noÇÕes de orÇamento na construÇÃo civil

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LOBÃO CURSOS Gerenciamento da Construção Civil Curso de Mestre de Obras Módulo VI Contatos: Fone: (98) 8819-1118 / 8211-6676

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Page 1: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

LOBÃO CURSOS

Gerenciamento da Construção Civil

Curso de Mestre de Obras

Módulo VI

Contatos:

Fone: (98) 8819-1118 / 8211-6676

Page 2: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

1

SUMÁRIO

CONSIDERAÇÕES INICAIS .................................................................................... 4

NOÇÕES DE PROJETO-BÁSICO E PROJETO EXECUTIVO ................................ 6

MEMORIAL DESCRITIVO ..................................................................................... 7

NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ..................................... 7

ATRIBUTOS DO ORÇAMENTO ............................................................................. 9

APROXIMAÇÃO ..................................................................................................... 9

ESPECIFICIDADE ................................................................................................. 11

TEMPORALIDADE ............................................................................................... 11

ETAPAS DA ORÇAMENTAÇÃO .......................................................................... 12

ESTUDOS DAS CONDICIONANTES (CONDIÇÕES DE CONTORNO) ............. 12

COMPOSIÇÃO DE CUSTOS: ................................................................................ 12

FECHAMENTO DO ORÇAMENTO: ..................................................................... 13

FASES DO ORÇAMENTO ...................................................................................... 15

CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (CUB) ...................................................................... 15

ESTIMATIVA DE CUSTOS .................................................................................... 16

CUSTO DIRETO ...................................................................................................... 17

BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS – BDI ................................................... 19

CUSTO INDIRETO ................................................................................................ 19

LUCRO ................................................................................................................... 20

LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS .......................................................... 21

DIMENÇÕES ......................................................................................................... 21

DEMOLIÇÃO ......................................................................................................... 22

FÔRMA .................................................................................................................. 22

ARMAÇÃO ............................................................................................................ 24

ALVENARIA ......................................................................................................... 25

Page 3: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

2

QUANTIDADE DE BLOCOS E ARGAMASSA DE LEVANTE ........................... 26

CERÂMICA EXTERNA......................................................................................... 28

RODAPÉ CERAMICO ........................................................................................... 32

CONTRAPISO ........................................................................................................ 33

CONCRETO ........................................................................................................... 33

FORMA E VOLUME DE ESCADAS ..................................................................... 36

GESSO LISO .......................................................................................................... 37

IMPERMEABILIZAÇÃO ....................................................................................... 38

PINTURA ............................................................................................................... 39

TRAÇOS DE ARGAMASSA E CONCRETO ........................................................ 42

COBERTURA ........................................................................................................ 44

PERDAS .................................................................................................................... 46

COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS UNITÁRIOS ........................................................ 48

FONTES DE COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO .......................................... 51

MÃO-DE-OBRA ....................................................................................................... 52

ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS .......................................................... 52

FÓRMULA DE ENCARGOS COMPLEMENTARES ............................................ 54

CÁLCULO DOS DIAS TRABALHADOS POR ANO ............................................ 54

MATERIAIS ............................................................................................................. 55

Local e Condições de Entrega .................................................................................. 55

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .......................................................................... 56

CUSTO HORÁRIO TOTAL ................................................................................... 56

HORA PRODUTIVA E HORA IMPRODUTIVA ................................................... 57

CUSTOS DE PROPRIEDADE ............................................................................... 57

DEPRECIAÇÃO DO EQUIPAMENTO .................................................................. 57

VALOR DE AQUISIÇÃO ...................................................................................... 58

VIDA ÚTIL ............................................................................................................ 58

Page 4: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

3

VALOR RESIDUAL............................................................................................... 58

CUSTOS DE OPERAÇÃO ..................................................................................... 59

PNEUS .................................................................................................................... 59

COMBUSTÍVEL .................................................................................................... 59

MÃO DE OBRA DE OPERAÇÃO ......................................................................... 60

CUSTOS DE MANUTENÇÃO ............................................................................... 60

EQUIPAMENTO ALUGADO ................................................................................ 61

FAIXAS DE VALORES DO BDI ............................................................................. 62

PREÇO DE VENDA ................................................................................................. 63

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 65

ANEXO A .................................................................................................................. 67

ANEXO B .................................................................................................................. 74

Page 5: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

4

CONSIDERAÇÕES INICAIS

Antes de iniciar o assunto sobre orçamento é necessário que o profissional tenha

conhecimentos sobre alguns conhecimentos que antecedem este assunto. Serão

mostrados alguns conceitos e definições importantes para o entendimento dos

orçamentos e suas principais considerações.

Conforme a Lei nº 8.666/93 das Licitações e Contratos da Administração

Pública verifica-se alguns conceitos, como:

Obra – toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação,

realizada por execução direta ou indireta (art. 6º, I da Lei nº 8.666/93).

Serviço – toda atividade destinada a obter determinada utilidade de

interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação,

montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção,

transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-

profissionais (art. 6º, II da Lei nº 8.666/93).

Execução direta – a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração,

pelos próprios meios (art. 6º, VII da Lei nº 8.666/93).

Execução indireta – a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob

qualquer dos seguintes regimes, mencionados abaixo (art. 6º, VIII da Lei nº

8.666/93):

a) empreitada por preço global – quando se contrata a execução da obra ou

do serviço por preço certo e total;

b) empreitada por preço unitário – quando se contrata a execução da obra ou

do serviço por um preço certo de unidades determinadas;

c) tarefa – quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço

certo, com ou sem fornecimento de materiais; e

d) empreitada integral – quando se contrata um empreendimento em sua

integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e

instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua

entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os

requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança

estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades

para que foi contratada.

Page 6: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

5

Compra – toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só

vez ou parceladamente (art. 6º, III da Lei nº 8.666/93).

Obras, serviços e compras de grande vulto – aquelas cujo valor estimado

seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido de R$

1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) (art. 6º, V da Lei nº

8.666/93).

Administração Pública – a administração direta e indireta da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as

entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do

Poder Público e das fundações por ele instituídas ou mantidas (art. 6º, XI da

Lei nº 8.666/93).

Administração – órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a

Administração Pública opera e atua concretamente (art. 6º, XII da Lei nº

8.666/93).

Contratante – é o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual

(art. 6º, XIV da Lei nº 8.666/93).

Contratado – a pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a

Administração Pública (art. 6º, XV da Lei nº 8.666/93).

De acordo com a ABNT NBR 12721:2006, temos outras

considerações e conceitos a relatar, como:

Custo global da construção – valor mínimo que pode ser atribuído à

construção da edificação, calculada com a utilização do custo unitário

básico divulgado pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil

(SINDUSCON) da localidade correspondente ao padrão mais semelhante ao

do imóvel incorporado, e corresponde ao somatório dos seguintes itens:

a) Valor resultante da multiplicação desse custo unitário básico pelo

somatório de todas as suas áreas equivalentes à área de custo padrão.

b) Valor de todas as demais despesas não incluídas no cálculo do custo

unitário básico.

Custo unitário da construção – quociente da divisão do custo global da

construção pela área equivalente à área de custo padrão total.

Page 7: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

6

NOÇÕES DE PROJETO-BÁSICO E PROJETO EXECUTIVO

O projeto-básico é o conjunto de elementos necessários, detalhados e suficientes

para caracterizar a obra ou serviço, analisados e elaborados tecnicamente com base nos

estudos preliminares, adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e

que torne possível a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e prazos de

execução, devendo conter os seguintes elementos (art. 6º, IX da Lei nº 8.666/93):

documentos de tratamento ambiental com a respectiva licença ambiental

prévia, se necessário (art. 12, VII da Lei nº 8.666/93; Resolução CONAMA

nº 237/97);

projetos de arquitetura e engenharia com respectivos programas de

necessidades, estudos de viabilidade, desenhos e memoriais descritivos, de

forma a fornecer uma visão global da obra e todos os seus elementos

construtivos, minimizando reformulações futuras na fase executiva (art. 6º,

IX, “a” e “b” da Lei nº 8.666/93);

especificações dos tipos de serviços, de materiais e equipamentos do

empreendimento (art. 6º, IX, “c” da Lei nº 8.666/93);

cronograma Físico-financeiro do empreendimento, possibilitando o estudo e

deduções de métodos construtivos (Art. 40, XIV, “b”);

subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra,

compreendendo sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de

fiscalização e outros dados necessários em cada caso (art. 6º, IX, “e” da Lei

nº 8.666/93); e

orçamento detalhado do custo global da obra, elaborado mediante os

quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados (art. 6º,

IX, “f” e 7º, inc.2º, II da Lei nº 8.666/93).

Projeto executivo é o conjunto de elementos necessários e suficientes à execução

completa da obra de acordo com as normas pertinentes a Associação Brasileira de

Normas Técnicas – ABNT (art. 6º, X da Lei nº 8.666/93).

Para Mattos (2010, p. 32-33), projeto básico é uma evolução do anteprojeto que

já possui os elementos necessários para iniciar a elaboração do orçamento, especificação

e identificação dos serviços necessários para o empreendimento, já o projeto executivo,

na visão do mesmo autor, é o desenvolvimento do detalhamento do projeto básico, com

Page 8: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

7

a inclusão de todos os elementos necessários e suficientes para a execução da obra do

empreendimento.

As obras e serviços serão licitados mediante projeto devidamente autenticado e

diante da elaboração de planilhas orçamentárias que expressem as composições dos

preços unitários através de um orçamento detalhado (art. 7º, inc. 2º, I e II da Lei nº

8.666/93). Por isso, “é de fundamental importância a elaboração prévia do projeto do

empreendimento para possibilitar o cálculo adequado do preço de venda do serviço.

Sem projeto sem estimativa de custos” (DIAS, 2010, p.13).

MEMORIAL DESCRITIVO

O memorial descritivo discrimina a forma de execução de um empreendimento,

de modo a obter uma satisfatória conclusão, onde, são estabelecidos os procedimentos e

as condições técnicas mínimas para execução das obras e serviços (COÊLHO, 2011, p.

36), em outras palavras, é um tipo de resumo das especificações técnicas e é ao lado do

projeto básico um elemento fundamental na constituição do orçamento de uma obra. As

especificações técnicas descrevem, precisamente e detalhadamente, todo o material e

procedimentos adotados para a execução da obra (GONZÁLEZ, 2008, p. 11-12).

Segundo Coêlho (2011, p. 36), as informações essenciais ao empreendimento do

projeto deverão estar contidas no memorial descritivo, como por exemplo: endereço,

finalidade do projeto, planta de localização e situação do canteiro de obras, memorial de

cálculo, relação completa de material, entre outras. Contudo, a falta de sua existência

faz com que haja sérias dúvidas quanto ao processo e condições executivas do

empreendimento, levando até mesmo a interpretações errôneas e absurdas que nada têm

a ver com o projeto.

NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Independente da localização, recursos utilizados, prazo, clientes e tipo de

projeto, uma obra é uma atividade econômica e, como tal, a preocupação com os custos

começa cedo, ainda antes do inicio da obra ou serviço de engenharia, na fase de

orçamentação, quando é feita a determinação dos custos prováveis para sua execução.

Page 9: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

8

O primeiro passo de quem realiza uma obra ou serviço de engenharia é estimar o

quanto irá custar.

“...Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro

para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?” (Lc 14.28).

Orçamentação é o processo de determinação, enquanto o orçamento é o produto.

O ponto de partida para o sucesso de uma empresa e seu empreendimento é a

correta elaboração de um orçamento, pois é um elemento importante e disciplinador

para o planejamento e controle de obras de construção civil. Portanto, deve estar bem

elaborado e detalhado, organizado em planilhas orçamentárias confeccionadas pelo

orçamentista responsável.

O orçamento, na construção civil, envolve:

levantamento dos quantitativos dos serviços;

levantamento dos custos unitários;

custo global do investimento.

A elaboração do orçamento é um exercício de estimativas de custos,

basicamente um exercício de previsão, para que se obtenha o preço final de venda da

obra ou serviço de engenharia. Muitos variados são os itens que influenciam e

contribuem para o custo de um empreendimento.

A técnica orçamentária envolve a identificação, descrição, quantificação, análise

e valorização de uma grande série de itens, requerendo, portanto muita atenção e

habilidade com custos e impostos.

“Orçar não é um mero exercício de futurologia ou jogo de

adivinhação. Um trabalho bem executado, com critérios técnicos

bem estabelecidos, utilização de informações confiáveis e bom

julgamento do orçamentista, pode gerar orçamentos precisos,

embora não exatos, porque o verdadeiro custo de um

empreendimento é virtualmente impossível de se fixar de

antemão” (MATTOS, 2006, p. 22).

O orçamento é composto pelos custos diretos, custos indiretos e o lucro. Os

custos indiretos e o lucro são conhecidos como Benefícios de Despesas Indiretas – BDI.

Custos diretos – ligados diretamente aos insumos inerentes a execução da

obra e serviços.

Page 10: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

9

Custos indiretos – “despesas gerais não diretamente ligadas ao serviço

propriamente dito, mas de ocorrência inevitável.” (MATTOS, 2006, p. 62).

Lucro.

ATRIBUTOS DO ORÇAMENTO

Os principais atributos do orçamento são: aproximação, especificidade e

temporalidade.

APROXIMAÇÃO

Todo orçamento é aproximado, pois se baseia em estimativas e previsões. Estas

estimativas e previsões estão presentes e embutidas em diversos itens da planilha

orçamentária, como:

Mão-de-obra:

Produtividade das equipes – quando, por exemplo, se admite que um pedreiro

gasta 1,0 h para fazer 1,0 m² de alvenaria de bloco cerâmico, será por meio dessa

premissa que o total de mão-de-obra de alvenaria será calculado. A produtividade afeta

diretamente a composição de custo.

Encargos sociais e trabalhistas - o percentual de encargos que incidem sobre a

mão-de-obra leva em conta premissas tais como incidência de acidentes do trabalho,

ORÇAMENTO

CUSTOS DIRETOS

BENEFÍCIOS E DESPESAS

INDIRETAS - BDI

CUSTOS INDIRETOS

LUCRO

Page 11: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

10

rotatividade para cálculo de aviso prévio, faltas justificadas e outros elementos

arbitrados a partir de parâmetros estatísticos e históricos.

Material

Preço dos insumos - não se pode afirmar com certeza que os preços cotados

durante a orçamentação serão os praticados durante a obra.

Impostos - os impostos embutidos no preço de aquisição dos insumos podem

variar durante a obra. Além disso, a base de cálculo de impostos como o ISS é estimada

para fins de orçamento.

Perda - o percentual de perda e desperdício é arbitrado para cada insumo que

entra no orçamento. Assim, por exemplo, admitir que haja uma perda de 8% no bloco

cerâmico é uma consideração que pode se mostrar arrojada, realista ou conservadora.

Reaproveitamento - consiste na quantidade de vezes que um insumo pode ser

reutilizado (Ex.: chapa compensada).

Equipamentos

Custo horário - o custo horário depende de parâmetros de cálculo como vida útil,

custo de manutenção e operação, etc.

Produtividade - quando se assume, por exemplo, que uma escavadeira escava 50

m³ de solo por hora, há uma margem de incerteza incluída, pois a produtividade é

função da disponibilidade mecânica (percentual de tempo em que o equipamento está

em condições mecânicas de ser utilizado) e do coeficiente de utilização (percentual do

tempo disponível em que o equipamento efetivamente trabalha), além do empolamento

do material escavado (aumento de volume entre os estados natural e solto).

Custos indiretos

Pessoal – salários da equipe da administração central da empresa que dão

suporte e apoio a obra ou serviços de engenharia.

Despesas gerais – despesas, com água, luz, telefone, entre outros, da sede da

empresa.

Imprevistos – os orçamentistas precisam incluir no orçamento os custos que não

podem ser orçados com certeza ou explicitamente: retrabalho por causa de chuvas, de

serviço por má qualidade, danos causados por fenômenos naturais ou por terceiros,

danos causados pela construtora a terceiros, etc.

Page 12: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

11

ESPECIFICIDADE

Não existe orçamento padrão ou generalizado para obras e serviços. O

orçamento para a construção de uma casa em uma cidade é diferente do orçamento de

uma casa igual em outra cidade.

Empresa - o orçamento traz implícita a política da empresa na quantidade de

cargos de supervisão previstos (engenheiros, mestres, encarregados), no

padrão do canteiro de obras, na quantidade de veículos disponibilizados para

a equipe, no grau de terceirização de serviços, na taxa de administração

central cobrada da obra para cobrir parte dos custos do escritório central da

empresa, na necessidade de empréstimos para fazer a obra, etc.

Condições locais - clima, relevo, vegetação, profundidade do lençol freático,

tipo de solo, condições das estradas locais, facilidade de acesso às fontes de

matérias-primas, qualidade da mão-de-obra, oferta de equipamento,

qualidade dos subempreiteiros da região, diferentes alíquotas de impostos,

entre outros fatores.

TEMPORALIDADE

Um orçamento realizado tempos atrás já não é válido para ser apresentado

atualmente.

Flutuação no custo dos insumos ao longo do tempo.

Criação ou alteração de impostos e encargos sociais e trabalhistas, tanto em

espécie quanto em alíquota.

Evolução dos métodos construtivos - surgimento de técnicas, materiais e

equipamentos mais adequados.

Diferentes cenários financeiros e gerenciais - terceirização, delegação de

tarefas, condições de capital de giro, necessidade de empréstimo, etc.

Page 13: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

12

ETAPAS DA ORÇAMENTAÇÃO

Para Mattos (2006, p. 26), o processo de orçamentação engloba três grandes

etapas de trabalho: o estudo das condicionantes (condições de contorno), composição de

custos e determinação do preço.

ESTUDOS DAS CONDICIONANTES (CONDIÇÕES DE CONTORNO)

Todo orçamento baseia-se num projeto, seja ele básico ou executivo. É o projeto

que norteia o orçamentista. A partir dele serão identificados os serviços constantes da

obra com suas respectivas quantidades, o grau de interferência entre eles, a dificuldade

relativa de realização das tarefas, etc.

Essa fase de estudo das condicionantes, em que se tomam conhecidas as

condições de contorno da obra, engloba os seguintes passos:

Leitura e interpretação do projeto e especificações técnicas – todo

orçamento baseia-se em projetos arquitetônicos, complementares e em

especificações técnicas, devendo ser devidamente analisados e entendidos.

Leitura e interpretação do edital – o edital é um documento mais importante

da fase licitatória e tem a função reger a licitação.

Visita técnica – é fundamental que se faça uma visita técnica ao local do

empreendimento a fim de tirar algumas dúvidas e questionamentos acerca

disponibilidade de materiais, equipamentos, mão-de-obra e etc.

COMPOSIÇÃO DE CUSTOS:

Identificação dos serviços – o início de todo o processo da quantificação

está na identificação do serviço.

Levantamento de quantitativos – é necessário que cada serviço identificado

seja quantificado, deve-se ter bastante atenção nesta fase, pois um pequeno

erro pode gerar enormes conseqüências no desenvolvimento do orçamento.

Discriminação dos custos diretos – é aquele associado diretamente a

execução de obras e serviços.

Page 14: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

13

Discriminação dos custos indiretos – não está ligada diretamente com a

execução do empreendimento, mas requeridos para que tais serviços possam

ser realizados.

Cotação de preços – consiste na consulta e coleta de preços de mercado

atribuídos ao diversos insumos da obra, sendo eles diretos ou indiretos.

Definição de encargos sociais e trabalhistas – é um valor expresso em

porcentagem calculado e atribuído aos impostos e benefícios de direito

incidentes na mão-de-obra.

FECHAMENTO DO ORÇAMENTO:

Definição da lucratividade – o construtor define a lucratividade que deseja

atingir na execução da obra e serviços, levando em conta alguns fatores

como: concorrência, risco do empreendimento, órgãos fiscalizadores, etc.

Cálculo do BDI – determinar o fator de majoração do custo indireto e do

lucro através do cálculo do BDI.

Desbalanceamento da planilha – o BDI, geralmente, é aplicado

uniformemente sobre todos os serviços. No entanto, de modo a melhorar a

situação econômica do contrato, o construtor pode realizar a distribuição

não uniforme do preço total nos itens da planilha.

A seguir, mostraremos um fluxograma da orçamentação que resumirá as três

etapas descritas acima, o estudo das condicionantes (condições de contorno),

composição de custos e determinação do preço.

Page 15: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

14

Figura 1 - Fluxograma da orçamentação (MATTOS, 2006).

Page 16: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

15

FASES DO ORÇAMENTO

Coêlho (2011, p. 57) destaca duas fases bem definidas para o orçamento que são:

Fase preliminar – que diz respeito aos estudos preliminares, que servirá de

base para o estudo de viabilidade técnico-econômica, não havendo

necessidade para sua confecção de um projeto da obra de engenharia

completo, podendo ser elaborado apenas de posse do anteprojeto.

Fase detalhada ou analítica – que corresponde ao orçamento bem detalhado,

onde se deve obter o máximo de precisão, baseado em todos os custos,

atividades, serviços e previsões de despesas do empreendimento.

A fase detalhada, contemplada pelo orçamento discriminado, como sendo mais

precisa e conseqüentemente abrange uma gama maior de informações do

empreendimento.

De modo geral, os orçamentos discriminados são subdivididos em grupos de

serviços e devem seguir um padrão claro e objetivo a fim de facilitar a elaboração e a

determinação dos custos. Não existe um orçamento cem por cento exatos, ou correto, ou

sem falhas, existe enormes variáveis e problemas que geram erros que acabam variando

a precisão de um orçamento, portanto cabe ao orçamentista está com o conjunto de

projetos bem desenvolvido em mãos e minimizar estes erros levando em conta cada

detalhe do empreendimento.

CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (CUB)

A norma da ABNT NBR 12721:2006 que possui o título “Avaliação dos custos

unitários e incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edílicios –

Procedimento” utiliza o CUB como um indicador do custo para a construção, este

indicador aplica-se em obras de condomínios residenciais, comerciais, verticais ou

horizontais para que se possa estimar do custo final da obra.

Custo unitário básico (CUB) corresponde ao custo por metro quadrado de

construção do projeto-padrão utilizado, calculado de acordo com a metodologia

estabelecida, pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil em atendimento a Lei

Page 17: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

16

4.591/64, disposto no seu artigo 54, e que serve de base para a avaliação de parte dos

custos de construção das edificações (NBR 12721:2006).

CUB (médio) = Custo Global de Construção

Área Global de Construção

De acordo com a Lei 4.591/64, cabem aos Sindicatos estaduais da Indústria da

Construção calcular e divulgar mensalmente os índices dos custos unitários básico da

construção (índice CUB) na sua região de atuação, com o objetivo de disciplinar e

padronizar o mercado de incorporação imobiliária, servindo de base na determinação

dos custos dos imóveis.

O índice CUB é a variação acumulada do CUB entre dois meses, o mês atual e o

mês anterior. Representado por um percentual que corresponde quanto o custo de

construção variou de um mês para o outro.

ESTIMATIVA DE CUSTOS

A estimativa de custos é uma avaliação expedita feita com base em custos

históricos e comparação com projetos similares. Dá uma idéia da ordem de grandeza do

custo do empreendimento.

Em geral, a estimativa de custos é feita a partir de indicadores genéricos,

números consagrados que servem para uma primeira abordagem da faixa de custo da

obra. A tradição representa um aspecto relevante na estimativa.

Seguindo um exemplo de um edifício residencial de 2.400 m2 de área

construída, o valor estimado do custo de construção por etapa de obra seria:

Page 18: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

17

Figura 2 – Estimativa de custo de uma obra de edificação (MATTOS, 2006).

CUSTO DIRETO

O custo direto, conforme o próprio nome nos traz idéia, refere-se aos custos

ligados diretamente a obra e serviços do empreendimento, ou seja, é aquele decorrente

dos gastos referentes à produção dos diferentes tipos de serviços necessários à completa

finalização do empreendimento, sendo proporcional ao seu porte físico e às

características dos projetos e especificações técnicas.

Os insumos compreendidos no custo direto são: os gatos com mão-de-obra,

encargos sociais e trabalhistas, materiais e equipamentos, transportes e demais

elementos diretamente a obra e serviços, que possam ser devidamente mensurados de

forma objetiva. Estes três insumos são importantíssimos na elaboração da composição

de custos e serviços, todos devem ser devidamente e cuidadosamente elaborados para

minimizar ao máximo os erros que podem inviabilizar as obras e serviços.

Os insumos gastos com a mão-de-obra correspondem aos serventes, pedreiros

carpinteiros, ferreiros, técnicos, mestre de obras, etc., com relação aos encargos sociais

e trabalhistas, estes incidem numa ampla e variada gama de conjunto de tributos,

conhecidas por apenas “leis sociais”. Devido a constantes alterações de regras e

Page 19: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

18

alíquotas é conveniente estar sempre atualizado com publicações na área, para manter-

se sempre informado. Com relação aos materiais que corresponde à areia, ao cimento,

ao aço, a cerâmica, etc. e os equipamentos como betoneira, guinchos, furadeiras, entre

outros. Verifica-se que na composição dos custos diretos, é necessária a tomada de

decisão sobre o uso de mão-de-obra própria ou terceirizados, no uso de equipamentos

próprios ou alugados, os custos do transporte e instalação, ente outros, resumindo é

importante estimar o custo direto para o empreendimento independente de qualquer

situação.

Conforme os Acórdãos nº 325/2007 - Plenário e nº 2.369/2011 – Plenário, do

Tribunal de Contas da União (TCU), assim como os insumos, no custo direto, ainda

devem ser considerados alguns itens na planilha orçamentária, tais como:

Mobilização e desmobilização da obra.

Administração local.

Instalação provisória do canteiro de obras.

Elaboração de Projetos.

Sondagens e ensaios tecnológicos.

Assessoria técnica.

Tabela 1 - Insumos básicos referente ao custo direto.

CUSTOS

DIRETOS

MÃO-DE-OBRA

SALÁRIOS

ENCARGOS SOCIAIS

BENEFÍCIOS

VALE TRANSPORTE

TAXAS E SEGUROS

CREA,

LICENÇAS,

SEGURO DE

VIDA ENTRE

OUTRO

MATERIAIS

FORNECIMENTO

IMPOSTOS IPI

ICMS

EQUIPAMENTOS

FORNECIMENTO

IMPOSTOS

IPI

ICMS

IMPORTAÇÃO

Page 20: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

19

BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS – BDI

CUSTO INDIRETO

Para a Engenharia de Custos, todos os custos relacionados a obras e serviços são

divididos em custo direto e custo indireto. Este último, por sua vez, está representado

por itens que são difíceis de mensurar para realizar o pagamento do serviço, pois muitas

vezes, por não está ligado diretamente com a execução da obra e serviços, o

orçamentista não o engloba em sua planilha de custos, ou seja, há despesas feitas pela

construtora devido à execução de obras e serviços que deverão ser computadas no BDI

na forma de despesas indiretas. Esses itens que compõe os custos indiretos são

geralmente (DIAS, 2010, p. 26):

Administração central da empresa de engenharia.

Custo financeiro.

Seguros.

Garantias.

Margem de incerteza ou de risco.

Custos Tributários.

A figura a seguir representa a participação esquemática da composição do preço

de venda.

Figura 3 - Composição do preço de venda

final (DIAS 2010).

Page 21: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

20

Portanto podemos definir o BDI como:

Uma taxa que corresponde aos custos indiretos e ao rateio do lucro aplicado no

preço de venda sobre forma de pagamento direto.

LUCRO

O Tribunal de Contas da União, conforme estudo que deu origem ao Acórdão nº

2.369/2011 – Plenário, estabelece o lucro como conceito econômico que pode ser

descrito de diversas formas para representar uma remuneração alcançada ou ganho de

capital em consequência do desenvolvimento de uma determinada atividade econômica

que complementa a formação do preço de venda, sem ser classificada como custo direto

e nem como custo indireto, já que é uma parcela ligada a remuneração do construtor

pela obra ou serviço.

O lucro previsto da proposta de obra e serviço é de responsabilidade da empresa

prestadora de serviço e cabe a este calcular o seu percentual de acordo com seus

interesses, análise de risco do serviço, no nível de conhecimento do contratante quanto à

fiscalização e se é um bom pagador e principalmente nas condições de mercado.

O objetivo do lucro previsto para a empresa de engenharia é:

capacitação e desenvolvimento técnico e empresarial;

qualificação dos profissionais;

desenvolvimento tecnológico e de equipamentos;

remuneração do capital investido;

absorção de novas tecnologias;

busca de inovações tecnológicas; e

Prospecção de novos negócios.

Portanto, o lucro da empresa é em grande parte destinado a reutilização do

próprio crescimento e desenvolvimento da mesma.

Page 22: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

21

LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS

O início da orçamentação de uma obra requer o conhecimento dos diversos

serviços que à compõe. Não basta saber quais os serviços, é preciso saber também

quanto de cada um deve ser feito. A etapa de levantamento de quantidades (ou

quantitativos) é uma das que intelectualmente mais exigem do orçamentista, porque

demanda leitura de projeto, cálculos de áreas e volumes, consulta a tabelas de

engenharia, tabulação de números, etc. A quantificação dos diversos materiais (ou

levantamento de quantidades) de um determinado serviço deve ser feita com base em

desenhos fornecidos pelo projetista, considerando-se especificadas e suas características

técnicas. Por exemplo, ao se medir a área de piso de um apartamento, deve-se separá-la

por tipo de revestimento.

O processo de levantamento das quantidades de cada material deve sempre

deixar uma memória de cálculo fácil de ser manipulada, a fim de que as contas possam

ser conferidas por outra pessoa e que uma mudança de características ou dimensões do

projeto não acarrete um segundo levantamento completo.

DIMENÇÕES

O levantamento de quantidades pode envolver elementos de naturezas diversas:

Tabela 2 – Dimensões.

Dimensão Exemplos

Lineares Tubulações, meio-fio, cerca, rodapés e outros.

Superficiais ou

de área

Limpeza e desmatamento, fôrma, alvenaria, forro, esquadria, pintura

e outros.

Volumétricos Concreto, escavação, aterro e outros

Peso Armação, estruturas metálicas e outros

Adimensionais Referem-se a serviços que não são pagos por medida, mas por

simples contagem: postes, portões, comportas e outros.

Quanto à permanência, os materiais empregados em uma obra podem ser

classificados em dois tipos:

Page 23: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

22

Tabela 3 - Classes

Classe Características Exemplo

Permanentes Ficam incorporados ao

produto final

Concreto, aço, tinta, areia,

brita, tijolo e etc.

Não permanentes São utilizados durante a

fase de construção e

removidos no final

Fôrmas, escoramentos,

pregos, desmoldantes e etc.

Eventualmente, o construtor pode fabricar seu próprio material. Um exemplo é

uma obra de estrada em que o agregado provém da britagem e peneiramento de blocos

rochosos escavados a fogo. Nesse caso, o preço do material (seja em metro cúbico ou

em tonelada) é o preço do desmonte da rocha mais seu beneficiamento.

DEMOLIÇÃO

O volume da estrutura a ser demolida "cresce" quando passa da construção ao

entulho. Isso porque o arranjo da massa se desfaz e aumenta de volume. Esse

"inchamento", bem semelhante a um empolamento, varia de material para material, e de

acordo com o método de demolição. Para demolição de alvenaria de blocos, comum em

obras e reformas, recomenda-se multiplicar o volume por 2. Em outras palavras, 1 m3

de alvenaria gera cerca de 2 m3 de entulho quando demolida.

Volume de remoção de entulho = (volume de demolição) x 2

FÔRMA

Para a determinação do quantitativo de fôrmas, é importante que haja um projeto

executivo, com o detalhamento das diversas peças.

Para fôrmas de madeira, normalmente encontram-se os seguintes componentes:

chapa compensada (resinada, plastificada), sarrafo, prego, desmoldante. Só com um

projeto de fôrmas é que o orçamentista pode estimar com segurança o quantitativo de

todos esses elementos. O exemplo a seguir ajuda a entender o levantamento das

quantidades.

Page 24: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

23

Exemplo. Levantar os quantitativos de todos os materiais necessários ao serviço

de fabricação, montagem e escoramento da fôrma da estrutura abaixo:

Figura 4 – Fôrmas.

Chapa compensada (dimensões 2,20 m x 1,10 m):

Quantidade de chapas na direção horizontal = 7,70 m / 2,20 m = 3,5 4 un

Quantidade de chapas na direção vertical = 2,90 m / 1,10 m = 2,6 3 un

Total = 3 x 4 x (2 lados) = 24 un 24 un x 2,20 m x 1,10 m = 58,1 m2

Sarrafo:

Vertical = 7,70 m / 0,45 m = 17,1 18 un x 2,90 m x 2 lados = 104,4 m

Horizontal = 2,90 m / 0,60 m = 4,8 5 un x 2 x 7,70 m x 2 lados = 154 m

Escora = 7,70 m / 1,35 m = 5,7 6 un x 3m = 18m

Piquete = 6 un x 1,0 m = 6 m

Total = 282,4 m

Tensor metálico:

A cada 2 cruzamentos na horizontal = 5 x 9 = 45 un.

Tabela 4 – Índices.

INDICES

Materiais Taxa por m² de fôrma

Prego 0,20 a 0,25 kg/m²

Desmoldante 0,10 L/m²

Page 25: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

24

Prego:

Usar taxa de 0,25 kg/m2 7,70 m x 2,90 m x 2 lados x 0,25 kg/m2 = 11,2 kg.

Desmoldante:

Usar taxa de 0,10 L/m2 7,70 m x 2,90 m x 2 lados x 0,10 kg/m2 = 4,5 l

ARMAÇÃO

O serviço de armação é estimado com base no peso (seria mais correto dizer

massa) de aço requerido de acordo com o projeto estrutural, que em geral traz um

quadro de ferragem ou lista de ferros de cada peça ou conjunto de peças, contendo os

respectivos comprimentos, bitola e quantidade.

Agrupados por bitola, o comprimento pode ser convertido em peso por meio da

seguinte correspondência:

Tabela 5 – Bitolas.

OBS:

Alguns projetistas acrescentam 10% de perdas no peso total de aço do quadro de

ferragem. Nesse caso, o orçamentísta não precisará introduzir as perdas na composição

de custos.

Page 26: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

25

Exemplo: Levantar o peso de armação da estrutura cujo quadro de ferragem é

mostrado abaixo:

Tabela 6 – Comprimento de armações.

N° Ø (mm) Comprimento

Unitário (m)

Quantidade Comprimento

total

1 8,00 4,50 20 90

2 10,00 6,00 50 300

3 8,00 1,20 34 40

4 12,50 8,00 4 32

5 12,50 4,80 40 192

6 10,00 2,00 18 36

ALVENARIA

MÃO DE OBRA.

Deverá ser levantada a metragem quadrada das paredes de piso a fundo de laje,

descontando-se a altura da viga. Para o comprimento das paredes, deverão ser

descontados os pilares. Serão considerados os seguintes critérios:

- Vãos Inferiores a 2 m²: Considerar vão cheio;

- Vão Superiores a 2m²: Descontar 50% da área que exceder a 2m².

MATERIAL

Todos os vãos deverão ser descontados, independente do tamanho.

Page 27: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

26

EXEMPLO:

Figura 5 – Alvenaria

MÃO DE OBRA: A = 2,86 x 6,49 = 18,56 m²

Desconto Janela = 0 m² (Menor ou Igual a 2,00 m²)

Desconto Porta = (4,30 – 2,00) / 2 = 1,15 m²

Área de Alvenaria = 18,56 – 0 – 1,15 = 17,10 m²

MATERIAL: A = 2,86 x 6,49 = 18,56 m²

Desconto Janela = 2,00 m²

Desconto Porta = 4,30 m²

Área de Alvenaria = 18,56 – 2,00 – 4,30 = 12,26 m²

QUANTIDADE DE BLOCOS E ARGAMASSA DE LEVANTE

A quantidade de blocos e argamassa por metro quadrado de alvenaria depende

da dimensão do bloco e da espessura das juntas horizontais e verticais.

Chamando de b1 e b2 o comprimento e altura (em metro) do bloco no plano da

parede, e de eh e ey, a espessura (em metro) das juntas horizontais e verticais,

respectivamente, a quantidade de blocos por m2 será obtida pela divisão de 1 m² pela

área do bloco equivalente, que é o bloco acrescido da juntas.

Page 28: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

27

Figura 6 – Alvenaria

Exemplo. Para uma alvenaria com bloco de 14 cm x 19 cm x 39 cm e juntas de 1,5 cm,

calcular o consumo teórico de blocos e de argamassa de levante por m² de parede.

Resposta:

Page 29: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

28

CERÂMICA EXTERNA

MÃO DE OBRA.

Deverá ser levantada a metragem quadrada das paredes de piso a piso. Serão

considerados os seguintes critérios:

- Vãos inferiores a 2 m²: Considerar vão cheio;

- Vãos superiores a 2m² e menores que 6m²: Descontar 50% da área que

exceder a 2m²;

- Vãos superiores a 6m²: Desconta-se 100% do vão e considera-se as

faixas nos requadros laterais, superior e inferior no caso de janelas (4x) e não se

considera o requadro inferior no caso de portas (3x). As faixas serão levantadas

em m;

- Faixas: quaisquer elementos de requadro com dimensão menor igual a

40 cm;

- Serão computados frisos em m.

MATERIAL

Todos os vãos deverão ser descontados, independente do tamanho.

EXEMPLO:

Figura 7 – Cerâmica Externa.

Page 30: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

29

Obs: desenho sem escala

MÃO DE OBRA:

A = (2,86 + 0,12) x 6,89 = 20,53 m²

Desconto Janela = 0 m² (Menor ou Igual a 2,00 m²)

Desconto Porta = (4,30 – 2,00) / 2 = 1,15 m²

Área de Alvenaria = 20,53 – 0 – 1,15 = 19,38²

MATERIAL:

A = (2,86 + 0,12) x 6,89 = 20,53 m²

Desconto Janela = 2,00 m²

Desconto Porta = 4,30 m²

Área de Alvenaria = 20,53– 2,00 – 4,30 = 14,23 m²

CERÂMICA DE PAREDES

MÃO DE OBRA

Deverá ser levantada a metragem quadrada das paredes de piso a teto acabado.

Serão considerados os seguintes critérios:

- Vãos Inferiores a 2 m²: Considerar vão cheio;

- Vãos Superiores a 2m² até 4 m²: Descontar 50% da área que exceder a

2m²;

- Vãos Superiores a 4m²: Descontar 100% do vão e considerar

requadração do vão;

- Vão com largura menor que 40 cm deverão serem medidos como faixa.

MATERIAL

Todos os vãos deverão ser descontados, independente do tamanho. Deverá ser

levantada cantoneira de alumínio em todas as quinas de paredes por metro linear.

Page 31: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

30

EXEMPLO:

Figura 8 – Cerâmica da Parede.

MÃO DE OBRA:

A = 2,50 x 6,49 = 16,23 m²

Desconto Janela = 2,52 – 2,00 = 0,52/2 = 0,25 m²

Desconto Porta = 0 m² (Menor ou Igual a 2,00 m²)

Área de Alvenaria = 16,23 – 0,25 - 0 = 15,98 m²

MATERIAL:

A = 2,50 x 6,49 = 16,23 m²

Desconto Janela = 2,52 m²

Desconto Porta = 1,68 m²

Área de Ceramica = 16,23 – 2,52 – 1,68 = 12,03 m²

Page 32: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

31

EXEMPLO 2:

Figura 9 – Cantoneira.

A quantidade de cantoneira é calculada em metros lineares, para se obter isso, é

preciso apenas medir a extensão de onde serão colocadas, no caso do exemplo 2 a

medida será do piso acabado até o forro do banheiro. Para saber quantas peças serão

necessárias divide-se o valor da quantidade total de cantoneiras em metros pelo

comprimento de uma peça então saberemos quantas peças de cantoneira devemos pedir.

CERÂMICAS PARA PISO – Cerâmicas, Porcelanatos e Pastilhas.

MÃO DE OBRA

Deverá ser levantada a área do piso do compartimento. Não há descontos para

piso.

MATERIAL

Deverá ser levantada a área do piso do compartimento. Não há descontos para

piso.

Page 33: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

32

Figura 10 – Piso.

MÃO DE OBRA = MATERIAL: A = 1,50 x 1,63 = 2,45 m²

Desconto Shaft = 0 m²

Desconto Porta = 0 m²

Área de Piso = 2,45 – 0 - 0 = 2,45 m²

RODAPÉ CERAMICO – Cerâmicas e Porcelanatos.

MÃO DE OBRA.

Deverá ser levantado o perímetro do compartimento.

Descontar todos os vãos.

MATERIAL.

Deverá ser levantado o perímetro do compartimento.

Descontar todos os vãos.

Page 34: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

33

EXEMPLO:

Figura 11 – Rodapé.

MÃO DE OBRA e MATERIAL:

P = 1,81 + 3,23 + 3,16 + 2,97 + 0,50 + 0,26 + 0,70 = 12,63 m

CONTRAPISO

O contrapiso sempre será calculado em metros quadrados para mão de obra

sendo dessa forma equivalente ao valor de cerâmica do piso, já para calcular seus

materiais será necessário estimar uma espessura média, geralmente de 2 a 5 cm, então se

calcula quantos metros cúbicos serão precisos, com isso calcula-se a quantidade de

cimento e areia para um metro cúbico e multiplica-se pelo total.

CONCRETO

MÃO DE OBRA

Apresentaremos o critério de medição referente à mão de obra de forma de

blocos, pilares, lajes e vigas em todos os níveis, essencial às praças que contratam o

serviço de estrutura em serviços distintos (forma e escoramento, armação e lançamento

de concreto).

Page 35: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

34

MATERIAL.

Apresentaremos o critério de medição referente ao material concreto para

pilares, lajes e vigas em todos os níveis.

FORMA E VOLUME DE BLOCOS E SAPATAS.

BLOCOS HEXAGONAL

Forma: 3 * ( b1 + b2) * e, onde e = altura do bloco

Volume: [b1 * h1 + b2 * h2 + 0,5 * (b2 * h1 + b1 * h2)]*e

BLOCOS RETANGULAR:

a B

Forma: 2 * ( a + b) * e, onde e = altura do bloco;

Volume: a * b * e

SAPATAS:

Page 36: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

35

Forma: (a+ b) * 2 * e;

Volume: e/6 * [a * b + c *d + (a+c)*(b+d)]

4.1.4. FORMA E VOLUME DE PILARES.

Serão considerados a altura de piso a piso e dimensões de projeto

Forma: [(a + b)*2] * h;

Volume: ( a * b * h)

4.1.5. FORMA E VOLUME DE VIGAS.

Forma: [b * L + 2 * L *(H-e)];

Volume: b * L * (H-e);

Page 37: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

36

FORMA E VOLUME DE LAJES

Forma: L * H;

Volume: L * H * e;

FORMA E VOLUME DE ESCADAS

O volume de escada é calculado considerando-se que 2 degraus formam um

retângulo, por isso, o resultado obtido (volume parcial) deve ser dividido por 2. Para

cálculo de formas, consideramos somente os espelhos.

Forma: (l * h) + (e *d * l)

Page 38: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

37

Volume: (nº degruas * d * e * l * 0,5) + (h * t * l)

GESSO LISO

MÃO DE OBRA e MÃO DE OBRA.

Deverá ser levantada a metragem quadrada das paredes de piso a teto acabado

(10 cm acima do forro de gesso). Serão considerados os seguintes critérios:

- Vãos Inferiores a 2,50 m²: Considerar vão cheio;

- Vãos Superiores a 2,50 m² até 4 m²: Descontar 50% da área que exceder

a 2,50 m²;

- Vão com largura menor que 40 cm deverá ser medido como faixa,

exceto requadração dos vãos das esquadrias.

EXEMPLO:

Figura 12 – Gesso liso.

MÃO DE OBRA e MATERIAL:

A = (2,50 + 0,10) x 6,49 = 16,87 m²

Desconto Janela = 0 m² (Menor ou Igual a 2,50 m²)

Desconto Porta = (4,30 – 2,50) / 2 = 0,90 m²

Área de Alvenaria = 16,87 – 0 – 0,90 = 15,97 m²

Page 39: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

38

IMPERMEABILIZAÇÃO – Argamassa Elastomérica

– Planta Baixa (m2)

Figura 13 – Impermeabilização.

– Corte Banhos (m2)

Figura 14 – Impermeabilização corte.

Page 40: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

39

PINTURA

MÃO DE OBRA.

Deverá ser levantada a metragem quadrada das paredes de piso a piso. Serão

considerados os seguintes critérios:

- Vãos inferiores a 2 m²: Considerar vão cheio;

- Vãos superiores a 2m² e menores que 6m²: Descontar 50% da área que

exceder a 2m²;

- Vãos superiores a 6m²: Desconta-se 100% do vão e considera-se as

faixas nos requadros laterais, superior e inferior no caso de janelas (4x) e não se

considera o requadro inferior no caso de portas (3x). As faixas serão levantadas

em m;

- Faixas:quaisquer elementos de requadro com dimensão menor igual a

40 cm;

- Serão computados frisos em m.

MATERIAL

Todos os vãos deverão ser descontados, independente do tamanho.

EXEMPLO:

Figura 15 – Pintura exemplo 1.

Obs: desenho sem escala

Page 41: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

40

MÃO DE OBRA:

A = (2,86 + 0,12) x 6,89 = 20,53 m²

Desconto Janela = 0 m² (Menor ou Igual a 2,00 m²)

Desconto Porta = (4,30 – 2,00) / 2 = 1,15 m²

Área de Alvenaria = 20,53 – 0 – 1,15 = 19,38²

MATERIAL:

A = (2,86 + 0,12) x 6,89 = 20,53 m²

Desconto Janela = 2,00 m²

Desconto Porta = 4,30 m²

Área de Alvenaria = 20,53– 2,00 – 4,30 = 14,23 m²

EXEMPLO:

Figura 16 – Pintura exemplo 2.

MÃO DE OBRA:

A = (2,86 + 0,12) x 6,89 = 20,53 m²

Desconto Janela = 0 m² (Menor ou Igual a 2,00 m²)

Desconto Porta = 7,00 m2

Área de Alvenaria = 20,53 – 0 – 7,00 = 13,53 m²

Page 42: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

41

Metragem de faixas = 3,00 + 2,33 + 2,33 = 7,66 m

MATERIAL:

A = (2,86 + 0,12) x 6,49 = 19,34 m²

Desconto Janela = 2,00 m²

Desconto Porta = 7,00 m²

Área de Alvenaria = 19,34– 2,00 – 7,00 = 10,34m²

PINTURA PORTAS DE MADEIRA

2.1 Será levantado a área de folha de portas multiplicada por 3.

Ex.:

PM 1 = 2,20 x 0,70 = 1,54 x 3 = 4,62 m2 de pintura de porta.

PINTURA SOBRE ESQUADRIAS DE FERRO

Corrimãos

Será levantado a metragem linear de corrimãos de escadarias

Gradis de Sacada

Será levantada e metragem linear multiplicada por 3.

Portas Corta Fogo

Será levantado a área de folha de portas multiplicada por 3.

Ex.:

PCF 1 = 2,20 x 0,70 = 1,54 x 3 = 4,62 m2 de pintura de porta.

Page 43: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

42

TRAÇOS DE ARGAMASSA E CONCRETO

A tabela abaixo traz alguns traços de concreto e argamassa úteis para orçamento:

Page 44: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

43

Fonte: TCPO

OBS:

Os volumes de brita e areia totalizam aproximadamente 1,65 m³ para cada m³ de

concreto.

Page 45: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

44

COBERTURA

O levantamento de quantidades dos serviços de cobertura desdobra-se em

madeiramento e telhamento, obviamente no caso de esses dois elementos estarem

presentes. Deve-se sempre tomar em consideração a inclinação de cada água do telhado,

que normalmente é dada sob a forma percentual:

Figura 17 – Cobertura.

Como geralmente as dimensões do telhado são obtidas em projeção horizontal a

partir da planta baixa, é necessário obter a área real do telhado, ou seja, ao longo da

hipotenusa. Para isso, basta multiplicar a área em projeção horizontal pelo fator abaixo:

Page 46: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

45

Tabela 7 – Inclinações.

Exemplo. Levantar a área do telhado mostrado abaixo.

Page 47: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

46

PERDAS

Durante a orçamentação, é necessário que o construtor leve em consideração as

perdas de material que inevitavelmente acontecem. Essas perdas têm diversas origens e

só podem ser combatidas ou controladas até certo limite. Infelizmente, apesar de valores

elevados de desperdício, é comum entre as empresas considerar normais esses índices,

devido à cultura de que eles fazem parte do processo construtivo. Esse fato contribui

para que a implantação de programas de melhoria da qualidade seja introduzida de

forma muito lenta.

Há perdas que podem ser evitadas e outras que são inerentes à atividade. É quase

impossível, por exemplo, pensar em uma armação estrutural com perda zero, por melhor

que seja a equipe e o detalhamento do projeto. O que acontece é que, pelo fato de

sempre haver um pedaço de vergalhão que não tem como ser aproveitado, a perda é

inevitável.

Com relação a concreto, por exemplo, há desperdício de material por extravasão

na concretagem, deformação das fôrmas, resíduo que fica na betoneira, excesso na

fabricação (faz-se mais do que o estritamente necessário), material utilizado para

moldagem de corpos-de-prova, etc. As maiores perdas de concreto, contudo, estão na

diferença dimensional entre projeto e campo - uma laje projetada para 10 cm, que venha

a ter dimensão final de 10,5 cm já representa 5% de perda, ainda que não se veja

nenhum resíduo.

Diferenças dimensionais também são sempre verificadas em emboço, chapisco,

contrapiso, etc. Já quando o material é madeira para fôrma, as perdas surgem

principalmente das sobras nas atividades de corte e montagem.

No decorrer de uma obra, o controle de perdas deve ser realizado pela equipe

construtora.

São muitos os casos em que prejuízos acontecem, fruto de desperdício

desmedido de material.

Formulários de controle podem ser facilmente implementados.

Outras causas causadoras de desperdício são:

Carga e descarga malfeitas - as operações de retirada dos materiais dos

caminhões de entrega são fontes importantes de desperdício. A quebra de

Page 48: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

47

tijolos arremessados displicentemente sobre o solo ou sobre outros tijolos, e

a descarga de areia e brita são exemplos cotidianos.

Armazenamento impróprio - Sacos de cimento estocados sobre o chão,

tijolos em pilhas disformes, montes compridos de areia e brita (quanto

maior a área de contato da pilha com o solo, maior é a perda, porque há uma

incorporação das partículas ao solo subjacente e também contaminação do

material), barras de aço em contato com umidade, barras de aço cortado sem

etiquetas de identificação, etc.

Manuseio e transporte impróprios - envolvem a manipulação incorreta de

objetos como tijolos, cimento e barrotes de madeira, como também o

transporte inadequado de areia e concreto (em carrinhos de mão que

derramam o material no caminho), caminhões super carregados que

espalham terra pelas vias de acesso, etc.

Roubo - na construção civil o roubo é uma grande fonte de perdas. Excesso

de locais de estoque, inexistência de controle de entrada e saída de materiais

e ferramentas, almoxarifado devassado, grandes estoques, mão-de-obra

pouco confiável e falta de vigilância são fatores que contribuem para que o

roubo seja significativo. Auditorias periódicas no almoxarifado e controle

de saída de material podem ajudar a coibir essa prática nociva.

Algumas perdas usualmente adotadas são:

Page 49: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

48

COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS UNITÁRIOS

Composição de custos unitários de serviços é o processo de estabelecimento e

levantamento dos custos incorridos na execução de obras e serviços. A composição de

custos advém de todos os insumos inerentes a execução do serviço, com suas devidas

quantidades e seus custos unitários e totais. As categorias de custos envolvidas

diretamente em obras e serviços são:

mão-de-obra, encargos sociais e trabalhistas;

material; e

equipamentos.

Portanto, a composição do custo unitário envolve todos os insumos referentes a

obra e serviços, como, a mão-de-obra, materiais, equipamentos e taxas de leis sociais e

riscos do trabalho identificados que serão identificados com seus respectivas

quantidades e valores parciais e total (COÊLHO, 2011, p. 193).

O custo unitário é o custo correspondente a uma unidade de serviço, como por

exemplo: custo de 1 m3 de escavação manual; custo de 1 m2 de alvenaria de tijolo

cerâmico de 9 x 14 x 19 cm;

custo de 1 m de meio-fio assentado;

custo de 1 m2 de pintura com tinta à base de óleo;

custo de 1 m3 de carga, transporte, lançamento e espalhamento de solo;

custo de 1 kg de armação estrutural;

custo de 1 und de poste instalado;

custo de 1 kWh de esgotamento de vala.

A composição de custos unitários é uma tabela que apresenta todos os insumos

que entram diretamente na execução de uma unidade do serviço, com seus respectivos

custos unitários e totais. Ela é constituída de cinco colunas:

Insumos ou descrição do serviço: é a descrição da mão-de-obra, dos

materiais e dos equipamentos empregados para execução da obra.

Unidade: é a unidade de medida do insumo.

Coeficiente ou índice: é a incidência de cada insumo na execução de uma

unidade do serviço.

Custo unitário: é o custo de aquisição ou emprego de uma do insumo.

Page 50: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

49

Custo total: é o custo total, obtido pela multiplicação do coeficiente pelo

custo unitário.

Exemplo. Para a composição de custos unitários abaixo:

(i) interpretar a composição;

(ii) calcular as quantidades e custos de cada insumo para uma obra cujo quantitativo seja

de 80 de concreto estrutural;

(iii) dimensionar a equipe para concretar os 80 m3 em um prazo de 40 horas.

Serviço: preparo, transporte, lançamento e adensamento de concreto estrutural fCk =

200 kgf/cm2.:

Unidade: m3

(i) Interpretação da composição:

Para o preparo de 1m³ de concreto são requeridos:

- 306,00 kg de cimento (= 6,12 sacos);

- 0,901 m3 de areia;

- 0,209 m3 de brita 1;

- 0,627 m3 de brita 2;

- 8 horas de servente;

- 1hora de pedreiro;

- 0,35 hora de betoneira

O custo orçado para o preparo, transporte, lançamento e adensamento de 1

m3 de concreto estrutural é de R$ 226,37;

Page 51: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

50

O insumo que mais incide no custo do serviço é o cimento (R$ 1l0,16/m3),

que representa 48,7% do custo do concreto;

O segundo insumo que mais incide no custo do serviço é o servente (R$

33,60/m3), que representa 14,8% do custo do concreto;

O custo de material é de R$ 185,12 (=R$ 110,16+31,54+10,87+32,60) por

m3 de concreto estrutural, correspondendo a 81,8% do custo total;

O custo de mão-de-obra é de R$ 40,50 (=R$ 33,60+6,90) por m3 de

concreto estrutural, rorrespondendo a 17,9% do custo total;

O custo de equipamento é de R$ 0,70 por m3 de concreto estrutural,

correspondendo a 0,3% do custo total;

Há uma proporcionalidade de 8 serventes para 1 pedreiro (pelo índice nota-

se que a incidência de horas de servente é 8 vezes maior do que a de

pedreiro, daí a razão 8:1);

(ii) Para uma obra de 80m³ de concreto estrutural:

Quantidades totais

Cimento 306,000 Kgf/m³ x 80 m³ = 24,480 Kg

Areia 0,901 m³/m³ x 80 m³ = 72,08 m³

Brita 1 0,209 Kgf/m³ x 80 m³ = 16,72 m³

Brita 2 0,627 Kgf/m³ x 80 m³ = 50,16 m³

Pedreiro 1,000 h/m³ x 80 m³ = 80 h

Servente 8,000 h/m³ x 80 m³ = 640 h

Betoneira 0,350 h/m³ x 80 m³ = 28 h

Custos totais

Cimento R$ 110,16/m3 x 80 m³ = R$ 8.812,80

Areia R$ 31,54/m3 x 80 m³ = R$ 2.522,80

Brita 1 R$ 10,87/m3 x 80 m³ = R$ 869,44

Brita 2 R$ 32,60/m3 x 80 m³ = R$ 2.608,32

Pedreiro R$ 6,90/m3 x 80 m³ = R$ 552,00

Servente R$ 33,60/m3 x 80 m³ = R$ 2.688,00

Betoneira R$ 0,70/m3 x 80 m³ = R$ 56,00

Page 52: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

51

(iii) Dimensionamento da equipe para prazo de 40 horas:

Servente: = 16 serventes.

Pedreiro: = 2 pedreiros.

Serviço: armação estrutural aço CA-50, envolvendo aquisição das barras, manuseio,

corte, dobra, transporte e instalação.

Unidade: kg

FONTES DE COMPOSIÇÃO DE CUSTO UNITÁRIO

As composições de custos unitários para orçamentos de obras podem ser obtidas

de várias fontes a depender do grau de organização e registro da construtora e do acesso

a literatura especializada

Uma boa referência é a tradicional publicação "Tabelas de Composições de

Preços para Orçamentos - TCPO", da Editora PINI. Esse manual traz as composições

organizadas acordo com a Classificação PINI:

00. Informações Introdutórias sobre o Projeto

01. Requisitos Gerais

02. Canteiro de Obras e Materiais Básicos

03. Concreto

04. Vedações Internas e Externas

05. Componentes Metálicos

06. Madeira e Plásticos

Page 53: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

52

07. Impermeabilização, Isolação Térmica e Cobertura

08. Portas, Janelas e Vidros

09. Acabamentos

10. Produtos Especiais ou Sob Encomenda

11. Equipamentos para Fins Especiais

12. Mobiliário e Decoração

13. Módulos e Sistemas Especiais de Construção

14. Sistemas de Transporte

15. Sistemas Hidráulicos e Mecânicos

16. Sistemas Elétricos e de Comunicação

17. Máquinas, Veículos e Equipamentos

As composições integrantes do TCPO não são propriamente composições de

custos unitários, porque faltam as colunas de custo, omitidas porque variam de lugar

para lugar. Mais correto seria denominá-las composições de insumos.

MÃO-DE-OBRA

O trabalhador é o elemento racional de uma obra e de suas ações e decisões

depende em grande parte o sucesso do empreendimento. Ele tem influência em todas as

partes de um projeto de construção civil e é o responsável por dar forma aos serviços,

seja escavando uma trincheira, operando um guindaste, concretando uma laje, pintando

uma parede, seja soldando um trecho de tubulação. É o trabalho humano que, em última

análise, gera o produto final.

ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS

Durante a orçamentação de um serviço, cabe ao construtor atribuir à hora de

cada insumo de mão-de-obra o custo que ele realmente representa para a empresa. O

custo de um operário para o empregador não se confunde com seu salário-base. É um

valor bastante superior. Isso porque não é só o salário que constitui o ônus do

empregador - este arca com diversos encargos sociais e trabalhistas impostos pela

Page 54: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

53

legislação e pelas convenções do trabalho, que se somam ao salário-base ao qual o

funcionário faz jus.

São encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias ou

resultantes de Acordos Sindicais adicionados a os salários dos trabalhadores.

Os Encargos Sociais dividem-se em três níveis:

Encargos Básicos e Obrigatórios;

Encargos Incidentes e Reincidentes:

Encargos Complementares.

Page 55: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

54

FÓRMULA DE ENCARGOS COMPLEMENTARES

CÁLCULO DOS DIAS TRABALHADOS POR ANO

Dias do ano 365 dias

Férias 30 dias após 12 meses - 30 dias

Repouso semanal

remunerado

São 52 domingos por ano

menos quatro incluídos nas

férias

- 48 dias

Feriados

Levam em conta todos os

feriados nacional, estadual

e municipal

- 11 dias

Page 56: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

55

Auxílio-enfermidade 17,65% x 15 dias = - 2,65 dias

Acidente do trabalho 13,31% x 15 dias = - 2 dias

Licença-paternidade 0,95% x 3% x 5 dias = - 0,14 dias

Faltas Justificadas Adotado = - 2 dias

Total de dias trabalhados por ano = 365 – 30 – 48 – 11 – 2,65 – 2 – 0,14 – 2

Total de dias trabalhados por ano = 269,21 dias

MATERIAIS

A análise de custo de material é também de extrema importância na elaboração

da composição de custo de serviço. Materiais entram na maioria absoluta das atividades

das obras representando muitas vezes mais da metade do custo unitário do serviço. A

cotação de preço dos materiais é uma tarefa que requer cuidado, porque tem algumas

particularidades que o orçamentista deve levar em consideração. São variadas as formas

pelas quais os fornecedores dão seus preços. É o caso em que um fornecedor entrega a

mercadoria no porto e outro coloca na obra ou quando uma metalúrgica entrega portões

pintados e outra sem pintura, o orçamentista deve então ser capaz de homogeneizar as

cotações para fazer as devidas comparações. Para que não haja frustração na execução

da obra, o orçamento deve ser capaz de refletir a realidade e conduzir a um preço justo.

Local e Condições de Entrega

As cotações dos fornecedores geralmente indicam o local de entrega do produto.

Pode ser na obra na fábrica, no depósito do distribuidor, no porto, no aeroporto, etc.

Com a finalidade de identificar o local de entrega e o que está embutido no preço

(seguro, frete, despesas, desembaraço aduaneiro), costuma-se utilizar as siglas FOB e

CIF. Especial atenção deve ser dada a esse aspecto, pois qualquer confusão entre os

termos pode representar um “rombo” no orçamento.

FOB

O preço FOB ("free in board" = livre a bordo) é preço da mercadoria, sendo esta,

disponibilizada no local de fabricação ou armazenamento (é o preço do produto na

Page 57: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

56

fábrica), ou seja, o comprador terá que arcar com as despesas adicionais de carga e

descarga, frete, seguro e etc.

CIF

O preço CIF ("cost, insurance and freight" = custo, seguro e frete) é aquele que

inclui no preço da mercadoria os custos com seguro, frete e outros. Esta é a modalidade

tradicionalmente conhecido como preço “posto na obra”.

OBS:

No caso de preço FOB, o cobrador tem que cotar à parte as despesas de

transporte, carga, seguro e outros gastos para se ter a mercadoria na obra, pois elas não

integram o preço dado pelo vendedor. No caso do preço CIF o comprador não terá que

adicionar nenhuma parcela ao preço dado pelo vendedor.

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

A depender do porte da obra, os equipamentos ocupam muitas das frentes de

serviço. Pequenos ou grandes, alugados ou próprios, hidráulicos, pneumáticos ou

elétricos, os equipamentos frequentemente representam grande parcela do custo de um

serviço por extensão, da obra. Essa representatividade do equipamento atinge seu ápice,

principalmente, em obras de terraplenagem.

É necessário, pois, ao construtor recuperar com o uso do equipamento todo o

desembolso ocorrido com aquisição, operação, manutenção, seguro, taxas, etc. do

equipamento, além dos juros referentes ao capital investido.

CUSTO HORÁRIO TOTAL

A maneira habitual de atribuir valor a um equipamento é por hora de utilização,

pois é dessa maneira que o equipamento aparece nos orçamentos.

O custo horário de um equipamento é a soma de várias parcelas, sendo preciso

calcular cada uma delas. Como são vários os fatores envolvidos, não é tarefa das mais

fáceis. Por isso, os métodos de cálculo são relativamente empíricos, baseados em

parâmetros obtidos a partir da observação das condições de trabalho, tipo de

equipamento e outras características especiais.

Page 58: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

57

HORA PRODUTIVA E HORA IMPRODUTIVA

A hora produtiva de um equipamento é a hora de trabalho efetivo. Seu custo é a

soma dos custos de propriedade (depreciação e juros), custo de operação (pneus,

combustível, lubrificantes, energia elétrica, operador) e custo de manutenção.

A hora improdutiva corresponde a uma hora de trabalho em que o equipamento

fica à disposição do serviço, porém sem ser empregado efetivamente. Assume que a

máquina está parada e com o operador ocioso.

CUSTOS DE PROPRIEDADE

Quando o construtor utiliza um equipamento próprio para realizar um serviço

qualquer em sua obra, o custo envolvido com aquele equipamento não é apenas o de

combustível, lubrificação e operador. Com o decorrer do tempo, o equipamento se

desvaloriza, tem seu valor de mercado diminuído. Os custos de propriedade são, pois,

inevitáveis, ocorrendo independentemente da atividade do equipamento. São custos

provenientes da perda do valor do equipamento com o decorrer do tempo.

Para recuperar o dinheiro investido - e poder repor o equipamento no futuro -,

uma parcela do valor de aquisição deve ser cobrada de cada serviço em que o referido

equipamento for empregado. Procedendo dessa maneira, se a vida útil de uma máquina

é estimada em 10.000 horas, ao final dessa quantidade de horas o valor para reposição

da máquina deverá ter sido recolhido aos cofres da empresa. À tarifa horária cobrada

para reaver o valor investido dá-se o nome de depreciação horária.

DEPRECIAÇÃO DO EQUIPAMENTO

Quando o construtor adquire um equipamento, ele não está gastando seu

dinheiro está investindo, está trocando uma quantia em dinheiro por um bem de valor

equivalente. O valor do equipamento, contudo, começa a se desvalorizar a partir do

instante em que é entregue ao comprador, e a desvalorização prossegue devido a

inúmeros fatores, tais como idade, tempo de uso, desgaste e obsolescência. Esse

declínio no valor do equipamento representa um dispêndio real e deve entrar na

contabilidade da empresa. Pode-se definir depreciação como a diminuição do valor

contábil do equipamento.

Page 59: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

58

VALOR DE AQUISIÇÃO

Valor de Aquisição é valor pelo qual o equipamento foi adquirido, conforme

estampado na nota fiscal ou no recibo de compra, acrescido dos impostos cabíveis,

seguro e despesas com frete, armazenamento e desembaraço.

VIDA ÚTIL

Dá-se o nome de Vida Útil ao período de tempo em que o equipamento trabalha

de forma eficiente e produtiva. Ela depende do tipo de equipamento, das condições de

trabalho e da qualidade da manutenção.

Veja na tabela abaixo a vida útil de alguns equipamentos utilizados na obra:

Equipamento Vida Útil (anos) (Horas de serviço)/anos Horas de vida útil

Perfuratriz Manual 3 2000 6000

Betoneira 4 1250 5000

Rolo pé de carneiro 8 1750 14000

Compressor de ar 5 2000 10000

Caminhão Basculante 5 2000 10000

Carregadeira de pneus 4 a 6 2000 8000 a 12000

Escavadeira 5 2000 10000

VALOR RESIDUAL

Valor Residual é o valor que uma máquina ainda possui após haver sido

utilizada durante a quantidade de horas estabelecida como sua vida útil. É o valor

estimado de revenda ao final da vida útil. Nos cálculos de custo horário de depreciação,

normalmente adota-se um valor residual de 10% a 20%.

Se a vida útil de uma carregadeira foi estimada em 10.000 horas, ao final desse

período ela não estará necessariamente inservível. Ao contrário, se houve operação e

manutenção eficientes, ela pode ainda estar em relativamente boas condições de uso e

ter um determinado valor de revenda no mercado. Na pior das hipóteses, o equipamento

pode servir como sucata para algum ferro-velho. O valor residual deve ser subtraído do

valor de aquisição do equipamento para o cálculo da depreciação.

Page 60: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

59

CUSTOS DE OPERAÇÃO

Os custos de operação de um equipamento de construção envolvem

basicamente: pneus, combustível, óleo, filtros, energia, operador e outros.

PNEUS

Presume-se que ao final da vida útil do pneu, todo o jogo de pneus será trocado.

No caso de um caminhão de seis rodas, por exemplo, o custo de pneus será de um jogo

de seis pneus a cada 2.500 h, supondo-se condições medianas de agressividade do local

de trabalho.

COMBUSTÍVEL

Trabalhando em condições ideais, um motor de combustão interna a gasolina

consome em média 0,23 litros por horsepower-hora (HP x h) desenvolvida. Para um

motor a diesel, o consumo é aproximadamente 0,15 litros por horsepower-hora

desenvolvida.

Exemplo. Uma carregadeira a diesel possui potência nominal de 160 HP. A

carregadeira trabalha a plena potência enchendo a concha durante 5 segundos. Nos 15

segundos restantes do ciclo, assume-se que o motor trabalha com meia potência. A

carregadeira trabalha em média 45 minutos por hora. Qual o custo horário de

combustível (Gh), se 1 litro custa R$ 1,80?

Potência média = (5 s x 160 HP + 15 s x 80 HP) /20 s = 100 HP (ou seja,fator de

operação = 100/160 = 62,5%).

Page 61: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

60

Então:

Fator de eficiência = 45/60 = 0,75

Fator de potência = 0,625 x 0,75 = 0,47

Potência média corrigida = 0,47 x 160 HP = 75 HP

Consumo horário = 0,15 l/(HP x h) x 75 HP = 11,25 l/h

Custo horário = Gh = 11,25 l/h x R$ 1,80 / l = R$ 20,25/h

OBS:

Motor a gasolina: consumo (I/h) = 0,23 x f x HP

Motor a diesel: consumo (I/h) = 0,15 x f x HP

MÃO DE OBRA DE OPERAÇÃO

O custo da mão de obra de operação corresponde ao custo do homem-hora de

operador. A hora do operador deverá ser calculada com todos os encargos sociais e

trabalhistas vistos anteriormente.

Exemplo. Calcular o custo horário de operador para a escavadeira do exemplo da

depreciação, considerando que a hora do operador custa R$ 3,00 e os encargos na faixa

de 130%.

MOh = R$ 3,00 x 2,30 = R$ 6,90 / h.

CUSTOS DE MANUTENÇÃO

Equipamentos exigem manutenção. As despesas são com a aquisição de peças

de reposição e a mão de obra envolvida na troca das peças, ajustes, etc. Os custos

Page 62: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

61

variam consideravelmente com o tipo de equipamento e o serviço que executam, assim

como dependem da política da empresa.

Em termos gerais, os custos de manutenção compreendem a manutenção

proprian1ente, os reparos e as despesas fixas. A rigor é difícil estabelecer uma distinção

clara entre manutenção e reparo. Geralmente denomina-se manutenção o conjunto de

atividades de limpeza, lavagem, inspeção, ajuste, calibração, regulagem, retoque,

reaperto e troca rotineira de peças (filtros,mangueiras, cabos, câmaras,etc.).Em algumas

obras, a manutenção dos equipamentos é feita na própria frente de serviço, sem

necessidade de levá-los até a oficina mecânica; em outras, é necessário montar uma

oficina.

EQUIPAMENTO ALUGADO

Em uma obra nem sempre o construtor utiliza apenas equipamento próprio. Se

for conveniente, ele pode apelar para equipamento alugado de terceiros. Alugar um

equipamento nem sempre é um mau negócio. Em vários casos é conveniente ao

construtor alugar em vez de comprar. Vejamos algumas situações:

O aluguel de um equipamento pode ser de três formas:

1. Tarifa - a construtora paga um preço fixo por unidade de tempo (hora, dia, semana ou

mês), havendo as seguintes variações:

• aluguel inclui o equipamento puro, sem operador;

• aluguel inclui o equipamento com operador;

Page 63: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

62

• aluguel inclui combustível, lubrificação e reparos, sem operador;

• aluguel inclui o equipamento, combustível, lubrificação e reparos, com

operador.

2. Leasing (arrendamento mercantil) - a construtora paga uma taxa fixa pelo aluguel do

equipamento, por prazo determinado, mas com opção de compra pelo arrendatário. A

vantagem é que boa parte do aluguel pago é descontada do preço de aquisição do

equipamento. Outra vantagem é que a empresa pode considerar contabilmente como

despesa os pagamentos feitos, abatendo o imposto de renda devido.

3. Empreitada - a construtora paga pelo trabalho realizado pelo locador; nesta

modalidade, é interessante ao locador utilizar seus melhores operadores e máquinas para

aumentar a produtividade e receber o aluguel mais rápido.

OBS:

Quando o aluguel de uma máquina é feito por hora, cobra-se a hora trabalhada,

medida no horímetro do equipamento. No caso de cobranças por semana ou por mês, o

preço normalmente independe da quantidade de horas, sendo estabelecida uma média de

horas de trabalho - se o construtor for ineficiente, a hora de aluguel tende a ficar muito

cara.

FAIXAS DE VALORES DO BDI

Geralmente o valor de BDI apresentado no mercado fica em torno de 25% a

30%. O TCU firma o percentual mínimo e máximo de BDI em obras públicas, decisão

tomada pelo Acórdão nº 2.369/2011, em estudo realizado pelo próprio TCU, de acordo

com a tabela, a seguir:

FAIXAS DE VALORES DO CONTRATO MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA

BDI PARA OBRAS DE EDIFICAÇÕES - CONSTUÇÃO

Até R$ 150.000,00 20,80% 30,00% 25,10%

De R$ 150.000,00 até R$ 1.500.000,00 19,70% 28,80% 23,90%

De R$ 1.500.000,01 até R$ 75.000.000,00 18,60% 27,60% 22,80%

Page 64: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

63

De R$ 75.000.000,01 até R$ 150.000.000,00 17,40% 26,50% 21,60%

Acima de R$ 150.000.000,00 16,30% 25,30% 20,50%

BDI PARA OBRAS DE EDIFICAÇÕES - REFORMA (COM AMPLIAÇÃO DE

ATÉ 40%)

Até R$ 150.000,00 22,40% 31,90% 26,80%

De R$ 150.000,00 até R$ 1.500.000,00 21,30% 30,70% 25,70%

De R$ 1.500.000,01 até R$ 75.000.000,00 20,10% 29,60% 24,50%

De R$ 75.000.000,01 até R$ 150.000.000,00 19,00% 28,40% 23,30%

Acima de R$ 150.000.000,00 17,90% 27,20% 22,20%

BDI PARA FORNECIMENTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Faixa de referência 10,50% 19,60% 15,60%

Fonte: TCU, Acórdão nº 2.369/20011 – Plenário.

PREÇO DE VENDA

Portanto, a fórmula de cálculo apresentada para aplicação do BDI no preço

unitário de venda do serviço e que deve ser adotada é:

Segue um exemplo do fechamento do preço final de venda de obras e serviços:

Page 65: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

64

Page 66: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

65

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721. Avaliação de

custos de construção para incorporação e outras disposições para condomínios edilícios

- Procedimento. Rio de Janeiro, 2006.

BRASIL, Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Licitações e Contratos da administração

pública.

______, Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997.

COÊLHO, Ronaldo Sérgio de Araújo. Orçamentação na construção de edificações. São

Luís: UEMA, 2011.

Custo unitário básico. Disponível em: <http://www.sinduscon-

ma.com.br/downloads/cubvigente.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2012.

DIAS, Paulo Roberto Vilelas. Novo conceito de BDI obras e serviço de consultoria. 3

ed. Rio de Janeiro: IBEC, 2010.

______. Estimativas de custo de obras e serviços de engenharia. 2 ed. Rio de

Janeiro: IBEC, 2011.

GIAMMUSSO, Salvador Eugênio. Orçamento e custo na construção civil. 2 ed. São

Paulo: PINI, 1991.

GONZÁLEZ, Marco Aurélio Stumpf. Noções de orçamento e planejamento de obras.

São Leopoldo: Unisinos, 2008. (Notas de aula).

LIMMER, Carl Vicente. Planejamento, orçamentação e controle de projetos de

obras. Rio de Janeiro: LTC, 1996.

MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras. São Paulo: PINI, 2006.

Page 67: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

66

TCPO. Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. 13. ed. São Paulo:

Editora PINI, 2008.

TISAKA, Maçahiko. Orçamentação na construção civil. São Paulo: PINI, 2006.

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Acórdão nº 2.369/2011 – Plenário. Brasília:

TCU.

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO – Obras Públicas: Recomendações Básicas

para a contratação e Fiscalização de Obras Públicas. 2 ed. Brasília: TCU, SECOB,

2009.

Page 68: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

67

ANEXO A

Page 69: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

68

ORÇAMENTO ANÁLITICO

Logo Universidade Estadual do Maranhão

OBRA : REFORMA DO 16 DP DA VILA EMBRATEL DATA: 03/2011

LOCAL DA OBRA : VILA EMBRATEL

Orçamento

ITEM DISCRIMINAÇÃO QUANT. UND UNITÁRIO TOTAL

1. PRELIMINARES R$ 3.978,79

1.1 Licensas para início de obra

1,00

un R$ 1.166,00 R$ 1.166,00

1.2 Emolumentos e Taxas acima de R$300.000,00

1,00

un R$ 1.865,61 R$ 1.865,61

1.3 Locação da obra

212,85

m² R$ 4,45 R$ 947,18

2. IMPLANTAÇÃO/ ADMINISTRAÇÃO R$ 60.445,20

2.1 Administração diária de obra

180,00

dia R$ 246,63 R$ 44.393,40

2.3 Demolição de Reboco

193,38

m² R$ 15,19 R$ 2.937,44

2.4 Demolição de Alvenaria

217,84

m² R$ 52,37 R$ 11.408,28

2.5 Remoção de Entulho

53,66

m³ R$ 29,71 R$ 1.594,12

2.6 Remoção de Louça sanitária

9,00

und R$ 12,44 R$ 111,96

3. MOVIMENTO DE TERRA R$ 2.256,29

3.1 Escavação manual de valas

72,65 m³ R$ 29,71 R$ 2.158,43

3.2 Aterro compactado manualmente

21,32

m³ R$ 4,59 R$ 97,86

4. FUNDAÇÃO R$ 23.456,82

4.1 Alvenaria de embasamento com pedra, traço 1:4

69,83

m³ R$ 269,48 R$ 18.817,79

4.2 Forma de madeira para fundações em concreto armado

88,24

m² R$ 38,81 R$ 3.424,67

4.3 Concreto fck> 20MPa

2,43

m³ R$ 452,89 R$ 1.100,52

4.4 Aço CA -50 A 3/8" - 10mm

12,61

kg R$ 9,03 R$ 113,83

5. ESTRUTURA R$ 5.893,82

5.1 Concreto fck > 20 Mpa

7,40

m³ R$ 452,82 R$ 3.350,87

5.2 Aço CA-50 A 3/8" - 10 mm

58,98

kg R$ 9,03 R$ 532,60

5.3 Forma de madeira para estruturas em m² R$ 38,81 R$ 2.010,36

Page 70: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

69

concreto armado 51,80

6. ALVENARIA R$ 16.871,89

6.1 Alvenaria de tijolo cerâmico furado

465,56

m² R$ 36,24 R$ 16.871,89

7. COBERTURA R$ 104.598,74

7.1 Estrutura da cobertura para telhas cerâmica

546,55

m² R$ 61,88 R$ 33.820,51

7.2 Cobertura com telha cerâmica

546,55

m² R$ 129,50 R$ 70.778,23

8 IMPERMEABILIZAÇÃO R$ 263,20

8.1 Impermeabilização com emulsão asfáltica

28,00

m² R$ 9,40 R$ 263,20

10. PAVIMENTAÇÃO R$ 23.874,83

10.1 Assentamento de Paralelepipedo

352,50

m² R$ 67,73 R$ 23.874,83

11. REVESTIMENTOS R$ 59.516,43

11.1 Chapisco

1.097,87

m² R$ 7,59 R$ 8.332,83

11.2 Reboco de cimento e areia 1:4 - 25mm

951,26

m² R$ 23,68 R$ 22.525,84

11.4 Revestimento cerâmica 30x30

444,72

m² R$ 64,44 R$ 28.657,76

12. FORROS R$ 59.400,02

12.1 Forro de PVC

306,85

m² R$ 161,22 R$ 49.470,36

12.2 Estrutura para fixação do forro

306,85

m² R$ 32,36 R$ 9.929,67

13. CARPINTARIA E MARCENARIA R$ 15.391,65

13.1 Porta de madeira 0,70x2,10m com pintura esm. sint. cinza claro

3,00

und R$ 576,87 R$ 1.730,61

13.2 Porta de madeira 0,80x2,10m com pintura esm. sint. cinza claro

20,00

und R$ 484,91 R$ 9.698,20

13.3 Porta de madeira 0,90x2,10m com pintura esm. sint. cinza claro

3,00

und R$ 411,18 R$ 1.233,54

13.4 Porta de madeira 0,60x2,10m com pintura esm. sint. cinza claro

7,00

und R$ 389,90 R$ 2.729,30

14. SERRALHERIA R$ 1.420,42

14.1 Grade de ferro com pintura esmalte cinza prata

1,00

und R$ 826,93 R$ 826,93

14.2 Calha em chapa galvanizada # 24 desenvolvimento 33 cm

10,60

m R$ 55,99 R$ 593,49

15. PINTURA R$ 26.055,01

15.1 Emassamento com massa corrida acrílica - 2 demãos

951,26

m² R$ 12,50 R$ 11.890,75

15.2 Pintura acrílica semi-brilho - cor branca gelo

951,26

m² R$ 14,89 R$ 14.164,26

16 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, TELECOMUNICAÇÕES E INFORMÁTICA

R$ 39.464,18

Page 71: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

70

16.1 Luminárias 2x32 W embutir completa

25,00

un R$ 265,83 R$ 6.645,75

16.2 Quadro de distribuição com barramentos fase, neutro e terra com capacidade de 48 circuitos

1,00

un R$ 1.105,26 R$ 1.105,26

16.3 Quadro de Medição Trifásico - Padrão cemar

1,00

un R$ 113,80 R$ 113,80

16.4 Luva de PVC rígido para eletroduto roscável 30 mm (1")

45,00

un R$ 5,67 R$ 255,15

16.5 Tomada 2P+T universal ref: 543 23 Pial

24,00

un R$ 16,02 R$ 384,48

16.6 Interruptor 1 seção

28,00

un R$ 15,42 R$ 431,76

16.7 Interruptor 2 seções

2,00

un R$ 27,90 R$ 55,80

16.8 Eletroduto de PVC flexivel seção 1"

214,00

m R$ 13,45 R$ 2.878,30

16.9 Disjuntor 1P / 25 A 380 V 4,5 kA

6,00

un R$ 27,12 R$ 162,72

16.10 Cabo Pirastic 450/750V-1,5mm²

1.053,00

un R$ 7,61 R$ 8.013,33

16.11 Cabo Pirastic 450/750V-2,5mm²

1.053,00

m R$ 7,61 R$ 8.013,33

16.12 Caixa octogonal de PVC 3x3"

51,00

m R$ 12,51 R$ 638,01

16.13 Caixa de tomada para duto de piso com suporte para tomadas logicas e eletricas

2,00

un R$ 139,28 R$ 278,56

16.14 Caixa de passagem para duto de piso 30x30 cm

2,00

un R$ 41,87 R$ 83,74

16.15 Curva 90 para duto de piso 25x140mm

9,00

un R$ 30,73 R$ 276,57

16.16 Curva 90 para duto de piso 25x210mm

5,00

un R$ 44,17 R$ 220,85

16.17 Eletroduto de PVC rígido roscável 1" embutido em piso / alvenaria

242,00

m R$ 25,96 R$ 6.282,32

16.18 Cabo coaxial RG 59 U

34,00

un R$ 9,34 R$ 317,56

16.19 Eletroduto de PVC flexivel seção 1" para telefone

214,00

m R$ 13,45 R$ 2.878,30

16.20 Quadro de embutir 20x20x13,5cm padrão telefonia

1,00

un R$ 145,09 R$ 145,09

16.21 Tomada RJ45 cat 5e

5,00

un R$ 56,70 R$ 283,50

17 INSTALAÇÕES DE ÁGUA E ESGOTO R$ 18.902,73

17.1 Abertura e fechamento de rasgos em alvenaria e pisos para tubulação de água fria

58,96

m R$ 7,94 R$ 468,14

17.2 Bóia automática para reservatório inferior

1,00

und R$ 69,65 R$ 69,65

17.3 Bóia automática para reservatório superior

1,00

und R$ 69,65 R$ 69,65

Page 72: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

71

17.4 Adaptador soldavel de PVC curto c/ bolsa rosca para registro 25mm-3/4"

3,00

und R$ 3,59 R$ 10,77

17.5 Reservatório de fibra de 5000 litros

1,00

und R$ 1.802,05 R$ 1.802,05

17.6 Registro de esfera em PVC soldável 25mm-3/4"

2,00

und R$ 28,39 R$ 56,78

17.7 Registro de gaveta com acabamento cromado 25mm-3/4"

6,00

und R$ 100,53 R$ 603,18

17.8 Registro de pressão com acabamento cromado 25mm-3/4"

6,00

und R$ 100,53 R$ 603,18

17.9 Tubo soldável de PVC para água fria, com conexões, 25mm-3/4"

58,96

m R$ 15,07 R$ 888,53

17.10 Engates flexivel de PVC

9,00

und R$ 7,98 R$ 71,82

17.11 Caixa sifonada de PVC rígido, 100 x 100 x 50mm

9,00

und R$ 35,75 R$ 321,75

17.12 Ralo seco com grelha

2,00

und R$ 12,80 R$ 25,60

17.13 Tubo de PVC, sem conexões, ponta e bolsa soldável, Ф 40 mm

5,01

m R$ 11,80 R$ 59,12

17.14 Tubo de PVC, sem conexões, ponta e bolsa soldável, Ф 50 mm

20,00

m R$ 14,31 R$ 286,16

17.15 Tubo de PVC, sem conexões, ponta e bolsa soldável, Ф 100 mm

60,73

m R$ 25,90 R$ 1.572,73

17.16 Tubo de PVC, sem conexões, ponta e bolsa soldável, Ф 150 mm

11,14

m R$ 31,19 R$ 347,42

17.17 Joelho 45 de PVC, ponta e bolsa soldável, Ф 40 mm

13,00

und R$ 8,40 R$ 109,25

17.18 Joelho 45 de PVC, ponta e bolsa e virola soldável, Ф 50 mm

7,00

und R$ 8,14 R$ 56,99

17.19 Joelho 45 de PVC, ponta bolsa e virola soldável, Ф 100 mm

15,00

und R$ 15,00 R$ 225,01

17.20 Joelho 90 de PVC, ponta e bolsa soldável, Ф 40 mm

4,00

und R$ 9,50 R$ 38,02

17.21 Joelho 90 de PVC, ponta bolsa e virola soldável, Ф 50 mm

1,00

und R$ 9,72 R$ 9,72

17.22 Joelho 90 de PVC, ponta bolsa e virola soldável, Ф 100 mm

10,00

und R$ 19,70 R$ 197,00

17.23 Junção 45 de PVC, com redução, ponta bolsa e virola soldável, 100x50 mm

9,00

und R$ 21,83 R$ 196,43

17.24 Caixa de gordura pequena em alvenaria de 1/2 tijolo

1,00

und R$ 184,35 R$ 184,35

17.25 Caixa de inspeção (60 x 60 x 60 cm) em alvenaria de 1 tijolo

5,00

und R$ 350,32 R$ 1.751,62

17.26 Fossa séptica l=4,00m, c=6,00m e h=2,00m

1,00

und R$ 5.958,32 R$ 5.958,32

Page 73: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

72

17.27 Sumidouro d=2m h=2,91m em alvenaria com tampa de concreto

1,00

und R$ 2.919,50 R$ 2.919,50

18. INSTALAÇÕES CONTRA INCÊNDIO

1,00 und R$ 5.958,32 R$ 5.958,32

18.1 Extintor CO2 - 6 kg de parede

1,00 und R$ 2.919,50 R$ 2.919,50

18.2 Extintor PQS - 4 kg de parede

6,00 un R$ 294,45 R$ 1.766,70

19. LIMPEZA E VERIFICAÇÃO FINAL R$ 2.031,26

19.1 Limpeza diária e verificação final

659,50

m² R$ 3,08 R$ 2.031,26

Total R$ 469.779,60

Page 74: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

73

ORÇAMENTO SINTÉTICO

Logo Universidade Estadual do Maranhão

OBRA : REFORMA DO 16 DP DA VILA EMBRATEL DATA: 03/2011

LOCAL DA OBRA : VILA EMBRATEL

Orçamento

ITEM DISCRIMINAÇÃO TOTAL

1. PRELIMINARES R$ 3.978,79

2. IMPLANTAÇÃO/ ADMINISTRAÇÃO R$ 60.445,20

3. MOVIMENTO DE TERRA R$ 2.256,29

4. FUNDAÇÃO R$ 23.456,82

5. ESTRUTURA R$ 5.893,82

6. ALVENARIA R$ 16.871,89

7. COBERTURA R$ 104.598,74

8 IMPERMEABILIZAÇÃO R$ 263,20

10. PAVIMENTAÇÃO R$ 23.874,83

11. REVESTIMENTOS R$ 59.516,43

12. FORROS R$ 59.400,02

13. CARPINTARIA E MARCENARIA R$ 15.391,65

14. SERRALHERIA R$ 1.420,42

15. PINTURA R$ 26.055,01

16 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, TELECOMUNICAÇÕES E INFORMÁTICA

R$ 39.464,18

17 INSTALAÇÕES DE ÁGUA E ESGOTO R$ 18.902,73

18. INSTALAÇÕES CONTRA INCÊNDIO R$ 5.958,32

19. LIMPEZA E VERIFICAÇÃO FINAL R$ 2.031,26

R$ 469.779,60

Page 75: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

74

ANEXO B

Page 76: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

75

Page 77: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

76

Page 78: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

77

Page 79: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

78

Page 80: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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Page 81: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

80

Page 82: NOÇÕES DE ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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