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Page 1: NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE CABOS … · 1 anexo À resoluÇÃo n.º 348, de 2 de setembro de 2003 norma para certificaÇÃo e homologaÇÃo de cabos pÁra-raios

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ANEXO À RESOLUÇÃO N.º 348, DE 2 DE SETEMBRO DE 2003

NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DE CABOS PÁRA-RAIOS COM FIBRAS ÓPTICAS PARA LINHAS AÉREAS DE

TRANSMISSÃO (OPGW) 1. Objetivo Esta norma estabelece os requisitos mínimos a serem demonstrados na avaliação da conformidade de cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) para efeito de certificação e homologação junto à Agência Nacional de Telecomunicações. 2. Referências Para fins desta norma, são adotadas as seguintes referências: I – NBR 6814 – Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistência Elétrica – Método de ensaio; II – NBR 7272 – Condutores elétricos de alumínio – Ruptura e característica dimensional – Método de ensaio; III – NBR 7303 – Condutores elétricos de alumínio – Fluência em condutores de alumínio – Método de ensaio; IV – NBR 9136 – Fios e cabos telefônicos – Ensaio de penetração de umidade – Método de ensaio; V – NBR 9140 – Fios e cabos telefônicos – Ensaio de comparação de cores – Método de ensaio; VI – NBR 9149 – Fios e cabos telefônicos – Ensaio de escoamento do composto de enchimento –Método de ensaio; VII – NBR 13489 – Fibras ópticas – Determinação da largura de banda – Método de ensaio; VIII – NBR 13491 – Fibras ópticas – Determinação da atenuação óptica – Método de ensaio; IX – NBR 13493 – Fibras ópticas – Determinação do diâmetro do campo modal – Método de ensaio; X – NBR 13502 – Cabos ópticos – Verificação da uniformidade de atenuação óptica – Método de ensaio; XI – NBR 13503 – Ensaio de tensão mecânica constante – Método de ensaio; XII – NBR 13504 – Fibras ópticas – Determinação da dispersão cromática – Método de ensaio; XIII – NBR 13507 – Cabos ópticos – Ensaio de compressão – Método de ensaio; XIV – NBR 13510 – Cabos ópticos – Ensaio de ciclo término de cabo – Método de ensaio; XV – NBR 13511 – Fibras e cabos ópticos – Ensaio de ataque químico na fibra óptica tingida –Método de ensaio; XVI – NBR 13512 – cabos ópticos – Ensaio de tração em cabos ópticos e determinação da deformação da fibra óptica – Método de ensaio; XVII – NBR 13519 – Fibras e cabos ópticos – Ensaio de ciclo térmico na fibra óptica tingida –Método de ensaio; XVIII – NBR 13520 – Cabos ópticos – Variação de atenuação – Método de ensaio; XIX – NBR 13975 – Fibras ópticas – Determinação da força de extração do revestimento – Método de ensaio; XX – NBR 13979 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Tração do elemento metálico (tubo e/ou elemento ranhurado) – Método de ensaio; XXI – NBR 13980 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Verificação de protuberâncias internas no tubo metálico – Método de ensaio; XXII – NBR 13981 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Curto-circuito – Método de ensaio;

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XXIII – NBR 13982 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Vibração eólica – Método de ensaio; XXIV – NBR 13983 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Puxamento pela polia – Método de ensaio; XXV – NBR 13984 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Raio mínimo de curvatura – Método de ensaio; XXVI – NBR 13985 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Tensão – Deformação – Método de ensaio; XXVII – NBR 13986 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Tração – Método de ensaio; XXVIII – NBR 13987 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Torção – Método de ensaio; XXIX – NBR 13988 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Pressurização do tubo metálico de proteção – Método de ensaio; XXX – NBR 13991 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Determinação do desempenho térmico – Método de ensaio; XXXI – NBR 14076 – Cabos ópticos – Determinação do comprimento de onda de corte em fibra monomodo cabeada – Método de ensaio; XXXII – NBR 14422 – Fibras ópticas – Determinação dos parâmetros geométricos da fibra óptica – Método de ensaio; XXXIII – NBR 14586 – Cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW) – Determinação dos efeitos da descarga atmosférica; XXXIV – NBR 14587-1 – Fibras ópticas – Medição da dispersão de modos de polarização parte 1: Varredura espectral – Método de ensaio; XXXV – NBR 14587-2 – Fibras ópticas – Medição da dispersão de modos de polarização parte 2: Método interferométrico – Método de ensaio. 3. Abrangência Esta norma aplica-se aos cabos pára-raios com fibras ópticas para linhas aéreas de transmissão (OPGW), contemplando os agrupamentos em famílias de cabos de construção idêntica e que possuem a mesma designação genérica vinculada à sua aplicação e instalação. 4. Definições Para fins desta norma, são adotadas as seguintes definições: I – Atenuação: expressão quantitativa do decréscimo de potência eletromagnética que pode ser expresso pela taxa de valores em dois pontos de uma quantidade de potência relacionada de forma bem definida; II – Cabo Pára-raios com Fibras Ópticas (OPGW): cabo pára-raios de cobertura ou guarda, utilizado preferencialmente em linhas aéreas de transmissão de energia elétrica, construído de modo a abrigar em seu interior fibras ópticas; III – Capacidade: quantidade de fibras ópticas no interior do cabo; IV – Comprimento de Onda de Corte: comprimento de onda, no espaço livre, acima do qual o modo fundamental é o único modo confinado na fibra óptica; V – Diâmetro da Casca: diâmetro do círculo definindo o centro da casca que é um material dielétrico da fibra óptica que circunda o seu núcleo; VI – Diâmetro do Campo Modal: medida de uma largura transversal de modo guiado em uma fibra óptica monomodo. É calculado a partir da distribuição da intensidade do campo afastado;

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VII – Dispersão: alargamento temporal do pulso luminoso de entrada ao longo do comprimento da fibra óptica, causado principalmente por diferença nos caminhos ópticos percorridos em fibras multimodo (dispersão modal) ou por diferenças de velocidade de propagação na transmissão de diferentes comprimentos de onda em fibras monomodo (dispersão cromática). A dispersão resulta em distorção do sinal transmitido; VIII – Erro de Concentricidade do Campo Modal/Casca: distância entre o centro do campo modal e o centro da casca; IX – Erro de Concentricidade Fibra/Revestimento: distância entre o centro do núcleo e o centro da casca; X – Família de Cabos: conjunto de produtos de construção similar que possuem designação genérica vinculada à sua aplicação e instalação, e que contemplam toda a faixa de capacidade com relação à quantidade de fibras ópticas no cabo e na unidade básica; XI – Fibra Óptica de Dispersão Deslocada (DS): guia de onda dielétrico construído à base de sílica de alta pureza, que apresenta comportamento monomodal na região próxima de 1550 nm, com dispersão cromática zero na região de 1550 nm e protegido por uma ou mais camadas de acrilato; XII – Fibra Óptica de Dispersão Deslocada e Não Nula (NZD): guia de onda dielétrico construído à base de sílica de alta pureza, que apresenta comportamento monomodal na região próxima de 1550 nm, com dispersão cromática pequena porém não nula na região entre 1530 nm e 1565 nm e protegido por uma ou mais camadas de acrilato; XIII – Fibra Óptica Monomodo de Dispersão Normal (SM): guia de onda dielétrico construído à base de sílica de alta pureza, que apresenta comportamento monomodal na região próxima de 1300 nm, com dispersão cromática zero na região de 1310 nm e protegido por uma ou mais camadas de acrilato; XIX – Fibra Óptica Multimodo Índice Gradual (MM): guia de onda dielétrico cuja variação dos índices de refração do núcleo e da casca seguem uma curva parabólica, sendo o índice do núcleo maior que o da casca; XX – Modo de Polarização por Dispersão (PMD – “Polarization Mode Dispersion”): média dos atrasos diferenciais de grupo entre os dois modos de polarização ortogonais (rápido e lento) em uma determinada faixa de comprimento de onda, expresso em ps/(km)1/2; XXI – Não Circularidade da Casca: diferença entre os diâmetros de dois círculos definidos pelo campo de tolerância da casca, dividida pela medida do diâmetro da casca; XXII – Unidade Básica: elemento básico do cabo utilizado na construção do núcleo óptico. Tem função de proteger, agrupar e identificar as fibras ópticas. 5. Requisitos e Métodos de Ensaios para as Fibras Ópticas 5.1 Requisitos e Métodos de Ensaios para Comprimento de Onda de Corte 5.1.1 O comprimento de onda de corte para o cabo de fibra óptica monomodo deve ser menor ou igual a 1270 nm. 5.1.2 O comprimento de onda de corte para o cabo de fibra óptica monomodo com dispersão deslocada (DS) e monomodo de dispersão deslocada e não nula (NZD) deve ser menor ou igual a 1350 nm. 5.1.3 O método de ensaio para a verificação do comprimento de onda de corte no cabo deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 14076. 5.2 Requisitos e Métodos de Ensaios para o Diâmetro de Campo Modal das Fibras Monomodo

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5.2.1 O diâmetro de campo modal para a fibra óptica monomodo (SM) deve ser 9,3 µm ± 0,5 µm em 1310 nm e 10,5 µm ± 0,8 µm em 1550 nm. 5.2.2 O diâmetro de campo modal para a fibra óptica monomodo com dispersão deslocada e não nula (NZD) em 1550 nm deve possuir valor nominal na faixa de 8,0 µm a 11,0 µm, com variação máxima de ± 10%, em relação ao valor nominal. 5.2.3 O diâmetro de campo modal para a fibra óptica monomodo com dispersão deslocada (DS) deve ser 8,1 µm ± 0,8 µm em 1550 nm. 5.2.4 O método de ensaio para a verificação do campo modal das fibras ópticas monomodo deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 13493. 5.3 Requisitos e Método de Ensaio para o Diâmetro do Núcleo das Fibras Multimodo 5.3.1 O núcleo da fibra óptica multimodo de índice gradual deve apresentar um diâmetro de 50 µm ± 3 µm ou 62,5 µm ± 3 µm. 5.3.2 O método de ensaio para a verificação do diâmetro do núcleo das fibras ópticas multimodo deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 14422. 5.4 Requisito e Método de Ensaios para o Diâmetro da Casca 5.4.1 A casca da fibra óptica, deve ter um diâmetro de 125 µm ± 2 µm. 5.4.2 O método de ensaio para a verificação do diâmetro da casca deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 14422. 5.5 Requisito e Método de Ensaio para Não Circularidade da Casca 5.5.1 A fibra óptica não deve apresentar um valor de não circularidade superior a 2%. 5.5.2 O método de ensaio para a verificação da não circularidade da casca deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 14422. 5.6 Requisito e Método de Ensaio para Avaliação do Erro de Concentricidade Fibra / Revestimento 5.6.1 O erro de concentricidade fibra/revestimento deve ser inferior a 12 µm. 5.6.2 O método de ensaio para a verificação da concentricidade fibra/revestimento deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 14422. 5.7 Requisito e Método de Ensaio para Avaliação do Erro de Concentricidade Campo Modal/Casca 5.7.1 O erro de concentricidade campo modal/casca da fibra óptica monomodo deve ser no máximo 0,8 µm. 5.7.2 O método de ensaio para a verificação da concentricidade Campo Modal/Casca deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 14422.

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5.8 Requisito e Método de Ensaio para Avaliação do Erro de Concentricidade Núcleo/Casca 5.8.1 O erro de concentricidade entre o núcleo e a casca da fibra óptica multimodo índice gradual deve ser inferior a 6%. 5.8.2 O método de ensaio para a verificação da concentricidade Núcleo/Casca deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 14422. 5.9 Requisito e Método de Ensaio para Extração do Revestimento da Fibra Óptica 5.9.1 A força de extração do revestimento da fibra óptica cabeada deve ser de, no mínimo 1,5 N e de, no máximo, 10,0 N. 5.9.2 O método de ensaio para extração do revestimento da fibra óptica deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 13975. 5.10 Requisito e Método de Ensaio para Dispersão Cromática 5.10.1 Para fibras ópticas a dispersão cromática, a inclinação da curva de dispersão e o comprimento de onda em que a dispersão é nula, devem estar em conformidade com os valores expressos nas tabelas 1 e 2.

Tabela 1 – Dispersão Cromática em Fibras SM

Comprimento de Onda

(nm)

Dispersão Cromática Máxima

(ps/nm.km)

Inclinação Máxima da Curva de Dispersão S0

(ps/nm2.km)

Comprimento de Onda para Dispersão Nula

(nm)

Entre 1285 e 1330 4,0 0,10

Entre 1525 e 1575 20 0,10 Entre 1300 e 1323

Tabela 2 – Dispersão Cromática em Fibras DS

Faixa de Comprimento de Onda: entre 1525 nm e 1575 nm

Dispersão Cromática Máxima (ps/nm.km)

Inclinação Máxima da Curva de Dispersão S0 (ps/nm2.km)

Comprimento de Onda para Dispersão

Nula (nm)

3,5 0,085 Entre 1535 e 1565 5.10.2 Para fibras NZD a dispersão cromática deve apresentar valores conforme tabela 3. 5.10.3 O método de ensaio para dispersão cromática deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 13504. 5.11 Requisito e Método de Ensaio para Largura de Banda em Fibras Multimodo

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5.11.1 A largura de banda mínima para as fibras ópticas multimodo, deve estar em conformidade com os valores indicados na tabela 4.

Tabela 3 – Dispersão Cromática em Fibras NZD

Classe Comprimento de Onda (nm)

Dispersão Cromática (ps/nm.km)

1530 Maior ou igual a 0,5 NZD*

1565 Menor ou igual a 10,0

(*) Dependendo do tipo de transmissão ou do projeto do sistema óptico, pode ser necessário especificar o sinal negativo da dispersão cromática. Neste caso, na designação da fibra deve ser incluída a letra N logo após a identificação - (NZDN).

Tabela 4 - Largura de Banda

Diâmetro do Núcleo (µm)

Comprimento de Onda (nm) Largura de Banda Mínima (MHz.km)

850 200 50

1300 500

850 150 62,5

1300 200

5.11.2 O método de ensaio para largura de banda em fibras multimodo deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 13489. 5.12 Requisito e Método de Ensaio para Dispersão dos Modos de Polarização (PMD) 5.12.1 O coeficiente de dispersão dos modos de polarização (PMD) da fibra óptica monomodo, deve ser menor ou igual a (0,5 ps/km)1/2. 5.12.2 O método de ensaio para dispersão dos modos de polarização (PMD) deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 14587-1 ou NBR 14587-2. 5.13 Requisito e Método de Ensaio para Ciclo Térmico na Fibra Óptica Tingida 5.13.1 Os cabos de fibras ópticas OPGW devem ser submetidos ao ciclo térmico de -10°C a +65°C durante 8 horas. Após o ensaio a fibra tingida não deve apresentar variações de coloração quando comparada com a amostra não submetida ao ensaio. 5.13.2 O método de ensaio para Ciclo Térmico na Fibra Óptica Tingida deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 13519. 5.14 Requisito e Método de Ensaio para Ataque Químico à Fibra Óptica Tingida

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5.14.1 A amostra da fibra óptica tingida, quando em contato com compostos de enchimento, deve ser submetida ao ensaio de ataque químico, e não deve apresentar perda de coloração ou remoção da pintura, conforme NBR 9140. 5.14.2 O método de ensaio para Ataque Químico à Fibra Óptica Tingida deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 13511. 5.14.3 Os corpos-de-prova devem ser enrolados em mandris de 50 mm de diâmetro. 5.14.4 Mergulhar um corpo-de-prova em um recipiente contendo o mesmo composto químico que está em contato com a fibra óptica no cabo e mergulhar outro corpo-de-prova em um recipiente contendo água. Mantendo os corpos-de-prova submersos por um período de 48 horas. Após o ensaio a fibra tingida não deve apresentar perda de coloração ou remoção de pintura. 6. Requisitos e Métodos de Ensaio para os Cabos 6.1 Tipos de Fibras e Formação de Unidades Básicas 6.1.1 Os cabos de fibras ópticas podem ser constituídos de fibras multimodo índice gradual (MM), monomodo de dispersão normal (SM), monomodo com dispersão deslocada (DS) e monomodo com dispersão deslocada e não nula (NZD). 6.1.2 Os componentes do cabo, além de atender as exigências elétricas e mecânicas do cabo pára-raios da linha de transmissão, devem proteger as fibras ópticas em seu interior, não permitindo que estas tenham seu desempenho alterado quando o cabo for submetido às diversas solicitações mecânicas e elétricas. 6.1.3 A identificação das fibras ópticas deve ser feita utilizando o código de cores conforme mostrado na tabela 5, sendo recomendado que as cores das fibras ópticas apresentem tonalidade, luminosidade e saturação iguais ou mais elevadas que o valor do padrão Munsell mostrado na referida tabela.

Tabela 5 - Código de Cores das Fibras Ópticas

Fibra Cor Valor do Padrão Munsell

1 Verde 2,5 G 4/6

2 Amarela 2,5 Y 8/8

3 Branca N8,75

4 Azul 2,5 B 5/6

5 Vermelha 2,5 R 4/6

6 Violeta 2,5 P 4/6

7 Marrom 2,5 YR 3,5/6

8 Rosa 2,5 R 5/12

9 Preta N2

10 Cinza N5

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11 Laranja 2,5 YR 6/14

12 Água marinha 10 BG 5/4 à 8/4

6.1.4 Os grupos de fibras ópticas devem ser identificados por meio de coloração dos tubetes de proteção que as contém, por listras ou anéis coloridos adicionais sobre seu revestimento ou ainda por qualquer outro meio que permita identificá-los de maneira única, conforme tabela 6, pelo sistema piloto direcional ou pelo sistema de código de cores. 6.1.5 Outros sistemas de identificação podem ser empregados desde que permitam a identificação das unidades básicas de forma inequívoca.

Tabela 6 - Identificação dos grupos de fibras ópticas

Grupo de fibras

Piloto direcional Código de

cores

01 Piloto-Verde Verde

02 Direcional-Amarelo Amarelo

03 Normal-Branco ou Neutro Branco

04 Normal-Branco ou Neutro Azul

05 Normal-Branco ou Neutro Vermelho

06 Normal-Branco ou Neutro Violeta

6.2 Requisito e Método de Ensaio para Ciclo Térmico do Cabo 6.2.1 O cabo deve ser condicionado a -10°C por 48 horas, após o que a temperatura deve ser elevada a +65°C, mantendo-o neste patamar por um mesmo período de 48 horas. Devem ser realizados 4 ciclos térmicos, conforme NBR 13510. A variação do coeficiente de atenuação não deve ser superior aos valores mostrados na tabela 7, medida conforme NBR 13520. As medições ópticas devem ser realizadas ao final de cada patamar e comparadas à medida de referência realizada no patamar inicial a 25°C.

Tabela 7 – Acréscimo ou Variação de Atenuação

Comprimento de Onda Acréscimo ou Variação Máxima Tipo de Fibra Óptica de Operação

(nm) de Medida

(nm) do Coeficiente de

Atenuação (dB/km) de Atenuação

(dB)

Multimodo 850 850 ± 20 0,2 0,2

Multimodo 1310 1310 ± 20 0,2 0,2

Monomodo 1310 1310 ± 20 0,1 0,1

Monomodo 1550 1550 ± 20 0,05 0,1

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6.2.2 O ensaio de ciclo térmico dos cabos OPGW deve ser realizado em conformidade com o método definido na norma NBR 13510. 6.3 Requisito e Método de Ensaio para Puxamento pela Polia 6.3.1 Quando submetido a 70 puxamentos, com tração de 25% do valor da RMC do cabo, este não deve apresentar: a) variação da atenuação superior aos valores mostrados na tabela 7, medida conforme NBR 13520; b) dano significativo nos componentes do cabo, que altere seu bom desempenho, e deformação nos elementos de proteção superiores a 10% do diâmetro externo em qualquer ponto. 6.3.2 O método de ensaio para puxamento pela polia deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 13983. 6.4 Requisito e Método de Ensaio de Carga de Ruptura do Cabo 6.4.1 A carga de ruptura não deve ser menor que a Resistência Mecânica Calculada (RMC) do cabo, calculada conforme 6.4.2, desde que a ruptura ocorra em um ponto a mais de 25 mm dos terminais de fixação. Se a ruptura se verificar nos terminais de fixação ou a uma distância menor ou igual a 25 mm destes, a carga de ruptura não deve ser menor que 95% da RMC do cabo. 6.4.2 A Resistência Mecânica Calculada (RMC) do cabo completo deve considerar somente a contribuição dos fios metálicos e ser calculada tomando-se 90% da soma dos valores da carga de ruptura dos fios individuais, calculadas com base em seus diâmetros nominais e em seus limites de resistência à tração mínimos especificados. 6.4.3 O ensaio deve ser realizado conforme NBR 7272, e devem ser utilizados acessórios de ancoragem passantes iguais aos que serão utilizados na linha de transmissão a que se destina o cabo pára-raios. 6.5 Requisito e Método de Ensaio para Tração no Cabo O cabo, quando submetido ao ensaio de tração, conforme NBR 13986, até 80% da RMC, não deve apresentar rompimento de fibra óptica. Deve ser medida a deformação da fibra óptica, conforme NBR 13512 e registrada a margem de deformação marginal. 6.6 Requisito e Método de Ensaio para Fluência Quando submetido ao ensaio de fluência conforme NBR 7303, nas cargas de 15%, 20%, 25% e 30% da RMC do cabo, durante pelo menos 250 horas, os valores de alongamento do cabo em função do tempo devem ser anotados. Devem ser feitas medidas a cada 5 minutos durante a primeira hora de ensaio, a cada 15 minutos nas sete horas subseqüentes. No restante do tempo devem ser tomadas 3 medidas a cada 24 horas com intervalo mínimo de duas horas entre elas. 6.7 Requisito e Método de Ensaio para Tensão-Deformação da Fibra Óptica por Tração no Cabo 6.7.1 Quando submetido ao ensaio de Tensão-Deformação, os valores de alongamento do cabo e a variação da atenuação das fibras ópticas, em função da tensão mecânica aplicada, devem ser anotados. A

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variação de atenuação óptica, para tração até 30% da RMC, não deve ser superior aos valores mostrados na tabela 7, medida conforme NBR 13520. 6.7.2 O método de ensaio para tensão-deformação na fibra óptica por tração no cabo deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 13985. 6.8 Requisito e Método de Ensaio para Torção 6.8.1 O cabo deve ser submetido ao ensaio de torção, conforme NBR 13987, não devendo apresentar variação de atenuação superior aos valores mostrados na tabela 7, medida conforme NBR 13520. 6.8.2 Após o ensaio, não deve haver evidência de danos estruturais no cabo. 6.9 Requisito e Método de Ensaio de Pressurização 6.9.1 O tubo de proteção, se destinado ao bloqueio de umidade, quando submetido ao ensaio de pressurização, deve suportar a pressão de 0,40 MPa durante 3 horas, sem apresentar vazamento. 6.9.2 O método de ensaio para pressurização deve ser realizado em conformidade com o método de ensaio conforme norma NBR 13988. 6.10 Requisito e Método de Ensaio para Tração no Elemento Metálico Deformação nos elementos de proteção não deve atingir o limite plástico quando o cabo for tracionado até 33% da RMC. A verificação deste requisito deve ser feita conforme NBR 13979. 6.11 Requisito e Método de Ensaio para Protuberâncias no Tubo Eventuais protuberâncias na superfície interna do tubo, provenientes do processo de soldagem, não devem exceder 5% do diâmetro interno do tubo, limitado a um valor máximo de 0,2 mm, conforme NBR 13980. 6.12 Requisito e Método de Ensaio para Compressão 6.12.1 O cabo deve ser submetido ao ensaio de compressão, com carga aplicada em uma região de 100 mm de cabo, a uma velocidade de 5 mm/min. Deve ser verificada a carga máxima que não provoque variação de atenuação superior aos valores mostrados na tabela 7, medida conforme NBR 13520. O valor da carga encontrado deve ser superior a 10.000 N. 6.12.2 O método de ensaio para compressão deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma método de ensaio conforme norma NBR 13507. 6.13 Requisito e Método de Ensaio para Raio Mínimo de Curvatura O cabo, quando ensaiado com o raio de curvatura de 15 vezes o seu diâmetro externo, conforme NBR 13984, não deve apresentar: a) variação de atenuação superior aos valores mostrados na tabela 7, medida conforme NBR 13520; b) danos físicos ou estruturais.

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6.14 Requisito e Método de Ensaio para Penetração de Umidade 6.14.1 O cabo, submetido a uma coluna de água de 1,0 m em uma das extremidades, no sentido longitudinal, pelo período de 1 hora, não deve apresentar vazamento de água na extremidade oposta, aplicável nas partes do cabo que possuam bloqueio de umidade. 6.14.2 O método de ensaio para Penetração de umidade deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 9136. 6.15 Requisito e Método de Ensaio para Vibração Eólica 6.15.1 O cabo deve ser submetido a 100.000.000 (cem milhões) de ciclos de vibração, conforme NBR 13982, com tração de 25% ± 1% do valor da RMC do cabo, amplitude de 1/3 do diâmetro externo e freqüência igual a:

f = 830 / d

onde: f = frequência em Hz; d = diâmetro externo do cabo em mm,

6.15.2 Durante e após o ensaio de vibração o cabo não deve apresentar: a) variação do coeficiente de atenuação superior a 0.2 dB/km de fibra ensaiada, medida conforme NBR 13520; b) ruptura em qualquer elemento constituinte que altere seu bom desempenho. 6.16 Requisitos e Métodos de Ensaio para o Ensaio de Escoamento do Composto de Enchimento 6.16.1 Quando submetido a uma temperatura de (65 ± 2)°C por um período de 24 horas, não deve haver escoamento ou gotejamento do composto de enchimento. 6.16.2 O método de ensaio para escoamento do composto de enchimento deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 9149. 6.17 Requisitos e Método de Ensaio para Estabilidade Eletrolítica. 6.17.1 O cabo completo deve ser submerso em água a 90ºC pelo período de 500 horas. Após este condicionamento, seus componentes poliméricos não devem apresentar: a) tempo de indução oxidativa (OIT) inferior a 10 minutos para o composto de enchimento; b) temperatura de início de decomposição, após a fusão, inferior a 210°C, para compostos de enchimento, tubetes e elementos de proteção; c) temperatura de fusão inferior a 180°C, para tubetes e elementos de proteção; d) trincas, fissuras, bolhas, rugas ou alteração visual significativa da cor; e) alterações em suas dimensões superiores a 10%.

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6.17.2 O método de ensaio para Estabilidade Eletrolítica deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 13991. 6.18 Requisito e Método de Ensaio para Estabilidade Térmica O cabo completo deve ser mantido em estufa a 180°C, com circulação de ar, durante 24 horas, conforme NBR 13991. Após este condicionamento, seus componentes poliméricos não devem apresentar: a) tempo de indução oxidativa (OIT) inferior a 10 minutos para o composto de enchimento; b) temperatura de início de decomposição, após a fusão, inferior a 210°C, para compostos de enchimento, tubetes e elementos de proteção; c) temperatura de fusão inferior a 180°C, para tubetes e elementos de proteção; d) trincas, fissuras, bolhas, rugas ou alteração visual significativa da cor; e) alterações em suas dimensões superiores a 10%. 6.19 Requisitos e Método de Ensaio para Curto-Circuito Quando submetido ao ensaio de Curto-Circuito conforme NBR 13981, o cabo não deve apresentar: a) variação do coeficiente de atenuação superior a 0,2 dB/km de fibra ensaiada; b) engaiolamento ou quebra de qualquer fio externo, ou ainda, após a desmontagem do cabo ensaiado, distorção de qualquer de seus elementos componentes, que possa ser atribuída ao ensaio em si e não somente à montagem ou aos acessórios utilizados e que possa provocar alteração do bom desempenho do produto; c) temperatura, em qualquer ponto monitorado, superior à informada pelo fornecedor, calculada em função do nível de curto-circuito e do sistema de proteção da linha, fornecidos pelo comprador; d) seus componentes poliméricos não devem apresentar, conforme NBR 13991: - tempo de indução oxidativa (OIT) inferior a 10 minutos para o composto de enchimento; - temperatura de início de decomposição, após a fusão, inferior a 210°C, para compostos de enchimento, tubetes, e elementos de proteção; - temperatura de fusão inferior a 180°C, para tubetes e elementos de proteção; - trincas, fissuras, bolhas, rugas ou alteração visual significativa da cor; - alterações em suas dimensões superiores a 10%. 6.20 Requisitos e Método de Ensaio para Resistência Elétrica A Resistência Elétrica do cabo em corrente contínua deve ser medida conforme NBR 6814. Deve ser informada a resistência elétrica para 1 quilômetro de cabo, referida a 20°C. 6.21 Requisitos e Método de Ensaio para Descarga Atmosférica 6.21.1 O cabo deve ser submetido ao ensaio de Verificação dos Efeitos da Descarga Atmosférica, conforme Norma NBR 14586, devendo ser enquadrado em uma das classes de corrente definidas na tabela 8.

Tabela 8 – Classe de corrente por descarga atmosférica

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Classe de Corrente A B C D

Corrente Elétrica – Valor médio (A) 100 200 300 400

Tempo de Aplicação (ms) 500 500 500 500

Carga Elétrica (Coulomb) 50 100 150 200

Os valores acima têm tolerância de ± 10%

6.21.2 Durante o ensaio, aplicar 5 descargas em 5 corpos-de-prova distintos. a) caso não ocorra falha em nenhum dos corpos-de-prova, o cabo deve ser considerado aprovado. b) caso ocorra falha em mais de 1 corpo-de-prova, o cabo deve ser considerado rejeitado. c) caso ocorra falha em 1 corpo-de-prova, devem ser realizadas mais 2 aplicações em 2 novos corpos-de-prova. Qualquer falha nesses 2 novos corpos-de-prova, o cabo deve ser considerado rejeitado. d) caso não ocorra falha em nenhum desses 2 novos corpos-de-prova, o cabo deve ser considerado aprovado. 6.21.3 Entende-se como falha do corpo-de-prova quando durante o ensaio ele: a) apresentar danos nos elementos estruturais ou elementos de proteção, tais que exponham a unidade óptica ou as fibras ópticas aos agentes ambientais (como umidade, etc.) ou que possam comprometer o desempenho das fibras ópticas; b) não atingir a carga limite de ensaio; c) apresentar variação de atenuação óptica superior a 0,2 dB/km, na carga máxima de projeto. 6.22 Requisitos e Método de Ensaio para Uniformidade de Atenuação Óptica 6.22.1 Não é permitida descontinuidade óptica localizada na curva de retroespalhamento da fibra óptica monomodo com valor superior a 0,05 dB no comprimento de onda de medida de 1550 nm ± 20 nm. 6.22.2 Não é permitida descontinuidade óptica localizada na curva de retroespalhamento da fibra óptica multimodo índice gradual com valor superior a 0,10 dB. 6.22.3 O método de ensaio para descontinuidade óptica deve ser realizado em conformidade com o disposto na norma NBR 13502. 6.22.4 A diferença dos coeficientes de atenuação médios a cada 500 m de cabo não deve apresentar variação maior que o mostrado na tabela 7. 7. Performance de Enlaces Ópticos Os requisitos e métodos de ensaios para testes de performance de enlaces ópticos descritos no anexo I possuem importância quando relacionados ao projeto de um enlace óptico. Os valores recomendados dos requisitos representam o estado da arte podendo ser alterados em função das características de cada rota.

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8. Verificação da Conformidade 8.1 Requisitos Específicos das Fibras Ópticas no Cabo Óptico OPGW Os requisitos específicos das fibras ópticas a serem avaliados no cabo óptico OPGW estão dispostos na tabela 9.

Tabela 9 - Requisitos Específicos da Fibra Óptica no Cabo

Tipo de Fibra Óptica Requisitos Específicos da Fibra Óptica

MM SM NZD DS

Atenuação óptica x x x x

Descontinuidade óptica x x x x

Dispersão cromática - x x x

Largura de banda x - - -

Dispersão dos modos de polarização (PMD) - x x x

Comprimento de onda de corte - x x x

Diâmetro da casca x x x x

Diâmetro da fibra multimodo x - - -

Diâmetro do campo modal - x x x

Não circularidade da casca x x x x

Erro de concentricidade fibra/revestimento x x x x

Erro de concentricidade núcleo/casca x - - x

Erro de concentricidade campo modal/casca - x x x

Força de extração do revestimento x x x x

Ciclo térmico na fibra óptica tingida x x x x

Ataque químico à fibra óptica tingida x x x x

8.2 Requisitos Específicos dos Cabos OPGW Os requisitos específicos a serem avaliados para a certificação dos cabos OPGW devem ser: a) Ciclo Térmico b) Deformação na fibra por tração no cabo c) Tração no Cabo b) Compressão c) Torção

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d) Raio mínimo de Curvatura e) Puxamento pela Polia f) Vibração g) Fluência h) Pressurização i) Tração no Elemento Metálico j) Protuberâncias e reentrâncias no tubo k) Penetração de umidade l) Carga de Ruptura do Cabo m) Escoamento do composto de enchimento n) Estabilidade Eletrolítica o) Estabilidade Térmica p) Curto-Circuito q) Resistência Elétrica r) Descarga Atmosférica 9. Certificação 9.1 Condições Mínimas para Certificação A certificação dos cabos OPGW deve ser limitada por: a) máxima capacidade de fibras ópticas da família de cabos submetida ao processo de certificação; b) máxima capacidade de fibras ópticas da unidade básica da família de cabos submetida ao processo de certificação; c) tipo de proteção do grupo de fibras (Tubo Único Dielétrico, Tubo Único Metálico, Espaçador Ranhurado, Tubos Dielétricos Encordoados). 9.2 Amostragem para o Cabo OPGW 9.2.1 Para a realização dos ensaios de conformidade em cabos OPGW o fornecedor deve apresentar uma amostra de cabo contendo no mínimo 1300 m de comprimento. 9.2.2 Deve ser apresentada uma amostra por família de cabos limitada à capacidade máxima de fabricação do interessado. 9.2.3 A amostragem de fibras ópticas para teste deverá seguir a quantidade especificada na tabela 10.

Tabela 10 – Amostragem Mínima de Fibras Ópticas no Cabo

Ensaios Amostragem

Atenuação óptica

Descontinuidade óptica

Uniformidade de atenuação óptica

Impacto

100% das fibras

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Ciclo térmico no cabo

Demais ensaios

Uma fibra óptica por grupo

10. Identificação da Homologação A marcação do selo Anatel e a identificação do código de homologação e do código de barras deverão ser apresentadas na embalagem externa do produto (bobina), em conformidade com o disposto no artigo 39 do Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos para Telecomunicações, aprovado pela Resolução 242, de 30.11.2000. Adicionalmente, poderão ser utilizados meios de impressão gráfica nos catálogos dos produtos ou na documentação técnica pertinente.

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ANEXO I

Características das Fibras Ópticas no Cabo para Projeto de Enlaces Ópticos

1) Coeficiente de atenuação da fibra óptica tipo multimodo índice gradual

I - O coeficiente de atenuação da fibra óptica multimodo deve ser especificado pelo comprador.

II - De acordo com o coeficiente de atenuação medido, a fibra óptica multimodo pode ser classificada conforme apresentado na tabela A.

Tabela A – Coeficiente de Atenuação da Fibra Óptica MM

Diâmetro do Núcleo (µm)

Comprimento de Onda (nm)

Classe Coeficiente de Atenuação

Máximo (dB/km)

A 2,5 850

B 3,0

A 0,6 50

1300 B 1,0

A 2,8 850

B 3,0

A 0,7 62,5

1300 B 1,2

III - Método de ensaio conforme norma NBR 13491.

2) Coeficiente de atenuação da fibra óptica monomodo

I – O coeficiente de atenuação da fibra óptica monomodo deve ser especificado pelo comprador.

II - De acordo com o coeficiente de atenuação medido, a fibra óptica pode ser classificada conforme apresentado na tabela B para fibra monomodo, e tabela C para fibras DS ou NZD.

Tabela B – Coeficiente de Atenuação da Fibra Óptica SM

λ = 1310 nm λ = 1550 nm

Classe Coeficiente de Atenuação Máximo (dB/km)

Classe Coeficiente de Atenuação Máximo (dB/km)

A 0,34 A 0,20

B 0,36 B 0,22

C 0,40 C 0,24

D maior que 0,40 D maior que 0,24

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Tabela C – Coeficiente de Atenuação da Fibra Óptica DS ou NZD

Classe Coeficiente de Atenuação Máximo em 1550 nm

(dB/km)

A 0,21

B 0,23

C 0,25

D Maior que 0,25 III - Método de ensaio conforme norma NBR 13491.

3) Tensão mecânica constante (Proof Test):

I - A fibra óptica deve ser submetida ao ensaio de tensão mecânica constante (Proof Test) e enquadrada em uma das classes definidas na tabela D.

Tabela D - Classe de Tensão Mecânica Constante ( Proof Test )

Classe Tensão (GPa) Deformação na Fibra (%)

1 0,35 0,5

2 0,49 0,7

3 0,70 1,0

4 1,05 1,5

5 1,40 2,0 II - A classe mínima de tensão mecânica constante (Proof Test) deve ser enquadrada na classe 1.

III - Método de ensaio conforme norma NBR 13503.