e à temperatura de trabalho, sem perder as suas propriedades específicas. 5.12 Os acumuladores devem ter suas grades compostas de chumbo puro ou ligas de chumbo. As placas positivas devem ser do tipo tubular ou empastadas. 5.13 Os efeitos da corrosão dos pólos e da expansão das placas não devem prejudicar o desempenho do acumulador ao longo de sua vida útil. 5.14 Os pólos e as barras coletoras, devem ser soldadas de forma a não propiciar trincas ou bolhas na região de solda, que possam comprometer o desempenho do acumulador. 5.15 No fundo dos vasos deve haver espaço suficiente para a sedimentação de material durante o tempo de vida do elemento, de modo a evitar o contato entre o sedimento depositado e as placas. 5.16 Os elementos ou monoblocos não devem apresentar vazamento de gás ou eletrólito ou danos à sua integridade física, quando submetidos a uma pressão positiva de 7 kPa (0,07 kgf/cm2), durante um minuto. 5.17 O eletrólito deve apresentar as seguintes características: a) a densidade nominal do eletrólito de um elemento plenamente carregado, na temperatura de referência e com o nível do eletrólito na indicação de máximo deve ser de 1,210 g/cm3 ± 0,010 g/cm3, para os regimes de alta e média intensidade de descarga. O limite de variação deve ser o mesmo indicado para regimes de baixa intensidade de descarga, pelo fabricante;

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b) o eletrólito deve apresentar-se límpido e livre de elementos estranhos em suspensão e as impurezas devem atender ao especificado na NBR 14197: 1998. 5.18 Todos os elementos ou monoblocos devem ter indicados, no mínimo, as seguintes informações gravadas de forma legível e indelével: a) fabricante/fornecedor; b) tipo; c) número de série de fabricação; d) mês e ano de fabricação; e) capacidade nominal; f) níveis máximo e mínimo do eletrólito no vaso; g) identificação dos pólos na cor vermelha e/ou “+” e na cor azul ou preta e/ou “-”; h) tensão nominal; i) densidade nominal. 5.19 A temperatura ambiente para operação do acumulador deve estar entre -10ºC e 45ºC, sendo 25ºC a temperatura de referência. Acima da temperatura de 25ºC, haverá redução da vida útil. O fabricante deverá informar os procedimentos para ajustar a tensão de flutuação, bem como os valores aplicáveis, caso a temperatura do ambiente de operação seja diferente da referência. 5.20 A temperatura do acumulador em condições de carga não deve exceder a 45ºC. Atingido esse valor, a carga deve ser interrompida imediatamente, e somente reiniciada após a temperatura da bateria ter abaixado para 35ºC. 5.21 Os acumuladores devem ser instalados em local protegido da incidência direta de raios solares, fontes de calor e intempéries, não podendo apresentar variação de temperatura igual ou superior a 3ºC entre os elementos. 5.22 A troca de ar no ambiente de instalação da bateria deve garantir níveis de hidrogênio abaixo de 4% do volume livre. Devem-se utilizar mecanismos que assegurem ventilação para prevenir acúmulo de gás acima do especificado ou seguir as recomendações do fabricante. 5.23 Acumuladores chumbo-ácido estacionários ventilados não são destinados a serviços de alta ciclagem; caso isso venha a ocorrer, haverá uma correspondente redução de vida útil. Havendo necessidade, o fornecedor deverá ser consultado sobre esse tipo de aplicação específica. 5.24 A umidade relativa do ar do local de instalação do acumulador deve estar entre 10% e 95%, sem condensação. 5.25 Não existem restrições operacionais quanto à altitude. 5.26 É desejável que a temperatura média anual no local de instalação do acumulador não seja superior a 28°C. 5.27 Recomenda-se que os acumuladores sejam instalados em ambiente próprio, devido a emissão de gases durante sua operação. 6. Objetivos, Requisitos e Métodos de Ensaio 6.1 Capacidade em Ampère-hora em regime nominal (Cn10)

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6.1.1 Objetivo: determinar a capacidade nominal dos elementos ou monoblocos associados em série, conforme previsto no item 7.3. 6.1.2 Requisito: o valor da capacidade em Ampère-hora obtida no ensaio, corrigida para a temperatura de referência (25ºC), não deve ser inferior a 100% da capacidade nominal especificada pelo fabricante. 6.1.3 Método de ensaio: a) antes de iniciar o ensaio, cada elemento ou monobloco deve ter seu nível de eletrólito ajustado para a marca de máximo, com água destilada ou deionizada; b) deve-se garantir que os elementos ou monoblocos estejam no estado de plena carga. Para tanto, proceder uma carga, conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f); c) após repouso entre 4 e 24 horas, a densidade corrigida com a temperatura deve estar compreendido entre 1.210 g/cm3 ± 0,010 g/cm3; d) efetuar uma descarga conforme procedimento descrito no item 6.13.3 alíneas (a) e (b); e) a capacidade nominal em Ah obtida nessas condições, deve ser corrigida para a temperatura de referência (25ºC), considerando a temperatura dos elementos ou monoblocos como sendo a média aritmética das leituras obtidas no decorrer do ensaio, utilizando a fórmula apresentada no item 6.13.2. 6.1.3.1 A capacidade em regime nominal (Cn10) deve ser maior ou igual à capacidade nominal (C10) especificada pelo Fabricante, caso contrário, os ensaios devem ser encerrados. 6.1.3.2 Após o término do ensaio, os elementos ou monoblocos devem ser recarregados, conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f). 6.2 Capacidade em Ampère-hora em regime diferente do nominal (Ct) 6.2.1 Objetivo: determinar a capacidade dos elementos ou monoblocos em outros regimes diferentes do nominal, devendo-se realizar a descarga de acordo com os regimes indicados na tabela 1.

Tabela 1 – Regime de descarga diferente do nominal

Intensidade de

Descarga Regime de Descarga Diferente do

Nominal ALTA 15 minutos

MÉDIA 1, 3, 5 ou 20 horas BAIXA 120 horas

6.2.2 Requisito: o valor da capacidade em Ampère-hora obtida no ensaio, corrigida para a temperatura de referência (25ºC), não deve ser inferior a 100% da capacidade especificada pelo fabricante para o regime escolhido. 6.2.3 Método de ensaio: a) deve-se garantir que os elementos ou monoblocos estejam no estado de plena carga. Se necessário proceder uma carga conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f); b) submeter os elementos ou monoblocos a uma descarga com corrente constante e numericamente igual a Cit/t, sendo t o regime em horas escolhido para realização do ensaio;

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c) devem ser observados os limites de variação da temperatura ambiente e da corrente de descarga estabelecidos no item 6.13.3 alínea (a); d) a descarga deve ser finalizada quando a tensão dos elementos atingir o valor especificado pelo Fabricante para aquele regime; e) permanecem válidas as fórmulas de correção da capacidade e da densidade com a temperatura, indicadas nos itens 6.13.2.2 e 6.13.2.3, respectivamente. f) a temperatura de descarga para regimes de 1, 3 e 5 horas deve ser considerada como sendo a temperatura do eletrólito no início da descarga; 6.2.4 A Capacidade em Regime Diferente do Nominal (Ct), obtida neste ensaio deve ser maior ou igual à Capacidade Indicada (Ci), correspondente, especificada pelo Fabricante, caso contrário, os ensaios devem ser encerrados. 6.2.5 Após o término do ensaio, os elementos ou monoblocos devem ser recarregados, conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f). 6.3 Adequação à flutuação e à reserva de eletrólito 6.3.1 Objetivo: avaliar o comportamento dos acumuladores que operam em regime de flutuação, quanto ao consumo de água, ao estado de equalização (tensão e densidade) e à capacidade. 6.3.2 Requisito: sob condições normais de operação, a tensão em cada elemento não deve apresentar desvios inferiores a -0,05 V e superiores a +0,10 V em relação à tensão média dos elementos inicialmente ajustada e não deve ser inferior à tensão crítica de 2,13 V. Quanto ao eletrólito, sua densidade não deve apresentar desvios superiores a 0,010 g/cm3 em relação ao valor médio de todos os elementos. Para monoblocos que não permitam a leitura individual dos elementos, os desvios apresentados devem ser menores que +0,10 n e -0,05 n V em relação a tensão média dos monoblocos, onde “n” representa o número de elementos que compõem um monobloco. Nestas condições, quando submetida ao ensaio de capacidade em regime nominal, o valor obtido não deve ser menor que a capacidade nominal e o volume de eletrólito compreendido entre as marcas de máximo e mínimo, em qualquer momento, deve ser maior que 50% de sua reserva. Este requisito não se aplica aos acumuladores para baixa intensidade de descarga. 6.3.3 Método de ensaio: a) deve-se garantir que os elementos ou monoblocos estejam no estado de plena carga. Se necessário, proceder uma carga conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f); b) após a carga, manter os elementos ou monoblocos por 24 horas, no mínimo, e não mais que 72 horas, em repouso, a circuito aberto. Ao final desse período, o nível de eletrólito deve ser completado, se necessário, até a marca de máximo, pela adição de água destilada ou deionizada; c) aplicar a tensão de flutuação informada pelo Fabricante, com nível de precisão de ±0,01 V. Este valor não deve variar durante o ensaio, mais que 0,1% do ajustado inicialmente; d) durante este ensaio, o volume de eletrólito compreendido entre as marcas de máximo e mínimo, em qualquer momento, deve ser maior que 50% de sua reserva, caso contrário o ensaio deve ser encerrado; e) durante todo o ensaio, a temperatura ambiente deve estar entre 20°C e 30°C; f) após 3 meses do início do ensaio, deve-se verificar a tensão e a densidade dos elementos. Neste momento, a tensão de cada elemento não deve apresentar desvios inferiores a -0,05 V ou superiores a +0,10 V em relação à tensão média dos elementos inicialmente ajustada e não deve ser inferior à tensão crítica de 2,13 V. Para monoblocos, que não permitam a leitura individual dos elementos, os desvios apresentados devem ser menores que +0,10 n e -0,05 n V em relação a tensão média dos monoblocos, onde “n” representa o número de elementos que compõem um monobloco. Quanto

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ao eletrólito, sua densidade não deve apresentar desvios maiores que 0,010 g/cm3 em relação ao valor médio de todos os elementos; g) se na primeira verificação os elementos apresentarem valores dentro dos limites esperados, devem ser mantidos na tensão de flutuação por mais 3 meses, ao fim dos quais os valores de tensão devem estar situados dentro dos limites indicados na alínea anterior; h) se após a primeira verificação os limites forem ultrapassados, deve ser aplicada uma carga de equalização conforme instruções do fabricante; i) se restabelecida a equalização na tensão e na densidade, o ensaio deve continuar, só que prorrogado por 3 meses, sendo esse momento considerado como o inicial. Se durante os 3 meses seguintes, entretanto, repetirem-se desvios além dos limites especificados, os ensaios devem ser encerrados pelo mesmo motivo indicado anteriormente. Elementos que estejam aptos a continuar sendo ensaiados após recarga, devem, antes do reinício do ensaio, ter seu nível de eletrólito completado até a marca de máximo, com água destilada ou deionizada; j) em seguida, os elementos devem ser descarregados com corrente constante e numericamente igual a 0,1C10,conforme procedimento descrito no item 6.13.3 alíneas (a) e (b). 6.3.4 A capacidade obtida não deve ser inferior a capacidade nominal especificada pelo fabricante. 6.3.5 Após o término do ensaio, os elementos ou monoblocos devem ser recarregados, conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f). 6.4 Autodescarga 6.4.1 Objetivo: avaliar a auto descarga dos elementos após determinado período em circuito aberto. 6.4.2 Requisito: a capacidade dos elementos ou monoblocos após 90 dias em circuito aberto não deve ser menor ou igual a 82% da capacidade real em regime nominal. Considera-se capacidade real o valor obtido para uma descarga no regime nominal, que deve ser encerrada quando qualquer elemento atingir a tensão final de descarga de 1,75 V. 6.4.3 Método de Ensaio: a) deve-se garantir que os elementos ou monoblocos estejam no estado de plena carga. Se necessário proceder a uma carga conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f); b) manter as superfícies dos elementos ou monoblocos limpas e secas, evitando que qualquer agente externo possa facilitar descargas, além de sua própria autodescarga; c) em seguida armazenar os elementos ou monoblocos por 90 dias em circuito aberto, em lugar seco e com temperatura de 25°C ± 2°C, que deve ser monitorada; d) decorrido o intervalo de tempo especificado anteriormente, os elementos ou monoblocos devem ser descarregados conforme item 6.13.3 alíneas (a) e (b); e) a perda percentual da capacidade “r” (autodescarga) é calculada pela equação a seguir:

Cr10 - Cp r = ___________________ . 100

Cr10 onde: Cr10 : capacidade real em regime nominal; Cp : capacidade obtida na descarga após 90 dias de repouso. 6.4.3.1 A capacidade dos elementos ou monoblocos após 90 dias em circuito aberto não deve ser menor ou igual a 82% da capacidade real em regime nominal. Considera-se capacidade real o valor

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obtido para uma descarga no regime nominal que deve ser encerrada quando qualquer elemento atingir a tensão final de 1,75 V, observando o item 6.13.3 alínea (a). 6.4.3.2 Após o término do ensaio, os elementos ou monoblocos devem ser recarregados, conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f). 6.5 Desempenho frente a ciclos de carga/descarga 6.5.1 Objetivo: determinar quantos ciclos de carga e descarga, nas condições de ensaio, o acumulador pode suportar. 6.5.2 Requisito: o acumulador, quando submetido à verificação do número de ciclos de carga/descarga nas condições de ensaio, deve suportar, no mínimo, 200 ciclos. Ao final dos 200 ciclos a capacidade obtida não deve ser inferior a 80% do valor da capacidade nominal especificada pelo fabricante. Este requisito não se aplica aos acumuladores para baixa intensidade de descarga 6.5.3 Método de ensaio: a) os elementos ou monoblocos devem ser conectados a um dispositivo automático onde serão submetidos a uma série de ciclos contínuos de carga e descarga, sendo 21 horas em carga com 2,40 V ± 0,01 V por elemento ou outro valor especificado pelo fabricante e descarga com corrente média de 2,5 vezes 0,1C10, por 3 horas ou até que qualquer dos elementos atinja 1,75 V. Para monoblocos, que não permitam a leitura individual dos elementos, a tensão final de descarga é considerada como 1,75 V vezes o número de elementos no monobloco.; b) a corrente no início da carga deve ser limitada a 0,2C10; c) durante o ensaio devem ser observados os limites de variação da temperatura e da corrente de descarga estabelecidos no item 6.13.3 alínea (a); d) durante o ensaio, o eletrólito deve ser mantido entre as marcas de máximo e mínimo, completando-se quando necessário com água destilada ou deionizada; e) a cada 50 ± 3 ciclos deve ser reavaliada a capacidade em regime nominal (Cn10) segundo procedimento definido no item 6.1; 6.5.3.1 O ensaio de tipo deve ser encerrado se a capacidade obtida for inferior a 80% da nominal (C10), antes de atingir o número mínimo de 200 ciclos. 6.5.3.2 Após o término do ensaio, os elementos ou monoblocos devem ser recarregados, conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f). 6.6 Desempenho frente à sobrecarga com tensão de flutuação e temperatura elevada 6.6.1 Objetivo: avaliar o comportamento dos acumuladores quando submetidos a condições adversas e como essas condições afetam sua vida. 6.6.2 Requisitos: os acumuladores, quando submetidos a condições adversas de tensão de flutuação e de temperaturas elevadas, devem suportar, no mínimo, a 3 trimestres. A capacidade obtida ao final do ensaio deverá ser superior a 80% da capacidade nominal especificada pelo Fabricante. Este requisito não se aplica aos acumuladores para baixa intensidade de descarga

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6.6.3 Método de ensaio: a) deve-se garantir que os elementos ou monoblocos estejam no estado de plena carga. Se necessário proceder uma carga conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f); b) durante o ensaio o nível do eletrólito deve ser mantido entre as marcas de máximo e mínimo, completando-se quando necessário com água destilada ou deionizada; c) os elementos ou monoblocos devem ser colocados em um banho termostatizado que mantenha seu eletrólito na temperatura de 40ºC ± 2ºC; d) aplicar a tensão de 2,40 V ± 0,01 V vezes o número de elementos associados em série; e) anotar o valor da corrente, quando da sua estabilização, após estarem os elementos ou monoblocos submetidos à condição descrita na alínea anterior, no mínimo, por 72 horas; f) a cada período de 3 meses, após registrar o valor da corrente, deve-se desconectar os elementos ou monoblocos do equipamento de carga e deixá-los em repouso na temperatura ambiente (25ºC ± 2ºC) por 48 horas, ao fim das quais deve-se realizar o ensaio de capacidade em regime nominal conforme procedimento descrito no item 6.1; g) verificar se a capacidade é superior a 80% da capacidade nominal (C10). Se isto ocorrer, repete-se o procedimento acima descrito. 6.6.3.1 O número de períodos trimestrais que os elementos ou monoblocos devem suportar nas condições descritas para este ensaio, não deve ser inferior a 3 períodos, caso contrário, os ensaios devem ser encerrados. Os ensaios deverão ser igualmente encerrados, em qualquer momento do ensaio, caso a corrente de flutuação supere em 4 vezes o seu valor inicial, conforme determinado em 6.6.3 alínea (e). É importante a garantia de que no momento dessa verificação, a corrente de flutuação esteja estabilizada. 6.6.3.2 Após o término do ensaio, os elementos ou monoblocos devem ser recarregados, conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f). 6.7 Desempenho frente à sobrecarga com corrente constante e temperatura elevada 6.7.1 Objetivo: avaliar o comportamento do acumulador, utilizados em regimes de baixa intensidade de descarga, submetido a condições adversas e em que grau estas podem afetar a sua vida. 6.7.2 Requisito: a perda de capacidade, em percentagem, obtida nas condições do ensaio, não deve ser superior a 30%. Esse requisito se aplica somente a acumuladores para baixa intensidade de descarga 6.7.3 Método de ensaio: a) deve-se garantir que os elementos ou monoblocos estejam no estado de plena carga. Se necessário proceder uma carga conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f); b) durante o ensaio o eletrólito deve ser mantido entre as marcas de máximo e mínimo, completando-se, quando necessário, com água destilada ou deionizada; c) os elementos ou monoblocos devem ser colocados em um banho termostatizado que mantenha sua temperatura em 40°C ± 2°C; d) carregar por 500 horas com uma corrente constante e numericamente igual a Ci120/20; e) após esse período de sobrecarga, os elementos/monoblocos devem ficar em repouso até que a temperatura do eletrólito atinja 25°C ± 2°C; f) determinar a capacidade real em regime de 120 horas (Crp), conforme descrito no item 6.2; g) a perda de capacidade (P) é calculada pela equação abaixo:

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(Cr120 – Crp) P (%) = ___________________ . 100

Cr120 onde: Cr120 : capacidade real em regime de 120 horas obtida no tópico (D); Crp : capacidade real em regime de 120 horas, obtida nesse ensaio. 6.7.3.1 A perda de capacidade (P) não deve ser superior a 30%, caso contrário os ensaios devem ser encerrados. 6.7.3.2 Após o término do ensaio, os elementos ou monoblocos devem ser recarregados, conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f). 6.8 Regeneração da capacidade 6.8.1 Objetivo: avaliar a habilidade do acumulador em recuperar-se após uma descarga de longo período. Essa característica é importante para o acumulador utilizado em regime de baixa intensidade de descarga. 6.8.2 Requisito: a habilidade do acumulador em recuperar-se após uma descarga de longa duração deve ser avaliada através da perda de capacidade que, nas condições de ensaio, não deve ser superior a 25%. Este requisito se aplica somente aos acumuladores para baixa intensidade de descarga. 6.8.3 Método de ensaio: a) deve-se garantir que os elementos ou monoblocos estejam no estado de plena carga. Se necessário proceder uma carga conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f); b) determinar a capacidade real em regime diferente do nominal dos elementos ou monoblocos de acordo com o item 6.2; c) sem recarregar os elementos ou monoblocos, conecte um resistor (R ± 5%) nos seus terminais, cujo valor é obtido pela fórmula abaixo:

2 . tensão total nominal R = _________________________________________

Cr120 / 120 d) manter os elementos nesta condição por 7 dias à temperatura de 25°C ± 2°C; e) desconectar o resistor e proceder a um novo ensaio de capacidade real em regime diferente do nominal, de acordo com o item 6.2. 6.8.3.1 A diferença entre a capacidade previamente obtida em 6.8.3 alínea (b) e em 6.8.3 alínea (e), deve ser expressa como uma percentagem em relação à primeira. Esse valor representa a perda de capacidade, que não deve ser superior a 25%, caso contrário os ensaios devem ser encerrados. 6.8.3.2 Após o término do ensaio, os elementos/monoblocos devem ser recarregados, conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f).

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6.9 Eficiência de carga/descarga 6.9.1 Objetivo: avaliar a eficiência coulométrica em um estado de carga particular. Esta característica é importante para as baterias utilizadas em regimes de baixa intensidade de descarga. 6.9.2 Requisito: a eficiência de carga/descarga obtida, nas condições de ensaio, deve ser maior que 75%, com o acumulador em estado de carga de 80% e ser maior que 55%, com o acumulador em estado de carga de 90%. Esse requisito se aplica somente a acumuladores para baixa intensidade de descarga 6.9.3 Método de ensaio: a) deve-se garantir que os elementos ou monoblocos estejam no estado de plena carga. Se necessário proceder uma carga conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f); b) durante o ensaio, a temperatura ambiente deve estar em 25°C ± 2°C; c) determinar a capacidade real em regime de 120 horas (Cr120), conforme procedimento descrito no item 6.2 d) recarregar os elementos ou monoblocos conforme o item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f); e) descarregar os elementos/monoblocos com corrente constante e igual a Cr120/120, com exatidão de 1 %, por 18 horas ± 0,05 horas, registrando a tensão total dos elementos/monoblocos (Ve), com precisão de 1 mV por Volt medido, no instante imediatamente anterior ao término da descarga; f) recarregar os elementos/monoblocos com corrente constante e igual a Cr120/30, com exatidão de 1%, por 3 horas ± 0,05 horas, mantendo-os em repouso por um período mínimo de 4 horas até que o eletrólito atinja a temperatura ambiente; g) descarregar os elementos/monoblocos com corrente constante e igual a Cr120/120, com exatidão de 1%, anotando o tempo de descarga (Te) em horas, até atingir a tensão (Ve)obtida na alínea “e”, deste item; h) a eficiência coulométrica em estado de carga de 90%, na temperatura ambiente, é dada por:

Te . (Cr120 / 120) Eficiência (%) = _________________________ . 100

3 . (Cr120 / 30 ) i) recarregar os elementos/monoblocos conforme o item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f); j) descarregar os elementos/monoblocos com corrente constante e igual a Cr120/120, com exatidão de 1%, por 30horas ± 0,05 horas, registrando a tensão total dos elementos/monoblocos (Vf), com precisão de 1 mV por Volt medido, no instante imediatamente anterior ao término da descarga; k) recarregar os elementos/monoblocos com corrente constante e igual a Cr120/30, com exatidão de 1%, por 3 horas ± 0,05 horas, mantendo-os em repouso por um período mínimo de 4 horas, até que o eletrólito atinja a temperatura ambiente; l) descarregar os elementos/monoblocos com corrente constante e igual a Cr120/120, com exatidão de 1%, anotando o tempo de descarga (Tf) em horas até atingir a tensão (Vf) obtida em na alínea “j”; m) a eficiência coulométrica em estado de carga de 80%, na temperatura ambiente, é dada por:

Tf . (Cr120 / 120) Eficiência (%) = ________________________ . 100

3 . (Cr120 / 30 ) 6.9.3.1 A eficiência coulométrica de carga/descarga obtida segundo o procedimento descrito deve ser maior do que 75%, com o acumulador em estado de carga de 80% e ser maior do que 55%, com o acumulador em estado de carga de 90%, caso contrário os ensaios devem ser encerrados.

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6.9.3.2 Após o término do ensaio, os elementos/monoblocos devem ser recarregados, conforme item 6.13.3 alíneas (c), (d), (e) e (f). 6.10 Revelação de tensões residuais de moldagem do vaso 6.10.1 Objetivo: determinar as tensões residuais do vaso, resultantes de gradientes de temperatura no processo de moldagem ou da presença de impurezas no material polimérico que desenvolva tais tensões, de modo a avaliar sua integridade física. 6.10.2 Requisito: não deve ocorrer impureza no material polimérico que possam desenvolver tensões residuais no vaso. 6.10.3 Método de ensaio: a) preparar uma solução reveladora de tensões residuais de moldagem, compatível com o polímero constituinte do vaso, empregando-se medidas volumétricas em quantidades adequadas para a realização do ensaio; b) limpar o vaso mecanicamente, sem utilização de qualquer tipo de produto químico; c) imergir o vaso em recipiente adequado, contendo a solução especificada em 6.10.3 alínea (a) ou colocá-la dentro do vaso, até no mínimo 1/3 da altura, durante o tempo de 3 minutos; d) após o período de imersão, o vaso deve ser lavado em água corrente e analisado minuciosamente a olho nu. 6.10.3.1 No vaso não devem aparecer micro-trincas ou rachaduras, caso contrário os ensaios devem ser encerrados. 6.11 Inspeção visual 6.11.1 Objetivo: verificar se o aspecto geral dos elementos ou monoblocos corresponde ao indicado na documentação técnica apresentada pelo fornecedor. 6.11.2 Requisito: cada elemento de identificação da bateria deve conter, no mínimo, as informações definidas no item 5.18. 6.11.3 Método de ensaio: a) inexistência de falha de fundição e/ou presença de rebarbas, nos pólos; b) se os furos nos pólos estão localizados de forma a permitir o perfeito alinhamento das barras de interligação e são compatíveis com os parafusos a serem utilizados; c) se não há vazamento de eletrólito através da junção tampa/pólo; d) se o acabamento superficial dos parafusos, porcas e barras de interligação, quando utilizado, é compatível e uniforme; e) se os vasos apresentam-se limpos, uniforme quanto a cor, sem rebarbas, sem trincas ou quebras, sem riscos grosseiros nas laterais e sem bolhas; f) se as tampas apresentam-se limpas, uniforme quanto a cor, sem rebarbas, trincas ou quebras, riscos grosseiros e sinais de queima; g) se o vaso permite a visualização do interior do elemento; h) se há indicação dos níveis de máximo e mínimo do eletrólito; i) se o sistema de vedação tampa/vaso apresenta-se uniforme e contínuo, não sendo admitido vazamento de eletrólito, em qualquer ponto da junção; j) se não há degradação do selante da junção tampa/vaso ou seu escorrimento superior a 5 mm.

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6.12 Estanqueidade 6.12.1 Objetivo: verificar a hermeticidade dos elementos ou monoblocos. 6.12.2 Requisito e Método de ensaio: a) conectar por meio de mangueira adequada, dispositivo composto de fonte de gás comprimido (ar ou nitrogênio) filtros para retenção de água e óleo e manômetro de dois estágios de baixa pressão. A tubulação utilizada deve ser isenta de umidade condensada. b) aplicar no interior dos elementos 7 kPa (0,07 kgf/cm2) de pressão. Após a estabilização do sistema observar durante 1min a inexistência de queda de pressão no manômetro devido ao vazamento de gás ou de eletrólito, ou danos à sua integridade física . 6.13 Tratamento prévio 6.13.1 Objetivo: preparação inicial da amostra, somente para realização dos ensaios elétricos, de modo que antes do início dos ensaios constante desta Norma, o acumulador (bateria ou elemento) apresente valor estável em sua capacidade 6.13.2 Requisito: 6.13.2.1 As amostras que serão submetidas aos ensaios elétricos relacionados nesta Norma, devem receber um tratamento prévio, de modo que no início dos ensaios, o acumulador apresente valor estável em sua capacidade nominal. 6.13.2.2 As amostras devem ser submetidas a, no mínimo 2 e no máximo 10 ciclos de carga/descarga, de modo a se obter dois valores consecutivos de capacidade, iguais ou superiores a 100% de C10, com diferença menor ou igual a 4% nas mesmas condições e corrigidos em temperatura conforme fórmula definida a seguir:

CT C25 = ___________________

1 + λ(T - 25) onde: C25 é a capacidade corrigida para 25°C; CT é a capacidade na temperatura T (ºC); λ: coeficiente de temperatura para a capacidade (0,006 para regimes de descarga maiores que 1 hora e 0,01 para regimes de descarga iguais ou menores que 1 hora, ou outro valor indicado pelo Fabricante); T: temperatura dos elementos em ºC (vide Nota) Nota: para regimes de descarga até 5 horas, inclusive, a temperatura (T) a considerar é a inicial. Para regimes de descarga superiores, considerar (T) como sendo a média das temperaturas no decorrer da descarga, conforme 6.13.3, alínea (b). 6.13.2.3 As leituras de densidade, caso o densímetro utilizado não possua dispositivo de compensação automático, devem ser corrigidas em relação à temperatura do eletrólito, empregando-se a seguinte fórmula:

D25 = DT + 0,0007(T - 25)

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onde: D25 : densidade com o eletrólito a 25 oC, (g/cm3); DT : densidade com o eletrólito a T oC, (g/cm3); T : temperatura do eletrólito durante a medição, (oC). 6.13.3 Método de ensaio: a) proceder uma descarga com corrente constante e numericamente igual a 0,1C10. A descarga é considerada encerrada quando qualquer dos elementos atingir a tensão final de descarga de 1,75 V. Para monoblocos, que não permitam a leitura individual dos elementos, a tensão final de descarga é considerada como 1,75 V vezes o número de elementos no monobloco. Durante a descarga a temperatura ambiente deve estar entre 20oC e 30oC. A corrente de descarga deve ser mantida constante com variação máxima de 1%, durante toda a descarga, sendo permitidas variações de 5%, desde que não ultrapassem 20 segundos; b) efetuar medidas de tensão, densidade e temperatura de todos os elementos ou monoblocos, no mínimo, 10%, 20%, 50% e 80% da duração esperada da mesma, e, em seguida, em intervalos de tempo que permitam determinar a passagem pelo valor da tensão final de descarga de 1,75 V. c) para atingir o estado de plena carga, proceder uma carga utilizando o processo através de corrente constante ou tensão constante, conforme descritos nas alíneas (d) e (e) a seguir: d) carga com corrente constante: efetuar uma carga com corrente constante de valor numericamente igual a 0,1C10, que deve prolongar-se por um período de tempo de 1 ou 2 horas, após atingir o instante final de carga. Como instante final de carga considera-se o momento em que foi realizada a primeira de três leituras de tensão e densidade, consecutivamente estáveis em intervalos de 30 minutos, corrigidos em temperatura, no elemento/monobloco que por último atingiu a estabilização. Durante a carga, a temperatura dos elementos ou monoblocos não deve ultrapassar 45oC. Caso isso ocorra, a carga deve ser interrompida e reiniciada após os elementos resfriarem-se convenientemente. e) carga com tensão constante: proceder uma carga na bateria ou elemento com tensão ajustada no retificador entre (2,35 a 2,40 V/elemento), conforme indicação do fabricante, com corrente limitada em 0,10C10 até atingir o estado de plena carga. Para este método de carga consideram-se os elementos plenamente carregados, quando após 72 horas de carga por 6 horas consecutivas obter-se estabilidade na corrente e densidade. Durante a carga, a temperatura dos elementos ou monoblocos não deve ultrapassar 45°C. Caso isto ocorra, a carga deve ser interrompida e reiniciada após os elementos resfriarem-se convenientemente. f) após a carga, os elementos ou monoblocos devem ser deixados na condição de repouso, em circuito aberto, por um período mínimo de 4 horas e máximo de 24 horas, até que a temperatura, a densidade e a tensão se estabilizem; g) o tratamento prévio deve ser encerrado quando atingidas as condições definidas no item 6.13.2. Neste momento, considera-se que os elementos ou monoblocos estão estabilizados. 6.13.4 Durante o tratamento prévio o operador deve determinar o período necessário para o acumulador atingir a plena carga com corrente constante e numericamente igual a 0,1C10. 7 Composição da Amostra e Seqüência de Ensaios 7.1 Para a realização de ensaios , a amostra deve ser composta de 16 elementos ou o equivalente em devendo ser dividida em 5 grupos, da seguinte forma: a) Grupo 1 – 6 elementos ou o equivalente em monoblocos; b) Grupo 2 – 3 elementos ou o equivalente em monoblocos; c) Grupo 3 – 3 elementos ou o equivalente em monoblocos; d) Grupo 4 – 3 elementos ou o equivalente em monoblocos;

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e) Grupo 5 – 2 elementos ou o equivalente em monoblocos. 7.2 Na composição das amostras devem ser selecionados acumuladores de famílias de placas das seguintes capacidades: 50, 75, 100, 125, 150, 175, 200, 225, 250, 300, 350, 400, 450, 500, 600, 750, 850, 1000, 1100, 1250, 1350, 1500, 1750, 1850, 2000, 2100, 2250, 2350 e 2500 Ah. 7.3 Para efeito dos ensaios elétricos dentro de cada grupo, os elementos ou monoblocos dos grupos 1, 2 e 3 devem ser associados em série. 7.4 Os ensaios a serem realizados nos elementos ou monoblocos pertencentes aos Grupos 1 a 5, devem obedecer a distribuição e a seqüência definida na tabela 2. 7.5 Os ensaios elétricos devem ser iniciados no máximo 3 meses após o fornecimento dos elementos ou monoblocos pelo fabricante e deve ser seguida a seqüência pré-determinada na tabela 2, sem prejuízo na continuação dos ensaios.

Tabela 2 - Distribuição e seqüência de ensaios

Grupos Distribuição e seqüência de ensaios

1 2 3 4 5 Tipo do

Acumulador Item

Inspeção visual x x x x x 1, 2 e 3 6.11

Estanqueidade x x x x 1, 2, e 3 6.12

Capacidade em Ampère-hora em regime nominal (Cn10) x x x x 1, 2 e 3 6.1

Capacidade em Ampère-hora em regime diferente do nominal (Ct)

x x 1, 2 e 3 6.2

Adequação à flutuação e à reserva de eletrólito x 2 e 3 6.3

Autodescarga x 1, 2, e 3 6.4

Desempenho frente a ciclos de carga/descarga x 2 e 3 6.5

Desempenho frente à sobrecarga com tensão de flutuação e temperatura elevada x 2 e 3 6.6

Desempenho frente à sobrecarga com corrente constante e temperatura elevada x 1 6.7

Regeneração da capacidade x 1 6.8

Eficiência de carga/descarga x 1 6.9

Revelação de tensões residuais de moldagem do vaso x 1, 2 e 3 6.10 Legenda – Tipo do acumulador: 1 – baixa intensidade de descarga; 2 – média intensidade de descarga; 3 – alta intensidade de descarga

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8. Identificação da homologação Os acumuladores deverão portar, preferencialmente na tampa, o selo Anatel de identificação legível, incluindo a logomarca Anatel o número da homologação e identificação por código de barras, conforme modelo e instruções descritas no artigo 39 e Anexo III do Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos para Telecomunicações, anexo a Resolução 242, de 30.11.2000, ou outra que venha a substituí-la.