noções de oceanografia, meteorologia e marinharia

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    NOES DE OCEANOGRAFIA, METEROLOGIA EMARINHARIA.

    AUTOR: SEVERINO FREITAS DA SILVA

    COLABORADORES: ATADE DE FREITAS SILVA

    HELBER MACEDO

    FERNANDO HENRIQUE DE MELO ABREU

    SENAI FIRJAN

    Rio de Janeiro - 2013

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    Controle de Estabilidade de Unidade Offshore

    Mdulo I

    Estruturas e Arranjos de Unidade Flutuante

    Estabilidade Bsica

    Estabilidade: Esttica e Dinmica

    Automao e Eletricidade no Sistema de Lastro

    Sistema de Lastro: Bombas e Tubulaes

    Mdulo II

    Noes de Oceanografia e Meteorologia

    Alteraes da Estabilidade e Planos de Contingncia

    Ancoragem e Movimentao de Plataformas

    Certificao e Classificao NavalSistema de Armazenagem de leo

    Preveno e Medidas de Controle da Poluio

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    4

    Sumrio

    1 ........................................................................................................................................... 6

    2 : ............................................................................. 7

    2.1 ................................................................................................................................. 7

    2.2 ................................................................................................................... 10

    2.3 ................................................................................................................. 12

    2.4 .......................................... 13

    2.5 ,

    . ........................................................................................................................ 14

    ................................. 15

    ........................................ 16

    3 ........................................................................... 17

    3.1 ............................................................................................................ 17

    4 . ................................................. 20

    4.1 .......................................................................................................................... 20

    4.2 : ............................................................................................................... 21

    5 :..................................................................................... 23

    6 .................. 25

    7 ......................................................................................................................... 26

    7.1 ..................................................................................................................... 26

    7.2 ............................................................................. 26

    7.3 .................................................................................................................. 27

    7.4 .................................................................................................................................. 28

    7.5 .............................................................................................................. 30

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    7.6 ....................................................................... 31

    7.7 ............................................................................. 32

    ..................................................................................................................... 38

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    2 Os Elementos Climticos: Conceitos Relacionados

    Clima conjunto dos estados de tempo que se sucedem, durante um perodo

    considerado (normalmente 30 anos).

    Estado de tempo conjunto de fenmenos meteorolgicos que se fazem sentir em

    dado momento (temperatura, precipitao, vento, presso atmosfrica, umidade,

    nebulosidade, etc.).

    Elementos do Clima so fenmenos atmosfricos que o definem e o caracterizam

    (temperatura, precipitao, vento, presso atmosfrica, umidade, nebulosidade,

    etc.). Variam em funo dos fatores climticos.

    Factores climticos condies fsicas que condicionam o clima. Destacam-se a

    Latitude, a Altitude, a orientao do relevo, a proximidade ou afastamento do mar

    (continentalidade), correntes martimas, vegetao, etc.

    Atmosfera Camada gasosa que envolve a Terra. A sua composio qumica e

    caractersticas fsicas variam com a altitude. A camada inferior da Atmosfera, a

    Troposfera que se encontra em contacto com a superfcie da Terra contm o

    oxignio e os outros gases necessrios vida animal e vegetal. aqui, tambm,

    que ocorrem todos os fenmenos meteorolgicos que condicionam a vida

    superfcie da Terra.

    2.1 Temperatura

    Termograma grfico construdo pelos termgrafos, que nos indica a evoluo da

    temperatura num determinado perodo.

    Movimento de Rotao da Terra o movimento que a Terra executa em torno do

    seu eixo, em sentido direto (contrrio ao movimento efetuado pelos ponteiros do

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    relgio). Dura cerca de 24 horas e responsvel pela sucesso dos dias e das

    noites e pelo movimento diurno aparente do Sol.

    Eixo da Terra - linha imaginria que passa pelo centro da Terra e pelos dois Plos e

    em torno do qual a Terra executa o seu movimento de rotao.

    Movimento diurno aparente do Sol Movimento que este astro parece executar em

    volta da Terra. Trata-se de um movimento aparente, pois a Terra que realmente se

    movimenta sobre si prpria, em volta do seu eixo (movimento de rotao) em sentidocontrrio ao da apreenso pelos nossos sentidos.

    Temperatura mdia diurna mdia aritmtica dos valores das temperaturas

    registradas a diferentes horas do dia.

    Amplitude trmica diurna diferena entre a temperatura mxima e mnima

    registradas num dia.

    Movimento de Translao da Terra o movimento que a Terra executa em torno

    do Sol, em sentido direto (contrrio ao movimento efetuado pelos ponteiros do

    relgio). A Terra descreve uma trajetria que tem durao de 365 dias e 6 horas.

    Este movimento responsvel pelas estaes do ano e pelo movimento anual

    aparente do Sol.

    Solstcios So os momentos em que o Sol se encontra o mais afastado possvel

    do Equador, ou seja, sobre os trpicos. Esses momentos ocorrem no dia 21 de

    Junho (Solstcio de Junho o maior dia do ano no Hemisfrio Norte) e nos dias 21

    ou 22 de Dezembro (Solstcio de Dezembro o menor dia do ano no Hemisfrio

    Norte).

    Equincios So os momentos em que o Sol se encontra sobre o Equador. Esses

    momentos ocorrem no dia 21 de Maro (Equincio de Maro) e nos dias 22 ou 23 de

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    Setembro (Equincio de Setembro). Nestas datas os dias e as noites tm igual

    durao em todos os lugares do Globo.

    Equador - Crculo imaginrio, perpendicular ao Eixo da Terra, que divide a Terra em

    duas partes iguais: Hemisfrio Norte e Hemisfrio Sul e serve de referncia para a

    determinao da Latitude.

    Trpico de Cncer Paralelo situado Latitude de 23 27 Norte.

    Trpico de Capricrnio Paralelo situado Latitude de 23 27 Sul.

    Temperatura mdia anual mdia aritmtica das temperaturas mdias mensais.

    Amplitude Trmica Anual diferena entre a temperatura mdia do ms mais quente

    e a temperatura mdia do ms mais frio.

    Isotrmicas so as linhas que unem pontos com a mesma temperatura mdia

    (diurna, mensal ou anual) reduzida ao nvel do mar, ou seja, subtraindo a influncia

    da altitude.

    Equador trmico linhas que unem pontos com maior temperatura mdia em cada

    meridiano. No uma linha isotrmica.

    Latitude - arco de meridiano, medido em graus, entre o Equador e o lugar

    considerado. expressa em graus e varia entre 0 no Equador e 90 Norte (Plo

    Norte) e 90 Sul (Plo Sul).

    Altitude - distncia, em metros, medida na vertical, desde o nvel mdio das guas

    do mar at ao lugar. O nvel mdio das guas do mar encontra-se a zero metros. A

    Altitude das terras emersas quase sempre positiva. O fundo do mar tem uma

    altitude negativa, designada por Profundidade.

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    Gradiente Trmico Vertical a diminuio de temperatura com a altitude em cerca

    de 0,6C por cada 100 metros.

    2.2 Presso Atmosfrica

    Presso atmosfrica Fora exercida pela atmosfera em cada unidade de superfcie

    (mede-se em milibares mb. A presso atmosfrica normal de 1013 mb.

    Linhas isobricas ou Isbaras Linhas que unem pontos com a mesma presso

    atmosfrica.

    Barmetro Aparelho que mede a presso atmosfrica.

    Bargrafo Para alm de medir, tambm regista continuamente os valores de

    presso atmosfrica.

    Gradiente baromtrico Diferena de presso atmosfrica por unidade de distncia,

    medida perpendicularmente s isbaras.

    Centro Baromtrico Representaes grficas que, num mapa, apresentam a

    distribuio da presso atmosfrica, com base na disposio e nos valores das

    isbaras.

    Centro de Baixas Presses, Centro Depressionrio ou Ciclone Centro baromtrico

    em que o valor de presso das Isbaras aumenta do centro para a periferia. O ar

    desloca-se superfcie, da periferia para o centro (movimento convergente) e em

    altitude, de baixo para cima (movimento ascendente). Provoca chuvas de origem

    convectivas (se o Ciclone for de origem trmica) e convergentes (se for de origem

    dinmica).

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    Centro de Altas Presses ou Anticiclone Centro baromtrico em que o valor de

    presso das Isbaras diminui do centro para a periferia. O ar desloca-se

    superfcie, do centro para a periferia (movimento divergente) e em altitude, de cima

    para baixo (movimento descendente). Provoca geralmente tempo seco e quente no

    Vero e frio no Inverno. Pode ser de origem trmica ou dinmica.

    Centro Baromtrico de origem trmica Anticiclone ou Depresso que resulta,

    respectivamente, da descida ou subida do ar, devido ao acentuado arrefecimento ou

    aquecimento do ar.

    Centro Baromtrico de origem dinmica Anticiclone ou Depresso que resulta,

    respectivamente, da descida ou subida do ar, relacionada com a Circulao Geral da

    Atmosfera, no Globo Terrestre.

    Circulao Geral da Atmosfera- A circulao geral da atmosfera resulta do equilbrio

    energtico da Terra. A superfcie terrestre nas latitudes prximas do equador recebemais energia do que a que perde por irradiao, ao contrrio do que sucede nas

    latitudes superiores. A transferncia de calor entre o Equador e os plos faz-se

    atravs da circulao do ar. A subida de ar quente nas regies equatoriais e a

    descida de ar frio nas regies polares so compensadas, superfcie, por correntes

    de ar dirigidas para o equador, e, em altitude, por correntes dirigidas para os plos.

    A 20 - 30 de latitude, a subsidncia do ar (resultante do seu arrefecimento

    em altitude), com a consequente Cintura de Altas Presses, determina um ramo

    polar, originando os Ventos de Oeste e um ramo que se dirige para o Equador, os

    ventos alseos. Nas regies polares, o arrefecimento pronunciado provoca a

    subsidncia do ar, que est na origem dos Ventos de Leste. Quando estes ventos

    frios encontram a corrente dos Ventos de Oeste mais quentes, forma-se a superfcie

    frontal polar e as respectivas depresses que a ela se associam.

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    2.3 Umidade Atmosfrica

    Umidade atmosfrica Quantidade de vapor de gua existente na atmosfera.

    Umidade absoluta Quantidade de vapor de gua existente por unidade de volume

    de ar (g/m3). A atmosfera pode ir-se enriquecendo em vapor de gua, mas existe

    sempre um limiar a partir do qual j no suporta mais, sem que haja condensao, a

    que chamamos Tenso Mxima ou Crtica.

    Tenso Mxima ou Crtica (ou Ponto de Saturao) - Quantidade mxima de vapor

    de gua que o ar pode conter mede-se em g/m3. Quando atinge a Tenso Mxima

    ou Crtica atmosfera est saturada. Quanto maior for temperatura, maior a

    Tenso Mxima ou Crtica.

    Umidade relativa Relao entre a quantidade de vapor de gua por unidade de

    volume de ar que a atmosfera contm e a quantidade mxima, para a mesmatemperatura, que ela pode conter. Varia no sentido inverso da Temperatura.

    100.. xCrticaMximaTenso

    AbsolutaUmidadeRU =

    Ponto de Orvalho Temperatura qual o ar atinge a saturao sem variar a

    presso.

    Higrmetro Aparelho que mede os valores de umidade Relativa.

    Hidrgrafos Para alm de medir tambm registra continuamente os valores de

    umidade Relativa.

    Condensao Passagem do estado de vapor ao estado lquido.

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    Evaporao Passagem do estado lquido ao estado gasoso.

    2.4 Efeitos das Correntes e Vento na Fora de Amarrao da Unidade.

    Uma unidade flutuante posicionada sobre uma determinada locao no mar

    est sujeita a ao de ondas, ventos e correntezas. Esta atuao ambiental sobre a

    unidade provoca o aparecimento de foras sobre a mesma, conhecidas como foras

    ambientais.

    A componente horizontal da resultante destas foras atua no sentido dedeslocar a unidade sobre o plano da superfcie do mar, afastando-a da locao Off

    set.

    Observao

    O aumento das tenses nas linhas, em condies climticas adversas, resulta

    num aumento das foras verticais nos fair leader, acarretando um aumento

    na estabilidade, devido ao VCG dos fair leader estar abaixo do KG da

    unidade quando em calado operacional (Figura 1).

    Figura 1 Representao do extremo de uma coluna de uma SS, com uma composio completa do

    guincho a ncora, com os efeitos do tempo.

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    W = resistncia ao vento no calado em questo.

    C = resistncia corrente no calado em questo.

    D = tenso no guincho (-) tenso na ncora.

    Todos os valores so apresentados em kips. (1 kip= 1000 libras = 453,59 kg)

    A tenso de teste mxima obtida a partir da frmula acima no dever ultrapassar

    500.000 libras que equivale a 226.796 tons

    FEAR LEADER Polia de passagem de cabo/amarra.Portanto, o sistema de amarrao aumenta a estabilidade em condies

    adversas, mas o resultado no levado em considerao porque a unidade ainda

    dever apresentar estabilidade adequada na hiptese de rompimento de uma linha

    de ancoragem ou da reduo de tenses caso uma das ncoras venha agarrar.

    O KG mximo permitido, contidos no Manual de Operaes Martimas

    admitem que a unidade esteja flutuando sem qualquer limitao relacionada s

    ncoras.

    2.5 Analisar as Situaes Crticas a Estabilidade em uma SS nas Foras de

    Ancoragem, sobre Influncia do Tempo.

    Podemos destacar algumas situaes prticas evidenciadas em uma

    semissubmersvel que se tornaram crticas da ancoragem na estabilidade.

    Como a componente vertical significativa, caso a unidade sofra um

    rompimento de uma das amarras e/ou cabo como exemplo, a unidade que possua

    oito linhas de amarrao, teremos uma elevao de mais ou menos 3 no corner do

    rompimento, exigindo do operador de lastro um lastreamento neste corner,

    corrigindo a unidade.

    Problema idntico ir ocorrer se liberarmos a amarra sem controle durante

    uma correo, provocando o rompimento do elo de fixao dentro do paiol de

    amarra, e conseqentemente a perda da linha.

    Quanto aos FPSOs no teremos os problemas de estabilidade destacados

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    acima, gerando apenas um maior deslocamento em relao ao off set determinado,

    que de 10% bem maior que das Semissubmersvel.OFFSET Margem de afastamento das unidades SS (Semissubmersvel e

    FPSO/FSO) em relao ao seu ponto operacional.

    A equipe de operao dever usar combinaes de tempo observando

    (durante um intervalo), previses de tempo, grficos de movimentos crticos e sentir

    a unidade para julgar quando o lastreamento necessrio (Analisar possvel

    reduo do tempo em segundos de um perodo pico a pico) das ondas.

    2.5.1 Operaes de lastreamento de trnsito de uma SS em tempestade.

    Existem ocasies onde semissubmersveis frequentemente tem que lastrar e

    isto ocorrem quando em operaes de trnsito da unidade.

    Diferente das embarcaes convencionais, semissubmersveis tem a

    habilidade de variar seu calado dentro de uma ampla faixa. A fim de obter

    velocidade mxima em manobra, essas unidades se movem entre locaes detrabalho no calado mnimo ou calado de trnsito DMA (Deslastro Movimentao e

    Ancoragem). Tambm as estrutura de suporte cross tubepode sofrer avaria devido

    a impacto das ondas e aumento de balano, caturro e arfagem. Em muitos manuais

    de operao isto mencionado como pancada.

    Algumas unidades so dotadas de um grfico para indicar as reas de

    possvel carga de esforo em termos de movimento angular contra a variao do

    perodo, apresentado pelas ondas.

    A equipe de operao dever usar combinaes de tempo observando

    (durante um intervalo), previses de tempo, grficos de movimentos crticos e sentir

    a unidade para julgar quando o lastreamento necessrio (Analisar possvel

    reduo do tempo em segundos de um perodo pico a pico) das ondas.

    Lastreamento durante uma travessia ocenica frequentemente ocorre

    condies de piora do tempo, no se deve retardar uma operao necessria.

    As seguintes diretrizes podem auxiliar os operadores quando executando

    lastreamento em tempestade.

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    Recomendaes para lastrar podem ser seguidas:

    Tempo presente / Previses do tempo

    a) Se as condies do tempo excedem fora do mar 8/9, unidade aproada para o

    tempo necessria para ser ter movimentos seguros.

    Mar com ondas acima de 20 ps (6 metros) ir provocar pancadas pesadas na

    estrutura da embarcao.

    b) Movimento excedendo ou aproximando de limites indicados na Curva de

    Movimento Crtico, (banda) devem ser observados.c) Em circunstncia conforme o pargrafo 'a' e estando a barlavento de terra,

    lastreamento no apenas reduz consideravelmente o progresso para vante, mas

    reduz tambm a deriva. Em dois casos semissubmersveis partiram cabo de reboque

    ao largo de terra com o lastreamento conseguiram maior tempo para recuperar o

    sistema de reboque.

    d) Correndo com o vento em mau tempo a reboque ou auxiliado por reboque o

    convs do rebocador pode ser varrido pelo mar resultando em risco considervele) Para o rebocador. Em tal condio o rebocador deve virar para o tempo

    (Barlavento) e o lastreamento uma opo inteligente, aguardando melhora do

    mesmo.

    2.1.2 Procedimentos em caso de mau tempo durante uma operao

    a) Cortar o segmento da unidade

    A embarcao no deve estar desenvolvendo nenhum segmento significativo.

    Se a deciso foi lastrar, o deslocamento deve ser reduzido para facilitar a operao

    para o calado desejado.

    b) Direo do tempo

    As semissubmersveis so mais bem lastradas com o vento e mar vindo de proa,

    como exemplo, em relao ao norte verdadeiro na nova locao, poder

    exemplificar um ngulo de 25 nordeste (NE), recebendo o tempo em ngulo com o

    mar saindo por popa bombordo s colunas agem como quebramar na estrutura da

    coluna de proa boreste, assim, ajudando a reduzir as foras de impacto das ondas.

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    3 Introdues ao Sistema de dados Meteorolgicos

    Um Sistema Integrado de Dados Meteorolgicos um sistema interativo e

    automatizado para aquisio, armazenamento e visualizao de dados de interesse

    meteorolgico, em especial para o trabalho operacional de previso de tempo. A

    integrao do sistema tambm deve permitir a visualizao conjunta dos diversos

    tipos de dados necessrios, como modelos numricos, imagens de satlite e dados

    de superfcie, assim como a gerao manual ou automatizada de produtos ou

    figuras.As empresas e os centros operacionais de previso de tempo necessitam de

    sistemas do tipo para o trabalho dirio, mas as universidades tambm podem se

    beneficiar utilizando-os em atividades de ensino e pesquisa, especialmente nos

    campos de anlise sintica e modelagem numrica.

    A Situao no Brasil

    No Brasil no existe um sistema nacional integrado disponvel para todas asorganizaes com todos os dados de interesse como nos Estados Unidos. Na

    realidade nacional, os centros operacionais possuem acesso aos dados atravs da

    rede oficial da Organizao Meteorolgica Mundial (o GTS: Global

    Telecommunication System), enquanto que universidades e empresas normalmente

    os obtm atravs da internet (FTP ou HTTP) a partir dos centros produtores de

    dados (INMET, INPE, DECEA, etc ou com organizaes Norte-Americanas que

    disponibilizam os dados do GTS em endereos de FTP).

    3.1 Caractersticas do tempo

    Precipitao atmosfrica Deposio de gua na superfcie do globo, no estado

    lquido ou slido. A quantidade de precipitao cada num determinado lugar ou

    regio, num certo intervalo de tempo, exprime-se em (mm) de altura ou em litros por

    metro quadrado (l/m2). A cada milmetro de altura corresponde um litro por metro

    quadrado.

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    No estado lquido, as precipitaes distinguem-se pelas dimenses das gotas:

    chuvisco, chuva, aguaceiros, orvalho e nevoeiro.

    No estado slido, as precipitaes distinguem-se pela sua estrutura: Neve

    (constituda por cristais que se aglutinam em flocos), granizo (com estrutura

    granular), saraiva (semelhante ao granizo, mas grnulos mais irregulares e de

    maiores dimenses) e geada (congelao das pequenas gotculas de orvalho

    superfcie).

    Pluviosidade Precipitao no estado lquido abrangendo apenas os aguaceiros, achuva e o chuvisco.

    Chuvas convectivas-Chuvas resultantes da subida do ar por conveco trmica. As

    elevadas temperaturas que se verificam ao nvel do solo provocam fortes correntes

    de ar ascendentes (Ciclones de origem trmica). So bastante frequentes nas

    regies equatoriais onde a temperatura e a humidade so muito elevadas. Podem

    ocorrer tambm nas regies de clima temperado continental, durante o Vero.

    Chuvas convergentes - Chuvas resultantes da subida do ar por conveco dinmica.

    A Circulao Geral da Atmosfera obriga o ar a subir nalgumas reas do planeta,

    criando-se fortes correntes de ar ascendente (Ciclones de origem dinmica). So

    bastante frequentes nas regies equatoriais onde se verifica a Convergncia

    Intertropical dos ventos Alseos. Ocorrem tambm nas reas subpolares onde se

    verifica a convergncia dos ventos de Leste e de Oeste.

    Chuvas frontais - Chuvas associadas passagem de perturbaes da frente polar.

    No ramo da frente fria, o ar quente obrigado a subir rapidamente originando

    aguaceiros; no ramo da frente quente, o ar quente sobe lentamente, pelo que

    sucedem apenas alguns chuviscos.

    Chuvas orogrficas - Chuvas que resultam da subida do ar hmido, ao longo das

    vertentes montanhosas que se dispem paralelamente linha da costa (relevo

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    concordante). Em consequncia do arrefecimento do ar, o vapor de gua condensa

    e posteriormente precipita. So designadas tambm por chuvas de relevo.

    Superfcie Frontal Fria Superfcie de contacto entre duas massas de ar quente e

    frio onde o ar frio est a avanar no sentido da massa de ar quente.

    Superfcie Frontal Quente Superfcie de contacto entre duas massas de ar quente

    e frio onde o ar quente est a avanar no sentido da massa de ar frio.

    Frente Linha de interseco de uma Superfcie Frontal com a superfcie terrestre,

    pondo em contacto duas massas de ar com caractersticas de temperatura,

    densidade e de presso diferentes.

    Frente Fria Linha de interseco de uma Superfcie Frontal Fria com a superfcie

    terrestre.

    Frente Quente - Linha de interseco de uma Superfcie Frontal Quente com a

    superfcie terrestre.

    Frente Polar Superfcie ao longo da qual se encontram, o ar frio da massa de ar

    polar e o ar quente da massa de ar tropical.

    Pluvimetro (ou Udmetro) Aparelho que mede a precipitao.

    Pluvigrafo (ou Udgrafo) Aparelhos que medem a precipitao e registam

    continuamente os seus valores.

    Linhas Isoiticas ou Isoietas Linhas que unem pontos com igual precipitao total.

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    4 Caractersticas e Efeitos das Ondas sobre as Unidades Flutuantes.

    As ondas so fenmenos naturais gerados pelo atrito do vento contra a

    superfcie da gua. Os efeitos das ondas no so constantes, modificam-se

    consideravelmente em funo do tipo do navio, de seu rumo e de sua velocidade.

    Por exemplo: um navio pequeno tem tendncia de escalar um lado de uma onda e

    descer no outro lado, enquanto um navio maior pode tender a atravessar as ondas,

    com a quilha mais ou menos nivelada.

    Se as ondas so de tal comprimento que a proa e a popa do navio fiquemalternadamente sobre cristas sucessivas e cavados consecutivos, o navio

    submetido a pesados esforos de alquebramento e, sob condies extremas, pode

    partir-se em dois. Para reduzir o risco, pode-se mudar o rumo do navio. Um navio

    menor, por seu tamanho, em geral enfrenta melhor o perigo de alquebramento.

    4.1 Alquebramento

    Se consecutivas vagas atingem o bordo de um navio na mesma fase de

    balanos sucessivos, embora sejam ondas relativamente pequenas, elas podem

    causar um balano muito forte. Esse efeito pode ser comparado ao de embalar uma

    criana em um balano, onde a fora com que se empurra no to importante

    quanto o instante em que se d o impulso. Se aplicado no sentido longitudinal, o

    mesmo efeito pode ser reduzido com uma mudana de rumo ou de velocidade.

    Cuidados durante a Navegao

    Uma onda com comprimento igual a duas vezes o comprimento do navio

    pode colocar o navio em perigo de cair no cavado do mar, isto , no mar com vagas

    altas e pouco distanciadas entre si, particularmente se ele estiver em baixa

    velocidade. O efeito especialmente pronunciado com mar de bochecha ou de

    alheta, quando a onda atinge o navio quase na popa, puxa-a e faz com que a proa

    volte para o bordo do ataque, podendo fazer com que o rumo varie at os vinte

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    graus para um bordo e para o outro. Um aumento da velocidade contribui para

    reduzir o perigo.

    Um grupo de ondas move-se apenas com a metade da velocidade com que

    se propagam as ondas individuais que formam o grupo. Consequentemente, a

    mesma onda no permanece como a mais alta de um grupo, mas as ondas que

    passam atravs do grupo alcanam sua altura mxima prximo do centro do grupo.

    Assim, os carneiros e espumas de arrebentao no permanecem nas mesmas

    ondas e, em uma formao simples de ondas, uma vaga s arrebenta na crista

    quando prxima do centro do grupo.Entretanto, em um mar desencontrado, cujas ondulaes seguem direes

    contrrias, as ondas quebram mais freqentemente.

    4.2 A diferena das ondas:

    Uma onda ntegra muito menos perigosa que uma onda quebrando. Na

    primeira, o movimento da gua quase que inteiramente para cima e para baixo,havendo pouco movimento para frente e para trs; mas, em uma onda quebrando,

    uma grande massa de gua fortemente projetada da crista, para frente e para

    baixo, com uma velocidade de cerca de metade da celeridade da onda. Ademais,

    uma onda que arrebenta naturalmente mais alta e mais escarpada que as ondas

    vizinhas. Entretanto, uma onda pode quebrar pelo impacto com o navio e, nesta

    situao, seu perigo potencial quase to grande como o de uma onda que se

    quebra naturalmente. De modo geral, um mar com vagas curtas e escarpadas, ou

    um mar desencontrado (confuso), mais perigoso para navios pequenos, enquanto

    que um mar com ondas longas e pesadas mais perigoso para navios maiores.

    Ao conjunta do vento e das ondas

    Em mar grosso, a superfcie da gua constituda por uma srie de cristas e

    cavados, movendo-se com uma velocidade mdia de propagao, porm, exceto

    por uma pequena corrente superficial, a superfcie da gua no est movendo-se

    com o vento.

    A fora que um fluido em movimento pode exercer a uma dada velocidade

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    proporcional sua densidade. Como a gua muito mais densa que o ar, o efeito

    combinado das ondas e do vento sobre o navio deve-se quase somente s ondas. O

    efeito do vento torna-se importante para a sobrevivncia do navio apenas quando o

    vento sopra em velocidade de furaco (FORA 12 acima de 64 ns).

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    5 Efeitos do Mar em uma Unidade Flutuante:

    Mar grosso

    Fica reduzida a velocidade no fundo;

    Possibilidade de avarias nas obras mortas, em consequncia dos golpes do mar,

    particularmente na superestrutura;

    Possibilidade de o navio emborcar ou at mesmo, sob as condies

    extremas. Os efeitos do mar grosso so tanto mais acentuados quanto maior for velocidade do navio; por isto, sob o mau tempo, indispensvel reduzir a

    velocidade. Normalmente, necessrio mudar o rumo, para capear ou correr com o

    tempo.

    O perodo de oscilao natural em uma unidade no depende da amplitude

    do balano, sendo inversamente proporcional altura metacntrica (GM) e

    diretamente proporcional ao momento de inrcia (Figura 2).

    Depende muito da relao resultante entre o perodo de oscilao. Ocomportamento de uma unidade, no que se refere ao balano, natural da

    embarcao e o perodo das ondas. Podemos ver alteraes na unidade em seu

    centro de gravidade, bem como no centro de carena.

    Quando o perodo de oscilao natural do navio igual, ou quase igual, ao

    semiperdido aparente das ondas, a embarcao entra em sincronismo, isto , h

    superposio dos dois conjugados de inclinao, tendo como resultado balanos de

    grande amplitude.Para evitar o sincronismo, deve-se alterar o rumo, a velocidade, ou ambos,

    alterando o perodo aparente das ondas em relao a unidade que estiver em

    trnsito.

    Deve-se ter em mente que aproando ao mar, reduz-se o semi-perodo

    aparente das ondas; dando a popa ao mar, aumenta-se o semi-perodo aparente

    das ondas.

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    Figura 2 Estrutura de uma SS sofrendo a influncia de vento e onda.

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    6 Previses meteorolgicas e procedimentos operacionais de

    segurana a estabilidade.

    Em caso de mau tempo

    Uma estao meteorolgica um local onde so coletados dados para

    anlise do tempo meteorolgico. Encontram-se equipadas com aparelhos de

    medio das variveis climticas. Os seus dados so utilizados ainda para a

    previso do tempo. Em nossos dias, por meio de programas de computador,

    integram-se os dados coletados, permitindo a sua apresentao.

    Instrumentos

    Uma estao tpica apresenta os seguintes instrumentos de medio:

    Termmetro para medir as variveis da temperatura;

    Barmetro para medir as variveis da presso atmosfrica;

    Higrmetro para medir as variveis da umidade relativa do ar;

    Anemmetro para medir as variavis da velocidade do vento ; Biruta ou manga de ventopara indicar a orientao do vento;

    Piranmetro para medir as variveis de insolao;

    Heligrafo para medir a durao da ao do Sol;

    Pluvimetro para medir a quantidade de precipitao pluviomtrica.

    Outros dados passveis de obteno so o alcance visual de pista

    (visibilidade), altura de nuvens at aos 1500 metros, cobertura de cu nublado,nomeadamente para fins de navegao area.

    Tipos de estaes

    Consoante o tipo de equipamentos que abrigam, as estaes meteorolgicas

    podem ser classificadas em convencionais e automticas. Nas primeiras, a coleta

    dos dados feita manualmente por tcnicos. As segundas so dotadas de sensores

    eletrnicos e de meios de transmisso dos dados para uma central.

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    7 Sinalizao Martima

    Da mesma forma que as ruas possuem suas sinalizaes, os mares tambm

    necessitam deste recurso para assegurar um trajeto seguro at o destino. Ao invs

    de placas e semforos, nos mares so utilizados faris, sinais sonoros, entre outros

    recursos.

    7.1 Sinalizao nutica

    Sinalizao nutica o conjunto de sistemas e recursos visuais, sonoros,

    radioeltricos, eletrnicos ou combinados destinado a proporcionar ao navegante as

    informaes necessrias para que ele dirija o movimento do seu navio, ou

    embarcao, com segurana e economia. Essa sinalizao constitui fator essencial

    para a segurana da navegao.

    Originalmente, a expresso auxlios navegao englobava apenas os sinais

    visuais, porm seu conceito original evoluiu e atualmente abrange os sistemaseletrnicos, incluindo os segmentos de bordo e os externos ao navio, quer instalado

    em terra ou mesmo em satlites.

    Apesar da alta preciso de posicionamento, das informaes praticamente

    contnuas de alguns equipamentos de navegao e, tambm, do alto nvel de

    confiabilidade e detalhamento das publicaes e cartas nuticas, a relevncia dos

    recursos tradicionais permanece.

    Os tradicionais sinais de auxlio navegao so indispensveis, emsituaes nas quais o tempo para decidir e ordenar uma guinada ou manobra de

    mquinas extremamente reduzido. Isso ocorre, por exemplo, no deslocamento em

    guas restritas

    7.2 Funes principais dos auxlios navegao

    Os auxlios navegao tm as seguintes funes principais:

    Possibilitar a determinao da posio do navio;

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    Indicar uma aterragem;

    Alertar sobre a existncia e a posio de perigos navegao;

    Orientar os movimentos do navio; e Demarcar os limites dos canais de

    navegao.

    7.3 Auxlios navegao

    Os auxlios destinam-se a possibilitar a orientao ou o posicionamento do

    navegante, ou a transmitir-lhe determinada informao. Existem diferentes tipos deauxlios: auxlio rdio, sinais visuais e sinais sonoros.

    Os sinais visuais podem ser luminosos ou cegos, conforme se destinam a

    orientar o navegante de dia e de noite (luminosos), ou apenas durante o dia (cegos).

    Auxlios-rdio navegao

    Os auxlios-rdio navegao empregam ondas-rdio para a orientao ou

    posicionamento da embarcao. Os sinais combinados renem dois ou mais dostipos, por exemplo:

    Luminosos - sonoros, cegos -sonoros e luminosos - radioeltricos.

    Sinais sonoros

    Os sinais sonoros orientam o navegante mediante a emisso de sons

    especiais. Para tal, so dotados de equipamentos acsticos tais como:

    Apito, sino, gongo, sirene ou buzina de cerrao.

    Noes de navegao, ancoragem e atracao.

    Os processos sobre navegao, ancoragem e atracao so meios

    fundamentais nas atividades em alto-mar. Por isso fundamental conhec-las, pois

    sero parte das operaes desenvolvidas no dia-a-dia da fora de trabalho.

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    7.4 Navegao

    Consultando o dicionrio Aurlio encontramos as seguintes definies para o

    verbete navegao.

    Trataremos, particularmente, da navegao martima de superfcie, adotando, para

    tal, uma definio mais especfica:

    Navegao a cincia e a arte de conduzir, com segurana, um navio (ou

    embarcao) de um ponto a outro da superfcie da Terra.

    Sem dvida, quando o homem comeou a locomover-se sobre a gua emrsticas embarcaes, a navegao era apenas uma arte.

    Mas, elementos de cincia foram sendo incorporados. Hoje, pode-se afirmar

    que a navegao tanto arte quanto cincia. Cincia, pois envolve o

    desenvolvimento e utilizao de instrumentos de preciso: mtodos, tcnicas,

    cartas, tbuas e almanaques. Arte, na medida em que necessita interpretar os dados

    para indicar esta a posio do navio.

    Navegao. [do lat. navigatione] S.f. 1. Ato ou efeito de navegar. 2. Arte deconduzir com segurana uma embarcao de um ponto a outro da superfcie da

    Terra. 3. Viagem por mar.

    1) Antes da partida. Planejamento e traado da derrota (estudo da viagem):

    Selecionar cartas nuticas, cartas piloto e outras publicaes de auxlio

    segurana da navegao; Consultar o aviso aos navegantes para verificar se as cartas e publicaes

    esto atualizadas;

    Estudar detalhadamente a rea em que se vai navegar;

    Fazer o traado da derrota nas cartas gerais e de grande escala;

    Registrar rumos, velocidades e ETAs;

    2) Determinar a posio do navio;

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    3) Prever a posio futura do navio, utilizando tcnicas da navegao estimada;

    4) Determinar, novamente, a posio do navio;

    5) Confrontar a posio determinada e a posio estimada para um mesmo instante

    a fim de:

    Determinar os elementos da corrente; Corrigir o rumo e a velocidade, para

    seguir a derrota prevista, com a velocidade de avano estabelecida, compensando acorrente;

    Quantas vezes quanto necessrio para a segurana da navegao. Repetir

    as operaes de 2 a 5 tantas.

    Tipos de navegao

    Tradicionalmente so reconhecidos trs tipos principais de navegao em

    funo da distncia que se navega da costa ou do perigo mais prximo:Navegao ocenica aquela praticada ao largo, em alto-mar, geralmente a mais

    de 50 milhas da costa;

    Navegao costeira a realizada mais prximo da costa, em distncias

    aproximadamente entre 50 e 3 milhas da costa ou do perigo mais prximo. Esta

    navegao feita vista de terra, sendo os acidentes naturais ou artificiais - tais

    como pontas, cabos, ilhas, faris, torres, edificaes, etc. - os pontos de referncia

    para a determinao do posicionamento do navio no mar;

    Navegao em guas restritas aquela praticada nos portos ou em seus

    arredores, em barras, baas, canais, rios, lagos, proximidades de perigos ou

    quaisquer outras situaes em que a embarcao tenha suas manobras limitadas

    pela configurao da costa ou da topografia submarina. Tambm a denominao

    para quando a navegao realizada a menos de trs milhas de distncia da costa

    ou do perigo mais prximo. A navegao em guas restritas exige o mais alto grau

    de preciso.

    Para os sistemas eletrnicos de posicionamento para navegao de

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    aproximao de portos e em guas restritas, por exemplo, as Organizaes

    Internacionais que tratam da segurana da navegao, tal como a IMO

    (Organizao Martima Internacional) e a IALA (Organizao Internacional de

    Sinalizao Nutica), recomendam uma preciso da ordem de 8 a 20 metros (95%

    de probabilidade).

    7.5 Mtodos de navegao

    Para determinar a posio do navio e dirigir seus movimentos o naveganteutiliza-se de um ou mais mtodos.

    A seguir, esto listados os principais mtodos de navegao e o procedimento

    utilizado, pelo navegante, para a determinao da posio da embarcao:

    Navegao astronmica - observaes dos astros:

    Navegao visual - Observaes visuais de pontos de terra e/ou de auxlios navegao de posies determinadas. Estes pontos podem ser marcaes,

    alinhamentos, ngulos horizontais ou verticais, etc. condio essencial que os

    pontos de referncia estejam identificados com base na carta nutica da regio;

    Navegao eletrnica - Informaes eletrnicas diversas, obtidas por diferentes

    fontes: radar, radiogonimetro, omega, decca, loran, satlite, etc.;

    Navegao estimada - h uma previso aproximada da posio, a partir de uma da

    posio anteriormente determinada, utilizando o rumo, a velocidade e o intervalo de

    tempo entre as posies;

    Navegao hiperblica - a partir da diferena de distncias a determinados pontos -

    as estaes do sistema - obtm as linhas de posio (LDP) que demarcam a

    posio do navio.

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    Navegao por satlites - As foras armadas dos Estados Unidos, no incio dos anos

    70, perceberam a necessidade de um sistema de navegao por satlites de alta

    preciso, que pudesse ser utilizado a qualquer momento e sob quaisquer condies

    meteorolgicas.

    Esperava-se, como requisito fundamental deste sistema, uma capacidade de

    posicionamento contnuo tridimensional - latitude, longitude e altitude - em contraste

    com a limitao dos sistemas at ento utilizado, que se limitava a uma avaliao

    bidimensional e peridica.Ambicionava-se um sistema que pudesse ser utilizado no apenas por navios,

    submarinos, aeronaves e veculos militares terrestres, mas, tambm, em veculos

    civis, tais como vemos atualmente utilizados em carros particulares e txis.

    Portanto, deveria atender a uma vasta gama de aplicaes, desde

    mapeamento topo-hidrogrfico de preciso at sistemas anti coliso de navios e

    aeronaves. Os principais mtodos de navegao so: Navegao astronmica;

    Navegao visual; Navegao eletrnica; Navegao estimada; Navegaohiperblica.

    7.6 Conceitos preliminares de Marcao de posio.

    No estudo das tcnicas da navegao costeira foi abordada a determinao

    da posio por linhas de posio (LDP) simultneas. Foi visto que, embora na

    maioria das vezes as LDP no sejam realmente simultneas, procura-se tornar o

    intervalo de tempo entre elas o mnimo possvel, de modo que, na prtica, as linhas

    de posio possam ser consideradas simultneas.

    Entretanto, h ocasies em que se navega ao longo de uma costa onde s

    possvel identificar, de cada vez, um nico ponto notvel representado na Carta

    Nutica. Nessas situaes, pode-se determinar a posio do navio (ou embarcao)

    utilizando-se duas linhas de posio obtidas em instantes diferentes.

    Para isso, aplica-se a tcnica de determinao da posio por LDP

    sucessivas, isto , com um intervalo de tempo considervel entre elas. Neste caso,

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    conhecendo o intervalo de tempo decorrido entre as duas linhas de posio, a

    velocidade do navio e o seu rumo verdadeiro, podem determinar a distncia

    percorrida entre as observaes, em uma direo conhecida (o rumo verdadeiro), e,

    ento, transportar a primeira LDP para o instante da segunda, obtendo a posio por

    LDP sucessivas.

    A determinao da posio por LDP sucessivas utiliza os conceitos da

    navegao estimada. A tcnica de determinao da posio por LDP sucessivas

    aplicada navegao costeira. Entretanto, os conceitos formulados, especialmente

    os relativos ao transporte de LDP, aplicam-se a outros tipos de navegao, emparticular navegao astronmica.

    7.7 Luzes de navegao e sinalizaes utilizadas

    Letras e Bandeiras

    LetraCdigoNATO

    BandeiraSignificado

    A AlfaTenho um mergulhador na gua; conserve-se afastado e

    a pouca velocidade.

    B Bravo Carrego, descarrego ou transporto carga perigosa.

    C Charlie Sim (Afirmativo).

    D DeltaMantenha-se afastado, estou a manobrar com

    dificuldade.

    E Echo Estou a guinar para estibordo (boreste).

    F Foxtrot Estou com avaria; comunique comigo.

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    G Golf Necessito de um piloto (prtico).

    H Hotel Tenho piloto (prtico) a bordo.

    I India Estou a guinar para bombordo.

    J Juliet Estou com incndio a bordo: mantenha-se afastado.

    K Kilo Tenho uma comunicao a fazer.

    L Lima Voc deve parar sua embarcao imediatamente.

    M Mike O meu navio est parado.

    N November No (Negativo).

    O Oscar Homem ao mar.

    P Papa

    No porto: todas as pessoas devem regressar a bordo,

    pois o navio vai largar. No mar: pode ser usado por

    embarcaes de pesca para dizer: "Minhas redes podem

    obstru-lo".

    Q Quebec Peo livre prtica (licena para entrar em porto).

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    R Romeo

    Sem significado (na Marinha Portuguesa esta bandeira

    poder significar que o navio est em misso de busca e

    salvamento (SAR - Search And Rescue), em misso de

    fiscalizao ou a efetuar operaes de reabastecimento

    no mar).

    S Sierra Estou a fazer marcha r a toda a fora.

    T Tango Mantenha-se afastado.

    U Uniform Vai sobre um perigo.

    V Victor Peo assistncia.

    W Whiskey- Peo assistncia mdica.

    X Xray Pare as suas manobras.

    Y Yankee- Estou a garrar (arrastar a ncora).

    Z Zulu Peo reboque.

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    Combinaes

    As letras podero ser combinadas adquirindo outros significados. Exemplo de

    alguns sinais de duas letras e seu significado:

    AC - Estou a abandonar o meu navio

    AN - Preciso de um mdico

    BR - Necessito de um helicptero

    CD - Peo assistncia imeadiataDV - Estou deriva

    EF - O SOS/MAYDAYencontra-se cancelado

    FA - Pode fornecer-me a minha posio?

    GW - Homem ao mar. Efectue a sua recolha.

    JL - Corre o risco de encalhar

    NC - Estou em perigo e peo assistncia imediata

    PD - As suas luzes de navegao no so visveisPP - Mantenha-se bastante afastado de mim

    QD - Estou a deslocar-me para vante

    QT - Estou a deslocar-me para r

    QU - Fundear no permitido

    QX - Solicito autorizao para fundear

    RU - Mantenha-se afastado de mim. Estou a manobrar com dificuldade

    SO - Deve parar o seu navio imediatamente

    UM - O porto est fechado ao trfego martimo

    UP - Solicito autorizao para entrar o porto com urgncia. Encontro-me em

    dificuldades

    YU - Vou comunicar com a sua estao atravs do Cdigo Internacional de Sinais

    ZL - O seu sinal foi recebido, mas no compreendido.

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    Luz de navegao - Todas as embarcaes utilizam noite um cdigo de luzes que

    permite aos pilotos dos outros barcos e navios identificar em que sentido est

    navegando: a boreste deve estar acesa uma luz verde e a bombordo uma luz

    vermelha. Se apenas a luz verde visvel, significa, portanto que a embarcao

    sinalizada est cruzando da esquerda para a direita; se apenas a luz vermelha, est

    em sentido contrrio.

    Se a luz verde vista esquerda e a vermelha direita, cuidado: a

    embarcao avistada est se aproximando, em rota de coliso com a sua. Devido

    disposio dessas luminrias, no sero avistadas se a embarcao, ao contrrio,estiver com a popa apontada para quem a avista, afastando-se, portanto.

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    Curriculum Vitaedo autor

    Severino Freitas da Silva

    Nvel superior no CIAGA Centro de Instruo Almirante Graa Aranha Oficial de

    Mquinas da Marinha Mercante.

    Ps-Graduao CIAGA Oficial Superior de Mquinas

    Bacharel Gama Filho Administrao de Empresas.

    OFFSHORE: Tcnico de Estabilidade

    Coordenador de Embarcao

    Gerente de Embarcao

    ABERDEEN SKILLS AND ENTERPRISE TRAINING (ASET)

    Atualizao EstabilidadeEspecializao para Instrutor em Simulador Martimo Multifuncional para:

    Semissubmersvel

    FPSO / FSO

    Jack-Up

    Gerenciamento de Grandes Emergncias para OIM

    Gerenciamento de Emergncias e Situaes Crticas para Operadores Sala

    de Controle.

    SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL (SENAI)

    Instrutor Especializado II.

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    Referncias bibliogrficas

    Elementos climticos Presso Atmosfrica, Umidade - De Rui Marques

    Disciplina de Geografia 3 Ciclo;

    Noes de Marinharia de Orlando Jos Ferreira Torres (Petrobrs);

    Perspectivas de um sistema Integrado de dados Meteorolgicos - Ana Lcia

    Travezani Ferreira e Sergio Henrique Soares;

    Wikipdia Estao Meteorolgica.