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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

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Didatismo e Conhecimento 1

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

Prof. Ms. Guilherme M. CardosoAdvogado, Consultor Jurídico e Professor Universitário.Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Univer-

sitário Eurípides de Marília e graduado pela mesma instituição.

Ementa da disciplina

Princípios e normas constitucionais relativos aos direitos políticos, nacionalidade e aos partidos políticos, de que tratam os Capítulos III, IV e V do Título II da Constituição de 1988 em seus art. 12 a 17. Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 1965, e respectivas atualizações, inclusive Lei n.º 9.504, de 1997): Dos órgãos da Justiça Eleitoral. Do Tribunal Superior Eleitoral. Dos Tribunais Regionais Eleitorais. Dos juízes eleitorais. Das juntas eleitorais: composição e atribuições. Resolução TSE n.º 21.538, de 14 de outubro de 2003. Resolução nº 803, de 03 de dezembro de 2009, e alterações posteriores: Regulamento dos Juízos e Cartórios Eleitorais da Circunscrição de Minas Ge-rais.

Prezado (a) Candidato (a):

Obrigado por adquirir a apostila da Editora Nova. Para nós é uma imensa satisfação tê-lo como nosso leitor. Graças a sua confiança nosso trabalho vem se expandindo por todo o país. Esperamos atender suas expectativas e auxilia-lo em seu estudo; oferecemos suporte para dúvidas que porventura venham surgir.

Nosso objetivo foi o de destacar os principais tópicos que merecem atenção especial, uma vez que em outros concursos a cobrança de tais tópicos é corriqueira. É importante ressaltar que esta material não esgota o estudo do tema, razão pela qual indicamos a leitura de outras obras doutrinárias sobre o tema. Porém, este material serve tanto para responder questões de múltipla escolha como de questões discursivas. Ao final apre-sentamos um exemplo de questão discursiva.

Toda legislação foi retirada do site oficial do governo fe-deral. Caso queira maiores detalhes acesse: www.planalto.gov.br. As súmulas também foram extraídas do site do Tribunal Superior Eleitoral, www.tse.jus.br.

Portanto, não deixe de fazer a leitura minuciosa de toda a legislação pelo fato de que muitos artigos são autoexplicati-vos; tentar explica-los ou comenta-los poderia não ser didático. Acredite em sua aprovação! Acreditar em um sonho é o pri-meiro passo para conseguir conquista-lo!

PRINCÍPIOS E NORMAS CONSTITUCIO-NAIS RELATIVOS AOS DIREITOS POLÍTI-COS, NACIONALIDADE E AOS PARTIDOS

POLÍTICOS, DE QUE TRATAM OS CAPÍTU-LOS III, IV E V DO TÍTULO II DA CONSTI-

TUIÇÃO DE 1988 EM SEUS ART. 12 A 17.

CONSTITUIÇÃO FEDERALCAPÍTULO IIIDA NACIONALIDADE

Art. 12. São brasileiros:I - natos:a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que

de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasi-leira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Fe-derativa do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra-sileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira com-petente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;

II - naturalizados:a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasilei-

ra, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterrup-tos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.

§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:I - de Presidente e Vice-Presidente da República;II - de Presidente da Câmara dos Deputados;III - de Presidente do Senado Federal;IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;V - da carreira diplomática;VI - de oficial das Forças Armadas.VII - de Ministro de Estado da Defesa § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro

que:I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em

virtude de atividade nociva ao interesse nacional;II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei es-

trangeira;

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b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a ban-deira, o hino, as armas e o selo nacionais.

§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

CAPÍTULO IVDOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio uni-versal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;II - referendo;III - iniciativa popular.§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;II - facultativos para:a) os analfabetos;b) os maiores de setenta anos;c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,

durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exercício dos direitos políticos;III - o alistamento eleitoral;IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;V - a filiação partidária; RegulamentoVI - a idade mínima de:a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Re-

pública e Senador;b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado

e do Distrito Federal;c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual

ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;d) dezoito anos para Vereador.§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado

e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Re-pública, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Pre-feitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Es-tado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes con-dições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibi-lidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato conside-rada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instru-ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto du-

rarem seus efeitos;IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação

alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

CAPÍTULO VDOS PARTIDOS POLÍTICOS

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime de-mocrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

I - caráter nacional;II - proibição de recebimento de recursos financeiros de enti-

dade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para defi-

nir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para ado-tar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbi-to nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatu-tos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.

§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade ju-rídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.

§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organi-zação paramilitar.

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Princípio da Anualidade Eleitoral

Previsto no artigo 16, informa que as regras do processo eleitoral quando mudadas, só passam a produzir efeitos imediatos se publica-das 01 ano antes das eleições. Esse princípio também é conhecido como princípio que proíbe mudar as “regras do jogo” próximo ao pleito eleitoral

Princípio da Vedação da Restrição de Direitos Políticos

Se a lei não propor espécie de restrição política, aquele que interpretar a lei não poderá impô-la. Esse princípio também pode ser cha-mado de in dubio pro candidato ou in dubio pro eleitor, ou seja, havendo dúvida, deve sempre o juiz ou Tribunal priorizar a não restrição de direitos políticos.

As restrições de direitos políticos estão previstas no artigo 15 da Constituição Federal que já inicia afirmando que não serão cassados os direitos políticos, salvo nas hipóteses ali previstas.

Os direitos políticos aparecem previstos no artigo 14, apresentando principalmente aqueles que podem eleger e ser eleitos, bem como ocupar determinados cargos políticos.

Princípio do Devido Processo Legal

Princípio fundamental previsto na Constituição Federal, ninguém pode ser privado de seus bens ou de sua liberdade sem o devido processo legal. Portanto, ainda que seja passível de se restringir determinado direito político, para que isto venha ocorrer será necessário a observância do devido processo legal, ou seja, instrução processual, defesas , produção de provas e julgamento (respeitado o duplo grau de jurisdição).

Abaixo, apresentaremos quadro esquematizado elaborado pelo Prof. Thales Thácio Cerqueira em sua obra, Direito Eleitoral Esquema-tizado, demonstrando outros princípios relacionados a matéria de direito eleitoral (Saraiva, 2012, p. 44):

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QUESTÕES

01) (UFPR - 2012 - TJ-PR – Juiz). No que consiste o princípio da anualidade eleitoral? a) As leis eleitorais têm validade de apenas 01 (hum) ano a partir de sua publicação, razão pela qual existem as Resoluções do TSE a

cada eleição. b) As leis eleitorais valem apenas para o ano da eleição para a qual foram editadas e publicadas e são complementadas pelas Resoluções

do TSE. c) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral somente entram em vigor 01 (hum) ano depois da eleição para a qual foi publicada. d) As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral entram em vigor na data de sua publicação e não se aplicam à eleição que ocorra

até 01 (hum) ano da data de sua vigência.

02) (CESPE - 2005 - TRE-MT - Analista Judiciário) Acerca dos princípios pertinentes ao direito eleitoral e aos direitos políticos de que trata a Constituição Federal, assinale a opção correta.

a) O exercício da soberania popular restringe-se ao sufrágio universal, com valor igual para todos.b) O alistamento e o voto são facultativos para quem tem mais de 16 anos de idade e menos de 18 anos de idade.c) O exercício dos direitos políticos não guarda relação com a elegibilidade.d) Para ser candidato a prefeito de capital, é necessário ter 30 anos de idade, ou mais.e) Os maiores de 70 anos de idade, em gozo de boas condições de saúde, são obrigados a alistar-se e a votar.

03) (Ministério Público / MT). A lei que altera o processo eleitoral:a) entra em vigor após um ano de sua publicação;b) entra em vigor na data de sua publicação;c) só entra em vigor na data da publicação quando não há eleição prevista para até um ano depois;d) nenhuma das respostas.

GABARITO

01) D 02) B 03) B

Professor Mestre Guilherme M. CardosoAdvogado, Consultor Jurídico e Professor Universitário.Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Universitário Eurípides de Marília e graduado pela mesma instituição.

Nos termos do Edital nº 2 de 11 de dezembro de 2014, o Presidente do TER/MG retificou o Edital nº 1 (Diário Oficial da União nº. 223, de 18 de novembro de 2014, Seção 3, páginas 166 a 172) para acrescentar os seguintes tópicos: Lei n.º 9.504/97: disposições gerais, sistema eletrônico de votação e totalização dos votos. Os demais tópicos foram mantidos e permanecem inalterados.

EMENTA DA DISCIPLINA (EDITAL Nº1)

“III NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL: (...) Código Eleitoral (Lei, nº 4.737, de 1965, e respectivas atualizações, inclusive Lei n.º 9.504, de 1997): Dos órgãos da Justiça Eleitoral. Do Tribunal Superior Eleitoral. Dos Tribunais Regionais Eleitorais. Dos juízes eleitorais. Das juntas eleitorais: composição e atribuições. (...)”,

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EMENTA RETIFICADA (EDITAL Nº2)

LEIA-SE: “III NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL: (...) Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/65 e respectivas atualizações): Ór-gãos da Justiça Eleitoral (Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais Regionais Eleitorais, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais: compo-sição, competências e atribuições). Lei n.º 9.504/97: disposições gerais, sistema eletrônico de votação e totalização dos votos. (...)”.

LEI N.º 9.504/97: DISPOSIÇÕES GERAIS, SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO

E TOTALIZAÇÃO DOS VOTOS.

Do Sistema Eletrônico de Votação e da Totalização dos Votos

Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão feitas por sistema eletrônico, podendo o Tribunal Superior Eleitoral autori-zar, em caráter excepcional, a aplicação das regras fixadas nos arts. 83 a 89.

§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado no masculino ou feminino, conforme o caso.

§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão compu-tados para a legenda partidária os votos em que não seja possível a identificação do candidato, desde que o número identificador do partido seja digitado de forma correta.

§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os referentes às eleições majoritárias.

§ 4º A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante as-sinatura digital, permitam o registro digital de cada voto e a iden-tificação da urna em que foi registrado, resguardado o anonimato do eleitor.

§ 5º Caberá à Justiça Eleitoral definir a chave de segurança e a identificação da urna eletrônica de que trata o § 4o.

§ 6º Ao final da eleição, a urna eletrônica procederá à assi-natura digital do arquivo de votos, com aplicação do registro de horário e do arquivo do boletim de urna, de maneira a impedir a substituição de votos e a alteração dos registros dos termos de início e término da votação.

§ 7º O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento.

§ 8º O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento.

Art. 60. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de legenda quando o eleitor assinalar o número do partido no mo-mento de votar para determinado cargo e somente para este será computado.

Art. 61. A urna eletrônica contabilizará cada voto, asseguran-do-lhe o sigilo e inviolabilidade, garantida aos partidos políticos, coligações e candidatos ampla fiscalização.

Art. 61A. (Revogada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003)

Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, so-mente poderão votar eleitores cujos nomes estiverem nas respecti-vas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a que se refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral disciplinará a hipótese de falha na urna eletrônica que prejudique o regular pro-cesso de votação.

Comentário Doutrinário

Disposições gerais

Diferente de tempos onde era utilizada a cédula de votação, agora tanto a votação quanto a totalização dos votos é feita na modalidade eletrônica. Os votos que até então eram contados ma-nualmente, chegando a perdurar por vários dias, agora é feito na modalidade eletrônica. Cada urna eletrônica totaliza os votos auto-maticamente após o encerramento do prazo de votação.

A modalidade de votação eletrônica no Brasil segue regi-da pela Lei n. 9.504/97, Código Eleitoral, Resoluções do TSE, observando, ainda, as normas estabelecidas pela Resolução n. 22.713/2008 do TSE:

“Art. 4º Observar-se-ão na votação os seguintes procedimen-tos (Código Eleitoral, art. 146):

I — o eleitor, ao apresentar-se na seção e antes de adentrar o recinto da mesa receptora de votos, deverá postar-se em fila;

II — admitido a adentrar, o eleitor apresentará o seu título de eleitor ou documento de identificação à mesa receptora de votos, o qual poderá ser examinado pelos fiscais dos partidos políticos e coligações;

III — o componente da mesa localizará no cadastro de elei-tores da urna e no caderno de votação o nome do eleitor e o con-frontará com

o nome constante do título de eleitor ou documento de iden-tificação;

IV — não havendo dúvida sobre a identidade do eleitor, o presidente da mesa receptora de votos convidá-lo-á a apor sua as-sinatura ou impressão digital no caderno de votação;

V — o presidente da mesa receptora de votos ratificará a iden-tidade do eleitor solicitando que ele posicione o dedo indicado pelo sistema sobre o leitor de impressões digitais;

VI — havendo o reconhecimento da biometria, o presidente da mesa receptora de votos autorizará o eleitor a votar;

VII — não havendo o reconhecimento da biometria, o pre-sidente da mesa receptora de votos solicitará ao eleitor que po-sicione o próximo dedo indicado pelo sistema sobre o leitor de impressões digitais para identificação, e assim sucessivamente, até o reconhecimento;

VIII — por fim, não havendo o reconhecimento biométrico do eleitor, o presidente da mesa receptora de votos autorizará o eleitor a votar por meio de um código numérico e consignará o fato em ata;

IX — na cabina indevassável, o eleitor indicará os números correspondentes aos seus candidatos;

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

X — concluída a votação, o eleitor dirigir-se-á à mesa recep-tora de votos, a qual lhe restituirá o título de eleitor ou o documen-to de identificação apresentado e entregar-lhe-á o comprovante de votação;

XI — no recinto da mesa receptora de votos, o eleitor não poderá fazer uso de telefone celular, equipamento de radiocomu-nicação ou outro equipamento que possa comprometer o sigilo do voto.”

Regras excepcionais

Verifica a impossibilidade de utilização do sistema eletrônico de votação, deverão ser observadas as regras dispostas entre os artigos 83 a 89, que se referem a votação por cédulas de papel.

Art. 83. As cédulas oficiais serão confeccionadas pela Justiça Eleitoral, que as imprimirá com exclusividade para distribuição às Mesas Receptoras, sendo sua impressão feita em papel opaco, com tinta preta e em tipos uniformes de letras e números, identificando o gênero na denominação dos cargos em disputa.

§ 1º Haverá duas cédulas distintas, uma para as eleições ma-joritárias e outra para as proporcionais, a serem confeccionadas segundo modelos determinados pela Justiça Eleitoral.

§ 2º Os candidatos à eleição majoritária serão identificados pelo nome indicado no pedido de registro e pela sigla adotada pelo partido a que pertencem e deverão figurar na ordem determinada por sorteio.

§ 3º Para as eleições realizadas pelo sistema proporcional, a cédula terá espaços para que o eleitor escreva o nome ou o número do candidato escolhido, ou a sigla ou o número do partido de sua preferência.

§ 4º No prazo de quinze dias após a realização do sorteio a que se refere o § 2º, os Tribunais Regionais Eleitorais divulgarão o modelo da cédula completa com os nomes dos candidatos majori-tários na ordem já definida.

§ 5° Às eleições em segundo turno aplica-se o disposto no § 2º, devendo o sorteio verificar-se até quarenta e oito horas após a proclamação do resultado do primeiro turno e a divulgação do modelo da cédula nas vinte e quatro horas seguintes.

Art. 84. No momento da votação, o eleitor dirigir-se-á à cabi-na duas vezes, sendo a primeira para o preenchimento da cédula destinada às eleições proporcionais, de cor branca, e a segunda para o preenchimento da cédula destinada às eleições majoritárias, de cor amarela.

Parágrafo único. A Justiça Eleitoral fixará o tempo de votação e o número de eleitores por seção, para garantir o pleno exercício do direito de voto.

Art. 85. Em caso de dúvida na apuração de votos dados a ho-mônimos, prevalecerá o número sobre o nome do candidato.

Art. 86. No sistema de votação convencional considerar-se-á voto de legenda quando o eleitor assinalar o número do partido no local exato reservado para o cargo respectivo e somente para este será computado.

Art. 87. Na apuração, será garantido aos fiscais e delegados dos partidos e coligações o direito de observar diretamente, a dis-tância não superior a um metro da mesa, a abertura da urna, a aber-tura e a contagem das cédulas e o preenchimento do boletim .

§ 1º O não atendimento ao disposto no caput enseja a impug-nação do resultado da urna, desde que apresentada antes da divul-gação do boletim.

§ 2º Ao final da transcrição dos resultados apurados no bo-letim, o Presidente da Junta Eleitoral é obrigado a entregar cópia deste aos partidos e coligações concorrentes ao pleito cujos repre-sentantes o requeiram até uma hora após sua expedição.

§ 3º Para os fins do disposto no parágrafo anterior, cada par-tido ou coligação poderá credenciar até três fiscais perante a Junta Eleitoral, funcionando um de cada vez.

§ 4º O descumprimento de qualquer das disposições deste arti-go constitui crime, punível com detenção de um a três meses, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período e multa, no valor de um mil a cinco mil UFIR.

§ 5º O rascunho ou qualquer outro tipo de anotação fora dos boletins de urna, usados no momento da apuração dos votos, não poderão servir de prova posterior perante a Junta apuradora ou to-talizadora.

§ 6º O boletim mencionado no § 2º deverá conter o nome e o número dos candidatos nas primeiras colunas, que precederão aquelas onde serão designados os votos e o partido ou coligação.

Art. 88. O Juiz Presidente da Junta Eleitoral é obrigado a re-contar a urna, quando:

I - o boletim apresentar resultado não coincidente com o nú-mero de votantes ou discrepante dos dados obtidos no momento da apuração;

II - ficar evidenciada a atribuição de votos a candidatos inexis-tentes, o não fechamento da contabilidade da urna ou a apresenta-ção de totais de votos nulos, brancos ou válidos destoantes da mé-dia geral das demais Seções do mesmo Município, Zona Eleitoral.

Art. 89. Será permitido o uso de instrumentos que auxiliem o eleitor analfabeto a votar, não sendo a Justiça Eleitoral obrigada a fornecê-los.

Segundo o Prof. Thales Tácito, são duas as hipóteses de im-possibilidade de utilização da urna eletrônica. A primeira, no caso da urna falhar; a segunda, no caso da urna de contingência (reser-va) falhar.

Procedimento de votação

A votação eletrônica será feita no número do candidato ou da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado no masculino ou feminino, conforme o caso.

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

Obs.: Na votação para as eleições proporcionais, serão com-putados para a legenda partidária os votos em que não seja possí-vel a identificação do candidato, desde que o número identificador do partido seja digitado de forma correta.

No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de le-genda quando o eleitor assinalar o número do partido no momento de votar para determinado cargo e somente para este será compu-tado.

Exemplo: (dados fictícios)

Partido da Causa Universitária Legenda: PDCUNúmero: 10

Eleitor não vota no número do candidato, mas sim na legenda do partido, ou seja, ao invés de digitar o número de algum can-didato, prefere votar no partido. Para que esse voto seja válido, ainda que não tenha escolhido determinado candidato, deve corre-tamente digitar o número da legenda do partido, no caso, número 10 – confirmando voto para o PDCU.

Totalização dos votos

Com a utilização da urna eletrônica, os votos passaram a ser totalizados na modalidade eletrônica, e não mais manualmente. Cada urna emite o chamado Boletim de Urna, que é o documento no qual são totalizados os votos nela depositados. Esse boletim conterá:

- o horário de encerramento da votação;- a identificação da seção, da zona eleitoral, do compareci-

mento e do número de votantes;- o nome e o número dos candidatos que obtiveram votos na-

quela seção;- o código de identificação da urna eletrônica;- o número de eleitores aptos, o número de votantes, a votação

individual de cada candidato, os votos de cada legenda partidária, os votos nulos, os votos em branco e a soma geral de votos (art. 10, caput, da Resolução n. 20.565 do TSE).

RESOLUÇÃO TSE N.º 21.538, DE 14 DE OUTUBRO DE 2003.

Resolução nº 21.538, de 14 de outubro de 2003 - Brasília – DF

Dispõe sobre o alistamento e serviços eleitorais mediante pro-cessamento eletrônico de dados, a regularização de situação de eleitor, a administração e a manutenção do cadastro eleitoral, o sistema de alistamento eleitoral, a revisão do eleitorado e a fiscali-zação dos partidos políticos, entre outros.

O Tribunal Superior Eleitoral, no uso de suas atribuições, ten-do em conta o disposto na Lei nº 7.444, de 20 de dezembro de 1985,

Considerando que à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral cabe velar pela fiel execução das leis e instruções e pela boa ordem e celeridade dos serviços eleitorais,

Considerando a necessidade de adaptar as normas em vigor à nova sistemática adotada para o cadastro eleitoral,

Considerando a necessidade de estabelecer rotina procedi-mental única, de forma a facilitar os trabalhos desenvolvidos, es-pecialmente quanto às situações de duplicidade ou pluralidade de inscrições e revisão de eleitorado,

RESOLVE:

Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamento ele-trônico de dados, implantado nos termos da Lei nº 7.444/85, será efetuado, em todo o território nacional, na conformidade do referi-do diploma legal e desta resolução.

Parágrafo único. Os tribunais regionais eleitorais adotarão o sistema de alistamento desenvolvido pelo Tribunal Superior Elei-toral.

DO REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITO-RAL (RAE)

Art. 2º O requerimento de alistamento eleitoral (RAE) (anexo I) servirá como documento de entrada de dados e será processado eletronicamente.

Parágrafo único. O sistema de alistamento de que trata o pa-rágrafo único do art. 1º conterá os campos correspondentes ao for-mulário RAE, de modo a viabilizar a impressão do requerimento, com as informações pertinentes, para apreciação do juiz eleitoral.

Art. 3º Para preenchimento do RAE, devem ser observados os procedimentos especificados nesta resolução e nas orientações pertinentes.

Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 – ALISTAMEN-TO quando o alistando requerer inscrição e quando em seu nome não for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral do país ou exterior, ou a única inscrição localizada estiver cancelada por determinação de autoridade judiciária (FASE 450).

Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 – TRANSFE-RÊNCIA sempre que o eleitor desejar alterar seu domicílio e for encontrado em seu nome número de inscrição em qualquer muni-cípio ou zona, unidade da Federação ou país, em conjunto ou não com eventual retificação de dados.

§ 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o número originário da inscrição e deverá ser, obrigatoriamente, consignada no campo próprio a sigla da UF anterior.

§ 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida em coincidência, suspensa, cancelada automaticamente pelo sistema quando envolver situação de perda e suspensão de direitos políticos, cancelada por perda de direitos políticos (FASE 329) e por decisão de autoridade judiciária (FASE 450).

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

§ 3º Será admitida transferência com reutilização do número de inscrição cancelada pelos códigos FASE 019 – falecimento, 027 – duplicidade/pluralidade, 035 – deixou de votar em três eleições consecutivas e 469 – revisão de eleitorado, desde que comprovada a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, regular ou suspensa para o eleitor.

§ 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no cadastro, nas condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, preferencialmente, a transferência daquela:

I – que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito;

II – que seja mais antiga.

Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 – REVISÃO quando o eleitor necessitar alterar local de votação no mesmo mu-nicípio, ainda que haja mudança de zona eleitoral, retificar dados pessoais ou regularizar situação de inscrição cancelada nas mes-mas condições previstas para a transferência a que se refere o § 3º do art. 5º.

Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 – SEGUNDA VIA quando o eleitor estiver inscrito e em situação regular na zona por ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu título elei-toral, sem nenhuma alteração.

Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título eleitoral será expedido automaticamente e a data de domicí-lio do eleitor não será alterada.

DO ALISTAMENTO

Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o ser-vidor da Justiça Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informa-ções no sistema de acordo com os dados constantes do documento apresentado pelo eleitor, complementados com suas informações pessoais, de conformidade com as exigências do processamento de dados, destas instruções e das orientações específicas.

Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz elei-toral, o servidor providenciará o preenchimento ou a digitação no sistema dos espaços que lhe são reservados no RAE.

Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do requerimen-to ou de digitação no sistema, será mantida em cada zona eleitoral relação de servidores, identificados pelo número do título eleitoral, habilitados a praticar os atos reservados ao cartório.

Art. 11. Atribuído número de inscrição, o servidor, após assi-nar o formulário, destacará o protocolo de solicitação, numerado de idêntica forma, e o entregará ao requerente, caso a emissão do título não seja imediata.

Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, ob-servada a sequencia numérica fornecida pela Secretaria de Infor-mática, às zonas eleitorais da respectiva circunscrição, séries de números de inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma deste artigo.

Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 algarismos, por unidade da Federação, assim discriminados:

a) os oito primeiros algarismos serão sequenciados, despre-zando-se, na emissão, os zeros à esquerda;

b) os dois algarismos seguintes serão representativos da uni-dade da Federação de origem da inscrição, conforme códigos constantes da seguinte tabela:

01 – São Paulo02 – Minas Gerais03 – Rio de Janeiro04 – Rio Grande do Sul05 – Bahia06 – Paraná07 – Ceará08 – Pernambuco09 – Santa Catarina10 – Goiás11 – Maranhão12 – Paraíba13 – Pará14 – Espírito Santo15 – Piauí16 – Rio Grande do Norte17 – Alagoas18 – Mato Grosso19 – Mato Grosso do Sul20 – Distrito Federal21 – Sergipe22 – Amazonas23 – Rondônia24 – Acre25 – Amapá26 – Roraima27 – Tocantins28 – Exterior (ZZ)c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificado-

res, determinados com base no módulo 11, sendo o primeiro cal-culado sobre o número seqüencial e o último sobre o código da unidade da Federação seguido do primeiro dígito verificador.

Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira (Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º):

a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos cria-dos por lei federal, controladores do exercício profissional;

b) certificado de quitação do serviço militar;c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro

Civil;d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o re-

querente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação.

Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere a alínea b é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo mascu-lino.

Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realiza-rem eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive.

§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência.

§ 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá efeitos com o implemento da idade de 16 anos

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição.

Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo qüinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subseqüente à data em que comple-tar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/97, art. 91).

Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo (Constituição Federal, art. 14, § 1º, II, a).

Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá re-querer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à multa prevista no art. 15 (Código Eleitoral, art. 8º).

Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribu-nal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamen-to eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições incluídas no cadastro, com os respectivos endereços.

§ 1º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição, caberá recurso interposto pelo alistando no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem

§ 2º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 1º, relações contendo os pedidos indeferidos.

DA TRANSFERÊNCIA

Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfei-tas as seguintes exigências:

I – recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domi-cílio no prazo estabelecido pela legislação vigente;

II – transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência;

III – residência mínima de três meses no novo domicílio, de-clarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor (Lei nº 6.996/82, art. 8º);

IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral.§ 4º Despachado o requerimento de transferência pelo

juiz eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições atualizadas no cadastro, com os respectivos endereços.

§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem (Lei nº 6.996/82, art. 8º).

§ 6º O cartório eleitoral providenciará, para o fim do disposto no § 5º, relações contendo os pedidos indeferidos.

DA SEGUNDA VIA

Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua inutilização ou dilaceração, o eleitor deverá requerer pessoal-mente ao juiz de seu domicílio eleitoral que lhe expeça segunda via.

§ 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento será instruído com a primeira via do título.

§ 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o eleitor deverá apor a assinatura ou a impressão digital do polegar, se não souber assinar, na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar a satisfação dessa exigência, após comprovada a identidade do eleitor.

DO RESTABELECIMENTO DE INSCRIÇÃO CANCE-LADA POR EQUÍVOCO

Art. 20. Será admitido o restabelecimento, mediante coman-do do código FASE 361, de inscrição cancelada em virtude de comando equivocado dos códigos FASE 019, 450 e 469.

DO FORMULÁRIO DE ATUALIZAÇÃO DA SITUA-ÇÃO DO ELEITOR (FASE)

Art. 21. Para registro de informações no histórico de inscri-ção no cadastro, utilizar-se-á, como documento de entrada de da-dos, o formulário de atualização da situação do eleitor (FASE), cuja tabela de códigos será estabelecida pela Corregedoria-Geral.

Parágrafo único. A atualização de registros de que trata o ca-put poderá ser promovida, desde que viabilizado, diretamente no sistema de alistamento eleitoral, dispensando-se o preenchimento do formulário FASE.

DO TÍTULO ELEITORAL

Art. 22. O título eleitoral será confeccionado com caracte-rísticas, formas e especificações constantes do modelo anexo II.

Parágrafo único. O título eleitoral terá as dimensões de 9,5x6,0cm, será confeccionado em papel com marca d’água e peso de 120g/m2, impresso nas cores preto e verde, em frente e verso, tendo como fundo as Armas da República, e será contor-nado por serrilha.

Art. 23. O título eleitoral será emitido, obrigatoriamente, por computador e dele constarão, em espaços próprios, o nome do eleitor, a data de nascimento, a unidade da Federação, o municí-pio, a zona e a seção eleitoral onde vota, o número da inscrição eleitoral, a data de emissão, a assinatura do juiz eleitoral, a assi-natura do eleitor ou a impressão digital de seu polegar, bem como a expressão “segunda via”, quando for o caso.

§ 1º Os tribunais regionais poderão autorizar, na emissão on-line de títulos eleitorais e em situações excepcionais, a exemplo de revisão de eleitorado, recadastramento ou rezoneamento, o uso, mediante rígido controle, de impressão da assinatura (chan-cela) do presidente do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, em exercício na data da autorização, em substituição à assinatura do juiz eleitoral da zona, nos títulos eleitorais.

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

§ 2º Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e segunda via, a data da emissão do título será a de preenchimento do requerimento.

Art. 24. Juntamente com o título eleitoral, será emitido pro-tocolo de entrega do título eleitoral (Pete) (canhoto), que conterá o número de inscrição, o nome do eleitor e de sua mãe e a data de nascimento, com espaços, no verso, destinados à assinatura do eleitor ou aposição da impressão digital de seu polegar, se não sou-ber assinar, à assinatura do servidor do cartório responsável pela entrega e o número de sua inscrição eleitoral, bem como à data de recebimento.

§ 1º O título será entregue, no cartório ou no posto de alistamento, pessoalmente ao eleitor, vedada a interferência de pessoas estranhas à Justiça Eleitoral.

§ 2º Antes de efetuar a entrega do título, comprovada a identidade do eleitor e a exatidão dos dados inseridos no documento, o servidor destacará o título eleitoral e colherá a assinatura ou a impressão digital do polegar do eleitor, se não souber assinar, no espaço próprio constante do canhoto.

Art. 25. No período de suspensão do alistamento, não serão recebidos requerimentos de alistamento ou transferência (Lei nº 9.504/97, art. 91, caput).

Parágrafo único. O processamento reabrir-se-á em cada zona logo que estejam concluídos os trabalhos de apuração em âmbito nacional (Código Eleitoral, art. 70).

Art. 26. O título eleitoral prova a quitação do eleitor para com a Justiça Eleitoral até a data de sua emissão.

DA FISCALIZAÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Art. 27. Os partidos políticos, por seus delegados, poderão:I – acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, revi-

são, segunda via e quaisquer outros, até mesmo emissão e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta resolução;

II – requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmen-te e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promo-vida;

III – examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos servidores designados, os documentos relativos aos pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via e revisão de eleito-rado, deles podendo requerer, de forma fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça Eleitoral.

Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de cancelamento de inscrição deverá ser comunicada por escrito ao juiz eleitoral, que observará o procedimento estabelecido nos arts. 77 a 80 do Código Eleitoral.

Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos políticos poderão manter até dois delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e até três delegados em cada zona eleitoral, que se revezarão, não sendo permitida a atuação simultânea de mais de um delegado de cada partido.

§ 1º Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo juiz eleitoral.

§ 2º Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral poderão representar o partido, na circunscrição, perante qualquer juízo eleitoral.

DO ACESSO ÀS INFORMAÇÕES CONSTANTES DO CADASTRO

Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão acessíveis às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas, nos termos desta resolução (Lei nº 7.444/85, art. 9º, I).

§ 1º Em resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão informações de caráter personalizado constantes do cadastro eleitoral.

§ 2º Consideram-se, para os efeitos deste artigo, como informações personalizadas, relações de eleitores acompanhadas de dados pessoais (filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, escolaridade, telefone e endereço).

§ 3º Excluem-se da proibição de que cuida o § 1º os pedidos relativos a procedimento previsto na legislação eleitoral e os formulados:

a) pelo eleitor sobre seus dados pessoais;b) por autoridade judicial e pelo Ministério Público, vinculada

a utilização das informações obtidas, exclusivamente, às respecti-vas atividades funcionais;

c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, desde que exista reciprocidade de interesses (Lei nº 7.444/85, art. 4º).

Art. 30. Os tribunais e juízes eleitorais poderão, no âmbito de suas jurisdições, autorizar o fornecimento a interessados, desde que sem ônus para a Justiça Eleitoral e disponíveis em meio mag-nético, dos dados de natureza estatística levantados com base no cadastro eleitoral, relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito eleitoral, salvo quando lhes for atribuído caráter reservado.

Art. 31. Os juízes e os tribunais eleitorais não fornecerão da-dos do cadastro de eleitores não pertencentes a sua jurisdição, sal-vo na hipótese do art. 82 desta resolução.

Art. 32. O uso dos dados de natureza estatística do eleitorado ou de pleito eleitoral obriga a quem os tenha adquirido a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada ou extrapolada das informações obtidas.

DOS BATIMENTOS

Art. 33. O batimento ou cruzamento das informações cons-tantes do cadastro eleitoral terá como objetivos expurgar possíveis duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais e identificar situações que exijam averiguação e será realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em âmbito nacional.

§ 1º As operações de alistamento, transferência e revisão somente serão incluídas no cadastro ou efetivadas após submeti-das a batimento.

§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade ficará sujeita a apreciação e decisão de autoridade judiciária.

§ 3º Em um mesmo grupo, serão sempre consideradas não liberadas as inscrições mais recentes, excetuadas as inscrições atribuídas a gêmeos, que serão identificadas em situação liberada.

§ 4º Em caso de agrupamento de inscrição de gêmeo com inscrição para a qual não foi indicada aquela condição, essa última será considerada não liberada.

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

DOS DOCUMENTOS EMITIDOS PELO SISTEMA NO BATIMENTO

Art. 34. Será colocada à disposição de todas as zonas eleito-rais, após a realização de batimento:

I – RELAÇÃO DE ELEITORES AGRUPADOS (envolvidos em duplicidade ou pluralidade) emitida por ordem de número de grupo, contendo todos os eleitores agrupados inscritos na zona, com dados necessários a sua individualização, juntamente com ín-dice em ordem alfabética;

II – COMUNICAÇÃO dirigida à autoridade judiciária incum-bida da apreciação do caso, noticiando o agrupamento de inscrição em duplicidade ou pluralidade, para as providências estabelecidas nesta resolução.

Parágrafo único. Será expedida NOTIFICAÇÃO dirigida ao eleitor cuja inscrição foi considerada não liberada pelo batimento.

DAS DUPLICIDADES E PLURALIDADES (COINCI-DÊNCIAS)

Art. 35. Colocada à disposição a relação de eleitores agrupa-dos, o juiz eleitoral fará publicar edital, pelo prazo de três dias, para conhecimento dos interessados.

Art. 36. Todo eleitor que tiver sua inscrição não liberada em decorrência do cruzamento de informações deverá ser notificado para, se o desejar, requerer regularização de sua situação eleitoral, no prazo de 20 dias, contados da data de realização do batimento.

Art. 37. Recebida a comunicação da coincidência, a autorida-de judiciária deverá, de ofício e imediatamente:

I – determinar sua autuação;II – determinar a regularização da situação da inscrição do

eleitor que não possuir outra inscrição liberada, independentemen-te de requerimento, desde que constatado que o grupo é formado por pessoas distintas;

III – determinar as diligências cabíveis quando não for possí-vel identificar de pronto se a inscrição pertence ou não a um mes-mo eleitor;

IV – aguardar, sendo o caso, o comparecimento do eleitor ao cartório durante os 20 dias que lhe são facultados para requerer regularização de situação eleitoral;

V – comparecendo o eleitor ao cartório, orientá-lo, conforme o caso, a preencher o Requerimento para Regularização de Inscri-ção (RRI), ou a requerer, oportunamente, transferência, revisão ou segunda via;

VI – determinar o cancelamento da(s) inscrição(ões) que comprovadamente pertença(m) a um mesmo eleitor, assegurando a cada eleitor apenas uma inscrição;

VII – dar publicidade à decisão;VIII – promover a digitação da decisão;IX – adotar demais medidas cabíveis.

Art. 38. Não poderá ser objeto de transferência, revisão ou segunda via, inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade.

Art. 39. Encerrado o prazo para exame e decisão dos casos de duplicidade ou pluralidade, não existindo decisão de autoridade judiciária, a inscrição liberada passará a figurar como regular e a não-liberada como cancelada, caso exista no cadastro.

Art. 40. Identificada situação em que um mesmo eleitor pos-sua duas ou mais inscrições liberadas ou regulares, agrupadas ou não pelo batimento, o cancelamento de uma ou mais delas deverá, preferencialmente, recair:

I – na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às ins-truções em vigor;

II – na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral do eleitor;

III – naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor;IV – naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercí-

cio do voto na última eleição;V – na mais antiga.§ 1º Comprovado que as inscrições identificadas pertencem a

gêmeos ou homônimos, deverá ser comandado o respectivo código FASE.

§ 2º Constatada a inexatidão de qualquer dado constante do cadastro eleitoral, deverá ser providenciada a necessária alteração, mediante preenchimento ou digitação de RAE (Operação 5 – Revisão), observadas as formalidades para seu deferimento.

DA COMPETÊNCIA PARA REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÃO ELEITORAL E PARA O PROCESSAMENTO DAS DECISÕES

Art. 41. A decisão das duplicidades e pluralidades de inscri-ções, agrupadas ou não pelo batimento, inclusive quanto às inscri-ções de pessoas que estão com seus direitos políticos suspensos, na esfera administrativa, caberá:

I – No tocante às duplicidades, ao juiz da zona eleitoral onde foi efetuada a inscrição mais recente (Tipo 1D), ressalvadas as hi-póteses previstas nos §§ 1º a 3º deste artigo;

II – No tocante às pluralidades:a) ao juiz da zona eleitoral, quando envolver inscrições efetua-

das em uma mesma zona eleitoral (Tipo 1P);b) ao corregedor regional eleitoral, quando envolver inscri-

ções efetuadas entre zonas eleitorais de uma mesma circunscrição (Tipo 2P);

c) ao corregedor-geral, quando envolver inscrições efetuadas em zonas eleitorais de circunscrições diversas (Tipo 3P).

§ 1º As decisões de situação relativa a pessoa que perdeu seus direitos políticos (Tipo 3D) e de pluralidades decorrentes do agru-pamento de uma ou mais inscrições, requeridas em circunscrições distintas, com um ou mais registros de suspensão da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos (Tipo 3P) serão da competência do corregedor-geral.

§ 2º As decisões das duplicidades envolvendo inscrição e registro de suspensão da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos (Tipo 2D) e das pluralidades decorrentes do agrupamento de uma ou mais inscrições, requeridas na mesma circunscrição, com um ou mais registros de suspensão da referida base (Tipo 2P) serão da competência do corregedor regional eleitoral.

§ 3º Na hipótese de duplicidade envolvendo inscrições atribuídas a gêmeos ou homônimos comprovados, existindo inscrição não liberada no grupo, a competência para decisão será do juiz da zona eleitoral a ela correspondente.

§ 4º Em grau de recurso, no prazo de três dias, caberá:a) ao corregedor regional a apreciação de situações que moti-

varam decisão de juiz eleitoral de sua circunscrição;b) ao corregedor-geral a apreciação de situações que enseja-

ram decisão de corregedor regional.

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

§ 5º Havendo decisões conflitantes em processo de regularização de situação de eleitor, proferidas por autoridades judiciárias distintas, envolvendo inscrições atribuídas a uma mesma pessoa, o conflito será decidido:

a) pelo corregedor regional eleitoral, quando se tratar de de-cisões proferidas por juízes de zonas eleitorais de uma mesma cir-cunscrição;

b) pelo corregedor-geral, quando se tratar de decisões profe-ridas por juízes eleitorais de circunscrições diversas ou pelos cor-regedores regionais.

Art. 42. O juiz eleitoral só poderá determinar a regularização, o cancelamento ou a suspensão de inscrição que pertença à sua jurisdição.

Parágrafo único. A autoridade judiciária que tomar conheci-mento de fato ensejador do cancelamento de inscrição liberada ou regular, ou da necessidade de regularização de inscrição não libe-rada, cancelada ou suspensa, efetuada em zona eleitoral diferente daquela em que tem jurisdição, deverá comunicá-lo à autoridade judiciária competente, para medidas cabíveis, por intermédio da correspondente Corregedoria Regional.

Art. 43. Nas duplicidades e pluralidades de sua competência, o corregedor-geral ou o corregedor regional poderão se pronunciar quanto a qualquer inscrição agrupada.

Art. 44. A competência para decidir a respeito das duplicida-des e pluralidades, na esfera penal, será sempre do juiz eleitoral da zona onde foi efetuada a inscrição mais recente.

Art. 45. Examinada e decidida a duplicidade ou a pluralidade, a decisão tomada pela autoridade judiciária será processada, con-forme o caso:

I – pela própria zona eleitoral e, na impossibilidade, encami-nhada à respectiva secretaria regional de informática, por intermé-dio das corregedorias regionais;

II – pelas corregedorias regionais, com o apoio das secretarias regionais de informática, no que não lhes for possível proceder;

III – pela própria Corregedoria-Geral.

Art. 46. As informações necessárias ao exame e decisão das duplicidades e pluralidades deverão ser prestadas no prazo de dez dias, contados do recebimento da requisição, por intermédio do ofício INFORMAÇÕES PRESTADAS PELA AUTORIDADE JUDICIÁRIA.

Parágrafo único. Ainda que o eleitor não tenha sido encontra-do, o ofício de que trata o caput deverá ser preenchido, assinado, instruído e enviado, no prazo estipulado, à autoridade judiciária competente para decisão.

Art. 47. A autoridade judiciária competente deverá se pronun-ciar quanto às situações de duplicidade e pluralidade detectadas pelo batimento em até 40 dias contados da data de realização do respectivo batimento.

§ 1º Processada a decisão de que trata o caput, a situação da inscrição será automaticamente atualizada no cadastro.

§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade, com situação não liberada, que não for objeto de decisão da autoridade judiciária no prazo especificado no caput, decorridos dez dias, será automaticamente cancelada pelo sistema.

§ 3º Após o transcurso de seis anos, contados do processamento do código FASE próprio, as inscrições canceladas serão excluídas do cadastro.

DA HIPÓTESE DE ILÍCITO PENAL

Art. 48. Decidida a duplicidade ou pluralidade e tomadas as providências de praxe, se duas ou mais inscrições em cada grupo forem atribuídas a um mesmo eleitor, excetuados os casos de evi-dente falha dos serviços eleitorais, os autos deverão ser remetidos ao Ministério Público Eleitoral.

§ 1º Manifestando-se o Ministério Público pela existência de indício de ilícito penal eleitoral a ser apurado, o processo deverá ser remetido, pela autoridade judiciária competente, à Polícia Federal para instauração de inquérito policial.

§ 2º Inexistindo unidade regional do Departamento de Polícia Federal na localidade onde tiver jurisdição o juiz eleitoral a quem couber decisão a respeito, a remessa das peças informativas poderá ser feita por intermédio das respectivas corregedorias regionais eleitorais.

§ 3º Concluído o apuratório ou no caso de pedido de dilação de prazo, o inquérito policial a que faz alusão o § 1º deverá ser en-caminhado, pela autoridade policial que o presidir, ao juiz eleitoral a quem couber decisão a respeito na esfera penal.

§ 4º Arquivado o inquérito ou julgada a ação penal, o juiz eleitoral comunicará, sendo o caso, a decisão tomada à autoridade judiciária que determinou sua instauração, com a finalidade de tornar possível a adoção de medidas cabíveis na esfera administrativa.

§ 5º A espécie, no que lhe for aplicável, será regida pelas disposições do Código Eleitoral e, subsidiariamente, pelas normas do Código de Processo Penal.

§ 6º Não sendo cogitada a ocorrência de ilícito penal eleitoral a ser apurado, os autos deverão ser arquivados na zona eleitoral onde o eleitor possuir inscrição regular.

Art. 49. Os procedimentos a que se refere esta resolução serão adotados sem prejuízo da apuração de responsabilidade de qual-quer ordem, seja de eleitor, de servidor da Justiça Eleitoral ou de terceiros, por inscrição fraudulenta ou irregular.

Parágrafo único. Qualquer eleitor, partido político ou Minis-tério Público poderá se dirigir formalmente ao juiz eleitoral, cor-regedor regional ou geral, no âmbito de suas respectivas compe-tências, relatando fatos e indicando provas para pedir abertura de investigação com o fim de apurar irregularidade no alistamento eleitoral.

DOS CASOS NÃO APRECIADOS

Art. 50. Os requerimentos para regularização de inscrição (RRI) recebidos após o prazo previsto no caput do art. 36 serão indeferidos pela autoridade judiciária competente, por intempesti-vos, e o eleitor deverá ser orientado a procurar o cartório da zona eleitoral para regularizar sua situação.

DA RESTRIÇÃO DE DIREITOS POLÍTICOS

Art. 51. Tomando conhecimento de fato ensejador de inele-gibilidade ou de suspensão de inscrição por motivo de suspensão de direitos políticos ou de impedimento ao exercício do voto, a autoridade judiciária determinará a inclusão dos dados no sistema mediante comando de FASE.

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Didatismo e Conhecimento 13

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

§ 1º Não se tratando de eleitor de sua zona eleitoral, o juiz eleitoral comunicará o fato, por intermédio das correspondentes corregedorias regionais, à zona eleitoral a que pertencer a inscrição.

§ 2º Quando se tratar de pessoa não inscrita perante a Justiça Eleitoral ou com inscrição cancelada no cadastro, o registro será feito diretamente na base de perda e suspensão de direitos políticos pela Corregedoria Regional Eleitoral que primeiro tomar conhecimento do fato.

§ 3º Comunicada a perda de direitos políticos pelo Ministério da Justiça, a Corregedoria-Geral providenciará a imediata atuali-zação da situação das inscrições no cadastro e na base de perda e suspensão de direitos políticos.

§ 4º A outorga a brasileiros do gozo dos direitos políticos em Portugal, devidamente comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral, importará suspensão desses mesmos direitos no Brasil (Decreto nº 70.391, de 12.4.72).

Art. 52. A regularização de situação eleitoral de pessoa com restrição de direitos políticos somente será possível mediante com-provação de haver cessado o impedimento.

§ 1º Para regularização de inscrição envolvida em coincidência com outra de pessoa que perdeu ou está com seus direitos políticos suspensos, será necessária a comprovação de tratar-se de eleitor diverso.

§ 2º Na hipótese do artigo, o interessado deverá preencher requerimento e instruir o pedido com declaração de situação de direitos políticos e documentação comprobatória de sua alegação.

§ 3º Comprovada a cessação do impedimento, será comandado o código FASE próprio e/ou inativado(s), quando for o caso, o(s) registro(s) correspondente(s) na base de perda e suspensão de direitos políticos.

Art. 53. São considerados documentos comprobatórios de rea-quisição ou restabelecimento de direitos políticos:

I – Nos casos de perda:a) decreto ou portaria;b) comunicação do Ministério da Justiça.II – Nos casos de suspensão:a) para interditos ou condenados: sentença judicial, certidão

do juízo competente ou outro documento;b) para conscritos ou pessoas que se recusaram à prestação do

serviço militar obrigatório: Certificado de Reservista, Certificado de Isenção, Certificado de Dispensa de Incorporação, Certificado do Cumprimento de Prestação Alternativa ao Serviço Militar Obri-gatório, Certificado de Conclusão do Curso de Formação de Sar-gentos, Certificado de Conclusão de Curso em Órgão de Formação da Reserva ou similares;

c) para beneficiários do Estatuto da Igualdade: comunicação do Ministério da Justiça ou de repartição consular ou missão di-plomática competente, a respeito da cessação do gozo de direitos políticos em Portugal, na forma da lei.

III – Nos casos de inelegibilidade: certidão ou outro docu-mento.

DA FOLHA DE VOTAÇÃO E DO COMPROVANTE DE COMPARECIMENTO À ELEIÇÃO

Art. 54. A folha de votação, da qual constarão apenas os elei-tores regulares ou liberados, e o comprovante de comparecimento serão emitidos por computador.

§ 1º A folha de votação, obrigatoriamente, deverá:a) identificar as eleições, a data de sua realização e o turno;b) conter dados individualizadores de cada eleitor, como ga-

rantia de sua identificação no ato de votar;c) ser emitida em ordem alfabética de nome de eleitor, enca-

dernada e embalada por seção eleitoral.§ 2º O comprovante de comparecimento (canhoto) conterá o

nome completo do eleitor, o número de sua inscrição eleitoral e referência à data da eleição.

DA CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS

Art. 55. Os formulários utilizados pelos cartórios e tribunais eleitorais, em pleitos anteriores à data desta resolução e nos que lhe seguirem, deverão ser conservados em cartório, observado o seguinte:

I – os protocolos de entrega do título eleitoral (PETE) assi-nados pelo eleitor e os formulários (Formulário de Alistamento Eleitoral – FAE ou Requerimento de Alistamento Eleitoral – RAE) relativos a alistamento, transferência, revisão ou segunda via, por, no mínimo, cinco anos;

II – as folhas de votação, por oito anos, descartando-se a mais antiga somente após retornar das seções eleitorais a mais recente;

III – os formulários de atualização da situação do eleitor (FASE) e os comprovantes de comparecimento à eleição (canho-tos) que permanecerem junto à folha de votação poderão ser des-cartados depois de processados e armazenados em meio magné-tico;

IV – os cadernos de revisão utilizados durante os serviços per-tinentes, por quatro anos, contados do encerramento do período revisional;

V – os boletins de urna, por quatro anos, contados da data de realização do pleito correspondente;

VI – as relações de eleitores agrupados, até o encerramento do prazo para atualização das decisões nas duplicidades e plura-lidades;

VII – os títulos eleitorais não procurados pelo eleitor, os res-pectivos protocolos de entrega e as justificativas eleitorais, até o pleito subseqüente ou, relativamente a estas, durante o período es-tabelecido nas instruções específicas para o respectivo pleito;

VIII – as relações de filiados encaminhadas pelos partidos po-líticos, por dois anos.

DAS INSPEÇÕES E CORREIÇÕES

Art. 56. O corregedor-geral ou regional, no âmbito de sua ju-risdição, sempre que entender necessário ou que tomar conheci-mento da ocorrência de indícios de irregularidades na prestação dos serviços eleitorais, pessoalmente ou por intermédio de comis-são de servidores especialmente por ele designada, como provi-dência preliminar à correição, inspecionará os serviços eleitorais da circunscrição, visando identificar eventuais irregularidades.

Parágrafo único. A comissão apresentará relatório circunstan-ciado da inspeção ao corregedor, que determinará providências pertinentes, objetivando a regularização dos procedimentos ou a abertura de correição.

Art. 57. O corregedor regional realizará correição ordinária anual na circunscrição e extraordinária, sempre que entender ne-cessário ou ante a existência de indícios de irregularidades que a justifique, observadas as instruções específicas do Tribunal Su-perior Eleitoral e as que subsidiariamente baixar a Corregedoria Regional Eleitoral.

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Didatismo e Conhecimento 14

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

DA REVISÃO DE ELEITORADO

Art. 58. Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional Eleitoral poderá determinar a realização de correição e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará, comunicando a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral, a revisão do eleitorado, obedecidas as instruções contidas nesta resolução e as recomenda-ções que subsidiariamente baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem apresen-tados à revisão (Código Eleitoral, art. 71, § 4º).

§ 1º O Tribunal Superior Eleitoral determinará, de ofício, a revisão ou correição das zonas eleitorais sempre que:

I – o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja dez por cento superior ao do ano anterior;

II – o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a setenta anos do terri-tório daquele município;

III – o eleitorado for superior a sessenta e cinco por cento da população projetada para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (Lei nº 9.504/97, art. 92).

§ 2º Não será realizada revisão de eleitorado em ano eleitoral, salvo em situações excepcionais, quando autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

§ 3º Caberá à Secretaria de Informática apresentar, anualmente, até o mês de outubro, à presidência do Tribunal Superior Eleitoral, estudo comparativo que permita a adoção das medidas concernentes ao cumprimento da providência prevista no § 1º.

Art. 59. O Tribunal Regional Eleitoral, por intermédio da Cor-regedoria Regional, inspecionará os serviços de revisão

Art. 60. O juiz eleitoral poderá determinar a criação de postos de revisão, que funcionarão em datas fixadas no edital a que se re-fere o art. 63 e em período não inferior a seis horas, sem intervalo, inclusive aos sábados e, se necessário, aos domingos e feriados.

§ 1º Nas datas em que os trabalhos revisionais estiverem sendo realizados nos postos de revisão, o cartório sede da zona poderá, se houver viabilidade, permanecer com os serviços elei-torais de rotina.

§ 2º Após o encerramento diário do expediente nos postos de revisão, a listagem geral e o caderno de revisão deverão ser devidamente guardados em local seguro e previamente determinado pelo juiz eleitoral.

§ 3º Os serviços de revisão encerrar-se-ão até as 18 horas da data especificada no edital de que trata o art. 63 desta resolução.

§ 4º Existindo, na ocasião do encerramento dos trabalhos, eleitores aguardando atendimento, serão distribuídas senhas aos presentes, que serão convidados a entregar ao juiz eleitoral seus títulos eleitorais para que sejam admitidos à revisão, que continuará se processando em ordem numérica das senhas até que todos sejam atendidos, sem interrupção dos trabalhos.

Art. 61. Aprovada a revisão de eleitorado, a Secretaria de In-formática, ou órgão regional por ela indicado, emitirá ou coloca-rá à disposição, em meio magnético, listagem geral do cadastro, contendo relação completa dos eleitores regulares inscritos e/ou transferidos no período abrangido pela revisão no(s) município(s) ou zona(s) a ela sujeito(s), bem como o correspondente caderno de revisão, do qual constará comprovante destacável de compareci-mento (canhoto).

Parágrafo único. A listagem geral e o caderno de revisão serão emitidos em única via, englobarão todas as seções eleitorais refe-rentes à zona ou município objeto da revisão e serão encaminha-dos, por intermédio da respectiva Corregedoria Regional, ao juiz eleitoral da zona onde estiver sendo realizada a revisão.

Art. 62. A revisão do eleitorado deverá ser sempre presidida pelo juiz eleitoral da zona submetida à revisão.

§ 1º O juiz eleitoral dará início aos procedimentos revisionais no prazo máximo de 30 dias, contados da aprovação da revisão pelo Tribunal competente.

§ 2º A revisão deverá ser precedida de ampla divulgação, destinada a orientar o eleitor quanto aos locais e horários em que deverá se apresentar, e processada em período estipulado pelo Tribunal Regional Eleitoral, não inferior a 30 dias (Lei nº 7.444/85, art. 3º, § 1º).

§ 3º A prorrogação do prazo estabelecido no edital para a realização da revisão, se necessária, deverá ser requerida pelo juiz eleitoral, em ofício fundamentado, dirigido à presidência do Tribunal Regional Eleitoral, com antecedência mínima de cinco dias da data do encerramento do período estipulado no edital.

Art. 63. De posse da listagem e do caderno de revisão, o juiz eleitoral deverá fazer publicar, com antecedência mínima de cinco dias do início do processo revisional, edital para dar conhecimento da revisão aos eleitores cadastrados no(s) município(s) ou zona(s), convocando-os a se apresentarem, pessoalmente, no cartório ou nos postos criados, em datas previamente especificadas, atendendo ao disposto no art. 62, a fim de procederem às revisões de suas inscrições.

Parágrafo único. O edital de que trata o caput deverá:I – dar ciência aos eleitores de que:a) estarão obrigados a comparecer à revisão a fim de confir-

marem seu domicílio, sob pena de cancelamento da inscrição, sem prejuízo das sanções cabíveis, se constatada irregularidade;

b) deverão se apresentar munidos de documento de identida-de, comprovante de domicílio e título eleitoral ou documento com-probatório da condição de eleitor ou de terem requerido inscrição ou transferência para o município ou zona (Código Eleitoral, art. 45).

II – estabelecer a data do início e do término da revisão, o período e a área abrangidos, e dias e locais onde serão instalados os postos de revisão;

III – ser disponibilizado no fórum da comarca, nos cartórios eleitorais, repartições públicas e locais de acesso ao público em ge-ral, dele se fazendo ampla divulgação, por um mínimo de três dias consecutivos, por meio da imprensa escrita, falada e televisada, se houver, e por quaisquer outros meios que possibilitem seu pleno conhecimento por todos os interessados, o que deverá ser feito sem ônus para a Justiça Eleitoral.

Art. 64. A prova de identidade só será admitida se feita pelo próprio eleitor mediante apresentação de um ou mais dos docu-mentos especificados no art. 13 desta resolução.

Art. 65. A comprovação de domicílio poderá ser feita median-te um ou mais documentos dos quais se infira ser o eleitor residente ou ter vínculo profissional, patrimonial ou comunitário no municí-pio a abonar a residência exigida.

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Didatismo e Conhecimento 15

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

§ 1º Na hipótese de ser a prova de domicílio feita mediante apresentação de contas de luz, água ou telefone, nota fiscal ou envelopes de correspondência, estes deverão ter sido, respectivamente, emitidos ou expedidos nos 3 (três) meses ante-riores ao preenchimento do RAE, ressalvada a possibilidade de exigir-se documentação relativa a período anterior, na forma do § 3º deste artigo.

§ 2º Na hipótese de ser a prova de domicílio feita mediante apresentação de cheque bancário, este só poderá ser aceito se dele constar o endereço do correntista.

§ 3º O juiz eleitoral poderá, se julgar necessário, exigir o reforço, por outros meios de convencimento, da prova de domicílio quando produzida pelos documentos elencados nos §§ 1º e 2º.

§ 4º Subsistindo dúvida quanto à idoneidade do comprovante de domicílio apresentado ou ocorrendo a impossibilidade de apre-sentação de documento que indique o domicílio do eleitor, decla-rando este, sob as penas da lei, que tem domicílio no município, o juiz eleitoral decidirá de plano ou determinará as providências necessárias à obtenção da prova, inclusive por meio de verificação in loco.

Art. 66. A revisão de eleitorado ficará submetida ao direto controle do juiz eleitoral e à fiscalização do representante do Mi-nistério Público que oficiar perante o juízo.

Art. 67. O juiz eleitoral deverá dar conhecimento aos partidos políticos da realização da revisão, facultando-lhes, na forma pre-vista nos arts. 27 e 28 desta resolução, acompanhamento e fiscali-zação de todo o trabalho.

Art. 68. O juiz eleitoral poderá requisitar diretamente às repar-tições públicas locais, observados os impedimentos legais, tantos auxiliares quantos bastem para o desempenho dos trabalhos, bem como a utilização de instalações de prédios públicos.

Art. 69. O juiz eleitoral determinará o registro, no caderno de revisão, da regularidade ou não da inscrição do eleitor, observados os seguintes procedimentos:

a) o servidor designado pelo juiz eleitoral procederá à confe-rência dos dados contidos no caderno de revisão com os documen-tos apresentados pelo eleitor;

b) comprovados a identidade e o domicílio eleitoral, o servi-dor exigirá do eleitor que aponha sua assinatura ou a impressão digital de seu polegar no caderno de revisão, e entregar-lhe-á o comprovante de comparecimento à revisão (canhoto);

c) o eleitor que não apresentar o título eleitoral deverá ser considerado como revisado, desde que atendidas as exigências dos arts. 64 e 65 desta resolução e que seu nome conste do caderno de revisão;

d) constatada incorreção de dado identificador do eleitor cons-tante do cadastro eleitoral, se atendidas as exigências dos arts. 64 e 65 desta resolução, o eleitor deverá ser considerado revisado e orientado a procurar o cartório eleitoral para a necessária retifica-ção;

e) o eleitor que não comprovar sua identidade ou domicílio não assinará o caderno de revisão nem receberá o comprovante revisional;

f) o eleitor que não constar do caderno de revisão, cuja inscri-ção pertença ao período abrangido pela revisão, deverá ser orien-tado a procurar o cartório eleitoral para regularizar sua situação eleitoral, na forma estabelecida nesta resolução.

Art. 70. Na revisão mediante sistema informatizado, observar--se-ão, no que couber, os procedimentos previstos no art. 69.

Parágrafo único. Nas situações descritas nas alíneas d e f do art. 69, o eleitor poderá requerer, desde que viável, regularização de sua situação eleitoral no próprio posto de revisão.

Art. 71. Se o eleitor possuir mais de uma inscrição liberada ou regular no caderno de revisão, apenas uma delas poderá ser considerada revisada.

Parágrafo único. Na hipótese do caput, deverá(ão) ser for-malmente recolhido(s) e inutilizado(s) o(s) título(s) encontrado(s) em poder do eleitor referente(s) à(s) inscrição(ões) que exigir(em) cancelamento.

Art. 72. Compete ao Tribunal Regional Eleitoral autorizar, ex-cetuadas as hipóteses previstas no § 1º do art. 58 desta resolução, a alteração do período e/ou da área abrangidos pela revisão, comu-nicando a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 73. Concluídos os trabalhos de revisão, ouvido o Ministé-rio Público, o juiz eleitoral deverá determinar o cancelamento das inscrições irregulares e daquelas cujos eleitores não tenham com-parecido, adotando as medidas legais cabíveis, em especial quanto às inscrições consideradas irregulares, situações de duplicidade ou pluralidade e indícios de ilícito penal a exigir apuração.

Parágrafo único. O cancelamento das inscrições de que trata o caput somente deverá ser efetivado no sistema após a homologa-ção da revisão pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Art. 74. A sentença de cancelamento deverá ser específica para cada município abrangido pela revisão e prolatada no pra-zo máximo de dez dias contados da data do retorno dos autos do Ministério Público, podendo o Tribunal Regional Eleitoral fixar prazo inferior.

§ 1º A sentença de que trata o caput deverá:I – relacionar todas as inscrições que serão canceladas no mu-

nicípio;II – ser publicada a fim de que os interessados e, em especial,

os eleitores cancelados, exercendo a ampla defesa, possam recor-rer da decisão.

§ 2º Contra a sentença a que se refere este artigo, caberá, no prazo de três dias, contados da publicidade, o recurso previsto no art. 80 do Código Eleitoral e serão aplicáveis as disposições do art. 257 do mesmo diploma legal.

§ 3º No recurso contra a sentença a que se refere este artigo, os interessados deverão especificar a inscrição questionada, relatando fatos e fornecendo provas, indícios e circunstâncias ensejadoras da alteração pretendida.

Art. 75. Transcorrido o prazo recursal, o juiz eleitoral fará minucioso relatório dos trabalhos desenvolvidos, que encaminha-rá, com os autos do processo de revisão, à Corregedoria Regional Eleitoral.

Parágrafo único. Os recursos interpostos deverão ser remeti-dos, em autos apartados, à presidência do Tribunal Regional Elei-toral.

Art. 76. Apreciado o relatório e ouvido o Ministério Público, o corregedor regional eleitoral:

I – indicará providências a serem tomadas, se verificar a ocor-rência de vícios comprometedores à validade ou à eficácia dos tra-balhos;

II – submetê-lo-á ao Tribunal Regional, para homologação, se entender pela regularidade dos trabalhos revisionais.

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Didatismo e Conhecimento 16

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

DA ADMINISTRAÇÃO DO CADASTRO ELEITORAL

Art. 77. A execução dos serviços de processamento eletrôni-co de dados, na Justiça Eleitoral, será realizada por administração direta do Tribunal Regional Eleitoral, em cada circunscrição, sob a orientação e supervisão do Tribunal Superior Eleitoral e na con-formidade de suas instruções.

Art. 78. Para a execução dos serviços de que trata esta resolu-ção, os tribunais regionais eleitorais, sob supervisão e coordenação do Tribunal Superior Eleitoral, poderão celebrar convênios ou con-tratos com entidades da administração direta ou indireta da União, estados, Distrito Federal, territórios ou municípios, ou com empre-sas cujo capital seja exclusivamente nacional (Lei nº 7.444/85, art. 7º, parágrafo único).

Art. 79. O cadastro eleitoral e as informações resultantes de sua manutenção serão administrados e utilizados, exclusivamente, pela Justiça Eleitoral, na forma desta resolução.

§ 1º Às empresas contratadas para a execução de serviços eleitorais, por processamento eletrônico, é vedada a utilização de quaisquer dados ou informações resultantes do cadastro eleitoral, para fins diversos do serviço eleitoral, sob pena de imediata resci-são do contrato e sem prejuízo de outras sanções administrativas, civis e criminais.

§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, em todo o território nacional, e os tribunais regionais eleitorais, no âmbito das respectivas jurisdições, fiscalizarão o cumprimento do disposto neste artigo.

§ 3º Caso recebam pedidos de informações sobre dados constantes do cadastro eleitoral, as empresas citadas no § 1º deverão encaminhá-los à presidência do Tribunal Eleitoral competente, para apreciação.

DA JUSTIFICAÇÃO DO NÃO-COMPARECIMENTO À ELEIÇÃO

Art. 80. O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 dias após a realização da eleição incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma prevista nos arts. 7º e 367 do Código Eleitoral, no que couber, e 85 desta resolução.

§ 1º Para eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito, o prazo de que trata o caput será de 30 dias, contados do seu retorno ao país.

§ 2º O pedido de justificação será sempre dirigido ao juiz eleitoral da zona de inscrição, podendo ser formulado na zona eleitoral em que se encontrar o eleitor, a qual providenciará sua remessa ao juízo competente.

§ 3º Indeferido o requerimento de justificação ou decorridos os prazos de que cuidam o caput e os §§ 1º e 2º, deverá ser aplica-da multa ao eleitor, podendo, após o pagamento, ser-lhe fornecida certidão de quitação.

§ 4º A fixação do valor da multa pelo não-exercício do voto observará o que dispõe o art. 85 desta resolução e a variação entre o mínimo de 3% e o máximo de 10% do valor utilizado como base de cálculo.

§ 5º A justificação da falta ou o pagamento da multa serão anotados no cadastro.

§ 6º Será cancelada a inscrição do eleitor que se abstiver de votar em três eleições consecutivas, salvo se houver apresentado justificativa para a falta ou efetuado o pagamento de multa, ficando excluídos do cancelamento os eleitores que, por prerrogativa cons-titucional, não estejam obrigados ao exercício do voto (suprimido).

§ 7º Para o cancelamento a que se refere o § 6º, a Secretaria de Informática colocará à disposição do juiz eleitoral do respectivo domicílio, em meio magnético ou outro acessível aos cartórios eleitorais, relação dos eleitores cujas inscrições são passíveis de cancelamento, devendo ser afixado edital no cartório eleitoral.

§ 8º Decorridos 60 dias da data do batimento que identificar as inscrições sujeitas a cancelamento, mencionadas no § 7º, inexistindo comando de quaisquer dos códigos FASE «078 – Quitação mediante multa», «108 – Votou em separado», «159 – Votou fora da seção» ou «167 – Justificou ausência às urnas», ou processamento das operações de transferência, revisão ou segunda via, a inscrição será automaticamente cancelada pelo sistema, mediante código FASE «035 – Deixou de votar em três eleições consecutivas”, observada a exceção contida no § 6º.

Art. 81. O documento de justificação formalizado perante a Justiça Eleitoral, no dia da eleição, prova a ausência do eleitor do seu domicílio eleitoral.

§ 1º A justificação será formalizada em impresso próprio fornecido pela Justiça Eleitoral ou, na falta do impresso, digitado ou manuscrito.

§ 2º O encarregado do atendimento entregará ao eleitor o comprovante, que valerá como prova da justificação, para todos os efeitos legais (Lei nº 6.091/74, art. 16 e parágrafos).

§ 3º Os documentos de justificação entregues em missão di-plomática ou repartição consular brasileira serão encaminhados ao Ministério das Relações Exteriores, que deles fará entrega ao Tri-bunal Regional Eleitoral do Distrito Federal para processamento.

§ 4º Os documentos de justificação preenchidos com dados insuficientes ou inexatos, que impossibilitem a identificação do eleitor no cadastro eleitoral, terão seu processamento rejeitado pelo sistema, o que importará débito para com a Justiça Eleitoral.

§ 5º Os procedimentos estipulados neste artigo serão observados sem prejuízo de orientações específicas que o Tribunal Superior Eleitoral aprovar para o respectivo pleito.

Art. 82. O eleitor que não votar e não pagar a multa, caso se encontre fora de sua zona e necessite prova de quitação com a Jus-tiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o juízo da zona em que estiver (Código Eleitoral, art. 11).

§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que o juiz da zona em que se encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao juízo da inscrição.

§ 2º Efetuado o pagamento, o juiz que recolheu a multa fornecerá certidão de quitação e determinará o registro da informação no cadastro.

§ 3º O alistando ou o eleitor que comprovar, na forma da lei, seu estado de pobreza, perante qualquer juízo eleitoral, ficará isento do pagamento da multa (Código Eleitoral, art. 367, § 3º).

§ 4º O eleitor que estiver quite com suas obrigações eleitorais poderá requerer a expedição de certidão de quitação em zona eleitoral diversa daquela em que é inscrito (Res.-TSE nº 20.497, de 21.10.99).

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

DA NOMENCLATURA UTILIZADA

Art. 83. Para efeito desta resolução, consideram-se:I – Coincidência – o agrupamento pelo batimento de duas ou

mais inscrições ou registros que apresentem dados iguais ou se-melhantes, segundo critérios previamente definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral;

II – Gêmeos comprovados – aqueles que tenham comprovado mesma filiação, data e local de nascimento, em cujas inscrições haja registro de código FASE 256;

III – Homônimos – aqueles, excetuados os gêmeos, que pos-suam dados iguais ou semelhantes, segundo critérios previamente definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, e que figurem em uma mesma duplicidade ou pluralidade (coincidência);

IV – Homônimos comprovados – aqueles em cujas inscrições haja registro de código FASE 248;

V – Situação – condição atribuída à inscrição que define sua disponibilidade para o exercício do voto e condiciona a possibili-dade de sua movimentação no cadastro:

a) regular – a inscrição não envolvida em duplicidade ou plu-ralidade, que está disponível para o exercício do voto e habilitada a transferência, revisão e segunda via;

b) suspensa – a inscrição que está indisponível, temporaria-mente (até que cesse o impedimento), em virtude de restrição de direitos políticos, para o exercício do voto e não poderá ser objeto de transferência, revisão e segunda via;

c) cancelada – a inscrição atribuída a eleitor que incidiu em uma das causas de cancelamento previstas na legislação eleitoral, que não poderá ser utilizada para o exercício do voto e somente poderá ser objeto de transferência ou revisão nos casos previstos nesta resolução;

d) coincidente – a inscrição agrupada pelo batimento, nos ter-mos do inciso I, sujeita a exame e decisão de autoridade judiciária e que não poderá ser objeto de transferência, revisão e segunda via:

– não liberada – inscrição coincidente que não está disponível para o exercício do voto;

– liberada – inscrição coincidente que está disponível para o exercício do voto.

VI – Inexistente – a inscrição cuja inserção no cadastro foi inviabilizada em decorrência de decisão de autoridade judiciária ou de atualização automática pelo sistema após o batimento;

VII – Eleição – cada um dos turnos de um pleito, para todos os efeitos, exceto para os fins de aplicação do disposto no parágrafo único do art. 15 desta resolução (Código Eleitoral, art. 8º, c.c. a Lei nº 9.504/97, art. 91).

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 84. O juiz eleitoral poderá determinar a incineração do título eleitoral, bem como do respectivo protocolo de entrega, não procurado pelo eleitor até a data da eleição posterior à emissão do documento.

Art. 85. A base de cálculo para aplicação das multas previstas pelo Código Eleitoral e leis conexas, bem como das de que trata esta resolução, será o último valor fixado para a Ufir, multiplicado pelo fator 33,02, até que seja aprovado novo índice, em conformi-dade com as regras de atualização dos débitos para com a União.

Art. 86. Os registros de banco de erros permanecerão disponí-veis para tratamento pelas zonas eleitorais durante o prazo de seis meses, contados da data de inclusão da inscrição no banco, após o qual serão automaticamente excluídos, deixando de ser efetivadas as operações correspondentes.

Art. 87. A Corregedoria-Geral, com o apoio da Secretaria de Informática, providenciará manuais e rotinas necessários à execu-ção dos procedimentos de que trata esta resolução.

Art. 88. A Corregedoria-Geral e as corregedorias regionais eleitorais exercerão supervisão, orientação e fiscalização direta do exato cumprimento das instruções contidas nesta resolução.

Art. 89. Os fichários manuais existentes nas zonas e nos tri-bunais regionais eleitorais, relativos aos registros dos eleitores, anteriores ao recadastramento de que cuidam a Lei nº 7.444/85 e a Res.-TSE nº 12.547, de 28.2.86, poderão, a critério do Tribunal Regional respectivo, ser inutilizados, preservando-se os arquivos relativos à filiação partidária e os documentos que, também a cri-tério do Tribunal Regional, tenham valor histórico.

Art. 90. Considerado o estágio de automação dos serviços eleitorais, a Corregedoria-Geral expedirá provimentos destinados a regulamentar a presente resolução, aprovando os formulários e tabelas cujos modelos por ela não tenham sido regulamentados, necessários a sua fiel execução.

Art. 91. A Secretaria de Informática providenciará a transfor-mação dos atuais códigos FASE de cancelamento de inscrições em decorrência de revisão de eleitorado em códigos FASE 469 e, até a data em que entrar em vigor esta resolução, a adequação do siste-ma necessária à implementação desta norma.

Art. 92. Esta resolução entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2004, revogadas a Res.-TSE nº 20.132, de 19.3.98, e as demais disposições em contrário e ressalvadas as regras relativas à disci-plina da revisão de eleitorado e à fixação de competência para exa-me de duplicidades e pluralidades, que terão aplicação imediata.

Sala de Sessões do Tribunal Superior Eleitoral.Brasília, 14 de outubro de 2003.

Ministro CARLOS VELLOSO, presidente em exercício – Mi-nistro BARROS MONTEIRO, relator – Ministro MARCO AU-RÉLIO – Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS – Minis-tro FERNANDO NEVES – Ministro LUIZ CARLOS MADEIRA.

Comentário Doutrinário

Destacamos os principais pontos da presente Resolução. No entanto, é indispensável a sua leitura na íntegra.

Segundo a professora Daniela Minholi, “alistamento eleito-ral é um ato administrativo declaratório que visa à organização do eleitorado para inserir o titular do sufrágio no rol dos eleitores”.

Oportuno diferenciar capacidade política de alistamento elei-toral em razão de se tratar de momentos diferentes. No dizer da Prof. Favila Ribeiro “capacidade política é a aptidão pública reco-nhecida pela ordem jurídica, ao indivíduo para integrar o pode r de sufrágio nacional, adquirindo cidadania e ficando habilitado a exercê-la”.

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Didatismo e Conhecimento 18

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

A capacidade política é o direito subjetivo de votar e de ser votado. No entanto, mesmo sendo cidadão é necessário alguns atri-butos ou requisitos (filiação, desincompatibilização, elegibilidade) para ser votado.

QUALIFICAÇÃO

Trata-se do ato segundo o qual o proposto candidato, pessoa natural, prova para a Justiça Eleitoral que tem condições de ser alistável para concorrer às eleições. É, portanto, o ato preliminar do alistamento eleitoral, em que o cidadão comprova que preenche todos os requisitos exigidos por lei para o exercício do direito de voto.

Para a qualificação do eleitor, são exigidos um dos seguintes documentos abaixo para fins de alistamento:

RESOLUÇÃO 21.538/2003

Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira (Lei n. 7.444/85, art. 52, § 22):

a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional;

b) certificado de quitação do serviço militar;c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Re-

gistro Civil;d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter

o requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação.

Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere a alínea b é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino.

INSCRIÇÃO

Segundo o Professor Roberto Moreira de Almeida, “após comprovar que não há óbice ao alistamento, o serventuário do car-tório eleitoral preenche um formulário padronizado. A esse ato, ou seja, o preenchimento da RAE – Requerimento de Alistamento Eleitoral chamamos de inscrição eleitoral”.

CANCELAMENTO E EXCLUSÃO

Apesar do Código Eleitoral tratar o cancelamento e exclusão no mesmo tópico, a doutrina apresenta algumas distinções que se faz necessário destaca-las.

Para Pinto Ferreira, “o cancelamento se realiza quando a inscrição de que se trata deixa de existir, como nas hipóteses de pluralidade de inscrições, quando elas são canceladas, ou na de transferência do eleitor para outra zona ou circunscrição. A exclu-são é feita contra o próprio eleitor, que deixa de ser eleitor, até que cesse o motivo da exclusão, quando poderá novamente pleitear e requerer a sua inscrição”.

CAUSAS DE CANCELAMENTO E EXCLUSÃO

TÍTULO II

DO CANCELAMENTO E DA EXCLUSÃO

Art. 71. São causas de cancelamento: (extraídos do Código Eleitoral)

I - a infração dos artigos. 5º e 42;II - a suspensão ou perda dos direitos políticos;III - a pluralidade de inscrição;IV - o falecimento do eleitor; V - deixar de votar durante o período de 6 (seis) anos ou

em 3 (três) eleições seguidas.V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas

a) Infração do artigo 5º do Código Eleitoral

Uma vez identificada pelo Juiz Eleitoral algumas das pessoas abaixo, deverá ser providenciado o cancelamento da respectiva inscrição eleitoral.

Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:I - os analfabetos; (Vide art. 14, § 1º, II, “a”, da Constitui-

ção/88)II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;III - os que estejam privados, temporária ou definitiva-

mente dos direitos políticos.Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que

oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais.

b) Infração ao artigo 42 do Código Eleitoral

Se ficar constatado que domicílio diverso da onde se preten-de fazer a inscrição eleitoral, deverá ser feito o cancelamento da mesma.

Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e ins-crição do eleitor.

Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e, ve-rificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas.

c) Suspensão ou perda dos direitos políticos

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja per-da ou suspensão só se dará nos casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;III - condenação criminal transitada em julgado, enquan-

to durarem seus efeitos;

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Didatismo e Conhecimento 19

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou pres-tação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

d) Pluralidade de inscrições

Ocorrerá a pluralidade de inscrições todas as vezes que for fei-ta o registro de inscrição em mais de uma seção eleitoral do país. Pela lei eleitoral, nenhum eleitor poderá ser registrado em mais de uma seção. Graças ao cadastramento eletrônico eleitoral unificado, nos dias atuais essa situação dificilmente pode ocorrer.

e) Falecimento

Os ofícios de registro civil devem comunicar a justiça eleito-ral no prazo máximo de 15 dias sobre o falecimento sob pena do artigo 293 do Código Eleitoral. A morte enseja o cancelamento da inscrição.

Código Eleitoral - Artigo 71 § 3º Os oficiais de Registro Civil, sob as penas do Art. 293, enviarão, até o dia 15 (quinze) de cada mês, ao juiz eleitoral da zona em que oficiarem, co-municação dos óbitos de cidadãos alistáveis, ocorridos no mês anterior, para cancelamento das inscrições.

f) Abstenção reiteradaSerá cancelada a inscrição do eleitor que deixar de votar por

três eleições consecutivas sem justificar a ausência ou ainda ter pagada a multa pertinente pela sua ausência injustificada.

g) Revisão do Eleitorado

Poderá ser denunciada fraude no alistamento eleitoral. Se as-sim acontecer, os eleitores serão convocados a se apresentar para a correição da justiça eleitoral que irá apurar o fato. Aqueles que não comparecerem, terão sua inscrição canceladas de ofício.

Código Eleitoral – Artigo 71 § 4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou municí-pio, o Tribunal Regional poderá determinar a realização de correi-ção e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará a revisão do eleitorado obedecidas as Instruções do Tribunal Su-perior e as recomendações que, subsidiariamente, baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão.

- Possibilidade de Correição Eleitoral (segundo Roberto M. de Almeida)

- Total de Transferências de eleitores ocorridas no ano em cur-so seja superior em 10% das ocorridas no ano anterior;

- Eleitorado superior ao dobro da população entre 10 a 15 anos, somada à de idade superior a setenta anos do território da zona ou da área do município.

- Eleitorado superior a 65% da população projetada para aque-le ano para o IBGE

Observação: não poderá ocorrer revisão em ano eleitoral, sal-vo nos casos excepcionais com autorização do STF.

QUESTÕES

01) CESPE - 2007 - TRE-AP - Técnico Judiciário - Progra-mação de Sistemas . Acerca do tratamento constitucional aos tribunais e juízes eleitorais, assinale a opção correta.

a) Os membros dos tribunais regionais eleitorais (TREs) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) serão nomeados pelo presidente da República.

b) Cabe recurso das decisões dos TREs quando elas anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais, es-taduais ou municipais.

c) Os tribunais eleitorais devem se dividir em turmas ou câ-maras.

d) À justiça eleitoral aplica-se o princípio da temporariedade, segundo o qual nenhum magistrado tem vinculação permanente com a justiça eleitoral, integrando-a sempre por prazo determina-do.

e) A Constituição determina que em cada estado da federação deve haver um TRE, visando, dessa forma, assegurar ampla au-tonomia a cada entidade federativa. Por isso, cada TRE deve ser composto exclusivamente de autoridades locais.

02) TJ-DFT - 2008 - TJ-DF - Juiz – Objetiva. Assinale a alternativa incorreta:

a) A Justiça Eleitoral é composta por três órgãos: Tribunal Su-perior Eleitoral; Tribunais Regionais Eleitorais e Juízes Eleitorais.

b) O Presidente da Mesa Receptora detém a polícia dos traba-lhos eleitorais, e assim fará retirar do recinto ou do edifício quem não guardar a ordem e compostura devidas e estiver praticando ato atentatório da liberdade eleitoral.

c) O ofendido, ou seu representante legal, poderá pedir o exercício do direito de resposta à Justiça Eleitoral, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contados a partir da veiculação da ofensa , quando se tratar de horário eleitoral gratuito.

d) Sempre que o Código Eleitoral não indicar o grau mínimo, entende-se que será ele de quinze (15) dias para a pena de detenção e de um (1) ano para a de reclusão.

03) CESPE - 2009 - TRE-MG - Técnico Judiciário - Pro-gramação de Sistemas. Acerca dos juízes e das juntas eleito-rais, assinale a opção incorreta.

a) Cabe aos juízes eleitorais dividir as zonas em seções eleito-rais, bem como designar os locais das seções.

b) Podem ser organizadas tantas juntas quantas permitir o nú-mero de juízes de direito que gozem das garantias constitucionais atribuídas à magistratura.

c) Aos juízes eleitorais compete decidir habeas corpus em matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída privativamente à instância superior.

d) As juntas eleitorais são compostas de um juiz de direito e de servidores de carreira da justiça eleitoral, vedada a participação de pessoas que não integrem o serviço público.

e) É atribuição do juiz eleitoral fornecer, aos que não votaram por motivo justificado e aos não-alistados, por terem sido dispen-sados do alistamento, um certificado que os isente das sanções le-gais

04) FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área Administrativa. Peculiaridade da Justiça Eleitoral é a prer-rogativa normativa conferida ao Tribunal Superior Eleitoral. Em relação a tal função, é correto afirmar que o TSE exerce função de

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

a) legislador primário, com a possibilidade de inovar na or-dem jurídica, e que, no que tange ao pleito eleitoral, há limitação temporal para o exercício de referido poder normativo, sendo o dia 05 de março do ano da eleição seu termo final.

b) natureza secundária, regulamentar somente, cabendo-lhe expedir as instruções necessárias à fiel execução da lei eleitoral. Considerando que a prerrogativa do TSE é meramente regulamen-tar, não há limitação temporal para o exercício de referida função em relação ao pleito eleitoral.

c) legislador primário, com a possibilidade de inovar na or-dem jurídica. Considerando a natureza de tal função, não há limi-tação temporal para seu exercício em relação ao pleito eleitoral.

d) natureza secundária, regulamentar somente, cabendo-lhe expedir as instruções necessárias à fiel execução da lei eleitoral. No que tange ao pleito eleitoral, há limitação temporal para o exercício pelo TSE de referido poder normativo, sendo possível exercê-lo até o dia 05 de março do ano da eleição.

e) legislador primário, inovando na ordem jurídica, com a função regulamentar, cabendo-lhe, neste último caso, expedir as instruções necessárias à fiel execução da lei eleitoral. Em relação a esta última prerrogativa, há limitação temporal correspondendo o dia 05 de março do ano da eleição, ao termo final.

05) FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área Judi-ciária. Integram a composição do Tribunal Superior Eleitoral dois juízes, dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados

a) pelo Superior Tribunal de Justiça e escolhidos, mediante eleição e pelo voto secreto, pelo Supremo Tribunal Federal.

b) pela Ordem dos Advogados do Brasil e escolhidos, median-te eleição e pelo voto secreto, pelo Supremo Tribunal Federal.

c) pela Ordem dos Advogados do Brasil e nomeados pelo Pre-sidente da República.

d) pelo Supremo Tribunal Federal e nomeados pelo Presidente da República.

e) pela Ordem dos Advogados do Brasil e escolhidos, median-te eleição e pelo voto secreto, pelo Superior Tribunal de Justiça.

06) CESPE - 2012 - TJ-CE – Juiz. Assinale a opção corre-ta no que se refere a alistamento eleitoral, segunda via, trans-ferência, delegados partidários perante o alistamento, cancela-mento e exclusão de eleitor, revisão e correição eleitorais.

a) A suspensão de direitos políticos não acarreta cancelamento da inscrição de eleitor, enquanto a perda de tais direitos gera o cancelamento de sua inscrição.

b) A revisão do eleitorado é ordenada por tribunal regional eleitoral quando, realizada correição em determinada zona ou mu-nicípio por ele determinada, fica provada a fraude em proporção comprometedora.

c) Em caso de transferência de domicílio eleitoral para unida-de da Federação diversa da originária, o número de inscrição do eleitor será alterado.

d) Nenhum requerimento de inscrição eleitoral, transferência ou segunda via deve ser recebido dentro do prazo de cento e cin-quenta dias anteriores à data da eleição.

e) Os partidos têm legitimidade para requerer, por seus dele-gados, a exclusão de qualquer eleitor, não detendo legitimidade, entretanto, para assumir a defesa de eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida.

07) CESPE - 2012 - TJ-PI – Juiz. Assinale a opção correta acerca do alistamento eleitoral e de procedimentos a ele cor-relatos.

a) No caso de transferência de domicílio eleitoral, será altera-do o número de inscrição originário do eleitor.

b) Os partidos políticos podem requerer, por seus delegados, a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente, sendo-lhes, con-tudo, vedada, por inexistência de interesse jurídico, a defesa de eleitor cuja exclusão seja promovida.

c) Para o acompanhamento e exame dos procedimentos de alistamento, transferência, revisão e segunda via de título eleitoral, os partidos políticos podem manter, em cada zona eleitoral, até dois delegados, que poderão atuar simultaneamente.

d) As revisões de eleitorado deverão ser presididas pelo corre-gedor regional eleitoral.

e) Para efeito do processamento eletrônico do alistamento eleitoral, deverá ser consignada OPERAÇÃO 1 – ALISTAMEN-TO quando o alistando requerer inscrição e, em seu nome, for lo-calizada uma única inscrição cancelada por determinação de auto-ridade judiciária (Fase 450).

08) CESPE - 2007 - DPU - Defensor Público. Consideran-do o art. 14 da CF, julgue os seguintes itens.

O alistamento eleitoral é obrigatório para todos os que ti-verem idade superior a 18 anos.

Certo( ) Errado( )

09) FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área Ju-diciária. No intuito de se alistar em domicílio diverso do ver-dadeiro, o eleitor alterou documento particular verdadeiro e o apresentou à Justiça Eleitoral. Considerando que tal fato seja descoberto posteriormente, sem que tenha ocorrido um dano efetivo ao processo eleitoral, em qualquer uma de suas fases, é correto dizer que

a) não há fato típico eleitoral, uma vez que o crime previsto no artigo 349 do Código Eleitoral (falsidade material eleitoral) só se consuma caso ocorra efetivo dano ao processo eleitoral.

b) está configurado o tipo previsto no artigo 349 do Código Eleitoral (falsidade material eleitoral), uma vez que todos seus ele-mentos, quais sejam alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, potencialidade de dano, finalidade eleitoral e dolo estão presentes.

c) não há fato típico eleitoral, uma vez que somente se confi-gura o crime previsto no artigo 349 do Código Eleitoral (falsidade material eleitoral) quando reste constatada a finalidade eleitoral, a qual não se configura com a tentativa de fraude no ato de alista-mento.

d) está configurado o tipo previsto no artigo 349 do Código Eleitoral (falsidade material eleitoral), uma vez que todos seus ele-mentos, quais sejam alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, imitação da verdade, potencialidade de dano e dolo es-tão presentes, não sendo a finalidade eleitoral elemento do tipo, mas mera circunstância.

e) não há fato típico eleitoral, uma vez que somente se confi-gura o crime previsto no artigo 349 do Código Eleitoral (falsidade material eleitoral) quando o agente for candidato concorrente no pleito eleitoral, não se aplicando ao eleitor.

RESPOSTAS

01) D 02) A 03) D 04) D 05) D 06) B 07) E 08) Errado 09) B

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Didatismo e Conhecimento 21

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

RESOLUÇÃO Nº 803, DE 03 DE DEZEMBRO DE 2009, E ALTERAÇÕES POSTERIORES: REGULAMENTO DOS JUÍZOS E CARTÓ-RIOS ELEITORAIS DA CIRCUNSCRIÇÃO

DE MINAS GERAIS.

REGULAMENTO DOS JUÍZOS E CARTÓRIOS ELEI-TORAIS DA CIRCUNSCRIÇÃO DE MINAS GERAIS

O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GE-RAIS, no uso de suas atribuições, aprova o Regulamento de Juízos e Cartórios Eleitorais da Circunscrição de Minas Gerais.

TÍTULO IDA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO

DOS JUÍZOS E CARTÓRIOS ELEITORAIS

CAPÍTULO IDOS JUÍZOS ELEITORAIS

SEÇÃO IDAS ZONAS ELEITORAIS E DOS SEUS JUÍZES

Art. 1º As zonas eleitorais serão criadas por resolução do Tri-bunal Regional Eleitoral, a qual entrará em vigor após aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Parágrafo único. As zonas eleitorais estarão diretamente su-bordinadas à Corregedoria Regional Eleitoral.

Art. 2º A jurisdição de cada zona eleitoral cabe a um Juiz de Direito em efetivo exercício.

§1º Da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição, que se dá com a proclamação dos eleitos, não poderá servir como Juiz Eleitoral o cônjuge ou companheiro e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição (CE, art. 14, § 3º).

§2º Observar-se-á, no caso do impedimento de que trata o § 1º, que a indicação do substituto deverá recair dentre os Juízes de Direito da mesma comarca e, na falta destes, dentre os da co-marca substituta, de acordo com a Tabela do Judiciário Estadual, ou ainda, na impossibilidade, dentre os Juízes das comarcas mais próximas.

§3º A designação do Magistrado que exercerá as funções eleitorais compete ao Corregedor Regional Eleitoral.

Art. 3º Nas hipóteses de vacância em comarcas de vara única, para o fim da designação prevista no artigo anterior, observará o Corregedor Regional Eleitoral o que dispõe a Lei de Organização e Divisão Judiciária do Estado de Minas Gerais, excetuando-se os casos previstos no § 2º do artigo 2º.

Art. 4º Nas comarcas com mais de uma vara, caberá ao Cor-regedor Regional Eleitoral designar o Juiz de Direito em exercí-cio na comarca que exercerá, pelo período de dois anos, as fun-ções de Juiz Eleitoral observada a antiguidade - apurada entre os Juízes que não hajam exercido a titularidade de zona eleitoral na circunscrição do Estado, salvo impossibilidade - e excetuados os Juízes de Direito substitutos e aqueles em exercício precário na comarca. (Redação alterada pela Resolução TRE-MG nº 858, de 23/11/2010)

§1º Na iminência de vencimento de biênio ou vagando a zona eleitoral, a Corregedoria Regional Eleitoral consultará o Juiz que, nos termos deste artigo, tiver preferência para o exercício de função eleitoral sobre a aceitação do encargo, com a qual se considerará inscrito para a investidura. Em caso de não aceitação, igual consulta será formulada aos demais Juízes em exercício na Comarca, observada a ordem de preferência.

§1º (Parágrafo revogado pela Resolução TRE-MG nº 888, de 5/7/2012)

§2º Nas ausências ou impedimentos do Corregedor Regional Eleitoral, ou em casos de urgência, incumbirá ao Juiz mais antigo do Tribunal que não ocupe cargo de direção proceder à designação do novo titular da jurisdição eleitoral.

§3º Os períodos de substituição quando dos afastamentos do Juiz Eleitoral titular, previstos no art. 21 deste Regulamento, não serão computados para o fim de aferição da antiguidade no exercício das funções eleitorais, com vistas ao rodízio bienal de que trata o caput deste artigo. (Redação alterada pela Resolução TRE-MG nº 858, de 23/11/2010)

§4º Se todos os Juízes tiverem exercido a jurisdição eleitoral, a vaga será destinada àquele que há mais tempo tenha se afastado da função eleitoral, independentemente da comarca ou do período em que a tenha exercido, no âmbito da circunscrição do Estado.

§5º Nos casos previstos no §4º, havendo empate, terá preferência:

I) o Juiz mais antigo na comarca;II) o Juiz mais antigo na entrância.§6º Os Juízes Eleitorais que, supervenientemente ao início de

seu exercício, interromperem, voluntária ou involuntariamente, esse exercício, antes do transcurso do biênio para o qual foram designados, perderão a titularidade da zona eleitoral, não podendo reivindicar, em qualquer hipótese, o exercício de jurisdição eleitoral visando complementar o prazo de seu biênio, devendo ser incluídos no final da lista, em observância ao princípio da antiguidade.

Art. 5º O Tribunal poderá, excepcionalmente, pelo voto de cinco dos seus membros, mediante proposta do Corregedor, afas-tar os critérios indicados nos parágrafos do artigo anterior, por conveniência objetiva do serviço eleitoral e no interesse da ad-ministração judiciária; neste caso, o critério para a escolha será o merecimento do Magistrado, aferido pela operosidade e eficiência no exercício das jurisdições eleitoral e comum, segundo dados co-lhidos pelo Tribunal Regional Eleitoral e pelo Tribunal de Justiça.

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Didatismo e Conhecimento 22

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

Art. 6º Nos anos eleitorais, havendo um mesmo Juiz respon-dendo por mais de uma zona eleitoral, deverá ser designado, ex-cepcionalmente, outro Juiz para responder exclusivamente pelas funções eleitorais de uma das zonas, obedecendo-se a ordem de preferência de substituição de comarcas vagas, na forma prevista pelo Tribunal de Justiça, ou das comarcas mais próximas, salvo ca-sos excepcionais, a critério do Tribunal, no período compreendido entre sessenta dias antes do pleito até:

I- a proclamação dos eleitos, para as eleições municipais;II- o dia seguinte ao pleito, para as eleições estaduais e pre-

sidenciais.

Art. 7º Na atuação em um feito específico, havendo decla-ração de impedimento ou suspeição pelo Juiz Eleitoral, será de-signado, pelo Corregedor Regional Eleitoral, substituto dentre os demais Juízes Eleitorais em efetivo exercício na comarca do Juiz declarante ou, ainda, no Juízo Eleitoral correspondente às comar-cas substitutas, na ordem de substituição prevista pelo Tribunal de Justiça ou, na impossibilidade, dentre os Juízes Eleitorais das comarcas mais próximas.

Art. 8º O Juiz Eleitoral eleito membro efetivo ou substituto do Tribunal deixará, desde a posse, suas funções na 1ª instância.

§1º O Magistrado que já fez parte do Plenário, na qualidade de membro efetivo ou substituto, tendo completado biênio ou não, deverá ser incluído no final da lista, em observância ao princípio da antiguidade

§2º Juiz Substituto atual do Plenário não pode assumir titularidade de zona eleitoral, ainda que seja apenas eventualmente convocado para tomar assento no Plenário

§3º Os Juízes de Direito que exercem funções de Juiz Auxiliar da Corregedoria ou de Juiz Assessor da Presidência não poderão acumular essas funções com a jurisdição eleitoral.

Art. 9º O biênio será contado ininterruptamente a partir da posse, sem o desconto do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do § 3º do art. 14 do Código Eleitoral.

§1º A posse de Juiz Eleitoral a que se refere o caput deste artigo não poderá ocorrer em fins de semana ou feriados, salvo nos anos eleitorais, quando houver expediente nos cartórios.

§2º Não poderá assumir as funções eleitorais Juiz de Direito que se encontrar em gozo de férias ou licenças.

§3º O Juiz Eleitoral, ao assumir a jurisdição, deverá comunicar por escrito o termo inicial e o final ao Tribunal Regional Eleitoral.

§4º Não haverá interstício entre um biênio e outro, devendo ser homologado, a título precário, o exercício do Juiz Eleitoral cujo biênio encerrou-se, da data do encerramento até o dia anterior à posse do Juiz Eleitoral designado para o próximo biênio, nos casos em que o novo Juiz, após designado, esteja impossibilitado de assumir as funções na data determinada. Estando aquele também impossibilitado, responderá pelas funções eleitorais, em caráter de substituição, o seu substituto, assim designado pela Jus-tiça comum para exercer a jurisdição estadual enquanto durar o seu afastamento.

Art. 10. Quando da remoção ou promoção, na Justiça comum, de Juiz de Direito que exerça as funções eleitorais, até a posse do novo Magistrado a ser designado pelo Tribunal Regional Eleitoral, poderá assumir as referidas funções, em caráter de substituição, o Magistrado designado pelo Tribunal de Justiça para responder pela vara ou comarca do Juiz removido ou promovido até a posse do novo titular.

Art. 11. (Artigo revogado pela Resolução TRE-MG nº 858, de 23/11/2010)

Art. 12. Havendo mais de uma vara na comarca e estando a titularidade da zona eleitoral correspondente ocupada há mais de dois anos pelo mesmo Juiz, o Tribunal Regional Eleitoral provi-denciará a designação e posse do novo titular, tão logo ocorra a posse de outro Juiz na comarca.

Art. 13. Não se farão alterações na jurisdição eleitoral, deven-do-se prorrogar automaticamente o exercício do titular, entre três meses antes e dois meses após o primeiro ou segundo turno das eleições, se houver.

Parágrafo único. Na hipótese de realização de referendo ou plebiscito, a aplicação do disposto neste artigo ficará a critério do Tribunal.

Art. 14. No município onde houver eleição extemporânea, não se farão alterações na jurisdição eleitoral, devendo-se prorrogar automaticamente o exercício do titular, a partir da aprovação, pelo Plenário Eleitoral, da resolução que fixar a data e aprovar instru-ções para a realização da nova eleição, até a data da diplomação dos eleitos

Art. 15. Fica vedada a fruição de férias ou licença voluntária ao Juiz Eleitoral no período compreendido entre três meses antes do pleito até:

I- dois meses após o primeiro ou segundo turno das eleições, se houver, para as eleições municipais;

II- o dia seguinte ao pleito, para as eleições estaduais e pre-sidenciais.

Art. 16. Compete ao Corregedor a apreciação da justa causa do pedido de dispensa do exercício das funções eleitorais, por um biênio, na condição de titular, feito, antes da posse, pelo Magistra-do designado ou na iminência de sê-lo.

Parágrafo único. O Magistrado de que trata o caput deste ar-tigo será mantido na mesma posição da lista de antiguidade a que se refere a Resolução do TSE nº 22.197, de 11/4/2006, caso sua justificativa seja julgada relevante. Na hipótese de o Magistrado declinar da designação sem qualquer motivação ou se seu motivo for julgado irrelevante, ele será reposicionado no final da lista de antiguidade a que se refere a mencionada resolução.

Art. 17. Não poderá assumir as funções eleitorais o Juiz de Direito que esteja respondendo a processo por crime eleitoral.

SEÇÃO IIDAS COMARCAS SEM ZONAS ELEITORAIS PRÓPRIAS

Art. 18. Havendo criação de comarca, esta continuará sob a jurisdição eleitoral da zona correspondente à comarca de que foi desmembrada, até a possível instalação de zona nova.

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Didatismo e Conhecimento 23

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

Art. 19. No caso previsto no artigo anterior ou em decorrên-cia de rezoneamento eleitoral, o Juiz de Direito responsável por comarca que não tenha zona eleitoral própria poderá concorrer à designação para o exercício das funções eleitorais na zona a cuja jurisdição esteja a sua comarca submetida.

Art. 20. A designação de Juiz nas hipóteses previstas no arti-go anterior obedecerá às regras estabelecidas neste Regulamento e não acarretará mudança na sede da zona eleitoral, observando- se o disposto no artigo 34 do Código Eleitoral.

SEÇÃO IIIDAS FÉRIAS, LICENÇAS, IMPEDIMENTOS E DEMAIS

AFASTAMENTOS DOS JUÍZES ELEITORAIS

Art. 21. Nas faltas, férias, compensações, licenças ou quais-quer outros impedimentos do Juiz Eleitoral, excetuado o previsto no § 1º do artigo 2º, a jurisdição eleitoral será exercida:

I- na Capital, por um dos demais Juízes Eleitorais, mediante designação do Corregedor Regional Eleitoral;

II- no interior, automaticamente, pelo substituto indicado de acordo com a Tabela do Judiciário Estadual.

§1º Durante o recesso da Justiça Eleitoral, compreendido no período de 20 de dezembro a 6 de janeiro, e durante os recessos forenses estabelecidos pelo Tribunal de Justiça, exercerão a juris-dição eleitoral, após aprovação pela Corregedoria Regional Eleito-ral, todos os Juízes Eleitorais designados para o plantão na Justiça comum e, ainda, outros escolhidos dentre os designados pelo Judi-ciário estadual, quando necessário.

§2º Poderá o Tribunal Regional Eleitoral, declinando motivo relevante, atribuir a substituição a outro Juiz de Direito que não da forma estabelecida pelos incisos e parágrafo acima.

Art. 22. Em face da automática perda da jurisdição eleito-ral e da natureza pro-labore da gratificação, todas as vezes que o Juiz Eleitoral se afastar do exercício de suas funções na Justiça Estadual, fará imediata comunicação escrita ao Tribunal Regional Eleitoral.

Art. 23. É vedado ao Juiz Eleitoral o gozo de férias, compen-sações ou afastamentos em geral, salvo motivo relevante, assim re-conhecido pelo Tribunal Regional Eleitoral, a partir da aprovação, pelo Plenário, da resolução que fixar a data e aprovar instruções para a realização de eleição extemporânea, até a data da diploma-ção dos eleitos.

Art. 24. Ficará automaticamente afastado da Justiça Eleitoral o Juiz de Direito que se afastar, por qualquer motivo, de suas fun-ções na Justiça comum, pelo tempo correspondente, e tal afasta-mento será computado como de efetivo exercício de titularidade da jurisdição eleitoral para o fim de apuração de antiguidade eleitoral.

SEÇÃO IVDOS MUNICÍPIOS COM MAIS DE UMA ZONA ELEITO-

RAL

Art. 25. (Artigo revogado pela Resolução TRE-MG nº 863, de 14.4.2011.)

CAPÍTULO IIDOS CHEFES DE CARTÓRIO

SEÇÃO ÚNICA

Art. 26. Cada uma das zonas eleitorais contará com um Chefe de Cartório, a ser indicado pelo Juiz Eleitoral e designado pelo Corregedor Regional Eleitoral, devendo a designação recair em servidor efetivo do Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal, o qual fará jus à percepção da Função Comissionada nível FC-04, para o exercício na Capital, e Função Comissionada nível FC- 01, para o exercício nas zonas eleitorais do interior do Estado.

§1º Na impossibilidade de prover as funções comissionadas enunciadas neste artigo com servidores do Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal, mediante indicação e consistente justificativa do Juiz Eleitoral, o Corregedor Regional Eleitoral poderá designar um dos Auxiliares de Cartório regularmente requisitados ou cedidos das respectivas zonas eleitorais, preferencialmente ocupantes de cargo de provimento efetivo, e, ainda, na falta destes, em caráter excepcional e devidamente justificada pelo Juiz Eleitoral, a designação poderá recair em servidor não efetivo, desde que ele esteja em situação funcional regular no órgão de origem.

§2º O cônjuge, companheiro ou parente, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau, de Juiz de zona eleitoral, ou, até o segundo grau, de membro de diretório municipal de partido político e de candidato a cargo eletivo na circunscrição não poderá ser designado Chefe de Cartório.

Art. 27. Fica mantida a percepção da gratificação de natureza pro-labore correspondente aos valores das Funções Comissiona-das níveis FC-01 e FC-04, para o interior e Capital, respectivamen-te, para o exercício das atribuições de chefia de cartório nas zonas eleitorais não contempladas pela Lei nº 10.842/04, até a criação de funções comissionadas para as respectivas zonas eleitorais.

Art. 28. Os servidores designados para exercer as funções comissionadas de Chefe de Cartório Eleitoral − níveis FC-04 e FC-01 − não poderão pertencer a diretório de partido político ou exercer qualquer atividade partidária, sob pena de demissão (art. 366 da Lei nº 4.737/65 - Código Eleitoral).

Art. 29. Durante as ausências do Chefe de Cartório em de-corrência de impedimentos legais ou regulamentares, inclusive nas ausências ocasionadas por gozo de compensação, por recesso forense e pela participação em curso ou evento em município di-verso do de sua lotação, haverá retribuição pecuniária pela subs-tituição. (Redação alterada pela Resolução TRE-MG nº 905, de 25/10/2012)

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo quando o afastamento do Chefe de Cartório para participar de cur-so ou evento no mesmo município de sua lotação for por período igual ou superior à sua jornada diária de trabalho, observado o disposto nos arts. 7º e 9º da Portaria nº 297, de 17 de julho de 2014. (Parágrafo único acrescentado pela Resolução TRE nº 985/2014.)

Art. 30. Não se farão alterações na chefia de cartório no pe-ríodo compreendido entre três meses antes e dois meses após o primeiro ou segundo turno das eleições, se houver, ressalvadas as situações excepcionais.

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

Parágrafo único. É vedado ao Chefe de Cartório o gozo de férias ou afastamentos em geral, salvo motivo relevante, assim reconhecido pelo Tribunal Regional Eleitoral, a partir da aprova-ção, pelo Plenário Eleitoral, da resolução que fixar a data e aprovar instruções para a realização da eleição extemporânea até a data da diplomação dos eleitos.

CAPÍTULO IIIDOS AUXILIARES DE CARTÓRIO

SEÇÃO ÚNICA

Art. 31. Obedecidas as instruções do Tribunal, o Juiz Eleitoral indicará servidor público federal, estadual ou municipal, das autar-quias ou fundações públicas para auxiliar nos serviços do cartório, informando seu nome, cargo e órgão a que pertence e juntando, também, certidões negativas de filiação político-partidária e de crime eleitoral.

§1º Ao Tribunal compete a requisição dos servidores lotados no âmbito de sua jurisdição.

§2º As requisições não excederão a um servidor por dez mil ou fração superior a cinco mil eleitores inscritos na zona eleitoral.

§3º Independentemente da proporção prevista no parágrafo anterior, admite-se a requisição de um servidor em cada cartório eleitoral.

Art. 32. Não poderão ser requisitados:I- servidores ocupantes de cargos isolados, técnicos ou cien-

tíficos;II– servidores ocupantes de cargos de magistério;III– servidores municipais ocupantes de cargos em comissão;IV- servidores em cumprimento de estágio probatório;V- servidores submetidos a sindicância ou processo adminis-

trativo disciplinar;VI- servidores que sejam cônjuges, companheiros, parentes

em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, in-clusive, de Juiz ou membro de Tribunal de Justiça ou de Tribunal Regional Federal com jurisdição no mesmo limite territorial.

Art. 33. As requisições far-se-ão por prazo determinado, podendo ser prorrogadas a critério do Tribunal, observada a ne-cessidade do serviço, e ficarão restritas aos servidores federais, estaduais e municipais, da Administração Direta, de autarquias e fundações da circunscrição do Estado.

Parágrafo único. Esgotado e não prorrogado, em tempo opor-tuno, o prazo da requisição, o Juiz, mediante ofício, fará o servidor retornar à sua repartição, disso dando imediata ciência ao Tribunal.

Art. 34. Os Auxiliares requisitados ou cedidos deverão se sub-meter ao regime disciplinar do Tribunal.

Art. 35. O gozo das férias ou das licenças dos Auxiliares de Cartório será autorizado pelo respectivo Juiz Eleitoral ou pelo Chefe de Cartório, que comunicará essa ocorrência ao Tribunal e à repartição de origem do Auxiliar.

Art. 36. Mensalmente, o Chefe de Cartório encaminhará à re-partição de origem do Auxiliar de Cartório, bem como à Secretaria do Tribunal, atestado de seu exercício.

CAPÍTULO IVDAS GRATIFICAÇÕES ELEITORAIS

SEÇÃO ÚNICA

Art. 37. Os Juízes e os Promotores que exercem funções elei-torais e os Chefes de Cartório de que trata o art. 26 perceberão uma gratificação mensal, de natureza pro-labore, não sendo esta devida em afastamentos de qualquer natureza.

§1º O exercício dos Juízes e Chefes de Cartório constará de relação de frequência atestada pelo Chefe de Cartório, a qual deverá ser encaminhada, apenas nos meses em que houver ocorrências, à Secretaria do Tribunal, no último dia útil de cada mês, impreterivelmente, para fins de pagamento da gratificação eleitoral, bem como da função comissionada, em havendo designação para o seu respectivo exercício.

§2º A frequência dos Promotores deverá ser atestada pela Procuradoria Regional Eleitoral, sob sua exclusiva responsabilidade, e encaminhada à Secretaria do Tribunal no mesmo prazo determinado no parágrafo anterior.

Art. 38. Após autorização do Corregedor Regional Eleitoral, em processo próprio, serão retirados da folha de pagamento os no-mes dos Juízes que deixarem de atender às diligências, solicitações e determinações do Tribunal.

§1º O prazo ordinário para cumprimento de qualquer diligência é de dez dias, salvo autorização para o Juiz excedê-lo.

§2º Sanada a falta, o pagamento será providenciado na folha do mês seguinte.

§3º Estando a zona eleitoral com o serviço em atraso, perma-necerá com o pagamento suspenso o Juiz, ainda que por ela não mais responda, não alcançando a suspensão a gratificação devida ao Juiz recém-designado, que poderá requerer, até o trigésimo dia de seu exercício, prazo para a atualização dos trabalhos.

Art. 39. A devolução de valores decorrentes de pagamentos indevidos de gratificação eleitoral aos Juízes Eleitorais, Promoto-res Eleitorais, Chefes de Cartório, bem como aos Juízes membros deverá ser providenciada pelo setor competente do Tribunal e de-verá obedecer às seguintes disposições:

I- o devedor deverá ser notificado da devolução;II- retornando o devedor ao exercício da função eleitoral no

prazo máximo de quatro meses, deverá ser efetuado o ajuste do débito em folha de pagamento;

III- caso o devedor não quite o débito nem retorne ao exercí-cio da função eleitoral no prazo estipulado no parágrafo anterior, deverá a notificação ser reiterada para que, no prazo de trinta dias, efetue a quitação do referido débito;

IV- a não quitação do débito implicará sua inscrição na dívida ativa, nos termos do art. 47 da Lei nº 8.112/90.

CAPÍTULO VDAS DESPESAS E DOS DESLOCAMENTOS DE MAGIS-

TRADOS E SERVIDORESSEÇÃO ÚNICA

Art. 40. Nenhuma despesa poderá ser realizada pelos Juízes e cartórios eleitorais sem prévia autorização da Presidência do Tri-bunal, sob pena de correr à conta pessoal de quem a fizer.

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

Art. 41. O Magistrado, o servidor ou o auxiliar da Justiça Elei-toral que se afastar do cartório a serviço fará jus à percepção de diárias, na forma prevista na legislação vigente.

§1º Ocorrendo o previsto no caput deste artigo, as despesas com passagens intermunicipais correspondentes ao deslocamento do Magistrado, do servidor ou do Auxiliar de Cartório, no período considerado, serão pagas pelo Tribunal.

§2º Para liquidação da despesa com diárias, deverá ser encaminhada à Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral certidão emitida pelo responsável competente, referente ao período de deslocamento do Magistrado, servidor ou auxiliar que se afastar da sede de sua zona eleitoral.

TÍTULO IIDO EXPEDIENTE, DA COMPETÊNCIA E DA ORGANIZA-

ÇÃO DOCUMENTAL DOS CARTÓRIOSCAPÍTULO I

DO EXPEDIENTESEÇÃO ÚNICA

Art. 42. Os cartórios eleitorais funcionarão das 8 às 17 horas, na Capital, e das 12 às 18 horas, no interior, para atendimento ao público. (Redação alterada pela Resolução TRE-MG nº 836, de 30/06/2010.)

§1º (Parágrafo revogado pela Resolução TRE-MG nº 895, de 17/08/2012.)

§2º A presidência do Tribunal, em casos excepcionais devidamente justificados ou nos períodos eleitorais, poderá alterar o horário de funcionamento dos cartórios eleitorais. (Numeração dada pela Resolução TRE-MG nº 836, de 30/06/2010)

Art. 43. Fica expressamente proibido aos servidores levar ex-pedientes e processos para serem despachados fora do recinto do cartório eleitoral, salvo caso excepcional a ser devidamente justifi-cado perante a Corregedoria Regional Eleitoral.

Art. 44. São feriados, estendidos às zonas eleitorais e polos de atendimento, nos municípios onde houver, além dos fixados em lei federal, estadual ou municipal:

I– os dias compreendidos entre 20 de dezembro e 6 de janeiro, inclusive;

II– os dias de segunda e terça-feira de carnaval e a Quarta--feira de Cinzas;

III- os dias da Semana Santa, compreendidos entre a quarta--feira e o Domingo de Páscoa;

IV– o dia 11 de agosto – Instituição dos cursos jurídicos no Brasil (Lei nº 5.010/66, alterada pela Lei nº 6.741/79);

V– o dia 28 de outubro – Dia do Servidor Público (art. 236 da Lei nº 8.112/90);

VI– os dias 1º e 2 de novembro;VII– o dia 8 de dezembro – Dia da Justiça.§1º Por motivo relevante, o Presidente do Tribunal Regional

Eleitoral poderá suspender o expediente eleitoral.§2º Os feriados municipais ficarão restritos apenas ao

respectivo município.§3º Havendo necessidade de serviço, após prévia autorização

da Diretoria-Geral, o Juiz Eleitoral determinará o funcionamento do cartório em regime de plantão, com a devida divulgação.

Art. 45. Todo expediente dirigido à Presidência do Tribunal Regional Eleitoral ou à Corregedoria Regional Eleitoral deverá ser assinado pelo Juiz Eleitoral.

Parágrafo único. Os expedientes dirigidos à Diretoria-Geral ou às Secretarias do Tribunal poderão ser assinados pelo Chefe de Cartório.

Art. 46. Os expedientes administrativos, quando autorizados, poderão ser encaminhados às Secretarias do Tribunal Regional Eleitoral por via de fac-símile, ou e-mail, sendo desnecessário o encaminhamento do original.

Parágrafo único. Em se tratando de documentos processuais, admitem-se petições por via de fac-símile, desde que o remetente faça o original chegar ao Tribunal em até cinco dias após a expe-dição daquele.

CAPÍTULO IIDA COMPETÊNCIA

SEÇÃO IDOS JUÍZES ELEITORAIS

Art. 47. Cabe ao Juiz Eleitoral:I– cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do

Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal Regional Eleitoral;II– processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que

lhes forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribu-nal Superior Eleitoral e a do Tribunal Regional Eleitoral;

III– dirigir os processos eleitorais;IV– decidir habeas corpus e mandado de segurança, em maté-

ria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída pri-vativamente à instância superior;

V– fazer as diligências que julgar necessárias à ordem e pres-teza do serviço eleitoral;

VI– tomar conhecimento das reclamações que lhes forem fei-tas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determi-nando as providências que cada caso exigir;

VII– determinar a exclusão e a suspensão de inscrições eleito-rais, conforme a legislação em vigor;

VIII– decidir sobre os requerimentos de inscrição, transferên-cia, revisão e segunda via dos títulos eleitorais;

IX– providenciar para que se dê ampla divulgação dos prazos de encerramento do alistamento, transferência, revisão e segunda via dos títulos eleitorais;

X– decidir sobre duplicidade/pluralidade de filiação partidá-ria;

XI– autorizar a utilização em folhas soltas dos livros obrigató-rios, assim definidos neste Regulamento;

XII– ordenar o registro e a cassação do registro dos candi-datos aos cargos eletivos municipais e comunicá-los ao Tribunal Regional;

XIII– conhecer, na forma da lei, dos pedidos de registro de candidatos das eleições municipais, suas impugnações e outras questões correlatas a esse assunto e julgá-los;

XIV– criar, modificar ou extinguir os locais de votação, nos termos da legislação em vigor;

XV– nomear os membros das Mesas Receptoras e indicar os membros das Juntas Eleitorais, bem como instruí-los sobre as suas funções, nos termos da legislação em vigor;

XVI– requisitar local de apuração;XVII – tomar todas as providências ao seu alcance para evitar

atos viciosos nas eleições;XVIII – solucionar as ocorrências que se verificarem nas Me-

sas Receptoras, quando necessário;

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

XIX– providenciar, se entender conveniente e sem ônus para a Justiça Eleitoral, a requisição de médico oficial para a concessão de dispensa a membro de Mesa Receptora, adotando para esse fim as medidas necessárias;

XX– coordenar e acompanhar os trabalhos de apuração e transmissão dos dados do resultado das eleições ao Tribunal Re-gional Eleitoral, no prazo legal;

XXI– providenciar a guarda e o descarte de cédulas, nos ter-mos da lei vigente;

XXII– exercer fiscalização permanente nos cartórios eleito-rais, providenciando para que se mantenham em ordem livros, pro-cessos, documentos e demais expedientes;

XXIII– atender prontamente às solicitações contidas em car-tas precatórias, cartas de ordem e quaisquer outras diligências emanadas da Justiça Eleitoral;

XXIV– observar para que sejam tomadas as providências ne-cessárias à instalação e funcionamento da nova zona eleitoral que deixou de pertencer à jurisdição daquela na qual exerce as funções eleitorais, até a posse do Juiz designado pelo Tribunal Regional Eleitoral para exercer as funções eleitorais na zona recém-criada;

XXV– indicar, no prazo máximo de dez dias, o servidor do Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal ou, na inexistência, o Auxiliar que exercerá as funções de Chefe de Cartório na nova zona eleitoral e, ainda, tomar providências para que, no prazo má-ximo de trinta dias, contados a partir de sua designação pelo Tri-bunal Regional Eleitoral, o cartório esteja em condições de pleno funcionamento;

XXVI– indicar ao Tribunal Regional Eleitoral servidores de outras repartições a serem requisitados ou cedidos para auxiliar nos serviços do cartório, nos termos da legislação em vigor, bem como comunicar a este Tribunal as datas do início e do término de exercício do Auxiliar naquele cartório;

XXVII– determinar a anotação de horas de compensação, em livro ou em sistema específico, bem como conceder o direito ao gozo dessas horas aos servidores e auxiliares de cartório;

XXVIII– exercer quaisquer outras atribuições não especifica-das neste Regulamento, mas nele implícitas, bem como decorren-tes das determinações do Tribunal Regional Eleitoral ou de lei.

Parágrafo único. Será de dez dias, se outro não lhes for assi-nado, o prazo para que os Juízes Eleitorais prestem informações, cumpram requisições ou procedam a diligências determinadas pelo Tribunal ou pelo Corregedor Regional Eleitoral, sob pena de ser instaurado, pela Corregedoria Regional Eleitoral, procedimen-to para apuração de responsabilidade.

SEÇÃO IIDOS CHEFES DE CARTÓRIO

Art. 48. Cabe ao Chefe de Cartório:I– cumprir e fazer cumprir as determinações do Juiz Eleitoral

e do Tribunal Regional Eleitoral;II– observar o cumprimento do horário de funcionamento do

cartório;III– providenciar o pronto atendimento ao eleitor;IV– priorizar a atualização do Cadastro Nacional de Eleitores;V– providenciar o fornecimento gratuito aos eleitores, nos ter-

mos da lei, de certidões eleitorais e de filiação partidária;VI– providenciar e acompanhar a conferência, o fechamento,

o envio, o processamento e o arquivamento dos formulários de Re-querimento de Alistamento Eleitoral – RAE – e de Atualização da Situação do Eleitor – ASE –, de acordo com as instruções vigentes;

VII– observar para que não haja rasuras nos documentos de Requerimento de Alistamento Eleitoral – RAE – e Protocolo de Entrega de Título Eleitoral – PETE;

VIII– providenciar para que sejam cumpridas diligências, se necessário, referentes aos requerimentos de inscrição, transferên-cia e revisão de títulos eleitorais, bem como outras, nos termos da legislação em vigor;

IX– providenciar para que sejam solucionados continuamente os registros do banco de erros;

X– dar prioridade ao andamento dos expedientes e processos em tramitação no cartório;

XI– cuidar para que sejam mantidos em ordem livros, pastas e documentos;

XII– providenciar o arquivamento e para que sejam mantidos organizados todos os documentos, expedientes e processos afetos aos serviços do cartório eleitoral, bem como os documentos relati-vos aos pleitos eleitorais, pelo período previsto em lei;

XIII– providenciar para que sejam mantidos arquivados, em ordem alfabética, os títulos eleitorais não procurados e os protoco-los de entrega de títulos eleitorais;

XIV– providenciar para que sejam protocolizados todos os documentos que derem entrada no cartório eleitoral;

XV– administrar o recebimento, a publicação e o arquivamen-to das listas de filiação partidária, bem como submeter à decisão judicial as duplicidades e pedidos de desfiliação partidária, em conformidade com a legislação em vigor;

XVI– acompanhar a atualização do Mapa Mensal de Movi-mentação Processual, de acordo com as normas vigentes;

XVII– acompanhar, na intranet, a composição atualizada dos diretórios municipais e regionais e o credenciamento de Delega-dos;

XVIII– providenciar para que sejam efetivadas todas as publi-cações exigidas, nos termos das normas vigentes;

XIX– acompanhar, diariamente, na intranet as publicações da Justiça Eleitoral no Diário da Justiça Eletrônico, bem como as comunicações e determinações da Presidência, da Corregedoria Regional Eleitoral e das Secretarias do Tribunal;

XX– providenciar a emissão de guias e o registro do paga-mento de multas eleitorais, fazendo as devidas anotações, nos ter-mos da legislação em vigor;

XXI– providenciar materiais permanente e de consumo, ne-cessários à execução das atividades, a fim de manter o cartório permanentemente provido inclusive de etiquetas de números de inscrições eleitorais e de todas as modalidades de postagens da Justiça Eleitoral, obedecendo à forma e prazos estipulados pelo Tribunal Regional Eleitoral;

XXII– zelar pela economia de material de consumo e respon-sabilizar-se pela conservação das instalações e implementos;

XXIII– zelar pela guarda e conservação dos bens que a Justiça Eleitoral lhe confiar;

XXIV– providenciar a conferência periódica do arrolamen-to dos bens permanentes da Justiça Eleitoral, tais como móveis, fichários, urnas, livros e outros, confrontando-o com o anterior e com as últimas guias de recebimento e devolução de material, para que se certifique a inexistência de extravio de bens;

XXV– observar a periodicidade relativa ao descarte de livros, pastas, expedientes, bem como quaisquer outros documentos de acordo com a tabela de temporalidade do Tribunal, nos termos da legislação em vigor;

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

XXVI– controlar o uso adequado da(s) linha(s) telefônica(s) à disposição do cartório eleitoral;

XXVII– providenciar o envio à Secretaria do Tribunal da prestação de contas dos serviços postais utilizados, nos termos das normas vigentes;

XXVIII– gerenciar todo o processo de revisão do eleitorado;XXIX– escolher, vistoriar e avaliar as condições de uso dos

locais de votação, sempre que necessário;XXX– definir o número de seções eleitorais que comporta

cada local de votação;XXXI– escolher o local de apuração;XXXII– providenciar e supervisionar a escolha de eleitores

para compor as Mesas Receptoras e Juntas Eleitorais, bem como requisitar auxiliares para os trabalhos, ministrando o devido treina-mento aos escolhidos e mantendo atualizado o Cadastro Nacional de Eleitores;

XXXIII– providenciar o preparo do material necessário para ministrar instruções aos mesários, escrutinadores e auxiliares da Junta Eleitoral;

XXXIV– providenciar a entrega da convocação de mesários, escrutinadores e auxiliares da Junta Eleitoral, desde que tal atribui-ção não comprometa sua integridade física;

XXXV– providenciar a manutenção das folhas de votação de forma organizada no cartório eleitoral, devendo seu descarte obe-decer à legislação em vigor;

XXXVI– providenciar o processamento, na forma da lei, dos registros de candidatura nas eleições municipais;

XXXVII– providenciar o preparo das urnas para a eleição bem como todo o material a elas pertinente;

XXXVIII– programar a entrega e devolução das urnas e do material utilizado no pleito com as cautelas de praxe;

XXXIX– providenciar a digitação de todas as justificativas que não deram entrada no sistema da Justiça Eleitoral, bem como as requeridas pelo eleitor;

XL– providenciar o envio ao Tribunal dos termos de posse e afastamento ou certidão de exercício e afastamento dos Juízes de Direito, na Justiça comum, da respectiva comarca e, ainda, os termos de posse e afastamento dos Juízes Eleitorais, tão logo ocor-ram.

XLI– providenciar a remessa dos atestados de exercício do Juiz Eleitoral, dos servidores do Quadro de Pessoal e dos Auxilia-res dos Cartórios ao Tribunal e às repartições de origem, no prazo e formas legais;

XLII– proceder à anotação, em livro ou em sistema específi-co, de horas de compensação e do direito dos servidores e Auxilia-res de Cartório ao gozo dessas horas;

XLIII– assessorar o Juiz Eleitoral e mantê-lo informado do andamento dos serviços;

XLIV– programar e supervisionar a execução de atividades por servidores e Auxiliares de Cartório, bem como sugerir proce-dimentos que aperfeiçoem o desenvolvimento dessas atividades;

XLV– sugerir a realização de programas de treinamento e aperfeiçoamento e indicar os servidores/auxiliares que deles de-vam participar;

XLVI– responder pela atualização, pela exatidão e pela pres-teza dos serviços executados pelo cartório;

XLVII– administrar as atividades dos servidores/auxiliares e colaboradores e controlar sua assiduidade;

XLVIII– exercer o controle e tomar todas as providências ca-bíveis quanto à atualização da situação funcional de todos os ser-vidores à disposição do respectivo cartório, dando ciência imediata das alterações que porventura ocorrerem à Secretaria de Gestão de Pessoas;

XLIX– providenciar para que sejam mantidos rigorosamente atualizados, no sistema próprio, os dados cadastrais das respecti-vas zonas eleitorais;

L– tomar todas as providências necessárias à instalação e fun-cionamento da nova zona eleitoral que deixou de pertencer à juris-dição daquela na qual exerce as funções de Chefe de Cartório, até que seja designado pelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral e entre em exercício Chefe de Cartório para exercer tais funções na zona recém-criada;

LI– exercer quaisquer outras atribuições não especificadas neste Regulamento, mas nele implícitas, decorrentes de decisões do Tribunal ou de lei.

CAPÍTULO IIIDA ORGANIZAÇÃO DOCUMENTAL DOS CARTÓRIOS

SEÇÃO IDOS LIVROS E PASTAS

Art. 49. Os livros utilizados pelos cartórios deverão conter:I– designações da zona, município, estado e número da página

na margem superior direita do anverso da folha;II– termo de abertura lavrado pelo Juiz Eleitoral, contendo a

que se destina, número da zona eleitoral, data, local da jurisdição e número total de folhas;

III– termo de encerramento lavrado pelo Juiz Eleitoral por ocasião do término do livro;

IV– rubrica do Juiz Eleitoral em todas as folhas.§1º Mediante expressa autorização do Juiz Eleitoral, os livros

poderão ser substituídos por livros de folhas soltas, obedecidas todas as formalidades determinadas nos incisos anteriores e encadernados quando completadas 200 folhas;

§2º No termo de abertura do livro de folhas soltas e do encadernado, o Juiz Eleitoral poderá delegar expressamente ao Chefe de Cartório a tarefa de numerar e rubricar as folhas.

Art. 50. Haverá em cada cartório os seguintes livros:I- LIVRO DE PROTOCOLO GERAL – CONTINGÊNCIA

– para o registro geral das entradas de documentos e processos de qualquer natureza na zona eleitoral quando o SADPWEB estiver indisponível; (Inciso alterado pela Resolução TRE-MG nº 860, de 14/12/2010)

II– LIVRO DE AUDIÊNCIA - para lançamento de termos de audiência;

III– LIVRO DE REGISTRO DE POSSE, EXERCÍCIO E AFASTAMENTO - para anotação de posse, exercício e afasta-mento do Juiz titular e de exercício dos servidores do Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal e dos Auxiliares de Cartório;

IV- LIVRO DE REGISTRO GERAL DE FEITOS – CON-TINGÊNCIA – para autuação dos feitos distribuídos quando o SA-DPWEB estiver indisponível, por ordem cronológica, crescente, única e ininterrupta, renovando-se a numeração a cada ano, cujo número deverá ser posto bem visível na capa do processo; (Inciso alterado pela Resolução TRE-MG nº 860, de 14/12/2010)

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

a) o registro deverá conter:1.o número do processo;2.o nome das partes;3.a natureza do feito;4.o tipo da ação (criminal ou não criminal);5.o termo de autuação, em que conste a data da autuação, a

identificação da zona e município, o termo de autuação propria-mente dito e a assinatura do servidor responsável;

6.a data do arquivamento;7.o número da OAB e o nome do advogado, se for o caso;V - LIVRO DE INSCRIÇÃO DE MULTAS EM DÍVIDA

ATIVA - para inscrição das multas eleitorais, nos termos da legis-lação em vigor;

VI– (Inciso revogado pela Resolução TRE-MG nº 860, de 14/12/2010)

VII– LIVRO DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PRO-CESSO – para controle e registro dos beneficiados pelo art. 89 da Lei nº 9.099, de 1995, no qual deverão constar o número do processo, o nome do beneficiado, a data do início e a do término da concessão do benefício, a extinção da punibilidade e outras ocor-rências, se necessário;

VIII– LIVRO DE ATAS – para assentamentos de todas as atas e termos referentes às cerimônias oficiais relativas às eleições, ple-biscito e referendo;

IX– LIVRO DE SENTENÇAS – para registro das sentenças proferidas.

Parágrafo único. Os livros de que tratam os incisos I, IV e VI só deverão ser utilizados pelo cartório até a implantação do siste-ma informatizado, o Sistema de Acompanhamento de Documen-tos e Processos – SADP -, específico para registros de andamento processual.

Art. 51. Todos os livros e pastas deverão ser vistos em cor-reição.

Art. 52. Não são admissíveis na escrituração dos livros, es-paços em branco nem entrelinhas, rasuras ou emendas não ressal-vadas.

Parágrafo único. Os dizeres ressalvados serão repetidos no fi-nal do ato, antes das assinaturas.

Art. 53. Haverá também, em cada cartório, as seguintes pas-tas, para arquivamento em ordem cronológica:

I– de cópias de arrolamento do material permanente existente no cartório;

II– de guias de remessa de material;III– de comunicações do Tribunal sobre comissões provisó-

rias, diretórios e Delegados partidários, bem como de lista de filia-ção partidária e demais documentos, individualmente, por partido político;

IV– de leis e resoluções;V– de instruções da Corregedoria Regional Eleitoral;VI– de expedientes recebidos;VII– de cópias de expedientes remetidos;VIII– de cópias de editais publicados ou afixados e demais

publicações;IX– de comprovantes recebidos da Empresa Brasileira de

Correios e Telégrafos;

X– de documentos de cada eleição;XI– de guias de multas arrecadadas;XII– do relatório de Requerimento de Alistamento Eleitoral –

RAE – emitido pelo sistema próprio em que conste o nome, data de nascimento, o número da inscrição do eleitor, operação, situa-ção e a data do requerimento;

XIII– de documentos funcionais do Juiz, Chefe, servidores, auxiliares e demais colaboradores que prestem serviços ao cartó-rio;

XIV– dos quadros de registro de frequência do Juiz Eleitoral, servidores, auxiliares e demais colaboradores que prestem servi-ços ao cartório.

SEÇÃO IIDAS CERTIDÕES

Art. 54. As certidões eleitorais poderão ser requeridas pessoal e verbalmente pelo eleitor/filiado, ou, na sua ausência, mediante autorização de entrega ao portador.

§1º A autorização conterá dados suficientes para identificação tanto do eleitor/filiado quanto do portador e deverá ser acompanhada de cópia dos documentos de ambos.

§2º O prazo de entrega de quaisquer certidões será determinado pelo Juiz Eleitoral.

CAPÍTULO IVDO POLO DE ATENDIMENTO AO ELEITOR

SEÇÃO ÚNICA

Art. 55. O Polo de Atendimento ao Eleitor poderá ser criado nas zonas eleitorais, a critério do Tribunal.

§1º A competência de cada Polo de Atendimento ao Eleitor obedecerá à área de jurisdição das zonas eleitorais que o integram.

§2º A criação do Polo de Atendimento ao Eleitor dar-se-á a pedido do Juiz Eleitoral ou de ofício, observado o disposto no caput.

§3º A responsabilidade pelo Polo de Atendimento caberá:I– à zona eleitoral, nas comarcas onde haja apenas uma zona

eleitoral;II– a todas as zonas eleitorais, nas comarcas onde haja mais de

uma zona, em sistema de rodízio.

Art. 56. O Polo de Atendimento ao Eleitor deverá dispor de espaço físico adequado à sua instalação e ter infraestrutura que atenda, preferencialmente, às seguintes condições:

I– ambiente único, em local de grande abrangência de pes-soas;

II- local de espera com acomodações apropriadas para os elei-tores aguardarem o atendimento;

III- local para atendimento prioritário de eleitores idosos, pes-soas portadoras de necessidades especiais, gestantes, lactantes e pessoas com crianças de colo;

IV– acesso facilitado para pessoas com necessidades espe-ciais;

V- espaço físico destinado aos equipamentos de informática;VI- sinalização identificadora da fachada externa, dos locais

de recepção, triagem e do atendimento ao eleitor;

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NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL

VII– instalações seguras para os servidores durante o atendi-mento ao público.

Parágrafo único. A Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral deverá estabelecer normas procedimentais e de padronização para a instalação de Polo de Atendimento ao Eleitor.

Art. 57. O Polo de Atendimento ao Eleitor destina-se à presta-ção de serviços da Justiça Eleitoral aos cidadãos e eleitores, abran-gendo:

I– alistamento, transferência, revisão e segunda via dos títulos eleitorais;

II– preenchimento e conferência dos Requerimentos de Alis-tamento Eleitoral – RAE;

III– recebimento de requerimento de justificativa de ausência ao voto;

IV– protocolização de documentos destinados às zonas elei-torais;

V– expedição e arquivamento de guias de recolhimento de multas;

VI– fornecimento de certidões;VII– encaminhamento, às zonas eleitorais competentes, dos

Requerimentos de Alistamento Eleitoral – RAE –, dos Protocolos de Entrega de Título Eleitoral – PETE – e demais documentos re-cebidos.

Art. 58. O Polo de Atendimento ao Eleitor funcionará nos mesmos horários de atendimento dos cartórios eleitorais.

TÍTULO IIIDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 59. Os expedientes e formulários utilizados pelos car-tórios eleitorais deverão ser conservados e/ou descartados nos termos da legislação e da tabela de temporalidade dos cartórios eleitorais vigentes.

Parágrafo único. Se conveniente ao cartório, os expedientes e formulários poderão ser mantidos por tempo superior ao deter-minado.

Art. 60. No interesse do resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão informações constantes do cadastro eleitoral, de caráter personalizado, ressalvadas as exceções descritas na legis-lação pertinente.

Art. 61. A execução de eleições parametrizadas, regulamenta-das pelo Tribunal Superior Eleitoral, obedecerá às determinações da legislação em vigor.

Parágrafo único. Fica vedado o recebimento de solicitação e a realização de eleição parametrizada nos 120 dias anteriores e nos 60 dias posteriores à realização de eleições oficiais, considerando--se, quando for o caso, a ocorrência de segundo turno.

Art. 62. Este Regulamento se aplica a todos os juízos e cartó-rios eleitorais da Circunscrição de Minas Gerais e entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 3 de dezembro de 2009.

Desembargador ALMEIDA MELO, Presidente - Desembar-gador KILDARE GONÇALVES CARVALHO, Vice-Presidente em exercício - Juíza MARIA FERNANDA PIRES - JUIZ OCTÁ-VIO AUGUSTO DE NIGRIS BOCCALINI - JUIZ MAURÍCIO TORRES SOARES - JUIZ RICARDO MACHADO RABELO - JUIZ BENJAMIN RABELLO. Estive presente: FELIPE PEIXO-TO BRAGA NETTO, Procurador Regional Eleitoral.

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