norma abnt nbr brasileira 13212 - ceama.mpba.mp.br

28
© ABNT 2004 Posto de serviço – Construção de tanque atmosférico subterrâneo em resina termofixa reforçada com fibras de vidro, de parede simples ou dupla Service station - Simple or double wall glass-fiber-reinforced thermoset resin underground storage tank Palavras-chave: Posto de serviço. Tanque. Resina Descriptors Service station. Tank. Resin ICS 75.200 Número de referência ABNT NBR 13212:2004 24 páginas NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 13212 Segunda edição 30.04.2004 Válida a partir de 31.05.2004

Upload: others

Post on 16-Oct-2021

15 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

© ABNT 2004

Posto de serviço – Construção de tanqueatmosférico subterrâneo em resina termofixareforçada com fibras de vidro, de paredesimples ou dupla

Service station - Simple or double wall glass-fiber-reinforced thermosetresin underground storage tank

Palavras-chave: Posto de serviço. Tanque. ResinaDescriptors Service station. Tank. Resin

ICS 75.200

Número de referênciaABNT NBR 13212:2004

24 páginas

NORMABRASILEIRA

ABNT NBR13212

Segunda edição30.04.2004

Válida a partir de31.05.2004

Page 2: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

ii © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

© ABNT 2004Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode serreproduzida ou utilizada em qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia emicrofilme, sem permissão por escrito pela ABNT.

Sede da ABNTAv. Treze de Maio, 13 – 28º andar20003-900 – Rio de Janeiro – RJTel.: + 55 21 3974-2300Fax: + 55 21 [email protected]

Impresso no Brasil

Page 3: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados iii

Sumário Página

Prefácio .............................................................................................................................................................. iv1 Objetivo ..................................................................................................................................................12 Referências normativas........................................................................................................................13 Definições ..............................................................................................................................................24 Construção.............................................................................................................................................35 Pressão de trabalho ..............................................................................................................................86 Ensaios de qualificação........................................................................................................................87 Ensaios de produção ..........................................................................................................................138 Documentação, identificação e ficha de acompanhamento do tanque.........................................159 Instalação do tanque...........................................................................................................................16Anexo A (normativo) Método para determinação da composição de laminados .......................................17Anexo B (normativo) Ficha de acompanhamento do tanque........................................................................19Anexo C (normativo) Tubo de sucção feito com resina termofixa reforçada com fibras de vidro ...........20Anexo D (normativo) Figuras............................................................................................................................21

Page 4: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

iv © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização.As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dosOrganismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias(ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setoresenvolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR 13212 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Petróleo (ABNT/ ONS-34), pelaComissão de Estudo de Distribuição e Armazenamento de Combustíveis (CE–34:000.04). O Projeto circulouem Consulta Pública conforme Edital nº 10 de 31.10.2003, com o número Projeto NBR 13212.

Esta Norma substitui a ABNT NBR 13212:2001.

Esta Norma contém os anexos A a D, de caráter normativo.

Page 5: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 1

Posto de serviço – Construção de tanque atmosféricosubterrâneo em resina termofixa reforçada com fibras de vidro,de parede simples ou dupla

1 Objetivo

Esta Norma estabelece as exigências mínimas para fabricação de tanques cilíndricos de parede simples oudupla, construídos em resina termofixa reforçada com fibras de vidro, para instalação subterrânea emposição horizontal, operando à pressão atmosférica, destinados ao armazenamento de combustíveis líquidosde postos revendedores, postos de abastecimento e instalação de sistema retalhista.

Os tanques devem ter capacidade nominal de 10 000 L, 15 000 L, 20 000 L, 30 000 L, 45 000 L ou 60 000 L,podendo ser compartimentados.

O tanque com capacidade nominal de 10 000 L não pode ser instalado em posto revendedor.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituemprescrições para esta Norma. As edições indicadas estavas em vigor no momento desta publicação. Comotoda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta queverifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNTpossui a informação das normas em vigor em um dado momento.

ABNT NBR 9629:1986 - Plásticos rígidos - Determinação da dureza tipo barcol – Método de ensaio

ABNT NBR 13781:2001 - Posto de serviço - Manuseio e instalação de tanque subterrâneo de combustíveis

ABNT NBR 13785:2003 - Posto de serviço - Construção de tanque atmosférico de parede dupla, jaquetado

ASTM A 36:2003 - Standard specification for carbon structural steel

ASTM A 105:2003 - Standard specification for carbon steel forgings for piping applications

ASTM A 283:2003 - Standard specification for low and intermediate tensile strength carbon steel plates

ASTM A 307:2003 - Standard specification for carbon steel bolts and studs, 60 000 psi tensile strength

ASTM A 563:2004 - Standard specification for carbon and alloy steel nuts

ASTM B 134:2001 - Standard specification for brass wire

ASTM B 584:2000 - Standard specification for copper alloy sand castings for general applications

ASTM B 633:1998 - Standard specification for electrodeposited coatings of zinc on iron and steel

Page 6: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

2 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

ASTM D 256:2003 - Standard test methods for determining the izod pendulum impact resistance ofplastics

ASTM D 471:1998 - Standard test method for rubber property-effect of liquids

ASTM D 790:2003 - Standard test methods for flexural properties of unreinforced and reinforced plasticsand electrical insulating materials

ASTM D 1193:1999 - Standard specification for reagent water

ASTM D 2000:2003 - Standard classification system for rubber products and automotive applications

ASTM D 2412:2002 - Standard test Method for determination of external loading characteristics of plasticpipe by parallel-plate loading

ASTM G 152:2000 - Standard practice for operating open flame carbon arc light apparatus for exposure ofnonmetallic materials

DIN 2440:1987 - Steel tubes medium-weight suitable for screwing

UL 58 - Steel underground tanks for flammable and combustible liquids

UL 1316 - Glass-fiber-reinforced plastic underground storage tanks for petroleum products, alcohol’s, andalcohol-gasoline mixtures

SAE J434:1986 - Automotive ductile (nodular) iron castings

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 berço: Apoio de sustentação temporário para impedir o contato do costado do tanque com qualquersuperfície, durante o transporte e manuseio.

3.2 boca-de-visita: Abertura localizada na geratriz superior do tanque, que permite o acesso ao seuinterior.

3.3 cava: Depressão no terreno provocada artificialmente com a finalidade de instalação do tanque.

3.4 costado: Parte que forma a estrutura cilíndrica do tanque.

3.5 cupom: Laminado extraído do tanque, para condicionamento e posterior retirada de corpos-de-prova.

3.6 disco de compartimento: Disco plano em resina termofixa reforçada com fibras de vidro que divide otanque em compartimentos estanques.

3.7 fibras de vidro: Fibras inorgânicas de vidro tipo E, com tratamento superficial específico para resinastermofixas.

3.8 instalação de sistema retalhista: Instalação com sistema de tanques para o armazenamento de óleodiesel ou óleo combustível ou querosene iluminante, destinada ao exercício da atividade de transportadorrevendedor retalhista.

3.9 interstício: Espaço entre as paredes interna e externa dos tanques de parede dupla, que permite omonitoramento de eventual vazamento.

3.10 laminado: Conjunto de camadas de resina termofixa reforçada com fibra de vidro, que formam ocostado cilíndrico, os tampos, as nervuras e os discos de compartimento dos tanques.

Page 7: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 3

3.11 laminado interno: Camada da parede que mantém contato direto e permanente com o combustível.Os discos de compartimento trabalham imersos e por isso têm dois laminados internos, um em cadasuperfície.

3.12 laminado de referência: Laminado com dimensões mínimas de 400 mm por 400 mm, extraído dotanque, feito pelo mesmo processo e com as mesmas matérias-primas usadas para fazer o costado e ostampos.

3.13 posto de abastecimento: Instalação que possui equipamentos e sistemas para o armazenamento decombustível automotivo, com registrador de volume apropriado para o abastecimento de equipamentosmóveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas, e cujos produtos sejamdestinados exclusivamente ao uso do detentor das instalações ou de grupos fechados de pessoas físicas oujurídicas, previamente identificadas e associadas em forma de empresas, cooperativas, condomínios, clubesou assemelhados.

3.14 posto revendedor: Instalação onde se exerce a atividade de revenda varejista de combustíveislíquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos, dispondo deequipamentos e sistemas para armazenamento de combustíveis automotivos e equipamentos medidores.

3.15 rigidez circunferencial: Grandeza que expressa a resistência de estruturas cilíndricas à ovalizaçãoprovocada por cargas diametrais de compressão.

3.16 resina termofixa: Composto orgânico que passa do estado líquido ao estado sólido por meio deinterligação molecular.

3.17 tampa da boca-de-visita: Flange cego que permite a instalação de conexões.

3.18 tampo: Disco externo que compõe a extremidade da estrutura cilíndrica do tanque.

3.19 tanque compartimentado: Tanque com um ou mais compartimentos divididos por um disco interno,no mínimo.

3.20 tubo de referência: Tubo com comprimento mínimo de 300 mm, feito pelo mesmo processo e com asmesmas matérias-primas usadas para fazer o tubo de sucção.

3.21 véu de superfície: Manta fina, com peso entre (25 e 35) g/m2, feita de fibras poliméricas ou de vidro,que forma o laminado interno depois de impregnado pela resina termofixa.

4 Construção

4.1 Capacidade e dimensões

A capacidade nominal do tanque e suas dimensões encontram-se na tabela 1.

A capacidade real não deve ser menor que a capacidade nominal.

A capacidade real não deve ultrapassar 1% da capacidade nominal.

4.2 Tanque e disco de compartimento

O tanque de parede simples, os discos de compartimento e a parede interna do tanque de parede dupla,devem ser construídos com fibras de vidro e resina termofixa qualificada conforme UL 1316. A paredeexterna do tanque de parede dupla deve ser construída com fibra de vidro e resina termofixa com as mesmascaracterísticas e especificações das utilizadas na fabricação da jaqueta conforme a ABNT NBR 13785.

Page 8: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

4 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

4.3 Compartimento

A espessura do disco de compartimento não deve ser inferior à espessura nominal do costado. Deve serlaminada uma chapa no centro, em lados opostos do disco de compartimento conforme figura D.1.

4.4 Anel de reforço - Tanque de 60 000 L pleno

Para a configuração do tanque de 60 000 L pleno (sem compartimento), deve ser instalado um anel dereforço no centro do tanque, fabricado e montado conforme figura D.2.

A espessura do anel de reforço não deve ser inferior à espessura nominal do costado.

4.5 Laminados

4.5.1 Os laminados das paredes em contato com o combustível devem atender às exigências dequalificação de 6.2.1 a 6.2.4.

4.5.2 O laminado da parede externa do tanque de parede dupla deve atender às exigências de qualificaçãoda jaqueta conforme a ABNT NBR 13785.

4.6 Acessórios

4.6.1 Chapa de desgaste

Uma chapa de desgaste de aço-carbono, especificação conforme ASTM A 283 Graus C e D ou ASTM A 36,deve ser fixada na face interna do costado, localizada na geratriz inferior, na projeção interna da conexão dedescarga de 4 pol de diâmetro. Esta chapa de desgaste deve ter no mínimo 4,75 mm de espessura ediâmetro mínimo de 150 mm, conforme figura D.3.

4.6.2 Alças de içamento

Devem ser previstas duas alças de içamento laminadas na geratriz superior do tanque, conforme figuras D.4e D.5.

O posicionamento deve ser definido em função do comprimento e compartimentos do tanque, de modo apermitir o içamento sem causar danos à sua estrutura.

4.6.3 Bujão/tampão

Deve ser colocado bujão/tampão provisório, em todas as conexões roscadas.

4.7 Material para construção e montagem

Na construção dos tanques devem ser utilizados os seguintes materiais:a) costado, tampos, discos de compartimento: em resina termofixa reforçada com fibras de vidro conforme

UL 1316;

b) acessórios em aço-carbono conforme uma das seguintes especificações: ASTM A 36 ouASTM A 283 Graus C e D;

c) luvas conforme o especificado em 4.8.4;

d) parafusos e prisioneiros devem estar de acordo com a ASTM A 307 grau B, porcas devem estar deacordo com a ASTM A 563 grau B, arruelas devem ser em aço-carbono; parafusos, prisioneiros, porcase arruelas devem ser galvanizados de acordo com a ASTM B 633 tipo II SC-3, aspecto brilhantebicromatizado;

Page 9: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 5

e) vedações da boca-de-visita devem ser de borracha nitrílica, conforme ASTM D 2000, que sejacompatível com a utilização dos combustíveis utilizados nos postos revendedores e postos deabastecimentos, e com espessura de 3,0 mm;

f) tubo de sucção em aço-carbono com dimensional DIN 2440 sem galvanização ou em resina conformeanexo C (ver figura D.6);

g) tampa da boca-de-visita e respectivos acessórios em aço-carbono conforme uma das seguintesespecificações: ASTM A 36 e ASTM A 283 Graus C e D ou em ferro fundido conforme especificaçãoSAE J434 grau D 5506.

4.8 Boca-de-visita

Os tanques devem ter uma boca-de-visita por compartimento, instalada na geratriz superior do costado.

A boca-de-vista deve ter dimensão conforme a figura D.7.

4.8.1 Tampa da boca-de-visita

A tampa da boca-de-visita e o posicionamento das conexões estão apresentados na figura D.7.

4.8.2 Vedação

A boca-de-visita e conexões removíveis devem possuir juntas de vedação com espessura de 3 mm e materialespecificado em 4.7-e) (ver figuras D.7 e D.8).

4.8.3 Conexões da boca-de-visita

As conexões de sucção, respiro e retorno, com diâmetro de 50 mm (2 pol), e a conexão de medição, comdiâmetro de 100 mm (4 pol), devem estar localizadas na tampa da boca-de-visita, conforme a figura D.7.

As luvas com DN 50 mm (2 pol) devem ser removíveis e montadas por meio de parafusos ou prisioneiros,conforme a figura D.8.

Os materiais das conexões removíveis (luva DN 50) devem ser ferro fundido, conforme SAE J434grau D 5506 (como peça única), ou aço-carbono forjado, conforme ASTM A 105.

A conexão de 100 mm (4 pol) deve ser meia luva, forjada para solda, material ASTM A 105, com diâmetroexterno de 140 mm, altura de 60 mm e rosca de 101,6 mm (4 pol).

As roscas das luvas devem ser BSP com 11 fios por polegada.

Os dimensionais e a fixação das luvas removíveis DN 50 devem ser conforme a figura D.8 e tabela 2.

Page 10: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

6 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

Tabela 1 - Capacidade e dimensões de tanque

Capacidade nominalL

Diâmetro nominal internomm

Comprimento nominal do tanquemm

10 000 2 000 3 570

15 000 2 000 5 240

15 000 1) 2 000 5 240

20 000 2 000 6 790

20 000 2) 2 000 6 790

30 000 2 500 6 650

30 000 3) 2 500 6 650

30 000 4) 2 500 6 650

30 000 5) 2 500 6 650

45 000 2 500 9 850

45 000 6) 2 500 9 850

45 000 7) 2 500 9 850

60 000 2 500 13 300

60 000 8) 2 500 13 300

60 000 9) 2 500 13 300

60 000 10) 2 500 13 300

1 ) Dois compartimentos de 7 500 L.2 ) Dois compartimentos de 10 000 L.3 ) Dois compartimentos de 15 000 L.4 ) Três compartimentos de 10 000 L.5 ) Um compartimento de 10 000 L e um de 20 000 L.6 ) Três compartimentos de 15 000 L.7 ) Um compartimento de 15 000 L e um de 30 000 L.8 ) Quatro compartimentos de 15 000 L.9 ) Três compartimentos de 20 000 L.10) Dois compartimentos de 30 000 L.

Tabela 2 - Dimensional da conexão de DN 50

Diâmetro nominalmm

A Bmm

Cmm

Dmm

50 DN 50 BSP 136 164 76

Page 11: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 7

4.8.4 Conexão de carga de produto

A conexão de carga de produto deve ser meia luva, com diâmetro de 100 mm (4 pol), e deve ser fixada nocostado, na geratriz superior do tanque, conforme a figura D.9. A posição deve ser oposta à da boca-de-visitacorrespondente ao mesmo compartimento.

A meia luva de carga deve ser forjada para solda, material ASTM A 105, com diâmetro externo de 140 mm,altura de 121 mm e rosca de 101,6 mm (4 pol) de diâmetro, BSP, montada com anel de reforço, comdiâmetro externo de 230 mm e espessura de no mínimo 4,76 mm, conforme figura D.9.

Ao lado da conexão, no costado do tanque deve ser inserida a seguinte frase de alerta:

- Tanque sem tubo de carga - Deve ser instalada válvula antitransbordamento ou tubo de carga removível.

Esta frase pode ser pintada ou escrita em adesivo afixado no tanque.

4.8.5 Tubo de sucção

O tubo de sucção deve possuir diâmetro de 50 mm (2 pol) e estar localizado na boca-de-visita, na quantidademínima de dois tubos de sucção por tampa, conforme a figura D.6.

O tubo deve ser rosqueado nas duas extremidades com rosca BSP. O comprimento do tubo deve ser tal quepermita um lastro correspondente a 100 mm de altura do fundo do tanque.

4.8.6 Filtro

Deve ter diâmetro de 50 mm.

Deve ser montado na extremidade inferior do tubo de sucção e vedado com vedante apropriado.

Deve ser constituído de um corpo na liga C 85 700 da ASTM B 584 e possuir uma tela fabricada com fio de0,24 mm de diâmetro na liga C 27 000 da ASTM B 134, com malha de 18 fios por polegada. O corpo devepossuir rosca interna BSP com 11 fios por polegada e DN 50 mm (2 pol).

4.9 Rigidez circunferencial de flexão - SN

A rigidez circunferencial de flexão (SN) do costado, medida conforme o item 6.2.6, deve ser maior que1,25 kPa.

4.9.1 Nervuras circunferenciais

A distância entre os centros das nervuras circunferenciais não deve exceder 500 mm.

4.10 Monitoramento do interstício

O tanque de parede dupla deve ter um interstício e meios para inserir e acomodar o sensor de vazamentos.O monitoramento de vazamento pode ser feito com o interstício seco ou úmido. O interstício deve abrangertoda a superfície externa da parede interna, para permitir monitoramento pleno em qualquer ponto.O interstício, assim como o sistema usado para inserir e acomodar o sensor, devem atender às exigências de4.10.1 e 4.10.2 .

4.10.1 Monitoramento com interstício seco

4.10.1.1 Interstício: Deve ser suficiente para coletar os líquidos provenientes do solo ou do interior dotanque e permitir a passagem deles até o sensor.

Page 12: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

8 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

4.10.1.2 Canal: O sensor deve ser inserido em uma das nervuras localizadas na extremidade do tanqueou no próprio costado, desde que o vacuômetro esteja instalado no lado oposto ao do monitoramento.No caso de nervura, esta deve ser oca e deve ter uma luva de 2” embutida na posição correspondente nageratriz superior do tanque.

4.101.3 Vacuômetro: Na extremidade oposta àquela em que estiver inserido o sensor, deve ser instalado umvacuômetro na posição correspondente na geratriz superior do tanque. Este vacuômetro deve ser removidoapós a instalação do tanque.

4.10.2 Monitoramento com interstício úmido

O tanque deve ser fornecido com líquido no interstício, para ser monitorado durante o transporte, manuseio einstalação. O interstício deve trabalhar completamente cheio e o nível do líquido deve permanecer dentro doslimites indicados no bujão de monitoramento.

4.10.3 Bujão de monitoramento

Deve ser localizado na geratriz superior do tanque e ter altura suficiente para permitir a atuação do sensor ouda régua manual de monitoramento do nível do líquido.

4.11 Ancoragem

Os locais de ancoragem devem ser marcados no costado e devem ter capacidade para suportar o empuxohidrostático na condição de tanque vazio e com a cava não aterrada.

5 Pressão de trabalho

A pressão de operação no interior do tanque deve estar entre - 34 kPa (- 5 psig) e + 34 kPa (+ 5 psig).

6 Ensaios de qualificação

Os ensaios de qualificação devem ser feitos apenas uma vez, em tanques ou corpos-de-prova extraídos dotanque, para comprovar a adequação do projeto, das matérias-primas e do processo de produção.Em tanques de mesma espessura e diâmetro, os ensaios devem ser feitos no de maior comprimento.Os ensaios de qualificação devem ser repetidos todas as vezes que ocorrerem mudanças no projeto dotanque, nas matérias-primas, na composição dos laminados ou no processo de produção.

6.1 Ensaios realizados no tanque

Amostras representativas dos vários diâmetros devem ser ensaiadas conforme descrito em 6.1.1 a 6.1.7.

6.1.1 Ensaio com carga de água

O ensaio deve ser feito com o tanque na posição horizontal, completamente cheio de água, com um arco de90° apoiado sobre leito de areia. O tanque deve permanecer nessa condição, completamente cheio, durante1 h, sem apresentar qualquer sinal de ruptura ou vazamento. Para tanques de parede dupla, este ensaiodeve ser efetuado com o espaço intersticial vazio, seguido do ensaio de estanqueidade, conforme descritoem 7.2.

6.1.2 Ensaio de resistência da alça de içamento

As alças de içamento montadas no tanque devem suportar durante 1 min, sem apresentar sinais de falhavisíveis a olho nu, nelas ou no tanque, uma força igual a duas vezes o peso do tanque vazio. Depois deefetuado este ensaio deve-se executar o ensaio de estanqueidade conforme descrito em 7.2.

Page 13: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 9

6.1.3 Ensaio de pressão interna

O ensaio é feito com o tanque na posição horizontal, completamente cheio de água, com um arco de 90°apoiado sobre leito de areia. Os tanques de diâmetro igual ou menor que 3 m devem ser pressurizados com172 kPa (25 psi) e os de diâmetro maior que 3 m devem ser pressurizados com 103 kPa (15 psi), durante1 min, sem romper. Nos tanques compartimentados, os compartimentos devem ser pressurizadossimultaneamente.

6.1.4 Ensaios do interstício

6.1.4.1 Ensaio com vácuo

Deve ser aplicado vácuo de - 11 kPa (- 1,5 psi) no espaço intersticial durante 24 h. Após este período ovácuo deve ser aumentado para - 3 psi e mantido por 1 min, sem que ocorra ruptura. Em seguida deve-seefetuar o ensaio de estanqueidade, conforme descrito em 7.2.

6.1.4.2 Ensaio com pressão

Durante esse ensaio, o tanque interno deve ser mantido pressurizado com 34,5 kPa (5 psi). O ensaio é feitoaplicando pressão pneumática de 20 kPa (3 psi) no espaço intersticial durante 24 h. Após este período, apressão deve ser aumentada para 34,5 kPa (5 psi) e mantida por 1 min, sem que ocorra ruptura. Em seguidadeve-se efetuar o ensaio de estanqueidade, conforme descrito em 7.2.

6.1.5 Torque

Quando instalada no costado, a conexão do tubo de carga deve resistir a um torque de 430 N.m semapresentar evidência de danos. Em seguida deve-se efetuar o ensaio de estanqueidade, conforme descritoem 7.2.

6.1.6 Momento fletor

A conexão do tubo de carga instalada no costado deve resistir a um momento fletor igual a 2 700 N.m, semapresentar evidência de danos ou descolamento entre ela e o costado. O momento fletor deve ser aplicadoprimeiro na direção axial e depois na direção circunferencial. Em seguida deve-se efetuar o ensaio deestanqueidade, conforme descrito em 7.2.

6.1.7 Pressão externa

O ensaio de pressão externa deve ser feito em tanque vazio, instalado como especificado naABNT NBR 13781 para condições de cava inundada. O ensaio é feito inundando a cava com água até aaltura de 1 m acima da geratriz superior. O tanque deve permanecer nessa condição durante 24 h. Após esseperíodo e ainda com a cava inundada, ele deve ser submetido a um vácuo de 18 kPa durante 1 min.Em seguida o tanque deve ser desenterrado e passar pelo ensaio de estanqueidade, conforme descrito em7.2.

6.2 Ensaios em corpos-de-prova

Os ensaios descritos em 6.2.1 a 6.2.6 devem ser feitos em cupons cortados diretamente do costado dostanques internos. Os cupons devem medir no mínimo 190 mm por 230 mm e devem ser retirados do tanque,de modo a apresentar a menor curvatura possível, ou seja, a dimensão 190 mm deve ser paralela à direçãocircunferencial e a de 230 mm deve ser cortada paralelamente ao eixo do costado. Cada cupom retirado deveser partido em dois, um medindo 65 mm por 230 mm e o outro 125 mm por 230 mm. Estes cupons devem serdevidamente marcados e identificados. O cupom de 65 mm por 230 mm deve ser usado para os ensaiossem condicionamento e o outro deve ser condicionado como exigido para cada ensaio.

Page 14: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

10 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

As propriedades de flexão devem ser determinadas em cinco corpos-de-prova extraídos paralelamente aolado de maior dimensão do cupom. Os corpos-de-prova devem ser ensaiados para determinar o módulo deflexão e a resistência à flexão, conforme ASTM D 790, com velocidade transversal de 2,5 mm/min e com olaminado interno virado para baixo.

A resistência ao impacto deve ser determinada em cinco corpos-de-prova extraídos paralelamente ao lado demaior dimensão do cupom. Devem ser ensaiados conforme ensaio Izod de resistência ao impacto, descritona ASTM D 256.

6.2.1 Envelhecimento em estufa

Três cupons devem ser condicionados em estufa com circulação de ar a uma temperatura de 70°C, durante30, 90 e 180 dias respectivamente. Os corpos-de-prova extraídos dos cupons condicionados como descritodevem ser submetidos aos ensaios de flexão e de impacto conforme descrito em 6.2.

O laminado ensaiado deve ser considerado satisfatório se atender às seguintes condições:

a) os corpos-de-prova condicionados durante 180 dias devem reter no mínimo 80% das propriedadesoriginais de flexão e de impacto;

b) os valores obtidos para propriedades de flexão e de impacto, medidos após os períodos decondicionamento indicados, devem ser extrapolados para 270 dias usando a técnica dos mínimosquadrados. O valor obtido nessa extrapolação deve ser no mínimo 80% das propriedades originaiscorrespondentes. Se a extrapolação indicar retenção inferior a 80%, outro cupom deve ser mantido naestufa durante 270 dias e reter no mínimo 80% do valor das propriedades originais.

6.2.2 Ensaio de imersão

Cupons condicionados por imersão, conforme descrito em 6.2.2.2, devem ser ensaiados para propriedadesde flexão e de impacto como indicado em 6.2. Os laminados ensaiados são considerados satisfatórios seatenderem às condições descritas a seguir:

a) as propriedades medidas nos cupons condicionados durante 180 dias em fluidos do tipo A devem reterpelo menos 50% dos valores originais encontrados em cupons não condicionados;

b) as propriedades medidas nos cupons condicionados durante 180 dias em fluidos tipo B devem reter pelomenos 30% dos valores originais encontrados em cupons não condicionados;

c) após 180 dias de imersão, nenhum corpo-de-prova deve apresentar evidência de bolhas, trincas,rachaduras ou qualquer outro tipo de dano;

d) os valores medidos para as propriedades, após os períodos de condicionamento de 30, 90 e 180 diasem fluidos tipo A, devem ser extrapolados para 270 dias, usando a técnica dos mínimos quadrados.Esta extrapolação deve ser feita para cada um dos fluidos tipo A, e os valores extrapolados devem sersuperiores a 50% dos originais medidos nos cupons não condicionados. Caso isto não ocorra, osensaios devem ser repetidos em cupons imersos durante 270 dias nos fluidos onde esta exigência nãotenha sido atendida, e devem reter pelo menos 50% dos valores originais encontrados em cupons nãocondicionados.

6.2.2.1 Classificação dos líquidos de imersão

O líquido de imersão é classificado como A ou B de acordo com o seguinte critério:

- tipo A: líquidos que representam os combustíveis mais comuns a serem armazenados, bem como acondição extrema do solo externo;

Page 15: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 11

- tipo B: líquidos mais agressivos do que aqueles normalmente armazenados.

6.2.2.2 Condicionamento por imersão

Os cupons devem ser submersos nos líquidos mostrados na tabela 3, por 30, 90 e 180 dias. Os líquidosdevem ser mantidos a temperatura de 38°C durante o condicionamento. As arestas dos cupons devem serseladas com a mesma resina termofixa usada para fazer os cupons. Os ensaios de flexão e de impactodescritos em 6.2 devem ser feitos em corpos-de-prova extraídos dos cupons condicionados por imersão.

6.2.3 Resistência a impacto em baixa temperatura

Quatro cupons devem ser condicionados por 16 h a – 29°C. Estes cupons e mais quatro não condicionadossão engastados, um de cada vez, entre dois anéis de aço de diâmetro interno de 110 mm. Uma esfera de açode 0,5 kg deve cair em queda livre, de uma altura de 1,8 m, sobre os cupons engastados nos anéis e com olaminado interno voltado para baixo.

Nenhum cupom deve apresentar sinais de ruptura. Trincas superficiais são aceitáveis.

6.2.4 Resistência à exposição à luz e água

Os cupons são condicionados por exposição à luz e à água durante 180 h e 360 h, de acordo com aASTM G 152, usando equipamento tipo D ou DH. Durante cada ciclo operacional de 120 min, os corpos-de-prova devem ser expostos somente à luz por 102 min e 18 min à luz e água. Os laminados são consideradossatisfatórios se as propriedades de flexão e a resistência ao impacto, medidas conforme 6.2 em corpos-de-prova extraídos dos cupons condicionados, forem maiores que 80% das originais, medidas em corpos-de-prova não condicionados.

6.2.5 Composição

A composição dos laminados dos tampos, do costado, dos discos de compartimento e das nervuras deve serdeterminada conforme o anexo A. Os teores de fibras e de resina devem estar de acordo com asespecificações do fabricante do tanque.

Page 16: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

12 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

Tabela 3 - Líquidos para condicionamento

Tipo A Tipo B

Gasolina com chumbo6)

premium

Gasolina regular sem6)

chumbo

Óleo combustível Nº. 26)

Combustível de referência C(ASTM D 471)

Acido sulfúrico (PH=3)6)

Cloreto de sódio saturado6)

Óleo combustível nº 655),6)

Etanol ( 100%)

10% etanol - 90% combustível C

15% etanol - 85% combustível C

30% etanol - 70% combustível C

50% etanol - 50% combustível C

Metanol (100%)

15% metanol - 85% combustível C

50% metanol - 50% combustível C

Tolueno

Água destilada1)

oudesionizada

2)

Acido clorídrico (5%)3),6)

Acido nítrico (5%)3), 6)

Solução de carbonato desódio – Bicarbonato de sódio(pH = 12)

4),6)

Solução de hidróxido de sódio(pH = 12)

6)

NOTA Parâmetros de ensaios, como temperatura e concentração média, foram aumentados severamentesobre as condições normais de operação, para obter uma deterioração do tanque num período razoável detempo. Este ensaio acelerado pode não resultar em uma correlação direta com a performance real de serviço,entretanto o método de ensaio resulta em dados comparativos para julgamento, simulando o tempo de serviço emoperação esperado.

Combustível de referência C é descrito na ASTM D 471.1)

Água destilada com teor máximos de sólidos de 2,0 ppm e uma condutividade elétrica máxima de 5,0 µΩ/cma 25°C, como descrito para reagentes em água tipo IV da ASTM D 1193.2)

Água desionizada tendo uma condutividade máxima de 5,0 µΩ/cm a 25°C, como descrito para reagentes emágua Tipo IV da ASTM D 1193.3)

Porcentagem por peso.4)

O pH 10 é obtido misturando 10,6 g/L de carbonato de sódio e 8,4 g/L de bicarbonato de sódio. Um medidorde pH deve ser usado e a faixa de carbonato de sódio e bicarbonato de sódio deve ser ajustada segundo ovalores requeridos. O pH deve ser verificado várias vezes durante o ensaio.5)

Ensaiar somente quando for necessário e na temperatura especificada pelo fabricante.6)

Amostras do corpo-de-prova que somente foram submetidas aos ensaios de rigidez de flexão e módulo deflexão, conforme 6.2.6.

6.2.6 Rigidez circunferencial de flexão – SN

A rigidez circunferencial de flexão deve ser determinada conforme ASTM D 2412, em corpo-de-provaextraído do tanque e com uma nervura na parte central. O comprimento do corpo-de-prova deve ser igual àdistância entre os centros das nervuras. O tanque é considerado satisfatório se a rigidez obtida no ensaio forsuperior a 1,25 kPa.

A rigidez circunferencial de flexão é obtida pela expressão:

t

P

. 2 Ø .

SN =

Onde:

SN é a tensão de compressão circunferencial (rigidez circunferencial de flexão);

P é a pressão externa;

Page 17: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 13

Ø é o diâmetro interno do tanque, em metros;

t é a espessura da parede do tanque.

Se não houver equipamento capaz de executar este ensaio, a rigidez SN pode ser calculada teoricamentepela teoria de laminados usando a expressão:

Pc = 2 . Y . Ē . Ø3t3

Onde:

Pc é a pressão crítica;

Y é o coeficiente de ajuste empírico (0,7);

Ē é o modulo de flexão do material;

t é a espessura da parede do tanque;

Ø é o diâmetro interno do tanque, em metros.

7 Ensaios de produção

Os ensaios de inspeção da fabricação devem ser feitos em todos os tanques.

7.1 Defeitos visuais

Quando inspecionados visualmente, os laminados do costado, dos tampos e das nervuras devem teraparência igual, ou melhor, que a do laminado de referência mantido pelo fabricante e aceito pelo compradorcomo representativo de qualidade visual aceitável. Os defeitos visuais podem ser reparados para atender àsexigências desta Norma.

7.2 Estanqueidade

7.2.1 Tanque de parede simples

O tanque deve ser pressurizado com ar comprimido a uma pressão interna de 34 kPa. Os compartimentosdos tanques compartimentados devem ser pressurizados simultaneamente. O ensaio deve ser feito usando oseguinte método:

a) preparar uma solução formadora de bolhas com uma parte de detergente líquido, uma parte de glicerinae quatro e meia partes de água;

b) o tanque com todos os compartimentos pressurizados deve ser coberto com a solução descrita acima.A pressão deve ser mantida o tempo suficiente para que toda a superfície seja examinada;

c) se durante o ensaio for detectado algum vazamento, o tanque deve ser despressurizado, os defeitosdevem ser reparados e o ensaio repetido.

Page 18: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

14 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

7.2.2 Tanque de parede dupla

7.2.2.1 Estanqueidade das conexões e da parede externa

Deve ser realizado o ensaio aplicando pressão pneumática de 34,5 kPa (5 psi), primeiro nos compartimentosdo tanque interno e depois no interstício. Em seguida, a superfície externa do tanque deve ser coberta com aemulsão citada anteriormente para observar a formação de bolhas. A estanqueidade da parede externa éconfirmada pela ausência de borbulhamento.

As conexões são consideradas estanques se não borbulharem quando a pressão do interstício for removida.

7.3 Ensaio de vácuo interno

O tanque, fora da cava e sem qualquer apoio externo, deve suportar um vácuo calculado conforme aequação:

V= 5 Ø + 15

Onde:

V é o vácuo, em quilopascals;

Ø é o diâmetro, em metros.

7.4 Dureza Barcol

A dureza do laminado interno do cilindro, dos tampos e dos discos de compartimento deve ser superior a90% do valor correspondente à cura plena da resina. A dureza deve ser medida conforme aABNT NBR 9629. No costado devem ser feitas duas medições, em pontos diferentes, distando no mínimo 1m um do outro. Nos tampos e disco de compartimentos a dureza deve ser medida em pelo menos três pontosescolhidos arbitrariamente

7.5 Espessura

As espessuras interna e externa das paredes dos tanques de parede dupla, assim como a daqueles deparede simples, devem ser medidas com sensores magnéticos ou ultra-sônicos e devem ser iguais oumaiores que os valores indicados pelo fabricante. No costado devem ser feitas pelo menos duas mediçõespor metro de comprimento, em pontos diametralmente opostos. Nos tampos e nos discos de compartimentodevem ser feitas pelo menos três medições, uma no centro e as outras em pontos escolhidos arbitrariamente.

Após a realização destes ensaios, o tanque deve ser preparado para embarque. Essa preparação é feitacomo descrito a seguir:

a) interstício com monitoramento seco: o interstício deve ser mantido sob vácuo de 34,5 kPa até o tanqueser instalado;

b) interstício com monitoramento úmido: o interstício deve ser cheio com salmoura até a metade do bujãode monitoramento. Este nível deve ser observado e mantido até a instalação do tanque.

Page 19: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 15

8 Documentação, identificação e ficha de acompanhamento do tanque

8.1 Documentação

O fabricante deve fornecer um certificado de qualidade com o número do tanque e deve assegurar por cincoanos a rastreabilidade dos seguintes documentos:

a) certificado de qualidade e procedência de todas as matérias-primas utilizadas na fabricação do tanque;

b) certificado de ensaio e inspeção que ateste o atendimento de todas as exigências desta Norma;

c) tabela volumétrica do tanque.

O fabricante deve possuir uma sistemática operacional que comprove a utilização dos materiais componentesdo tanque, conforme especificado nesta Norma.

Os documentos comprobatórios, pertinentes aos materiais e processos usados na fabricação, devem estar àdisposição do comprador ou seu representante legal.

8.2 Identificação

8.2.1 Placa de identificação

Cada tanque deve possuir, obrigatoriamente, placa de identificação em aço inoxidável, contendo, de formavisível e legível, as seguintes informações:

a) norma de fabricação;

b) nome do fabricante/unidade fabril;

c) mês/ano de fabricação;

d) número de série;

e) volume de cada compartimento, em metros cúbicos (exemplo: 15, 30, 15/15, 15/15/30 etc.);

NOTA 1 A marcação do volume na placa de identificação deve iniciar-se pela boca-de-visita em que se encontra aplaca e ser na ordem dos compartimentos.

f) massa, quando vazio, em quilogramas;

g) construção: parede simples ou parede dupla.

A placa de identificação, com dimensões de 60 mm x 120 mm e tamanho de letra de 3 mm para asinscrições, deve ser fixada na tampa da boca-de-visita (ver figura D.7).

8.2.2 Informações do fabricante

Cada tanque deve ter informações do fabricante, pintadas ou coladas com papel embebido em resinatransparente com as seguintes informações:

a) pressão máxima de ensaio ... kPa;

b) manter o respiro desobstruído;

c) instalar conforme a ABNT NBR 13781;

d) não rolar ou deixar cair o tanque - movimentar com equipamento de guindar compatível com a carga;

Page 20: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

16 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

e) Cuidado – não encher o tanque, antes de aterrar até a geratriz superior;

f) pressão no interstício: 20 kPa (3 psig) máximo ou - 11 k Pa (- 1,5 psig) máximo.

8.3 Ficha de acompanhamento do tanque

Uma ficha de acompanhamento (ver anexo B) deve seguir com o tanque e ser preenchida pelo fabricante,pelo transportador, pelo instalador, pelo cliente e usuário, bem como deve ficar no local de instalação comodocumento de garantia.

Este documento deve obrigatoriamente acompanhar o tanque em todas as suas movimentações.

A instaladora deve obrigatoriamente entregar o original deste documento juntamente com a nota do serviçode instalação do tanque.

9 Instalação do tanque

A instalação do tanque deve atender à ABNT NBR 13781.

Page 21: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 17

Anexo A(normativo)

Método para determinação da composição de laminados

A.1 Determinação da composição de laminados

A.1.1 Aparelhagem

Para a execução do ensaio é necessária a seguinte aparelhagem:

a) mufla para temperatura de 700oC;

b) cadinhos de porcelana;

c) balança com resolução de 0,1 g ou melhor;

d) dessecador.

A.1.2 Ensaio

Cortar um pedaço de laminado com massa entre 5 g e 10 g.

Deixar um cadinho na mufla durante 15 min a 650°C.

Resfriar o cadinho no dessecador.

Pesar o cadinho e anotar a massa m 0.

Colocar o pedaço de laminado no cadinho e pesar o conjunto. Anotar a massa m 1 .

Deixar conjunto cadinho e corpo-de-prova na mufla a 650oC até completar a calcinação.

Resfriar no dessecador o cadinho contendo o resíduo da queima.

Em seguida pesar o conjunto e anotar a massa m 2 .

A.1.3 Cálculos

Os teores de resina e de vidro são calculados pelas expressões:

% resina =

m mm m

1 2

1 0

−−

x 100

% vidro = 100% – % resina

Page 22: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

18 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

A.1.4 Relatório

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) origem do laminado;

b) teores de vidro e de resina com aproximação de 1%;

c) data;

d) analista responsável pelo ensaio.

Page 23: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 19

Anexo B(normativo)

Ficha de acompanhamento do tanque

A – IDENTIFICAÇÃO DO TANQUEPREENCHIMENTO PELO FABRICANTEDATA DO EMBARQUE ___/___/___DATA DE FABRICAÇÃO___________________________N.º DA NOTA FISCAL _____________________________N.º DE SÉRIE DO FABRICANTE ____________________CAPACIDADE ___________________________________CLIENTE _______________________________________ASSINATURA ___________________________________

D – TRANSPORTE DO CLIENTE AO LOCAL DA INSTALAÇÃOPREENCHIMENTO PELO TRANSPORTADORDATA ___/___/___SISTEMA DE CARREGAMENTO ( ) MECÂNICO( ) MANUALAPARÊNCIA ( )SIM ( ) NÃORISCOS PROFUNDOS ( )SIM ( ) NÃOPARAFUSOS ( )SIM ( ) NÃOBUJÕES ( )SIM ( ) NÃOAPOIOS LATERAIS ( )SIM ( ) NÃOIDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO: TIPO:__________________

PLACA:___________________TRANSPORTADORA ASSINATURA __________________________________________

B – TRANSPORTE DO FABRICANTE AO CLIENTEPREENCHIMENTO PELO TRANSPORTADORDATA _____/_____/_____SISTEMA DE ( ) MECÂNICO ( ) MANUALCARREGAMENTOAPARÊNCIA ( ) SIM ( ) NÃORISCOS PROFUNDOS ( ) SIM ( ) NÃOPARAFUSOS ( ) SIM ( ) NÃOBUJÕES ( ) SIM ( ) NÃOAPOIOS LATERAIS ( ) SIM ( ) NÃOIDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO: TIPO: ________________

PLACA:________________TRANSPORTADORA __________________________ASSINATURA __________________________

E – RECEBIMENTO NO LOCAL DA INSTALAÇÃOPREENCHIMENTO PELO USUÁRIODATA ___/___/___RAZÃO SOCIAL DOP.S.:________________________________________EQUIPAMENTO USADO PARA MOVIMENTAÇÃOSISTEMA DE CARREGAMENTO ( ) MECÂNICO ( ) MANUALAPARÊNCIA ( )SIM ( ) NÃORISCOS PROFUNDOS ( )SIM ( ) NÃOBUJÕES ( )SIM ( ) NÃOAPOIOS LATERAIS ( )SIM ( ) NÃOASSINATURA ___________________________________________

C – RECEBIMENTO NO DEPÓSITO DO CLIENTEPREENCHIMENTO PELO CLIENTEDATA ___/___/___SISTEMA DE ( ) MECÂNICO ( ) MANUALCARREGAMENTOAPARÊNCIA ( ) SIM ( ) NÃORISCOS PROFUNDOS ( ) SIM ( ) NÃOPARAFUSOS ( ) SIM ( ) NÃOBUJÕES ( ) SIM ( ) NÃOAPOIOS LATERAIS ( ) SIM ( ) NÃOSISTEMA DE ARMAZENAMENTO_________________ASSINATURA _____________________________

F – INSTALADORPREENCHIMENTO PELO INSTALADORDATA ___/___/___RAZÃO SOCIAL DO INSTALADOR: ________________________

APARÊNCIA ( )SIM ( ) NÃORISCOS PROFUNDOS ( ) SIM ( ) NÃOPARAFUSOS ( ) SIM ( ) NÃOBUJÕES ( ) SIM ( ) NÃOAPOIOS LATERAIS ( ) SIM ( ) NÃOEM CONDIÇÕES DE ( ) SIM ( ) NÃOINSTALAÇÃOASSINATURA ___________________________________________

OBSERVAÇÕES:1. SIM - Em condições de aceitação.2. NÃO - Sem condições de aceitação; detalhar; se

necessário, utilizar o verso.3. Este documento deve obrigatoriamente

acompanhar o tanque em todas as suasmovimentações.

4. A INSTALADORA deve obrigatoriamente entregaro original deste documento juntamente com a notado serviço de instalação do tanque.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Logotipodo fabricante do tanque

Page 24: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

20 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

Anexo C(normativo)

Tubo de sucção feito com resina termofixa reforçada com fibras de vidro

C.1 Construção do tubo de sucção

O tubo deve ser construído com resina termofixa, fibras de vidro e aditivos necessários para processar essesmateriais. As superfícies interna e externa do tubo devem ser feitas com véu de superfície.

A resina termofixa deve ser a mesma usada para fazer a parede do tanque interno.

O tubo de sucção deve ter espessura maior que 3,0 mm, diâmetro externo igual a 50 mm e as extremidadesrosqueadas para ligar na conexão de sucção e na bomba de sucção. O comprimento do tubo de sucção deveser tal que o conjunto tubo e bomba diste no máximo 100 mm do fundo do tanque.

C.2 Inspeção

C.2.1 Inspeção visual: Quando inspecionados visualmente, os laminados dos tubos de carga ou de sucçãodevem ter aparência igual ou melhor que a do tubo de referência mantido pelo fabricante e aceito pelocomprador como representativo de qualidade visual aceitável. Os defeitos visuais podem ser reparados e ostubos reapresentados para inspeção.

C.2.2 Espessura: A espessura medida nas extremidades dos tubos, com paquímetro ou outro instrumento,deve ser maior que 3,0 mm.

C.2.3 Composição: A composição dos tubos deve ser determinada conforme o anexo A. Os teores defibras e de resina devem estar de acordo com as especificações do fabricante.

Page 25: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 21

Anexo D(normativo)

Figuras

Figura D.1 - Disco de compartimento

Figura D.2 - Anel de reforço

Page 26: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

22 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

Figura D.3 - Chapa de desgaste

Figura D.4 - Alça de içamento para tanques de 10 000 L, 15 000 L, 20 000 L ou 30 000 L

Figura D.5 - Alça de içamento para tanques de 45 000 L ou 60 000 L

Page 27: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

© ABNT 2004 Todos os direitos reservados 23

Figura D.6 – tubo de sucção e filtro

NOTA 1 É permitido o acréscimo de uma conexão adicional de 2”, alterando a disposição das conexões, sendonecessário manter a conexão de 4” na geratriz do tanque.

NOTA 2 É permitido fabricar a boca-de-visita conforme previsto na UL 58, devendo ser mantidas as dimensões dadesta figura.

Figura D.7 - Boca-de-visita

Page 28: NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 13212 - ceama.mpba.mp.br

ABNT NBR 13212:2004

24 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados

Figura D.8 – Luva removível de DN 50

Figura D.9 - Conexão de DN 100 - Carga de combustível